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EP1 Gabarito

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

EP1 – CÁLCULO III – Gabarito

Exercı́cio 1 (AD1/2014-1) Sejam F : R −→ R3 e G : R −→ R3 as funções vetoriais definidas


por F (t) = (t, t2 , 2) e G(t) = (3, t, t), respectivamente. Determine:

(a) a função produto escalar F · G;

(b) a função produto vetorial F × G.

Solução:

(a) Por definição, a função (F · G) : R −→ R é dada por

(F · G)(t) = (t, t2 , 2) · (3, t, t) = 3t + t3 + 2t = 5t + t3

para cada t ∈ R.

(b) Por definição, a função (F × G) : R −→ R3 é dada por

 
⃗i ⃗j ⃗k ( (2 ) ) ( ( ) )
t 2 2 t
(F × G)(t) = det  t t2 2 = det ⃗i + det ⃗j
t t t 3
3 t t
( ( ) )
t t2 ⃗k
+ det
3 t
= (t3 − 2t)⃗i + (6 − t2 )⃗j − 2t2⃗k

para cada t ∈ R.

Exercı́cio 2 (AD1/2014-1) Caso existam, calcule os seguintes limites:


( )
1 − cos t 1 − cos t
(a) lim , ;
t→0 t2 t
( )
t 1
√ √
(b) lim e , , 2t + 3 − 2t + t + 3 .
2 2
t→−∞ t
Solução:

(a) Inicialmente, observemos que

1 − cos t (1 − cos t)(1 + cos t) 1 − cos2 t


lim = lim = lim
t→0 t2 t→0 t2 (1 + cos t) t→0 t2 (1 + cos t)
[ ( sen t )2 ( )]
sen 2 t 1 1
= lim 2 = lim = ,
t→0 t (1 + cos t) t→0 t 1 + cos t 2
CÁLCULO III EP1 2

(2)
sen t
o que decorre do limite triginométrico fundamental lim = 1. De forma inteiramente
t→0 t
análoga, também obtemos
[( ( )]
1 − cos t sen t ) 1
lim = lim (sen t) = 0,
t→0 t t→0 t 1 + cos t
( ) ( )
1 − cos t 1 − cos t 1
ou seja, lim , = ,0 .
t→0 t2 t 2
1
(b) Já sabemos que lim et = 0 e lim = 0. Além disso, como ∥t∥ = −t para todo t < 0,
t→−∞ t→−∞ t
vem que

[ √ √ √ √ ]
√ √ ( 2t2 + 3 − 2t2 + t + 3)( 2t2 + 3 + 2t2 + t + 3)
lim 2t2 + 3 − 2t2 + t + 3 = lim √ √
t→−∞ t→−∞ 2t2 + 3 + 2t2 + t + 3
 
(2t + 3) − (2t + t + 3)
2 2
= lim  √ ( ) √ ( )

t→−∞ 2 3 2 1 3
t 2 + t2 + t 2 + t + t2
−t
= lim √ √
t→−∞
|t| 2 + 3
t2
+ |t| 2 + 1t + 3
t2
1
= lim √ √
t→−∞ 3
2+ t2
+ 2 + 1t + 3
t2
1
= √ .
2 2
( ) ( )
t 1
√ √ 1
Portanto, lim e , , 2t + 3 − 2t + t + 3 = 0, 0, √ .
2 2
t→−∞ t 2 2

Exercı́cio 3 Considere a função vetorial α(t) = (2 + t, 1 + t2 ), onde t ∈ [1, 4].

(a) Determine uma equação cartesiana para a curva representada por α;

(b) Identifique a referida curva;

(c) Calcule os pontos inicial e final desta curva.

Solução:

(a) Pondo α(t) = (2 + t, 1 + t2 ) = (x(t), y(t)), obtemos t = x(t) − 2 e t2 = y(t) − 1 para todo
t ∈ [1, 4]. Portanto, uma equação cartesiana para a curva representada por α é dada por
y − 1 = (x − 2)2 .

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CÁLCULO III EP1 3

(b) Em vista da equação cartesiana obtida no item anterior, vemos que a α representa uma
parábola.

(c) Como α é uma função vetorial definida no intervalo t ∈ [1, 4], o ponto inicial da referida curva
é α(1) = (3, 2) e o seu ponto final é α(4) = (6, 17).

Exercı́cio 4 Caso existam, calcule os seguintes limites:


(( )t )
1 1 + t + t2
(a) lim 1+ , 3 ;
t→+∞ t t −1
( )
tg t 1
(b) lim+ , tsen √ .
t→0 t t
Solução:

(a) Pela Regra de L’Hopital, sabemos que


( )( )
( ) ( ) 1 −1
1 ln 1 + 1t 1+ 1t t2 1
lim t ln 1 + = lim 1 = lim ( −1 ) = lim 1 = 1.
t→+∞ t t→+∞
t
t→+∞
t2
t→+∞ 1 +
t

Assim, como a função exponencial natural é contı́nua, vem que


( )t
1 1
lim 1 + = lim et ln(1+ t ) = e1 = e.
t→+∞ t t→+∞

Passando ao cálculo do limite da segunda componente da função vetorial dada, temos


1 + t + t2 1 + t + t2 1
lim = lim = lim =0
t→+∞ t −1
3 t→+∞ (t − 1)(1 + t + t )
2 t→+∞ t−1
e, consequentemente, (( )
)t
1 1 + t + t2
lim 1+ , 3 = (e, 0).
t→+∞ t t −1

(b) Lembrando o limite trigonométrico fundamental


sen t
lim = 1,
t→0 t
seque que ( )( )
tg t 1 sen t 1
lim = lim = · 1 = 1.
t→0 t t→0 cos t t cos 0
Agora, como a função seno é limitada e lim t = 0, temos
t→0
( )
1
lim t sen √ = 0.
t→0 t
( )
tg t 1
Portanto, lim+ , tsen √ = (1, 0).
t→0 t t

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CÁLCULO III EP1 4

Exercı́cio 5 Determine a função vetorial que representa:

(a) a reta que passa por (1, 2) e (4, 3);

(b) o segmento de reta que une os pontos (1, 2) e (4, 3).


x2
(c) parte da hipérbole − + y 2 = 1 que está localizada no primeiro quadrante do plano–xy.
4
Solução:

(a) Lembre-se que a equação vetorial da reta que passa pelos pontos A e B é dada por
⃗ (t) = A + t (B − A), com t ∈ R. Assim, para A = (1, 2), B = (4, 3) segue que
α

⃗ (t) = (1, 2) + t ((4, 3) − (1, 2)) , t ∈ R


α
= (1, 2) + t (3, 1), t ∈ R
= (1 + 3 t, 2 + t), t ∈ R

é a função vetorial que representa a reta que passa por (1, 2) e (4, 3).

(b) O segmento de reta que une os pontos A e B é representado pela função vetorial

β(t) = A + t (B − A), em que 0 ≤ t ≤ 1. Assim, para A = (1, 2), B = (4, 3), temos
que

⃗ (t) = (1, 2) + t ((4, 3) − (1, 2)) , 0 ≤ t ≤ 1


α
= (1, 2) + t (3, 1), 0 ≤ t ≤ 1
= (1 + 3 t, 2 + t), 0 ≤ t ≤ 1.

x2 x2
(c) De − + y 2 = 1 segue que y = ± . Como no primeiro quadrante do plano–xy, x ≥ 0
1+
4 √ 4 √
x2 t2
e y ≥ 0, temos que y = 1 + . Logo, chamando x = t segue que y = 1 + . Como
4 4
x ≥ 0, segue que t ≥ 0. Portanto,

x(t) = √
t
y(t) = t2
1+ , t ≥ 0.
4

Exercı́cio 6 Determine uma parametrização das seguintes curvas:

(a) a parte da parábola y = 3x2 de (−1, 3) a (2, 12);

(b) o gráfico de y 3 = x de (0, 0) a (8, 2);

(c) circunferência de centro (1, −2) e raio 3;

(d) elipses de semi-eixos a = 3 paralelo ao eixo x, b = 4 paralela do eixo y e centro (2, 3).

Solução:

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CÁLCULO III EP1 5

(a) Seja α⃗ (t) = (x(t), y(t)) uma parametrização de y = 3x2 . Logo, fazendo x(t) = t temos
y(t) = 3(x(t))2 = 3t2 . E, portanto, α ⃗ (t) = (t, 3t2 ) parametriza y = 3x2 . Para determinar a
variação de t, notemos que como x = t e x varia de −1 a 2, segue que t varia de −1 a 2.
Portanto, α ⃗ (t) = (t, 3t2 ), em que t ∈ [−1, 2], é a parametrização procurada. Observemos que
conforme t varia de −1 a 2, α ⃗ (t) percorre parte da parábola no sentido indicado pelas setas
conforme Figura 1-(a).
⃗ = (x(t), y(t)) uma parametrização de y 3 = x. Fazendo
(b) De forma análoga ao item (a), seja β(t)
y(t) = t, temos que x(t) = (y(t))3 = t3 . E, também como 0 ≤ y ≤ 2 e y = t, segue que
⃗ = (t3 , t), com 0 ≤ t ≤ 2, é a parametrização procurada. Notemos que
0 ≤ t ≤ 2. Assim, β(t)

conforme t varia de 0 a 2, β(t) percorre a curva plotada na Figura 1-(b), no sentido indicado
pela seta.

(c) Uma parametrização para a circunferência de centro (h, k) e raio R é dado por
⃗γ (t) = (h + R cos(t), k + R sen(t)), com 0 ≤ t ≤ 2π. Logo, para (h, k) = (1, −2)
e R = 3, a parametrização da circunferência de centro (1, −2) e raio 3 é
⃗γ (t) = (1 + 3 cos(t), −2 + 3 sen(t)), com t ∈ [0, 2π]. Observemos que quando t varia de
0 a 2π, a curva γ(t) descreve os pontos da circunferência plotada na Figura 1-(c), no sentido
antihorário. Assim temos uma parametrização antihorária para a circunferência de centro (1, −2)
e raio 3.

(d) Uma parametrização anti-horária para a elipse de semi-eixos a paralela ao eixo x, b paralela
ao eixo y e centro (h, k) é dada por α ⃗ (t) = (h + a cos(t), k + b sen(t)), com 0 ≤ t ≤
2π. Em nosso exercı́cio, (h, k) = (2, 3), a = 3 e b = 4, logo, a parametrização da elipse é
⃗ (t) = (2 + 3 cos(t), 3 + 4 sen(t)), em que 0 ≤ t ≤ 2π. O gráfico da elipse, com sua respectiva
α
orientação é plotada na Figura 1-(d).

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CÁLCULO III EP1 6

⃗ (t) = (t, 3t2 ), t ∈ [−1, 2]


(a) α ⃗ = (t3 , t),
(b) β(t) t ∈ [0, 2]
y

12

10

y
8 2

6
1

4
x
1 2 3 4 5 6 7 8
2

x
-1 1 2

(c) ⃗γ (t) = (1 + 3 cos(t), −2 + 3 sen(t)), t ∈ [0, 2π] ⃗ (t) = (h + a cos(t), k + b sen(t)), t ∈ [0, 2π]
(d) α

y y
1

x 6
-2 -1 1 2 3 4

-1
4
-2

-3
2
-4

-5
x
-1 1 2 3 4 5

Figura 1: Exercı́cio 6

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CÁLCULO III EP1 7

Exercı́cio 7 Determine duas curvas distintas, fornecendo suas parametrizações, que tem ı́nicio no
ponto P (1, 1) e término no ponto Q(3, 2).
Solução:

Existem muitas curvas de P a Q. Resolveremos esse exercı́cio usando um segmento de reta e parte
de uma parábola. Vamos parametrizar essas duas curvas levando em conta o sentido, que é de P a Q.

1a . curva - segmento de reta: Seja α


⃗ (t) = (x(t), y(t)) uma parametrização para o segmento de reta
que une os pontos P e Q. Essa parametrização é representada pela função vetorial

β(t) = P + t (Q − P ), em que 0 ≤ t ≤ 1. Assim, para P = (1, 1), Q = (3, 2), temos que

⃗ (t) = (1, 1) + t ((3, 2) − (1, 1)) , t ∈ [0, 1]


α
= (1, 1) + t (2, 1), t ∈ [0, 1]
= (1 + 2t, 1 + t), t ∈ [0, 1].

⃗ (t) = (1 + 2t, 1 + t), com t ∈ [0, 1] representa um segmento de reta que tem inı́cio em
Portanto, α
P e término em Q.

2a . curva - parte de uma parábola: Determinemos inicialmente a equação cartesiana de uma parábola
y = ax2 + bx + c que passe pelos pontos P e Q. Isto é, determinemos quais devem ser os valores
de a, b e c para que a parábola passe por P e Q. Substituindo, então, as coordenadas de P e Q na
equação da parábola obtemos que a, b e c devem satisfazer o sistema
{
a+b+c =1
9a + 3b + c = 2.

Escalonando o sistema, obtemos o sistema equivalente


{
a+b+c =1
6b + 8c = 7,

cuja solução é a = 1−2b


8
, b pode assumir qualquer valor real e c = 7−6b
8
. Escolhendo b = 1 segue
que a = − 8 e c = 8 . E, portanto, uma parábola que passa por P e Q tem equação y = − 81 x2 +x+ 18 .
1 1

⃗ = (x(t), y(t)) uma parametrização para a parábola determinada. Fazendo x(t) = t


Agora, seja β(t)
em sua equação obtemos y(t) = − 81 (x(t))2 + x(t) + 18 = − 18 t2 + t + 18 . E, portanto,
⃗ = (t, − 1 t2 + t + 1 ) parametriza y = − 1 x2 + x + 1 . Para determinar a variação de t, notemos
β(t) 8 8 8 8 ( )
⃗ = t, (t, − 1 t2 + t + 1 ,
que como x = t e x varia de 1 a 3, segue que t varia de 1 a 3. Portanto, β(t) 8 8
em que t ∈ [1, 3], é a parametrização de parte da parábola y = − 18 x2 + x + 18 . Observemos que

conforme t varia de 1 a 3, β(t) percorre parte da parábola tendo seu inı́cio em P e seu término em

Q, já que, β(1) ⃗
= (1, 1) e β(3) = (3, 2).

Na Figura 2 está plotada as duas curvas determinadas nessa resolução.

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CÁLCULO III EP1 8

y
3.0

2.5

Q
2.0

1.5

P
1.0

0.5

x
1 2 3 4

Figura 2: Exercı́cio 7

Exercı́cio 8 Para cada curva paramétrica, em que t ∈ R, determine a equação cartesiana e esboce
seu gráfico, indicando sua orientação. Note que as quatro parametrização satisfazem a equação
cartesiana y = x2 .
{ {
x = t, x = t2 ,
(a) 2 (b)
y =t ; y = t4 ;
{ {
x = sen(t), x = et
(c) (d)
y = 1 − cos2 (t); y = e2t .
Solução:

Vamos determinar inicialmente as equações cartesianas dos itens de (a) a (d):

Em (a), isolando o parâmetro t, obtemos x = t ⇒ y = t2 = x2 , ou seja , y = x2 .

Em (b), x = t2 ⇒ x2 = t4 ⇒ y = t4 = x2 , ou seja , y = x2 .

Em (c), x = sen(t) ⇒ x2 = sen2 (t) = 1 − cos2 (t) = y, ou seja , y = x2 .

Em (d), x = et ⇒ x2 = e2t = y, ou seja , y = x2 .

Assim, todas as curvas paramétricas dadas no enunciado possuem a mesma equação cartesiana, a
saber
y = x2 (uma parábola) .
Vamos, agora, obter os traços de cada curva paramétrica dada.
(a) Quando t varia no conjunto dos números reais, x = t também tem essa variação, portanto o
gráfico do item (a) é toda a parábola que é percorrida obviamente da esquerda para a direita,
como mostra a Figura 3.
(b) Como x = t2 , temos que x ≥ 0 e como y = t4 temos também que y ≥ 0. Portanto, a
parametrização se refere a um trecho da parábola que está localizada no primeiro quadrante.

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CÁLCULO III EP1 9

y
4

x
-2 -1 1 2

Figura 3: Exercı́cio 8-(a)

Analisemos, como se dá o crescimento da abscissa. Como x(t) = t2 ⇒ x ′ (t) = 2t, logo, se
t < 0 então x ′ (t) < 0 ⇒ x(t) = t2 é decrescente e se t > 0 então x ′ (t) > 0 ⇒ x(t) = t2 é
crescente. Ou seja, quando t < 0, a curva é percorrida no sentido mostrado na Figura 4-(i), até
atingir a abscissa mı́nima x(0) = 0. Quando t > 0, a curva passa a ser percorrida no sentido
contrário, como mostrado na Figura 4-(ii).

(i) (ii)

y y
4 4

2 tb0 2 t³0

x x
-2 -1 1 2 -2 -1 1 2

Figura 4: Exercı́cio 8
{
x = sen(t)
(c)
y = 1 − cos2 (t), t ∈ R.
Sabemos que, quando t varia, por exemplo, de − π2 até π2 , x = sen(t) varia de −1 até 1, como
mostrado na Figura 5-(i).
Nesse caso, a curva parametrizada percorre o trecho da parábola, mostrado na Figura 5-(ii),
conforme o sentido indicado nessa figura.
Agora, quando t varia de π
2
até 3π
2
, x = sen(t) decresce de 1 até −1, como mostrado na
Figura 6-(i).
Nesse caso, a curva percorre o trecho da parábola, mostrado na Figura 6-(ii), com o sentido
indicado nessa figura.

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CÁLCULO III EP1 10

(i) (ii)

z y
1 4

z = senHtL
þ þ
2 - btb
Π Π
t 2 2
-2 2

x
-1 -2 -1 1 2

Figura 5: Exercı́cio 8-(c)

(i) (ii)

z y
1 4

z = senHtL
þ 3þ
2 btb
t 2 2
Π 3Π
2 2

x
-1 -2 -1 1 2

Figura 6: Exercı́cio 8-(c)

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CÁLCULO III EP1 11

Procedendo assim, vemos que[ a orientação da]curva oscila cada vez que t percorre um intervalo
de comprimento π da forma kπ − π2 , kπ + π2 , com k ∈ Z.

(d) Nesse item x = et > 0, para todo t ∈ R. Mais ainda, x ′ (t) = et > 0, ou seja, x = et é
crescente. O gráfico da curva é mostrado Figura 7, com sua respectiva orientação. Notemos
que a curva não passa pela origem, pois x = et > 0.
y
4

x
-2 -1 1 2

Figura 7: Exercı́cio 8-(d)

Exercı́cio 9 Determine uma parametrização para:

(a) a reta que é a interseção dos planos 2x + y + 4z = 6 e 2x − y + z = 4;

(b) a curva de interseção entre a esfera x2 + y 2 + z 2 = 9 e o plano z = 2.

(c) a curva de interseção entre os paraboloides z = 18 − x2 − y 2 e z = x2 + 5y 2 .

Solução:

(a) Seja α(t) = (x(t), y(t), z(t)) a parametrização procurada. Suponha que z(t) = t. Logo, como
(x(t), y(t), z(t)) pertence aos planos, temos que 2x(t) + y(t) + 4t = 6 e 2x(t) − y(t) + t = 4.
Dessa forma, (x(t), y(t), t) deve satisfazer o sistema
{
2x(t) + y(t) = 6 − 4t
2x(t) − y(t) = 4 − t.

Resolvendo esse sistema, obtemos que x(t) = 52 − 54 t e y(t) = 1 − 23 t. Portanto, a parame-


trização (para a reta de interseção
) dos planos 2x + y + 4z = 6 e 2x − y + z = 4 é dada por
⃗ (t) = 2 − 4 t, 1 − 2 t, t , com t ∈ R. Na Figura 8-(a) plotamos os gráficos dos planos
α 5 5 3

2x + y + 4z = 6 em verde e de 2x − y + z = 4 em azul, bem como da reta de interseção, que


está em vermelho.

(b) Sabendo que a curva de interseção é uma circunferência.


⃗ = (x(t), y(t), z(t)) sua parametrização.
Seja β(t)
Como as coordenadas de (x(t), y(t), z(t)) satisfazem as equações x2 + y 2 + z 2 = 9 e z = 2,
temos que z(t) = 2 e (x(t))2 + (y(t))2 + 22 = 9, o que implica que (x(t))2 + (y(t))2 = 5.

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CÁLCULO III EP1 12


Logo, x(t),
√ y(t) descrevem√uma circunferência de centro (0, 0) e raio 5 no plano-xy, assim,
x(t) = 5 cos(t), y(t) = 5 sen(t), com 0 ≤ t ≤ 2π.
Notemos que essa circunferência é a projeção da curva de interseção sobre o plano-xy.
Portanto, a parametrização da curva de interseção é dada por
√ √
⃗ = (x(t), y(t), z(t)) = ( 5 cos(t), 5 sen(t), 2).
β(t)

Na Figura 8-(b) plotamos os gráficos da esfera x2 + y 2 + z 2 = 9 em verde e do plano z = 2 em


azul, bem como da curva de interseção, que está em vermelho.

(c) Seja ⃗r(t) = (x(t), y(t), z(t)) a parametrização procurada. Fazendo a interseção dos paraboloides,
isto é, resolvendo o sistema {
z = 18 − x2 − y 2
z = x2 + 5y 2
x2 y9
obtemos a curva de interseção C dada pela equação + = 1, onde a altura z dessa curva é
9 3
especificada pela equação de um dos parabolóides. A projeção de C no plano–xy é uma elipse
que tem equações paramétricas


x = √3 cos(t)
y = 3 sen(t), 0 ≤ t ≤ 2π


z = 0.

Logo, as equações paramétricas de C são




x = √ 3 cos(t)
y = 3 sen(t), 0 ≤ t ≤ 2π


z = 9 cos2 (t) + 15 sen2 (t).

Portanto, a parametrização da curva de interseção é dada por



⃗r(t) = (3 cos(t), 3 sen(t), 9 cos2 (t) + 15 sen2 (t)),

com 0 ≤ t ≤ 2π. Na Figura 8-(c) plotamos os gráficos de z = 18 − x2 − y 2 em azul e de


z = x2 + 5y 2 em amarelo, bem como da curva de interseção, que está em vermelho.

( )
2t 1 + t3 t
Exercı́cio 10 Seja α
⃗ (t) = , 2 , , t ∈ R. Determine os pontos de continuidade
sen(πt) t − 4 t2 + 1
de α
⃗ (t).
Solução:

Os pontos onde α
⃗ (t) é contı́nua são os pontos onde todas as funções componentes de α
⃗ (t) são
2t 1 + t3 t
contı́nuas, isto é, onde x(t) = , y(t) = 2 , z(t) = 2 são contı́nuas.
sen(πt) t −4 t +1

Como x(t) é contı́nua em R − {t : sen(πt) = 0}, isto é, em R − {t = n : n ∈ Z}, y(t) é contı́nua
em R − {−2, 2} e z(t) é contı́nua em R, segue que α
⃗ (t) é contı́nua em R − Z.

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CÁLCULO III EP1 13

(a) α
⃗ (t) ⃗
(b) β(t)

(c) ⃗r(t)

Figura 8: Exercı́cio 9

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CÁLCULO III EP1 14

Exercı́cio 11 Determine se a função


 ( )


sen(t)
,1 , t ̸= 0,
t
α
⃗ (t) =


(0, 1), t = 0.

é contı́nua em t = 0. Justifique sua resposta.

⃗ (t) seja contı́nua em t = 0, devemos ter que lim− α


Solução: Para que a função α ⃗ (t) = lim+ α
⃗ (t) =
t→0 t→0
α
⃗ (0). Ou seja, ( ) ( )
sen(t) sen(t)
lim− ,1 = lim+ ,1 = (0, 1).
t→0 t t→0 t
sen(t)
Mas, como lim ⃗ (t) ̸= (0, 1) e, portanto, α
é igual a 1 e não zero, segue que lim α ⃗ (t) não é
t→0 t t→0
conı́nua em t = 0.

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