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EP3 Gabarito

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

EP3 – CÁLCULO III – Gabarito

a2
Exercı́cio 1 (AD1/2014-1) Seja C a curva de interseção entre as esferas x2 + y 2 + z 2 = −ax +
4
e x2 + y 2 + z 2 = ax, onde a ∈ R − {0}.

(a) Determine uma parametrização para C;

(b) Determine o comprimento de C.

Solução:

Se P = (x, y, z) ∈ R3 pertence a interseção entre as duas superfı́cies dadas, então

a2
x + y + z = −ax +
2 2 2
e x2 + y 2 + z 2 = ax,
4
a2 a
o que implica ax = −ax + 4
. Assim, devemos ter x = e
8
(√ )2
a2 a2 7a2 7
y 2 + z 2 = ax − x2 = − = = a .
8 64 64 8

Logo, podemos parametrizar C pondo


( √ √ )
a 7 7
α(t) = (x(t), y(t), z(t)) = , a cos t, asen t ,
8 8 8

com t ∈ [0, 2π].


Sendo α = α(t) a parametrização de C obtida no item anterior, sabemos que
( √ √ )
7 7
α′ (t) = 0, − asen t, a cos t
8 8

e v ( √ )2 ( √ )2
u √
u |a|
∥α′ (t)∥ = t02 + −
7 7 7
a + a cos t = .
8 8 8

Consequentemente, o comprimento de C é dado por


∫ 2π

′ π|a| 7
L= ∥α (t)∥dt = .
0 4

Exercı́cio 2 (AD1/2014-1) Sejam X um subconjunto de R e considere duas funções vetoriais


deriváveis F : X −→ R3 e G : X −→ R3 . Mostre que:
CÁLCULO III EP3 2

(a) a função produto escalar (F · G) : X −→ R é derivável e é válida a relação

d dF dF
(F · G) = ·G+F · ;
dt dt dt

(b) se existir k ∈ R tal que ∥F (t)∥ = k para todo t ∈ X, então

dF
F· = 0.
dt

Solução:

Na resolução de ambos os itens, ponhamos F (t) = (F1 (t), F2 (t), F3 (t)) e G(t) = (G1 (t), G2 (t), G3 (t))
para todo t ∈ X.

(a) Por definição,


(F · G)(t) = F1 (t)G1 (t) + F2 (t)G2 (t) + F3 (t)G3 (t).
Como, para cada i ∈ {1, 2, 3}, as funções Fi : X −→ R e Gi : X −→ R são deriváveis, segue
da regra derivação para funções reais de uma variável real que

(Fi Gi )′ (t) = Fi′ (t)Gi (t) + Fi (t)G′i (t)

para todo t ∈ X. Portanto,

(F · G)′ (t) = (F1 G2 )′ (t) + (F2 G2 )′ (t) + (F3 G3 )′ (t)


= F1′ (t)G1 (t) + F1 (t)G′1 (t)
+F2′ (t)G2 (t) + F2 (t)G′2 (t)
+F3′ (t)G3 (t) + F3 (t)G′3 (t)
= (F1′ (t), F2′ (t), F3′ (t)) · (G1 (t), G2 (t), G3 (t))
+(F1 (t), F2 (t), F3 (t)) · (G′1 (t), G′2 (t), G′3 (t))
= F ′ (t) · G(t) + F (t) · G′ (t)

para todo t ∈ X, isto é, a fórmula utilizada para derivar o produto de duas funções escalares
pode ser estendida para derivarmos o produto escalar de duas funções vetoriais.

(b) Por definição, ∥F (t)∥ = F (t) · F (t) para todo t ∈ X. Logo, utilizando o item (a) para
derivar (com respeito a t) os membros da igualdade

k 2 = ∥F (t)∥2 = F (t) · F (t),

obtemos
d 2 d dF dF dF
0= (k ) = [F (t) · F (t)] = (t) · F (t) + F (t) · (t) = 2F (t) · (t)
dt dt dt dt dt
para todo t ∈ X.

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CÁLCULO III EP3 3

Exercı́cio 3 Uma partı́cula move-se no espaço segundo à função r(t) = (x(t), y(t), z(t)), onde
t ≥ 0.

(a) Determine a função r = r(t), supondo que v(t) = r′ (t) = (t, 2t, t + 1) e r(0) = (0, 0, 1);

(b) Determine a função r = r(t), supondo que a(t) = r′′ (t) = (2, −1, t), v(0) = (1, 0, 0) e
r(0) = (0, 1, 0).

Solução:

(a) Como (x′ (t), y ′ (t), z ′ (t)) = r′ (t) = (t, 2t, t + 1), obtemos

t2
x(t) = tdt = + C1 ,
2

y(t) = 2tdt = t2 + C2
e ∫
t2
z(t) = (t + 1)dt = + t + C3 ,
2
onde C1 , C2 e C3 são três constantes reais. Como = (x(0), y(0), z(0)) = r(0) = (0, 0, 1),
segue que C1 = 0, C2 = 0 e C3 = 1, ou seja,
( 2 )
t 2 t2
r(t) = (x(t), y(t), z(t)) = ,t , + t + 1 .
2 2

(b) Como (x′′ (t), y ′′ (t), z ′′ (t)) = r′′ (t) = (2, −1, t), obtemos


x (t) = 2dt = 2t + K1 ,


y (t) = (−1)dt = −t + K2
e ∫
′ t2
z (t) = tdt = + K3 ,
2
onde K1 , K2 e K3 são três constantes reais. Uma vez que v(0) = (1, 0, 0), segue que K1 = 1,
K2 = 0 e K3 = 0, ou seja,
( )
′ ′ ′ t2
v(t) = (x (t), y (t), z (t)) = 2t + 1, −t, .
2
Agora, argumentando de forma análoga, temos

x(t) = (2t + 1)dt = t2 + t + L1 ,

−t2
y(t) = (−t)dt = + L2
2
e ∫ 2
t t3
z(t) = dt = + L3 ,
2 6

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CÁLCULO III EP3 4

onde L1 , L2 e L3 são três constantes reais. Lembrando que r(0) = (0, 1, 0), vem que L1 = 0,
L2 = 1 e L3 = 0, isto é,
( )
2 −t2 t3
r(t) = (x(t), y(t), z(t)) = t + t, + 1,
2 6

Exercı́cio 4 Seja F : [t1 , t2 ] −→ R3 uma força que atua sobre uma partı́cula entre os instantes
t1 ≥ 0 e t2 ≥ 0. O impulso de F entre os instantes t1 e t2 é definido por
∫ t2
I= F (t)dt.
t1

Calcule o impulso de F no intervalo [0, 2], quando a força que atua sobre uma partı́cula é dada por
F (t) = t⃗i + ⃗j + t2⃗k.
Solução:

De acordo com a definição apresentada no enunciado, o impulso de F entre os instantes t1 = 0 e


t2 = 2 é dado por
∫ 2 ∫ 2 (∫ 2 ∫ 2 ∫ 2 ) ( 2 2 ) ( )
( ) t t 3 2
8
I= F (t)dt = 2
t, 1, t dt = tdt, 1dt, 2
t dt = 2
, t| , = 2, 2, .
0 0 0 0 0 2 0 0 3 0 3

( )
Exercı́cio 5 Uma partı́cula move-se ao longo de uma curva ⃗γ (t) = 3t2 , 2t + 1 .

(a) Determine a velocidade da partı́cula no ponto (12, 5),

(b) Determine o instante que a partı́cula está sobre a circunferência x2 + y 2 = 18.

Solução:

(a) A velocidade da( partı́cula em) t0 é dada por ⃗v (t0 ) = ⃗γ ′ (t0 ).


Como ⃗γ (t0 ) = 3t20 , 2t0 + 1 = (12, 5), segue que t0 = 2.
Também ⃗γ ′ (t) = (6t, 2), assim ⃗v (2) = ⃗γ ′ (2) = (12, 2) .

(b) Como ( 2 )
⃗γ (t) = |{z}
3t , 2t + 1
| {z } ,
x(t) y(t)

a partı́cula está em x2 + y 2 = 18 se

(3t2 )2 + (2t + 1)2 = 18 =⇒ 9t4 + 4t2 + 4t + 1 = 18 =⇒ t = 1 .

Assim, a partı́cula está sobre a circunferência x2 + y 2 = 18 depois de 1 segundo.

Exercı́cio 6 Seja C a curva de interseção das esferas x2 + y 2 + z 2 = 2y e x2 + y 2 + z 2 = 1.

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CÁLCULO III EP3 5

(a) Determine uma parametrização para C.

(b) Determine o comprimento de C.

Solução:

(a) Como {
x2 + y 2 + z 2 = 2y 1
=⇒ 2y = 1 =⇒ y = .
x2 + y 2 + z 2 = 1 2

Assim, temos que


( √ )2
1 3 3
x + z = 1 − y = 1 − =⇒ x2 + z 2 = =⇒ x2 + z 2 =
2 2 2
4 4 2

Portanto,  √

 3

x = 2 cos(t)

 √

z = 3 sen(t), 0 ≤ t ≤ 2π
2
1
e como y = , segue que uma parametrização de C é dada por
2
(√ √ )
3 1 3
α
⃗ (t) = cos(t) , , sen(t) , 0 ≤ t ≤ 2π .
2 2 2

⃗ (t), com a ≤ t ≤ b, é dado por


(b) O comprimento de arco da curva definida por α
∫ b ∫ b√

L(⃗α) = ||⃗
α (t)|| dt = (x ′ (t))2 + (y ′ (t))2 + (z ′ (t))2 ) dt.
a a
( √ √ )
′ 3 3
⃗ (t) = −
Como α sen(t) , 0 , cos(t) , a = 0, b = 2π, temos que
2 2
√ √
′ 3 3 3
||⃗
α (t)|| = 2 2
sen (t) + cos (t) = .
4 4 2

Assim,
∫ 2π √ √
3
L(⃗
α) = dt = 3π .
0 2

Exercı́cio 7 A trajetória de uma partı́cula é dada por ⃗γ (t) = (3cos(t), 3sen(t), 4t). Em t = 2π, ela
abandona a trajetória e passa a caminhar na direção da tangente. Determine:

(a) sua posição em t = 4π;

(b) a distância percorrida de t = 0 até t = 5π.

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CÁLCULO III EP3 6

Solução:

(a) Temos que em t = 2π, a posição da partı́cula é γ(2π) = (3, 0, 8π), e que a reta tangente em
⃗ (s) = ⃗γ (2π) + s ⃗γ ′ (2π). (Observe que ⃗v (t) = ⃗γ ′ (t) é o vetor velocidade.)
t = 2π tem equação α

Como ⃗γ ′ (t) = (−3sen(t), 3cos(t), 4), segue que a reta tangente é dada por

α
⃗ (s) = (3, 0, 8π) + s(0, 3, 4) = (3, 3s, 8π + 4s).

Como a partı́cula percorre mais 2π segundos sobre a tangente temos que sua posição em t = 4π
é α
⃗ (2π) = (3, 6π, 16π).

(b) A distância percorrida de t = 0 até t = 5π é a distância percorrida sobre a curva ⃗γ (t) de t = 0


até t = 2π, mais a distância percorrida sobre a reta tangente de t = 2π até t = 5π. A distância
percorrida sobre a curva ⃗γ (t) é o comprimento da curva, isto é,
∫ 2π ∫ 2π

L(⃗γ ) = ||⃗γ (t)|| dt = (9sen2 (t) + 9cos2 (t) + 42 )1/2 dt
∫0 2π 0

= 5dt = 10π,
0

e a distância percorrida sobre a reta tangente é


∫ 5π ∫ 5π

L(⃗α) = ||⃗
α (t)|| dt = ||(0, 3, 4)|| dt
2π 2π
∫ 5π
= 5 dt = 15π.

Assim, a distância percorrida de t = 0 até t = 5π é L(⃗γ ) + L(⃗


α) = 10π + 15π = 25π.

Exercı́cio 8 Uma partı́cula desloca-se sobre a curva dada por


( )

 acos(t), asen(t) , 0 ≤ t ≤ π,

α
⃗ (t) = ( ) com a > 0.


 a cos(t) − a , a sen(t) , π < t ≤ 3π,
2 2 2

(a) Faça um esboço do gráfico da curva.

(b) Determine o espaço percorrido pela partı́cula de t = 0 até t = 2π.

(c) Determine os pontos onde o vetor velocidade é horizontal.

Solução:

(a) Para 0 ≤ t ≤ π, temos uma semi-circunferência


( ) de centro (0, 0) e raio a, e para π < t ≤ 2π
a a
temos uma circunferência de centro − , 0 e raio . Assim, o gráfico é
2 2

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CÁLCULO III EP3 7

y
a

x
-a - a2

(b) Temos que


( )

 − asen(t) , acos(t) , 0 ≤ t ≤ π,

⃗ ′ (t) = (
α ) com a > 0.


 − a sen(t) , a cos(t) , π < t ≤ 3π,
2 2

Assim, 

a, 0 ≤ t ≤ π,

||⃗
α (t)|| = com a > 0.

a, π < t ≤ 3π,
2
Logo, ∫ ∫ ∫
2π π 2π
′ a aπ 3aπ
L(⃗
α) = ||⃗
α (t)|| dt = a dt + dt = aπ + =
0 0 π 2 2 2

(c) Para determinar os pontos onde o vetor velocidade é horizontal, basta determinar em que pontos
π
a segunda componente de α ⃗ ′ (t) é zero. Assim, acos(t) = 0, para 0 ≤ t ≤ π, se t = . E,
2
a 3π 5π
cos(t) = 0, para π < t ≤ 3π, se t = ou t = . Logo, os pontos são:
2 2 2
( )
π
α
⃗ = (0, a),
( 2) ( )
3π a a
α
⃗ = − ,− ,
(2) ( 2 )2
5π a a
α
⃗ = − , .
2 2 2

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