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Xenobióticos

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E-book

Poluentes cutâneos:
Os tais dos
XENOBIÓTICOS
Dra. Fernanda Chauvin
Farmacêutica – Bioquímica formada pela USP
Pós-Graduada em Cosmetologia pela USP
Pós-Graduada em Homeopatia pela USP
Especialista em Dermatocosmética
1ª brasileira (desde 2016) a se tornar membro
da I.A.C. - International Association for applied
Corneotherapy

Natalie Santiago
Esteticista e Cosmetóloga
Graduanda em Nutrição
Técnica Educacional da Ellementti
Definição:
Xenobióticos
São substâncias que intoxicam nosso
organismo, já que são capazes de alterar o
mecanismo funcional do sistema
neuroendócrino e, consequentemente, a
pele.

A palavra vem do idioma grego:


xeno quer dizer estranho e
biótico se refere a um organismo vivo
(sistema biológico). Logo, os xenobióticos
são compostos químicos estranhos ao
organismo e que não são produzidos ou
esperados.
EXPOSOME
Nós estamos expostos a um
número continuamente
crescente dessas substâncias
xenobióticas seja a partir dos
alimentos, dos cosméticos,
do ambiente ou mesmo de
procedimentos terapêuticos.
HOMEOSTASE
O organismo busca constantemente manter a
homeostase (equilíbrio), dessa forma, precisa
transformar essas substâncias toxicas em atóxicas
ou elimina-las, a fim de prevenir qualquer tipo de
dano que elas possam causar. Com esse objetivo,
ocorre uma série de reações bioquímicas que, no
entanto, nem sempre são capazes de atuar com
eficiência na eliminação dessas substâncias.
DISRUPTORES
HORMONAIS

Uma das principais preocupações com


relação aos xenobióticos é que muitos
deles agem como disruptores
hormonais, ou EDCs (Endocrine-Disrup-
ting Chemicals), que se acumulam em
tecidos gordurosos, não são eliminados
e passam a agir como se fossem os
hormônios segregados pelas glândulas,
“tomando” o seu lugar, alterando o
funcionamento do corpo humano e
provocando sérias alterações
endócrinas.
TRANSPLACENTÁRIAS
Outra grande preocupação é que essas substâncias
químicas reativas também são transplacentárias, isto é,
conseguem ultrapassar a barreira protetora da placenta e
atingir o feto. Mesmo que a mãe ainda não esteja
sofrendo com as consequências destas substâncias
toxicas, o próprio filho desenvolve-se sob seus efeitos
negativos. Não se sabe ainda quais são os efeitos dessa
retaliação, a longo prazo, na vida do indivíduo. As
evidências levam a crer que estão altamente
relacionadas com o crescente aumento no número de
casos de câncer, em qualquer tecido ou órgão do
organismo e em qualquer faixa etária.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA
SAÚDE (OMS)
De acordo com a OMS há indícios de que a exposição
aos disruptores endócrinos, ao longo do tempo,
aumentaram algumas doenças, como:
Reprodutivas/endócrinas: câncer de mama, câncer de
próstata, endometriose, infertilidade, diabetes;
Imunes/autoimunes: suscetibilidade a infecções, doenças
autoimunes;
Cardiopulmonares: asma, doenças cardíacas, hipertensão,
infarto;
Cerebrais/nervosas: mal de Parkinson, mal de Alzheimer,
transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH),
dificuldades de aprendizado;
A Obesidade é outra doença relacionada
aos disruptores endócrinos. Acredita-se que a principal
ação dos disruptores endócrinos relacione-se à
interferência na diferenciação do adipócito e nos
mecanismos de homeostase do peso.
O tal do xenobiótico também tem
efeitos negativos sobre a pele:
A PELE E AS aumenta a liberação de mediadores
químicos pró-inflamatórios, aumenta
ALTERAÇÕES a peroxidação lipídica, aumenta,
CAUSADAS PELOS significativamente, a liberação de
radicais livres, altera a membrana
XENOBIÓTICOS E celular, a mitose, a microbiota da
DISRUPTORES pele e a função mitocondrial,
provocando sérios danos às células e
HORMONAIS até mesmo levando-as à morte.
SUBSTÂNCIAS
XENOBIÓTICAS
As substâncias a seguir são
os xenobióticos mais ENTENDA O
utilizados em cosméticos, RÓTULO DOS SEUS
tanto de uso profissional PRODUTOS
quando de uso home care,
do mais sofisticado ao mais
simples.
FTALATOS ÓLEO MINERAL
As substâncias a seguir são os
xenobióticos mais utilizados em
cosméticos, tanto de uso
profissional quando de uso home PARABENOS TRIETANOLAMINA
care, do mais sofisticado ao mais
simples.

FILTROS SOLARES BISFENOL


ORGÂNICOS
FTALATOS

Os ftalatos são uma classe de substâncias ✓ Dimetil Ftalato (DMP),


capazes de promover a maleabilidade de
plásticos rígidos. São encontrados em muitos ✓ Dietil Ftalato (DEP),
cosméticos pois conferem brilho ao produto, ✓ Di-iso-butil Ftalato (DIBP),
aumentam a fixação de cor em esmaltes,
NÃO USAR batons e a fixação do perfume. Não são DE OLHO ✓ Di-n-butil Ftalato (DBP),
encontrados somente nas formulações dos NO RÓTULO
✓ Butilbenzil Ftalato (BBP),
cosméticos, mas também podem ser
encontrados nas embalagens, nos copos ✓ Dicicloexilo Ftalato (DCHP),
plásticos, em roupas e produtos farmacêuticos ✓ Di-(2-etil-exil) Ftalato (DEHP),
no geral.
É um grande disruptor hormonal relacionado ✓ Di-n-octil Ftalato (DOP),
com alterações da secreção da insulina, ✓ Di-isooctil Ftalato (DIOP),
promovendo alteração da glicemia e trazendo
grandes riscos a saúde. ✓ Di-iso-nonil Ftalato (DINP),
✓ Di-iso-decil Ftalato (DIDP)
PARABENOS

Substância química mais utilizada como ✓ Methylparaben,


conservante, presente na maioria dos
cosméticos. Estudos recentes sugerem ✓ Ethylparaben,
que o parabeno se acumula no estrato ✓ Propylparaben,
NÃO USAR córneo e pode influenciar na DE OLHO
diferenciação dos queratinócitos levando NO RÓTULO ✓ Butylparaben, e
a um envelhecimento celular precoce, Isobutylparaben.
além de ser um agente irritativo, que
pode desencadear dermatites de contato
e sensibilidades por mecanismos
desconhecidos. Potencializa a radiação
UV, causando efeitos prejudiciais à pele
quando exposta a luz solar.
.
ÓLEO MINERAL

O óleo mineral é uma substância ✓Mineral Oil,


sintética, produzida a partir de derivados
do petróleo, com alto peso molecular e ✓Parafin,
que não possui afinidade com moléculas ✓Paraffinum Liquidum,
NÃO USAR orgânicas. DE OLHO
Muito utilizado em cremes para NO RÓTULO ✓Petrolatum.
promover deslizamento, os óleos
minerais não são biocompatíveis com
nossa pele e provocam tamponamento de
poros e óstios, aumentam a geração de
radicais livres, possuem ação
comedogênica e são tóxicos ao meio
ambiente.
TRIETANOLAMINA

Composto químico altamente alcalino, ✓Triethanolamine


muito utilizado em cosméticos,
detergentes, perfumes, para dissolver
tintas látex, ceras e outros compostos.
NÃO USAR É um componente altamente tóxico, DE OLHO
provoca sensibilidade e irritação nos NO RÓTULO
tecidos. Exposições repetitivas a essa
substância pode causar lesões no fígado
e nos rins.
Reage com as proteínas das células
provocando a desnaturação das mesmas,
seu envelhecimento precoce, redução da
sua barreira de proteção e sua
desidratação, por interferir diretamente
na membrana celular.
BISFENOL .

O Bisfenol A (BPA) é um composto utilizado


na fabricação de policarbonato, um tipo
de resina utilisada na produção da maioria
dos plásticos. De acordo com estudos, o
NÃO USAR componente tem similaridade com o
hormônio feminino e da tireoide sendo um
Disruptor Hormonal.
Esses estudos sugerem que, ao entrar em
contato com o organismo humano,
principalmente durante a vida
intrauterina, a substância pode afetar o
sistema endócrino, aumentando ou
diminuindo a ação de hormônios
naturalmente produzidos pelo corpo
humano, o que gera danos à saúde, como
endometriose e câncer.
BISFENOL .

1. Use mamadeiras e utensílios de vidro,


2. Jamais esquente no microondas bebidas e alimentos
acondicionados no plástico. O bisfenol A é liberado em
maiores quantidades quando o plástico é aquecido.
COMO EVITAR 3. Evite levar ao freezer alimentos e bebidas acondicionadas no
A EXPOSIÇÃO plástico. A liberação do composto também é mais intensa
quando há um resfriamento do plástico.
4. Evite o consumo de alimentos e bebidas enlatadas, pois o
bisfenol é utilizado como resina epóxi no revestimento
interno das latas.
5. Evite pratos, copos e outros utensílios de plástico. Opte pelo
vidro, porcelana e aço inoxidável na hora de armazenar
bebidas e alimentos.
6. Descarte utensílios de plástico lascados ou arranhados. Evite
lavá-los com detergentes fortes ou colocá-los na máquina de
lavar louças.
.
FILTROS SOLARES

Os filtros solares orgânicos são agentes químicos


capazes de absorver a radiação UVA (400 a 320 nm)
e/ou UVB (320 a 280 nm), por isso são utilizados em
fotoprotetores. Estudos indicam que alguns filtros
NÃO USAR solares orgânicos podem atuar como disruptores
endócrinos, sendo absorvidos após aplicação tópica e
influenciando os hormônios reprodutivos.

Foram constatadas as atividades estrogênicas do:


3-Benzilideno cânfora, benzofenona-2, homosalato,
benzofenona-1, octil metoxicinamato, 2-etilhexil 4-
DE OLHO dimetilami-nobenzoato, 3-4-metil-benzilideno cânfora
NO RÓTULO e benzofenona-3.
.
FILTROS SOLARES
E IMPACTO AMBIENTAL

Além disso, todos os anos, 14 mil toneladas de protetor solar vão parar
nos oceanos. Dessas, de 4 a 6 mil toneladas se acumulam sobre recifes
de corais por todo o planeta, sendo uma das principais ameaças para a
existência dessas formações.

Estudos publicados nos últimos 10 anos descobriram que essas


substâncias químicas de filtragem UV - chamadas benzofenonas – são
altamente tóxicas para os corais juvenis e outras espécies marinhas,
além de contribuírem para o branqueamento de recifes de corais.

Para impedir que isso continue, pelo menos localmente, o governador do


Havaí, David Ig, assinou na terça-feira, 3 de julho de 2018, a proibição
da venda, em todo o estado, de protetores solares com dois compostos
químicos: a oxibenzona e o octinoxato, encontrados em milhares de
protetores solares e outros produtos para a pele..
Respeito ao
ecossistema cutâneo e
ambiental

LIVRE DE XENOBIÓTICOS, os cosméticos da


ELLEMENTTI são desenvolvidos com a mais
alta tecnologia, utilizando-se de ativos
altamente seguros e eficazes para as mais
diversas disfunções presentes na pele,
buscando sempre a saúde do maior órgão do
corpo humano.
NOSSOS CONCEITOS
NOSSOS PILARES
REFERÊNCIAS
GONÇALVES et al. A importância da determinação analítica de intermediários
reativos e de seus produtos de reações com biomacromoléculas: uma mini
revisão, 2013.
Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/qn/v37n2/v37n2a20.pdf Acesso em 01/02/2019

MAURICE, C. F; HAISER J.H; TURNBAUGH, P.J. Xenobiotics Shape the Phisiology


and Gene Expression of Active Human Gut Microbiome; Elsevier Inc, p.39-50,
2013.
Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3552296/ Acesso em
01/02/2019

SERRANO et al. Disruptores endocrinos. El caso particular de los xenobioticos


estrogenicos i. Estrogenos naturales, 2011.
Disponível em:
http://digibug.ugr.es/bitstream/handle/10481/24836/disruptores1.pdf?seque
nce=1&isAllowed=y Acesso 01/02/2019

MICHALUN, M.V; MICHALUN, N. Dicionário de ingredientes para cosmética e


cuidados da pele. Editora Milady, 2011
E-book
Poluentes cutâneos:
Os tais dos XENOBIÓTICOS

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