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História - Colonia

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Brasil Colônia

O Brasil Colônia é o período que compreende os anos de 1530 a 1822.


Esse fato histórico foi iniciado com a primeira expedição realizada por
Martim Afonso de Souza, no litoral brasileiro.
— Brasil pré-colonial
No período pré-colonial a economia baseava-se na exploração do pau-
brasil. Essa atividade consistia na extração de tinta da madeira para a pintura
de tecidos. Portanto, essa era a atividade econômica da época. Para cortar a
madeira, os portugueses davam aos índios objetos como: quinquilharias,
metais, espelhos, colares, entre outros. Na história chama-se essa troca de
escambo.
— Brasil Colônia: o começo
De acordo com a história do Brasil, o marco inicial do Brasil Colônia foi
o momento em que D. João III encaminhou Martim Afonso de Souza, em
1530, para realizar uma expedição colonizadora no litoral brasileiro. A
finalidade foi estabelecer vilas e dividir lotes de terras para os donatários
(pessoa que administrava terras que recebiam) explorarem metais preciosos
e cultivassem a cana-de-açúcar.
O trabalho de expedição de Martim Afonso de Souza estendeu-se do
litoral de Pernambuco até o rio da Prata. Ele fundou no litoral paulista a
primeira vila do Brasil, em 1532, denominada de Vila de São Vicente.
A partir de então, Portugal adotou uma medida para estabelecer o processo
de colonização do Brasil: as Capitanias Hereditárias. Essa estratégia
consistiu na divisão do país em 15 capitanias hereditárias, que eram faixas
de terras que abrangia o litoral brasileiro até o limite estabelecido pelo
Tratado de Tordesilhas. Esse era um documento que atestava o acordo
entre Portugal e Espanha sobre os limites das terras descoberta por ambos.
Como foi dito, quem recebia os lotes eram denominados de donatários. Já
os documentos que atestavam o direito de posse das terras eram
denominados carta de doação e floral.
— As capitanias hereditárias
• Pará – João de Barros e Aires a Cunha
• Maranhão – Fernando Álvares de Andrade
• Piauí – Antônio Cardoso de Barros
• Rio Grande- João de Barros e Aires da Cunha
• Itamaracá – Pero Lopes de Souza
• Pernambuco- Duarte Coelho
• Baía de Todos os Santos – Francisco Pereira Coutinho
• Ilhéus – Jorge Pereira Coutinho
• Porto Seguro – Pero de Campo Tourinho
• Espírito Santo – Vasco Fernandes Coutinho
• São Tomé- Pero de Góis
• Rio de Janeiro - Martim Afonso de Souza
• Santo Amaro - Pero Lopes de Souza
• São Vicente – Martim Afonso de Souza
• Santana – Pero Lopes de Souza
— Motivos de Portugal para a colonização
A terra recém-descoberta despertava o interesse não apenas de Portugal,
mas também de outras nações. Os lusitanos enfrentavam ameaças de navios
estrangeiros que cercavam o litoral brasileiro. Como exemplo, os franceses
que haviam fortalecido relações com os indígenas. Além disso, alguns países
não reconheciam o Tratado de Tordesilhas.
Não apenas a ameaça estrangeira de instalar-se no Brasil, mas também a
busca por metais preciosos contribuíram para a escolha de Portugal em
colonizar o país. A Espanha havia descoberto ouro na América. Com isso,
os portugueses criaram a expectativa de encontrar o brilhante de cor amarela
também em solo brasileiro.
— A criação do governo geral
No Brasil Colônia, o primeiro governo-geral foi criado em 1548. O
sistema de capitanias hereditárias não deixou de existir, porém algumas
fracassaram em detrimento de alguns motivos como:
• Ausência de recursos financeiros;
• Ataque de índios;
• Amaça de estrangeiros;
• Distância em relação à Metrópole.
O objetivo de Portugal em criar um governo-geral era de reduzir o poder
dos donatários e formar um comando geral na colônia. A Bahia foi
selecionada como a sede do Governo-Geral em razão do lugar ser um ponto
estratégico para estabelecer a comunicação com as outras capitanias
brasileiras.
— Quem foram os governadores gerais
Para administrar a colônia e responder em nome do rei foi escolhido um
governador-geral. O três primeiros foram:
• Tomé de Souza: ele foi o primeiro governador-geral. Na sua administração
fundou a cidade de Salvador (1549), a primeira capital da colônia. O governo
de Tomé de Souza durou de 1549 a 1553;
• Duarte da Costa: ele foi o segundo governador geral da colônia. O
governo dele durou de 1553 a 1558;
• Mem de Sá: o terceiro a assumir o governo geral. Na administração de
Mem de Sá os franceses foram expulsos do Brasil. Ele também fundou a
cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro e permaneceu no cargo de 1558 a
1572.
— Estrutura do governo-geral no Brasil Colônia
O governo-geral no Brasil Colônia havia três auxiliares, sendo eles:
• Ouvidor-mor: encarregado da justiça do governo;
• Provedor-mor: responsável pelo setor financeiro;
• Capitão-mor: cuidava da defesa do litoral.
— A economia da época
Para estabelecer a política econômica no Brasil, Portugal adotou algumas
medidas, como a produção de cana-de-açúcar. Essa escolha foi em razão das
experiências bem-sucedidas de Portugal em outras colônias como São Tomé,
Ilhas de Madeira, Açores e Cabo Verde.
O comércio na colônia respeitava a medida do pacto colonial que era o
direito de exclusividade de comercialização entre colônia e metrópole. Os
portugueses utilizaram, a princípio, como mão de obra escrava os índios.
Estes, no entanto, resistiram e, além disso, a prática era condenada pelos
jesuítas. A partir de então, donos de comércios escravizaram negros que
vieram da África nos navios-negreiros. Os jesuítas reagiram contra a prática
de escravidão dos índios. Porém concordavam com a escravidão dos negros.
— Invasão holandesa
A invasão holandesa foi um dos fatos que ameaçou o domínio português
sobre o Brasil. Em 1580 ocorreu a União Ibérica que foi a unificação entre
as coroas de Portugal e Espanha. A Holanda era parceira dos portugueses,
porém inimiga dos espanhóis.
Os holandeses haviam investido na produção de cana-de-açúcar no Brasil.
No entanto, eles foram afastados dos negócios. Com isso, em 1624 tentaram
invadir a colônia, no estado da Bahia, permanecendo até 1625.
Outra tentativa de invasão foi em Pernambuco em 1630. A presença dos
holandeses no Brasil foi firmada a partir da chegada de Maurício de Nassau,
em 1637 onde ficou até 1644.
— A decadência do sistema colonial
O sistema colonial entrou em decadência, principalmente pelo desejo do
povo de quebrar vínculos com Portugal. Muitas revoltas ocorridas no Brasil
foram reflexos dessa insatisfação, como: Revolta de Beckman: (1684),
Guerra dos Emboabas (1708-1709), Guerra dos Mascates (1710), Rebelião
de Vila Rica (1720). Além dessas revoltas ocorreram movimentos
separatistas como a Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração Baiana
(1798).
A era do Brasil Colônia teve fim no dia 7 de setembro de 1822 quando D.
Pedro declarou a Independência do Brasil.

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