A Festa Do Boi de Pedra Azul Aspectos Historicos Estruturais e Socioculturais
A Festa Do Boi de Pedra Azul Aspectos Historicos Estruturais e Socioculturais
A Festa Do Boi de Pedra Azul Aspectos Historicos Estruturais e Socioculturais
SOCIOCULTURAIS
RESUMO
Esse artigo tem como foco a Festa do Boi de Janeiro da cidade de Pedra Azul, norte de
Minas Gerais, tendo como objetivo compreender os aspectos históricos, estruturais e
socioculturais da manifestação. Trata-se de uma festa característica da religiosidade
popular, organizada por leigos que é derivada da Festa do Bumba Meu Boi, onde
encontramos particularidades de origem portuguesa, indígena e africana. Na cidade de
Pedra Azul a Festa do Boi faz parte do ciclo da Folia de Reis e acontece sempre entre os
dias primeiro e seis de janeiro. O universo desta pesquisa foi constituído pelos mestres e
foliões participantes da Festa. Utilizamos como suporte metodológico e instrumento de
coleta de dados amplo estudo bibliográfico, pesquisa de campo, realização de entrevistas,
registros em áudio, fotos e vídeo.Para o processo de analise dos dados, a constituição do
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Acadêmico do 3º período do Curso de Licenciatura em Artes Música da Unimontes
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Acadêmico do 3º período do Curso de Licenciatura em Artes Música da Unimontes
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Pró Reitora Adjunta de Extensão da Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes. Pós-Doutorado em
Sociologia da Infância pela Universidade do Minho-Braga-Portugal. Doutorado em Geografia pela Universidade
Federal de Uberlândia. Mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia. Especialização em
Supervisão Educacional pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais -PUC\MG. Graduação em Pedagogia pela
Universidade Estadual de Montes Claros.
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Doutor em Ciências Sociais pela UERJ. Mestre em Música subárea de Etnomusicologia pela UFPB. Especialização e
Arteterapia em Educação pela UCAM. Graduação em Educação Artística pela Unimontes.
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Doutoranda em estudos Literários na UFU. Mestre em estudos Literários pela Unimontes. Especialização em
Educação Artística e Educação Musical pela Unimontes. Graduada em Educação Artística e Letras pela Unimontes.
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Acadêmico do 5º período do Curso de Licenciatura em Artes Música da Unimontes
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Acadêmico do 3º período do Curso de Licenciatura em Artes Música da Unimontes
referencial teórico assim como a edição de gravações de áudio e de vídeo, seleção das
fotografias, realização das transcrições das entrevistas foram fundamentais. A partir da
pesquisa concluímos que a manifestação tradicional da Festa do Boi de Janeiro
representa uma forte expressão cultural e identitária da cidade de Pedra Azul.
RÉSUMÉ
INTRODUÇÃO
O animal escolhido para ser Ápis era reconhecido por certos sinais. Era essencial
que ele fosse inteiramente preto com um sinal branco e quadrado na testa, outro
em forma de águia nas costas e, debaixo da língua, um caroço de forma
semelhante a um escaravelho ou besouro. Logo que era encontrado um touro com
esses sinais pelos homens enviados à sua procura, ele era colocado num edifício
voltado para o nascente e alimentado com leite, durante quatro meses. Expirado
esse prazo os sacerdotes, por ocasião da lua nova, dirigiam-se à sua habitação,
com grande pompa, e o proclamavam Ápis. (BULFINCH, 2002, p.346-347).
A Bíblia Sagrada faz referência ao boi quando o profeta Moisés destrói a estátua
de ouro que o povo hebreu fez em adoração a um bezerro. Também na China e na Grécia
o boi era representativo na cultura da população. Na perspectiva de Chevalier e
Gheerbrant (2009),
é uma tradição muito antiga, vem de uma época em que se cultuava o boi. Nos
continentes do velho mundo, é... Ásia, África e Europa, houve uma época, antes
da época de Cristo em que se cultuava o boi. Eles consideravam o boi como uma
espécie de divindade, ou então como algo muito importante da vida deles,
fundamental na vida deles. Por intermédio tanto dos portugueses colonizadores,
quanto dos africanos escravizados, esse culto ao boi e essas tradições que deram
origem ao boi de janeiro chegaram ao Brasil. Quem trouxe para Pedra Azul esses
rituais, esses cultos, essas tradições que deram origem ao boi de Janeiro foram os
vaqueiros, mas os vaqueiros já eram um sincretismo cultural muito grande, onde
você tem tanto os elementos europeus, dos colonos criadores de gado, quanto
você tem os africanos que muitos já vinham de regiões onde o gado vivia [...] fazia
parte íntima da economia das pessoas e [...], além disso, existe um elemento
indígena, embora não tivesse nada a ver com o gado, se agregou à cultura do
vaqueiro. Foram esses vaqueiros que penetraram pelo Brasil todo, principalmente
na região do nordeste, mas que vem até o interior de Minas, Goiás, e mesmo o
oeste de São Paulo antes do café foram esses vaqueiros com suas crenças, seus
conjuntos de valores, com seu folclore peculiar que deram origem ao Boi de
Janeiro. Não houve estranhamento quando ela chegou à Pedra Azul, por que ela
já existia, já era conhecida pelas pessoas de manifestações muito parecidas que
acontecem no Brasil inteiro. O gado fazia parte íntima da economia das pessoas,
além disso, existe um elemento indígena, embora não tivesse nada haver com o
gado, se agregou à cultura do vaqueiro, ai foram esses vaqueiros que penetraram
no Brasil principalmente da região do Nordeste, mais que vem até o interior de
Minas, Goiás e mesmo de São Paulo antes do café. Foram esses vaqueiros com
suas crenças, com seus conjuntos de valores, com seu folclore peculiar, que
deram origem ao Boi de Janeiro (SANTIAGO, 2016)8.m
A Festa do Boi de Janeiro de Pedra Azul herda esse nome devido à importância
que o boi traz financeiramente, por ser o boi um animal de grande valor, pela carne, leite,
pele e contribuição para a economia regional. A preparação para festa em Pedra Azul
inicia-se com cerca de um mês de antecedência, portanto, no mês de dezembro, onde os
organizadores responsáveis pela ornamentação e organização de cada boi, se reúnem
para a definição de enfeites do boi e da boneca, ensaios das musicas características da
festa, das coreografias para o entrosamento do todo.
Pedra Azul é uma cidade situada no Vale do Jequitinhonha, estado de Minas Gerais.
Conhecida como "Princesa do Sertão", o município tem uma população de
aproximadamente 23.843 habitantes, área territorial de 1.618.686 Km², densidade de
14,73 hab./km², altitude de 617,51m e fica à 720 Km da capital do estado.Em 1833, “Ano
da Fumaça”, o lugarejo foi criado. O nome “Ano da Fumaça” foi dado por causa de uma
queimada que durou cerca de 60 dias entre os meses de outubro e dezembro do mesmo
ano. Manoel José Botelho aproveitando o incêndio fundou a fazenda Pau d'Óleo e a
vendeu para seu filho Servando José Botelho, o qual fundou a fazenda Veredas. Nesse
período chega à região o padre Manoel Fernandes e funda a fazenda Vargem Grande.
Tendo sido emancipada como distrito de Fortaleza em 1925 a cidade teve nome alterado
para Pedra Azul em 31 de Dezembro de 1943 devido a uma lei federal, nome esse que foi
escolhido em um plebiscito. O município teve também o nome de Arraial de Nossa
Senhora da Boca da Caatinga.
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Boi - de - Janeiro: tradição e alegria. (DVD).
Na cidade foi encontrada a maior das águas marinhas na qual foi denominada de Pedra
de Dom Pedro. Também foram encontradas jazidas de grafite no ano de 1972 e a
exploração dessas jazidas começou a ser feita em 1975.
Além da riqueza em pedras e grafite a cidade é rica em suas manifestações e festas
tradicionais populares e religiosas que envolvem grupos familiares empenhados da
manutenção dessas tradições. A Festa do Boi-de-Janeiro e a boneca Maria Tereza,
personagem que foi inserida pelos festeiros com o passar dos anos, traz à cidade de
Pedra Azul bases das festividades nordestinas e o sincretismo religioso presente na
cultura brasileira.
De acordo com a perspectiva de Gonçalves (2014) “estudar a dimensão simbólica do
Bumba-meu-boi é buscar a compreensão de uma festa que acontece em vários recantos
do Brasil, com peculiaridades e identidade muito particulares”. No entanto, essa
manifestação em especial apresenta suas distinções, adaptando á cultura regional
mineira do Vale do Jequitinhonha a uma festividade cultural que acontece em diversas
regiões do Brasil. Pedra Azul é município emancipado desde 1912, segundo relatos dos
mais antigos mestres de folia da região, estima-se que antes da sua emancipação a festa
já acontecia, o que faz esta tradição enraizada na cultura do povo pedra-azulense.
Em entrevista, Biraildes Teixeira, conhecido como Bira, folião mestre e organizador de um
dos bois tradicionais da festa nos explica:
Na década que cumeçô a festa bem assim lembrado eu num, num tem muita
lembrança não, mas como ficô de meus avós pá minha mãe, aí eu, minha mãe
deu terminado, porque ela já tava de idade, ela num queria mais,é...maistrabalhá
com a fulia de reis, aí ela dexô pra mim, aí eu tôconsiguino aí com alguns
componente lutano pra cultura de Pedra Azul num morrê (Bira, 2016).
Não obstante, o Boi de Janeiro conta com a fundamental participação da população para
o acontecimento deste festejo, pois o próprio povo é o responsável pelo investimento,
organização, manutenção e sustentação da festa, onde o intuito vai muito além de
somente festejar, unem as comunidades locais promovendo a interação entre elas, é uma
das maiores movimentações culturais da cidade e um considerável atrativo turístico,
proporcionando grande aumento da circulação populacional local, o que favorece o fluxo
comercial e eleva a cidade em inúmeros aspectos.
Cada Boi é representado e criado pelos moradores de um bairro ou comunidade de Pedra
Azul, interligando familiares e amigos que residem nos mesmos. Os Bois trazem na frente
uma mensagem de cunho religioso, em devoção a São Sebastião e Santos Reis. A partir
do dia primeiro de dezembro os envolvidos na organização iniciam as reuniões junto aos
foliões para os preparativos da festa, produção dos enfeites do Boi de da Boneca, ensaiar
as canções junto aos “sambadores9” e definição de todo aparato necessário para a
realização da festa.
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Foliões que se encarregam de carregar os Bois.
No dia primeiro de janeiro têm-se inicio á festa, onde os bois junto aos foliões começam a
desfilar pelas ruas da cidade contagiando as pessoas por onde passam. Os bois desfilam
pelas ruas do dia primeiro até o dia cinco, preparando e ensaiando para o grande desfile
geral que acontece no dia seis de janeiro, onde todos os bois e foliões reúnem na avenida
central da cidade para desfilarem e festejarem juntos, celebrando o ápice da festa.
Durante o percurso, os “sambadores”, pessoas responsáveis por caminhar e manusear o
boi, revesam entre si por conta do longo trecho que é trilhado, e devido ao desgaste físico
tido para desfilar e dançar com o boi, que é consideravelmente pesado.
Não se sabe ao certo quantos bois existem na festa, pois cada ano esse número pode
variar, contudo, de acordo com Bira, até dez Bois podem participar das Festas. Alguns
bois são tradicionais e os novos, que surgem anualmente, são chamados pelos
moradores de “filhotes”, por serem os bois mais novos da festividade. Existe, portanto,
uma rotatividade, onde novos bois são inseridos e outros são extintos.
Sobre a produção dos enfeites e confecção dos bois e das bonecas, os organizadores de
cada Boi arcam com todas as despesas, criando a cada ano uma nova roupagem sem
descaracterizar a cabeça do boi. Os materiais utilizados para enfeitar os bois são desde
papel crepom, papel de seda, festão, chitão, etc. Já a boneca é confeccionada com
bambu, e a cabeça é criada a partir de um molde feito de pano que é preenchida com
tecidos até formar a caricatura desejada.
A música é algo que sempre esteve presente na Festa do Boi de Pedra Azul, tendo em
vista que, cada Boi de janeiro, têm seu grupo próprio de foliões que acompanham o boi e
a boneca fazendo a animação e sendo a base para danças e brincadeiras no dia em que
se apresentam. As músicas que são apresentadas na festa possuem características
folclóricas em sua estrutura, onde apresentam funções significativas e essenciais para
festa.
Ao analisarmos a estrutura musical da folia da festa do Boi de Pedra Azul,
podemos verificar a presença constante da tônica e dominante (1º e 5º grau) na estrutura
musical. A música é cantada pelos membros da folia, tendo em sua grande maioria a
presença da primeira e da segunda voz, obedecendo a estruturação de estrofes, onde
podemos verificar a presença de pergunta e respostas, e de refrões que seriam o coro.
Em entrevistas realizadas em Pedra Azul por professores e estagiários da Fundação de
amparo à pesquisa de Minas Gerais - Fapemig - do projeto BIOEDUCAR, o Mestre Bira
cantou um trecho de uma das músicas cantadas na Festa do Boi de Pedra Azul, por sua
folia que foi transcrita a baixo:
Coração amargurado
Figura 3: Violão e Cavaquinho utilizados na Festa do Boi - Pedra Azul - Minas Gerais – 2016
Figura 4: Folia de Reis se apresentando na Festa do Boi de Janeiro – Pedra Azul – Minas Gerais – Janeiro
2016
CONCLUSÃO
A realização do estudo acerca da Festa do Boi na cidade de Pedra Azul, norte de Minas
Gerais, nos permitiu conhecer um universo cultural amplo e complexo, carregado de
significados e valores próprios, que traduzem em suas realizações a vivência cultural e
religiosa dos moradores.
A partir do estudo realizado, através da utilização de abordagens distintas, ficou evidente
que a essa manifestação se caracteriza por um conjunto de elementos que, de forma
inter-relacionada, dão particularidades à sua estrutura, aos seus aspectos estéticos,
históricos e socioculturais.
A Festa do Boi nesse contexto é uma prática que agrega valores sociais, religiosos e
culturais e o estudo apresentou as principais características da manifestação, analisando-
as a partir dos seus aspectos estruturais e das relações que o fenômeno estabelece com
o contexto sociocultural.
De forma geral, a música, os foliões, as figuras e os locais de desfile da Festa do Boi,
congregam aspectos fundamentais para dar forma e identidade à manifestação. A
manifestação possui características temporais e espaciais próprias, aglutinando a
população em torno dos desfiles, local onde o sagrado e o profano dividem espaço.
No que se referem aos aspectos musicais, as músicas da Festa possuem aspectos
comuns, entre esses a tonalidade, pois todas têm a harmonia predominante dentro do
sistema tonal tradicional. Nas construções melódicas, fica evidenciada a utilização de
frases curtas com motivos melódicos simples, que criam melodias de fácil assimilação,
padronizadas dentro de centros tonais maiores. Os violões, cavaquinhos, flautas e
percussões, que constituem o instrumental da Folia, criam a característica sonora da
manifestação, em que os instrumentos são adaptados à função sonora desejada pelos
foliões.
Quanto aos aspectos históricos da Festa do Boi, a mesma teve seu início na década de
1950, trata-se de uma prática tradicional, tendo os mestres e foliões como os grandes
responsáveis pela sua manutenção. Mesmo com as mudanças que ocorreram com o
passar das décadas, tanto na estrutura como nos aspectos estéticos e musicais, os
foliões mantêm a fé e devoção aos Santos Católicos São Sebastião, ao menino Jesus e
aos Três Reis Magos, assim como nos outros Santos católicos, representados de forma
muito específica por cada grupo.
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