Nosso Senhor Jesus Cristo
Nosso Senhor Jesus Cristo
Nosso Senhor Jesus Cristo
Essas Palavras de Cristo na Cruz, objeto de meditação dos Santos Padres e Doutores,
compõem um tesouro singular que o Senhor nos deixou no momento em que consumava o
Mistério de nossa Redenção.
Em meio à humanidade devastada pelo pecado, em meio ao povo enganado que pedia a
morte do Cordeiro inocente, Cristo tem compaixão e pede o perdão para aqueles que o
condenam.
Neste momento final, Cristo retoma o ensino que outrora tinha proferido: Amai os vossos
inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem (Mt
5,44).
Que ensino grandioso Nosso Senhor nos deixa nesta primeira Palavra proferida na Cruz, em
meio a toda dor e sofrimento em que se encontrava, por amor à humanidade, Ele não pensa
em si, mas pede por aqueles que o persegue.
Quando Cristo profere a segunda Palavra na Cruz, observamos dois ladrões crucificados,
um de cada lado. Nestes dois ladrões vemos a prefiguração de duas atitudes que podemos
abraçar em nossa vida:
bom ladrão S. Dimas praticou na sua morte aquilo que todo Cristao deve
durante a vida praticar
Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria,
mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e perto
dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho.
Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o
discípulo a levou para a sua casa. (Jo 19,25-27).
Esta Palavra nos revela fatos muito importantes, é uma prova de que Nossa Senhora não
possuía outros filhos, pois caso contrário não poderia estar desamparada neste momento,
revela-nos que era viúva de São José, que também não se encontrava ao seu lado,
Com isso deu a entender que José já era morto, porque se ele ainda vivesse
não o teria separado de sua esposa
Outra revelação magnífica dessa Palavra é a necessidade de tão boa Mãe a nos acompanhar
em nossa caminhada rumo ao Salvador, ora todos os atos de Nosso Senhor Jesus Cristo,
são atos salvíficos, assim, sendo, ao nos dar Sua Mãe como nossa Mãe, Jesus Cristo visava
a nossa salvação. João neste momento, o discípulo amado, era a prefiguração de cada um de
nós. E o que ele fez ao receber tamanha graça? Imediatamente o discípulo a levou para a
sua casa. Todo verdadeiro Cristão deve ter por Mãe Nossa Senhora, que insistentemente
só tem um único pedido a nos fazer: Fazei tudo o que Ele vos disser ! (Jo 2,5)
u a todas as dores que pode padecer um coração humano. A dor, porém, de
Maria não foi uma dor estéril, como a das outras mães vendo os sofrimentos
de seus filhos; foi, pelo contrário, uma dor frutuosa: pelos merecimentos dessa
dor e por sua caridade, diz S. Agostinho, assim como é ela mãe natural de
nosso chefe Jesus Cristo, tornou-se então mãe espiritual dos fiéis membros de
Jesus, cooperando com sua caridade para nosso nascimento e para fazer-nos
filhos da Igreja (Lib. de sanc. virgin. c.
Assim, nessa Palavra de Cristo, somos agraciados com Sua Mãe, que doravante estará a
nosso lado a nos conduzir a seu Filho amado.
Musica o mae.....
4ª Palavra: Elói, Elói, lammá sabactáni?, que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, por que
me abandonaste? (Mc 15,34-35)
Nesta quarta Palavra de Cristo na Cruz, ele expressa a dor de carregar em seu corpo santo
todo o pecado da humanidade, a fim de redimi-la, tal dor é expressa com o brado: Meu
Deus, meu Deus, por que me abandonaste?
É preciso compreender que Cristo sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, não se valeu
de sua divindade para suportar as dores e sofrimentos da Paixão, mas pelo contrario, os
sentiu com maior dor pelo fato de ter um corpo santo (cf. Hb 4,15), sujeito a pagar pelos
pecados de todos os homens
6ª Palavra: Está consumado.
Essa penúltima Palavra de Cristo na Cruz vem selar todas as profecias a seu
respeito. Nestes momentos finais Cristo nos diz com essa Palavra que toda a
vontade do Pai para nos salvar foi cumprida Nele e por Ele fé até o fim. Confiando
Nele (cf. Fl 4,13) não devemos jamais olhar para trás (cf. Gen 19,26; Lc 9,62), mas,
seguir sempre em direção ao alvo (cf. Fl 3,14), à nossa meta: a salvação que nos é
ofertada gratuitamente por Deus. O saudoso Santo Padre João Paulo II, em uma
Carta escrita aos Sacerdotes por ocasião da Quinta Feira Santa no ano de 1998,
nos traz uma reflexão muito significativa acerca da consumação do sacrifício
salvífico de Nosso Senhor Jesus Cristo, ele escreveu:
Era quase à hora sexta e em toda a terra houve trevas até a hora nona.
Escureceu-se o sol e o véu do templo rasgou-se pelo meio. Jesus deu então um
grande brado e disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, dizendo
isso, expirou.