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FEMINICÍDIO

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REDE NACIONAL DE TANATOLOGIA

ASSASSINATO, HOMICIDIO E FENICIDIO

GENIVALDO OLIVEIRA DOS SANTOS

FEMINICÍDIO

1. Na sua opinião, o problema da violência contra a mulher é um problema da mulher ou


do homem? Comente.

Toda forma de violência é um problema dos dois. Não é um infortúnio


pessoal, ela se origina da desigualdade diante da desigualdade de gênero,
que acabam gerando implicações não apenas nos papeis sociais masculino
e feminino, mas nos comportamentos sexuais em uma relação de poder. As
mulheres sofrem mais a violência, os estudos atualmente realizados por
todo o mundo mostram que a situação das mulheres apesar das diversas
iniciativas realizadas, continua marcada por graves violações dos direitos
humanos. A violência não é um problema isolado ou culpa de um ou de
outro, ambos devem estar de comum acordo em obedecer as leis dos
direitos humanos, e respeitar o precioso dom da vida. Cabe aos órgãos
Políticos sociais realizar aquilo que esta a lei, e trabalhar um pouco mais
com a prevenção. Ajudaria neste processo até para que não se cale a dor,
diante das atrocidades que podemos encontrar em cada caso de violência
na família, na sociedade em geral.

2. Cite algumas justificativas da violência contra a mulher sob a ótica do marido


agressor.

Existe um pensamento de Bertout Brecht que gosto bastante: “Do rio que tudo arrasta

se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem”. Os

resultados mostram que as causas as estranhas relações conjugal , presença de ações

inadequadas da companheira, domínio da mulher sobre o companheiro, resposta a

agressão física verbal ou psicológica da companheira, dependência química e situação

financeira.

Algumas categorias identificadas sob a ótica do marido agressor:


- Ela / Relacionada com as atitudes inadequadas por parte da mulher, presença de

ações. ou atitudes inadequadas da companheira, domínio da mulher.

- Eu/ quando o homem agressor explicitava irritação com a companheira.

-Outros/ Os sujeitos atribuíram a responsabilidade de suas ações a alguém externo ao

casal, pessoas alheias à relação conjugal.

O sujeito se justificar sob uma perspectiva simplista, e que não lhe pertence mais, pode

estar demonstrando ao mesmo tempo uma incapacidade de experimentar culpa e de

aprender com experiência tornando-se vulnerável a reincidência, uma vez que não se

diferenciou enquanto as atitudes que revela.

3. Relacione homem, gênero e violência contra a mulher

A violência é um grande e crescente problema de saúde publica ao redor do mundo,


tendo consequências de curto e longo prazo para indivíduos, famílias, comunidades e
países. As pessoas envolvidas na relação violenta devem ter o desejo de mudar. É por
esta razão que não se acredita na mudança radical de uma relação violenta quando se
trabalha com a vitima.
A violência contra a mulher é atualmente reconhecida como um tema de preocupação
internacional, fruto de um trabalho incansável e articulado de diversos grupos, sendo
os movimentos de mulheres e movimentos feministas os principais responsáveis pela
remoção da pesada e empoeirada manta que tinha em sigilo a dor e o medo das
gerações de mulheres e famílias.
A crescente inserção do debate de gênero na saúde pode ter como reflexos a
sensibilização de seus profissionais para as desigualdades entre homens e mulheres e
para a violência contra a mulher, contribuindo assim para a desconstrução de mitos,
preconceitos e medos que cercam a temática.
O envolvimento dos homens com o debate de ações sobre gênero e violência contra a
mulher traz novos olhares para possíveis debates para futuras ações concretas em
relação a toda forma de violência, mas de forma especial da violência contra a mulher.
É importante que o envolvimento dos homens na diminuição ou erradicação da
violência contra a mulher os homens não faça de cunho meramente instrumental. É
importante conscientizar os homens e a sociedade como um todo, de que o
cumprimento ou a tentativa dos homens de cumprir as normas do modelo
hegemônico de masculinidade são prejudiciais para a saúde e bem estar de todos.
A implementação da Lei Maria da Penha representa um estimulo e da caráter de
urgência para a realização de novos estudos e pesquisas voltados a este novo olhar
sobre o lugar dos homens no debate e nas ações sobre a violência contra a mulher.

HOMICÍDIO
1. O que diz a pesquisa de Kempe sobre a “Síndrome da Criança Maltratada”?

Depois de 5 anos de estudos Kempe concluiu que os pais que atacaram seus filhos se
comportaram assim porque pensam que a criança não os ama, esperam que a criança se
comporte em nível mais maduro do que é possível esperar dela na ocasião, sentem-se
compelidos a punir a criança quando ela não preenche suas expectativas. Estas
expectativas irrealistas estão enraizadas profundamente nos próprios sentimentos
parentais de insegurança e de falta de amor fomentando pela maneira como eles foram
criados. Os pais especialmente a mãe sentia-se valorizada na infância só quando
agradava seus próprios pais. Na vida adulta eles inconscientemente repetem suas
próprias experiências , fazem exigências a seus filhos e castigam-os quando eles não
estão a altura de suas exigências, assim fica aquela ideia que os pais tendem a tratar os
filhos muitas vezes como ele foi tratado.

2. É possível falarmos em “contágio” do homicídio na sociedade?

Se levarmos em consideração o pensamento de Frederic Wertham: “Se um ato de


violência não é adequadamente resolvido, ele será repetido”|
É possível encontrar três reflexões sobre o assunto 1 – ESTATISTICAS uma possível
via de contato é a imprensa, segundo uma pesquisa durante uma possível greve de
jornalística o índice de suicídio de uma cidade tenha caído durante a greve. Não é
totalmente comprovado mas é levado em relevância , uma vez que os meios de
comunicação de massa podem detonar o comportamento letal. 2- RESISTENCIA uma
forte tentação de deslocar o foco da sociedade para o individuo.
EXPERIMENTO- A pesquisa experimental envolve a manipulação planejada de
condições para testar hipóteses em vez da observação de eventos que ocorrem
E no experimento há uma clara demonstração de que uma condição ambiental pode
influenciar uma pessoa que infrinja, desnecessariamente , uma grande dose de raiva
– Por exemplo , se no ambiente se encontra uma arma, e alguém esta com grande raiva
de alguma decepção que aconteceu na vida, pode ela usar a arma que já estava a
disposição dela, no momento errado acabando em tragédia por que a pessoa quando
perde a razão não mede as consequências.
As causas dos homicídios devem ser buscada no desiquilíbrio social, já que existe uma
possibilidade de que o homicídio entrincheirou-se nela como um fenômeno esperado e
padronizado. Tornou-se algo que se pode confiar e aquilo em que confiamos, torna-se
objeto de uso.

3. Quais as manobras psíquicas que facilitam o assassinato?

1 Tudo que física ou psicologicamente separe o matador da vitima - o assassino em


potencial começa por definir suas vitimas como enormemente diferentes de si mesmo e
de sua vitima ou vitimas como enormemente diferentes de si mesmo e de sua gente.

2- Tudo que permita ao matador definir o homicídio como algo mais - o que nos acode
a mente é a imagem de vermes repugnantes sendo destruídos, não a matança de seres
humanos que podem diferir de nós em termos ideológicos ou outros, mas que
dificilmente pertencem a uma outra espécie

3Tudo quanto fomenta ver as pessoas como objeto ou como animais. Ver as pessoas
como coisas diminui o vinculo emocional quando o assassinato acontece.
4 Tudo quanto permita fugir a responsabilidade de matar lançando a culpa sobre os
outros. Aqui estão os homicidas profissionais do submundo como um leal empregado.
Ele se torna um mero instrumento de destruição.

5- Tudo quanto encoraje alguém a ver-se como degradado, indigno, um objeto, menos
humano.

Quem aceita uma imagem negativa de si mesmo torna-se um agente em potencial da


violência.

6- Tudo quanto reduz o controle de si mesmo ou tem a reputação de faze-lo


Associados com o crime frequentemente estão o Álcool e as drogas que expandem a
psique, como LSD e a metedrina. Uma vez que o uso destas substancias resulta em
julgamento deformado, elas podem ser consideradas agentes desumanizadoras.

7- Tudo quanto force pu incentive uma decisão apressada , ou que não permita um
período de esfriar a cabeça

8 Tudo quanto faça alguém sentir-se “acima” ou “fora” da lei. Posição politica, riqueza
e prestigio tendem a conferir poder, as vezes de operar fora da lei e de escapar a
munição.

Ver o filme MENINOS NÃO CHORAM e enviar comentário

O filme Meninos não choram retrata a violência pela falta de tolerância, de um retrato
chocante de uma jovem que busca identidade. A parte mais chocante do filme é quando
se passa a verdadeira identidade da garota. Nissen e Lotter amigos da família obrigam a
brandon a se despir, para mostrar a Lana que seu namorado era do sexo feminino. Logo
depois Teena é violentada e estrupada , pelos dois amigos que a obrigam em ficar em
silencio sobre o estupro. O filme foi inspirado em violência real, e por isso tem um forte
poder de ruptura com uma cultura simbólica diante deste problema de sexualidade
diante a sociedade Não bastava para Brandon o reconhecimento social, e nem mesmo
sua identidade masculina. O problema é que ela se passou entre eles por homem e isso
não foi compreendido. Brandon tinha a genitália reconhecida como feminina, a
violência foi acionada para Limpar “tirar a prova” do que ela seria realmente. Pensemos
o fim trágico da vida de Brandon como caso de ambivalência.
O filme sugere a inquietação que aquele corpo produzia nos moradores e nos seus
amigos , ate na hora que o nome Brandom aparece no jornal local devido a uma multa
sofrida que seu segredo passa a ser declarado. Ainda que ambivalência precise ser
interrogada e investigada. Por isso a ambivalência é que naquele momento definiu a
posição para eliminar toda atividade de ordenação.O probela era a aceitação e o
equivoco do seu corpo. Brandom é morto porque seu corpo não contou a verdade
esperada. Seu corpo não tece tempo de acompanhar sua vida. Em um mundo
homogenio, a violência gerou uma verdade ambivalente. Se não seu corpo e sua morte,
sua vida pode ensinar a todos que Meninos também choram.

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