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A Doutrina Do Espírito Santo

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Quem é o Espírito Santo?

A resposta a esta pergunta encontrar-se-á no


estudo dos nomes que lhe foram dados, os símbolos que ilustram suas
obras.
Pneumatologia é a doutrina do Espírito Santo quanto a sua deidade, seus
atributos, obras e operações. O termo vem de pneuma (gr. “o ar”, “o
vento”), cognato do verbo pnéo, “respirar”, “soprar”, “inspirar”. Significa,
na Bíblia, principalmente o espírito humano, que, como o vento, é
invisível, imaterial, dinâmico, potente. Mas pneuma (hb. ruach) diz
respeito também ao Espírito de Deus, a terceira Pessoa da Trindade.
O eterno Deus, o Pai, revela muito de si mesmo nas Páginas Sagradas; de
igual modo, o Filho. Mas o divino Consolador, não. Daí tratar-se este
assunto de um insondável mistério, do qual devemos nos acercar
primeiramente pela fé em Cristo (Rm 3.27).
No entanto, é reconhecida como a doutrina mais negligenciada. O
formalismo e um medo indevido do fanatismo têm produzido uma reação
contra a ênfase na obra do Espírito na experiência pessoal.
Quanto aos atos e operações do Espírito Santo no Novo Testamento, na
igreja, como o Parácleto divino prometido pelo Pai, bem como prometido
e enviado pelo Filbo, essa parte da doutrina da Pneumatologia é
comumente denominada Paracletologia.
Para o crente e a igreja, a doutrina do Espírito Santo é altamente
prioritária e indispensável, uma vez que o próprio título “Espírito Santo”
denota regeneração, recriação, vivificação, dinamismo, espiritualidade (Jo
6.63; 3.6b; Tt 3.5). O mesmo título denota santidade, santificação
(“Santo”).
A terceira Pessoa da Trindade não aparece com nomes revelados, como o
Pai e o Filho, e sim com títulos descritivos das suas natureza e missão no
mundo, entre os homens, bem como através de seus atos realizados.
“Espírito Santo” não é rigorosamente um nome como apelativo, e sim um
título descritivo da sua natureza (Espírito) e da sua missão principal
(Santo), a de santificar-nos nesta dispensação.
Sem o Espirito Santo há uma decadência espiritual, pois não pode haver
um Cristianismo vivo sem o Espírito.
1. Os nomes do Espírito Santo.
(a) Espírito de Deus. O Espírito é o executivo da Divindade, operando tanto
na esfera física como na moral. Por intermédio do Espírito, Deus criou e
preserva o universo. Por meio do Espírito (Luc. 11:20) Deus opera na
esfera espiritual, convertendo os pecadores, santificando e sustentando
os crentes.
1) é o Espírito Santo divino no sentido absoluto? Sim. Prova-se sua
divindade pelos seguintes fatos: Atributos divinos lhe são aplicados; ele é
eterno, onipresente, onipotente, e onisciente (Heb. 9:14; Sal. 139:7-10;
Luc. 1:35; 1 Cor. 2:10,11). Obras divinas lhe são atribuídas, como sejam:
criação, regeneração e ressurreição (Gen. 1:2; Jo 33:4; João 3:5-8; Rom.
8:11). É classificado junto com o Pai e o Filho (1 Cor. 12:4-6; 2 Cor. 13:13;
Mat. 28:19; Apoc. 1:4).
2) O Espírito Santo é uma pessoa ou é apenas uma influência? Muitas
vezes descreve-se o Espírito duma maneira impessoal — como o Sopro
que preenche, a Unção que unge, e o Fogo que ilumina e aquece, a Água
que é derramada e o Dom do qual todos participam. Contudo, esses
nomes são meramente descrições das suas operações. Descreve-se o
Espírito duma maneira que não deixa dúvida quanto à sua personalidade.
Ele exerce os atributos de personalidade: mente (Rom. 8:27); vontade (1
Cor. 12:11); sentimento (Efés 4:30). Atividades pessoais lhe são atribuídas:
Ele revela (2 Ped. 1:21); ensina (João 14:26); clama (Gál. 4:6); intercede
(Rom. 8:26); fala (Apo. 2:7); ordena (Atos 16:6,7); testifica (João 15:26).
Ele pode ser entristecido (Efés. 4:30); contra ele se pode mentir (Atos 5:3),
e blasfemar (Mat. 12:31,32).
O poder do Espírito Santo, que evidencia a sua deidade, é também
revelado em passagens como Lucas 1.35, Jó 26.13 e 33.4, Salmos 33.6 e
Gênesis 1.1,2. Esse divino poder, como já afirmamos, é liberado através da
pregação do evangelho de Cristo:
1) Na conversão dos ouvintes (At 2.37,38).
2) No batismo com o Espírito Santo para os novos crentes (At 10.44).
3) Na expulsão de espíritos malignos (At 8.6,7; Lc 11.20).
4) Na cura divina dos enfermos (At 3.6-8).
5) Na obediência dos crentes ao Senhor (Rm 16.19).
Onisciência. Esta é mais uma evidência da deidade do Espírito Santo, o
qual sabe e conhece todas as coisas (I Co 2.10,11). Isso é um fato solene,
mormente se considerarmos que Ele habita em nós: “habita convosco, e
estará em vós” (Jo 14.17). A primeira parte dessa declaração de Jesus
indica a permanência do Es- pírito Santo em nós (“habita convosco”); e a
segunda, a sua presença constante dentro de nós (“e estará em vós”).
Aos que amam a Deus, o Espírito Santo revela as infinitas e indizíveis
bênçãos preparadas para os salvos, já nesta vida, e muito mais na outra (I
Co 2.9,10).
Onipresença. O Espírito Santo está presente em todo lugar (SI 139.7-10; I
Co 2.10). Atentemos para duas ênfases contidas nesses textos que
evidenciam a onipresença do Espírito: “Para onde me irei do teu Espírito,
ou para onde fugirei da tua face? ” e “O Espírito penetra todas as coisas,
ainda as profundezas de Deus”.
Eternidade. Ele é infinito em existência; sem princípio; sem fim; sem
limitação de tempo (Hb 9.14). Ele estava presente no princípio, quando
todas as coisas foram criadas (Gn 1.1,2).
Espírito da promessa. O Espírito Santo é chamado assim porque sua graça
e seu poder são umas das bênçãos principais prometidas no Antigo
Testamento. (Ezeq. 36:7; Joel 2:28.) A prerrogativa mais elevada de Cristo,
ou o Messias, era a de conceder o Espírito, e esta prerrogativa Jesus a
reivindicou quando disse: "Eis que sobre vos envio a promessa de meu
Pai" (Luc. 24:49; Gál. 3:14).
Espírito da verdade. O propósito da Encarnação foi revelar o Pai; a missão
do Consolador é revelar o Filho. Ao contemplar-se um quadro a óleo,
qualquer pessoa notará muita beleza de cor e forma; mas para
compreender o significado intrínseco do quadro e apreciar o seu
verdadeiro propósito precisará de um intérprete experiente. O Espírito
Santo é o Intérprete de Jesus Cristo. Ele não oferece uma nova e diferente
revelação, mas abre as mentes dos homens para verem o mais profundo
significado da vida e das palavras de Cristo.
Espírito da graça. (Heb. 10:29; Zac. 12:10.) O Espírito Santo dá graça ao
homem para que se arrependa, quando peleja com ele; concede o poder
para santificação, perseverança e serviço. Aquele que trata com desdém
ao Espírito da graça, afasta o único que pode tocar ou comover o coração,
e assim se separa a si mesmo da misericórdia de Deus.
Espírito da vida. (Rom. 8:2; Apoc. 11:11.) Um credo antigo dizia: "creio no
Espírito Santo, o Senhor, e Doador da vida." O Espírito é aquela Pessoa da
Divindade cujo oficio especial é a criação e a preservação da vida natural e
espiritual.
Espírito de adoção; (Rom. 8:15.) Quando a pessoa é salva, não somente
lhe é dado o nome de filho de Deus, e adotada na família divina, mas
também recebe "dentro de sua alma o conhecimento de que participa da
natureza divina. Assim escreve o bispo Andrews: "Como Cristo é nossa
testemunha no céu, assim aqui na terra o Espírito testifica com o nosso
espírito que somos filhos de Deus".

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