Arsenal 16 - Capacidade de Estacas - Horizontal e Vertical
Arsenal 16 - Capacidade de Estacas - Horizontal e Vertical
Arsenal 16 - Capacidade de Estacas - Horizontal e Vertical
A busca por algo racional e teórico iniciou, na busca de justificar os fenômenos através
de teorias baseadas em Mecânica do Solos e dos Materiais.
Apesar disto, Dirceu Velloso (1995), apoiado em sua vasta experiência profissional e
embasada por um sólido conhecimento teórico, podera:
"Qualquer método que exija complexo e elaborado ferramental teórico deve ser usado
com ressalvas e muita cautela".
1) Métodos Empíricos:
2) Métodos Estáticos:
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3) Métodos Dinâmicos
3) Prova de Carga
Fellenius, Vesic, Mazurkievisky, Van der Veen/Aoki e a Norma Brasileira utilizam vários
critérios de carga de ruptura de uma fundação através de Prova de Carga.
Na prática
O cálculo da capacidade de carga por meio de formulações teóricas ainda é algo
polêmico e transita melhor no campo da pesquisa.
Vários autores têm proposto métodos semi-empíricos, que fora das regiões geotécnicas
pesquisadas, devem ser aplicados com cautela, assim como é toda a engenharia
geotécnica.
1) Aoki-Velloso
2) Décourt-Quaresma
3) Teixeira
4) Antunes e Cabral
1) Vale lembrar que apesar de alguns autores recomendarem utilizar NSPT até 50
golpes, dificilmente consegue-se cravar estacas pré-moldadas em terrenos com NSPT
maior do que 35 golpes.
2) Para estacas Franki, os limites práticos giram em torno de 15 golpes para solos
arenosos e 30 golpes para solos argilosos, Cintra e Aoki (1999).
175
a 20% da resistência total. Ou seja:
Rp ≤ 0,2 x Rt
Rr = Rl + Rp
Em que:
Resistência lateral:
Rl = U x Σ (rl x Δl)
Em que:
U = perímetro da estaca
Σ (rl x Δl) = somatória da resistência lateral vezes o comprimento da estaca equivalente
a esta resistência
rl = resistência lateral
Δl = comprimento da estaca referente a esta resistência
Resistência de ponta:
Rp = rp x Ap
Em que:
rl = α x K x Nl / F2
176
rp = K x Np / F1
Em que:
Quanto ao fator de seguraça utilizado para cálculo deste método, utilizar conforme
formulação abaixo:
Radm = Rt / 2
177
Método 02: Décourt-Quaresma
Só para que vocês tenham ideia do peso que esse método tem vou contar uma breve
história.
Décourt (1996) introduziu alguns fatores na sua formulação, que resulta na capacidade
de carga segundo a seguinte equação:
Em que:
178
Algumas observações importantes:
1) Nl é o valor médio do índice SPT ao longo do fuste, sem distinção nenhuma quanto
ao tipo de solo.
5) Para a carga admissível da estaca, segundo os autores, deve ser a menor das duas
equações abaixo:
Em que:
179
Método 03: Teixeira (1996)
Com base na utilização prática de diversos métodos, Teixeira (1996), propõe uma
espécie de equação unificada para a capacidade de carga me função de dos
parâmetros α e β
Em que:
α = fator em função do tipo de estaca e solo (obtido através das tabelas a seguir)
β = fator em função do tipo de estaca (obtido através das tabelas a seguir)
U = perímetro da estaca
Ap = área da ponta
L = comprimento da estaca
Np = valor médio do índice de resistência à penetração medido no intervalo de 4
diâmetros acima da ponta da estaca e 1 diâmetro abaixo
Nl = valor médio do índice de resistência a penetração ao longo do fuste da estaca
180
Teixeira adverte que o método não se aplica ao caso de estacas pré-moldadas de
concreto flutuantes em espessas camadas de argilas moles sensíveis, com Nspt
normalmente inferior a 3.
Neste caso, a tensão de atrito lateral (rl) pode ser verificada na tabela abaixo, em
função da natureza do sedimento argiloso.
Em que:
181
KmOs valores de β3 e β4 são retirados da tabela a seguir:
3 4
Onde:
Deve-se tomar cuidado para atender a menor entre as duas equações de carga
admissível.
Considerações
Visto que a parte geotécnica está contemplada pelas explanações acima nos itens
anteriores, salvo fundações especiais, vamos agora, entender o dimensionamento
estrutural de estacas.
Muitos engenheiros confundem a carga admissível (Pe), com a carga admissível tendo
em vista o maciço (Pa), a qual considera o aspecto geotécnico.
Tendo em vista essa confusão, preferiu-se referir a carga estrutural como carga de
catálogo.
182
Abaixo estão as cargas de catálogo, mencionadas na literatura brasileira, para os tipos
mais usuais de estacas em função da seção do fuste.
183
3 4
184
3 4
185
Pode-se adotar em um mesmo projeto, 2 ou até 3 diâmetros diferentes.
Algumas técnicas podem ser utilizadas para aliviar a pressão em camadas superficiais
e rígidas como o pré-furo, muito utilizado em estacas pré-fabricadas e perfis metálicos.
A NBR 6122, item 7.8.9.9.1 aceita que para fundações com tensão de compressão
inferior a 5 MPa não sujeitas a esforços de momento ou horizontal, sejam colocados
somente armadura de arranque, calculado como:
As = 0,5% Ac
Em que:
Os estribos são construtivos, desta forma podemos optar por 6,3mm c/ 20cm.
186
Mesmo abaixo da tensão de 5 MPa, estacas injetadas de pequeno diâmetro ou estacas
que atravessam camadas de argila mole, devem ser verificadas quanto a flambagem.
Estacas com carga superior a 5 MPa, não sujeitas a momento fletor ou esforço
cortante, devem ser armadas como se fossem pilares curtos.
A NBR tolera excentricidades geradas por erro de locação de até 10% do diâmetro do
fuste e desaprumos de até 1,5% do comprimento da estaca.
1) Obras aporticadas
2) Fundações de cortinas
3) Torres e linhas de transmissão
4) Pier e Dolfins
5) Fundações de pontes
6) Edifícios sobre fortes efeitos de vento
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De acordo a hipótese de Winkler o solo é modelado por molas distribuídas
continuamente ao longo da superfície do elemento, e as pressões de contato são
proporcionais aos recalques, até ser atingida a pressão que leva a plastificação do solo.
O solo será considerado como uma estrutura elástica composta por várias molas (kh)
inseridas ao longo do seu comprimento da estaca, essas molas buscam simular a
interação solo-estaca supondo o meio totalmente elástico.
kh = m x z (tf/m³)
Em que:
188
Para análise dos esforços internos perante os carregamentos transversais podemos
utilizar o software FTOOL como pode ser visto na prática a partir do exercício.
Cabe ressaltar que a armadura de flexão não deverá ser inferior a 0,15% da Ac (bruta).
Calcula-se:
Vsd = 1,4 x Vk
Em que:
189
190
Em que, se:
Sendo Vrd2:
Em que:
Desta forma:
Vsw = Vd - Vc
191
Dimensionamento de estaca a tração
Quanto a parcela estrutural, deve-se armar o fuste para esse esforço até que a carga
de tração seja nula.
Em que:
Os valores de w são:
192
Faça você mesmo
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