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Arsenal 16 - Capacidade de Estacas - Horizontal e Vertical

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Capacidade carga de estacas

A capacidade de carga admissível de uma fundação é a máxima carga que esta


fundação suporta sem produzir recalques prejudiciais a superestrutura ou sem romper
o terreno ou a estaca propriamente dita (NBR 6122/96)
.
No início da Engenharia Geotécnica, a experiência reinava absoluta. As soluções e
métodos construtivos era apoiados no empírico (experiência acumulada).

A busca por algo racional e teórico iniciou, na busca de justificar os fenômenos através
de teorias baseadas em Mecânica do Solos e dos Materiais.

Apesar disto, Dirceu Velloso (1995), apoiado em sua vasta experiência profissional e
embasada por um sólido conhecimento teórico, podera:

"Qualquer método que exija complexo e elaborado ferramental teórico deve ser usado
com ressalvas e muita cautela".

São quatro os métodos de cálculo para capacidade de carga de estacas:

1) Métodos Empíricos:

Baseados na experiência pessoal do projetista e em dados do perfil como SPT ou CPT.

2) Métodos Estáticos:

Baseados em teorias clássicas da Mecânica dos Solos e também em parâmetros


geotécnicos (de resistência), obtidos através de ensaios de laboratório ou in situ.

2.1) Métodos Estáticos: Racionais

Terzagui, Skempton, Meyerhof, Vesic, Randolph, Poulos, etc. utilizam teorias


clássicas de capacidade de carga e parâmetros geotécnicos através de ensaios
laboratoriais.

2.2) Métodos Estáticos: Paramétricos (Indiretos)

Berberian e Tavares (para tubulões) utilizam parâmetros obtidos através de


correlações com SPT ou CPT.

2.3) Métodos Estáticos Semi-Empíricos / Experimentais (Diretos)

Aoki-Velloso, Pedro P.C.Vellosso, Meyerhof, etc. utilizam capacidade de carga


diretamente correlacionada com ensaios CPT ou SPT, aferindo através de provas de
carga real.
Décourt-Quaresma, utilizam classificação dos solos das camas atravessadas, o
índice SPT de cada camada e tipo de fundação.

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3) Métodos Dinâmicos

Utilizam parâmetros obtidos durante a cravação da estaca (repique elástico e nega),


cuja fundação principal não é calcular a capacidade de carga, mas sim controlar a
qualidade da execução em campo.

3.1) Métodos que usam fórmulas dinâmicas


Wellington, Sanders, Holandeses, Jambu, Sorensen e Hansen (Dinamarquêses),
Hilley, Chellis, Aoki, Uto, etc.,utilizam nega e repique elástico.

3.2) Métodos que utilizam a equação da onda


Case, Capwap, Smith, etc., utilizam deformação elástica da estaca e aceleração da
onda de choque.

3) Prova de Carga

Sem dúvida o mais confiável e indicado para determinação da capacidade de carga.

Fellenius, Vesic, Mazurkievisky, Van der Veen/Aoki e a Norma Brasileira utilizam vários
critérios de carga de ruptura de uma fundação através de Prova de Carga.

Na prática
O cálculo da capacidade de carga por meio de formulações teóricas ainda é algo
polêmico e transita melhor no campo da pesquisa.

Vários autores têm proposto métodos semi-empíricos, que fora das regiões geotécnicas
pesquisadas, devem ser aplicados com cautela, assim como é toda a engenharia
geotécnica.

Neste curso vamos abordar os seguintes métodos semi-empíricos estatísticos:

1) Aoki-Velloso
2) Décourt-Quaresma
3) Teixeira
4) Antunes e Cabral

Antes de nos aprofundarmos em cada método, algumas indicações práticas:

1) Vale lembrar que apesar de alguns autores recomendarem utilizar NSPT até 50
golpes, dificilmente consegue-se cravar estacas pré-moldadas em terrenos com NSPT
maior do que 35 golpes.

2) Para estacas Franki, os limites práticos giram em torno de 15 golpes para solos
arenosos e 30 golpes para solos argilosos, Cintra e Aoki (1999).

3) Fcd = 7,0 MPa (concreto) máximo para projetos de estacas (Berberian)

4) No caso específico de estacas escavadas (Hélice Contínua, Estaca Rotativa, Raiz,


etc.), a carga admissível máxima de resistência de ponta deve ser menor ou igual a

175
a 20% da resistência total. Ou seja:

Rp ≤ 0,2 x Rt

O motivo dessa consideração é a sujeira na ponta de estacas escavadas.

5) Considera-se que os recalques mobilizados na ruptura pelo fuste giram no entorno


de 1 a 2cm, e pela ponta, entre 10% a 20% do diâmetro do fuste.

Método 01: Aoki & Velloso


Iniciamos a explanação sobre este método pela equação:

Rr = Rl + Rp

Em que:

Rr: Resistência a ruptura


Rl: Resistência lateral
Rp: Resistência de ponta

Em que as parcelas de resistência lateral (Rl) e de ponta (Rp) são dadas,


respectivamente, por:

Resistência lateral:

Rl = U x Σ (rl x Δl)

Em que:

U = perímetro da estaca
Σ (rl x Δl) = somatória da resistência lateral vezes o comprimento da estaca equivalente
a esta resistência
rl = resistência lateral
Δl = comprimento da estaca referente a esta resistência

Resistência de ponta:

Rp = rp x Ap

Em que:

rp = resistência de ponta par


Ap = área da ponta da estaca

Visto isso precisamos entender como calcular as resistências de ponta (rp) e


resistência lateral (rl)

rl = α x K x Nl / F2

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rp = K x Np / F1

Em que:

K = coeficiente retirado das tabelas a seguir


α = razão de atrito retirada das tabelas a seguir
F1 = correlação retirada das tabelas a seguir
F2 = correlação retirada das tabelas a seguir
Np = NSPT atuante na ponta da estaca (média entre os valores obtidos na camada de
assentamento da base, uma imediatamente acima e uma abaixo)
Nl = NSPT atuando na camada considerada

Quanto ao fator de seguraça utilizado para cálculo deste método, utilizar conforme
formulação abaixo:

Radm = Rt / 2

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Método 02: Décourt-Quaresma

Só para que vocês tenham ideia do peso que esse método tem vou contar uma breve
história.

Em Amsterdã 1982, por ocasião do ESOPT II (Second European Symposium on


Penetration Test), promoveu-se um "concurso" internacional para previsão da
capacidade de carga de um elemento isolado de fundação. Uma estaca foi cravada
próxima ao local do evento e, dos mais de 700 congressistas, 25 se candidataram para
o desafio, recebendo, com antecedência, os resultados da investigação geotécnica
completa do terreno (SPT, CPT, etc.) e de laboratório, dados da estaca e sua cravação.

Durante o congresso, realizou-se a prova de carga na estaca, encontrado-se a carga


de ruptura entre 1.150 e 1.200kN. A melhor previsão foi a do Engº Luciano Décourt
(1.180 kN), que utilizou o método do qual é coautor.

Décourt (1996) introduziu alguns fatores na sua formulação, que resulta na capacidade
de carga segundo a seguinte equação:

Em que:

C = coeficiente característico do solo (obtido através das tabelas a seguir)


α = fator em função do tipo de estaca e solo (obtido através das tabelas a seguir)
β = fator em função do tipo de estaca e solo (obtido através das tabelas a seguir)
U = perímetro da estaca
Ap = área da ponta
L = comprimento da estaca
Np = NSPT atuante na ponta da estaca
Nl = média do SPT atuando ao longo de toda a estaca

Décourt (1986) - coeficiente característico C devido ao solo

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Algumas observações importantes:

1) Nl é o valor médio do índice SPT ao longo do fuste, sem distinção nenhuma quanto
ao tipo de solo.

2) No cálculo de (Nl) , adotam-se limites de Nl ≥ 3 e Nl ≤ 50, se menor do que 3, adotar


3, se maior que 50, adotar 50.

3) Para (Np) considera-se o valor médio entre o índice de resistência a penetração na


ponta ou base da estaca, obtido a partir de três valores: o correspondente ao nível da
ponta ou base, o impediatamente anterior e o imediatamente posterior.

4) Os valores de α e β são apresentados nas tabelas acima. Para estacas pré-


moldadas, metálicas ou Franki α e β = 1

5) Para a carga admissível da estaca, segundo os autores, deve ser a menor das duas
equações abaixo:

Em que:

Qp = parcela da resistência ponta


Qs = parcela de atrito lateral

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Método 03: Teixeira (1996)

Com base na utilização prática de diversos métodos, Teixeira (1996), propõe uma
espécie de equação unificada para a capacidade de carga me função de dos
parâmetros α e β

Em que:

α = fator em função do tipo de estaca e solo (obtido através das tabelas a seguir)
β = fator em função do tipo de estaca (obtido através das tabelas a seguir)
U = perímetro da estaca
Ap = área da ponta
L = comprimento da estaca
Np = valor médio do índice de resistência à penetração medido no intervalo de 4
diâmetros acima da ponta da estaca e 1 diâmetro abaixo
Nl = valor médio do índice de resistência a penetração ao longo do fuste da estaca

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Teixeira adverte que o método não se aplica ao caso de estacas pré-moldadas de
concreto flutuantes em espessas camadas de argilas moles sensíveis, com Nspt
normalmente inferior a 3.

Neste caso, a tensão de atrito lateral (rl) pode ser verificada na tabela abaixo, em
função da natureza do sedimento argiloso.

Método 03: Antunes e Cabral (1996)


Os autores propuseram um método de previsão da capacidade de carga em estacas
hélice contínua a partir dos resultados do ensaio SPT e baseados em informações
obtidas em 9 provas de carga estáticas, realizadas em estacas com diâmetro de 35, 50
e 75 cm, fazendo uma comparação entre dois métodos semiempíricos tradicionais,
Aoki-Velloso (1975) e Décourt-Quaresma (1978).

Os autores utilizaram ensaios de SPT para correlacionar os dados, teorizando


as fórmulas abaixo, estas se utilizam de duas constantes para relacionar a
sondagem e a carga máxima, que são: β3 e β4, que são variáveis de acordo com
cada tipo de solo, conforme mostrado na tabela abaixo.

Em que:

β3 = coeficiente retirado das tabelas a seguir


β4 = coeficiente retirado das tabelas a seguir
N1 = NSPT atuante na ponta da estaca
N2 = NSPT atuando na camada considerada (atrito lateral)

181
KmOs valores de β3 e β4 são retirados da tabela a seguir:

3 4

Pode-se determinar, então, a carga de ruptura da fundação:

Onde:

As = área lateral da fundação


Ap = área da seção da estaca

Deve-se tomar cuidado para atender a menor entre as duas equações de carga
admissível.

Considerações

Existem muitos outros métodos de cálculo de capacidade de carga de fundações


profundas em estacas no Brasil e exterior. Podemos citar alguns outros métodos como:
Cabral (1986) especificamente para estaca raiz, Cabral e Antunes (2000) específicos
para estaca escavada embutida em rocha, Pedro Paulo Velloso, entre outros.

Carga admissível estrutural (carga de catálogo)

Visto que a parte geotécnica está contemplada pelas explanações acima nos itens
anteriores, salvo fundações especiais, vamos agora, entender o dimensionamento
estrutural de estacas.

Considerando uma espécie de tensão admissível do material da estaca (σe), a sua


multiplicação pela área da seção transversal do fuste resulta uma carga admissível da
estaca (Pe).

Muitos engenheiros confundem a carga admissível (Pe), com a carga admissível tendo
em vista o maciço (Pa), a qual considera o aspecto geotécnico.

Tendo em vista essa confusão, preferiu-se referir a carga estrutural como carga de
catálogo.

Na prática de projetos, a carga de catálogo é definida inicialmente, desta forma, ela


passa a ser o limite superior para a carga admissível.

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Abaixo estão as cargas de catálogo, mencionadas na literatura brasileira, para os tipos
mais usuais de estacas em função da seção do fuste.

183
3 4

184
3 4

185
Pode-se adotar em um mesmo projeto, 2 ou até 3 diâmetros diferentes.

Deve-se verificar sempre duas questões referentes a exequibilidade das estacas.

1) Comprimento máximo, onde o limitante é o equipamento.

2) Cuidado com o limite de eficiência do equipamento com o aumento da resistência do


solo, chegando em alguns casos a provocar a parada da estaca. Alguns dados tipo
como base podem ser verificados na tabela seguinte:

Algumas técnicas podem ser utilizadas para aliviar a pressão em camadas superficiais
e rígidas como o pré-furo, muito utilizado em estacas pré-fabricadas e perfis metálicos.

Dimensionamento da armadura (carga centrada)

A NBR 6122, item 7.8.9.9.1 aceita que para fundações com tensão de compressão
inferior a 5 MPa não sujeitas a esforços de momento ou horizontal, sejam colocados
somente armadura de arranque, calculado como:

As = 0,5% Ac

Em que:

Ac = Área bruta de concreto

Recomenda-se armação mínima de arranque até 4m de profundidade, nunca antes de


camada com SPT=4.

Os estribos são construtivos, desta forma podemos optar por 6,3mm c/ 20cm.

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Mesmo abaixo da tensão de 5 MPa, estacas injetadas de pequeno diâmetro ou estacas
que atravessam camadas de argila mole, devem ser verificadas quanto a flambagem.

Estacas com carga superior a 5 MPa, não sujeitas a momento fletor ou esforço
cortante, devem ser armadas como se fossem pilares curtos.

A NBR tolera excentricidades geradas por erro de locação de até 10% do diâmetro do
fuste e desaprumos de até 1,5% do comprimento da estaca.

Desta forma, finalizamos o dimensionamento estrutural e geotécnico de estacas com


carta vertical centrada.

Dimensionamento da armadura para cargas de momento e


esforço cortante
Definida a geometria da estaca a partir das cargas de catálogo e aferida a carga que o
maciço resiste, devemos proceder com o dimensionamento perante cargas de esforços
horizontais ou momentos.

Na prática da Engenharia Geotécnica é bastante comum a ocorrência de


carregamentos cuja a resultante não é só vertical.

Abaixo alguma situações em que isso pode acontecer:

1) Obras aporticadas
2) Fundações de cortinas
3) Torres e linhas de transmissão
4) Pier e Dolfins
5) Fundações de pontes
6) Edifícios sobre fortes efeitos de vento

Quando para o dimensionamento a esforços laterais, novamente recorremos ao modelo


de Winkler, em que:

187
De acordo a hipótese de Winkler o solo é modelado por molas distribuídas
continuamente ao longo da superfície do elemento, e as pressões de contato são
proporcionais aos recalques, até ser atingida a pressão que leva a plastificação do solo.

O solo será considerado como uma estrutura elástica composta por várias molas (kh)
inseridas ao longo do seu comprimento da estaca, essas molas buscam simular a
interação solo-estaca supondo o meio totalmente elástico.

Embora esse modelo não represente, na totalidade, a realidade física do problema, é o


que tem sido mais utilizado no estudo do deslocamento e esforços em estacas
carregadas transversalmente.

Para caracterização da mola (kh) utilizaremos o modelo de Waldemar Tietz, também


utilizado pelo programa SISE's da TQS Informática LTDA.

Para esforços horizontais, o mais importante são as primeiras camadas de solo,


diferente do dimensionamento para a capacidade de carga vertical. Quando uma
estaca se desloca no sentido horizontal, o solo exerce sobre sua superfície lateral da
estaca uma pressão variável com a profundidade, que segundo Tietz é expressa pela
seguinte equação:

kh = m x z (tf/m³)

Em que:

m = em (tf/m4) é o coeficiente de proporcionalidade que caracteriza a variação do


coeficiente Cz em relação a qualidade do solo
z = profundidade das respectivas camadas do solo consideradas a partir da superifície
do solo ou nível da base do bloco.
kh = é denominado "coeficiente de recalque horizontal do solo"

Os valores de (m) podem ser obtidos através das tabelas abaixo:

188
Para análise dos esforços internos perante os carregamentos transversais podemos
utilizar o software FTOOL como pode ser visto na prática a partir do exercício.

Com os esforços de momento fletor e cortante obtidos, podemos partir para o


dimensionamento das armadura e detalhamento.

Dimensionamento a momento fletor:

A flexão numa estaca pode ser decorrente de esforços devido ao manuseio e ao


transporte (caso de estacas pré-moldadas) ou da própria estrutura.

Se a estaca for de seção circular, o cálculo é feito usando-se ábacos de flexão


composta, como oque está na página seguinte. Se a estaca é de seção quadrada ou
retangular, usam-se as tabelas de vigas que utilizamos para calcular a viga de rigidez
da sapata associada.

Cabe ressaltar que a armadura de flexão não deverá ser inferior a 0,15% da Ac (bruta).

Dimensionamento a esforço cortante:

Se a estaca é de seção quadrada ou retangular, segue-se o mesmo procedimento que


utilizamos para calcular a viga de rigidez da sapata associada. Caso a estaca for de
seção circular, dimensionaremos com base na NBR 6118.

Iniciando pelo cálculo da armadura mínima:

Aswmín = psw, mín x 100 x bw (cm)

Retira-se psw, mín da tabela abaixo:

Calcula-se:

Vsd = 1,4 x Vk

Em que:

Vsd = Esforço cortante solicitante de cálculo


Vk = Esforço solicitante característico

Iniciamos então a verificação de esmagamento da biela comprimida

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Em que, se:

Vsd≤ Vrd2, não há esmagamento da biela comprimida

Sendo Vrd2:

Vrd2 = 0,27 x (1 - fck/250) x (fck/1,4) x ((3,14 x d²)/4)

Em seguida calcula-se a força cortante absorvida de por mecanismos complementares


ao de treliça (Vc)

Vc = 0,6 x fctd, inf x ((3,14 x d²)/4)

Em que:

fctd, inf = 0,15 x fck^(2/3)

Desta forma:

Vsw = Vd - Vc

Então finalmente podemos calcular a armadura:

Vsw = (Asw/s) x 0,9 x d x fyd

Vsw = esforço cortante absorvido pela armadura de cisalhamento (estribos)


Asw = área de aço responsável por absorver o esforço de cisalhamento
s= distância entre estribos
ds= diâmetro da estaca
fyd = resistência do aço de cálculo

191
Dimensionamento de estaca a tração

Quanto a parte geotécnica (resistência do maciço) deve-se somar as parcelas de atrito


lateral até que seja possível obter a carga de tração majorada.

Quanto a parcela estrutural, deve-se armar o fuste para esse esforço até que a carga
de tração seja nula.

A área de armação será condicionada pela abertura máxima de fissuras.


Como geralmente a taxa de armadura nas estacas é reduzida, pode-se usar a fórmula
simplificada do item 4.2.2 da NBR 6118.

Em que:

ϕ = diâmetro em mm das barras tracionadas


nb = é o coeficiente de aderência, nunca superior a 1,8
Es = módulo de elasticidade do aço = 210.000 MPa
σs = é a tensão máxima do aço tracionado para garantir a abertura de fissuras
prefixada
ftk = é a resistência característica do concreto a tração, ou seja:
ftk = 0,06 x fck + 0,7

Os valores de w são:

w = 1 - para estacas não protegidas em meio agressivo (fissuras de até 0,1mm)


w = 2 - para estacas não protegidas em meio não-agressivo (fissuras até 0,2mm)
w = 3 - para estacas protegidas (fissuras de até 0,3mm)

Será realizado o cálculo na prática no exercício para fixação.

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Faça você mesmo

1) Quais é o método de capacidade de carga recomendado para a utilização prática em


projetos de fundação?

2) O que são cargas de catálogo?

3) As cargas de catálogo se referem ao dimensionamento estrutural ou geotécnico de


uma estaca?

4) Qual os 4 métodos para cálculo de capacidade de carga que vamos estudar no


curso FZ?

5) O método de Antunes e Cabral (1996) refere-se exclusivamente a que estaca?

6) Descreva quando acontecem momentos fletores e esforços horizontais em estacas.

7) Quais são os limites de parada de uma estaca Pré-Moldada?

8) Qual procedimento é adotado para dimensionar estacas circulares e quadradas a


momento fletor?

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