03 - Direitos Fundamentais
03 - Direitos Fundamentais
03 - Direitos Fundamentais
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Índice
I. Introdução....................................................................................................................... 4
1.2. Objetivos......................................................................................................................... 4
Conclusão ............................................................................................................................ 10
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I. Introdução
O trabalho foi dividido em duas seções principais. Num primeiro momento, o objetivo é o
de apresentar os direitos fundamentais. Antes, porém, faz-se necessário advertir a respeito
de uma confusão terminológica havida na doutrina. Falar de Direitos constitucionais ou
fundamentais em Moçambique significa rebuscar inúmeros aspetos da história de um País
do século XX e, tentar condensá-los para justificar o conceito, sendo assim, não se mostra
tarefa fácil e muito menos algo que possa ser esgotado numa reflexão apenas, contudo, a
necessidade de fazer este trabalho e tentar entender a real essência de direitos deveres em
Moçambique, devido aos conturbados momentos que marcam o quotidiano moçambicano.
1.2. Objetivos
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2. Direitos fundamentais
De acordo com ANDRADE (1976). Os direitos fundamentais são direitos protetivos, que
garantem o mínimo necessário para que um indivíduo exista de forma digna dentro de uma
sociedade administrada pelo Poder Estatal. Os direitos fundamentais são baseados no
princípio da dignidade da pessoa humana.
Distinguem-se dos direitos fundamentais e é isso que interessa aqui, por os direitos
fundamentais implicarem diferenciação, separação ou exterioridade diante do Estado. As
situações funcionais são situações jurídicas de membros do estado-poder ou estado-aparelho,
os direitos fundamentais são situações jurídicas de membros do estado-comunidade, das
pessoas que o constituem.
2.1. Direito
Segundo Diogo Freitas do Amaral (2004 pg. 65), Direito é um “sistema de regras de conduta
social, obrigatórias para todos os membros de uma certa comunidade, a fim de garantir no
seu seio a justiça, a segurança e os Direitos Humanos, sob a ameaça das sanções
estabelecidas para quem violar tais regras”.
Por causa da importância dos direitos fundamentais e do lugar cimeiro que esses ocupam,
em termos de protecção, em qualquer ordenamento jurídico, é importante separá-los de
outros direitos que não são fundamentais. Aliás, o receio é ver as instituições de tutela serem
enganadas a prestar atenção a um direito invocado como fundamental, quando não o é.
Portanto, a concretização dos direitos fundamentais passa necessariamente pela identificação
do que é direito fundamental (Canotilho; 2003; pg. 1396).
Esses não são, em bom rigor, direitos fundamentais porque não são inerentes a pessoa
humana, individualmente representada.
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2.2. Direitos fundamentais e direitos dos povos
O quarto conceito afim aos Direitos fundamentais são os direitos dos povos. Nos últimos
sessenta anos vêm-se falando em direitos dos povos, em complemento dos direitos do
homem ou dos direitos fundamentais.
O movimento de afirmação ou revindicação destes direitos dos povos corresponde, por certo,
a uma significativa tendência da política e do direito internacional dos nossos dias, ligada a
deslocação de entre as potências, a descolonização, aos problemas de largas partes da
comunidade, a crescente circulação de pessoas e bens, as novas estratégias de matérias-
primas e energia.
Sobretudo, não pode fazer-se confusão entre tais direitos dos povos desde o direito à
autodeterminação ao direito à paz e os direitos dos homens, direito à vida, à liberdade física,
à s convicções religiosas e filosóficas, ao trabalho, etc. são coisas completamente diversas,
mesmo se interligadas. Os direitos dos povos são direitos de colectividades mais ou menos
bem definidas, em variáveis situações, os direitos do homem são direitos das pessoas.
(CRM Art.º 35) Todos os cidadãos são iguais perante a lei, gozam dos mesmos direitos e
estão sujeitos aos mesmos deveres, independentemente da cor, raça, sexo, origem étnica,
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lugar de nascimento, religião, grau de instrução, posição social, estado civil dos pais,
profissão ou opção política.
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a) Direitos fundamentais individuais e institucionais: Enquanto os Direitos
fundamentais individuais referem-se ao direito à vida, à liberdade pessoal, à objeção
de consciência, o direito ao trabalho, direito ao ensino, etc. Os direitos fundamentais
institucionais dizem respeito por exemplo ao direito de livre organização, de
confissões religiosas, direito de antena, livre ação de associação, associações
sindicais, etc.
b) Direitos comuns e particulares: Por direitos comuns entende-se os direitos de todos
os membros da comunidade política só por virtude dessa qualidade, por exemplo os
direitos dos cônjuges, direitos de exercício do sufrágio universal.
5.6. O voto
Votar é um dever cívico e de cada um. Consiste em escolher uma opção duma lista de opções.
É extremamente limitativo, ter que escolher entre duas (no caso de referendo) ou meia dúzia
de hipóteses (eleições), embora o povo fique todo contente a pensar que escolhe alguma
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coisa cumprir pena. Num regime político democrático (democracia), os cidadãos têm mais
garantias de ver os direitos fundamentais respeitados pois são eles que elegem os poderes
políticos que fazem as leis e as fazem cumprir.
7. A cidadania em Moçambique
A Constituição moçambicana sugere uma conceção de cidadania baseada em direitos. Ela
enumera, por exemplo no seu capítulo V, uma série de direitos sociais e económicos, tais
como o direito à educação, saúde, habitação, assistência na velhice e incapacidade e trabalho.
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Conclusão
Este trabalho almejou uma reflexão acerca da forma dos Direitos fundamentais visto que são
as situações funcionais. Sob a denominação genérica de situações funcionais, englobamos
as situações jurídicas, activas e passivas, dos titulares dos órgãos e porventura, de certos
agentes do estado e de quaisquer entidades públicas enquanto tais. Englobamos as situações
jurídicas em que se subjectivam os estatutos inerentes aos cargos desempenhados por essas
pessoas no estado e noutras entidades públicas.
Assim, pudemos verificar que a expressão direitos humanos é utilizada pela doutrina
constitucional para designar aqueles direitos inerentes à pessoa humana que ainda não
reconhecidos em ordenamentos jurídicos, enquanto o termo “direitos fundamentais”
identifica esses direitos após seu reconhecimento por uma ordem positiva. Pode-se dizer que
todo direito fundamental é também um direito humano, entretanto o inverso nem sempre
será possível.
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Referências bibliográficas
ANDRADE José Carlos Vieira de, (1976), Os Direitos Fundamentais Na Constituição
Portuguesa de, 5.ª edição p. 161.
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