Questões IV Enem
Questões IV Enem
Questões IV Enem
ª Lene
1 O texto aborda a linguagem como um campo de disputas e poder. As interrogações da autora são estratégias que
conduzem ao convencimento do leitor de que
A o português do Brasil é muito diferente do português de Portugal.
B as prescrições dos gramáticos estão a serviço das classes dominantes.
C a norma linguística da elite brasileira é a única reconhecida como tal.
D o português do Brasil há muito distanciou-se das prescrições dos gramáticos.
E a desvalorização das variedades linguísticas populares tem motivação social.
2Entre as funções de um cartaz, está a divulgação de campanhas. Para cumprir essa função, as palavras e as imagens
desse cartaz estão combinadas de maneira a
A evidenciar as formas de contágio da tuberculose.
B mostrar as formas de tratamento da doença.
C discutir os tipos da doença com a população.
D alertar a população em relação à tuberculose.
E combater os sintomas da tuberculose.
3 As redes sociais permitem que seus usuários facilmente compartilhem entre si ideias e opiniões. Na tirinha, há um
tom de crítica àqueles que
A fazem uso inadequado das redes sociais para criticar o mundo.
B são usuários de redes sociais e têm seus desejos atendidos.
C se supõem críticos, porém não apresentam ação efetiva.
D são usuários das redes sociais e não criticam o mundo.
E se esforçam para promover mudanças no mundo.
Certa vez minha mãe surrou-me com uma corda nodosa que me pintou as costas de manchas sangrentas. Moído,
virando a cabeça com dificuldade, eu distinguia nas costelas grandes lanhos vermelhos. Deitaram-me, enrolaram-me
em panos molhados com água de sal - e houve uma discussão na família. Minha avó, que nos visitava, condenou o
procedimento da filha e esta afligiu-se. Irritada, ferira-me à toa, sem querer. Não guardei ódio a minha mãe: o culpado
era o nó.
RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1998.
4 Num texto narrativo, a sequência dos fatos contribui para a progressão temática. No fragmento, esse processo é
indicado pela
A Alternância das pessoas do discurso que determinam o foco narrativo.
B utilização de formas verbais que marcam tempos narrativos variados.
C indeterminação dos sujeitos de ações que caracterizam os eventos narrados.
D justaposição de frases que relacionam semanticamente os acontecimentos narrados.
E recorrência de expressões adverbiais que organizam temporalmente a narrativa.
Primeiro surgiu o homem nu de cabeça baixa. Deus veio num raio. Então apareceram os bichos que comiam os homens.
E se fez o fogo, as especiarias, a roupa, a espada e o dever. Em seguida se criou a filosofia, que explicava como não fazer
o que não devia ser feito. Então surgiram os números racionais e a História, organizando os eventos sem sentido. A
fome desde sempre, das coisas e das pessoas. Foram inventados o calmante e o estimulante. E alguém apagou a luz. E
cada um se vira como pode, arrancando as cascas das feridas que alcança.
BONASSI, F. 15 cenas do descobrimento de Brasis. In: MORICONI, Í. (Org.). Os cem melhores contos do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
5 A narrativa enxuta e dinâmica de Fernando Bonassi configura um painel evolutivo da história da humanidade. Nele, a
projeção do olhar contemporâneo manifesta uma percepção que
A recorre à tradição bíblica como fonte de inspiração para a humanidade.
B desconstrói o discurso da filosofia a fim de questionar o conceito de dever.
C resgata a metodologia da história para denunciar as atitudes irracionais.
D transita entre o humor e a ironia para celebrar o caos da vida cotidiana.
E satiriza a matemática e a medicina para desmistificar o saber científico.
A prescrição de comportamentos, como em: “[...] largue tudo de repente sob os olhares a sua volta [...]".
B apresentação de contraposição, como em: “Mas não exagere na medida e suba sem demora ao quarto [...]”.
C explicitação do interlocutor, como em: “[...] (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto
excluído) [...]”.
D descrição do espaço, como em: “Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes
dividiram entre si o bom-senso do mundo [...]”.
E construção de comparações, como em: “[...] libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo
como se retirasse a importância das coisas [...]”.
Argumento
Tá legal
Eu aceito o argumento
Mas não me altere o samba tanto assim
Olha que a rapaziada está sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro e de um tamborim
Sem preconceito
Ou mania de passado
Sem querer ficar do lado
De quem não quer navegar
Faça como o velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Leva o barco devagar.
PAULINHO DA VIOLA. Disponível em: www.paulinhodaviola.com.br. Acesso em: 6 dez. 2012.
10 Na letra da canção, percebe-se uma interlocução. A posição do emissor é conciliatória entre as tradições do samba
e os movimentos inovadores desse ritmo. A estratégia argumentativa de concessão, nesse cenário, é marcada no trecho
A “Mas não me altere o samba tanto assim”.
B “Olha que a rapaziada está sentindo a falta”.
C “Sem preconceito / Ou mania de passado”.
D “Sem querer ficar do lado / De quem não quer navegar”.
E “Leva o barco devagar”.
Devagar, devagarinho
Desacelerar é preciso. Acelerar não é preciso. Afobados e voltados para o próprio umbigo, operamos, automatizados,
falas robóticas e silêncios glaciais. Ilustra bem esse estado de espírito a música Sinal fechado (1969), de Paulinho da
Viola. Trata-se da história de dois sujeitos que se encontram inesperadamente em um sinal de trânsito. A conversa entre
ambos, porém, se deu rápida e rasteira. Logo, os personagens se despedem, com a promessa de se verem em outra
oportunidade. Percebe-se um registro de comunicação vazia e superficial, cuja tônica foi o contato ligeiro e superficial
construído pelos interlocutores: “Olá, como vai? / Eu vou indo, e você, tudo bem? / Tudo bem, eu vou indo correndo,
/ pegar meu lugar no futuro. E você? / Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono / tranquilo, quem sabe? / Quanto
tempo... / Pois é, quanto tempo... / Me perdoe a pressa / é a alma dos nossos negócios... / Oh! Não tem de quê. / Eu
também só ando a cem”.
O culto à velocidade, no contexto apresentado, se coloca como fruto de um imediatismo processual que celebra o
alcance dos fins sem dimensionar a qualidade dos meios necessários para atingir determinado propósito. Tal conjuntura
favorece a lei do menor esforço — a comodidade — e prejudica a lei do maior esforço — a dignidade.
Como modelo alternativo à cultura fast, temos o movimento slow life, cujo propósito, resumidamente, é conscientizar
as pessoas de que a pressa é inimiga da perfeição e do prazer, buscando assim reeducar seus sentidos para desfrutar
melhor os sabores da vida.
SILVA, M. F. L. Boletim UFMG, n. 1 749, set. 2011 (adaptado).
11 Nesse artigo de opinião, a apresentação da letra da canção Sinal fechado é uma estratégia argumentativa que visa
sensibilizar o leitor porque
A adverte sobre os riscos que o ritmo acelerado da vida oferece.
B exemplifica o fato criticado no texto com uma situação concreta.
C contrapõe situações de aceleração e de serenidade na vida das pessoas.
D questiona o clichê sobre a rapidez e a aceleração da vida moderna.
E apresenta soluções para a cultura da correria que as pessoas vivenciam hoje.
12 O exemplo de gênero textual citado é largamente utilizado em bibliotecas. Suas características o definem como
pertencente ao gênero
A aviso, por instruir o leitor a identificar o autor.
B ficha, que é utilizada para identificar uma obra.
C formulário, que contém informações sobre o autor.
D lista, por relacionar os assuntos da obra.
E manual, que define os passos da busca.