Protozoários - Doenças Parasitárias Dos Animais Domésticos
Protozoários - Doenças Parasitárias Dos Animais Domésticos
Protozoários - Doenças Parasitárias Dos Animais Domésticos
- Controle:
- Ambiente (não ter condições favoráveis ao Espécie Tratamento
vetor);
T. vivax Brometo de homidium (em
desuso)
4. Trypanosoma evansi Cloreto de isometamidium
- Transmissão acíclica; (endoparasiticida) e
- Ocorre na Ásia, na América tropical e no Diaceturato de diminazene
continente africano ao norte do Saara; (trypanosomicida).
- No Brasil não tem cinetoplasto;
T. theileri —----------------------------------
- Causa a “surra” ou “mal das cadeiras”,
doença que acomete todas as espécies de T. cruzi Tratamento ineficaz com
animais domésticos; efeitos colaterais;
- Dípteros da família Tabanidae e morcegos Tratamento paliativo, das
hematófagos atuam como vetores mecânicos afecções secundárias à doença
de chagas.
- Capivaras e quatis são reservatórios
silvestres; T. evansi Aceturato de diminazene.
- Pode ser aguda em equinos, camelos e cães;
- Sintomatologia em equinos:
- Tem potencial zoonótico;
- Febre, anemia hemolítica, perda de apetite,
caquexia e fraqueza, edema das regiões
inferiores do carpo e das patas.
Leishmaniose
● Leishmaniose visceral
- Leishmania (L) infantum chagasi;
- Manifestações clínicas:
Pode ser assintomático, oligossintomático (e
sinais inespecíficos), sintomático (várias
alterações clínicas).
- Sinais: alopecia ao redor dos olhos, depois vacina (imunoterapia)*, uso da coleira
alopecia generalizada e eczema; febre repelente.
intermitente, anemia, caquexia e *Seus benefícios ainda não são
linfoadenopatia generalizada, lesões cutâneas, comprovados.
hepatomegalia e esplenomegalia; podem surgir ¨O protocolo terapêutico dos cães vai
longos períodos sem sintomatologia e depois depender dos sinais clínicos presentes e
haver o ressurgimento do quadro; sorologia, de acordo com o manual da
Brasileish.
Por que ocorrem esses sinais?
- Controle e profilaxia:
Diminuir a exposição ao flebotomíneo,
A proliferação generalizada do parasita utilizando repelentes, telas, mosqueteiro e a
infectando os macrófagos desencadeia uma multiplicação do mesmo, não deixando
grande produção de imunocomplexos que se ambientes favoráveis, como matéria
depositam na parede dos vasos, desencadeando
orgânica.
processos inflamatórios degenerativos e
necróticos em diversas regiões. Manejo adequado dos soropositivos:
estadiamento clínicos a cada 2 meses e uso
de coleira.
- Diagnóstico:
A suspeita surge através do exame físico e
epidemiologia da doença;
Pode-se confirmar com exames diretos:
1. Esfregaços (“imprints”) ou raspados de
pele corados por LEISHMAN ou
GIEMSA; Biópsia de linfonodos ou de
medula (ambos para a pesquisa de
formas amastigotas em exames
histopatológicos);
2. PCR de linfonodo ou medula óssea.
- Tratamento:
Visa reduzir a carga parasitária e produzir
melhora clínica, porém não elimina totalmente
os protozoários.
1. Humanos = Antimoniais pentavalentes
(Glucantime);
2. Cães = Miltefosina (leishmanicida),
alopurinol (leishmaniostático),
domperidona (imunomodulador)*,
COCCIDIOSES
Babesiose
● Tratamento:
- Em bovinos não tem tratamento eficaz;
- Lasalocida, Monoensina, Piritrexina,
Pyrimetamina e Trimetropina – atuam
sobre taquizoítos em culturas celulares;
- Sulfadiazina / Trimetropina + Pirimetamina
– utilizados no trat. de cães;
● Controle:
- Seleção de animais soronegativos, através de
RIFI ou ELISA;
- Afastar os cães das criações de bovinos;
- Evitar a alimentação de cães com carne crua
de herbívoros.
COCCIDIOSES
Cystoisospora
● Espécies
- Cystoisospora canis e C. ohioensis = Cães;
- Cystoisospora felis e C. rivolta = Gatos;
- Isospora suis = Suínos.
● Epidemiologia:
- Camas mal manejadas favorecem condições
adequadas à persistência dos oocistos no
ambiente;
- A superlotação aumenta as chances de
ocorrência de surtos;
- Nos pastos, o tempo de esporulação é
geralmente maior;
- Os oocistos são altamente resistentes,
persistindo no ambiente até por anos.
● Sinais e sintomas
- A forma mais comum da infecção
assintomática é em animais jovens, porém
pode ocorrer diarreia;
- Em suínos normalmente a fêmea é
assintomática, porém a liberação dos
COCCIDIOSES
Sarcostidiose
● Espécie
- Tem o cão como HD:
Sarcocystis bovicanis (S.cruzi), S.ovicanis
(S.tenella), S.capricanis, S.porcicanis
(S.miescheriana), S. equicanis (S.bertrami),
S.fayeri (cavalo/cão);
- Gato com HD:
S. bovifelis (S.hirsuta), S. ovifelis
(S.tenella), S. porcifelis;
- Homem como HD:
S. bovihominis, S. porcihominis.
● Sarcocystis neurona
- Provoca a mieloencefalite protozoária
equina, também chamada de “bambeira”;
- É uma doença com manifestações
neurológicas, como inflamação no SNC,
assimetria, incoordenação motora, paresia,
claudicação, ataxia, atrofia muscular,
fraqueza.
- A infecção geralmente se dá pelo consumo
de alimentos ou água contaminada;
- Não transmite de cavalo p/ cavalo;
- O HD: gambá, saruê…
- HI: Tatu, guaxinim;
- O HI ingere os oocistos do HD e adquire
cistos.
COCCIDIOSES
Criptosporidiose
● Espécies
- Cryptosporidium muris e Cryptosporidium
parvum = Mamíferos;
- C. meleagridis, C. baileyi = Aves
- C. nosorum = Peixes;
- C. serpentis = Serpentes
Obs.: Não tem especificidade parasitária.
● Patogenia
- Destrói microvilosidades e pode ocasionar
atrofia e intumescimento e depois fusão das
vilosidades, alterando a absorção dos
nutrientes e a ação de enzimas a este nível;
- Dependendo da espécie hospedeira, idade e
status imunológico do hospedeiro, o grau de
infecção pode variar de subclínica a severa;
● Sinais
- Diarreia aquosa e amarelada, febre,
anorexia, desidratação e cólicas;
- Geralmente essa diarréia e demais sinais são
autolimitantes, durando de 7-14 dias, sendo
mais observados em animais jovens ou na
primeira semana de vida;
- Em imunossuprimidos os sintomas podem
ser mais graves e persistentes.
● Diagnóstico
- É difícil, pois os oocistos são muito
pequenos e incolores;
- Esfregaços fecais corados;
COCCIDIOSES
Eimeriose
● Eimeriose em Ruminantes
- Principais espécies em: - Antibióticos ionóforos como Lasalocida (não
Bovinos e bubalinos = Eimeria zuernii, E. pode usar em coelhos), Monensima,
bovis; Salinomicina;
Ovinos = E. ovina, E. ovinoidalis; - Toltrazuril (aves e suínos);
Caprinos = E. arloingi e E. caprovina (cap e - Decoquinato.
ov). 2. Tratamento curativo:
- Amprólio, sulfonamidas (sulfaquinoxalina e
● Eimeriose em Coelhos sulfametazina)
- Possui duas formas: OBS.: Sulfas interferem no ganho de peso.
1. Hepática:
- E. stidae, que parasita os ductos biliares ● Profilaxia e controle
chegando ao fígado, promovendo 1. Hospedeiro:
transtornos de secreção de bile e digestivos - Separação por faixas etárias, evitar alta
(sem diarréia); densidade animal, pois contribui para carga
2. Intestinal: parasitária, realizar o isolamento e
- Provocada por várias espécies que parasital tratamento dos doentes, quarentena dos
o ID causando diarréia escura. introduzidos no plantel, evitar
- Ambas podem levar a morte súbita. medicamentos na ração para evitar
subdosagem e consequente resistência;
● Diagnóstico 2. Ambiente:
- Através da anamnese (histórico, categoria - Instalações limpas, secas, com boa higiene
do animal, tipo de manejo); ambiental, desinfecção com amônia,
- Sinais clínicos (diarréia sanguinolenta e formalina, calor ou insolação.
fétida, associadas ao tenesmo e dilatação do Descontaminação de comedouros e
esfincter anal. Perda de apetite, debilidade bebedouros e destino correto das excretas.
orgânica em animais jovens);
- Exame de fezes (diag de rebanho, pode ser
feito através do método de flutuação e
exames quali e quantitativos);
- Necropsia;
- PCR dos raspados da mucosa intestinal.
● Tratamento
- Drogas coccidiostáticas impedem a
multiplicação do agente agindo nas fases
finais do desenvolvimento do mesmo e
retarda ou inibe re-infecções = Aumento da
imunidade e redução da eliminação de
oocistos;
- Esses medicamentos são indicados em
puerpério, desmame, mudança na dieta,
transporte, etc.;
- Outros tratamentos:
1. Tratamento preventivo:
- Amprólio;
Giardíase ou Giardiose
● Tratamento
- Metronidazol, fembendazol ou albendazol;
- Lembrar que o primeiro não pode ser usado
em fêmeas gestantes e é carcinogênico,
teratogênico e mutagênico.
● Controle e prevenção
- Desinfecção do ambiente com amônia
quaternária;
- Banho no animal infectado;
- Consumo de água filtrada ou fervida.
- Medidas de higiene pessoal;
- Vacina (Lembrando que não é tão eficaz e
vai servir para reduzir a sintomatologia
quando infectado e a eliminação dos cistos.
Tricomonose bovina
● Sintomatologia
- Os machos geralmente são assintomáticos,
mas pode apresentar exaustão física e perda
de condição corporal após estação de monta;
- Machos com mais de 3 anos são fator de
risco para infecção;
- As fêmeas são mais susceptíveis à infecção
sintomática e podem apresentar vaginite,
retorno do cio, piometra, infertilidade,
Babesiose