Idoso
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RESUMO
O presente artigo tem por objetivo relatar a experiência de estágio básico em Psicologia desenvolvido
em um Instituto de Longa Permanência para Idosos, localizado na Cidade de Campina Grande/PB.
Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo relato de experiência, que no primeiro momento ocorreu a
partir da observação participante para, em seguida, serem elaborada as intervenções a partir das
demandas emergentes. Ocorreram trinta encontros entre novembro de 2017 e março de 2018 com
duração de duas horas. As atividades contaram com a participação de 73 idosos, de ambos os sexos,
residentes da Instituição de Longa Permanência. Os encontros se davam com a promoção de espaço de
fala, sendo no período de tempo de duas horas em que estagiários estavam na instituição realizando
escutas e acolhimento das demandas espontâneas que surgiam na fala dos idosos. De modo geral, a partir
do relato de suas histórias de vida, os idosos abordavam suas questões pessoais frequentemente
envolvendo a relação com a família, as dificuldades enfrentadas diante do processo de envelhecimento
e da institucionalização. Diante do exposto, foi possível perceber a importância do acolhimento no
processo de cuidado da pessoa idosa e o quanto esses momentos de escuta foram capazes de ressignificar
a dor e o sofrimento por elas vividos. A experiência, possibilitou vivências que permitiram reafirmar a
necessidade de promover espaços de fala como estratégia de cuidado focalizados no protagonismo das
pessoas idosas, reiterando ainda o quanto é imprescindível novos modos de cuidar que perpassam o
modelo asilar de cuidado tradicional e biomédico ainda existente em muitos Institutos de Longa
Permanência para Idosos.
INTRODUÇÃO
O envelhecimento e seus atravessamentos são fatores que vêm sendo analisados com
maior profundidade no Brasil após modificações nos arranjos sóciodemográficos brasileiros,
1
Graduanda em Psicologia pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG,
andradeadriellepsi@gmail.com;
2
Graduanda em Psicologia pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, thay.rogerio@gmail.com;
3
Graduanda em Psicologia pela Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, leticialigia@hotmail.com;
4
Ex graduando/estagiario em Psicologia pela Universidade Federal de Campina Grande – UFCG; Graduando em
Agropecuário pela Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, albertinojs@gmail.com;
5
Professora orientadora: Adjunta da Unidade Acadêmica de Psicologia da Universidade Federal de Campina
Grande (UFCG), Doutora em Psicologia Social, suennyfonseca@yahoo.com.br
tais como crescimento acelerado da população idosa, diminuição da taxa de fecundidade e
mortalidade, aumento da expectativa de vida (WATANABE, DI GIOVANNI, 2009).
A partir das discussões referentes à população idosa emergiram estratégias e políticas
específicas para os idosos. No Brasil os marcos de regulamentação para com o cuidado dos
idosos são a Constituição Federal de 1988, a Lei 8.842: Política Nacional do Idoso e a Lei
10.741 mais conhecida como Estatuto do Idoso.
Dentre as estratégias encontradas, temos as Instituições de Longa Permanência para
Idosos - ILPIs, que, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA (2005) são
instituições governamentais ou não-governamentais, de caráter residencial, destinadas a
domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte
familiar, em condição de liberdade, dignidade e cidadania.
O processo de envelhecimento traz consigo alterações morfológicas, biológicas,
bioquímica, e psicológicas, influenciando nas significações das experiências do sujeito,
acarretando assim modificações também na forma de lidar consigo, com o outro e com seu
meio. A institucionalização desses sujeitos traz consigo uma nova reestruturação no modo de
viver, fazendo emergir demandas específicas do espaço.
As ações da Psicologia direcionada ao idoso institucionalizado em ILPIs está em
processo de desenvolvimento visto que são poucos trabalhos publicados na área, atualmente
existem o Relatório de Inspeção a ILPIs e o Caderno de Orientação do CRP/SP para atuação de
psicólogas(os) na Assistência Social, o primeiro realiza um recorte nacional do que vem
ocorrendo nas ILPIs e a segunda orientando a atuação do psicólogo junto a pessoa idosa.
Diante desta perspectiva, o presente trabalho objetiva relatar a experiência dos
estagiários de Psicologia nas atividades desenvolvidas em um Instituto de Longa Permanência
para Idosos, localizado na Cidade de Campina Grande/PB, bem como apresentar a importância
do acolhimento como ferramenta terapêutica no processo de cuidado aos idosos
institucionalizados.
METODOLOGIA
DESENVOLVIMENTO
A institucionalização de idosos
Corrêa et. al. (2012) afirma que na prática poucas são as Instituições de Longa
Permanência para Idosos que contam com a presença do profissional psicólogo em seu quadro
de funcionários, de maneira que tal situação pode acabar comprometendo a percepção de que
os idosos institucionalizados possam ter do profissional em uma ILPI.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei 10.741 de 1 de Outubro de 2003. Dispõe sobre o estatuto do idoso e dá outras
providências. Brasília - DF, 2003
BRASIL. Lei 8.842 de 4 de Janeiro de 1994. Dispõe sobre a política nacional do idoso, cria o
Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências. Brasília - DF, 1994.
LIMA. M. A. D. S.; RAMOS, D. D.; ROSA. R.B.; NAUDERER. T.M.; DAVIS, R. Acesso e
acolhimento em unidades de saúde na visão dos usuários. Acta Paulista de Enfermagem, v. 10,
n. 1, p. 12-17, 2007.
TAVARES, M. A entrevista clínica. In: J. A. Cunha, Psicodiagnóstico - V (5ª ed., rev. e ampl.).
Porto Alegre, RS: Artmed, 2002.