Tabela - Periódica - EsPCEx 2020
Tabela - Periódica - EsPCEx 2020
Tabela - Periódica - EsPCEx 2020
Periódica
ESPCEX – 2021
Autor:
Prof. Thiago Cardoso
Aula 05
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Aula 05 – Tabela Periódica
Sumário
5. Gabarito....................................................................................................................... 78
05 – Tabela Periódica 2
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Apresentação da Aula
Olá, Alunos, sejam bem-vindos a mais uma aula de Química. Nessa aula, vamos falar sobre as
Propriedades Periódicas.
Classificar, de acordo com o Dicionário Houaiss, significa “dividir em grupos ou classes que
possuam características parecidas.” Por isso, classificar é importante para compreender melhor o
comportamento de algumas propriedades.
Cada uma dessas classes apresenta características específicas. Então, ao observar um ser vivo
produzindo seu próprio alimento a partir de folhas, podemos assumir que é uma planta. Se
observarmos a folha e notarmos que ela possui nervação reticulada, saberemos que é uma
dicotiledônea, por isso, deverá apresentar raiz axial também. Com base nisso, um jardineiro saberá
melhor como cultivá-la.
Para classificar, é necessário agrupar propriedades de acordo com um certo critério. Nas
plantas, esse critério é o número de cotilédones nas sementes. Da mesma forma, na Química,
sempre se procurou uma maneira de classificar os elementos com base em algumas propriedades
rotineiramente observadas, entre elas:
• Raio Atômico;
• Energia de Ionização;
Vale ressaltar que esse tópico serve de base para vários outros, como Funções Inorgânicas,
por isso, é vital aprendê-lo.
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Ela resultou de uma evolução de estudos de diversos químicos que buscavam classificar os
elementos químicos.
Um dos pressupostos do Modelo Atômico de Dalton de 1808 era que todos os átomos de um
mesmo elemento químico possuíam a mesma massa.
Por muito tempo, essa concepção vigorou na Química e influenciou grande parte dos
cientistas nas suas observações, inclusive, na classificação dos elementos químicos.
O nêutron somente foi teorizado pela primeira vez por Ernest Rutherford em 1909 e
descoberto por James Chadwick em 1932.
Antes disso, ainda não se tinha a noção de número atômico e de que a massa atômica não
determinava o elemento químico. Por exemplo, o cálcio (Z = 20) e o argônio (Z = 18) possuem massas
atômicas aproximadamente iguais a 40. Embora tenham a mesma massa atômica, são elementos
com propriedades bastante diferentes.
Em 1829, o químico alemão Johann Wolfgang Döbereiner analisou o cálcio, estrôncio e bário,
percebendo uma relação muito simples entre suas massas atômicas: a massa do estrôncio era
aproximadamente a média das massas do cálcio e do bário.
Ao analisar outros elementos químicos, Döbereiner concluiu que havia outras tríades de
elementos químicos em que se notava a mesma relação. Como exemplos de Tríades de Döbereiner,
pode-se listar:
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Bromo 80 Sódio 23
Enxofre 32 Cálcio 40
Selênio 79 Estrôncio 88
O fato de Döbereiner ter conseguido agrupar apenas 9 – já que o lítio não era conhecido na
época – dos 54 elementos conhecidos contribuiu para que sua tese caísse no ostracismo.
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Lítio 7
Magnésio 24
Sódio 23
Cálcio 40
Potássio 39
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Carbono 12 Nitrogênio 14
Silício 28 Fósforo 31
A sua proposta em que via certa conexão da Química com a música foi ridicularizada. Porém,
até a sua época, dentro de algumas limitações, era a que mais se parecia com o que conhecemos
atualmente.
No entanto, podemos notar sérias irregularidades, como o fato de que as propriedades do ferro
(Fe) em nada se parecem com as propriedades do oxigênio (O) e do enxofre (S).
Tabela 3: Lei das Oitavas de Newlands
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
H Li Be B C N O
F Na Mg Al Si P S
Cl K Ca Cr Ti Mn Fe
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Mendeleiev, apesar de não ter descoberto nenhum elemento, deu uma significativa
contribuição à Química por meio de sua tabela periódica.
Meyer publicou primeiro em 1864, e em 1869 expandiu sua tabela para mais de 50
elementos. Meyer estudou a variação de propriedades, como o volume molar, o ponto de ebulição
e a dureza como função da massa atômica. [1] A figura a seguir mostra a versão de Mendeleiev, um
pouco mais sofisticada.
Uma importante observação a respeito dessa tabela é a respeito das lacunas que ela contém.
As lacunas dizem respeito a elementos que ainda não eram conhecidos, mas que deveriam existir e
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um dia seriam descobertos. Além disso, eles deveriam apresentam propriedades físicas e químicas
semelhantes ao grupo em que estavam previamente classificados.
A Tabela continha lacunas entre o Silício e o Estanho. Então, o elemento faltante foi
denominado Ekasilício e, mais tarde, foi descoberto e denominado Germânio. Continha também
uma lacuna após o Alumínio, sendo o elemento faltante denominado Ekaalumínio e, mais tarde,
descoberto e denominado Gálio. [2]
Na Tabela 4, tem-se uma comparação entre as propriedades previstas por Mendeleiev para
o Eka-Silício (Germânio) e as propriedades atualmente conhecidas desse elemento. [2]
Óxido 𝐸𝑂2 ; sólido branco; anfotérico; densidade 𝐺𝑒𝑂2; sólido branco; anfotérico; densidade
4,7𝑔/𝑐𝑚³ 4,23𝑔/𝑐𝑚³
Cloreto 𝐸𝐶𝑙4 ; ferve acima de 100℃; densidade 𝐺𝑒𝐶𝑙4; ferve acima de 84℃; densidade
1,9𝑔/𝑐𝑚³ 1,84𝑔/𝑐𝑚³
Essa é uma grande diferença entre a Tabela Atual e as suas predecessoras. Por muito tempo,
as tabelas periódicas se basearam em ordens de massas atômicas. Porém, o trabalho de Moseley
fixou o conceito de número atômico.
Para a organização dos elementos na Tabela Periódica, de acordo com o número de elétrons
na sua camada de valência.
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Nesse livro digital, fazemos uma distância entre camada de valência e camada externa. Vale
destacar que algumas obras de renome não o fazem ou até mesmo não se preocupam em
conceituar. Porém, eu considero que essa distinção facilitará bastante o seu aprendizado – e é pouco
provável que alguma questão de prova venha a se aprofundar em um tema tão específico que ainda
não é um completo consenso na literatura.
• Camada Externa: Corresponde ao maior nível de energia que possui pelo menos um elétron.
É importante observar que os subníveis (n-1)d e (n-2)f são, de maneira geral, mais energéticos
que o subnível ns. Por conta disso, a camada externa nem sempre é a última a ser preenchida.
Quando isso acontece, o elemento é denominado metal de transição.
• Camada de Valência: É a camada externa adicionada dos elétrons do subnível (n-1)d ou (n-
2)f, somente no caso dos metais de transição e transição interna, que são aqueles, cujos
elétrons mais energéticos se situam em orbitais d ou f.
Vale observar que muitos autores definem que a camada de valência é a camada externa,
inclusive para os metais de transição. Caso você encontre essa definição em alguma outra literatura,
saiba que não é uma questão unânime na Química.
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A visão geral da Tabela Periódica que vamos trabalhar nesse curso para resolver a maioria das
questões está ilustrada na Figura 3, em que são mostrados os elementos representativos e seus
respectivos números atômicos.
Como sempre frisamos no Capítulo sobre Modelos Atômicos, é importante que você saiba os
números atômicos dos gases nobres para determinar as configurações eletrônicas dos elementos.
Figura 3: Visão Geral da Tabela Periódica com os Números Atômicos dos Principais Elementos dispostos em
Ordem Crescente
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05 – Tabela Periódica 13
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2.1. Períodos
Os períodos correspondem às linhas horizontais. É interessante observar que o
número de elementos presentes em cada período é limitado pela quantidade de elétrons que cabem
naquele nível de energia.
Por exemplo, no primeiro nível de energia (n = 1) só cabem dois elétrons. Portanto, existem
apenas dois elementos nesse período, sendo eles o hidrogênio (H: 1s¹) e o hélio (He: 1s²).
O segundo período apresenta exatamente 8 elementos, porque pode ser enchido com 8
elétrons (2s²2p6).
É vital registrar que, com o terceiro nível apresenta orbitais d, os elementos do 3° período
terão algumas propriedades diferentes dos elemenos do 2° período. Esse é um ponto que sempre
traz muita confusão entre os alunos.
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2
18𝐴𝑟 : 1𝑠 2𝑠 2 2𝑝6 3𝑠 2 3𝑝6
𝟏
19𝐾 : [𝐴𝑟]𝟒𝒔
𝟐
20𝐶𝑎 : [𝐴𝑟]𝟒𝒔
𝟐 1
21𝑆𝑐 : [𝐴𝑟]𝟒𝒔 3𝑑
𝟐 2
22𝑇𝑖 : [𝐴𝑟]𝟒𝒔 3𝑑
Os elementos que seguem o argônio são todos do quarto período. Mas é interessante
observar que, devido ao Diagrama de Pauling, depois do cálcio, o subnível 4s fica fixo em 4s² e os
próximos elétrons são adicionados ao subnível 3d.
Elétron mais
Externo
Elétron mais
• Pertence à camada Energético
externa
• Pertence ao último subnível
a ser preenchido
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𝟏
3𝐿𝑖 : [𝐻𝑒]𝟑𝒔
2
17𝐶𝑙 : [𝑁𝑒]3𝑠 𝟑𝒑𝟓
𝟐 𝟒
60𝑁𝑑 : [𝑋𝑒]𝟔𝒔 𝟒𝒇
𝟐 𝟒
92𝑈: [𝑅𝑛]𝟕𝒔 𝟓𝒇
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Já o urânio é uma das fontes radioativas mais conhecidas no mundo, sendo bastante utilizado
nas usinas nucleares para a produção de energia elétrica a partir do processo de fissão nuclear.
Os metais de transição interna formam duas séries: a série dos lantanídeos, que pertence ao
sexto período, e a série dos actinídeos, que pertence ao sétimo período.
Os lantanídeos, em conjunto com o escândio e o ítrio (ambos também da família III-B), são
denominados terras-raras.
Os actinídeos são elementos radioativos, não possuindo isótopos estáveis. Todos os que
possuem número atômico maior que o do urânio são elementos artificiais. Por esse motivo, eles são
excluídos do grupo das terras-raras.
2.2. Famílias
As famílias, também chamadas de grupos, são as diversas colunas da Tabela Periódica. Reveja
a tabela, focando seus olhos nas colunas.
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Tome cuidado com isso, pois questões de prova podem querer te induzir ao erro afirmando
que elementos com propriedades diferentes não podem pertencer à mesma família.
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05 – Tabela Periódica 19
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Classificação dos
Terminam em s
Representativos
Elementos
ou p
Comuns Terminam em d
Transição
Interna Terminam em f
O hélio é uma exceção importante a essa regra. Esse elemento possui apenas dois elétrons
na camada de valência, no entanto, é representado na família VIII-A. O hélio é bem mais parecido
com os elementos da família VIII-A, os gases nobres, porque é um gás à temperatura ambiente e é
bastante inerte. Os elementos da família II-A são metais muito reativos, como o magnésio e cálcio.
O hidrogênio, por sua vez, costuma ser colocado à parte na tabela periódica. Em muitos
compostos, ele se comporta como se fosse um halogênio (família VII-A ou 17). Em outros, comporta-
se como se fosse um metal alcalino (família I-A ou 1). Um exemplo é a molécula de cloreto de
hidrogênio ou ácido clorídrico, cuja fórmula é HC .
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O cloreto de hidrogênio é uma molécula no estado gasoso, formada por uma ligação
covalente. Nessa situação, o hidrogênio se comporta como um halogênio típico. No entanto, essa
molécula se ioniza em água liberando o cátion 𝐻 + , exatamente como acontece com compostos
entre o cloro e metais alcalinos.
Esse composto somente deve ser chamado de ácido clorídrico quando em solução aquosa.
Caso esteja fora da água, no estado gasoso, ele deve ser chamado de cloreto de hidrogênio.
O bloco d compreende os metais de transição. A nomenclatura antiga previa que as famílias
seriam contadas começando de III-B até VIII-B, em que esta última abrangia 3 colunas, seguindo para
I-B e II-B.
A nomenclatura I-B e II-B serve para lembrar que, em alguns casos, esses metais se
comportam como se fossem metais alcalinos (I-A) e alcalino-terrosos (II-B), principalmente em
relação aos cátions mais comuns formados em diversas reações.
Vale lembrar que esses metais da família I-B (ouro, cobre e prata) são pouco reativos e os da
família II-B são bem menos reativos que os correspondentes da família II-A.
Tabela 5: Cátions mais comuns dos elementos das famílias I-B e II-B
𝐶𝑢 𝐶𝑢2+ 𝐶𝑢+
I-B
𝐴𝑔 𝐴𝑔+ 𝐴𝑔2+
05 – Tabela Periódica 21
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𝐴𝑢 𝐴𝑢+ 𝐴𝑢3+
𝑍𝑛 𝑍𝑛2+
II-B 𝐶𝑑 𝐶𝑑 2+
𝐻𝑔 𝐻𝑔2+ 𝐻𝑔22+
Por fim, o bloco f que compreende os metais de transição interna inclui os elementos de
comportamento químico mais difícil de compreender. Todos eles estão inclusos na família III-B,
porque tem propriedades muito parecidas, uma vez que diferem uns dos outros apenas por elétrons
do subnível f – que estão dois níveis abaixo da camada externa.
Nesse caso, o número de elétrons de valência será igual ao algarismo das unidades da família
a que é associado.
Por exemplo, o flúor (família 17) possui sete elétrons de valência. O sódio (família 1) possui
apenas um elétron de valência.
As exceções são apenas as famílias 11 e 12 (antigas I-B e II-B), cujas configurações eletrônicas
são terminadas com 11 e 12 elétrons de valência, mas, que, de fato, raramente utilizam mais de 1
ou 2 elétrons, respectivamente.
Além disso, a correspondência entre o sistema antigo e o novo pode ser feita facilmente. Os
elementos representativos abrangem as famílias 1, 2 e após a 13. Além disso, lembre-se do algarismo
das unidades que marca o número de elétrons de valência.
Sendo assim, a família 1 é correspondente a I-A. A família 14 é correspondente a IV-A (mesmo
algarismo das unidades). A família 6 é correspondente à família VI-B – já que 6 está fora dos números
associados aos elementos representativos.
A seguir, temos as configurações eletrônicas das diferentes famílias. Vale lembrar que, nos
metais de transição, existem muitas configurações irregulares.
05 – Tabela Periódica 22
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IV-B ns²(n-1)d²
V-B ns²(n-1)d³
ns2 (n − 1)d7
ns2 (n − 1)d8
Os metais de transição interna todos pertencem à família III-B ou 3. São divididos em duas
séries: a série dos lantanídeos, que abrange os elementos do 6° período, e a série dos actinídeos,
que abrange os elementos do 7° período.
2
60𝐿𝑎 : [𝑋𝑒]6𝑠 5𝑑1
2
89𝐴𝑐 : [𝑅𝑛]7𝑠 6𝑑1
05 – Tabela Periódica 23
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Porém, como eles possuem 3 elétrons na camada de valência terminada em d ou f. Por isso,
eles pertencem necessariamente à família III-B.
Por estarem localizados na família III-B além do 6° período, eles são sim classificados como
terras raras ou metais de transição interna.
Atualmente, não se conhecem elementos que precisem de orbitais g para sua distribuição no
estado fundamental. Porém, já se busca produzir o elemento de número atômico 121, que seria o
primeiro a apresentar elétrons no orbital 5g.
Caso os cientistas tenham sucesso em sintetizá-lo, esse elemento inaugurará a série dos
superactinídeos.
Não se preocupe, porque você não precisa enfiar tudo isso agora na sua cabeça. Aqui,
utilizaremos a palavra decorar no seu sentido original.
“Decorar” vem do latim “de core”, que significa “de coração”. No mesmo sentido, em inglês,
“decorar” se traduz como “know by heart”, ou seja, “saber de coração”.
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Você vai decorar os elementos representativos, porque você vai vê-los tanto ao longo do
nosso estudo de Química que você vai aprendê-los de coração.
• Metais;
• Semi-metais, que, por vezes, são incluído no conjunto dos ametais;
• Ametais ou não-metais;
• Gases Nobres: família VIII-A ou 18.
2.4.1. Metais
Os metais são a maioria dos elementos da Tabela Periódica. Apresentam as seguintes
propriedades gerais.
Como os metais são a grande maioria, recomendo você aprender quais elementos não são
metais.
2.4.2. Ametais
Os ametais, também denominados não-metais, por sua vez, formam uma escada na Tabela
Periódica, sendo limitados por C, P e Se (carbono, fósforo e selênio) e incluindo todos os halogênios
(família VII-A ou 17). Verifique na Tabela.
05 – Tabela Periódica 25
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Por conta disso, muitas vezes, ele é classificado à parte na Tabela Periódica. De qualquer
modo, é consenso que o hidrogênio é não-metal.
Os não-metais não compartilham das propriedades dos metais. Não apresentam brilho, são,
em regra, maus condutores térmicos e elétricos.
05 – Tabela Periódica 26
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Os demais somente formam ânions acompanhados por algum elemento com elevada
afinidade eletrônica, geralmente, o oxigênio, por exemplo, PO43- (fosfato) e SeO42- (seleniato).
2.4.3. Semimetais
Os semi-metais também formam uma escada, que inclui apenas 7 elementos pouco
abordados em questões de prova.
A maioria dos seus compostos são covalentes, portanto, raramente formam compostos
iônicos.
Nos poucos compostos iônicos envolvendo semimetais, eles estão sempre acompanhados
por algum elemento com maior afinidade eletrônica, em geral, o oxigênio. O ânion mais conhecido
é o silicato (SiO42-). Outros ânions de semimetais são: arseniato (AsO3-) e o hexafluoroantimoniato
(SbF6-).
É interessante observar os casos das famílias IV-A e V-A, pois essas famílias possuem
elementos que pertencem a três categorias diferentes: metal, semimetal e ametal.
Todos eles são gases com baixíssimo ponto de ebulição. O hélio, por exemplo, é a substância
da natureza com menor ponto de ebulição (–269° C), o que é muito próximo do zero absoluto (–269°
C). Consegue imaginar o quão fria é a temperatura necessária para liquefazer esse elemento.
Os gases nobres são pouco reativos e raramente formam compostos, tanto iônicos como
moleculares. Comentaremos mais sobre essa característica na Seção sobre a Estabilidade dos Gases
Nobres.
05 – Tabela Periódica 27
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Para fins de frisar sobre onde se encontram os metais, semimetais, não-metais e gases
nobres, vamos desenhar o esqueleto da Tabela Periódica com as escadas que representam cada uma
dessas classes.
05 – Tabela Periódica 28
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Líquidos: Hg, Br e Fr
Vai ser relativamente fácil você se lembrar da sequência F, O, N, Cl, porque ela também vai
aparecer na Fila de Eletronegatividade, que veremos ainda nesse capítulo.
Comentários
05 – Tabela Periódica 29
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𝐻𝑒: 1𝑠 2 ∴ 𝑍 = 2
𝑁𝑒: 1𝑠 2 2𝑠 2 2𝑝6 ∴ 𝑍 = 2 + 2 + 6 = 10
A configuração eletrônica do terceiro gás nobre já pode ser construído com base no neônio.
A resolução dessa questão poderia ter sido facilitada se o aluno conhecesse algum dos gases
nobres anteriores. Por exemplo:
Aliás, eu recomendo bastante que você saiba decorados os números atômicos dos gases
nobres, pois facilita bastante a escrita das configurações eletrônicas dos demais elementos.
Gabarito: E
05 – Tabela Periódica 30
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b) Apenas I e II.
c) Apenas II.
d) Apenas II e III.
e) Apenas III.
Comentários
II – Isso é algo que o aluno precisa frisar. A família é definida pela configuração eletrônica da
camada de valência. Item correto.
III – É isso mesmo! O item resumiu bem tudo o que precisamos saber a respeito dos metais.
Gabarito: E
Comentários
05 – Tabela Periódica 31
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Comentários
Vale lembrar que o calor é a energia térmica em movimento, não estando diretamente
relacionado com a temperatura de um corpo.
Gabarito: Errado
5. (IME – 2011)
Considere as espécies de (I) a (IV) e o arcabouço da Tabela Periódica representados a seguir.
Assinale a alternativa correta.
05 – Tabela Periódica 32
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I. II.
III. IV.
Comentários
É natural que o aluno estranhe uma questão com um nível de dificuldade diferente do que
estamos acostumados no vestibular do IME. Porém, isso pode acontecer. É importante não se
enrolar em questões fáceis. Aproveite para resolver rápido e passar para a próxima. Economize seu
precioso tempo na hora da prova.
a) O neônio é o gás nobre do segundo período, com Z = 10. Portanto, o elemento (II) possui
a configuração eletrônica [Ne]3s¹, logo é um metal alcalino. Afirmativa errada.
b) A espécie (I) possui dez elétrons, logo deve ter a configuração eletrônica de gás nobre.
Afirmativa errada.
c) A espécie (III) tem 18 elétrons, portanto, é isoeletrônica do argônio, que também é gás
nobre e possui Z = 18. Logo, de fato, a sua configuração eletrônica termina em 3s²3p 6.
Afirmativa correta.
d) A espécie (IV) possui 10 elétrons, logo, é um gás nobre, mais especificamente, o neônio.
Afirmativa errada.
05 – Tabela Periódica 33
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e) A espécie (I) é um ânion, porque possui carga total negativa e igual a -1. A espécie (II) é,
de fato, um cátion, porque possui carga total positiva e igual a +2. Portanto, a afirmativa
está errada.
Gabarito: C
3. Propriedades Periódicas
São as aquelas que estão relacionadas ao átomo isolado. Portanto, não dependem da
substância em que ele está localizado.
De maneira geral, elas são medidas com o átomo isolado no estado gasoso, pois, nessa
situação, liberta-se a espécie química de forças intermoleculares e ligações químicas que poderiam
influenciar nas medidas.
• Raio Atômico;
• Energia de Ionização;
É importante registrar que todas essas propriedades são diretamente influenciadas pela
Carga Nuclear Efetiva.
No entanto, afirmar que o raio atômico de todos os átomos seria infinito não acrescentaria
nenhum conhecimento químico significativo.
Por esse motivo, os químicos precisavam encontrar outras formas de definir essa grandeza.
• No caso de metais, o raio atômico (ou raio metálico) é dado pela metade da distância entre
núcleos vizinhos numa amostra sólida;
• No caso de não-metais ou semimetais, o raio atômico (ou raio covalente) é definido como a
metade da distância de uma ligação simples.
05 – Tabela Periódica 34
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• No caso dos gases nobres, o raio atômico é definido como a metade da distância mínima entre
dois átomos em uma amostra.
Para fins de determinação do raio atômico, uma ligação covalente ou metálica é interpretada
como ilustrado na Figura 15.
• O período em que está o elemento, pois quanto mais camadas eletrônicas ele tiver, maior
tenderá a ser o seu raio atômico. Sendo assim, o raio atômico cresce para baixo na Tabela
Periódica.
• Quanto maior a carga nuclear efetiva sobre o elétron mais externo, mais intensa será a
atração que o núcleo exerce sobre ele. Portanto, mais próximo do núcleo, ele tenderá a
permanecer. Logo, quanto maior a carga nuclear efetiva, menor será o raio atômico. Como
ela cresce para a direita, o raio atômico cresce para a esquerda.
Sendo assim, o raio atômico cresce para a direita da tabela periódica, no sentido dos gases
nobres, e para baixo.
05 – Tabela Periódica 35
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Figura 16: Raio Atômico (em pm) dos elementos representativos da Tabela Periódica
Como era de se esperar, numa mesma família, o raio atômico cresce para baixo, no sentido
do elemento de maior período.
Além disso, a variação do raio atômico diminui com o aumento do período. Vamos examinar
o que acontece nos metais alcalinos, por exemplo.
Tabela 6: Raios Metálicos dos Metais Alcalinos
Li 123 - 1,30
A explicação para essa redução na variação dos raios atômicos decorre do fato que a carga
efetiva, calculada pela Regra de Slater, varia pouco a partir do terceiro período.
05 – Tabela Periódica 36
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Aula 05 – Tabela Periódica
É importante observar que o raio atômico não pode ser usado para estimar comprimentos de
ligação entre moléculas diatômicas. Por exemplo, o raio covalente do hidrogênio é 37 pm e o raio
covalente do flúor é 71 pm.
No caso dos metais de transição, o efeito da pequena variação de carga efetiva é sentido com
ainda maior intensidade. Por exemplo, na família IV-B, os raios atômicos pouco variam. Ainda assim,
seguem a regra geral sobre o sentido de crescimento dessa propriedade na tabela periódica.
05 – Tabela Periódica 37
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Aula 05 – Tabela Periódica
O háfnio (Hf) é considerado um dos maiores sucessos de Niels Bohr e foi um dos principais
responsáveis por sua projeção internacional.
Niels Bohr elaborou uma previsão teórica de que o elemento 72 não seria uma terra-rara,
mas sim que deveria ter propriedades muito parecidas com o zircônio (Zr).
Com o auxílio o físico Dirk Coster e do químico György Hevesy, Bohr conseguiu isolar o
elemento 72 de uma amostra de zircônio. Mostrou empiricamente que as propriedades dos dois
elementos eram muito parecidas e, portanto, o 72 não seria uma terra-rara, mas sim um metal de
transição como o zircônio.
05 – Tabela Periódica 38
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Você deve se lembrar que Niels Bohr foi o primeiro a realizar o cálculo experimental do raio
da primeira órbita do átomo de hidrogênio, obtendo o valor de 53 pm. O raio atômico do hidrogênio
obtido pelo método ilustrado na Figura 15, no entanto, é de 30 pm. Trata-se de um número bastante
inferior ao que foi previsto teoricamente por Bohr.
Será que esse resultado é uma refutação ao Modelo Atômico de Bohr? Ou existe algo que
podemos inferir a respeito?
Porém, como eles se atraem para formar uma ligação química, é natural imaginar que as suas
eletrosfera vão se comprimir. Em outras palavras, eles vão se aproximar mais, porque o núcleo de
um átomo atrai o elétron do outro.
O mesmo efeito podemos observar nos raios atômicos dos gases nobres, que é muito superior
ao raio dos halogênios do mesmo período. Isso acontece, porque houve uma mudança grande na
forma como é avaliado o raio atômico dos elementos dessa família.
No caso dos gases nobres, o raio atômico é avaliado como metade da distância de uma ligação
intermolecular, que é naturalmente muito superior à distância que ocorre normalmente em uma
ligação química. Para fins de ilustração desse efeito, vejamos o que acontece com as moléculas de
água.
05 – Tabela Periódica 39
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Aula 05 – Tabela Periódica
Perceba que a distância de ligação intermolecular nas moléculas de água é 88% maior que a
distância de ligação covalente.
É interessante observar o gráfico do Raio Atômico (em pm) em função do número atômico.
05 – Tabela Periódica 40
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Aula 05 – Tabela Periódica
Nesse gráfico, deixamos dois buracos devido aos elementos tecnécio (Tc) e promécio (Pm),
que são artificiais. Portanto, é muito difícil de obter experimentalmente suas propriedades
periódicas.
O gráfico mostrado na Figura 18 é o típico das propriedades periódicas. Elas não crescem
continuamente com o número atômico.
Figura 19: Observações sobre o Gráfico do Raio Atômico em Função do Número Atômico
05 – Tabela Periódica 41
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Aula 05 – Tabela Periódica
Embora seja relativamente fácil medir em laboratório a distância entre o cátion e o ânion em
um composto iônico, é bastante difícil dividir essa distância em duas partes, atribuindo uma parte
ao cátion e outra ao ânion.
O raio iônico de cátions sempre será menor que o raio atômico do elemento correspondente,
porque:
Uma das técnicas mais conhecidas para a determinação a determinação dos raios iônicos é a
de Landé, que supõe que os íons próximos entram em contato. Por exemplo, considere um corte de
um cristal iônico XY de um composto de metal alcalino com halogênios, como LiF, NaCl, KCl.
O raio do ânion pode ser obtido como a metade da distância entre dois ânions no composto.
Já a distância entre o cátion e o ânion corresponde à soma dos raios do cátion e do ânion. Como
essas distâncias podem ser determinadas facilmente em experimentos, é relativamente fácil
determinar os raios iônicos tanto do metal alcalino do haleto.
A Tabela 7 mostra os raios iônicos dos metais alcalinos. Compare com os respectivos raios
atômicos.
Tabela 7: Raios Iônicos dos Metais Alcalinos
Li+ 82
05 – Tabela Periódica 42
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Aula 05 – Tabela Periódica
Na+ 110
K+ 159
Rb+ 168
Cs+ 180
Li+ 82 123
K+ 159 203
Isso acontece, porque teremos a mesma quantidade de prótons atraindo um número menor
de elétrons. Em alguns casos, como os próprios metais alcalinos, quando o elétron é removido, o íon
perde uma camada inteira em relação ao átomo neutro.
Extrapolando essa tendência, no caso de elementos que podem formar vários íons, quanto
maior for a carga do íon, menor será o seu raio iônico. Tomemos o cromo como exemplo.
Tabela 9: Raios Iônicos dos Íons Cromo
Cr2+ 80
Cr3+ 61
Cr4+ 55
Cr5+ 49
Cr6+ 44
05 – Tabela Periódica 43
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• O raio iônico cresce com o período. Esse comportamento também é esperado, tendo em vista
que, quanto maior for o período do elemento, mais camadas de elétrons o seu cátion
apresentará. É a mesma lógica do raio atômico.
No caso de raios iônicos, não faz muito sentido estudar o comportamento ao longo da tabela
periódica, porque o raio iônico depende da carga do íon.
Nesse caso, a regra é muito simples. Na comparação de íons isoeletrônicos, quanto maior for
a carga nuclear, menor será o raio iônico. A razão para isso é que teremos a mesma quantidade de
elétrons sendo atraída por mais prótons, portanto, a intensidade da atração será maior, logo o raio
iônico será menor.
S2- 16 18 174
Cl- 17 18 181
K+ 19 18 159
Ca2+ 20 18 106
05 – Tabela Periódica 44
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A energia de ionização é a energia necessária para retirar um elétron de uma espécie química
no estado gasoso.
Por exemplo, a energia de ionização do lítio é a energia necessária para que a seguinte reação
aconteça.
+ −
𝐿𝑖(𝑔) → 𝐿𝑖(𝑔) + 𝑒(𝑔)
Retirar um elétron teoricamente significa colocá-lo a uma distância infinita do núcleo. Porém,
considerando que a dimensão nuclear é de alguns fentometros (10 -15 m), uma distância de alguns
nanômetros (10-9 m) já pode ser considerada infinitamente grande.
O estado gasoso é necessário, pois é a situação em que o átomo está o mais isolado possível.
Não se pode falar, portanto, da energia de ionização no estado sólido.
Como só é retirado um elétron no processo e ionização e também deve estar no estado gasoso
pelo mesmo motivo.
É possível também obter a energia de ionização de moléculas, caso elas estejam no estado
gasoso. É importante que você não confunda com a energia de ionização do átomo.
Como a maioria dos elementos não se encontra no estado gasoso como átomos isolados, em
geral, é necessário fazer algumas transformações físicas e/ou químicas antes de proceder à
ionização.
Quebra da Ligação de
𝐶𝑙2 (𝑔) → 2 𝐶𝑙(𝑔)
Moléculas de Ametais
05 – Tabela Periódica 45
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Esse tipo de tratamento prévio é muito importante para a construção do Ciclo de Haber-Born,
que será estudado no Capítulo sobre Ligação Iônica. Portanto, é interessante você já começar a se
habituar a esses detalhes da Química.
Um cátion é formado sempre retirando o elétron mais externo, porque ele é o que sente a
menor carga nuclear efetiva, como previsto pela Regra de Slater e mostrado na Questão Erro! Fonte d
e referência não encontrada..
𝐹𝑒 2+ : [𝐴𝑟]3𝑑 6
𝐹𝑒 3+ : [𝐴𝑟]3𝑑 5
Alguns elementos formam cátions polivalentes, isto é, com várias cargas positivas. Nesse
caso, é necessário destrinchar as várias ionizações que acontecem. Por exemplo, considere a
formação do cátion Fe3+.
O fator mais importante sobre a primeira energia de ionização é o raio atômico. Quanto maior
for o raio atômico, mais distante estará o elétron mais externo do núcleo. Portanto, menor será a
atração entre eles, logo, menor será a energia necessária para arrancar o elétron.
Dessa maneira, a primeira energia de ionização cresce no sentido oposto ao raio atômico. Ela
cresce para a direita e para cima.
05 – Tabela Periódica 46
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Figura 21: Primeiras Energias de Ionização dos Elementos Representivos (em kJ mol-1) – fonte [5]
A respeito das primeiras energias de ionização, temos duas exceções bem interessantes de
se comentar:
• A primeira energia de ionização dos elementos da família III-A é inferior à primeira energia de
ionização dos elementos da família II-A do mesmo período.
Para entender essa exceção, devemos levar em consideração que o elétron mais externo do
alumínio está localizado no subnível 3p, enquanto que o elétron mais externo do magnésio está
localizado no subnível 3s.
05 – Tabela Periódica 47
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O subnível 3s é mais penetrante, ou seja, os seus elétrons estão mais próximos do núcleo que
os elétrons do subnível 3p. Sendo assim, como o alumínio tem seu primeiro elétron retirado de um
subnível mais externo, sua primeira energia de ionização acaba sendo menor que a primeira energia
de ionização do magnésio.
• A primeira energia de ionização dos elementos da família VI-A é menor que a primeira energia
de ionização dos elementos da família V-A do mesmo período.
Para entender essa exceção, vamos observar que o oxigênio apresenta um par de elétrons
emparelhados em um de seus orbitais 2p, enquanto que o nitrogênio não apresenta elétrons
emparelhados no seu estado fundamental.
05 – Tabela Periódica 48
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Como elétrons são cargas negativas, eles se repelem, portanto, a situação de um par de
elétrons emparelhados não é plenamente confortável. Outro onto que podemos comentar é que o
cátion O+ é mais simétrico que o cátion N+. Essa maior simetria torna mais favorável a ionização do
oxigênio em detrimento da ionização do nitrogênio.
Essa configuração semiestável é importante, pois a mesma exceção não ocorre entre o
magnésio e o sódio. Embora o magnésio, ao se ionizar, esteja se liberando de uma situação em que
existe um par de elétrons emparelhados, ele não adquire nenhuma configuração semiestável. Por
isso, entre o sódio e o magnésio, vale a regra geral.
Retornando ao caso do oxigênio, uma indagação muito frequente entre os químicos era se
seria possível obter algum composto em que o oxigênio aparecesse como cátion, devido ao fato de
a sua energia de ionização ser menor que o esperado.
Em 1962, o químico Neil Bartlett demonstrou que a reação do oxigênio atmosférico com o
hexafluoreto de platina à temperatura ambiente produz um interessante composto iônico.
05 – Tabela Periódica 49
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O composto iônico O2PtF6 é extremamente interessante, pois é formado pelo íon dioxigenilo
(O2+), que é um interessante cátion formado pelo átomo de oxigênio.
A energia de ionização é a energia liberada por uma espécia química quando ela absorve um
elétron no estado gasoso.
05 – Tabela Periódica 50
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Na Figura 22, vemos que a afinidade eletrônica de um elemento pode ser negativa ou positiva.
Por outro lado, a energia de ionização é sempre positiva, ou seja, um elemento qualquer no estado
gasoso sempre vai precisar absorver energia para perder um elétron.
A baixa afinidade dos gases pode ser facilmente compreendida se notarmos que os ânions
𝐻𝑒 − , 𝐴𝑟 − , 𝐾𝑟 − , 𝑋𝑒 − , 𝑅𝑛− têm eletrosferas de metais alcalinos, respectivamente, 𝐿𝑖, 𝑁𝑎, 𝐾, 𝑅𝑏, 𝐶𝑠.
Por isso, esses ânions apresentam a mesma blindagem, porém um próton a menos.
Subnível Na 𝑁𝑒 −
1s 10,65 9,65
2s 6,55 5,75
2p 6,80 5,75
3s 2,50 1,50
05 – Tabela Periódica 51
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Da Tabela 11, temos que a carga nuclear efetiva sobre o último elétron do íon 𝑁𝑒 − é muito
pequena, portanto ele é facilmente ionizável, regenerando o átomo de gás nobre Ne.
De maneira sucinta, podemos afirmar que a Regra do Octeto também se aplica para não-
metais.
Dessa maneira, o oxigênio da família VI-A possui 6 elétrons na camada de valência, logo
precisa absorver dois elétrons para chegar à mesma configuração eletrônica de um gás nobre, no
caso, o neônio (Ne: 1s²2s²2p6).
No caso de um halogênio (família VII-A), como o bromo, que apresenta 7 elétrons na camada
de valência, ele precisa absorver um elétron para chegar à configuração eletrônica de um gás nobre.
Nesse caso, o criptônio.
A segunda afinidade eletrônica de um elemento qualquer com certeza será negativa. Sempre
será necessário absorver energia para aproximar um ânion de carga negativa de um elétron. Mas
esse fato não altera a Regra do Octeto.
Não faremos um estudo tão aprofundado da Afinidade Eletrônica como fizemos para a
Energia de Ionização, porque existem raras exceções do lado dos não-metais. Em compostos iônicos,
é muito raro que um não-metal forme íons que não sigam a Regra do Octeto.
Da mesma forma que vimos para a Energia de Ionização, existem exceções bastante análogas
para a Afinidade Eletrônica.
05 – Tabela Periódica 52
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As afinidades eletrônicas dos elementos da família II-A são anormalmente baixas, porque a
sua afinidade eletrônica implicaria absorver um elétron para inaugurar o subnível p. O elétron lá
localizado sofreria, portanto, uma baixíssima carga nuclear efetiva.
A segunda exceção que podemos observar é que o cloro possui maior afinidade eletrônica
que o flúor. Gostaria de lhe pedir licença para falar sobre isso no Capítulo sobre Acidez e Basicidade,
pois é lá que esse fato terá maior relevância.
Outro fato notável é que as afinidades eletrônicas dos elementos da família V-A são muito
baixas. O nitrogênio, por exemplo, tem uma afinidade eletrônica menor que a do carbono. Isso
acontece, porque o nitrogênio já possui o orbital 2p com vários elétrons desemparelhados. Absorver
um novo elétron implicaria emparelhar elétrons, o que é uma situação desconfortável.
A principal consequência disso é que, embora seja não-metal típico, o nitrogênio raramente
forma ânions, como o nitreto 𝑁 3− .
05 – Tabela Periódica 53
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Aula 05 – Tabela Periódica
Um dos poucos ânions formados pelo nitrogênio é o 𝑁3− , conhecido como azida, azoteto ou
trinitreto, que forma, por exemplo, a azida de sódio: 𝑁𝑎𝑁3 . Esse composto é bastante solúvel em
água e em amônia líquida, porém se decompõe por aquecimento:
300℃ 3
𝑁𝑎𝑁3 → 𝑁𝑎 + 𝑁2(𝑔)
2
Por conta dessa propriedade, o azoteto de sódio é frequentemente utilizado em airbags de
veículos. Observe que esse sal é uma maneira muito eficiente de transportar volumes de gás.
Quando estudarmos o Capítulo sobre Gases, veremos que 1 mol de fórmulas de azoteto de sódio
(65 g ou 0,035L), ao se decompor, produz 33,6L de gás à pressão atmosférica. É por isso que os
airbags se expandem tanto.
O sódio metálico formado como subproduto é um potencial perigo, pois, em contato com a
pele, reage vigorosamente com a água formando soda cáustica. Por isso, os airbags contém outros
reagentes, como o nitrato de potássio (𝐾𝑁𝑂3 ) e a sílica (𝑆𝑖𝑂2 ), que convertem o sódio em um inerte
“vidro alcalino”. [4]
𝐾2 𝑂 + 𝑆𝑖𝑂2 → 𝐾2 𝑆𝑖𝑂3
05 – Tabela Periódica 54
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Aula 05 – Tabela Periódica
1
𝑁𝑎 + 𝑁𝐻3 → 𝑁𝑎𝑁𝐻2 + 𝐻2
2
A amida de sódio (𝑁𝑎𝑁𝐻2 ) é um importante reagente em Química Orgânica. Ela pode ser
combinada com óxido nitroso (𝑁2 𝑂) para formar a azida de sódio.
Por essas razões, foi proposta a Regra do Octeto. Segundo essa regra, os gases nobres já
apresentam sua camada de valência estável. Todos os demais elementos precisam reagir para atingir
a configuração eletrônica semelhante a um gás nobre.
A Regra do Octeto para compostos iônicos pode ser sintetizada pela Figura 25.
05 – Tabela Periódica 55
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Aula 05 – Tabela Periódica
Por muito tempo, pensou-se que era impossível formar compostos com gases nobres. Só em
1962, o químico inglês Neil Bartlett conseguiu preparar o sal sólido, cristalino, 𝑋𝑒 + [𝑃𝑡𝐹6 ]− a partir
da reação do gás xenônio com o hexafluoreto de platina. Além disso, são conhecidos alguns
compostos fluorados moleculares, isto é, formados por ligações covalentes como 𝑋𝑒𝐹2 , 𝑋𝑒𝐹4 .
De maneira geral, a facilidade que um gás nobre tem de formar compostos cresce com o
aumento do período. A maioria dos compostos conhecidos são do criptônio (Kr) e do xenônio (Xe),
que são do quarto e do quinto período, respectivamente. Por sua vez, é muito difícil formar
compostos do hélio (He) – há discussões sobre se já foi conseguido ou não sintetizar algum composto
estável desse elemento.
6. (TFC – Inédita)
05 – Tabela Periódica 56
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Aula 05 – Tabela Periódica
O gálio (Ga) é um interessante metal, que é sólido à temperatura ambiente, porém apresenta
baixa temperatura de fusão (29,8 °C). Devido a isso, ele se funde quando segurado por uma
mão humana. O cromo (Cr) é um metal usado na proteção contra a corrosão do ferro, sendo
um elemento constituinte de aços inoxidáveis. O potássio (K), por sua vez, é muito importante
nos sistemas biológicos, como a bomba de sódio e potássio.
a) Ga < Cr < K.
b) Cr < K < Ga.
c) Ga < K < Cr
d) Cr < K < Ga.
e) K < Cr < Ga
Comentários
Nas questões que nos pedem para ordenar elementos de acordo com suas propriedades, é
útil criar um rascunho da Tabela Periódica na sua prova. Para isso, são muito úteis as frases.
O cromo, por sua vez, é um metal de transição. Quando uma questão cobrar um metal de
transição, sem fornecer a sua localização na Tabela Periódica, recomendamos considerar que está
no mesmo período que os elementos representativos que foram fornecidos. E, de fato, o cromo
pertence ao quarto período. Assim, podemos localizar o potássio e o césio na família I-A e o gálio na
família III-A.
05 – Tabela Periódica 57
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Aula 05 – Tabela Periódica
Como o raio atômico cresce para a esquerda na Tabela Periódica, o potássio apresenta raio
maior que o cromo e o gálio. Como o césio está abaixo do potássio, o seu raio é maior. Portanto, a
ordem de crescimento do raio atômico é:
Ga < Cr < K
Gabarito: A
Comentários
05 – Tabela Periódica 58
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Aula 05 – Tabela Periódica
III – O raio atômico cresce para a direita e para baixo. No mesmo período, portanto, o raio
atômico cresce para esquerda, ou seja, ele diminui com o aumento do número atômico. Afirmativa
errada.
Gabarito: A
8. (TFC – Inédita)
A organização dos metais alcalinos, por ordens crescentes para o aumento do raio atômico e
da energia de ionização, são respectivamente:
Comentários
Em uma família qualquer, o raio atômico cresce para baixo e a energia de ionização cresce
para cima na Tabela Periódica. Precisamos, portanto, apenas ordenar a família dos metais alcalinos
(I-A).
05 – Tabela Periódica 59
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Portanto, a ordem dos raios atômicos é: Li < Na < K < Rb < Cs. Já a ordem da energia de
ionização é inversa: Cs < Rb < K < Na < Li.
Gabarito: B
Comentários
Primeiramente, você deve se lembrar que o raio atômico cresce para a esquerda e para baixo
na Tabela Periódica.
a) Na família II-A, devemos nos lembrar da frase: Bela Margarida Casou com o Sr Barão do
Rádio. Portanto, o cálcio está abaixo do magnésio, logo apresenta raio atômico maior.
Afirmativa correta.
b) O lítio pertence à família I-A e o berílio à família II-A. Ambos no mesmo período. Como o
raio atômico cresce para a esquerda, o raio do lítio é, de fato, maior que o raio do berílio.
Afirmativa correta.
05 – Tabela Periódica 60
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Aula 05 – Tabela Periódica
c) As três espécies são isoeletrônicas, portanto, quanto maior o número atômico, menor
será o raio iônico. Considerando os números atômicos 11Na, 8O e 10Ne, temos que, de fato,
o oxigênio é o maior e o sódio é o menor. Afirmativa correta.
d) A energia de ionização deve ser aferida no estado gasoso, não no estado sólido. Afirmativa
errada.
e) A ionização do Mg+ requer separar um elétron de duas cargas positivas, enquanto que a
ionização do Mg2+ requer separar um elétron de três cargas positivas.
𝑀𝑔+ (𝑔) → 𝑀𝑔2+ (𝑔) + 𝑒 −
Essa é uma regra que podemos estabelecer. A segunda energia de ionização é sempre maior
que a primeira; a terceira é sempre maior que a segunda; e, assim, por diante.
Afirmativa correta.
Gabarito: D
Finalizamos aqui a nossa teoria por hoje. Agora, você terá uma bateria de exercícios.
05 – Tabela Periódica 61
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05 – Tabela Periódica 62
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5. (IME – 2011)
Considere as espécies de (I) a (IV) e o arcabouço da Tabela Periódica representados a seguir.
Assinale a alternativa correta.
I. II.
III. IV.
05 – Tabela Periódica 63
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6. (TFC – Inédita)
O gálio (Ga) é um interessante metal, que é sólido à temperatura ambiente, porém apresenta
baixa temperatura de fusão (29,8 °C). Devido a isso, ele se funde quando segurado por uma mão
humana. O cromo (Cr) é um metal usado na proteção contra a corrosão do ferro, sendo um
elemento constituinte de aços inoxidáveis. O potássio (K), por sua vez, é muito importante nos
sistemas biológicos, como a bomba de sódio e potássio.
Assinale a alternativa que apresenta esses elementos em ordem crescente de tamanho.
a) Ga < Cr < K.
b) Cr < K < Ga.
c) Ga < K < Cr
d) Cr < K < Ga.
e) K < Cr < Ga
8. (TFC – Inédita)
A organização dos metais alcalinos, por ordens crescentes para o aumento do raio atômico e da
energia de ionização, são respectivamente:
a) Li < Na < K < Rb < Cs e Li > Na > K > Rb > Cs
b) Li < Na < K < Rb < Cs e Cs < Rb < K < Na < Li
05 – Tabela Periódica 64
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05 – Tabela Periódica 65
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05 – Tabela Periódica 66
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"Cientistas podem ter encontrado a partícula de Deus." Com essa frase estampada em
manchetes pelo mundo, o maior experimento científico do planeta recuperou parte de sua
reputação. Devido a uma falha de soldagem, o CERN, uma máquina de US$10 bilhões ficou
inoperante por mais de um ano mas sua pista de 27 km enterrada sob a fronteira entre a França
e a Suíça produziu resultados que podem justificar o investimento e uma das ideias mais
importantes da física pode ser comprovada: o bóson de Higgs, mais conhecido por partícula de
Deus.
Os cientistas provocaram no CERN, colisões frontais entre pedaços de átomos, criando explosões
com intensidades similares à do Big Bang, mas confinadas a um espaço ínfimo. No meio dessas
explosões deveriam aparecer bósons de Higgs soltos, assim como havia há 13,7 bilhões de anos,
segundo a teoria idealizada por Petter Higgs em 1966. Naquele estágio inicial do Cosmos, o que
chamamos massa ainda não existia: era uma coleção de partículas subatômicas movendo-se à
velocidade da luz. Num certo momento, os chamados bósons de Higgs, que estavam espalhados
por todo o universo, uniram-se e formaram um "oceano" invisível - o Oceano de Higgs, dando
origem a matéria como a conhecemos hoje. Para algumas outras partículas que vagavam pelo
universo - como os fótons - nada mudou mas para outras, como os quarks (que formam
basicamente todo a matéria), fez toda a diferença. Atribui-se o nome de "massa" à força que os
quarks fazem para atravessar esse oceano. Ou seja, sem os bósons, a matéria não existiria.
(texto adaptado do artigo publicado na Revista Superinteressante de fevereiro de 2012)
A partir das ideias de Higgs e dos experimentos apresentados no texto, é correto afirmar que:
a) as partículas elementares da matéria foram inicialmente formadas por bósons e fótons.
b) os quarks se fragmentaram no início do universo dando origem aos bósons.
c) os bósons deram origem aos quarks, e estes aos prótons, elétrons e nêutrons.
d) prótons, elétrons e neutrons uniram-se há 13, 7 bilhões de anos para formar os fótons, e
destes originaram-se os quarks.
e) o oceano de Higgs originou a matéria como conhecida hoje a partir da associação de bósons,
fótons e quarks.
05 – Tabela Periódica 67
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de Química Pura e Aplicada (IUPAC, em inglês). Após mais de uma década de seu descobrimento,
o elemento de número atômico 112, de nome temporário (unúmbio, que em latim quer dizer
112), foi aceito oficialmente na tabela periódica. É que sua existência teve que ser confirmada de
maneira independente: até agora apenas quatro átomos foram observados, isso porque aláme
de superpesado, ele é muito instável: existe por apenas alguns milionésimos de segundo e depois
se desfaz.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3818860EI238,00.html (texto adaptado)
Com base nas informações contidas no texto, analise as seguintes proposições e classifique-as
com F (falso) ou V (verdadeiro), assinalando a opção correta.
( ) Este novo elemento químico de número atômico 112 será classificado como um metal de
transição.
( ) O elemento químico de número atômico 112 pertence ao período 7 e à coluna 12 ou 2B da
classificação periódica dos elementos.
( ) Considerando ser 277 o número de massa de seu isótopo mais estável, esta espécie apresenta
165 prótons e 112 nêutrons em seu núcleo.
( ) A 25 °C e pressão de 1 atm, seu estado físico deverá ser gasoso.
Assinale a opção que apresenta a sequência correta de resultados da classificação das
afirmações.
a) (V) (V) (V) (V)
b) (F) (F) (V) (F)
c) (F) (V) (F) (V)
d) (V) (V) (F) (F)
e) (F) (V) (V) (F)
05 – Tabela Periódica 68
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Aula 05 – Tabela Periódica
05 – Tabela Periódica 69
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05 – Tabela Periódica 70
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A representação a seguir corresponde à parte superior da tabela periódica, na qual as letras não
correspondem aos verdadeiros símbolos dos elementos.
05 – Tabela Periódica 71
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05 – Tabela Periódica 72
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A partir dos dados da tabela e com base nos seus conhecimentos sobre a classificação periódica
dos elementos, NÃO podemos afirmar que:
a) O elemento A é um metal alcalino.
05 – Tabela Periódica 73
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05 – Tabela Periódica 74
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05 – Tabela Periódica 75
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a) raio atômico;
b) primeira energia de ionização.
05 – Tabela Periódica 76
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IV. O raio atômico do cátion Na+ é maior que o raio atômico do ânion O2–.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas III está correta.
b) Apenas I, II e III estão corretas.
c) Apenas II, III e IV estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
05 – Tabela Periódica 77
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5. Gabarito
1. E 17. D
2. E 18. A
3. B 19. C
4. Errado 20. B
5. C 21. A
6. A 22. A
7. A 23. D
8. B 24. D
9. D 25. D
10. E 26. A
11. B 27. E
12. B 28. discursiva
13. C 29. B
14. D 30. B
15. E 31. D
16. E 32. C
05 – Tabela Periódica 78
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6. Lista de Questões Comentadas
Comentários
Gabarito: C
05 – Tabela Periódica 80
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a) He (hélio) é um calcogênio.
b) Cr (crômio) pertence à Família 6 ou VI B e ao 4º período.
c) O raio atômico do Fr (frâncio) é menor que o raio atômico do Hs (hássio).
d) Fe (ferro) e Hs (hássio) pertencem ao mesmo período e à mesma família.
e) Li (lítio), K (potássio) e Fr (frâncio) apresentam o seu elétron mais energético situado no
subnível p.
Comentários
a) O hélio (1s²), embora tenha apenas dois elétrons na sua camada de valência, não se
enquadra como um calcogênio, mas sim como um gás nobre, o que é deixado bem claro devido à
sua posição na tabela periódica. Afirmação errada.
b) Vamos contar.
A família pode ser observada pela coluna que o elemento ocupa. No caso do cromo, é a sexta
coluna, que representa a família VI-B ou grupo 6.
O período, por sua vez, corresponde à linha que o elemento ocupa. No caso do cromo, é o 4º
período, como mostrado acima. Afirmação correta.
05 – Tabela Periódica 81
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Aula 05 – Tabela Periódica
Como o frâncio (Fr) e o hássio (Hs) ocupam o mesmo período da Tabela Periódica e o hássio
apresenta um número atômico maior, portanto, uma quantidade maior de prótons, concluímos que
a atração o núcleo do hássio e os seus elétrons mais externos é mais forte. Portanto, o raio atômico
do hássio é menor.
Afirmação errada.
d) O ferro e o hássio pertencem à mesma família, pois ocupam a mesma coluna da Tabela
Periódica. No entanto, eles perdem a períodos diferentes, pois estão em linhas distintas. O ferro está
no 4º período, junto com o cromo, e o hássio está no 7º período. Afirmação errada.
e) O lítio, o potássio e o frâncio pertencem à mesma família dos metais alcalinos ou família I-
A. Portanto, sua configuração eletrônica termina em ns¹.
Gabarito: B
05 – Tabela Periódica 82
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Aula 05 – Tabela Periódica
Sabendo-se que:
• E1 representa o valor da primeira energia de ionização (1ª E.I.) do átomo de Be;
• E2 representa o valor da primeira energia de ionização (1ª E.I.) do átomo de Mg;
• E3 representa o valor da primeira energia de ionização (1ª E.I.) do átomo de Sr.
Pode-se afirmar que, ocorridas as transformações, a relação entre os valores E 1,E2 e E3 será:
a) E1 > E2 > E3
b) E3 > E2 > E1
c) E3 > E1 > E2
d) E2 > E1 > E3
e) E2 < E3 < E1
Comentários
Quanto maior o raio atômico do elemento, menor é a atração entre o núcleo e os elétrons
mais externos. Portanto, mais facilmente esses elétrons podem ser retirados. Logo, menor será a
sua energia de ionização.
Vamos nos lembrar dos elementos que pertencem à família II – A (ou grupo 2).
Be
Mg
Ca
Sr
Ba
Ra
05 – Tabela Periódica 83
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Dentro de uma família, o raio atômico cresce para baixo. Portanto, a energia de ionização
cresce no sentido inverso, ou seja, para cima.
Portanto, a energia de ionização do berílio é maior que a do magnésio que é maior que a do
estrôncio.
𝐸1 > 𝐸2 > 𝐸3
Gabarito: A
Comentários
05 – Tabela Periódica 84
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I – O tungstênio (W) é o elemento com maior ponto de fusão da tabela periódica, por isso, é
utilizado em filamentos de lâmpadas incandescentes. Ele poderia ser identificado também pelo seu
número atômico, que foi fornecido no enunciado.
2 Hélio 1s²
10 Neônio 2s²2p6
18 Argônio 3s²3p6
36 Criptônio 4s²4p6
54 Xenônio 5s²5p6
86 Radônio 6s²6p6
Como Z = 74, o gás nobre anterior ao elemento I é o xenônio. Portanto, esse elemento
pertence ao 6º período e ainda possui 20 elétrons a serem distribuídos. Depois do subnível 5p,
devemos preencher o 6s. Depois, vem o subnível 4f e, logo depois, o 5d.
𝐼: [𝑋𝑒]𝟔𝒔𝟐 4𝑓 14 𝟓𝒅𝟒
Lembre-se que o subnível f deve ser sempre preenchido após o subnível s de dois níveis a
frente. Portanto, o 4f vem depois do 6s.
III – O titânio é bastante usado em próteses, por ser um material muito leve e resistente tanto
a impactos mecânicos como à corrosão. Ele poderia ser identificado também pelo seu número
atômico que foi fornecido (Z = 22).
05 – Tabela Periódica 85
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Aula 05 – Tabela Periódica
O gás nobre anterior ao elemento III é o argônio (Ar), que pertence ao terceiro período,
portanto III pertence ao 4º período. O único elemento dentre os listados que é do quarto período é
o titânio (Ti).
Gabarito: A
Comentários
Questão que envolve vários tópicos da Química.
a) A toxicidade realmente é uma propriedade química, pois geralmente se relaciona com a
capacidade de uma toxina neutralizar enzimas essenciais ao nosso metabolismo. Porém, a
volatilidade e a insolubilidade são propriedades físicas, pois se relacionam a processos puramente
físicos, que são a mudança de estado físico e a dissolução. Afirmação errada.
b) Os isótopos é que se distinguem entre si em relação ao número de nêutrons. Os alótropos
são substâncias simples diferentes formadas pelo mesmo elemento químico. Afirmação errada.
c) Lembrando-nos da frase referente à família V-A: “Na Padaria, Assei Saborosos Biscoitos”,
de fato, encontramos tanto o fósforo como o arsênio.
05 – Tabela Periódica 86
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Aula 05 – Tabela Periódica
Gabarito: D
Comentários
A condutividade térmica dos metais se deve ao fato de que eles possuem partículas, no caso,
os elétrons que podem se liberar e se mover ao longo das regiões do metal, transferindo energia das
regiões mais quentes para as mais frias.
Gabarito: A
05 – Tabela Periódica 87
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Aula 05 – Tabela Periódica
A partir dos dados da tabela e com base nos seus conhecimentos sobre a classificação periódica
dos elementos, NÃO podemos afirmar que:
Comentários
Questão muito interessante. Primeiramente, é necessário perceber que todas as
configurações eletrônicas fornecidas estão no estado fundamental.
Vamos dispor os elementos na Tabela Periódica para avaliar a letras d). Devemos nos lembrar,
ainda, que, na Tabela Periódica, o raio atômico cresce para baixo e para a esquerda.
05 – Tabela Periódica 88
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Aula 05 – Tabela Periódica
Podemos ver que o elemento C é mais eletronegativo que o elemento B, porque está mais à
direita. Logo, a letra d) está correta.
Gabarito: D
Comentários
A questão fez duas exigências. A primeira é encontrar íons isoeletrônicos. Note que K + possui
18 elétrons, S2- possui 18 elétrons e Ba2+ possui 54 elétrons. Sendo assim, K+ e S2- são isoeletrônicos,
mas Ba2+ e S2- não são. Diante disso, já eliminamos as letras b), d) e e).
Entre dois íons isoeletrônicos, apresenta maior raio iônico aquele que possui a menor carga
nuclear, tendo em vista que, quanto maior a carga nuclear, maior será a atração entre núcleo e
elétron mais externo.
Portanto, o íon K+ é menor que o íon S2-, já que a carga nuclear deste é 16 e a daquele é 19.
Concluímos, portanto, que K+ < S2-.
Gabarito: D
05 – Tabela Periódica 89
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Aula 05 – Tabela Periódica
Comentários
Excelente questão que requer interpretação da material. A produção de corrente elétrica
acontece quando os elétrons são arrancados do material.
Sendo assim, o material deve ter facilidade de perder esses elétrons, o que requer uma baixa
energia de ionização.
Gabarito: D
Comentários
05 – Tabela Periódica 90
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Aula 05 – Tabela Periódica
Portanto, o elemento A pertence à família VI-A (ou família dos calcogênios) e o elemento C
pertence à família VIII-A (ou família dos gases nobres).
d) A pertence à família dos calcogênios, não à família dos metais alcalinos. Afirmação errada.
Gabarito: E
05 – Tabela Periódica 91
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Aula 05 – Tabela Periódica
Comentários
Podemos identificar os elementos de 1 a 6 com o auxílio das frases para decorar a Tabela
Periódica.
05 – Tabela Periódica 92
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Aula 05 – Tabela Periódica
Já o bromo é um halogênio, que possui 7 elétrons na camada de valência. Portanto, ele tende
a ganhar 1 elétron para completar o octeto.
Afirmação correta.
III – O carbono (elemento 3) é um não-metal. Portanto, ele forma ligações covalentes com o
hidrogênio, por exemplo, no metano (CH4). Afirmação correta.
Gabarito: B
05 – Tabela Periódica 93
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Aula 05 – Tabela Periódica
Comentários
Além disso, vale lembrar que o elemento químico é o conjunto de todos os atômicos que
possuem o mesmo número de prótons. Portanto, realmente não existem átomos de elementos
diferentes com o mesmo número de prótons.
Gabarito: B
05 – Tabela Periódica 94
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Aula 05 – Tabela Periódica
bilhões de anos, segundo a teoria idealizada por Petter Higgs em 1966. Naquele estágio inicial
do Cosmos, o que chamamos massa ainda não existia: era uma coleção de partículas
subatômicas movendo-se à velocidade da luz. Num certo momento, os chamados bósons de
Higgs, que estavam espalhados por todo o universo, uniram-se e formaram um "oceano"
invisível - o Oceano de Higgs, dando origem a matéria como a conhecemos hoje. Para algumas
outras partículas que vagavam pelo universo - como os fótons - nada mudou mas para outras,
como os quarks (que formam basicamente todo a matéria), fez toda a diferença. Atribui-se o
nome de "massa" à força que os quarks fazem para atravessar esse oceano. Ou seja, sem os
bósons, a matéria não existiria.
(texto adaptado do artigo publicado na Revista Superinteressante de fevereiro de 2012)
A partir das ideias de Higgs e dos experimentos apresentados no texto, é correto afirmar que:
a) as partículas elementares da matéria foram inicialmente formadas por bósons e fótons.
b) os quarks se fragmentaram no início do universo dando origem aos bósons.
c) os bósons deram origem aos quarks, e estes aos prótons, elétrons e nêutrons.
d) prótons, elétrons e neutrons uniram-se há 13, 7 bilhões de anos para formar os fótons, e
destes originaram-se os quarks.
e) o oceano de Higgs originou a matéria como conhecida hoje a partir da associação de bósons,
fótons e quarks.
Comentários
Do texto, depreendemos que os bósons originaram os quarks que, por sua vez, originaram os
prótons e os nêutrons. Vale ressaltar que os elétrons não são constituídos por quarks, ao contrário
do que diz a letra C.
c) É isso mesmo. O único erro é falar que os quarks constituem os elétrons. Porém, é a
afirmação mais conexa com o que proposto pelo texto. Afirmação correta.
e) A matéria conhecida como hoje é formada unicamente pelos quarks, que constituem os
prótons e nêutrons, e não por fótons. Afirmação errada.
Gabarito: C
05 – Tabela Periódica 95
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Aula 05 – Tabela Periódica
Comentários
I – Para saber se ele será classificado como metal de transição, devemos fazer a sua
configuração eletrônica. Para isso, é útil nos lembrar dos números atômicos dos gases nobres.
05 – Tabela Periódica 96
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2 Hélio 1s²
10 Neônio 2s²2p6
18 Argônio 3s²3p6
36 Criptônio 4s²4p6
54 Xenônio 5s²5p6
86 Radônio 6s²6p6
Pelo Diagrama de Pauling, depois do subnível 6p, seguimos a configuração eletrônica com o
subnível 7s, 5f e 6d.
Portanto, o elétron mais energético ocupa um orbital 6d. Logo, o novo elemento é um metal
de transição. Afirmação verdadeira.
Observe que ele possui um total de 12 elétrons na camada de valência, incluindo os elétrons
do subnível d. Portanto, ele realmente pertence à família 12 ou II – B. Afirmação verdadeira.
III – Como o número atômico do elemento é 112, ele possui 112 prótons no seu núcleo.
Afirmação falsa.
IV – Por ser um metal, o seu estado físico será sólido. Afirmação falsa.
Gabarito: D
05 – Tabela Periódica 97
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Aula 05 – Tabela Periódica
Comentários
a) As colunas verticais são denominadas famílias ou grupos. Os períodos são linhas verticais.
Afirmação errada.
05 – Tabela Periódica 98
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Aula 05 – Tabela Periódica
e) Exatamente isso. Convém destacar que o netúnio (Z = 93) e o plutônio (Z = 94) podem ser
encontrados na natureza, podendo ser encontrados em pequenas quantidades junto a minérios de
urânio. Afirmação correta.
Gabarito: E
Comentários
I – X e Y possuem o mesmo número atômico e o mesmo número de massa. Logo, eles não são
isótopos. Os isótopos devem apresentar números de massa distintos. Afirmação errada.
II – A espécie Y não é um átomo neutro, pois possui um elétron a mais que o número de
prótons. Portanto, Y não encontra espaço na Tabela Periódica. Lembre-se que o elemento químico
é o conjunto de átomos que possuem o mesmo número atômico. E o átomo é necessariamente
eletricamente neutro. Afirmação errada.
05 – Tabela Periódica 99
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III – Z é o argônio, que é um gás nobre, pois possui o número atômico igual a 18. Afirmação
correta.
IV – O íon X apresenta carga –1 e o íon Y apresenta carga +1. Realmente, eles pertencem ao
mesmo elemento químico, pois possuem o mesmo número de prótons. Afirmação correta.
Gabarito: E
Comentários
Questão muito interessante. Vamos analisar os itens individualmente.
a) No mesmo período, de fato, a maior carga nuclear aumenta a atração entre o núcleo o
elétron mais externo. Como esse elétron sente uma carga nuclear efetiva maior, ele tenderá a ficar
mais próximo do núcleo, diminuindo o raio atômico. Afirmação correta.
b) Quanto maior o raio atômico, mais fraca é a atração entre o núcleo e os elétrons mais
externos, tendo em vista que a força elétrica diminui com o quadrado da distância entre duas cargas.
Sendo assim, o raio atômico grande faz que o núcleo tenha maior dificuldade em atrair elétrons, o
que reduz a sua afinidade eletrônica. Afirmação errada.
c) Quanto menor o raio atômico, mais forte será a atração entre o núcleo e o elétron mais
externo. Portanto, mais difícil será remover esse elétron. Logo, a energia de ionização aumenta.
Sendo assim, a afirmação está errada.
d) Na verdade, a energia de ionização cresce de baixo para cima na Tabela Periódica. Quando
vamos para cima na Tabela Periódica, o raio atômico diminui, porque estamos diminuindo o período
e o número de camadas do elemento. Afirmação errada.
Gabarito: A
a) O primeiro elétron deve ser retirado sempre do orbital mais externo. No caso do escândio,
o orbital 4s, não o orbital 3d. Portanto, a configuração eletrônica do íon Sc+ (g) é:
𝑆𝑐 + : [𝐴𝑟]4𝑠1 3𝑑1
Afirmativa errada.
b) Como o raio atômico do cálcio é maior que o do potássio, os elétrons do cálcio são menos
atraídos pelo núcleo. Lembre-se que a força de atração elétrica decresce com a distância.
Afirmativa errada.
c) O valor fornecido de 1235 kJ/mol foi para retirar o segundo elétron do escândio. Para
retirar o terceiro, certamente a energia de ionização é maior. Afirmativa errada.
d) A energia necessária para formar o cátion Ca2+ é a soma:
𝐸𝐶𝑎2+ = 590 + 1145 = 1735
Logo, a energia necessária para formar o cátion Ca2+ é menor do que a necessária para formar
o íon K2+. Afirmativa errada.
Gabarito: E
Comentários
Primeiramente vamos organizar os elementos fornecidos nas suas respectivas posições na
Tabela Periódica.
Dentre os elementos do segundo período, o raio atômico cresce para a esquerda, portanto,
o berílio (Be) é o maior dos três e o flúor (F) é o menor.
No caso das energias de ionização, devemos nos lembrar que o boro (família III-A) é uma
exceção e apresenta menor energia de ionização que o berílio (Be). Portanto, a ordem das energias
de ionização é:
É interessante explicar a razão para que o boro seja a exceção. No caso do boro, o elétron é
retirado do 3p, que é um orbital mais externo que o orbital 3s, de onde é retirado o elétron do
berílio.
Gabarito: discursiva
Comentários
A questão aborda os elementos da família VI-A. É interessante nos lembrarmos da frase: “OS
SeTe Porquinhos”. Também devemos nos lembrar dos gases nobres: “Hélio Negou Arroz a Kristina
e Xerém a Renata”
Também devemos nos lembrar que, na Tabela Periódica, o raio atômico cresce para baixo e
para a esquerda.
a) O enxofre (S) e o selênio (Se) pertencem à mesma família VI-A, portanto, possuem 6
elétrons na camada de valência. Os seus ânions bivalentes possuem, portanto, 8 elétrons na camada
de valência. Porém, como o selênio está em um período superior ao enxofre, o fato de apresentar
mais camada faz que o raio iônico do Se2- (íon seleneto) seja maior que o raio iônico do S 2- (íon
sulfeto). Afirmação errada.
b) Como o raio atômico cresce para baixo na Tabela Periódica, de fato, ele cresce do oxigênio
para o selênio. Afirmação correta.
d) A energia de ionização cresce no sentido inverso do raio atômico. Isso acontece porque,
quanto maior o raio atômico, menor a atração entre o núcleo e o elétron. Dessa forma, ela cresce
para cima, e a energia de ionização do oxigênio é a maior entre os elementos da família VI-A.
Afirmação errada.
Gabarito: B
Al(g) + X → Al+(g) + e–
Al+(g) + Y → Al2+(g) + e–
Al2+(g) + Z → Al3+(g) + e–
Comentários
Nas reações mostradas, tem-se um átomo isolado no estado gasoso perdendo um elétron.
Perder um elétron corresponde a uma ionização.
Devemos saber, ainda, que a segunda energia de ionização é sempre maior que a primeira. E
que a terceira energia de ionização é sempre maior que a segunda.
Isso acontece, porque a primeira ionização consiste em afastar uma carga negativa de uma
carga positiva. Já a segunda ionização consiste em afastar uma carga negativa de duas cargas
positivas, o que é bem mais difícil. A terceira ionização, por sua vez, consiste em afastar uma carga
negativa de três cargas positivas, o que é ainda mais difícil.
Portanto, o primeiro elétron é retirado do subnível 3p, mas o segundo elétron é retirado de
um subnível mais interno: o 3s. Assim, como há uma mudança de subnível, a mudança da primeira
para a segunda energia de ionização deve ser consideravelmente grande.
Por outro lado, a diferença entre a segunda e a terceira energia de ionização não deve ser tão
grande, porque os dois elétrons são retirados do subnível 3s.
Sendo assim, a primeira energia de ionização é a menor (578 kJ), a segunda é de 1820 kJ e a
terceira é a maior (2750 kJ).
Gabarito: B
I. O raio atômico do Criptônio (K) é maior que o raio atômico do Potássio (K).
II. O raio atômico do Carbono (C) é menor que o raio atômico do Chumbo (Pb).
III. A energia de ionização do Potássio (K) é menor que a energia de ionização do Sódio (Na).
IV. O raio atômico do cátion Na+ é maior que o raio atômico do ânion O2–.
Comentários
Primeiramente, vamos posicionar os elementos na Tabela Periódica. Lembre-se das frases
• família I-A: “Hoje Li Na Karas que Robetro Carlos está na França” e família V-A: “Na
padaria, assei sabarosos biscoitos”
• família II-A: “Be Margarida Casou com o Sr Barão do Rádio”
• família IV-A: “Comi siri gelado sendo Proibido”
a) Como o potássio está à esquerda do criptônio, o seu raio atômico é maior. Afirmativa
errada.
b) Como o carbono está abaixo do chumbo, o seu raio atômico é menor. Afirmativa correta.
c) A energia de ionização cresce para cima na Tabela Periódica, portanto, a energia de
ionização do sódio é maior que a do potássio. Afirmativa correta.
d) Podemos obter os números atômicos do sódio e do oxigênio da tabela, caso você não os
saiba de cabeça.
O sódio vem logo depois do neônio (Z = 10), sua configuração é Na: [Ne]3s¹, portanto,
possui 11 elétrons.
O oxigênio vem depois do hélio (Z =2), sua configuração é O: 1s²2s²2p4, portanto, possui 8
elétrons.
Os íons 11Na+ e 8O2- são isoeletrônicos, pois possuem a camada de valência do nêonio, com
10 elétrons. Portanto, o maior íon é aquele que possui o menor número atômico. Sendo
assim, o íon do oxigênio tem maior raio iônico. Afirmativa errada.
Gabarito: D
O estrôncio-90 (ou 9038Sr) é um isótopo radioativo muito perigoso ao ser humano. Uma vez
contaminado, o modo mais fácil de livrar a pessoa da radiação é ministrando-lhe doses de
cálcio. O cálcio é capaz de substituir o estrôncio, permitindo que ele seja liberado pelo sistema
excretor humano. A substituição do estrôncio pelo cálcio é possível, porque os dois elementos:
Comentários
O estrôncio e o cálcio pertencem à família II-A (ou grupo 2), o que pode ser lembrado
facilmente com o auxílio das frases para decorar a Tabela Periódica.
• família II-A: “Be Margarida Casou com o Sr Barão do Rádio”
a) O estrôncio está localizado na mesma família do cálcio, porém, está em um período mais
abaixo. Portanto, o estrôncio apresenta maior raio atômico. Afirmação errada.
c) É isso mesmo. Como eles pertencem à mesma família (ou grupo) da Tabela Periódica, eles
apresentam várias propriedades semelhantes. Afirmação correta.
e) O fato de um isótopo ser radioativo não afeta suas propriedades químicas. Portanto, o fato
de serem radioativos nada tem a ver com o fato de o elemento ser ou não absorvido pelo corpo
humano.
Gabarito: C