TG Grupo1
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SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO .................................................................................................. 16
5 - CONCLUSÃO ..................................................................................................... 44
REFERÊNCIAS........................................................................................................ 46
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1- INTRODUÇÃO
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.1 Desgastes
O desgaste metálico pode ser subdividido em desgaste por deslizamento, com lubrificação,
como num eixo em mancal, ou sem lubrificação, como em parafusos, porcas e arruelas e
desgaste por rolamento, com lubrificação, como mancais de rolamento e engrenagens e
sem lubrificação, como em rodas sobre trilhos (CHIAVERINI, 2008).
O desgaste abrasivo pode ser dividido em desgaste por esmerilhamento, úmido, como
em moinhos de bolas ou seco, como em alguns tipos de britadores de minérios; em desgaste
por deslizamento, úmido, como em transportadores de areia úmida ou seca, como em arados
ou dispositivos de equipamento de manuseio de terra em solos secos; em desgaste por
impacto, úmido, como em rotores de bombas de lodo, ou seco, como em jatos de areia
(CHIAVERINI, 2008).
O desgaste erosivo pode ser por vapor, como em turbinas, por gases de combustão,
como em turbina a gás, por água, como em rotores de bombas e por cavitação, como em
dispositivos de fluxos turbulentos e alta velocidade de líquidos (CHIAVERINI, 2008).
Quaisquer que sejam as explicações das causas que produzem o desgaste metálico
ou o desgaste abrasivo, é certo que eles são reduzidos pelo melhor acabamento das
superfícies em contato e pelo aumento da dureza e da resistência superficial (CHIAVERINI,
2008).
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2.1.2 Corrosão
A corrosão filiforme ocorre sob a forma de finos filamentos não profundos, que se
propagam em diferentes direções. Esse tipo de corrosão ocorre geralmente em superfícies
metálicas revestidas com tintas ou com metais, ocasionando o deslocamento do revestimento.
A corrosão filiforme é mais frequente em superfícies metálicas quando a umidade relativa do
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A corrosão grafítica é um tipo de corrosão que ocorre apenas no ferro fundido cinzento
em temperatura ambiente, onde o ferro é convertido em produtos de corrosão, restando
apenas a grafite intacta. Nesse tipo de corrosão, a área corroída fica com aspecto escuro,
característico do grafite, e este pode ser facilmente retirado com uma espátula, e quando este
grafite é atritado sobre um papel branco, observa-se a formação de um risco preto
característico (COELHO, 2015).
2.1.2.12 Dezincificação
Nesse tipo de corrosão, o hidrogênio atômico penetra no material metálico e, como ele
tem um volume atômico pequeno, ele se difunde rapidamente e em regiões com
descontinuidades, como inclusões e vazios, ele se transforma em hidrogênio molecular H₂,
exercendo pressão e originando a formação de bolhas, daí o nome de empolamento
(COELHO, 2015).
Esse tipo de corrosão ocorre em torno de cordões de solda de aços inoxidáveis não-
estabilizados ou com teores de carbono maiores que 0,03% (COELHO, 2015).
2.1.3 Cementação
2.1.4 Nitretação
necessária têmpera para produzir o endurecimento na camada nitretada (SILVA; MEI, 2010).
No processo de nitretação há uma série de vantagens como:
Melhor controle da camada nitretada.
Menores temperaturas (tão baixas quanto 370°C).
Não poluentes (Evita o uso de amônia).
Menor consumo de energia.
Maior facilidade de automação.
Redução do tempo de nitretação.
2.1.5 Cianetação
2NaCN + O₂ ↔ NaNCO
4 NaNCO ↔ Na₂CO₃ + 2 NaCN + 2(N)
2 CO ↔ CO₂ + (C)
NaCN + CO₂ ↔ NaNCO + CO
2.1.6 Carbonitretação
2.1.7 Boretação
Boretação é um processo que consiste em aquecer o aço entre 700°C e 1000°C por 1
a 12 horas em contato com um agente borante, que pode ser via gasoso, líquido, sólida ou
pastoso. Seu objetivo é a formação de boretos de ferro (Fe₂B e FeB) na superfície do aço.
O ideal é a formação de camada monofásica de Fe₂B, pois camadas bifásicas Fe₂B /
FeB são mais susceptíveis à formação de trincas, devido às diferenças de propriedades
destes boretos. Essas trincas podem levar a um descascamento da camada boretada quando
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uma deformação mecânica é aplicada, ou mesmo, a uma separação total das camadas
quando submetidas a choque térmico ou mecânico. A espessura da região dos boretos é
linearmente proporcional ao quadrado do tempo empregado no processo (SILVA e MEI, 2010).
Podem ser tratados aços carbono comuns e aços-liga, de baixo e alto teor, assim como
ferro fundido comum e ferro fundido nodular. O tratamento de Boretação é feito em fornos que
permitem um controle rigoroso de temperatura, sendo 900°C a temperatura mais comumente
utilizada. Por exemplo, um aço SAE 1045, adquire, em 4 horas uma camada com um pouco
mais de 100μ de espessura, a qual supera 150μ em 8 horas e atinge 200μ em 12 horas. A
alta dureza superficial da camada boretada induz uma excelente resistência ao desgaste ao
material, o aço pode ser temperado e revenido após a boretação (CHIAVERINI, 2008).
O aço SAE 1020 é um dos aços ao carbono mais comumente utilizado, pois possui
excelente relação custo-benefício comparado com aços mais "ligados". Esse aço as vezes
também é chamado de AISI 1020. A SAE e AISI são entidades americanas que tem como
objetivo classificar os materiais. Na prática não há diferença em uso de um nome ou de outro,
com exceção da ABNT que não utiliza essa nomenclatura. Os valores de propriedades
mecânicas variam conforme a composição química da corrida em que é produzido o aço (LUZ,
2019).
Devido as suas propriedades mecânicas, químico e valor comercial, o aço SAE 1020
é um dos aços mais empregados na indústria com vasta gama de aplicação. Ele é utilizado
em engrenagens, eixos, virabrequins, pinos guia, anéis de engrenagem, colunas, catracas,
capas, tubos entre outros (LUZ, 2019).
2.2.3 Densidade
A densidade é uma característica própria de cada material. Ela é a razão entre a massa
de uma amostra e o volume ocupado por essa massa.
2.2.6 Dureza
O aço SAE 1045 é um aço carbono com médio teor de carbono em sua composição
química. Possui resistência mecânica entre 570 e 700 MPa e dureza Brinell entre 170 e
210HB. Este aço possui razoável usinabilidade e boas propriedades mecânicas na condição
normalizada ou laminada.
Esse aço as vezes também é chamado de AISI 1045. A SAE e AISI são entidades
americanas que tem como objetivo classificar os materiais. Na prática não há diferença em
uso de um nome ou de outro, com exceção da ABNT que não utiliza essa nomenclatura. Os
valores de propriedades mecânicas variam conforme a composição química da corrida em
que é produzido o aço.
2.3.1 Aplicação
O aço SAE 1045, é um aço comum, que tem por características, média resistência
mecânica e pouca temperabilidade. Por essas condições, ele é usado em componentes
estruturais, máquinas, virabrequim, eixos, engrenagens comuns e peças forjadas.
2.3.3 Densidade
A densidade é uma característica própria de cada material. Ela é a razão entre a massa
de uma amostra e o volume ocupado por essa massa (Vide Fórmula 1. Equação da
Densidade).
O aço SAE 1045, tem a densidade de 7.87 g/cm³ ou 0.284 lb/in³.
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2.3.6 Dureza
3 – MATERIAIS E MÉTODOS
Para a realização do experimento, foram cortados 10 (dez) corpos de prova com 15mm
de comprimento para o trabalho. As amostras foram divididas em 3 grupos de 3 peças. Cada
grupo foi submetido a uma determinada temperatura e um determinado tempo, para a
obtenção de uma camada cementada de 0,75 mm de espessura, conforme a tabela 3.
4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foi obtido uma espessura média de 0,593 mm nas amostras 4, 5, e 6 que são do grupo 2,
porém a camada esperada era de 0,75 mm de espessura. Conforme a figura abaixo.
Conforme a figura 5, foi obtido uma espessura média de 0,665 mm nas amostras 7, 8, e 9
que são do grupo 3, porém a camada esperada era de 0,75 mm de espessura.
Borda Cementada
Sentido da medição
Amostra
Distância 900°c - 8,5h 935°C - 4,2h 1035°C - 1,7h Metal
(mm) Am. Am. Am. Am. Am. Am. Am. Am. Am. Base
1 2 3 4 5 6 7 8 9
0,3 683 684 681 443 559 553 739 740 743 200
0,6 638 640 635 338 467 464 555 550 548 197
0,9 635 637 633 323 307 311 354 352 351 214
1,2 606 607 605 248 265 263 217 211 209 191
1,5 585 589 584 208 231 228 203 197 195 197
1,8 546 548 543 195 209 205 198 198 193 199
2,1 484 488 482 204 210 201 195 193 193 202
2,4 458 460 457 196 202 200 199 195 194 207
2,7 445 447 442 197 202 198 197 196 193 200
3 448 446 440 195 197 194 195 193 194 193
Conforme a tabela 5, o metal base teve a parte mais dura na distância de 0,9mm (sentido da
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borda ao centro da amostra), com o valor de 214HV devido à algum ponto de resistência que
não era o foco do estudo. Porém, com base no valor de 214 HV, podemos comparar que os
grupos tiveram a dureza superficial elevada. O grupo 3, que trabalhou com temperatura de
1035°C por 1,7h, atingiu valores próximos a 214HV, na distância de 1,2mm. O grupo 2,
trabalhou com temperatura de 935°C, por 4,2h, atingiu valores próximos a 214HV, na distância
de1,6mm aproximadamente. O grupo 1, trabalhou com temperatura de 900°C, porém com
8,5h de forno, atingindo valores de 440HV até à distância de 3mm, contudo além dos 3mm da
borda para o centro das peças do grupo 1, houve a transformação martensítica da estrutura,
que estabilizou a dureza em torno de 435HV após o tratamento térmico .
Com relação a medição na distância de 3mm no sentido da borda da amostra ao centro, o
grupo 1 teve uma dureza alta, na faixa de 445HV, porém o grupo 2 e grupo 3 apresentaram
uma dureza média com valores próximos conforme a figura 8.
CHIAVERINI, V. Aços e Ferros Fundidos. 6ª Edição São Paulo, SP: ABM, 1988.
COLPAERT, Hubertus. Metalografia dos produtos siderúrgicos comuns. 4 ed. São Paulo:
Blucher, 2004. Revisão técnica: André Luiz V. da Costa
DAVIS, J. R. (Ed.). Gear materials, properties, end manufacture. ASM International, 2005
MELLO, Caio et al. Estudo da camada cementada em aço SAE 1020 em meio corrosivo.
Pindamonhangaba-sp: Fatec Pindamonhangaba, 2017.
SILVA, André Luiz V. da Costa e; MEI, Paulo Roberto. Aços e Ligas especiais. 3. ed.
São Paulo: Editora Blucher, 2010. 646 p.