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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


DISCIPLINA DE PSICOLOGIA DA SAÚDE

MARIA TAMIRES SILVA DE SOUSA

IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA PARA ATUAÇÃO E FORMAÇÃO EM


PROFISSIONAIS DA SAÚDE

SOBRAL
2022
MARIA TAMIRES SILVA DE SOUSA

IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA PARA ATUAÇÃO E FORMAÇÃO EM


PROFISSIONAIS DA SAÚDE

Trabalho de Pesquisa apresentado a disciplina


de psicologia da saúde como requisito para
obtenção da nota da Avaliação no Curso de
Bacharelado em Biomedicina
Professor: Damom Ribeiro

SOBRAL
2022
INTRODUÇÃO:

A psicologia da saúde não se preocupa diretamente com essa condição, ela


faz parte da medicina. Seu interesse está em como o entrevistado vive e como ele
lida com seu estado de saúde ou doença, em suas relações consigo mesmo, com
os outros e com o mundo. Visa capacitar as pessoas a projetarem em suas vidas
um conjunto de atitudes e comportamentos positivos que as ajudem a promover a
saúde e prevenir a doença, além de desenvolver estratégias para lidar com o
processo de regulação da doença, do adoecimento e suas possíveis
consequências. (Barros, 1999).
Assim, a Psicologia da Saúde procura compreender o papel das variáveis
psicológicas na manutenção da saúde, no desenvolvimento da doença e nos
comportamentos a elas associados. Além de realizar pesquisas sobre esses fatores
individuais, os psicólogos da saúde realizam intervenções para prevenir doenças e
ajudar a administrá-las ou enfrentá-las (Miyazaki, Domingos & Caballo, 2001).
O ser humano está constantemente sendo influenciado pelo seu meio, por
suas decisões e por seu trabalho. Há no homem uma relação entre natureza, seu
contexto histórico, o próprio e a subjetividade simbólica de seus signos, isto é,
crenças. Todas essas características são existentes em uma cadeia complexa de
eventos, cujo a pressão de uma pode desestabilizar a outra. Um grande exemplo é
o trabalho, este é capaz de sustentar vidas e quando pressionado em uma pessoa
psicologicamente instável pode até tirar vida. Daí, há a necessidade de profissionais
capazes de trabalhar dentro do aspecto psicológico a mente em sua total
participação (BRUSCATTO, 2014).
Esse profissional torna-se mais forte quando dentro do âmbito da saúde sabe
não só diagnosticar enfermidades e patógenos, mas também identificar as
necessidades psicoafetiva dos pacientes, para assim, ter um olhar externo e ao
mesmo tempo inerente a necessidade pessoal. O trabalho aqui presente trata do
contexto da psicologia como ferramenta para desenvolver no profissional a
capacidade analítica e essencial relativa ao contato humanizado com o paciente, no
que tange aos serviços de saúde mental seja na atenção Básica, seja em clínica,
tendo em vista que o objetivo é debater essa multidisciplinaridade que a psicologia
exige ao profissional da saúde (Couto e Paschoal 2012).
Segundo De Marco (2003), a terminologia inerente psicologia da saúde é
utilizada para descrever um conjunto de atividades desempenhadas por psicólogos
na área da saúde, não apenas na assistência e pesquisa, mas também no método
de ensino.
Em termos de saúde mental, pode-se encontrar o trabalho do psicólogo
intimamente relacionado com os saberes da psiquiatria, pois é na psiquiatria que se
encontram os conceitos de doença mental e saúde mental, bem como as técnicas e
tratamentos. Contudo, o psicólogo precisa se diferenciar e fazer mudanças e
mudanças que lhe permitam ter métodos e práticas próprias no que diz respeito ao
tratamento da doença mental, considerando prioritariamente o sujeito e não o
sujeito, seu diagnóstico. (SILVA FILHO, 2001).
Primeiro, o trabalho do psicólogo não se limita ao atendimento clínico, à
psicoterapia. Há grandes dificuldades associadas à formação profissional, voltada
para o atendimento das classes média e alta. Quando o psicólogo se depara com a
necessidade de psicoterapia, sente-se inseguro e pobre. Assim, sabe-se não há
preparo para o processo inerente ao ato de tratar a doenças mentais graves e
distúrbios neurológicos. Isso só é alcançado por meio de cursos universitários e
cursos especiais, portanto, de caráter universitário (FERREIRA NETO, 2004).
O atual panorama da saúde pública exige novas competências profissionais e
novas formações nas universidades, buscando amplos modelos de trabalho que
contribuam para a melhoria do estado de saúde e qualidade de vida das pessoas.
Os psicólogos precisam incorporar uma nova visão da prática profissional,
compatível com o processo de cidadania, para construir cursos com capacidade de
fazer e recomendar. Isso significa romper com o corporativismo, as práticas
segregadas e as identidades profissionais hegemônicas associadas à psiquiatria
(DIMENSTEIN, 2001).
Trindade e Teixeira (1998, 2002) defende que o campo da Psicologia da
Saúde influencia o papel da Psicologia, como ciência e como profissão, no campo
da saúde e da doença, incluindo a saúde física e espiritual e abrange todo o campo
da Medicina, mas continua além este campo. que considera os fatores sociais,
culturais e ambientais associados à saúde e à doença, pois as definições e
manifestações de saúde e doença variam de acordo com a condição
socioeconômica, gênero e diversidade cultural.
A psicologia atrelada a saúde para futuros profissionais visa apoiar em
fundamentos éticos e legais ações voltadas ao cuidado mental e físico, ressaltando
que uma das principais questões envolvendo o ensino está na adequação da sua
formação acadêmica para o trabalho no setor e das dificuldades de adaptar-se as
dinâmicas e condições exigidas pelo Sistema Único de Saúde - SUS. Outro ponto
de extrema importância que valoriza a psicologia da saúde para profissionais o
critério envolvendo o trabalho em equipes diversas.
Fica claro, portanto, que os psicólogos precisam encontrar formas de adequar
seus padrões de atuação a essa nova realidade e, a partir disso, criar novas
possibilidades compatíveis com esse modelo, rompendo com os padrões
tradicionais de atendimento psiquiátrico. Além da dificuldade de construção da
prática, há também um desafio para o psicólogo trabalhar com profissionais de
outras formações, até porque durante a formação há poucas oportunidades para o
estudante de psicologia se comunicar com alunos de outras disciplinas da área da
saúde Batista (2005, p. 236).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Barros, T. M. (1999). Psicologia e Saúde: Intervenção em hospital geral. Aletheia


10, 115-120.

Barros, T. M. (2002). Psicologia e Saúde: Intervenção em hospital geral. Aletheia


15, 77-83.

BATISTA, Nildo et al. O enfoque problematizador na formação de profissionais


da saúde. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 39, n. 2, p. 231-237, Apr. 2005.

BRUSCATTO, W. L. (2014). A Psicologia no Hospital da Misericórdia: um


modelo de atuação. In W. L. Bruscato, C. Benedetti, & S. R. A. Lopes. A prática da
psicologia hospitalar na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo: novas páginas
em uma antiga história, (pp. 17-32). São Paulo: Casa do Psicólogo.
COUTO, P.R, Paschoal, T. Relações entre ações de qualidade de vida no
trabalho e bem estar laboral. Psic. Argum. Curitiba, v.30, n.70, p. 585, jul./set,
2012.

DEJOURS, C. A Loucura do Trabalho: Estudo de Psicopatologia do Trabalho.


São Paulo: Cortez, 1987.

De Marco, M. A. (2003). Psicologia da Saúde. In: M. A. De Marco. A Face


Humana da Medicina: do modelo biomédico ao modelo biopsicossocial, (pp.
71-76). São Paulo: Casa do Psicólogo.

DIMENSTEIN, M. D. B. O Psicólogo e o compromisso social no contexto da saúde


coletiva. Estudos de Psicologia, Natal, v. 6, n. 2, p. 57-63, Julho/Dez. 2001.

FERREIRA NETO, J. L. A formação do psicólogo: Clínica, Social e Mercado. São


Paulo: Escuta, 2004. Belo Horizonte: Fumec/ FCH, 2004. 206p.

Miyazaki, M.C.O.S., Domingos, N.A.M., & Caballo, V.E. (2001). Psicologia da


Saúde: intervenções em hospitais públicos. In: B. Rangé (org.). Psicoterapias
Cognitivo-Comportamentais: um diálogo com a psiquiatria, (pp.463-474). Porto
Alegre: Artmed.

OLIVEIRA, Isabel Fernandes de et al. O psicólogo nas unidades básicas de


saúde: formação acadêmica e prática profissional. Interações, São Paulo, v. 9,
n. 17, p. 71-89, jun. 2004.

POPPE, Andrea Regina Soares; BATISTA, Sylvia Helena Souza da Silva.


Formação em Psicologia no contexto das diretrizes curriculares nacionais:
uma discussão sobre os cenários da prática em saúde. Psicol. cienc. prof.
[online]. 2012, vol.32, n.4, pp.986-999.

Trindade, I., & Teixeira, J. A. C. (1998). Intervenção Psicológica em Centros de


Saúde: O psicólogo nos cuidados de saúde primários. Análise Psicológica
[online], 2 (XVI), 217-229.
SILVA FILHO, J. F. A medicina, a psiquiatria e a doença mental. In TUNDIS, S.
A; COSTA, N. R. (orgs.). Cidadania e loucura: políticas de saúde mental no
Brasil. 7. ed. Petrópolis: Vozes, Abrasco, 2001, Cap. 2, p. 75-102.

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