Questoes Psicologia Hospitalar
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Questões de Revisão
02. Na cena hospitalar, medicina e psicologia aproximam-se bastante, articulam-se, coexistem e tratam o
mesmo paciente. É correto afirmar que
(A) o objetivo da medicina é evitar que o paciente morra, ao passo que o da psicologia hospitalar é oferecer
melhor qualidade de vida ao paciente doente.
(B) o médico preocupa-se com o diagnóstico da doença, ao passo que o psicólogo está mais voltado para o
prognóstico da mesma.
(C) a filosofia da medicina é curar doenças e salvar vidas, ao passo que a filosofia da psicologia
hospitalar é reposicionar o sujeito em relação a sua doença.
(D) o médico precisa procurar a causa da doença para poder tratá-la, ao passo que, para o psicólogo, basta
entender quais as fantasias do paciente em relação à doença para poder ajudá-lo.
(E) a medicina visa à cura do corpo físico, ao passo que a psicologia hospitalar visa à cura do corpo simbólico.
03. Um psicólogo é chamado por um médico da clínica médica para atender uma mulher com 40 anos de
idade que, segundo o médico, possivelmente apresenta um quadro de depressão, pois chora constantemente.
Diante disso, a conduta inicial mais adequada para o psicólogo será
(A) realizar uma anamnese para identificar a causa do choro.
(B) realizar uma entrevista psicológica para conhecer a paciente.
(C) realizar uma consulta psicológica para fazer um diagnóstico.
(D) encaminhar o caso a um psiquiatra para avaliar a depressão.
(E) aplicar testes projetivos para avaliar os aspectos emocionais do paciente.
05. Uma paciente do sexo feminino, 40 anos de idade, é internada devido a uma crise de insuficiência renal
aguda. A paciente é casada, tem 2 filhos, escolaridade em nível de 2.º grau e trabalha como recepcionista em
uma empresa. Primeiro contato da psicóloga com a paciente: Psic: Bom dia, meu nome é Maria, sou psicóloga
da equipe e estou aqui para conversar com a sra., conhecê-la melhor e saber se há necessidade de
acompanhamento. É um processo de conhecimento mútuo, talvez eu tenha que retornar outras vezes. Pac: É
muito bom ter uma psicóloga comigo agora. Eu não sei se vou agüentar... minha filha também tem problema
renal e precisou fazer transplante há um ano. Meu marido foi o doador. Ela requer muitos cuidados. Se eu tiver
o mesmo problema, não tem ninguém para doar um rim para mim. Mas eu sou forte, sei que vou agüentar. O
que você acha? Não acha que eu estou bem? Psic: Eu sei muito pouco a seu respeito, mas talvez a sra. possa
me dizer porque tem dúvidas quanto a estar bem. Pac: O médico disse que o meu problema é muito diferente
do da minha filha, e daqui a pouco já resolve. Eu sei que vou sair bem daqui. O que me preocupa é meu
marido... nós não estamos bem. Você pode me ajudar nisso? Psic: A sra. quer saber se pode compartilhar o seu
problema comigo? Eu acredito que eu possa ajudá-la a falar de seus sentimentos. Pac: Que bom. Nesse
encontro pode-se dizer que a psicóloga realizou uma
(A) psicoterapia focal.
(B) psicoterapia breve.
(C) entrevista psicológica.
(D) apresentação do serviço de psicologia do hospital.
(E) entrevista semi-dirigida.
07. Uma criança com 3 anos de idade dá entrada no pronto-socorro com febre alta e tosse. Por ser uma
instituição pública e estar com muitas pessoas para serem atendidas, o médico pede que a mãe aguarde do lado
de fora. Quando o nebulizador é ligado para a criança, ela começa a chorar, fica aflita e tem acessos de pânico.
O psicólogo chamado para atender essa criança deve
(A) investigar como a criança foi preparada para receber o nebulizador, e se o aparelho foi colocado
corretamente na criança.
(B) entrevistar a mãe para saber se esse comportamento da criança costuma ocorrer em outras situações
estranhas para a criança.
(C) procurar distrair a criança com bonecos ou histórias, procurando identificar reações da criança que
esclareçam o motivo do choro.
(D) conversar com a equipe médica para solicitar a permanência da mãe junto à criança porque nessa
idade ela vivencia a angústia de separação.
(E) deixar a criança manipular o nebulizador e colocá-lo em uma boneca, a fim de familiarizá-la com a
situação.
09. Um paciente do sexo masculino, 50 anos de idade, encontra-se na Unidade de Terapia Intensiva há 5 dias,
em um pós-cirúrgico de uma cirurgia gástrica sem incidentes. O paciente apresenta perda da consciência do
tempo e do espaço físico, pronúncia desarticulada, fuga de ideias, atitudes obsessivas e, algumas vezes,
quadros delirantes. A família informa que o paciente não tem antecedentes psiquiátricos. Nessa situação, o
diagnóstico mais provável e a conduta correspondente a ser adotada pelo psicólogo são
(A) déficit de recursos egóicos; fazer uma extensa avaliação psicológica do paciente para averiguar a extensão
do comprometimento.
(B) estresse pós-traumático; chamar a família e orientá-la no sentido de apoiar o paciente e poupá-lo de
estresse desnecessário.
(C) crise de ansiedade generalizada; iniciar atendimento e solicitar medicação a um psiquiatra.
(D) síndrome da UTI; iniciar um atendimento procurando dar referências de tempo, da família e da
situação em que o paciente encontra-se.
(E) quadro indefinido; aguardar a evolução e encaminhá-lo a um psiquiatra para medicá-lo, se necessário
13. A preparação psicológica de uma criança para a cirurgia é um atendimento profilático que deve incluir os
seus familiares. Nesse contexto, a intervenção do psicólogo tem como objetivo
(A) explicar para a criança e para os acompanhantes exatamente em que consistirá o procedimento, a fim de
prepará-los para enfrentar o que de fato os aguarda.
(B) aliviar os conflitos intrafamiliares mais urgentes, redimensionando-os frente à possibilidade da morte.
(C) intermediar a relação do médico com o paciente e a família, “traduzindo” as informações de forma que a
criança e a família possam compreendê-las.
(D) relativizar as informações mais preocupantes para reduzir as ansiedades tanto da criança quanto da
família.
(E) entrar em contato com os aspectos mais profundos da mente mobilizados pela situação que se
apresenta.
17. Um dos objetivos da entrevista inicial do psicólogo com o paciente internado é conseguir, pelo menos,
algum alívio da ansiedade. Isso é importante porque, dessa forma,
(A) atinge-se menor nível de sofrimento do paciente, melhor rapport, maior colaboração terapêutica e
confiança na eficácia do acompanhamento psicológico.
(B) o paciente sente-se acolhido no momento de crise que está vivendo devido ao adoecimento, o que resultará
em melhores condições psicológicas para o mesmo.
(C) com melhor equilíbrio psicofísico, resultante da redução da ansiedade, o paciente se tornará mais
colaborativo no tratamento médico.
(D) a equipe médica conseguirá estabelecer um relacionamento melhor com o paciente, pois uma das grandes
dificuldades do atendimento é lidar com pacientes ansiosos.
(E) a redução do nível de ansiedade permitirá que o paciente compreenda o processo pelo qual está passando,
o que é impossível em pacientes muito ansiosos.
35. As medidas terapêuticas voltadas para o atendimento do paciente em cuidados paliativos devem enfocar
(A) atenção integral ao enfermo e à equipe de profissionais, visando à promoção de autonomia de ambos.
(B) atenção unicamente aos cuidadores, visando criar condições de ajuda e solidariedade destes em relação ao
doente.
(C) atenção integral ao enfermo e à família, como unidade de tratamento, e a promoção da autonomia e
dignidade dessa unidade.
(D) atenção ao paciente, primeiramente, procurando prepará-lo para o enfrentamento da situação e, se
necessário, à família também.
(E) o relacionamento da equipe com o doente e a família, visando proporcionar uma assistência mais
cuidadosa e presente
41. As manifestações de ansiedade, como insônia, irritação, reações depressivas e freqüentes mudanças de
humor, encontradas em pacientes crônicos, podem ser entendidas como
(A) indicadores de um quadro neurótico.
(B) pertinentes a um processo de adaptação.
(C) quadro psicopatológico a definir.
(D) neurose de angústia.
(E) depressão camuflada.
43. Quando se pensa em avaliação psicológica de crianças em ambientes médicos, deve-se considerar que
(A) o uso de testes psicológicos deve ser complementado por dados de outras técnicas e informações de
outras fontes.
(B) os resultados são questionáveis porque os testes psicológicos não foram feitos para situações de
hospitalização.
(C) os testes fornecerão dados mais confiáveis do que a anamnese e o histórico médico da criança.
(D) por se tratar de crianças que têm uma afecção orgânica, o resultado dos testes deve ser confrontado com o
diagnóstico médico.
(E) de modo geral, um teste psicológico aplicado será suficiente para obter as informações relevantes no
contexto hospitalar
47. Que razão teria o psicólogo hospitalar para procurar saber quais os remédios que o paciente internado na
UTI está tomando?
(A) Uma razão prática, pois todos os pacientes sabem os nomes dos remédios que estão usando.
(B) Uma razão teórica, pois os remédios podem interferir na relação terapêutica.
(C) Uma razão social, pois todos na equipe multidisciplinar têm direito aos mesmos conhecimentos. (D) Uma
(D) razão clínica, pois alguns remédios podem induzir a sintomas psíquicos.
(E) Nenhuma razão, pois os remédios do paciente são assuntos exclusivos de médicos e enfermeiros.
57. Paciente do sexo feminino, 30 anos, casada, 2 filhos, bancária, dá entrada no pronto-socorro de um
hospital geral com agitação psicomotora e queixa de dor no peito há 30 minutos, sensação de sufocamento,
formigamento nos braços e sensação de estar morrendo. O exame inicial demonstra presença de taquicardia e
sudorese, mas o exame detalhado não evidencia qualquer outra alteração cardíaca ou neurológica. O médico
diz para a paciente: “Você não tem nada, mas eu vou dar-lhe um calmante e chamar o psicólogo para
conversar com você”. No atendimento psicológico, 30 minutos depois, a paciente já encontra-se tranqüila e
explica que é a terceira vez, em 15 dias, que ela vem ao pronto-socorro com o mesmo problema. Afirma não
ter, e nunca ter tido, qualquer problema psiquiátrico ou psicológico. A melhor hipótese diagnóstica para esse
caso é
(A) hipocondria.
(B) crise de ansiedade generalizada.
(C) transtorno do pânico.
(D) prolapso da válvula mitral.
(E) psicose.