Aula 2 - Intervenções Psicológicas No Hospital
Aula 2 - Intervenções Psicológicas No Hospital
Aula 2 - Intervenções Psicológicas No Hospital
Hospital
Atribuições da(o) psicóloga(o) hospitalar
Estrutura estática – é a estrutura física da instituição. Faz parte desse item o número
de andares do prédio hospitalar, o número de clínicas, enfermarias, ambulatórios e
etc.
Tipo de hospital - determina o tipo de hospital (público, privado). Pode incluir também o
histórico do hospital, os princípios que norteiam o seu funcionamento.
Vínculo dos profissionais com a instituição – podem ser internos, residentes, preceptores
(supervisores), assistentes (coordenadores), responsável pela clínica,...
Diagnóstico Institucional
Vínculo empregatício dos profissionais de saúde com a instituição – concursos públicos,
nomeação, CLT, etc.
que a equipe médica que delineia a trajetória hospitalar que, de forma geral, consiste em
intervenção multiprofissional.
Diagnóstico Institucional
Critérios de visitas – determinam os períodos que o paciente recebe tanto visita médica
como a dos familiares. Saber os horários em que a família está presente no hospital facilita
o trabalho com ela.
Diagnóstico Institucional
Vínculo médico-paciente – o trabalho do psicólogo pode ser voltado para o equilíbrio das
atitudes que envolvem esse relacionamento. É através dessa intervenção que os conflitos
existentes na relação médico-paciente podem tornar-se transparentes.
Vínculo da clínica de especialidade com os demais setores do hospital – é também papel do psicólogo
Vínculo da clínica de especialidade com os setores não pertencentes ao hospital – o paciente deverá ser
esclarecido de todas as etapas de seu tratamento inclusive nos setores fora do hospital, quando for
de psicologia no hospital.
Diagnóstico Institucional
Atuação junto à família – a família receberá condições e sustentáculos emocionais para que
o paciente encontre alívio no sofrimento provocado pelo afastamento do núcleo familiar.
Paciente-família é binômio indivisível e por isso, as intervenções do psicólogo deve abordar
as implicações emocionais que um processo de hospitalização provoca no núcleo familiar.
Diagnóstico Institucional
Atuação em situações específicas – o psicólogo poderá atuar na internação, pré, Peri e pós-
operatório, exames complementares, alta hospitalar e retornos complementares. O psicólogo
deve considerar a rotina hospitalar numa totalidade para buscar os pontos de sua
abrangência.
Atividade 1
Criar um hospital fictício considerando os elementos do diagnóstico institucional
1. Nome do Hospital;
2. Histórico do Hospital;
3. Descrever o ambiente físico (nº de ambulatórios, leitos, nº de andares, departamentos,..);
4. Tipo de hospital (público, privado); princípios que norteiam o seu funcionamento;
5. Clientela atendida;
6. Vínculo dos profissionais com a instituição;
7. Vínculo empregatício dos profissionais de saúde;
8. Tipos de patologias atendidas no setor;
9. Critérios de hospitalização;
10. Critérios de alta hospitalar;
11. Critérios de visitas
12. Estruturação do serviço de Psicologia.
Locais de atuação da(o) psicóloga(o)
hospitalar
Internação: demanda espontânea, por solicitação da equipe multiprofissional ou
consultoria
Internação
Internação
Ambulatório:
Urgência/ Emergência:
- É caracterizada como urgência psicológica quando há uma situação de crise na
saúde de uma pessoa, de forma imprevisível e aguda.
- Casos de urgência: sofrimento psíquico intenso sem risco iminente de morte,
salvo raras exceções de tentativas de suicídio que deve ser encaminhada
imediatamente para consulta psiquiátrica ou desintoxicação hospitalar.
- Objetivo: favorecer o enfrentamento e a readaptação a situações críticas geradas
pela doença e internação, ofertando atendimento a paciente e seus familiares.
Atribuições da(o) psicóloga(o) hospitalar
Anamnese.
Declaração;
Relatório;
Parecer;
Atestado;
Documentos utilizados
pela(o) psicóloga hospitalar
DECLARAÇÃO
Finalidade Estrutura
Finalidade Estrutura
Declaração Atestado
Parecer Relatório
Finalidade Estrutura
• Dados de identificação
Coleta de dados sobre a vida do paciente
• Queixa
focando na problemática atual. Dados da • Hipótese diagnóstica
• História Pessoal e Familiar
história pessoal que remete a uma
• Evolução
reconstituição global da vida do paciente, como • Conduta/Encaminhamento
um marco referencial em que a problemática
atual se enquadra e ganha significação.
Atividade 2
Escuta ativa: trata-se de escutar o que o paciente quer contar sem interromper, predisposto a
não fazer nenhum juízo de valor
Receptividade
Sintonia e Empatia
Estabelecer confiança
Deve se evitar perguntas muito direcionadas e que podem ser respondidas com sim ou não.
Formas de intervenção da(o) psicóloga(o)
hospitalar
Avaliação psicológica: metas no ambiente hospitalar
Biológicas: avaliação de aspectos tais como a natureza, localização, frequência dos sintomas, tipos de
tratamento recebido e suas características e procedimentos.
Afetivas: avaliação dos sentimentos do paciente com respeito à doença; futuro, limitações e histórico
de variação do humor.
Cognitivas – conhecimento do paciente sobre o seu quadro e de sua condição de saúde, manutenção
de funções como percepção, memória, nível intelectual, pensamento, orientação.
- Atitudes frente a hospitalização: reações do paciente; expectativas sobre as intervenções; opções de
tratamento; hábitos de risco ou protetores.
Formas de intervenção da(o) psicóloga(o)
hospitalar
Norteadores do atendimento:
Norteadores do atendimento:
não incentivar o silêncio e o não dito; garantir a essas famílias um espaço de expressão de
sentimentos, para que o luto possa ser elaborado e cursar favoravelmente, sem deixar
maiores sequelas emocionais;
Acompanhamento de visitas
Esse momento desperta nos familiares sentimentos, como medo, tristeza e desespero, os
quais podem ser minimizados com a intervenção da equipe multiprofissional.
Acompanhamento de visitas
Maiores queixas dos familiares: Maior duração de tempo de visita; que um profissional
permanecesse ao lado do familiar, lhe falando como o paciente passou o dia e dando
orientações de como cuidar dele em casa; que algum profissional comunicasse diariamente
sobre o estado de saúde do paciente, tendo perguntas respondidas com franqueza e; que o
familiar pudesse trazer uma pessoa religiosa no horário de visita.
Formas de intervenção da(o) psicóloga(o)
hospitalar
- Visita multiprofissional;
- Interconsulta.
Atividade 3
Ler e analisar o relato de caso apresentado e a partir do caso preencher:
1. Ficha de anamnese com sugestões de intervenções
Identificação
Encaminhada por:
Queixa
Histórico familiar
Histórico pessoal
Evolução
Hipótese diagnóstico
Encaminhamento(s)/ Encerramento
2. Relatório psicológico
Autor:
Interessado:
Procedimento:
Análise:
Conclusão:
Bibliografia
Almeida J., Nascimento, W. (2014). Técnicas e práticas psicológicas no atendimento a pacientes
impossibilitados de se comunicarem pela fala. Psicologia Hospitalar, 12(2), 24-44. Recuperado em 11 de
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Conselho Federal de Psicologia (2002). Manual de elaboração de documentos decorrentes de avaliações
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Alegre, PUCRS, v. 36 , n. 3, pp. 283-291, set./dez. 2005, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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Trucharte, F. A. R. Knijnik, R. B; Sebastiani, R. W e Angerami, A. C (2010) Psicologia Hospitalar: teoria
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