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Revista Acácia 13 Edição 19 - Julho 2020

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REVISTA MAÇÔNICA
ACÁCIA 13
A RESILIÊNCIA MAÇÔNICA EM TEMPOS DE PANDEMIA.
(Publicação pela 13ª Região
Queridos e Amados Irmãos !!! Maçônica da GLESP)

Resiliência é uma
habilidade que nos permite Publicação Mensal
ANO 2 – Nº 19 – JULHO 2020
responder, de forma intuitiva, à
extrema adversidade ou
Administração
estresse agudo observado ao
Wagner Tomás Barba (L376)
longo da vida. Contudo,
Joaquim Domingues Filho (L547)
algumas pessoas parecem ter
nascido com uma incrível
capacidade de superar Conselho
quaisquer obstáculos, Omar Téllez (L329)
mudanças indesejáveis e tragédias com uma facilidade Alessandro Zahotei (L605)
invejável. Na maçonaria em tempos de pandemia temos que Paulo da Costa Caseiro (L512)
aplicar todos os conhecimentos adquiridos, para que possamos
superar este momento de luta com garra e determinação. Cláudio Sérgio Foltran (L184)
Paulo Fernando de Souza (L547)
As necessidades básicas de um maçom foram Francisco Assis Javarini (L595)
subtraídas, perdemos as nossas reuniões semanais, convívio
social e familiar. Sentimos falta dos abraços e beijos fraternais
que compartilhamos, somos uma classe de risco e vulneráveis Editor, Criador, Jornalista Responsável
a contaminação pelo COVID-19. e iniciativa.
Wagner Tomás Barba (L376)
O que tem feito para ajudar um irmão, parente MTB 67.820/SP
ou comunidade? Lembra das promessas de sua iniciação? Não
devemos esperar uma atitude dos governantes, igreja ou ATENÇÃO:
maçonaria para reagir neste momento, fomos preparados e Os Artigos assinados são de
escolhidos para esta luta. Como Templários que somos, responsabilidade de seu autor e não
refletem, necessariamente, o
revestimo-nos do escudo da Fé e em orações, pedimos
pensamento do Editor, Administração
proteção ao GADU para livrarmos de todos os maus ou conselho.
e partimos para a luta.
Esta Revista está sendo enviada para
O vírus desencadeia uma doença grave para o mais de 2.000 (dois mil) Irmãos e as
homem, devemos respeitar as orientações dos órgãos propagandas são totalmente gratuitas.
governamentais, mas em momento algum eles pedem que
sejamos amarrados ou amordaçado. O maçom resiliente é O objetivo desta Revista é integrar os
aquele que conhece o seu propósito de vida e de luta, aquele Irmãos e levar mais conhecimento
que não espera que tudo seja resolvido. Aproveite a crise maçônico.
pratique e elimine a negatividade pois, quando a pandemia
acabar nada será igual a antes, inclusive você. REVISTA GRATUITA
PROPAGANDAS GRATUITAS

Francisco Assis Javarini E-Mail:


Membro do Conselho da Revista Acácia 13 revista.acacia13@gmail.com

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Editorial 02
A Maçonaria e a Igreja Católica (Capa) 04
Ir Wagner Tomás Barba (L 376)

Câmara de Reflexões 13
Ir Antônio José Andrade dos Santos – Or Lagarto – SE

A Cosmogonia e a Maçonaria 20
Ir Omar Téllez (L329)

Revista Maçônica O Compasso 27


Projeto Irmãos do Bem 31
Poema e Poesia 38
Relação de Lojas da 13ª Região 39
Mural de Negócios 40
Divulgação Literária 42

ACÁCIA13

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A MAÇONARIA E
A IGREJA CATÓLICA
Ir Wagner Tomás Barba (L 376)
Or Carapicuiba

As incompatibilidades que a Igreja Católica enxerga sobre seus dogmas e


as normas da Intituição Maçônica de há muito são expostas pelos seus dirigentes.

A maçonaria existe desde antes de 1717, posto que nesse ano apenas
começou a se organizar em uma instituição mais coordenada, com a formação da Grande
Loja da Inglaterra, mas isso passou a incomodar a quem tinha um grande poder ante a realeza

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e ao povo em geral. A Maçonaria passou a trazer novos ideais de liberdade e isso passou a
incomodar, em muito, os proeminentes.

A partir desse ponto a Maçonaria começou a criar raizes e se espalhar,


absorvendo em sua casa, grande pensadores iluministas e buscadores da verdade e, dessa
forma, o incomodo também cresceu.

A maçonaria passou a propagar a todos que podia, um mundo mais


fraterno, onde não haveria uma única religião, mas sim
que todas as religiões tinham suas virtudes e, dessa forma,
o prelado católico passou a se preocupar pela
possibilidade de perder seu poder político.

Tal incomodo chegou a tanto que, em


29 de Abril de 1738, o Papa Clemente XII veio a publicar
a Encíclica In eminenti apostolatus specula, quando então
se inicia a caça às bruxas em face da maçonaria. A bula
declara que os ideais da maçonaria são totalmente
imcompatíveis com os da igreja Católica e, portanto, todo
maçom deveria ser excomungado da Igreja. O Papa
Clemente XII passa a propalar que a proibição rigorosa
da Igreja devia-se não a motivos políticos, mas ao cuidado Clemente XII
com as almas.

Assim, à partir de 1738, se inicia o cisma entre a Maçonaria e a Igreja


Católica.

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Os muitos maçons que frequentavam a Igreja, ou sairam da maçonaria,
ou sairam da Igreja, pois uma seria incompatível com a outra, mas a maioria ainda
permaneceu em ambas instituições, mas sempre escondendo sua vida maçonica perante a
sociedade. Passamos a partir desse ponto a viver nas sombras, nos escondendo da primazia
católica, as nossas Lojas passaram a retirar qualquer simbolo externo que a identificasse como
tal. Saimos da discrição para entrarmos no secreto, no hermético, no fechado, vivendo a vida
maçônica às escondidas.

Aproximadamente 15 anos depois, em


18 de Abril de 1751, o novo Papa Benedito XIV,
promulga Providas Romanorum, que foi uma
constituição apostólica. A constituição condenou a
Maçonaria com base em seu suposto naturalismo,
demanda por juramentos, sigilo, indiferença religiosa e
possível ameaça à igreja e ao estado. O documento
confirmou a constituição anterior In Eminenti
Apostolatus. Proíbe especificamente os católicos
romanos de procurarem ingressar em qualquer grupo
maçônico.

Benedito XIV As Encíclicas papais declarando a


maçonaria e seus asseclas como inimigos da Igreja
Católica continuam. A cada novo cardeal que assumia o
posto mais alto de comanda da Igreja Católica, vinha a publicar encíclicas condenando a
maçonaria e seus adpetos a queimar nas chamas do inferno.

Assim, em 1775, o Papa Pio VI publica


a Encíclica Inscrutabili Divinae, seu sucessor, o Papa Pio
VII publica a carta encíclica Ecclesiam a Jesu Christo, em 13
de Setembro de 1821, com a qual o Papa condena todas as
sociedades secretas, particularmente a Carbonária e
Maçonaria que é considerada um desdobramento. O Papa
observa que a referida "seita" apenas pretende fomentar
rebelião e despojar os reis e príncipes de seu poder. Assim
dá a excomunhão como imposta aos seus membros. Nessa
carta temos a seguinte passagem:
Pio VI

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“Os Carbonários têm como finalidade principal o mais perigoso de
todos os sistemas: propagar a indiferença em matéria religiosa; dar a cada
um a liberdade absoluta de fazer para si mesmo uma religião conforme
suas tendências e suas ideias; (…) desprezar os sacramentos da Igreja (…)
bem como os mistérios da religião católica; em fim, destruir esta Sé
Apostólica contra a qual, animados por um ódio todo especial devido ao
primado desta Cátedra (S. Aug. Epist. 43), eles
tramam as mais detestáveis e sórdidas
conspirações.”

Já em 13 de Março de 1825, o Papa Leão XII trás a


público a encíclica Quo Gravioria Mala, no mesmo sentido.

Leão XII

Seu sucessor, Pio VIII publica duas encíclicas, sendo a primeira a Traditi
Humilitati que estabeleceu o programa para o seu pontificado. Embora não mencione
explicitamente a Maçonaria, foi citado em documentos
posteriores da Igreja sobre o assunto porque condenou
aqueles "que pensam que o portal da salvação eterna se
abre para todos de qualquer religião". No que diz
respeito ao pluralismo religioso, Pio VIII condenou o
"artifício sujo dos sofistas desta época" que colocaria o
catolicismo em pé de igualdade com qualquer outra
religião. Sobre as traduções da Bíblia, ele escreveu:

“Também devemos ter cuidado com os que


publicam a Bíblia com novas interpretações contrárias
às leis da Igreja. Eles habilmente distorcem o
significado por sua própria interpretação. Eles
imprimem as Bíblias no vernáculo, a custos
exorbitantes, e as oferecem de graça mesmo para os
sem instrução. Além disso, as Bíblias não raramente
Pio VIII têm pequenas inserções perversas para garantir que o
leitor absorva seu veneno letal em vez da água da
salvação.”

O mesmo Papa ainda publica em 1830 a encíclica Litteris Altero


ratificando suas ideias anti-maçônicas.

7
Dois anos depois, em 1832, o novo Papa,
Gregório XVI vem a enfatecer os termos acima apontados ao
publicar a encíclica Mirari Vos.

A partir da assumção do Papa Pio IX, a desevença


aumenta imensuravelmente, vindo o mesmo a publicar não uma, mas
sete encíclicas mencionando a proibição da maçonaria, iniciando-se
em 09 de novembro de 1846 com a peça Qui Pluribus (sobre fé e Gregório XVI
religião) que foi uma encíclica onde o Papa destacou a tentativa do
acoplamento do liberalismo político sobre a religião, condenando-o,
assim como o indiferentismo religioso perante essa circunstancia. Nomeadamente aí
contestou o racionalismo, a liberal crença de que a razão possa ser colocada acima da fé.
Alerta também convictamente para os perigos das ideias marxistas, trazidas por essa política,
referido especificamente que:

“Para aqui (tende) essa doutrina nefanda do chamado comunismo,


sumamente contrária ao próprio direito natural, a qual, uma vez admitida,
levaria à subversão radical dos direitos, das coisas, das propriedades de
todos e da própria sociedade humana” (Encíclica Qui pluribus: Acta Pii
IX, vol. I, pág. 13. Cf. Sílabo, IV: A.A.S., vol. III, pág. 170).

Igualmente é um documento que é visto


como uma condenação à carbonária em particular e à
maçonaria em geral. Embora não as tenha diretamente
mencionadas, falando sobre seitas secretas e assim
entendido pelo geral por a primeira a estar
reconhecidamente envolvida nessa altura na História da
Itália e a segunda por fazer parte da mesma, ambas com
essas características aí abordadas. Há quem considere
que é uma carta apostólica que fundamenta a Doutrina
Social da Igreja.

Pio IX ainda publica em 1849 a encíclica


Quibus Quantisque Malis, e em 1864 a encíclica
Quanta Cura, no ano seguinte, em 21 de Setembro de
Pio IX 1865 publica Multiplices Inter, e quatro anos depois,
em 1869 vem Apostolicae Sedis Moderatoni.

O mesmo Papa Pio IX apresenta em 21 de Novembro de 1873, a encíclica


Etsi Multa luctuosa com o subtítulo: "A Igreja na Itália, Alemanha e Suíça" - onde expõe várias
das perseguições anticlericais que estavam a acontecer contra ela e as quais culpava
principalmente as sociedades secretas a partir das suas lojas, as "sinagogas de Satanás"
conforme ele aí refere. A Etsi Multa, geralmente apenas assim referida, foi uma encíclica
basicamente direcionada a esses países devido às suas leis estarem entrando em choque com
a Igreja Católica, ao qual culpava a chamada Maçonaria ou algum outro nome, como é aí
transcrito, de estar por trás dessas alterações. Essencialmente é criticada a nova legislação
imposta pelas suas ideias, visando eliminar a participação dos católicos no ensino e na

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jurisdição naquelas regiões. Inicialmente o Santo Padre se refere à difícil situação da Igreja
romana logo após à Unificação da Itália, nomeadamente com a supressão da Universidade
Gregoriana. Em seguida voltando-se para falar na nova legislação, imposta pela Maçonaria,
em outros cantões da Confederação Helvética, contrariando solenes tratados anteriores,
garantidos pelo voto e também pela autoridade das leis que mantinham a liberdade religiosa
para os católicos daquelas regiões. Assim também se passou na Alemanha, em particular na
Prússia, através da Kulturkampf e a sua política apresentada por Bismarck. Onde o seu
governo colocou o ensino e a formação dos seminaristas sob a total tutela do poder dos leigos,
ao tempo em que foi instituído um tribunal especificamente para julgar casos religiosos, no
qual bispos e sacerdotes poderiam ser convocados a comparecer como acusados e punidos
pelo exercício do seu cargo espiritual.

Por fim, em 15 de Fevereiro de 1882, o Papa Pio IX publica sua última


encíclica mencionando a Maçonaria. A encíclica Etsi Nos ("Mesmo Que") é endereçada aos
bispos e restante clero italiano sobre o deplorável comportamento exercido pela política em
Itália, após a sua recente unificação ou Risorgimento, males esses em que ele culpa
indiretamente a maçonaria e a carbonária.

O seu sucessor, agora Papa Leão XIII, para não ficar atrás de Pio IX,
publica sete encíclicas mencionando a Maçonaria, direta ou indiretamente, assim em 20 de
Abril de 1884, publica a Encíclica Humanum Genus ("O gênero humano") onde denuncia
ideias filosóficas e concepções morais opostas à doutrina católica, nomeadamente a franco-
maçonaria. Mas ao fazer isto, tendo em conta esse objetivo renovador da Igreja católica, elogia
outras tais associações como a Ordem Terceira de São Francisco, os grêmios e confrarias, e
as Conferências de São Vicente de Paulo. Com o nascimento da Revolução industrial,
originando o aparecimento do capitalismo, do liberalismo e do marxismo, aqui o papa e
respectivo Magistério da Igreja postulou que o século XIX foi uma época perigosa para o
cristianismo, e condenou a referida comunidade dos "livres-pensadores", bem como uma série
de crenças e práticas supostamente associados a ela ou por ela inspiradas, incluindo o

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naturalismo racionalista, a soberania popular, alegando que não reconhecem Deus e que
impõem a ideia de que o Estado deve ser "sem Deus". Acrescenta que a primeira advertência
contra estes perigos já tinham sido dada por Clemente XII no ano de 1738 através da bula In
eminenti e constantemente renovada por seus sucessores. Por ocasião, baseando-se nesta
encíclica antimaçônica, que se referia à Maçonaria como uma sociedade secreta conspiratória
contra a Igreja Romana, o jornal católico conservador "La Croix", acusou, não só os maçons,
mas também os judeus, de serem inimigos da "verdadeira França". Porém, após algumas
manifestações públicas de antissemitismo, o preconceito, pouco a pouco, acabou se diluindo,
até fortalecer-se pouco tempo depois.

Leão XIII em seguida, no ano de


1887 publica Officio Sanctissimo, que segue a mesma
verve. Três anos mais tarde, trás à baila nova
publicação: Dall'alto dell'Apostolico Seggio (Do alto
do Cátedra de São Pedro) que é uma encíclica
puramente anti-maçônica, dirigida a toda a Igreja
Católica italiana (aos bispos, ao clero na generalidade,
e aos fiéis na Itália) e inteiramente dedicado aos
perigos trazidos pela maçonaria e por parte dos
socialistas para a mesma.

Ainda na primazia de Leão XIII


temos a publicação da Encíclica anti-maçônica
Inimica Vis, datada de 8 de Dezembro de 1892,
Leão XIII endereçada aos bispos italianos. Dedicada à condição
deplorável da nação, reprovando-os pela resposta
apática à Maçonaria e recordando-lhes sobre as
múltiplas condenações ao longo do século e meio anterior que foram feitas a essa organização
secreta. Queixou inclusive que alguns membros do clero católico estavam cooperando com a
própria Maçonaria e até no seu anticlericalismo. Pouco depois, no dia 18 de Dezembro de
1892, ou seja dez dias após a publicação anterior, foi promulgada pelo papa outra carta
apostólica Custodi di quella Fede que é uma nova encíclica anti-maçônica, dirigida ao povo
italiano. Ela acompanhou a outra carta apostólica com o idêntico teor contra a maçonaria, em
Inimica Vis, mas dirigida aos seus bispos com o objectivo de a reforçar. Ele vem a fazer um
pedido aos católicos, no sentido trabalharem mais contra as organizações secretas maçônicas,
protegendo as famílias contra essa infiltração na sociedade, estabelecendo instituições
católicas, como escolas, sociedades de mutualismo e imprensa social. De modo geral, exortou
os católicos a fugirem das associações seculares e não religiosas.

Dois anos depois, em 1894, estando a Igreja Católica ainda sob comando
de Leão XIII, este publica a encíclica Praeclara, apenas como reforço anti-maçônico dos
textos anteriores.

Por fim, ainda o Papa Leão XIII, publica em 18 de Março de 1902,


Annum ingressi (Ano Ingresso) encíclica endereçada aos bispos de todo o mundo pondo em
revista os 25 anos do seu pontificado e onde também pede resistência à maçonaria.

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Após um bom lapso temporal, em 1917, instalasse no Código Canônico
o canôn 2335 com a determinação da excomunhão de maçons. Em boa tradução desse
Canôn temos:

“Os que dão seu nome à seita maçônica ou a outras associações do


mesmo gênero, que maquinam contra a Igreja, ou contra os legítimos
poderes civis, incorrem, ipso facto, em excomunhão simplesmente
reservada à sé apostólica.”

Em 1983, o Papa João Paulo II, com o


advento do Vaticano II, iniciou a reforma do Código de
Direito Canônico. Durante tal reforma, houve a revisão do
canôn específico de proibição de que os católicos aderissem
às denominadas “seitas” maçônicas. Ao decorrer de 1983 com
a publicação do novo código canônico, a menção antes
explicita da maçônaria vem a ser retirada completamente, pois
o atual código, em vigor desde 1983, não cita explicitamente a
maçonaria, mas determina que a justiça eclesiástica puna com
“justa pena” quem se inscreve em alguma associação que
maquina contra a Igreja, como podemos verificar no Canôn João Paulo II
1374:

“Quem se inscreve em alguma associação que maquina contra a


Igreja seja punido com justa pena; quem promove ou dirige uma dessas
associações seja punido com interdito.”

Assim temos que, desde 1983, a pena é um interdito, afastando o fiel da


recepção dos Sacramentos (principalmente Confissão e Eucaristia).

Entretanto, temos que o último documento


oficial de referência é a Declaração sobre a maçonaria, assinado
pelo então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé,
cardeal Joseph Ratzinger, depois Papa Bento XVI, em 26 de
novembro de 1983. O texto afirma que permanece imutável o
parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas,
pois os seus princípios foram sempre considerados
inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece
proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações
maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem
Bento XVI
aproximar-se da Sagrada Comunhão.

Atualmente temos que os maçons frequentam a igreja Católica


costumeiramente, ao que até muitos ostentam insígnias maçônicas nas missas.

Vemos hoje quase que uma aceitação velada, uma tolerância que se aceita
à prima vista, mas ainda buscando o aconchego de se permanecer oculto às plenas vistas.

11
Temos padres e bispos maçons que, apenas por motivos óbvios, não se
asseveram publicamente.

Com o tempo a tendência é que a Maçonaria possa ser mais aceita perante
os primazes do Catolicismo, mas isso só o tempo poderá nos mostrar.

Bibliografia:

Edson Luiz Sampel. Artigo: Os maçons não estão excomungados! – 25/02/2019 – Sociedade
Brasileira de Canonistas SBC.

Christo Nihil Praeponere – Artigo: A verdadeira razão pela qual católicos não podem ser
maçons – 15 de agosto de 2017 – Ed. Condon.

Catolicismo e Maçonaria – Wikipédia A Enciclopédia Livre 2020.

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CÂMARA DAS REFLEXÕES
Ir Antônio José Andrade Santos
ARLS Luzes da Piedade
Or Lagarto – SE

INTRODUÇÃO:

SIMBOLO

A definição mais comum de Maçonaria em uso em todo o mundo


é a de que Maçonaria é “um belo sistema de moralidade velado em alegoria e ilustrado por
símbolos”. A palavra símbolo vem do grego sumbolo, sinal de reconhecimento formado pelas
duas metades de um objeto quebrado que tornam a se juntar, ou seja, essa palavra significa
uma representação analógica relacionada com um objeto considerado, então para entender o
que o símbolo representa é necessário um conhecimento prévio adquirido com estudo, ou
convivência cultural, para exemplificar cito a Cruz, símbolo que tem seu significado estudado
ou culturalmente conhecido para um cristão, mas para um muçulmano ou budista este
significado precisa ser explicado para o entendimento. Na imagem abaixo vemos exemplos
de símbolos cujo significados só é conhecido para quem pratica determinada religião,
determinado costume ou cultura.

13
Partindo do pressuposto que é necessário estudo para o
esclarecimento da mensagem do símbolo, este artigo tem intenção de passar conhecimento
a respeito dos significados do simbolismo presente na câmera das reflexões, utilizada nas
iniciações das lojas que praticam os ritos de origem francesa, mais precisamente no Rito
Escocês Antigo e Aceito, pois somente pelo estudo desses símbolos é que se pode chegar ao
esoterismo, a introspecção da mensagem, e assim a mudança continua no estado do SER,
objetivo perseguido por todo verdadeiro iniciado nesta sublime ordem.

Cada ‘’iniciação’’ tem suas formas particulares, e tem por objetivo


mudar o estado do ser, exemplo: A iniciação cristã se dá por meio do Batismo, mudando a
substancia do ser de pagão para cristão. A iniciação maçônica que é derivada das iniciações
operativas e das associações de obreiros, também tem a intenção de promover uma mudança
interior profunda e até eterna, mas o iniciado deve romper a ‘’casca’’ mental, isto é, sair do
racionalismo esterilizante para atingir a transcendência, para assim ter acesso a verdadeira
iniciação, e todo simbolismo da câmera das reflexões contribui para este fim, passamos a
analisar estes símbolos neste contexto.

O LUGAR

O local em si é o primeiro
símbolo, e pela profundidade de sua instalação, pela
ausência de luz, a Câmara de reflexão simboliza um
“túmulo” onde o candidato simbolicamente é “enterrado”,
simbolizando que este Morreu para as paixões
desenfreadas do mundo: luxo, vaidade, gozos transitórios.
Após ter uma profunda introspecção e refletir sobre
possíveis desregramentos de sua vida, ele terá a força para
ressurgir sendo um novo homem, humilde, puro, sincero,
Justo e Perfeito. Enfim, um Maçom, ou pedreiro de si
mesmo. No entanto esse é um desafio que exige esforço e
trabalho, sendo dado ao candidato a oportunidade de
considerar a sua decisão para prosseguir neste caminho e
reconsiderá-la. Até ali, nada o impede de voltar ao estado
de vida anterior ao entrar no recinto. A decisão de seguir
adiante deve ser acima de tudo, consciente e firme.

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O PAINEL

Os símbolos da câmera das reflexões

O presente painel, sintetiza os símbolos presentes dentro da


câmera, no Rito Escocês Antigo e Aceito.

Vamos examinar cada um desses


símbolos em particular.

V.I.T.R.I.O.L.

A inscrição V.I.T.R.I.O.L. iniciais dos


seguintes dizeres em latim: “Visita Interiora Terrae Rectificando,
Invenies Occultum Lapidem”, ou seja: “Visita o Interior da Terra
e Nele, Retificado, Encontrarás a Pedra Oculta”.

Pedra Oculta ou Filosofal é uma


expressão que vem da Idade Média e era usada pelos alquimistas,
e acreditava-se que seria uma pedra capaz de transformar metais
comuns em ouro, trazendo para o contexto da iniciação quer
dizer, que tudo que o ser humano precisa para se transformar em
um ser melhor esta oculto, e precisa ser encontrado, através de uma Visita ao teu Interior
acompanhado de uma retificação de consciência. O que de fato está proposto é uma busca
introspectiva, possivelmente lenta, porém, persistente e gradual, uma busca do conhecimento
adquiridos nos estudos e instruções pertinentes aos graus, reunião após reunião.

15
VIGILÂNCIA E PERSEVERANÇA

Estas duas Palavras são uma mensagem ao


candidato, elas indicam ao futuro maçom que desde agora ele deve ser
atento aos diversos sentidos e significados que os símbolos podem
oferecer cujo o entendimento ele só conseguirá por inteiro com
paciência e perseverança, conhecimento, aliás, que lhe dará a
possibilidade de trabalhar sua pedra bruta interior transformando-a
em pedra polida ou em ‘’ouro’’. Mas, para tanto, não basta apenas a
vigilância. Necessita também, de férrea perseverança, na participação
das futuras reuniões, e nas práticas maçônicas.

O GALO

O galo sugere vigilância, é ele que vigia a anuncia o raiar de um


novo dia, uma nova forma de viver, uma nova consciência espera o neófito. Simboliza
também que ele deve vigiar os seus defeitos, corrigindo-os e procurando tornar-se puro para
viver de forma plena e equilibrada a aurora que se aproxima, quando então irá conhecer a luz
das verdades maçónicas e vivencia-las.

A AMPULHETA

É um antigo instrumento para medir o tempo, ela está ali para


lembrar ao candidato que ele precisa tomar decisões rápidas. Que os instantes perdidos são
irrecuperáveis e o tempo de permanência na Câmara assim como na vida é limitado, não há
mais tempo a perder.

16
SAL E ENXOFRE

Elementos necessários à transmutação alquímica, que o candidato


deverá entender dentro do contexto simbólico, da seguinte forma: enxofre é o símbolo do
espírito. O sal e o símbolo da sabedoria e da ciência.

O PÃO E A ÁGUA

O pão é alimento do corpo físico, importante para manutenção da


vida. Como é feito à base de trigo, e por ser uma semente é símbolo de ressurreição, porque
morre, é enterrado na terra e dela ressurge numa vida nova. Pôr seu turno, a água simboliza
o alimento espiritual, pois é através da água que a semente tem a força para nascer do seio da
terra. Ela é um dos quatro elementos que harmonizam as relações na terra. Água e pão
simbolizam o alimento para as duas faculdades que compõe o homem, corpo e espírito.

CRÂNIO

A câmara é cercada de símbolos de morte, tendo alguma variação


de acordo com o rito, no REAA é usado um crânio. Com intenção de lembrar ao
candidato, o quanto a matéria é perecível, e o espírito, eterno; toda a matéria se reduzirá ao
pó, todos os homens, embora fazem distinções entre si, se reduzirão a um empilhado de
ossos.

17
A FOICE

A foice passa mensagem de trabalho, o novo maçom precisa ter


inclinação ao esforço, para assim desempenhar funções nobres como auxilio ao um irmão
necessitado. Também para cortar as ervas daninhas e assim sugere ao candidato que todos os
seus vícios e todas as suas imperfeições serão eliminados por seu trabalho e de sua dedicação.

O TESTAMENTO

O iniciado vai morrer para o mundo profano é natural que se lhe


peça para fazer um testamento. No entanto deve-se explicar que se trata de um testamento
filosófico, é comum os profanos optarem pela redação de um testamento puramente ‘’civil’’.
‘’Testar’’ do latin testare, significa ‘’testemunhar’’. Assim o profano deve testemunhar por
escrito suas intenções filosóficas, contraindo assim uma espécie de obrigação. As suas
respostas claras e precisas possibilitarão aos irmãos que compõem a loja uma avaliação do
candidato a integrar essa mesma loja.

FRASES NAS PAREDES

Como foi falado neste artigo a iniciação do candidato a maçom é


precedida por sua passagem no ambiente apropriado a uma reflexão que provoque uma

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‘’morte’’ filosófica, morre para realidades profanas, vícios e paixões desenfreadas, todos os
elementos no interior desta, é pensado para isso, inclusive algumas sentenças escritas nas
paredes, na qual sua visão é inevitável de ser vista e lida. São elas:

‘’Se a curiosidade te trouxe, vai embora! ’’

Somente a curiosidade não é suficiente, é preciso decisão firme de


mudanças profundas.

‘’Se tua alma sentiu medo, não vas adiante! ’’

O medo é um sentimento paralisante, é preciso em certas ocasiões


vence-lo para alcançar altos objetivos.

‘’Se fores dissimulado, serás descoberto! ’’

Todo aquele que é fingindo, aquele que oculta, cedo ou tarde será
desmascarado e seus vícios expostos a luz da verdade.

‘’se queres bem empregar a tua vida, pensa na morte!’’

O homem deve lembrar que um dia irá morrer, para assim valorizar
e lapidar a sua vida.

Podemos concluir que o processo de iniciação na maçonaria é


completo em si mesma, e mais precisamente, no Rito Escocês Antigo e Aceito, a figura da
Câmara de Reflexões simboliza a transição da vida profana para a vida Maçónica, seus
elementos e simbolismos são utilizados para preparar o iniciante para essa nova e frutífera
vida. Neste sentido também é possível constatar que a Câmara de Reflexões tem como
fundamento maior fazer com que o iniciante consiga encontrar sua pedra bruta, para que
assim, a mesma possa ser permanentemente lapidada, sendo esse o maior objetivo da
Maçonaria.

Bibliografia

Boucher, Jules – A simbólica Maçonica –. (Biblioteca Maçonica Pensamento) – tradução


Frederico Ozanam Pessoa de Barros- São Paulo 2015
Camino, Rizzardo da – O Apr∴ MAÇON– As Benesses do Aprendizado Maçónico – Editora
Madras – São Paulo/SP – 2.000.
GLMSE, Rit∴ Apr∴ MAÇON 1928– R∴E∴A∴A∴ – Edição 2012;

19
A COSMOGONIA E A
MAÇONARIA
Ir Omar Téllez (L 329)
OrVargem Grande Paulista – SP

1. No princípio criou Deus o céu e a terra.


2. A terra, porém, era sem forma e vazia; havia trevas
sobre a face do abismo, mas o espírito de Deus pairava por cima
das águas.
3. Disse Deus: Haja luz; e houve luz.
4. Viu Deus a luz que era boa, e fez separação entre a luz
e as trevas.
5. Chamou Deus à luz Dia, e às trevas chamou Noite.
Houve tarde e houve manhã, dia primeiro.
Sagrada Bíblia, Gênese Cap. 1

Cosmogonia (do grego κοσμογονία; κόσμος “universo” e γονία


“nascimento”) é o termo que abrange as diversas lendas e teorias sobre as origens do universo
de acordo com as religiões, mitologias e científicas através da história.

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No século IV a.C., Parménides de Eleia
concebia o universo como “a massa de uma esfera arredondada que
se equilibra em si mesma, em todos os seus pontos”. Heráclito de
Éfeso via o mundo como contínuo movimento e constante vai-e-
vem. Dois mil e quinhentos anos mais tarde, como se prolongasse e
desenvolvesse essas intuições originais, Albert Einstein, que também
concebeu o universo como uma esfera, falou “da razão poderosa e
suprema que se revela no incompreensível universo”.

A ideia de universo é produto de um momento histórico, as suas


concepções religiosas, filosóficas e científicas. A menos que se considere a situação da ciência
e da filosofia num dado instante como definitivas, as suas posições, teorias e hipóteses não
passam de momentos de um processo, o qual consiste no desvendar progressivo da realidade
pela razão. Tal processo, que se confunde com o que se poderia chamar de história da razão,
revela que o saber é social e histórico, e que a realidade não se descobre de uma só vez, pelo
mesmo homem, mas aos poucos, e pelas diversas gerações que se sucedem.

O conceito de universo, inseparável da história da religião, da


filosofia e da ciência, teria percorrido três etapas, que podem eventualmente coexistir no
contexto de uma mesma cultura, embora em cada contexto uma delas sempre prevaleça. A
primeira caracteriza-se pela concepção religiosa, a segunda pela metafísica e a terceira pela
concepção científica. Segundo a concepção religiosa, o mundo, além de ter sido criado por
Deus ou pelos deuses, é por eles governado, à revelia do homem e da sua vontade. Diante
de Deus, ou dos deuses, infinitamente poderosos, o homem não passa de um ser indefeso e
temeroso.

A filosofia e
a ciência gregas pressupõem as
teogonias e as cosmogonias, tais
como concebidas nas obras de
Homero e de Hesíodo. O
mundo, que incluía a totalidade
daquilo que se conhece,
compreende os deuses, imortais,
os homens, mortais, e a natureza,
que os gregos chamavam physis.
Tanto a natureza quanto os
homens estão à mercê dos deuses imortais, dos seus caprichos, cóleras, paixões, pois os
deuses, embora divinos e imortais, são concebidos à semelhança dos homens, tendo também
vícios e virtudes. A concepção religiosa e mitológica do universo é criticada pela filosofia e
pela ciência, que se propõem, desde as suas origens, a substituí-la por uma concepção racional
e lógica.

No período pré-socrático, as filosofias de Demócrito, Empédocles


e Anaxágoras, foram tentativas de conciliar e superar estas duas posições extremas. De todas,
a mais significativa é a de Demócrito, que lançou os fundamentos de uma concepção

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rigorosamente científica do universo, concebendo-o como composto de átomos e de vazio.
Os átomos e o vazio, assim como o movimento, são eternos, sempre existiram, e as suas
infinitas combinações dão origem a todos os seres.

Para Platão, cuja


cosmogonia é expressa no mito do Timeu, pois
a física é apenas um passatempo para o espírito;
o mundo, obra de um demiurgo, é belo e vivo.
Cópia corpórea e sensível do modelo inteligível,
é habitado por uma alma que mistura três
essências: a indivisível, unidade absoluta do todo
inteligível, a divisível, ou multiplicidade que
caracteriza os corpos e o seu vai-e-vem, e uma
terceira, intermediária, a existência, que
participa das duas primeiras.

O centro da alma, uma espécie de envoltório esférico do corpo do


mundo, coincide com o centro do mundo, e os seus movimentos circulares se confundem.
O corpo do mundo é composto do fogo e da terra, entre os quais se interpõe, por razões
matemáticas, a água e o ar, matéria ou elementos que preexistem à ação do demiurgo e cujo
começo de organização explica-se mecanicamente.

Ao contrário de Platão, para quem a física só poderia ser objeto de


um “conhecimento bastardo”, Aristóteles achava que o mundo natural pode ser objeto de
conhecimento racional ou epistemológico. Único, não tem nem começo nem fim, nada existe
fora dele, é perfeito e finito, formando uma esfera que se move de acordo com o movimento
mais perfeito, que é movimento circular. O mundo inclui quatro corpos simples ou
elementares, a terra, a água, o ar e o fogo, aos quais se acrescenta uma quinta-essência, o éter,
que não comporta nenhuma espécie de mudança.

O universo dividir-se-ia em duas grandes regiões: o céu


propriamente dito, que se estende do “primeiro céu” até a Lua, incluindo as estrelas fixas,
cujo movimento é regular, eterno e circular. Os astros e os planetas são tão imóveis quanto as
estrelas. O que se move circularmente é a esfera que carrega o astro, esfera única no caso das
estrelas, esferas múltiplas no caso dos planetas.

Segundo Aristóteles, para que o


movimento de cada esfera planetária não se altere em virtude do
movimento da outra esfera em que está encaixada, é preciso
introduzir esferas compensadoras, que preservam a unidade do
sistema.

A segunda região do universo é a região sublunar, cujo centro é a


Terra. Mais distante do “primeiro motor” que o céu, caracteriza-se pela geração e pela
corrupção das substâncias, cuja matéria não é mais perfeitamente determinada, como a do
mundo sideral, mas é, ao contrário, pura indeterminação. Neste mundo, onde reina a
contingência, o acidente e o acaso, a descontinuidade é a norma do movimento, mesmo

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regular. Os elementos que se constituem nessa região são inferiores ao éter, misturando-se e
transformando-se uns nos outros, o que permite considerá-la a região dos mistos, ou das
misturas. O mundo sublunar está envolvido por uma esfera de fogo que gira com o primeiro
céu, a qual envolve o ar, que, por sua vez, envolve a água, que, finalmente, envolve a terra.

A revelação judaico-cristã trouxe duas ideias estranhas ao


pensamento grego: a ideia de um Deus único e pessoal, transcendente ao mundo, e a ideia
da criação ex-nihilo – a partir do nada. De acordo com o
Gênese, Deus criou o universo, o céu e a Terra, e todos os
seres que nele se contêm, a água e a luz, os astros e as
estrelas, as plantas e os animais e, finalmente, o homem,
feito à sua imagem e semelhança. Obra de Deus, que é, por
definição, a inteligência suprema, o universo reflete essa
inteligência, sendo ordem e beleza, cosmo e não caos. As
leis que regem o seu funcionamento expressam a vontade
divina, que não as estabeleceu arbitrariamente, mas segundo o plano que se desdobrou ao
longo dos sete dias da criação.

O que se chama de filosofia cristã, ou de pensamento cristão, não


passa, na realidade, do pensamento grego — de Platão e de Aristóteles especialmente — usado
como instrumento de defesa e justificação da fé. Ao incorporar a filosofia grega, a cosmovisão
cristã ficou presa à física e à cosmologia de Aristóteles, que, durante dois mil anos, dominou
o pensamento ocidental, até o advento da filosofia e da ciência moderna.

Por sua
parte, os fundadores da ciência
moderna, Copérnico, Galileu,
Kepler, Descartes e Newton,
acreditavam em Deus e a ele se
referiram constantemente, mas
conceberam o universo como se
fosse independente de Deus e
explicável por si mesmo, pelas leis
que lhe são próprias. A “revolução
copernicana” deslocou o centro de
gravitação da Terra para o Sol e
permitiu conceber o universo como
um sistema autónomo, regido por
leis que podem ser conhecidas
experimentalmente e formuladas
matematicamente.

Descobrindo a impenetrabilidade, a mobilidade, a força de


propulsão dos corpos, as leis do movimento e da gravidade, e formulando os postulados que
permitem definir as noções de massa, causa, força, inércia, espaço, tempo e movimento,
Newton foi o primeiro a sistematizar a moderna ciência da natureza.

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Embora não se propusesse mais o conhecimento das causas dos
fenómenos, mas a determinação das leis que os regem, a ciência newtoniana, físico-
matemática, coincidia ainda com a física de Aristóteles num ponto capital, a concepção do
tempo e do espaço.

Ambas consideram tempo e espaço como quadros invariáveis e


fixos, referenciais absolutos, em função dos quais se explicam os movimentos do universo. A
definição aristotélica do tempo e do espaço, embora date do século IV a.C., prevaleceu na
ciência clássica, na mecânica de Galileu e de Newton, até o advento da física quântica e da
relatividade einsteiniana.

Relacionando a queda da maçã


com o movimento dos planetas e do Sol, Newton
formulou a lei da gravitação universal, que permite
determinar a velocidade de revolução da Terra em
torno do Sol, do sistema solar no sistema estelar, do
sistema estelar na Via Láctea e da Via Láctea nas galáxias
exteriores. Distinguindo movimento absoluto e
movimento relativo, foi levado a admitir a existência de
estrelas fixas, ou de pontos imóveis no universo, embora
não dispusesse de meios para provar tal hipótese.

Por considerar o espaço uma realidade fixa, um quadro estático e


imutável e por não poder estabelecer cientificamente esse postulado, recorreu a uma
explicação teológica, que considerava o espaço a omnipresença de Deus na natureza. O
universo newtoniano era, assim, o meio invisível, o espaço absoluto e imutável no qual as
estrelas se deslocam e a luz propaga-se de acordo com modelos mecânicos, traduzíveis em
fórmulas matemáticas.

Em 1905, Albert
Einstein escreveu um pequeno trabalho, no
qual admitia que a velocidade da luz não é
afetada pelo movimento da Terra, mas
rejeitava a teoria do éter e a noção de espaço
como quadro fixo e imóvel no qual é possível
distinguir o movimento absoluto do
movimento relativo. Se a velocidade da luz é
constante, e se propaga independentemente
do movimento da Terra, também deve ser
independente do movimento de qualquer outro planeta, estrela, meteoro, ou mesmo sistema
no universo. As leis da natureza, consequentemente, são as mesmas para todos os sistemas
que se movem uniformemente, uns em relação aos outros.

A partir da lei da inércia, tal como foi enunciada por Newton,


Einstein reformulou a lei da gravitação universal, estabelecendo como premissa que as leis da
natureza são as mesmas para qualquer sistema, independentemente do seu movimento. O
princípio da equivalência, entre a gravidade e a inércia, estabelece que não há meio algum

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que permita distinguir o movimento produzido pelas forças de inércia do movimento gerado
pela força da gravitação.

O universo einsteiniano não é nem infinito, nem euclidiano, ou


tridimensional, pois a geometria de Euclides não é válida no campo gravitacional. E, como a
estrutura do campo gravitacional é determinada pela massa e pela velocidade do corpo em
gravitação, a geometria do universo, a curvatura do contínuo espaço-tempo, por ser
proporcional à concentração de matéria que contém, será determinada pela totalidade da
matéria contida no universo, que o faz descrever uma imensa curvatura que se fecha em si
mesma.

Embora não seja possível dar uma representação gráfica do


universo finito e esférico de Einstein, foi possível calcular, em função da quantidade de
matéria contida em cada centímetro cúbico de espaço, o valor do raio do universo, avaliado
em 35 triliões de anos-luz. Neste universo finito, mas grande o bastante para conter bilhões
de estrelas e galáxias, um feixe de luz, com a velocidade de 300.000km/s, levaria 200 triliões
de anos para percorrer a circunferência do cosmo e retornar ao ponto de partida.

Na Bíblia, o livro do Génesis narra a criação do mundo pelo Senhor


Deus, começando pela criação do céu e da terra e a separação das águas, em seis dias, tendo
no sétimo dia Deus descansado. Hoje, a teologia considera esta narrativa alegórica,
abandonando o seu sentido literal. A Igreja Católica Romana atualmente aceita a teoria
científica do big bang.

Em cosmologia, o Big
Bang é a teoria científica que o universo
emergiu de um estado extremamente
denso e quente há cerca de 13,7 bilhões de
anos. A teoria baseia-se em diversas
observações que indicam que o universo
está em expansão de acordo com um
modelo Friedman-Robertson-Walker
baseado na teoria da Relatividade Geral,

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dentre as quais a mais tradicional e importante é relação entre os redshifts (uma alteração na
frequência das ondas de luz, devido a invariância da velocidade da luz no vácuo) e distâncias
de objetos longínquos, conhecida como Lei de Hubble, e na aplicação do princípio
cosmológico.

De acordo com a percepção Euclidiana de espaço, o nosso


Universo tem três dimensões de espaço e uma dimensão de tempo. Pela combinação do
espaço e tempo em “dobradura” os físicos têm simplificado significativamente a física teórica,
bem como descrito de uma forma mais uniforme o universo a nível supergalático ou
subatómico. Quando procuramos entender o Universo tanto no seu aspecto Macro ou
Microscópio todas respostas convergem para um ponto a criação espontânea (ou “o
Criador”).

Devido à imensa gama de informações cientificas disponíveis, uma


razão prática para dirigir-se à Divindade em termos não sectários é que o verdadeiro mistério
e a maravilha da Criação não podem ser ditos. Então, como e por que os Maçons de hoje
chegaram a um conceito do Deus como um arquiteto e o escolheram, com reverencia, para
respeitar o mistério final da existência?

Olhemos o Universo sem ideias preconcebidas. Tomemos cada


situação, cada encontro, cada conversação como se fosse o acontecimento mais importante
naquele momento. Criando este hábito, onde quer que estejamos, estaremos sempre
aproveitando melhor a nossa existência, sintamo-nos orgulhosos e afortunados, pois o uso
Maçónico do título Grande Arquiteto do Universo, é nossa denotação reverencial à
Divindade, esse nome eterno que não pode ser nomeado.

BIBLIOGRAFIA.
Roberto Aguilar S. Silva
O Universo e a Maçonaria
Freemason.pt
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cosmogonia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Big_Bang

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“É um enorme prazer estar entre irmãos.”

Como tudo começou

Meu nome é Guerino Caetano Ruas Filho, nascido no Oriente de


Araçatuba /SP, advindo de uma família humilde e por isto, sou conhecedor de inúmeros
problemas que sofrem a população carente. Em 26/02/1985 ingressei nas fileiras da Gloriosa
Polícia Militar do Estado de São Paulo servindo por mais de 30 anos, entrando na reserva
em 06/10/2015 como 2° Tenente. Em minha vida profana levando em conta tudo o que eu
já vi e vivi, graças ao Grande Arquiteto Do Universo, considero-me como um verdadeiro
vencedor. Na Maçonaria, sou membro ativo da Augusta e Responsável Loja Simbólica
Atlântida Paulista n°300 (GLESP), sendo iniciado como Aprendiz na Ordem no dia do
Maçom em 20/08/2010, elevado a Companheiro em 09/09/2011 e Exaltado Mestre em
28/09/2012, bem como nos estudos filosóficos estou atualmente no 20° Grau. Agora que
você já me conhece e sabe um pouquinho de minha história, vou te contar como surgiu a
ideia deste trabalho. Em visita a uma Loja em minha cidade natal, recebi como presente um
exemplar de uma revista informando os comércios dos irmãos daquela localidade. Achei a
ideia fantástica. De volta ao nosso Oriente, em conversa com o valoroso irmão Carlos Acacio
Corrêa, nascido em Osasco, é membro ativo da Augusta e Respeitável Loja Simbólica
Francisco Ribeiro Lima n° 749 (GLESP), iniciado como Aprendiz em 19/09/2009 elevado
a Companheiro em 29/10/2010, sendo exaltado a Mestre em 23/09/2011, cursando os graus
filosóficos no grau 17, decidimos no ano de 2018, implantar em nossa região este mesmo
projeto a fim de nos auxiliarmos mutuamente comprando e vendendo os nossos produtos,
prestando auxílio entre irmãos, seguindo a máxima maçônica de estreitar os laços de
amizade que nos unem como verdadeiros irmãos.

Desta maneira, foi criada a revista O Compasso Osasquense.

Achamos por bem também que parte do lucro seria destinado a


Casa de Assistência ao Idoso Francisco de Assis (CAIFA) e Casa Maria Maia, não sendo
possível entregar na primeira e segunda edição qualquer valor para as Instituições devido ao
elevado preço do serviço de impressão gráfica e poucos anunciantes, efetuando apenas as
publicações das entidades. Quase desistimos devido ao alto custo e até então sem retorno
financeiro, quando fomos impulsionados por irmãos que queriam a continuidade de nosso
trabalho, onde decidimos lançar a terceira edição da revista como O Compasso, totalmente
digitalizada, caminhando desta forma até a quinta edição. A princípio foi um sucesso,
conseguindo então iniciar as primeiras doações para as instituições acima citadas, porém,

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nos deparamos com outro problema: os irmãos recebiam o material pelo WhatsApp e com
as demais mensagens que recebiam posteriormente, acabavam perdendo a edição enviada.
Assim sendo, começamos a pensar em algo que realmente ficasse de fácil manuseio na tela
do celular para facilitar a consulta, surgindo assim a ideia de transformar a nossa revista em
um aplicativo, o qual agora está em suas mãos.

Quero acreditar que poderemos contar com um maior grupo de


anunciantes, pois assim contribuiremos mais com as obras de caridade.

Nestes termos, espero que apreciem o nosso trabalho e que entrem


também neste time, anunciando os seus negócios conosco. Creio que podemos sim nos
tornarmos mais unidos e fortalecermos a Maçonaria em nossa região. Faça parte desta
equipe e ajude a transformar este sonho em realidade. Um Tríplice e Fraternal abraço a
todos.

Caetano Ruas

Dia do lançamento do Aplicativo

Olá meus queridos irmãos, hoje 09/06/2020, é um dia muito


especial para nós, todos sabem da História da nossa Revista O COMPASSO e de sua
proposta que sempre foi ajudar os irmãos que possuem seus comércios, empresas e serviços,
e mesmo que um pouquinho, ajudarmos duas instituições de caridade, CAIFA – Casa de
Assistência ao Idoso Francisco de Assis, localizada em Osasco e a Casa MARIA MAIA, que
cuida de pessoas carentes, portadoras de paralisia cerebral severa e doenças neurológicas
correlatas, com deficiência física associada, localizada em na cidade de Carapicuíba.

No começo tínhamos como proposta desenvolver um guia de


bolso, impresso, onde cada um de nós, pudéssemos consultar sempre que precisássemos de
algo, porém, percebemos que se tornou inviável devido ao alto custo para realizar a
impressão, além do que a Revista acabava sendo descartada, e o que o material usado
acabava afetando o nosso meio ambiente, pensando nessas questões e de evitar gastos
desnecessário, procuramos uma maneira de sermos uma revista ao mesmo tempo
sustentável e com um baixo custo para que pudéssemos contar com a colaboração de todos
os irmãos, então decidimos criar a revista no formato digital, à partir da 3ª Edição, onde um
arquivo em PDF era gerado contendo os anúncios de cada irmão, e esses anúncios

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continham hiperlinks que direcionava as pesquisas para as home pages, telefones, redes
sociais, e-mails e até a rota para chegar ao endereço da empresa, escritório ou comércio,
ainda por cima a revista continha artigos fantásticos criados pelos nossos colaboradores que
doavam um tempo de seus dias para criar artigos de interesse aos irmãos.

A aceitação foi muito boa, porém hoje vivemos uma nova era, a era
dita digital, um momento onde todos nós, estamos aprendendo a viver de forma inovadora,
muitos trabalhando home office, outros correndo um alto risco até mesmo um rico de
morte, para defender o seu sustento e prover o sustento de sua família.

Analisando esse quadro, achamos por bem manter a revista de


forma digital, porém de uma forma inovadora, onde continuaríamos a divulgar os negócios
de nossos irmãos, os artigos de nossos colaboradores, mantendo ainda os artigos antigos,
um canal de harmonia, contendo músicas de domínio público, ligada à nossa ordem, galeria
de fotos, as edições anteriores ao aplicativo e mais... assim nasceu o nosso aplicativo. A
revista O COMPASSO agora na forma de App para ajudar ainda mais nossos irmãos.

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Esperamos que você goste desse aplicativo e venha fazer parte dessa
fantástica ferramenta feita de irmão para irmão e ainda ajudar a CAIFA e a Casa MARIA
MAIA.

Do fundo de nossos corações o mais profundo, eterno e sincero


agradecimento.

Um tríplice e fraternal abraço!

Carlos Acácio e Caetano Ruas

Para baixar o aplicativo

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PROJETO IRMÃOS DE BEM
“O TEMPO PARA NÃO SER ESQUECIDO”

A pandemia gerada pelo COVID-19 transformou o cenário


mundial, levando diversos países a adotarem medidas restritivas de circulação de pessoas
como fechamento de fronteiras e elaboração de planos de auxílios emergenciais para
socorrer os mais necessitados. Por consequência, o povo brasileiro foi inserido a esta nova
realidade, resultando em graves impactos socioeconômicos. Segundo um estudo promovido
pela revista Exame, há números que indicam o impacto que a crise poderá ocasionar na
economia brasileira, conforme observamos:

• O PIB brasileiro poderá cair 7,7% em 2020;


• O dólar poderá chegar a R$ 6,00;
• Os pedidos do seguro desemprego aumentaram 39%;
• A produção industrial encolheu 9,1%, somente em março;
• Risco país de 95 para mais de 400 pontos;
• Custo global da pandemia US 8,8 Trilhões.

Segundo o site canal rural o Brasil é considerado o celeiro do


mundo, que produz e pode de alimentar ¼ da população mundial, à conclusão que as
pessoas estão passando necessidades de alimentos neste país, até parece um paradoxo se
analisarmos os números.

Para nós, participantes de uma ordem tão sublime quanto a


maçonaria, também possuímos as necessidades subtraídas, perdemos nossas reuniões
semanais, convívio social e familiar, confinamento social e tantas outras restrições. Sentimos
falta dos abraços e beijos fraternais que compartilhamos e ainda sim, somos uma classe de
risco e vulneráveis a contaminação pelo COVID-19.

As reuniões por videoconferência nos esquentam os corações, mas


as notícias de perdas e sofrimentos de irmãos, nos desesperam. Os dias da semana pareciam
todos iguais aos domingos, pois estávamos sem fazer nada, trancados em casa sem poder
sair e as notícias ruins chegavam.

Um dia alguns irmãos questionaram em reunião que a maçonaria


teria que fazer algo, retruquei de forma áspera lembrando de quem tem que fazer algo somos
nós e não a instituição. As sindicâncias com candidatos a maçonaria que estava presente,
sempre falava que iriam entrar para uma ordem que não praticava a caridade como alívio
de consciência, e sim, uma instituição iniciática que preparava os irmãos para algo maior,
como tornar uma sociedade justa e perfeita.

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Fomos treinados, estudamos e repassamos conhecimentos,
também exercitamos o que aprendemos sobre lidar com instrumentos a nossa moral dentro
da maçonaria, portanto há desculpas para o que fazemos ou deixamos de fazer pela
sociedade?

Em determinado momento algo me incomodou, senti que


precisava colocar em prática o ensinamento que obtive em 20 anos de ordem, caso contrário
não faria sentido. Reunimos alguns irmãos na região de Osasco e pensamos em fazer algo
pelos irmãos necessitados e posteriormente para sociedade, ligamos para o nosso VM
solicitando o espaço ocioso do templo para que pudéssemos oferecer cestas básicas e
marmitex para irmãos com dificuldades.

No final de maio, fizemos nosso primeiro encontro com a


produção e montagem das primeiras 100 marmitex e cestas básicas. Disponibilizamos, mas
pela graça de Deus nenhum irmão solicitou ajuda de alimentos naquele momento, então
seguimos para a comunidade Santa Rita em Osasco, que possui 35 mil moradores e cerca
de 1000 moradias, posteriormente esta comunidade se tornou o nosso ponto de entrega.

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O projeto irmãos do bem foi ganhando força e percebemos que o
maior benefício que poderíamos dar aos irmãos, seria a possibilidade e oportunidade de
ajudarem, muitos não sabiam como ajudar sem estarem presentes. Envolvemos família nas
frentes de trabalhos, como:

• Organização;
• Arrecadação dos mantimentos;
• Produção;
• Distribuição.

Foram vários encontros no período de 70 dias de atividades,


trabalhamos de forma incansável para a montagem dos Kits, cestas e marmitex. A primeira
fase do projeto, foram entregues 2120 marmitex, 600 máscaras, 100 cestas básicas, 500 kits

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higienes, 1000 iogurtes, balas e doces. No dia 25/07, iniciaremos a segunda fase do projeto
com números mais ambiciosos, com o foco redirecionado para as crianças.

Sem instituições políticas, maçônicas ou religiosas, somente um


grupo de irmãos da região de Osasco, que se preocupam em fazer o bem. Existe o risco de
contaminação pelo vírus sim, mas como os Templários que somos, revestimos do escudo
da Fé e em orações, pedimos proteção ao GADU para livrarmos de todos os maus.

Aprendemos na ordem sermos resilientes para superar as


adversidades da vida, tenho certeza que voltaremos melhores em nossos encontros e
reuniões, somos diferentes e possuímos o poder de transformação com nossa união. Não
vamos resolver os problemas do mundo, mas por algum momento vamos saciar a fome de
pessoas necessitadas.

No fim do dia o cansaço físico é eminente, mas a satisfação pessoal


não tem preço, a nossa energia é sugada por pessoas que se aproximam para relatar
problemas pessoais e da comunidade, mas algumas colocações nos motivam a
continuarmos.

Coordenadores do projeto:

• Ir. Nilton Molina – Fone: (11) 98609-0065


• Ir. Francisco Javarini - Fone:(11) 98554-2001.

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A PEDRA

Ir Adilson Zotovici


ARLS Chequer Nassif-169

Áspera sua aparência


Lavra inda diminuta
Na Sacra eterna existência
Da sombra inerte debuta

Com malho e competência


No cinzel com muita luta,
Busca sua resplandecência
Da oculta luz impoluta

Carece pois, persistência


De assistência arguta
E guia com sapiência

Polida e absoluta
Surgirá sua florescência
Vez que ainda Pedra Bruta

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LOJAS DA 13ª REGIÃO MAÇÔNICA
DIA VENERÁVEL
LOJA RITO ENDEREÇO
HORA 2019/2020
2ª Rua Antônio Biscuola, 16 – Wagner Augusto
Marques do Herval, 114 REAA
20h00 Osasco Lemes Estrela
2ª Rua Armênia, 540 – Domenico
Raposo Tavares, 184 REAA
20h00 Osasco Donnangelo Filho
5ª Rua Agnaldo José dos André Luís Almeida
Acácia de Itapevi, 188 REAA
20h00 Santos, 65 – Itapevi Nascimento
3ª Rua Antônio Biscuola, 16 –
Acácia de Alphaville, 288 REAA Gustavo Bock
20h00 Osasco
6ª Rua Antônio Biscuola, 16 – Guerino Caetano Ruas
Atlântida Paulista, 300 REAA
20h00 Osasco Filho
5ª Rua Sandra Maria,504, Jd Sherlock Pereira do
Vinte e Cinco de Agosto, 376 REAA
20h00 das Belezas Carapicuíba Nascimento
3ª Avenida Marte, 151 – Roberto Dorival
Fraternidade Alphaville, 396 REAA
20h00 Santana de Parnaiba Nevoni
4ª Rua Antônio Biscuola, 16 –
Vinha de Luz, 488 REAA Norivaldo Cherutti
20h00 Osasco
4ª Avenida Marte, 151 –
Pátria, Educação e Cultura, 512 REAA Eduardo Fridman
20h00 Santana de Parnaiba
2ª Avenida Hildebrando de José Nazareno de
União e Lealdade, 547 Emulação
09h00 Lima, 338 – Osasco Santana
3ª Rua Padre Arnaldo, 185 - Paulo Sérgio Zanoni
Saint Germain, 575 Emulação
20h00 1º andar – Carapicuiba Dias
5ª Avenida Hildebrando de
São João de Jerusalém, 595 Emulação Roberson Dutra
20h00 Lima, 338 – Osasco
2ª Rua da Maçonaria, 31 –
Ad Veritas de Osasco, 605 REAA Jeferson Tavitiam
20h00 Osasco
4ª Rua Anselmo Perini, 133 – Bruno Cesar Fasoli
Vigilantes da Luz, 639 REAA
20h30 Carapicuiba Junior
3ª Rua Armênia, 540 – Wander Ferreira
Razão Dourada, 660 REAA
20h00 Osasco Gonçalves
2ª Avenida Marte, 151 –
Berço dos Bandeirantes, 692 REAA Fernando Gaban
20h00 Santana de Parnaiba
4ª Avenida Hildebrando de
Lewis, 716 Emulação Cleber Dutra
20h00 Lima, 338 – Osasco
6ª Avenida Hildebrando de Gerson Matiuzzi
Rudyard Kipling, 741 Emulação
20h00 Lima, 338 – Osasco Xavier
6ª Rua Armênia, 540 –
Francisco Ribeiro Lima, 749 REAA Carlos Acácio Correa
20h00 Osasco
5ª Rua Padre Arnaldo, 185 - Cristiano Henrique
Miosótis, 796 Emulação
20h00 1º andar – Carapicuiba Kamalakian
2ª Av. Antônio Carlos Costa,
Fraternidade Osasquense, 823 REAA Ademir Lemos Filho
20h00 1063 - Sala 2 – Osasco
Sábado Carlos Alberto
Cavaleiros de Heredon, 865 REAA Rua Festival, 96 – Barueri
15h00 Ferreira

A VISITAÇÃO É UM DIREITO DE TODO MAÇOM


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Autor - Or IrMario Cristino Bandim Vasconcelos - OrSão José dos Campos/SP
Artigos Maçônicos Selecionados: Esta obra reúne 12 trabalhos do autor,
Resumo publicados na Revista A Verdade (GLESP), e ilustra o desbaste da sua
Pedra Bruta ao longo de uma década de caminhada maçônica.
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Autor - Or IrMario Cristino Bandim Vasconcelos - OrSão José dos Campos/SP
Elos Partidos: Esta obra é fruto de pesquisa de campo junto aos Irmãos
ativos e adormecidos e de levantamento estatístico e aponta para um sério
Resumo problema de esvaziamento de nossos quadros. Também apresenta
sugestões e boas práticas visando a reversão desse quadro que, na
verdade, é um problema de ordem mundial na Maçonaria.
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Autor - Or IrMauro Ferreira de Souza - Or de São Paulo/SP


Maçonaria e Estado Laico: Trata-se do envolvimento histórico da Ordem
para consolidar o modelo de Estado Laico a partir da Revolução
Resumo
Francesa. Como foi o processo de separação da Igreja e Estado no Brasil.
Perspectivas para manutenção do Laicismo sem Ateísmo.
Contato (11) 969122389
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Autor - Or IrMauro Ferreira de Souza - Or de São Paulo/SP


Maçonaria e Religião: Trata-se de como a Ordem se organizou sem
assumir essencialmente uma característica de Religião, sem perder o
Resumo caráter da transcendência. Os conceitos são trabalhados de forma que o
leitor entenderá o fundamento da Ordem. A crença num princípio
criador, a vida após a morte e o respeito e prática da Lei Moral.
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Autor - Or IrJonas de Medeiros - Or de Joinvile/SC
O Rito Moderno (Francês) - Ensaios Filosóficos - Volume 1 Grau de Aprendiz: Um
Ensaio filosófico trata, assim como o nome sugere, de uma narrativa inicial sob a qual
se discorre sobre um tema, gerando assim novos olhares advindos do diálogo entre leitor
Resumo e autor. Essa forma de se tratar uma discussão de caráter interpretativo mais profundo
permite ao maçom trilhar novos caminhos em seus estudos, o que torna este trabalho
um incentivador de um debate simples, porém jamais simplório, para com as questões
que dão brio ao maçom do Rito Moderno.
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Autor - Or IrJonas de Medeiros - Or de Joinvile/SC


O Rito Moderno (Francês) - Ensaios Filosóficos - Volume 2 Grau de Companheiro:
Não há como negar, a tristeza e as provações da vida são um caldeirão fervente de
inspirações para aqueles que buscam traduzir em palavras transcritas seus sentimentos,
Resumo emoções e anseios mais profundos. A conversão daquilo que desejamos em crônicas é
uma das possíveis formas de traduzir nossa mente através da Arte do Trivium com a
justa retórica, a imprescindível lógica ou dialética e a necessária gramática com a qual
traduzimos tudo àquilo que desejaríamos expressar.
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Autor - Or IrJonas de Medeiros - Or de Joinvile/SC


O Rito Moderno (Francês) - Ensaios Filosóficos - Volume 3 Grau de Mestre: Certa vez
encontrei-me mergulhado em meus pensamentos recordando-me dos sonhos e
ambições que tinha quando era mais jovem e percebi que esses sonhos e ambições não
Resumo se perderam, na verdade amadureceram com o tempo da mesma forma que um vinho
ganha corpo, sabor e aroma na medida em que o tempo passa, tornando-se mais acurado
e requintado ao paladar.
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Autor - Or IrJonas de Medeiros - Or de Joinvile/SC


O Rito Moderno (Francês) - Ensaios Filosóficos - Volume 4 O Mestre Instalado: A
maior prova de que realmente estás pronto a dirigir os trabalhos de uma oficina é a
capacidade de abdicar deste posto e deixar o fluxo natural dos acontecimentos seguir
Resumo seu próprio destino. Afinal, o maior desafio daqueles que assumem o Trono de Salomão
é deixá-lo e mais importante do que não interferir nos atos sucessórios, é aconselhar nos
caminhos futuros sem segundas ou terceiras intenções senão aquelas em prol da
coletividade, da harmonia e da concórdia.
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Autor - Or IrMarcelo Feliz Artilheiro - Or de Joinvile/SC
MANUAL DE PROCESSO LEGISLATIVO MAÇÔNICO. O objetivo principal
desta obra é apresentar uma abordagem prática do processo legislativo maçônico, nela
Resumo além de conteúdo teórico, há disponíveis modelos completos de Projetos de Leis, de
PEC, dos diversos tipos possíveis de Emendas aos Projetos, Votos, Pareceres, Moções,
Requerimento e muito mais.
Contato (47) 99190-3412
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Valor R$ 35,90 com frete incluso

Autor - Or Ir Marcelo Feliz Artilheiro - Or de Joinvile/SC


INTRODUÇÃO À SEMIÓTICA E À HERMENÊUTICA MAÇÔNICA. A obra
aborda a semiótica, que é em apertada síntese o estudo da construção do significado, é
o estudo dos signos (semiose), como gênero (símbolos, sinais e etc.), e do significado de
Resumo comunicação; é ciência voltada à interpretação dos signos e de seu valor simbólico. Por
sua vez, a hermenêutica é a ciência ou a técnica que tem por objeto a perfeita
interpretação dos textos.
Contato (47) 99190-3412
Onde Comprar Direto com o Irmão
Valor R$ 37,00

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