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DIREITO CONSTITUCIONAL Resumido (Salvo Automaticamente)

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DIREITO CONSTITUCIONAL -> P1 E P2.

=Estado Absolutista -> poderes legisl., executivo e judiciário nas mãos do rei -> ilimitado.
Com o constitucionalismo moderno com sua base nas revoluções américa e francesa
passou a ser chamado de Estado liberal (o que temos hoje).
-Estado Liberal -> poderes L, Ex, e J nas mãos da soberania popular, comandado pela
CF 88.
*Sociólogos:
1)) Ferdinand Lassalle – CF reflete a soma dos poderes e é um fato social, caso contrário
seria uma “mera folha de papel”. -> Sociológico.
2)) Carl Schmitt – CF é resultado de decisão política, caso contrário nem funda um
Estado. -> Político.
3)) Hans Kelsen – Norma positiva (escrita) suprema, o marco para todas as outras leis,
sendo ela violada constitui inconstitucionalidade. -> Jurídico.
4)) Peter Haberl – reúne todas as sociologias, politicas e jurídico, é resultante da cultura
de um povo. -> Cultural.
+ Quanto à forma:
a)) Constituição escrita: CF é um documento único, é uma CF longa e detalhada, e segue
a tradição romano-germânica. (CIVIL LAW)
b)) Constituição não-escrita (consuetudinária ou costumeira): Composta por vários
documentos constitucionais, adotada pela Inglaterra, sua interpretação vem dos
costumes. (COMOM LAW).
+ Quanto a estabilidade:
a)) Constituição rígida: Uma CF difícil de ser mudada, só podendo ser por Emenda
Constitucional.
b)) Constituição flexível: Podendo ser mudada por leis igual às outras.
c)) Constituição semirrígida: Pode ser mudado uma parte por lei, igual as outras leis, e
sua outra parte por emenda constitucional, ou seja, uma parte rígida e a outra flexível.
d)) Constituição Imutável: Uma CF que não admite mudança nas suas normas.
+ Quanto à origem:
a)) Constituição Promulgada: sua origem emana do povo, ele que dá ordem para criar a
CF ou também um órgão representativo, como a Assembleia Const. (povo).
b)) Constituição Outorgada: Uma CF imposta ao povo, sem chances deste dá a sua
origem. (poder).
c)) Constituição Cesarista ou Bonapartista: CF que é originada sem a participação do
povo, mas a sua aprovação é com a soberania popular, os reverendos. (poder + povo).
+ Quanto ao modo de elaboração:
a)) Constituição Dogmática: CF escrita e analítica. (civil law)
b)) Constituição Histórica: CF não-escrita e principológica (sintética). (common law)
+ Quanto à extensão:
a)) Constituição analítica: CF com texto longo e detalhado.
b)) Constituição sintética: CF com texto estritamente princípio lógico.
+ Quanto à finalidade:
a)) Constituição de garantia: CF a qual surge com a revolução liberal, tendo os direitos
individuais. Ex: direita à vida, à propriedade. (1º geração)
b)) Constituição de balanço: consagra os direitos individuais e os sociais. (2º geração)
c)) Constituição programática ou dirigente: direitos individuais + direitos sociais + outros
direitos que compõem a nossa cf de hj.
+ Quanto ao conteúdo:
a)) Constituição formal: é o texto constitucional propriamente dito, aprovado por órgão ou
reforma constitucional.
b)) Constituição material: temas de natureza essencialmente constitucionais, integram ou
não o texto da CF.
+ Quanto à essência:
a)) Constituição normativa ou majoritária: normas denominam o processo político,
observando todos os interessados, fazendo que o poder adapte ao texto.
b)) CF normalista ou nominal: é carente de realidade existencial, não se adapta e não é
aplicado efetivamente.
c)) CF semântica: não visa a limitação do poder estatal, só visa a estabilidade e
conservação da estrutura do poder político.
d)) CF dúctil: conteúdos contraditórios entre s, pois tem mutuas relações entre legislador,
juiz, política e justiça/ pluralidade social.
A CF BRASILEIRA SEGUE: CONSTITUIÇÃO ESCRITA; CONSTITUIÇÃO RÍGIDA;
CONSTITUIÇÃO PROMULGADA; CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA; CONSTITUIÇÃO
ANALÍTICA; CONSTITUIÇÃO DIRIGENTE OU PROGRAMÁTICA OU
COMPROMISSORIA; CONSTITUIÇÃO FORMAL; CONSTITUIÇÃO NORMATIVA OU
MAJORITÁRIA.
_ Poder Constituinte Originário: primeiramente, é importante salientar a importância
desse poder, pois a partir dele que podemos CRIAR uma nova CF através do povo, ele é
o início de tudo, querendo ele ou não aproveitar algo da CF anterior, pois esse poder é
ilimitado, ou seja, pode criar as leis que quiser, pois será feita uma nova CF.
Esse poder também é incondicionado, não precisa de nenhuma condição pra ele atuar,
sendo assim ele também é imprevisível, pois se os cidadãos descobrirem que vem uma
nova cf por ai, automaticamente desrespeitariam a CF ainda em vigor.
Suas formas de expressão:
a)) Assembleia Nacional Constituinte pura: os membros são eleitos por meu de votação
do povo, tendo sua finalidade exclusiva para elaboração da CF, ou seja, terminando a
nova CF os membros deixam seu mandato.
b)) A. N. C. congressual: órgão eleito pela votação do povo com a finalidade de uma nova
CF, mas quando termina a CF eles continuam o mandato, pois acumulam funções no
âmbito legislativo.
c)) Movimento Revolucionário: a CF se adapta de acordo com a revolução da sociedade,
sendo um movimento essencialmente popular.
_ Poder Constituinte Derivado: esse poder é limitado pela CF e condicionado, pois
existem quesitos para o PCD atuar, e ele é previsível.
Espécies:
a)) Reformador: é o implementador de modificações no texto da CF 88 (Emenda
Constitucional).
*Limite Formal: quando a sua forma da reforma (como): art 60, §2, §3 e §5.
*Limite Circunstanciais: §1.
*Limite Material: §4 – Cláusulas pétreas.
b)) Decorrente: são as CFs de cada Estado do Brasil, tendo suas limitações na CF 88.
_Conflitos das normas no tempo: conflito entre a CF nova e a anterior.
A CF nova revoga a anterior, e ainda assim pode pegar algumas normas, o que não é
obrigatório.
a)) Recepção material: quando a CF nova pega uma norma expressa da CF
anterior.(copia e cola).
b)) Desconstitucionalização das normas constitucionais: quando a CF nova considera
muito uma norma da CF anterior, e traz essa norma transformando-a em uma lei
infraconstitucional.
c)) Recepção: quando as normas passa por um processo de filtro, ou seja, um processo
de aceitação das leis infraconstitucionais da CF anterior, configura se está de acordo com
a CF nova, caso não esteja, a CF nova irá revogar de acordo com o processo de não
recepção.
c-1)) Inexistência formal superveniente: suas formas estão erradas, mas o conteúdo é
perfeito. Ex: código penal vem como “decreto lei”, está errado, mas seu conteúdo é
perfeito. / Tempus regit actum: não importa a forma, e sim a matéria.
d)) Mutação constitucional: mudança informal da CF/ mudança da decisão da lei ou da
jurisprudência de CF.
e)) Reforma constitucional: EMENDA E REVISÃO
- Repristinação: três leis-> aferir validade na que se encontrava valida.
Lei 1 Lei 2 Lei 3
(revogada) (vigor) (quer revogar a lei 2)
Mas vê que a Lei 2 perdeu sua vigência, então faz a lei 3 e se estiver expresso na lei a lei
1 volta a ter vigor. -> quando revoga a lei revogadora e voltar com a lei revogada. (3 leis)
- Efeito repristinatório: Quando a lei revogadora B é considerada inconstitucional, então
volta para lei revogada A, e é como se a B nunca tivesse existido. (2 leis)
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL- traduzir a norma J.
Princípios:
1)) Princípio da Unidade da CF: dentro da CF todas as normas não têm hierarquia
formalmente, para altera-las necessita somente de Emenda C., buscar a harmonização
entre dispositivos aparentemente conflitantes da Lei Maior.
2)) Princípio da Supremacia da CF: Ocupa espaço privilegiado no ordenamento J., a lei
que está acima de todas.
3)) Principio da concordância pratica: Interprete busca bens jurídicos envolvidos em um
conflito que envolve a aplicação de dois ou mais direitos fundamentais.
4)) Princípio da Efetividade: Tudo que está na CF é norma e é obrigatório, e quando viola
é inconstitucional.
5)) P. da presunção constitucional: Trata-se de uma presunção relativa, até que não se
prove ao contrario, prevalece a presunção compatível com a CF. “A inconstitucionalidade
deve ser provada e não presumida”.
6)) P. da interpretação conforme a CF: A norma que compatibilizar com a CF deve ser
declarada constitucional. “Inconstitucionalidade inevocada causa sua invalidação”.
7)) Princípio da Correção Funcional da Constituição: Órgãos estatais diferentes tem
funções diferentes na interpretação da Constituição, sendo assim, devem ter finalidade
aos papéis que lhes foram reservados pela Constituição. Ex: Legislativo, executivo e
judiciário.
8)) Princípio do Efeito Integrador: Constituição é mais do que um texto, sendo um fator de
integração social. Isso significa que a Constituição deve se abrir à participação de muitos
intérpretes, que devem buscar, na medida do possível a construção de consensos na
sociedade.
9)) Princípio da Proporcionalidade: Subprincípios -
a)) Adequação: os atos do poder público devem ter aptidão para atingir os fins
pretendidos com a sua adoção. “ato com um fim”
b)) Necessidade ou exibilidade: escolher a decisão com menos impacto a sociedade,
menos gravosa (escolher o melhor caminho).
c)) Proporcionalidade em sentido estrito ou mandado de ponderação: envolve uma
análise da relação custo-benefício do ato avaliado. O ônus deve ser inferior ao bônus
agregado. Se o bônus for menor que o ônus será inconstitucional.
_ Quanto à Eficácia:
1)) Normas constitucionais de eficácia plena: São as normas que são imediatas
(autoexecutáveis ou autoaplicáveis), não necessitam de lei para limitá-las (integral), já
com a CF já vem com suas garantias e efeitos.
Ex: Art. 2º. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário.
Ex 2: Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos,
nos termos desta Constituição.
b)) Normas Constitucionais de Eficácia contida: São as normas imediatas, mas com
limitação de lei, ou seja, não oferece eficácia integral. ( normalmente tem: de acordo com
a lei; na forma da lei; como dispuser a lei)
Ex: Art. 5º. (...) XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão,
atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
Ex 2: Art. 12. São brasileiros: II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a
nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
c)) Normas Constitucionais de Eficácia Limitada: São as normas LIMITADAS por lei, ou
seja, a CF não traz sua garantia, necessita de lei para o direito acontecer, são
MEDIATAS.
Ex: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; ->
quer dizer que vc tem o direito a licença paternidade, mas são quantos dias? – depende
de LEI.
Ex 2: Art. 18. (...)§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de
Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei
Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. -> Se não houver essa lei federal,
não existe seu direito.
d)) Normas constitucionais de eficácia absolutas: São as clausulas pétreas, pois nem
Emenda Constitucional poderá
_ Quanto à finalidade:
1)) Normas constitucionais definidoras de Direitos: Aquelas que protegem o direito e
garantia individual (art 5 e 6).
2)) Normas constitucionais de organização: Tem por finalidade organizar o Estado,
definindo sua estrutura e delimitando as competências de seus órgãos.
Ex: art. 18 (Federação); art. 44 (Poder Legislativo); art. 76 (Poder Executivo).
3)) Normas constitucionais programáticas: Aquelas que criam linhas de atuação do
Estado, em sua forma futura, mas imediata, o Estado promete.
Ex: “Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso
às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das
manifestações culturais.” muda-las, só o PCO.
Ex 2: “Art. 215 (...) § 1º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares,
indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório
nacional.”
TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
-1º Geração: Direitos civis e políticos: vida, liberdade, propriedade e segurança.
O Estado não interfere, não necessita dele para materializar nossas escolhas ->
liberdade negativa. Visam proteger a personalidade do indivíduo do intervencionismo
estatal.
-2º Geração: Direitos econômicos, sociais e culturais.
Geram ao Estado a obrigatoriedade da realização de políticas sociais compensatórias,
garantido acesso à educação, à saúde, ao pleno emprego, à aposentadoria, à proteção à
infância e ao idoso, entre outros. -> Liberdade positiva.
-3º Geração: Direitos de fraternidade ou solidariedade.
Questões fundamentais para o desenvolvimento, o progresso, o meio ambiente
ecologicamente equilibrado, à autodeterminação dos povos, à qualidade de vida, o os
direitos dos consumidores e a proteção à infância e à juventude.
Sociedade como um todo.
4º Geração: direitos ao pluralismo democrático e à informação.
Necessidade da difusão da informação, da formação de uma mídia qualificada, além da
participação da sociedade em defesa do regime democrático e de seus direitos em um
mundo globalizado.
5° Geração: direito à paz.
Legitima o estabelecimento da ordem, da liberdade e do bem comum na convivência dos
povos.
_ Características dos direitos fundamentais:
1)) Historicidade: São produtos de processo histórico, vem acontecendo junto com a
sociedade e se modificando.
2)) Inalienabilidade: Não transfere seus direitos a outrem.
3)) Imprescritibilidade: Não se prescrevem, os direitos fundamentais jamais perdem sua
eficácia em decorrência de um prazo legal.
4)) Irrenunciabilidade: direitos fundamentais titularizados por uma pessoa não podem ser
objeto de renúncia.
*Renuncia: abandono de direito.
5)) Inviolabilidade: Não pode ser violado por leis infraconstitucionais e nem atos
administrativos, sob pena de responsabilidade civil, penal e administrativa.
6)) Relatividade: Eles não são considerados totalmente absolutos por encontrarem limites
em outros direitos fundamentais.
7)) Universalidade: os direitos são pra todas as pessoas, sendo brasileiro nato ou
naturalizado, visitantes, evangélicos e tals.
8)) Aplicabilidade Imediata: sendo assim, quanto aos seus efeitos positivos, são normas
autoaplicáveis ou autoexecutáveis.
_Eficácia dos direitos fundamentais nas relações privadas: eficácia horizontal ou privada,
cobra o cumprimento dos direitos fundamentais nas relações entre particulares.
_Diferença entre direitos fundamentais e direitos humanos: direitos fundamentais são
reconhecidos e positivados na esfera do Direito Constitucional positivo de determinado
Estado, já os Direitos humanos é de uma esfera global, internacional (tratados e
convenções) (ONU) , são direitos garantidos a todos e não a um só país.
_Direitos e deveres individuais e coletivos (CRFB, art. 5º): são considerados direitos da
personalidade. Não podem ser privados de nenhum indivíduo, ou seja, eles não poderão
ser objeto de troca, renúncia ou de cessão a terceiros.
_Direito à vida (art. 5º, caput, CRFB): Nem o direito à vida é absoluto, temos os casos
das excludentes da ilicitude, da pena de morte em caso de guerra declarada, mas fora
isso a CF protege o direito à vida digna.
Mínimo existencial protegido pelo Estado: saúde básica, educação fundamental e renda
mínima. -> Protegido pela dignidade da pessoa humana.
_Princípio da Igualdade (art. 5º, caput, CRFB): segue o principio da isonomia – art 5
caput, princípio da igualdade não inibe a possibilidade de uma norma jurídica ser, em
essência discriminatória, desde que tal discriminação seja benigna, razoável.
_Princípio da legalidade (art 5 II) # Princípio da reserva legal (art 5 XXXIX):
_Direito à liberdade:
Liberdade de manifestação do pensamento (art. 5º, IV e V, CRFB): Será aceita toda
forma de pensamento, menos a que prejudique a imagem, moral e tendo anonimato.
Direito à privacidade:
Inviolabilidade do domicílio (art. 5º, XI, CRFB): determinação judicial e durante o dia é de
entendimento por ordem judicial aquela emanada de juiz competente, entre 6h e 20h.
Inviolabilidade dos sigilos (art. 5º, XII, CRFB): interceptação das comunicações
telefônicas, de busca domiciliar, de decretação da prisão -> só serão competências do
poder judiciário, salvo flagrante delito.
_Direito à segurança jurídica (art. 5º, XXXVI, CRFB):
Direito adquirido: Direito que já tinha antes da mudança, não vai perde-lo.
Ato jurídico perfeito: ato já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se
efetuou;
Coisa julgada: decisão judicial sobre a qual não caiba mais recurso.
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