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Direito Constitucional - Damásio

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Direito Constitucional

Erival da Silva Oliveira


Aula 01:
Provas Passadas:
Controle Político das Provas Púbicas do Prefeito: Art. 31 §2 da CF
Competência Privativa: art. 22, I da CF
Competência Local: art. 30, I c/c art. 24, VI da CF proteção ambiental.
Não transcendência da pena: art. 5, XLV da CF
Intervenção Estadual: art. 35, II da CF
Direito à Intimidade: art. 5, IV, X c/c 220 da CF
Proteção do Domicílio: art. 5, XII da CF
Língua indígena: art. 210, II da CF
Banco Central Empréstimo: art. 164, I da CF
Estado de Sítio: art. 139 da CF

PODER CONSTITUINTE:
a) Poder Constituinte Originário/1º Grau/Primário: é o poder para criar a primeira
ou uma nova constituição para um país. A nova constituição revoga totalmente
a anterior. Não pode violar tratados internacionais (vedação do retrocesso). Ao
criar uma constituição devem ser respeitados os direitos previstos em tratados
de direito humanos, sob pena de sanções no plano internacional. De uma
norma infraconstitucional, não recepcionada (viola direito na nova
constituição) cabe ADPF (arguição de descumprimento de preceito
fundamental).

b) Poder Constituinte Derivado Decorrentes: é a autorização para os entes


federativos elaborarem suas normas fundamentais.
a. Art. 25 da CF, diz que os Estados-membros podem elaborar suas
respectivas constituições estaduais.
b. Art. 32 diz que o DF pode elaborar sua lei orgânica, observando a CF.
c. Art. 29 da CF prevê que cada município pode elaborar sua própria lei
orgânica.

c) Poder Constituinte Derivado de Reforma/Reformador : É a possibilidade de


mudança da constituição.
a. Art. 3 da A.D.C.T: emendas constitucionais de revisão: foi um meio de
mudar a CF. São apenas 6.
b. Art. 60 da CF: emendas constitucionais - único meio atual de mudar a
CF.

Procedimento de mudança da CF:


1. Iniciativa da PEC – art. 60, incisos I ao III da CF.
2. Votação da PEC – art. 60, §2 da CF (3/5 em 2 turnos nas 2 casas do Congresso
Nacional).
3. Promulgação da Emenda Constitucional – art. 60, §3 da CF.
4. Demais limites para a mudança:
a. Limites Circunstanciais– art. 60, §1 da CF
b. Limite Temporal para a Reapresentação da PEC– art. 60, §5 da CF
c. Limites Materiais – art. 60, §4 da CF

Aula 02: Prof.: Paulo Peixoto


EMENDAS CONSTITUCIONAIS: art. 60 da CF
a) Iniciativa: legitimados para apresentar a PEC
a. Inciso I: um terço da Câmara dos Deputados (171 Deputados) ou Senado
Federal (27 senadores).
b. Inciso II: Presidente da República.
c. Inciso III: Mais da metade das assembleias legislativas das unidades da
federação, na maioria relativa de seus membros.
Obs.: Segundo o STF, o rol é taxativo e NÃO se admite acréscimo. Contudo o STF
admitiu a criação de PEC Estadual que inseriu a iniciativa popular.
d. Parágrafo 1: Limite Circunstancial - em que a CF não pode ser emendada
na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estão de
sítio.
e. Parágrafo 2: Limite Procedimental – a PEC é votada no Congresso
Nacional em dois turnos e se aprovada, mínimo de três quintos (308
Dep. E 49 Senadores) dos votos (QUÓRUM) = 3/5 2T 2C
f. Parágrafo 3: Limite Procedimental – a Emenda será promulgada pelas
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senador Federal
g. Parágrafo 4: Limites Materiais (Cláusulas Pétreas) Não será objeto de
deliberação PEC que tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos
Poderes; IV - os direitos e garantias individuais.
i. Voto obrigatório não é cláusula pétrea, podendo alterar para
voto facultativo.
h. Parágrafo 5: Limite Temporal - A matéria constante de proposta de
emenda rejeitada (não aprovada em votação) ou havida por
prejudicada (perda do objeto) não pode ser objeto de nova proposta na
mesma sessão legislativa.
i. Obs.: Emendas Constitucionais podem ser objetos de controle de
constitucionalidade. Se não foi observado o aspecto formal ou
material, pode ser objeto de controle.

CLÁUSULAS PÉTREAS IMPLÍCITAS:


 Outros limites materiais que decorrem da INTERPRETAÇÃO do texto
constitucional. Ex.: art. 60, art. 127 e art. 142 da CF.

MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL: o texto fica igual, mas interpreta de modo diferente,


dando um novo sentido.
 Processo Informal (difuso) de mudança da Constituição, consistente na
alteração do sentido das normas, mantendo-se o mesmo texto.
o Distinção entre texto e norma: a norma surge através da interpretação
do texto.
o Não há previsão expressa. As mudanças ocorrem lentamente, conforme
a alteração do contesto fático.
o Ex.: fidelidade partidária (art. 55, I a VI da CF); União homoafetiva (art.
226 da CF).

FENÔMENOS QUE SURGEM COM UMA NOVA CONSTITUIÇÃO:


 Estudos realizados a partir da mudança do ordenamento jurídico.
 Relação entre o passado e o presente do ordenamento jurídico.
 REGRA: A nova constituição revoga totalmente (ab-roga) a constituição
anterior.

1) Desconstitucionalização / Rebaixamento:
a. A nova Constituição REBAIXA a constituição anterior a categoria de
norma legal. Para ocorrer deve ser EXPRESSO (A CF/88 não previu esse
fenômeno).
2) Prorrogação:
a. A nova Constituição prorroga a eficácia (efeitos) das normas da antiga
constituição enquanto os novos institutos estão sendo
estruturados/organizados. Trata-se de uma regra de transição.
b. Para ocorrer deve ser EXPRESSO.
c. A CF/88 previu esse fenômeno expressamente no art. 27 e 34 do ADCT.
3) Recepção:
a. A nova Constituição RECEPCIONA as normas infraconstitucionais a do
antigo ordenamento que forem materialmente compatíveis. Ex.: Lei da
Ação Popular e da Ação Civil Pública etc.
i. Há uma relação entre as normas constitucionais e as normas
infraconstitucionais (leis e decretos).
ii. Cuidado: para que haja a recepção, deve existir a
compatibilidade material (não violem direitos) = que o conteúdo
da norma não contrarie o conteúdo da nova Constituição.
iii. Caso a norma infraconstitucional seja incompatível
materialmente haverá a NÃO RECEPÇÃO OU REVOGAÇÃO.
iv. A recepção é presumida. Todavia, a NÃO RECEPÇÃO deve ser
declarada expressamente pelo Poder Judiciário (controle difuso
ou concentrado). Ex.: ADPF.
v. E a compatibilidade formal? A incompatibilidade formal é
irrelevante.
vi. Se no ordenamento jurídico anterior, determinado tema deveria
ter sido criado mediante uma espécie normativa específica e ,
depois, o novo ordenamento estabelece forma distinta, a norma
será recepcionada com a forma/estrutura exigida pela nova
Constituição. Ex.: CTN é lei ordinária na sua criação. Todavia,
tem natureza de Lei Complementar (art. 146 da CF).
4) Repristinação:
a. Plano Constitucional: A nova CF restaura/revalida a norma
infraconstitucional que fora revogada pela Constituição anterior.
i. Para ocorrer deve ser expressa.
ii. A CF/88 NÃO previu esse fenômeno.
b. Plano Legal: Nosso ordenamento admite a repristinação no plano legal.
Logo, se houve menção expressa, a lei revogada se restaura se a lei
revogadora for revogada (art. 2º, §3, LINDB – lei revogando lei).
5) Repristinação e Controle de Constitucionalidade : Efeito repristinatório da ADI
Genérica.
a. É uma consequência do julgamento da ADI. Caso a Lei B que revogada a
Lei A tiver um vício de inconstitucionalidade, é proposta uma ADI contra
a lei B. O STF analisa a lei B e julga como inconstitucional = nula. Nesse
caso, não produziu efetios de modo que a lei B não revogou a lei A, de
modo que haverá a repristinação.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE:
 Conceito: É o mecanismo de verificação da compatibilidade de um ato
normativo (infraconstitucional) em face da Constituição. Tem por objeto atos
legislativos (art. 59 CF) ou normativos (portarias, decretos etc.)
o Cabe controle de Emendas Constitucionais.

Fundamentos do Controle de Constitucionalidade:


a. Supremacia Constitucional: o texto da CF prevalece das demais obras.
b. Rigidez Constitucional:
Inconstitucionalidade: é uma contrariedade ao texto constitucional.
a. Por ação: foi feita uma norma que afronta o texto constitucional, ou seja, a lei
ou o ato normativo está em desacordo com a CF.
a. Formal: foi violado o procedimento para a criação da norma. Acarreta a
NULIDADE TOTAL se violado a:
i. iniciativa reservada (art. 61, §1 – cabe ao Presidente apresentar
certos projetos de lei)
ii. sistema de votação (art. 69 – Lei complementar é aprovada por
maioria absoluta)
iii. espécie normativa (se a CF determinar por LC, deve só usar a LC).

b. Material: foi violado um direito da Constituição, previsto em qualquer


parte da CF. Como um direito à
educação/saúde/reunião/associação/certidão/meio ambiente etc...
Acarreta a NULIDADE TOTAL ou PARCIAL a depender do caso.

b. Por omissão: não foi feita uma norma requerida pela Constituição. Existe uma
norma constitucional de eficácia limitada não regulamentada pelo legislador.
Ex.: impostos sobre grandes fortunas (art. 153, VII da CF).
a. Pode ser parcial (normal parcialmente produzida) ou total (norma não
produzida).
b. Obs.:
i. Buscar o exercício do direito: Mandado de Injução.
ii. Buscar a Regulamentação para todos (art. 103): ADI por
Omissão.

Classificação do Controle de Constitucionalidade Quanto ao Momento:


a. Controle Preventivo/A priori/Priorístico: Quando o ato normativo impugnado
ainda não estiver em vigor - feito sobre um projeto de lei pelos poderes:
a. Poder Legislativo: Comissão de Constituição e Justiça (Câmara ou
Senado).
b. Poder Executivo: Veto por inconstitucionalidade – jurídico (art. 66, §1 da
CF).

Obs.: o Poder Judiciário se for acionado. O Poder Judiciário se acionado – ex.:


mandado de segurança no STF impetrado por deputado federal ou senador que
constatou uma inconstitucionalidade formal –arquivamento do projeto.
Obs.: PEC – não tem controle preventivo pelo Controle Executivo, pois não há
sanção ou veto de emenda constitucional.

b. Controle Repressivo/A posteriori/Posterior/Sucessivo: Quando o ato


normativo eivado de vícios de inconstitucionalidade já tenha sido editado -
feito sobre uma lei em vigor.
a. Poder Judiciário:
i. Difuso: no caso concreto.
1. Autor: qualquer pessoa
2. Foro: qualquer magistrado competente.
3. Efeitos: entre as partes – podem ser ampliados por
resolução do Senado (art. 52, X da CF).

ii. Concentrado na Esfera Federal: sobre uma norma em tese


1. Autor: art. 103 da CF – via ADI, ADC, ADPF
2. Foro: Contrariedade da CF -> STF.
3. Efeitos: erga omnes e vinculante.

CONTROLE CONCETRADO OU ABSTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE


Para Entender o funcionamento do controle concentrado ou abstrato de
constitucionalidade realizado pelo Poder Judiciário, é preciso explicar as características
processuais dessa modalidade de controle repressivo de constitucionalidade. Para
tanto, é preciso entender o significado dos termos empregados pela doutrina para se
referir a essa modalidade de controle.
1. Controle Abstrato: ao atuar nessa modalidade de controle de
constitucionalidade, o Poder Judiciário, NÃO julga casos concretos que
envolvem partes determinadas (autor e réu). O Poder Judiciário é provocado
por legitimados (autoridade públicas e entidades representativas) para que
realize a análise em abstrato, em tese, ou teoria acerca da compatibilidade da
lei ou ato normativo impugnado em relação a Constituição.
a. Na prática, a sentença do controle abstrato de constitucionalidade,
decidirá:
i. Se a lei ou ato normativo impugnado SAIRÁ do ordenamento
jurídico – caso seja declarada inconstitucional.
ii. Se a lei ou ato normativo impugnado PERMANECERÁ no
ordenamento jurídico – se for declarado constitucional.

2. Controle Concentrado: o controle abstrato de constitucionalidade também é


chamado de controle concentrado de constitucionalidade porque apenas dois
órgãos do Poder Judiciário concentram a competência para realizá-lo, por ser
uma competência altamente especializada. São eles:
a. STF: Realiza o controle abstrato de constitucionalidade se o paradigma
adotado foi a CF - Art. 102, I, A da CF.
b. TJ Estadual: Realiza o controle abstrato de constitucionalidade se o
paradigma adotado for a CF Estadual – art. 125, §2 da CF.

3. Controle Com Efeitos Erga Omnes e Vinculantes: art. 102, §2 da CF


a. O art. 102, §2 prevê que as sentenças do controle concentrado ou
abstrato de constitucionalidade produz efeitos contra todos (erga
omnes) e vinculantes em relação:
i. Aos demais órgãos do poder judiciário : exclui-se o STF que
poderá no futuro declarar inconstitucional lei ou ato normativo
que tinha reconhecido a constitucionalidade.
ii. À Administração Pública Direta e Indireta nas esferas federais,
estaduais e municipais: exclui-se o legislador, que poderá criar
lei ou ato normativo com conteúdo idêntico de lei ou ato
normativo anteriormente declarado inconstitucional.

4. Controle por Via de Ação: o controle abstrato ou concentrado de


constitucionalidade é denominado de controle por VIA DE AÇÃO porque
existem 5 ações judiciais típicas que podem ser ajuizadas perante o STF para
provocar essa modalidade de controle de constitucionalidade. A saber:
a. ADI (Ação direita de Inconstitucionalidade)
b. ADC (Ação Declaratória de Constitucionalidade)
c. ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental)
d. ADO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão)
e. IF (Ação Interventiva/Ação Direta Interventiva)

Legitimados do Controle Concentrado ou Abstrato realizados pelo STF: art. 103, da CF


e art. 36, III.
a. O STF entende que os legitimados do controle concentrado ou abstrato de
constitucionalidade são autoridades públicas ou entidades representativas que
ajuízam as ações para defendem os interesses da coletividade à higidez do
ordenamento jurídico.
b. Importante: em virtude de defender o interesse da coletividade o STF entende
que o legitimado do controle abstrato NÃO poderá desistir da ação depois de
ter ajuizado.
c. Das 5 ações típicas do controle concentrado ou abstrato realizadas pelo STF, 4
delas tem os mesmos legitimados à propositura e 1 dela tem legitimado
diferente.
a. Ação que tem legitimado diferente é a IF (ação interventiva ou
representação interventiva) art. 36, III da CF – prevê que apenas o
PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA (PGR) poderá ajuizar IF no STF.
b. Os legitimados para propor as outras 4 ações do controle concentrado
ou abstrato de constitucionalidade (ADI, ADC, ADPF e ADO) são os
mesmos e estão previstos no rol do art. 103 da CF.
i. IMPORTANTE: ao interpretar o art. 103 da CF, o STF por meio de
sua jurisprudência, identificou 2 categorias de legitimados:
1. Legitimados Universais: não precisam provar pertinência
temática para ajuizar essas ações.
a. Presidente da República
b. Mesa da Câmara dos Deputados
c. Mesa do Senado Federal
d. Procurador Geral da República
e. Conselho Federal da OAB
f. Partido Político com Representação no Congresso
Nacional.

2. Legitimados Especiais: devem provar pertinência


temática para ajuizar essas ações.
a. Governador do Estado e DF
b. Mesa da Assembleia Legislativa Estadual ou da
Câmara distrital
c. Confederação Sindical e Entidade de Classe de
Âmbito Nacional.

Objetos das Ações do Controle Concentrado ou Abstrato realizado pelo STF:


Definir os objetos das Ações do Controle Concentrado ou Abstrato permite
criticar em quais hipóteses cada uma dessas 5 ações típicas poderá ser ajuizada no STF.

1. ADI (Ação direita de Inconstitucionalidade): art. 102, I, A, parte inicial da CF


a. O STF julga ADI para declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo federal ou estadual. Obs.: O STF não julga ADI de lei ou ato
normativo municipal.

2. ADC (Ação Declaratória de Constitucionalidade): art. 102, I, A, parte final/CF


a. O STF julga ADC para declarar a constitucionalidade apenas de lei ou ato
normativo FEDERAL.
3. ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental): art. 1, da Lei
9.882/99
a. A ADPF é ação típica do controle concentrado/abstrato de
constitucionalidade regida pelo Princípio da Subsidiariedade, isto é,
caberá ADPF no STF quando não couber as demais ações típicas do
controle concertado abstrato.
b. A jurisprudência do STF admite ADPF em 2 casos:
i. Para declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
MUNICIPAL.
ii. Para reconhecer a não recepção constitucional das leis e atos
normativos anteriores a CF/88 (direito pré-constitucional).

4. ADO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão): art. 103, §2 da CF


a. Caberá ADO no STF para a declaração de inconstitucionalidade por
Omissão, isto é, a inércia do legislador me criar uma lei
regulamentadora exigida pela CF.

5. IF (Ação Interventiva/Ação Direta Interventiva): art. 36, III da CF


a. O PGR poderá ajuizar perante o STF ação interventiva em 2 hipóteses:
i. Se um Estado ou DF recusar executar uma Lei Federal.
ii. Se um Estado ou DF violar princípio constitucional sensível
previsto no rol taxativo do art. 34, VII da CF.

REPARTIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS:


1) Administrativa: gerencial ou material
a. Exclusiva: art. 21 da CF – Só da União. Ex.: emitir moeda;
b. Comum: art. 23 da CF – De todos os Entes Federativos (União, Estados,
DF e Municípios). Ex.: proteger o meio ambiente, pessoas portadoras de
deficiência.

2) Legislativa:
a. Exclusiva: art. 21 da CF – Só da União. Ex.: anistia de crimes
b. Privativa: art. 22 da CF – Da União, mas cabe delegação aos Estados e
DF mediante Lei Complementar sobre questões específicas.
c. Concorrente: art. 24 da CF – Tem regras de aplicação, conforme §1 ao
§4 (LER).
i. União faz normas gerais (leis federais)
ii. Estados podem suplementar
iii. Inexistindo lei federal, os Estados legislam plenamente (normas
gerais e especiais)
iv. A superveniência de lei federal suspende a estadual no que for
contrário (normas gerais).
d. Local: art. 30, I e II da CF – Dos Municípios. Ex.: IPTU, horário de
funcionamento.
i. Obs.: Os Municípios podem legislar sobre competência
legislativa concorrente, desde que seja no interesse local e
suplementando a legislação federal e estadual no que couber.
e. Cumulativa: art. 32, §1 da CF – Competência do DF – Lei distrital pode
ter conteúdo estadual e municipal. Obs.: ar. 147 e 155 da CF.
f. Residual: art. 25, §1 da CF – Dos Estados.

FEDERALISMO:
1) Novos Estados: art. 18, §3 da CF
a. É vedado a separação/secessão do Brasil (aet. 60, 4 da CF)
b. Desmembramento do Estado: Plebiscito + Lei Complementar ->
Congresso Nacional.

2) Novos Municípios: art. 18, §4 da CF

3) Vedações Constitucionais Existentes no Federalismo: art. 19 da CF

PODER LEGISLATIVO:
Peculiaridades e Funcionamento do Poder Legislativo:
1) Fundamento: art. 44 a 75 da CF/88

2) Funções:
a. Típica: legislar, inovar a ordem jurídica.
b. Atípica: Administrar/Gerenciar (Ex. servidores, órgãos) ou Julgar (Ex.
processo de impeachment do Presidente da República).

 Obs.: Na função típica de legislar, o Poder Legislativo não precisa observar


Súmula Vinculante e nem Decisões de Controle de Concentrado de
Constitucionalidade. SIM PODE CONTRARIAR.

3) Estrutura do Legislativo:
a. Federal: Congresso Nacional (Câmara + Senado) BICAMERAL –
deputados federais (povo) e Senadores (Estados).
b. Estadual: Assembleias Legislativas – Deputados Estaduais.
c. Distrital: Câmara Legislativa – Deputados Distritais.
d. Municipal: Câmara Municipal – Vereadores.

4) Legislatura e Sessão Legislativa: art. 44 e 57 da CF/88


a. Sessão legislativa:
i. Ordinária: 02/02 a 17/07 (1º período) e 01/08 a 22/12 (2º
período)
ii. Extraordinária: trabalho durante o processo.

5) Comissões:
a. São reuniões dos parlamentares para discussão e deliberação de
propostas legislativas de interesse do país, como no caso da Saúde,
educação, segurança, tributação, meio ambiente etc.
b. Há comissões permanentes (duram toda a legislatura, com temas
recorrentes) e temporárias (certo período de tempo).
c. Art. 50 da CF: A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer
de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer
titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da
República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto
previamente determinado, importando crime de responsabilidade a
ausência sem justificação adequada.
d. Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI):
i. Art. 58, §3 da CF: Possui poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, a CPI apura um fato determinado (NÃO
genérico) e por prazo certo.
1. Ex.: CPI da COVID, CPI da Fake News, CPI da Petrobrás
etc.
ii. Iniciativa: 1/3 da Câmara (171) ou 1/3 do Senado (27) ou Mista.

e. Poderes CPI’s Federais que se estendem para as estaduais e distritais:

6) Imunidade Dos Congressistas: art. 53 a 56 da CF


a. São prerrogativas concedidas aos parlamentares em razão de seu
mandato.
b. Decorrem do cargo e não da pessoa.
c. Duas espécies:
i. Material ou Inviolabilidade: art. 53, caput da CF
1. NÃO respondem civil ou penalmente por suas opiniões,
palavras e votos.
2. Aplicada a todos os parlamentares em todos os âmbitos.
3. Obs.: STF – Dentro do recinto parlamentar: absoluta /
Fora do Recinto: relativa – deve estar em função do
mandato.
4. Cuidado: VEREADORES possuem apenas na circunscrição
municipal (art. 29, VIII da CF)
ii. Formal: art. 53, §§2 e 4 da CF
1. Relativa à prisão ou processo contra parlamentar
2. Cuidado: VEREADORES NÃO POSSUEM.

iii. Prisão: desde a expedição do diploma, não podem ser presos,


salvo em flagrante crime inafiançável. Neste caso, os autos
devem ser remetidos à Casa respectiva para deliberação sobre a
prisão (maioria dos seus membros - votação aberta).

iv. Processo: No caso de crime comum cometidos APÓS a


diplomação, recebida a denúncia, a Casa respectiva deve ser
comunicada para deliberar sobre a sustação ou não do processo
(maioria de seus membros - votação aberta).

Obs.: art. 53, §8 diz que essas imunidades subsistirão durante o estado de sítio, e
podem ser suspensas por 2/3 dos membros das respectivas casas, nos casos praticados
fora do recinto do Congresso.

6.1) Foro dos Parlamentares: art. 53, §1


 Crimes APÓS a diplomação E relacionados com o mandato = STF
 Crimes ANTES da diplomação OU não relacionados com o mandato = Juízo
de primeira instância.

7) Fiscalização Contábil e Financeira / Tribunais de Contas: art. 70 a 75 da CF


a. Controle INTERNO da administração, finanças e contabilidade pública :
feito pelos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
i. Exercido sobre servidores encarregados de executar os
programas por seus superiores. Ex. registro contábil.
b. Controle EXTERNO da administração, finanças e contabilidade pública :
feito pelo Poder Legislativo com auxílio do Tribunal de Contas.
i. É o controle político com previa análise técnica.
 No Brasil temos:
o TCU: Congresso Nacional – contas federais;
o TCE: Assembleias Legislativas – contas estaduais;
o TCDF – Câmara Legislativa – contas distritais;
o TCM – Câmara Municipal – contas municipais (art. 31, §4/CF – Só SP/RJ)
 As Cortes de contas são órgão autônomos.
 As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão
eficácia de título executivo (art. 71, §3/CF).
 Cuidado: As contas dos Chefes do Executivo serão julgadas pelo Poder
Legislativo. Neste caso, a Corte de Contas apenas emite parecer.

8) Espécies Normativas: art. 59 da CF


a. São atos normativos primários (ADI, ADC)
i. Emenda Constitucional: art. 60/CF
1. Iniciativa
2. Limites
ii. Lei Complementar: art. 69/CF
1. Especificidade e quórum de maioria absoluta.
iii. Lei Ordinária: art. 61, 63 a 67/CF
1. Espécie comum e quórum de maioria simples.
iv. Lei Delegada: art. 68/CF
1. Iniciativa do Presidente e depende do Congresso e
requisitos.
v. Medida Provisória: art. 62/CF
1. Iniciativa: Presidente da República
2. Requisitos:
3. Limites:
vi. Decreto-Legislativo: art. 49/CF
1. Competência do Congresso Nacional (+ questões
externas).
vii. Resolução: art. 51 e 52/CF
1. Competência das Casas Legislativas Nacional (+ questões
internas).

PODER EXECUTIVO: art. 76 a 91/CF


1. Função Típica: administrar o Estado.

2. Estrutura: mandato de 4 anos + 1 reeleição (art. 14, §5/CF)


a. Federal: Presidente da República + Vice (brasileiros natos – Art. 12, §3)
b. Estatual + Distrital: Governador + Vice (natos ou naturalizados)
c. Municipal: Prefeito +Vice (natos ou naturalizados)

3. Ordem de Sucessão (Definitivo – Ex. morte, renúncia) ou Substituição


(Temporário – Ex. viagem) do Presidente da República: art. 79 e 80/CF
a. Presidente da República:
b. Vice-presidente da República – Definitivo ou Temporário (interino)
c. Presidente da Câmara dos Deputados – Temporário
d. Presidente do Senado - Temporário
e. Presidente do Supremo Tribunal Federal - Temporário

4. Eleição Indireta para Presidente da República: art. 81/CF


a. Não há presidente da república e nem o seu Vice.

2 anos 2 anos
4 anos

Eleição direta em até 90 dias da Eleição será indireta feita pelo


última vaga. Novo presidente da Congresso Nacional em até 30 dias
república e novo vice para completar da última vaga; para um novo
o mandato. Presidente e um novo vice para
completar o mandato.
5. Iniciativa Reservada do Presidente da República: art. 61, §1 da CF
a. Assuntos ou temas que devem ter início pelo Presidente da República.
Ex.: cabe ao Presidente, apresentar projeto de lei sobre aumento dos
servidores públicos federais.
b. Dica: admite o Princípio da Simetria Federativa (aquilo que é
determinado na esfera federal deve ser repetido nas demais).

6. Competência Privativa do Presidente da República: art. 84 da CF + Parágrafo


único e ver o Incisos que admitem delegação.
a. Ex.: Celebrar Tratados, Decretar a Intervenção Federal (art. 34/26), O
Estado de Defesa/Sítio (art. 136 a 141) etc.
b. Exceções: Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao
Advogado-Geral da União
i. VI - dispor, mediante decreto, sobre:
1. a) organização e funcionamento da administração
federal, quando não implicar aumento de despesa nem
criação ou extinção de órgãos públicos;
2. b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
ii. XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
necessário, dos órgãos instituídos em lei
iii. XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da
lei
7. Crime de Responsabilidade: art. 85, 52, incisos I e II e parágrafo único da CF
a. Trata-se de um ilícito político administrativo.
b. Lei 1.079/50.
i. São julgados pelo STF, e a Constituição Federal elencou os
crimes de responsabilidade como os atos do Presidente que
atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
1. a existência da União;
2. o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário,
do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das
unidades da Federação;
3. o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
4. a segurança interna do País;
5. a probidade na administração; a lei orçamentária;
6. o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
a. Obs. Esses crimes serão definidos em lei especial,
que estabelecerá as normas de processo e
julgamento. Atualmente a lei que regula é a Lei nº
1.079/50.
ii. STF – Súmula 722 – São da competência legislativa da União a
definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento
das respectivas normas de processo e julgamento. Ou seja,
estados e municípios não detêm autonomia nesse quesito,
devendo observar as normas da União.
c. Punição: perde o cargo com INABILITAÇÃO por 8 anos para as funções
públicas.

8. Crime Comum do Presidente da República: a


a. No exercício do mandato e vinculado com a função presidencial
b. Pode ser investigado pela Policia Federal com a Participação do
Procurador Geral da República e a atuação de um Ministro do STF
(relator).
c. Art. 86/CF

9. Processo de Impeachment: art. 86/CF e Lei 1079/50


a. Ex.: Presidente cometeu crime de responsabilidade – Tem duas fases
(bifásico)
i. 1ª Fase: Juízo de Admissibilidade – Câmara dos Deputados – 2/3
dos membros (art. 342 dos dep.)
ii. 2ª Fase: Julgamento – Senado Federal – 2/3 dos membros (54
senadores)
1. Presidente fica suspenso por 180 dias.
2. Presidido pelo presidente do STF.

PODER JUDICIÁRIO:
1. Conceito e Funções: O Poder Judiciário é o responsável pela interpretação das
leis, solucionando conflitos e construindo o direito diante de casos concretos. É
um poder que exerce duas funções:
a. Típica: trata-se da função preponderante exercida por esse poder, ou
seja, é a função jurisdicional (julgamento de casos concretos).
b. Atípica: de modo secundário, é possível que o Poder Judiciário exerça as
funções legislativa e administrativa. A primeira ocorre, por exemplo,
quando os Tribunais editam seus Regimentos Internos. E a segunda
pode ser exemplificada através de atividades como realização de
licitação, organização de concurso público ou celebração de contratos
administrativos.

2. Garantias Institucionais: art. 99/CF


a. O Poder Judiciário considerado como instituição, goza de duas garantias
institucionais:
i. Autonomia Administrativa: cada tribunal decide sobre a eleição
dos seus órgãos diretivos; realização de novos concursos de
juízes e servidores; sobre a criação de novas varas e secretarias
etc.
ii. Autonomia Financeira: possibilidade de elaborar suas propostas
orçamentárias.

3. Garantias dos Magistrados: art. 95, incisos I, II e III/CF


a. São três garantias que lhes asseguram independência funcional:
i. Vitaliciedade: é a garantia de apenas perder o cargo de juiz em
virtude de sentença judicial transitada em julgado.
1. Duas formas de adquirir vitaliciedade, a depender do
modo de ingresso do juiz na carreira de magistrado:
a. Juiz de primeiro grau aprovado em concurso: dois
anos de efetivo exercício (e não de posse) do
cargo de juiz. Terá de exercer efetivamente as
atribuições do cargo de juiz.
i. Durante o período aquisitivo da
vitaliciedade, o juiz ocupara o cargo de juiz
substituto. Nesse período, o juiz apenas
poderá perder o cargo por meio de
deliberação do próprio tribunal ao qual
está vinculado.
ii.
b. Juiz de Tribunal nomeado pelo chefe do poder
executivo: ex. ministro do STF. Neste caso, a
aquisição da vitaliciedade, é automática com a
posse no cargo de juiz de tribunal.

ii. Irredutibilidade de Subsídios: todos os juízes, desde a posse,


gozam da garantia da irredutibilidade dos salários, u seja, da
garantia de que sua remuneração não poderá ser reduzida.
1. O juiz substituto goza dessa garantia.

iii. Inamovibilidade: essa garantia é assegurada a todos os juízes


desde a posse, o que inclui o juiz substituto. É compreendida do
seguinte modo: o juiz deve concordar com o ato de sua
remoção.
1. Exceção: art. 93, VIII/CF, prevê a remoção de ofício ou
remoção involuntária, que não exige a concordância do
magistrado. Para que ocorra a remoção de ofício, deve-se
comprovar dois requisitos cumulativos:
a. Interesse Público;
b. Decisão por maioria absoluta do tribunal ou do
conselho nacional de justiça (CNJ).

4. Proibições ou Vedações Impostas aos Magistrados: art. 95, § único, I a V/CF


a. Tal artigo prevê 5 proibições aos magistrados, cuja finalidade é manter a
imparcialidade dos juízes:
i. Proibição de acumular cargo de juiz com outro cargo ou função
pública, ainda que exista disponibilidade. Essa disponibilidade é
uma expressão técnica, que significa licença ou afastamento
temporário.
1. Exceção: O juiz apenas poderá acumular o cargo de
magistrado com um outro cargo público de MAGISTÉRIO
DE PROFESSOR.
ii. Proibição de receber, a quaisquer custas e participações em
processos.
iii. Proibição de desempenhar atividade político-partidária
iv. Proibição de receber a qualquer título valores de pessoas físicas
e de pessoas jurídicas, exceto se houver previsão legal. Ex.:
aluguéis de imóveis de sua propriedade; restituição e IR;
v. Proibição de exercer a advocacia pelo prazo de três anos
contados da aposentadoria/exoneração perante o juízo ou
tribunal em que atuou como magistrado.
1. O ex-juiz não precisa aguardar esse prazo de três anos
para atuar como advogado, mas somente no tribunal em
que atuou.

5. Incidente de deslocamento de competência: art. 109, V/CF


a. É um instituo jurídico que permite deslocar a competência para o
julgamento para a JUSTIÇA ESTATUAL/FEDERAL.
b. Pode ser compreendido por meio da seguinte fórmula:
i. IDC = TDH + PGR + STJ
1. Incidente de deslocamento de competência da Justiça
Estadual para a Federal
2. O que justifica o IDC é a necessidade de comprimir
tratados de direitos humanos.
3. Apenas o PGR pode suscitar o pedido de deslocamento
de competência
4. Ao STJ compete julgar o pedido de deslocamento de
competência.

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS/GARANTIAS CONSTITUCIONAIS:


1. Direito de Petição: art. 5, XXXIV, A da CF
a. Informar ao Estado uma ilegalidade (abuso). Ex.: comunicar a péssima
coleta de lixo.
b. Não precisa de advogado e não ter formalismos.

2. Habeas Corpus: art. 5, LXVIII da CF + Art. 647 a 667 do CPP


a. Protege o direito de ir e vir (locomoção)
b. Não precisa de advogado.
c. Cabe liminar mesmo sem previsão legal.
d. Não cabe contra pena de multa.
e. Não cabe contra punição disciplinar militar, salvo se aplicada por
autoridade incompetente.
f. Cabe Habeas Corpus no STF contra atos abusivos de CPI Federal.
Os remédios abaixo listados precisam de advogados

3. Habeas Data: art. 5, LXXII da CF + Lei 9.507/97


a. Ter acesso e corrigir informações do impetrante que estão em órgão
público ou em ente semelhante.
b. Precisa de advogado.
c. Precisa primeira pedir administrativamente.
d. Ação personalíssima, salvo CADI.
e. CUIDADO: O CADI pode impetrar o habeas data em nome do
impetrante se o impetrante estiver ausente ou incapacitado para
proteger a honra.

4. Mandado de Segurança Individual: Art. 5, LXIX da CF + Lei 12016/09


a. É um direito líquido e certo;
b. Não é caso de HC ou HD;
c. Existe uma ilegalidade/abuso de uma autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica investida em autoridade pública.
d. Prazo decadencial de 120 dias do conhecimento da lesão.
e. Ex.: direito de certidão, associação, religião etc.

5. Mandado de Segurança Coletivo: Art. 5, LXX, A e B da CF + Lei 12016/09


a. Requisitos igual ao MS individual.
b. No coletivo é CORPORATIVO = protege certo grupo de pessoas.
c. Partido político com representação no congresso nacional
d. Organização sindical
e. Súmulas 629 e 630 do STF

6. Mandado de Injunção: Art. 5, LXXI da CF


a. Existe uma norma constitucional de eficácia limitada não
regulamentada (inconstitucionalidade por omissão).
b. Lei 13.300/16:
i. Individual
ii. Coletivo
c. No STF não admite liminar.

7. Ação Popular: Art. 5, LXXIII da CF + Lei 4717/65


a. Finalidade de proteger o patrimônio público histórico e cultural, o meio
ambiente e a moralidade administrativa.
b. Só cidadão pode ser autor (eleitor)
c. Não tem foro de prerrogativa de função;
8. Ação Civil Pública: Art. 129, III da CF + Lei 7347/65
a. Direito/Interesse difuso, coletivo ou individual/homogêneo.
b. Não cabe ACP no lugar de uma ADI.

NACIONALIDADE:
1. Dispositivos:
a. Art. 12 e 13 da CF
b. Art. 5, LI e LII da CF

2. Conceito: É o vínculo jurídico-político que une um indivíduo a um país.

3. Brasileiros Natos: nascimento no Brasil ou de brasileiros. Vide art. 12, I da CF.

a. Alínea “A”: Foi adotado o critério da territorialidade (nascer no Brasil,


salvo se os pais estrangeiros estão a serviço do país de origem).
b. Alínea “B”: Foi adotado o critério da consanguinidade (ser filho de
brasileiro) e o serviço para o Brasil.
c. Alínea “C”: Foi adotado o critério da consanguinidade + Registro em
Repartição Brasileira Competente ou vir para o Brasil e a opção (após a
maioridade)

4. Cargos Privativos de Brasileiros Natos: art. 13, §3 da CF


a. I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
b. II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
c. III - de Presidente do Senado Federal;
d. IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
e. V - da carreira diplomática;
f. VI - de oficial das Forças Armadas.
g. VII - de Ministro de Estado da Defesa.

5. Cuidado: art. 5, LI da CF
a. Brasileiro Nato não pode ser extraditado.
b. Mas deve ser entregue ao Tribunal Penal Internacional se for requerido.

6. Brasileiro Naturalizado: é o estrangeiro que optou por ser brasileiro. Vide art.
12, II da CF
a. Alínea A: estrangeiros de países de língua portuguesa apenas residência
por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b. Alínea B: estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes no Brasil
há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira.

7. Perda da Nacionalidade: art. 12, §4 da CF


a. I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude
de atividade nociva ao interesse nacional;
b. II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
i. a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
estrangeira;
ii. b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao
brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para
permanência em seu território ou para o exercício de direitos
civis;
c. Obs.: Quem perder a nacionalidade poderá readquirir por ato do
Ministro da Justiça.

DIREITOS POLÍTICOS: art. 14 a 17 da CF


1) Conceito: Conjunto de normas sobre eleições (acesso ao poder).

2) Desincompatibilização: art. 14, §6 da CF


a. Presidente da República, Governantes e Prefeitos, querendo concorrer a
cargo diferente do que ocupam, devem renunciar 6 meses antes do
pleito (eleição) - 1º domingo de outubro.
b. Obs.: Se for para reeleição podem ficar no cargo. Devem respeitar a
legislação eleitoral.

3) Reeleição para o Poder Executivo: art. 14, §5 da CF


a. Apenas para um período subsequente (não tem o 3º mandato seguido)
b. EC 16/1997
4) Inelegibilidade Reflexa ou Indireta: art. 14, §7 da CF
a. Impedimento para uma reeleição por uma relação de parentesco.

5) Perda ou Suspensão dos Direitos Políticos: Art. 15 da CF


a. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se
dará nos casos de:
i. I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em
julgado;
ii. II - incapacidade civil absoluta;
iii. III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto
durarem seus efeitos;
iv. IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
v. V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

6) Anualidade:
a. Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data
de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da
data de sua vigência.

7) Partidos Políticos:
a. Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos
políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e
observados os seguintes preceitos:
i. caráter nacional
ii. Registro no TSE
iii. Não pode receber dinheiro do estrangeiro
iv. Não pode ter característica paramilitar

DIREITOS FUNDAMENTAIS E DA ORDEM SOCIAL:


1. São os direitos dos homens previstos na constituição.
a. Ex.: Art. 5: direito de certidão, reunião, associação etc.
b. Remédios Constitucionais: Mandado de Segurança, Mandado de Injução
e Ação Popular.
c. Obs.: Na CF expressamente, art. 5, XLII e XLIV – Crimes Imprescritíveis.

2. Tratados de Direitos Humanos Equivalentes às Emendas Constitucionais:


a. Decreto 6.949/2009 – Convenção Internacional para Proteção das
Pessoas com Deficiência o seu protocolo facultativo.
b. Decreto 9.522/2018 – Tratado De Marraquexe
c. Decreto 10.932/2022 – Convenção Interamericana Contra o Racismo e
Outras Formas de Intolerância.
d. CF
i. Tudo isso forma o BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE.
1. Consiste no conjunto de normas que funcionam como
parâmetro para a realização do controle de
constitucionalidade, isto é, que servem para o confronto
de aferição de constitucionalidade das demais normas
que integram o Ordenamento Jurídico.
e. Dicas: cotas, cotas raciais, ações afirmativas ou discriminações positivas:
são ações temporárias para proteger grupos de pessoas prejudicadas
historicamente.

Presidente da República celebra o tratado.


Congresso realiza o Referendo (votação C.N)
Art. 5, §3 da CF = Emenda Constitucional (3/5 em 2 turmas nas 2 casas do CN

Art. 2ª da EC 111/2021 = Ações afirmativas no campo eleitoral (verbas)

DIREITOS SOCIAIS: Art. 6 da CF


1. São todos os direitos fundamentais e garantias básicas que devem ser
compartilhados por todos os seres humanos em sociedade, independente de
orientação sexual, gênero, etnia, religião, classe econômica, etc.
2. Cuidado: renda básica mensal, famílias em vulnerabilidade – Art. 6, §Ú/CF - EC
114/2021.
3. Conforme o STF, o rol dos direitos sociais apresentados no artigo sexto é
exemplificativo.
4. Os direitos sociais do artigo sexto são normas de eficácia limitada e
aplicabilidade mediata, necessitando de leis e ações estatais para que sejam
aplicáveis.
5. Além disso, apesar da não taxatividade dos direitos sociais, muitas questões
exigem os direitos expressos no artigo, assim utilizaremos um mnemônico
conhecido – EMAP e derivados:
a. EDUCAÇÃO + TRANSPORTE te leva para o TRABALHO
b. MORADIA boa tem que ter LAZER e SEGURANÇA
c. ALIMENTAÇÃO te dá SAÚDE
d. PREVIDÊNCIA protege a MATERNIDADE, a INFÂNCIA e os
DESAMPARADOS

TÍTULO VII DA CF – DA ORDEM SOCIAL


1. Art. 193
2. Seguridade Social engloba a saúde, a previdência social e a assistência social.
3. Justiça Desportiva: art. 217, §1 da CF
4. Comunicação Social: art. 222 da CF
5. Crianças e Adolescentes - - mútua assistência - Art. 229
6. Índios – art. 231 e 232

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