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Apostila Corrigida

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DIREITO CONSTITUCIONAL

PRIMEIRA AULA:

-> Junto à constitucional estudar também a LICC. Importante.

Página 159 do livro material tem a lista de artigos que caem.

Arts.: 5º, 12, 14/17,18/25, 29/32, 34 a 41, 51/56, 58, 60/69,


80/81, 77, 84/86, 93/95, 97, 102/105, 107, 109, 127/130,
136/139, 150/156, 181/191 e 243.
Verificar EC/48 ou 49, 45, 54, 55.

Ordenamento - Somatória da Constituição + normas infraconstitu


Jurídico cionais (abaixo da CF).

A CF é lei fundamental e limite de poder dentro do Estado.


Nada pode contrariar a CF, nem EC já incorporada. NADA.
Normas infraconstit. – regulamenta direitos – abaixo da CF.

Ordenamento Constituição
Jurídico Normas Infraconstitucionais – regulamentar.

Ordenamento ---------- CF/88


Jurídico ----------- 26 Constit. Estaduais + L.O. DF e Munic.
Brasileiro ------------ CP, CPP, CLT, CPC, CC etc.
------------- Leis Infraconst., Microsistemas etc.

PRINC. DA SUPREMACIA DA CF. – Nada pode contrariar.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

• É fundado no princ. da supremacia da CF.


• Verifica se a norma infra é constitucional ou ato jurídico
está de acordo com a CF ou não. Pois ela é SUPREMA.

FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

I – Soberania;
II – Cidadania;
III – Dignidade da pessoa humana;
IV – Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; e
V – Pluralismo político.

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

Quanto a Forma:

- Escrita – órgão constituinte que fez documento único e solene,


que estrutura o Estado.

1
Quanto a Elaboração:

- Dogmática – órgão constituinte que estabeleceu os princípios e


pontos fundamentais dos Estados.

Quanto a Origem:

- Popular – eleição para um órgão constituinte (assembléia) que


fará uma constituição e esta será promulgada.
O povo elege a assembléia constituinte que faz a constituição.

Quanto a Extensão:

- Analítica – longa, possui normas materialmente e formalmente


constitucionais.

Materialmente: estruturam o Estado – importantíssima.


São normas que se retiradas da CF o Estado não existe completo.

Formalmente: chamadas de constitucionais porque estão escritas


na CF. Ex: meio ambiente, família, desporto, índios etc.
São normas que se retiradas da CF o Estado existe normalmente.

Quanto a Função: Objetivo:

- Dirigente – estabelece programas a serem desenvolvidos, saúde,


transporte, seguridade social. Estado dirige outros sistemas.
EC/48 – art.215, $ 3º, CF.

- Garantia – protege o Estado e os particulares, art.37 “caput”.


Ex: Legalidade tributária, penal, remédios constitucionais etc.

Quanto a Estabilidade ou Mutabilidade ou Alterabilidade: CAI**

- Rígida – tem processo formal, solene, e mais difícil de ser


alterada do que uma lei ordinária ou comum.

• Lei ordinária – alterada pela maioria simples ou relativa.


• CF rígida – maioria qualificada para alterar.

Para modificar a CF:

Art.60 $ 2º -> 3/5 – 2 TURNOS – 2 CASAS

É o mesmo quorum para aprovar tratados sobre direitos humanos


(Art. 5º § 3º da CF).

Fenômenos ou teorias que surgem com uma nova CF. Regra: A nova
Constituição revoga a anterior.

2
1º Recepção: a nova CF recebe normas infra da CF anterior, desde
que não afronte a nova CF.

NI NI
CF Antiga Nova CF Desde que não contrarie a
nova CF. A lei anterior
continua existindo. Ex.:
Lei 1.079/50.

2º Desconstitucionalização: a nova CF recebe a CF anterior como


norma infraconstitucional. ISSO NÃO EXISTE NO BRASIL.
Não pode pegar norma constitucional e transformar em infra.

3º Repristinação: a nova CF revigora normas infra de CF


anteriores, que haviam sido revogadas. ISSO NÃO EXISTE NO BRASIL
Não pode nova CF trazer novamente à vida norma infra revogada.

OBS.: $3º, art. 2º da LICC – DL 4.657/42 -> Ver.


Lei infra isso pode ocorrer.
OBSERVAÇÃO: Deve ser expresso que a lei velha volta a valer.

LEI VELHA - LEI REVOGADORA - LEI NOVA

Traz de novo à vida a


lei antes revogada
porque revoga a lei
revogadora. NA INFRA.

* Lei revogadora revoga a lei velha. Vem lei nova e revoga a lei
revogadora, então a função única da lei revogadora é perdida em
função da sua revogação. Assim, a lei velha volta à vigência.

4º Eficácia das decisões do STF em controle concentrado de


constitucionalidade (ADIN genérica):

Lei A -----> Lei B revoga a lei A. Ressurreição de


ADIN declara lei B inconstitucional. lei morta no
Automaticamente volta a valer a lei A. plano infra.
• Nesse caso, são apenas duas leis, não existindo uma
terceira. Isso nunca ocorrerá com uma Constituição Federal.
5º Aplicabilidade ou eficácia das normas constitucionais:
- normas constitucionais quanto a sua eficácia, efetividade ou
aplicabilidade.

PLENA: não depende de regulamentação de norma infra.


São auto aplicáveis, independentes.

EFICÁCIA CONTIDA: não depende de regulam. de norma infra.


Redutível ou restringível.

LIMITADA: depende de norma regulamentar, norma infra.

3
Ex.: art.18, $3º - art.5º, XXXII – art.7º, XXVII.

Plena....: dedo indicador – não depende de outro dedo para quase


tudo, pode fazer sozinho.
Contida..: dedo médio – para algumas coisas depende de outro
dedo, para algumas ele sozinho serve.
Limitada.: dedão – não faz nada sem o auxílio de outro dedo,
sozinho não serve para nada.

PLENA E CONTIDA: ambas não dependem de regulamentação.

Não O texto
tem diz segundo
lei. a lei...

- Mas a CF autoriza o legislador ordinário (congresso) REDUZIR


direito previsto na CF – Art.5º, XIII, XV e LVIII.

LIMITADA: Constitutiva- cria novos órgãos ou entes do Estado.


Programática- estabelece programas a serem
desenvolvidos. Ex: seguridade social.

** a CONTIDA é a que mais cai, é a intermediária.

PODER CONSTITUINTE

1- ORIGINÁRIO: a primeira ou uma nova CF. Ex: iraque terá uma


nova CF, pois ainda não tinha. O povo elege uma assembléia
que faz uma nova CF. É originário, não adveio de nenhuma.
É soberano, inicial, ilimitado, incondicionado,
independente. (PODE TUDO).

2- DERIVADO REFORMADOR: derivado de reforma ou emenda.


Depende do originário. Possibilidade de mudança pelo poder
reformador. Art.3º ADCT + art.60 CF. Muda o que já existe.

3- DERIVADO DECORRENTE: existe em Estados federais (Brasil).


Distribuição de competência entre União, Estados membros,
DF e Municípios. Ver arts. 25 “caput”, 29 LO Munic. e 32
LO DF. É derivado porque não pode tudo, e decorrente da
distribuição de competência dada pela União.

Derivado de reforma (2) é o que mais cai.

Art.3º ADCT – Emenda Constitucional de Revisão.


Após 5 anos de existência, por maioria absoluta, pelo congresso
em sessão unicameral (1 sessão, 1 vez). Só existem 6 na CF/88.

4
EMENDA À CF – ART. 60 CF

a) PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO – PEC

- 1/3 da Câm. Deputados Ou Senado Congresso,


- por iniciativa do presidente Câm. Deputados
- mais de ½ da Assembléia Legislativa ou Senado
Esses dois começam no senado.

CASAS

1ª Câm. Dep. -> 3/5 + 3/5 = 4 votações – ainda falta promulgar.


2ª Senado -> 3/5 + 3/5 = 4 votações – ainda falta promulgar.

FÓRMULA: 3/5 – 2 TURNOS – 2 CASAS

b) PROMULGAÇÃO – mesa da Câm. Dep. e mesa do Senado.

ATENÇÃO: Emenda à Constituição – Não existe sanção ou veto.


Presidente não participa se ele não propôs.

Existe limitação circunstancial que impede modificação da CF:

Não pode - Intervenção Federal, 34.


mudar CF - Estado de Defesa, 136.
- Estado de Sítio, 137.

LIMITAÇÃO TEMPORAL:

A E/C rejeitada só pode ser apresentada na próxima sessão


legislativa, no próximo ano. De um ano para outro.

LIMITAÇÃO MATERIAL:

Cláusulas pétreas ou Núcleos Const. Intangíveis ou Cernes fixos.

Forma Federativa: União, Estados, DF e Municípios.


Separação dos Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.

OBS.: OBRIGATORIEDADE DO VOTO NÃO É CLÁUSULA PÉTREA.

- Mas o voto é obrigatório para maiores de 18 anos.


- É facultativo para analfabetos (MAS NÃO PODE SER VOTADO),
maiores de 70 anos ou pessoas
entre 16 e 18.
- Não podem alistar-se como eleitores: os estrangeiros, os
conscritos durante o serviço militar obrigatório.
- São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

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SEGUNDA AULA:

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE -> Despenca na OAB**

Ordenamento ---> Constituição: Lei fund. e limite de poder.


Jurídico ---> Normas Infra: Função reguladora, detalhar.

• Normas Infra Constitucionais não podem contrariar a CF;


Princípio da Supremacia da Constituição Federal.
• Nem Norma Infra nem Emenda Constit. pode contrariar a CF.
INCONSTITUCIONALIDADES = Contrário à Constituição – FEDERAL
ESTADUAL
* Cai na OAB só a Federal. MUNICIPAL

- Ver se a Norma Infra ou o Ato Jurídico (decreto etc.) está de


acordo com a CF.

- O Controle de Constitucionalidade verifica a compatibilidade


vertical que necessariamente deve haver entre Norma Infra ou
Atos Jurídicos e a CF.

INCONSTITUCIONALIDADE POR AÇÃO OU POR OMISSÃO -> Cai demais*

INCONST. POR AÇÃO – Feito lei ou ato jurídico qualquer contrário


à CF, ao que a CF dita como regra.

Pode ser: FORMAL – Violação de um procedimento previsto na CF,


sua forma. Iniciativa Reservada.
MATERIAL- Matéria protegida, como cláusula pétrea.
Art.60 CF. Especiais, direitos e garantias
individuais, Art.5º é pétreo.

INCO. POR OMISSÃO – Norma Constitucional de Eficácia Limitada


NÃO REGULAMENTADA. Tem direito na CF,
Art.7º, XXVII, não consegue exercer por
falta de regulamento. Ex: direito de greve
do servidor público, não tem lei que
regulamenta ainda. O assunto é OMISSO.
Recentemente o STF decidiu que se aplica ao Servidor Público, a
lei de greve do trabalhador comum.
 Cabe Mandado de Injunção ou
 ADIN Supridora de Omissão (especial).

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE PREVENTIVO (a priori)


• Antes da lei existir, ainda é projeto.

PODER LEGISL. – CCJ: Comissão de Constit. e Justiça.


PROJETO
DE LEI PODER EXECUT. – Controle Preventivo.
Veto por inconstitucionalidade.
Ordem pública – Veto político.
Antes de Inconstituc. – Veto jurídico.

6
existir.
Ainda é
projeto. ----> Passou por 3 câmaras ( CCJ / Câm.Dep. / Sen.Fed.)
CONGRESSO NACIONAL CÂMARA DEPUTADOS Só na esfera
SENADO FEDERAL federal isso.

Projeto de Lei passa pelas 2 casas.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE REPRESSIVO (a posteriori)


• Ocorre depois que a lei já foi promulgada.

- Lei ou ato normativo efetivo, em vigor, valendo.


- Antes disso é controle preventivo, feito por CCJ e 2 casas.
- A posteriori é o Judiciário que faz, via de regra.

CONTROLE – incidental Caráter egoísti


DIFUSO - entre partes co, protege a
- caso concreto si apenas, não
- via de defesa atinge todos,
JUDICIÁRIO - via exceção só aquele caso.
a posteriori
CONTROLE - abstrato Protege ordena-
CONCENTRADO - em tese mento jurídico,
- principal a todos, geral,
- via ação erga omnes, ou
- ação direta seja, contra a
Lei, que vale
para todos.

DIFUSO: - FORO: QQ. juiz ou tribunal para aquela matéria.


- Qualquer pessoa pode pleitear.
- Tem eficácia apenas entre as partes.

CONCENTRADO: - FORO: Contrário Const. Federal = STF


Contrário Const. Estadual = TJ
Matéria especial, Trib. especial (militar)
- Legitimidade Especial Ativa – Art.103, CF – REGRA
Ver Art.103 CF.
- IMPORTANTE: Conselho FEDERAL da OAB pode também.
- ADIN INTERVENTIVA FEDERAL só o PGR pode - EXCEÇÃO
- Tem eficácia “erga omnes” e Vinculante.

- Art.102, $2º - VINCULA TODOS OS DEMAIS ÓRGÃOS


JUDICIAIS, A ADM. PÚBLICA DIRETA E INDIRETA, SEJA
FEDERAL, ESTADUAL OU MUNICIPAL, ficam todos
vinculados. -> CAI*

Art.103-A CF – Súmula Vinculante no Controle de


Constitucionalidade, com quorum de 2/3.

CONTROLE CONCENTRADO CABEM 5 AÇÕES:

7
1- ADIN Genérica.
2- ADIN Interventiva.
3- ADIN Supridora de Omissão.
4- ADECON Declaratória de Constitucionalidade.
5- ADPF – Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental.

• Ver Leis: 9868/99 + 9882/99 -> sobre as ações acima.

Norma tem que ter AGA:

Abstração
Generalidade – atinge todos.
Autonomia – existe por si.

- JUDICIÁRIO pode fazer controle preventivo também: Quando julga


Mandado de Segurança de projeto de lei inconstitucional. Ex:
Um projeto de lei que tenha passado pela comissão de
constituição e justiça. Nesse caso o partido político com
representação no câmara, senado ou assembléia, ingressa com
mandado de segurança para impedir que a lei seja criada.

- CONGRESSO pode fazer controle preventivo também: Quando


Congresso rejeita MP, ainda não vigente.

1 – ADIN GENÉRICA: protege ordenamento jurídico.

- Lei ou Ato Normativo contrário à CF;


- Emenda Constitucional ou MP contrária à const. Fed. ou Est.
- Legitimação Art.103 CF -> Foro STF (SÃO NOVE os legitimados)
Quorum instalação – 8 – 2/3 membros;
Quorum aprovação - 6 – maioria absoluta;
- Eficácia “erga omnes” e Vinculante – Poder Jud. / Adm.
Pública, Direta / Indireta – Federal, Estadual, Municipal;
- “Ex tunc” – REGRA;
- “Ex nunc” – EXCEÇÃO – 2/3 STF

2 – ADIN SUPRIDORA DE OMISSÃO: norma constitucional de eficácia


limitada não regulamentada.

- Lei não detalhou direito constitucional;


- Legitimidade do Art.103 – Foro STF
Quorum instalação – 8 – 2/3 membros;
Quorum aprovação - 6 – maioria absoluta;
- Dar ciência ou fazer em 30 dias - $2º, 103, CF.
- Ciência: Poder competente foi omisso, Legislativo não resolve.
- Fazer: Órgão Adm. não regulamentou, deve faze-lo, executivo.

3 – ADIN INTERVENTIVA: 34 à 36 Constituição Federal ou Estadual.


Violação dos princípios constitucionais sensíveis,
expressos, Art.34, VII, CF.

8
- Legitimação ativa – Procurador Geral República – Chefe do MPU;
- Foro STF – instalação 8, aprovação 6 + Decreto Presid. Repúbl.
- Requer obrigatoriamente Decreto do Presidente da República;

- Quando município desrespeita princípio da constituição do


Estado, é Decreto do Governador do Estado;
- Legitimação ativa – Procurador Geral de Justiça – Chefe MPE;
- Foro TJ – instalação 2/3 – aprovação maioria absoluta, 97 CF;

OBS.: Não existe intervenção distrital (DF).


4 – ADECON: lei ou ato normativo federal contraria à CF.

- Igual ADIN Genérica, pouca diferença;


- Requer processos judiciais – União perdendo;
- Supremo declara a constitucionalidade;
- Nome não vincula – Supremo pode declarar inconstitucional;
- Legitimação ativa, 103 CF – Foro STF;
- “Erga omnes” e Vinculante. Vincula Poder Judiciário, Adm.
Pública, Direta e Indireta, Federal, Estadual e Municipal.
• Depois da EC/45 – os legitimados são todos os do art. 103
da CF.

OBS.: ADIN Genérica e ADECON eram chamadas Ações Dúplices ou


Ambivalentes, pois podem declarar CONSTITUCIONALIDADE bem
como INCONSTITUCIONALIDADE. O nome da ação não vincula
decisão, Ex: ingressa com ADECON e STF declara inconstit.

5 – ADPF: Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental.

- Violação ou lesão de preceito fundamental;


- Lei fundamental de Estado;
- Órgão Público causou a lesão;
- Lei ou Ato Normativo Federal, Estadual ou Municipal.
- A lei não poderia ampliar competência do STF, portanto, não se
aplica ao município.

- Lei revoga Lei;


- ADPF única que pode analisar lei municipal contrária à CF;
- Legitimação ativa – Art.103 CF – todos podem propor;
- Foro é STF, instalação 8, aprovação 6;
- “Erga omnes” e Vinculante ao Poder Judiciário, Adm. Pública,
Direta e Indireta, Federal e Estadual.

• PODE PROPOR QUALQUER DESSAS: Procurador Geral da República;


• COMPETÊNCIA EM TODOS OS CASOS: Sempre competente o STF.

AULA Nº 22: 20 QUESTÕES QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE CONTROLE DE


CONSTITUCIONALIDADE

9
A partir da próxima aula, iniciaremos o estudo do controle de
constitucionalidade abstrato perante o Supremo Tribunal, com
ênfase na jurisprudência daquele tribunal, bem assim nas novas
disposições legais sobre o assunto.
Considerando a expectativa em torno da breve realização de
alguns concursos púbicos, resolvi inovar na aula de hoje,
enumerando as informações que considero imprescindíveis que o
candidato saiba sobre aquilo que até aqui foi tratado em nossas
aulas de controle de constitucionalidade. Todas as assertivas
abaixo são verdadeiras, e consubstanciam as conclusões mais
importantes a respeito do que até aqui estudamos, em diversas
aulas, sobre controle de constitucionalidade.
1 – O controle de constitucionalidade no Brasil é, em regra, o
jurisdicional repressivo, mas há também controle político,
exercido pelo Poder Legislativo (rejeição de Méd. Prov. e
Análise pelas CCJs) e pelo Poder Executivo (Veto). A partir da
promulgação da vigente Constituição, há, também, mecanismos de
repressão da inconstitucionalidade resultante da omissão dos
órgãos legislativos ou administrativos.
2 – O Presidente da República, ao vetar um projeto de lei, por
entendê-lo inconstitucional, exerce controle prévio de
constitucionalidade.
3 – As Comissões permanentes do Poder Legislativo, ao apreciar
as proposições que lhes são submetidas, exercem controle prévio
de constitucionalidade.
4 – Ao Congresso Nacional compete sustar os atos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da
delegação legislativa. Esse ato do Congresso Nacional, por sua
vez, está sujeito a controle de constitucionalidade perante o
Poder Judiciário.
5 – O Chefe do Poder Executivo pode, no Direito brasileiro,
negar aplicação a uma determinada lei, por entendê-la
inconstitucional.
6 – No âmbito do controle difuso de constitucionalidade,
qualquer órgão do Poder Judiciário, em qualquer grau de
jurisdição, pode reconhecer a inconstitucionalidade de uma lei,
afastando a sua aplicação a um caso concreto.
7 – Embora todos os órgãos do Poder Judiciário, em qualquer
nível de jurisdição, possam, na via incidental, exercer o
controle de constitucionalidade, as exigências para essa
pronúncia são distintas. Assim, enquanto um juiz de primeiro
grau possa, por si só, afastar a aplicação da lei a um caso
concreto, por considerá-la inconstitucional, os tribunais
somente podem fazê-lo, como regra geral, pelo voto da maioria
absoluta de seus membros – ou do respectivo órgão especial.
8 – No âmbito dos tribunais, os chamados órgãos fracionários,
Turmas ou Câmaras, não dispõem, segundo a Constituição, de
competência originária para declarar a inconstitucionalidade de
uma lei.

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9 – Reza a Constituição Federal que somente pelo voto da maioria
absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão
especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade
de lei ou ato normativo do Poder Público. No entanto, uma vez já
declarada a inconstitucionalidade de uma lei, pelo Órgão
Especial ou pelo Plenário do Tribunal, ou pelo Supremo Tribunal
Federal, ficam os órgãos fracionários – Câmaras ou Turmas –
autorizados a aplicar o precedente aos casos futuros submetidos
à sua apreciação.
10 – No âmbito do controle incidental, a legitimação ativa
pertence a qualquer pessoa, no curso de qualquer processo
submetido à apreciação do Poder Judiciário. Assim, qualquer uma
das partes do processo pode suscitar a questão de
inconstitucionalidade. Ademais, ainda que nenhuma das partes o
faça, o Ministério Público ou o Juiz, de ofício, poderão fazê-
lo.
11 – No controle incidental de normas, a proclamação de
inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal produz
efeitos, em princípio, apenas inter partes, permanecendo o ato
válido com relação a terceiros não integrantes da lide. Essa
decisão, no entanto, poderá vir a ter eficácia contra todos
(erga omnes), caso o Senado Federal, por meio de Resolução,
decida pela suspensão da execução do ato declarado
inconstitucional, definitivamente, pelo Supremo Tribunal
Federal.
12 – A decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, no
âmbito do controle incidental, possui, por si só, eficácia
jurídica em relação as partes do processo; apenas a concessão de
eficácia erga omnes de tal decisão é que fica condicionada à
suspensão da execução da lei pelo Senado Federal.
13 – No controle incidental de normas, o Senado Federal não está
obrigado a suspender a execução da lei declarada
inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.
14 – Não há, na Constituição Federa, previsão de prazo para que
o Senado Federal proceda à suspensão da execução da lei
declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal no
controle difuso.
15 – O Senado Federal, após a suspensão da execução da lei
declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, não
pode revogar o seu referido ato de suspensão.
16 – O Senado Federal, ao suspender a execução da lei declarada
inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, não pode
restringir ou ampliar a extensão do julgado do tribunal.
17 – A competência do Senado Federal, insculpida no art. 52, X,
da Constituição Federal, para suspender a execução, no todo ou
em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão
definitiva do Supremo Tribunal Federal alcança as leis federais,
estaduais, distritais e municipais.

11
18 – A previsão constitucional para que o Senado Federal
suspenda a execução, no todo ou em parte, de lei declarada
inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal
Federal, aplica-se somente àquelas decisões proferidas no
controle difuso ou incidental de constitucionalidade.
19 – O princípio da razoabilidade/proporcionalidade, que segundo
a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, tem sua sede
material no princípio do devido processo legal, tem sido
reiteradamente utilizado pelo tribunal no âmbito do controle de
constitucionalidade.
20 – A ação civil pública pode ser utilizada como instrumento de
controle de constitucionalidade, desde que sua decisão não
funcione como sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade,
usurpando a competência originária do Supremo Tribunal Federal.

TERCEIRA AULA:

SISTEMA DE ELEIÇÕES (DIREITOS POLÍTICOS) ARTS. 14 A 17 CF

a) Sistema majoritário

1. simples ou relativo (1º domingo de out. 1 só turno).


- prefeitos de municípios com até 200.000 eleitores.
- senadores.

2. absoluto (1º turno ou 2º turno)


- 1º turno: o candidato que tiver mais votos ganha,
desde que tenha maioria absoluta de votos válidos.

**PREFEITOS.
a) municípios com até 200.000 eleitores, terá apenas 1 turno.
Quem tiver maioria simples vence.
b) municípios com mais de 200.000 eleitores. Aplica-se o
sistema majoritário absoluto. Só será eleito no 1º turno se
obtiver maioria absoluta.

OBSERVAÇÃO: Presidente, Governadores e municípios com mais de


200.000 eleitores, a eleição só acaba no 1º turno se o candidato
obtiver maioria absoluta. Caso contrário, vão os dois mais
votados para o 2º turno.

b) Sistema proporcional

São para os vereadores e deputados (federais ou estaduais):


Envolve:
a) votos válidos: total de votos menos brancos e nulos;
b) cargos: Deputados e Vereadores;
c) quociente: mínimo de votos para eleger um candidato;

12
d) quociente partidário: quantos candidatos cada partido
elegerá.

FEDERALISMO ou FORMA FEDERATIVA DE ESTADO

- É cláusula pétrea. Art.1º, 18, 60, $4º, CF.


- DIVISÃO DE COMPETÊNCIAS = FORMA FEDERATIVA:

A estrutura da República Federativa do Brasil é a somatória dos


Estados Membros, Distrito Federal e Municípios (art. 1º CF).

OBS: NÃO CONFUNDIR COM DIVISÃO POLÍTICO-AMINISTRATIVA, PREVISTA


NO ART. 18 DA CF. Nessa divisão fazem parte: UNIÃO, ESTADOS, D E
MUNICÍPIOS. No art. 1º são só os Estados, DF e Municípios.
No artigo 1º da CF, a União não tem personalidade jurídica. Quem
tem é a República Federativa do Brasil.
No artigo 18 da CF, a União tem personalidade jurídica. É uma
pessoa jurídica, como os Estados, DF e Municípios.

No art. 18 se trata de Poder dos entes: O poder é distribuído


entre os entes federativos.

UNIÃO - Pessoa jurídica de direito público interno.


RFB (externo)Bicameralismo só existe na esfera
federal, são dois órgãos que formam a mesma casa.
(Câm.Dep. e Senado).
ESTADO - São 26. Art.18, $3º, CF, criar novo Estado.
São 26 Assembléias Legislativas.
Criar novo Estado precisa Plebiscito + Lei Complem.

MUNIC. - 5560 municípios. Sua norma fundamental é a Lei


Orgânica do Município, não existe Constituição.
Criar novos municípios. Art.26, $4º, CF:
- Estudo de viabilidade;
- Plebiscito entre população interessada;
- Lei estadual;
- Prazo estabelecido por lei complementar Federal.

DF - Art.32 CF – DECORAR TODO ARTIGO, PRINCIPALMENTE CAPUT.


Norma fundamental = Lei Orgânica. MUITA ATENÇÃO
Poder Legislativo do DF = Câmara Legislativa = só DF.
Não existem municípios no DF.
Não existe prefeitos nem vereadores, mas sim
Administradores.
Não existe intervenção distrital. PODE CAIR NA PROVA
Chefe do executivo = é o Governador do DF.
Competência Legislativa Cumulativa. Art.32, $1º, CF.
- Tem conteúdo Estadual e Municipal (cumulativo).

TERRITÓRIOS Art.33, CF.


FEDERAIS Atualmente não existe nenhum. Mas pode existir.

13
Eram regiões que União cuidava, mas nenhum Estado
Queria para ele como seu território.
Art.35, 2ª parte, CF – Intervenção Federal em
municípios só se eles forem localizados em
territórios federais.
ATENÇÃO: Pode a União intervir em um município? Pode, desde que
ele esteja dentro de um território.
VEDAÇÕES EXISTENTES QUANTO AO FEDERALISMO

VER = ART. 19, I, II, III, CF.

Não pode existir igrejas oficiais, nem podendo o Estado


subvencionar igrejas, o que significa que o Estado não pode
sustentá-las.

OBSERVAÇÃO: Não pode haver ajuda do Estado, RESSALVADAS NA FORMA


DA LEI A COLABORAÇÃO DE INTERESSE PÚBLICO OU AINDA À ENTIDADES
FILANTRÓPICAS. MUITA ATENÇÃO: PODE CAIR

CRIAÇÃO DE NOVOS ESTADOS (ART.19, § 3º CF)

Depende de:

a) Aprovação da população interessada;


b) Plebiscito;
c) Lei complementar federal;
d) Competência: Congresso Nacional.
RESUMINDO: Depende de plebiscito e Lei complementar.

CRIAÇÃO DE NOVOS MUNICÍPIOS (ART.19, § 4º CF)

Depende de:

1. Lei complementar estabelecendo prazo. ESTA LEI AINDA NÃO


EXISTE.
2. Estudo de viabilidade para criação do município.
3. Consulta ao povo (plebiscito).
4. Lei Estadual criando o município.

OBSERVAÇÃO: O STF não admite a criação de novos municípios,


enquanto não for editada a lei complementar, prevista na CF.

O contrário do Estado Federado é o Estado Unitário. Não pode ser


mudada a forma de Estado no Brasil, pois, é uma cláusula pétrea.
Art. 60, § 4º, I da CF.

CLÁUSULAS PÉTREAS.

Conheça outros nomes destas cláusulas:


a) Cerne fixo;
b) Limitações constitucionais às EC (mudanças constituição);
c) Núcleos constitucionais intangíveis;

14
d) Cláusulas de inamovibilidade;
e) Cláusulas inabolíveis.

COMPETÊNCIA LEGISLATIVA E ADMINISTRATIVA (ART.21 CF) CAI*

Legislativa : aptidão para realizar algo.


Administrativa: não legislativa (EXECUTÓRIA).
Compet. Execut. EXCLUSIVA: Ex: Art.21 só UNIÃO. - (Não delega)
Compet. Legisl. PRIVATIVA: Ex: Art.22 só UNIÃO. - (pode delegar)
Delega mediante lei complementar aos
Estados membros. Art.22, P. Único. CF

Compet. Execut. COMUM : Art.23 – qualquer um pode executar.


Compet. Legisl. CONCORRENTE: Art.24 – ao mesmo tempo:

1ª União faz normas gerais – leis federais - $1º


2ª Estados podem suplementar – leis estaduais – leg. Fed. - $2º
3ª Inexistindo lei fed. os Estados legislam plenamente - $3º
(normas gerais e normas especiais = lei estadual) CAI*
Para atender suas peculiaridades (no seu território)
4ª Superveniência de lei federal SUSPENDE a eficácia da lei
estadual no que for contrário - $4º
Existe possibilidade de coexistência entre leis federal e
estadual (concorrente).

INTERVENÇÃO FEDERAL (34 ao 36, CF) – DECRETO PRESIDENCIAL

Intervenção UNIÃO – ESTADO


UNIÃO – DF

1 – DE OFÍCIO: I, II, III e V – Presidente da República ouve 2


conselhos e decreta, o congresso confirma.

2 – SOLICITAÇÃO DOS PODERES: IV –

- EXECUTIVO Coagido em função típica nas unidades federativas.


- LEGISLAT. Chefes requisitam ao Pres. Rep. – Segue o 1º.

- JUDICIÁRIO Coagido, presidente TJ pede para STF a interv. e


STF faz requisição judicial (3º). Não ouve os 2
conselhos e não tem controle.

3 – REQUISIÇÃO JUDICIAL: VI e VII – Judiciário coagido (TJ) pede


para STF a interv. e este faz
requisição judicial ao Presidente da
República. Podem: TJ, TSE e STF.

PROCEDIMENTO:

- De Ofício e Solicitação dos Poderes Legisl. e Exec. coagidos:

15
1º Presid. Rep. ouve 2 conselhos = Conselho da República, e
Conselho de Defesa Nacional.
2º Presidente Decreta = pois só por decreto intervenção federal.

3º Controle Político = feito pelo Congresso que confirma ou não.


SEMPRE DEPENDE DE RATIFICAÇÃO PELO LEGISLATIVO.

ESTADO DE DEFESA (ART.136 CF)


- Locais restritos e determinados.
- Ameaça à ordem pública ou paz social – INTERNO.
- Grave e iminente instabilidade institucional do Estado.
- Calamidades de grande proporção na natureza.
- PRAZO: 30 dias, prorrogável por mais 30 dias.
Máximo de 60 dias.
- Prisão não pode ser superior a 10 dias, salvo determinação do
Judiciário.
- É vedada a incomunicabilidade do preso.

PROCEDIMENTO:
1º Presid. Rep. ouve 2 conselhos = Conselho da República, e
Conselho de Defesa Nacional.
2º Presidente Decreta = tem que se decreto presidencial.

3º Congresso faz o controle político:

a) Confirma o Decreto;
b) Controle concomitante, 5 membros da mesa vão acompanhar;
c) Controle sucessivo, ao final o presid. relata por mensagem ao
congresso.

EXCEÇÃO: Direitos fundamentais limitados por decreto do


presidente. (é pétrea mais pode) ????????????????????
Pergunta: Direito fundamental pode sofrer restrição? SIM. EM
CASO DE ESTADO DE DEFESA E DE SÍTIO.

ESTADO DE SÍTIO (ART.137 a 139 CF)

- Comoção grave de repercussão nacional – INTERNO.


- Prazo 30 dias + 30 dias + 30 dias .... até resolver.
- Resposta à agressão armada estrangeira, guerra – EXTERNO.
- Em caso de guerra não há prazo, indeterminado.
“Em caso de guerra eu vou para o sítio” – Lembrar.

PROCEDIMENTO:

1º Presid. Rep. ouve 2 conselhos = Conselho da República, e


Conselho de Defesa Nacional.
2º Pede autorização ao Congresso = Controle político PRÉVIO.

3º Aceito pelo congresso DECRETA o estado de sítio.

4º Controle político = Congresso:

16
- Concomitante – 5 membros da mesa vão acompanhar.
- Sucessivo – ao final o presid. relata por mensagem.

• Se o Presidente não seguir estes passos há


INCONSTITUCIONALIDADE, pois é imposto pela CF.

NORMAS COMUNS ENTRE OS 3 INSTITUTOS:

(INTERVENÇÃO FEDERAL)
(ESTADO DE DEFESA)
(ESTADO DE SÍTIO)
- São chamadas de Legalidades Extraordinárias.
- São criadas por Decreto do Presidente da República.
- São temporárias e excepcionais.
- Em REGRA ouve-se os 2 conselhos (órgãos consultivos)
Salvo Intervenção Federal por Requisição Judicial (STF).

DIFERENÇAS ENTRE ESTADO DE DEFESA E DE SÍTIO:

a) DEFESA: O Presidente decreta e submete ao Congresso, que pode


ratificar ou não. Prazo: 30 dias, prorrogáveis por mais 30 (SÓ).

b) SÍTIO: O Presidente ouve os Conselhos e pede autorização ao


Congresso, que pode autorizar ou não. Prazo: 30 + 30 + 30...
(enquanto durar a comoção) No caso de guerra: Não tem prazo
certo. Pode ser pelo prazo que necessitar.

QUARTA AULA:

PODER LEGISLATIVO NO BRASIL  Veja quadro sistemático anexo.

MESAS: órgãos diretivos de uma casa.

1 – presidente / 2 – vices / 4 - secretários

- Declara perda de mandato, seu membro.


- Promulga EC – 2 mesas CÂM e SEN. – art.60, §3º, CF.
- Existe em todas as casas.
- Presidente da mesa é o presidente da casa – dirige a casa.
- Só na esfera federal tem 3 mesas.

Mesa Câmara
Mesa Senado
Mesa Congresso = os 2 acima juntos (câmara + senado)
Presidente do senado preside o congresso.

COMISSÕES PARLAMENTARES

Parlamentares: existem sempre.


CPI – art.58, §3º, CF – investigar algo interesse do Estado.

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Requisitos:

- 1/3 dos membros devem assinar (pode ser Câm. ou Sem. ou CN).
- investiga fato certo por prazo determinado.
- poderes próprios das autoridades judiciais.
- conclusões são encaminhadas ao MP.
- o MP promove responsabilidade civil e criminal dos infratores.
NENHUMA CPI PODE:

- Determinar interceptação telefônica – só judiciário em


processo criminal em que a lei autoriza tal meio de prova.
O que a CPI pode é: Determinar quebra de sigilo bancário.

Existem: CPI Federal


CPI Distrital (DF = estadual e municipal)
CPI Municipal (câmara de vereadores)

FUNCIONAMENTO DO CONGRESSO NACIONAL

SESSÃO LEGISLATIVA: (Anual – se houver uma rejeição MP


e EC; somente no próximo ano)

- Existe de: 15/02 até 30/06


01/08 até 15/12

- Recesso: (descanso) – 01 a 31 julho e 16/12 até 14/02


- Legislatura: é o período de 4 anos
- Sessão legislativa ordinária: período diário – a cada 15 dias
é a noite.
- Sessão legislativa extraordinária: são as convocações durante
recesso.
- Sessão Extraordinária (horas extras) – além do horário
(sábados, domingos e feriados).

IMUNIDADE PARLAMENTAR (art.53 CF)

A) MATERIAL (inviolabilidade): os parlamentares são imunes civil


e criminalmente por suas opiniões, palavras e votos no
exercício da atividade parlamentar. (calúnia, injúria,
difamação). Todos os parlamentares nas suas áreas de
circunscrição, ex.: vereador é dentro do município.

B) FORMAL (também chamada propriamente dita) é a possibilidade


de suspensão da prisão e do processo por maioria absoluta dos
membros da respectiva casa. Somente por ser crime
inafiançável e em flagrante delito.
Suspenso o processo está suspenso a prescrição.

- Vereador não tem imunidade FORMAL. Só tem a material,


dentro de seu município. PODE CAIR.
- Quem possui? Os Deputados Federais, DF e Estaduais, e os

18
Senadores.

PERDA DO MANDATO (art.55 CF)

- Quem tem que declarar a perda do mandato é a mesa da


respectiva casa.

FALTA DE DECORO PARLAMENTAR: processo de cassação, perda do


mandato.

POR FALTA DE ASSIDUIDADE: faltar mais de 1/3 da sessão


legislativa sem justo motivo, perde o mandato.

ESPÉCIES NORMATIVAS

ART. 60 CF – a constituição poderá ser emendada mediante


proposta:

I – de 1/3 dos membros da Câmara Deputados ou do Senado.


II – do Presidente da República.
III – mais da metade da assembléia legislativa dos Estados.

§2º - Congresso vota em 2 turnos, 2 casas, 3/5 dos membros.

• Ler arts. 5º, §3º e 60, §2º, da CF.

§3º - Promulgação pelas Mesas da Câmara Deputados e do Senado.

* Não pode haver emendas à CF durante: Intervenção Federal,


Estado de Defesa e Estado de Sítio.

§4º - Emenda à CF não poderá atentar contra:


. a forma federativa de Estado;
. o voto direto, secreto, universal e periódico;
. a separação dos poderes;
. os direitos e garantias individuais.

§5º - a mesma matéria que foi proposta de emenda e foi


rejeitada, só pode voltar como proposta novamente na
próxima sessão legislativa (próximo ano).

- O art.60, §4º, e seus incisos trazem as CLÁUSULAS PÉTREAS.


- O art.5º é cláusula pétrea porque acoberta grande parte de
direitos e garantias fundamentais.

LEI COMPLEMENTAR

- Só uso lei complementar quando a CF determine especificidade


de matéria, ou seja, necessidade de esclarecimento sobre ela.

- Art.69, CF, as leis complementares são aprovadas por maioria


Absoluta = total de membros.

19
* Lei Ordinária =/= Lei Complementar

- Lei Ordinária é uma Lei Comum, e a lei determinada pela lei


federal, feita pelo Congresso Nacional, tem que passa pelas duas
casas, “bicameralismo”, deputados federais e senado federal.

- É aprovada por maioria simples ou relativa (leva em


consideração os presentes) no mínimo a maioria absoluta para
extrair a maioria simples.
Ex.: de 100 senadores, presentes 55 pode ocorrer a votação.

INICIATIVA RESERVADA

- Somente o Presidente da República, art.61, §1º, inc. I e II.

- Se houver violação da iniciativa reservada, isso caracteriza


inconstitucionalidade formal (violação de um procedimento),
inconstitucionalidade material (cláusula pétrea).

MEDIDA PROVISÓRIA - art.62 CF

- Quem pode adotar (editar)? = Presidente da República.


- Em que situações? = Em caso de Relevância e Urgência.

Restrições à MP: (não pode existir MP)

a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos e eleitoral;


b) direito penal, processual penal e processual civil;
c) organização do poder judiciário e do Ministério Público;
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e
créditos adicionais e suplementares, ressalvado o 167, §3º.

OBSERVAÇÃO: Medida Provisória não pode criar CRÉDITOS, salvo os


CRÉDITO EXTRAORDINÁRIOS para atender a despesas imprevisíveis
(guerra, calamidade públ.)(Art. 167, § 3º, CF)

-> MP não pode determinar detenção, seqüestro de bens de


poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro.

-> MP nasce para ser convertida em Lei Ordinária (lei federal).

-> MP não pode adentrar em matéria de Lei Complementar.

-> MP que implique em instituição ou majoração de impostos só


produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte.

-> MP pode criar e aumentar tributos: quais?: IMPOSTOS. Sujeito


ao princípio da anterioridade, deve respeitar a noventena.

-> MP não pode mexer nos impostos sobre: Importação, Exportação,

20
IPI, IOF – Somente através de decreto.

-> MP na pode tratar de matéria já disciplinada em projeto de


lei APROVADO, pendente de sanção ou veto.

IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO EM CASO DE GUERRA - art.154, II, CF


PRAZOS DA MEDIDA PROVISÓRIA:

- 60 dias prorrogável por mais 60 dias. No máximo 120 dias,


porém durante o recesso o prazo fica suspenso, mas a MP
continua vigendo. Se for aproveitado o prazo de recesso, a MP
vai viger por mais de 120 dias.

OBSERVAÇÃO: As MP que existiam até 11/09/2001 não tem prazo. No


dia 11 de setembro entrou em vigor a EC/32, que disciplinou os
prazos da MP.

* Prazo de trancamento da pauta e regime de urgência: 45 dias,


dentro dos 60. Este prazo de 45 dias é o ideal para converter a
MP em lei. OBSERVAÇÃO: Se não for votado nesse prazo, tranca-se
a pauta. Na casa em que a MP estiver parada não se vota mais
nada.

CAMINHO DA MP PARA SE TORNAR LEI ORDINÁRIA

1. Presidente da República edita a MP;


2. Publicação;
3. Envia para a Câmara dos Deputados;
4. Comissão parlamentar mista;
5. Presidente do Senado vai promulgar;
6. Publica;
7. Virou Lei Federal.

OBSERVAÇÃO: Se houver alteração da proposta original, vai seguir


o caminho da lei ordinária, ou seja, Presidente – sanção ou veto
– promulgação e publicação.

SEO PRESIDENTE DA REPÚBLICA EDITOU E SANCIONOU A MP É PORQUE


HOUVE ALTERAÇÃO. Ele começou e terminou .

Se a MP for rejeitada em uma sessão legislativa só poderá ser


reeditada na própria sessão legislativa.

LEI DELEGADA - art.68, §1º, CF

- Quem edita é o Presidente da República, tem que pedir


autorização para o Congresso Nacional.

=/= MP e Lei Delegada: Na delegada o Presidente tem que pedir


licença para o Congresso, através de uma resolução, porque ela é

21
lei definitiva. A MP não é definitiva, ela nasce para se tornar
lei ordinária. MP não precisa de autorização do Congresso.

DECRETO LEGISLATIVO – CONGRESSO NACIONAL


- Art.49, CF – as atribuições do Congresso Nacional.
- RESOLUÇÃO: pode ser da Câmara, do Senado ou do Congresso.
OBS.: Art.52, X, CF. – resolução do senado, controle difuso,
recurso extraordinário.
- Resolução do Congresso, autorizando o Presidente a fazer Lei
Delegada.

PODER EXECUTIVO NO BRASIL

FEDERAL – Brasileiro nato, art.12, §3º, CF.


- Presidente da República, Vice, Ministro
de Estado.

PODER ESTADUAL – 26 Estados. Governador e Vice,


EXECUTIVO auxiliados por secretários estaduais.
NO BRASIL

DISTRITAL – Governador e Vice, auxiliados por


secretários distritais (art.32 CF).

MUNICIPAL – Prefeito e Vice, auxiliados por


secretários municipais.

- Nós temos 27 governadores no Brasil – 26 Estados + o DF.


- Mandato do Poder Executivo – 4 anos – reeleição 1 vez.
- Período subseqüente.

Reeleição em todas as esferas:

1º turno = 1º domingo de outubro – conseguir a maioria absoluta


dos votos válidos (total menos brancos e nulos).
2º turno = último domingo de outubro – (os dois mais votados).

OBSS.: - O sistema de eleição é o sistema majoritário absoluto.


- Municípios com 220 mil eleitores se têm um só turno,
sistema majoritário relativo ou simples é o mesmo para
senadores.

Art.80, CF.

Vagando os cargos de Presidente e Vice, assumem nesta ordem:

1º- Presidente da Câmara dos Deputados;


2º- Presidente do Senado Federal;
3º- Presidente do STF.

22
Art.81, CF.

- Se o Presidente e o Vice morrerem (nos 2 primeiros anos do


mandato) far-se-á nova eleição DIRETA, FEITA PELO POVO. Até 90
dias, após a abertura da última vaga.
- Se o Presidente e o Vice morrerem (nos 2 últimos anos do
mandato) far-se-á eleição PELO CONGRESSO NACIONAL (NÃO POVO).
Até 30 dias, após a abertura da última vaga.
PROCESSO DE IMPEACHMENT – IMPEDIMENTO – Arts. 85 e 86, CF.
- Ocorre quando o Presidente comete crime de responsabilidade.

São Crimes de Responsabilidade os atos que atentem contra:

1- a existência da União;
2- o livre exercício do Poder Legislativo, Poder Judiciário,
do Ministério Público e das unidades da federação;
3- o exercício dos direito políticos, individuais e sociais;
4- a segurança interna do país;
5- a probidade na administração;
6- a lei orçamentária;
7- o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

FASES DO IMPEACHMENT

1ª fase: juízo de admissibilidade – Câmara dos Deputados, por


2/3 dos membros;
2ª fase: o julgamento por crimes comuns – STF julga.
2ª fase: o julgamento por crimes de responsabilidade – Senado
Federal julga, com 2/3 dos seus membros.

- O Presidente ficará afastado por 180 dias das suas atividades.


Se nesse prazo não tiver sido realizado o julgamento do
Presidente, cessará o seu afastamento.
- Punição é a perda do cargo e fica inabilitado por 8 anos para
exercer funções públicas.
- A proibição é para ser votado, pois pode votar normalmente.
ATENÇÃO: Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas
infrações comuns, o Presidente da República, não estará sujeito
à prisão.

QUINTA AULA:

ARTIGOS QUE DEVERÃO SER LIDOS COM CALMA, POIS OS QUE MAIS CAEM.

ARTS.: 93, 95, 97, 102, 103, 103-A, 105, 109 + EC 45/2004 TODA.

GARANTIAS CONSTITUCIONAIS – Art.95, CF.

VITALICIEDADE: adquire-se com 2 anos de exercício na função. O


magistrado adquire de 2 modos:

23
1- juiz concursado – 2 anos de efetivo exercício do cargo
(estágio probatório).
2- 1/5 constitucional – membros do MP e Advogados, adquirem
com o 1º ato, já é vitalício.
- O vitalício só perde o cargo mediante SENTENÇA CONDENATÓRIA
TRANSITADA EM JULGADO.

INAMOVIBILIDADE: o juiz não pode ser removido contra sua


vontade. SALVO: interesse público e maioria
absoluta do respectivo tribunal ou do conselho nacional de
justiça concordem.

IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIOS: o salário de membros da


magistratura não pode ser reduzido, APENAS
limitado ao teto da categoria, que ainda não
foi regulamentado.

REPERCUSSÃO GERAL (ART. 402, § 3º CF + EC 45/04 + Lei 11.418/06.

Deverá ser alegada preliminarmente quando da interposição do


Recurso Extraordinário.

A recusa somente se dará por 2/3 dos membros do STF.

Foi regulamentada pela Lei 11.418/06, a qual acrescentou os


artigos 543-A no CPC.

CASOS DE REPERCUSSÃO GERAL:

a) Deve haver interesse econômico, político, jurídico ou


social;
b) Ultrapassar interesses subjetivos das partes;
c) Contrariar súmula ou jurisprudência dominante do Tribunal.
Nesse caso, sempre haverá repercussão geral.

SÚMULA VINCULANTE – Art. 103-A – LER ESTE ARTIGO COM ATENÇÃO*


(Regulamentada pela Lei 11.417/06)

OBSERVAÇÃO: Em nenhum caso, há a suspensão do processo.

- Quando não for proposta pelo PGR, este será ouvido previamente
- STF cria súmula vinculante.
- reiteradas decisões de matéria constitucional
- Quorum de 2/3 dos Ministros do STF = 8 ministros.
- Geram efeitos similares de uma Adin genérica e Adecon, ou
seja, erga omnes e vinculante.
- Súmula Vinculante pode ser revista ou cancelada? SIM
- Quem pode pedir? Mesmas pessoas que podem propor Adin ou
Adecon. (art.103 CF) + Defensor Público-Gral da União +
Tribunais + Municípios de forma incidental em processos de que
sejam partes. (LEI 11.417/06).

24
OBSERVAÇÃO: vincula todo o Poder Judiciário; Adm Pub Dir e Ind.
das esferas federal, estadual e municipal.
O STF disse que Poder Legislativo na sua função típica não está
vinculado
- Maior incidência na prova da OAB – arts. 96, 97, 98.
- Contra omissão ou ato da administração pública, só caberá
reclamação para o STF, após esgotadas as vias administrativas.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

- Homologação de sentença estrangeira, era de competência do


STF, agora é do STJ. (baixou uma instância para desafogar o
STF que tem menos ministros que o STJ). Art. 102 e 105 CF.

- ROC – Recurso Ordinário Constitucional – 102, II e 105, II.


Analisar suas diferenças, pois os 2 são ROC. VER ROC DE
DECISÃO DA JUSTIÇA FEDERAL – Art. 105, II, “c”

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS – REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

- TODO O ARTIGO 5º DA CF.


- Remédios ou Garantias Constitucionais são para defender
direitos.
- Crimes imprescritíveis: RACISMO E AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS.

DIREITO DE PETIÇÃO: 5º, XXXIV, “a”. É conceito diferente do


direito processual.

- É o meio de se levar ao conhecimento do Estado que existe algo


ilegal ou abusivo. Sem formalismo ou advogado.

HABEAS CORPUS: 5º, LXVIII. – Desnecessidade de Advogado.

- Ver sem falta arts. 647/667 CPP – trata do HC.


- HC pode ser PREVENTIVO – ameaça de prisão ilegal ou abusiva.
Também chamado de “Salvo Conduto”.
- HC pode ser REPRESSIVO ou LIBERATÓRIO – já houve a prisão
ilegal ou abusiva. Também chamado de “Contra Mandado”.
- HC para pessoa jurídica é possível – quando comete crime
ambiental, para trancar IP ou Ação Penal.

HABEAS DATA: 5º, LXXII, “a”. Lei 9.507/97.


- Acesso e Retificar ou Corrigir dados ou informações do
impetrante que estão em uma entidade governamental ou órgão
público ou entidade privada de caráter público (SERASA, SPC,
Adm. de Cartão de Crédito, Bancos etc)
- É ação judicial, precisa de advogado.
- Deve antes esgotar as vias administrativas possíveis. PODE
CAIR

MANDADO DE SEGURANÇA: 5º, LXIX. Lei 1.533/51 e 4.348/64.

25
- Direito líquido e certo (não tem testemunhas, comprova com
documentos).
- Cabe quando não couber HC nem HD.
- Abuso de autoridade pública ou pessoa jurídica no exercício de
atividade pública (concessão, autorização, delegação).
- Ex.: quer certidão do INSS, que nega.
- Ex.: retirar informações em lugar inadequado.

MANDADO DE INJUNÇÃO: 5º, LXXI. – Não tem regulamentação ainda.

- Quando houver falta de norma regulamentadora sobre o tema.


- Qualquer direito ou liberdade constitucional (gênero), ou das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, cidadania e
soberania (espécies).
- É controle difuso de constitucionalidade = qualquer pessoa
comum pode utilizar.
- Pleiteado em qualquer juízo ou tribunal para ordenar quem não
fez, que regulamente a norma.
- É possível no STF, quando Congresso Nacional não fez a lei.
- É ação judicial, precisa de advogado.
* OBS.: OS QUE MAIS CAEM SÃO: M. DE SEGURANÇA e M. DE INJUNÇÃO.

DIFERENÇAS ENTRE MAND. INJUNÇÃO E ADIN SUPRIDORA DE OMISSÃO:

- Situação fática é a mesma;


- Inconstitucionalidade por omissão, pois falta regulamento;
- Pode usar qualquer dos 2 institutos.

- Omissão de órgão público – 30 d. para regulamentar. 103, §2º.


- Omissão do Legislativo – dá-se ciência para fazer, sem prazo.

ADIN – Competência do STF;


M.I. – Qualquer juízo ou tribunal, até mesmo o STF.

ADIN – Legitimidade ativa somente das pessoas do art.103 da CF;


M.I. – Legitimidade ativa de qualquer pessoa.

AÇÃO POPULAR: 5º, LXXIII. Lei 4.717/65.

- Visa proteger o patrimônio público, histórico e cultural, a


moralidade administrativa etc.
- Legitimidade Ativa – qualquer cidadão comum, ELEITOR.
- Como o próprio nome diz, é ação, precisa de advogado.
CUIDADO: Ministério Público tem legitimidade extraordinária
(postula em nome próprio defendendo direito alheio), caso o
cidadão comum desista. Assim, o MP assume e continua ação.

- Pode assumir e pedir arquivamento;


- Na fase de execução DEVE executar – não desiste mais.

MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO: 5º, LXX.

26
- Só para proteger grupos de pessoas.
- Mesmos requisitos do MS individual.
- Legitimidade ativa é diferente:
a) Partido político com representação no congresso;
b) Organismo sindical, entidade de classe e associação com
mais de 1 ano de existência.

AÇÃO CIVIL PÚBLICA: Lei 7.347/85.

- É do Ministério Público e de outras pessoas previstas na Lei


(OLHAR O ROL DE LEGITIMIDADE NA LEI 7.347/85).
- Mesmo objeto da Ação Popular, só muda a legitimidade ativa.
- Ambiente ampliado, dá maior proteção. Veja lei.

NACIONALIDADE

- Arts. 12 (ATENÇÃO alínea “c” EC 54/07) e 13, CF + Lei


6.815/80.

BRASILEIRO NATO = aquele que nasce no Brasil. SALVO:

a) Pais estrangeiros e a serviço do país de origem. (cônsul,


diplomata, embaixador).

b) Pais brasileiros no exterior a serviço do Brasil.

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe


brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira
competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil
e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade,
pela nacionalidade brasileira; (ALTERAÇÃO FEITA PELA EC 54/2007)

CARGOS PRIVATIVOS DE BRASILEIROS NATO:

Todo executivo federal: - Presidente e Vice da República;


- Presid. Câmara dos Deputados;
Lembrar na ordem de - Presidente do Senado Federal;
Sucessão do Presid. - Ministro do STF (todos os 11).
- Carreira diplomática;
- Oficial forças armadas;
- Ministro de Estado da Defesa.
EXTRADIÇÃO:

- Envolve 2 países;
- 5º, LI, CF  Ver*;
- Brasileiro NATO NUNCA será extraditado;
- O naturalizado pode, em 2 casos:

1- Crime comum anterior à naturalização;


2- Comprovado tráfico ilícito de drogas INTERNACIONAL.

27
EXPULSÃO:

- Envolve apenas 1 país, o que expulsa;


- Cometeu crime grave contra interesse social;
- Só estrangeiro pode ser expulso – nato e naturalizado não.

DEPORTAÇÃO:

- Envolve apenas 1 país, o que deporta;


- Caso de estrangeiro que entra no país ilegalmente.

BANIMENTO:
- Envio compulsório de nacional para o estrangeiro;
- Antigo exílio;
- Não existe mais, nem poderá existir.

DIREITOS POLÍTICOS – Art. 14/17, CF.

- Voto obrigatório: 18 anos


- Alistabilidade: capacidade eleitoral ativa = poder votar.
- Elegibilidade : capacidade passiva = ser votado – candidato.

Ver §1º: Vota se quiser (facultativo):

- Analfabeto – voto facultativo – não pode ser candidato.


- Maior de 70 anos – voto facultativo – pode ser candidato.
- Maior de 16 e menor de 18 – voto facultativo – não candidato.

Ver §2º: Inelegibilidade Absoluta (não se candidata):

- Os inalistáveis: Estrangeiros;
Menor de 16 e até 18;
Analfabeto;
Conscrito (homem durante serviço militar).

CARGOS ELETIVOS: Aquele em que se vota.


Só o Presid. e Vice devem ser natos.
Deputado Federal e Senador não precisam.

IDADE, art.14, §3º, VI: Presidente, Vice Pres. e Senador – 35


Governador – 30
Deputado e Prefeito – 21
Vereador – 18

DESINCOMPATIBILIZAÇÃO = afastamento do cargo:

- SOMENTE Poder executivo;


- Afastar-se 6 meses antes da eleição;

28
- Ex.: Prefeito quer concorrer a Deputado.

* Para reeleição não precisa

29
DIREITO ADMINISTRATIVO

PRIMEIRA AULA:

Estado tem 3 poderes:

PODERES Função Função


Típica Atípica, Secundária

LEGISLATIVO : Legislar - Administrar (licitação)


EXECUTIVO : Administrar - Legislar (Medida Provisória)
JUDICIÁRIO : Aplicar Lei - Administrar (férias func.)

Função Administrativa Típica – Executivo


Função Administrativa Atípica – Legislativo / Judiciário
 (não é só o executivo que administra).

PRINCÍPIOS

1- Supremacia do Interesse Público sobre o Particular:

Eventual conflito entre o particular e a coletividade deve


prevalecer o interesse da coletividade.

Primário – da coletividade, beneficia a todos em geral. É o


único que prevalece sobrepõe ao particular.
Secundário – não coletividade, mas do administrador. Está
relacionado ao interesse patrimonial da administração. Ex:
interpor recurso meramente protelatório.

Essa regra não é absoluta: NÃO SE APLICA CONTRA DIREITOS


INDIVIDUAIS.

2- Indisponibilidade do Interesse Público:

O interesse público é indisponível e irrenunciável, não é do


administrador, mas do povo, coletividade. Não se pode dispor de
interesse alheio.
Existem exceções a este princípio:
a) Lei das concessões de serviços públicos: Há a
possibilidade de se submeter à arbitragem;

30
b) Juizado Especial Federal: Há a possibilidade dos
Procuradores Públicos transacionarem.

Legalidade
Impessoalidade - Toda vez que tem que decorar
Moralidade princípios faz uma sujeira na
Publicidade cabeça, então L.I.M.P.E. -
Eficiência

3- Legalidade: Art.37, caput, CF -> L.I.M.P.E.

Só o que a lei determina ou permite a administração pública pode


fazer. A falta de lei para a administração é proibição.
Para particular a falta da lei é permissão. (contrário)
Administração só pode fazer o que está na lei, positivado. Já na
Lei 9.784 existe o dever de respeito não somente à lei mas
também ao direito. É o respeito ao bloco da legalidade.

4- Impessoalidade: ou isonomia ou igualdade ou imparcialidade.

Para Hely Lopes Meireles é o mesmo que finalidade, ou seja,


se o administrador estiver cumprindo a finalidade,
automaticamente estará sendo impessoal.

a) Administrados – tratar igualmente os particulares, impessoal.


b) Administrador – deve atuar de forma neutra, art.37, $1º, CF.
- Publicidade de atos, obras e propagandas governamentais deverá
ter caráter educativo e de orientação social, não podendo conter
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção social

Na lei 9.784: A administração deve dar tratamento objetivo ao


interesse público, sem discriminações e privilégios.

OBS: É possível haver distinção apenas com critérios


estabelecidos pela própria lei. Ex: idade para ocupar
determinados cargos (PARA TER LIMITE DE IDADE, ESTÁ DIRETAMENTE
LIGADA À RESPONSABILIDADE DO CARGO) Não se pode exigir limite de
idade se o cargo não exigir tal responsabilidade.

Tal princípio não é absoluto: se houver justa razão (pertinência


lógica) para que haja a discriminação ou a pessoalidade. Ex:
EDITAL DE CONCURSO PARA POLICIAL FEMININA, PROÍBE A PARTICIPAÇÃO
DE HOMEM.

5- Moralidade:

Boa-fé, ética, probidade etc.


Não apenas atuar legalmente, mas moralmente também.

31
Não está relacionado com a moralidade do administrador, ou seja,
se ele é pessoa boa, mas sim pelo que a administração está
fazendo.

- Além de cumprir a lei deve respeitar a ética, decoro,


lealdade, boa-fé e probidade.
- É possível a propositura de Ação Popular por cidadão (direitos
políticos) contra ato lesivo à moralidade.

* O que é ato de improbidade (está descrito na Lei Improbidade


Administrativa.OLHAR). Para o STF também vale para os agentes
políticos.

SANÇÕES NA LEI DE IMPROBIDADE (Ficar atento)

1. Civil;
2. Administrativa;
3. Política:

OBSERVAÇÃO: NÃO EXISTE PENA CRIMINAL NA LEI DE IMPROBIDADE


ADMINISTRATIVA.

- Para configurar ato de improbidade administrativa não


necessita causar lesão ao patrimônio público.

**DESCRIÇÃO DAS PENAS PREVISTAS NA LEI DE IMPROBIDADE:

1. Devolução do valor;
2. Multa cível;
3. Perda do cargo;
4. Proibição de contratar com o Poder Público;
5. Suspensão dos direitos políticos:

- Segundo entendimento do STJ, o juiz não está obrigado a


cumular todas as penas, podendo aplicar uma somente ou algumas
delas.

AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE:

- Legitimidade ativa: Ministério Público ou pessoa jurídica


interessada.
- Prazo para ato de improbidade: 5 ANOS (PRESCRICIONAL). Começa
a correr do término do mandato.

6- Publicidade: Não confundir com publicação. Está ligada à


transparência do Poder Público.

** Divulgação na voz do Brasil: NÃO SUBSTITUI O DEVER DE


PUBLICIDADE.

32
A publicação é um dos tipos de publicidade, porém, existem
outros. Ex: intimação, cartas etc.
Divulgar sua atividade amplamente, contratos etc.
Sociedade deve saber se seu interesse está sendo alcançado.

EXCEÇÕES: SEGURANÇA NACIONAL;


INTIMIDADE DOS ENVOLVIDOS

7- Eficiência:

Fazer o melhor com os recursos de que dispõe. Atingir seus


objetivos com qualidade. Tentar desburocratizar, a fim de dar
eficiência.
Aplicar os recursos da melhor forma, de modo a atingir o
máximo de objetivos (EC 19/98).
OBS: A eficiência é um requisito para avaliar o servidor no
estágio probatório.

IMPORTANTE: Deve se buscar melhores resultados por meio da


correta aplicação da lei, ou seja, dentro da legalidade.

8- Continuidade: é implícito na CF.

- Atuação da administração não pode parar, especialmente os


serviços públicos essenciais.
- Por isso há restrições à greve, para não parar 100%.
- Não aplica a “exceptio non adimpleti contractus”, que não
existe contra a administração pública, pois, não pode a empresa
contratada pela administração pública parar seus serviços por
falta de pagamento do ente público, serviço não pára.

9- Autotutela: Obriga a administração a anular atos com


defeito e revogar atos inconvenientes e inoportunos.

Adm. pública deve tutelar seus próprios atos, podendo:

REVOGAR – os atos inoportunos ou inconvenientes – tem efeito “ex


nunc”, ou seja, não retroage, vale dali para frente.
Exemplo de ato que pode ser revogado: autorização de
uso de bem público.
ANULAR - os atos ilegais – com efeito “ex tunc”, ou seja, ato
anulado retroage à data do ato anulado. Foi ilegal.

PODE revogar e não DEVE revogar, atos inconvenientes.

DEVE anular obrigatoriamente e não PODE anular, atos ilegais,


subordinado ao princípio da legalidade.

33
OBSERVAÇÃO: Pode deixar de ser anulado um ato administrativo em
razão do princípio da segurança jurídica. Será o ato
convalidado.

MECANISMOS DE CONTROLE DE ATOS ADMINISTRATIVOS

1- INGLÊS ou JURISDIÇÃO UNA – pode reclamar ao judiciário


tudo que quiser, qualquer ato.
2- FRANCÊS ou JURISDIÇÃO DUPLA – não serão avalidados atos
judiciários, por administração,
terá apenas o controle interno.
• O Brasil adotou o INGLÊS (lembrar da RAINHA), ou seja, o
judiciário pode controlar atos do poder administrativo.

• É o chamado CONTROLE EXTERNO de ato administrativo.

CONTROLE INTERNO: Adm. – revoga ou anula quando quiser. SÚMULA


473 do STF.
CONTROLE EXTERNO: Jud. – não revoga, só anula, porque não
analisa conveniência e oportunidade, só
analisa legalidade do ato.

ATO VINCULADO : liberdade pequena, lei restringe, dizendo


quando e como agir. Ex: licença para
construir, pois se o administrado preencher
os requisitos, o poder público é obrigado a
conceder a licença.

ATO DISCRICIONÁRIO: liberdade maior, dentro da lei também, mas


se utiliza da conveniência e oportunidade de
quando e como agir. Ex: autorizações em
geral.

DIFERENTE da margem de liberdade de atuação do agente


administrativo, que eles gozam, apenas, maior em um caso e menor
em outro. OS DOIS ESTÃO NA LEI.

ATENÇÃO: O judiciário controla atos administrativos (controle


externo), de atos vinculados (porque a lei vincula) e
discricionários (quando à sua legalidade apenas).

10- Razoabilidade e Proporcionalidade:

Deve o administrador nos seus atos ser razoável, dentro de um


padrão, sem excessos, sem omissões, os meios e fins compatíveis,
ou seja, o meio deve ser proporcional ao fim, numa média.

- Proibição de exagero: Segundo a Lei 9.784, deve haver


adequação entre os meios e fins. EXEMPLO DE UM PROVÉRBIO: Não se
usam canhões para matar pardais. ENTENDEU!!!

34
11- Segurança Jurídica:

É princípio de todo o direito, não apenas desta matéria.


Adm. Pública torna válido atos que contenha vício, privilegia a
estabilidade das relações jurídicas.

- proíbe interpretação retroativa da lei para prejudicar


administrados.

OUTROS PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO DIREITO ADMINISTRATIVO:

1. Celeridade processual: Os processos administrativos devem ter


uma duração razoável. Art. 5º LXXIV da CF.

2. Finalidade: Segundo Hely Lopes Meireles é sempre sinônimo de


impessoalidade, pois deve sempre buscar o interesse público;

- DESVIO DE FINALIDADE, DESVIO DE PODER OU TRESDESTINAÇÃO:

** TRESDESTINAÇÃO: é o vício que atinge o ato administrativo


quando o agente público busca interesse diverso do interesse
público. É UM ATO NULO.

EXEMPLOS DE ATOS EIVADOS DE TRESDESTINAÇÃO:

a) quando o agente busca interesse pessoal;


b) quando busca interesses de amigos ou parentes;
c) quando pratica atos para perseguir inimigos.

** Os vícios por tresdestinação podem ser praticados por


qualquer agente público (sentido amplo), podendo ser Juiz,
Promotor de Justiça, Legislador etc.

OBS: Desvio de finalidade não é vício de competência, mas de


finalidade, dessa forma, só ocorrerá desvio de finalidade se o
ato conter vício e tiver sido praticado por autoridade
competente. Se a autoridade é incompetente o vício é de
competência.

- É um VÍCIO OBJETIVO: A mera intenção viciada não é suficiente


para tornar o ato nulo, devendo haver também a violação objetiva
do interesse público.

** TRESDESTINAÇÃO AUTORIZADA: Se um bem for desapropriado para


criar uma escola, mas virar um museu não caberá retrocessão,
pois se receber qualquer destinação pública não existirá
nulidade.

35
3. Obrigatória motivação: ter explicação por escrito das razões
que levaram á sua prática. Razões de fato e de direito. Vale
tanto para os atos vinculados como para os discricionários.

4. Devido processo legal: ele se divide em duas formas:

a) formal: deve seguir o rito previsto;


b) material ou substantivo: a decisão deve ser adequada e
justa, sendo sinônimo de proporcionalidade.

PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PODER / DEVER

São poderes instrumentais, pois são meios para atingir suas


finalidades.

Irrenunciáveis – não é faculdade, é poder / dever da


administração, pois, se é caso de multa, a administração tem o
poder e o dever de multar. Trata do direito da coletividade.

a) VINCULADO: Administra situação clara e objetiva e único


comportamento a ser tomado, ou sim ou não.

b) DISCRICIONÁRIO: Exerce juízo de conveniência e


oportunidade, como e quando tomar comportamento, desde que
faça tudo obedecendo os ditames da lei.

c) HIERÁRQUICO: Organização de sua estrutura, relações de


coordenação e subordinação. Ex: quem é chefe de quem. No
poder hierárquico, o responsável pode avocar, como também
delegar. - é interno (só vale para agentes e órgãos);
- atribuições: chefia, coordenação e direção;

Dois Institutos relevantes:

1. DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA: é a atribuição de uma


competência a órgãos ou agentes subordinados ou não;
descentralização de competência: estejam subordinadas ou
não e podem ser revogadas a qualquer tempo.
EXCEÇÕES: matérias que não podem ser delegadas: 1. edição de
ato normativo; 2. julgar recurso e competência exclusiva (Lei
9.784/99)

2. AVOCAÇÃO: chama a competência de subordinado. Deve haver


hierarquia.

d) DISCIPLINAR: Sancionar agentes públicos pela prática de


infração funcional (decorre da hierarquia).
- interno: punitivo do agente;
- sanções: devido processo legal. Através de processo
administrativo disciplinar (penas superiores a 30 dias de

36
suspensão) e sindicância (penas inferiores a 30 dias de
suspensão).
** PENAS LEI 8.112/90:
- Advertência;
- Multa;
- Suspensão;
- Demissão: é o desligamento punitivo. É diferente de
exoneração que é a saída voluntária.

e) NORMATIVO / REGULAMENTAR: Quando expede atos administr.


normativos, decretos, resoluções, portarias, Ordens de
Serviços etc. Para alguns, são sinônimos. Para outros, o
Regulamentar: decretos e regulamentos; e o normativo:
demais atos.
- é privativo do Chefe do executivo;
- para dar fiel execução à lei;
- Decreto é a forma; Regulamento é o conteúdo;
- referenda ministerial: é a aprovação do Ministro.
Assinatura do ministro.

f) DE POLÍCIA: Conferido à adm. para poder restringir,


limitar, frenar direitos de liberdade, propriedade, e
atividades dos particulares, adequando ao interesse
coletivo. RESTRINGIR, nunca aniquilar, acabar.

- Do Normativo / Regulamentar: DECRETOS

DE EXECUÇÃO: art.84, IV, CF, para detalhar a lei para pessoas


cumprirem, pormenorizar a lei.
AUTÔNOMO : vem no lugar de uma lei, não detalhar, vem inovando
a lei. Expedido pelo Chefe de Executivo.

....> CF

....> LEI

....> DECRETO (regulamenta a lei)

......> ATOS NORMATIVOS

O Decreto AUTÔNOMO, previsto na CF, vem no lugar da lei.


EC/32, art.84, VI, CF – vem admitindo.

• PARA PROVA DA OAB NÃO EXISTE O DECRETO AUTÔNOMO ATENÇÃO


• O Decreto que existe só regulamenta lei já existente.

PODER DE POLÍCIA

Fundamento: a) Supremacia do Inter. Públ. sobre o Particular.


b) Executa leis, faz cumprir. Ex. vigilância sanit.

37
C) É sempre de atuação pública, não podendo ser
delegado a terceiro (particular).

Atributos/qualidades:

a) REGRA : discricionários, para penalizar.


b) EXCEÇÃO: concessão de licença para construir, vinculado.

c) COERCIBILIDADE: obrigação, é forçado, imposto.

d) AUTOEXECUTORIEDADE: adm. executa direito, sem autorização


do judiciário, é auto-executável, poder de polícia.

ABUSO DE PODER OU ABUSO DE AUTORIDADE

Pode ocorrer em dois casos:

a) Excesso de poder: quando vai além da competência que lhe


foi atribuída; e
b) Desvio de poder ou de finalidade: age dentro da sua
competência, porém, pratica atos de finalidade diversa
daquela prevista. Ex: Remove, ao invés de aplicar um
advertência.

SEGUNDA AULA:

ATOS ADMINISTRATIVOS – CAI*

- São diferentes de fatos administrativos: estes são eventos


naturais ou comportamentos humanos com repercussão no direito
administrativo, mas que não envolvem ordens a particulares.

EXEMPLOS: a) morte do servidor;


b) demolição de repartição pública;
c) pareceres sem força vinculante.

- Atos administrativos são também diferentes de atos da


administração: este é qualquer ato jurídico que não se encaixa
no conceito de ato administrativo. Ex: atos legislativos e
jurisdicionais no exercício da função típica.

Atos dos poderes Executivo / Legislativo / Judiciário


(típico) (atípico) (atípico)
Perfeição == Validade == Eficácia

Sido completo, Dentro da Valendo ou não.


ato pronto, lei. Gerando efeitos.
Dentro ou fora Possível
da lei. exigir-se
Válido: feito o que se
e assinado, exige.
vigente,

38
normal;
Inválido:
exige absurdo. EFICAZ -> vigente, valendo.

VÁLIDO INEFICAZ –> Ex: esqueceu de


publicar.
PERFEITO: INVÁLIDO EFICAZ
|
lei fora. INEFICAZ
impossível

ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO (Requisitos de vlidade) – O que


o ato precisa ter para existir.

* São seus requisitos, pressupostos.


* Existência do ato: o que ele precisa para existir.
* DIFERENTE de atributos, que são características, qualidades.

Elementos: é só lembrar do FOFI.COM

1- FORMA: como ele será exteriorizado. Prevista em lei, mas não


necessariamente escrito. ATENÇÃO: Nem todos os atos
administrativos precisam ser escritos.

2- FINALIDADE: seu objetivo, que pretende alcançar. Ex: proteção


à saúde, segurança etc. Interesse Público: comum a
todo ato adm. Finalidade Específica: o que se quer
alcançar.

3- COMPETÊNCIA: sujeito que pratica o ato deve ser competente e


capaz, senão ato não é válido. Não impedido ou
suspeito. Ex: procurador INSS dá parecer em proc. do
seu pai, é impedido. É a lei que determina. Se a lei
não diz quem é o competente, será o de menor graus
hierárquico. Lei 9.784/99.

ATENÇÃO: A FORMA, A FINALIDADE E A COMPETÊNCIA DEVEM


ESTAR PRESENTES EM TODOS OS ATOS, SEJAM ELES
VINCULADOS OU DISCRICIONÁRIOS.

4- OBJETO: o que o ato enumera, dispõe, enuncia, extingue,


certifica. Efeito jurídico do ato. Ex: Despacho de
demissão = objetiva demissão. Objeto está dentro do
ato. Deve ser legal, moral, possível (de fato e de
direito), certo e determinado.

5- MOTIVO: fato que autoriza ou determina a prática do ato. Ex:


multa – motivo: sujeira na cozinha do bar. É o por
quê. O motivo deve ser verdadeiro.

Os requisitos discricionários do ato são:

39
IMPORTANTE: O ato discricionário, quando motivado, fica
vinculado ao motivo que lhe serviu de suporte, com o que, se
verificado que o motivo é falso ou inexistente, deixa de
subsistir.

ATENÇAO: O OBJETO E O MOTIVO É QUE PODE TORNAR UM ATO


DISCRICIONÁRIO, DESDE QUE ELE NÃO ESTEJA PREVISTO COMO
VINCULADO.

 TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: motivo dado ao ato


administrativo vincula à sua validade. Motivo falso ou
inexistente o ato será inválido ou nulo.

ATOS DISCRICIONÁRIOS e VINCULADOS – todos devem ser motivados.

EXCEÇÃO: não precisa motivar: nomeação ou exoneração para cargo


em comissão (assessores). Nomeia e exonera sem motivar, não
precisa, mas se quiser motivar não tem problemas.

Ocorre que, motivou vinculou, o motivo não pode ser falso.


Ex: Exonera por falta de verbas, mentira. Exoneração falsa,
inválida, funcionário re-integra no cargo.

- Precisou motivar – não motivou – inválido.


- Não precisava - motivou errado – inválido.

ATRIBUTOS / CARACTERÍSTICAS = o que diferencia dos outros.

- P.I.C.A. TIPICIDADE –

1- PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE OU DE LEGALIDADE OU DE


VERACIDADE: Os atos administrativos se presumem verdadeiros
e legais até prova em contrário.
- presunção juris tantum. (relativa)
- particular deve provar não verdadeiro ou ilegal.
- é o único atributo administrativo universal.

2- IMPERATIVIDADE: impostos à terceiros independentemente de sua


concordância – constitui o particular em obrigação –
unilateral. EXCEÇÃO: atos que particular provoca – Ex:
licença para construir, não obriga ele a construir.

3- COERCIBILIDADE / EXIGIBILIDADE: adm. vai exigir o que foi


imposto na imperatividade. Ex: mandou trocar calçada,
não trocou, multa -> coação indireta – Exige
cumprimento, força. Pode aplicar sanções administrativas
e ocorre por coerção indireta, sem ordem judicial.

4- AUTO-EXECUTORIEDADE: ato seja executado pela própria adm. sem


necessidade de autorização judicial. Adm. decide e
executa. Só pode existir com previsão legal ou urgência.

40
Ex: calçada, a adm. arranca tudo e manda a conta para
particular que descumpriu. Pode usar a força física,
traduzindo-se em uma coerção direta.

5- TIPICIDADE: atos adm. devem corresponder à figuras


previamente escritas em lei. Tudo que aconteceu antes
(nº 1 a 4), que tenha lei descrevendo – Desnecessário.

 A prova é do particular, prova que ato é errado.

Requisitos Discricionários de um ato administrativo;

1. Objeto; 2. Mérito: Só ato discricionário tem mérito. Ato


vinculado não tem. Dessa forma, o Poder Judiciário não analisa
mérito de ato discricionário.

DIFERENÇA entre ATO VINCULADO e ATO DISCRICIONÁRIO

- A diferença está na margem de liberdade de atuação do agente.


* Vinculado : margem estrita (na lei). Ex: Lançamento de
tributo;

* Discricionário: conveniência e oportunidade (na lei). Tem


mérito. Ex: Decreto Expropriatório.

• Nenhum pode ser nunca ilegal. Judiciário analisa os dois


atos quanto à legalidade.

TIPOS DE INVALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS (dos elementos)

a) INEXISTENTE: Não conserta. Absurdo jurídico, as vezes


criminoso. Ilegal, imoral, sem motivo, sem finalidade.
Muito viciado que nem existe. Uma ordem dada por vizinho a
outra sem qualquer força vinculativa.

b) NULOS: Não conserta. Lei diz que são nulos, expresso, ou


aqueles que não permitem convalidação. Ex: nomear para
cargo público efetivo sem concurso público, é nulo e
precisa do concurso.

c) ANULÁVEIS: Conserta. Nulidade relativa. Ex: fiscal da zona


sul trabalhou na zona norte e multou. O verdadeiro da zona
norte ratifica o do outro e pronto. Apenas incompetência
territorial. Convalida pela segurança jurídica. Convalida.

d) IRREGULARES: Nem precisa consertar. Contém vício material


irrelevante. Foge à padronização, não compromete o ato,
não atinge o ato. Nem precisa convalidar, pequeno.

 SÓ ANULÁVEL CABE CONVALIDAÇÃO, CONSERTO.

41
FORMAS DE EXTINÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS

Formas originárias: não exige novo ato.

a) RENÚNCIA: forma de extinção em razão do particular


beneficiário abre mão da vantagem que lhe foi concedida. É
DIFERENTE da recusa, nesta ele nunca teve. Só se renuncia
o que já tem.

b) CUMPRIMENTO DE SEUS EFEITOS: Ex: concessão de férias,


cumpriu volta ao trabalho e pronto. Ato exaurido –
cumprido seus efeitos acaba.

c) DESAPARECIMENTO DO SUJEITO OU OBJETO: Bem tombado


destruído por terremoto, o objeto desapareceu, o ato está
extinto.

Formas derivadas: exige novo ato para extinguir anterior.


É retirada do ato.

d) CASSAÇÃO: forma em razão do particular não ter cumprido


suas obrigações. Ex: licença para hotel ele abre bordel.
Assim cassa o alvará. Adm. extingue, por penalidade,
ilegalidade na execução.

e) CADUCIDADE: forma em razão de uma lei não mais permitir.


Decaimento daquele ato. Nova lei não permite mais o ato.
Ex: nova lei derruba aquela antiga permissão. Ilegalidade
Superveniente, passa ser ilegal, ilegalidade na execução.

f) CONTRAPOSIÇÃO / DERRUBADA: forma em razão de novo ato


contrário, antagônico ao primeiro. Contrário ao que
permitia.

g) REVOGAÇÃO: adm. toma conta de seus próprios atos =


autotutela feito pela adm. quando inconveniente ou
inoportuno. Efeito “ex nunc”, mediante fato novo que
justifique a mudança.

h) ANULAÇÃO: forma que pode ser feita pela adm. ou pelo


judiciário. Ligado à ilegalidade. Efeito “ex tunc”.

ANULAÇÃO OU INVALIDAÇÃO REVOGAÇÃO


Motivo Ilegal Interesse Público
Competência Administração e Judiciário Administração
Efeitos “Ex tunc” “Ex nunc”
Atos Ato ilegal Atinge ato válido e
legal
Prazo 5 anos
Não existe revogação
de ato vinculado

42
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ADM. DIRETA:

União, Estados, DF e Municípios, e seus órgãos. Ex: secretaria


de cultura etc.

Tem personalidade jurídica (pessoa jurídica de direito público)


Ex: ministério da previdência.
São entes políticos: podem legislar, competência legislativa.

ADM. INDIRETA: Podem ser criadas não apenas pelo Executivo,mas


também pelo Legislativo e Judiciário.

- Autarquias, Fundações Públicas e Associações Públicas: são


pessoas jurídicas de direito público; OBS: As associações
públicas em forma de consórcios fazem parte da Administração
indireta de todas as entidades consorciadas
- Sociedade de Economia Mista e Empresa Pública: são pessoas
jurídicas de direito privado.
- Agências Reguladoras: são autarquias especiais. Os motivos
serão apresentados mais a frente.

CAI*

Paraestatais: Entes de cooperação, 3º setor NÃO FAZEM PARTE.


Ex: Pessoas jurídicas de direito privado, Sistema “S”: sesc,
senai etc, Organizações sociais, Oscip´s (recebe incentivo).
NÃO FAZEM PARTE DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA, MAS AUXILIAM O
ESTADO.

Serviços Sociais Autônomos; (Todos do sistema “S”)


Organizações Sociais de Direito Privado, sem fins lucrativos.
Ex: santa casa. Lei: 9.637/98 – Contratos de Gestão. VER LEI.

Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP =


Lei: 9.790/99. Termo de Parceria, e não contrato de gestão. Ex:
Instituto Joãozinho 30 – RJ. Sem fins lucrativos.

Diferença entre órgão e entidade:

*O órgão não tem personalidade jurídica. OBS: Alguns órgãos tem


capacidade processual. Ex: AGU

*A entidade tem personalidade jurídica.

Diferença entre descentralização e desconcentração:

43
*Descentralização: quando a atividade é deferida a outras
entidades dotadas de personalidade jurídica, seja por outorga
(lei), seja por delegação (contrato ou ato);

*Desconcentração: sempre que a competência para o exercício da


atividade é repartida, dividida ou espalhada entre por diversos
órgãos (ministérios, secretarias e outros órgãos
despersonalizados). OBS: Não tem personalidade jurídica, porém,
podem ir a juízo se defender em Mandado de Segurança. Ex: Mesa
do Senado Federal.

TERCEIRA AULA:

AUTARQUIAS - Administração Indireta (autarquia comum)

COMUM: USP, BC, CADE, CVM (têm carac. de comum)


AUTARQUIA FUNDACIONAL: Fundações
ESPECIAL: Agências Reguladoras. Ex: Anatel, Aneel,
Anvisa, Anac etc. (Mandato fixo, chefe do
executivo nomeia com aprovação do Senado
Federal, dirigente estável,
quarentena).

- Pessoa Jurídica de Direito Público – INSS, INCRA, IBAMA;


- Existe Estadual e Municipal normalmente.
- Criadas por lei específica – art.37, XIX, CF (extinguir tb.)
- Executa atividade típica da administração pública.
- São VINCULADAS à administração direta (Não subordinada, nem
hierarquia), apenas controle finalístico (de finalidade)).
- Autarquia licita para tudo. Lei 8.666/93.
- Ingresso por concurso público.
- Regime jurídico pode ser Celetista ou Estatutário. Tanto faz,
a lei estabelece.
- Responsabilidade da autarquia perante 3º é OBJETIVA – art.37,
$6º, CF.
- Criador da autarquia também responde, mas subsidiariamente,
não solidário.
- Gozam de prerrogativas processuais – contestar e recorrer.
- Tem foro privilegiado – art.109, I, CF. – Justiça Federal.
- Imunidade tributária recíproca, art.150, VI, “a”, CF.
* Não é para todo tributo, apenas para imposto sobre
patrimônio, renda, serviços, etc. Art.150, $2º, CF.
- Seus bens são impenhoráveis, imprescritíveis e inalienáveis.

ATENÇÃO: O STF ENTENDEU QUE A OAB É UMA ENTIDADE SUI GENERIS.

FUNDAÇÕES - administração indireta (autarquia especial)

- Pessoa Jurídica de Direito Público (majoritária) ou Privado –


não é unânime.
- São AUTORIZADAS por lei específica. Art.37, XIX, CF. Não

44
criadas, apenas autorizadas.
- O resto é tudo igual a autarquia comum, tanto que é uma
espécie de autarquia.
- IBGE é fundação.
- Funai, Febem, Fund. Roberto Marinho, Xuxa Meneguel etc. é o
Código Civil que rege, é diferente.

EMPRESAS PÚBLICAS E SOC. DE ECONOMIA MISTA – muito parecidas

- EMPR. PÚBLICAS: CEF, Correios, Radiobrás, Bndes.


- SOC. ECON. MISTA: BB, Petrobrás, Metrô, Sabesp.
Empresas Estatais ou Governamentais – gênero de Empresa Pública
e Sociedade de Economia Mista.
- Criadas por vontade do Estado. Autorizadas por lei.
- Pessoa Jurídica de Direito Privado.
- Prestadora de Serviços Públicos – Correio, Sabesp. (meio
público e meio privado, parece autarquia e fundação).
- Exploradora de Atividade Econômica – BB, CEF, Petrobrás.
(competem com empresas privadas).
- Integram a Adm. Indireta.
- O regime é o Celetista.

Agências Reguladoras:

- é autarquia especial, conforme já visto;


- o seu dirigente tem mandato fixo;
- só perde o cargo por: a) renúncia; b) processo administrativo;
c) decisão judicial.
- quando deixa o mandato vai cumprir quarentena. 4 a 12 meses
(não pode trabalhar no Poder Público e nem nas empresas que
fiscalizou).
- tem como modalidade de licitação: CONSULTA.

O ESTADO ATUA EXCEPCIONALMENTE: Casos de Segurança Nacional ou


Relevante Interesse Coletivo, o Estado pode explorar atividade
econômica, ou seja, MAIS PRIVADO DO QUE PÚBLICO. Não pode
privilegiar a empresa pública nunca.

Ex.: Produzir remédio para AIDS – sim pode.


Produzir caneta esferográfica – não pode.

DEVEM LICITAR? A doutrina diverge. Art.170, I, II e III, CF.


- a CF previu que lei estabelecerá, mas esta lei não existe.
* Para prova OAB:

Prestadora Exploradora Atividade Econômica


Serviço Público
Obj. licit. atividade meio: Licita
Licita para Tudo Obj. licit. atividade fim: Não precisa

Ex.: Comprar caneta – meio – licita.

45
Subst. química – fim - não precisa.
(O que prejudicar a competitividade não licita)

- Responsabilidade de 3º:

Serviço – objetiva Art.37, $6º, CF


Atividade – subjetiva Estado NÃO responde subsidiariamente.

- Ingresso por concurso público.


- Regime Jurídico é Celetista (Empr. Pública e Soc. Econ. Mista)
- Não tem imunidade tributária recíproca, a CF é clara.
- Os seus: bens afetados = destinados são inalienáveis e etc.
bens normais = podem ser alienados etc. (divergente)
- Não tem prerrogativa processual nenhuma.

DIFERENÇA ENTRE:

EMPRESA PÚBLICA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

Capital: Público Misto: Público e Privado

Formação: QQ modalidade Somente S/A

Foro: Federal = Federal Estadual = Estadual


Estad. e Municip. Federal = Estadual tb. CAI*
= Estadual ( Art.109, I, CF. )

AGÊNCIAS EXECUTIVAS
- È uma qualificação concedida a uma autarquia ou fundação
quando firma CONTRATO DE GESTÃO.
- Mínimo de 1 ano.
- Com administração direta, aquela que a criou.

- Agência Executiva tem mais autonomia, flexibilidade.


- Mas fica sujeita a cumprir algumas metas.
- Contrato com o Ministério Superior, Ex: INSS com Ministério
das Previdência Social.

LICITAÇÃO – Lei 8.666/93

– Contratação discricionária – Não obrigado.

* Finalidade ou objetivos:

- Busca proposta mais vantajosa.


- Menor preço pode não ser mais vantajoso.
- Busca preservar o princípio da Isonomia.

ATENÇÃO: Competência Legislativa:

. UNIÃO – normas gerais.

46
. ESTADOS e MUNICÍPIOS – desde que não crie normas gerais.

* Princípios ao procedimento licitatório – 3 mais importantes:

1 – VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO:


O chamamento, não só edital, mas pode ser carta convite.
Realizando a licitação ou participando é vinculado.
OBS: Todos estão vinculados ao instrumento convocatório.

2 – JULGAMENTO OBJETIVO:
Julga respeitando o instrumento convocatório.

3 – ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA AO LICITANTE VENCEDOR:


- Atribui direito de não ser preterido na possível
contratação
- A administração não é obrigada a contratar. Contrata se
quiser, porém, se for contratar, deve ser com aquele que venceu.
- Dá apenas o direito ao vencedor, expectativa.
- Não é a contratação que é compulsória.
- Igual concurso público, que cria apenas expectativa.
- Naquele período da licitação não pode fazer outra com o
mesmo objeto.

QUEM LICITA? Art.1º da Lei 8.666/93, Par. Único (todo mundo).

EXCEÇÃO: As paraestatais não precisam licitar, porém, tem que


observar os princípios licitatórios.

Art.2º - Para que precisa licitar? Parece que para tudo.

FUNDAMENTOS DA LICITAÇÃO:

1. Busca da melhor proposta;


2. Igualdade no tratamento.

EXCEÇÕES AO DEVER DE LICITAR:

INEXIGIBILIDADE: Quando não há viabilidade de competição, não há


como competir. Ex. um fabricante apenas. Art.25
da lei, é exemplificativo, VER. Ex: Comprar um
quadro e Da Vinci.

a) Não pode em razão da marca.


b) Publicidade licita sempre.
c) Artistas impossível licitar.

DISPENSA: Dá para licitar, é possível, mas a lei dispensa.

Dispensável: discricionário, se quiser licita, Art.24.


Dispensada : dispensa e não quer que faça, não é

47
discricionário ainda que possível,
Art.17.(taxativo). Mesmo que queira
licitar não pode.

Na dispensável:

- Não apareceu ninguém para concorrer – DESERTA.


- Deserta: contrata direto se a demora trazer prejuízo para adm.
- Contrata direto, mas nas mesmas bases do edital.
- Senão trazer prejuízo faz de novo até conseguir.
- Licitação fracassada – Ex: foram desclassificados ou
inabilitados os concorrentes – tem que fazer novamente.

É dispensada: - Alienação de bens públicos.

FASES DA LICITAÇÃO:

1 – FASE INTERNA:
2 – FASE EXTERNA:

a) Edital ou Carta Convite – ato convocatório.


b) Habilitação – qualifica técnica, econômica, fiscal, aptidão.
c) Julgamento e Classificação da Propostas – 1º lugar, 2º, 3º...
d) Homologação – meio que autoridade diz que foi regular.
e) Adjudicação – atribui o objeto ao vencedor.

• Contratação está fora porque a administração contrata se


quiser.

TIPOS DE LICITAÇÃO - São os critérios para selecionar a


proposta.

a) Menor preço;
b) Melhor técnica;
c) Maior lance ou oferta; e
d) Menor preço e técnica.

MODALIDADES DA LICITAÇÃO:

EDITAL: Acima de 650 mil – outros serviços geral.


Acima de 1,5 milhão – obras e engenharia.

1- Concorrência. 7- Consult
2- Tomada de Preços. ESPECÍF
3- Convite. DAS
4- Leilão. AGÊNCIA
5- Concurso. REGULAD
6- Pregão .

48
1 – CONCORRÊNCIA: Transação de maior vulto, qualquer um
participa.
Meio Edital.
Acima de 650 mil – outros todos.
Acima de 1,5 milhão – engenharia e obras.

2 – TOMADA DE PREÇOS: Transação de vulto médio, participa os


previamente cadastrados.
Meio Edital.
Até 650 mil – outros todos.
Até 1,5 milhão – obras e engenharia.
* até 3 dias antes do recebimento das propostas deve
preencher os requisitos para cadastro.

3 – CONVITE: Valores pequenos, pequeno vulto.


Meio Carta Convite – não publicidade, só os convidados com
no mínimo 3 dias antecedência e fixa em local adequado.
Até 80 mil – outros todos.
Até 150 mil – obras e engenharia.
O convidado não precisa ser cadastrado.
O não convidado que é cadastrado pode participar, mas deve
mostrar interesse até 24 h. antes do recebimento propostas.
Não cadastrados e não convidados não participam.

4 – LEILÃO: vender, alienar, móveis e imóveis.


Meio edital.
Participa quem quiser e tiver interesse.
Qualquer valor, não importa.

5 – CONCURSO: para trabalho técnico, científico ou artístico.


Meio Edital.
Qualquer um participa desde que preencha os requisitos do
edital, claro.
Meio de selecionar servidores.

** Agora o que mais CAI*

6 – PREGÃO: Lei separada: 10.520/02.


Meio Edital.
Aquisição de bens e serviços comuns = padrão objetivamente
definidos no edital com especificações usuais no mercado.
Não tem limite de valor, pode ser PREGÃO ou Concorrência.
- Quem pode mais, pode menos –
Bem ou serviço muito complicado, ainda que de R$100,00
reais, não pode ser pregão.
PREGÃO só do tipo menor preço.
Do julgamento até classificação tudo em uma sessão apenas.
Não tem comissão de licitação, tem pregoeiro.

Não tem limite de gasto, porém, o produto adquirido deve ter


sido o de menor preço.

49
Inverte a ordem procedimental:

1º Edital
2º Julga (trazem declaração de habilitado). Abre as propostas.
3º Homologa (se documentação estiver correta)

- Se errada documentação passa para o segundo.


- Contrata com o 2º se o 1º for inabilitado.

• Todos que apresentam até 10% a mais que o 1º colocado,


participarão por lance verbal entre todos e sucessivo.

- Depois dos lances verbais o que ofereceu menos é o vencedor.


- Só nesse segundo momento dos lances é que se tem o vencedor.
- Analisa-se dos documentos do vencedor do 2º momento (verbal)

• DEC 5450/05 – Obrigado a Administração Federal Direta e


Indireta, para bens e serviços comuns, o PREGÃO. VER, CAI*

- Não concorrência, não importa o valor, agora é obrigado a


fazer PREGÃO (somente Federal).
- OBS.: pregão não é para tudo, só bens e serviços comuns.

. REVOGA licitação (conveniência e oportunidade)


. ANULA licitação (somente por ilegalidade)

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS (Lei 8.666/93. Arts. 54 ss)

Características:

a) mutabilidade;
b) interesse público;
c) cláusulas exorbitantes: A adm. Pode modificar
unilateralmente 25% do objeto.

- Contrato Administrativo Ativo

a) CLÁUSULAS EXORBITANTES: altera, modifica contrato sem


precisar acordar com particular. Contrato entre
particulares não pode. Modificação e rescisão unilateral.
EXCEÇÃO: Objeto do contrato nunca pode mudar. Princípio da
Supremacia do Interesse Público.

FARAÓ:

F: Fiscalização;
A: Aplicar sanções;
R: Rescindir unilateralmente;
A: Alterar unilateralmente; e
O: Ocupar bens.

50
b) MANUTENÇÃO do EQUILÍBRIO ECONÔMICO e FINANCEIRO: pode
alterar o contrato mas deve manter equilíbrio. Alterações
devem respeitar equilíbrio, não pode prejudicar ninguém.

FATO DO PRÍNCIPE: Fato geral do poder público que altera o


contrato mais não foi dirigido diretamente ao contrato. Ex.:
Construção de viaduto, cimento especial de U$1,00. Câmbio mudou
e passou a custar U$10,00. Atingiu o contrato mais não foi
dirigido a ele diretamente.

FATO DA ADMINISTRAÇÃO: É uma ação ou omissão da administração


que se dirige ao contrato, diretamente a ele. Atinge direto e se
dirige ao contrato, feito pela administração, ação ou omissão.
Contratante pede equilíbrio.

CASO FORTUITO: Ex: Greve

FORÇA MAIOR: Eventos decorridos da natureza.

INTERFERÊNCIAS IMPREVISTAS: Descoberta de obstáculo natural que


prejudica a execução do contrato. Encarece o serviço. Ex.: na
construção de um viaduto a máquina escavadeira encontra uma
pedra no caminho muito grande, tem que remover ou demorará mais
para furar.
- Administração pode atrasar o pagamento por 90 dias e o
contratante não pode suspender o serviço. Depois de 90 dias ele
pode suspender, mas não pode fazer nada para receber. Não existe
no contrato administrativo a Exceptio non adimpleti contractus.

FORMAS DE EXTINÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO:

1- Advento do Termo: acabou o prazo.


2- Conclusão do Objeto: entregou a obra.
3- Rescisão Unilateral: administração pode rescindir por si.
4- Rescisão Bilateral: ambas as partes decidem por terminar.
5- Rescisão Judicial: o judiciário rescinde o contrato a pedido
do particular (adm. pode fazer unilateralmente), sentença.

O QUE É ENCAMPAÇÃO: É a extinção do serviço por razões de


interesse público.

RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL DO ESTADO: -> CAI*

- Quando o Estado causa prejuízo ao particular.

1ª FASE: Irresponsabilidade do Estado – Regime Absolutista.


2ª FASE: Responsabilidade Subjetiva,
mas tinha que provar: a) Ação ou Omissão do Estado;
b) Dano;
c) Nexo Causal;
d) Culpa ou Dolo do agente públ.

51
3ª FASE: Responsabilidade Objetiva,
mas devia comprovar: a) Ação ou Omissão do Estado;
b) Dano;
É O CASO DO BRASIL c) Nexo Causal.
Não precisa Culpa ou Dolo.

PRESO: Se um preso morrer na cadeia a responsabilidade será


objetiva.

3 TEORIAS DENTRO DA OBJETIVA:

a) RISCO INTEGRAL: Não há nada que Estado possa excluir


responsabilidade, não tem excludente. Ex: até se o particular
provocar o evento a responsabilidade é do Estado. Ex: DANO
NUCLEAR e DANO AMBIENTAL.

b) RISCO ADMINISTRATIVO: Existem excludentes de responsabilidade


que o Estado pode se utilizar. – 1. Culpa exclusiva da vítima –
2. Caso fortuito ou Força maior. MAJORITÁRIA NA DOUTRINA.

c) CULPA ADMINISTRATIVA: Pela falta do serviço, feito inadequado


ou feito tardiamente. Para acionar o Estado precisa provar:
- Ação ou Omissão do Estado;
- Dano;
- Culpa da Administração (não do agente).
• NOVA TEORIA: Celso Antônio Bandeira de Mello

a) Ação do Estado = Resp. é Objetiva.


b) Omissão do Estado = Resp. é Subjetiva (não a subjetiva
acima, da 2ª fase)
Ele diz que é Culpa Administrativa com outro nome.
É subjetiva da 3ª fase. Ex: enchentes; queda de árvores;
buracos etc. Visa evitar que o Estado se torne um
indenizador universal.
c) Guarda de Pessoas ou Coisas Perigosas = Objetiva sempre.

OBS.: Culpa de 3º não precisa cumprir o requisito do Nexo


Causal, quebra o nexo, responsável não é o Estado.

- Estado responde frente ao particular = Objetivo.


- Estado tem regresso contra agente público.
- Estado contra agente é subjetiva – comprova culpa ou dolo.
(Art.37, $6º, CF.)

RESPONSABILIDADE DAS CONCESSIONÁRIAS

** Lei das concessões de serviços públicos. Ex: O caso do


acidente com o avião da TAM em São Paulo. Nesse caso a
responsabilidade é a seguinte:

52
- No caso do usuário do serviço (Passageiro do vôo), a
responsabilidade da empresa é objetiva;
- No caso de terceiro ser atingido (ex: alguém que estivesse
passando na rua), a responsabilidade é subjetiva.

PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS

- concessão especial;
- contraprestação;
- risco repartido;
- casos excepcionais;
- 2 tipos: a) Administrativa; b) Patrocinada;
- não pode se o valor for inferior a 20 milhões;
- não pode ser por prazo inferior a cinco anos;

AGENTES PÚBLICOS: Arts. 37 a 41 CF (LER)

SERVIÇOS PÚBLICOS

Conceito: é a lei que determina o que é serviço público.

*Princípios (Art. 6º Lei 8987/95)

- Serviço público deve ser prestado de forma adequada;


- Princípio da continuidade ou da permanência: limitação do
direito de greve. (O STF entendeu que na falta de Lei
regulamentando o direito de greve do servidor público, aplica-se
a lei do trabalhador comum). Decisões proferidas em Mandados de
Injunção.

- Não aplicação da exceção do contrato não cumprido. O


serviço público não pode parar.
OBSERVAÇÃO: Situações que podem parar o serviço público:

a) emergência;
b) após aviso prévio em caso de: segurança e técnica ou
inadimplemento do usuário.

INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE

- Base na Supremacia do Interesse Público sobre o Particular.


- Prática de Ilegalidade do particular gera punição do Estado à
propriedade dele.

53
1- Requisição Administrativa;
2- Servidão Administrativa;
3- Ocupação Temporária; Não perde propriedade, só
4- Limitação Administrativa; sofre limitação no uso.
5- Tombamento;
6- Desapropriação. Perde a propriedade.

REQUISIÇÃO (pega para usar)

- Perigo público – urgência.


- Bens móveis e imóveis ou
até serviços.
- Transitoriedade – até fim
do perigo.
- Indeniza posterior os danos
ao bem.
- Bem de pessoa determinada.
- Ato adm. autoexecutável,
não precisa de autorização
judicial.

SERVIDÃO

- Não tem perigo nem urgência


- Bem imóvel apenas.
- Definitividade, enquanto
precisar.
- Bem de pessoa determinada.
- 1º tenta acordo não é ato
- 2º judiciário administ.
- Indeniza se houver prejuízo
previamente, no acordo ou
sentença judicial.

OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA
(vacinação usa as escolas)

- Obra ou Serviços.
- Só imóvel.
- Transitória (temporária).
- Indeniza se tiver dano, mas
só posteriormente.
- Imóvel pessoa determinada.
- É por ato administrativo.

54
TOMBAMENTO

– Poder público restringe uso


de bem móvel (quadro) ou
imóvel (casa antiga) por
valor cultural que possui.
- É limitação. Continua na
propriedade, pode até
vender, mas 1º oferece para
poder público. Preferência.
- Não pode fazer nada no bem
sem autorização.

LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA
(prédio perto de aeroporto)

- Interesse público abstrato.


- Móvel, imóvel ou atividade.
- É definitiva.
- Nunca indeniza – é para
todos, interesse comum.
- Por ato adm. ou lei.

DESAPROPRIAÇÃO

- Perde a propriedade.
- Bem móvel ou imóvel, espaço
aéreo, subsolo etc.
- Paga previamente em R$.
- Razão de utilidade pública.
Ex: construção de escola.
- Necessidade pública. Ex:
calamidade. Mais urgência.
- Interesse social
Desigualdades Sociais = Ex:
terreno para construir
casas populares.
- Função social = sanção.
- Urbana: Lei 10.257/01, só o
município faz. Paga com
título da dívida pública,
paga em até 10 anos.
- Rural: Reforma agrária, só
a União pode fazer. Fora
reforma agrária o Estado e
Munic. Também fazem. Paga
com títulos dívida pública
também, paga até 20 anos.

55
• Diferença entre Desapropriação e Confisco:

- Confisco não tem indenização;


- Confisco também perde o bem;
- Art. 243, CF – Tráfico de drogas.

DESAPROPRIAÇÃO POR ZONA:

- Poder desapropria área maior do que necessário ou para usar no


futuro ou porque em razão da obra os imóveis serão
supervalorizados.
- Não é justo que obra feita com dinheiro de todos beneficie
apenas um ou alguns.
- Pode ser contribuição de melhoria para equilibrar esse
benefício, mas é entendimento minoritário.

DIREITO DE EXTENSÃO:

- Direito do particular de exigir na desapropriação que se


inclua parte que ficou inútil ou de difícil utilização.

RETROCESSÃO:

- Direito de preferência do ex-proprietário do bem desapropriado


que não utilizado pela administração ou que foi utilizado pára
fim não público.
- Pode reaver o bem.

TREDESTINAÇÃO: administração dá ao bem destino diverso do motivo


pelo qual foi desapropriado. Não cabe
Retrocessão.

BENS PÚBLICOS

Quanto à destinação:

a) uso comum do povo;


b) uso especial: é aquele que tem destinação específica. Ex:
repartição pública e cemitério;
c) dominiais ou dominicais: são os desafetados. Sem
utilidades. Ex: Terras devolutas.

Regime Jurídico:

a) imprescritível: não sofre usucapião. Pode adquirir por


usucapião;
b) impenhorável: paga-se com precatórios (art. 100, CF);
c) inalienável: é relativo. O art. 17 da Lei 8.666 dispõe
sobre os requisitos para alienação de bens públicos.

56
DIREITO CIVIL

PRIMEIRA AULA:

Código Civil: PARTE GERAL Relações Jurídicas em si.


Pessoa Natural e Jurídica.
Objeto das relações jurídicas =
bens.
Fato jurídico.

PARTE ESPECIAL Obrigações e Resp. Civil.


Contratos.
Dir. de Empresa.
Coisas.
Família e Sucessões.
Disp. Finais e Transitórias.

PESSOA NATURAL = deve ter personalidade jurídica – Para adquirir


deve nascer com vida.

Art.2º - Nascituro não é pessoa ainda – mas a lei assegura seu


direito. A lei retroage para ele. Tanto é que, se a mãe morrer e
o nascituro viver, sucede normal, como se tivesse nascido antes.

Embrião in vitro – não é considerado vida.

CAPACIDADE CIVIL

Basta nascer para adquirir capacidade civil. O menor tem


capacidade civil para adquirir direitos e contrair deveres.

A capacidade de fato – para realizar sozinho os atos da vida


civil – só inicia com a maioridade = 18 anos, ou com a
emancipação, art. 5º, CC.

PUPILO = tutelado – protegido, só o juiz pode emancipar o pupilo


ou tutelado, art. 5º, I.

EMANCIPAÇÃO

Espécies:

Voluntária – concessão dos pais por instrumento público,


independe de homologação judicial, o menor com 16 anos
completos.

Judicial – caso de tutela – I, por sentença do juiz, ouvido o


tutor, o menor com 16 anos completos. Não é automática senão o
tutor faria isso para se livrar do encargo.

57
Legal – por vontade da lei, que praticado certos atos adquire,
art. 5º, II ao V.

1º - Casamento: maior de 16 anos ou menor por gravidez. O


inciso II não fala que não pode para menor de 16 anos.
2º - Emprego Público: efetivo, quase impossível.
3º - Colação de grau em curso superior.
4º - Estabilidade civil ou comercial com economia própria.

INCAPACIDADE CIVIL

Absoluta – precisa de representante legal – vontade irrelevante.


Negócio realizado por este é NULO – Nulidade
Absoluta.

Relativa – pratica ele mesmo os atos – tem vontade própria.


Deve estar acompanhado – Assistência.
Negócio realizado por este é ANULÁVEL – Nul.
Relativa.

Art. 3º CC – Absolutamente Incapaz:

I – Menor de 16 anos;
II – Deficiente mental, que não tiver discernimento;
III – Que não puder exprimir vontade – incapacidade transitória;

Art. 4º CC – Relativamente Incapaz:

I - Na idade de 16 a 18 anos;
II - Os ébrios habituais – é subjetivo – deve mudar o
comportamento, e ser de fato habitual, todo dia.
Viciados em tóxicos – que altere discernimento.
Deficiente mental com discernimento reduzido.
III – Sem discernimento mental completo – Excepcionais. Ex:
Down.
IV - Os pródigos = que gastam muito dinheiro – apenas para atos
que envolvam patrimônio, para outros não, é claro.
P.ú.- Silvícolas a lei especial vai regular – Estatuto do índio.
O índio socializado pode requerer emancipação.

O índio não socializado deve sempre ser assistido pela


FUNAI, mas é absolutamente incapaz, pois os seus negócios
e atos com ausência de assistência são NULOS.
É capacidade “sui generis”.

EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE DA PESSOA NATURAL

O fim da personalidade se dá com a morte da pessoa natural.


Morte:

58
REAL – Certeza da morte pela materialidade, o corpo etc.

PRESUMIDA – Há dúvida da morte. Desaparecimento. Art. 22, CC.

1º Desaparecimento ou ausência da pessoa natural;


2º Juiz determina a arrecadação dos bens e entrega para curador
que administrará por 1 ano;
3º Após 1 ano deve requerer sentença de ausência;
4º Com ela abre a sucessão provisória;
5º A sucessão é provisória durante 10 anos, depois disso se
torna definitiva se o ausente não aparecer.

Porém, mesmo sem decretar a ausência, pode presumir direto, art.


7º, I e II do CC. Ex.: Ulisses Guimarães, a morte foi
extremamente provável, pelas poucas chances de vida.
Ou ainda se alguém que foi para guerra desaparecer ou foi feito
prisioneiro, e não voltar dela em até 2 anos do seu fim.

Nestes casos não precisa arrecadar bens e entregar para


curador administrar por 1 ano. Vai direto para sucessão
provisória.

COMORIÊNCIA

É a presunção “júris tantum” de simultaneidade de morte. Art.8º.


Na mesma ocasião, que pode ser eventos distintos.
O comoriente não participa da sucessão.

DIREITOS DA PERSONALIDADE

Art. 11 – Características: INTRANSMISSÍVEL


IRRENUNCIÁVEL
IMPRESCRITÍVEL

Art. 12 – Ação indenizatória, cautelar pelo d. da personalidade.


P.único – Legitimação para ação de direito de personalidade.
1 Cônjuge sobrevivente;
2 Qualquer parente em linha RETA sem limitação;
3 Parente COLATERAL até o 4º grau só.

SÚM. 227 TST = pessoa jurídica também sofre dano moral.

PESSOA JURÍDICA

DIR. PÚBLICO Interno- Art.41, União, Estados, DF, Terr.,


Munic., Autarquias, etc.
Externo- Art.42, Estado estrangeiro, Direito
Internacional Público.

DIR. PRIVADO Art.44 – Associações, Sociedades e Fundações.


Ver Lei 10.825/03

59
Associações: conjunto de pessoas que buscam finalidade não
lucrativa. Pode acontecer lucro, mas para investir
na própria associação.

Fundações: conjunto de bens – patrimônio – auxilia no objetivo


do grupo. Também não tem fins lucrativos. Art.62 e
P.ú.
É uma massa de bens personalizada. O ato de uma
pessoa cria uma fundação. Qualquer finalidade nobre que não vise
lucro, ou seja, finalidade social.
Ex.: além do P.ú. também educacional, ambiental, etc.

OBS: O empresário individual não é pessoa jurídica. O ato de


inscrição na junta comercial ao lhe outorga
personalidade jurídica e sim capacidade empresarial.

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: Art. 50 CC (restrita)


e 28 CDC (ampla) – Caracteriza o abuso de personalidade.
- Na desconsideração não dissolve a pessoa jurídica. É apenas
para o ato do patrimônio.

OBS: A pessoa natural não pode ter a sua personalidade


desconsiderada. É possível apenas restringir a capacidade do
indivíduo por meio interdição.

DOMÍCÍLIO

É o centro espacial do indivíduo. Pode ter vários domicílios.


REGRA; é voluntário
EXCEÇÕES: Necessário (art. 76) – Servidor Público; Marítimo;
Incapaz e o preso.

O QUE É DOMICÍLIO APARENTE: é onde o indivíduo for encontrado.

BENS

- Navio e avião são bens móveis. Só cabe hipoteca porque a lei


manda.

- Direitos autorais: são bens móveis.


- Bem durável: é aquele que usado mantém a utilidade. Pouca
depreciação econômica.
- Bem não durável: alta depreciação

* Bens reciprocamente considerados:

ACESSÓRIOS:

1. Benfentorias;

60
2. Frutos: se retirado não destrói o principal. É
periódico. Ex: Aluguel.
3. Produtos: se retirado destrói o principal. Não é
periódico. Ex: Palmito.
4. Pertenças: é uma coisa móvel destinada ao uso, ao
serviço e ao aformoseamento. Ex: Cadeira de sala de
aula.

FATO JURÍDICO: acontecimento – conseqüência jurídica – relevante


para o direito, traz reflexos.

ESPÉCIES:

a) FATO NATURAL: ORDINÁRIO- esperado, comum, ex: morte


EXTRAORD.- inesperado, de inopino: terremoto.

b) ATO HUMANO : LÍCITO - consonância com ordenamento jurídico:


ato jurídico, negócio jurídico.
ILÍCITO- desconformidade com ordenamento.
DIFERENÇA: Ato jurídico: conseqüência prevista em lei.
Negócio jur.: conseqüência estabelecida pelas partes.

IMPORTANTE: A REGRA no direito civil dos contratos, é a forma


NÃO SOLENE, art.107 CC. O contrato solene é
EXCEÇÃO, quando exige forma e escrito, art.108 CC.

PARTICULARIDADES DO NEGÓCIO JURÍDICO:

Elementos:

ESSENCIAL: 1 Capacidade das partes;


gera 2 Objeto lícito e possível física e juridicamente;
nulidade 3 Forma legal – formalidades.
art.104 cc.

1 Condição- cláusula que subordina o negócio a


evento futuro e incerto. SUSPENSIVA= suspenso
até
o evento ocorrer. RESOLUTIVA= resolve com o
ACIDENTAIS: evento, perde o efeito a condição.
acidente no 2 Termo- cláusula subordina à evento futuro e
efeito certo. Com prazo para evento, ainda que não
jurídico determinado por data – Ex: morte.
3 Modo ou Encargo- subordina a eficácia ou
ineficácia do evento. Encargo: ônus. Doação
Modal
exige contraprestação. Pode revogar a doação
pelo não cumprimento do encargo, ou modo.

61
NULIDADES: invalidade

ATO NULO – Ex: art.166

- Nulidade absoluta;
- Não produz efeito;
- Efeito “ex tunc”;
- Declarada “ex officio”;
- Não admite conserto;
- Não tem prescrição.

ATO ANULÁVEL – Ex: art.171

- Nulidade relativa;
- Produz efeitos até a declaração de anulabilidade;
- Efeito “ex nunc”;
- Declaração provocada pelo interessado, não de ofício;
- Admite conserto, reparação, ratificação;
- Sujeito à decadência

VÍCIOS DO NEGÓCIO JURÍDICO – art.171 cc.

a) VÍCIO DE VONTADE ERRO


ou consentimento DOLO
(anulável) COAÇÃO
LESÃO (patrimonial)
ESTADO DE PERIGO (salvar vida)

b) VÍCIO FRAUDE CONTRA Prazo de 4 anos – art.178 cc.


CREDORES (anulável) Falta de prazo, prazo geral art.179
cc. 2 anos (exceção)

1 – ERRO = noção falsa sobre uma pessoa ou objeto, engano


espontâneo, não foi motivado. Não partiu da outra
parte

a) Qualidade essencial- erro essencial, ou substancial. Ex:


preço, modelo etc. está na essência do objeto.
É anulável no prazo de 4 anos.

b) Acidental- qualidade secundária. Ex: quantidade de janelas de


uma casa. Se resolve em perdas e danos.
Não se fala em anulabilidade.

62
2 – DOLO = artifício astucioso para ludibriar, engano induzido,
busca o engano da outra parte.

a) Principal ou “causam”- atinge a motivação para o negócio,


sua causa determinante.

b) Acidental “insidens”- condição completamente desfavorável.


Tem
motivação, mas foi levada a engano prejudicial, desfavorável.

c) Omissão ou Negativo- tem o dever de informar mas se omite.


Ex.: venda de carro com defeito, sabendo do defeito.
BONUS: sem intenção de prejudicar. Ex: feirante, qualidade.
MALUS: com intenção de prejudicar, dolo efetivo.

3 – COAÇÃO = “vis absoluta” (pressão física), “vis compulsiva”


(moral).
DIFERENTE do temor reverencial, que é medo de sanção de
exercício de direito. Ex.: chefe para com o empregado.

4 – LESÃO = Art.157 cc. – Cláusula geral, encampa mais


situações.

Evita negócio jurídico por preço vil.

5 – ESTADO DE PERIGO = Art.156 cc.


DIFERENTE de lesão, aqui há um grave dano (vida).
Ex.: contrato no hospital de emergência.

6 – FRAUDE CONTRA CREDORES =

- Obrigação maior que o patrimônio.


- Transferiu o patrimônio prevendo não pagar.
- A transferência é anulável.
- Ação pauliana (anulatória) – 4 anos de prazo.

SIMULAÇÃO – Declaração enganosa de vontade (é caso de nulidade)

ABSOLUTA: pratica negócio sem intenção de praticar negócio


nenhum.
RELATIVA: pratica negócio jurídico X com finalidade de alcançar
um negócio jurídico Y.
X é o negócio simulado – Sempre NULO.
Y negócio dissimulado - Pode ser nulo. Art.167 cc.

PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

PRESCRIÇÃO – CAUSA: arts. 197, 198, 199 e 202 cc.

63
Impeditiva Retorna o prazo de onde parou.
Suspensiva

Interruptiva Começa a contar o prazo denovo.

- O juiz pode acolher PRESCRIÇÃO de ofício (art. 219, § 5º CPC).


- A PRESCRIÇÃO pode ser renunciada, expressa ou tacitamente,
após
ter sido consumada. Desde que não prejudique terceiro. Art.191
Ex: cheque que já prescreveu, o devedor renuncia à prescrição
para ganhar mais tempo com o credor, para que não cobre de
imediato, assim pode pagar mais tarde, evita ação judicial.

DECADÊNCIA – Não há menção na lei.


- Em REGRA não é Suspensivo nem Impeditivo, mas em exceção pode
ser para favorecer absolutamente incapaz.
- Nesta deve o juiz reconhecer de ofício, quando estabelecido na
lei. (estabelecida em lei “legal” não no contrato) Art.210 cc.
- A DECADÊNCIA estabelecida em lei é irrenunciável. Art.209 cc.
- A DECADÊNCIA convencionada pode ser renunciada.

CRITÉRIO DE AGNELO AMORIM (SÓ VALE PARA O CÓDICO CIVIL)


Art.205 prazo geral de prescrição – 10 anos qdo. lei não fixar.
Art.206 prazo especial prescrição – específico para cada caso.
Assim sendo, o prazo de prescrição só pode ser de ano:
1,2,3,4,5 anos, ou 10 anos (prazo geral).

• Ação de cunho CONDENATÓRIO = PRESCRIÇÃO. Se pretender


dinheiro será sempre prescrição, sempre de ano.

OBS.: Ação de conhecimento de alimentos não prescreve.


Ação de execução de alimentos prescreve. Não confundir.

• Ação CONSTITUTIVA ou DESCONSTITUTIVA = DECADÊNCIA. Se


pretender qualquer outra coisa, menos dinheiro, será sempre
de ano e dia, ou meses e dias, ou somente meses.
TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES

OBRIGAÇÃO: é o patrimônio do devedor que responde pela


obrigação.

ELEMENTOS DE UMA OBRIGAÇÃO

a) OBJETIVO: tem que ter um objeto, uma ou várias prestações.


b) SUBJETIVO: tem que ter sujeitos, ativo e passivo.
c) IMATERIAL: vínculo entre os sujeitos.

CLASSIFICAÇÃO

a) DE DAR: entrega de coisa.

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- CERTA : individualizada, específica. Não é obrigado aceitar
outra coisa, pode exigir aquela especial.
- INCERTA: apenas quantidade e gênero. REGRA escolha do devedor.
EXCEÇÃO pactuado o contrário o credor escolhe.

Critério Mediano: se não pactuou fica no meio. Ex: não precisa


entregar Coca-Cola, mas também não pode entregar Xereta, deve
haver um meio termo, entrega Pepsi. Bom para as duas partes.

Inadimplemento: se a coisa perecer:

PARCIAL – faculdade do credor: fica com a coisa e busca


abatimento no preço.
TOTAL: resolve a obrigação.

REGRAS GERAIS DE INADIMPLEMENTO

INVOLUNTÁRIO: ocorre sem culpa do devedor, vem de caso fortuito


ou força maior, inexiste penalidade.

VOLUNTÁRIO : com culpa do devedor, tem responsabilidade civil,


cabendo indenizatória para buscar perdas e danos.
Art.402 cc.
Pode haver ainda Cláusula Penal no contrato, que
antecipa o valor das pardas e danos no caso de
inadimplemento, fica mais fácil o ressarcimento.

b) DE FAZER: prestação de serviço ou realização de tarefa.

Natureza Fungível – pode substituir, trocar o sujeito, pois


qualquer pessoa pode realizar o serviço.
Ex: passa para herdeiro.

Natureza Infungível – não substitui o sujeito, é “intuito


persona” – personalíssima. Ex: acaba
obrigação com a morte do sujeito devedor.

Inadimplemento: voluntário ou involuntário


Mesmo critério da obrigação de DAR – ver*.

Art.249, p.ú. CC.:


Sendo FUNGÍVEL, credor manda que um 3º faça às custas do
devedor.

Em caso de URGÊNCIA, ou seja, não precisa de autorização


judicial, o credor manda fazer e busca ressarcimento depois,
realiza autotutela autorizada.

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c) DE NÃO FAZER: deixar de fazer – personalíssima, negativa.

Inadimplemento: art.251 cc.

1º pede para não fazer;


2º não desfez faz credor mesmo e cobra depois ressarcimento;
3º urgência desfaz direto às custas do devedor da obrigação;
4º 461 CPC, Ação de Obrigação de Fazer, com “astreintes”: multa
judicial diária até fazer ou desfazer;
5º 641 CPC, Execução.

ESPÉCIES DE OBRIGAÇÃO

SIMPLES OBJETO Facultativa – uma prestação mesmo objeto.


qto. ao SUJEITO lei ou disposição legal.
COMPOSTA OBJETO Cumulativa (e) – Cumprir todas.
qto. ao SUJEITO Alternativa (ou) – Uma delas apenas,
dar, fazer ou não
fazer.

Ex.1: CREDOR: É composta quanto ao


sujeito. Obrigação
900 divisível. Art.265 cc.
Solidariedade não se
A B C -> Devedores. presume, ou está na lei
ou é vontade das partes.
300 300 300

Ex.2: CREDOR: É indivisível, neste


caso pode cobrar o Boi
BOI inteiro de qualquer
deles.
A B C -> Devedores. Não é solidariedade, não
confundir, é causa da
- INDIVISÍVEL - indivisibilidade do obj.
FORMAS DE PAGAMENTO

a) Pagamento Direto – normal

- Tempo do pagamento – Com vencimento paga no vencimento.


Sem vencimento paga imediatamente.

- Mora – Ex-re – automática, venceu inicia mora.


Ex-persona – não tendo vencimento constitui em mora
imediatamente, não cumprida a obrigação.

66
- Lugar do pagamento – Quesível: domicílio do DEVEDOR, o
credor deve buscar, senão
ele que está em mora, não
quem deve.

Portável: domicílio do CREDOR, o


devedor que vai levar o
pagamento.

- Art. 330 CC.: “O pagamento reiteradamente feito em outro local


faz presumir renúncia do credor relativamente ao
previsto no contrato”.

Para o credor : Supressio: perda do direito pelo não exercício.


Para o devedor: Surreptio: ganha direito que não era seu.

FORMAS INDIRETAS DE EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO / Direta = Pagamento.

1- Consignação em Pagamento: -Mora accipiendi – do credor.


Art.335 CC. -Dúvida de quem é credor.
-Coisa sob litígio.
2- Imputação ao Pagamento : -Indicar, apontar, demonstrar.
-Deve mais do que tem para pagar.
-Várias dívidas diferentes e
entrega valor menor.

3- Dação em Pagamento : -Paga com coisa diferente da


pactuada. O credor não é a
obrigado aceitar, mas se ele
quiser só.
-Dinheiro em regra é irrelevante.
-Pode pactuar troco, normalmente.
-Se houver evicção (bem é buscado
pelo verdadeiro dono dele), a
obrigação retorna ao devedor.

4- Confusão : -credor e devedor se confundem na


mesma pessoa, ao mesmo tempo o
cara é credor e devedor de si
mesmo. Ele não paga ele mesmo.
5- Remissão (perdão) : -o nome já diz, perdão da
Missa obrigação pelo credor.

6- Compensação : -credor deve para devedor,


compensa um pelo outro – total
ou parcial até o limite da
dívida menor.
-COMPENSAÇÃO LEGAL: é automática,
exige que a dívida seja líquida
e certa, para compensar sem

67
liquid.
7- Novação : -nova ação, extinguiu a obrigação
antiga em razão da criação de
uma nova obrigação.
-ânimus novandi-intenção de
novar.

* Novação pode ser:

OBJETIVA : troca o objeto.


SUBJETIVA: troca o sujeito.

- SUBJETIVA ATIVA
- SUBJETIVA PASSIVA-- Por Delegação : devedor primitivo indica
o novo devedor – delega
para outro – com anuência
do credor.
CAI*  Por Expromissão: não indica, o novo
devedor aparece, sem
participação do antigo
devedor-expulso.
QUARTA AULA:

TEORIA GERAL DOS CONTRATOS:

PRINCÍPIOS:

A) AUTONOMIA DA VONTADE: está prejudicado, hoje impera a


autonomia privada.

Paritário – igualdade, discute.


Adesão – pré-definido, a que se adere, prevalece hoje. (423)

Dirigismo contratual – Estado interfere no contrato particular.

B) FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO: 421 CC, refere-se ao conteúdo do


contrato, é limite imposto para as partes não abusarem nas
cláusulas contratuais.

Ex.: Fiança,835 CC, Prazo determinado = espera o prazo.


Prazo indeterminado = notificação para 60 d.
Ver: 2035, p.ú., + 2036 CC.

C) BOA-FÉ OBJETIVA: 422 CC.

BOA-FÉ SUBJETIVA: Estado psicológico, crença na existência de um


direito.

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BOA-FÉ OBJETIVA: Deveres anexos como lealdade, confiança e
informação. (Criou confiança e expectativa. Ex: Caso CICA-RS).

D) OBRIGAÇÃO: “Pacta Sunt Servanda” (Contrato vira lei entre as


partes).
Isso é relativo hoje em dia, não é mais absoluto. Algumas
cláusulas são mudadas para garantir o equilíbrio e evitar
enriquecimento sem causa, preservar a boa-fé e a função social.

E) RELATIVIDADE DA CONVENÇÃO:
Quer dizer que não vincula nem prejudica terceiro.
Ex.: Terceiro que compra imóvel alugado não é obrigado a
cumprir aluguel.
Pode pactuar contrário – registrado público.
EXTINÇÃO DO CONTRATO:

a) Resolução: FATOS: - Inadimplemento involuntário e voluntário


(sem culpa e com culpa).
- Excessiva, art.478.
- Cláusula resolutiva.

b) Resilição: VONTADE: - Unilateral.


- Bilateral = distrato.

c) Rescisão: VÍCIO:

• Exceptio non adimpleti contractus – 476 CC.


• Exceptio non RITE adimpleti contractus .

Não posso exigir a do outro se eu cumpri com a minha


errada, diferente ou defeituosa.

GARANTIAS CONTRATUAIS:

Vício Redibitório: Defeito oculto que torna a coisa imprópria


para o uso ou diminui seu valor, de difícil
reparação. Conhece o vício no futuro ou
depende de perícia. PODE EXISTIR COM ANIMAIS.

-> Cabe ações edilícias: - Redibitória;


- Estimatória “quanti minoris”.

1ª - Redibitória: Busca devolver o bem.


2ª - Estimatória: Estimar o R$ do bem para abatimento no preço.

PRAZOS: Redibitório: 30 d. móvel


1 ano imóvel = da entrega efetiva
(tradição)

69
 Se já estava na posse do bem, conta-se da data do negócio,
venda, só que REDUZIDO PELA METADE:
15 d. móvel;
6 meses imóvel.

 Pela natureza o vício for possível descobrir


posteriormente ao prazo (perícia), aí conta a partir da
ciência do vício.
MÁXIMO: 180 d. móvel;
1 ano imóvel. 445 CC.

Evicção: Perda da coisa em razão de decisão judicial.

CONTRATOS EM ESPÉCIE:

Nominado = Típico - previsão legal.


Inominado = Atípico - não tem previsão legal.

Contrato de Hospedagem: Cama – coisa;


( ATÍPICO ) Arrumação – serviço;
Malas – depósito.

1º COMPRA E VENDA: (preço + coisa)

DAR: Comprador dar preço contratado;


FAZER: Vendedor fazer transferência do bem.
Vendas Especiais:

a) Amostra: protótipo, modelo, deve ser igual amostragem.


b) Ad corpus: certa e determinada a coisa, o que interessa é a
coisa.
c) Ad mensuram: feita sob medida de extensão, o que interessa é
a quantidade.
- A menor dá vício redibitório. Antes da edilícia deve fazer
a “ex empto” ou “ex vendito” = complementação da área a
menor.
- Quando não dá para completar com os “ex”, faz redibitória
ou Estimatória “quanti minoris”.

Prazo: 1 ano para a redibitória e a estimatória.

LIMITAÇÕES À COMPRA E VENDA:

-> ASCENDENTE PARA DESCENDENTE: deve ter autorização dos outros


descendentes + cônjuge.

Sem autorização – 496 CC. – Anulável.


Prazo: Geral 2 anos, 179 CC.

-> ENTRE CÔNJUGES: pode se o bem for excluído da comunhão. 499.

70
-> FRAÇÃO IDEAL DE CONDOMÍNIO: ex: possui 10% de uma casa.
Deve respeitar o direito de preferência dos outros
condôminos.

2º EMPRÉSTIMO:

Fungível : substituível – mútuo. GRATUITOS


Infungível: não substitui – comodato.

Mútuo feneratício - pode ser oneroso – EXCEÇÃO.

Comodato “ad pompam” = empréstimo.


É de bem fungível que se torna infungível por disposição das
partes. Ex.: frutas, flores, ornamentações etc.

- Não devolveu = reintegração de posse.


- Pode cumular pedido de aluguéis.

3º DOAÇÃO: arts. 538, 542, 543 CC.

Conceito: Transferência de bens de uma pessoa para outra.


Exige aceitação do donatário.

SIMPLES: do conceito, pura.


CONDICIONAL: condição para doação.
MODAL: encargo, onerosa.
REMUNERATÓRIA: onerosa, em razão do serviço ou agradecimento. Há
contraprestação. Não exige vênia conjugal – 1647.

-> De Ascendente para Descendente: não precisa de autorização.


Importa adiantamento de legítima.

-> Doação Remuneratória de Ascendente para Descendente: não é


adiantamento de legítima, houve contraprestação.

NULA – Nulidade Absoluta:

Inoficiosa: herdeiros necessários: desc./asc./cônjuge. Se doa


mais do que a parte disponível, da legítima,
ultrapassa limite. É Nula apenas a parte excedente.

½ é indisponível (legítima dos herdeiros necessários)


½ é disponível (proprietário faz o que quiser)

Doa tudo sem reserva doação é nula, deve reservar a parte


de Subsistência: necessária para sua subsistência.

ANULÁVEL – Nulidade Relativa: 550 CC.

71
Doação para amante: Cônjuge adúltero, ainda que da parte
disponível. Pelo cônjuge ou os herdeiros necessários.
Prazo de 2 anos depois da dissolução da sociedade.

REVOGAÇÃO – 555 CC.

* Inexecução de encargo na modal: Ônus não realizado revoga-se.


* Ingratidão do donatário: 557 CC.
a) atentar contra vida ou praticar homicídio doloso + 561 CC.
b) ofensa física.
c) injuriou ou caluniou.
d) recusou alimentos ao doador.

- 558 = cônjuge, ascendente, descendente, irmão = VER.


- PRAZO = 1 ano, 559, do momento que chegar ao conhecimento do
doador o fato do 557.
- 560 = direito NÃO se transmite aos herdeiros. + 561 CC.

-> Ação já iniciada os herdeiros podem continuar.


-> Herdeiro do donatário responde também se já iniciou ação.

REVOGAR O DIREITO À REVOGAÇÃO:

- Abrir mão do direito de revogar. 556, NÃO PODE.


- Por ingratidão, 557, todos.

4º CONTRATO DE FIANÇA: -> CAI*

- Art.39, lei locação.


- Art.835 CC.

Outro nome = Caução ou Garantia Fidejussória.

- Contrato de fiança será SEMPRE escrito, não pode ser oral.


- Fiança é garantia pessoal, não dá bens (recai sobre pessoa).
- Não existe a possibilidade de dar bens em fiança.
- Lei 8009/90 – art.3º, VII, bem de família.
5º MANDATO:
- Transferência de poderes.
- Procuração é instrumento do contrato de mandato.
- 658 CC = Se não estipular retribuição, presume-se gratuito.
- Exceção: pode prever expressamente seja onerosa.
- Ofício ou Profissão lucrativa NÃO PRESUME GRATUIDADE.
Ex.: procuração ao advogado, não precisa escrever valor.

- Substabelecimento = o que recebeu poderes transfere a outro.


Art.655 CC.
- Mandato pode ser Verbal ou Escrito, Expresso ou Tácito. 656 CC

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EXCESSO DE MANDATO: quando aquele que receber excede os limites
do poder a ele atribuído. 665 CC.

- Quando exceder deve ser ratificado pelo outorgante.


- Não ratificou considera-se mero gestor de negócios, que
responde pelos seus atos.
ESPÉCIES:

a) Singular -> 1 mandatário.


b) Plural -> mais de 1 mandatário.

Plural ainda pode ser:

Conjunto : Mandatários agem conjuntamente.


Solidário : Agem isoladamente.
Fracionário : Fraciona poderes, cada mandatário tem poderes
diferentes, específico.
Substitutivo: Agirão 1 na falta do outro respeitando a ordem de
nomeação.

RESPONSABILIDADE CIVIL
Elementos / Pressupostos:

a) Ação ou Omissão do agente: 186, ato ilícito e o abuso de


direito, 187.
b) Dolo ou Culpa: 186

c) Dano: ainda que exclusivamente moral (abuso de direito


também)
d) Nexo de Causalidade: causa e efeito entre ato e o dano. O que
o ato gerou? = Dano.

MATERIAL – 402 – Dano emergente = prejuízo efetivo.


- Lucro Cessante = deixou de ganhar.
DANO MORAL – Direito da personalidade = 5º, X, CF + Súm.227
STJ.
ESTÉTICO – Dano permanente, pois se for reparável não dá
dano. Deve proceder reparação.
-> Causa deve ser adequada para gerar dano (Teoria da
Causalidade Adequada). Ex.: Causa atropelamento X Morre de
HIV.

-> E o dano hipotético? Não é indenizável. Não exclui o dano


indireto ou dano em ricochete, mas a princípio não indeniza.
Dano hipotético é aquele em que a pessoa poderia ter sofrido
dano. Ex.: Cai um vaso de flores de cima de um prédio, 50
centímetros de uma pessoa. Houve um possibilidade de que
aquela pessoa sofresse dano, porém não sofreu. É hipotético,
ou seja, na hipótese de ter sofrido o dano.

* Dano Indireto ou em Ricochete: a pessoa não é a vítima, mas é

73
atingida indiretamente e também sofre danos. Ex.: família do
pai que os sustentava, que morreu. Indenização à família.

ROMPIMENTO DO NEXO:

- Quando se rompe o nexo não há responsabilidade civil.


- Excludentes da responsabilidade civil:

a) Caso fortuito;
b) Força maior;
c) Culpa de Terceiro;
d) Culpa Exclusiva da Vítima.

Espécies:

a) Contratual – inadimplemento das obrigações.


b) Extracontratual ou Aquiliana:

- Subjetiva – REGRA – depende da prova da culpa.


- Objetiva – EXCEÇÃO – independe de culpa.

CASOS DE RESPONSABILIDADE OBJETIVA:

1) Responsabilidade do Estado – art.37, $6º, CF.


2) CDC, salvo o profissional liberal que é Subjetiva.
3) Responsabilidade por ato de terceiro – art.932 CC.
Agente + Terceiro. Todas no 932 CC são OBJETIVAS.
• Ver p.ú. art.942 CC.
• Ver 928 CC.

4) 936 – Responsabilidade por dano do animal.


5) 937 – Dano do prédio em ruína.
6) 938 – “Effuris et dejectis” (líquidos e sólidos), jogado de
um
prédio, quem habita é responsável, não importa quem jogou.

QUINTA AULA:

DIREITO DAS COISAS

Teoria sobre a POSSE:

OBJETIVA, 1196 CC. USO / GOZO / DISPOSIÇÃO / REIVINDICAÇÃO


de Ihering - é possuidor quem tem todos esses.

Locatário – uso e gozo – posse direta - posse apenas


Locador - disp. e reivind. – posse indireta - proprietário

74
1198, CC. -> detentor não é possuidor – não tem poderes
inerentes à propriedade. Ex: caseiro, que é mero detentor.

AQUISIÇÃO DA POSSE:

TRADIÇÃO: entrega

- REAL ou MATERIAL = Transfere o corpo, a matéria.


- SIMBÓLICA ou FICTA = Entrega de chaves (traditio longa manu).
- CONSENSUAL = Por consenso, vontade.

Constituto Possessório -> quem possuía em nome próprio passa


a possuir em nome alheio.
Traditio Breve Manu -> inverso do constituto. Possuía
nome alheio e passa a possuir em
nome próprio. Ex: locatário compra
casa do locador.

• No constituto possessório a posse não muda, só muda o


estado da coisa “cláusula constituti”. Const. Poss. CAI EM
TODAS*

EFEITOS DA POSSE:

- Direitos em razão da posse:

e) Propor Interditos Possessórios: ação judicial defesa


da posse.

TURBAÇÃO = Restrição do uso da posse. (perturbar = atrapalhar)


ESBULHO = Privação quanto ao uso da posse.

Espécies de interditos:

1 – Reintegração de Posse = em esbulho – perdeu a posse e que de


volta.
2 – Manutenção de Posse.. = em turbação – não perdeu a posse, só
p/ manter.
3 – Imissão na Posse..... = nunca esteve na posse. Agora corre
em procedimento comum, antes era
especial.
4 – Proibitório.......... = ameaça de esbulho ou turbação,
proibir a prática de qualquer
prejuízo à posse –TUTELA INIBITÓRIA.
Atrelado às Astreintes = preceito
cominatório – sanção – multa diária.
5 – Nunciação Obra nova.. = embargar obra, possibilidade de
molestar possuidor, irregularidade.

75
Enquanto a obra está acontecendo. Se
já acabou a obra é ação demolitória,
ou seja, desfazer.
6 – Dano Infecto......... = Natureza de ação possessória –
reparação de vício que infecta outra
propriedade causando dano. Pode ter
natureza de Direito de Vizinhança –
evita problemas de vizinhança.
7 – Embargos de Terceiro. = (senhor e possuidor) quando tiver
seu bem penhorado por outro.

OBS.: Legítima Defesa da Posse – autotutela no D. Civil.


Desforço Imediato - não pode ser retardado.
Proporcional - suficiente para evitar esbulho
ou turbação.

BENFEITORIAS: BOA-FÉ = indeniza – Necessárias e úteis


Tem direito de retenção
Volupt. pode retirar.

MÁ-FÉ = indeniza – Necessárias só.


Volupt. não retira nem retém

Boa-Fé – Subjetiva – ignora vício.


Má-Fé - Objetiva - ciente do vício.

POSSE JUSTA = não é injusta.


POSSE INJUSTA = pode ser:

Violenta = agressão física ou moral.


Clandestina = conquistada às escuras.
Precária = obtida por abuso de confiança.

Posse Nova = até ano e dia.


Posse Velha = mais de ano e dia.

P/ PROPOR INTERDITO POSSESSÓRIO: analisa posse nova ou velha.

- Posse Nova = proced. especial – rito especial - pode LIMINAR


- Posse Velha = proced. comum - Ord. ou Sum. – TUTELA ANTEC.

PROPRIEDADE:

- USO / GOZO / DISPOSIÇÃO / REIVINDICAÇÃO -> PROPRIEDADE PLENA


- Uso e Goso para Terceiros é Propriedade Restrita.
- Propriedade Resolúvel? -> será extinta.

AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA:

1º - Registro (derivado)
2º - Acessão (origem)

76
ACESSÃO:

1- Formação de Ilhas – divide-se o álveo (meio do rio).


2- Aluvião – aglomeração de terra na margem –
imperceptível.
3- Aluvião Imprópria – retração de águas, mostra terra antes
coberta pela água.
4- Avulsão – pedaço que sai de uma propriedade e vai
para outra, de forma radical, de uma vez.
5- Álveo Abandonado – rio que muda de curso, parte do álveo
fica descoberta, seco.

USUCAPIÃO

Extraordinária – 1238 Ver artigos e diminuição de prazos.


Ordinária - 1242
Rural - 1239 -> Para trabalho, “pro labore” –até 50h.
Urbana - 1240 -> Até 250 m2.

COLETIVA – Art.10 da Lei 10.257/01 – Estatuto da Cidade.


É litisconsórcio na ação de usucapião.

Art.1228, §4º, CC. -> Não é usucapião, §5º, tem indenização.


Não está no capítulo da Usucapião.
É desapropriação judicial indireta.

CONDOMÍNIO

- Pluralidade de pessoas exercendo propriedade em coisa


indivisível. Mais de 1 proprietário.
- Tem fracionamento de propriedade – Condomínio Romano.

Ex.: Apartamento em edifício – Condomínio Edilício.


Ex.: Comunhão é condomínio Germânico – tudo é de todos.

CONDOMÍNIO EDILÍCIO:

- Cláusula Penal – multa – reduziu de 20% para 2%


- Convenção – quorum – 2/3 dos condôminos (proprietários)
- Multa para condômino nocivo ou anti-social – Mediante Assembl.
OAB diz que pode expulsar este condômino nocivo ou anti-
social.

DIREITOS REAIS – 1225 CC.

01 – Propriedade – d. real sobre coisa própria (jus re própria)


02 – Superfície
03 – Servidão
04 – Usufruto - de gozo ou fruição.

77
05 – Uso
06 – Habitação - direito real
07 – Promitente comprador –- aquisição. sobre coisa
08 – Penhor alheia (jus in
09 – Hipoteca - de garantia. re aliena).
10 – Anticrese
SUPERFÍCIE – 1369 CC.

construir em algo que prazo determin. Cart. Reg. Não


inclui
/ plantar não é meu med. instr. públ. Imóveis uso
subsolo

- Tudo isso mediante REMUNERAÇÃO ( também chamada de SOLARIUM );

É diferente no Estatuto da Cidade – Lei 10.257/01


- Prazo determinado ou indeterminado;
- Pode usar subsolo;
- Este é urbano, outro é rural;
- solarium = remuneração.

SERVIDÃO –

- Acesso forçado, abre caminho.


- Institui por contrato público ou testamento – Judicial não.
- Tem que estar cravado, ou seja, sem qualquer acesso.
- Deve ser por utilidade, e não por simples desejo.
- Passagem por 48 anos ininterruptos e sem oposição fica sempre,
como se fosse usucapião, mas não cabe usucapião, art.1208.
- Só seria usucapião se houvesse posse, mas na servidão não tem.
- Servidão aparente – 1379 CC. – Ver.

- Se a servidão for aparente, ou seja, não oculta, ininterrupta


durante 48 anos, sem oposição do dono do terreno ou prédio,
pode usucapir. Note-se que deve ser aparente.
O que se está usucapindo não é a propriedade, mas apenas a
servidão. Não agrega à propriedade do outro.

USUFRUTO –

Uso / Gozo / Disposição / Reivindicação

Usufrutuário Nu-proprietário

- Pessoa jurídica pode ser usufrutuária:


- Extinção de empresa;
- Prazo máximo de 30 dias.

USO – ler artigos do código seco, já basta. 1412/1416 CC.

78
HABITAÇÃO – ler artigos do código seco, já basta. 1414/1416 CC.

PROMITENTE COMPRADOR –

- “Pactum Contraendo” – promessa de comprar e vender.


- Comprador – obrigação de dar – dar o preço.
- Vendedor - obrigação de fazer – fazer o contrato definitivo,
que é o título translativo.
• Para gerar direito real deve ser irretratável o pacto, ou
seja, não conste no pré-contrato esta possibilidade.
- Direito de arras (sinal) -> confirmatório – Ñ prevê arrepend.
-> penitenciais - prevê arrepend.

- Não cumprida obrigação – cabe AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA.


- Se contrato com status de DIREITO REAL. -contrato irretratável

PENHOR, HIPOTECA, ANTICRESE –

- Obrigação – dar o bem = Móvel - penhor


Imóvel – hipoteca (navio e aeronave)
Imóvel – anticrese

DIFERENÇA ENTRE PENHOR E PENHORA: Penhor = empenhar.


Penhora = penhorar.

ANTICRESE -> imóvel/garantia – credor retira frutos para retirar


o crédito. Evita expropriação do bem.

CLÁUSULA COMISSÓRIA – 1428 – credor deseja ficar com o bem em


lugar da dívida. O bem é garantia e não
constitui a própria dívida. NÃO PODE.
DIREITO DE FAMÍLIA

FAMÍLIA: é formada por um grupo de pessoas que se amam.

CAPACIDADE: Começa c/ 18 anos. 16 é idade mínima. Não confundir.

EXCEPCIONAL: Entre 16 e 18 pode casar, porém, com autorização


dos pais. Devem autorizar os dois. Se divergentes, ou seja, mãe
autoriza e pai não, pode haver SUPRIMENTO JUDICIAL. Juiz
analisará se a negativa é justificada. Se injusta ele concede.

- Com o SUPRIMENTO JUDICIAL o casal perde a faculdade de escolha


do regime, que será, obrigatoriamente, SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA.

- MENOR DE 16 ANOS TAMBÉM PODE CASAR – caso de gravidez.

79
HABILITAÇÃO – quem quer casar passa por processo de habilitação,
levantamento de documentos etc. A habilitação tem prazo de 90 d.

ESPÉCIES DE CASAMENTO: estudar os 2 na doutrina.


PROCEDIMENTO PARA CASAMENTO:

SÉTIMA AULA:

EFEITOS DO CASAMENTO

DEVERES: - Fidelidade;
- Mútua assistência;
- Coabitação (obrigação sexual);
- Guarda, sustento e educação dos filhos;
- Respeito e consideração mútua.

NOME: - Mulher pode incluir nome marido, ele também pode o dela.
- Se não quiser, nenhum precisa, pois é optativo.

PODER FAMILIAR: poderes iguais a marido e mulher.

REGIME DE BENS

- Art.1639 – O início do regime é com o casamento. A escolha do


regime é que é anterior ao casamento, mas é o casamento que dá
eficácia ao regime escolhido.

- Regime define regras patrimoniais = Pelo Pacto Antenupcial.

- Mudança de Regime é EXCEPCIONAL, mas acaba podendo:

- Com devida autorização judicial – pedido motivado dos 2.


Ex: cônjuges querem contratar sociedade comercial que não
pode pelo seu regime, muda-se de regime para poder.
- Mudança de Regime não atinge terceiros -> Sem qualquer efeito.

- Quem já era casado no Código de 16, pode mudar também para se


adequar às novas regras.

PACTO ANTENUPCIAL

- Regras patrimoniais para viger durante o casamento.


- Realizado em cartório – Tabelionato de Notas – Público.
- Casou produz efeitos – “intra partes”.
- Para efeito “erga omnes” tem que registrar.
- REGISTRO NO CARTÓRIO DE IMÓVEIS – Valer contra Terceiros.
* Parece estranho, mas é isso mesmo, Cartório de Imóveis.

QUANDO É OBRIGATÓRIO FAZER O PACTO:

80
- Na Comunhão Universal;
- Participação Final nos Aqüestos;
- Separação Convencional.

NÃO PRECISA FAZER PACTO:

- Separação Obrigatória (bens já estão separados e protegidos)

PODE FAZER SE QUISER, NÃO OBRIGATÓRIA, MAS PODE:

- Comunhão Parcial (regime legal).

COMUNHÃO PARCIAL – ART.1659

EXCLUI DA COMUNHÃO:

I – o que tinha antes e adquiridos por sucessão e doação


depois de casado, e os sub-rogados nos seus lugares;

II – bens adquiridos por valores sub-rogados de bens


particulares;

III – obrigações anteriores ao casamento;

IV – adquiridos por ato ilícito, salvo reversão em favor do


casal;

V – objetos pessoais, livros;

VI – proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge (se ambos


trabalham);

VII – pensões, meio-soldos, montepios, rendas semelhantes.

INCLUI NA COMUNHÃO:

- bens ou valores adquiridos por “fato eventual”, pode ser


loteria, por exemplo.

COMUNHÃO UNIVERSAL
- Comunica tudo.
- Salvo o art.1668 = traz exclusões -> Ver artigo todo.

PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQÜESTOS

Aqüestos = bens adquiridos onerosamente na constância do


casamento.
Aprestos = despesas do casamento, todas para o evento.

- São 2 regimes em 1:
a) Constante o casamento o patrimônio é individual;

81
b) Terminado o casamento participa dos bens finais.

Art.1647 – Vênia Conjugal (autorização).


- Separação absoluta não precisa da vênia.
- O artigo não fala desse regime, o que subentende que
precisa da vênia sim nesse regime.
Art.1656 – Livre disposição bens imóveis particulares.
- Para imóveis pode convencionar que não precisa vênia.
- Livra da vênia somente neste caso -imóvel particular.

Comunhão – tipo condomínio – são donos da mesma coisa.


Aqüestos – percentual sobre o patrimônio do outro, fixado no
Pacto, ao qual é livre para estabelecer.

SEPARAÇÃO

CONVENCIONAL = Pactuada, convencionada – Pacto Antenupcial.


OBRIGATÓRIA = A lei impõe esse regime, art.1641 CC.

- Não comunica nada – patrimônio totalmente protegido.

SEPARAÇÃO JUDICIAL e DIVÓRCIO

SEPARAÇÃO JUDICIAL DIVÓRCIO

Não extingue vínculo, Extingue o vínculo, pode casar


extingue o regime de de novo, sem impedimento.
bens e também os DIRETO: separação de fato por
deveres de fidelidade 2 anos.
e coabitação, cessam. INDIRETO: necessidade de
converter separação em
divórcio após 1 ano da
separação.
UNIÃO ESTÁVEL – ART.1723 e seg.

- Não existe prazo para reconhecer.


- Conceito art.1723.

- Homem e Mulher – excepcional homossexual;


- Convivência Pública;
- Contínua e Duradoura;
- Objetivo de Constituir Família.

UNIÃO ESTÁVEL – Não tem impedimento matrimonial;


COMCUBINATO - Impedimento matrimonial.

- União Estável não tem regime – tem por REGRA comunhão parcial.
- Pode mudar a regra – Contrato de Convivência – Não é Pacto.

ALIMENTOS – ART.1694

82
PODEM PEDIR UNS DOS OUTROS:

- Parentes (em ordem de grau – colateral também. AFINIDADE NÃO.;


- Cônjuges;
- Companheiros.
- Deve obedecer a Necessidade de um e Possibilidade do outro.
Art.1700 – transmite-se aos herdeiros do devedor no limite e nas
forças da herança.

Art.1707 – alimentos são irrenunciáveis, ou seja, não pode:


a) Compensação;
b) Cessão;
c) Alienação.

SUCESSÕES

- É a transferência em decorrência da morte de uma pessoa.

ESPÉCIES:

1 – SUCESSÃO LEGÍTIMA: é aquela que decorre da lei, seja porque


não existe testamento, seja porque existe um testamento
inválido ou porque existe um testamento válido que não
contemplou a totalidade dos bens.

2 – SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA: é aquela que decorre da última


manifestação de vontade do testador. Escrita, expressa.

3 – SUCESSÃO UNIVERSAL: é aquela que contempla total ou


parcialmente o acervo hereditário, sem identificar com
exatidão a parte correspondente a cada herdeiro.

4 – SUCESSÃO SINGULAR: é aquela individualizada, identificada e


determinada. Ocorre com o legado que é o objeto certo e
determinado que o testador vai contemplar o legatário.

- Com a morte natural ocorre a abertura da sucessão, que será no


último domicílio do morto.

- O CC. Adota o Princípio de Savigni que se traduz na


transmissão automática da herança para os herdeiros do
falecido.

- A natureza jurídica da sucessão é a perpetuidade da


propriedade.

- Tanto a aceitação como a renúncia são considerados atos


Unilaterais e Personalíssimos e não dependem de consentimento
de cônjuge ou companheiro. São também Irretratáveis, pois não

83
admitem arrependimento.

- O herdeiro recebe o ativo e o passivo do patrimônio do morto,


sendo que a herança responde com suas próprias forças. Logo o
herdeiro não sofrerá nenhuma interferência nos seus bens
particulares.
- A aceitação pode ser Expressa, Tácita ou Presumida.

- A presumida ocorre no silêncio da parte quando o juiz pede


para se manifestar.

1 – A RENÚNCIA pode ser: IMPRÓPRIA ou TRANSLATIVA, que na


verdade trata-se de uma aceitação seguida de cessão, devendo
portanto incidir 2 impostos, o Causa Mortis e o Inter Vivos.

2 – RENÚNCIA ABDICATIVA ou PROPRIAMENTE DITA, é a verdadeira


renúncia, vontade.

- Na classe dos Ascendentes e Descendentes existe grau mas não


existe limitação.

- Na classe dos Colaterais a limitação existe, é até o 4º grau.

COMPANHEIRO NÃO É HERDEIRO NECESSÁRIO:


- Os herdeiros necessários são:

a) Descendentes;
b) Ascendentes;
c) Cônjuge sobrevivente.
- Esses possuem direito à legítima, que é a metade indisponível
da herança.

- Existindo herdeiros necessários a liberdade de testar é


RELATIVA, sendo ABSOLUTA somente na ausência desses herdeiros.

- Os herdeiros necessários são também considerados herdeiros


legítimos, mas nem todo herdeiro legítimo será considerado
necessário.

- Filho de herdeiro RENUNCIANTE não herda por representação,


pois o direito considera o renunciante como se não existisse.

- Já o filho de herdeiro DECLARADO INDÍGNO, DESERDADO,


PREMORIENTE e AUSENTE, herdam por representação, recebendo a
quota parte que o representado receberia.

ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, 1829 CC:

- O cônjuge será herdeiro:

1 – se casado no momento da morte do outro;

84
2 – se separado de fato a menos de 2 anos;
3 – se separado de fato a mais de 2 anos e provar que culpa da
ruptura é do “de cujus”.

- A vocação hereditária é:
1 – Dos descendentes em concorrência com o cônjuge sobrevivente
nos seguintes regimes de bens:

. Separação Convencional;
. Participação Final nos Aqüestos;
. Comunhão Parcial de Bens com bens particulares deixados.

- Se o cônjuge concorrer com filhos comuns terá direito a


reserva mínima de 1/4 = 25% da herança.

- Se concorrerem com filhos exclusivos do morto, a herança será


repartida em partes iguais, não tendo direito a reserva de1/4.

- Quando concorrer filhos exclusivos e comuns há 2 correntes –

1 – Mantém reserva de 1/4 porque o objetivo da lei é proteger o


cônjuge sobrevivente.

2 – Divide em partes iguais sem reserva de 1/4 , protegendo


assim os filhos exclusivos.
- Se o ascendente for de 1º grau e estiverem vivos o cônjuge
concorre com 1/3.
- Se tiver 1 só ascendente de 1º grau o cônjuge recebe metade.

- O cônjuge concorre com ascendente:

1 – Terá direito a 1/3 da herança se os ascendentes de 1º grau


estiverem vivos.

2 – À metade se concorrer com apenas 1 ascendente de 1º grau ou


ascendente de grau maior, ou seja, 2º grau, 3º grau etc.

OBS.: Não tendo Ascendentes e Descendentes o cônjuge recebe a


totalidade dos bens, independente do regime.

- Não tendo cônjuge sobrevivente vai para os colaterais até o 4º


grau apenas. Não tendo nem um, nem outro, fica com omunicípio.

SUCESSÃO DE COMPANHEIROS, 1790 CC:

- Participará da sucessão quanto aos bens adquiridos


onerosamente na vigência da união estável:

1 – Se concorrer com filhos comuns terá direito à quota


equivalente à que couber ao filho comum;

85
2 – Se concorrer com filhos exclusivos do “de cujus” terá
direito a metade do que couber a cada filho;

3 – Se concorrer com qualquer outro parente sucessível, terá


direito a 1/3 da herança;
4 – Não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade
da herança, como se casado fosse.

86
DIREITO PROCESSUAL CIVIL

PRIMEIRA AULA:

Finalidade do Direito = solucionar conflitos


No CPC conflitos individuais = CPC não existe conflito coletivo.

ARBITRAGEM

É a solução PRIVADA dos conflitos, o Estado não atua.


A arbitragem surgiu em 1996 com a Lei 9307/96. (se possível ver)

• 1º ninguém é obrigado a submeter-se;


• 2º objeto de direito indisponível não pode ser arbitrado;
• 3º execução não cabe arbitramento – exige ordenamento jud.

ARBITRAGEM TRABALHISTA

Procedimento:

Câmara Arbitramento -> Associação Civil (p.ex. junta comercial)


|-> Sempre fruto de vontade das partes.
Regimento interno |-> Convenção de arbitragem.
|-> Compromisso arbitral.
Objeto Corpo de árbitros |-> Compromissória.
(qualquer pessoa)

• A vontade das partes vai até composição da câmara.


• Inserida no contrato, que antes do conflito já se dirime o
modo de resolução.
• Instrumento pactuado após a ocorrência do conflito – não
importa se existe. (já é pactuado na câmara)
• As partes elegem a câmara (Objeto e Corpo)
• Já indica os árbitros.
• Tudo é vontade das partes.
• NÃO é ACORDO nem TRANSAÇÃO.
• Não existem regras de procedimento.
• Existem provas a produzir.
• Os árbitros não têm poder coercitivo.
• Se não for viável, produz prova no judiciário e depois
instrui o arbitro.
• Contraditório e Ampla Defesa são respeitados.
• Existe sentença, mas NÃO homologa no judiciário.
• Sentença tem mesma força que a do Poder Judiciário.
• Faz coisa julgada também.
• Irrecorrível, só cabe EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Embargos de Declaração = apenas esclarece a sentença.

87
DIFERENÇAS ENTRE PROCED. ARBITRAL E PROCESSO JUDICIAL

Procedimento Arbitral = querem encontrar a verdade;


Processo Judicial = a parte quer ter razão.

NÃO cabe ação rescisória porque é promovida direto ao tribunal.


Tribunal não tem competência nesse caso.
CABE Ação Anulatória de sentença arbitral.

* Anulatória não envolve questão de mérito, APENAS PROCESSUAL.


* ANULA e não reforma.
* Tem o PRAZO DECADENCIAL de 90 dias.

ART. 32 - RAZÕES DE ANULAÇÃO


*** Aplica o Art. 33, $1º – IMPORTANTE

• Sentença arbitral é passível de execução, pois é título


executivo;
• Se necessário executa-la, deve entrar com processo de
execução no judiciário;
• É título Judicial porque equivale a sentença judicial (art.
584 – Tít. Exec. Jud.)

AÇÃO JUDICIAL

Ação Judicial é direito assegurado pela CF/88, em que o cidadão


tem condições de provocar o Estado a fim de solucionar conflito.

É direito amplo e irrestrito.

Qualquer pessoa pode promover qualquer ação contra quem ela


quiser.

Não cabe indenização contra ação.

LITIGAR DE MÁ-FÉ = utilizar do instrumento com objetivo de


prejudicar o outro.

PODER na prova é PROCEDER o pedido.

CONDIÇÕES DA AÇÃO

São condições exigidas para a existência da ação.


A ausência de uma das condições da ação ela não existe.

Art. 267, VI -> 1 Possibilidade


2 Legitimidade
3 Interesse de agir

88
Legitimidade “ad causam” – Não confunde com mérito. É a
existência ou não de relação jurídica entre as partes com a
demanda.

Legitimidade Ordinária ou Extraordinária, art. 6º:

- Ordinária = aquele que promove é o titular;


- Extraordinária = aquele atua em nome de outra pessoa. Sempre
depende de lei. Equivale a substituição
processual, ou seja, não representa, mas
substitui.

* Representação processual, art. 12;


* Substituição Extraordinária, art. 9º, II;
* O MP é Extraordinária Autônoma, porque também é beneficiário,
substitui a população.

Interesse de agir – NECESSIDADE de utilizar a atividade


jurisdicional; ou ADEQUAÇÃO do procedimento.

Possibilidade jurídica do pedido – é diferente do pedido


juridicamente impossível, com o pedido
possível que é improcedente.

Ex.: Divórcio entre irmãos – é legalmente impossível.

ELEMENTOS DA AÇÃO

1 Partes
2 Pedido Através deles que se identifica a ação.
3 Causa de pedir

Partes = deve existir autor e réu claramente identificados;


Pedido = deve ser explicitado o que se quer com a ação;
Causa de pedir = as razões que levaram a propor a ação.

LITISPENDÊNCIA = São 2 ou mais ações idênticas (tudo igual)


correndo ao mesmo tempo. Assim, extingue-se as demais e perdura
apenas uma, REGRA art. 219 fica a que teve a citação válida
primeiro. Art.301, $$ 1º, 2º e 3º

COISA JULGADA = Uma ação idêntica já foi extinta,


impossibilitando que se tenha aquele assunto discutido
novamente, o que evita decisões conflitantes.

CONEXÃO = 2 ou mais ações com a mesma CAUSA DE PEDIR e o


mesmo PEDIDO, mas as partes são outras, as ações são conexas.

• Haverá reunião das ações em um juízo apenas, e será o


prevento aquele que proferiu o primeiro despacho.

89
Motivos: 1º Economia processual, não há nulidade posterior.
2º Evita decisões conflitantes, que gera nulidade.

* O juiz pode ordenar a reunião dos processos de ofício ou pode


ser por requerimento de qualquer das partes.
* Aquele que despachou em primeiro lugar é o PREVENTO, art.106.

CONTINÊNCIA = É uma espécie de conexão. São 2 ou mais PARTES,


com a mesma CAUSA DE PEDIR e o PEDIDO um é mais
abrangente que o outro.

Será PREVENTO o juiz do pedido mais abrangente.

SEGUNDA AULA:

CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES

CONHECIMENTO Declaratória: Meramente declaratória = usucapião.


+ Constitutiva / + Condenatória.

Condenatória: Ex.: cobrança, indenização, etc.

Constitutiva: Negativa: ou Desconstitutiva: Ex.:


divórcio, embargos de 3º que
desconstitui penhora, etc.
Positiva: Ex.: investigação de
paternidade, etc.

CAUTELAR Tem o objetivo de assegurar direito.

EXECUÇÃO Meio de forçar cumprimento da obrigação.

PROCESSO DE CONHECIMENTO - Procedimento COMUM ---- Ordinário


Sumário
Procedimento ESPECIAL

SUJEITOS DO PROCESSO

1 Partes
2 Juiz
3 Ministério Público
4 Advogados

* As partes devem ter capacidade de direitos – condições de


contrair obrigações e exercer direitos.

90
* O menor pode ser parte, mas não pode estar no juízo sozinho, e
o interdito também não – Devem estar representados.

* O menor ser representado não é questão de legitimidade, porque


ele tem capacidade, mas como não responde por seus atos, deve
ser representado por responsável.

Capacidade Postulatória: Postular – Pedir em nome de outro.


Advogado tem capacidade postulatória.
Estagiário não tem capacidade postulatória.

No juizado especial não requer o poder postulatório, porque não


pede em nome de outro, mas sim, em seu próprio nome.

LITISCONSÓRCIO

Consórcio = grupo de pessoas que busca algo.


Litis = lide, demanda.

Para a formação de litisconsórcio deve haver INTERESSE e


MOTIVAÇÃO iguais = Pedido e Causa de Pedir.

Vários autores = litisconsórcio ATIVO.


Vários réus = litisconsórcio PASSIVO.

O litisconsórcio é formado por:

Vontade das partes : facultativo, art.46


Art. 46 - Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II - os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito;
III - entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir;
IV - ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito.

Por força de lei : obrigatório ou necessário, art.47


Art. 47 - Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a
lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortes
no processo.

Por força de contrato: obrigatório ou necessário também.

LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO – Não atendido o processo é NULO,


porque devem estar todos os obrigados citados, e a falta da
citação de um deles gera nulidade. Ex.: art. 10 CPC.
Art. 10 - O cônjuge somente necessitará do consentimento do outro para propor ações que versem sobre direitos reais
imobiliários.

Litisconsórcio: Anterior = antes da citação


Posterior= após a citação (intervenção de 3º)

91
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

Existem 5 modalidades:

1 – NOMEAÇÃO A AUTORIA – intervenção ao autor, exclusivo do réu;


Ex: Hipótese do empregado que age em cumprimento de ordem do patrão e comete ato de que resulte em prejuízo.

2 – CHAMAMENTO AO PROCESSO – exclusiva do réu também, chamar no


prazo da contestação.
Ex:Fiador no caso de ser demandado antes do devedor principal.

3 – DENUNCIAÇÃO DA LIDE
Ex:Quando se compra um carro e o coloca no seguro, caso haja um acidente e o dono do carro seja acionado para pagamento,
ele deverá denunciar a lide a seguradora, pois ela é quem irá pagar por força de contrato entre as partes.

4 – ASSISTÊNCIA
Ex: Numa ação de despejo entre locador e locatário, a sublocação não figura como objeto da lide por se tratar de interesse
indireto.
.

5 – OPOSIÇÃO
Ex: A cobra de B determinado crédito, podendo C entrar com oposição, alegando ser seu o crédito em litígio.

** Embargos de 3º NÃO é intervenção de 3º, art. 1046 CPC, porque


o terceiro não tem relação com a parte, na intervenção ele tem.
Art. 1.046 - Quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de apreensão
judicial, em casos como o de penhora, depósito, arresto, seqüestro, alienação judicial, arrecadação, arrolamento, inventário,
partilha, poderá requerer Ihe sejam manutenidos ou restituídos por meio de embargos.

NOMEAÇÃO A AUTORIA

Objetivo : Substituir o pólo passivo – réu nomeia outro réu.


Hipóteses: Art.62, réu demandado não é proprietário do bem e
nomeia o verdadeiro proprietário.
Processam: Petição inicial – citação – 15 d. para contestação
ele contesta ou nomeia a autoria.
É por simples petição requerendo a nomeação.
Pode contestar alegando ilegitimidade, mas sofre
sanção, art. 69 CPC.
Nomeação NÃO é obrigatória + sofre sanção se deixar.
Nomeou tem 5 d. para autor se manifestar sobre a
nomeação, se concorda ou não concorda com ela.
Se NÃO CONCORDAR abre + 15 d. para réu contestar.
Se CONCORDAR juiz cita o 3º e substitui o pólo
passivo da ação, que se chama EXTROMISSÃO.

CHAMAMENTO AO PROCESSO

Objetivo : Chamar um 3º para compor como parte, vem somar.


É exclusiva do réu, no prazo da contestação ou na
própria contestação.
Hipóteses: Casos de solidariedade, chama os solidários, art.77.
É passivo: porque substitui o pólo passivo – réu.

92
Facultativo: porque não é obrigatório.
Ulterior: depois que é citado, já iniciado o proc.

DENUNCIAÇÃO DA LIDE

Objetivo : Também chama o 3º para compor como parte a demanda.


Serve tanto para autor como réu. – Mais comum Réu.
É da mesma forma que o chamamento, deve ser feito no
prazo da contestação ou nela mesmo.
Hipóteses: DENUNCIAÇÃO NÃO É MAIS OBRIGATÓRIA, apenas o inciso I
do art.70 CPC ainda se discute a obrigatoriedade.
Também pode ser Passivo, Facultativo e Ulterior.
Ex.: seguro por acidente é denunciação.

DIFERENÇA= entre CHAMAMENTO e DENUNCIAÇÃO: Na Denunciação existe


2 relações jurídicas diferentes, uma entre autor e
réu e outra entre réu e terceiro. No Chamamento, o
terceiro tem a mesma relação jurídica com o réu
demandado, ou seja, uma relação jurídica apenas
integra todos.

Denunciação = 1 processo com 2 relações jurídicas;


Ex.: autor + réu e réu + terceiro. (seguradora)
O autor tem relação indenizatória por acidente
contra o réu, que tem relação (sozinho) contra a
seguradora que lhe deve a reparação. O Autor não
tem qualquer tipo de relação com a seguradora, que
tem contrato apenas com o Réu demandado.
* Tem-se uma sentença com 2 decisões, 2 títulos.

Chamamento = 1 processo com 1 relação jurídica.


Ex.: autor + réu + terceiro. (locação – fiador)
O fiador integra a relação já de plano, o locador
pode executar o locatário ou ir direto ao fiador,
são eles solidários. O fiador pode indicar bens do
locatário antes de indicar os seus.
* Tem-se uma sentença com 1 decisão.

O CHAMAMENTO traz a idéia de SOLIDARIEDADE, em que o 3º responde


perante o Autor da ação, em conjunto com o réu.
A DENUNCIAÇÃO traduz 2 relações, o Réu responde ao Autor e o 3º
responde ao Réu, pois nada tem com o Autor.

DENUNCIAÇÃO e Se o réu contestar e não chamar ou denunciar


CHAMAMENTO a oportunidade PRECLUI (perde direito do ato)

ASSISTÊNCIA

O professor deixou como leitura complementar do curso.

OPOSIÇÃO

93
É instituto próprio do terceiro que se opõe a uma ação.
É espontâneo, sem ser motivado por qualquer dos pólos.
Oposição é AÇÃO, em que o que tem pretensão sobre o direito
discutido se opõe em face das partes daquele processo. Art.56.
É autuada em apenso aos autos principais.
O momento é qualquer um antes da sentença, lógico.

* Existe OPOSIÇÃO do MP, art.82 CPC, nos casos em que se tiver:

I- houver interesse de incapazes;


II- concernentes a estado de pessoa, poder FAMILIAR, tutela,
curatela, interdição, casamento, declaração de ausência
e disposição de última vontade;
III- que envolvam litígios coletivos pela posse de terras
rurais, e em qualquer que houver interesse público pela
natureza da lide ou qualidade das partes.

JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA

AÇÃO ----> ESTADO ----> Exerce Atividade Jurisdicional

- Seu escopo é a solução de conflitos – CONTENCIOSA


- Administração de interesses - VOLUNTÁRIA

O juiz é o órgão que exerce a Atividade Jurisdicional, tem


poderes para solucionar conflitos e administrar interesses.

Tem limites de competência: Todo juiz tem jurisdição, mas


nem todo juiz tem competência.

Princípio da Inércia – 2º CPC – o Estado deve ser provocado.

COMPETÊNCIA ABSOLUTA: Interesse público;


Pode ser de ofício pelo juiz;
Pode ser suscitado pelas partes;
Não há prorrogação;
Não tem preclusão, pode a qq momento;
Se não precluiu cabe rescisória;
Simples petição;
Remete os autos.

COMPETÊNCIA RELATIVA: Interesse das partes;


Juiz não pode declarar de ofício;
Só o réu pode suscitá-la;
Há prorrogação se não suscitar;
Ocorre preclusão se não argüir;

94
No prazo da contestação;
Como preclui não cabe rescisória;
Exceção de incompetência na Contestação;
Remete os autos.

Ocorre a ABSOLUTA por questões de TERRITÓRIO, art.95,


VALOR DA CAUSA, ou
RAZÃO DA MATÉRIA.

O valor da causa para baixo não implica nada, somente valor


maior, pois existe o limite.

Os atos DECISÓRIOS proferidos por juiz incompetente são NULOS.


Art.113 CPC.

A nulidade se dá a partir do ATO decisório e não da suscitação.

TERCEIRA AULA:

COMPETÊNCIA
Pergunta-se: Que juiz? Que território?

Passos:
1º Comp. Internacional = arts. 88 e 89
2º Comp. Originária = direto no tribunal, Ex: ação
rescisória é no TJ.
3º “Justiça” apta ao caso = Especial (trabalhista,
eleitoral ou militar), Comum (todo o resto) –
Federal (art.109 CF) ou Estadual (comp. residual,
ou seja, o que não é federal será estadual).
4º Análise da Lei de Organização Judiciária – cada
estado tem a sua.

A Lei de Org. Judiciária cria a comp. em razão da matéria.


Em comarcas com vários fóruns (São Paulo) ela é importantíssima.

• Acidente de Trabalho pode ser ESTADUAL ou FEDERAL ( EC/45 )


• Atenção à prorrogação de competência. Ex: Previdência. Nas
comarcas que não dispõem de justiça Federal as causas
previdenciárias podem ser decididas em 1ª instância pela
justiça Estadual.

Para competência FEDERAL basta que a União tenha interesse, não


precisa ser parte, basta o interesse. (art.109 CF)

95
Atenção: Banco do Brasil = Estadual (soc. econ. mista)
CAI OAB Caixa Federal = Federal (empr. públ. federal)

EXCEÇÃO = Quando a União tem interesse em processo falimentar


não muda a competência para Federal só por isso, continua sendo
comp. Estadual – Só caso de FALÊNCIA – única exceção.

COMPETÊNCIA TERRITORIAL

Direito Pessoal, art.94 CPC = Competência Relativa

Em regra a competência é do domicílio do réu.


Réu com 2 ou mais domicílios o autor escolhe qualquer.
Se são 2 réus cada um com um domicílio autor escolhe.

Direito Real, art.95 CPC = Competência Absoluta

Causas sobre imóveis no local do imóvel. Ex: ações


possessórias.
É a única competência territorial que é absoluta.

Inventário, art.96 + 89 CPC = Relativa

Em regra é o foro do domicílio do autor da herança “de


cujus”.
Autor com 2 ou mais domicílios ou que não tenha
domicílio certo – local dos bens.
Além de ter 2 domicílios ou não ter domicílio certo
ainda tiver bens em lugares diferentes a competência é
a do local do óbito.
Além de todo o acima ele morrer no estrangeiro? Se o
óbito se der no estrangeiro, como é relativa, pode
escolher o que melhor convier.
Incapaz, art.98 CPC = Relativa

No foro do seu representante legal quando o incapaz


for réu.

Pessoa Jurídica, art.100 CPC = Relativa

• Em regra é no foro da sua sede.

ATOS PROCESSUAIS

São os atos que impulsionam a demanda (partes, juiz e escrivão).

PARTES: (não pode o juiz praticar de ofício, só as partes)

Postulatórios
Instrutórios

96
Dispositivos – as partes podem dispor (por isso dispositivo).
São aqueles praticados pelas partes em conjunto, Ex: Composição.

* Os atos que as partes não podem dispor não são


dispositivos.
* Os dispositivos devem ser homologados pelo
juiz, senão não tem efeitos.

JUIZ: (despacho, decisão interl., sentença) art.162 CPC

Despachos – sem conteúdo decisório, mero expediente.


Decis. Interloc. – resolve incidente no curso do processo.
Sentença – põe fim ao processo julgando ou não o mérito,
isto é, definitiva ou terminativa.

ESCRIVÃO: (ordinatórios) – pratica sem determinação do juiz, ou


seja, ele mesmo age por si, dentro das suas
atribuições. Lei 8952/94.

TEMPO DOS ATOS PROCESSUAIS

- Dias úteis das 6:00 até 20:00 horas. Art.172, $ 2º.


(observado o art. 5º, XI da CF)
(Esse horário estendido existe para o oficial de justiça, que
pode realizar citação e penhora fora do horário comercial)
Porém, esse benefício deve ser concedido pelo juiz.

Férias Forenses: é o Estado que institui. Durante tal período os


prazos processuais ficam suspensos. (apenas prazos processuais,
pois os prescricionais não) – Salvo CAUTELARES e FAMÍLIA.

Recesso: todos os prazos são suspensos – prazos processuais.

* Os prazos DECADENCIAL e PRESCRICIONAL sempre correm normal.


* Casos urgentes devem ser recebidos SEMPRE.

CONTAGEM DOS PRAZOS

• Começa a contar no dia seguinte da intimação, em REGRA;


• Começa sempre em dia útil;
• Se terminar em dia inútil prorroga para o 1º útil seguinte.

TABELA DE PRAZOS

24 Horas 05 dias 10 dias 15 dias

Execução para Emb. Declaraç. Emb. à exec. Todos os


devedor pagar Agravo retido demais são
ou nomear bens Recurso ino- 15 dias.
a penhora. minado-JEC.

97
PRAZOS

Judiciais – juiz define – se a lei não prevê e o juiz for


omisso o prazo é de 5 dias.
Legais – a lei estabelece.

Próprios – das partes – há preclusão se não realizar o ato.


Impróprios – do juiz – não há preclusão nem sanção – art.296

Dilatórios – admitem prorrogação – Ex: manifestação acerca de


laudo pericial complexo.
Peremptórios – não podem ser prorrogados – Ex: resposta do
réu, recurso etc.

PRECLUSÃO

É a perda do direito de exercer um ato processual.


Só ocorre durante o processo.

Temporal – perde o prazo, deixa escoar.


Consumativa – juiz já decidiu aquele fato, já passou.
Lógica – prática de ato incompatível com ato que pretende.

PROCEDIMENTOS

Conhecimento – Comum ou Especial – Comum ordinário ou sumário.


Cautelar
Execução

PROCESSO DE CONHECIMENTO – RITO ORDINÁRIO que é regra.

Fases:
1ª Postulatória – Vai da pet. Inicial até a réplica.
2ª Julg. Conf. Estado do Proc. – Ext. proc. até saneamento.
3ª Instrutória – Vai da perícia até audiência.
4ª Decisória – Sentença apenas.

98
QUARTA AULA:

REQUISITOS DA INICIAL – art.282

A inicial fixa os limites da demanda, pois o juiz é adstrito ao


pedido feito na inicial.

1 – Endereçamento:
* Verificar a competência e jurisdição.

2 – Partes: indicar e qualificar.


* Direito Pessoal deve indicar o demandado.
* Direito Real pode ser outros. Ex: Possuidor.

3 – Fatos e Fundamentos Jurídicos (direito)-(causa de pedir):


* Narra o fato e alega o direito, não é requerimento.
* Fundamentos legais que autorizam a ação, na lei.
* Fundamentação jurídica é convencer pela jurisprudência,
doutrina, ou seja, demonstrar que tem direito.

4 – Pedido:
* É a conclusão da inicial – sem pedido é inepta, art.295, p.ú.,
II, do CPC.
* Deve ser dedução lógica dos fatos e fundamentos.
* Imediato – nat. jur. da demanda – condenação, declaração etc.
* Mediato - o bem corpóreo pretendido.
* Regra o pedido é certo e determinado, mas pode ser genérico.

99
- CUMULAÇÃO DE PEDIDOS ->

Alternativa: quero A ou B. Ex: quero carro ou equivalente em R$.


O cumprimento fica a critério do réu.

Cumulativo Simples: quero A + B. Ex: danos morais e materiais.

Sucessivo: quero A, mas para conseguir A eu preciso antes do B.


Ex: alimentos com reconhecimento de paternidade.

- REQUISITOS PARA CUMULAR PEDIDO ->

a) mesma competência para apreciar os dois pedidos cumulados;


b) mesmo procedimento entre os dois pedidos a cumular;
c) haja compatibilidade entre os pedidos.
Exceção: Não precisa dos requisitos acima:

Ex.: Despejo com cobrança de alugueres

Lei de locação Comum * Pode cumular porque há


autorização legal para tanto.
A lei diz: Salvo autorização
legal para cumular.

5 – Citação:
* Deve pedir citação da outra parte e pode escolher o modo de
citação se quiser. Oficial, Hora Certa etc. VEJA MAIS ABAIXO.

6 – Provas:

* Não é pedir todas as provas que existem, mas alegar por quais
se crê serão necessárias para provar os fatos. Ex: perícia.
Só demonstra, se diz que protesta.

7 – Valor da Causa:

* Toda causa deve ter um valor atribuído, ainda que a pretensão


não tenha valor econômico.

- EFEITOS DO VALOR DA CAUSA ->

1- Na competência: Juizado Especial até 40 salários mínimos;


2- Procedimento: Rito sumário, 275, I, até 60 salários min.;
3- Custas: Depende da lei de organização judiciária do
Estado, que emite a tabela de custas;
4- Sucumbência: Parte vencida paga custas e advogado da parte
contrária. O juiz pode fixar diferente do valor da causa.
Máximo 20% do valor da causa.

- QUAL VALOR? ->

100
1- REGRA – corresponde ao proveito econômico da demanda;
2- EXCEÇÃO – diferente do valor econômico da demanda;

2.1- causas sem conteúdo econômico – fixa para fins de alçada;


2.2- alimentos e locação – 12 X o valor da mensalidade;
2.3- art.260 CPC – prestações vencidas e vincendas.

* Soma-se uma e outra – todas vencidas + vincendas.


* Até 12 vencidas - soma seu número;
* Mais de 12 vencidas – soma até 12 só (limite);

SOMAR
Ex.: Vencidas – 20 --- 20
Vincendas - 500 --- 12
32
- IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA ->

* Não é defesa nem resposta. Admitida de ordem técnica.


* Apresenta no prazo e simultâneo com contestação;
* Peça própria porque autua em apenso;
* Não suspende o processo principal, por isso apensa;
* Prazo de 5 dias para autor se manifestar;
* Não impugnou está precluso, se dá por aceito o valor.

- CITAÇÃO -> MUITA ATENÇÃO (cai muito em prova)

PESSOAL – Próprio titular é citado, o réu. Quando se tratar


de pessoa jurídica também é pessoal;
NÃO PESSOAL – Art.215. Aquele citado não é o réu, mas o que
representa seus interesses.

- MEIOS DE CITAÇÃO ->

* Art.221. CORREIOS: Regra no Brasil, com AR;


OFICIAL : Também por hora certa;
EDITAL : Esgotados todos os outros meios.

* Art.222. EXCEÇÃO: não será pelo correio:

a) Ações de estado de pessoa – incapaz;


b) Processo de execução do CPC – não o fiscal;
c) Autor requer de outra forma – escolhe o modo.

* Pelo correio vai com AR.


* Só será válida se o próprio réu assinar o AR – Só ele.
Art.223, p.ú.

- Deve constar o prazo para defesa:

Se constar o prazo errado?


. Se constar prazo menor, prevalece o da lei.

101
. Se constar prazo maior, prevalece o maior, sempre em
benefício do réu.

Começa a contar do dia seguinte ao da juntada do recibo


aos autos.

- CITAÇÃO POR OFICIAL ->

* Oficial tem 30 dias para cumprir o mandato;


* Ele vai no máximo 3 vezes no endereço;
* A certidão do oficial tem fé pública;
* Se recusar ser citado ele descreve na cert. e dá como citado.

- Réu que se oculta no endereço efetiva por hora certa.


- Juntado o mandato cumprido de hora certa assinado pela
vizinha, oficial manda carta informando réu que foi citado.
- O prazo da contestação já iniciou da juntada da certidão.
- Se a carta voltar negativa juiz anula a citação da hora certa.

- CITAÇÃO POR EDITAL ->

* Deve ser requerida e o juiz tem que deferir.


* Réu citado por edital ou hora certa que não contestar terá o
seu direito de defesa assegurado – será nomeado curador.
* É meio de citação ficta.

- EFEITOS DA CITAÇÃO -> art.219

1- Induz litispendência – a primeira válida, o resto extingue.


2- Torna prevento o juízo – na competência.
3- Faz litigiosa a coisa – instala-se a lide a partir dela.

INDEFERIMENTO DA INICIAL -> CAI*

* Cabe apelação, pois é sentença.

REGRA – indeferimento da inicial extingue o processo SEM


julgamento do mérito.
EXCEÇÃO – caso de DECADÊNCIA e PRESCRIÇÃO julga o mérito.

* Art. 295, p.ú.

1- Inepta – falta lógica;


2- Parte ilegítima;
3- Sem interesse processual;
4- Decadência ou Prescrição;
5- Procedimento errado;
6- Não cumpriu prazo para emendar.

* Se der para emendar não indefere, abre prazo para corrigir.

102
• Art. 296 – do indeferimento da inicial cabe juízo de
retratação em 48 horas.
• É O ÚNICO CASO QUE ADMITE O JUÍZO DE RETRATAÇÃO NO CPC.

* A parte pode argüir a inépcia da inicial em preliminar na


contestação.
* Nesse caso não gera indeferimento porque o juiz já deferiu
quando deu o despacho “cite-se”, apenas extingue o feito.

QUINTA AULA:

TUTELA ANTECIPADA

- Surgiu em 1994, art. 273 CPC, antes disso só tinha liminar.


• Aplica em ação de conhecimento;
• É a antecipação dos efeitos da sentença futura;
• Natureza antecipatória, antecipa objeto da ação;
• É provisória, sujeita a confirmação pela sentença.

Hipóteses:

- Possibilidade de dano.

Requisitos:

- Prova inequívoca: não definitiva, que pareça verdadeira,


indícios de verdade.
- Verossimilhança : não exige fatos verdadeiros, mas com
possibilidade de ser verdade.
- Reversibilidade : provisória, pode ser modificada, assim deve
haver possibilidade de reverter ao estado
anterior. Se fosse definitiva seria
irreversível. Art.273, $2º, CPC.

• Pode ser concedida total ou parcial;


• A execução da tutela é provisória;
• O juiz pode exigir caução para conceder a execução.

- De ofício não cabe, a parte deve requerer, o autor, claro.


- Pode exigir caução para conceder a execução provisória.
- Pode revogar de ofício a qualquer momento.

• A Tutela se funde com a Cautelar, através da tutela se pode


buscar a cautelar.

TUTELA - antecipa, direto na ação principal e pede tutela para


assegurar direito.
CAUTELAR- assegura, para depois entrar com ação principal.
(ambas exigem “fumus” e “periculum”)

103
• Até $6º é antecipada / o $7º é assecuratória, ou seja, o
juiz pode conceder a cautelar no pedido de tutela como
incidente do processo principal.

- Pedido de liminar só quando previsto em lei e expresso a


possibilidade pela urgência.

- Juiz pode conceder tutela na sentença, para processo não parar


quando do recurso com efeito suspensivo, possibilitando a
execução provisória mesmo com recurso tramitando. Não precisa
pedir a tutela novamente, só precisa pedir uma vez.

- Concedida a tutela na sentença – cabe apelação.


- Concedida no curso do processo – cabe agravo de instrumento.
RESPOSTA DO RÉU – pode ser: Contestação
Reconvenção
Exceções

RECONVENÇÃO – contra ataque do réu, oportunidade do réu promover


ação contra o autor, sobre mesmos fatos.

1- Mesmas partes; Mesmos fatos,


2- Mesma competência; relação entre
3- Mesma causa de pedir – rel. jurídica. Eles. Conexos.

- Mesmos autos da ação;


- Não são necessariamente opostos os pedidos;
- No prazo da contestação e simultâneo a ela;
- Pode reconvir apenas e não contestar (ocorre revelia na ação e
a reconvenção corre normal até final julgamento).

Art. 317 CPC -> CAI*


- Reconvenção é independente da ação principal;
- Se extinta a principal a reconvenção continua normal;
- Uma sentença só para ação e reconvenção (um processo);
- Uma sentença com duas decisões, juiz deve decidir separado.

• Não cabe RECONVENÇÃO no rito SUMÁRIO.


• Não cabe RECONVENÇÃO no juizado ESPECIAL.
• Não cabe RECONVENÇÃO nas ações de caráter dúplice. Ex: a
decisão tira de um e dá para outro, como reintegração de
posse, ao decidir atribui direito a uma das partes, não
precisa de reconvenção, juiz vai ter que dar direito para
uma das partes de qualquer jeito.

CONTESTAÇÃO – defende-se, demandado não alega nada, só impugna


fatos alegados pelo autor.

Defesa Processual: preliminares, art. 301 CPC, direto ao proc.

104
Defesa de Mérito : os fatos propriamente ditos, não técnica.

EXCEÇÕES – Preliminares da contestação = CAI MUITO **

a) Incompetência Absoluta: 113, acolheu remete ao juiz


competente, não extingue.

b) Inépcia da Inicial : 295, p.ú., petição ilógica, ordem


técnica, não entende, extingue sem
julgamento do mérito.

c) Perempção - MAIS CAI* : 268, p.ú., promove pela 4ª vez a


mesma ação que foi extinta por
inércia. Só este motivo, qualquer
outro não é perempção. 4ª vez.
Extingue sem julgar mérito.
d) Litispendência : 301, p.ú., duas ou mais ações em
curso ao mesmo tempo, pode ser
comarcas diferentes. Não julga
mérito.

e) Coisa Julgada : 301, $$ 2º e 3º, e p.ú., uma ação


idêntica já transitada em julgado
e outra em curso. Não julga.

f) Conexão : 105 e 106 cc., deve remeter ao


juiz prevento, ou seja, aquele que
primeiro despachou.

g) Convenção Arbitragem : Lei 9.307/96. Existindo convenção


de arbitragem o demandado deve
argüir no prazo da contestação.
Extingue sem julgar mérito. 267.
É a única exceção que o juiz não
declara de ofício, a parte
interessada deve argüir.

h) Carência de Ação : 267, VI, falta qualquer condição


da ação. Sem julgar mérito.
São elas:
-Interesse de agir;
-Legitimidade da parte;
-Possibilidade jurídica do pedido.

Aplica-se o Princípio da Eventualidade:


- mesma peça a preliminar + o mérito.
- se o juiz não acolher a preliminar já tem o mérito.

INÉRCIA

105
Aquele que não contesta tem PENA DE CONFISSÃO, ou
seja, reputar-se-ão verdadeiras as alegações contra ele.

REVELIA

A revelia exige que tenha havido CITAÇÃO, que o


demandado conheça a existência da ação.

* Art.319 – fatos alegados presume verdadeiros, julga matéria de


direito apenas, pois os fatos são incontroversos.

* Art.322 – demandado não será mais intimado, correndo os prazos


normalmente. Pode ele intervir no feito a qualquer momento,
mas receberá o processo no estado que tiver.
Todo ato do juiz é publicado no D.O., mas o nome do advogado do
revel não sai publicado.

EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA

- Modifica a competência relativa, pois a absoluta é


reconhecível de ofício pelo juiz, sem exceção.
- É do réu, pois o autor não pode intentar a ação e depois ele
mesmo dizer que errou a competência por meio de exceção.
- No prazo da contestação, mas em outra peça, separado.
- É autuada em apenso aos autos principais.
- Não precisa contestar, não é obrigado se não quiser.
- Se aceita a exceção remete os autos ao competente.
- Se rejeita segue o processo normalmente.
- Decisão da exceção de incompetência é interlocutória,
portanto, cabe Agravo de Instrumento.

IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DO JUIZ

- Do autor ou réu, aquele que achar impedido ou suspeito o juiz.


- Impedimento = absoluta – não pode recusar – Ex: parente.
- Suspeição = relativa – juiz pode afastar- Ex: amigo íntimo.
Juiz afasta e remete os autos ao tribunal para
rever sua decisão. (remessa obrigatória).

- Amigo do advogado juiz pode, parente do advogado não.

2ª FASE DO PROCESSO (SANEADORA)

- Audiência preliminar – se houver possibilidade de acordo, e


direito disponível. Art.330 e 331.
Questão unicamente de direito juiz
julga desde logo, sem audiência
preliminar. (Julg. Antecip. da Lide).

• Na audiência houver acordo, homologa com mérito.


• Se não houver acordo, despacho saneador e segue.

106
Não marcará audiência preliminar:

- Questão de mérito for unicamente de direito;


- Seja caso de revelia;
- Direito indisponível que não admite transação;
- Circunstâncias da causa evidenciar impossibilidade de acordo.

Despacho saneador: 1-Sanar irregularidades;


2-Fixar pontos controvertidos;
3-Provas necessárias a produzir, a partir
dos fatos controvertidos.

SEXTA AULA:

RÉPLICA: o art.327 CPC autoriza a réplica.

Toda vez que alegado as matérias do art.301 CPC deve replicar.


(ouvir a outra parte sobre o assunto)

3ª FASE DO PROCESSO (INSTRUTÓRIA)

- Se não produziu provas no momento está precluso.

Objetivo: se é a demonstração da verdade dos fatos alegados


existem fatos que não precisam ser comprovados (incontroversos,
confessados, notórios e presumidos, art.334 CPC).

* Incontroversos não deixa de ser confessado, porque foi


admitido quando não impugnado.

* Confissão existem também quando o réu for omisso, ou quando o


réu não se manifesta.

* Notório são os fatos de conhecimento público. Ex: enchente.

* Presumido não depende do juiz, a lei diz que é presumido.

MEIOS DE PROVAS: documental, pericial, inspeção judicial e oral.

DOCUMENTAL: as partes apresentam na inicial para o autor e


contestação para o réu. Pode ser em outros momentos, desde que
fato novo. Ex: não tinha acesso ao documento quando da inicial,
mas deve justificar ao juiz (explicar na inicial).
O juiz defere a juntada posterior. Fato novo durante o processo.
Fato que não tinha conhecimento não pode.

107
Documentos estão relacionados com o mérito, portanto, procuração
e contrato social não são documentos de provas, é documento de
representação.

INSPEÇÃO JUDICIAL: art.440. o juiz vai até o local dos fatos


pessoalmente comprovar alguma coisa. Deve fazer acompanhado de
perito, senão é inócuo.
Pode realizá-la a qualquer momento antes da sentença.

PERICIAL: é técnica, ou seja, o juiz não pode fazer por si só.


Ex: se é perícia médica e o juiz é também médico, não pode fazer
ele mesmo, só o perito judicial. Juiz não pode exercer outra
atividade dentro do processo, só a jurisdicional dele.
Pode ser requerida pelo próprio juiz, pelo autor ou réu.
O perito desenvolve atividade privada e presta serviço ao
judiciário. É de confiança do juiz.
O perito também é sujeito às regras de suspeição. Art.138, III.
Da decisão que indefere a perícia pela parte requerida cabe
agravo. Da fixação dos honorários periciais também é agravo.
Beneficiário da justiça gratuita quem paga perito é o Estado.
Nomeado perito as partes tem 5 dias para indicar assistente e
apresentar quesitos, art.421, $1º.
Assistentes: profissionais de confiança das partes.
Quesitos: pequenas indagações que se quer esclarecimento.
O Laudo pericial produz efeitos se homologado pelo juiz.

ORAL: se desdobra em: Esclarecimentos periciais, depoimento


pessoal e oitiva de testemunhas.

Depoimento pessoal- Conciliação não há produção de provas.


- Quem presta depoimento pessoal são as partes.
- As partes são obrigadas a prestar depoimento pessoal se
intimadas, se não comparecer é pena de confissão.
- Se comparecer e se recusar a depor também é confissão, art.343

Testemunha- Não podem depor o incapaz, impedido ou suspeito.

INCAPAZ:

. Interdito por demência;


. Enfermidade ou debilidade mental;
. Alcoólatra ou dependente de drogas;
. Menor de 16 anos;
. Cego e/ou surdo quando a ciência do fato depender do sentido.

IMPEDIDO:

. Cônjuge, ascendente, descendente em qq. grau, ou colateral,


até 3º grau, por consangüinidade ou afinidade, SALVO se houver
interesse público ou tratar-se de estado de pessoa;
. Quem for parte na causa;

108
. O que intervém em nome de parte como procurador;

SUSPEITOS:

. Já foi condenado por falso testemunho;


. Não for digno de fé por seus costumes;
. Amigo íntimo ou inimigo capital da parte;
. O que tiver interesse no litígio.

OBS.: em causas conexas, uma parte não pode ser testemunha da


outra, pois ambas tem interesse na forma de julgamento.

CONTRADITA: é instrumento processual para impedir a oitiva das


testemunhas do art.405. Deve manifestar-se sob pena de preclusão
na audiência de instrução após a qualificação da testemunha.
Art.414, $1º.

INFORMANTE: o informante não tem valor probatório, só a oitiva


das testemunhas. O juiz jamais poderá fundamentar com base no
informante (não presta compromisso), só serve para o
convencimento íntimo do juiz.

• Contra decisão que concede ou rejeita a contradita, cabe


Agravo Retido.

Encerrando a audiência de instrução faz-se as razões finais e


remissivas.

4ª FASE DO PROCESSO (DECISÓRIA)

SENTENÇA é o ato que põe fim ao processo. Art.458 CPC.


Definitiva - julga o mérito da causa, art.269;
Terminativa - não julga o mérito da causa, art.267.

REQUISITOS: Relatório, Fundamentação e Decisão (dispositivo).

Relatório: um breve resumo de tudo que ocorreu no processo.


Fundamentos: provas, doutrina, jurisprud. que juiz se fundou.
Dispositivo: a decisão propriamente dita.

- Julgamento deve ser dentro do que foi pedido pelas partes:

EXTRA PETITA: Fora do que foi pedido; Ex: pediu A, deu B.


ULTRA PETITA: Além do que foi pedido; Ex: pediu A, deu A + B.
CITRA PETITA: Menos do que foi pedido; Ex: pediu A, deu ½ de A.

- Extra e Ultra depende de apelação.


- Citra quando julga parcialmente procedente, dá, mais não tudo.

PROCESSO DE CONHECIMENTO – RITO SUMÁRIO que é exceção

109
Existem:
RITO ORDINÁRIO
AÇÃO COMUM RITO SUMÁRIO

AÇÃO ESPECIAL (Juizado Especial é Lei 9.099/95.)

• Não existe EXECUÇÃO e CAUTELAR pelo rito sumário.


• Sumário é exceção, ou seja, somente será sumário conforme o
artigo 275, I e II do CPC:

- Causas de valor menor que 60 salários mínimos;


- Causas qualquer valor de:
. Arrendamento rural e parceria agrícola;
. Cobrança de dívida de condomínio;
. Ressarcimento de danos em prédio;
. Ressarcimento de danos em acidente de veículos;
. Cobrança de segura relativo à acidente de veículos;
. Cobrança de honorários de profissional liberal;
. Demais casos previstos em lei.

• Não observará o rito SUMÁRIO causas de estado ou capacidade


de pessoas. Parágrafo único do art.275.

INICIAL SIMPLIFICADA: Por ser célere e simplificado, desde logo,
na INICIAL o autor já deve apresentar rol de testemunhas e
formulará quesitos se requerer perícia. Art.276.

RESPOSTA DO RÉU: A contestação será apresentada em audiência.


NÃO CABE RECONVENÇÃO. Mas cabe pedido contraposto ao pedido do
autor.

DECISÃO: O juiz pode extinguir o processo nesta primeira


audiência mesmo, se o réu deixar de comparecer à audiência caso
em que se reputarão verdadeiros os fatos, dando a sentença.

CAUSA COMPLEXA: Nas causas de maior complexidade ou que requerer


prova técnica complexa o juiz pode determinar a conversão do
rito para ORDINÁRIO.

SEGUNDA AUDIÊNCIA: De instrução e julgamento só será marcada se


necessário produzir prova oral, e não ocorrendo as hipóteses dos
arts.329 e 330, I e II do CPC:

329- extinção do processo com ou sem julgamento do mérito;


330- questão de mérito for unicamente de direito ou não
houver necessidade de produzir prova em audiência
pelos fatos serem incontroversos, ou quando ocorrer
revelia, art.319, caso da pena de confissão.

110
NÃO CABE NO SUMÁRIO: Ação declaratória incidental e Intervenção
de terceiros, SALVO assistência que pode, recurso de terceiro
prejudicado e a intervenção fundada em contrato de seguro.

SENTENÇA: Juiz preparado profere na própria audiência, ou senão,


no prazo de até 10 dias. Art.281.

SÉTIMA AULA

RECURSOS:

LEI 11.187/05 – Modifica o CPC. (www.soleis.adv.br) -> VER*

Princípios:

1- DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO: todo julgado poderá ser revisto por


outro juízo, diferente daquele que decidiu.

1º grau / 2º grau / STJ / STF Embargos de Declaração não


tem duplo grau de jurisdição.
É o próprio juiz que fala.

Obrigatório / Reexame Art.475 CPC – Quando há interesse


Necessário ou Ex officio: do Estado.

2- TAXATIVIDADE: Os recursos existentes no CPC são taxativos.


Apelação, Embargos Declaratórios, Embargos Infringentes,
Recurso Especial, Recurso Extraordinário, Recurso Ordinário,
Embargos de Divergência, Agravo de Instrumento, Agravo
Retido, Agravo de Decisão Denegatória + Recurso Inominado =
JEC. São apenas 10, Art.496 CPC. FORA ESTES NENHUM MAIS.

3- FUNGIBILIDADE: Receber um recurso pelo outro quando dado


outro nome a ele, desde que não haja erro grosseiro.
Quando há dúvida fundada na doutrina sobre qual recurso. O
recorrente deve mostrar que existe essa dúvida.

PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE:

- Todo recurso tem que ser recebido.


- O juízo de admissibilidade que recebe.
- Verifica os pressupostos, para ver se pode mandar para cima.

PRESSUPOSTOS INTERNOS (INTRÍNSECOS)

Legitimidade: as partes, o MP, o terceiro prejudicado.


Interesse: o sucumbente, vencido, ainda que parcial.
Cabimento: se naquele momento cabe aquele recurso conforme lei.

- Despacho: não cabe nenhum recurso.


- Dec. Interlocutória: agravo retido e de instrumento.

111
- Sentença: apelação e embargos de declaração.
- Acórdão: (542, $3º) De agravo : Emb. decl., rec. especial, e
extr. retido. (exec. não tem)

De apelação: Emb. decl. e infring.,


especial, extraord. e emb. de
divergência.

 É cabível Recurso Ordinário, 539 CPC, contra as


decisões denegatórias, proferidas em mandado de
segurança de competência originária – Direto no
tribunal.
 Será de competência do STJ o julgamento do R.O. se o
Mandado de Segurança for impetrado no TJ.
 Será de competência do STF o julgamento do R.O. se o
Mandado de Segurança for impetrado no STJ.

PRESSUPOSTOS EXTERNOS (EXTRÍNSECOS)

1 Preparo: Custas necessárias, 511, $2º, para receber recurso.


Não recolheu o recurso é deserto.
Recorrente recolher a menor, juiz concede 5 d. para
recolher a diferença.

2 Tempestividade:

Prazos:

05 10 15 NÃO TEM

Emb. Decl. Agr. Instr. Todos os Oral, imediato.


Agr. Retid. Outros Decisão de
Rec. Inomi. são 15 d. Agravo retido em
audiência.

3 Competência:

4 Regularidade Formal: Na forma da lei.

5 Inexistência de Fatos Modificativos e Extintivos do Direito de


Recorrer:

Renúncia : antes do recurso, 502.


Desistência : depois do recurso, 501.
Aquiescência: concordar expressa ou tácita com sentença, 503.

RECURSOS EM ESPÉCIE:

1 – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO:

112
- Prazo de 5 dias.
- Não tem preparo.
- Não tem 2 graus de jurisdição.
- Próprio juiz que esclarece os pontos embargados.
- Existe o princ. da identidade física do juiz, só ele que se
pronuncia, pois foi ele que decidiu. NÃO É OBRIGATÓRIO.
- O juízo é que é recorrido.
- Cabe Emb. de Declaração sobre Emb. de Declaração, quantas
vezes precisar, até esclarecer o necessário.
- Se for apenas protelatório, que o juiz perceber, aplica multa
de 1% sobre o valor da causa. Art.538, p.ú. (Agr. de Instr.).
- Se reincidir a protelação a multa vai para até 10% do valor da
Causa. Para interpor novo recurso deve antes pagar a multa.
- Os ED interrompem prazo para interpor qualquer outro recurso.
- Se interrompe o prazo, quer dizer que começa a contar de novo.
- No JEC suspende e não interrompe. É diferente.
- Cabe ED contra sentença ou acórdão.
- Objetivo é esclarecer a decisão, porque foi omissa, obscura ou
contraditória. Não foi clara e advogado não entende.
- Não modifica nada na decisão, apenas esclarece.
- Se for erro material pode ser modificado.

- Pode fazer pré-questionamento para receber futuro Rec.


Especial e o Extraordinário. Suscita-se matéria desses
recursos, exige pronunciamento do judiciário. A qualquer
momento no processo, não precisa ser em razões finais.

EXTRAORDINÁRIO – STF – Constitucional


ESPECIAL – STJ – Lei Federal

- Pode interpor os 2 ao mesmo tempo. No mesmo prazo 15 d.


- Pode ser no mesmo prazo ou simultâneos, nada impede.
- Se não receber qualquer um deles cabe Agravo contra decisão
denegatória.
- O juízo de admissibilidade é o TJ, onde se interpõe.

Rec. Especial = única e última instância quando proferido pelo


TJ. Decisão conflitante de tribunal diferente.
Rec. Extraord = única e última instância. VER ART. 543-A CPC
REPERCUSSÃO GERAL

OITAVA AULA:

APELAÇÃO

- Cabe contra sentença


- Prazo de 15 dias

- Interpõe perante juiz “a quo” (no primeiro grau)


- Petição de interposição antes (demonstrar pressupostos)
- Não pode inovar matéria nas razões (mudar tese)

113
- Juízo de retratação 296 (indeferimento pet. inicial) 48h.
- Efeitos: devolutivo e suspensivo.

DEVOLUTIVO

A matéria será devolvida


ao Estado para análise
denovo.

SUSPENSIVO

Mesma coisa do devolutivo,


mais não admite a execução
provisória da sentença,
fica suspensa.

-> Carta de sentença para


realizar a execução
provisória (copia peças do
processo) para instruir, pois
a apelação vai subir.

114
- 520 CPC – SÓ DEVOLUTIVO - todos incisos  PODE CAIR*

- 521 CPC – Ambos os efeitos – extrai carta de sentença


- O efeito pode ser parcial

- Contra decisão que não recebe apelação = Agravo de Instrumento

RAZÕES: 15 d. – para Contra-Razões também;


 Não apresentou NÃO existe confissão.
- Mesmo tempo da Contra-Razões pode fazer RECURSO ADESIVO (outra
apelação que adere). Quando a sucumbência é recíproca.

Razões Contra-Razões Adesivo - No adesivo fazer


95 100 petição interposição,
contra-razões – NORMAL

- Adesivo depende do principal – se houver desistência do


principal o adesivo é prejudicado.

- Adere para corrigir perda de prazo ou apenas por estratégia


para forçar outro a desistir.

-> Contra-Razões = limitado à matéria do recurso de apelação


(das razões). É impugnação. Pede para manter a sentença.

-> Adesivo = faz pedido também como se apelasse. Para aderir


deve antes fazer contra-razões.

NO TRIBUNAL:

Câmara 5 membros
3 deles julgam apelação

Reforma ou Anula (515, § 3º)

EMBARGOS INFRINGENTES

- Prazo 15 dias.
- Interrompe o prazo para os demais recursos (Especial e Extr.)

Possível quando tiver ACÓRDÃO com VOTO VENCIDO = 2 x 1

. Sentença Definitiva = julga mérito


. Apelação
. Acórdão com voto vencido

NÃO CABE EMB. INFR.

1 – Tribunal negou provimento ao recurso;


2 – Se o acórdão foi proferido em sede de agravo;
3 – Se a sentença for terminativa;

115
4 – Em sede de Mand. de Seg. de competência originária;
5 – No Juizado Especial Cível.

- Voto vencido acompanha a sentença.


- Só cabe E.I. para a parte VENCEDORA da ação.

AGRAVO

- Lei 11.187/05 – Mudança no Agravo -> CAI* HÁ COMPLEMENTO


-> Agravo Retido é REGRA hoje – Decisão Interlocutória;
-> Salvo possibilidade de dano ou lesão é de Instrumento;
-> Salvo ainda decisão de apelação também é Instrumento (Ex:
decisão que não recebe a apelação)
-> Decisão interlocutória em audiência o Agravo é imediato e
oral, na própria audiência.

Objetivo: evitar preclusão e reformar a dec. interlocutória.

AGRAVO RETIDO só se processa se o recorrente requer


processamento na apelação. Tem que pedir em preliminar.
É Prejudicial da apelação.

Tribunal acolhendo Agravo devolve processo para 1º grau refazer


o que for. Refeito – nova sentença, apelação ficou prejudicada,
deve fazer de novo – em tese deve fazer preparo de novo tb.

- Agravo Retido sobe junto com apelação para tribunal, e é este


que julga.
- Razões ou contra-razões pode pedir Agravo Retido. (preliminar)
- Decisão do relator é irrecorrível.

PODE CAIR* -> Mandado de Segurança contra ato judicial

- Não pode caber nenhum recurso


- 539 CPC recurso ordinário, denegatória de mandado de
segurança, manda para STJ.

- EXEMPLO de caso em que se terá Agravo Retido Oral na


Audiência: Contradita de testemunha, faz na hora oral.

AGRAVO DE INSTRUMENTO contra decisão interlocutória também, mas


direto no tribunal.

- Deve instruir o agravo para interpor, porque o tribunal não


conhece o processo, e o de Instrumento não sobe com os autos.

Peças Obrigatórias: Decisão Agravada


Certidão de Publicação da Decisão
Procuração ou Substabelecimento

* Petição Inicial NÃO é obrigatória.

116
Peças Facultativas: Todas as outras, se entender necessárias.

- Relator pode no tribunal: 527, I.... (II mudou) -> VER MUDOU
- Agravo de Instrumento interpõe direto no tribunal.

URGÊNCIA – recebe A.I. com efeito ativo = irrecorrível. Indefere


liminar ou tutela antecipada.

• ESTUDAR A LEI NOVA DO AGRAVO: LEI 11.187/05  Simples.

NONA AULA:

AÇÃO DE EXECUÇÃO

- Como o nome já diz, é AÇÃO.


- Objetivo: cumprimento da obrigação, forçar o cumprimento.
- Não é conhecimento, basta mostrar o título e exigir.
- Existe no caso de não adimplir por bem, promove forçado.
- Não se discute mérito, título já é completo, já fala tudo.

OBRIGAÇÃO DEVE SER:

CERTA – certeza da obrigação.


LÍQUIDA – valor correto, fixo.
EXIGÍVEL – decorre da lei, arts. 584, 585 CPC.

Judicial – sentença condenatória civil, penal e arbitral +


composição homologada pelo juiz de danos do Jecrim.

Extrajudiciais – cheque, nota promissória etc.

DEVEDOR / CREDOR: só aqueles que figuram no título executivo.

- Devedor deve assinar o título – 2 testemunhas, exceto contrato


de honorários advocatícios que não precisa.
- Credor não precisa assinar o título, não influencia nada.

PROCEDIMENTO DA EXECUÇÃO:

- Citação por Oficial;


- Em 24 horas paga ou nomeia bens à penhora. NÃO HÁ PRECLUSÃO
AQUI, ou seja, se não fizer no prazo, pode fazer mais tarde.
- Entre CITAÇÃO e PENHORA, pode o executado fazer uso da EXCEÇÃO
DE PREEXECUTIVIDADE – Não tem previsão legal –> PODE CAIR*.
- É exceção à regra do título ser Certo, Líquido e Exigível.
- Em exceção discute-se um desses 3 elementos, ocorridos antes
da execução.
- Se o juiz acolher a exceção, dá-se uma sentença, da qual cabe
Apelação.
- Se ele rejeita a exceção, dá-se uma decisão interlocutória,
pois a execução segue, aí é Agravo de Instrumento.

117
OBS.: EM EXECUÇÃO NÃO CABE NADA RETIDO.

PENHOR

PENHORA = constrição judicial para garantir o juízo, pode recair


sobre bem móvel, imóvel, conta corrente, dinheiro etc.

Devedor 10 d. para Embargos (seguro o juízo).


São Apensados aos autos principais.
Suspendem o processo de execução.
Embargos é ação, não defesa = tem mérito, produz provas, e
tem sentença.

Embargos Procedentes : extingue execução.


Embargos Improcedentes: execução continua – cabe apelação.

Designa data para hasta pública.


Leilão – móveis.
Praça - imóveis.

1 – Remição – bem fica com cônjuge / asc. / desc. / do devedor.


2 – Adjudicação – bem fica credor no lugar do dinheiro.
3 – Arrematação – oferta de lanços – disputa efetiva pelo bem.

- Entendimento de que PREÇO VIL quando há deságil de 40% do


valor do bem. Depende do caso. RESUMO: o bem não pode ser
vendido por preço vil, entendido como 40% abaixo do seu valor.

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS:

Ação de Conhecimento – Proc. Comum


- Proc. Especial – Contenciosa.
Voluntária – ñ tem lide.

- Procedimentos especiais são ações que o Código de Processo


Civil diz que deve seguir procedimento próprio. Próprio CPC
traz o procedimento a ser seguido.

VEJAMOS AS MAIS IMPORTANTES E COMUNS – QUE PODEM CAIR:

CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO:

- Forma de extinção de obrigação. Ação Declaratória.


- Para quem quer pagar mais não consegue.
- Não confundir com depósito judicial, este é um dos atos da
consignação em pagamento. (um faz parte do outro).
- Tem juízo de admissibilidade, juiz vê se cabe mesmo antes.
- NÃO CABE QUANDO O DEVEDOR ESTÁ CONSTITUÍDO EM MORA.

Art.898 CPC – PODE CAIR* - ler artigo.


- Juiz cita 2 quando há dúvida de quem deve receber.

118
- Não aparece nenhum – converte-se o depósito em arrecadação de
bens de ausentes. Extingue a obrigação e tudo certo.
- Compareceu 1 o juiz julga em relação a ele, dá sentença.
Continua em relação ao outro – ação de conhecimento.
- Compareceu 2 o juiz extingue obrigação e processo continua
entre os credores apenas – segue rito ordinário.

AMEAÇA – Interdito Proibitório.


TURBAÇÃO – Manutenção de Posse.
ESBULHO – Reintegração de Posse.

Art.920 – Admite-se fungibilidade de ações possessórias, se


presentes os seus requisitos.

Art.921 – Pode também cumulação de pedidos: Ex.: Perdas e Danos,


Pena para caso de nova turbação, desfazimento obras...

Art.924 – Regem-se pelo procedimento especial a possessória que


tenha posse nova = menos de ano e dia.
Com posse velha = mais de ano e dia – rito ordinário.

AÇÃO DE DEPÓSITO:

- Contrato de depósito.
- Deixa bem sob guarda de outrem.
- Objetivo de retomar o bem de contrato de depósito.

NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA:

- Objetivo de demolição ou modificação da obra.


- Não confundia com Embargo de Obra. Este é pedido da liminar da
ação de Nunciação de Obra Nova.
- Para promover precisa ter irregularidades na obra e que ela
ainda esteja em andamento. Obra terminada não tem.
- Podem promovê-la: Proprietário ou Possuidor.
Condômino.
Municipalidade.

CAUTELAR:

- É Ação.
- Liminar é pedido da ação cautelar – não confundir.
- Requisitos: “fumus boni júris” e “periculum in mora”.
| |
(Agressão ao direito) (fato e dano)

Cautelar Preparatória = Preparar para ação principal.


Deve promover principal em 30 dias.
Após efetivação da liminar (pedido).

- Deferida Liminar : 30 dias após efetivação.

119
- Indeferida Liminar: 30 dias após indeferimento.

CAUTELAR DE ARRESTO: Pressupõe obrigação pecuniária.


Ação princ. exec. contra devedor solvente.
Arresta qualquer bem.

• ARRESTO – PARTICULARIDADE = ação principal 30 dias após o


vencimento da obrigação.

CAUTELAR SEQÜESTRO: Pressupõe entrega de coisa.


Ação principal exec. para entrega de coisa.
Bens determinados – aquilo que quer entrega.

ALIMENTOS PROVISIONAIS:

- PROVISIONAIS: ainda não tem prova da paternidade.


- PROVISÓRIOS : dentro da ação de alimentos, já existe prova da
paternidade.

- No provisional se pagar e depois provar que não é pai, não


recebe nada de volta.
- Para o juiz conceder deve demonstrar o “fumus” e o
“periculum”, e mais alguma relação para mostrar indícios de
paternidade.

- Litisconsórcio passivo (requerido) nessa ação pode, normal.


- Não tem regresso.
- Mesmo depois de registrado pode ação investigação paternidade.
- Não tem prazo para investigação de paternidade.

120
DIREITO EMPRESARIAL / COMERCIAL

PRIMEIRA AULA:

ATIVIDADE EMPRESARIAL

Circulação de Produtos / Produção / Prestação de Serviços

Objetivo: Lucro, com habitualidade ou profissionalismo.

NÃO É CONSIDERADO ATIVIDADE EMPRESARIAL:

- Profissional liberal, médico etc. ADV. não é empresarial. EOAB


- Profissional intelectual, músico etc.
- Cooperativas também não são atividade empresarial.

Atividade regular – Registro na Junta Comercial – com documentos


arquivados na junta, todos os atos
constitutivos.
- Livros Obrigatórios – livro diário ou
balancete diário, toda atividade tem.

ME e EPP – depende do faturamento BRUTO anual.

Até 244.000 reais é ME – livros mais simplificados.


De 244.000 até 1.200.000 é EPP – mais complexo.

SIMPLES – forma de recolhimento simplificado. Tem porcentagem do


valor do faturamento.
* Não é toda ME ou EPP que pode ter SIMPLES.
* É opcional, pode filiar-se ou não.
* Ativid. prof. fora da lista abrangida pelo simples não podem.

LIVROS

1- Qualquer empresa – Livro diário.


2- ME ou EPP que optou pelo SIMPLES: Livro Caixa e Reg. de
Inventário (estoque).
3- ME ou EPP que não optou pelo SIMPLES: não precisa
escrituração, ou seja, não precisa manter livros, apenas
deve guardar os documentos, controle normal, caso sejam
requisitados.

ESTABELECIMENTO COMERCIAL ou FUNDO DE COMÉRCIO (sinônimos) CAI*

- É tudo que faz parte do patrimônio, imóveis, móveis, nome etc.


- Corpóreos e Incorpóreos, ponto, clientela etc.

* Pode vender: Estabelecimento inteiro ou parte dele.


* O NOME EMPRESARIAL não pode vender.
VENDA DO ESTABELECIMENTO = TRESPASSE – alienação comercial.

121
1 – Cautelas, formalidades para negócio eficaz perante 3º?
- Alienante bens suficientes para saldar as dívidas - NADA.
- Alienante não tem bens – indispensável NOTIFICAÇÃO aos
credores de que fará alienação – Credores tem 30 dias para
aceitar ou não a venda do estabelecimento.
- Se não fizer notificação a venda é ineficaz contra 3º.
- Fundamenta pedido de falência inclusive.

2 – Responsabilidade pelas dívidas adquiridas antes do


TRESPASSE.
- Contratos firmados antes do trespasse - quando alienante
sai continua respondendo pelas dívidas por 1 ano, ele será
solidário.
- Esse 1 ano conta-se da publicação do trespasse ou do
vencimento da obrigação – o que ocorrer primeiro desses.
- Se as dívidas foram contabilizadas, faz parte do negócio,
assim, o adquirente que responde, o alienante se desonera.

AÇÃO RENOVATÓRIA

É instituto processual usado pelo inquilino que pretende renovar


contrato compulsoriamente. Arts. 51 e 52 da Lei 8.245/91 –
Dispõe sobre locação de imóveis urbanos e procedimentos.

A) REQUISITOS:

- Contrato de locação escrito, com prazo determinado;


- Pelo menos 5 anos no mesmo imóvel, mesmo que vários contratos;
- 3 últimos anos explorando mesmo ramo de atividade.

• O intervalo entre um contrato e outro é prorrogação, não


cabe Renovatória depois, pois quando prorroga, passa a ter
prazo indeterminado, e para a ação tem que ser determinado.
• Se Trespassar, quem compra aproveita os requisitos de tempo
do anterior, mas deve continuar a mesma atividade.

B) POSSIBILIDADE DE RETOMADA:

- Entrou com renovatória e o proprietário pede o imóvel de


volta, art. 52 – é taxativo.
- Se houver melhor proposta de 3º, mas antes deve oferecer ao
inquilino pela mesma forma;
- Para reforma do imóvel – estrutural, não pintura simples;
- Uso próprio – locador mesmo quer utilizar o prédio, mas deve
ser outro ramo de atividade.
- Uso de ascendente, descendente ou cônjuge – provar que tem
pelo menos 1 ano de fundo de comércio em outro endereço, já na
atividade. Lembre-se: Profissional Liberal não é fundo de
comércio (atividade empresarial), portanto, para liberal não
pode. Para sociedade simples já pode.

122
EXCEÇÃO: Shopping – não pode pedir para uso próprio nem para
parentes, é caso distinto. Se cair na prova shopping, já sabe.

PROPRIEDADE INDUSTRIAL

Serve para garantir a exclusividade do uso (nome, design,


produtos etc.).

INPI – é uma autarquia federal – fiscaliza e concede propriedade


industrial.
Significa: INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL – Cai*

Pilares da Propriedade Industrial:

A) PATENTE:

- Protege o produto em si. Ser vivo nunca. O princípio ativo de


planta ou ser vivo sim. Ex: própolis. Exceção: Transgênicos.

INVENÇÃO MODELO DE UTILIDADE

Produto novo, criação Melhoria no produto já existe.


Por 20 anos do requerimento Por 15 anos do requerimento.

- Terminado o prazo cai em domínio público, qualquer um pode


explorar. O nome continua sendo protegido, só o produto que não.

PERDE-SE A PATENTE: * Fim do prazo;


* Não pagamento da taxa de retribuição;
* Caducidade, por não utilizar por 5 anos.

Caducidade: Passado 3 anos sem que o dono utilize o produto, o


3º pede ao INPI licença compulsória por 2 anos. Passado este
prazo, somando 5 anos, o dono perde a proteção, e o terceiro
pode explorar. Se voltar a usar antes de 5 anos não perde mais.

- PATENTE NÃO SE PRORROGA, O PRAZO É FINAL.

B) REGISTRO INDUSTRIAL:

- Serve para proteger o nome e o formato, design do produto.

DESENHO MARCA

10 anos + pode prorrogar Logotipo ou nome.


por 3 vezes de 5 anos. Coletiva – pertence a membros
da entidade. Ex.: cooperativa.
10 anos + prorroga por igual
Período (+10), infinitamente.
Pode prorrogar quanto quiser.
Ex.: Coca-Cola, Nestlé, Skol.

123
SOCIEDADES

PERSONIFICADAS: tem personalidade jurídica – com registro na


junta comercial, tudo legalizado.

* Empresarial- nome coletivo (resp. solidários) / comandita


simples (resp. limitada) / comandita por ações (resp. ilimitada
do diretor) / e ainda S/A e LTDA.

* Simples – não empresarial – liberal, intelectual, cooperativa.

NÃO PERSONIFICADAS: não tem registro na junta – não tem


personalidade jurídica. Despersonalizada.

* Conta de Participação- Sócio ostensivo – registrado e respons.


Sócio oculto – 3º não responsável.

* Comum, irregular ou - Sócios não registraram, informalidade.


de Fato Todos os sócios respondem com
patrimônio pessoal.

-> O nome empresarial só começa a ser protegido com o registro,


assim, as não personificadas não tem proteção.

SEGUNDA AULA:

-> SOCIEDADE LTDA

Pode escolher firma ou denominação.

FIRMA......: Razão social. Nome empresarial composto pelo nome


ou sobrenome dos sócios.
DENOMINAÇÃO: nome fantasia, nada a ver com o nome dos sócios.

1- Nome empresarial: - Registrado na junta e tem proteção.


- Junta pesquisa para ver se tem igual.

- pode escolher entre nome firma ou denominação, é livre.


- indicar o ramo empresarial;
- terminação LTDA – deve colocar no final do nome. Se não
colocar LTDA a sanção é a responsabilidade ilimitada dos
administradores – ou a ausência em algum contrato.

2- Capital social: - tudo que os sócios colocam na empresa. Pode


ser dinheiro em espécie ou bens.

- se ao invés de sócio colocar dinheiro ele colocar bens, ex:


casa, barracão etc., deve avaliar o bem antes para ver valor.
- sócio responde pelo valor do bem do valor da avaliação.
Art.1055 CC.
- Na sociedade LTDA não pode sócio entrar apenas prestando

124
serviço, deve ter patrimônio também, ainda que pouco.

3- Responsabilidade: - Sócios da X LTDA. Capital social 100.

Comprometeu Colocou de fato Deve para empresa


Subscreveu integralizou não integralizou

A 70 50 20

B 30 -- 30

- se o sócio não tem o capital a vista, ele pode entregar a


prazo, ou seja, apenas subscreve e integraliza em prazo.

- o sócio responde pela integralização da quota subscrita.


- a quota não integralizada os sócios respondem SOLIDARIAMENTE,
até o limite do que falta a integralizar, mesmo aquele sócio
que não deve nada, paga junto, no patrimônio pessoal.
- cobra até o limite do que faltava integralizar, se a dívida
for maior o credor perde, pois ele assumiu o risco de
contratar mesmo sabendo que não havia integralizado tudo.

• Responsabilidade Ilimitada / Desconsideração da


Personalidade Jurídica – Art. 50 CC. (Dentro da LTDA).

. Desvio de finalidade;
. Confusão patrimonial.

- fraude contra credores – desfazimento de patrimônio.


- fraude ao contrato social – inventar capital social sem ter.
- sociedade conjugal – comunhão universal (marido e mulher),
responsabilidade obrigatória.

- só registra sociedade conjugal se for outros regimes.


- os sócios que já eram registrados antes do CC de 2002 devem
fazer alteração: * mudar regime de bens, ou
* mudar a sociedade.

4- Administrador: -> CAI*

- substituir a figura do sócio gerente antigo.

O administrador pode ser: Sócio ou Não sócio.

- deve ser pessoa qualificada.


- deve estabelecer funções, o que pode e não pode fazer.
- escreve no contrato social ou em documento particular
separado, registrado (contrato) ou averbado (documento) na
junta comercial.

125
- quem registra na junta é o próprio administrador, que tem 10
dias para tanto.
- os documentos omissos quanto ao administrador, considera-se os
sócios como administradores. Se não falar nada.

- sendo administradores todos os sócios, se sair um desses


sócios e entrar outro no lugar, este não será administrador.
Só considera administrador os sócios da época da constituição
da empresa.
- se sair toda a constituição original da empresa deve fazer
outro contrato social, pois aquele não vale mais.
- administrador não sucede aos novos sócios.

Responsabilidade do Administrador: CAI*

REGRA : Administrador não responde – é atividade de risco.


EXCEÇÃO: Responsabilidade solidária à empresa quando ocorrer:

a) administrador não averbar o documento que o qualificou na


junta comercial, sendo negligente é solidário com a empresa.

b) perdas e danos – empresa responde e paga, e em regresso cobra


o administrador quando este contraria a vontade da maioria dos
sócios.

c) responsabilidade do administrador pode ser oposta perante 3º.


Ex: adm. responde isoladamente, quando ele contraria a vontade
da maioria dos sócios. Se a situação podia ser conhecida por 3º
que negocia sem verificar se o adm. podia praticar aquele
negócio ou ato, ou seja, 3º não observou cautelas, o adm. opõe
contra ele também a responsabilidade.

5- Assembléia:

- deve ter mais de 10 sócios.


- até 10 sócios não precisa de assembléia, só reunião.

Convocação para assembléia: via EDITAL.

- horário, local e pauta (o assunto que será discutido).


- publicação por 3 x no D.O. e jornal de grande circulação.
- 1ª publicação com 8 dias de anterioridade da assembléia.
- na data deve ter quorum mínimo de ¾ do Capital Social.
- um desses requisitos não cumpridos pode anular a assembléia.

• vício formal – fazer formalidade denovo. Repete a 1ª.


• 2ª convocação por falta de quorum. Realiza denovo, 2ª.
- ocorrido isso, ou seja, não atingido quorum, na 2ª convocação,
a antecedência da assembléia é de 5 dias – não exigirá mais o
quorum mínimo na segunda vez. (para instalar a sessão)

126
- a não exigência do quorum na segunda convocação, é apenas para
instalar a sessão, não para tomar decisões, pois algumas
decisões exigem quorum, persistindo a exigência de quorum.

• a assembléia realizada sem uma das formalidades exigidas


pode ser anulada em até 2 anos. Passado esse prazo se dará
por válida.

• a assembléia pode ser substituída por um documento assinado


por todos os sócios sobre o assunto.

QUOTAS:

- um sócio pode passar suas quotas para outro, não precisa


concordância dos demais.
- para passar quotas para 3º (fora da sociedade), os outros com
pelo menos ¼ do capital social podem se opor.

• aquele sócio que passa quotas para outro, é responsável


pela empresa ainda por um prazo de 2 anos, da data da
averbação, responde solidariamente pelas dívidas por ele
adquiridas, com os demais sócios.
• No trespasse é 1 ano apenas esse prazo de responsabilidade.

6- Dissolução da sociedade LTDA: CAI*

DISSOLUÇÃO TOTAL DISSOLUÇÃO PARCIAL CAI*


Empresa extinta Em relação a 1 sócio
Empresa permanece existindo

- Falência - Morte do sócio: se houver


- Vontade dos sócios cláusula que deve apurar as
- Empresa prazo determinado quotas e ressarcir aos
herdeiros.
- unipessoalidade: (1 sócio - Retirada do sócio: ele quer
apenas ficou com todo o sair da empresa e quer que
capital social, morte outro) ela compre suas quotas,
180 d. para unipessoalidade quando não pode vender para
ser resolvida, passou isso 3º. Ex: mudança que ele não
não é mais LTDA a empresa. concorda ele pode sair.
- Exclusão do sócio:
- inexequibilidade: do objeto iniciativa dos outros sócios,
social (não consegue mais maioria absoluta do cap.
trabalhar qualquer motivo). social. Por causa justa. Ex:
mora na integralização,
declarado falido outro caso.
- se houver empate nas quotas para decidir, Ex: 1 sócio tem 50%
das quotas, e outros 4 sócios juntos somam a outra 50%
restante, prevalecerá aquele com maior número de sócios.

127
- Se assim também empatar, ou seja, 2 sócios com 50% cada um, só
por decisão judicial.

TERCEIRA AULA:

-> SOCIEDADE S/A

S/A é por ações – direitos diferenciados

S/A ABERTA = bolsa de valores


S/A FECHADA = própria empresa

Nome da S/A – sempre DENOMINAÇÃO – ou seja, inventado.


Deve sempre ser seguido de S/A, no início, meio ou fim.
CIA também pode, é o mesmo que S/A.
Ex.: CIA Vale do Rio Doce

1 – CONSTITUIÇÃO DA S/A

1ª Forma Constit. Simultânea = rápida


Subscrição Particular = pessoas com todo R$ para
capital social.

2ª Forma Constit. Sucessiva = passos a tomar.


Subscrição Pública = tem só a idéia ou parte do
R$, busca outra parte do R$
+ CAI* de pessoas de fora.

CONSTIT. SIMULTÂNEA CONSTIT. SUCESSIVA

a) Assembléia de Constituição a) CVM – Comissão de Valores


Mobiliários, pedir prévio
b) Ata + Estatuto Social e registro – faz avaliação.
leva na Junta para ser b) Ter mínimo 10% cap. soc.
registrada. para S/A
Ter mínimo 50% cap. soc.
para Banco e Inst. Financ.
c) Intermediação de Inst.
Financ. que venderá ações na
DIFERENCIAR APENAS O “a” E O bolsa, para fazer capital.
“c” QUE MAIS CAI NA OAB. d) Com capital – Assembléia
de Constituição.
e) Ata + Estatuto Social e
leva na Junta para ser
registrada.

128
2 – CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DA S/A

a) DIREITOS / ESPÉCIES / NATUREZA

ORDINÁRIAS – confere direito de voto.


PREFERENCIAIS – privilégio econômico – recebe divisão primeiro,
e em maior quantidade, conforme o Estatuto.

Preferenciais com VOTO


Preferenciais sem VOTO – emitir no máximo 50% do total de
ações.

GOZO OU FRUIÇÃO- guardadas para amortizar dívidas, no cofre.

Ações serão Ordinárias ou Preferenciais, só existe 2.


Esta não tem direitos como se estivesse no mercado.

b) FORMA

NOMINATIVAS – além do certificado identificar seu dono, se


quiser vender deve informar a sociedade.
ESCRITURAIS – não tem certificado, está na bolsa, sem controle
de quem é o titular.

Nominal Endossável
Nominal Ao Portador Estão revogados tacitamente. Lei 8021/90

3 – VALORES MOBILIÁRIOS

São títulos a emitir para aumentar o capital de giro.


Existem 3 tipos para essa finalidade:

1-Debênture: não atinge capital social, vencimento certo do


título – S/A pode pagar com R$ ou Ações de gozo ou fruição.

2-Parte Beneficiária: não atinge capital social, vencimento


eventual – só se empresa tiver lucro – não tendo lucro não
recebe – vale para até 10 anos – não pagou passa a acionista.

3-Bônus de Subscrição: aumento do capital social, emite bônus da


diferença do aumento, no limite do Estatuto.

4 – ÓRGÃOS DA S/A

a) Assembléia;
b) Conselho de Administração;
c) Diretoria;
d) Conselho de Fiscalização.

A) Assembléia Geral: toma decisões da empresa.

129
Ordinária - Realizada nos 4 primeiros meses do exercício.
Assuntos da administração da S/A.
Extraordinária – Realizada a qualquer tempo ou período do ano.
Assuntos emergenciais da administração.
Convocação: - Na 1ª são 3 publicações – D.O. e Jornal;
Primeira com 15 dias antes para S/A ABERTA;
Primeira com 08 dias antes para S/A FECHADA.
Quorum de ¼ do capital votante.
Se faltar quorum faz 2ª convocação.

Na 2ª são 3 publicações – D.O. e Jornal;


Primeira com 08 dias antes para S/A ABERTA;
Primeira com 05 dias antes para S/A FECHADA.
Não terá quorum qualificado, ou seja, qq. um.

B) Conselho de Administração: define assuntos a votar pela


assembléia.

- É eleito pela Assembléia Geral que pede prestação de contas.


- Conselho OBRIGATÓRIO para:
. Cias Abertas;
. Soc. Econ. Mista;
. Soc. de Capital Autorizado.

- Não tendo conselho é a Diretoria que assume suas vezes.

C) Diretoria: representação da S/A.

- Eleita pelo Conselho da Administração.


- Não havendo Conselho é a Assembléia Geral.
- Presta contas ao Conselho.

D) Conselho de Fiscalização: fiscaliza os negócios da S/A.

- Assembléia que convoca o Conselho Fical.

5 – MODIFICAÇÃO DA ESTRUTURA DA S/A

a) INCORPORAÇÃO: empresa compra outra, a comprada extingue-se;

b) INCORPORAÇÃO POR AÇÕES: não compra empresa, só o controle


acionário dela;

c) FUSÂO: duas empresas se unem, deixando de existir, formam


outra nova empresa, uma só.

CADE – Conselho da Administração de Diretrizes Econômicas.


Fiscaliza o monopólio de empresa;

130
Evita o domínio de mercado.

CONTRATOS MERCANTÍS

 Quando o contrato X se dá por perfeito?  CAI*

CONTRATOS REAIS CONTRATOS CONSENSUAIS

Entrega de coisa: Acordo de vontades:

- Mútuo - Compra e Venda


- Depósito - Mandato
- Comodato - Locação etc.

1 – Contrato de Representação Comercial:

- Função de obter pedidos de compra e venda. Não Distribui.


- Risco da atividade corre por conta do representado.
- Área geográfica delimitada – exclusividade na região.

2 – Factoring / Faturização / Fomento Mercantil:

- Compra de Faturamento – títulos de crédito por vencer.


- Antecipação de recursos – paga hoje valor menor e cobra juros.
- Tipo troca de cheque sob juros do agiota.

3 – Contrato de Franquia:

- Cedendo a marca apenas, não a empresa, não é dono.


- Cede a organização empresarial, mesma forma, padrão, tudo.
- Antes do contrato deve entregar Circular de Oferta de
Franquia: * Informa tudo – 10 dias antes do contrato.
* Não fazer a Circ. Oferta Franquia o contrato
pode ser anulado juntamente com perdas e danos.

4 – Concessão Mercantil:

- Tipo de mandato para veículos automotores terrestres.


- Concedente e concessionária – exclusividade do produto.
- Produto daquela marca específica e suas peças.

5 – Mandato Mercantil:

- Representa uma atividade mercantil.


- Procuração “ad negotio”.
- Poder para gerir, comercializar produtos, agir em nome do
primeiro.

131
QUARTA AULA:

6 – Leasing ou Arrendamento Mercantil:

- É uma locação com opção de compra no final.


- Pode devolver o bem no final se preferir.
- Se é tipo locação pode até renovar no final.
- Comprar o bem é OPÇÃO, não é obrigado, pode e não deve.
- VRG = Valor Residual de Garantia – Correto pagar no final,
quando for comprar o bem.

 Na prática o Arrendatário (ário = funcionário = recebe)


vai pagando o VRG diluído, mês a mês de pouquinho para no
final ficar mais fácil, antecipa-se.
 Neste caso, se estaria desvirtuando o contrato de leasing,
pois a compra já seria certa, e não opção.
 Daí veio a SÚMULA 293 STJ dizendo que o pagamento
antecipado do VRG não descaracteriza o leasing.

MODALIDADES DE LEASING:

LEASE FINANCEIRO: é o mais comum. Existem:

Arrendador: O arrendatário escolhe o bem no


Arrendatário: fornecedor e indica para o ar-
Fornecedor: rendador, que o adquire.

LEASE OPERACIONAL: Existem:

Arrendador: O próprio arrendador é que fornece


Arrendatário: o bem escolhido pelo arrendatário.
Fornecedor: É direto, sem intermédio de outro.
* Neste é obrigatória a assistência
técnica no produto.

LEASE BACK ou DE RETORNO:

O bem sairá da esfera de propriedade por meio de um


contrato de compra e venda ou dação em pagamento e retornará por
meio de contrato de leasing.
Ex.: Empresa devedora só tem uma máquina de bem para pagar
dívidas, mas se vender a máquina a fábrica fecha. Então ela
vende a máquina para a instituição financeira (banco), e recebe
o dinheiro por ela. Depois readquire aquela mesma máquina por
meio de leasing. Saiu da sua esfera mais depois voltou por meio
de leasing, Lease Back, Retorno.

-> Se o arrendatário não pagar cabe reintegração de posse pelo


arrendador. Não é busca e apreensão.

132
7 – Alienação Fiduciária:

- É um contrato de mútuo.

Mutuante – dá empréstimo – Fiduciário.


- tem a posse indireta / domínio resolúvel.

Mutuário – recebe o bem - Fiduciante.


- tem a posse direta / resolúvel porque adquire o
domínio quando paga tudo.
- também é o depositário do bem. (responde pelo bem).

-> Neste caso se não pagar não é reintegração de posse, é busca


e apreensão.

LEI 10.931/04 – 15 dias para contestar a ação de busca e


apreensão na alienação fiduciária.

8 – Contrato de Seguro:

- Conceito no art.757 CC. (riscos pré-determinados)


- DE PESSOA – pecuniário – não indeniza – pode fazer + de 1.
- DE COISA – indenizatório – recompõe patrimônio – só pode 1.

 Note-se que agora os riscos devem ser pré-determinados,


não é qualquer coisa. Se algum evento não estiver
expressamente determinado, não está coberto pelo seguro.

- CASOS QUE EXCLUEM A RESPONSABILIDADE DA SEGURADORA:

1- 763, Mora no pagamento.


2- 766, Declarações inexatas ou omitir fato que influir.
3- 768, Agravar intencionalmente o risco.
4- 769, Deixar de comunicar imediatamente o incidente que
agrava o risco.

TÍTULOS DE CRÉDITO

 TC são executivos extrajudicial – art.585, I, CPC.


 Cobra-se por meio de Ação de Execução.

PRINCÍPIOS:

a) CARTULARIDADE: papel, aquele que tem o documento original é o


credor. Deve estar representado por documento escrito.
- Não há crédito sem documento = representado no papel.
- Não há que se falar em transferência do crédito sem
transferir o documento, ou seja, não existe verbal.
- Não há exigibilidade do crédito sem a apresentação do
documento. Sempre o original.

133
b) LITERALIDADE: o que não está no título (cártula) não existe.
Tudo deve estar expresso no documento (TC).
- As relações cambiais devem estar literalmente escritas.
- Não pode haver quitação em documento separado.
- Não pode dar aval em documento separado, tudo no TC.

c) AUTONOMIA: o TC não vincula ao negócio que o gerou. É


independente. Para o 3º de boa-fé não atrapalha se o negócio
tinha vício.

CLASSIFICAÇÃO:

 Quanto à estrutura:

Ordem de - Dá a ordem = sacador. Cheque, Letra de Câmbio


Pagamento - Recebe ordem = sacado. e Duplicata.
- Beneficiário = tomador. = Mando outro pagar em
meu nome, pq me deve.

Promessa de - Promitente = Nota Promissória.


Pagamento - Beneficiário = Eu mesmo prometo pagar.

SAQUE = ato de criaçao e emissão do TC.


ACEITE = tomador beneficiário apresenta o TC para sacado, sacado
pode dar aceite. É a concordância com a ordem de pagto.

 Sacado só é devedor principal depois do aceite. É


faculdade do sacado. CAI*

 Se o sacado recusou o aceite, não é devedor do título, o


devedor será o sacador. CAI*

 Efeito da recusa do aceite = Vencimento antecipado do TC.


CAI*

CIRCULAÇÃO:

a) AO PORTADOR: Letra de Câmbio, Nota Promissória e Duplicata


NÃO PODEM SER AO PORTADOR. Cheque pode só até
R$100,00 apenas, mais que isso também não.

b) NOMINATIVOS: à ordem = transfere por endosso.


Não à ordem = transfere por cessão civil.
Consta nome do credor do título.

Efeitos do Endosso:

1º Transferir titularidade do crédito do endossante para o


endossatário.
2º Tornar o endossante co-devedor do TC. Executa qualquer um ou
todos, pois serão solidários.

134
- No endosso o endossante responde pela solvência do título.
- Na cessão civil o cedente não responderá pela solvência do
título, só responde pela existência. Ex.: duplicata fria,
cheque roubado etc.

ENDOSSO EM PRETO – Identifica o endossatário.


ENDOSSO EM BRANCO – Não identifica o endossatário.

ENDOSSO PARCIAL – é NULO, deve ser total ou nada.

AVAL = é o ato cambiário pelo qual uma pessoa (avalista) se


compromete (garante) a pagar TC nas mesmas condições que
um devedor desse TC (avalizado). Garante, se ele não
pagar eu pago!. Questão de confiança. É garantia.

AVAL EM PRETO – Sabe quem é, identificado.


AVAL EM BRANCO – Não identifica o avalizado.
- No aval em branco o avalizado é o sacador
emitente apenas.

- Simples assinatura: NO VERSO = Endosso.


- Simples assinatura: NA FRENTE (anverso) = Aval.

DIFERENÇA ENTRE AVAL E FIANÇA:

AVAL FIANÇA

- Só pode ser dado no TC. – Só em contrato.


- Autônomo. – Acessório.
- Não tem benefício de ordem. – Benefício de ordem existe.
- Exceção pessoal não pode - Pode alegar exceção pessoal.
ser alegada a 3º de boa-fé.

 Para ambos deve existir autorização do cônjuge.


 Art. 1647, III, CC.


PRAZO PRESCRICIONAL: CAI*

Vencimento: a) a vista = exige de imediato;


b) data certa = sobre data;
do Aceite = c) a certo termo da vista = x dias a partir de
certo momento.
da Emissão = d) a certo termo da data = x dias a partir de
ou Saque. certa data.

* DICA: Filme O Exterminador do futuro: “Hasta las vista babe” =


terá na resposta aceite (vista – aceite).

135
Nota - Devedor principal / avalista – 3 anos do vencto.
Promissória - Co-devedor / avalista -------- 1 ano do protesto.
Letra de - Direito de regresso ---------- 6 meses do pagto.
Câmbio

- Devedor principal / avalista – 3 anos do vencto.


Duplicata - Co-devedor / avalista -------- 1 ano do protesto.
- Direito de regresso ---------- 1 ano do pagto.

- Dev. principal / avalista – 6 m. fim prazo apresent.


Cheque - Co-devedor / avalista ----- 6 m. do protesto.
- Direito de regresso ------- 6 m. do pagamento.

 Prazo prescricional – do cheque CAI*


 Não é o prazo de apresentação do cheque.
 APRESENTAÇÃO DO CHEQUE: 30 d. – da praça.
60 d. – praça diferente.

DICA: Quem entra no cheque é BESTA = número da besta 666.


Prazo sempre de 6 meses (666).
Cheque é ordem de pagamento a vista, não tem prazo.

• O protesto para fim de execução pode ser substituído por


declaração do banco sacado ou por declaração da câmara de
compensação.

QUINTA AULA:

FALÊNCIA e RECUPERAÇÃO JUDICIAL

- Lei 11.101/05

1 – Sujeito Passivo – arts. 1º e 2º (devedor)

Exclusão total: 1- Empresa Pública NÃO SOFREM


2- Soc. Econ. Mista FALÊNCIA CAI*

Exclusão parcial: -> 1º passa por liquidação extrajudicial.

. Banco = Bacen – administra liq. extr.


. Operadora de Plano de Saúde = ANS
. Seguradoras = SUSEP

• Não dando resultado a liquidação extrajudicial vai para


falência.

136
2 – Competência – art. 3º

- Sede econômica da empresa;


- Prevenção pela 1ª distribuição;

3 – Créditos Excluídos do Processo Falimentar – arts. 5º e 6º

- Obrigações ilíquidas
- Obrigações gratuitas

4 – Administração Judicial – art. 22

- Não existe + síndico, agora é administrador judicial;


- Pode ser pessoa física ou jurídica;
- Amigo do juiz deve ser Advogado, Adm. de Empresas, Economista.
- É remunerado. Máximo 5% do valor da Recuperação Judicial ou 5%
do valor dos bens na falência. Recebe no final.

FUNÇÃO DO ADMINISTRADOR JUDICIAL

NA FALÊNCIA NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL

-Arrecadação dos bens, todo -Fiscaliza a administração do


patrimônio e junta. devedor que continua na
-Avaliação dos bens, pode posse dos bens.
contratar assistente.
-Apresenta relatório, meio -Verifica cumprimento do
que ele fala com juiz. plano de recuperação
-40 h. depois do termo de homologado pelo juiz.
compromisso o 1º relatório
com opinião dele sobre a
quebra.
-Quadro de credores, ordena.

5 – Assembléia Geral de Credores – art. 35

- Convoca-se assembléia entre eles, organiza.


- Juiz, credor podem convocar.
- Para convocar:

- Edital no D.O. e Jornal Gde. Circulação 1 x apenas.


15 dias antes da assembléia.
- Voto proporcional ao valor do crédito quando convoca 100%
dos credores.
- Se convocar só alguns o voto é “per capta”, por credor.

137
Função da Assembléia -> Zelar pelos interesses dos credores.

6 – Comitê de Credores – art. 26 e 27

- Representa a assembléia – ela escolhe o comitê.


- Se poucos os credores não é necessário – facultativa.
- Composição:

- Máximo 3 1 membro - crédito trabalhista


1 membro - crédito garantia real e privilegiado
1 membro - crédito quirografário

Função do Comitê -> Fiscalizar o administrador judicial.

7 – Processo Falimentar – FALÊNCIA


Arts. 7, 8, 10, 11, 12, 14, 83 a 85, 94 e 98 Lei 11.101/05

a) Petição Inicial, 282 CPC com motivos esclarecidos.

1- Impontualidade – não pagou título no vencimento.


2- Atos de falência – vender tudo, fazer doação etc.

Pode Cair* = Origem Título de Crédito ou Título Judicial:


TC = protesta, valor mínimo de 40 sal. mínimos.
TJ = não tem bens suficientes para proc. execução.

b) Citação do Devedor.

c) Contestação, prazo de 10 dias contesta ou paga o título.

d) Sentença, recursos:

- Sentença declara a falência = Agravo de Instrumento.


- Sentença improcedência dela = Põe fim ao processo – Apelação.
- Juiz fixa termo legal – 90 d.
- Período que antecede a falência – adm. começa analisar.
- É relacionado com a fraude contra credores ou ação
revocatória. Diferente do período suspeito, 2 anos antes da
falência, atos gratuitos.

e) Edital de Convocação, dos credores para eles habilitarem


seus créditos em 15 dias.

f) Habilitação dos Credores, 15 dias do Edital.

- Pode ser depois de 15 dias = retardatário, mas precisa


advogado para processo incidental de habilitação.

- Conseqüência atraso:

138
. Não discute fatos já passados no processo.
. Não atualiza até o momento de entrada no processo, perde o
período de atraso, só cobra até a publicação – art.10.
g) Administrador Formula Quadro de Credores,

1 Créditos Extraconcursais, 84 – surgiram em razão da falência,


paga antes de tudo, até do trabalhista.

2 Créditos Concursais, 83 – deram origem à falência, anteriores.

ORDEM: 1º Acidente de Trabalho e crédito trabalhista, até 150


salário mínimos - remanescente vai para fim da fila.
2º Crédito com Garantia Real.
3º Fisco.
4º Crédito Privilegiado – lei confere, ex: honorários.
5º Crédito Quirografário.
6º Remanescente do Crédito Trabalhista.
h) Liquidação, vende bens e paga credores.

i) Relatório, do administrador para prestação de contas.

j) Sentença, declara encerramento da falência.

8 – Recuperação Judicial – art. 47


a) REQUISITOS: art.48

- Exerce atividade empresarial de forma regular nos últimos 2


anos no mínimo.
- Registro na junta e livros atualizados.
- Se sofreu falência é necessário a declaração de extinção das
obrigações.
- Não pode ter sido condenado por crime falimentar.
- Se já foi beneficiado por recuperação judicial deve ter
intervalo de tempo de 5 anos para pedir outra.
- Da anterior com concessão de plano especial o intervalo de
tempo é maior – 8 anos.

b) PLANO ESPECIAL: art.70 e 72

- Serve para ME e EPP.


- Só para créditos quirografários.
- Parcelamento em até 36 vezes.
- Juros de 12% a.a.
- Não precisa concordância da assembléia de credores.

139
c) QUAL É O PROCEDIMENTO:

Pet. inicial Juiz decide Plano de Edital convoca Juiz


c/ requisitos interloc. Recuper. credores e eles homologa
concedendo 60 dias se quiserem o plano
rec. jud. Após dec. Objeção em 30d. de rec.
concede
rec. jud.
- Crédito trabalhista até 5 sal. mín. MÁXIMO 30 dias de atraso.
- Crédito trabalhista acima 5 sal. mín. Máximo 1 ano de atraso.

9 – Ação Revocatória – arts. 99, 129 e 130

- Demonstrar fraude contra credores, encontrada no termo legal,


precisa produzir provas. Como se fosse ação pauliana.
- Legitimidade Ativa = ingressa com ação: Adm. Judicial
Credor
MP
- Prazo decadencial de 3 anos para propor ação.
- Conta-se o prazo da declaração da falência.

10 – Pedido de Restituição – arts. 85 a 90

- Quando bem de 3º for arrecadado na massa.


- Proprietário prova que é dele e pede de volta.

140
DIREITO PENAL

PRIMEIRA AULA:

Direito Penal existe para garantir impunidades.É defesa frente


ao abuso de mais fortes – protege o cidadão.

PRINCÍPIOS

Culpabilidade – vedação à responsabilidade objetiva – ninguém


pode ser punido sem DOLO ou CULPA – subjetivo.

Proporcionalidade – a pena deve ser proporcional ao delito.

Humanidade da Pena – não pode aplicar pena cruel, desumana. O


trabalho forçado não pode. O trabalho do preso é obrigatório,
mas não é forçado. Se não trabalhar sofre sanção.

Personalidade da Pena – a pena não pode passar da pessoa do


condenado, ou que passe o mínimo possível, pois atinge a
família. – Individualizar a pena.

Intervenção Mínima – o Estado regula a violência, e pune


aplicando mais violência, mas só quando compensar, para evitar
violência ainda maior, prevenir. O Estado deve intervir apenas
quando a lesão for grave, com um mal social. Entendimento STJ.

Legalidade – não há crime nem pena sem lei anterior (1º CP).
Decorrem do Princípio da Legalidade os seguintes:

- Reserva Legal:

Estrita Res. Legal – só lei pode incriminar, pois passa por


processo legislativo, feito pelos nossos pares – Med. Prov.
e Lei Delegada NÃO PODE criar lei incriminadora.
Taxatividade – alei deve descrever de forma circunstanciada
a proibição, ou seja, delimitar, detalhar, que é o tipo
fechado.
. Tipo Fechado: quando descreve a conduta detalhada.
O tipo doloso é obrigatoriamente fechado, senão é
inconstitucional.
. Tipo Aberto: não descreve a conduta detalhada. O
crime culposo pode se aberto.
Vedação de Analogia em Prejuízo do Réu – em “malam partem”.
A analogia não pode ser utilizada em prejuízo do réu.
Legalidade das Penas – Pena anteriormente prevista em Lei.

- Lesividade: para ser crime não basta estar na lei. Conceito


material de crime. Só pode ser crime a conduta (DOLO ou CULPA)

141
que lesa ou expõe a risco de grave lesão um bem jurídico vital
para vida em sociedade, deve haver LESÃO.
INSIGNIFICÂNCIA- pequena lesão não merece ser crime, pois
não tem relevância.
ADEQUAÇÃO SOCIAL- não deve ser considerada criminosa a
conduta socialmente adequada ou que apenas gera um risco
permitido. Ex.: cond. soc. adequada seria o furar a orelha de
uma bebê para colocar brinco, é lesão corporal, mas não é crime.
Ex.: risco permitido seria voar de avião, que é um risco, mas a
pessoa aceita esse risco, ainda que possa morrer com isso.

- Anterioridade: para ser crime deve estar previsto em lei


penal, e ainda antes do fato ocorrido. Lei prévia, ou seja,
prever a situação anteriormente.

NORMA PENAL EM BRANCO

É aquela que precisa de um complemento de outro ato


normativo par ter sentido. Ex.: casar quando existe impedimento
é crime de bigamia. Mas quais são os impedimento? A resposta
está no Código Civil.
Ato normativo inferior também, no caso de substâncias
entorpecentes. Quais são os entorpecentes? A resposta está em
portaria do Ministério da Saúde (portaria é ato inferior).

* Quando lei penal for complementada por lei penal - heterogêneo


* Quando lei penal for compl. por outra não penal – homogêneo

CONFLITO DE LEI PENAL NO TEMPO

“tempus regim actum” = pela lei de seu tempo – aplicar a lei


vigente – mas isso não é absoluto no Direito Penal.

- Retroatividade da lei mais benéfica: lei penal que de qualquer


forma favorece o réu aplica-se a fato anterior a sua vigência.

Ex.: se o Estado admitiu que aquele fato não precisa de punição,


revogando o tipo incriminador, aquele preso pelo delito deve ser
posto em liberdade, pois a lei nova retroage em seu benefício.

RETROATIVIDADE = para trás - vige para fatos passados.


ULTRATIVIDADE = para frente – vige depois que revogada.

Admitir que a lei penal MAIS BENÉFICA RETROAGE, é admitir a:


= Não ultratividade da lei má;
= Lei benéfica tem ultratividade – para frente depois que não
mais vigente;
= Irretroatividade da lei gravosa.

142
ABOLITIO CRIMINIS

É a lei que revoga tipo incriminador, como a que revogou o crime


de adultério. = aboliu o crime.
TEMPO E LUGAR DO CRIME

* TEMPO = art. 4º CP
* LUGAR = art. 6º CP

A respeito do tema existem 3 teorias:

1. ATIVIDADE: lugar do crime é o lugar da conduta criminosa;


2. RESULTADO: considera-se o lugar da consumação;
3. UBIGÜIDADE: tanto o lugar do crime como o do resultado.

No Brasil as teorias adotadas foram:

Para o TEMPO DO CRIME = ATIVIDADE = lugar da ação ou omissão.


Para o LUGAR DO CRIME = UBIGÜIDADE = tanto um como o outro,
assim, em crime de longa distância, aplica-se a lei brasileira.

Basta se lembrar que para decorar isso será uma LUTA. Assim se
recordando, LUTA, evidencia a resposta:

L U T A
u b e t
g i m i
a g p v
r ü o i
i d
d a
a d
d e
e

SEGUNDA AULA:

TEORIA DO CRIME: ( finalismo )

- Bipartite – 2 partes = para OAB SP


- Tripartite – 3 partes = para OAB resto do BRASIL

O crime é:

FATO TÍPICO
SP
BRA FATO ANTIJURÍDICO TEORIA
FINALISTA
FATO CULPÁVEL (FINALISMO)

FATO PUNÍVEL

143
FATO Conduta : ação ou omissão, consciente ou
TÍPICO voluntária, dirigida a uma finalidade,
finalista.

Tipicidade: perfeita adequação entre o fato e a


CAI* hipótese da lei, prevista na lei.

Nexo causalidade: relação causa-efeito entre conduta


e resultado. Modelo de.. Típica..

Resultado naturalístico: não jurídico. Tudo tem


resultado naturalístico, que
altera o mundo exterior. Vem da
conduta, conseqüência. É gerado
pela conduta, seu resultado.

INEXISTÊNCIA DE CONDUTA:

a) Coação física irresistível: violência direta ao corpo do


sujeito, determinado movimento negativo ou positivo.
b) Ato reflexo ou movimento involuntário: não consciente, Ex:
sonâmbulo.

Crime Comissivo – faz o que não deveria, é o agir.


Crime Omissivo - não faz o que devia fazer, omitir.

OMISSIVO PRÓPRIO: Dever jurídico de agir.


Não existe resultado naturalístico, pois do
nada nada vem. Não importa se vai ter
resultado prático.
Previsão típica direta – expresso.

OMISSIVO IMPRÓPRIO: Dever jurídico de agir para impedir o


resultado. Não basta agir.
Existe resultado naturalístico relevante.
Também chamado Dever de garante, garantidor. Ex: art.13,
de Comissivo por $2º, CP.
Omissão. Normal- Dever legal, de qualquer forma assume a
mente comissivo responsabilidade de impedir o resultado.
mas excepcional- Comportamento anterior gera risco de
mente é omissivo. produzir resultado. Criou risco e deve a
partir daí responsabilidade.

RESULTADO NATURALÍSTICO:

Classificação quanto ao resultado:

a) MATERIAL: tipo prevê um resultado naturalístico e o exige


para consumação. Ex: art.121, precisa que a pessoa morra.

144
b) FORMAL: tipo prevê um resultado naturalístico mas não o exige
para a consumação. Ex: art.159. Resultado vantagem, mas para o
crime não precisa que o agente a obtenha. Crime de consumação
antecipada.

c) CRIME DE MERA CONDUTA: tipo nem prevê resultado


naturalístico. Ex: omissivo próprio. Ex: violação de domicílio.
Não altera o mundo exterior diverso da conduta, só a conduta.

NEXO DE CAUSALIDADE:

- Teoria da equivalência dos antecedentes, vigora no Brasil.


- Considera causa tudo o que contribuiu para o resultado.
- Tudo sem o que o resultado não teria ocorrido de forma igual.

• Teoria da “Conditio Sine Qua Non” – mesma teoria.

É fácil saber, usando critério de eliminação hipotética:

* Elimina elemento na cadeia causal, se o resultado permanece


não é causa, se o resultado muda é causa. Não é infinita.

* Nem sempre tal teoria funciona. O nexo é uma corrente, deve


ser assim. Uma coisa causa a outra, sempre.
Exceção: Art.13, $1º, CP.

- Causa superveniente (ocorre depois), relativamente (mais ou


menos) independente.
- Vem depois da conduta e não é o que costuma acontecer.

Ex.: Dar café fortemente adoçado ao diabético. Diabetes é causa,


não costuma acontecer, é anterior. Como é anterior não
pune.

Ex.: Ambulância bate em caminhão de combustíveis e explode.

-- Não costuma acontecer, quebra o nexo de causalidade –-

TIPICIDADE:

- Modelo de... Tipo de...: modelo de conduta.


- Para ser típico deve ter adequação perfeita.

DOLOSA Conduta com dolo, CULPOSA Deve ser expressa a


(REGRA) agir com vontade. (EXCEÇÃO) forma culposa.
Todos os crimes O texto do artigo
são a princípio deve prever esta
dolosos. Forma culposa.

145
DOLO: – Consciência e Vontade

DIRETO: Sujeito prevê o EVENTUAL: Prevê o resultado


resultado e atua para mais não deseja, apenas aceita,
alcança-lo. Ele quer o tolera o risco de alcançar o
resultado. Importante é resultado. Importante é a
o resultado. conduta.

CULPA: - Quebra de dever objetivo de cuidado

- Agente deve ter cautelas que despreza.


- Relevante / Irrelevante.

PREVISIBILIDADE OBJETIVA:

- Descuido relevante penal se o resultado for normalmente


previsível. Ex.: deixar faca no chão onde tem criança pequena,
o resultado é previsível. Ex.: no trânsito uma pessoa se joga
na frente do seu carro e você atropela. Não era previsível que
ela fizesse isso, você poderia ter diminuído a velocidade, mas
não era previsível, ou, pelo menos, irrelevante penal.
É descuido irrelevante. Não acontece normalmente.

TERCEIRA AULA:

ESPÉCIES DE CULPA:

CULPA CONSCIENTE: prevê o resultado, mas tem certeza que não


ocorrerá, ele confia que pode evitar. Faz previsão do resultado.

CULPA INCONCIENTE: sequer faz previsão do resultado. É surpresa.

OBS.: - Dolo Direto – quer o resultado.


- Dolo Eventual – assume o risco, tolera.

FORMAS DE QUEBRA DO DEVER DE CUIDADO:

NEGLIGÊNCIA: Descuido omissivo, não tomar cuidado devido.


Ex.: deixar de verificar pneus do carro.

IMPRUDÊNCIA: Descuido comissivo, age sem cuidado.


Ex.: passar sinal vermelho.

IMPERÍCIA : Falta de habilidade ou conhecimento específico em


profissão, arte ou ofício. Depende de conhecimento
específico técnico.

146
CRIME QUALIFICADO PELO RESULTADO:

 É aquele em que depois de descrever o crime de forma


completa o legislador prevê evento gerado, ao menos por
culpa, capaz de influir na dosagem da pena.
Evento posterior capaz de influir na dosagem da pena.

DOLO + CULPA = PRETERDOLO (qualifica pelo resultado, ou seja,


além do dolo, tem mais uma coisinha,
uma culpa).

CRIME CONSUMADO e TENTADO:

CONSUMADO: Realizado todos os elementos de sua definição legal.


Art.14, I, CP.

ITER CRIMINIS: Fases:

COGITAÇÃO : Plano mental do crime.

PREPARAÇÃO: Realiza no mundo exterior que é necessário para


prática do crime. Ex.: emprestar revólver, conseguir
mapa etc. Pode vir a ser relevante se o crime for
pelo menos tentado.

EXECUÇÃO : Efetivo ataque ao bem jurídico, antes de terminado.

CONSUMAÇÃO: Realiza os elementos da definição legal do crime.

• Apenas os 2 últimos são puníveis, os 2 primeiros não.


• Não se pode punir um sujeito por pensar em praticar um
crime, também não por se preparar para tanto, pois pode vir
a desistir antes de inicia-lo.

TENTATIVA:

- Iniciada a execução, não alcança a consumação, por


circunstâncias alheias à sua vontade. Art.14, II, CP.

- A tentativa é punida com a pena do crime consumado, diminuída


de 1/3 a 2/3. Quanto mais distante da consumação maior a
redução.

Tentativa BRANCA – não resulta lesão.


Tentativa CRUENTA – resulta lesão.

Tentativa PERFEITA – esgota os planos executórios (crime falho).


Tentativa IMPERFEITA – não esgota os meios que dispunha.

147
INFRAÇÕES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA:

1- Crime Culposo;
2- Crime Unissubsistente;
3- Crime Habitual;
4- Contravenção Penal;
5- Crimes de Atentado.

Unissubsistente: O início da execução coincide com o da


consumação, mesmo momento. Ex.: omissão de
socorro, injúria verbal etc.

Crime Habitual : Ganha relevância quando se torna um hábito.


Ex.: manter casa de prostituição, rufianismo =
tirar proveito da prostituição alheia (cafetão)

Crimes Atentado: É quando o tipo prevê que TENTAR alcançar o


resultado já é crime consumado. Art.352 CP.
Fuga mediante violência.

DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA:

- Depois de iniciada a execução, o agente desiste de nela


prosseguir por sua própria vontade, sem interferência, não se
consumando. Só responde pelos atos já praticados.

ARREPENDIMENTO EFICAZ:

- Já completou o plano executório, atua por ato voluntário, de


forma a evitar a consumação. Só responde pelo que já praticou.

ARREPENDIMENTO POSTERIOR:

- Causa de diminuição de pena do crime.


- Crime praticado sem violência ou grave ameaça à pessoa.
- Deve haver reparação do dano até o recebimento da denúncia.
- Deve ser ato voluntário da pessoa autora do crime.

HIPÓTESES ANÔMALAS:

1- Estelionato por cheque sem fundos.


Da reparação do dano até o recebimento da denúncia, afasta a
relevância penal do fato.

2- Art.312, $3º, Peculato Culposo.


Até a sentença extingue a punibilidade.
Mesmo depois da decisão definitiva reduz a pena pela metade.

ERRO DE TIPO: -> CAI*

ERRO DE TIPO ESSENCIAL:

148
Sobre Elementar: Está no caput do delito, “matar alguém” é,
motivo fútil não. Quem não conhece a elementar,
não sabe que aquilo é elementar de crime.
Ex.: não sabia que matava alguém, pensava eu
matava um urso.
Não tem dolo. EXCLUI O DOLO SEMPRE.

Erro inevitável: Exclui DOLO e CULPA.


Erro evitável : Exclui DOLO, mas pode punir
por CULPA, se houver previsão.

Sobre Discriminante: Excludentes de antijuridicidade. Por erro =


PUTATIVA. Acha que está certo, mas não está
(erro).
Não tem dolo. EXCLUI O DOLO.

Erro inevitável: Exclui DOLO e CULPA.


Erro evitável : Exclui DOLO, mas pode punir
por CULPA, se houver previsão.

QUARTA AULA:

-- ESTUDAR LEGÍTIMA DEFESA --


COMPLEMENTO POR CONTA DO ALUNO.

QUINTA AULA:

ESTADO DE NECESSIDADE

- 2 bens em risco, não há como preservar os 2, mas apenas 1,


permite-se sacrificar 1 deles.

REQUISITOS:

a) PERIGO ATUAL -> não criada voluntariamente pelo sujeito.


b) SACRIFÍCIO INEVITÁVEL e RAZOÁVEL DO BEM -> sacrifica bem de
valor igual ao que se pretende preservar, ou bem menor para
salvar bem maior. É objetivo.

- Não pode argüir Estado de Necessidade em favor próprio quem


tem o dever legal de enfrentar o perigo. Ex: Bombeiro.

- Ainda que o sacrifício não seja razoável o juiz pode diminuir


a pena. Art.24 § 2º.

ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL

- A lei lastreia esta ação ou omissão, fato típico.

149
Exercício Regular de Direito:

- Ex.: prática esportiva.


- Tem limites – responde por excesso.
- Excludente de antijuridicidade.

* =/= entre Excludente de Antijuridicidade e de Culpabilidade:

Culpabilidade: é elemento subjetivo do crime, o resultado


pertence subjetivamente ao sujeito ativo.
Se, pela prática, deve ser imputado ou não.

Antijuridicidade: é fenômeno social objetivo que fere preceitos


impostos pela sociedade através de normas.
O crime não é ação qualquer, é uma ação
antijurídica, contrária aos preceitos sociais.

CULPABILIDADE

- Idéia de juízo de reprovabilidade sobre o sujeito.


Questão de livre arbítrio.

Excludentes da Culpabilidade: (tem que decorar)

1- Enimputabilidade;
2- Embriagues acidental completa;
3- Erro de proibição inevitável, ou
Falta de potencial consciência da ilicitude;
4- Inexigibilidade de conduta diversa.

Excludentes da Antijuridicidade: (tem que decorar)

1- Legítima Defesa;
2- Estado de Necessidade;
3- Estrito Cumprimento do Dever Legal;
4- Exercício Regular de Direito.

INIMPUTÁVEL, 26:

- Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou


retardado. ** Menor de 18 aplica ECA e não Código Penal.

Inimputável que pratica crime recebe MEDIDA DE SEGURANÇA.


É chamada de Absolvição Imprópria.

SEMI IMPUTÁVEL, 4 tipos:

1- Pré-ordenada -> embriaga para poder cometer crime.


AGRAVANTE

2- Voluntária/Culposa -> bebe porque quer ou se embriaga por

150
descuido. Ex: amigos enchem copo com álcool.
NÃO INFLUI NA CULPABILIDADE – pune como se não bebera.
(teoria da actio libera in causa – plenamente culpável)

3- Acidental -> decorre de caso fortuito ou força maior.


Pode ser: Completa: afasta culpabilidade;
Incompleta: diminui a pena.

5- Patológica -> alcoolismo como doença. É doença mental.


Esta gera inimputabilidade, aplica Medida de Segurança.

ERRO DE PROIBIÇÃO: (é diferente de erro sobre elementar do tipo)

- Equivocada compreensão sobre o que é proibido ou permitido.

Inevitável – não tinha condições de saber. Afasta Culpabilidade.


Evitável – devia saber que era proibido. Diminui a pena.

- Não erra sobre a existência da lei, mas pela sua compreensão.


- A lei é de conhecimento de todos (art.21 CP).
- Só quem não sabe e não tem condições de saber (sobre a carga
proibitiva da lei).

INEXIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA:

- Estudantes têm a falsa impressão que têm de perguntar se tinha


outra conduta disponível para optar. Na verdade não se
pergunta NADA. São 2 os casos, vejamos:

Coação Moral Irresistível – constrangimento mediante ameaça que


se impõe de forma invencível sobre sua vontade. Afasta Culpab.

Obediência hierárquica – superior e inferior com vínculo público


e ordem NÃO manifestamente ilegal. O superior é que responde
pelo crime.

Desdobra-se: - Superior para inferior;


- Vínculo público;
- Não pode ser manifestamente ilegal.

• Nesses casos não se exige conduta diversa.

Causas Supralegais: Existem outras causas não previstas em que


os tribunais costumam aceitar a excludente da culpabilidade.

SEXTA AULA:

CONCURSO DE AGENTES
- Prática criminosa por mais de 1 agente.
Existem 2 teorias acerca do tema:

151
TEORIA MONISTA: colaborou responde pela pena ao crime
cominada, art.29 CP – REGRA. Todos agentes mesma
pena, independente do ato em si.

TEORIA PLURALISTA: é EXCEÇÃO, aplica-se em 2 casos:

• Previsão específica de cada conduta na lei: Ex: corrupção


ativa e passiva – 2 agentes participam do mesmo fato, mas
cada um tem um tipo penal específico. Se não houvesse
previsão, ambos responderiam pelo mesmo crime. Cada um
responde pelo seu, embora o fato seja o mesmo.

• Cooperação Dolosamente Distinta: Algum dos colaboradores


participa de crime menos grave. Um deles não quis colaborar
com outro crime, apenas o menos grave. Art.29, §2º, CP.
Responde pelo que quis praticar apenas, pelo outro não.

REQUISITOS:

a) Pluralidade de agentes;
b) Liame subjetivo (aderência de uma vontade a outra);
c) Relevância de cada comportamento (deve ter influenciado).

COMUNICABILIDADE DE ELEMENTOS E CIRCUNSTÂNCIAS: -> CAI*

- Caso em que a elementar do crime comunica com outro agente.

ELEMENTAR – Está no “caput”.


CIRCUNSTÂNCIA – Dado acessório do “caput”, influi lá dentro.

ELEMENTAR - OBJETIVA - Não se refere ao sujeito.


CIRCUNSTÂNCIA – SUBJETIVA – Se refere ao sujeito.

Ex.: 121 – Matar alguém = Matar -> Elementar.


Fútil -> Circunstância = Subjetiva.

• Elementares SEMPRE se comunicam:


Estupro – Conjunção Carnal -> Elementar – Comunica.
Aquele que ficou com a arma apontada enquanto outro
estuprava, responde também por estupro, pode ser até
mulher, mas como comunica, responde em concurso.

• Circunstâncias SÓ COMUNICAM se objetivas:


Circunstâncias subjetivas não.
Ex.: furto noturno – noturno é circunstância.
Não é do sujeito = então é objetiva = então comunica.
Contribuiu, responde pelo furto noturno em concurso.
OBS.: Participação de Menor Importância diminui a pena - §1º

152
INSTITUTOS SEMELHANTES AO CONCURSO DE AGENTES: -> MAIS CAI*

AUTORIA MEDIATA -> agente se serve de um inculpável ou alguém


determinado em erro para prática criminosa.
Usa inimputável para crime. Pode ser o
próprio inimputável a vítima do crime.

AUTORIA COLATERAL -> é a prática coincidente da mesma infração


por 2 ou mais agentes sem o liame
subjetivo. Sem liame = Sem concurso.
Responde apenas pelo que fez.
Autoria Incerta – não se sabe quem provocou
o resultado. Pune no limite da certeza, ou
seja, sabe-se que os 2 tentaram, é certo,
quem matou não se sabe, então pune os 2 por
tentativa apenas. IN DUBIO PRO RÉO.

TEORIA DA PENA -> UM DOS QUE + CAI*

- Finalidade da pena = 3 teorias:

TETRIBUTIVISTA / ABSOLUTISTA: retribuir o mal com a pena.

PREVENTIVA / RELATIVA: prevenir crimes, a pena intimida a


sociedade. Comunicar a vigência da lei,
mostrar o erro daquela conduta.

TEORIA MISTA / ECLÉTICA: Ressocializar criminoso – expressa na


Lei de Execução Penal, art.1º. Visa
retribuir e prevenir, bem como
RESSOCIALIZAR O PRESO. – ADOTADA BRASIL

ESPÉCIES DE PENA NO BRASIL

- Privativa de Liberdade
- Restritiva de Direitos Art. 32, CP.
- Multa pecuniária

RESTRITIVA DE DIREITOS:

- SEMPRE substitutiva no CP. Não é expressa, é depois da


privativa de liberdade que é aplicada. Substitui a privativa
de liberdade.

- Requisitos: - Pena privativa de liberdade menor que 4 anos;


- Sem agressão ou violência a pessoa;
- Não reincidente específico em crime doloso.

Ex.: Roubo tem pena de 4 a 10, condenado a 4 poderia


substituir. Porém não pode porque tem violência ou ameaça.

153
- Lei diz que DEVE substituir, não é discricionário ao juiz.
Aplicação:

Pena entre 1 e 4 anos –> Converte 2 restritivas de


Privativa direito, ou 1 restritiva e
Liberdade mais 1 de multa.
menor que 1 ano -> Converte em 1 restritiva de
direito ou 1 de multa.

Restritivas de direitos são:

- Prestação de serviço à comunidade – trabalha para sociedade.


- Interdição temporária de direitos – não exercer profissão.
- Perda de bens e valores – equivalente ao lucro do crime.
- Limitação de final de semana – restrições, cursos, palestras.
- Prestação pecuniária – de 1 a 360 salários mínimos para a
vítima ou entidade beneficente.

Pena de Art.32 – Calculada em dias-multa.


Multa 1ª fase – quantos dias – de 10 a 360 dias multa.
2ª fase – seu valor – de 1/30 até 5x sal. mín.

- Dinheiro vai para o Fundo Penitenciário.

- NÃO PAGOU A MULTA: Inscreve na dívida ativa.


Executa na lei tributária – exec. fiscal.

SÉTIMA AULA:

PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE

RECLUSÃO – admite regime inicial fechado.


DETENÇÃO – não admite inicial fechado (somente semi-aberto).
PRISÃO SIMPLES – não admite fechado em hipótese alguma.

REGIMES:

FECHADO – trabalha no dia / cela individual noite –


Penitenciária.

SEMI-ABERTO – colônia agrícola ou industrial onde trabalha no


dia e se recolhe a noite.

ABERTO – trabalha na rua no dia e fica na casa do albergado na


noite, onde assiste palestras, faz cursos etc. Como
falta casa do albergado, fica em Albergue Domiciliar,
com restrições nos horários apenas.

RDD – Regime Disciplinar Diferenciado – É sanção disciplinar.

Cabe RDD em qualquer regime, até no aberto. É sanção.

154
Precisa SEMPRE de autorização judicial.
É o isolamento do preso por até 1 ano (2 visitas semana).
Necessidade de isolamento para evitar continuidade no ramo
delitivo, evitar comunicação com demais presos.

PROGRESSÃO: A REGRA no Brasil é a possibilidade de progressão


de regime. Passagem do regime mais grave para o
menos grave. Ajuda na ressocialização do preso.

- Deve ter cumprido 1/6 da pena + ter mérito (exame


criminológico acabou, não é mais necessário).

- Não pode progredir direto do Fechado para o Aberto.


SALVO falta de vaga no semi-aberto, não pode esperar no
fechado, então vai para o aberto direto, até ter vaga.
- Crime Hediondo NÃO pode progredir. – TORTURA PODE.
STF está julgando a constitucionalidade, alguns
desembargadores já decidiram que pode progredir no hediondo.

- Existe REGRESSÃO – passar do regime mais brando para o mais


gravoso. Neste caso pode ir direto do aberto para o fechado.
- Na Regressão não precisa aguardar o trânsito em julgado da
ação penal do novo crime. Suspende-se o regime menos severo,
recolhe o condenado, e aguarda a decisão preso.

REMIÇÃO: benefício da execução

- Cada 3 dias trabalhados, 1 remido (subtraído da pena final).


- Foi estendido para os dias de estudo também.
- Existe no regime Fechado ou no Semi-Aberto.

DETRAÇÃO:

- É o desconto na pena a cumprir de tempo de prisão processual.

Mesmo processo: Tempo que ficou preso cautelarmente desconta-se.

Processos diferentes: pode, desde que não forme conta corrente


de pena. A prática do fato em que haverá detração deve ser
anterior à prisão pelo outro processo.
Por fato ocorrido depois da cautelar não pode.

Se praticou fato antes e estava respondendo, nesse ínterim


cometeu novo crime, e foi condenado, quando o primeiro crime for
julgado absolvido e neste ficou preso cautelarmente, pode
detrair aquele tempo de preso.

REINCIDÊNCIA:

- É a prática de novo crime após o trânsito em julgado de


sentença condenatória por crime anterior. Art.63 CP.

155
ATENÇÃO: Prática de novo crime, depois que já praticou antes e
transitou em julgado condenando.

1º CRIME + 2º CRIME ======== Reincidência.


1º CRIME + 2º CONTRAVENÇÃO = Reincidência.
1º CONTR + 2º CONTRAVENÇÃO = Reincidência.
1º CONTR + 2º CRIME ======== Não há reincidência.

• Crime POLÍTICO e MILITAR PRÓPRIO (aqueles que só existem


previstos no COM) não geram reincidência.

PERÍODO DE CURADOR DA REINCIDÊNCIA, 64 CP:

- Deixa de considerar reincidente.


- 5 anos após a extinção da punibilidade.
- Conta nos 5 anos o período de pena do sursis e do livramento
condicional também.
- É garantia legal, não necessita qualquer requirimento.

QUALIFICADORA – tem pena própria, especificada no tipo penal.


Limite mínimo e máximo de pena especificado.

AGRAVENTE – 61 e 62 CP. Ex.: reincidência.

ATENUANTE – 65 CP. Ex.: menor de 21 anos, confissão espontânea.

AUMENTO e - é aquela que influi na pena em fração.


DIMINUIÇÃO

SISTEMA TRIFÁSICO DE FIXAÇÃO DE PENA:

1ª) Fixa pena base, observadas as qualificadoras (pena própria).

- Dentro da pena mínima e máxima estabelecida pelo tipo.


- Leva em conta as circunstâncias judiciais.
- É de livre arbítrio do juiz.

2ª) Agravantes e Atenuantes.

- Dentro do limite mínimo e máximo.


- Prudente arbítrio do juiz.

3ª) Aumento e Diminuição.

- Aqui pode desobedecer os limites mínimo e máximo (frações)


- Arbítrio do juiz dentro da variabilidade das frações.

• Não obedecido o sistema trifásico a sentença é nula.


• Verificar e decorar esta ordem trifásica – importante.

156
CONCURSO DE CRIMES

Existem 3 espécies:

MATERIAL - 2 ou + ações realiza 2 ou + resultados, 69 CP.


FORMAL - 1 ação ou omissão produz mais de 1 resultado, 70 CP.
CONTINUADO- 2 ou + ações realiza 2 ou + crimes...., 71 CP.

Material - penas são somadas – hipótese residual.


Primeiro olha se é continuado ou formal.

Formal - responde pelo + grave – exasperada a pena. Se iguais


as penas aplica-se uma delas aumentada.

Continuado- é ficção jurídica pela qual se pune uma seqüência de


crimes como se fosse um só.

Requisitos:

1- Crimes da mesma espécie, tipo.


2- Mesmas condições de tempo, 30 dias cada.
3- Mesmas condições de lugar, cidade vizinha tb.
4- Mesmo modo de execução, ex: armas, máscara etc.

OBS.: 1 – As penas de multa serão aplicadas distinta e


integralmente.
2 – Quando o concurso material for melhor que os outros
aplica-se o material, ainda que diferentes.

OITAVA AULA:

EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

- Art.107, CP.
- Extingue-se a punibilidade pelo cumprimento total da pena.
- E mais o rol do artigo 107 CP, que é exemplificativo, o que
quer dizer que podem outras possibilidades, não é taxativo.

I - MORTE DO AGENTE: (não existe punição pós-mortem)

- Precisa da prova da morte, feita por certidão de óbito.


- Com certidão falsa, se extinguir e transitar, acabou.
O STF diz que o ato é inexistente para poder punir ainda.
Não cabe nada. Qualquer decisão em benefício do réu que
transita em julgado não se muda mais. Transitou acabou.
- Causa soberanamente julgada – imutável - (benefício do réu).

II – ANISTIA, GRAÇA ou INDULTO:

ANISTIA: Aplicada por lei, pelo congresso, esquece o fato


jurídico e penal, beneficiando os que se enquadram.

157
INDULTO E GRAÇA: -Indulgência soberana – perdão do chefe.
-Faz por meio de decreto e perdoa – presidente.
-Extingue punibilidade somente no efeito
principal, nos acessórios não. Ex:
primariedade não, só a pena mesmo.

DIFERENÇA entre Indulto e Graça:

Graça – individual e provocada (uma pessoa que pede).


Indulto – coletivo e espontâneo (grupo de pessoas, involuntário)

- Pode perdoar parte da pena – indulto parcial – comutação.


- Não cabe Indulto e Graça em crime hediondo e equiparados.

III – ABOLITIO CRIMINIS:


IV – PRESCRIÇÃO, DECADÊNCIA E PEREMPÇÃO: Art.60 CPP.

- Decadência: Inércia do ofendido que não representa na


A.P.Pública Condicionada ou com a Queixa na Priv.

- Perempção : Extinção da punibilidade por desídia do querelante


da A.P.Privada; Não produz movimento no processo;
Quando morre ninguém sucede em 60 dias; Não
comparece quando necessário a ato do processo; Não
pede condenação nas alegações finais da
A.P.Privada.

 Prescrição será tratada em tópico próprio, dada à sua


importância no direito penal.

V – RENÚNCIA DO DIREITO DE QUEIXA: Na A.P.Privada.

- Pode ser expressa ou tácita (pratica ato incompatível com a


vontade de processar). Ex: sai com a vítima para namorar.
- Depois que ofereceu não pode mais renunciar.
- Mas pode perdoar – porém nessa fase é BILATERAL. (acusado deve
aceitar o perdão).

Renúncia e Perdão se comunicam: A renúncia de um aproveita a


todos. Assim como o perdão, se mais de um autor. Perdoou um
deles tem que perdoar todos.

VI – RETRATAÇÃO: é desdizer o que disse, voltar atrás.

- Falso testemunho
- Calúnia Retratar antes da sentença, Ext. Punib.
- Difamação

VII e VIII – REVOGADOS.

158
IX – PERDÃO JUDICIAL: somente casos previstos em lei.

PRESCRIÇÃO

- É a perda do poder de punir do Estado em razão de decurso de


tempo.

- Prescrição da Pretensão Punitiva – PPP = perda do poder de


punir do Estado que não consegue no prazo da lei a certeza da
culpa (trânsito da sentença).

Art.109, CP. -> O maior prazo prescricional do Brasil é 20 anos.


Pena maior que 12 anos.
O menor prazo prescricional do Brasil é 02 anos.
Pena menor que 1 ano.

- Conta-se a prescrição desde a data do fato (REGRA).

- Falsidade de registro público – só quando tornar público.


- Vários crimes – despreza o continuado, faz 1 a 1, porque é
mais benéfico para o réu. (EXCEÇÕES).

TEM QUE LEMBRAR*

CAUSAS QUE SUSPENDEM A PPP (prescrição da pretensão punitiva):

- Enquanto cumpre pena no estrangeiro;


- Enquanto não resolve questão prejudicial em outro processo;
- Citado por edital não aparece nem constitui advogado, 366.
- Durante período de prova do “sursis processual”.

 Existem outros, mas devemos gravar apenas esses.

CAUSAS INTERRUPTIVAS DA PPP -> CAI*

- Recebimento da Denúncia ou Queixa;


- Sentença Condenatória Recorrível = não transitada.

Data Recebimento da
Fato |--------------| Denúncia ou Queixa

-> Conta nesse lapso a prescrição porque o


recebimento da denúncia interrompe a PPP.

- Já condenado – PPP em concreto.


- Não condenado – PPP em abstrato.

PRESCRIÇÃO RETROATIVA:

- Aplicada a pena e não havendo recurso da acusação, serve ela


de base para o cálculo da prescrição referente aos prazos

159
anteriores à própria sentença.
- A prescrição pode ter por termo inicial data anterior à do
recebimento da denúncia ou queixa.

- A prescrição pode operar-se:

a) entre a data do fato e a do recebimento da denúncia;


b) entre a data do recebimento da denúncia e a da sentença;
c) entre a data da sentença condenatória e o do julgamento da
apelação, ou do eventual recurso extraordinário.

- Não há prescrição retroativa se o recurso da acusação foi


provido.
- Não pode ser reconhecida a prescrição retroativa antes da
prolação da sentença, pois é nesta que se fixa a pena.
- Anulada a sentença em recurso exclusivo da DEFESA, a
prescrição continua a ser contada com base na pena em concreto
da decisão anulada.

PERDA DO PODER DE PUNIR DO ESTADO = PPE


- Estado não consegue no prazo da lei tornar efetiva a pena já
certa, ou seja, não consegue executá-la. Art.109, CP.
- Corre desde quando a pena torna certa para acusação, ou seja,
transita para acusação.
- Caso de FUGA a PPE começa contar de novo, com base na pena
restante a cumprir. Art.113, CP.

NONA AULA:

121 - HOMICÍDIO

Conceito de morte : É a encefálica, morte do cérebro, está na


lei de transplantes.

Sujeitos do delito: Quem nasceu e até quando estiver vivo.

* Homicídio Simples “caput” do art.121 NÃO É HEDIONDO. Salvo o


simples praticado por grupo de extermínio.

PRIVILÉGIO - §1º  Jamais será hediondo*

- Relev. Valor Moral -> reprovável, pela moral prática. Ex:


eutanásia.
- Relev. Valor Social -> interesse coletivo e social. Ex:
traidor da pátria.

- Domínio de Violenta -> não basta violência, deve estar domina-


Emoção Logo Após do, cego, êxtase emocional. Logo após
Injusta Provocação porque o domínio não dura muito. Injus-
ta não no sentido de justiça, é no sen-
tido de injustificado, sem necessidade.

160
QUALIFICADORA - §2º

I – Paga e promessa de recompensa, outro motivo torpe.


Causa especial repugnância. Ex: mata pai para ficar com
seguro de vida, etc.

II – Fútil. É especialmente desproporcional, praticamente sem


Motivo. Ex: briga de trânsito, mata mulher porque esqueceu
de colocar sal na comida, etc.

III – MEIOS – Veneno –deve ser insidioso, escondido.


Fogo –gera perigo e sofrimento.
Asfixia –química ou mecânica, causa sofrimento.
Explosivo –gera perigo para geral.
Tortura –quer matar, mas vai judiar antes. É
diferente da tortura com resultado
morte, que é preterdolosa.
Qualquer outro meio cruel.

IV – MODOS – Traição – utiliza da surpresa, especial confiança.


Emboscada – armadilha com surpresa.
Dissimulação – esconde propósito homicida. Surpr.
Dificulte ou torne impossível a defesa da vítima –
relação com os demais, tem que ter surpresa em
todos.

V – Qualificadora teleológica – Para assegurar execução(....)

- Assegurar execução – matar pai para estuprar a filha.


- Assegurar ocultação – mata p/ ninguém saber que houve crime.
- Assegurar Impunidade – sabe-se do crime mais não consegue
punir, porque agente assegura que
ninguém saiba quem foi o autor.
- Vantagem outro Crime – ladrão mata outro ladrão para ficar com
os produtos do crime.

• Todo QUALIFICADO em regra É HEDIONDO.

 Pode ser ao mesmo tempo QUALIFICADO e PRIVILEGIADO ???

R: Sim ! - Qualificado o motivo é Subjetivo.


- Privilegiado o motivo é Objetivo.
- Quando o Qualificado for de motivo, subjetiva, não dá para ser
privilegiado.
- Quando for por meio, modos objetivos, pode ser. Ex: flagra
estupro da filha (violenta emoção) e mata estuprador com
tortura. É compatível.
SIMPLES – Não hediondo – Salvo prat. por grupo extermínio.
PRIVILEGIADO – Jamais será hediondo.
QUALIFICADO – Sempre será hediondo.
QUAL./PRIV. – Entende-se NÃO hediondo – interpretação “pro reu”

161
122 – COLABORAÇÃO NO SUICÍDIO

- Colaborar só tem relevância se resultar lesão grave ou morte.


Se não resultar nada, não tem nada.
- Só existe se a pessoa da vítima é que pratica o ato letal. O
colaborador não pode praticar o ato letal, senão é homicídio.
- Vítima tem que ter capacidade de discernir, senão é homicídio
também. Ela deve ter capacidade para a vida civil.

123 – INFANTICÍDIO

- Deve ser mãe.


- Durante o parto. (início do rompimento da bolsa)
- Puerperal (queda brusca de hormônios) – perde total controle
dos seus atos. Os pratica inconsciente.
- Pode haver concurso daquele que auxilia a mãe, mesmo art.123.

124 – ABORTO

- É a interrupção da gestação com resultado morte.


- Pode ser após ter nascido, mas causada por decorrência da
interrupção da gestação – nasce com vida, mas morre depois.

124 – Auto aborto, própria mãe provoca, ou consente para que


outro o faça.
125 – Sem consentimento da mãe.
126 – Com consentimento da mãe – não ela, o executor que ela
autoriza. (ela 124 e ele 126).
127 – Aumento de pena por lesão grave ou morte da gestante para
os tipos do 125 e 126.
128 – Aborto legal – autorizado por lei. Existem:

NECESSÁRIO : praticado por médico se não há outro meio de salvar


a vida da gestante. Não precisa dela consentir.

SENTIMENTAL: praticado por médico, com consentimento da


gestante, gravidez resultante de estupro. Pode
também decorrer de atentado violento ao pudor, por
analogia “in bonan partem”.

- Não precisa do trânsito em julgado do crime de estupro.


- Não precisa autorização judicial. -> Quando o médico não se
convence, ela pede para juiz que ordene ao médico, então
haverá determinação judicial. Mas se o médico se convenceu ele
não precisa de autorização nenhuma para realizá-lo.

ABORTO EUGÊNICO / EUGENÉSICO – Aborto por má formação.


Feto tem anomalia ou problema.
NÃO PODE, NÃO EXISTE NO BRASIL.
ABORTO ENCEFÁLICO / NORENCÉFALO – Não tem cérebro ou caixa
craniana. Vida impossível.

162
- STF, Min. Marco Aurélio decidiu estar permitido esse aborto.
- Plenário caçou a liminar do Min. Marco Aurélio que permitia.
- Hoje não se tem posição certa. Cada juiz julga de um jeito.

129 – LESÃO CORPORAL

DOLOSA: - Leve
- Grave
- Gravíssima

CULPOSA: Não tem gradação.

GRAVE

- Ocupações habituais por + de 30 dias – diagnóstico comprova.


- Perigo de vida, deve ter no laudo.
- Debilidade permanente de membro, sentido ou função.
(defcit deminui, não perde)
- Aceleração de parto - + nasce com vida.

GRAVÍSSIMA

- Incapacidade permanente para trabalho em geral.


- Enfermidade incurável.
- Perda / Inutilidade de membro, sentido ou função.
- Deformidade permanente com rejeição social.
- Aborto decorrente da lesão – preterdolo – aborto culposo.

SEGUIDA DE MORTE

- Preterdolo – dolo lesionar – culpa na morte.

LEVE

- Nenhuma das acima – é definida por exclusão das demais.

DÉCIMA AULA:

FURTO – 155 CP
- Subtrair é tirar de forma clandestina, a res, com o dissenso
de quem de direito.
- Para si ou para outrem é querer a coisa, para que integre o
patrimônio de si ou outrem.
+ Repouso Noturno: varia de local para local. Jurisprudência
exige que o local seja habitado e com pessoas dormindo.

- Primário e Pequeno valor a coisa -> Valor menor que 1 sal.mín.

+ Rompimento ou Destruição de Obstáculo, ele deve ser destruído,


não basta vencer o obstáculo, deve ter violência contra o
obstáculo.

163
+ Abuso de Confiança – não exige relação de emprego, o que não
enseja a qualificadora. Pode haver relação de emprego e não
existir relação de confiança. Deve existir a relação de
confiança que é quebrada.

+ Fraude – o erro é para afastar a vigilância da pessoa, para


que a vítima não perceba a subtração.

=/= Fraude no Furto com Estelionato: No estelionato também tem


fraude, mas a vítima é induzida em erro, ela dá o bem
voluntariamente, sob engano. No furto o erro afasta a
vigilância da vítima que não percebe a subtração da coisa.

+ Escalada – entrada por via anormal, com especial agilidade e


esforço sensível. Ex: muro de 3 metros. Cuidado: escalada não
quer dizer apenas subir, pois, entrada subterrânea também pode
dar escalada.

+ Destreza – especial habilidade, pega bem sem a vítima


perceber, sob vigilância imediata dela. Ex: tirar carteira do
bolso da vítima.

+ Chave Falsa – não precisa de “chave” em espécie, pode ser


qualquer aparato que funcione como se fosse a chave
verdadeira. Deve abrir e não quebrar, senão é rompimento de
obstáculo. OBS.: chave verdadeira não é chave falsa, ainda que
obtida por meio ilícito. Ver jurisprudência sobre cópia.

+ Concurso de 2 ou mais pessoas.

ROUBO – 157 CP

- Reduzir a possibilidade de resistência – roubo impróprio.


- Consuma com a posse mansa e tranqüila da res. TJ e OAB
entendem assim.
- Tribunal Superior é com a mera detenção da coisa, ou seja,
pegou já consumou.

+ Emprego de Arma – deve usar efetivamente a arma.


Arma: faca, de fogo etc.
Arma de brinquedo é brinquedo e não arma. Deve ter poder
vulnerante, que brinquedo não tem.
Roubar com arma de verdade é mais grave, mais perigoso.
Ex: concurso de pessoas com boneco inflável – não dá concurso
porque a pessoa é de brinquedo. Arma é a mesma coisa.

+ Concurso de 2 ou mais pessoas.

+ Transporte de valores e agente sabia da condição e do R$.

+ Manter em seu poder restringindo sua liberdade. Somente quando

164
sua restrição da liberdade for relevante para efetivação do
crime, necessária para o roubo. Se desnecessária é roubo +
seqüestro.

+ Com Resultado Morte – morte dolosa ou culposa, não importa.

ESTELIONATO – 171 CP

Meio de Cheque – emitir cheque sem provisão de fundos, em que o


emitente sabe que não terá fundos, ou frustrar o pagamento do
cheque dolosamente visando não pagar o débito.

- Cheque pré-datado não configura estelionato.


- Deve haver prejuízo para a vítima, senão não há estelionato.
Ex: prostituta que não recebe não dá estelionato. Pode
executar o cheque dado em pagamento, mas estelionato não.

- Se reparar o dano antes do recebimento da denúncia afasta a


relevância penal do fato. No Cheque apenas.

* CHEQUE FALSO OU ASSINATURA FALSA cai no “caput” do artigo e


não no inc. VI, que trata apenas do caso de cheque verdadeiro.

- Competência é o local da agência sacada –> REGRA.


- Se for cheque falso, local que foi passado (caput) -> EXCEÇÃO.

RECEPTAÇÃO – 180 CP

- “Caput” – Simples Dolosa – sabe que é produto de crime.


DOLO DIRETO. (crime comum, qualquer pessoa)
- No exercício de atividade que sabe ou devia saber.
DOLO DIRETO OU EVENTUAL. (só comerciante)
- Não sabe mas foi negligente ou imprudente na aquisição, pois
poderia ter percebido fosse produto de crime. (CULPA) Ex.:
preço muito menor que o de mercado.
ISENÇÃO DE PENA – IMUNIDADES ABSOLUTAS – 181 CP

- Somente para crimes contra o patrimônio.


- Praticados sem violência ou grave ameaça.

a) Cônjuges;
b) Ascendente ou Descendente.
- Vítima não pode ser maior de 60 anos.
- Se for maior de 60 é relevante penal, pune normalmente.

- Não comunica com o co-autor. Outra pessoa que participa do


roubo/furto contra ascendente responde normalmente.

- Cônjuge separados / irmãos / tios e sobrinhos a Ação Penal é


Pública Condicionada.

165
ESTUPRO – 213 CP

- Conjunção Carnal = Pênis e Vagina – total ou parcial.


Simples roçar não é estupro, deve penetrar.

- Mulher pode ser co-autora de estupro normalmente.


- Sujeito passivo deve ser mulher.
- Sujeito ativo deve ser homem e pode ter mulher auxiliando.

ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR – 214 CP

- Ato Libidinoso, diferente da conjunção carnal.


- Qualquer ato que não seja pênis penetrando na vagina.
- Deve haver ato grave contra a liberdade sexual da mulher.
Simples pegar nas nádegas pode não configurar.
- Se não for razoavelmente grave é importunação ofensiva ao
pudor, que é Contravenção Penal.

- Atos menores é absorvido pelo estupro.


Ex.: preparando para estupro comete atentado ao pudor.

ATENÇÃO: ESTUPRO TENTADO A PENA É MENOR QUE ATENTADO VIOLENTO AO


PUDOR CONSUMADO. Melhor que seja estupro tentado.

RESULTADO LESÃO GRAVE OU MORTE – 223 CP

- Deve ser Culposo o resultado. PRETERDOLOSO O CRIME.


- Se for Doloso é Concurso de Crimes – Soma os 2 crimes.

VIOLÊNCIA PRESUMIDA – 224 CP

- Vítima menor de 14 anos – STF diz que a presunção é absoluta.


- Vítima alienada mental e agente sabe dessa condição.
- Não pode oferecer resistência por qualquer causa.
SEDUÇÃO
RAPTO REVOGADOS – Rapto virou seqüestro agora.
ADULTÉRIO

ART.231 – Tráfico INTERNACIONAL de Pessoas.


ART.231-A – Tráfico Interno de Pessoas para PROSTITUIÇÃO.

 Ver os 2 artigos com calma, apenas o texto seco mesmo.


OBS.: Não precisa prostituir-se, basta que tenha essa intenção.

QUADRILHA OU BANDO – 288 CP

- Mínimo 4 pessoas.
- Devem ser crimes indeterminados, vários, não um específico.
- Associação estável e permanente.

166
ART.297 – Falsificação Material.
ART.299 – Ideológica = doc. verdadeiro + informação falsa.
ART.307 – Se atribuir Falsa Identidade.
Para investigação criminal não dá falsa identidade,
pode mentir identidade normalmente. O acusado não é
obrigado a falar nada, nem a verdade.

* DAQUI PARA BAIXO OS CRIMES CAEM SOMENTE O TEXTO SECO DA LEI *

PECULATO – 312 CP

- Tem que se aproveitar da função pública. APROVEITANDO DELA.


- Bem sob custódia do Estado, sob guarda/responsabilidade dele.
- Peculato COMUNICA com co-autor. Ex.: Não funcionário público
que participa do peculato responde também por ele.

CONCUSSÃO – 316 CP

- Funcionário EXIGE vantagem.

CORRUPÇÃO PASSIVA – 317 CP

- SOLICITA ou RECEBE a vantagem.

PREVARICAÇÃO – 319 CP

- Deixa de fazer o que deve para ATENDER INTERESSE PESSOAL.


- Se não for para atender interesse próprio não é crime.

DESACATO – 331 CP

- Deve humilhar o desacatado.


- Sujeito passivo sempre funcionário público.
- NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO ou EM RAZÃO DELA. Ex.: durante o
trabalho ou a humilhação tenha ligação com o trabalho.

 LER TODOS OS TIPOS DE TODOS OS CRIMES CONTRA A


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

167
DIREITO PROCESSUAL PENAL

PRIMEIRA AULA:

AÇÃO PENAL

No silêncio da Lei a Ação Penal é Pública Incondicionada – Regra

Pública – Incondicionada- (Regra) independe de vontade


da vítima, de ofício.
Condicionada..- (147 CP) depende de
representação da vítima,
autorização do repr. Legal
dela, ou até requisição do
Ministro da Justiça em casos
excepcionais.

Na Pública o titular da ação é o MP, que é o autor.

AÇÃO Privada – Propriamente dita- (Exceção) necessário a


PENAL Queixa crime, que é petição
simples da vítima ou repr.
Personalíssima- (Exceção também) onde só a
vítima pode representar,
mais ninguém em seu nome.
(Ex.: 213 CP)

Na Privada o titular da ação é a vítima, autora da


queixa crime. O MP é apenas fiscal da Lei.

Subsidiária - Em que, na ação Pública, o MP não


oferece a denúncia no prazo, pode a
parte suprir a falta do MP, de forma
subsidiária requerer a ação penal.
É exceção da exceção.

SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL NAS AÇÕES PENAIS

- Na Ação Penal Privada, se por exemplo morre o autor


(querelante), ele pode ser substituído por CADI – Cônjuge,
Ascendente, Descendente ou Irmão, que prosseguem na ação.
Isso quer dizer que na Privada, só existe substituição
processual no pólo ativo.

168
- Na forma Personalíssima, em que só a vítima pode requerer a
ação penal pela queixa, não existe substituição processual.

- A Ação Penal Pública Subsidiária, é assim chamada porque, a


princípio era para ser Pública, mas o MP perde o prazo para
oferecer a denúncia (5d. réu preso / 15d. réu solto), ou não
oferece porque repudia a queixa. Neste caso a vítima ou repr.
legal faz a QUEIXA, transformando em Ação Penal Privada.

O prazo para essa Queixa é o mesmo da Queixa da Ação Penal


Privada, ou seja, 6 meses, contados do dia em que esgotou o
prazo para o MP.

REPRESENTAÇÃO

Prazo: é de 6 meses a partir do conhecimento da autoria do


crime, e não da data do crime. Dia que descobrir o autor.

Começa a contar o prazo apenas a partir de quando a vítima puder


exercer o direito, ou seja, 18 anos de idade. Antes disso não
começa a contar o prazo de 6 meses. Quando completar 18 anos que
pode exercer o direito de representação, aí começa o prazo de 6
meses correr. Porém, deve-se observar a prescrição do crime que
já está correndo, pois a prescrição do crime nunca pára.
A quem representar? Para Autoridade Policial, Promotor ou direto
com o Juiz.

Quem pode representar? A própria vítima ou seu repres. legal.


O CPP fala que menor de 18 anos tem que ser o seu representante.

De acordo com o CC de 2002, após os 18 anos só a vítima pode


representar, o seu repres. legal não pode mais. Antes podia até
os 21, agora acabou. (é interpretação, não é lei penal que fala)

A lei penal fala que até os 21 pode a vítima e o repres. legal,


que o prazo corre para cada um. E que a vítima maior de 21 anos
só ela pode representar, repres. legal não.

Se o repres. for contra o representado (vítima), ou seja, a


vítima quer reclamar e o repr. não, o juiz nomeia Curador
Especial que representará a vítima menor neste ato.

Forma: a representação não tem forma, pode ser até oral.

Retratação: significa retirar a queixa. É possível antes do


oferecimento da denúncia.
Se retirada a queixa e se arrepender pode representar novamente,
desde que ainda esteja dentro do prazo. (é a retratação da
retratação).

169
REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA

O Ministro da Justiça pode autorizar o MP a oferecer a denúncia


em Ação Penal Pública Condicionada. Ele requisita ao MP.
A Lei é omissa nesse sentido, mas alguns preceitos da
representação são aplicados por analogia.

Na Ação Penal Pública Condicionada ou na Privada, mesmo com a


Representação da vítima ou repr. legal ou com Requisição do
Ministro da Justiça o MP não é obrigado a propor a ação.

Na ação penal Pública Incondicionada o MP não pode renunciar a


Ação Penal.

Na Ação Penal Privada o Réu é QUERELADO.


O Autor VÍTIMA ou REPR. LEGAL são QUERELANTE.

A petição inicial da Ação Penal Privada chama-se QUEIXA-CRIME.

PRINCÍPIOS

Oportunidade ou Conveniência – a ação penal só será iniciada com


anuência da vítima ou repr. legal, que têm a faculdade de
queixar-se, segundo sua conveniência.

Disponibilidade – a vítima dispõe da ação, pois é a titular


dela, pode entrar como não entrar, e pode desistir dela como
pode não desistir, pois lhe é disponível. (Desistência 60 CPP)

Esse princípio existe apenas para a Ação Penal Privada, porque


nas demais, Pública, ocorre o Princ. da Indisponibilidade, pois
se a Ação era do MP, seu titular, a vítima não pode dispor.

Indivisibilidade – a vítima (querelante) não pode escolher qual


réu ela se queixa ou perdoa. Tem que ser todos ou nenhum deles.

O réu aceitou – extingue.


Se 2 réus e 1 não aceita – continua a ação penal contra ele.

PERDÃO

Só pode ocorrer o perdão da vítima (querelante) ao autor do


crime (querelado) na Ação Penal Privada. Mas depende de
aceitação do querelado.

O perdão pode ser oferecido até o trânsito em julgado da ação.

SEGUNDA AULA:

INQUÉRITO POLICIAL
É justa causa, condição para iniciar a Ação Penal.

170
Justa Causa = Materialidade do Delito Suspeita
+ razoável ou
Indícios da Autoria Início de prova.

IP é: Investigativo – óbvio
Prévio da A.P. - óbvio
Administrativo – não é jurisdicional – não é processo – é
procedimento.
Presidente é a autoridade de polícia
judiciária.
Civil ou Federal – De ofício ou
ofendido.

Destinatário do IP: DIRETO – Pública – MP Titular


Privada – Ofendido da Ação.

INDIRETO – O juiz. Recebe ou rejeita a


denúncia.

CARACTERÍSTICAS DO IP

PRINCÍPIO INQUISITIVO – Não é judicial – não tem contraditório.


Tem discricionariedade o delpol, art.6º
CPP – VER artigo.

OBRIGATORIEDADE – Em relação ao delpol – toma conhecimento


do delito e deve investigar, faz IP.

INDISPONÍVEL - Relação do IP com o delpol. – Ele não


pode encerrar, arquivar o IP – Só o juiz
pode, a pedido do MP.

DISPENSÁVEL - Pode ter um processo que não foi baseado


em um IP. Se houver materialidade e
indícios não precisa do IP, seria atoa.
Ex.: Casos de sonegação, não precisa.

ESCRITO - Art. 9º CPP. Todas as peças devem ser


escritas e assinadas pela autoridade.

POSSIBILIDADE DE SER - Art.20 CPP – o delpol pode decretar o


SIGILOSO segredo do IP, quando necessário à
elucidação do fato ou exigido pela
sociedade.
Para o advogado não há sigilo no IP.
Para Juiz, Promotor e Vítima também não.
Art.7º, XIV do EOAB.

171
COMO SE INSTAURA O IP?

PÚBLICA 1- De ofício (portaria)


INCONDICIONADA 2- Prisão em flagrante (pelo seu auto).
(REGRA) Exceção: na lei 9099 (menor pot. ofensivo)
o ofendido não tem flagrante se se
comprometer a comparecer no fórum, não tem
nem IP, faz apenas Termo Circunstanciado.
3- Requisição do MP ou Juiz – ordem – Ex.: no
caso de falso testemunho/perícia.
4- Requerimento da vítima – pedido – formal.

PÚBLICA Tem condição – a representação do ofendido -


CONDICIONADA depende de sua vontade. A falta de repres.
extingue a punibilidade pela decadência.

PRIVADA Titular é a vítima que pede para instaurar IP.


Requerimento da vítima e a própria distribui a
queixa-crime.

PRAZO DE DURAÇÃO DO IP

ACUSADO SOLTO – 30 d. prorrogável infinitas vezes sem prescrever


o crime.
ACUSADO PRESO – 10 d. prazo peremptório – definitivo – se preso
pode prorrogar o prazo, mas tem que
soltar o preso. Se ultrapassar o prazo
cabe relaxamento do flagrante que passa a
se tornar ilegal.

EXCEÇÃO: FEDERAL – SOLTO – O prazo é igual, 30 dias,


prorrogável por 2 vezes apenas.
FEDERAL – PRESO – O prazo de 15 dias, prorrogável 1
vez por até mais 15, no máximo o total de 30 dias.

EXCEÇÃO: Lei 6368/76 – Prazo igual SOLTO, 30 dias.


DROGAS Prazo para PRESO é 05 dias.

Art.12, 13 e 14 tem PRAZO EM DOBRO – 10 d. para PRESO.

• Terminado o prazo deve encerrar as investigações, não o IP,


redigindo o RELATÓRIO – quando nada mais a fazer.
• O Relatório vai descrever o conteúdo do IP, não podendo ter
juízo de valor, é apenas descritivo.
• NO IP NÃO EXISTE NULIDADE.

172
* Terminado pelo Relatório vai ao fórum – vara criminal.
* Juiz verifica se é pública ou privada para ver procedimento.
Se PÚBLICA – Vista ao MP para requerer ou oferecer denúncia;
Se PRIVADA – VÍTIMA – aguarda manifestação da vítima em
cartório, ou entrega traslado à vítima e abre prazo para
oferecer a QUEIXA. 06 meses para começar o processo, caso não
faça extingue a punibilidade pela decadência.

O MP pode tomar os seguintes procedimentos: hipóteses:

1. Oferece denúncia – quando existem condições da ação:


a)legitimidade da parte;
b)interesse de agir;
c)possibilidade jurídica do pedido;
d)justa causa; e
e)se condicionada a sua representação.

2. Pede arquivamento – quando não tem condições da ação.


Insanáveis, pois se sanáveis deve
requerer diligências para buscar
suprir.

3. Pede diligências – para sanar as faltas sanáveis,


complementares – pela quota
ministerial.

4. Conflito de atribuições – não é previsto, mas ocorre quando


na comarca há promotor especializado.
Ex.: especialista só para júri.

OFERECIMENTO DA DENÚNCIA ou QUEIXA

O juiz decide se recebe ou rejeita a denúncia.

RECEBER – instaurou a ação, era denunciado passa para acusado.


Denúncia formalmente em ordem. Cabe HC trancar ação.
Denúncia materialmente em ordem – condições da ação.

REJEITAR – Se não constituiu crime, ou seja, falta possibilidade


Art.43 jurídica do pedido.
Se extinta a punibilidade pela prescrição.
Legitimidade etc. – condições.

Art.41 CPP – MATERIALIDADE DA DENÚNCIA

1º Qualificação do indivíduo – basta individualizar;


2º Capitulação do crime – pode ser mudada depois;
3º Narração minuciosa dos fatos – possibilita defesa;
4º Rol de testemunhas – pois é uma petição inicial;

173
5º Procuração com poderes especiais – para Queixa.
* Se rejeitar denúncia ou queixa – Recurso em Sentido Estrito.
* Para decisão que recebe não cabe recurso = pode caber HC para
trancar a ação penal.

PEDIDO DE ARQUIVAMENTO PELO MP

- Juiz concorda e determina o arquivamento. Exceção: art.18 –


polícia pode continuar em pesquisas para novas provas.
- A decisão que arquivou o IP é irrecorrível.
- Se o juiz atravessar o promotor e arquivar direto, sem vista
ao MP, cabe Correição Parcial.
- Quando o juiz não concorda com o MP no pedido de arquivamento,
remete ao Procurador Geral da Justiça, ou Procurador Geral da
República (caso Federal), art.28.
- O Procurador Geral decide. Se concordar com o arquivamento ele
insiste e o juiz está obrigado a arquivar.
- Se o Procurador não concordar com o arquivamento pedido pelo
Promotor, pode ele mesmo denunciar ou nomear outro Promotor
para fazê-lo.
- Este outro Promotor não pode ser o mesmo que pediu o
arquivamento.
- Este outro Promotor deve denunciar obrigatoriamente, pois atua
por delegação, que o vincula.

TERCEIRA AULA:

COMPETÊNCIA

JUSTIÇA COMUM: FEDERAL – 109, CF.


ESTADUAL – Residual – o que não é federal nem
Eleitoral ou Militar, é Estadual
Comum. O que sobra da Especial.

JUSTIÇA ESPECIAL: ELEITORAL – tudo eleitoral e seus conexos


(vis atractiva), cíveis e crime.
MILITAR – exclusive de crimes militares
TRABALHO – especial, porém não julga crime.

2º GRAU -> FEDERAL TRF


2º GRAU -> ESTADUAL TJ ACIMA DOS 2 É STJ (comum)

174
STF
|
STJ

TRF TJ
| |
FEDERAL ESTADUAL

STF
|
TSE STM TST
| | |
ELEITORAL MILITAR TRABALHO

-> Para cada justiça tem um tribunal superior – “S” de superior.


-> Tudo que é Supremo é superior aos superiores.

1º - Vê se é ESPECIAL (Eleitoral, Militar), se não vai para 2º;


2º - Vê se é FEDERAL – se não vai para 3º;
3º - Só pode ser COMUM ESTADUAL então – residual (sobrou).

COMPETÊNCIA FEDERAL ou ESTADUAL:

• JUSTIÇA COMUM FEDERAL:

- Infração penal contra BIS (Bens, Interesses


Art.109, IV, CF e Serviços da União).
+ - Entidades Autárquicas (Federal ou Estadual)
Súmula 42 STJ e mais as Fundações Públicas.
CAI* - Contra BIS de Empresas Públicas Federais.
Direito privado, espécie de Empr. Estatal.

Empresa Pública = Capital integral público federal 100%.


Forma livre.
Soc. Econ. Mista = Capital público federal + privado.
Sempre S/A – Justiça Estadual.

Ex.: BB S/A
Petrobrás S/A Estadual

CEF * EXCETO CONTRAVENÇÕES


ECT Federal PENAIS. NUNCA COMPETE
À FEDERAL. AINDA QUE
AFETE O BIS DA UNIÃO.

Art.109, IX, CF. – Crimes: Aeronaves


+ Súm. 38 STJ Embarcações FEDERAL

175
• Contravençao em Aeronave ou Embarcação não é Federal.

Art.109, IV, CF. – Crimes: Contrabando Suprime tributo


+ Súm. 151 STJ Descaminho federal – FEDERAL

CRIMES PRATICADOS SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL COMPET.


CONTRA ou POR: (Serviços ou Interesses União) FEDERAL

• Se houver nexo funcional vai para justiça federal.


• Deve haver nexo com sua função – no exercício ou em razão
dele, o cometimento do crime. Súm. 147 STJ, 254 TFR/TRF.

Art.109, V, CF. Tratado ou Convenção internacional. +


+ Súm. 522 STF Execução do crime iniciada em um país e
consumada em outro. (crimes a distância, de
espaço máximo ou que transcendem fronteiras).
Ex.: tráfico internacional – FEDERAL.

1ª – Qual a justiça? – Especial / Federal / Comum.


2ª – Nesta justiça, que grau? – Ex: Compet. Prerrog. de Função.
Primeiro Grau é REGRA.
Segundo Grau é EXCEÇÃO (Prerrogativa de Função).

- Juiz / Promotor................... = TJ que é subordinado;


- Governador........................ = STJ
- Presidente. Dep. Federal / Senador = STF

3ª – Onde? Comarca? – Competência territorial.


REGRA 70 CPP.

Lugar do Crime – Teoria da Ubigüidade


Tempo do Crime – Teoria da Atividade Lembrar: L U T A

CPP adotou a Teoria do Resultado, onde se consumou, pois é


onde estão os vestígios, facilita produção de provas.

 Não conhecido o lugar da consumação


Subsidiariamente – Domicílio do Réu (72, CPP).
Facilita sua defesa no processo.
Se o crime não for consumado será o do último ato de
execução.

 Crimes de Ação Penal Privada (Queixa Crime)


A.P. Privada o foro é optativo – vítima escolhe.
Consumação ou Domicílio do Réu.

4ª – Qual juízo? Vara? Se mais de 1 existir.

Ex.: Cível e Crime, ou Crime e Crime do Júri, etc.

176
COMPETÊNCIA TERRITORIAL EM CRIME CONTINUADO -> CAI*

Ex.: 4 Roubos da mesma espécie.


4 Comarcas diferentes consumadas.
Qual julga? – Art.71 CPP.
JULGARÁ O JUÍZO PREVENTO – Aquele que primeiro despachou.

PROVAS

OBSERVAÇÃO: O rol contido no CPP não é taxativo. Pcp da Verdade


Real.

1 – PROVA PERICIAL – 159 CPP.

- Peritos oficiais (concursados).


- Não havendo oficial o juiz nomeia os não oficiais (louvados),
sendo pessoas idôneas.
- Deve ter no mínimo 2 peritos para fazer o laudo.
- O laudo fito por um perito causa nulidade relativa, devendo
ser provado o prejuízo.
- Não vincula o juiz. Pcp do livre convencimento. Art. 157, CPP.

O que é Corpo de Delito: SÃO OS VESTÍGIOS DEIXADOS PELO CRIME.

Exame de Corpo de Delito: É diferente na sua finalidade, visa


provar a materialidade / existência do crime, senão não é exame
de corpo de delito. CORPO = VESTÍGIO.

Necroscópico: Corpo delito – prova existência do crime.


Digital Arma: Geral – não prova existência do crime, mas
tenta provar autoria.

 Art.158 CPP – Corpo Delito – INDISPENSÁVEL.

 Outros exames podem ser dispensados. Base mínima para


denunciar deve ter prova da materialidade e indícios
suficientes da autoria = Por isso corpo delito é
indispensável – prova materialidade.

 Quando impossível – não há vestígios por exemplo – prova


testemunhal pode suprir. Art.167, CPP, em última hipótese.
Não é opção.

 O depoimento permite concluir pela existência, embora


alguns casos não se conclui.

 Sem vestígios e sem testemunhas:


-Confissão da pessoa, ainda que detalhadamente, não supre.
-A confissão não supre nada. Art.158, parte final.
-Não é prova segura suficiente para condenar.

177
INTERROGATÓRIO DO ACUSADO

Natureza jurídica = Mista ou Híbrida – Dúplice.


Porque é meio de defesa e meio de prova.

Defesa Técnica Auto Defesa


(advogado) (pessoal)

LEI 10.792/03 Modificou Interrogatório -> CAI*

Arts. 185 a 196, CPP.

1) 185 – obrigatória presença do advogado. Senão gera nulidade.

2) 185, $2º - direito de entrevista entre acusado e advogado,


prévio, permite interação das defesas.

3) 188 – advogado não podia intervir, era ato privativo do juiz


o interrogatório. Hoje as partes podem formular as
reperguntas. Não havia contraditório, hoje sim.

4) pode o acusado permanecer em silêncio: Não sendo interpretado


contra o réu.

5) ATENÇÃO: NÃO É POSSÍVEL O INTERROGATÓRIO À DISTÂNCIA.

6) É possível o interrogatório na prisão.

7) O réu pode ser interrogado quantas vezes forem necessárias,


até o trânsito em julgado. (art. 196, CPP).

CONFISSÃO

Características:

a) não é a rainhas das provas;


b) é divisível, podendo ser aproveitado parte dela;
c) é retratável.

DECLARAÇÕES DO OFENDIDO

O ofendido é o titular do bem jurídico lesado.

As declarações do ofendido é DISPENSÁVEL. Ex: no crime de


homicídio não existe nem ofendido mais.

178
TESTEMUNHAL

Quem pode ser testemunha: toda pessoa pode ser testemunha. Art.
202 do CPP.

Características:

a) oralidade;
b) restrospectividade;
c) objtividade.

REGRA: a testemunha tem o dever de depor. (art. 206)

Dispensadas de depor: parentes do réu, inclusive afins. (art.


206, parte final).

Proibidas de depor: quem deve guardar sigilo profissional, SALVO


se desobrigada pelo acusado.

QUARTA AULA:

ACAREAÇÃO – 229 CPP

- Durante o IP ou processo.
- Duas ou mais pessoas.
- Pode ser de todos contra todos.
- Quando houver divergência relevante sobre fatos e
circunstâncias.
- É judicial ou administrativo – no processo ou inquérito.
- Com testemunha é mais problemático:
Art.203 – Termo de compromisso.

Art.208 – Não são testemunhas.

a) Doente ou Deficiente Mental;


b) Menor de 14 anos;
c) Ascendente / Descendente / Cônjuge / Irmão / Filho adotivo
d) Art.207 – PROIBIDAS:
a) Segredo profissional, sigilo (EOAB veda ao advogado)
Salvo desobrigação da parte. Advogado pode recusar.

INTERROGATÓRIO = Réu. Quem arrolou é que


DEPOIMENTO = Testemunha. pergunta primeiro.
DECLARAÇÕES = Vítima ou Informantes. Se for testemunha
do juízo é o MP 1º.

OBS.: DOCUMENTO É QUALQUER ESCRITO.

-> Momento de pedir provas = Acusação – inicial, denúncia.


Defesa - defesa prévia.

179
DOCUMENTAL

Pode juntar documento em qualquer fase do processo, até o


trânsito em julgado. SALVO:

EXCEÇÕES:

OBS.: NO PROCESSO PENAL PODE JUNTAR DOCUMENTOS A QUALQUER


MOMENTO, ANTES DA SENTENÇA, SALVO RITO DO JÚRI.
Nas alegações finais de pronúncia não junta mais.
Não pode apresentar documentos novos no plenário.
Pode juntar até 3 dias antes do plenário, para contrariar.
Pelo direito do contraditório do docto., pode ser falso.

RECONHECIMENTO

O que pode ser reconhecido:

a) pessoas;
b) coisas.

Rol exemplificativo.

BUSCA E APREENSÃO

Tipos:

a) pessoal: não precisa de mandado judicial. Obs: mulher deve


ser dado busca preferencialmente por outra mulher, SALVO,
se a situação não permitir e o caso for de urgência.
b) domiciliar: precisa de mandado judicial.

OBS: O mandado judicial só poderá ser cumprido de 06:00 as


18:00hs.

PRISÃO E LIBERDADE

CÍVIL = Depositário Infiel;


Inadimplemento Pensão Alimentícia.

PENAL = Pena, execução de pena privativa de liberdade.

PROCESSUAL = Ocorre da data do fato até o trânsito da sentença.


Tem caráter provisório – SEMPRE – Cautelar.
(fumus boni juris e periculum in mora).

REGRA : Indivíduo permaneça solto, em liberdade no processo.


EXCEÇÃO: Prisão no processo é exceção.

180
PRISÕES PROCESSUAIS:

a) Flagrante;
b) Preventiva;
c) Temporária;
d) Decorrente da Sentença de Pronúncia;
e) Decorrente de Sentença Condenatória Recorrível.

Quem Se apresenta espontaneamente não pode ser preso em


flagrante, pois não se enquadra nas hipóteses do art. 302.

A) FLAGRANTE: 302 CPP

1º - Próprio ou Real: = I e II = Mais próximo.


2º - Impróprio ou Quase Flagr: = III = Perseguição ininterrupta.
3º - Ficto ou Presumido: = IV = Mais distante, encontrado.

Obrigatório
Facultativo
Preparado
Esperado
Retardado / Diferido / Prorrogado.
Forjado

OBRIGATÓRIO: É aquele realizado pela autoridade policial e seus


agentes (DEVER).

FACULTATIVO: É aquele que é feito por qualquer pessoa do povo.


(PODE)

PREPARADO: Interação entre o agente com policial de modo


subjetivo que influencia. Não pode porque seria
impossível a consumação. Analisar esta
impossibilidade. É IRREGULAR, pois a autoridade induz
o agente a praticar o crime. A maioria da doutrina
entende ser irregular por se tratar de CRIME
IMPOSSÍVEL.
ESPERADO : Polícia arma tocaia, mas não interage com o agente,
apenas espera o delito ocorrer para dar a prisão.
Pode normal. Quando há denúncia anônima, p. ex. Este
é REGULAR.

RETARDADO OU PRORROGADO: Lei 9034/95. Poderia prender o agente


porque já tinha elementos, mas não faz para continuar
vigiando para ter mais êxito. Pode normal. Em geral é
para pegar a quadrilha toda. Está previsto também na
Lei de Drogas.

FORJADO : Não pode existir. Quando polícia planta prova


Inexistente, para tornar lícita a diligência.

181
AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE:

Art.304 – Tem: Histórico


Ouve pessoas
Ouve acusado

* Em 24 horas o DelPol deve: JUIZ: Ratificar o flagrante. O


delpol informa o juiz da
Não feito isso o juiz prisão para verificar sua
deve relaxar a prisão. legalidade.

PRESO: Informa os motivos de sua


prisão pela nota de culpa.

Serão ouvidos:

a) condutor;
b) testemunhas;
c) interrogatório do acusado (PODE PERMANECER EM SILÊNCIO)
d) Nota de culpa: informação de quem o pendeu e porque o
prendeu.

MUITA ATENÇÃO: Se o preso não indicar o nome de seu advogado,


deverá a autoridade policial imediatamente informar à Defensoria
Pública.

O JUIZ ANALISA: VÍCIOS: Flagrante em ordem. Problemas formais.


Se houver deve relaxar na hora. Ilegal.
MÉRITO: Ver se merece ficar preso, a
necessidade da custódia, art.310, se
cabe liberdade provisória, se não
presentes os requisitos do art.312.
Problema mérito – Liberdade Provisória.

AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA Para manter o flagrante deve


AÇÃO PENAL PRIVADA haver representação para
( Mas flagrante pode normal ) validar. Senão é ilegal.

LEI 9.099/95 – Faz TC – DelPol pergunta ao autor/acusado se ele


se compromete a comparecer no juízo.
SIM – Liberado.
NÃO – Fica no flagrante.

LIMITE DE DISCRICIONARIEDADE DO DELEGADO DE POLÍCIA:

- Tem certo limite.


- Não pode deixar de praticar ato por achar que é melhor.

182
- Não pode fazer pré-julgamento de mérito.
- Limite de prevaricação.
- Existe margem mínima de discricionariedade.
Ex.: - Pode arbitrar fiança em determinados casos.
- Havendo excludente clara não mantém o autor preso.

B) PRISÃO PREVENTIVA: 311 a 316 CPP

- Cabe em crimes dolosos: NÃO EM CRIME CULPOSO;


NÃO EM CONTRAVENÇÃO.

Os crimes, além de serem dolosos, devem ter como penas a


RECLUSÃO.

Requisitos: 312

d) fumus boni iuris: prova da materialidade + indícios


de autoria;
e) periculum in mora: as previsões abaixo: a) garantia
da ordem pública; b) ordem econômica; c)
conveniência da instrução criminal; d) garantir a
aplicação da lei penal.

a) Ordem Pública: todo crime atenta, mais ou menos causar


clamor.
b) Ordem Econômica: contra o sistema financeiro.
c) Garantia da Aplicação da Pena: possibilidade de fuga do réu.
d) Conveniência da Instrução Criminal: pode atrapalhar a marcha.

- Pode existir durante o IP ou na Ação Penal.


- Decretada pelo juiz: OFÍCIO (na temporária não pode)
Requisição do MP
Representação da Autoridade Policial

Pedida ao Juiz = Ele diz SIM -> cabe H.C.


Ele diz NÃO -> cabe RESE.

OBSERVAÇÃO: Quando existir uma causa excludente de ilicitude,


não cabe Prisão Preventiva.

C) PRISÃO TEMPORÁRIA: não prevista no CPP (Lei 7960/89 (prisão


para investigação).

Finalidade: garantir a investigação criminal (Inquérito


Policial).
- Quem decreta é o juiz. CUIDADO: NÃO PODE SER DE OFÍCIO.
- Só existe durante o IP.
- Tempo de 5 dias, prorrogável por mais 5 dias. (não é 10)
- Hediondo é 30 dias, prorrogável por mais 30 dias. (não é 60)
- Não pode de ofício o juiz – art.2º - omisso quanto à isso.

183
Hipóteses de cabimento: art.1º, I, II, III.

I – Imprescindível para investigações no IP.


II – Não tem residência fixa ou há dúvida sobre sua identidade.
III – Rol de delitos – “a” até “o” do artigo. Só cabe dentro
desse rol, fora dele não existe, é TAXATIVO, sine qua non.

OBS.: Deverá ser sempre: III + I ou Porque o III deverá


III + II existir sempre.

Se não for caso dos crimes previstos no inciso III, ainda que o
acusado preencha os outros dois requisitos, não poderá ficar
preso ou ser preso.

D) DECORRENTE DE PRONÚNCIA (ART. 408, § 2º, CPP)

Cabimento:

- Quando existir prova da materialidade + indícios de autoria.


***Se for pronunciado deve se recolher à prisão, SALVO, se for:

a) primário;
b) bons antecedentes.

A DOUTRINA MAIS ATUALIZADA TEM ENTENDIDO QUE:

*PARA FICAR PRESO DEPOIS DA PRONÚNCIA, DEVEM ESTAR


PRESENTES OS REQUISITOS DA PRISÃ PREVENTIVA. CASO NÃO ESTEJAM,
DEVE O ACUSADO SER COLOCADO EM LIBERDADE.

E) DECORRENTE DE SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA RECORRÍVEL (ART.594


DO CPP)

***Se for condenado em sentença penal recorrível, deve se


recolher à prisão para que possa recorrer, SALVO, se for:

a) primário;
b) bons antecedentes.

A DOUTRINA MAIS ATUALIZADA TEM ENTENDIDO QUE:

*PARA FICAR PRESO DEPOIS DA PRONÚNCIA, DEVEM ESTAR


PRESENTES OS REQUISITOS DA PRISÃ PREVENTIVA. CASO NÃO ESTEJAM,
DEVE O ACUSADO SER COLOCADO EM LIBERDADE.

184
QUINTA AULA:

LIBERDADE PROVISÓRIA

É o direito de ser processado em liberdade.

- Para prisão em flagrante – relaxamento ou liberdade


provisória;
- Para prisão preventiva e temporária = cabe revogação da
prisão.

Flagrante: Vício
Excesso de prazo Relaxamento  Liberdade
Auto tudo ok  Liberdade provisória

2 tipos de liberdade provisória

COM FIANÇA: Na delpol arbitra e já sai livre.

Competência para arbitrar:

a) Juiz em qualquer caso que a lei permite, inclusive se o crime


é punido com RECLUSÃO.

b) Autoridade Policial: em caso de crime punido com prisão


simples ou detenção.

OBS: 323 CPP quais não admite fiança.

I – reclusão pena mínima maior que 2 anos;


II – contravenções dos arts. 59 e 60 LCP;
III – réu reincidente em crime doloso;
IV – prova no processo que o réu é vadio;
V – crime doloso praticado com violência ou grave
ameaça a pessoa, ou que provoque clamor público;
(em concurso material de crimes soma-se as penas
para efeito de concessão de fiança)
( Pena mínima até 2 anos cabe fiança )
( primário em crime doloso tb cabe )

Detenção – delpol arbitra


Reclusão – só juiz arbitra

Valor = terminou processo devolve – é caução.


(dinheiro, pedras, título da dívida pública)

QUEBRA, PERDA E DEVOLUÇÃO:

Quebra: descumpre deveres impostos – recolhe à prisão / não tem


mais fiança / metade do dinheiro vai para o fundo penitenciário.

185
Perda: condenado e não se apresenta à prisão – perde tudo.

Devolução: sempre quando termina o processo devolve o valor.

ROL DE CRIMES INAFIANÇÁVEIS:

a) racismo;
b) hediondo. OBS: SEM FIANÇA PODE.
c) GRUPOS ARMADOS CONTRA Estado democrático.
d) Crimes cuja pena mínima excede 2 anos.

SEM FIANÇA: (direito de sair sem recolher fiança)

Hipóteses (art. 310 CPP)

1. excludente de ilicitude;
2. não estão presentes as condições da Prisão Preventiva.

Deve antes ouvir o MP

- Tenta Liberdade Provisória (quando não dá com fiança)


- Tenta Sem Fiança
- Se livra solto (expressão acabou com Lei 9099/95).
- Punido com multa apenas (menor potencial) – Sem fiança.
- Pena máxima de 3 meses – Sem fiança.
- Delpol verifica que o crime foi praticado conforme art.23 CP.

• Em Concurso Material = soma pena mínima.


• Em Concurso Formal = levar em conta o aumento de pena +
pena mínima do crime mais grave.

NOVIDADE: CRIMES HEDIONDOS TEM DIREITO À LIBERDADE PROVISÓRIA


SEM FIANÇA. Lei 8.072/90, dom redação da Lei 11.464/07.
LIBERDADE PROVISÓRIA COM FIANÇA NÃO CABE.

SEXTA AULA:

PROCEDIMENTOS = RITOS

COMUM: ORDINÁRIO = Reclusão Lei que determina


SUMÁRIO = Detenção qual rito usar.
SUMARÍSSIMO – Lei 9.099

ESPECIAL: Júri
Contra a Honra
Por Funcionário Público
Drogas, etc...

186
Para saber qual - É sumaríssimo? – ainda que haja especial.
rito, pergunta-se: - É especial?
- É crime de detenção, não. Então Ordinário

SUMARÍSSIMO: - Lei 9.099/95.

- Infrações de menor potencial ofensivo, que são:

. Todas contravenções;
. Todos crimes com pena máxima até 2 anos.

- A Lei 9.099/95 inovou em 3 pontos:

. Art.88 – lesão corporal culposa – A.P. Públ. Condicionada.


- lesão corporal dolosa leve – Públ. Condicionada.
. Art.89 – trouxe suspensão condicional do processo.
. Total - criou o rito sumaríssimo.

- Art.89 – Susp. Cond. do Proc. pode em qualquer rito, é


inovação da lei 9.099 mas não se aplica somente a ela.
“sursis processual”

REQUISITOS: - Qualquer crime pena mínima até 2 ano;


- Primário e não respondendo por outro processo.
- Qualquer crime, lei 9.099 ou não.

ATENÇÃO: é diferente da Susp. Cond. da Pena – art.77 CP.

PRINCÍPIOS NO SUMARÍSSIMO:
- Oralidade: atos são realizados oralmente, porém documentados.
- Celeridade: tudo resolvido em uma única audiência, rápido.
- Informalidade: pouco rigorismo formal para ganhar tempo.

FASE POLICIAL:
- Não tem flagrante – faz TC, que substitui o flagrante.
- Se recusar a assinar o compromisso faz flagrante normal.
- Em REGRA não tem IP, mas casos complexos, se precisar tem.
- Encaminhado para o JECrim.

FASE JUDICIAL:

1º - AUDIÊNCIA PRELIMINAR – antes da denúncia – art.72

Composição civil – acordo – A.P.Privada = renúncia.


A.P.Públ.Cond. = ext. punibil.

Transação penal - acordo – Aplica pena não privat. liberd.


restrit. de direitos ou multa.
Extingue a punibilidade. O JUIZ
NÃO PODE PROPOR A TRANSAÇÃO PENAL DE OFÍCIO.

187
• Não cumprindo o acordo a lei não fala nada. 3 correntes:

- converte privat. liberd. – Corrente do MP.


- segue ação que foi suspensa – Corrente lógica.
- executa no cível obrigação de fazer – Corrente da OAB.

• Não aceitando transação penal o MP oferece denúncia oral.

2º - AUDIÊNCIA INSTRUÇÃO, DEBATES E JULGAMENTO.

- 1º Juízo de admissibilidade, juiz vê se recebe denúncia.


- 2º Defesa rebate a denúncia.
- Ouve testemunhas – acusação e defesa (3 ou 5 cada lado).
- Interrogatório do réu.
- Debates (MP 20 min. / defesa 20 min.) prorrog. + 10 min.
Não faz memoriais, ofende o princ. da oralidade.
- Sentença em audiência – dispensa relatório.
- Cabe apelação da Lei 9.099/95 – ver seu prazo.

OBS.: RECURSOS

CPP 9.099 LEI IMPRENSA

Recebe a Ñ Ñ RESE
Denúncia SÓ HC SÓ HC DO CPP

Rejeita a RESE APELAÇÃO APELAÇÃO


Denúncia 43 DO CPP LEI 9.099 DO CPP

- Recurso vai para Turma ou Colégio Recursal.


- São 3 juízes de 1º grau reunidos.
- HC contra Colégio Recursal vai DIRETO AO STF porque Col. Rec.
é 2ª instância interna, senão até chegar para STF teria 5
instâncias (excesso).

Três são os ritos em que a defesa se manifesta antes do


recebimento da denúncia:

a) Sumaríssimo;
b) Lei de Drogas.
c) Crimes funcionais afiancávesi.

ORDINÁRIO: - Crimes de Reclusão.

- Denúncia – Solto 15 dias / Preso 05 dias.


- Queixa - 6 meses
- Nr testemunhas: 8 SUMÁRIO: 5

O MP pode pedir a absolvição do acusado, pois atua também como


custos legis.

188
HÁ SUSPENSÃO DO PROCESSO – Art.366 CPP, quando o acusado:

a) se oculta;
b) tem qualificação incerta;
c) está em local inacessível;
d) está em L.I.N.S.

- Não existe citação por hora certa no Proc. Penal.


- Não existe citação pelo correio no Proc. Penal.
- ASSIM, FAZ EDITAL.

- Juiz recebe ou não a denúncia.


- Cita o Réu para interrogatório – só por mandado – por oficial.
- Depois interrogatório a Defesa Prévia – arrola testem. – 3 d.
- Audiência ouve testemunhas acusação 20d. preso / 40d. solto.
- Audiência ouve testemunhas defesa até 8 testemunhas cada.
- Fase do 499 – diligências complementares – 24 horas de prazo.
. Tem que intimar e abrir prazo. Geralmente se desiste antes.
- Fase do 500 – Alegações Finais – 3 dias cada parte.
. É diferente do procedimento do júri.
. Não apresentou aleg. finais, NÃO JULGA, falta defesa, juiz
nomeia um defensor dativo.
- Sentença em até 10 dias.

SÉTIMA AULA:

SENTENÇA

CONDENATÓRIA = impõe pena.

ABSOLUTÓRIA = não impõe pena.


ABSOLUTÓRIA IMPRÓPRIA = impõe medida de segurança – não é pena.

EXTINTIVA DA PUNIBILIDADE = 107 CP – Lei 11106/05*.


- Tem o mérito prejudicado, nem chega analisar mérito.
- Extint. da Punibil. cabe RESE.
- Absolvição Sumária do Júri, cabe RESE, 411 CPP.

SENTENÇA: Ementatio libelli, 383 CPP. Ver e entender.


Mutatio libelli, 384 CPP.

- Princípio da Correlação entre Acusação e Sentença.

Assim, a sentença deve guardar paridade com a denúncia, onde o


promotor faz seu pedido. Se o pedido é um, não pode o juiz
condenar em outro, diferente do que pede o promotor. Deve
sempre guardar consonância.

- Sentença não pode ser ULTRA PETITA – a mais.


- Sentença não pode ser CITRA PETITA – a menos.

189
DENÚNCIA SENTENÇA

Fatos, Fatos,
Tipo Troca
Penal Tipo

155, §4º Art.171


Fraude estelionato

• 383, pode trocar tipo penal – emendatio libelli.

DENÚNCIA SENTENÇA

Fatos, Fatos
Tipo | | | Novos
Penal =/=
Fato inédito
“ X ” surge fora juiz pode
da denúncia conhecer.

• 384, MP adita denúncia – mutatio libelli.


• Prazo para MP aditar e Prazo para Defesa pronunciar.
• Se mutatio para situação mais grave – MP adita.
• Se mutatio para situação menos grave – ouve defesa apenas.

SUMÁRIO: - Detenção que não seja sumaríssimo.


Que não tenha rito especial – (Lembrar de ver Júri).

- Denúncia;
- Cita réu;
- Interrogatório;
- Defesa Prévia;
- Testemunhas acusação;

- Despacho saneador*

- Testemunhas defesa;
- Debates orais – 20 min. + 10 min. (pode ser memoriais);
- Sentença na audiência ou em até 10 dias.

• Não existe a fase do 499, pois o que tinha que realizar de


provas devia ter sido requerida antes do despacho saneador.

OITAVA AULA:

RECURSOS

1 – Para recorrer tem que ter interesse em recorrer – vencido.


2 – Precisa ter sucumbência – derrotado em qualquer aspecto.

190
3 – Previsão legal.
4 – Órgão Superior revisão (regra) –Exceção: Emb. Decl./Infring.
5 – Quando no mesmo processo a causa de pedir não muda.

HIPÓTESES de Reexame Necessário:

1 – Proc. do Júri – Absolvição Sumária, independente do


plenário, art. 411 CPP.
2 – HC em 1ª inst.- RESE.
3 – Decisão do juiz que concede reabilitação.

- Conhecimento: juízo de admissibilidade.


- Provimento : discussão do mérito.

REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DOS RECURSOS:

OBJETIVOS: Cabimento;
Adequação;
Tempestividade;
Procedimento Correto.

SUBJETIVOS: Legitimidade Parte;


Sucumbência.

Denúncia: Recebe – nenhum recurso – só HC (não tem previsão)


Rejeita – RESE, 581, I, CPP.

---- I – Renúncia.
- Réu não recolhe prisão. (594 CPP – regra prisão).
FATO Inverte regra geral.

---- II – Desistência – A.P. Privada.


Fuga do Réu.

• Pode Réu RECORRER DE DECISÃO ABSOLUTÓRIA ??? SIM PODE !!


• Art.386 CPP – pode ser absolvido mais querer algo mais.

PRINCÍPIOS:

Fungibilidade: Recebimento de um recurso pelo outro, desde que o


erro seja justificado e de boa-fé, e com
compatibilidade procedimental.
Proibição da Recurso da defesa não pode prejudicar, piorar a
Reformatio in situação do réu. * O recurso da acusação sim.
Pejus: Não aplica este princ. se acusação tb recorre.

Reformatio in Anulada uma sentença em face de recurso


Pejus INDIRETA exclusivo da defesa, não é possível, em novo
julgamento, agravar a situação do réu. Isso se
dá porque o MP se conformou com a primeira
decisão, não apelando dela, apelando apenas a

191
defesa – cria-se limite ao novo julgamento.

EFEITOS DOS RECURSOS:

Devolutivo: (regra e normal) – Devolve a matéria ao judiciário.

Suspensivo: (exceção, alguns) – Suspende a execução até que


julgue o recurso. Sobrestamento
dos efeitos da sentença.

Regressivo: Interpõe em face de um, direcionando para outro.


Juízo de retratação: juiz concorda com erro e
corrige ao invés de mandar para tribunal o recurso.
Ex.: RESE e Agravo em Execução têm.

Extensivo : Recurso de um réu aproveita ao outro, quando


cometeram o crime em concurso de agentes.
Há exceção.

RECURSOS EM ESPÉCIE:

RESE -> 581, I a XXIV, CPP

- Leis 7209 e 7210 – Execução Penal, art.197 = AGRAVO EM EXEC.


- Art.581 CPP, incisos XI, XII, XVII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII,
e XXIV – Ver todos.
- Art.294 CTB – RESE
- Prazo: 5 dias (interposição) – 2 dias (razões). Observe que é
diferente da apelação.
- O juiz pode se retratar.
- O rol do art. 581 é taxativo.
* Principais hipóteses:
a) 4 decisões 1ª fase do júri;
b) decisão rejeita a denúncia;
c) decisão extinção punibilidade.

APELAÇÃO

- Art.593 CPP. – LER TODOS ARTIGOS DO CÓDIGO SOBRE APELAÇÃO.


- Prazo de 5 dias para manifestar. JECRIM 10 DIAS (interposição
e razões juntas).
- Prazo de mais 8 dias para razões, 600 CPP.
- Ver todos incisos do artigo*.
- Decisão do juiz singular – Exclui o Júri;
- Exclui o Tribunal.
_ Decisão que denega apelação cabe RESE.

Art.593, III, CPP – cabe das decisões do trib. do júri:

(a) Nulidade – após a pronúncia – antes pronúncia é RESE.

192
(b) Juiz contra lei ou jurados – tribunal adequa a decisão à
lei.
(c) Juiz erra aplicação da pena – tribunal refaz cálculo e
corrige.
(d) Jurados contra evidências dos autos – novo julgamento,
uma só vez.

Art.600, §4º, CPP – Se a parte ao apelar manifestar vontade de


arrazoar no tribunal, será o processo remetido para lá e aberta
vista dos autos, intimando o recorrente para tanto, no tribunal.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Julgados pelo mesmo magistrado que proferiu a decisão, seja 1ª


ou 2ª, recurso.

- Embarguinhos = ao juiz na 1ª instância. Prazo de 2 dias.


- Arts.382 (embarguinhos) e 619 (embargos normal).
- Na lei 9099/95 o prazo é de 5 dias. Resto mesma coisa.
- Pode se utilizar dos Embargos de Declaração para fazer
PREQUESTIONAMENTO para eventual recurso posterior.
- LER TODOS ARTIGOS DO CÓDIGO SOBRE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.

OBSERVAÇÃO: No CPP, os Embargos de declaração interrompem o


prazo para recurso. NO JECRIM SUSPENDE. MUITO CUIDADO.

EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE

- Art.609, p.ú., CPP.


- Votação não unânime = 2 x 1
- É privativo da defesa.
- Se o assunto tratou-se de mérito apenas é só INFRINGENTES.
- Se tratou de mérito e nulidade é INFRINGENTES E DE NULIDADE.
- O assunto é restrito à divergência, só o tema que divergiram.
- Cabe do 2 x 1 da APELAÇÃO, do RESE e do AGRAVO EM EXECUÇÃO.
- Não cabe no HC, ainda que seja julgado por 2 x 1.
- Prazo de 10 dias a contar da publicação do acórdão.
- O Embargante só pode pedir o que foi dado pelo voto vencido.

NONA AULA:

AGRAVO EM EXECUÇÃO

Cabimento:

- Contra toda decisão proferida na fase de execução. Ex:


Conceder ou negar o RDD, Saída temporária, Livramento
condicional etc.
- Rito: RESE.
- Existe juízo de retratação.

193
CARTA TESTEMUNHÁVEL

Decisão -> Publicação -> Intima -> 5d para RESE ->


Razões/Contra-Razões de RESE -> Retratação ou NÂO -> Determina
subida para 2ª instância.

Quando juiz nega essa subida


dos recursos, trancando-os.

SOMENTE NOS CASOS DE: RESE;


Agravo em Execução;
Protesto por Novo Júri.

- CT sobe com cópias – traslados.


- É dirigido ao escrevente que submete ao juiz para retratar.
- Escrevente é obrigado a subir com CT se não retratado.
- Negou provimento CT – acabou – não cabe mais nada.
- Deu provimento à CT – SOBRE O RESE – autoriza a subida.
- Como a CT já vai instruída com cópias o tribunal já julga o
RESE. (decisão “de meritis”), com base nas cópias do RESE.

• Quando indefere a subida da Apelação é RESE, que não vai


com cópias, portanto, não faz esse julgamento antecipado.

PROTESTO POR NOVO JÚRI

- Recurso exclusivo da defesa.


- Julgamento: Próprio juiz presidente do Tribunal do Júri.
- Arts. 607 e 608 CPP - Ver.
- Pena de 20 anos por 1 crime doloso contra a vida.
- Não pode 15 anos no homicídio + 10 anos do estupro.
- 10 + 10 por 2 homicídios também não. Deve ser 1 crime apenas.
- PNJ + Apelação concomitantes = Exceção à Unirecorribilidade.
- Possibilidade de 2 recursos ao mesmo tempo.
- Deve ser PNJ para crime doloso contra a vida com pena de 20
anos ou mais, e Apelação para outro crime julgado junto.
- PNJ não sobe, é o próprio juiz presidente do júri que decide.
- PNJ só cabe uma vez.
- Na segunda se der 20 a. de novo, faz Apelação.
- Nessa Apelação, reconheceu decisão contrária às provas,
cancela o júri – faz outro.
- No 3º julgamento pegou 20 a. de novo, NÃO CABE MAIS NADA, sem
PNJ e nem Apelação.

1º júri – 20 a. – recorreu cancelou;


2º júri – 24 a. – não pode “reformatio in pejus”.
Há dúvida, então, “pro reo”.

194
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

- Art. 102 CF e Lei 8038/90.

- HC em 1ª inst. (coator DelPol).


- HC denegado na 1ª inst.
- Cabe RESE para 2ª inst. – Pode novo HC na 2ª.

- HC em 2ª inst. (coator juiz 1º grau).


- HC denegado na 2ª inst.
- Cabe ROC para 3ª (STJ).

- HC denegado em ÚNICA inst. no STJ (direto no STJ).


- Ex.: por prerrogativa de função vai direto para STJ.
- Cabe ROC par STF -> único caso. QUANDO ÚNICA INST. STJ.

RECURSO ESPECIAL RECURSO EXTRAORDINÁRIO

STJ STF
Lei Federal Matéria Constitucional
Matéria de Direito, não fato. Matéria de Direito, não fato.
Esgotar vias ordinárias. Esgotar vias ordinárias.
Pré-questionamento anterior. Pré-questionamento antes.
Argüição de relevância agora. Argüição de relevância agora.
(interesse geral – EC/45) (interesse geral – EC/45)

 VER NA LEI E CÓDIGO OS PRAZOS E HIPÓTESES DE CABIMENTO DE


TODOS OS RECURSOS AQUI ESTUDADOS. IMPORTANTE PARA PROVA.

ATENÇÃ: RECURSOS QUE ADMITEM RETRATAÇÃO:

a) RESE;
b) Agravo em execução;
c) Carta testemunhável.

AÇÕES IMPUGNATIVAS: HC / REVISÃO / MANDADO DE SEGURANÇA

HC – 648 CPP

HC Preventivo: solto correndo risco d ser preso – salvo conduto.


HC Liberatório: já está preso – alvará de soltura.

- Não precisa de capacidade postulatória.


- Não tem prazo – enquanto ocorrendo a violação ou ameaça.

195
- HC cabe no IP para trancar o IP, na iminência de ser preso.
- HC é AÇÃO.

REVISÃO CRIMINAL

- É AÇÃO.
- Visa rescindir a Coisa Julgada – matéria importante.
- Não precisa capacidade postulatória para INICIAR, MANIFESTAR.
- Para arrazoar precisa de advogado.
Ex.: próprio preso manifesta pedido de revisão criminal para
juiz, ele recebe e nomeia advogado para arrazoar.

- Tem que ter sentença transitada em julgado.


- É privativo da defesa / condenado.
- Promotor não faz Revisão Criminal.

- Só cabe de sentença CONDENATÓRIA, ou


- ABSOLUTÓRIA QUE APLICA MEDIDA DE SEGURANÇA.

- REQUISITOS: Art.621 CPP -> VER.

- Quando juiz errou e errou feio, pois a coisa julgada é muito


importante para permitir mutação facilmente.

- ART.630 CPP – Um dos pedidos da RC pode ser indenização. É o


único caso no CPP que admite pedir indenização.

- COMPETÊNCIA: onde o acórdão transitou em julgado:

EX.: STF – STF


STJ – STJ
TJ – TJ

EXCEÇÃO: NÃO TEM REVISÃO NA 1ª INSTÂNCIA.


SE A DECISÃO TRANSITOU NA VARA DA 1ª INSTÂNCIA, A
COMPETÊNCIA PARA REVISÃO SERÁ NA 2ª INSTÂNCIA.

MANDADO DE SEGURANÇA

- Já foi comentado.
- Estudar na CF e Lei 1533/51 – PEGAR, LER E LEVAR NA 2ª FASE.
- Ler e levar na 2ª fase também a Lei 8038/90.

196
DIREITO DO TRABALHO

PRIMEIRA AULA:

A CLT é um conjunto de lei destinado a regular relação de


emprego. Trás leis tanto materiais como processuais.

Trabalho – todo esforço intelectual ou físico destinado à


produção. (existe trabalho sem emprego)
Emprego – toda relação de emprego contém relação de trabalho.
Empregado- trabalhador que se enquadra no art. 3º CLT.

REQUISITOS DO EMPREGADO

Pessoa física- todo aquele que não é pessoa jurídica é física.


Não existe empregado pessoa jurídica.

Pessoalidade - “intuito personae”, a função não pode ser


exercida por qualquer um que tenha tal
habilidade. O empregado nunca pode se fazer
substituir por outra pessoa.

Não eventual – habitualidade, expectativa de retorno do


empregado no local de trabalho, mesmo que seja
uma vez por mês.

Subordinação – estar sob as ordens de alguém.


Subord. Hierárquica- relação de comando que o
empregador tem com seu empregado.
Subord. Técnica- supervisão técnica do trabalho
já realizado. Ex.: Advogados empregados.
Subord. Econômica- não é dependência de salário,
mas sim da estrutura econômica gerada pelo
empregador.

Onerosidade - Salário. Não existe vínculo de emprego gratuito.


Basta a promessa que vai receber salário. Art.
460 CLT.

Esses requisitos são CUMULATIVOS, ou seja, a falta de um deles


descaracteriza o vínculo. Devem ser somados, existir todos.

TIPOS DE TRABALHADORES E EMPREGADOS

Autônomo – trabalhador – falta subordinação


Eventual – trabalhador – falta habitualidade
Avulso - trabalhador – falta habitualidade

* Diferença entre EVENTUAL e AVULSO: a relação do avulso é


trilateral, ou seja, através de intermediador, geralmente

197
sindicado, enquanto no eventual é bilateral, trabalhador e
empregador direto.

Aprendiz – empregado – segundo a CF/88 (Art.428,433 e MP251/05)

* O aprendiz aumentou de 18 para 24 anos.


* É proibido o trabalho de menor de 16 anos, salvo na condição
de aprendiz, a partir dos 14 anos até os 24 anos.

Estagiário- trabalhador – falta onerosidade (Lei 6494/77)

* Direitos do estagiário: contrato de estágio e seguro de vida.

Trabalhador Rural – empregado – (Lei 5889/73) A diferença está


na zona (local) em que trabalha. Não importa a atividade, mas o
local, tem que ser rural.

* O empregador rural deve desenvolver atividade visando lucro.

Doméstico – empregado – (Lei 5859/72)

* Ausência de lucro do empregador;


* Trabalhar para pessoa ou família;
* Trabalhar no âmbito residencial;

* Se o doméstico trabalha apenas 1 vez por semana, não é


considerado empregado, ainda que habitualmente.

Institutos que o doméstico não tem direito:

- Horas extras;
- Adicionais de insalubridade e periculosidade;
- Estabilidade de gestante;
- FGTS (é facultativo).

SEGUNDA AULA:

CONTRATO DE TRABALHO

Regra – prazo indeterminado.


Exceção – prazo determinado, 443 CLT.

CONTRATO A PRAZO DETERMINADO – EXCEÇÃO

- Não há aviso prévio, pois já sabe quando termina o contrato;


- Não tem multa do FGTS porque ninguém provocou a rescisão;
- Não há qualquer tipo de estabilidade, pois vai terminar;

198
$ 2º ADMISSIBILIDADE:

a) serviço que justifique pela natureza transitória. Ex.


aumento de produção temporária;
b) atividade empresarial de caráter transitório. Ex. empresa
que só funciona em épocas especiais, páscoa, natal etc.
c) contrato de experiência. Ex. para testar empregado.

PRAZO

Art. 445. Para (a) e (b) no máximo 02 anos;


Para (c) no máximo 90 dias.

Art. 451. Prorroga-se apenas 1 vez. Se prorrogar mais de 1 vez


passa a ser a prazo indeterminado automático.

* É errado crer que a prorrogação é de 2 + 2 que soma 4 anos.


* A prorrogação não pode ultrapassar 2 anos NUNCA, ou seja, se
assina por 1 anos, pode prorrogar por mais 1, que dará 2, o
máximo permitido. Nunca pode ultrapassar o máximo permitido.
* Para o contrato de experiência vale a mesma regra.

479 e 480 CLT – Na eventualidade do empregador rescindir o


contrato de trabalho antes da data final pactuada, arcará com
indenização em favor do empregado pertinente à metade do que ele
deveria receber até o final do contrato.
Em caso inverso, o empregado poderá arcar com
indenização em favor do empregador até a mesma proporção a que
teria direito, mas somente se ficar comprovado o prejuízo.

• O empregado paga somente até o limite a que ele teria


direito ao empregador, nada mais que isso, ainda que o
prejuízo do empregador seja maior que este valor.

TEMPORÁRIO – Lei 6019/74

O empregado temporário pode ser contratado em 2 situações:

a) acréscimo de serviço Máximo 3 meses


Não é 90 d. –> é 3 meses
b) necessidade transitória 1 prorrogação de + 3 meses
substituição de pessoal chegando a 6 meses.

DIFERENÇA COM O CONTRATO A PRAZO DETERMINADO

O trabalho temporário é trilateral, ou seja, relação de entre o


TOMADOR com a LOCADORA, mais o EMPREGADO. (Art. 16 da Lei)

* Entre o TOMADOR e a LOCADORA existe um contrato civil.


* Entre a LOCADORA e o EMPREGADO existe um contrato de trabalho.

199
TOMADOR ---------- LOCADORA ---------- EMPREGADO
V V
(Contrato Civil) (Relação de Trabalho)

O contrato a prazo determinado é bilateral, só 2 partes, ou


seja, o EMPREGADOR e o EMPREGADO – Relação de trabalho apenas.

* O art. 16 da Lei dispõe que em caso de falência da locadora, a


tomadora de serviços se responsabiliza solidariamente pelos
créditos trabalhistas dos empregados.

TERCEIRIZAÇÃO

Existe ainda a terceirização que em nada se confunde com os


anteriores. SÚM. 331 TST.

TOMADOR ---------- TERCEIRIZAÇÃO ---------- EMPREGADO


V V
(Contrato Civil) (Contrato de Trabalho)

• A Terc. não compreende contrato pessoal de serviço;


• A Terc. deve compreender contrato de atividade meio da
empresa contratante, NUNCA atividade fim. Ex.: O banco tem
como atividade B a segurança, portanto pode terceirizar a
segurança, que não é sua atividade fim. O restaurante pode
terceirizar limpeza que não é sua atividade fim, mas meio.
• Na Terc. o TOMADOR tem responsabilidade Subsidiária sempre.
• No Temporário a responsabilidade do TOMADOR é SOLIDÁRIA.

SALÁRIO

Salário - é a importância fixa destinada ao empregado.


Remuneração - é o conjunto de títulos recebidos pelo empregado.
Tudo o que ele recebe. É mais importante que o salário.

Verba salarial – é a contraprestação pelo serviço prestado. (a


obrigação parte de quem recebe, que trabalha antes para receber)
Indenizatória - reparação de dano, só. (obrigação parte de quem
paga, p.ex.: multa por atraso)

MEIO DE PAGAMENTO DE SALÁRIO

1º - DINHEIRO, 463 CLT – Moeda corrente do país. Se não observar


isso é tido como se não tivesse pago.

2º - CHEQUE ou DEPÓSITO, Port. 3281/84 – Referida port. Autoriza


as empresas, situadas em perímetro urbano, com o consentimento
do empregado a fazer o pagamento de salário e remunerações
através de conta bancária aberta para esse fim ou em cheque

200
emitido diretamente pelo empregador em favor do empregado, salvo
se este for analfabeto.

3º - UTILIDADE – Pago através de bens econômicos. Pelo menos 30%


dos valores devem ser pagos em dinheiro ou cheque.
• Se receber o bem para trabalhar não caracteriza.
• UTILIDADE para caracterizar SALÁRIO deve ser dada PELO
TRABALHO e não PARA O TRABALHO.

EQUIPARAÇÃO SALARIAL

O princípio vem da CF/88, art. 7º, XXX: “proibição de diferença


de salários, de exercício de funções e de critério de admissão
por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil”.

PARADIGMA – é o espelho que se usa para comparação com o que


pretende ser equiparado.

1- Função idêntica, não o cargo, é o posto, função ou serviço


que realiza;
2- Trabalho de igual valor, mesma produtividade (quantidade)
e mesma técnica (qualidade), art.461, $1º;
3- Diferença de tempo de serviço não maior que 2 anos. EN.
135 TST – considera-se o tempo na função e não na empresa.
4- Ambos trabalharem para o mesmo empregador. (mas pode entre
empresas do mesmo grupo empresarial – Champion/Carrefour);
5- Trabalhadores de uma mesma localidade (Mesmo Município).

• Os requisitos são CUMULATIVOS, não podendo faltar nenhum;


• Quadro de carreira homologado pelo Ministério do Trabalho
exclui a equiparação.

TERCEIRA AULA:

AVISO PRÉVIO – 487 CLT.

• Só existe quando tem rescisão do contrato de trabalho.

Requisitos: - Surpresa na ruptura do contrato de trabalho.


- Contrato a prazo determinado, não tem AP.
- Demissão por Justa Causa não tem direito AP.

Prazo: CF, 7º, XXI (487, I, CLT – REVOGADO PELA CF)

- No mínimo 30 dias, e não 30 dias taxativamente.


- É base mínima, podendo ser mais de 30 dias.
- Não falou prazo, subentende-se o mínimo: 30 dias.

201
Objetivo:

- Empregado: dar tempo para que procure outro emprego – ÚNICO


- Empregador: dar tempo para que arrume outro funcionário.

Titular:

- EMPREGADOR que dá ao empregado.


- EMPREGADO para empregador também existe. (direitos iguais).

1 - CONCEDIDO PELO EMPREGADOR: manda embora sem justa causa.

• TRABALHADO:

- Empregado trabalha no curso do prazo do AP, no período.


- Tem jornada menor para poder procurar novo emprego.
- Art. 488, p.ú. CLT.
- 2 horas menos por dia, ou trabalha jornada normal e sai 7 dias
antes de vencer o prazo do AP.
- Escolha faculdade do empregado, o que for melhor para ele.
- Rural não tem opção, é obrigado sair 1 dia menos por semana.

PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE DE DIREITOS – inerente ao


empregado que não pode renunciar seus direitos. Ex.: empregado
pede para não ser registrado, não pode, ele deve ser registrado.

SÚMULA 276 TST: “O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo


empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o
empregador de pagar o valor respectivo, salvo comprovação de
haver o prestador dos serviços obtido novo emprego”.
-> Ou seja: se a irrenunciabilidade prejudicar o empregado aí
pode renunciar.

SÚMULA 230 TST: É vedado substituir a jornada reduzida do AP por


hora extra. Se isso ocorrer caracteriza nulidade do aviso,
gerando um novo AP a ser indenizado pelo empregador. Não pode,
empregador paga mais um. Não pode pagar em dinheiro.

• INDENIZADO:

- Desligamento imediato, empregador indeniza o valor


correspondente. Ex: 30 dias = 1 mês de salário.
- Ocorre quando o empregador quer o desligamento imediato do
empregado, por qualquer motivo, briga etc.

2 - CONCEDIDO PELO EMPREGADO: quer deixar a empresa.

- Quando empregado comunica que vai sair (pede demissão).


- Empregado concede ao empregador.

202
• TRABALHADO:

- Empregado trabalha o período.


- Não tem redução de jornada, art. 488 CLT.
- Não precisa procurar outro emprego, se ele quer sair por
vontade própria ou já arrumou outro ou não vai mais trabalhar.

• INDENIZADO:

- Empregado paga empregador o valor de 1 mês de trabalho, se de


30 dias o aviso.
- É descontado nas verbas rescisórias.

• Art. 477, $ 6º CLT: as verbas rescisórias devem ser pagas


até o 1º dia útil subseqüente ao término do AP trabalhado
ou em 10 dias corridos caso de AP indenizado ou mesmo
ausência de AP.

• Mesmo artigo fala que a inobservância destes prazos por


parte do empregador imputa em multa de 1 vez o seu salário
em favor do empregado.

• Prazo para pagamento das rescisórias no AP domiciliar é


idêntico ao indenizado.

 AVISO PRÉVIO sempre conta como TEMPO DE SERVIÇO, para


todos os fins.

SÚMULA 348 TST: É inválida a concessão de AP na fluência de


garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois
institutos. Ex: gestante recebe aviso antes de terminar o prazo
de garantia, pois quando o aviso expirar a sua garantia já teria
se expirado também. Não pode. Só pode dar aviso depois que
expirada a garantia.

ESTABILIDADE

- Direito do empregado de permanecer no emprego mesmo contra


vontade do empregador.

(Art.492 CLT REVOGADO)

É quebrada: a estabilidade:

a) Pedido de demissão pelo empregado;


b) Aposentadoria;
c) Morte do empregado;
d) Demissão por justa causa.

203
FGTS

- 8% do salário do empregado o empregador paga no fundo para não


ficar na mão por eventual desemprego.

- Art.478 CLT: O empregado optante da estabilidade decenal, que


não a adquiriu em razão da CF/88, tem direito a uma indenização
compensatória na base de 1 salário para cada ano de serviço.
- Multa 40% do FGTS:

. Existe quando empregador demite sem justa causa.


. Passou para 50% para o empregador pagar
. Alíquota de 8,5% sobre o salário agora.

CAI* Porém: Só 40% vai para empregado.


Os outros 10% vai para o governo cobrir rombo.
Mesma coisa da alíquota, os 0,5% de diferença vão
para o governo, e não empregado.

- Multa empregado recebe = 40% --- Depósito de 8% -- Nada mudou.


- Multa empregador paga = 50% --- Depósito de 8,5% -- SUBIU.

SAQUE DO FGTS:

a) Demissão sem justa causa;


b) Aposentadoria;
c) Compra de Casa Própria;
d) Conta inativa por mais de 3 anos;
e) Empregado com 70 anos ou mais;
f) Moléstia grave;
g) Pelos herdeiros por morte do titular.

ESTABILIDADE -> CAI*

1- Direção Sindical – cargo que representa a categoria.

2- Membros da CIPA - Comissão Interna de Prevenção de


Acidentes.
Empresas com atividades insalubres ou perigosas e tenham
mais de 50 funcionários é obrigatória a CIPA.
CIPA – formada por representantes dos empregados e
empregadores, só os eleitos pelos empregados tem
estabilidade, representante do empregador não tem.
* TITULAR E SUPLENTE têm estabilidade.
* DO REGISTRO DA CANDIDATURA AO CARGO DE ELEIÇÃO ATÉ 1 ANO
APÓS FINAL DO MANDATO.

3- Acidente de Trabalho – Doença do trabalho é equiparada.


LER – lesão esforço repetitivo.
No percurso para trabalho também.

204
- 15 primeiros dias de afastamento é pago pelo empregador;
- do 16º em diante é o INSS que paga, auxílio acidente;
- IMPORTANTE: Só adquire a estabilidade quando passa a receber
do INSS. A partir do 16º dia.
- Estável até 1 anos após o retorno ao serviço.
- Auxílio Doença não dá estabilidade. Ex: machucou jogando bola.

4- Gestante –

- Da confirmação da gravidez – até – 5 meses após o parto.


- Se houver aborto a estabilidade acaba com o aborto. Tem
direito a 2 semanas de licença só.
- Licença maternidade de 120 dias não tem nada a ver. INSS paga.

IMPORTANTE: Empregado estável que é mandado embora, não existe


indenização, é reintegração ao serviço.

- Só se for impossível e inviável a reintegração, pode o juiz, a


seu critério (discricionário), converter em indenização.
É prerrogativa do juiz fazer isso, não faculdade do empregador.

SÚMULA 28 TST: ( confirmar na CLT nova – 2005 )

QUARTA AULA:

JUSTA CAUSA

Princípios:
1º IMEDIATIVIDADE: ( 2 + importantes, caem muito* )

- Prazo 24 horas no máximo para tomar decisão da falta.


- houve falta grave deve ser de imediato a dispensa.
- Não dispensou de imediato pode dar perdão tácito.
- Conta-se da ciência do empregador. Nem sempre é da falta.

2º ISONOMIA DE TRATAMENTO:

- Se tem mais de 1 envolvido na falta, todos devem ter punição


idêntica, não pode haver discriminação.

FALTAS GRAVES: - 482 CLT.

a) ATO DE IMPROBIDADE: qualquer ato do empregado, que atente


ao patrimônio do empregador.

b) INCONTINÊNCIA DE CONDUTA OU MAU PROCEDIMENTO: atos


sexuais, obscenos ou libidinosos = Inc. de Conduta.
Todas as faltas são mau procedimento. Mas o Mau
Procedimento ocorre em situações mais específicas.

205
c) NEGOCIAÇÃO HABITUAL: tipo de concorrência desleal com o
empregador.
Deve ser repetida, uma só vez não é admitida.
Não pode o empregado concorrer com o empregador dele, em
benefício próprio ou de outrem.
Ex.: Desviar cliente do empregador para ele ou outro.

d) DESÍDIA: preguiça, desleixo, atraso, falta sem justificar,


dorme no trabalho, vende avon no trabalho, não cumpre
tarefas como ordenado etc.
Em regra só o acúmulo vai ocasionar justa causa.

e) CONDENAÇÃO CRIMINAL: exige 2 requisitos cumulativos:


1- Trânsito em julgado da decisão penal condenatória.
2- Reclusão do empregado preso, pelo mesmo delito. Se for
solto, ainda que condenado, não preenche o requisito.

f) EMBRIAGUES HABITUAL OU EM SERVIÇO:


- Habitualidade, repetição.
- Se embriaga fora mas há reflexos dentro do trabalho.
- Bebida alcoólica ou tóxicos, tudo que entorpece.
- Foi equiparada à doença, motivo pelo qual o INSS paga
empregado que fica afastado para tratamento até
recuperar.
De acordo com CLT – Justa Causa.
De acordo com qualquer outro – Não dá justa causa.

Em serviço: - Não precisa de repetição.


- No horário de almoço não dá justa causa.
- Deve estar embriagado.
- Pode usar antes, mas estar no estado de
embriagues no horário de trabalho configura.

g) VIOLAÇÃO DE SEGREDO: empregado que divulga fórmula


secreta. -> Senha de banco é segredo de empresa.

h) INDISCIPLINA OU INSUBORDINAÇÃO: descumprimento de ordens.


Indisciplina : Ordens Gerais do Serviço.
Insubordinação: Ordens Diretas e Específicas.
Ex.: Advogado empregado que perde prazo é indisciplina.

i) ABANDONO DE EMPREGO:
- Quebra a habitualidade de trabalho.
- Falta por 30 d. consecutivas dá abandono.
- Não for consecutivo dá falta por desídia.

j) ATO LESIVO À HONRA E BOA-FAMA BEM COMO OFENSAS FÍSICAS:


- Não é só calúnia (mentira), qualquer agressão verbal dá
justa causa.
- Ofensa física pode ser só tentada já dá.
- DEVE SER em horário de serviço ou âmbito da empresa.

206
- FORA DA EMPRESA NÃO.
- Pode ser contra: colega, cliente, qualquer pessoa.
- EXCETO: Empregador ou Superior Hierárquico.

k) ATO LESIVO À HONRA E BOA-FAMA BEM COMO OFENSAS FÍSICAS


CONTRA O EMPREGADOR OU SUPERIOR HIERÁRQUICO:
- Neste caso não precisa ser na empresa ou no seu âmbito.
- Pode ser em qualquer lugar, fora da empresa inclusive.

 Nos casos das letras J e K, excetuam-se os casos de


Legítima Defesa.

e) PRÁTICA CONSTANTE DE JOGOS DE AZAR:


- Deve ser constante, ou seja, mais de uma vez.
- Neste caso são 4 requisitos cumulativos para dar falta
grave:

1º Jogos de azar são os que independem de habilidade do


jogador.
2º Deve estar envolvido dinheiro.
3º Deve ser horário de serviço ou âmbito da empresa.
4º Deve ser ilegal o jogo.

 ART.482, P. ÚNICO = Atos atentatórios à segurança


nacional. Está em desuso, mas pode ocorrer.

(1) DEC. LEI 95.247/87: Vale transporte.

- Não pode ser dinheiro, é só o vale.


- Art.7º, $3º. A declaração fraudulenta de etinerário
configura falta grave.
- Deve haver dolo em pedir sabendo que não ia utilizar.

(2) LEI 7783/89: Lei de greve.

- Apenas greve abusiva pode ser falta grave.


- Ex.: nas atividades essenciais, que afetam a sociedade.

QUINTA AULA:

PROCESSO DO TRABALHO

ÓRGÃO:

1ª – Vara do Trabalho – EC 24/99

- Órgão exclusivo de 1ª instância – “juiz do trabalho”.

207
2ª – Tribunal Regional do Trabalho – TRT – Cada estado tem 1,
exceto SP que tem 2.

- Órgão da 2ª instância – “juiz do trabalho”.


- Órgão de 1ª instância – competência originária.

3ª – Tribunal Superior do Trabalho – TST – Brasília-DF

- 27 ministros.
- 2 instâncias dentro do TST (Turmas e SDI/SDC)
- Processo chega no TST uma TURMA julga.
- Da decisão da TURMA cabe recurso para o próprio TST.
- Este recurso vai para SDI / SDC (dentro do mesmo TST).
- São até 4 instâncias, e ainda pode Extraordinário para STF.
- Na verdade pode ser até 5 instâncias contando o STF.

DISSÍDIOS:
INDIVIDUAIS: Simples : um só reclamante.
Plúrimos: pluralidade de reclamantes.
Especial: inquérito judicial para apuração de
falta grave. Prazo e procedimento
peculiar.

. Sumaríssimo – até 40 sal. mín. – 2 testemunhas cada parte.


. Ordinário - mais de 40 sal. – 3 testemunhas cada parte.

DIFERENÇA ENTRE DISSÍDIO INDIVIDUAL E COLETIVO:

 Não diz respeito ao número de reclamantes, mas sim ao


pleito. O pedido no Dissídio Individual é pessoal,
enquanto no Dissídio Coletivo é da categoria o pedido.

ESPECIAL: CAI*

- Caso o empregado cometa alguma falta grave ensejadora da


ruptura contratual por justa causa não poderá haver
demissão imediata, desde que seja ele estável em
decorrência de dirigência sindical ou decenal.

- O empregador deverá suspender o empregado e, dentro de 30


dias (prazo decadencial) o inquérito deverá ser proposto.

- O inquérito permite ouvir até 6 testemunhas cada parte.

Resumindo: Empregado estável em razão de ser dirigente


sindical ou caso de estabilidade decenal (10 anos
etc.), o empregado não será demitido nem por falta
grave. Caso cometa falta grave no gozo dessas 2
estabilidades, deverá ser suspenso e submetido a um
inquérito judicial para apuração, ouvidas até 6
testemunhas cada parte, será então demitido ou não.

208
DISSÍDIO INDIVIDUAL: Originária na Vara do Trabalho – TODOS.
DISSÍDIO COLETIVO : Originária no TRT – Em REGRA.
Originária no TST – EXCEÇÃO.

( Extravasa competência de 1 TRT, é originário do TST, direto )


Ex.: sindicado que abrange uma cidade de SP e outra
fronteiriça de MG, o dissídio será de competência do TST.

EXCEÇÃO DA EXCEÇÃO: TRT 15ª REGIÃO – CAMPINAS

- Extravasando a competência do TRT da 2ª Região (SP) para o da


15ª Região (Campinas), a competência será de SP.
Art.114, CF – EC 45/04

COMPETÊNCIA MATERIAL: Art. 114, CF e EC 45/04

Estatutário – Justiça Comum


Acidente de Trabalho – Justiça Trabalho – entendimento STF

- O STF, em decisão dia 29.06, por 10 votos a O, declarou a


competência da Justiça do Trabalho para julgar ações
decorrentes de Acidente de Trabalho. Qualquer ação -> Porque é
contra o empregador.

- Para ação que pretende configurar acidente de trabalho é


Justiça Comum, ou seja, do Juiz de Direito. Ex.: ação judicial
para provar que aquele acidente deve ser considerado de
trabalho -> Porque geralmente é contra INSS.

- Sindicato – cobra contribuição sindical – Obrigatória.


- filiou paga, mas a filiação - Facultativa.

- Demanda envolvendo sindicato TODAS é da Justiça do Trabalho,


mesmo os sindicatos patronais.
Sindicato X Sindicato = Justiça do Trabalho.
Duas pessoas jurídicas – Primeira vez que acontece isso.

- Dano moral e material decorrente da relação de emprego e


trabalho = Justiça do Trabalho.

COMPETÊNCIA TERRITORIAL: Art. 651 CLT

- REGRA : local da prestação do serviço.


- EXCEÇÃO: não importa o local da contratação.

EXCEÇÃO: Contratado em SP -----> Trabalha Santos Repres.


Guarujá Comercial
Cubatão

209
-> Deve propor ação no LOCAL ONDE TRABALHA e FOR SUBORDINADO.

-> Caso empregado não seja SUBORDINADO A NENHUM DOS LOCAIS que
presta serviço, poderá propor ação ONDE RESIDE ou na
localidade mais próxima.

-> Empregador VIAJANTE (ex: circo) o empregado escolhe o foro


(optativo) para propor ação, que pode ser o LOCAL DA
CONTRATAÇÃO ou PRESTAÇÃO DE SERVIÇO.

-> Contratado BRASIL -----> trabalha ARGENTINA (exterior):


- Pode propor na ARGENTINA, pois facilita para empregado,
quando ainda está trabalhando.
- Se não está mais trabalhando PODE OPTAR, local da
CONTRATAÇÃO ou LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO (BRA ou ARG).

SÚMULA 207 TST: Qualquer caso a lei aplicável é a lei do país


que trabalha. No caso a lei argentina. Juiz
brasileiro aplica lei argentina.

SEXTA AULA:

AUDIÊNCIA

- É obrigatória e indispensável;
- SEMPRE faz conciliação antes – 764 CLT;
- Presença das partes é OBRIGATÓRIA.

Reclamante pode ser substituído por colega de serviço ou


membro do sindicato – até familiar.

- A ação trabalhista é personalíssima;


- Substituto não presta depoimento;
- Somente para justificar a não presença da parte -> SÓ ISSO.
- Marca nova data para audiência para ele vir.

Reclamado também pode ser substituído por preposto ou gerente


com conhecimento sobre o fato.
TST diz que o preposto deve ser empregado da empresa.

- Audiência UMA – mas pode dividir em 3 (juiz faz isso).

1ª INICIAL – tenta conciliar PELA CLT É UNA, MAS


2ª INSTRUÇÃO – provas, testemunha, etc. NA PRÁTICA SECCIONA
3ª JULGAMENTO – sentença. Tecnicamente não
audiência, partes ñ precisam
ir, é só retirar a sentença,
pois começa correr prazo.

210
RECLAMANTE AUSENTE – 1ª AUDIÊNCIA

- Arquiva o processo – sentença sem mérito – cabe R. Ordinário.

* 2 arquivamentos consecutivos – 6 meses para propor novamente.


* Após 6 meses + 1 arquivamento (3º) – Perempção da ação.

Resumindo.... se propor a ação trabalhista e ela for arquivada


por ausência do reclamante 2 vezes, só poderá entrar novamente
com a mesma ação depois de decorrido 6 meses. É uma espécie de
punição àquele que entrou 2 vezes e não apareceu na audiência.
Depois desses 6 meses pode entrar de novo. Se entrar a parte e
novamente der causa de arquivamento, ou seja, pela 3ª vez ele é
arquivado, ocorre a Perempção da ação.

RECLAMANTE AUSENTE – 2ª AUDIÊNCIA – DE INSTRUÇÃO

- Confissão quanto a matéria de fato (não arquiva).

RECLAMADA AUSENTE – Revelia e confissão sobre matéria de fato.

RECLAMADA AUSENTE – 2ª AUDIÊNCIA – DE INSTRUÇÃO

- Confissão quanto a matéria de fato.

CONCILIAÇÃO

- Quando ocorre o juiz homologa por sentença – de mérito.


- Transita em julgado imediatamente – NA HORA DA HOMOLOGAÇÃO.
- Homologado o acordo não cabe recurso para nada.

ACORDO VICIADO:

- Somente caberá Ação Rescisória do 485 CPC, não é recurso.


- Homologou acabou, só rescisória.
- Ver incisos, é taxativo.

 Rescisória – REGRA – é para TRT.


 Não é recurso – é AÇÃO.
 Prazo decadencial de 2 anos para Rescisória, a partir do
trânsito da decisão rescindenda.

RECURSOS

- Duplo grau de jurisdição (decisões revistas por no mínimo 2X).

PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE:

SUBJETIVOS: Parte que pode – legitimidade para tanto: vencido,


MPT, terceiro prejudicado – sucumbente no todo ou em
parte.

211
OBJETIVOS: Previsão Legal e Adequação: recurso deve ser previsto
em lei, não pode inventar; deve ser o adequado para o
momento processual que se encontrar.
Tempestividade: dentro do prazo previsto; todos os
recursos da CLT são de 8 dias – Não tem exceção.
Depósito Recursal: restringir um pouco a protelação;
só empresa paga dep. rec., empregador doméstico tb.
paga. O dep. rec. não se perde, se ganhar recurso
levanta de volta. Se perder o recurso reverte como
parte de pagamento, abate na dívida da condenação.
Custas Processuais: ambos pagam, tem que pagar, salvo
benef. justiça gratuita / 789 CLT – 2% valor da causa
ou 2% valor da condenação, qdo. tem condenação.
- Se a ação for parcial procedente só o Reclamado
paga custa, Reclamante não paga.

RECURSO ORDINÁRIO – 895 CLT

- Prazo 8 dias.
- Só efeito devolutivo – Suspensivo não – Autoriza exec. prov.

O TRT atua em 1ª instância:

- Dissídios Coletivos;
- Ações Rescisórias; Em grau de recurso
- Mandado de Segurança; cabe RO p/ TST
- Hábeas Corpus.

- Rediscute qualquer matéria, não só que perdeu – SEM LIMITE.

RECURSO DE REVISTA – 896 CLT

- Prazo 8 dias.
- Só efeito devolutivo.

- Cabe da decisão do TRT que julga RO (TRT em grau de recurso)


( atua em 2ª instância )
- Quando TST julga RO não cabe.
- No RR não discute mais os fatos – só matéria de direito
pertinente às hipóteses:

a) Divergência jurisprudencial ou de Súmula;


b) Divergência de norma coletiva;
c) Divergência da CF ou Lei Federal.

 No Sumaríssimo só cabe:

- Divergência de Súmula;
- Divergência da CF.

212
AGRAVO DE INSTRUMENTO – 897, ”b”, CLT
- Prazo 8 dias.
- NÃO é toda decisão interlocutória que cabe.
- No processo do trabalho não cabe recurso de decisão
interlocutória – Só Mandado de Segurança.
- Só cabe da decisão que denega seguimento a Recurso.

EMBARGOS NO TST – 894 CLT


- TST tem duas instâncias internas – Turmas e SDC/SDI.

Processando....

- Chegou proc. no TST vai para uma das turmas;


- Da decisão da turma cabe Embargos para SDC/SDI (próprio TST).
- Toda decisão das turmas do TST cabe Embargos no TST (interno),
para SDC ou SDI. (Sessão de Dissídio Coletivo ou Individual).

EXTRAORDINÁRIO – 102, III, a, b, c, CF


- Prazo 15 dias.
- STF - Guardião da CF – Constitucionalidade.
- Última instância trabalhista – SDC e SDI do TST – daqui é que
cabe extraordinário para STF.
- Somente da última, não pode suprimir instâncias, deve passar
passo a passo por todas até alcançar o Extraordinário.

EXECUÇÃO

- Juiz de ofício inicia a execução, não precisa a parte.

Despacho –
Exeqüente – apresentar cálculos;
Despacho –
Executado – impugnar com cálculos dele;
Envia -
Perito - laudo de contador para verificar contas.
PODE -
Abrir vista às partes – não manifestou é porque
concordou com os cálculos do perito.
Homologa – Cálculo que julgar correto, geralmente o do perito.

Exeqüente – não concordando com cálculos homologados – impugna.


Executado – não concordando com cálculos homologados – Embargos
à Execução, Art.884 CLT.
Para embargar o Executado deve garantir o juízo ou
sofrer penhora de bens.

- Para EMBARGOS À EXECUÇÃO - Prazo 5 dias – Pode impugnar.


- Para EMBARGOS DE TERCEIRO – Se 3º tem bens penhorados
erradamente.

IMPUGNAÇÃO Art. 897 CLT


EMB. EXEC. AGRAVO DE PETIÇÃO PARA TRT.
EMB. TERC.

> Decisão do juiz da Vara.

213
DIREITO TRIBUTÁRIO

* PRINCÍPIOS

a) Legalidade, estrita legalidade ou tipicidade cerrada (Art.


150, I CF)

Criação; Redução; Aumento ou Extinção de tributo (SEMPRE DEPENDE


DE LEI).

A regra é a LEI ORDINÁRIA.

EXCEÇÕES: 4 (quatro) tributos são por Lei Complementar

1. Empréstimos compulsórios;
2. Impostos sobre Grandes Fortunas;
3. Impostos Residuais; e
4. Contribuições Previdenciárias Residuais.

Obs: A MEDIDA PROVISÓRIA FAZ TUDO QUE A LEI ORDINÁRIA FAZ. Não
podendo adentrar em matéria de competência de Lei Complementar.

Se a MP criar ou aumentar imposto (NÃO TRIBUTO), este só


poderá ser exigido no exercício seguinte ao da conversão da MP
em Lei. (ESTÁ LIMITADA AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE)

EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: 6 (seis) tributos podem ter


alíquotas modificadas por DECRETO:

Tributos aduaneiros Mais 2


(Regulação Econômica)
1. IOF 5. CIDE/ Comb
2. IPI 6. ICMS/ Comb
3. IImport.
4. I Export.

_______________________________________________________

b) Anterioridade, não surpresa (Art. 150, III, “b” e “c”, CF)

Obs: Não se deve confundir este princípio da anualidade. Este


princípio não existe mais no Brasil.

CONCEITO: Tributo criado ou majorado em um exercício só poderá


ser exigido no exercício seguinte, respeitado o intervalo mínimo
de 90 (noventa) dias.

214
Quando se empurra a cobrança para o ano seguinte, se diz:
ANTERIORIDADE ANUAL.

Os 90 (noventa) dias, também é chamado de NONAGESIMAL.

IMPORTANTE: As duas operam conjuntamente.

EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ( 3 GRUPOS)

Grupo 1: Tributo com cobrança imediata, ou seja, pode ser


cobrado no dia seguinte à publicação da Lei. Ex: IOF, II, IE e
IExtr.Guerra.

Grupo 2. Só respeitam a anterioridade nonagesimal, podendo ser


cobrado no mesmo exercício: Ex: IPI, Contribuições
Previdenciárias (art. 195 CF), CIDE/Comb e ICMS/Comb.

Grupo 3. Tributos cobrados no ano seguinte, sem a necessidade de


cumprir a anterioridade nonagesimal. Ex: IR e alterações de base
de cálculo do IPVA e IPTU.

IMPORTANTE: PARA O STF, A DEFINIÇÃO DA DATA PARA PAGAMENTO DO


TRIBUTO, NÃO DEPENDE DE LEI.

_______________________________________________________

c) Irretroatividade (Art. 150, III, “a”, CF)

CONCEITO: A lei tributária não se aplica a fatos geradores


anteriores à data de sua publicação. Não vale para o passado.

EXCEÇÕES: 03 (Três)

* A lei tributária retroage em dois casos:

a) quando for interpretativa (explica lei anterior)


b) quando for mais benéfica em matéria de infração (SE FOR
PAGAMENTO NÃO), desde que o ato não tenha sido definitivamente
julgado.

Exemplos: Lei que reduz multa; Lei que deixa de considerar


algum ato como infracional.
c) O art. 144, § 1º do CTN prevê um terceiro caso de
retroatividade: Aplica-se ao lançamento a legislação que
posteriormente ao fato gerador criar novos critérios de apuração
e ampliação de poderes. LER ESTE DISPOSITIVO.

d) Isonomia tributária (art. 150, II, CF)

215
Conteúdo: A Lei não pode dar tratamento desigual a contribuinte
que esteja em situação equivalente.

- Com base neste princípio, a institutos como a incapacidade


civil é irrelevante para o direito tributário (Quem é incapaz no
direito civil é considerado contribuinte para o direito
tributário, bastando apenas praticar o fato gerador para que
haja a incidência).

EXEMPLOS:

a) Empresa que não tenha registro na Junta Comercial não tem


personalidade jurídica, porém, tal fato é irrelevante para
o direito tributário, devendo pagar os tributos;
b) Surdo-mudo;
c) Ébrio.

e) Seletividade

O ICMS e o IPI são os únicos impostos considerados seletivos, em


razão da essencialidade (PALAVRA CHAVE) do produto ou serviço.

Se o produto é essencial para a coletividade, baixa-se a


alíquota. Se não for eleva-se.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Art. 155, II, § 2º, III da CF (MUITO


CUIDADO). Deve se ter cuidado pelo seguinte: O IPI, diz a lei
que DEVE ser seletivo, porém, quanto ao ICMS, diz o art. 155,
II, § 2º, III da CF, que PODERÁ ser seletivo. (A T E N Ç Ã
O)

f) Capacidade Contributiva (art. 145, § 1º, CF)

OBS: NÃO VALE PARA CONTRIBUIÇÕES, TAXAS ETC., MAS SOMENTE PARA
IMPOSTOS.

Sempre que possível os impostos terão caráter pessoal e serão


graduados conforme a capacidade econômica de cada contribuinte.

Impostos Progressivos: Na CF, só três impostos são progressivos:

a) Imposto de Renda;
b) Imposto Territorial Rural; e
c) Imposto Predial Territorial Urbano. O IPTU tem três
progressividades, quais sejam: 1. no tempo – 2. valor do imóvel
– 3. uso/localização imóvel.

216
LEMBRAR QUE O IPVA NÃO É PROGRESSIVO. Varia de acordo com o
valor do veículo.

______________________________________________________

g) “Non olet” (o dinheiro não tem cheiro)

Para o direito tributário não importa a origem do dinheiro do


contribuinte. O que importa é o fato gerador de ter auferido
renda, por exemplo.

Não importa se atividade tributária é lícita ou não.

Não interessa se é dinheiro do tráfico, roubo, furto etc.

_______________________________________________________

h) Vedação do confisco (art. 150, IV da CF)

O tributo não pode ser usado para retirar todos os bens do


contribuinte, nem para inviabilizar a atividade econômica.

OBSERVAÇÃO:

1. Tal princípio vale também para as multas.

2. Não se aplica a tributos extrafiscais (arrecadados para


atingir funções políticas e sociais). Ex: CIGARRO. Pode o IPI do
cigarro ter qualquer alíquota que não terá o caráter
confiscatório.

i) Não-limitação (art. 150, V da CF)

Tributos não podem ser usados para restringir o trânsito de


pessoas e bens no território nacional.

Existe uma EXCEÇÃO: Pedágio. Este não viola tal princípio.


j) Uniformidade geográfica (art. 151, I da CF)

CONCEITO: Tributos federais devem ter a mesma alíquota em todo


território nacional.

EXCEÇÃO: É permitida a concessão de incentivos fiscais para


estimular o desenvolvimento de determinada região. Exemplo
clássico: ZONA FRANCA DE MANAUS.

_______________________________________________________

217
l) Não-cumulatividade

Vale para o IPI, ICMS e alguns casos do COFINS.

Tipos de COFINS: a) monofásica; b) plurifásica cumulativa; c)


plurifásica não cumulativa.

- Evita a tributação em cascata;


- Tais tributos são pagos compensando em cada operaçãoo montante
recolhido na etapa anterior.

ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

São cinco as espécies tributárias:

1. Impostos;
2. Taxas;
3. Contribuições de melhoria;
4. Empréstimos compulsórios; e
5. Contribuições especiais ou parafiscais.

OBSERVAÇÃO:

Nos impostos, taxas e contribuições de melhoria é o fato gerador


que define o tributo, ou seja, de acordo com o fato gerador,
enquadrar-se-á em uma dessas espécies.

No Empréstimo Compulsório é o caráter restituível que determina.

Nas contribuições especiais e parafiscais, se verifica pela


finalidade e destinação da arrecadação do tributo.

1. IMPOSTOS

• São tributos desvinculados – não se exige contraprestação


do Estado;
• Criados por Lei Ordinária;
• Competência para impostos residuais – União, através de Lei
Complementar e não pode ter a base de cálculo de outros impostos
e não são cumulativos;
• Impostos do DF – pode receber impostos estaduais e
municipais;
• Competência para impostos extraordinários de guerra – São
cobrados em caso de guerra externa, pela União, através de Lei
Ordinária e podem ter como base de cálculo e fato gerador de
outros impostos, ainda que sejam estaduais ou municipais.

ATENÇÃO: Residuais (LC) e IEGue (LO)

218
Impostos de cada ente: Para facilitar a memorização, vai por
exclusão, ou seja, primeiro, os municipais, depois os estaduais
e o que sobrar é federal.

Federais Estaduais Municipais


IOF IPVA IPTU
IPI ICMS ISS
II ITCMD ITBI
IE
IR
ITR
IGF

2. Taxas

- Tributos vinculados;
- Criados por Lei Ordinária;
- Competência comum;
***Não podem ter base de cálculo própria de impostos.

Tipos de taxas:

f) Serviço: quando o Estado presta serviço público


específico e divisível. Se for indivisível é
inconstitucional.
g) Polícia: O Estado exerce fiscalização, vigilância.

CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA

- Tributos vinculados: realização da obra, valorização do


imóvel.
- Criados por Lei Ordinária;
- Competência comum;

O CTN prevê dois limites:


a) Global: custo da obra – dividir entre os beneficiados;
b) Individual: valorização.

EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS

- Tributos restituíveis;
- Criados por Lei Complementar;
- Competência da União;

Duas hipóteses de cobrança:

1. calamidade pública ou guerra: imediata;


2. investimento público relevante: respeitada a
anterioridade.

219
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS OU PARAFISCAIS

- Qualificados pela destinação;


- Criados por Lei Ordinária;
- Competência privativa da União;
- Podem ter Fato gerador e base de cálculo de impostos;

São três tipos:

1. Interesses das categorias profissionais.


Contribuições Sindicais;
2. CIDE
3. Contribuições Sociais ou Previdenciárias. Ex: COFINs.

ART. 14 CTN

- Lembrar que, para que as entidades de assistência e


educação serem imunes e necessário preencher três requisitos:

a) não existir distribuição de renda e patrimônio;


b) empregar integralmente seus recursos no Brasil;
c) manter escrituração dos livros.

OBRIGAÇÃO PRINCIPAL E ACESSÓRIA (Art. 113, § 1º do CTN)

No direito tributário o acessório não segue o principal. E a


obrigação acessória não decorre de lei formal.

No direito tributário, tudo que se paga é obrigação principal,


inclusive multa.

A obrigação tributária principal tem o seu fato gerador previsto


na lei formal, enquanto a obrigação acessória está na
“legislação tributária” (Art. 96).

LANÇAMENTO

Existem 3 modalidades de lançamento:

a) Lançamento direto ou de ofício: é aquele feito pelo fisco,


sem participação do contribuinte. Ex: IPTU.
OBSERVAÇÃO: O IPVA do carro zero é por homologação, pois o fisco
não sabe que você comprou.

b) Lançamento misto ou por declaração: é aquele realizado com


base em informações prestadas pelo contribuinte. Ex: II.

c)Auto-lançamento ou por homologação: é aquele feito com


antecipação do pagamento. Ex: ICMS.

QUASE TODOS OS TRIBUTOS SÃO POR HOMOLOGAÇÃO.

220
INTERPRETAÇÃO TRIBUTÁRIA

Art.111 – Interpreta-se literalmente a lei tributária:

I – suspensão ou exclusão de crédito;


II – outorga de isenção;
III – dispensa de obrigação acessória.

Art. 112. Interpreta-se de modo mais favorável a lei tributária


sobre infrações e penalidades.

EXECUÇÃO FISCAL

Obs: Não existe reconvenção na execução fiscal, em virtude de na


existir contestação. A defesa é realizada por meio de embargos.

Na execução fiscal a inicial e o título executivo são um só


documento: A CERTIDÃO DA DÍVIDA ATIVA.

Qualquer emenda ao CDA somente poderá ser feita até a


propositura da ação.

Os prazos na execução fiscal são de:


a) 5 dias para garantir o juízo; e
b) 30 dias para embargar.

SUPER SIMPLES (LER A LEI COMPLEMENTAR 123/06)

- É um regime de recolhimento unificado de tributos.


- É sistema opcional (ninguém é obrigado).
- Vale para micro e pequenas empresas.Agora inclui ICMS e ISS.

TRIBUTAÇÃO AS IMPORTAÇÕES E EXPORTAÇÕES

“Quando importo um produto pago tudo que é imposto, mas na


exportação só incide o IE”.

IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

- São normas constitucionais que afastam a incidência de


IMPOSTOS.
OBS: IMUNIDADE E ISENÇÃO NÃO AFASTAM OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. SÓ
ATINGEM A OBRIGAÇÃO PRINCIPAL.

Diferenças entre imunidade e isenção:

IMUNIDADE ISENÇÃO
Está na CF Mora na lei
Limita a competênc. Dispensa o pgto
Não afasta imposto Qq tributo
Interpret. ampliativ De modo literal

221
IMUNIDADES CONSTITUCIONAIS RELEVANTES

Espécies: (art. 150, VI, CF)

1. Imunidade recíproca (art. 150, VI, “a” CF)


- União, Estados e Municípios: não pagam IMPOSTOS uns aos
outros;
- vale também para as autarquias e fundações públicas.

2. Templos de qualquer culto (art. 150, VI, “b” CF)


- instituições religiosas não pagam IMPOSTOS.
- vale também para as áreas contíguas (estacionamento, casas
sacerdotais).

3. Partidos políticos e suas fundações (art. 150, VI, “c” CF)


- Sindicato de trabalhadores (patronal paga);
- entidades de educação sem fim lucrativo.
- entidades de assistência social sem fim lucrativo OBS:
(TAMBÉM SÃO IMUNES A CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. Art. 195, § 7º CF)

4. Livros, jornais, periódicos e o papel para a sua impressão


(art. 150, VI, “b” CF)
- Aqui se trata de imunidade objetiva do produto e não da
editora, que terá que pagar outros impostos pessoais. Ex: IPTU,
IPVA, IR etc.

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

Atributos:

a) indelegabilidade;
b) privatividade;
c) facultatividade;
d) irrenunciabilidade;
e) incaducabilidade; e
f) inampliabilidade.

MATÉRIAS RESERVADAS A LEI COMPLEMENTAR

a) empréstimos compulsórios;
b) empréstimos de grandes fortunas;
c) impostos residuais;
d) contribuições previdenciárias residuais;
e) conflitos de competência tributária;limitação
constitucional ao poder de tributar;
f) normas gerais em direito tributário(lançamento, crédito,
obrigação, base de cálculo e fato gerador).
g) Fato gerador do ISS;
h) Adequado tratamento ao ato cooperativo.
LEMBRAR QUE A MP NÃO TRATA DE MATÉRIA DE LC.

222
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS (ART. 157 e 158 da CF)

Art. 157. Pertencem aos Estados e DF:


- 100% do IR sobre a remuneração de servidores estaduais e
distritais;
- 20% de impostos residuais.

Art. 158. Pertencem aos Municípios:


- 100% do IR sobre a remuneração de servidores municipais;
- 50% sobre o ITR, facultada a totalidade se o município
firmar convênio com a União.
- 50% do IPVA;
- 25% do ICMS.

SUBMETEM-SE AINDA À REPARTIÇÃO DE RECEITAS OS SEGUINTES


TRIBUTOS:

- IPI;
- CIDE/Comb;
- IOF sobre o ouro.

223
ÉTICA E ESTATUDO DA OAB

PRIMEIRA AULA:

LEI 8.906/94 – Só

ESTATUTO OAB.................80 arts.


CÓDIGO ÉTICA.................60 arts. – metade repete o Estatuto
REGUL. GERAL DO ESTAT. OAB..180 arts.
Ementas do Tribunal de Ética e Disciplina – TED
Cada conselho seccional tem um – Cada Estado da Federação.

1 – Julga o Processo Disciplinar – função jurisdicional.


T E D – instâncias originária

2 – Orienta Advogados e Responde suas Consultas.


Aquele advogado que não sabe como agir

• PUBLICIDADE DE ADVOCACIA:

SIM –
Moderada e Discreta;
NÃO –
Rádio e TV ou Outdoor;
NÃO –
Associar com empresa diferente;
SIM –
Nome completo e número OAB;
NÃO –
Foto do profissional;
SIM –
Títulos, mestrado etc.;
SIM –
Mala direta para sua carteira de clientes;
SIM –
Entrevista pode dar, menos sobre proc. específico ou de
outros colegas;
NÃO – Consultas em programas de TV, só ensinar como é;
NÃO – Fornecer na TV telefone / endereço do escritório.

O irregular sofre pena de SENSURA.

3 – Mediar os conflitos entre advogados.

- Dois advogados discutindo direitos.


- Antes de virar processo disciplinar tenta conciliar.

• A 1ª e 2ª funções VIRA EMENTA.


• A 3ª função VIRA PROCESSO DISCIPLINAR – remete a 1ª função.

EMENTA: Repete lei, apenas complementa.

ADIN 1127-8 –> art. 133 CF – advogado indisponível.


Art. 7º EOAB – direitos do advogado exercer.
Dizem que fere a isonomia – Ex.: 7º IV e VII da CF.

224
 AMB – Assoc. Magistr. Brasil. Ajuizou ADIN, pedindo para
STF liminar para declarar inconstitucional que apenas
SUSPENDE EFICÁCIA, não declara, SUSPENDE. Na ADIN 1127-8.
 ADIN não declara nada, apenas SUSPENDE.
• No art. 7º, IV – “ter a presença de representante da OAB”
está SUSPENSO pela ADIN.

- Deve ter apenas comunicação expressa, só.

• IMUNIDADES PROFISSIONAIS

CRIMES ANTES PÓS COM ADIN


EOAB EOAB 1127-8

Difamação C Ñ Ñ

Injúria C Ñ Ñ

Desacato C Ñ C -> voltou a ser


crime após a
Calúnia C C C ADIN.

Tergiversação C C C

RAZÕES FINAIS ORAIS -> CLT 10 min.


EOAB 15 min.
ADIN Quando previsto vale ele, quando
não previsto aplica o de 15 min.

ATIVIDADES ADVOCACIA:

Art.1º - PRIVATIVO: advogado. (bacharel e estagiário não).

-- ADIN criou exceção judicial na postulação.


-- Não é mais privativo pela ADIN:

. Justiça do Trabalho 1ª fase / Recursos é privativo.


. Justiça de Paz (casamento) não precisa advogado.
. Juizado Especial (JEPEC Lei 9.099/95)

-- Lei 10.259/01 = de 20 a 60 salários mínimos (aplica a regra


porque a lei não falou nada).

CÍVEL: de 00 a 20 s.m. – Não


de 20 a 40 s.m. – Sim
2º grau sempre - Sim

225
Exceção Legal: HC qualquer um pode interpor (art.1º, $1º, EOAB)

Revisão Criminal
Hábeas Data precisam advogado.

Art.1º, $2º, EOAB = Atos e contratos devem ser visados por


Advogado, senão é NULO.
EXCEÇÃO: Lei 9841/99 – ME e EPP não precisa.

Art.1º, $3º, EOAB = Advocacia em conjunto com outra atividade,


não pode, sob pena de INCULCAÇÃO = Captação
de Clientela.

Art.2º repete a CF.


Art.3º, $2º = Estagiário regularmente inscrito. (Art.29 reg.
geral OAB).

1- Carga e devolução de processo;


Estagiário 2- Obter certidão no cartório;
pode sozinho 3- Assinar petição de juntada documentos;
4- Atividades extrajud. autorizado pelo adv.

Art.4º - Nulidades: Atos privativos do advogado, se feitos por


outro é NULO.

Efeitos da Nulidade:

1- Absoluta;
2- Declarada de ofício;
3- Requerida por qualquer pessoa interessada;
4- Não convalesce com o tempo;
5- É imprescritível;
6- Não se ratifica pela parte interessada;
7- Não pode ser suprida ou sanada;
8- Anula efeitos do ato jurídico “ab initio” ou “ab ovo”.

Art.5º - Mandato Judicial (art.8º, XXIV, Código de Ética).


Mandato é representação. Não é procuração, esta é
instrumento do mandato, é contrato.

- Mandato – contrato – é verbal.


- Procuração – instrumento – é escrito.

$1º - Urgência pode realizar ato sem procuração – 15 dias para


juntada da mesma. Prazo é do 1º ato no processo.

$2º - Poderes para todos atos judiciais, qualquer juízo ou


instância, ou seja, foro geral (ad juditia).
Poder especial deve ser expresso (ad juditia et extra).
Ex.: substabelecer.

226
EXTINCÇÃO DO MANDATO

1º - REVOGAÇÃO: ato unilateral do cliente:


. Ciência inequívoca do advogado;
. Juntada da revogação nos autos.

2º - RENÚNCIA: ato unilateral do advogado:


. Ciência inequívoca do cliente;
. Juntada da renúncia no autos.
. Permanece no patrocínio ainda 10 dias, salvo se
substituído antes.

3º - ARQUIVAMENTO: dos autos ou extinção do processo – neste


caso presume-se que o mandato extinguiu.

4º - SUBSTABELECIMENTO SEM RESERVA DE PODERES: advogado passa


seus poderes para outro.
. Forma consensual, todos aceitam, inclusive cliente.
. Com reserva de poderes fica os 2 no processo.

5º - SUBSTITUIÇÃO COM RESERVA: advogado substabelecido somente


poderá exigir honorários do cliente
CAI* outorgante com anuência expressa do advogado
substabelecente.
. Neste caso se tem cessão de crédito do substabelecente,
que é quem tem direito de receber.

CÓDIGO DE ÉTICA

Art.8º - não pode haver dúvidas ao cliente, ou seja, todos os


riscos da demanda devem ser comunicados e explicados.

Arts.: 18, 19 e 20 – Leitura obrigatória – Código de Ética.

SEGUNDA AULA:

INSCRIÇÃO OAB – 8º a 14º - EOAB

Requisitos: Ver art.8º

a) Capacidade Civil -> maior e sano;


b) Diploma ou Certidão de graduação em Direito;
c) Título de eleitor e reservista;
d) Aprovação em exame de ordem;
e) Não exercer atividade incompatível (proibição total)– art.28.
Ver também artigo 30 (impedidos) para diferenciar.

INCOMPATIBILIDADE – proibição total para exercer advocacia.


IMPEDIMENTO – proibição parcial para exercer advocacia. –
Quando existe a expressão CONTRA, só pode
ser impedimento.

227
 Impedido pode prestar exame normal, mas não pode se
inscrever, então não tem carteira, logo não pode suspender.
Deve pedir certidão de aprovação (perpétua) depois faz o que
quiser, pede demissão do cargo ou espera aposentadoria.

- Médico legista é incompatível – Exerce atividade policial


indireta – funcionário da Secretaria da Segurança Pública.
- Idoneidade moral não tem conceito, pode ser quem praticou
crime infamante. Não pode ser advogado.
- CRIME INFAMANTE: contrário à honra, a dignidade e a boa fama
de quem pratica.
- Prestar compromisso perante o conselho (seccional). Faz
juramentos etc. Art.20 do regulamento geral.
É solene, formal e pessoal.

INFRAÇÃO E SANÇÃO DISCIPLINAR: Art.34 EOAB

I a XVI + XXIX  Censura ( BRANDA )

Art.34 XVII a XXV  Suspensão ( MÉDIO )


*VER*
XXVI a XXVIII  Exclusão ( GRAVE )

Não prevista  Multa

* DICA: * Infração relacionada a crime = Exclusão.

Elimina * Infração que trata de dinheiro R$, carga dos autos


90% de e inépcia profissional = Suspenção.
chance
de erro * Ato é sujeito a censura – o correto é decorar.
O que não é exclusão ou suspensão poderá ser
censura.

 Não existe sociedade de fato de advogados.


 Sociedade de advogados se registra na OAB.

Por que o inciso XXIX é subido para censura? Porque penaliza o


estagiário – estagiário só sofre censura, nada mais.

SANÇÃO DISCIPLINAR: Existem 4: Censura


Suspensão
Exclusão
Multa – art.39

228
1 – MULTA:

- É sanção acessória, agravante da censura e da suspensão.


- Não se pune só com multa. Ela é para agravar.
- É sanção pecuniária.
- Valor de 1 anuidade até 10 anuidades.
- Dinheiro arrecadado com multas vai para o conselho seccional.

2 – CENSURA:
- Mais leve das sanções.
- Não é sanção pública.
- Registra no prontuário do advogado.
- Ela se aplica:
Infração art.34, I ao XVI + XXIX;
Infração ao Código de Ética todo;
Aplicação residual, tudo que não previu pena
no EOAB.

- Atenuantes do art.40 – converte em advertência apenas.


- A advertência é escrita, mas não registra no prontuário.

3 – SUSPENSÃO: ( o que + CAI* )

- Art.37, EOAB.
- É proibição do exercício da advocacia em todo o território
nacional. (se for inscrito em outra seccional, não pode).

- CONSELHO FEDERAL
ÓRGÃOS
OAB - CONSELHO SECCIONAL (TED) Advogado se inscreve neste,
do seu Estado.
- SUBSEÇÃO

- Para advogar em outro conselho com mais de 05 causas por ano,


deve fazer inscrição suplementar – Outro Estado – Paga nova
anuidade.

- O TED ( TRIBUNAL DE ÉTICA E DISCIPLINA ) fica no conselho


seccional (ESTADO).

- A CAIXA DE ASSISTÊNCIA AO ADVOGADO é estadual também, está no


conselho seccional.

- É sanção pública – sai no D.O.


- Ela se aplica: Infração art.34 XVII a XXV;
Reincidência em infração disciplinar – ou
seja, vai direto para suspensão;
Reincidência específica.

- ART.37, II, DE CENSURA – (Suspensão e Exclusão não tem).

229
ATENÇÃO PRAZO: CAI*

REGRA – mínimo 30 dias / máximo 12 meses.


EXCEÇÃO - 34, XXI – mínimo 30 d. / máximo até prestar contas
ao cliente.
34, XXIII – mínimo 30 d. / máximo até pagar com juros
e correção.
34, XXIV – mínimo 30 d. / até aprovação em novas
provas de admissão. Não exclui, é
suspenso.

-> O ÚNICO ATO VÁLIDO DO ADVOGADO SUSPENSO É O SUBSTABELECIMENTO

SUSPENSÃO PREVENTIVA – Cai toda prova*

- Para alcançar sanção, deve haver processo disciplinar.


- Quem julga o processo disciplinar é o TED.
- O TED é do Conselho Seccional.

- TED competente para julgar é o do local dos fatos, porque está


próximo das provas.
- Prazos no processo administrativo são todos 15 dias.
- Sustentação oral é 15 minutos.
- Quem aplica a pena é o Conselho Seccional da inscrição
principal do advogado.

PREVENTIVA – Infração muito grave.


Evita que advogue até acabar o proc. disciplinar.

Infração ------ Processo disciplinar ------ Sanção


 Suspensão preventiva

- Depois da infração e antes do processo disciplinar ela ocorre.


- Tipo cautelar.
- É aplicada pelo Conselho Seccional da Inscrição, que julgará.

QUEM APLICA A SUSPENSÃO PREVENTIVA?


-> TED do Conselho Seccional da inscrição principal do advogado,
que também julgará.

QUANDO SE APLICA A SUSPENSÃO PREVENTIVA?


-> Quando a infração gerar repercussão negativa à dignidade da
advocacia.

QUAIS OS REQUISITOS DA SUSPENSÃO PREVENTIVA?


-> 1- Notifica acusado para comparecer à sessão especial no TED.
2- Julgar o processo disciplinar no prazo máximo de 90 dias.
Não há na lei prazo para suspensão, só prazo do processo.
A suspensão deve durar enquanto for necessária.

230
4 – EXCLUSÃO: 38, EOAB.

- Mais grave.
- Gera cancelamento da inscrição do advogado.
- Sanção pública – publica-se no D.O.
- Aplica-se:
- Infração XXVI a XXVIII;
- Aplicação da 3ª suspensão (pode, não deve);
- Exige quorum para tanto.

- Para excluir precisa de parecer favorável do Conselho


Seccional de 2/3 dos membros. Senão não exclui. SEMPRE.

OBS.: Cometeu infração de CENSURA + CENSURA = SUSPENSÃO


Cometeu infração de CENSURA + CENSURA = SUSPENSÃO
Cometeu infração de CENSURA + CENSURA = SUSPENSÃO

3 SUSPENSÕES
||
EXCLUSÃO

231
ANEXOS – MATERIAL COMPLEMENTAR

DIREITO COMERCIAL:

LEI 11.101/05 – NOVA LEI DE FALÊNCIAS E RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS

Seção II

Da Verificação e da Habilitação de Créditos

Art. 7o A verificação dos créditos será realizada pelo


administrador judicial, com base nos livros contábeis e
documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que
lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o
auxílio de profissionais ou empresas especializadas.

§ 1o Publicado o edital previsto no art. 52, § 1o, ou no


parágrafo único do art. 99 desta Lei, os credores terão o prazo
de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial
suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos
relacionados.

§ 2o O administrador judicial, com base nas informações


e documentos colhidos na forma do caput e do § 1o deste artigo,
fará publicar edital contendo a relação de credores no prazo de
45 (quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo do § 1o
deste artigo, devendo indicar o local, o horário e o prazo comum
em que as pessoas indicadas no art. 8o desta Lei terão acesso
aos documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação.

Art. 8o No prazo de 10 (dez) dias, contado da publicação


da relação referida no art. 7o, § 2o, desta Lei, o Comitê,
qualquer credor, o devedor ou seus sócios ou o Ministério
Público podem apresentar ao juiz impugnação contra a relação de
credores, apontando a ausência de qualquer crédito ou
manifestando-se contra a legitimidade, importância ou
classificação de crédito relacionado.

Parágrafo único. Autuada em separado, a impugnação será


processada nos termos dos arts. 13 a 15 desta Lei.

Art. 10. Não observado o prazo estipulado no art. 7o, §


o
1 , desta Lei, as habilitações de crédito serão recebidas como
retardatárias.

§ 1o Na recuperação judicial, os titulares de créditos


retardatários, excetuados os titulares de créditos derivados da

232
relação de trabalho, não terão direito a voto nas deliberações
da assembléia-geral de credores.

§ 2o Aplica-se o disposto no § 1o deste artigo ao


processo de falência, salvo se, na data da realização da
assembléia-geral, já houver sido homologado o quadro-geral de
credores contendo o crédito retardatário.

§ 3o Na falência, os créditos retardatários perderão o


direito a rateios eventualmente realizados e ficarão sujeitos ao
pagamento de custas, não se computando os acessórios
compreendidos entre o término do prazo e a data do pedido de
habilitação.

§ 4o Na hipótese prevista no § 3o deste artigo, o credor


poderá requerer a reserva de valor para satisfação de seu
crédito.

§ 5o As habilitações de crédito retardatárias, se


apresentadas antes da homologação do quadro-geral de credores,
serão recebidas como impugnação e processadas na forma dos arts.
13 a 15 desta Lei.

§ 6o Após a homologação do quadro-geral de credores,


aqueles que não habilitaram seu crédito poderão, observado, no
que couber, o procedimento ordinário previsto no Código de
Processo Civil, requerer ao juízo da falência ou da recuperação
judicial a retificação do quadro-geral para inclusão do
respectivo crédito.

Art. 11. Os credores cujos créditos forem impugnados


serão intimados para contestar a impugnação, no prazo de 5
(cinco) dias, juntando os documentos que tiverem e indicando
outras provas que reputem necessárias.

Art. 12. Transcorrido o prazo do art. 11 desta Lei, o


devedor e o Comitê, se houver, serão intimados pelo juiz para se
manifestar sobre ela no prazo comum de 5 (cinco) dias.

Parágrafo único. Findo o prazo a que se refere o caput


deste artigo, o administrador judicial será intimado pelo juiz
para emitir parecer no prazo de 5 (cinco) dias, devendo juntar à
sua manifestação o laudo elaborado pelo profissional ou empresa
especializada, se for o caso, e todas as informações existentes
nos livros fiscais e demais documentos do devedor acerca do
crédito, constante ou não da relação de credores, objeto da
impugnação.

Art. 14. Caso não haja impugnações, o juiz homologará,


como quadro-geral de credores, a relação dos credores constante

233
do edital de que trata o art. 7o, § 2o, desta Lei, dispensada a
publicação de que trata o art. 18 desta Lei.

Seção II

Da Classificação dos Créditos

Art. 83. A classificação dos créditos na falência


obedece à seguinte ordem:

I – os créditos derivados da legislação do trabalho,


limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor,
e os decorrentes de acidentes de trabalho;

II - créditos com garantia real até o limite do valor do


bem gravado;

III – créditos tributários, independentemente da sua


natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas
tributárias;

IV – créditos com privilégio especial, a saber:

a) os previstos no art. 964 da Lei no 10.406, de 10 de


janeiro de 2002;

b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais,


salvo disposição contrária desta Lei;

c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de


retenção sobre a coisa dada em garantia;

V – créditos com privilégio geral, a saber:

a) os previstos no art. 965 da Lei no 10.406, de 10 de


janeiro de 2002;

b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei;

c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais,


salvo disposição contrária desta Lei;

VI – créditos quirografários, a saber:

a) aqueles não previstos nos demais incisos deste


artigo;

b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da


alienação dos bens vinculados ao seu pagamento;

234
c) os saldos dos créditos derivados da legislação do
trabalho que excederem o limite estabelecido no inciso I do
caput deste artigo;

VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por


infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas
tributárias;

VIII – créditos subordinados, a saber:

a) os assim previstos em lei ou em contrato;

b) os créditos dos sócios e dos administradores sem


vínculo empregatício.

§ 1o Para os fins do inciso II do caput deste artigo,


será considerado como valor do bem objeto de garantia real a
importância efetivamente arrecadada com sua venda, ou, no caso
de alienação em bloco, o valor de avaliação do bem
individualmente considerado.

§ 2o Não são oponíveis à massa os valores decorrentes de


direito de sócio ao recebimento de sua parcela do capital social
na liquidação da sociedade.

§ 3o As cláusulas penais dos contratos unilaterais não


serão atendidas se as obrigações neles estipuladas se vencerem
em virtude da falência.

§ 4o Os créditos trabalhistas cedidos a terceiros serão


considerados quirografários.

Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e


serão pagos com precedência sobre os mencionados no art. 83
desta Lei, na ordem a seguir, os relativos a:

I – remunerações devidas ao administrador judicial e


seus auxiliares, e créditos derivados da legislação do trabalho
ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços
prestados após a decretação da falência;

II – quantias fornecidas à massa pelos credores;

III – despesas com arrecadação, administração,


realização do ativo e distribuição do seu produto, bem como
custas do processo de falência;

IV – custas judiciais relativas às ações e execuções em


que a massa falida tenha sido vencida;

235
V – obrigações resultantes de atos jurídicos válidos
praticados durante a recuperação judicial, nos termos do art. 67
desta Lei, ou após a decretação da falência, e tributos
relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da
falência, respeitada a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei.

Seção III

Do Pedido de Restituição

Art. 85. O proprietário de bem arrecadado no processo de


falência ou que se encontre em poder do devedor na data da
decretação da falência poderá pedir sua restituição.

Parágrafo único. Também pode ser pedida a restituição de


coisa vendida a crédito e entregue ao devedor nos 15 (quinze)
dias anteriores ao requerimento de sua falência, se ainda não
alienada.

Seção IV

Do Procedimento para a Decretação da Falência

Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:

I – sem relevante razão de direito, não paga, no


vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos
executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40
(quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência;

II – executado por qualquer quantia líquida, não paga,


não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do
prazo legal;

III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se


fizer parte de plano de recuperação judicial:

a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou


lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar
pagamentos;

b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com


o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio
simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a
terceiro, credor ou não;

c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não,


sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens
suficientes para solver seu passivo;

236
d) simula a transferência de seu principal
estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a
fiscalização ou para prejudicar credor;

e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída


anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados
suficientes para saldar seu passivo;

f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com


recursos suficientes para pagar os credores, abandona
estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local
de sua sede ou de seu principal estabelecimento;

g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação


assumida no plano de recuperação judicial.

§ 1o Credores podem reunir-se em litisconsórcio a fim de


perfazer o limite mínimo para o pedido de falência com base no
inciso I do caput deste artigo.

§ 2o Ainda que líquidos, não legitimam o pedido de


falência os créditos que nela não se possam reclamar.

§ 3o Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o


pedido de falência será instruído com os títulos executivos na
forma do parágrafo único do art. 9o desta Lei, acompanhados, em
qualquer caso, dos respectivos instrumentos de protesto para fim
falimentar nos termos da legislação específica.

§ 4o Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, o


pedido de falência será instruído com certidão expedida pelo
juízo em que se processa a execução.

§ 5o Na hipótese do inciso III do caput deste artigo, o


pedido de falência descreverá os fatos que a caracterizam,
juntando-se as provas que houver e especificando-se as que serão
produzidas.

Art. 98. Citado, o devedor poderá apresentar contestação


no prazo de 10 (dez) dias.

Parágrafo único. Nos pedidos baseados nos incisos I e II


do caput do art. 94 desta Lei, o devedor poderá, no prazo da
contestação, depositar o valor correspondente ao total do
crédito, acrescido de correção monetária, juros e honorários
advocatícios, hipótese em que a falência não será decretada e,
caso julgado procedente o pedido de falência, o juiz ordenará o
levantamento do valor pelo autor.

www.planalto.gov.br

237
DIREITO PENAL:

INFORMAÇÕES DE PENAL E PROCESSO PENAL

LUIZ FLÁVIO GOMES

- Princípio da Insignificância ou Bagatela: STJ e STF


aceitam bem este princípio.
Exclui a TIPICIDADE MATERIAL.
Ler no livro de processo penal mais sobre o princípio.

- Progressão de regime em crime hediondo: Pela lei integral


fechado. Não progride. STF está discutindo. Está 4x2 para
inconstitucionalidade. PORTANTO, PARA OAB, JÁ CABE
PROGRESSÃO EM CRIME HEDIONDO. A proibição fere o
princípio da individualização da pena.

- Pena substitutiva em crime hediondo: STJ e STF estão


aceitando. Salvo crime violento. Ex: tráfico não tem
violência, portanto, está cabendo substituição de pena.
Isso se dá porque a lei não proíbe expressamente, e a lei
penal não pode interpretar a lei em prejuízo do réu. A
lei restritiva deve ser expressa, e não há proibição para
tal, o que faz ser possível a substituição de pena.

- Crime Tributário: contribuinte discutindo o tributo na


via fiscal, é IMPOSSÍVEL INSTAURAR PROCESSO PENAL. A via
fiscal vincula a via penal. Enquanto se discute se deve
ou não o tributo, não haverá processo penal.

- Aborto Anencefálico / hidranencefálico: (1º feto com


crânio mal formado), (2º feto com excesso de líquido
aminiótico).
• Nenhum dos dois tem chance de vida, o feto não sobrevive.
• A lei não prevê nada sobre o assunto.
• Hoje em dia os tribunais (STF) aceitam – NÃO É CRIME.

* A lei permite 2 tipos de aborto: Risco de vida para a mãe.


Resultante de estupro.

• Não está na lei, mas está permitido, os dois de cérebro


acima.

- Arma desmuniciada: STF decidiu que não é delito.


Falta potencialidade lesiva. Não é arma de fogo.

- Arma de brinquedo: Brinquedo não é arma. Não agrava o roubo.


Serve para intimidar, é verdade, portanto, serve para
praticar o roubo, mas não o agrava. Decisão do STF.

238
Ex: boneco inflável para co-autoria. É de brinquedo, não pode
ser co-autor de crime. Brinquedo não comete crime.

- Descumprimento de transação penal: Acordo no juizado.


1) Não cabe prisão – NUNCA.
2) STJ e STF decidiram: Deve oferecer a denúncia, inicia o
processo que foi trocado pela pena alternativa.
É posição criticada, mas é a jurisprudência do STJ e STF.

- Responsabilidade penal da pessoa jurídica: CF:


1) Crime econômico – ainda não tem lei.
2) Crime ambiental – tem lei que regulamenta.

No caso do 2 (crime ambiental), a lei é válida, e processa a


pessoa jurídica + a pessoa física responsável pelo crime.
É a TEORIA DA DUPLA IMPUTAÇÃO – (jurídica + física).
Responsabilidade pela por Ricochete, Indireta ou Mediata.

239
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB:

COMPLEMENTO DE ÉTICA

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

- Contrato de honorários verbal? Pode normal.


- Advogado corre o risco de sofrer pelo arbitramento.
- Mais difícil de executar, mais pode sim.

VERBAS SUCUMBENCIAIS: - Custas Processuais


- Honorários do Adv. da parte contrária.
(parte + advogado)

PODE RECEBER:

- Convencionado + Sucumbenciais.
- Arbitrados + Sucumbenciais.

- Convencionado + Arbitrado = NÃO.

EMPATE: “Sucumbência Recíproca”: Ninguém atinge o bem postulado.


Cada parte paga o seu advogado.

BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA

- Não paga os sucumbenciais. ( Custas Proc. + Honor. parte


contra )

- Em qualquer hipótese o juiz condena na sucumbência, mais


depois
suspende a exigibilidade.

 Se mudar a situação financeira do condenado ele deverá


pagar. Art.25 = 5 anos prescreve honorários SEMPRE.
 Tem 5 anos para cobrar honorários, a partir do trânsito da
sentença que os fixou.

VALOR: - De 10 a 20 por cento do valor da causa;


- Sem cunho financeiro juiz usa a tabela da OAB para
fixar.

EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO DE HONORÁRIOS: Só por meio de pagamento.

- É anti-ético receber em bens.


- Não é atividade mercantil.
- REGRA deve receber em pecúlia.

TEM EXCEÇÃO: que é a “quota litis”.

240
HONORÁRIOS COM CLÁUSULA “QUOTA LITIS”:

- Advogado pode receber parte da vantagem obtida no processo.


- Participa dos bens do cliente = é exceção.

REQUISITOS PARA QUE ISSO SEJA POSSÍVEL:

1- Contrato escrito;
2- Cliente deixe consignado que não tem dinheiro para pagar;
3- Quota do adv. seja menor que a do cliente. TED limita em 30%

- Assim sendo pode a “quota litis”.


- Nesse caso as custas processuais o adv. deve adiantar.

QUOTA LITIS -> FAZ PARTE DOS HONORÁRIOS CONVENCIONADOS.

HONORÁRIOS “AD EXITO”:

- Contrato pelo êxito;


- Adv. vai receber somente se ganhar a causa;
- É chamado de contrato de risco.

DIFERENÇA: QUOTA LITIS = BEM


AD EXITO = DINHEIRO

SIGILO PROFISSIONAL

- Toda informação do adv. recebida EM RAZÃO DA PROFISSÃO é


sigilo.
- Criou-se inviolabilidade do escritório ou local de trabalho.
SALVO: mandado judicial.

- Arquivos também são invioláveis, qualquer tipo, até


computador.

• MANDADO GENÉRICO não pode, tem que ser específico.


• É SIGILO DE ORDEM PÚBLICA, pois está na lei.

2 EXCEÇÕES: 1)Quando houver grave ameaça ao direito à vida ou à


honra. (Crime ainda não aconteceu – ameaça).
autorizam Depois do crime não pode mais quebrar o sigilo.
a quebra
do sigilo. 2)Própria defesa do advogado quando este tenha sido
atacado pelo cliente, nos limites da acusação.
Ex:
cliente acusa adv. de não ter entrevistado.

- Advogado intimado é OBRIGADO a comparecer.


- Só NÃO É OBRIGADO a depor quebrando sigilo.
- Nem se CLIENTE AUTORIZAR, nem se o advogado QUISER, NÃO PODE.

241
- PORQUE É DE ORDEM PÚBLICA, PROIBIDO POR LEI.
- SÓ PODE NOS 2 CASOS ACIMA DE EXCEÇÕES, MAIS NADA.

PUBLICIDADE NA ADVOCACIA

- Pode advogado fazer publicidade? SIM !


- Desde que:
1- Moderada;
2- Discreta.  Só nesse limite, assim pode normal.
- Jornais, Revistas = PODE.
- Rádio e Televisão = NÃO PODE.

REQUISITOS:

- Sempre com nome completo do advogado e OAB;


- Se sociedade seu nome e OAB também;
- NÃO PODE TER FOTO NUNCA;
- Títulos pode colocar, desde que verdadeiros;
- Ação específica que atua não pode, só a área. EX: Criminal, e
não, por exemplo: homicídio, inventários, aposentadoria, etc.
- Cargos ocupados NÃO PODE. Caracteriza captação de clientela.
É chamada de INCULCA.
- INCULCA gera pena de censura. (Captação de clientela).

OBS.: Cartão de advogado é publicidade, aplica-se as regras


acima.
Ofício do escritório também pode ser.
Estagiário não pode participar da publicidade.
(cartão, placas indicativas, folhas do escritório).
- Na folha pode constar o seu nome, mas deve especificar
claramente “ESTAGIÁRIO”.

- PATROCÍNIO não pode nenhum, não mistura com advocacia.


- Porque não é atividade mercantil, que usa esse meio de
marketing.

- PODE dar entrevista em rádio, TV, jornal, normalmente.


- NÃO PODE: 1) tratar de caso sob seu patrocínio;
2) causa de patrocínio de colega;
3) dar consulta na imprensa (fere pessoalidade).

• Todas as mesmas regras se aplicam à Internet;


• Foto do escritório também não pode;
• Mala direta PODE, mas depende:

 Para quem já é cliente é que pode.


 Potencial cliente ou não cliente NÃO PODE.

242
PROCESSO NA OAB

- Fundamento legal no artigo 68.

DISCIPLINAR: entre a infração e a sanção disciplinar.


PROCESSO Apura se houve infração e sanção a
aplicar.
DEMAIS PROC: refere-se a proc. de inscrição, art.8º
EOAB, é administrativo, e Eleição na OAB
também.

Proc. Disciplinar: EOAB + Legisl. Proc. Penal Comum =


subsidiária.
Demais Processos : EOAB + Legisl. Proc. Penal Comum + Legisl.
Proc. Civil Comum. (casos civis) – Deve ser
nessa ordem.

Disciplinar: Penal
Demais proc: Administrativo

PROCESSO DISCIPLINAR:

Infração -------------------------> Sanção


Discipl. ( Proc. Discipl. ) Discipl.

- Quem julga é o TED – Quem julga processo é Tribunal = TED.


- TED do local dos fatos – REGRA – mais perto das provas.
- TED dá uma sentença – Cabe recurso 15 dias.
- TODOS PRAZOS AQUI SÃO DE 15 – “ESTATUTO SUPER 15”.

- QUEM JULGA É TED DO LOCAL DOS FATOS – COMO REGRA.


- QUEM APLICA A PENA É CONSELHO SECCIONAL DA INSCRIÇÃO
PRINCIPAL.

2 EXCEÇÕES À COMPETÊNCIA:

Conselho 1) Infração cometida direto contra


Federal Conselho Federal, é ele mesmo que
julga. C. FEDERAL

Conselho CAASP
Seccional caixa 2) Suspensão Preventiva, art.70, §3º.
Conselho Seccional que suspende, ele
mesmo que julga também. C.FEDERAL
Subsecção

SUSPENSÃO PREVENTIVA:

- Aplica quando a infração causar repercussão negativa à

243
dignidade da advocacia. Ex.: advogado do chinês de SP tentou
pagar polícia.

- Momento é após a infração, antes do processo disciplinar, é


CAUTELAR. É uma PENA cautelar.

- Quem aplica pena é o CONSELHO SECCIONAL DA INSCRIÇÃO


PRINCIPAL. ENTÃO QUEM SUSPENDE É O TED DO CONSELHO SECCIONAL
DA INSCRIÇÃO.

EXCEÇÃO À REGRA DA COMPETÊNCIA: LEMBRE-SE DA REGRA:

a) Quem julga é TED do local dos fatos.


b) Quem aplica pena é o Conselho Seccional da Inscr.
Principal.

SIGILO DO PROCESSO DISCIPLINAR:

- Ele é sigiloso.
- Apenas 3 grupos de pessoas tem acesso:

1- As partes (representante e representado);


2- Procuradores constituídos nos autos (defensor da parte);
3- Autoridade judiciária competente ( TED ).

- Sendo processado ninguém fica sabendo do processo;


- Se já foi condenado aí fica sabendo porque passa ser público.

INSTAURAÇÃO DO PROC. DISCIPLINAR:

3 formas:

1) De ofício pela própria OAB (Est.72 / Cód.51):


É o conjunto de Presidentes da AOB:
- Presidente do Conselho Seccional.
- Presidente da Subsecção.
- Presidente do TED.

2) Representação da pessoa interessada.


Desde que não seja anônima, caso em que não pode.

3) Representação de qualquer autoridade: (judiciária,


policial, fazendária, etc.)

 Depois da apresentação da Defesa Prévia o processo já existe.


Ler artigos 72 do Est. e 51 do Código.
FASES DO PROCESSO DISCIPLINAR:

- São 3 fases:

244
INSTRUÇÃO Instaura, 72, nomeia relator, relator
1ª Admissibilidade da representação, propõe
arquivamento ou admite, intima para defesa prévia
15d., pode prorrogar se parte quiser, ouve
acusado/testemunhas/acus. e defesa, razões finais
sucessivas 15d. cada, relator faz relatório.

JULGAMENTO TED local dos fatos vai julgar, novo relator, novas
2ª diligências, indica o voto ao tribunal, convoca
parte para votação, relator lê o voto e indica a
pena que ele acha, sustentação oral para defender 15
min., conselheiros com dúvidas esclarece, é
perguntado quem acompanha o voto do relator, daí sai
se é condenado ou absolvido.

RECURSAL

 PRAZOS NO ESTATUTO É TUDO DE 15. 15 DIAS OU 15 MINUTOS.


 ESTATUTO DO “SUPER 15” = FÁCIL DECORAR.

Contagem dos Prazos:

 Da notificação pessoal do acusado em CR com AR.


 1º dia útil posterior ao recebimento da notificação.
(não é da juntada, é do recebimento)

 Publica na Imprensa Oficial – D.O.E. (Seccional = Estado).


 1º dia útil posterior da publicação.

245
DIREITO TRIBUTÁRIO:

ESQUEMA SINÓPTICO DE ESTUDO

IMPOSTOS EM ESPÉCIE
Municipais / Estaduais / Federais

PROF. EDUARDO DE MORAES SABBAG

I. IMPOSTOS MUNICIPAIS

1. IPTU

a) O IPTU é imposto municipal, de competência dos Municípios e


Distrito Federal (Art. 156, I, c/c Art. 147, “in fine”, ambos da
CF);

b) O sujeito passivo é o proprietário, o titular do domínio útil


(enfiteuta e usufrutuário) e o possuidor (com “animus domini”)
do bem imóvel. Diga-se que, no caso do IPTU, o bem imóvel pode
ser “por natureza” ou “por acessão física” (Ex.: ilhas);

c) O fato gerador dar-se-á com a propriedade, o domínio útil ou


com a posse de bem imóvel localizado na zona urbana. Tem-se, à
luz do elemento temporal, como ficção jurídica, a data de 1º de
janeiro como demarcadora do FG;

d) Conceito de “zona urbana”: art. 32, §1º, I a V, do CTN


É necessário preencher dois dos cinco incisos discriminados, com
os melhoramentos respectivos, para que a área possa ser
considerada “zona urbana”;

e) A base de cálculo é o valor venal do bem imóvel. É possível


atualizá-la (índices oficiais de correção monetária) por
instrumento infralegal (Ex.: decreto); todavia, a “atualização”
que represente aumento de tributo (índices acima da correção
monetária do período) somente poderá se dar por meio de lei
(Art. 97, §§1º e 2º, CTN);

f) Progressividade de Alíquotas:

- Antes da EC 29/2000: o único critério de progressividade era


aquele respaldado na “função social da propriedade” (Art. 156,
§1º, c/c Art. 182, §4º, II, ambos da CF – vide Súmula 668, STF).
Era a progressividade calcada na busca do adequado
aproveitamento da propriedade, onerando-se mais gravosamente,
ano a ano, o proprietário que mantivesse a propriedade
subaproveitada. Portanto, tal variação poder-se-ia dar de modo
gradualístico – era a “progressividade no tempo”. Dessa forma,

246
subsistia a progressividade “extrafiscal” para o IPTU, antes da
EC 29/2000.

- Após a referida Emenda: passamos a ter quatro critérios de


progressividade – “localização”, “valor”, “uso” e a “função
social” – conforme se depreende do art. 156, §1º, I e II c/c
Art. 182, §4º, II, CF). Nesse passo, exsurgiram critérios
estranhos à genuína progressividade do IPTU, dando-lhe esdrúxula
feição de “imposto pessoal”. Por essa razão, é possível afirmar
que, após a EC 29/2000, o IPTU ganhou nova progressividade – a
“fiscal” –, a par da já consagrada progressividade
“extrafiscal”. É a evidência da extensão do “princípio da
capacidade contributiva” – somente válido para impostos pessoais
(Art. 145, §1º, CF – a um caso de imposto real.

2. ISS

a) O ISS é imposto municipal, de competência dos Municípios e


Distrito Federal (Art. 156, III, CF c/c Art. 1º e seguintes da
LC 116/2003);

b) O sujeito passivo é o prestador dos serviços constantes da


lista anexa à LC 116/2003, excetuados aqueles que prestam
serviços sem relação de emprego, os trabalhadores avulsos e os
diretores e membros de Conselhos Consultivo e Fiscal de
Sociedades (Art. 2º, II, da LC 116/2003);

c) O fato gerador dar-se-á com a prestação de serviços


constantes da Lista mencionada, que conta com cerca de 230
serviços, divididos em 40 itens. Além das situações de exclusão
de contribuintes citadas na letra anterior (“...excetuados
aqueles que prestam serviços sem relação de emprego, os
trabalhadores avulsos e os diretores e membros de Conselhos
Consultivo e Fiscal de Sociedades - Art. 2º, II, da LC
116/2003”), não se dá o fato gerador na prestação de serviço de
transporte interestadual e intermunicipal (incidência do ICMS),
na prestação de serviços para o exterior (imunidade específica)
e na prestação de serviços pelo próprio ente tributante
(imunidade recíproca).

d) A base de cálculo é o preço do serviço (Art. 7º, LC


116/2003). Na impossibilidade de aferição do valor
correspondente, é possível calcular o imposto a partir de um
valor recolhido periodicamente – é o “ISS FIXO”, comum aos
profissionais liberais.

e) As alíquotas estarão disciplinadas em lei ordinária,


respeitadas as normas gerais dispostas em lei complementar.

f) É vedado à legislação ordinária estipular serviço não


previsto na lista anexa à LC 116/2003;

247
g) Os serviços da lista podem ser puros (sem utilização de
mercadorias) ou mistos (com utilização de mercadorias). Nesses
últimos, teremos as seguintes regras:

- se o serviço estiver na lista e houver emprego de mercadorias,


incide tão-somente o ISS (Art. 1º, §2º, LC 116/2003);
- se o serviço não estiver na lista e houver emprego de
mercadorias, incide tão-somente o ICMS (Art. 2º, LC 116/2003);

Ainda, de modo específico:


- em certas atividades, se o serviço estiver na lista e houver
emprego de mercadorias, incidirá o ISS sobre o serviço e o ICMS
sobre a mercadoria (ver situações específicas na lista: subitens
7.02; 7.05; 14.01; 14.03; 17.11);

h) Na repartição das receitas tributárias, o Município abocanha


uma fatia considerável do “bolo”. Vejamos:

- da União:
50% do ITR, podendo chegar a 100% (Art. 158, II, CF – EC
42/2003);
100% do IRRF (servidores públicos municipais da administração
direta);

- dos Estados:
50% do IPVA;
25% do ICMS;

i) Quanto ao local da prestação do serviço, vige a regra do


recolhimento para o Município do estabelecimento prestador.
Todavia, a LC 116/2003 trouxe 22 situações de exceção à regra
(Art. 3º, I a XXII, da LC 116/2003), nas quais o recolhimento do
imposto deverá ser feito para o Município da prestação do
serviço. Vale a pena ler os incisos, para uma ligeira noção dos
assuntos lá constantes. Entre eles, teremos serviços como
demolição, edificação de pontes, florestamento, dragagem de rio
etc.

j) A LC 116/2003 traz anexa uma lista de serviços que é


considerada pela doutrina e pela jurisprudência como “taxativa”.
Todavia, a verdade é que a quantidade de serviços abrangidos
pela fluida terminologia adotada na legislação atual, que se
vale de expressões de larga abrangência para alguns itens (“...e
congêneres”, “...de qualquer espécie”, “...quaisquer meios etc.)
permite-nos concluir que não há taxatividade clara na norma, ao
dar azo à interpretação analógica.

h) O art. 156, §3º, I, CF preconiza que competirá à lei


complementar estabelecer alíquotas máximas e mínimas sobre o
ISS. A LC 100/1999 fixou em 5% a alíquota máxima do imposto,

248
percentual confirmado pela legislação posterior – a LC 116/2003.
Quanto à alíquota mínima, o art. 88 do ADCT (acrescentado pela
EC 37/2002) trouxe a previsão de 2%. Frise-se que este
percentual não foi confirmado pela LC 116/2003, porém se deve
entender que permanece válido.

i) Atenção: a “locação de bens móveis” não é fato gerador do


ISS, à luz da LC 116/2003, uma vez que sua previsão foi vetada
na lista, conforme se pode detectar no item 3.01 (“vetado”) da
legislação atual. A celeuma estava no fato de que a legislação
anterior, com base no DL 406/68 (item 79) previa o serviço como
fato gerador. Com efeito, a locação de bem móvel não se confunde
com a “prestação de serviços”, sob pena de se alterar o conceito
de direito privado para alargar competência tributária (Art.
110, CTN). Ademais, a prestação de serviços é “obrigação de
fazer”, afeta ao dever de cumprir o serviço prometido, enquanto
a locação de bens é “obrigação de dar”, adstrita à entrega da
coisa locada ao locatário em condições de servir.

3. ITBI

a) O ITBI é imposto municipal, de competência dos Municípios e


Distrito Federal (Art. 156, II, CF). Também chamado de “sisa”,
não pode ser confundido com o ITCMD – este, sim, estadual;

b) O sujeito passivo é qualquer das partes da operação


tributária de transmissão de bem imóvel. Geralmente, é o
adquirente.

c) O fato gerador dar-se-á com a transmissão inter vivos, a


qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis (“por
natureza” ou por “acessão física”). Ademais, a transmissão de
direitos reais sobre tais bens imóveis também representa fato
gerador do tributo, ressalvados os direitos reais de garantia
(anticrese e hipoteca). É mister mencionar que o fato gerador
ocorrerá no momento do registro imobiliário, à luz do art. 530
do Código Civil, a par da jurisprudência mais abalizada do STF.
Outrossim, registre-se que a propriedade adquirida por
“usucapião” não gera a incidência do ITBI, por se tratar de modo
‘originário’ de aquisição de propriedade.
Nesse passo, a promessa particular de venda como contrato
preliminar à escritura pública de compra e alienação não é
igualmente alvo de incidência do ITBI.

d) A base de cálculo é o valor venal dos bens imóveis


transmitidos ou direitos reais cedidos.

e) Com relação às alíquotas, insta mencionar que deverão ser


proporcionais, e não progressivas, uma vez que é vedada a
progressividade para tal gravame, em função de se tratar de
imposto real (vide Súmula 656 do STF) e da ausência de previsão

249
de progressividade no texto constitucional. Portanto, não se
pode variar o ITBI em razão da presumível capacidade
contributiva do contribuinte, aplicando-se-lhe a
“proporcionalidade” – técnica de variação do imposto, com
imposição de alíquota única, graduando-se o gravame em função da
base de cálculo.

f) Há importante imunidade para o ITBI no art. 156, §2º, I, CF,


segundo a qual não incidirá o imposto nas transmissões de bens
ou direitos nas realizações de capital, fusões, incorporações,
cisões ou extinções de pessoas jurídicas. Essa regra será
excepcionada, isto é, haverá a incidência do imposto se a
atividade preponderante do ‘adquirente’ for o arrendamento
mercantil, a locação ou a compra e venda desses bens imóveis.

II. IMPOSTOS ESTADUAIS

1. ITCMD

a) O ITCMD é imposto estadual, de competência dos Estados (Art.


155, I da CF).

b) São sujeitos passivos do ITCMD o herdeiro ou legatário, na


hipótese de transmissão causa mortis, e o doador ou donatário,
caso se tratar de doação.

c) O fato gerador do imposto verifica-se com a transmissão


gratuita de quaisquer bens (móveis ou imóveis). Referida
transmissão pode se dar mediante contrato de doação ou, ainda em
razão do falecimento de seu titular (causa mortis).

d) Caso se trate de transmissão de bens imóveis, o imposto será


recolhido ao Estado da situação do bem ou ao DF, nos termos do
artigo 155, § 1º, I,da CF. Por outro lado, se houver a
transmissão de bem móvel, o ITCMD competirá ao Estado onde de
processar o inventário ou tiver domicílio o doador, ou ao DF
(artigo 155, § 1º, II, da CF).

e) Segundo dispõe o artigo 35 do CTN, a base de cálculo do ITCMD


será o valor venal dos bens ou direitos transmitidos e da
doação. A alíquota máxima do imposto será fixada pelo Senado
Federal (Resolução nº 9/92 - 8%). É importante notar que a
cobrança do ITCMD não se sujeita ao regime de alíquotas
progressivas, por ausência de disposição constitucional, devendo
ser aplicável, neste caso, a proporcionalidade, ou seja,
variação do imposto, com imposição de alíquota única, graduando-
se o gravame em função da base de cálculo.

250
2. ICMS

a) O ICMS é imposto estadual, de competência dos Estados (Art.


155, II da CF);

b) São fatos geradores do ICMS: circulação de mercadorias,


prestação de serviço de transporte interestadual, prestação de
serviço de transporte intermunicipal e a prestação de serviço de
comunicação.

c) Assim, poderão ser sujeitos passivos do ICMS pessoas que


pratiquem operações relativas à circulação de mercadorias,
importadores de bens de qualquer natureza, prestadores de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e,
finalmente, prestadores de serviço de comunicação.

d) A base de cálculo do imposto varia de acordo com o fato


tributável. Caso se trate de circulação de mercadorias, a base
de cálculo será o valor da mercadoria objeto de comercialização.
Considerando os outros fatos geradores, a base de cálculo poderá
ainda ser o preço do serviço, em se tratando de transporte e
comunicação.

e) É importante mencionar que o ICMS incide na importação de


bens, independentemente de o importador ser pessoa física ou
jurídica, contribuinte habitual ou não do imposto. Nesse caso, a
base de cálculo será o valor do bem importado.

f) Em relação às alíquotas, o Senado Federal fixará as mínimas e


as máximas, consoante expressa disposição constitucional (artigo
155,§ 2º, incisos IV e V, da CF).

g) O ICMS é um imposto não-cumulativo, compensando-se o que for


devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores,
sendo vedada a apropriação de créditos na hipótese de as
operações anteriores serem isentas ou não tributadas (artigo
155, § 2º, incisos I e II, da CF).

h) O ICMS não incide e, portanto, são hipóteses de imunidade:


(i) operações que destinem mercadorias ou serviços para o
exterior, (ii) operações que destinem a outros Estados petróleo,
inclusive lubrificantes, combustíveis, líquidos e gasosos dele
derivados e energia elétrica, (iii) sobre o ouro quando definido
em lei como ativo financeiro e (iv) nas prestações de serviços
de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons
e imagens de recepção livre e gratuita.

3. IPVA

a) O IPVA é imposto estadual, de competência dos Estados (Art.


155, III da CF).

251
b) O fato gerador do IPVA é a propriedade de veículo automotor
de qualquer espécie.

c) O sujeito passivo do imposto é o proprietário do veículo


automotor, pessoa física ou jurídica e a base de cálculo será o
valor venal de referido veículo.

d) Nos termos do artigo 155, § 6º, da CF, IPVA terá suas


alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal, podendo, ainda,
possuir alíquotas diferenciadas em razão do tipo e da utilização
do veículo.

e) Com a Emenda Constitucional nº 42/2003, a mudança na base de


cálculo do IPVA não necessita obedecer o princípio da
anterioridade nonagesimal, prevista no artigo 150, III, “c”, da
CF. Segundo o artigo 150, § 1º, da CF, a majoração da base de
cálculo deste imposto somente observa a anterioridade do
exercício seguinte.

III. IMPOSTOS FEDERAIS

1. II

a) O II é tributo de competência da União (artigo 153, I, da


CF).

b) O fato gerador do II, segundo o entendimento do Superior


Tribunal de Justiça, é a entrada real ou ficta do produto
estrangeiro no território nacional (RE 90.114/SP).
c) Os sujeitos passivos do II, nos termos do artigo 19 do Código
Tributário Nacional, poderão ser o importador, o arrematante de
produtos apreendidos ou abandonados, o destinatário de remessa
postal internacional ou o adquirente de mercadoria em
entrepostos aduaneiros.

d) Nos termos do artigo 153, § 1º, da CF, o II poderá ter suas


alíquotas modificadas por ato do Poder Executivo. Ademais, caso
haja modificação deste imposto, nos termos do artigo 150, § 1º,
da CF, não haverá necessidade de observância do princípio da
anterioridade.

2. IE

a) O IE é tributo de competência da União (artigo 153, II, da


CF).

b) O fato gerador do IE é a saída do território nacional para o


exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.

252
c) A base de cálculo do imposto, nos termos do artigo 223 do
Decreto nº 91.030/85, é o preço normal que o produto alcançaria
em uma venda em condições de livre concorrência no mercado
internacional.

d) O sujeito passivo do IE é o exportador, assim considerada


qualquer pessoa que promova a saída de produto nacional ou
nacionalizado do território nacional, segundo o artigo 27 do
Código Tributário Nacional.

e) Nos termos do artigo 153, § 1º, da CF, o IE poderá ter suas


alíquotas modificadas por ato do Poder Executivo. Ademais, caso
haja modificação deste imposto, nos termos do artigo 150, § 1º,
da CF, não haverá necessidade de observância do princípio da
anterioridade.

3. IR

a) O IR é tributo de competência da União (artigo 153, III, da


CF) informado por critérios de generalidade, universalidade e
progressividade.

b) O fato gerador do imposto é a aquisição da disponibilidade


econômica ou jurídica de renda decorrente do capital, do
trabalho ou da conjugação de ambos e de proventos de qualquer
natureza, nos termos do artigo 43 do Código Tributário Nacional.

c) O sujeito passivo do IR é pessoa física ou jurídica, titular


de renda ou provento de qualquer natureza, podendo a lei
atribuir à fonte pagadora da renda a responsabilidade pela
retenção e recolhimento do imposto.

d) A base de cálculo do imposto é o montante real, arbitrado ou


presumido da renda ou provento de qualquer natureza.

e) As alíquotas do IR serão necessariamente progressivas, nos


termos do artigo 153, § 2º, I, da CF.

f) Com a Emenda Constitucional nº 42/2003, a majoração do IR não


observa o princípio da anterioridade nonagesimal, mas somente
aquela do exercício seguinte, nos termos do artigo 150, § 1º, da
CF.

4. IPI

a) O IPI é tributo de competência da União (artigo 153, IV, da


CF).

b) Nos termos do artigo 46 do Código Tributário Nacional,


poderão ser fatos geradores do IPI: (i) importação, (ii) saída

253
de produtos industrializados de estabelecimento industrial ou
equiparado a industrial, (iii) aquisição em leilão de produto
abandonado ou apreendido e (iv) outras hipóteses especificadas
na lei.

c) Dependendo da ocorrência do FG, teremos um sujeito passivo


determinado, que poderá ser (artigo 51 do Código Tributário
Nacional): (i) o importador ou quem a lei a ele equiparar, (ii)
o industrial ou a quem a ele a lei equiparar, (iii) o
comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça a
industriais ou a estes equiparados e (iv) o arrematante de
produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.

d) A base de cálculo do imposto, no mesmo sentido, varia de


acordo com o FG, podendo ser ou o valor da operação de saída do
produto, ou o preço normal, acrescido do II e das taxas
aduaneiras ou, ainda, o preço de arrematação do produto
apreendido ou abandonado.

e) As alíquotas do IPI não são progressivas, a elas se aplicando


o princípio da proporcionalidade. Ademais, por expressa menção
constitucional, este imposto deverá ser seletivo em razão da
essencialidade dos produtos (artigo 153,§ 3º, I, da CF) e,
ainda, será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em
cada operação com o montante cobrado nas anteriores.

f) Em relação à imunidade, é importante salientar que o IPI não


incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior,
nos termos do artigo 153, § 3º, III, da CF).

g) Por fim, segundo dispõe o artigo 153, § 1º, da CF, o IPI


poderá ter suas alíquotas modificadas por ato do Poder
Executivo. Ademais, caso haja modificação deste imposto, nos
termos do artigo 150, § 1º, da CF, somente haverá necessidade de
observância do princípio da nonagesimal.

5. IOF

a) O IOF é tributo de competência da União (artigo 153, V, da


CF) que incide sobre as operações de crédito, câmbio e seguro,
ou relativas a títulos ou valores mobiliários.

b) O FG do IOF, nos termos do artigo 63 do Código Tributário


Nacional, será: (i) quanto às operações de crédito, a entrega do
montante que constitua o objeto da obrigação, (ii) quanto às
operações de câmbio, a entrega de moeda nacional ou estrangeira
e, assim, na liquidação do contrato de câmbio, (iii) quanto às
operações de seguro, a emissão de apólice ou recebimento do
prêmio e (iv) quanto às operações relativas a títulos e valores
mobiliário, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate desses.

254
c) A base de cálculo do imposto, segundo o artigo 64 do Código
Tributário Nacional, será o valor da operação, ressalvada a
hipótese de operações de seguros, nas quais a base de cálculo
será o montante do prêmio.

d) As alíquotas do IOF seguem o princípio da proporcionalidade e


variam de acordo com a natureza das operações financeiras.

e) Nas operações com ouro, quando definido em lei como ativo


financeiro ou instrumento cambial, o IOF será devido na operação
de origem e terá alíquota mínima de 1%, nos termos do artigo
153, § 5º, da CF.

f) Nos termos do artigo 153, § 1º, da CF, o IOG poderá ter suas
alíquotas modificadas por ato do Poder Executivo. Ademais, caso
haja modificação deste imposto, nos termos do artigo 150, § 1º,
da CF, não haverá necessidade de observância do princípio da
anterioridade.

6. ITR

a) O ITR é tributo de competência da União (artigo 153, VI, da


CF).

b) Nos termos do artigo 29 do Código Tributário Nacional, serão


fatos geradores do ITR: a propriedade, o domínio útil ou a posse
de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do
Município. Insta mencionar que o conceito de zona rural se dá
por exclusão, considerando-se a zona urbana do Município.

c) São sujeitos passivos do ITR, igualmente segundo o artigo 29


do Código Tributário Nacional, o proprietário, o titular do
domínio útil e o possuidor.

d) A base de cálculo do ITR será o valor fundiário do imóvel,


nos termos do artigo 30 do Código Tributário Nacional. As
alíquotas do imposto serão proporcionais e progressivas (artigo
153, § 4º, da CF), de forma a desestimular a manutenção de
propriedades improdutivas.

e) O ITR não incide sobre pequenas glebas rurais quando as


explore o proprietário que não possua outro imóvel, nos termos
do artigo 153, § 4º, da CF.
f) Por fim, a Emenda Constitucional nº 42/2003 conferiu aos
Municípios que assim optarem a possibilidade de arrecadarem e
fiscalizarem o ITR, nos termos da lei, desde que tais atividades
não impliquem renúncia de receita da União.

255
7. IGF

a) O IGF é tributo de competência da União (artigo 153, VII, da


CF) cuja instituição deverá ser efetivada por lei complementar.
Em relação a este imposto, a União ainda não exerceu sua
competência tributária.

256
PRIMEIRA AULA:

Dir. Público: Uma das partes da relação jurídica é o Estado.


Dir. Obrigacional: relação de crédito e débito.

INVASÃO
Retirar R$
= Tributo
ENTES ENTES
CREDORES DEVEDORES

Poder de tributar Dever de pagar

UNIÃO, ESTADOS, PESSOA FÍSICA


MUNICÍPIOS E DF. OU JURÍDICA.

( COMPULSORIEDADE )

LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR

Art. 150, 151 e 152 CF.


Dentro desses limites é constitucional e pode ser cobrado.

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

1- PRINC. DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA (150, I, CF, c.c. 97, CTN)

União,
Estados, Criar e Aumentar -> Tributo -> Meio de Lei
Municípios
e DF.

Por quê? Porque sendo por meio de lei, é o povo tributando a si


mesmo. Aquela velha idéia de que o povo elege um constituinte
que o representa no congresso e faz leis que serão impostas ao
que lhe passou procuração por meio do voto, o próprio povo.

REGRA: Lei ordinária:

Componentes - ALÍQUOTA
Taxativos - BASE CÁLCULO Reserva Legal
“numerus clausus” - FATO GERADOR Tipicidade Fechada
Art.97 CTN - SUJ. PASSIVO Estrita Legalidade
- MULTA

OBS.: O prazo para pagamento do tributo pode, assim, ser


estipulado em instrumento infralegal, pois não está neste rol.

257
TRIBUTOS FEDERAIS que nascem por LEI CCOMPLEMENTAR: São 4

1- Impostos sobre Grandes Fortunas, 153, VII, CF.;


2- Empréstimos Compulsórios, 148, CF.;
3- Impostos Residuais (novos)da União, 154, I, CF.;
4- Contribuições Previdenciárias Residuais (novas), 195, $4, CF.

OBS.: Onde a lei complementar versar, a Medida Provisória não


irá apitar. Art.62, $1º, III, CF.

EXCEÇÃO À LEGALIDADE TRIBUTÁRIA, art.153, $1º, CF. -> CAI*

4 impostos federais não estão sujeitos à legalidade tributária:

IMPORTAÇÃO
EXPORTAÇÃO
IPI
IOF
CIDE Combustível – EC/33 de 2001 acrescentou esses dois últimos.
ICMS Combustível – Arts.177, $4, I, b, + 155, $4, IV, c, da CF.

- Porque têm função extra, regulam o mercado.


- A alíquota pode sofrer alteração pelo poder executivo federal,
ou seja, Presidente da República, por Decreto Presidencial.
- Eles têm extrafiscalidade (poder de regulamentação do mercado
e economia).

2- PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA

União,
Estados, Exigir -> Tributo -> Exercício ou exercício
Municípios financeiro financeiro da
e DF. POSTERIOR publicação lei

Por quê? Proteção à segurança jurídica, com o fim de evitar a


tributação de inopino, surpresa.

EXCEÇÃO À ANTERIORIDADE DA TRIBUTAÇÃO ANUAL, ou seja, caso de


pagar já, de imediato, art. 150, $1º, 1ª parte, CF.

6 tributos federais não respeitam a anterioridade da tributação:

IMPORTAÇÃO
EXPORTAÇÃO Mesmo motivo, extrafiscalidade e
IPI regulam o mercado e a economia.
IOF
IEG ---------------------------------- Tem Caráter Emergencial.
EMPR. COMPULS. CALAMIDADE PÚBLICA ---- Tem Caráter Emergencial.
CIDE Combustível – EC/33 de 2001

258
ICMS Combustível

- Tendo caráter emergencial, não podem aguardar para ano


seguinte, devem ser cobrados imediatamente, atendendo a
necessidade.

* DADO IMPORTANTÍSSIMO:

• A EC/42 de 2003 e o PRINC. da ANTERIORIDADE.


• Essa emenda reforçou o princípio da anterioridade, ao
prever prazo de 90 dias que devem intermediar a lei e o
pagamento do tributo.
• Assim sendo, não basta exigir o ano seguinte, deve ter
intervalo mínimo de 90 dias. Vejamos exemplo:

Prazo 90 dias
LEI CRIADA -------------------> PAGAMENTO DO TRIBUTO

- Isso se chama anterioridade NONAGESIMAL ou Qualificada ou


Privilegiada.

• Se a lei foi criada em Março de 2005, ela só entra em vigor


em 1º de Janeiro de 2006. (exercício financeiro seguinte)
• Mas se ela for criada em Dezembro de 2005, ela não poderá
entrar em vigor e ser cobrada a partir de 1º de Janeiro de
2006, pois aí teria anterioridade de menos de 1 mês.
• Com a EC/42, exigindo o mínimo de 90 dias, essa lei criada
em Dezembro de 2005, só entrará em vigor e autorizará a
cobrança do tributo em Março de 2006. (90 dias depois).

SEGUNDA AULA:

3- PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE (ART. 150, III, “a”, CF)

- Lei tributária não pode ter efeito retroativo.


- Só para eventos futuros.
EXCEÇÃO: 106 CTN Pode retroagir.
144, $1º, CTN Novo procedimento de fiscalização.

- Leis que estabelecem novos critérios de fiscalização.


- Lei expressamente interpretativa.
- Lei que reduz penalidade ou deixa de definir ato como
infração. (in dúbio pro reo)

FATO GERADOR LEI COBRANÇA


1999 2000 2001

Não pago 20% Pagar:

259
25% alíquota + 25% (fato gerador)
+ multa 20% multa 15% + multa 15% (106 CTN)

- Tributo não retroage, é o da data do fato gerador.


- Penalidade pode ser diminuída para beneficiar.
- O que já pagou também não restitui, pagou acabou.
- Multa/Penalidade deve estar em aberto ainda, finda não.

4- PRINCÍPIO DA ISONOMIA (150, II, CF)

- Mesma situação.
- Princípio da Uniformidade Geográfica – 151, I, CF.
- Todos Estados em igualdade.
- Equilíbrio social e econômico de determinada região pode ter
benefício fiscal visando desenvolvimento regional.

5- PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO (150, IV, CF)

- É vedado utilizar tributo com efeito de confisco.


- Tributo muito alto que retira a propriedade do sujeito
passivo. Não existe limite objetivo.
- A CF diz “tributo”, penalidades ela não fala, porém STF
entende que aplica para penalidades também.

 De acordo com CF – Só tributos.


 De acordo com STF – Penalidades também.

6- PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA (145, $1º, CF)

- Somente aplicável aos impostos.


- São graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.
- Segundo manifestação de riqueza do contribuinte.

a) PROPORCIONALIDADE: alíquota fixa e base de cálculo variável.


Quanto maior a base de cálculo, maior a alíquota.

b) PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTA: exceção, quando autorizado pela


CF.
Alíquota variável para diferentes bases de cálculo.
Ex.: IR não pode ter alíquota única. Veja como IR é:

De 0,00 até 1058,00 = 0% É progressivo de acordo


1058,01 até 2100,00 = 15% com a capacidade econô-
2100,01 até ... = 27,5% mica do contribuinte.

SOMENTE ESTES SÃO PROGRESSIVOS:

260
IR e ITR = União Autorizado na CF.
IPVA = Estado Obrigatoriamente progressivos.
IPTU = Município

ANTES DA EC/29 APÓS A EC/29

182, $4º, II, CF – Progr. 182, $4º, II, CF + 156, $1º, CF


- Não dá utilidade ao - Progressividade em razão do
imóvel, função social. valor, uso e localização.
Progressividade no tempo. (uso residencial, comercial,
Extrafiscal, é pela industrial). A EC/29 não acabou
função social. com a 1º, só incluiu a 2º.

ITR – Quanto maior a produtividade, menor a alíquota.


IPVA – EC/42 de 2003 criou progressividade. 155, $6º, CF, pelo
tipo e utilização.

IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

Imunidade = delimitação da competência tributária, do poder de


tributar.

IMUNIDADE ISENÇÃO

Imp. s/ Não tem Está dentro IPI


livro. Tudo que
compet. Diz que não vai
Compet.
Está União pode para mais tributar.
tributária
fora. criar de tributar. Tem competência
Não tributo. É vedado. da União. mais abre mão.
tributa. Tem na CF. Opta não trib.

 Determinada na CF. Só a CF dispõe sobre imunidade. Lei


complementar só regulamenta.

IMUNIDADES DE IMPOSTOS (150, VI, CF)

- É vedado instituir impostos sobre:

a) Patrimônio, Renda e Serviços Uns dos Outros: SÓ IMPOSTO.


Fala da União, Estados, DF e Municípios, mas estende-se para
Autarquias e Fundações com finalidade pública.

261
b) Templos de Qualquer Culto: SÓ IMPOSTO.
Estende ao patrimônio, renda e serviços aos que possuem fim
religioso. Se tiver imóvel sem uso deve pagar.
Destino da renda para templo é imune. SÚM. 730 STF.

c) Partidos Políticos, Entidades Sindicais de Trabalhadores,


Entidades de Educação e de Assistência Social sem fins
lucrativos: atendidos os requisitos da lei. SÓ IMPOSTOS.
Pode estender a patrimônio, renda e serviços com entidades
que se relacione com sua finalidade essencial.
Lei complementar regulamenta: Art.146, II, CF e 14, CTN.
Entidade de Assistência Social – Art.195, $7º, CF – não paga
Contribuição Previdenciária.

d) Livros, Jornais, Periódicos e Papel para sua Impressão:


Qualquer um deles, não importa o seu conteúdo. Ex: lista
telefônica, revista playboy etc.
E o seu papel para impressão. A tinta não.

TERCEIRA AULA:

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

- TRIBUTOS: ART.3º CTN  DECORAR*

É prestação pecuniária, compulsória, que não é multa,


instituída por meio de lei e cobrada por meio de
lançamento.
Pecuniária: Lei Complementar 104/01 alterou o art.156 do CTN,
ao inserir o inciso XI, que trata da “Dação em Pagamento” no
Direito Tributário. Tal instituto foi concebido em nossa
disciplina como causa extintiva exclusivamente ligada à bens
imóveis. Antes era só dinheiro.

Compulsória: Obrigatório? Sim é. O tributo deve ser pago, pois


deriva do poder de império estatal, no mister (atividade) de
invasão patrimonial. Assim, o tributo não é voluntário,
facultativo, contratual.

Não é multa: Tributo não é multa, e multa não é tributo.


Multa é sanção, penalidade, por conduta omissiva, tributo é de
ação comissiva. O tributo deve ser pago quando se realiza o fato
gerador (ação). IMPORTANTE: a multa deve, entretanto, estar
prevista na lei tributária. Art.97, V, CTN.

262
Criado por Lei: Em 1966  CTN  Lei
Em 1988  CF  Lei + Exceções à Legalidade.

Exceções à Legalidade: 4 impostos federais.

Importação
Exportação Ato do Poder Executivo
IPI Federal pode alterar.
IOF

Art.62, §2º, CF Em 2001  EC 32/01  Lei + Exceções à


Legalidade + MP (Medida Provisória).
Em 2001  EC 33/01  Criou + 2 Exceções:

CIDE Combustível + ICMS Combustível


Lançamento: É ato documental de aferição do importe tributário
devido. Ex.: auto de infração.
Lançamento é Vinculado ou Discricionário? É Vinculado, (à lei),
pode ser responsabilizado se imprimir feição discricionária no
ato de lançar, a autoridade fiscal poderá ser responsabilizada
civil, penal e administrativamente.

ESPÉCIES DE TRIBUTOS: Art.145 CF / 5º CTN

1 - IMPOSTOS
Doutrina 2 – TAXAS
3 - CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

Jurisprudência 4 - EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO


5 - CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / PARAFISCAIS

1 – IMPOSTOS – 145, I, cc 16 CTN

É tributo não vinculado à atividade estatal, portanto, o


contribuinte realiza o fato gerador e, conseqüentemente, deve
recolher o tributo. Age e paga.

Tributo é unilateral.

Há listas de impostos na CF (art.153).

153, CF -> Impostos Federais -> Competência p/ criar: União


155, CF -> Impostos Estaduais -> Competência criar: Estados e DF
156, CF -> Impost. Municipais -> Compet. criar: Municípios e DF

263
* DF = Estaduais e Municipais (art.155 e 147 CF)

IMPOSTOS

Municipais Estaduais Federais

IPTU ICMS II
ISS IPVA IE
ITBI ITCMD IPI
IOF
ITR
IR
IEG – imp. extr. de guerra
IGF – imp. s/ gde. fortuna
IRU – imp. residual união

TODA MATÉRIA DO CURSO TRIBUTÁRIO

145 até 162 da CF  Estudar muito.

QUARTA AULA:

2 – TAXAS – 145, II, CF cc 77 e 78 CTN

Conceito: é o tributo vinculado à atividade estatal.


Semelhança dos impostos – as taxas são tributos: Federais
Estaduais
Municipais
Lei Ordinária = institui as taxas SEMPRE.

Lei Complementar é só para: Impostos sobre Grandes Fortunas,


Empréstimo Compulsório,
* DECORAR -> Imposto Residual da União,
Contribuição Previdenc. Residual.

ATIVIDADE ESTATAL: Estado age e eu pago a taxa para ele.


TAXAS EXISTEM EM 2 CASOS:

1 – Serviço Público – taxa de serviço ( de utilização )


2 – Poder de Polícia – taxa de polícia (de fiscalização)

Detalhando....

TAXA DE POLÍCIA: 78 CTN – Conceito de Poder de Polícia

-> Atividade estatal de fiscalização que limita direitos e

264
liberdades individuais, em prol da coletividade.

Ex.: Taxa de alvará (localização / funcionamento)


TFA: taxa de fiscalização ambiental
** Pode existir taxa de polícia potencial? NÃO
Deve ser concreto, regular, efetivo = REGULAR PODER DE POLÍCIA.

TAXA DE SERVIÇO: 79 CTN – Serviço Público  PODE CAIR*

ESPECÍFICO e DIVISÍVEL

ESPECÍFICO: Singular (ut singuli). Serviço prestado em unidades


autônomas de utilização, portanto, não se trata de
serviço prestado indistintamente.

DIVISÍVEL : quantificável, individualizável. Ex: luz, gás, água


e esgoto = há controvérsias -> Não Caem. São Pseudo-
tributações – na verdade seria tarifa.

NÃO ENSEJA TAXA: Serviço geral, prestado indistintamente, não


específico (ut universi). Ex: segurança pública, iluminação
pública. -> Serviços públicos prestados em geral, para todos.
EC 39/02 – Criou CIP ou COSIP (Contribuição de Serviço de
Iluminação Pública).
Competência Município e DF (tributo municipal).
Art. 149-A, CF.
Lei Ordinária.

OBSERVAÇÕES FINAIS SOBRE TAXA:

a) Base de Cálculo -> Imposto = Valor =/= taxa não pode ser o
-> Taxas = Custo valor do bem, é o custo.
Art.145, §2º, CF e 77,
p.ú., CTN

265
b) TAXA (custo) TARIFA (preço)

- É tributo - Não é tributo


- Lei cria taxa - Contrato
- Obrigação “ex lege” - Obrigação “ex voluntate”
- Compulsória - Facultatividade
- Receita derivada - Receita originária

- TFA: R$ deriva de - Ex: bens públicos locados ou


patr. Particular vendidos (valores pagos =
preços) -> R$ origina de patr
próprio. Ex: tarifa de ônibus
é facultativa, pego se quero.

3 – CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – 145, III, CF c.c. 81 e 82 CTN

- Lei Ordinária cria – Lei Complementar NÃO.


- Federal, Estadual, Municipal (tributo)
- TAXA x CONTR. MELHORIA = em comum:

. bilaterais, sinalagmáticos, contra-prestacionais


. fato gerador da contr. melh. = obra pública c/ valoriz. imob.

Valoriz. NEXO Obra


Imobil. CAUSAL Pública

. base de cálculo = não é valor da obra – valor é imposto

EX.: R$ imóvel (antes obra) = 10


R$ imóvel (após obra ) = 12
Quantum de valorização = 02 -> respeita 2 limites

Limites INDIVIDUAL -> Valorização individualmente experimentada


TOTAL -> Respeito ao teto de valor gasto com a obra
** Taxa de asfalto não pode no Brasil.
** Poderia ser Contr. de Melhoria = para STF é assim.
** Asfalto não é individualmente prestado, não é serviço, é obra

QUINTA AULA:

4 – EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO – 148, CF -> DECORAR

- O tributo é federal – UNIÃO


- Lei Complementar cria – MP, aqui, não.

SITUAÇÃO EMERGENCIAL: Exceção à anterioridade.

266
SITUAÇÃO URGENTE : Respeita o princ. da anterioridade.

CALAMIDADE PÚBLICA e GUERRA EXTERNA – Paga já.


INVESTIMENTO PÚBLICO – Respeita anterioridade - 90d.

EXCEÇÃO: Paga imediatamente – Calamidade Pública;


Guerra Externa.

Art.148, P.Ú.: O EC será vinculado à despesa que o fundamentou.


Não pode ter finalidade desviada. Coíbe desvio de
finalidade ou tredestinação.

IMPORTANTE: O art.15, III, CTN, não foi recepcionado pela CF.


Ele retrata o seguinte Empr. Compuls.:

Empréstimo Compulsório criado em face de conjuntura


que exija a absorção temporária de poder aquisitivo
da moeda. INCONSTITUCIONAL. -> Pode cair confundindo.

- “Nome bonito para: nós, Estado, podemos pegar o


seu dinheirinho que está depositado no banco,
depois nós devolvemos, só Deus sabe quando”.

5 – CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS OU ESPECIAIS – 149, caput, CF

- O art.149 “caput” da CF anuncia 3 espécies de contribuições


parafiscais. De competência da União (= tributos federais).
(- Não são todos federais, só os 3 -)

OBS.: O art.149, §1º, CF, prevê espécies de contribuições


estaduais e municipais também.

CAPUT, 149, CF.:

- Trata-se de contribuições instituídas pela União e arrecadadas


e fiscalizadas por ente parafiscal ( paralelos ).

CRIAR Delegação ARRECADAR e = parafiscalidade


FISCALIZAR

Competência Capacidade
tributária tributária
ativa

ESPÉCIES: (federais e instituídas pela União)

1- Contr. Profissional ou Corporativa;

267
2- Contr. Interventiva ou de Interv. no Domínio Econômico- CIDE;
3- Contr. Previdenciária ou “Social”.

EXEMPLOS:

1- Anuidades recolhidas às entidades corporativas, OAB, CRC etc.


2- Atividades econômicas passíveis de intervenção, açúcar, café,
combustível etc.

- EC 33/01 que permitiu a instituição da CIDE combustível, (Lei


10.336/01). Art.149, §2º, II, c.c. art.177, §4º, todos da CF.
Há 3 impostos que incidem sobre o combustível, 155, §3º, CF:

- ICMS
- Importação Imposto. IMPOSTOS SÃO SÓ 3
- Exportação C/ TRIBUTOS SÃO 4
- CIDE – após EC 33 de 2001 -- Tributo.

3- Contribuições previdenciárias, art.195, CF – análise:

- Há 4 fontes de custeio da seguridade social: (4 incisos)

I – Empregador / Empresa;
II – Empregados;
III – Receita de Prognósticos (loteria);
IV – Importador (EC 42/03) – PIS e COFINS Importação.

§ 4º - Contribuição Previdenciária Residual.


Nasce por Lei Complementar. MP não!

§ 6º - Período de Anterioridade para Contribuições Previd.


90 dias (período de anterioridade especial, nonagesimal,
Noventena, ou período de eficácia mitigada).

CTN
Relação Jurídico-Tributária
( linha do tempo )
ANEXO - imprimir.

Hipótese de Ação de Execução


Incidência Fiscal (concreto)
(abstrato)

Hipótese -> Fato -> Obrigação -> Lança- -> Crédito ->
Inscri- -> Dívida -> Propositura

Incidência Gerador Tributária mento Tributário


ção Ativa Ação Exec.
Fiscal

268
Hipótese -> é situação abstrata prevista em lei e hábil a
Incidência deflagrar a relação jurídico tributária – Plano
Normativo. Ex: auferir renda – IR.

Fato -> plano concreto – materialização da hipótese. Fato


Gerador Gerador constitui a Obrigação Tributária criando
um direito subjetivo ao Estado (perceber o
tributo) e um dever ao contribuinte (recolher o
gravame).

4 Elementos da Obrigação Tributária: 1 - Sujeito Ativo – 119


2 - Sujeito Passivo – 121
3 - Objeto – 113, §§ 1º/2º
4 - Causa – 114 e 115

SEXTA AULA:

Elementos da Obrigação Tributária:

1 - SUJEITO ATIVO: Entes que detêm poder de criação do tributo =


competência tributária.

OBS.: os entes parafiscais podem ser considerados sujeitos


ativos, ao lado das entidades impositivas (União, Est., Munic. e
DF.), Ex.: INSS, OAB, CREA etc.

2 - SUJEITO PASSIVO:

DIRETO INDIRETO
121, I, CTN 121, II, CTN

Contribuinte Responsável

Tem relação É o proprietário do imóvel. Menor


Pessoal e direta pode ser proprietário, mas não pode ser
com o FG. contribuinte.

Seu responsável é quem paga. Ela não


realiza o FG, mas paga. Daí INDIRETA.
3ª pessoa escolhida por lei para pagar.

RESPONSABILIDADE: Art.128 até 138 CTN  LER, CAI TEXTO COPIADO.

-> Fazer o simulado do site: www.professorsabbag.com.br

- Compra e Venda de imóvel com dívida de IPTU:

269
* Contribuinte – alienante
* Responsável - adquirente – pode se livrar do pagamento se
comprovar por certidão negativa.

Solidariedade Ativa - Não pode existir.


- 2 entes buscando receber tributo sobre o
mesmo fato gerador = Bitributação.
- Resolve com Consignação em Pagamento.

Solidariedade Passiva – Pode existir. Arts. 124 e 125 CTN -> VER
- Única solidariedade possível = PASSIVA.
- É a concomitância de devedores.
- NÃO TEM BENEFÍCIO DE ORDEM, 124, p.ú.

3 - OBJETO: (prestação) 113, CTN.

- Ato de pagar = §1º


- Obrigação principal.
- Atos diferentes de pagamento = §2º
- Obrigações acessórias, de cunho instrumental.

4 – CAUSA DA OT:

- Lei ......... 114 CTN – Lei Federal, ex: lei do IR.


- Legislação .. 115 CTN – Decreto, regulamento, instrução
normativa, circular, portaria etc.

LEI = Obrigação Principal. Ex.: Lei do IR.


LEGISLAÇÃO = Obrigações Acessórias. Ex.: Regulamento do IR.

DECADÊNCIA

lançamento
Obrigação -O--------------> Crédito
Tributária Tributário
| |
Ilíquida Liquidez
Exigibilidade

Decadência, art. 173, I, CTN  + IMPORTANTE

- É a perda do direito de lançar.


- É prazo oponível à Fazenda – ela que devia lançar.
- Prazo qüinqüenal (5 anos) do CTN – art.173, a contar do 1º dia
do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter
sido efetuado.

270
Lanç. Inscrição.
HI – FG – OT O -----> CT ---------> DA O --> Ação de Execução
Fiscal.
Decadência Prescrição

Exigibilidade

PRESCRIÇÃO – perda do direito de ação da execução fiscal.


DECADÊNCIA – perda do direito de lançamento do crédito.

PRESCRIÇÃO: é a perda do direito de promoção da ação de execução


fiscal, a ser desencadeada pelo fisco no prazo de 5
anos, a contar da constituição definitiva do crédito
tributário.

DECADÊNCIA: é a perda do direito de promover o lançamento da


dívida, tornando-a crédito tributário exigível, pelo
decurso do prazo de 5 anos.
5 anos 5 anos
FG -----------> LANÇAMENTO -----------> AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL
| |
Perda do direito Perda do direito
de lançar. de executar.
DECADÊNCIA PRESCRIÇÃO

CRÉDITO TRIBUTÁRIO  CAI*

SUSPENSO EXTINTO EXCLUÍDO


(Suspensão) (Extinção) (exclusão)
151, CTN 156, CTN 175, CTN
6 incisos 11 incisos 2 incisos

Ex: parcelamento Ex: pagamento Ex: isenção e


anistia

• DECORAR SUSPENSÃO E EXCLUSÃO (MENOS INCISOS) – POR EXCLUSÃO


VOCÊ ELIMINA ERRO E SABE O QUE É EXTINÇÃO – FÁCIL.

ISENÇÃO ANISTIA

- 176 a 179 - 180 a 182


- Dispensa de Pagto. – Dispensa de Pagto.
- Lei – 97, VII, CTN - Lei – 97, VII, CTN
- PARA TRIBUTO - PARA MULTA
- Afeta obrigação - Afeta obrigação
Principal. Principal.
SUSPENSÃO DO CRÉDITO: 151, CTN -> Decorar artigo.

271
MO DE RE CO PA

I - Moratória, 152/155 CTN – dilatação legal de prazo p/ pagar.

II – Depósito montante integral; Conversão em renda extingue.

III- Reclamações e recursos administrativos.

IV – Concessão da Liminar em Mandado de Segurança.

V - Concessão da Tutela Antecipada.

VI – Parcelamento – art.155-A, CTN.

272
OBSERVAÇÕES:

- TODAS AS MATÉRIAS AQUI TRAZIDAS DEVEM SER ESTUDADAS


RIGOROSAMENTE.

- TODOS OS ARTIGOS CITADOS DURANTE O TEXTO DEVEM SER


LIDOS, COM SEUS PARÁGRAFOS E INCISOS.

- TODAS AS LEIS AQUI CITADAS DEVEM SER LIDAS COM


CAUTELA, POIS, EM GERAL, CAEM QUESTÕES QUE AS
RESPOSTAS NÃO SE ENCONTRA EM CÓDIGOS, MAS NAS LEIS
ESPECIFICAMENTE.

- SE PRECISAR DE ALGUMA AJUDA OU DE ALGUMA LEI ME


ESCREVA QUE TEREI O ENORME PRAZER EM AJUDAR NO QUE EU
PUDER.

- NÃO SE ESQUEÇA QUE PARA A PRIMEIRA FASE DA OAB “É


DEUS NO CÉU E LEI NA TERRA”. ISSO QUER DIZER QUE VOCÊ
DEVE ESQUECER TUDO O QUE APRENDEU NA PRÁTICA, POIS A
OAB QUER A TEORIA, QUE MUITAS VEZES É TOTALMENTE
DIFERENTE.

BOA SORTE E BONS ESTUDOS !!!!

FÁBIO LUÍS BINATI

273
DICAS PARA ESTUDAR:

• ESTUDE UMA MATÉRIA POR DIA, OU SEJA, DEDIQUE O DIA TODO EM


CIMA DE UMA MATÉRIA APENAS, MAS ESGOTE-A, ACOMPANHANDO TUDO
NO CÓDIGO SECO.

• SÃO 10 MATÉRIAS, ASSIM, VOCÊ GASTARÁ 10 DIAS PARA FAZER


TODO O PROGRAMA. SE INICIAR OS ESTUDOS PELO MENOS 20 DIAS
ÚTEIS ANTES DO EXAME, VOCÊ CONSEGUIRÁ ESTUDAR E ESGOTAR
CADA MATÉRIA DUAS VEZES, QUE É SUFICIENTE, NA MINHA
OPINIÃO.

• DEDIQUE O DIA INTEIRO SE PUDER, NÃO SE ESQUEÇA QUE SERÃO


ALGUNS DIAS QUE FARÃO A DIFERENÇA PARA O RESTO DE SUA VIDA.

• PROCURE UM AMBIENTE SILENCIOSO, BEM ILUMINADO, COM VESTES


CONFORTÁVEIS, TEMPERATURA AGRADÁVEL E CADEIRA CONFORTÁVEL,
ISSO TUDO MELHORA A QUALIDADE DOS ESTUDOS.

• DURMA CEDO PARA ESTAR EM CONDIÇÕES DE ESTUDAR NO OUTRO DIA.


SE ESTIVER COM SONO NO MEIO DOS ESTUDOS DURMA, NÃO INSISTA,
POIS A QUALIDADE DO ESTUDO SERÁ TOTALMENTE PREJUDICADA.
APÓS DESCANSAR RETOME. VALE MAIS À PENA ESTUDAR MENOS PORÉM
COM MAIS QUALIDADE.

• NÃO SE ESQUEÇA – USE CÓDIGOS ATUALIZADOS.

 A sua aprovação só depende de você, pois não há número limite


de vagas; Quem alcançar a nota mínima será aprovado. Faça a sua
parte.

274

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