Cap 2
Cap 2
Cap 2
Cap. 2 _ Sumario - Jr
T2 Conceito de Direito do Trabalho 2.1
T2 Enfoque individual 2.2
T3 Relações de trabalho e emprego 2.2.1
T3 Contrato de trabalho 2.2.2
T3 Normas de proteção ao Trabalho 2.2.3
T4 Convenções da OIT 2.2.3.1
T4 Normas Regulamentadoras (NRs) 2.2.3.2
T2 Enfoque coletivo 2.4
T3 Organização sindical 2.4.1
T3 CCT e ACT 2.4.2
T2 Direito Previdenciário 2.5
T2 Atividades
Desde os tempos imemoriais, homens prestam serviços a outros homens. Este serviço prestado
pode ser realizado gratuitamente – por exemplo, em virtude de parentesco, amizade ou apoio
social, entre outros - ou pago com dinheiro, objetos, serviços, etc. Qualquer que seja o serviço há
geralmente uma forma de acerto para sua execução que se pode chamar de contrato. É fato que,
em muitas ocasiões, este contrato não é formalizado (escrito e assinado), mas de qualquer forma
deve ter valor entre as partes.
Contratando-se um serviço pago, embora geralmente para o acerto (isto é, a contratação) não
haja conflito expresso, ele pode existir mesmo antes da contratação ou ocorrer durante ou após a
sua execução. Entre os importantes motivos de existir conflito está a falta de equilíbrio entre o
poder econômico do contratante e do contratado, que perversamente pode dar ao contratante
condições de estabelecer muito e/ou penoso serviço em troca de pouco pagamento.
Desenhar uma figura com dois homens se cumprimentando a frente de uma balança
de dois pratos significando a Justiça (a figura ao lado dá uma ideia do quadro), O
homem maior está de terno e o menor com roupa mais informal (camisa de manga
curta e sem gravata).Aparece também um folha de papel com a palavra “Contrato”
na primeira linha e uma caneta. Ao fundo pode aparecer a silhueta de uma fábrica
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Com muita luta, como vimos no Capitulo anterior, o trabalhador vem conseguindo equilibrar estas
relações. Para este fim, a sociedade vem desenvolvendo conceitos, princípios, leis e outros
instrumentos jurídicos que protegem o trabalhador, buscando também não prejudicar o
empregador. Este é o ramo do Direito chamado Direito do Trabalho.
Não há uma definição única para Direito do Trabalho, pois envolve muitos aspectos jurídicos. Há
o entendimento, por uns, que o Direito do Trabalho é entendido como Direito Privado por regular
interesses individuais; é, por outros, entendido como Direito Público porque existe a proteção do
trabalhador pelo Estado. Há estudiosos que, para a definição de Direito do Trabalho, priorizam
pessoas: empregado e empregador; por outro lado, há juristas que focam princípios e normas
jurídicas. Segundo Presser e Mansur, o Direito do Trabalho disciplina relações apenas de
trabalho subordinado, enquanto que Bonfim Cassar afirma que ele muito mais amplo. Esta última
autora, assim como sua colega Romar, asseguram que, atualmente, a maioria entre os
estudiosos adotam a teoria mista.
Embora a prerrogativa de decidir sobre conflitos seja do Poder Judiciário, outros órgãos foram
criados para interferir e apaziguar as relações entre contratantes e trabalhadores, servindo para
proteger os direitos dos trabalhadores. Entre eles estão o Ministério do Trabalho e Emprego e os
sindicatos obreiro (isto é, de trabalhadores) e os patronais. Também há a possibilidade de
interferência dos Ministérios Públicos (federal ou estaduais), quando provocados por denúncia de
abusos da lei.
Saiba mais Visite o site do Ministério do Trabalho e Emprego: www.mte.gov.br. O site dispõe de um grande número
de informações, tais como legislação, dados estatísticos, publicações gratuitas, e muito mais.
Os grandes tipos de relações de trabalho, segundo Nascimento, são individuais e coletivas. Nas
individuais estão em foco interesses de trabalhador e contratante. As relações coletivas – entre
Sindicatos patronais e de trabalhadores - são mais amplas; elas requerem a união, tanto de
patrões como de trabalhadores para, em conjunto, defenderem pontos em comum e tem mais
poder reivindicatório.
Há vários tipos de relação de trabalho, entre os quais pode-se destacar o estágio, o autônomo, o
temporário, o eventual, o avulso, o institucional e o emprego.
Lendo Observe que toda relação de emprego é uma relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho é
relação de emprego.
Alguns tipos de relação de trabalho são regidos por legislação específica. É o caso do estágio
(Lei 11.788 de 2008) – e o emprego (CLT – Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto-Lei
5452 de 1943). Não havendo lei para reger algum aspecto específico da relação de trabalho,
pode ser usar o Código Civil – Lei 10.406 de 2002.
Lendo A CLT é uma reunião de leis. Ela é importante também pelo seu valor histórico, por ser um marco do
direito do trabalhador do Brasil
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T4 Estágio
O estágio não cria vínculo empregatício se forem atendidos requisitos constantes na Lei 11.788.
T6 Trabalho Autônomo
O Código Civil (Lei 10.406 de 2002) é a que trata desta prestação de serviço.
T6 Trabalho Temporário
Há empresas que prestam determinados serviços para outras por tempo determinado. É o caso,
por exemplo, de vigilância, limpeza, jardinagem, entre outros.
Os trabalhadores contratados para estes serviços prestam o que a Lei 6019 de 1974 de serviço
temporário. Neste caso, há subordinação do trabalhador pela empresa que o contrata, embora ele
preste serviço em outra.
T6 Trabalho Eventual
Chamado na linguagem popular de “bico”, a lei 8.212 refere-se ao trabalhador eventual como
prestador de serviço em caráter eventual a uma ou mais empresas, sem relação de emprego. O
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trabalho eventual se distingue do trabalho temporário por não haver, entre contratante e
contratado, vínculo jurídico direto, afirma Nascimento.
T6 Trabalho Avulso
A Lei 12.815 de 2013 regula o trabalho avulso de movimentação de mercadorias. Este tipo de
trabalho deverá ter a obrigatória intermediação do sindicato da categoria dos trabalhadores e se
regerá por meio de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho.
T6 Trabalho Institucional
O servidor público tem sua atividade classificada como trabalho institucional, distinta da relação
de emprego dos demais trabalhadores.
A lei 8.112 de 1990 trata do regime jurídico dos servidores públicos civis da União.
T6 Emprego
1. seja executado por pessoa física (não pode não pode exercido por empresa
ser pessoa jurídica)
2. seja realizado pela própria pessoa contratada o contratado deve executar as tarefas
pessoalmente
6. esteja inserido em atividade econômica cujo o empregado não assume risco econômico
risco seja exclusivo do empregador. pelo insucesso do que lhe mandam fazer.
Pessoa física = ser humano (tem CPF = Cadastro de Pessoa Física); Pessoa jurídica = empresa com um ou mais
proprietários (tem CNPJ = Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) Saiba mais
A remuneração do trabalhador pode ser feita com dinheiro e utilidades, tais como alimentação,
habitação, plano de saúde, entre outros, sendo expressamente proibido bebidas alcoólicas ou
drogas. Segundo a CLT, a remuneração do trabalhador deverá ser composta de, no mínimo, 30%
de valor em dinheiro.
São direitos dos empregado , em geral, além do salário, são: o 13º salário, férias anuais de 30
dias e recebendo o valor adiantado do salário mais um terço deste valor, vale transporte, 40% do
salário caso seja demitido sem justa causa, jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas
semanais e repouso semanal remunerado.
T2 Contrato de trabalho 2.2.2
Contrato é um acordo entre duas ou mais partes - contratado e contratante - para assumem
certos compromissos e/ ou assegurarem algum direito entre elas. Havendo relação de trabalho,
será um contrato de trabalho.
Um contrato de trabalho não precisa ser, necessariamente, escrito e assinado. Considere uma
situação em que uma pessoa ou empresa permite, sem opor-se, que um trabalhador preste um
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serviço a ela. Haverá um contrato, chamado tácito, se houver prestação contínua deste trabalho,
mesmo não havendo documento escrito e assinado.
A validade jurídica de um contrato de trabalho requer que o trabalho não seja proibido ou ilícito.
Será proibido, por exemplo, contratar um menor de 14 anos, o que é proibido pela Constituição
Federal; será ilícito, por exemplo, contratar se for para cometer furto.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é a agência das Nações Unidas, criada em 1919,
que promove o oportunidades para trabalho decente e produtivo, em condições de liberdade,
Saiba mais Visite http://www.oit.org.br
equidade, segurança e dignidade.
A OIT promove reuniões entre seus membros que geram Resoluções, Recomendações e
Convenções que podem ou não ser adotados pelos países membros. O Brasil, que é signatário,
isto é, participante da OIT, já adotou 96 destas convenções.
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As principais convenções ratificadas pelo Brasil podem ser encontradas no site do MTE.
O Capitulo V (artigos 154 a 200) da CLT trata das disposições gerais da SST. No seu artigo 200
está estabelecido que o Ministério do Trabalho e Emprego deve estabelecer disposições
complementares às normas deste Capítulo, considerando as particularidades de cada atividade
ou setor de trabalho. Atendendo a este dispositivo, o MTE emitiu, até o momento, 36 Normas
Regulamentadoras (NRs) tratando
Saiba deem
mais veja diversos aspectos da SST, abaixo relacionadas:
http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm
NR Assunto
1 Disposições Gerais
2 Inspeção Prévia
3 Embargo ou Interdição
4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
6 Equipamentos de Proteção Individual - EPI
7 Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional
8 Edificações
9 Programas de Prevenção de Riscos Ambientais
10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
13 Caldeiras e Vasos de Pressão
14 Fornos
15 Atividades e Operações Insalubres
16 Atividades e Operações Perigosas
17 Ergonomia
18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
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19 Explosivos
20 Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis.
21 Trabalho a Céu Aberto
22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
23 Proteção Contra Incêndios
24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
25 Resíduos Industriais
26 Sinalização de Segurança
28 Fiscalização e Penalidades
29 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
30 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração
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Florestal e Aquicultura
32 Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
33 Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval.
35 Trabalho em Altura.
36 Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados.
Nota: A NR 27 foi revogada
As NRs devem ser atendidas por todas as organizações que possuam empregados regidos pela
CLT. Por outro lado, a observância das NRs não desobriga estas organizações de conhecer e
respeitar outros dispositivos legais referentes ao trabalho prestado.
Destaca-se que, nas relações individuais, o trabalhador tem muito menos poder de reivindicatório
que contratante, precisando ser bem mais protegido pela lei. Já o Direito Coletivo trata com partes
teoricamente equilibradas.
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Uma federação deverá ter, segundo a CLT, número mínimo de 5 sindicatos; já a confederação
serão constituídas de, no mínimo, 3 federações. Se uma categoria não for organizada em
sindicato, a sua federação poderá celebrar convenções coletivas e acordos coletivos.
A maior unidade de representação dos trabalhadores são as centrais sindicais. A lei 11.648 de
2008, que regula sua formação e atuação, estabelece requisitos mínimos para sua formação
como filiação de, no mínimo, 100 (cem) sindicatos distribuídos nas 5 (cinco) regiões do País e
filiação de sindicatos em, no mínimo, 5 (cinco) setores de atividade econômica.
Segundo a CLT, Convenção Coletiva (CC) um acordo entre dois ou mais sindicatos de categoria
profissional (trabalhadores) e da categoria econômica (patronal), com valor máximo de 2 anos,
para firmar condições de trabalho no campo de suas atividades.
Será Acordo Coletivo (AC) se as condições de trabalho forem firmadas entre o sindicato dos
trabalhadores e uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica.
O sindicato de trabalhadores de alguma categoria pode, por exemplo, acertar condições com o
sindicato patronal quanto às condições de valor de piso da categoria, percentual de reajuste,
quantidade de horas extra que podem ser feitas, condições para participação nos lucros da
empresa (PLE), etc., o que é um AC. Se o acordo for feito apenas entre este sindicato e uma ou
mais empresas será um AC. Destaca-se que mudanças de jornada de trabalho – por exemplo, do
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regime de 8 horas por dia de trabalho para 12 horas com 48 horas de descanso - devem ser
feitas por meio de acordo coletivo (AC).
A Seguridade Social é um conjunto integrado de ações, devidas, por lei, pelos Poderes Públicos e
pela sociedade, relativas ao direito das pessoas à saúde, à previdência e à assistência social.
Estes direitos estão estabelecidos na Constituição Federal, artigo 194. O quadro abaixo
apresenta um sumário sobre estes direitos.
Outras questões relativas a benefícios da Previdência Social serão tratadas no Capítulo 5 deste
livro.
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