Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Relatório Ana Alice (.)

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 16

CENTRO DE ENSINO TÉCNICO - CENTEC

CURSO TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

Manaus - Amazonas

20222

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

Relatório apresentado para conclusão do Estágio, com carga horária total de 240.

cumpridas de: 12/09/2022 (data inicial) a 21/11/2022 (data final), no Consultec

Ocupacional.

Manaus - Amazonas

2022

FOLHA DE ASSINATURAS
1

______________________________________________

NOME COMPLETO DO ALUNO

______________________________________________

NOME COMPLETO DO SUPERVISOR

LOCAL DO ESTÁGIO

Data de Recebimento: _____/_____/2022


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................05

2. OBJETIVOS...............................................................................................................06

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS….............................................................................06

3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.........................................................................06

3.1 FASE PRÉ-ANALÍTICA........................................................................................06

3.2 COLETA DE SANGUE..........................................................................................07

3.3 PROCEDIMENTOS PARA COLETA.................................................................08

3.4 URINÁLISE.............................................................................................................10

3.5 PARASITOLOGIA.................................................................................................13

3.6. BIOQUÍMICA .......................................................................................................14

3.7 IMUNOLOGIA........................................................................................................16

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................21

CONCLUSÃO................................................................................................................22

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................23
3

1. INTRODUÇÃO

A análises clínicas designa exames que buscam estudar de uma forma aprofundada os diferentes componentes biológicos do organismo. Elas são

observadas em laboratório, analisadas com diferentes equipamentos laboratoriais e, então, o paciente recebe seus resultados. Neste sentido, as análises

clínicas envolvem uma série de processos que estudam o material biológico feitas em setores específicos como hematologia, bioquímica,

microbiologia, parasitologia, imunologia e urinálise. Esses exames, no entanto, têm como principal objetivo verificar o estado de saúde do paciente

ou então investigar algumas doenças, de acordo com as amostras recolhidas.

Para obtenção do certificado de técnico de Análises Clínicas os alunos têm que realizar um estágio curricular com a duração de 240 horas. Após

um ano e seis meses de módulos curriculares que proporcionaram noções básicas das áreas científicas a um laboratório de análises clínicas, surge a

oportunidade de passar a teoria à prática.

O estágio teve início em agosto de 2022 e terminou em novembro de 2022. No decorrer do estágio, acompanhei e observei todo o processamento

laboratorial desde a fase pré-analítica à pós-analítica. Tive uma apresentação das partes de cada setor no qual fui me familiarizando ao longo do

estágio, além de compreender o funcionamento e organização geral do laboratório abordando princípios básicos de segurança laboratorial, materiais

específicos de colheita de amostras e familiarização com os procedimentos informáticos dos sistemas. O laboratório é dividido por várias valências,

nomeadamente: Bioquímica, Hematologia e Imunologia, sendo que, durante o estágio, permaneci uma semana em cada um destes setores.

O presente relatório tem como principal objetivo redigir o que foi feito durante o tempo do estágio realizado na Consultec Manaus, pela autora

como componente curricular da grade do curso técnico de Análises Clínicas do centro de ensino técnico – CENTEC.

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVOS GERAL

Consolidar os conhecimentos teóricos e práticos adquiridos até o presente momento da

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Formação através da vivência da aplicação prática dos mesmos.

Desenvolver habilidades e competências práticas em complemento aos conteúdos teóricos do curso;

Executar de técnicas laboratoriais em análises clínicas.

3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Os setores de hematologia, imunologia, bioquímica, urinálise e parasitologia, inicialmente houve acompanhamento, e explicação por parte da

preceptora e funcionários da instituição do funcionamento e exames realizados bem como a interpretação do mesmo. Sendo o quadro de funcionários

composto pela biomédica, responsável por validar e liberar os laudos, do técnico de análises clínicas, que realiza a parte operacional dos exames e coleta

de sangue.
4

No decorrer do estágio foram feitos os exames como os parasitológicos, urina, hemograma, tipagem sanguínea, VDRL, beta HCG. Essas análises

ajudaram a diagnosticar alguns dados ou características que ajudam no diagnóstico de algum problema de saúde do paciente. O exame incluía a coleta de

materiais como urina, fezes, sangue e outros.

3.1 Fase Pré-analítica

Devido ao elevado número de amostras e também de análises no laboratório, a fase pré-analítica tem uma redobrada importância, uma vez que é

fundamental a correta identificação das amostras e dos pedidos de cada paciente. É ainda importante assegurar um correto processamento das amostras,

particularmente quando são provenientes de postos de colheita. A cada paciente era confirmado o nome, data de nascimento, exames solicitados e

número de telefone e então era atribuída uma numeração e todas as suas amostras sendo identificadas com o mesmo. De forma sucinta, descrevem-se os

procedimentos para a correta colheita de produtos biológicos nesta fase.

Sala de coleta. Fonte: o autor.

3.2 COLETA DE SANGUE

Conhecida como flebotomia, o processo de retirada de sangue é o produto biológico mais utilizado nas análises clínicas, devido à presença da maior

parte dos analitos estudados. Sendo praticada há séculos e segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS (2011) é um dos procedimentos mais

importantes na atenção à saúde para exames. Devendo ser em um local apropriado, boas práticas de higienização e atenção durante todo o procedimento,

evitando erros laboratoriais e lesão do profissional como também do paciente.

A coleta de sangue era feita por punção venosa das veias periféricas utilizando o sistema Vacuette – método de vácuo adaptado a agulhas estéreis

ou seringa. O garrote devia permanecer o menor tempo possível no braço do paciente e a amostra deve ser acondicionada no tubo de ensaio de maneira

que não ocorra hemólise da amostra. (ZAGO et al., 2001). Os tubos de coleta são todos estéreis e possuem vácuos, podendo ser revestidos com

anticoagulantes, utilizados para punções venosas, transporte e processamento das amostras.

Fonte: enfermagemflorence

Os tubos utilizados para fazer os exames no laboratório eram os tubos de tampa vermelha, pois é ativador de coágulo, objetiva acelerar a coagulação

do sangue coletado, o amarelo que possui ativador de coágulo + gel, esses dois componentes fazem com que o sangue coagula mais rapidamente e, após
5

a coagulação, o gel realiza a separação física entre a porção celular e a líquida (soro). E o roxo que as paredes desse tubo são jateadas com EDTA,

conhecido por ser o melhor anticoagulante para a preservação da morfologia celular, é recomendado para as rotinas de hematologia. A maior parte das

análises é realizada no soro, pois a distribuição entre a fração celular e extracelular da maioria dos componentes é aproximadamente a mesma.

3.3 PROCEDIMENTOS PARA COLETA

Antes das realizações da colheita era feita uma higienização do local bem como a lavagem das mãos, lavando com água e sabão e depois era

colocado luvas. Depois de fazer a fase pré-analítica e identificar todos os tubos e amostras, pedia para que o paciente colocasse o braço totalmente

esticado e apoiado e a palma da mão voltada para cima, e era colocado o garrote no braço do paciente para melhor detecção das veias e selecionada a

zona da punção. Em seguida era feita a antissepsia do local da coleta com algodão umedecido em álcool a 70% então introduzia a agulha de forma suave

e rápida num ângulo de 15 a 45°, no centro da veia. Assim que o sangue começasse a fluir no tubo do sistema a vácuo era pedido ao paciente que abrisse

a mão, então era colocado o primeiro tubo, e se o paciente tivesse mais de um exame pra fazer era colocado o segundo tubo, e retirado o garrote.

Posteriormente retirado a agulha da veia e colocado um algodão com álcool a 70% na zona puncionada. Os tubos foram agitados 3 a 5 vezes por

inversão aqueles que continham anticoagulante.

Fonte: rede notícia

A coleta com seringa é feita seguindo os mesmos passos da coleta a vácuo, sendo diferente apenas na manipulação dos materiais. Neste caso, era

retirado o ar da seringa, introduzido na veia e puxando o êmbolo até a marca do corpo da seringa até obter o volume de sangue desejado. A agulha era

colocada num contentor especial de perfurantes após o término.


6

Fonte: o autor

Posteriormente, também era utilizado a punção venosa com “scalp “ a vácuo, para aqueles pacientes de difícil acesso, sendo rosqueado o conector

“luer” do “scalp” no adaptador de coleta múltipla, em seguida era certificado se a conecção está segura; então era removido o protetor da agulha, segurar

nas “asas do scalp” e então realizada a punção numa angulação de 30°, com bisel da agulha voltado para cima, era solicitado ao paciente para manter a

mão fechada até que a veia seja penetrada, inserido o primeiro tubo a vácuo e empurrado até o fim do rolder (adaptador); só então era soltado o garrote,

quando o sangue começasse a fluir para dentro do tubo e seguir as mesmas orientações da coleta com o sistema a vácuo; quando o último tubo era

preenchido, removia o “scalp” segurando o dispositivo de segurança no local determinado e colocado um algodão no local.

Punção venosa com “scalp” a vácuo. Fonte: o autor.

As análises que tinha hemograma completo eram mandadas para um equipamento que lia e permitia a determinação dos seguintes parâmetros:

∙ Leucograma – Contagem Total de Glóbulos Brancos e respectiva Fórmula Leucocitária (Neutrófilos, Eosinófilos, Basófilos, Linfócitos e Monócitos –

NEBLIM);

∙ Contagem Automática de Plaquetas – para além do número de plaquetas, fornece o Plaquetócrito e dois índices plaquetários, o Volume Plaquetário

Médio (VPM) e o Coeficiente de Dispersão Plaquetária (PDW, do inglês, Platelet Distribution Width).

∙ Eritrograma – Hematócrito, Concentração de Hemoglobina, Número de Glóbulos Vermelhos Circulantes e Índices Eritrocitários (Volume Globular

Médio, Hemoglobina Globular Média, Concentração de Hemoglobina Globular Média e Coeficiente de Dispersão Eritrocitária).
7

Equipamento de hemograma – Zybio. Fonte: o autor

3.4 URINÁLISE

A análise da urina é necessária para avaliação de distúrbios nos rins e no trato urinário, podendo também detectar diabetes e problemas no fígado.

Na urinálise são analisadas as características físicas, químicas e microscópicas da urina. O recipiente deve ser um frasco plástico, de boca larga, sem

conservantes, de capacidade não inferior a 50mL, não esterilizado, mas quimicamente limpo, e com tampa bem adaptada, de modo a que o seu conteúdo

não vaze. A amostra utilizada é, preferencialmente, a primeira urina da manhã, fresca e não centrifugada.

Análise Física: foi analisada a “aparência física” da urina, como sua cor, turbidez, odor e volume. A coloração da urina varia de levemente

amarelada (urina normal) à marrom.

O exame físico e químico de urina foi efetuado na centrífuga, um sistema automatizado que permite a determinação qualitativa ou semiquantitativa,

de pH, leucócitos, nitritos, proteínas, glucose, corpos cetónicos, urobilinogénio, bilirrubina e sangue, na urina, assim como a densidade, a cor e o

aspecto. Esta determinação é feita através do uso de tiras de teste pelo método da reflectofotometria. Eram registrados apenas os parâmetros que

sofreram alteração, contudo o pH e densidade eram sempre anotados. Após essa análise a urina era centrifugada e o sedimento levado para a análise

microscópica.

3.5 EXAME FÍSICO DA URINA

Cor: A cor normal da urina é amarela, que se deve, sobretudo, à presença de um pigmento denominado urocromo. A quantidade de urocromo

produzida depende do metabolismo. Como o urocromo é excretado de forma constante, a intensidade da cor amarela pode fornecer uma estimativa

aproximada da concentração urinária. A urina diluída será pálida, enquanto que uma amostra concentrada será mais escura, devido a variações no estado

de hidratação do organismo, onde era anotado a cor de cada urina.

Aspecto: A urina normal é límpida, porém quando apresentava uma turvação causada pela precipitação de cristais amorfos, não patológicos era preciso

descrever e colocar no papel também. Foi observado também células epiteliais escamosas e de muco, principalmente de mulheres, em muitos casos.

Densidade: A densidade permitia avaliar a capacidade de reabsorção renal. a densidade urinária é uma medida das substâncias dissolvidas na amostra,

refletindo o grau de diluição ou concentração da urina. Valores de densidade baixos podem ser encontrados em casos de diabetes, enquanto os de valores

de densidade elevados podem ocorrer em situações de desidratação.

3.6 EXAME QUÍMICO DA URINA

PH: O conhecimento do pH urinário é importante na identificação de cristais observados durante o exame microscópico do sedimento urinário. Como o

pH da urina recém-eliminada não atinge valores superiores a 9, quer em condições normais que é de 5 – 6.

Proteínas: A detecção de proteínas é a análise química de rotina mais indicativa de patologia renal. A urina normalmente tem uma quantidade muito

pequena de proteínas, geralmente séricas, quando foi detectada era que o paciente apresentava algum dano aos glomérulos e túbulos renais.

Glicose: Quando a fita reagia era que o paciente tinha glicose ou quando a mulher estava grávida e tinha uma diabetes gestacional.

Corpos cetónicos: quando o uso de hidratos de carbono, como principal fonte de energia, fica comprometido e as reservas de lípidos do organismo

precisam de ser metabolizadas, podem ser detectados corpos cetónicos na urina.


8

Sangue: O sangue pode estar presente na urina sob a forma de eritrócitos íntegros (hematúria) ou de hemoglobina livre (hemoglobinúria) como

resultado da destruição dos eritrócitos. A hematúria está mais relacionada com distúrbios de origem renal ou urogenital e, não tendo origem patológica, é

observada durante a menstruação. Quando se detecta a presença de sangue na análise química da urina, deve-se fazer o exame microscópico do

sedimento para distinguir a hematúria da hemoglobina.

Bilirrubina: A presença de bilirrubina na urina pode ser a primeira indicação de patologia hepática. A bilirrubina conjugada aparece na urina quando o

seu ciclo normal de degradação é interrompido pela obstrução do ducto biliar ou quando a integridade do fígado está comprometida.

Urobilinogénio: quando aparece na urina é porque o urobilinogênio entrou na circulação e passa pelos rins e é filtrado pelos glomérulos.

Nitrito: a presença de nitritos permitia detectar possíveis infecções do trato urinário. Onde apresentavam a capacidade de reduzir nitratos a nitritos,

levando ao seu aparecimento na urina. A detecção de nitritos é útil para o diagnóstico precoce das infecções da bexiga (cistite).

Leucócitos: os leucócitos aparecem frequentemente na urina. A piúria indicava uma possível infecção no sistema urogenital.

3.7 EXAME MICROSCÓPIO DO SEDIMENTO URINÁRIO

A amostra de urina, após ter sido analisada no sistema automático, era centrifugada a 1500 rotações por minuto (rpm) durante 5 minutos. O

sobrenadante é decantado e procede-se à ressuspensão do sedimento na lamínula. O sedimento obtido era então observado ao microscópio óptico sendo

observados células epiteliais, eritrócitos, leucócitos, bactérias, elementos leveduriformes e parasitas, cilindros e cristais e descritos então em uma folha e

passado ao biomédico.

Cilindros: são precipitados proteicos formados na luz tubular. Na dependência do conteúdo da matriz proteica, os cilindros são classificados como:

Hialinos: compostos de proteína, sem inclusões. Possuem pouco significado clínico, podendo estar associados à proteinúria.

Celulares: compostos por células epiteliais descarnadas. A presença de cilindros epiteliais renais é indicativa de doença tubular e varia de acordo com a

natureza do processo lesivo.

Leucocitários: aparecem em inflamações intersticiais e doenças glomerulares.

Hemáticos: A presença deste tipo de cilindro é significativa na doença glomerular.

Granulosos: caracterizam-se pela presença de restos celulares no interior da matriz proteica.

3.8 EXPRESSÃO DOS RESULTADOS

O resultado por campo microscópico: observado no mínimo 10 campos microscópicos, calculando a média e expressado o número de elementos por

campo.

Células epiteliais e cilindros observados com aumento de 100 X eram expressos conforme a seguir:

a) Ausente

b) Raras (até 3 p/c)

c) Numerosas (acima de 10 p/c)

A flora bacteriana observada no aumento de 400X era classificada como:

a) Raras: (1 a 10 p/c)

b) Moderadas: (11 a 99 p/c)

e) Aumentada: (acima de 99 p/c)


9

3.8 PARASITOLOGIA

No estágio, realizei a análise microscópica das fezes, no qual fiz uma espécie de esfregaço e coloquei lugol, a fim de fixar a amostra para melhor

visualização microscópica.

 Exame direto

Oxalato de cálcio.
1- Era colocado Fonte:
duas a três gotas deolugol
autor Fosfato
em uma lâmina Triplo. Fonte: o autor Cilindro hialino. Fonte o autor.
de vidro.

2- Era tocado com a ponta de um palito em vários pontos das fezes, transferindo uma pequena porção para a lâmina de microscopia.

3- Espalhado as fezes, fazendo um esfregaço e examinado ao microscópio. A espessura

do esfregaço não devia impedir a passagem de luz.

4- Este método é indicado principalmente para a pesquisa de trofozoítos de protozoários em fezes diarreicas recém emitidas; para a identificação de

cistos de protozoários e larvas de helmintos cora-se a preparação com Lugol.

 Exame microscópico

Permitia a visualização de trofozoítos, cistos e oocistos de protozoários e de ovos e larvas de helmintos.

Entamoeba butschlii. Fonte: o autor Entamoeba Coli. Fonte: o autor Blastocystis hominis. Fonte: o autor.

3.9 BIOQUÍMICA

Avaliação laboratorial das funções renal, hepática e endócrina, da enzimologia clínica, dos distúrbios do metabolismo dos carboidratos e os principais

métodos bioquímicos utilizados no laboratório de análises clínicas.

Os ensaios bioquímicos eram realizados pelo método automatizado (através de um cobas, marca GT group – GTS 1600), as amostras eram

previamente centrifugadas e as análises ocorriam com o soro do paciente. Foi verificado na requisição qual exame deveria ser realizado e essa
10

informação juntamente com os dados dos pacientes eram colocadas na máquina onde cada exame possuía um reagente específico, esse era pipetado na

amostra e o resultado obtido através de uma reação foto colorimétrica.

Setor de Bioquímica. Fonte: o autor

 DOSAGEM DE CREATININA

O exame mede os níveis de creatinina no sangue ou na urina, e tem como finalidade avaliar a função renal, junto com o teste de ureia, ele também é

solicitado para acompanhamento de pacientes em tratamento de doenças renais. Os resultados das dosagens de creatinina são utilizados para calcular sua

depuração. Valores de referência: homens: entre 0,7 e 1,3mg/dl; mulheres: entre 0,6 e 1,2mg/dl.

 DOSAGEM DE COLESTEROL TOTAL, HDL, LDL E TRIGLICÉRIDEOS

Na avaliação dos triglicerídeos é de grande importância que haja um jejum prolongado. Isto deve-se ao fato de a ingestão de alimentos provocar um

aumento dos triglicerídeos em circulação.

No laboratório eram realizados os exames de colesterol total (HDL e LDL) e triglicerídeos que medem os níveis de gordura no sangue e tem como

objetivo medir os riscos de entupimentos nas artérias e doenças cardiovasculares. A determinação do colesterol HDL é feita por um ensaio enzimático

no soro.

 UREIA UV

O teste de ureia tem como objetivo verificar a quantidade de ureia no sangue, a fim de determinar se os rins e o fígado estão funcionando

corretamente. A determinação da oreia é feita por um método enzimático pela urease com desenvolvimento de cor que é proporcional à concentração de

ureia no soro. Valores aumentados de ureia normalmente são patognomônicos de patologia renal.

 GLICOSE

O nível sanguíneo no qual a reabsorção tubular é superada é chamado de limiar renal e está situado na faixa entre 160 e 180 mg/dl. Para realizar o

exame é preciso que a pessoa esteja em jejum.

Os valores de referência do exame da glicose em jejum são:

Normal: inferior a 99 mg/dL;


11

Pré-diabetes: entre 100 e 125 mg/dL;

Diabetes: superior a 126 mg/dL em dois dias diferentes.

3.7 IMUNOLOGIA

Os testes

sorológicos

empregados para

auxiliar na

confirmação diagnóstica

das suspeitas

clínicas de infecções,

permitindo a obtenção

de resultados

em curto espaço de

tempo.

Setor de imunologia. Fonte: o autor.

 EXAME MICOLÓGICO

Os fungos patogênicos mais comuns em doenças infecciosas da pele, cabelo e unhas são os dermatófitos. Estes fungos possuem predileção por

locais quentes e úmidos. No laboratório eram feitas as raspagens das unhas dos pacientes com o auxílio de uma lâmina quando solicitado. Primeiro era

perguntando se o paciente estava sem nenhum esmalte na unha, e em seguida era feito uma raspagem nas dez unhas e colocado então em um tubo de

ensaio com soro e identificado com o número do paciente, e então era colocado em uma lâmina para a análise.

 SISTEMA ABO E RH

O sistema ABO junto com o fator RH tem a função de determinar o tipo sanguíneo do paciente. No sistema ABO classificamos o sangue em quatro

tipos: A, B, AB e O, já no fator RH determinamos se o sangue possui o RH positivo ou negativo. Para a determinação do grupo de sangue, colocou-se

três gotas de sangue numa placa, às quais se juntaram com uma gota de anti-A, uma gota de Anti-B a outra e uma gota de Anti-D na última gota.

Misturou-se e observou-se se tinha a presença ou ausência de aglutinação.

Resultados: Presença de aglutinação: positivo; ausência de aglutinação: negativo.


12

Tipagem sanguínea. Fonte: o autor.

Tabela 1: Interpretação dos grupos sanguíneos.

Grupo/Soro Anti-A Anti-B Anti-AB

A + - +

 B - + + HEPATITE B

AB + + +
É causada por um vírus de genoma

DNA. O vírus pode O - - - ser transmitido por via

parental, sexual e vertical. O diagnóstico laboratorial da infecção pelo HBV baseia-se na detecção serológica de antígenos virais e dos respectivos

anticorpos. Por meio do soro do paciente, a infecção por este vírus pode apresentar-se clinicamente de duas formas: infeção aguda e infecção crônica.

Teste da Hepatite B. Fonte: o autor

 HEPATITE C

Foi feito os testes de hepatite C, a infecção pelo

HCV evolui para uma hepatite crônica em cerca de 80%

dos casos e nestes casos pode conduzir à cirrose

hepática ou carcinoma hepatocelular. A

interpretação de resultados é pela determinação de anticorpos anti-HCV, os anticorpos anti-HCV surgem entre 15 dias e 6 meses após a infecção e são

indicativos de uma infecção recente ou passada. Em caso de positividade, de modo a confirmar a infecção com o vírus, é necessário fazer-se a pesquisa

de RNA viral.

Teste da Hepatite C. Fonte: o autor

7.5 V.R. D.L

A V.R.D.L Trata-se de um método não-treponémico para determinar a sífilis, o que permite a detecção de anticorpos IgM e IgG contra o antigênico

cardiolipina-lecitina-colesterol. Este teste possui a função de rastreio ou de monitorização terapêutica. A detecção e tratamento da doença em seus

estágios iniciais são fundamentais a fim de evitar complicações graves.

Material:

 1 conta gota

 Agitador rotatório, ajustável a 180 r.p.m.

 Placa de vidro transparente com setores de aproximadamente 14 mm de diâmetro cada um.


13

 Micropipetas capazes de medir volumes indicados.

 Microscópio

Procedimento:

Teste Qualitativo

1. Pipetei 50 µL da amostra

2. Dispensei 20 µL da suspensão antigênica sobre a amostra

3. Coloquei a placa em um agitador mecânico e agitar durante 5 minutos a 180 rpm.

4. Imediatamente após 5 minutos, observei o resultado ao microscópio utilizando o aumento de 100x, comparando o resultado da amostra com os

obtidos para os controles positivo e negativo.

As leituras eram realizadas imediatamente após o período de agitação, pois leituras tardias poderiam apresentar resultados falsos.

Fonte: o autor

7.6 BETA HCG

HCG é produzida pela placenta na mulher grávida. É excretada na urina

durante a gravidez e pode ser facilmente detectada usando uma

reação de aglutinação direta. Os níveis séricos são geralmente maiores

do que os urinários nas duas primeiras semanas após a concessão,

assemelhando-se a estes durante a 3ª semana, os níveis urinários são

maiores que os sanguíneos. Depois de passar na centrífuga e separado o soro do sangue era colocado o teste de gravidez e esperava-se de 3 a 5 minutos

pelo resultado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estágio foi de grande importância, pois nos permitiu de forma aprofundada colocar

em prática tudo aquilo que vimos nos módulos, consegui aproveitar bastante a experiência, e

extrair muita informação e prática laboratorial. O estágio foi bastante proveitoso, consegui extrair

bastante informação de cada setor, principalmente no setor de hematologia, no qual lidei

diretamente com os pacientes da clínica. É notória a importância do laboratório de análises clínicas,

pois é graças às práticas ocorridas dentro dele que é possível diagnosticar ou confirmar patologias,

sejam elas de natureza patológicas ou fisiológicas, logo seu papel é indispensável no contexto

Teste HCG. Fonte: o autor


14

medicinal. Assim também os profissionais que atuam nessa área, como é o caso dos técnicos de análises clínicas que têm enorme importância, porque é

necessário ter a capacidade de execução das rotinas, como os processos laboratoriais, analisar amostras biológicas e avaliar os resultados. Os resultados

eram interpretados e precisavam de um bom conhecimento biológico.

CONCLUSÃO

Esse trabalho mostra que ao relatar as atividades desenvolvidas durante o estágio, a experiência de laboratório trouxe conhecimentos rotineiros

vivenciados no laboratório de análises clínicas e funcionamento geral e a grande responsabilidade possibilitaram uma visão técnica de amadurecimento

no âmbito profissional. Além das relações interativas e cooperativas com os colegas do ciclo de estágio. Ademais, foi possível aprender e capacitar-se

cada vez mais na realização de análises clínicas e suas áreas de estudo como na urinálise, parasitologia, hematológicas e bioquímica assim como

compreendida assim a fase analítica, além disso obter experiências na coleta e triagem desenvolvendo a fase pré-analítica.

REFERÊNCIAS

Técnicas para coleta de sangue. Brasília: Ministério da Saúde, Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS. 1997. 63 p. II.

(Series TELELAB).

BRASIL. Hemocentro de Campinas. Manual básico de orientações de transfusão do laboratório de compatibilidade. Campinas, 2010



EXAME de urina de rotina: importância. Kasvi, Paraná, 31 de ago. de 2018. Disponível em: <https://kasvi.com.br/exame-de-urina/> Acesso em: 9 de

nov. de 2022.

ANÁLISE da Hemostasia: Tempo de Atividade da Protrombina (TAP) e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa). Kasvi, Paraná, 29 de mar.

de 2019. Disponível em: <https://kasvi.com.br/analise-da-hemostasia/> Acesso em: 11 de nov. de 2022.

PINHEIRO, Chloé. Exame de colesterol total e frações: o que é, taxas ideais e quando fazer. Veja Saúde, 8 de ago. de 2019. Disponível em:

<https://saude.abril.com.br/medicina/exame-de-colesterol-total-e-fracoes-o-que-e-taxas-ideais-e-quando-fazer/> Acesso em: 14 de nov. de 2022.

VANDERLEY DA SILVA CASTRO. RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISONADO DE ANÁLISES CLÍNICA II. 2015.
15

BIOCLIN. TRANSAMINASE TGO, INSTRUÇÕES DE USO. 2016

Conselho Federal de Biologia. Saúde / Análises Clínicas. Disponível em <http://www.cfbio.gov.br/saúde–analises-clinicas. Acesso em: 19 de nov. de

2022.

IBRA SUPERIOR. INTRODUÇÃO A ANALISES CLINICAS. 2017.

Marcela Lemos. O que é o exame de proteínas totais e frações. Disponível em: <https://www.tuasaude.com/exame-de-proteínas/. Acesso em: 19 de nov.

de 2022.

Redação Minuto Saudável. O que é Hipoglicemia, sintomas,

tratamento, causas, tem cura? Disponível em: <https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-hipoglicemia-sintomas-tratamento-causas-tem-cura/. Acesso em:

19 de nov. de 2022.

Nathalie Ayres. Beta HCG: entenda o resultado do exame de gravidez. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saúde/tudo-sobre/21074-beta-

hcg. Acesso em: 19 de nov. de 2022.

Nicole Geovana. O que é IgG e IgM e qual a diferença entre os dois? Disponível em: <https://medicoresponde.com.br/o-que-e-igg-e-igm-e-qual-a-

diferenca-entre-os-dois/. Acesso em: 19 de nov. de 2022.

Letícia Maria Henriques Resende, Luciana de Gouvêa, Viana Pedro Guatimosim. Vidigal Universidade Federal de Minas Gerais. PROTOCOLOS

CLÍNICOS DOS EXAMES LABORATORIAIS. 2009.

Redação Minuto Saudável. O que é VDRL: 1/2, positivo, não reativo e para que serve o exame. Disponível em: <https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-

vdrl-12-positivo-nao reativo-e-para-que-serve-o-exame/. Acesso em: 19 de nov. de 2022.

BioTecnica. Kit de reagente UREIA. 2016.

Labpasteur. Colesterol e Triglicérides. Disponível em: <http://www.labpasteur.med.br/clientes/artigo/colesterol-e-triglicerides. Acesso em: 19 de nov.

de 2022.

Você também pode gostar