Resumo
Resumo
Resumo
Existem em torno de quatro milhões de espécies diferentes de bactérias, protozoários, vegetais e animais,
que diferem em sua morfologia, função e comportamento.
O objetivo da biologia celular e molecular é entender precisamente este plano unificado de organização que
constitui as células.
A célula é a unidade estrutural e funcional básica dos organismos vivos, da mesma forma que o átomo é a
unidade fundamental das estruturas químicas.
Os organismos vivos constituídos por células realizam o seguinte ciclo biológico: todos nascem, crescem, se
reproduzem e morrem.
Uma única célula pode constituir um organismo inteiro, como no caso dos protozoários, ou ela pode ser
encontrada agrupada e diferenciada em tecidos e órgãos, para formar um organismo multicelular.
Para realizar seu ciclo vital, todo ser vivo precisa de energia. Ela pode ser obtida através da fotossíntese
realizada por vegetais, algumas bactérias autotróficas utilizam a energia de uma fonte não orgânica, em
geral a luz do sol.
Temos como exemplo as plantas, que possuem clorofila em suas folhas, elas captam luz solar e a utilizam na
síntese de moléculas orgânicas.
Temos seres autótrofos quimiossintetizantes que não precisam de fonte luminosa, utilizam matérias
inorgânicas, gás carbônico e água para produzirem matéria orgânica.
Seres heterótrofos, que conseguem energia por ingestão de outros seres, como plantas e animais, e são
considerados consumidores.
A história da biologia celular está ligada ao desenvolvimento tecnológico que tornou possível o estudo da célula.
A partir do século XIV, as lentes de vidro começaram a ser usadas para correção de defeitos de visão e como
dispositivos de aumento, possibilitando a análise de estruturas antes não vistas a olho nu.
Os primeiros estudos sobre a morfologia da célula começaram com a popularização dos microscópios ópticos
rudimentares no século XVII, posteriormente complementados com várias técnicas histológicas nos séculos
XIX e XX, permitindo a observação mais detalhada das diversas estruturas celulares. Através do estudo das
propriedades das células foi instituída a Teoria Celular.
Esse conceito surgiu no século XIX, idealizado pelo botânico alemão Mathias Jakob Schleiden, no ano de 1838,
e pelo zoólogo, também alemão, Theodor Schwann, em 1839.
• Toda célula se origina de outra preexistente, por um processo chamado divisão celular.
• A célula contém informação genética e hereditária que é passada para outras células durante o processo
de divisão celular.
Níveis de organização celular
A célula é a unidade estrutural e funcional comum a todos os seres vivos e podemos encontrar seres
constituídos por uma ou mais células.
Elas são responsáveis por realizar todas as funções vitais, como reprodução, crescimento, alimentação,
movimentação, reação a estímulos externos e respiração
A célula é a menor parte de um ser vivo capaz de desenvolver- se e reproduzir-se, ou seja, a menor parte
de um ser vivo onde encontramos as propriedades básicas da vida.
Apesar de todas as células terem uma estrutura básica comum, existem variantes de cada tipo.
As células que formam um indivíduo pluricelular não são todas iguais. Existem grupos celulares distintos
encarregados de desempenhar diferentes funções e originados por um processo denominado diferenciação
celular.
No nosso corpo, existem cerca de 300 tipos diferentes de células, cada uma com uma função específica.
De uma maneira geral, independentemente do formato, todas as células são constituídas por um envoltório
denominado membrana plasmática, um citoplasma e material genético, sendo que as células procarióticas
possuem material genético solto no citoplasma, são pobres em membranas, e as eucariontes possuem o
núcleo delimitado por uma membrana nuclear.
Apesar das diferenças entre as células procariontes e eucariontes, todas têm em sua estrutura membrana
plasmática, material genético e citoplasma.
A membrana plasmática é uma estrutura fina semipermeável, seleciona o que passará por ela, assim ocorre a
passagem de algumas substâncias do meio extracelular para o meio intracelular, e vice-versa. Também é
constituída de uma dupla camada lipoproteica (gordura + proteína)
O citoplasma é o meio interno onde ocorre a maioria das reações químicas e sínteses, é formado de água,
proteínas, sais minerais, íons diversos, aminoácidos livres e açúcares, formando um material coloide, uma
espécie de gel que pode ser mais espesso na parte interna da célula (gelatinoso), chamado de endoplasma, e
menos denso nas periferias, chamado de ectoplasma.
Tanto o endoplasma como o ectoplasma fazem parte do hialoplasma ou citosol, onde ocorrem as reações
químicas metabólicas e a ciclose, que se refere ao movimento no interior das células. O citoplasma possui
citoesqueleto formado por proteínas e tem a função de estruturar a forma da célula.
Essa estrutura é inexistente nas células procariontes, onde a forma e sustentação das células é feita por uma
parede celular rígida. Além dessas estruturas básicas, as células podem ter diversas outras estruturas na sua
constituição, formando dois padrões distintos: as células procarióticas e as células eucarióticas.
As células eucarióticas possuem no interior do citoplasma diversas estruturas, como o Núcleo celular,
Mitocôndrias, Complexo de Golgi, Retículo Endoplasmático, Ribossomos, Lisossomos etc. Já nas células
procarióticas, no seu citoplasma existem ribossomos, o material genético está disperso e possuem uma parede
celular rígida que permite forma e proteção à célula.
Microscopia
As células foram descobertas em 1665, pelo cientista inglês Robert Hooke, a partir da construção de seus
próprios microscópios.O que esse cientista observou foram as paredes celulares das células que formavam a
cortiça. E deu-lhes o nome de células (do latimcella = pequeno compartimento).
Em 1668, o comerciante holandês Anton van Leeuwenhoek construiu vários microscópios e assim outros
pesquisadores, além de Leeuwenhoek, fizeram observações microscópicas, o que possibilitou o avanço do estudo
do mundo microscópico.
Na década de 1830, Robert Brown visualizou que o espaço de vários tipos de células era preenchido com um
material de aspecto gelatinoso e que em seu interior havia uma pequena estrutura que foi identificada como
sendo o núcleo celular. Matthias Schleiden e Theodor Schwann concluíram que todos os seres vivos, tanto
plantas quanto animais, eram formados por células e assim formularam a teoria celular.
3. Na tabela, a seguir, estão assinaladas a presença (+) ou a ausência (-) de alguns componentes encontrados em
quatro diferentes tipos de organismos A, B, C e D:
c) Núcleo e ribossomos.
d) Mitocôndria e lisossomos.
b) Toda célula origina-se de outra preexistente, por um processo chamado divisão celular.
7. Os seres vivos apresentam estrutura celular, entretanto, não há nada que corresponda a uma célula típica,
pois tanto os organismos unicelulares como as células dos organismos pluricelulares são muito diferentes entre
si. Apesar dessa enorme variedade, todas as células vivas apresentam o seguinte componente:
a) Carioteca.
b) Membrana plasmática.
c) Lisossomos.
d) Mitocôndria.
e) Cloroplasto.
Evolução Química
Evolução pré-biótica: Hipótese de Oparin e Haldan
Os elementos químicos básicos para a vida são carbono, oxigênio e hidrogênio, e estes três elementos estão
presentes em 90% da massa corporal.
Acredita-se que as primeiras células surgiram no planeta há aproximadamente 4 bilhões de anos. Naquela época,
a atmosfera primitiva da Terra continha metano (CH4), amônia (NH3), gás hidrogênio (H2), sulfeto de
hidrogênio (H2S), gás carbônico (CO2) e vapor d’água (H2O). Não existia oxigênio livre (O2) e só apareceria
muito depois, após a atividade fotossintética de células autotróficas.
A superfície da Terra estaria coberta por grande quantidade de água, devido ao processo de resfriamento, os
vapores d’água condensavam- se, originando nuvens que provocavam chuvas constantes e que permitiram o
acúmulo de água nas depressões da crosta, formando- se assim os mares primitivos.
Essa massa líquida, chamada de caldo primitivo, continha grande quantidade de moléculas inorgânicas e os
gases dessa atmosfera primitiva estariam em solução.
Moléculas orgânicas se acumulavam nos mares primitivos já que na atmosfera primitiva as altas temperaturas
evaporavam constantemente a água, e assim esses mares primitivos eram verdadeiros caldos nutritivos”.
Nesses “caldos nutritivos”, substâncias relativamente complexas, como proteínas e ácidos nucleicos, teriam
aparecido espontaneamente ao acaso.
Em 1953, o químico norte-americano Stanley Miller demostrou a síntese de moléculas orgânicas sem a
participação dos seres vivos.
O experimento de Miller simulava as condições da atmosfera primitiva. Ele era formado por tubos e balões de
vidros interligados, onde foram introduzidos os componentes da atmosfera primitiva daquela época.
O sistema foi aquecido e a água, ao ser fervida, transformava-se em vapor e circulava por todo o sistema.
O balão da mistura gasosa foi submetido a descargas elétricas.
No condensador, a mistura tornava-se líquida. A análise da água obtida no reservatório mostrou a presença
de diversas moléculas de compostos de carbono, inclusive aminoácidos.
Evolução Biológica
Teoria da invaginação da membrana
Essas dariam origem às primeiras moléculas de proteínas e de ácidos nucleicos, entretanto, somente ácidos
nucleicos são capazes de autoduplicação e assim surgiriam as primeiras células.
Esse sistema de autoduplicação deveria ficar isolado, pois evitaria que as moléculas se dispersassem no líquido
pré-biótico. Assim, acredita-se que ao acaso formaram-se moléculas de fosfolipídios que constituiriam as
primeiras bicamadas fosfolipídicas que envolveriam um conjunto de moléculas de RNA (ácido ribonucleico),
nucleotídeos, proteínas e outras moléculas.
Esse processo resultou no nascimento da primeira célula, com sua membrana fosfolipídica.
Supõe-se que a primeira célula era estruturalmente simples, denominada de célula procariótica.
Provavelmente, ela não conseguia produzir o seu próprio alimento (heterotrófica) e era também anaeróbia,
pois não existia oxigênio na atmosfera daquela época.
O processo evolutivo dessas células teria sido muito complicado se elas continuassem dependendo das moléculas
orgânicas, formadas pelo processo pré-biótico, para a nutrição.
Foi quando o surgimento de células que produziam seu próprio alimento (autotróficas) possibilitou a
manutenção da vida na Terra.
Iniciou-se, assim, a fotossíntese. Dessa maneira, foram ocorrendo mudanças na atmosfera com o aumento da
concentração de oxigênio (O2) liberado pela fotossíntese. O início da fotossíntese e as alterações da
atmosfera contribuíram para a evolução das células e das formas de vida existentes hoje na Terra.
O passo seguinte no processo evolutivo foi o surgimento de células eucariontes, mais complexas, a partir de
células procarióticas, conhecidas como teoria da invaginação da membrana plasmática.
As células eucarióticas possuem um elaborado sistema de endomembranas que teriam se originado a partir das
células procariontes, através de dobramentos da membrana plasmática.
Esses dobramentos teriam dado origem a diversos compartimentos intracelulares, como o retículo
endoplasmático, endossomos, lisossomos, aparelho de Golgi e a carioteca, estrutura membranosa que
delimita o núcleo e onde se concentra o material genético da célula.
Evolução Biológica
Teoria endossimbiótica
As organelas envolvidas nos processos energéticos das células são as mitocôndrias responsáveis pela
respiração celular, ocorrendo essencialmente em todos os seres eucariontes e os cloroplastos responsáveis
pela fotossíntese, estando presente apenas em eucariontes fotossintéticos, como as plantas.
Essas organelas se originaram de bactérias que foram fagocitadas por células eucarióticas e que escaparam
do processo de digestão celular.
3. Durante milhões de anos, moléculas orgânicas foram se acumulando nos mares primitivos, transformando-os
em verdadeiros caldos orgânicos. Essa alta concentração, aliada ao calor e à intensa radiação, faziam com que as
moléculas reagissem entre si, dando origem a novas substâncias, provavelmente as precursoras do ácido nucleico,
que serviu como modelo para a reunião de uma enzima que poderia então auxiliar na produção de mais ácido
nucleico. Com este desenvolvimento, apareceu o primeiro mecanismo potente de realização. A vida tinha
começado. Com as informações acima, qual foi a primeira reação energética que surgiu?
a) Quimiossíntese.
b) Fotossíntese.
c) Respiração anaeróbica.
d) Respiração aeróbica.
e) Fermentação.
4. Durante o processo evolutivo, algumas organelas de células eucariontes se formaram por endossimbiose com
procariontes. Tais organelas mantiveram o mesmo mecanismo de respiração celular e produção de energia após a
associação. Considere as seguintes organelas celulares, existentes em eucariontes:
1- Mitocôndrias.
2- Aparelho de Golgi.
3- Lisossomos.
4- Cloroplastos.
5- Vesículas secretoras.
6- Peroxissomas.
Qual das organelas citadas são responsáveis por produção
de energia, nas plantas e nos animais?
a) 1 e 4.
b) 2 e 3.
c) 3 e 6.
d) 4 e 5.
5. A teoria de Oparin e Haldane admite que a primeira forma de vida tenha surgido em lagos da Terra primitiva,
a partir de moléculas orgânicas existentes na atmosfera e nos oceanos, provenientes de substâncias inorgânicas.
Com a evolução surgiu uma diversidade de formas e processos.
Defina a primeira forma de vida (I)
A composição da atmosfera primitiva (II)
A provável sequência de processos para obtenção de alimento e energia (III)
conquistados pelos seres vivos:
a) I = autótrofa; II = sem oxigênio; III = fotossíntese, fermentação, heterotrófico, respiração aeróbica.
b) I = autótrofa; II = com oxigênio; III = fotossíntese, fermentação, heterotrófico, respiração aeróbica.
c) I = heterótrofa; II = sem oxigênio; III = heterotrófico, fermentação, fotossíntese, respiração aeróbica.
d) I = heterótrofa; II = sem oxigênio; III = heterotrófico, respiração aeróbica, fotossíntese, fermentação.
e) I = heterótrofa; II = com oxigênio; III = heterotrófico, respiração aeróbica, fotossíntese, fermentação.
7. O aparelho projetado por Stanley Miller, no início da década de 1950, fazia circular metano, amônia, vapor
de água e hidrogênio e, através de energia fornecida por descarga elétrica, formava produtos de reações
químicas como aminoácidos, carboidratos e ácidos graxos, que eram coletados no alçapão. Através desse
experimento, Miller testou a hipótese de que, na atmosfera primitiva, pela ação de raios:
a) Compostos orgânicos puderam se formar a partir de moléculas simples.
b) Compostos inorgânicos puderam se formar a partir de moléculas orgânicas.
c) Compostos inorgânicos e orgânicos puderam originar os primeiros seres vivos.
d) Macromoléculas puderam se formar a partir de moléculas orgânicas simples.
e) Coacervados puderam se formar a partir de moléculas inorgânicas.
No grupo de procariontes só temos as bactérias e as cianofíceas, que também são chamadas de algas azuis,
Reino Monera.
Agora pense nas células eucariontes e nos organismos que elas representam: uma enorme diversidade! Estão
presentes nos Reinos: Protista, Fungi, Plantae e Animália.
Todas as células possuem elementos essenciais: citoplasma, membrana plasmática ou membrana celular, que
separam os conteúdos celulares do ambiente externo e o material genético, que constitui a informação
hereditária e que regulam todas as atividades celulares e características que são passadas para os
descendentes.
Uma das diferenças dos dois tipos de células é a forma em que o material genético se apresenta.
As células procariontes não possuem um sistema de membranas, deixando seu material genético solto no
citoplasma, além de serem extremamente pequenas e com poucas organelas.
Nas células eucariontes é bem visível o núcleo envolto em uma membrana nuclear e elas possuem muitas
organelas.
O núcleo foi observado inicialmente em 1802 por Franz Bauer, no entanto, somente em 1831 Robert Brown
identificou essa estrutura como de extrema importância para célula. Brown escolheu o nome núcleo (do grego
nux – semente) por imaginar que fosse a semente da célula, comparando com os frutos das plantas
Bactérias do bem
Agora que conceituamos as estruturas de uma célula procarionte, exemplificamos com as bactérias, que são os
representantes mais ilustres deste tipo célula
Estudos demonstram que bacteriocinas podem ser usadas como conservantes de alimentos, mas as bactérias do
bem também se destacam na indústria farmacêutica, na construção civil e no tratamento de esgoto.
Com a tecnologia atual, podemos usar as bactérias em muitos processos, mas ainda temos um vasto campo
desconhecido sobre a capacidade desses microrganismos procariontes.
Muitas pesquisas estão em andamento para nos proporcionar melhores condições de vida
Células Procariontes
Constituição estrutural das células procariontes
As células procariontes também podem ser chamadas de protocélulas, não possuem um sistema de membranas
compartimentando o citoplasma, seu DNA se apresenta na forma de anel e não estão associadas a proteínas
(histonas).
Têm formato geralmente simples em esfera, bastonete, ou em hélice, podendo formar colônias em alguns
casos. Como essas células não possuem citoesqueleto, como as eucariontes, sua forma é definida por uma parede
extracelular que sofre síntese no citoplasma e se posiciona na superfície externa da membrana plasmática.
Essa parede rígida possui 20 nm de espessura, é constituída por peptidoglicanos e tem como função proteger a
célula das ações mecânicas.
A bactéria Escherichia Coli é uma das mais estudadas por sua reprodução rápida e estrutura simples.
Outras organelas presentes são os ribossomos no citoplasma, que podem se ligar a moléculas de RNAm,
constituindo polirribossomos.
A presença de nucleoide, uma estrutura que possui dois ou mais cromossomos idênticos circulares, presos a
diferentes pontos da membrana plasmática; ainda nesta membrana, em sua face interna, aparecem enzimas
relacionadas com a respiração.
As células procariontes não se dividem por mitose e seus filamentos de DNA não sofrem o processo de
condensação que leva à formação de cromossomos visíveis ao microscópio óptico durante a divisão celular.
A célula se divide, originando duas células- filhas com as mesmas características da célula-mãe.
As moléculas menores de DNA extracromossômicas são chamadas de plasmídeos, e podem ser passadas de
uma bactéria para outra, carregando informações genéticas.
As células procariontes ainda podem ter flagelos que auxiliam na locomoção e fímbrias ou pili, que ajudam na
junção com as células hospedeiras.
Podem surgir células procariontes autótrofas, que possuem em seu citoplasma algumas membranas, paralelas
entre si, associadas à clorofila ou a outros pigmentos responsáveis pela captação de energia luminosa.
A maioria dos procariontes é heterotrófica, ou seja, depende de uma fonte externa de alimentos e realiza
essa alimentação por absorção com vários mecanismos de fermentação e de respiração.
Um ponto importante para essas células é a existência de uma cápsula de proteção, que é uma camada rígida
formada por uma série de polímeros orgânicos que se deposita no exterior da sua parede celular.
Presença de plasmídeos, que podem transmitir até mesmo genes de uma bactéria para outra, aumentando a
possibilidade de mutação.
Células Eucariontes
Constituição estrutural das células eucariontes
As células eucariontes de animais, vegetais, protozoários e fungos se diferenciam em alguns aspectos, elas
são semelhantes por possuir núcleo bem definido e organizado. Em geral, possuem um único núcleo por célula,
entretanto algumas células podem ter mais de um núcleo.
São células ricas em membranas, que as deixam com um citoplasma compartimentado, possuem muitas
organelas que atuam em diferentes processos, podem ser comparadas a pequenos órgãos, intracelulares.
O material genético está separado do citoplasma por uma membrana dupla chamada de carioteca, os
filamentos de DNA estão associados a proteínas histonas, formando fios espessos chamados de cromatina e
dentro da cromatina estão os nucléolos.
Ocorre grande variabilidade na forma das células eucarióticas. Geralmente, o que determina a forma de uma
célula é sua função específica.
Célula Animal
São células eucariontes presentes em animais (Reino Animalia), se diferem das células vegetais pela ausência
de parede celular e plastos.
O citoplasma é constituído por uma substância fundamental amorfa, composta por água, proteínas, íons,
aminoácidos, entre outros.
Relação de algumas organelas: citoplasma, núcleo, ribossomos, membrana plasmática, vesículas, retículo
endoplasmático liso, retículo endoplasmático rugoso, aparelho de Golgi, microtúbulos, citoesqueleto,
mitocôndrias, lisossomos, centríolos, peroxissomos e vacúolos.
Célula Vegetal
A célula eucarionte vegetal é semelhante à célula animal, mas possui algumas diferenças estruturais e
metabólicas.
Uma das razões para essa diferença está na capacidade que as células vegetais têm de produzirem seu
alimento, sendo autótrofas.
Para realizar a fotossíntese possuem organelas específicas, como os plastos; outra diferença marcante é a
presença de uma parede celular que protege as células e vacúolos muito grandes.
Os plastos ou plastídios são organelas que só aparecem em células vegetais e se diferenciam de acordo com a
função que executam.
Podemos diferenciar os plastos com pigmento, cromoplastos, e entre eles ainda podemos citar os cloroplastos,
no entanto, também temos amiloplastos que acumulam amido, chamados de grão de amido.
Assim, as células de vegetais possuem núcleo (composto por: cromatina, nucléolo, carioteca e poro); retículo
endoplasmático granuloso; retículo endoplasmático não granuloso; peroxissomo; citosol; microtúbulos;
aparelho de Golgi; mitocôndria; ribossomos; lisossomos; membrana plasmática; centríolo; parede celulósica;
cloroplasto e vacúolo
Atividades Unidade 1 Seção 3
1. Existem fundamentalmente duas classes de células, procariontes (protos – primitivo, e cario – núcleo) e
eucariontes (eu – verdadeiro, e cario – núcleo). Descreva a organização geral das células procariontes e
eucariontes, enfatizando as diferenças entre elas:
2. As células eucariontes são compartimentalizadas. Explique o que isso significa e quais são as vantagens para
essas células:
3. Se você não tem nenhuma outra informação sobre um determinado organismo, a não ser que ele é unicelular,
somente com essa informação você pode concluir que:
I - Ele é procarionte.
II - Ele é eucarionte.
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.
5. Certos antibióticos têm a função de impedir que os ribossomos das bactérias realizem sua função. O efeito
imediato desses antibióticos sobre as bactérias sensíveis a eles é inibir a síntese de:
a) RNA mensageiro.
b) Proteínas.
c) DNA.
d) ATP.
e) Lipídios.
7. Em uma célula vegetal, o material genético concentra-se no interior do núcleo, o qual é delimitado por uma
membrana. Além dessa região, material genético também é encontrado no interior do:
d) Lisossomo e mitocôndria.
e) Cloroplasto e mitocôndria.
Vírus: entidade biológica dependente de células
Os vírus que se diferenciam de todos os seres vivos, pois não apresentam organização celular, são
considerados acelulares e, por muitos cientistas, organismos não vivos. Portanto, os vírus, viroides,
bacteriófagos, vírus animal e príons são definidos como microrganismos acelulares ou partículas infecciosas.
Os vírus, quando não estão se reproduzindo, não expressam nenhuma atividade vital, não crescem, não
degeneram e nem fabricam substâncias e nem reagem a estímulos.
A palavra vírus é originária do latim e significa toxina ou veneno. No entanto, os vírus têm uma capacidade de
replicação espantosa, um único vírus em algumas horas pode replicar-lhes de novos indivíduos.
A estratégia de replicação é diferente dos demais microrganismos, eles precisam invadir células, o que causa a
dissociação dos componentes da partícula viral.
Esses componentes então interagem com o aparato metabólico da célula hospedeira, subvertendo o
metabolismo celular para a produção de mais vírus.
São estruturas muito pequenas, que só podem ser observadas com microscopia eletrônica. A questão de serem
considerados vivos depende da definição de vida.
As considerações científicas sobre a classificação dos vírus é controversa, alguns cientistas com base em
algumas características de organismos vivos, como fazer parte de linhagens contínuas, reproduzir e evoluir em
resposta ao ambiente, através de variabilidade e seleção, acreditam que deveriam ser classificados como seres
vivos, outros defendem que como os vírus não têm metabolismo próprio, deveriam ser considerados partículas
infecciosas, ao invés de seres vivos propriamente ditos.
As discussões ainda persistem, no entanto, muitos cientistas concordam que os vírus são desprovidos da maior
parte das características das células, assim os considerando entidades sem vida.
Ao conjunto ácido nucleico e capsídio damos o nome de nucleocapsídeo. Além destas estruturas, existem vírus
envelopados, que possuem um envelope externo de lipídios e polissacarídios.
Os vírus precisam de uma célula hospedeira viva para replicar seu material genético, possuem uma grande
capacidade de destruir as células que infectam, pois utilizam toda a estrutura delas para sua reprodução.
Os capsídios virais apresentam várias formas e simetrias: poliédricos, helicoidais, em forma de bala,
esféricos.
Replicação Viral
A classificação dos vírus ocorre de acordo com o tipo de ácido nucleico que possuem, as características do
sistema que os envolve e os tipos de células que infectam.
Quanto ao ciclo reprodutivo, ocorre de duas formas: o lítico com quatro fases (adsorção, penetração, eclipse
e liberação) que compreende a entrada do vírus na célula hospedeira, fixando suas proteínas virais à proteína
receptora, em seguida a penetração através da membrana plasmática. : Termina com a lise e a morte da
célula hospedeira.
O ciclo reprodutivo lisogênico, em que o vírus que invadiu a célula hospedeira instala seu material genético no
genoma dela, a presença do parasita não interfere no mecanismo celular, desde o metabolismo até a reprodução,
ocorre normalmente, assim como numa célula saudável. A célula hospedeira permanece viva.
Os fagos grudam suas caudas nas bactérias, perfurando a parede e injetando seu DNA no citoplasma
bacteriano, cerca de 15 minutos depois já se pode observar partes dos novos fagos.
Os vírus que parasitam os seres humanos e os outros animais são chamados de vírus animais.
Os vírus de plantas são chamados de viroides, são menores que os demais vírus, menos complexos e só
afetam plantas.
Outra forma de proteínas infecciosas são os príons, que são desprovidos de carga genética e causam doenças
neurológicas em animais, como a vaca louca em bovinos.
As mais eficientes soluções médicas para as doenças virais são, até agora, as vacinas para prevenir as
infecções, e drogas que tratam os sintomas das infecções virais.
As substâncias químicas que atuam contra os vírus são chamadas de substâncias antivirais, que interferem nas
enzimas específicas dos vírus, seja impedindo fases críticas do ciclo viral ou inibindo a síntese de DNA ou RNA.
Os pacientes frequentemente pedem antibióticos, que são inúteis contra os vírus.
Transmissão
As viroses não são transmitidas pelo ar, e sim por gotículas que permanecem em suspensão no ar com o
vírus.
Após um indivíduo contaminado tossir ou espirrar, a fonte de contaminação está em suspensão e em condições
de contaminar outras pessoas.
No entanto, ocorrem outras formas de contaminação, contato. Com sangue, relações sexuais, saliva, contato
com a pele afetada e por mosquitos (exemplos: dengue e febre amarela)
DNA e RNA
3. Atualmente, muitas doenças têm preocupado a população mundial, tais como a AIDS, a febre amarela e o
ebola. Todas elas são causadas por vírus. Sobre esses organismos é correto afirmar que:
a) São, estruturalmente, semelhantes às bactérias, podendo apresentar somente DNA como material genético.
b) Apresentam ciclos de vida lítico ou lisogênico. No ciclo lítico, determinam a destruição da célula infectada.
e) Não são parasitas obrigatórios, pois podem sobreviver cristalizados por muitos anos.
5. Referente à forma de se replicar dos vírus, assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada uma das afirmativas a
seguir:
(x) Quanto ao ciclo reprodutivo, podem ocorrer de duas formas, o lítico e o lisogênico.
(x) No lítico, o parasita intracelular usa do processo reprodutivo da célula para se multiplicar e contaminar novas
células do organismo vivo.
A sequência correta é:
a) V - F - F.
b) V - V - V.
c) F - F - V.
d) V - F - V.
e) F - V - F.
7. Com relação às formas de contágio de alguns vírus por gotículas suspensas no ar, quando um indivíduo
contaminado espirra, espalha no ambiente vírus que podem contaminar outras pessoas. Quais das doenças a
seguir podem ser transmitidas dessa forma?
a) Giardíase.
b) Malária.
c) Gripe.
d) Tuberculose.
e) Hepatite C.
A química da vida
Água como componente celular, pH e tampões seres vivos são formados por células que efetuam muitos
processos para se manterem saudáveis, aprendemos a classificação dos seres vivos na natureza.
Na matéria que compõe os seres vivos, que é formada por partículas muito pequenas, que são os átomos,
agregam-se e constituem as moléculas orgânicas, ricas em carbono e hidrogênio, e possuem em geral grande
massa molecular.
As combinações entre os elementos, formam as moléculas das substâncias químicas, podemos destacar, os
elementos que mais aparecem na matéria orgânica, como o carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e
enxofre, além de muitos outros.
Cada célula é formada pela combinação de moléculas organizadas em estruturas maiores, que formam os
compostos químicos classificados em orgânicos e inorgânicos.
Os elementos importantes para a função celular estão dissolvidos nos líquidos intracelular e extracelular.
Assim, o metabolismo celular produz ácidos que tendem a modificar a concentração dos íons hidrogênio nos
líquidos do organismo.
Os ácidos são as substâncias que podem ceder íons hidrogênio para uma solução.
E bases são as substâncias que podem receber íons hidrogênio em uma solução.
Ácidos e Bases
O que são ácidos e bases?
No ano de 1887, Svante August Arrhenius, químico sueco, realizou experimentos que testavam a condutividade
elétrica em solução e verificou que determinadas substâncias sofriam ionização (reagiam com a água e
formavam íons) ou dissociação iônica (íons já existentes eram separados pela ação da água) e conduziam
correntes elétricas.
Mas essa teoria explicava as soluções aquosas e não considerava compostos sólidos e nem outros solventes
diferentes da água. Já no ano de 1923, surgiu a teoria protônica definida de forma independente por Brönsted
e Lowry, chamada de teoria de prótons, pois tem como base a transferência de prótons. Assim, tendo como
definição que ácido é toda espécie química, íon ou molécula capaz de doar um próton, enquanto a base é
capaz de receber um próton.
A próxima teoria foi proposta por Lewis, em 1923, e foi chamadade eletrônica, pois envolve a transferência
de pares de elétrons, idealizando que ácido é toda espécie química, íon ou molécula que aceita receber um
par de elétrons, enquanto a base é capaz de oferecer um par de elétrons.
Na natureza, as substâncias ácidas se caracterizam por sabor azedo, como exemplo pense em frutas cítricas,
e as substâncias básicas possuem qualidades adstringentes, pense como sua boca fica estranha quando come
uma banana verde. No entanto, os ácidos e bases não podem ser classificados por experimentação de sabor,
pois são substâncias perigosas.
Os ácidos são substâncias solúveis em água, que é considerada o solvente universal, assim as substâncias que
se dissolvem em meio aquoso são os solutos, e os líquidos nos quais esses solutos estão dissolvidos são chamados
de solventes.
No caso, as bases de metais alcalinos são solúveis, as de metais alcalino terrosos são pouco solúveis e as
bases de outros metais são insolúveis, uma exceção é o hidróxido de amônio, NH4OH, que existe apenas em
solução aquosa.As estruturas dos ácidos são moleculares, formados por ligações covalentes em que há
compartilhamento de elétrons.
Tais ligações podem ser de três tipos: simples, dupla e tripla, em que ocorre o compartilhamento de par de
elétrons. Podemos usar como exemplo o gás clorídrico, que é formado pelo compartilhamento de um par de
elétrons entre o hidrogênio e o cloro.
As bases podem ser iônicas ou moleculares. As que possuem os metais alcalinos e alcalino terrosos são
iônicas, e as demais são moleculares.
A condutividade elétrica dos ácidos acontece quando estão dissolvidos em água, assim liberam íons, sofrendo
ionização, já nas bases também ocorre condução elétrica em solução, sofrendo dissociação, as moléculas
sofrem ionização, reagem com a solução (água) e liberam íons.
Os ácidos podem ser chamados de ácidos fortes, dissociam-se completamente em soluções diluídas, e os ácidos
fracos ionizam-se pouco e se caracterizam pela dissociação constante. Em uma solução, um soluto pode estar
no estado ionizado ou no estado não ionizado.
Existem substâncias, como os ácidos fortes, as bases fortes e os sais que permanecem em solução quase
completamente no estado ionizado. Outras substâncias, como os ácidos e as bases fracas, ao contrário,
permanecem em solução em graus diversos de ionização.
Sendo assim, um ácido forte pode doar muitos íons hidrogênio para a solução, porque uma grande parte das
suas moléculas se encontra no estado dissociado (estado iônico). Do mesmo modo, uma base forte pode captar
muitos íons hidrogênio de uma solução.
Conceitos de pH
Agora, pense na água como solvente universal, com uma característica muito importante: a capacidade de se
ionizar com um ânion hidroxila (OH-) e um próton, o íon de hidrogênio (H+).
Assim se estabelece a escala de pH de uma solução aquosa. Então, pH é a concentração de íons de hidrogênio
em uma solução.
Portanto, a atividade dos íons hidrogênio em uma solução qualquer depende da quantidade de hidrogênio livre
na solução.
Assim, a homeostase dos íons, principalmente H + e OH -, pode ser definida pelo equilíbrio ácido-base.
PH significa potência de hidrogênio e foi criada para simplificar a medida da concentração de íons
hidrogênio (H+) na água e nas soluções. A relação entre a concentração de íons
Ao colocar em contato direto, os ácidos e as bases irão reagir entre si, neutralizando um ao outro, isto é,
tornando o pH do meio neutro.
Isso ocorre porque o cátion H+ proveniente do ácido reage com o ânion OH- proveniente da base, formando
água e um sal. Para esse tipo de reação, damos o nome de neutralização.
A escala de pH varia entre 0 e 14, sendo que quanto mais próxima do zero, mais ácida, e quanto mais
próxima do 14, mais alcalina. Como referência, usa-se o pH normal da água, considerada um líquido neutro, que
é 7. As soluções com pH inferior a 7 são consideradas ácidas e as soluções com pH superior a 7 são
consideradas alcalinas.
Os líquidos orgânicos são constituídos de água contendo uma grande quantidade de solutos de diversas
características químicas e iônicas.
A solução orgânica padrão para a avaliação do pH é o sangue. O pH normal do sangue humano varia dentro da
pequena faixa de 7,35 a 7,45. Em comparação com a água, portanto, o sangue normalmente tem o pH levemente
alcalino.
As alterações do pH podem ser observadas quando se adicionam ácidos ou bases à água, mesmo em pequenas
quantidades, o pH da solução se altera rapidamente.
Mas pense o que iria ocorrer se adicionar ácido ou base ao plasma sanguíneo? Ocorrerá a necessidade de uma
quantidade muito maior de um ou de outro, até ocorrer alterações do pH. Isto significa que o plasma dispõe de
mecanismos de defesa contra variações bruscas do pH.
O balanço entre os ácidos e as bases no organismo se caracteriza pela busca permanente do equilíbrio. O
plasma resiste às alterações do pH, por meio de pares de substâncias, capazes de reagir tanto com ácidos
quanto com bases, chamadas sistemas tampão, regulação renal e regulação respiratória.
No entanto, vários fatores podem levar a um desequilíbrio no pH plasmático, entre eles, a produção de
metabólitos em reações de oxidação em nível celular, a absorção de íons através da alimentação e
digestão.
Cada substância que ingerimos pode resultar na formação de compostos ácidos ou básicos que irão cair na
corrente circulatória, podendo assim causar um desequilíbrio indesejável.
Para combater esse problema de variação, os seres humanos, assim como os animais, possuem os mecanismos de
regulação de pH.
Portanto, para alcançar a regulação do pH dos líquidos orgânicos, ocorre a interferência de três mecanismos:
O químico, que é representado pelos sistemas tampão, capazes de neutralizar ácidos e bases em excesso
O respiratório, de ação rápida, que elimina ou retém o dióxido de carbono do sangue, conforme as
necessidades, moderando o teor de ácido carbônico.
O mecanismo renal de ação mais lenta, que utiliza ou elimina o íon bicarbonato, mantendo a manutenção do
pH dentro dos limites normais.
As principais alterações de pH no sangue estão relacionadas à acidose, quando está abaixo de 7,35, e alcalose
quando o pH do sangue é superior a 7,45.
Se a acidose é severa e o pH alcança valores abaixo de 6,85, em geral, as funções celulares se alteram de
tal forma que ocorre a morte celular.
Do mesmo modo, nas alcaloses severas e persistentes, os valores de pH superiores a 7,95 são incompatíveis
com a normalidade da função celular.
As principais alterações de pH no sangue estão relacionadas à acidose, quando está abaixo de 7,35, e
alcalose quando o pH do sangue é superior a 7,45.
O interior das células reflete uma realidade metabólica diferente do plasma sanguíneo, pois a atividade celular
gera permanentemente subprodutos ácidos como resultado das numerosas reações químicas.
Sendo assim, o pH habitual do líquido intracelular é mais baixo que o pH do plasma, em torno de 6,9 nas
células musculares e 7,3 nos túbulos renais. Em geral, as células dos tecidos com maior atividade metabólica
têm um pH levemente ácido em relação ao pH do sangue.
Sistema Tampão
Uma solução tampão, solução tamponada ou somente tampão é aquela solução capaz de manter
aproximadamente constante o valor do pH quando é adicionado a ela um ácido ou base.
Para a definição de sistema tampão, devemos levar em consideração a teoria de ácido-base de Brönsted, que
podemos representar com a equação HA→A- + H+, que define a dissociação de um ácido genérico (HA), e
em que A- é a base conjugada de HA, no entanto, se a utilização for de ácidos fracos, não se dissociam
totalmente em solução.
Estabelece-se, então, um equilíbrio químico entre a espécie protonada e a espécie desprotonada, neste caso, a
ionização do ácido é representada pela equação: HA H+ + A-
As soluções tampão podem ser formadas por um ácido fraco e um sal formado pela reação desse ácido com
uma base forte, ou, então, por uma base fraca e um sal formado pela reação dessa base com um ácido
forte.
Os principais tipos de sistema tampão biológicos existentes no sangue (líquido intravascular), nos tecidos
(líquido intersticial) e no interior das células (líquido intracelular) são: Bicarbonato/ÁcidoCarbônico, que
corresponde a 64%, sendo essencial à regulação do equilíbrio ácido-base, porque o metabolismo celular gera
muito ácido como produto final, sob a forma de ácido carbônico; outro sistema tampão importante é
Hemoglobina/Oxihemoglobina, 28%; seguido por Proteínas ácidas/Proteínas básicas, que representam 7%; e,
por fim, Fosfato monoácido/Fosfato diácido, 1%.
A integração dos sistemas de defesa do organismo se mantém constante, proporcionando uma regularidade dos
líquidos orgânicos.
Perceba que todos os líquidos do organismo possuem sistemas tampão para evitar as alterações da
concentração dos íons hidrogênio, concluindo que, se a concentração do íon hidrogênio aumentar ou diminuir, o
centro respiratório é imediatamente estimulado para alterar a frequência respiratória e modificar a eliminação
do dióxido de carbono.
As variações da eliminação do dióxido de carbono tendem a retornar o pH aos seus valores normais.
Quando o pH se afasta da faixa normal, os rins eliminam urina ácida ou alcalina, contribuindo para o retorno
da concentração dos íons hidrogênio aos valores normais.
Alterações ácido-base
Os desvios do equilíbrio ácido-base refletem-se nas alterações do pH do sangue que dentro da normalidade fica
em torno de 7,35 e 7,45. Acidose corresponde a um pH abaixo do valor mínimo normal e alcalose corresponde
a um nível acima da faixa normal.
No entanto, são muitos os fatores que podem levar um organismo a sofrer acidose ou alcalose. Vamos expor
algumas situações nas quais são observadas tais reações:
• Acidose Metabólica pode ter como causas: insuficiência renal, acidose tubular renal, diabética, acidose
láctica, ingestão de substâncias tóxicas, perda de bases como o bicarbonato através do trato
gastrointestinal, causado por diarreia ou uma colostomia.
• Os casos de alcaloses metabólicas podem ocorrer pelo uso de diuréticos, perda de ácidos causada por
vômitos ou aspiração do conteúdo do estômago, glândulas suprarrenais hiperativas, entre outros.
Desvios extremos do equilíbrio ácido-base, em geral, são acompanhados de alterações profundas da função
dos órgãos vitais e podem determinar a morte do indivíduo. Em geral, o valor mínimo do pH compatível com a
vida nas acidoses é de 6,85; nas alcaloses, o valor máximo de pH tolerado pelo organismo é de
aproximadamente 7,95.
a) Hidróxido de sódio.
b) Hidróxido de cálcio.
c) Ácido clorídrico.
d) Cloreto de sódio.
e) Cloreto de amônio.
2. O valor do pH de uma amostra indica o estado de equilíbrio ácido-base. Um pH normal demonstra a ausência
de desvios ou sua completa compensação. Se o pH está abaixo de 7,35, dizemos que existe acidose, quando o pH
está acima de 7,45, dizemos que existe alcalose. Agora, calcule o pH de uma solução-tampão formada pela
mistura de solução com 0,1 M de ácido acético e solução com 0,5 M de acetato de sódio:
Dados: Ka do ácido acético = 1,8. 10-5; log 1,8 = 0,25 e log 5 = 0,7.
a) 4,45.
b) 4,75.
c) 5,00.
d) 5,45.
e) 5,95.
3. Em uma aula de sistema tampão, o professor realiza a seguinte experiência: usa duas soluções aquosas
diluídas, I e II, ambas de pH = 5,0. A solução I é um tampão e a solução II não.
Em um béquer coloca 100 ml da solução I em um segundo béquer, 100 ml da solução II. A cada uma dessas
soluções adiciona 10 ml de NaOH aquoso concentrado. Assinale a alternativa que apresenta corretamente as
variações de pH das soluções I e II após a adição de NaOH (aq), observadas pelo professor:
4. A água representa um importante solvente nos organismos, no entanto, em que meio podemos observar maior
volume de água?
a) No líquido linfático.
b) No meio intracelular.
d) Na saliva.
e) No plasma sanguíneo.
5. No plasma sanguíneo, há um sistema-tampão que contribui para manter seu pH dentro do estreito intervalo
7,35 - 7,45. Valores de pH fora deste intervalo ocasionam perturbações fisiológicas. Entre os sistemas químicos
a seguir, qual representa um desses tampões?
A) Ácido carbônico/bicarbonato.
b) Hidrogênio/Hidróxido.
c) Ácido clorídrico/Cloro.
d) Amoníaco/Hidróxido.
e) Glicose/frutose.
Os aminoácidos (aa) são moléculas muito pequenas que sempre contêm carbono, hidrogênio, oxigênio e
nitrogênio em sua composição, no entanto, alguns tipos, como cisteina e metionina, possuem átomos de enxofre
Os aminoácidos naturais são os que ocorrem nos seres vivos, e se diferenciam unicamente por um dos
grupamentos de átomos ligados a um carbono central, chamado de carbono alfa, o que é denominado radical ou R
e varia de acordo com o aminoácido, podendo ser classificado pelas propriedades funcionais dos radicais, ou pela
necessidade de cada organismo.
Assim, nem todos os seres vivos produzem os vinte tipos de aminoácidos necessários para a construção das
proteínas, podemos dividi-los em essenciais, que se enquadram naqueles que o organismo humano não consegue
sintetizar.
Temos que os adquirir através de alimentos, são eles: arginina, fenilalanina, isoleucina, leucina, lisina,
metionina, serina, treonina, triptofano e valina.
A outra classe são os aminoácidos não essenciais ou naturais, que são aqueles que o organismo humano
consegue sintetizar (são produzidos pelo organismo), como exemplo podemos citar alanina, asparagina,
cisteina, glicina, glutamina, histidina, prolina, tiroxina, ácido aspártico, ácido glutâmico.
Com base na cadeia lateral dos aminoácidos, estes podem ser classificados como apolares ou polares (sem
carga, carregados positivamente (básicos) ou carregados negativamente (ácidos)).
Para ocorrer a formação de proteínas, as células vivas devem ligar os aminoácidos que recebem dos
alimentos, assim a reação que une dois aminoácidos ocorre sempre em um grupo amina de um aminoácido com
o grupo carboxila do outro, uma ligação peptídica, onde o grupo carboxila de um dos aminoácidos perde um
grupamento OH, enquanto o grupo amina do outro aminoácido perde um hidrogênio (H), com isso ocorre a
ligação do carbono da carboxila de um aminoácido com o nitrogênio do grupo amina do outro aminoácido.
O restante dos elementos do grupo OH que foi liberado pela carboxila se liga ao hidrogênio restante do outro
aminoácido formando uma molécula de água.
Peptídeos são o resultado da ligação de dois ou mais aminoácidos, caso ocorra a ligação de dois peptídeos,
será chamado de dipeptídio; se forem três, tripeptídios; se as moléculas forem formadas por mais de uma
dezena de aminoácidos, serão chamadas de polipeditídios, e a união de vários peptídeos formam uma
proteína.
Podemos observar que as proteínas apresentam estruturas e funções muito diversificadas, no entanto, são
sintetizadas a partir de apenas vinte aminoácidos, arranjados em várias sequências específicas, que se repetem,
em média, cerca de 100 vezes.
São os compostos orgânicos com maior representatividade celular, presentes em todas as estruturas das
células, são fundamentais sob todos os aspectos funcionais, compondo os constituintes básicos para que ocorra a
vida.
O nome proteína deriva da palavra proteios que significa em primeiro lugar, definindo o grau de importância
das proteínas para as células. Existem muitas espécies diferentes de proteínas, cada uma especializada para uma
função biológica.
A maior parte da informação genética é expressa pelas proteínas. Reforçando, as proteínas são formadas
por uma ou mais cadeias de polipeptídios, cada uma possuindo uma sequência característica de
aminoácidos.
As proteínas podem ser agrupadas em várias categorias de acordo com a sua função, sendo:
Como exemplo temos a hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de O2 (oxigênio) dos alvéolos
pulmonares para os tecidos e CO2 (dióxido de carbono) dos tecidos para os pulmões, no fenômeno de
respiração aeróbica) e, por fim, nas ações enzimáticas.
Proteínas conjugadas são a associação de aminoácidos com demais substâncias na confecção de uma
proteína, como exemplo podemos destacar as glicoproteínas, que apresentam cadeias de polipeptídios associadas
a açúcares.
Outro exemplo são as nucleoproteínas, que são as combinações de cadeias polipeptídicas, respectivamente, com
lipídios e ácidos nucleicos (DNA e RNA).
Estruturalmente, as proteínas possuem uma configuração espacial bem definida, que é resultante do tipo de
aminoácido que as compõem e de como eles estão dispostos uns em relação aos outros, assim, a sequência de
aminoácidos irá determinar o tipo de interações possíveis entre as cadeias laterais que mantêm diversos tipos
de ligações e/ou interações entre os vários grupos funcionais dos aminoácidos que compõem a proteína, portanto
são constituídas por quatro níveis: estrutura primária, secundária, terciária e quaternária.
Esses diferentes níveis de organização estrutural são encontrados nas proteínas globulares, isto é, quando
as cadeias polipeptídicas se enovelam formando glóbulos arredondados ou elípticos, como exemplo lembre- se
dá albumina, que compõe a clara do ovo.
Podem ser também fibrosas, quando as cadeias se enrolam formando fibras torcidas que lembram uma corda,
podemos citar a queratina que compõe os cabelos, unhas e está presente no tecido epitelial da pele.
As proteínas estão sujeitas a alterações provocadas por temperatura, acidez do meio e, além desses
fatores, a substituição de um simples aminoácido pode provocar alteração de sua forma.
Mais de 1.400 doenças genéticas humanas já foram identificadas como resultantes da produção de proteínas
defeituosas, em que a cadeia normal de aminoácido, o componente basal das proteínas está alterado, como
exemplo destas doenças podemos citar: alcaptonúria, fenilcetonúria, albinismo, entre outras.
A ingestão de proteínas diariamente é muito importante para manter as funções orgânicas equilibradas, no
entanto, caso ocorra falta ou excesso, o corpo, para compensar as variações, recorre a uma reserva de curta
duração.
As proteínas em excesso são convertidas pelo fígado em moléculas úteis, numprocesso denominado desaminação,
que converte o nitrogênio dos aminoácidos em amônia, convertida pelo fígado em ureia, que é excretada pelos
rins, assim a proteína que não é utilizada pelo corpo é eliminada pelos rins sobrecarregando suas funções.
Um exemplo de falta de proteínas é a insuficiência e desnutrição proteica, a qual pode provocar uma série
de doenças e até levar à morte do indivíduo.
A parte proteica é a apoenzima e a não proteica é o cofator, chamado de coenzima quando se trata de
molécula orgânica.
As reações catalizadoras podem ser definidas como o aumento da velocidade nos processos biológicos
mediante a inclusão de uma substância, as enzimas, que são catalisadores orgânicos que atuam em sistemas
biológicos em condições suaves de temperatura e pH e determinam o perfil de transformações químicas que
ocorrem em soluções aquosas, e no final da reação as enzimas permanecem intactas.
As enzimas possuem alto índice de especificidade, sendo que cada uma somente atua em determinada reação,
esse fato é explicado pela configuração bem definida, facilitando o encaixe com determinados reagentes ou
substratos, acelerando sua transformação em produto, essa reação específica é chamada de mecanismo chave-
fechadura.
A ligação da enzima com o substrato se dá em uma região pequena e definida da molécula denominada sítio ativo.
A integridade da molécula enzimática proteica é necessária para a manutenção deste sítio ativo, ou seja, para a
ação catalítica.
Para determinar a nomenclatura das enzimas se usava uma regra básica, em que se colocava o sufixo “ase”
no final do nome do substrato no qual a enzima estava atuando, assim, quando a ação era sobre proteínas, a
enzima se chamava proteases, em carboidratos eram as carboidrases.
No entanto, essa nomenclatura não se mostrou eficiente e, em 1995, uma comissão de classificação de
enzimas destinada pela União Internacional de Bioquímica definiu uma classificação a partir de normas, que
divide as enzimas em classes principais que contêm subclasses de acordo com o tipo de reação catalisada.
Dessa forma, a classificação do nome consiste em conferir para cada enzima um código de 4 algarismos
separados por pontos.
O segundo algarismo determina a subclasse, o terceiro define com exatidão o tipo de atividade enzimática
e o quarto é o número da enzima dentro da sua subclasse, no entanto, essas nomenclaturas são complexas e,
na maioria das vezes, as enzimas são designadas por nomes triviais.
• Hidrolases: nessa classe, incluem-se enzimas de baixa especificidade, como as esterases e tioesterases.
• Liases: as enzimas desta classe modificam o substrato. Como exemplo temos as descarboxilases,
cetoacidoliases etc.
• Ligases: enzimas que causam a degradação da molécula de ATP, usando a energia liberada nesta reação para
sintetizar novos compostos unindo duas moléculas.
As ações enzimáticas podem ser inibidas por moléculas específicas ou por íons que podem danificar as
reações de forma reversíveis (competitivos e não competitivos) ou irreversíveis.
Outra reação que pode acontecer com as enzimas são as imobilizações, sendo que isso acontece na preparação
de alimentos quando não se deseja que continue havendo ação enzimática, como exemplo podemos citar a
preparação de xaropes ricos em glucose e maltose.
Atividades Unidade 2 Seção 2
1. As enzimas são fundamentais para potencializar as reações, atuam nas mais variadas situações do corpo. No
entanto, alguns fatores podem afetar seu desempenho. Com base nestes conceitos, marque V para as sentenças
verdadeiras e F para as falsas em relação às enzimas.
( ) A temperatura influencia ativamente na atividade das enzimas, causando a aceleração da reação enzimática.
( ) O pH apresenta um papel importante na atividade enzimática, entretanto, sua variação causa poucos
problemas no funcionamento das enzimas.
( ) Cada enzima apresenta um pH ótimo, ou seja, um pH em que a atividade enzimática é máxima. Quando
ocorrem alterações no pH, a atividade enzimática é comprometida e a enzima para de funcionar adequadamente:
a) V–V–F.
b) F–F–V.
c) V–F–V.
d) F–F–F.
e) V–V–V
2. A obesidade no mundo moderno vem se destacando cada vez mais, e com isso métodos de emagrecimento
também ganham espaço, principalmente os que prometem resultados rápidos, no entanto, isso pode causar
doenças. Um produto polêmico é o Xenical, no Brasil, devido a uma determinação da Anvisa, é controlado e só
pode ser adquirido mediante receita médica, já que sabemos que ele reduz em até 30% consumo de gorduras
pelo organismo, seu princípio ativo é o orlistat, que atua sobre uma enzima no intestino. Qual é a enzima
afetada?
a) Carboidrases.
b) Proteases.
c) Amilases.
d) Lipases
e) Lactases
3. A elastina é a proteína responsável pela formação das fibras elásticas que compõem órgãos, como pavilhão
auditivo, conduto auditivo externo, epiglote, cartilagem cuneiforme da laringe e artérias. Qual é a importância
desta proteína para a circulação sanguínea?
a) A elastina se caracteriza por formar fibras mais finas que aquelas formadas pelo colágeno. Essas fibras
cedem bastante à tração, mas retornam à forma original quando é cessada a força. Essa propriedade é
responsável pela manutenção da pressão sanguínea nos períodos de diástole do ventrículo esquerdo.
b) A elastina se caracteriza pela rigidez que proporciona aos órgãos, sendo uma proteína globulosa, atuando,
portanto, na capacidade de contração das artérias na distribuição do sangue pelo organismo.
c) A elastina, proteína globosa, que se caracteriza pela capacidade de revestir e dar proteção às artérias,
facilitando o fluxo sanguíneo pelo organismo.
d) A elastina se caracteriza por ser formada por proteínas fibrosas secundárias, no entanto, não atuam no
transporte sanguíneo nos períodos de diástole do ventrículo esquerdo.
4. A cor dos cabelos, da pele e dos olhos dos mamíferos está relacionada à melanina, que é responsável pela
pigmentação. Sua síntese está relacionada a qual enzima?
a) Enzima Tirosinase.
b) Enzima Amilase.
c) Enzima Transaminases.
d) Enzima Fosfatase.
e) Enzima Lipase.
5. O desempenho agrícola de alguns legumes está relacionado à simbiose com microrganismos, que vivem
associados a raízes das plantas, são chamados de Rhizobium, são bactérias que formam nódulos nas raízes de
plantas, cujos frutos têm forma de vagem, como feijão, soja e lentilha. Qual é a vantagem que essa simbiose
proporciona para as plantas?
b) Fixam NO2 na forma de nitratos, que podem ser utilizados no metabolismo de proteínas.
c) Fixam o N2 atmosférico na forma de cátions amônio, que podem ser utilizados pelas plantas para a síntese de
proteínas.
d) Sintetizam N2 na forma de nitritos, que podem ser utilizados para a síntese de proteínas.
e) Fixam NO2 e NO3 na forma de cátions amônio, que podem ser utilizados no metabolismo das proteínas.
6. O buriti, com nome científico Mauritia Flexuosa, é uma das palmeiras do Brasil com valores econômicos
expressivos e uma espécie abundante no Cerrado. Os frutos servem de alimentos para várias espécies e também
embelezam a paisagem do Cerrado. Para o homem, é uma fonte de alimento rico em vitamina A, B e C, cálcio,
ferro e proteínas, consumido tradicionalmente ao natural, ou transformado em sucos, doces, licores, entre
outros. O óleo extraído da fruta também tem valor medicinal e em produtos de beleza, como sabonetes e cremes
hidratantes. Com base no texto acima, descreva as características das proteínas:
7. Estudos recentes demonstram que 70% dos brasileiros apresentam algum grau de intolerância à lactose,
lembrando que essa substância é o açúcar presente no leite e seus derivados. É um hidrato de carbono, mais
especificamente um dissacarídeo, que é composto por dois monossacarídeos, a glicose e a galactose. Esse açúcar,
quando ingerido, sofre uma digestão por meio de uma enzima, a lactase. Descreva as ações enzimáticas e como
ocorre a intolerância à lactose
A necessidade diária de vitaminas é baixa, no entanto, sua falta é responsável por muitas patologias chamadas
de hipovitaminose, já o excesso de vitaminas é chamado de hipervitaminose e pode causar intoxicação.
As vitaminas se diferem umas das outras quanto à estrutura, propriedades químicas e biológicas e atuação no
metabolismo, possuem diversas funções, entre elas a de acelerar as reações enzimáticas, agindo como
coenzimas; atuam, também, como antioxidantes e na formação de alguns hormônios, como a vitamina C, que tem
papel importante na formação de adrenalina
A classificação das vitaminas está dividida em lipossolúveis e hidrossolúveis, está relacionada à solubilidade da
vitamina, isto é, são solúveis em água ou gordura.
As vitaminas hidrossolúveis são as que compõem o complexo vitamínico B (B1, B2, B6 e B12) e as vitaminas
C, não são armazenadas por serem solúveis em água, são absorvidas pelo intestino e transportadas pelo sistema
circulatório até os tecidos em que serão utilizadas, seu excesso pode ser eliminado na urina.
As lipossolúveis são as vitaminas A, D, E K, sendo que o organismo pode manter estoques (principalmente no
fígado e no tecido adiposo) destas vitaminas por serem solúveis em lipídios, são absorvidas no intestino humano
com a ajuda de sais biliares segregados pelo fígado, o sistema linfático as transporta a diferentes partes do
organismo.
As necessidades vitamínicas se diferenciam de acordo com a espécie, como exemplo podemos citar a vitamina C,
que é muito necessária aos primatas, e pouco às demais espécies, que conseguem por vias metabólicas elevar a
produção de ácido ascórbico (C), deixando de ser uma vitamina para esses animais.
No quadro a seguir, você poderá comparar algumas vitaminas, com destaque para suas funções, deficiências e
excessos nos organismos, lembrando que nos dias atuais ocorre a tentativa de substituir a alimentação
diversificada e saudável por suplementação vitamínica.
Estudos realizados vêm mostrando que para adultos saudáveis a suplementação pode ser perigosa, pois pode
causar excessos. No entanto, para mulheres que pretendem engravidar, a suplementação de ácido fólico é
importante, porque previne defeitos no tubo neural do feto.
Sais minerais: elementos inorgânicos
Os sais minerais, como as vitaminas, desempenham importantes funções nas células, os elementos químicos
que compõem os sais podem tanto ser encontrados livres na forma de íons dissolvidos nos líquidos
intracelular e extracelular, como também associados a outras moléculas orgânicas.
Como destaque para as funções dos sais minerais, podemos citar sua atuação na formação de alguns tecidos
orgânicos, como ossos, dentes, músculos, regulamento do balanço hídrico, ácido-base e pressão osmótica,
atuação no sistema imunológico e ainda ação antioxidante.
Como efeito fisiológico, podemos destacar a contração muscular, transporte de oxigênio, condução do
impulso nervoso, equilíbrio de pH sanguíneo, coagulação sanguínea e manutenção do ritmo cardíaco.
28 sais minerais, 12 são essenciais e podem ser divididos em dois grupos: macrominerais e microminerais, de
acordo com a sua necessidade diária.
As características dos macrominerais estão ligadas à estrutura e formação dos ossos, regulação dos fluídos
corporais e secreções digestivas, as necessidades diárias são maiores que 100 mg. Como exemplo podemos
citar cálcio, fósforo, magnésio, cloreto, sódio e potássio.
Já os microminerais ou elementos traço têm como principais funções as reações bioquímicas, atuam no
sistema imunológico e também nas ações antioxidantes, sua necessidade diária é inferior a 100 mg.
Macrominerais (cálcio, fósforo, magnésio, cloreto, sódio e potássio), destacando:
• Cálcio: atua em equilíbrio com o fósforo e se apresenta em grande porcentagem nos ossos e dentes
(99%), o restante se encontra nos tecidos. É um mineral bem distribuído entre alimentos de origem animal e
vegetal. Para que ocorra a absorção do cálcio, é necessário que haja também a presença da vitamina D. Já a
carência de cálcio leva à deformação óssea, osteoporose, fraturas, fraqueza muscular, e o excesso pode causar
problemas renais. Está presente em leites e derivados, cereais integrais, castanhas, soja e derivados,
vegetais verde-escuros.
• Fósforo: assim como o cálcio, é vital para a formação óssea. Está presente na estrutura das células e
fundamental em reações químicas que ocorrem no organismo. Já a falta pode levar a fraturas e problemas
musculares. O excesso está relacionado à ineficiência na absorção do cálcio. Pode ser encontrado em leites e
derivados, cereais integrais, leguminosas, carnes, e também está presente nos refrigerantes.
• Sódio: está relacionado ao equilíbrio hídrico junto ao potássio. Participa da condução dos impulsos nervosos
e contrações musculares. A falta pode levar a câimbras e desidratação. O excesso causa problemas cardíacos e
perda de cálcio. Pode ser encontrado no sal de cozinha, alimentos processados (o sódio pode ser usado
como conservante) e carnes defumadas.
• Ferro: está presente em todas as células, e contribui com a produção de enzimas que estimulam o
metabolismo. Também, forma a hemoglobina e a mioglobina, que levam oxigênio para as hemácias e para as
células musculares, sendo assim essencial para o transporte de oxigênio para o corpo A carência pode causar uma
quantidade reduzida de oxigênio para os tecidos, anemia, fadiga. O excesso é tóxico em grandes quantidades,
provoca distúrbios gastrintestinais. Pode ser encontrado em carnes, miúdos, gema de ovos, leguminosas e
cereais integrais.
1. As vitaminas são compostas orgânicos, relacione esses elementos com suas funções nos organismos:
2. Para ocorrer o perfeito funcionamento do organismo, é necessário um conjunto de elementos. Quais são eles?
3. Quando vamos efetuar as compras de alimentos, podemos notar que nas embalagens da maioria dos produtos
ocorre a referência a vitaminas e sais minerais, isso está relacionado à suplementação vitamínica, pois tais
alimentos tentam proporcionar aos indivíduos a reposição necessária, como, os cereais matinais, nos quais se
destaca que uma porção do produto mais leite e uma fruta suprirão suas carências diárias.
Assim, com base nos conhecimentos que você tem sobre vitaminas e sais minerais, indique a alternativa correta:
I- A vitamina C está relacionada com o metabolismo de carboidratos e proteínas, e sua falta pode causa fadiga,
depressão, náuseas, lesões cutâneas e dores musculares.
II- O zinco está relacionado ao crescimento e desenvolvimento do organismo. Regula o desenvolvimento sexual, a
produção de insulina, o sistema imune e ação antioxidante.
III- A vitamina D está relacionada aos raios ultravioletas do sol, permite a absorção e a utilização do cálcio e do
fósforo pelos ossos e dentes.
IV- O ferro participa na formação dos ossos, previne a osteoporose e regula a coagulação sanguínea.
4. A vitamina C é formada pelo ácido ascórbico, tem forte ação antioxidante neutralizando os radicais livres.
Uma de suas principais funções é atuar aumentando as defesas contra infecções, melhora a consistência de
ossos e dentes, além disso está relacionada à absorção de ferro não heme. A carênciada vitamina C pode levar a
doenças como o escorbuto om relação às suas fontes, está presente em alimentos como laranja:
5. Em uma população carente do interior do Brasil, estudos referentes à saúde dos habitantes apontaram altos
índices de cegueira noturna, bócio e cárie dentária, constatando a carência de algumas vitaminas e minerais. Com
seus conhecimentos sobre uma vida saudável, identifique a alternativa correta:
6. Pessoas com anemia sempre são orientadas a se alimentarem com fígado bovino e vegetais com coloração
verde-escuro. Existe a relação de um mineral específico a essa doença, ele atua na formação das hemoglobinas,
na oxigenação das células e no equilíbrio metabólico. De qual mineral estamos falando?
a) Zinco.
b) Cálcio.
c) Ferro.
d) Magnésio.
e) Potássio.
7. As vitaminas são fundamentais para os processos metabólicos dos organismos, principalmente por ajudar a
prevenir muitas doenças, no entanto, o excesso de vitaminas pode causar problemas. Com base nessa afirmação,
quais sintomas se observam nos organismos com o excesso de vitaminas A, C e K?
a) Dor de cabeça, ressecamento da pele com fissuras, perda106de cabelos, aumento do baço e fígado, aumento
dos ossos e dor nas juntas. / Não há nível de toxidade conhecido. / Ataxia, neuropatia sensorial.
b) Ataxia, neuropatia sensorial. / Pode ser prejudicial a pessoas com asma. / Não há nível de toxidade conhecido.
c) Não há nível de toxidade conhecido. / Grandes dosespodem interferir no metabolismo de outras vitaminas do
complexo B. / Diarreia, pedras nos rins (em pessoas suscetíveis), alterações no ciclo menstrual.
d) Dor de cabeça, ressecamento da pele com fissuras, perda de cabelos, aumento do baço e fígado, aumento dos
ossos e dor nas juntas. / Diarreia, pedras nos rins (em pessoas suscetíveis), alterações no ciclo menstrual. / Não
há nível de toxidade conhecido.
e) Grandes doses podem interferir no metabolismo de outras vitaminas do complexo B. / Diarreia, pedras nos
rins (em pessoas suscetíveis), alterações no ciclo menstrual. / Não há nível de toxidade conhecido. / Dor de
cabeça, ressecamento da pele com fissuras, perda de cabelos, aumento do baço e fígado, aumento dos ossos e
dor nas juntas.
Como funções principais, temos o fornecimento de energia para os organismos e também estão presentes na
formação de membranas celulares e nas paredes celulares de bactérias, exoesqueletos de muitos insetos e
formam a celulose fibrosa das plantas.
Existem três tipos principais de carboidratos: monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos. Outra
forma de denominar os carboidratos é o termo açúcares, mais comum entre os monossacarídeos e
oligossacarídeos.
Os monossacarídeos são carboidratos simples que podem conter de três a nove átomos de carbono. De acordo
com o número de átomos de carbono, é definido o nome dos monossacarídeos, sendo: três átomos = trioses; com
quatro = tetroses; cinco = pentoses; seis = hexoses; sete = heptoses; oito = octoses e nove = nonoses.
O sufixo “ose” aparece na nomenclatura dos monossacarídeos que apresentam o grupamento carbonila (-C=O).
Quando esse grupamento está na extremidade da cadeia, forma o grupo funcional aldeído e o açúcar passa a ser
aldose, porém, se o grupamento carbonila estiver no meio da cadeia, caracteriza uma cetona, o açúcar passa a
ser denominado cetose.
Como exemplos de monossacarídeos, temos a ribose e a desoxirribose, que contêm cinco átomos e estão
presentes no DNA e RNA.
Um carboidrato monossacarídeo, com papel fundamental nos organismos e nos mamíferos e que está presente
em todos os tecidos como principal fonte de energia, é a glicose, pois depois de ser absorvida pelas células
pode ser transformada em energia na forma de ATP (Trifosfato de adenosina), utilizada na maioria das
reações metabólicas.
Ela está presente nos frutos doces e no sangue, onde tem um papel fundamental por ser a fonte exclusiva de
energia das hemácias, pois essa não contém núcleo, muito menos mitocôndrias em seu citoplasma.
Os oligossacarídeos são açucares formados pela união de dois a seis monossacarídeos, sendo os
dissacarídeos os mais importantes.
Os dissacarídeos são compostos por dois monossacarídeos, como exemplo temos a maltose (glicose + glicose),
a lactose (glicose + galactose) e a sacarose (glicose + frutose).
Por sua vez, os polissacarídeos são moléculas muito grandes, são formados por centenas de unidades de
glicose reunidas (monossacarídeos) e podem ser insolúveis em água, mas na presença de algumas enzimas e
substâncias ácidas podem ser hidrolisadas em dissacarídeos e, em seguida, monossacarídeos.
Como função primordial, podemos destacar o armazenamento de energia. E como exemplos temos o amido e o
glicogênio.
Como exemplo de polissacarídeos de origem vegetal, temos o amido, presente em alimentos como batatas, milho,
sementes etc.
Um polissacarídeo de origem animal é o glicogênio, sintetizado a partir da polimerização da glicose, processo
denominado glicogênese, que é armazenado no fígado e consiste na reserva de energia dos seres humanos.
Outro polissacarídeo que merece destaque é a celulose, uma molécula orgânica em abundância no planeta.
Nenhum animal produz enzimas capazes de digerir a celulose, somente algumas espécies de fungos, bactérias
e protozoários produzem celulase, a enzima que degrada a celulose.
Animais que se alimentam de celulose vivem em simbiose com esses microrganismos como exemplo os bois e
animais ruminantes, os quais abrigam bactérias que degradam a celulose no trato gastrointestinal.
Para ocorrer a digestão dos carboidratos, é necessária a ação de enzimas, isso acontece logo nos momentos
iniciais que o alimento entra em contato com a saliva, a enzima amilase salivar quebra as primeiras ligações entre
as moléculas
As glicoproteínas com função enzimática e estrutural e as proteoglicanas com função estrutural são formadas a
partir da união de polissacarídeos e proteínas de glicose do amido, mas como o alimento permanece pouco na
boca, a ação da enzima continua até o estômago, onde é interrompida devido ao pH ácido, o alimento segue para o
intestino delgado, e assim recomeça a ação enzimática, sendo a amilase pancreática, que completa a digestão
formando os monossacarídeos glicose, frutose e galactose, que são absorvidos pelos enterócitos (células que
ficam no tecido epitelial do intestino delgado, as quais têm a propriedade de quebrar moléculas e transportá-las
para os tecidos).
Após a absorção, o fígado libera uma parte da glicose para a corrente sanguínea e o restante será armazenado
na forma de glicogênio.
Além de todas as ações dos carboidratos, ainda podemos destacar o poder de ativação do metabolismo dos
lipídios por fornecerem oxaloacetato, que é essencial para o início do ciclo de Krebs.
Lipídios
Os lipídios são biomoléculas formadas por carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O), representados pelos
óleos, gorduras e ceras, que se destacam por serem insolúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos,
como éter, clorofórmio e benzeno.
Os lipídios são a segunda maior reserva de energia do organismo, e podem ser adquiridos a partir de duas
fontes: dos alimentos ingeridos e da reserva orgânica (tecido adiposo). Ainda exercem as funções de
cofatores enzimáticos, pigmentos capazes de absorver radiação, agentes emulsificantes, isolante térmico nos
mamíferos, formação de hormônios, entre outras.
No que se refere à classificação dos lipídios, são representados por três formas:
A lavagem de pratos engordurados, a gordura derrete em contato com os detergentes, o que ocorre nesse caso
são as micelas sendo desfeitas.
Micelas são estruturas supramoleculares formadas pela junção de ácidos graxos que possuem como
característica uma cabeça hidrofílica e uma cadeia hidrofóbica (polares e apolares simultaneamente), essa
cadeia é formada de átomos de carbono e de hidrogênio.
Importantes para os organismos dos animais, pois quando absorvemos os lipídios e eles passam pela digestão,
sendo "quebrados" em moléculas menores para serem melhor absorvidos, depois da absorção essas moléculas
entram na corrente sanguínea em forma de micelas para atuarem na síntese de hormônios, proteção da
termorregulação etc.
Os ácidos graxos podem ter dois tipos de cadeia saturada em que são formadas ligações simples e insaturadas
com ligações duplas.
Os lipídios simples são os mais abundantes do organismo, representados pela molécula TAG (triacilgliceróis),
formada por três ácidos graxos e um glicerol.
Os lipídios compostos são formados pela ligação de um lipídio simples com uma substância química, como,
fósforo, glicídios, nitrogênio e enxofre, dando origem a fosfolipídios, glicolipídios e lipoproteínas.
Entre os lipídios compostos destacamos as funções dos fosfolipídios que atuam na formação e preservação da
estrutura da membrana celular, e estão presentes na coagulação do sangue e na estrutura da bainha de mielina
dos neurônios.
As lipoproteínas são facilitadoras para o meio de transporte de lipídios no sangue, de acordo com as suas
características físico- químicas são divididas em: quilomícrons, VLDL (lipoproteína de muito baixa densidade),
LDL (lipoproteína de baixa densidade) e HDL (lipoproteína de alta densidade).
Os lipídios derivados compreendem os simples e compostos, e como exemplo vamos falar do colesterol, que é a
base de todos os hormônios esteroides sintetizados pelo organismo em órgãos como gônadas, tecido adiposo,
córtex das adrenais e placentas, são eles: cortisol, aldosterona, estradiol e testosterona.
A digestão dos lipídios se diferencia dos carboidratos por ter pouca atividade na boca e muita no intestino
delgado, com o envolvimento de três enzimas: lipase lingual, lipase gástrica e lipase pancreática. Para ocorrer a
digestão, os triacilgliceróis passam por duas etapas, a primeira é a emulsificação e a segunda é a digestão
propriamente dita.
Após a degradação em glicerol e ácidos graxos, é possível a absorção pelas células do intestino, após a absorção
são transportadas para fora do intestino pela lipoproteína quilomícron, para o tecido adiposo, tecidos periféricos
e músculos.
a) Sacarose e frutose.
b) Amido e frutose.
c) Glicogênio e amido.
d) Sacarose e glicogênio.
e) Lactose e amido.
2. As indústrias produtoras de papel usam como matéria-prima um dos polissacarídeos mais abundantes da
natureza. qual das alternativas a seguir representa esse polissacarídeo?
a) Amido.
b) Celulose.
c) Frutose.
d) Galactose.
e) Maltose.
3. Os diversos compostos químicos presentes na natureza são usados por animais e plantas para estruturar
muitos de seus compostos e processos. Os carboidratos e lipídios fazem parte da formação de:
a) O esqueleto externo dos insetos é composto de um polissacarídeo, e os favos das colmeias são constituídos
por lipídios.
c) As ceras das paredes celular do agente etiológico M. Tuberculose é formada por fosfolipídios.
4. Os ........................... são carboidratos simples, solúveis em água, e que não podem ser quebrados pela digestão
em moléculas menores. Os mais conhecidos são a ............... fabricada pelosvegetais na fotossíntese,
a ........................... encontrada no mele a .................................... componente do dissacarídeo lactose encontrado no
leite.
5. O colesterol é um esteroide composto de um álcool de cadeia longa, está presente nos organismos dos animais
sendo um componente essencial das membranas celulares, e não está presente nas plantas. Com relação ao
colesterol, é correto afirmar:
I- O colesterol é insolúvel em água e, consequentemente, insolúvel no sangue. Para ser transportado através da
corrente sanguínea, ele liga-se a diversos tipos de lipoproteínas.
III- O colesterol também é a base de todos os hormônios esteroides sintetizados pelo organismo.
a) I e III.
b) II e III.
c) I e II.
d) I, II e III.
Com a microscopia eletrônica, na década de 1950, foi possível identificar com clareza suas características e
se concluiu que a composição das membranas é semelhante em todos os tipos de células e organelas, sendo
muito delgada, formada por lipídios, carboidratos, proteínas e hidratos de carbono que se ligam aos
lipídios e proteínas.
Se apresentam em duas camadas de moléculas lipídicas, com as cadeias apolares no interior da membrana, e nas
exterminadas estão as moléculas polares, já as proteínas ficam inseridas na camada de lipídios com a parte
apolar no centro e polar nas superfícies, algumas destas proteínas se apresentam como transmembranas por
atravessar toda a camada da membrana.
As substâncias hidrofóbicas possuem aversão à água, sendo insolúveis nela. Assim, essas moléculas
hidrofóbicas normalmente não são polarizadas, portanto, não há atração entre elas e as moléculas de água.
Já as substâncias hidrofílicas possuem afinidade com a molécula de água e são solúveis nela. Isso ocorre
porque as moléculas hidrofílicas são polarizadas.
As membranas celulares também possuem composição química semelhante, isto é, principalmente fosfolipídios,
o que representa uma combinação entre lipídios e fosfatos, e proteínas.
Sendo que os lipídios mais frequentes são os fosfoglicerídeos, esfingolipídios, colesterol, glicolipídios e
glicoesfingolipídios.
A parte externa da membrana é recoberta por resíduos de carboidratos ligados em proteínas, chamados de
glicoproteínas, e lipídios chamados de glicolipídios, formando o glicocálix.
Para representar as estruturas da membrana plasmática, foi aceito o modelo mosaico fluido, idealizado por
Singer e Nicholson, que descreve como os fosfolipídios e as proteínas estão combinados, formando a bicamada.
As membranas celulares estão envolvidas em processos vitais para sobrevivência celular, atuam como camada
protetora, separando o meio interno do externo, agem seletivamente quanto à entrada e saída de substâncias, e
suas proteínas estão envolvidas em muitas funções, entre elas o transporte, a formação de túneis que permitem
a passagem de substâncias; atuam ainda como receptores que recebem sinais, proporcionando a comunicação
entre as células e favorecem a adesão entre as células vizinhas, o que é fundamental para a criação dos tecidos.
Algumas membranas podem apresentar especializações, em sua maioria no tecido epitelial, que auxiliam em suas
funções, como absorção, locomoção, aderência entre as células etc. Como exemplos de especializações
podemos citar:
• Cílios e Flagelos: cílios se encontram em células das vias respiratórias, em grande quantidade, e são menores
que os flagelos. Os cílios batem e expulsam impurezas. Flagelos têm função de transporte, sendo o mais
importante o espermatozoide.
• Junção Comunicante: serve para permitir a troca de substâncias entre uma célula e outra, principalmente de
aminoácidos e água.
Podemos destacar também as funções do glicocálix, que em células animais protege a membrana e ainda efetua o
reconhecimento celular, sendo, por exemplo, de grande importância em transplantes.
Assim, quanto mais parecido o glicocálix de uma pessoa for com o de outra, maiores são as chances de
compatibilidade da doação.
Você percebeu que as proteínas das membranas são vitais para as funções, estão envolvidas na maioria dos
processos, e ainda são responsáveis pela formação das enzimas que atuam nas membranas catalisando algumas
reações.
Transportes e Permeabilidade
A estabilidade do meio interno da célula depende totalmente da membrana celular, no entanto, algumas
substâncias atravessam essa barreira com facilidade, mas algumas moléculas possuem dificuldade ou são
impedidas de completar a passagem, assim denominamos as membranas como tendo permeabilidade seletiva.
Uma questão que deve ser destacada é a capacidade de algumas moléculas de atravessarem a membrana,
essas moléculas passam de um lado para outro sem resistência da membrana, esse processo também pode
acontecer com alguns gases, como o oxigênio e gás carbônico.
Para essa rotina damos o nome de difusão, na qual as moléculas sempre se deslocam da região com maior
concentração de soluto para de menor concentração, buscando o equilíbrio de concentração.
São efetuados por transporte ativo, com gasto de energia, e passivo, sem gasto de energia.
Assim, para melhor compreensão, vamos estudar separadamente cada processo de transporte.
Transporte passivo ou difusão divide-se em três tipos: difusão simples, difusão facilitada e osmose.
São caracterizados pelo mecanismo de passagem natural de pequenas moléculas através da membrana
plasmática, sem gasto de energia, portanto, a energia geradora da difusão é do movimento cinético normal
da matéria.
Pode ocorrer tanto no interior das células quanto entre as células e o meio.
Um exemplo deste transporte no interior das células são as mitocôndrias que produzem gás carbônico, e
isso faz que a concentração deste gás seja sempre mais alta no interior da mitocôndria, assim o CO2 se espalha
pelo restante da célula.
Para explicar a difusão simples (incluindo a osmose), você precisa entender o significado dos conceitos:
isotônico se refere à concentração igual de soluto na célula tanto no meio interno como no externo; hipertônico,
onde a solução está mais concentrada em soluto que o meio; e hipotônico, no qual a solução está menos
concentrada em soluto que o meio.
Assim, para ocorrer a difusão simples, as moléculas precisam ter um caráter hidrofóbico, apenas lipídios,
hormônios esteroidais e pequenas moléculas conseguem atravessar a membrana livremente.
Já na osmose ocorre a passagem do solvente de uma região pouco concentrada em soluto para uma mais
concentrada, esse movimento efetivo de água através da membrana celular pode deixar a célula murcha ou
inchada, dependendo da direção desse movimento efetivo, no entanto, o objetivo é igualar as concentrações, isso
ocorre sem gasto de energia.
Depois de um tempo ocorre o acúmulo de uma solução aquosa no recipiente, que é a água que as células perderam
para o meio, que estava hipertônico em relação à célula; outro exemplo é quando se coloca carne seca na água,
grande parte do sal contido nela irá se difundir na água e diminuir a concentração de sal na carne.
Apesar de ocorrer o transporte de substâncias em favor do gradiente de concentração, muitas moléculas que a
célula precisa não conseguem atravessar tão facilmente, como a glicose, alguns aminoácidos e certas vitaminas,
assim, para que aconteça a passagem destas substâncias, ocorre a interferência de proteínas da membrana,
chamadas de permeases, esse transporte é denominado difusão facilitada e receba que a difusão é um
transporte passivo, onde as moléculas entram ou saem da célula sem atuação celular, o que ocorre são as
ações dos gradientes de concentração, assim definimos a difusão como transporte físico.
Já o transporte ativo pode ser dividido em duas formas, de acordo com a energia usada: transporte ativo
primário e secundário. No primeiro caso, a energia é derivada diretamente da degradação do trifosfato
de adenosina (ATP) ou de qualquer outro composto de fosfato rico em energia.
Já no segundo caso, a energia é derivada, secundariamente, de gradientes iônicos que foram criados,
primariamente, por transporte ativo primário.
E como o transporte ativo se comporta? Ao contrário do transporte passivo, as moléculas são transportadas
contra um gradiente de concentração, indo de um meio de menor concentração para um de maior concentração,
sendo necessária a utilização de energia na forma de ATP, que é hidrolisado, formando ADP + Pi, sendo
conhecido como ATPase. Esse gradiente pode ser químico ou elétrico, como no transporte de íons.
Como exemplo de transporte ativo primário podemos citar a bomba de sódio e potássio em que a molécula a
ser transportada liga-se à molécula transportadora (proteína da membrana).
A molécula transportadora libera a molécula carregada para o outro lado da membrana, e volta, novamente, à
posição inicial.
A manutenção dessas concentrações é realizada pelas proteínas transportadoras que capturam íons sódio (Na+)
no citoplasma e bombeia-os para fora da célula.
No meio extracelular, capturam os íons potássio (K+) e os bombeiam para o meio interno. Uma das mais
importantes funções da bomba Na+/K+ é a de controlar o volume das células.
Sem essa função, grande parte das células iria inchar até estourar.
Além dos transportes já citados, muitas células são capazes de capturar partículas grandes que atravessam a
membrana, esse processo é dividido em fagocitose, que engloba partículas sólidas, pinocitose, que engloba
partículas líquidas, e as partículas capturadas sofrerão digestão intracelular, proporcionada pelas enzimas dos
lisossomos.
O transporte ativo secundário se caracteriza pelo gasto de energia indireta, usando secundariamente o
transporte ativo primário, um exemplo é o transporte de íons de sódio para fora da célula, na maioria das vezes
ocorre um acúmulo no gradiente de concentração de sódio, pois o excesso de sódio no exterior da célula tende
sempre a se difundir para o interior.
Esse gradiente representa um reservatório de energia que pode puxar outras substâncias junto ao sódio,
através da membrana (cotransporte).
A perda da permeabilidade seletiva das membranas celulares, mitocondrial, lisossomal, causa uma série de
transtornos à célula, permitindo a entrada ou escape de substâncias.
Esta lesão pode ser causada por falta de energia ou por toxinas, vírus, substâncias químicas etc. Como exemplo,
podemos citar uma disfunção na bomba de sódio e potássio, a concentração de sódio (Na) dentro da célula
aumenta.
Cada molécula de sódio entra com moléculas de água (H2O) e a capacidade do compartimento interno da célula
fica em estado crítico, resultando em edemas.
O tamanho da célula aumenta, fica arredondada, levando ao crescimento à palidez e turgidez do órgão. O
extravasamento de potássio (K) para o meio extracelular pode causar hipercalemia, induzindo a disfunções de
tecidos finos excitáveis, como nervos e músculos.
2. Atualmente, para explicar a disposição dos elementos que compõem a membrana plasmática, é aceito o modelo
mosaico fluído. O desenho a seguir representa esse modelo. Indique quais estruturas são presentadas pelos
números 1 e 2.
a) 1-Glicocálix e 2-Fosfolipídios.
b) 1-Proteínas e 2-Fosfolipídios.
c) 1-Fosfolipídios e 2-Proteínas.
d) 1-Fosfolipídios e 2-Glicocálix.
e) 1-Glicoproteinas e 2-Fostolipídios.
3. Um dos mecanismos de regulação de entrada e saída de substâncias das membranas celulares é a bomba de
sódio e potássio, mas para que ocorra esse processo é necessário um transporte específico. Assinale a
alternativa que defina esse transporte:
a) Osmose.
b) Transporte Passivo.
c) Plasmólise.
d) Transporte Ativo.
e) Difusão.
c) É formada por uma camada dupla de glicoproteínas, com várias moléculas de lipídios encrustadas.
5. Com o aquecimento global, cada vez mais estamos sofrendo com dias muito quentes e secos. Em um clima
destes, um viajante anda por dois dias privado de água. Durante esse período, o que ocorreu?
b) Diminuição da permeabilidade dos túbulos renais à água, devido a uma maior concentração de proteína no
sangue.
6. Em uma aula de transporte de substâncias pelas membranas celulares, um aluno percebe que não compreendeu
os conceitos apresentados pelo professor e, para ajudar o aluno, o professor usou três exemplos:
1º) transporte iônico nas células nervosas; 2º) passagem de oxigênio pelas brânquias de um peixe; e 3º) passagem
de glicose para o interior das células do corpo humano. Explique os processos que definem esses exemplos:
7. Por que as membranas celulares apresentam características hidrofóbicas em uma extremidade e hidrofílicas
na outra extremidade?