2012-09-10 Tese (Draft) Douglas Mazzinghy
2012-09-10 Tese (Draft) Douglas Mazzinghy
2012-09-10 Tese (Draft) Douglas Mazzinghy
Tese de Doutorado
Setembro de 2012
ii
Belo Horizonte
Escola de Engenharia da UFMG
2012
iii
Dedicatória
iv
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS....................................................................................................v
LISTA DE FIGURAS..................................................................................................viii
LISTA DE TABELAS.....................................................................................................x
LISTA DE NOTAÇÕES................................................................................................xi
LISTA DE APÊNDICES.............................................................................................xiv
RESUMO........................................................................................................................xv
ABSTRACT..................................................................................................................xvi
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO..................................................................................17
CAPÍTULO 2 - OBJETIVO.........................................................................................18
CAPÍTULO 3 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................19
3.1 Moinho Vertical............................................................................................19
3.1.1. Histórico....................................................................................................19
3.1.2. Aspectos Gerais.........................................................................................21
3.1.3. Aplicações Bem Sucedidas........................................................................22
3.2 Testes em Escala de Laboratório................................................................25
3.3 Mecanismos de Fratura...............................................................................27
3.4 Modelos Matemáticos...................................................................................27
3.4.1 Introdução..................................................................................................27
3.4.2 Modelos Empíricos....................................................................................28
3.4.3 Modelos Fenomenológicos........................................................................30
3.4.4 Modelos Fundamentais..............................................................................37
3.5 Escalonamento..............................................................................................39
3.6 Previsão da Potência....................................................................................40
3.7 Carga Moedora.............................................................................................45
CAPÍTULO 4 - MATERIAIS E MÉTODOS.............................................................47
4.1 Amostras........................................................................................................47
4.2 Métodos.........................................................................................................48
vii
LISTA DE FIGURAS
Figura 3.1 – Moinho vertical ou moinho de torre – Tower Mill (WILLS, 1988)............19
Figura 3.6 – Energia específica para moagem de três minérios distintos: Moinho de
Bolas de Bond X Moinho Vertical (SHI et al., 2009).....................................................26
Figura 3.7 - Variação da função seleção em função do tamanho das partículas (AUSTIN
et al., 1984)......................................................................................................................31
Figura 3.9 – Função seleção específica em função do tamanho de partícula (HERBST &
RAJAMANI, 1982).........................................................................................................36
Figura 3.11 – Espectro de energia para o moinho de bolas (A) e para o moinho vertical
(B) (MORRISON et al., 2009)........................................................................................38
Figura 4.1 – Fluxograma do teste piloto com moinho vertical (VALE, 2010)...............51
LISTA DE TABELAS
Tabela III.1 – Comparativo entre moinho de bolas e moinho vertical (PENA et al.,
1985)................................................................................................................................23
Tabela III.3 – Comparativo entre moinho de bolas e moinho vertical operando com a
mesma alimentação e tamanho de bolas (BRISSETTE, 2009).......................................25
Tabela III.4 – Dados de moagem de três minérios distintos: Moinho de Bond x Moinho
Vertical (SHI et al., 2009)...............................................................................................26
Tabela III.5 – Comparativo entre a intensidade de energia imposta por unidade e por
massa de bolas (MORRISON et al., 2009).....................................................................38
Tabela III.6 – Cálculo da potência absorvida da rede para o moinho vertical da usina de
Sossego............................................................................................................................44
Tabela IV.1 – Distribuição de tamanhos das bolas utilizadas no teste piloto com moinho
vertical (METSO, 2010A,B, 2012)....................................................................................51
LISTA DE NOTAÇÕES
Letras Gregas
grau de normalização
, γ, β constantes da função quebra dependentes das características do material
µ tamanho da partícula para qual a função seleção é máxima (mm)
α constante da função seleção dependente das características do material
ΔP perda de carga gerada pelo fluxo de polpa através do leito de bolas (Pa)
xiii
LISTA DE APÊNDICES
RESUMO
Muito se tem falado na indústria mineral sobre a utilização de rotas de cominuição mais
eficientes energeticamente. Nesta linha, o moinho vertical aparece como opção para
substituição do moinho de bolas. O moinho vertical já possui aplicação consolidada na
remoagem de minérios e recentemente tem sido aplicado com sucesso em moagens
grosseiras. O presente trabalho propõe uma metodologia para escalonamento e
simulação de moinho vertical em escala industrial através de testes em escala de
laboratório utilizando moinhos de bolas convencionais com pequenas quantidades de
amostras. O modelo do balanço populacional foi utilizado com sucesso para previsão da
distribuição granulométrica do produto. A potência líquida do moinho vertical foi
estimada através de um fator de escalonamento aplicado em um dos parâmetros da
função seleção específica determinada nos testes em escala de laboratório. O modelo
desenvolvido neste trabalho foi implementado em plataforma de simulação (ModsimTM),
foi validado com dados de testes em escala piloto e industrial e possui precisão
suficiente para exercícios de simulação de moinhos verticais.
xvi
ABSTRACT
Much has been said in the mining industry about the use of more efficient comminution
circuits in terms of energy. On this line, the vertical mill appears as an option for
replacement of the ball mill. The vertical mill has already consolidated application in
ores regrinding and recently been successfully applied to coarse grinding. The present
study proposes a methodology for scale-up and simulation of vertical mill on an
industrial scale through laboratory scale tests using conventional ball mills with small
amounts of samples. The population balance model has been successfully used to
predict the product particle size distribution. The vertical mill net power was estimated
by means of a scaling-up factor applied to one of the specific selection function
parameters determined in the laboratory scale tests. The model developed in this study
has been implemented in simulation platform (ModsimTM), has been validated with data
from pilot and industrial scale tests and has enough accuracy for vertical mills
simulations.
17
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
O moinho vertical tem sido empregado com sucesso na indústria mineral há algumas
décadas, principalmente na etapa de remoagem de minérios. Nesta aplicação, este tipo
de moinho mostrou-se mais eficiente que o moinho de bolas.
Para a moagem grosseira, este equipamento ainda não possui aplicação consolidada e os
principais motivos seriam a baixa capacidade dos moinhos verticais atuais, o sucesso do
moinho de bolas nesta aplicação e a falta de uma metodologia estabelecida de
escalonamento e simulação.
CAPÍTULO 2 - OBJETIVO
A proposta é inovadora, uma vez que a indústria mineral busca formas de dimensionar
as operações unitárias através de métodos que possuam simplicidade, rapidez e
reprodutibilidade.
19
3.1.1. Histórico
O moinho vertical foi desenvolvido no Japão, na década de 1950, pela Kubota Tower
Mill Corporation para aplicações em moagens finas e ultrafinas e foi o primeiro moinho
vertical aplicado na indústria mineral (STIEF et al., 1987). A Figura 3.1 apresenta um
desenho esquemático de um moinho vertical, também chamado de moinho de torre
(Tower Mill).
Figura 3.1 – Moinho vertical ou moinho de torre – Tower Mill (WILLS, 1988).
A partir de agora, toda referência ao moinho vertical no texto será feita considerando o
moinho VertimillTM, fabricado pela Metso. Os moinhos verticais com elementos de
mistura da carga diferentes da espiral presente no VertimillTM não serão discutidos neste
21
Os moinhos verticais consomem na totalidade os corpos moedores visto que estes não
são expurgados do moinho, como acontece em um moinho de bolas. Os revestimentos
magnéticos, instalados nas paredes internas do moinho, aderem os corpos moedores
formando uma camada de proteção. Devido a isso, o desgaste dos revestimentos em um
moinho vertical é desprezível. Já o revestimento da espiral é trocado após centenas ou
22
até milhares de horas operadas. O desgaste da parte inferior da espiral é mais acentuado,
normalmente, devido a alimentação nova de polpa e/ou pela recirculação de polpa
através da bomba de recirculação.
Figura 3.3 – Corpos moedores aderidos ao revestimento magnético (JUNIOR et al., 2011).
Tabela III.1 – Comparativo entre moinho de bolas e moinho vertical (PENA et al., 1985)
circuito.
Amostragem 1 2
Alimentação Nova (t/h) 330 320
Potência Moinho AG (kW) 4527 4544
Potência Moinho Vertical (kW) 614 619
OF Ciclone Primário P80 (µm) 150 150
OF Ciclone Secundário P80 (µm) 94 109
Wi Operacional (kWh/t) 15.6 17.6
Wi Laboratório (kWh/t) 17.2 18.7
Tabela III.3 – Comparativo entre moinho de bolas e moinho vertical operando com a
mesma alimentação e tamanho de bolas (BRISSETTE, 2009)
Overflow
Dias de Potência
Bolas de 25mm Ciclone
Operação (kW) (% < 44µm)
Moinho de
28 1045 73.5
Bolas
Moinho Vertical 29 587 75.2
A potência consumida pelo circuito com moinho vertical é 44% menor que a potência
do circuito com moinho de bolas. Segundo o autor, a energia consumida pelo moinho
vertical foi reduzida em 33%, mantendo o mesmo P80, apenas com a substituição das
bolas de 25mm por millpebs de 12mm.
SHI et al. (2009) conduziram testes em escala de laboratório com diferentes minérios
utilizando um moinho de Bond e um moinho vertical. O objetivo era avaliar o
desempenho da moagem com uma alimentação 100% < 3,35mm. A Figura 3.6 compara
a energia específica obtida com o moinho de Bond e a obtida em um moinho vertical
utilizando três minérios distintos, dois minérios de zinco e chumbo e um de ouro.
26
25
Energia Específica (kWh/t)
20
15
10
0
A (Zinco, Chumbo) B (Zinco, Chumbo) C (Ouro)
Figura 3.6 – Energia específica para moagem de três minérios distintos: Moinho de Bolas
de Bond X Moinho Vertical (SHI et al., 2009).
Tabela III.4 – Dados de moagem de três minérios distintos: Moinho de Bond x Moinho
Vertical (SHI et al., 2009)
abrasão: aplicação de força de forma insuficiente para provocar uma fratura em toda
a partícula;
compressão: aplicação de força de forma lenta onde o esforço é aliviado com o
aparecimento de fraturas;
impacto: aplicação de força de forma rápida e em intensidade muito superior à
resistência da partícula.
GALÉRY (2002) cita que a distribuição característica do produto depende não apenas
da natureza das forças de coesão interna das partículas, mas também da forma de
energia e da intensidade com que elas são aplicadas sobre a partícula.
3.4.1 Introdução
Muitos modelos empíricos têm sido propostos para representar a moagem em moinhos
verticais. Na maioria dos casos, são realizados testes em escala de laboratório com
moinhos verticais simplificados. O planejamento fatorial e a regressão linear são
ferramentas muito utilizadas. A seguir, são apresentados alguns estudos sobre o assunto.
−ψ −ψ
E=ξ ( x p −x f ) (3.1)
sendo:
E = energia específica (kWh/t);
ξ, ψ = constantes empíricas;
xp = tamanho no qual 50% do material é passante no produto (mm);
xf = tamanho no qual 50% do material é passante na alimentação (mm).
Esta equação pode ser simplificada quando o tamanho da distribuição do produto é bem
inferior ao da distribuição da alimentação. A equação 3.1 torna-se:
−ψ
E=ξ x p (3.2)
ou
−ψ
x p=ξ E (3.3)
30
A equação 3.3 foi aplicada para prever as frações passantes do produto em 90, 80, 70,
60, 50, 40, 30 e 20%. Através de regressão linear, foi possível prever a distribuição do
produto com um grau de precisão razoável. Contudo, a metodologia utilizada não se
aplica a todos os casos (variações de enchimento, tamanho de bolas, porcentagem de
sólidos etc).
Outro estudo com a mesma metodologia foi realizado por TORAMAN et al. (2011),
utilizando uma amostra de calcita. As variáveis estudadas foram: o tempo de moagem, a
velocidade da espiral, a densidade da polpa e o enchimento de bolas. A variável resposta
considerada foi a área superficial específica. A principal conclusão do estudo foi o
efeito negativo do aumento da densidade da polpa. Supõe-se que em altas concentrações
de sólidos a viscosidade eleva-se muito e diminui a eficiência da moagem.
dm (t ) i−1
i =−S m ( t )+ ∑ b S m ( t )
dt i i j=1 ij j j , i=1,2,...n (3.4)
sendo:
mi(t) = fração em massa de partículas contidas no intervalo de tamanho i após o tempo t
de moagem;
Si = taxa de quebra, ou função seleção, das partículas no intervalo de tamanho i (min-1);
bij = fração em massa de partículas no intervalo de tamanho i produzidas pela quebra de
partículas no intervalo de tamanho j.
( )
α
di
S i=S 1
d1 x i << d (3.5)
,
sendo:
Si = taxa de quebra, ou função seleção, das partículas no intervalo de tamanho i (min-1);
S1 = constante da função seleção dependente das condições de moagem;
d = diâmetro médio das bolas (mm);
di = diâmetro das partículas do intervalo de tamanho i (mm);
d1 = tamanho de normalização (mm);
α = constante da função seleção dependente das características do material.
32
Fratura
Normal
xm
Si (min-1)
0.1
Fratura
Anormal
0.01
100 1000 10000
Figura 3.7 - Variação da função seleção em função do tamanho das partículas (AUSTIN et
al., 1984).
Os valores da função seleção (Si) na região de fratura anormal são descritos através de
um fator empírico (Qi) conforme a equação 3.6.
1
Q i=
( )
Λ
d
1+ i
μ , Λ≥0 (3.6)
A expressão da função seleção pode ser escrita conforme mostrado na equação 3.7.
33
( )
α
d 1
S i=S 1 . i
( )
d1 d
Λ
1+ i
μ (3.7)
sendo:
µ = tamanho da partícula para qual a função seleção é máxima (mm);
Λ = número positivo que indica quão rapidamente a função seleção diminui com o
aumento de tamanho das partículas.
A equação 3.8 é usada para determinar o tamanho no qual a função seleção é máxima
(µ).
1
μ=x m . ( )
Λ−α
α
Λ
(3.8)
sendo:
xm = tamanho crítico (mm);
Função Quebra
Os valores da função quebra acumulada (Bij) podem ser ajustados por uma relação
empírica feita da soma de duas funções lineares em escala log-log, conforme a equação
3.9 (AUSTIN et al., 1984).
( )d i−1 γ
( )
β
d
B i, j =φ j + ( 1−φ j ) . i−1
dj dj 0<φ<1
, (3.9)
sendo:
Bij = função quebra acumulada;
34
1.00
Função Quebra Acumulada Bij
0.10
0.01
0.01 0.10 1.00
Tamanho Relativo de Partícula (di/dj)
Pode-se calcular bij, ou seja, a quantidade de material quebrado da classe j que foi para a
classe i, pela equação 3.10.
bi , j =B i, j −Bi+1 , j (3.10)
( )
−δ
1
φ j+1=φ j .
√2 ( ≥ 0) (3.11)
,
sendo:
= grau de normalização.
HERBST & FUERSTENAU (1973, 1980) citam que os valores da função seleção
discretizada por tamanhos, Si, apresentam relações de proporcionalidade com a potência
absorvida pelo moinho, conforme a equação 3.12.
S i=S Ei ( HP ) (3.12)
sendo:
Si = função seleção das partículas no intervalo de tamanho i (h-1);
SiE = função seleção específica (t/kWh);
36
{ [ ( )] }
2
i
E
S E =S 1 exp ζ 1 ln
( )
di
d1
+ζ 2 ln
di
d1
(3.13)
sendo:
SiE = função seleção específica (t/kWh);
S1E = parâmetro equivalente a função seleção específica para o tamanho 1mm (t/kWh);
di = tamanho de partícula do intervalo de tamanho i (mm);
d1 = tamanho de normalização (mm);
ζ1, ζ2 = parâmetros característicos do material e das condições de moagem.
10.0
1.0
0.1
10 100 1000 10000 100000
Tamanho di (µm)
Figura 3.9 – Função seleção específica em função do tamanho de partícula (HERBST &
RAJAMANI, 1982).
Comentários
Figura 3.10 – Exemplo de simulação utilizando elementos discretos: distribuição das bolas
em um moinho vertical (MORRISON et al., 2009).
A Tabela III.5 mostra que a intensidade de energia transmitida por cada bola é menor no
moinho vertical, pois este tipo de equipamento impõe maior energia por massa de bolas,
o que, provavelmente, o torna mais eficiente que o moinho de bolas.
39
Tabela III.5 – Comparativo entre a intensidade de energia imposta por unidade e por
massa de bolas (MORRISON et al., 2009)
A Figura 3.11 mostra o espectro de energia para os dois moinhos. O moinho vertical
produz um número muito maior de colisões.
(A)
(B)
Figura 3.11 – Espectro de energia para o moinho de bolas (A) e para o moinho vertical (B)
(MORRISON et al., 2009).
40
3.5 Escalonamento
Comentários
DUFFY (1994)
0, 111 0 , 572
Plíq =0 , 0743 L ωρ c d D 3 , 057 T
e
(3.14)
sendo:
Plíq = potência líquida (kW);
L = altura do leito de bolas (m);
ω = velocidade angular da espiral (rpm);
ρc = densidade efetiva da carga moedora (t/m³);
d = tamanho médio das bolas (mm);
De = diâmetro da espiral (m);
T = número de passos da espiral;
Através da equação 3.16, é possível calcular a energia gasta pelo moinho vertical sem
42
carga.
sendo:
Pvaz = energia em vazio (kW);
ω = velocidade angular da espiral (rpm);
De = diâmetro da espiral (m);
W = peso da espiral (kg).
0 .65 0. 98 0. 17
Pliq =2 ,05 ρ c D 1, 96 θ L d
e (3.17)
sendo:
Plíq = potência líquida (W);
ρc = densidade efetiva da carga moedora (t/m³);
De = diâmetro da espiral (m);
θ = velocidade periférica da espiral (m/s);
L = altura do leito de bolas (m);
d = tamanho médio das bolas (mm).
ρc =( 1−ε ) ( ρb −ρ p )
(3.18)
Comentários
A densidade da polpa tem influência na potência visto que esta variável altera o atrito
entre as bolas e o peso aparente destas. Devido ao empuxo, quanto maior a densidade de
polpa menor será o peso aparente das bolas, resultado em uma diminuição da densidade
da carga e consequentemente uma diminuição da potência (dentro de um intervalo
normal de operação).
O tamanho das bolas também tem influência na potência, pois o coeficiente de fricção
do leito de bolas é alterado com a alteração do diâmetro das bolas. O coeficiente de
fricção é maior para bolas maiores porque o número de pontos de contato é menor.
Portanto, o aumento do diâmetro das bolas proporciona um aumento na potência.
iucos φ √3
Pabs=
1000 (3.19)
sendo:
Pabs = potência absorvida da rede (kW);
i = corrente (A);
u = tensão (V);
cosφ = fator de potência (fração).
O fator de potência mede o quanto da energia que circula pela rede é utilizada
efetivamente para realizar trabalho.
Para converter a potência absorvida da rede em potência útil Pútil, utiliza-se o rendimento
η. A equação 3.20 apresenta a conversão de energia elétrica em energia mecânica.
sendo:
Pútil = potência útil (kW);
η = rendimento (fração).
A potência absorvida da rede Pabs do moinho vertical de Sossego foi calculada através
dos dados obtidos na sala de controle. A Tabela III.6 mostra o cálculo da potência
absorvida.
Tabela III.6 – Cálculo da potência absorvida da rede para o moinho vertical da usina de
Sossego
2
MR
I=
2 (3.21)
sendo:
I = momento de inércia (kg.m2);
M = massa do cilindro (kg);
R = raio do cilindro (m);
JANKOVIC (1999) detalhou o estudo realizado por DUFFY (1994), sendo uma
excelente referência sobre o assunto.
Comentários
4.1 Amostras
Foram testadas amostras de minério de ferro e de cobre das unidades de VALE S.A.,
conforme descrito a seguir:
A amostra Mix de misturas prováveis de minérios que serão alimentados no futuro foi
testada com o objetivo de investigar a aplicação de moinho vertical em substituição aos
atuais moinhos de bolas que se encontram em final de vida útil na pelotização de
Vitória.
4.2 Métodos
Nas próximas seções serão detalhados os métodos utilizados nas escalas de laboratório,
piloto e industrial.
Os testes são realizados com uma amostra seca e uma amostra a úmido. No teste a
úmido é determinada a velocidade de quebra correspondente à moagem a úmido. Os
testes realizados neste trabalho serão detalhados a seguir.
for necessário, o material deverá ser reduzido, através de britagem, até que se atinja a
mesma relação do circuito industrial. A relação entre o maior tamanho de bolas e o
diâmetro do moinho dever ser próxima de 1/10 (HERBST & FUERSTENAU, 1980).
Foram realizados testes em escala piloto nos laboratórios da Metso na Pensilvânia, nos
EUA, com as amostras Mix 2, 3 e 4, ROM Alegria e Sossego Bolas.
As amostras de ROM Alegria e Sossego Bolas foram britadas em 100% < 6,3mm, pois
segundo o fabricante, este seria o tamanho máximo de alimentação permitido para um
moinho vertical.
A Figura 4.1 mostra o fluxograma do teste em escala piloto com o moinho vertical.
52
Figura 4.1 – Fluxograma do teste piloto com moinho vertical (VALE, 2010).
A Tabela IV.1 apresenta a distribuição das bolas utilizadas no teste piloto com moinho
vertical.
Tabela IV.1 – Distribuição de tamanhos das bolas utilizadas no teste piloto com moinho
vertical (METSO, 2010A,B, 2012)
ROM Alegria
Amostra Mix 2 Mix 3 e 4
Sossego Bolas
Bola Ret. Ret. Ret.
(mm) (%) (%) (%)
35 38.4 - -
30 27.5 - -
25 14.5 30.7 -
19 17.7 34.6 40.7
15 - 29.7 -
12 1.9 5 42.5
9 - - 16.8
Total 100 100 100
4.3.1 Introdução
através do módulo de programação ModsimSKDTM (MTI, 2003B) que faz parte do pacote
de programas da Mineral Technologies International - MTI.
O moinho vertical possui duas zonas distintas, uma zona de moagem na qual o material
é cominuído e uma zona de classificação, localizada acima da zona de moagem na qual
o material sofre classificação. A Figura 4.4 apresenta a zona de moagem (cor vermelha)
e a zona de classificação (cor amarela) dentro de um moinho vertical.
55
Considera-se como zona de moagem o volume ocupado com bolas, normalmente abaixo
do topo da espiral. A partir deste ponto tem-se uma zona de classificação onde as
partículas maiores que a especificação desejada retornam até a zona de moagem e as
partículas com tamanho adequado ou próximo do tamanho desejado saem do moinho
por transbordo.
S L=SiE
i ( )
PL
HL (4.1)
A função seleção específica SiE pode ser modelada através da equação 4.2. Três
parâmetros são necessários para representar a função seleção específica, S1E, ζ1, ζ2.
56
{ [ ( )] }
2
( )
d d
i i
E∗¿ exp ζ ln +ζ ln
1 d 2 d
1 1
S E= S 1 ¿
i (4.2)
sendo:
S1E* = parâmetro equivalente a função seleção específica para o tamanho 1mm em
moinho vertical (t/kWh);
O parâmetro S1E* foi definido como sendo o fator S1E para moinho de bolas multiplicado
pela constante 1,35.
S I =S Ei
i ( ) PI
HI (4.3)
i−1
Q s p i =Q s f i + H ∑ b S m − HS m
ij j j i i
j=1 (4.4)
sendo:
Qs = vazão de sólidos (t/h);
H = massa de material contido no moinho – hold up (t);
fi = fração de material da alimentação no intervalo de tamanho i;
pi = fração de material da descarga no intervalo de tamanho i;
mi = fração em massa de partículas contidas no intervalo de tamanho i;
Si = taxa de quebra, ou função seleção, das partículas no intervalo de tamanho i (min-1);
bij = fração em massa de partículas no intervalo de tamanho i produzidas pela quebra de
partículas no intervalo de tamanho j.
Considerando que H/Q = τ, tempo de residência médio das partículas dentro da zona de
moagem do moinho, tem-se:
i−1
pi =f i +τ ∑ b S m −S m τ
ij j j i i
j=1
(4.5)
sendo:
τ = tempo de residência médio das partículas.
i−1
pi =f i + ∑ b S p j τ −S p τ
ij j i i
j=1
(4.6)
58
i−1
f i +∑ bij S j p j τ
j=1
pi =
1+S i τ
para todo i
(4.7)
f1
p1 =
1+S 1 τ
f 2 +b 21 S1 p 1 τ
p2 =
1+ S2 τ
(4.8)
f 3 +b31 S1 p 1 τ +b32 S 2 p2 τ
p3 =
1+S 3 τ
H=
( )
mb
ρb
. ε .Cv . ρ s
(4.9)
sendo:
H = massa de material contida no moinho - hold up (t);
59
V p=
Q p 3600
=
( )Qp
(4.10)
( )
A πD 2
m
4
sendo:
Vp = velocidade média da polpa (m/s);
Qp = vazão de polpa (m³/h);
A = área da seção transversal do moinho (m²);
Dm = diâmetro do moinho (m).
Considera-se que existe uma distribuição de tamanho das partículas dentro do moinho e
que cada partícula tem uma velocidade terminal. A velocidade terminal da fração i pode
ser calculada conforme a equação 4.11.
2
V =
( ρ − ρ ) gd
s p i
ti 18 η
p (4.11)
sendo:
d i V ti ρ p
R e=
ηp (4.12)
sendo:
A velocidade diferencial das partículas de cada fração i pode ser calculada subtraindo da
velocidade ascendente a velocidade terminal, conforme a equação 4.13.
V i=V p −V ti (4.13)
sendo:
Vi = velocidade das partículas do intervalo de tamanho i (m/s);
Vp = velocidade média da polpa (m/s);
Vti = velocidade terminal das partículas do intervalo de tamanho i (m/s).
Acumulação de Sólidos
C vi
q i=
C v −q V ti
1+ −
q−1 Vp (4.14)
62
sendo:
qi = concentração de sólidos em volume - intervalo de tamanho i (fração);
q = concentração de sólidos em volume - média (fração);
Cvi = concentração de sólidos em volume do intervalo de tamanho i na alimentação
(fração);
Cv = concentração de sólidos em volume (fração);
Vp = velocidade média da polpa (m/s);
Vti = velocidade terminal das partículas do intervalo de tamanho i (m/s).
q=∑ q i
i (4.15)
Para este cálculo é utilizada uma rotina de interações com substituição de um valor
inicial para q na equação 4.14, onde são calculados os qi’s. O novo valor de q é
verificado através da equação 4.15 e novas interações são realizadas até se atingir uma
convergência satisfatória.
As partículas mais grosseiras que deixam a zona de moagem através do fluxo de polpa
ascendente provocado pelo movimento giratório da espiral e pela injeção de polpa pela
parte inferior do moinho atingem a zona de classificação. Contudo, essas partículas não
têm habilidade para sair da zona de classificação em condições normais de operação.
Este efeito é chamando de pós-classificação. As partículas fora da especificação
desejada retornam para a zona de moagem e permanecem neste ciclo até sofrerem
redução de tamanho. A pós-classificação pode ser comprovada quando a distribuição
das partículas da descarga do moinho é diferente da distribuição do material contido
63
dentro do moinho. Neste caso, o material dentro do moinho deverá ter partículas mais
grosseiras que a descarga do moinho.
4.3.4 Recirculação
A bomba de recirculação injeta a polpa pela parte inferior do moinho e este fluxo
percorre o leito de bolas. Este ação gera uma perda de carga que pode ser calculada
através da equação 4.16, KING (2002B).
Os vazios entre as bolas são preenchidos pela polpa e esta massa de polpa exerce uma
pressão no fundo do moinho vertical. A bomba de recirculação deve ser capaz de vencer
esta pressão exercida pela massa de polpa dentro do moinho. A equação 4.17 mostra
como pode ser calculada esta pressão.
ΔP=ρ p gL (4.17)
sendo:
ΔP = pressão da massa de polpa sobre o fundo do moinho (Pa);
ρp = densidade da polpa (kg/m³);
g = aceleração da gravidade (m/s²);
L = altura do leito de bolas (m).
A soma da variação de pressão das equações 4.16 e 4.17 será a perda de carga que a
64
( )
P líq=
Qp
H ρ g
3600 p p
1000 σ (4.18)
sendo:
Plíq = potência líquida (kW);
Qp = vazão de polpa (m³/h);
Hp = coluna de polpa (m);
ρp = densidade da polpa (kg/m³);
g = aceleração da gravidade (m/s²);
σ = eficiência da bomba (Fração).
Sabendo-se quais são as faixas de tamanho que deverão ser retiradas do moinho pode-se
calcular qual seria a velocidade média da polpa em sentido ascendente. Através desta
velocidade calcula-se a vazão de polpa pela equação 4.10 e a partir daí calcula-se a
potência da bomba de recirculação pela equação 4.18.
Dessa forma, calcula-se com qual potência a bomba de recirculação deveria ser operada
de forma que as partículas com a especificação de tamanho adequada sejam retiradas de
dentro do moinho.
65
A carga de bolas utilizada é a mesma adotada no teste em escala piloto (ver Tabela
IV.1) com exceção da amostra Sossego Vertimill onde adotou-se um distribuição de
equilíbrio segundo a curva de Gaudin-Schuhmann com inclinação igual a quatro.
ROM Alegria 1.545 1.133 1.829 2.107 0.478 2.398 0.467 1.735
100
80
% Passante
60
40
Alim.
Prod.
20
Modelo
0
0.010 0.100 1.000
Tamanho (mm)
100
% Passante 80
60
40
Alim.
Prod.
20
Modelo
0
0.010 0.100 1.000
Tamanho (mm)
100
80
% Passante
60
40
Alim.
Prod.
20
Modelo
0
0.010 0.100 1.000
Tamanho (mm)
100
80
% Passante
60
40
Alim.
Prod.
20
Modelo
0
0.010 0.100 1.000
Tamanho (mm)
100
% Passante 80
60
40
Alim.
Prod.
20
Modelo
0
0.010 0.100 1.000 10.000
Tamanho (mm)
100
80
% Passante
60
40
Alim.
Prod.
20
Modelo
0
0.010 0.100 1.000 10.000
Tamanho (mm)
100
80
% Passante
60
40
Alim.
Prod.
20
Modelo
0
0.010 0.100 1.000 10.000
Tamanho (mm)
CAPÍTULO 6 - CONCLUSÕES
O modelo ainda calcula a velocidade das partículas no interior do moinho e faz uma
previsão da velocidade mínima necessária para não haver sedimentação. Com esta
informação é possível verificar a necessidade da bomba de recirculação. Operações
existentes podem ser otimizadas com a exclusão da bomba de recirculação, reduzindo o
consumo de energia por tonelada de minério beneficiado.
1
74
Testar o modelo desenvolvido com dados de outras operações industriais com moinhos
de diferentes tamanhos e com diferentes minérios com o objetivo de verificar e/ou
adequar o modelo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Celep, O., Aslan, N., Alp. I., Tasdemir, G. Optimization of some parameters of stirred
mill for ultra-fne grinding of refractory Au/Ag ores, Powder Technology, Vol. 208, pp.
121-127, 2011.
Epstein, B. Journal of the Franklin Institute, Vol. 244, pp. 471-477, 1947.
Herbst J.A. and Fuerstenau D.W. Mathematical Simulation of Dry Ball Milling using
Specific Power Information, Trans. AIME, 254, pp. 343, 1973.
Herbst J.A. and Sepulveda J.L. Fundamentals of Fine and Ultrafine Grinding in a
Stirred Ball Mill, International Powder and Bulk Solids Handling and Processing:
Proceedings held Rosemount Illinois, May 16-18, pp. 452-470, 1978.
Herbst, J.A. & Rajamani, R. K. Developing a Simulator for Ball Mill Scale-up - A Case
Study: Design and Installations of Comminution Circuits, edited by A. L. Mular and
G.V. Jergensen II, SME/AIME, NY, p.325-342, 1982.
Herbst, J. A., Rajamani, R. K., Mular, A. L., Flintoff, B. Mineral Processing Plant
Design, Practice and Control, Published by Society for Mining, Metallurgy and
Exploration, Chapter - Circuit Simulators: An Overview, pp. 383, 2002.
Jankovic, A., Valery W., Clarke G. Design and Implementation of an AVC Grinding
Circuit at BHP Billiton Cannington, SAG 2006 Conference, 2006.
Kalra, R. Overview on alternative methods for fine and ultra-fine grinding, In: IIR
Conference, Crushing & Grinding, Perth, 1999.
Metso, VTM 3 in Closed Circuit with Derrick screen, Copper Ore, TEST PLANT
REPORT NO. 20001504, Aug., 2010A.
80
Metso, VTM 3 in Closed Circuit with Derrick screen, Iron Ore, TEST PLANT
REPORT NO. 20004145, Sep., 2010B.
Metso, VTM 3 in Closed Circuit with Derrick screen, Iron Ore, TEST PLANT
REPORT NO. 20068858, May., 2012.
Morrison, R. D., Cleary, P.W., Sinnott, M. D. Using DEM to compare the energy
efficiency of pilot scale ball and tower mills, Minerals Engineering, Vol. 22, pp. 665–
672, 2009.
Pena F., Lawruk W., Jones S. The Versatile Tower Mill a Recent Application, AIME
Intermountain Conference, 1985.
Shi, F., Morrison, R., Cervellin, A., Burns, F., Musa, F. Comparison of energy
efficiency between ball mills and stirred mills in coarse grinding, Minerals Engineering,
v. 22, p. 673–680, 2009.
Stief, D.E., Lawruk, W.A., Wilson, L.J. Tower mill and its application to fine grinding,
Minerals and Metallurgy Processing Vol. 4, pp. 45–50, 1987.
Tüzün, M.A., 1993. A detailed study on comminution in a vertical stirred ball mill. PhD
Thesis., University of Natal, South Africa.
Wills, B.A. Mineral Processing Technology, Pergamon Press, Oxford, 4th ed., pp. 286-
82
287, 1988.
83
APÊNDICES
APÊNDICE I – Testes em escala de laboratório com distribuição natural de partículas
84
F test
F statistic: 1.10
Probability of exceeding this value by chance 0.906
The null hypothesis that the variances are equal is
NOT REJECTED in favor of the alternative hypothesis that
variances are different.
Kolmogorov-Smirnov test
Maximum difference: 0.13
Probability of exceeding this value by chance 0.980
The null hypothesis that the distributions are equal is
NOT REJECTED in favor of the alternative hypothesis that
distributions are unequal everywhere.
OVERALL ASSESSMENT
0 out of 6 tests rejected the null hypothesis
The distributions are identical. The samples were drawn form the same population
87
F test
F statistic: 1.23
Probability of exceeding this value by chance 0.791
The null hypothesis that the variances are equal is
NOT REJECTED in favor of the alternative hypothesis that
variances are different.
Kolmogorov-Smirnov test
Maximum difference: 0.25
Probability of exceeding this value by chance 0.660
The null hypothesis that the distributions are equal is
NOT REJECTED in favor of the alternative hypothesis that
distributions are unequal everywhere.
OVERALL ASSESSMENT
0 out of 6 tests rejected the null hypothesis
The distributions are identical. The samples were drawn form the same population
89
F test
F statistic: 1.04
Probability of exceeding this value by chance 0.962
The null hypothesis that the variances are equal is
NOT REJECTED in favor of the alternative hypothesis that
variances are different.
Kolmogorov-Smirnov test
Maximum difference: 0.11
Probability of exceeding this value by chance 0.989
The null hypothesis that the distributions are equal is
NOT REJECTED in favor of the alternative hypothesis that
distributions are unequal everywhere.
OVERALL ASSESSMENT
0 out of 6 tests rejected the null hypothesis
The distributions are identical. The samples were drawn form the same population
91
F test
F statistic: 1.49
Probability of exceeding this value by chance 0.610
The null hypothesis that the variances are equal is
NOT REJECTED in favor of the alternative hypothesis that
variances are different.
Kolmogorov-Smirnov test
Maximum difference: 0.38
Probability of exceeding this value by chance 0.283
The null hypothesis that the distributions are equal is
NOT REJECTED in favor of the alternative hypothesis that
distributions are unequal everywhere.
OVERALL ASSESSMENT
0 out of 6 tests rejected the null hypothesis
The distributions are identical. The samples were drawn form the same population
93
F test
F statistic: 1.61
Probability of exceeding this value by chance 0.364
The null hypothesis that the variances are equal is
NOT REJECTED in favor of the alternative hypothesis that
variances are different.
Kolmogorov-Smirnov test
Maximum difference: 0.25
Probability of exceeding this value by chance 0.426
The null hypothesis that the distributions are equal is
NOT REJECTED in favor of the alternative hypothesis that
distributions are unequal everywhere.
OVERALL ASSESSMENT
0 out of 6 tests rejected the null hypothesis
The distributions are identical. The samples were drawn form the same population
95
F test
F statistic: 1.38
Probability of exceeding this value by chance 0.537
The null hypothesis that the variances are equal is
NOT REJECTED in favor of the alternative hypothesis that
variances are different.
Kolmogorov-Smirnov test
Maximum difference: 0.19
Probability of exceeding this value by chance 0.716
The null hypothesis that the distributions are equal is
NOT REJECTED in favor of the alternative hypothesis that
distributions are unequal everywhere.
OVERALL ASSESSMENT
0 out of 6 tests rejected the null hypothesis
The distributions are identical. The samples were drawn form the same population
97
F test
F statistic: 1.01
Probability of exceeding this value by chance 0.988
The null hypothesis that the variances are equal is
NOT REJECTED in favor of the alternative hypothesis that
variances are different.
Kolmogorov-Smirnov test
Maximum difference: 0.08
Probability of exceeding this value by chance 0.999
The null hypothesis that the distributions are equal is
NOT REJECTED in favor of the alternative hypothesis that
distributions are unequal everywhere.
OVERALL ASSESSMENT
0 out of 6 tests rejected the null hypothesis
The distributions are identical. The samples were drawn form the same population