Instalações Industriais
Instalações Industriais
Instalações Industriais
CENTRO DE TECNOLOGIA
por
1
Carolina Machado
Juliana De Gregori
Mariana Albarello
Milena Ceolin
2
Projeto de Instalação de Industria de Borracha Artificial
____________________________
Carolina Machado
Responsável Técnico
____________________________
Responsável Técnico
____________________________
Juliana De Gregori
Responsável Técnico
____________________________
Mariana Albarello
Responsável Técnico
____________________________
Milena Ceolin
Responsável Técnico
Responsável administrativo
__________________________
3
SIMBOLOGIA E NOMENCLATURA
u = velocidade recomendada
Q = vazão do fluido;
Pi = pressão inicial;
Ps = pressão de trabalho;
J = perda de carga;
ΔL = dilatação linear;
4
C = constante de dilatação térmica;
L = comprimento da tubulação;
5
Sumário
1. INTRODUÇÃO----------------------------------------------------------------------------------------------------- 9
1.1. Matéria-Prima----------------------------------------------------------------------------------------------- 9
1.2. Produção----------------------------------------------------------------------------------------------------- 9
1.3. Descrição sucinta do processo-------------------------------------------------------------------------10
2. FINALIDADE DO PROJETO-------------------------------------------------------------------------------------12
3. MEMORIAL DESCRITIVO--------------------------------------------------------------------------------------13
3.1 Distribuição de água potável----------------------------------------------------------------------------13
3.1.1 Instalação de Água Potável Quente-------------------------------------------------------------13
3.1.2 Água Gelada------------------------------------------------------------------------------------------- 16
3.1.3 Água Potável Fria-------------------------------------------------------------------------------------16
3.1.4 Reservatórios de Água------------------------------------------------------------------------------19
3.1.5 Proteção e combate a incêndio-------------------------------------------------------------------20
3.2 Instalação de vapor e condensado--------------------------------------------------------------------20
3.2.1 Dimensionamento da tubulação-----------------------------------------------------------------22
3.2.2 Tubulações para vapor e retorno de condensado--------------------------------------------24
3.3 Instalação de ar-comprimido---------------------------------------------------------------------------24
3.3.1 Sistema Air-Lift para fornecimento de água---------------------------------------------------26
4. MEMORIAL DE CÁLCULO-------------------------------------------------------------------------------------- 27
4.1 Distribuição de água potável----------------------------------------------------------------------------27
4.1.1 Bomba-------------------------------------------------------------------------------------------------- 27
4.1.2 Tubulações de água fria----------------------------------------------------------------------------30
4.1.3 Tubulações de água quente-----------------------------------------------------------------33
4.2 Instalação de vapor e condensado--------------------------------------------------------------------33
4.2.1. Dilatação das tubulações--------------------------------------------------------------------------37
4.2.2. Suporte para as tubulações de vapor----------------------------------------------------------38
4.3 Instalação de ar-comprimido---------------------------------------------------------------------------39
4.4 Sistema Air-Lift para fornecimento de água---------------------------------------------------------43
ANEXOS-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 46
A.1 Instalações de Água--------------------------------------------------------------------------------------- 46
A.1.1 Reservatórios de Água------------------------------------------------------------------------------46
A.1.2 Bebedouro--------------------------------------------------------------------------------------------- 47
A.1.3 Bomba-------------------------------------------------------------------------------------------------- 48
6
A.1.4 Carro Térmico---------------------------------------------------------------------------------------- 50
A.2 Instalações de vapor e condensado-------------------------------------------------------------------51
A.2.1 Gerador de Vapor------------------------------------------------------------------------------------ 51
A.2.2 Lavadora de Roupas---------------------------------------------------------------------------------52
A.2.3 Calandra------------------------------------------------------------------------------------------------ 54
A.2.4 Secador de Roupa----------------------------------------------------------------------------------- 56
A.2.5 Lavadora de Louças---------------------------------------------------------------------------------58
A.2.6 Aquecedor--------------------------------------------------------------------------------------------- 59
A.3 Instalação de Ar-Comprimido--------------------------------------------------------------------------60
A.3.1 Compressor------------------------------------------------------------------------------------------- 60
A.3.3 Pistola de Pintura------------------------------------------------------------------------------------62
A.3.4 Jato de Areia------------------------------------------------------------------------------------------ 62
A.3.5 Sistema Air-Lift--------------------------------------------------------------------------------------- 63
A.3.6 Esmerilhadeira----------------------------------------------------------------------------------------63
A.3.7 Furadeira----------------------------------------------------------------------------------------------- 64
A.3.8 Filtros--------------------------------------------------------------------------------------------------- 65
A.3.9 Válvulas de Redução de Pressão-----------------------------------------------------------------65
B.1 Tabelas------------------------------------------------------------------------------------------------------- 66
B.1.1 – Estimativa de consumo de água quente.----------------------------------------------------66
B.1.2 – Quantidades de água quente para realizar a mistura.------------------------------------66
B.1.3 – Estimativa de consumo diário de água-------------------------------------------------------67
B.1.4 – Dimensões de loops.------------------------------------------------------------------------------67
B.1.5 – Número de bebedouros.-------------------------------------------------------------------------68
B.1.6 – Comprimentos equivalentes correspondentes a conexões e válvulas em linhas de
vapor.---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 68
B.1.7 – Gráfico para escolha da válvula de redução de pressão SARCO-modelo BRV.------69
B.1.8 – Espaçamento entre apoios guias em tubulações de vapor.-----------------------------70
B.1.9 – Espessuras recomendadas da Calorisol.------------------------------------------------------70
B.1.10 – Espaçamento entre apoios para tubos de aço-carbono A-53.-------------------------70
B.1.11 – Rugosidade para materiais.--------------------------------------------------------------------71
B.1.12 – Comprimento equivalente correspondente a conexões, válvulas e acessórios, em
metros de tubo de aço retilíneo, novo.----------------------------------------------------------------71
B.1.13 – Propriedades para tubos de aço galvanizado novo.-------------------------------------72
B.1.14 – Velocidades máximas em função da pressão interna em linhas de oxigênio.-----73
B.1.15 – Diâmetros mínimos dos sub-ramais em tubos de aço galvanizado.-----------------73
7
B.1.16 – Diâmetros de tubulação de Condensado.--------------------------------------------------74
B.1.17 – Consumo e pressão nas peças e aparelhos sanitários.----------------------------------74
B.1.18 – Velocidades e vazões máximas para água quente.--------------------------------------75
B.1.19 – Tubos Mannesmann sem costura Sch.40 (40S) ASTM (A – 53 A – 106 A – 120 Gr.
A e B).---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 75
B.1.20 – Propriedades termodinâmicas da água.----------------------------------------------------76
B.1.21 – Propriedades termodinâmicas da água.----------------------------------------------------77
B.1.22 – Tabelas de valores para vapor saturado.---------------------------------------------------78
B.1.23 – Propriedades do vapor de água saturado.-------------------------------------------------78
B.1.24 – Volume de ar comprimido real escoado (m³/min) em função da velocidade de
escoamento e do diâmetro.------------------------------------------------------------------------------79
B.1.25 – Valores de peso específico do ar (kgf/cm²).-----------------------------------------------79
B.1.26 – Quadro para escolha da válvula modelo 152 da Niagara SA.--------------------------79
B.1.27 – Porcentagens de submersão.-----------------------------------------------------------------80
B.1.28 – Valores de C em função da porcentagem de submersão.------------------------------80
B.1.29 – Valores práticos de tubos de elevação e de ar.-------------------------------------------80
B.1.30 – Velocidades máximas em função da pressão interna em linhas de oxigênio.-----81
B.1.31 – Correspondência de tubos de diversos diâmetros com 15mm (1/2’’).--------------81
B.1.32 – Relação entre diâmetro do tubo, descarga, pressão e velocidade do vapor.------82
B.1.33 – Diâmetro do tubo em função da descarga, da pressão e da velocidade do vapor.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 83
8
1. INTRODUÇÃO
1.1. Matéria-Prima
A Borracha de Polibutadieno é produzida por polimerização em solução na
presença de catalisadores organometálicos. São reagidos 50 kg de solvente (tolueno) a
cada 1,02 toneladas de butadieno. O sistema de catálise que é caracterizado pelo metal
particular afeta diretamente as propriedades da borracha de um modo específico. Esses
catalisadores são compostos organometálicos.
1.2. Produção
Visa projetar as instalações para uma indústria de borracha artificial pelo
processo de polimerização cis-polibutadieno com intuito de produzir 5.000 mt/ano
9
(cinco milhões de quilos anuais) para consumo industrial. Esta borracha é matéria-prima
para a elaboração de diversos produtos industriais.
A planta baixa anexa mostra uma planta industrial sugerida para uma linha de
produção de cis-polibutadieno. Esta planta pode ser melhor visualizada pela figura 2
abaixo, onde é mostrado em projeção a localização dos principais equipamentos e a
provável expansão para uma segunda linha de polimerização.
10
Figura 2 - Aspecto típico para uma planta industrial para produção de borracha
polimerizada. As linhas tracejadas mostram a expansão para uma linha adicional.
Neste processo, a água, a qual é o mais comum veneno para catalisador, deve ser
removida da carga ao reator para um baixo nível antes da polimerização. A secagem é
feita por meio de fracionamento, com os sistemas separados obtidos pela secagem do
butadieno e do tolueno usados como solvente para o polímero produzido nos reatores. O
butadieno úmido e o tolueno são bombeados para seus respectivos tanques de
armazenagem úmidos e através de sistemas de secagem para tanques de armazenagem a
seco. O tamanho dos tanques de armazenagem úmidos depende do método e freqüência
dos transportes para fora da fábrica.
11
concentração. O butadieno não reagido juntamente com parte do tolueno é removido e
reciclado aos reatores. O polímero concentrado é bombeado para os tanques de mistura.
Normalmente, pequenas misturas são exigidas. Entretanto, quando necessário, o
polímero é misturado para uma desejada viscosidade Mooney antes de ir para os
pulverizadores a vapor. Tolueno dos pulverizadores a vapor é decantado do vapor
condensado e retornado ao tanque de armazenagem de solvente úmido. O polímero, na
forma de uma lama farelenta, é bombeado para a área de secagem.
A água é removida do farelo com uma peneira vibratória seguida por dois
estágios de secagem por extrusão. A borracha seca é movida por transportadores
horizontais e em espiral através de pesagem até um enfardador, onde fardos de
aproximadamente 35 kg são formados. Os fardos são passados através de um detector
de metais e então envolvidos em um filme de polietileno. Eles então são ensacados ou
encaixotados como desejado para o transporte.
2. FINALIDADE DO PROJETO
Esse trabalho tem como objetivo projetar as instalações de água quente, água
fria, água potável, vapor e ar comprimido para uma produção de 5000 mt/h de borracha
sintética.
A operação da planta ocorrerá em três turnos de oito horas por dia, cinco dias
por semana, e a manutenção dos equipamentos está prevista para os finais de semana.
12
3. MEMORIAL DESCRITIVO
3.1 Distribuição de água potável
A distribuição de água potável é composta por um reservatório de armazenamento
inferior de 40500 L, uma bomba com função de bombear a água contida no mesmo para
um reservatório superior de 20000 L, um barrilete de distribuição abaixo do reservatório
superior dividindo a linha em ramais, além das tubulações e acessórios necessários para
o funcionamento do sistema de distribuição. A alimentação do reservatório inferior é
através de um poço artesiano, onde a água é retirada através de um sistema air-lift.
O aquecedor terá entrada de água fria e saída de água quente de 2”. A quantidade de
chuveiros necessária foi calculada com base no livro Instalações Hidráulicas, que informa a
instalação de 1 chuveiro para cada 15 pessoas. Dessa forma, uma vez que a empresa apresenta
um quadro de 94 funcionários, requerem-se 6 chuveiros (3 no vestiário feminino e 3 no
13
masculino) equipados com misturadores, dispostos a 1,25 m do chão, embutidos na parede
conforme recomendado por Macintyre.
Considerando-se que cada funcionário toma um banho por dia e demora em média 8
minutos no chuveiro, são gastos 72 litros por banho, levando a 6768 litros por dia.
Adicionando-se a esse valor 20% do coeficiente de segurança, têm-se 8121,6 litros por dia,
sendo desses 2030,4 litros referentes à água quente.
volume volume
Volume ( L )= + x 20 %
dia dia
6768 L 6768 L
Volume ( L )= + x 20 %
dia dia
8121 , 6 L
Volume ( L )=
dia
Para as refeições, utiliza-se água quente em uma cuba para aquecimento de alimentos no
refeitório em uma pia, que será gasta em um tanque para preparo de alimentos. Segundo a
tabela do Anexo 6.5.3 do Macintyre, é estimado um gasto de 12 L/dia por refeição. Como é
considerada uma refeição diária por operário, tem-se 94 refeições diárias, portanto se gasta
451,2 litros de água quente (40% do volume de água utilizada na cocção) durante o dia
Será instalado um misturador de água quente e fria para a tomada de água na cozinha,
possibilitando a utilização da água em outras atividades.
14
A lavanderia será equipada com uma máquina de lavar, duas secadoras e uma calandra
para passar. Como a indústria conta com 94 colaboradores, torna-se necessária a utilização
dos seguintes utensílios e EPIs:
• 72 macacões de 1500 g, sendo 67 macacões de uso diário e 5 reservas; (108 kg)
• 8 jalecos de 500 g, para uso dos químicos, supervisores de laboratório e do gerente industrial
mais 3 extras; (5,5 kg)
• 6 aventais de 500 g, para operários da lavanderia e da cozinha; (3 kg)
• 94 toalhas de banho de 600g; (56,4 kg).
• 94 toalhas de rosto de 250g; (23,5 kg).
Para suprir toda a demanda da limpeza de roupas, foi escolhida uma lavadora de roupa
da marca Electrolux, modelo W41100H, que possui capacidade nominal de 120 kg, com
capacidade do tambor de 1000 litros, sendo aquecida a vapor através de uma pressão de 300
kPa, gastando 153 litros de água quente por ciclo. Portanto, a lavadora de roupa será operada
em dois ciclos, gastando 306 litros no total, onde cada ciclo possui um tempo de lavagem
admitido de 45 min, considerando as características do vapor e consumindo 2,4 kWh de
energia elétrica.
15
3.1.2 Água Gelada
Na fabricação da borracha artificial não é utilizada água gelada, de modo que o único
fim para a mesma seria para o consumo dos funcionários. Como o número de empregados é
pequeno, é recomendado o uso de bebedores com refrigeração individual. Segundo a tabela
5.1. do Macintyre, Anexo B.1.5., para cada 75 pessoas é indicado um bebedouro, e o consumo
de água gelada diário para indústrias leves é de 0,8 L/pessoa, resultando em 75,2 L/dia.
Portanto, para a indústria em estudo sugere-se a instalação de 2 bebedouros da marca
Masterfrio, modelo MF 40 inox com serpentina interna estanhada que evita a contaminação
da água, possibilitando gelar 124 litros de água por dia em temperaturas de 4º a 14ºC. Além
disso, o seguinte bebedouro oferece um sistema de refrigeração com compressor a gás
ecológico, que não agride o meio ambiente, possuindo um gabinete em chapa de aço
galvanizada que recebe tratamento especial para não enferrujar, tornando o produto de maior
durabilidade e resistência. Como a água é resfriada pelo próprio bebedouro, o consumo diário
de água gelada está disposto na Tabela 2, referente à água fria.
Na Tabela 2, são mostrados os valores de consumo da água fria, assim como, suas
demandas diárias, especificações e pressão mínima de serviço (Macintyre).
16
Tabela 2 - Demandas de Água Fria
1 máquina
Lavagem de Roupas 1700 operando em 2 0,05
ciclos de 45 min
cada
12 L de água por
Tanque prep. de alimentos 676,8 refeição 0,5
funcionando 4h
por dia
6 duchas de
Chuveiros 6091,2 9L/min; 0,05
funcionando
1,89h cada por
dia
12L/min;
Pontos de Água (Lavagem) 822 funcionando uma 0,1
vez por semana
por 2 horas
Bebedouros 75,2 2 bebedouros; 0,2
0,8L/pessoa
Aquecedor 2708,4 - -
5% do volume de -
Reposição de Água da 375 operação; 1 vez
Caldeira ao dia; 1hora de
duração
Água dos condensadores 2430
Total 17627,4
17
Na lavagem de roupas, será usada a lavadora de roupas da marca Electrolux , como dito
anteriormente. Consumindo 850L de água fria por ciclo, como operam 2 ciclos por dia, resulta
em um total de 1700 L/dia de água fria na lavagem de roupas.
Em relação aos gastos pessoais, segundo a Tabela 1.1 do Macintyre, são recomendados
100L/dia por operário para indústrias com refeitório. Estimando-se um tempo de banho de 8
minutos, são gastos 72L/dia no banho, restando os demais 28L/dia para uso pessoal. Portanto,
para 94 funcionários da fábrica serão gastos 2632L/dia para uso pessoal, no qual uma parte é
utilizada para vasos sanitários e outra nos lavabos, considerando os três turnos de oito horas
diárias.
A lavadora de louças a ser utilizada é a da marca Ebone, modelo EB60, possui a
abertura de 400 mm permitindo lavar pratos grandes, dispõe de dois ciclos de lavagem que
permite máxima flexibilidade, tem um consumo elétrico de 11,6 kW/h, consumo de água de
2,8L/ciclo e com capacidade de lavar 18 pratos por ciclo. Como serão servidas 94 refeições é
necessário que a lavadora opere em 6 ciclos, com um gasto de 16,8L/dia.
Para servir as refeições, conforme comentado acima, será utilizado um carro térmico
self service da marca IBET, modelo SS 12 GN (Anexo A.1.4), com dimensões de 2.095 x 595
x 1.255 m. Este é construído em aço inox brilhante, possuindo cubas gastronômicas em aço
inox, estrutura tubular com pintura eletrostática, rodízios com trava ou niveladores, protetor
salivar em aço inox brilhante e iluminação fluorescente.
Na cocção, como dito anteriormente, o preparo de cada refeição gasta 12L, sendo assim
para 94 refeições diárias tem-se o gasto de 676,8 L de água fria (60% do volume de água
utilizada na cocção) durante o dia.
Nos chuveiros, como o volume gasto de água fria é 75% do total gasto diariamente, será
gasto 6091,2 litros de água fria. Para lavagem dos equipamentos no interior da indústria serão
instaladas 4 entradas de torneira as quais possibilitarão a utilização de mangueiras, auxiliando
no processo de limpeza.
A limpeza da fábrica é realizada uma vez por semana e considerando que cada torneira
possui uma vazão de 0,2 L/s e estimando um tempo de lavagem de 2 horas, então serão
utilizados aproximadamente 822L/dia de água.
A partir da Tabela 1, anteriormente já abordada, o volume de água necessário a
ser aquecido durante o dia é a soma dos valores da Tabela 1, portanto, totalizando 2708,4 L.
O aquecedor será do modelo B500V, da marca Weco S/A.
Durante o período de operação, a caldeira será abastecida pelo condensado que
retorna das redes de vapor por mais 5% do volume de operação da caldeira, que será
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previamente tratado antes do uso. Como o volume da caldeira é de 7500 L, seria necessário
um volume de 375 L para a reposição. Tendo em vista que todo o vapor irá condensar a
necessidade de água fria potável do reservatório, diariamente, não será significativa. Portanto,
a tubulação de água fria que abastece a caldeira considera a partida da operação e as
reposições necessárias, devido às perdas de condensado. A caldeira terá um volume de
reposição, devido às perdas.
19
3.1.5 Proteção e combate a incêndio
20
operando em dois ciclos de 45 minutos, com capacidade de 120 kg e
demanda de vapor 16 kg/h.
No banheiro: será um ponto onde um trocador de calor (modelo B2000V) irá
aquecer a água até 90C. Será necessário 173 kg/h de vapor.
Lava-louças 80,0 2
Calandra 83,0 9
Secadora 286,0 7
Refervedor 3 1482,3
Coluna 2693,9
Total 22501,5
Fonte: Catálogos
21
Figura 5. Esquema proposto de instalação de vapor
22
Figura 6 - Esquema proposto de instalação de condensado
23
3.2.2 Tubulações para vapor e retorno de condensado
24
Para o cálculo da vazão máxima necessária consideramos que os cinco pontos
são utilizados por equipamentos de maior consumo. Os consumos por equipamento são
apresentados na Tabela 3. Assim, sendo utilizados cinco furadeiras e/ou rebitadores de
forma paralela, o consumo máximo é de 155 m3/h.
25
O material dos tubos da instalação de ar comprimido para pressões até 7
kgf/cm² e diâmetro até 4”: tubos de aço-carbono galvanizado ASTM A-120 com
ligações rosqueadas; válvulas e mecanismo interno de bronze com extremidade
rosqueada. A tubulação deve apresentar uma inclinação de 0,5 metro a cada 100 metros
de tubulação, garantindo assim o escoamento de água em direção aos purgadores. As
ramificações da tubulação devem ter seu ponto de partida na parte superior da
tubulação, impedindo que água contida nos tubos flua para a ramificação. Também
deve-se instalar purgadores ao final da linha e antes dos equipamentos. Também para
garantir a retirada da umidade na linha.
Filtros devem ser utilizados para garantir a retirada de qualquer partícula sólida
que possa estar dentro da tubulação. Estes localizam-se antes da equipagem e devem ser
purgados com regularidade para garantir o seu bom funcionamento. Antes de
purgadores também indica-se a presença de filtros. Na oficina de manutenção é indicado
o uso de reguladores de pressão para que a pressão da linha seja igual à pressão de
trabalho da ferramenta. Ao final da linha principal é indicada a instalação de um sistema
de drenagem por purgador de boia.
26
4. MEMORIAL DE CÁLCULO
4.1.1 Bomba
17627,4 2937,9 L 1 m ³ 1h
Q= = . . = 8,160833. 10-4 m3/s.
6h h 1000 L 3600 s
Segundo Macintyre, recomenda-se o uso da fórmula de Forchheimmer para a escolha do
diâmetro do encanamento de recalque (Dr) da bomba:
Dr=1,3 √ Q 4√ X
l v²
J= f
D 2g
27
ε
Então, após o cálculo do número de Reynolds e de , obteve-se o valor de f através do
D
diagrama de Moody. Utilizou-se para a rugosidade o valor de 0,15 mm, referente a um cano
galvanizado novo.
ℜ=39568,65
ε 0,00015
= = 5,7120.10³
D 0,026260053094
f =0,035
2
0,035.14,6 .(1,5068 )
Então, J= = 2,252 m
0,026260053094 .2.9,81
Re= 27271,98
ε 0,00015
= = 0,003937
D 0,0381
f =0,0327
28
Desta forma, l=12,8+1,15=13,95
Então,
2
0,0327.13,95.(0,7158 )
J= = 0,4536 m
0,026260053094 .2.9,81
0,7158 ²
Portanto, H = (1,15+0,4536+ )+( 10 + 2,252) = 13,8817m
2.9,81
1000.0,0008160833 . 13,8817
P= = 0,2158 cv = 0,2128 hP
75.0,7
Desta forma, a bomba utilizada terá motor de 1hP, será do tipo centrífuga
multiestágio, da marca Schneider, série ME-1 e ME – 1 V – 60Hz.
29
NPSH disponível = Hb- ( ha+Ja+hv)
Sendo assim,
A altura positiva líquida de aspiração encontrada está dentro da faixa para o modelo de
bomba escolhido. Pode-se verificar que para a vazão requerida o NPSH requerido é muito inferior
ao NPSH disponível, não podendo ser verificado o valor exato uma vez que fica fora da faixa
indicada pelo gráfico. Como NPSH disponível > NPSH requerido pode-se afirmar que o sistema irá
funcionar sem riscos de cavitação.
l v²
J= f
D 2g
Onde o fator de atrito para o regime laminar foi calculado seguindo a seguinte equação e para
regime turbulento foi retirado do diagrama de Moody:
64
f=
ℜ
30
O ramal de água fria se divide em quatro ramais.
Ramal A:
Para o ramal A, que atende à reposição equivalente a 5% da água de caldeira, o cálculo
foi feito considerando a quantidade necessária no dia, sendo suprida em 1 hora de reposição.
m³
A vazão mínima então ficou em 0,000104 e a perda de carga 0,003 m.
s
Total 0,003
Ramal B:
O ramal B atende ao consumo de água em duas torneiras, uma na oficina veicular e
outra na oficina de manutenção de maquinários. Os diâmetros e as vazões foram estipulados
segundo Macintyre.
Total 0,53
Ramal C:
O ramal C, que atende a cozinha, o refeitório, lavanderia, aquecedor de água, vestiários
e sanitários é esquematizado da seguinte forma:
31
Para o dimensionamento do aquecedor, levou-se em consideração 25% do consumo de
água nos chuveiros, máquinas de lavar louça e roupas e o tanque de preparação de alimentos.
Para os outros diâmetros e vazões foram utilizados dados do Macintyre, que estão no Anexo.
Lavadora
de louças 46,00 0,01905 ¾ 0,003 1,052 0,007 0,007 0,0031 0,42
Tanque
para
preparo 42,62 0,0127 ½ 0,00012 0,95 12065 0,0011 0,0053 0,82
dos
alimentos
Lavatório
(x6) 37,00 0,0127 ½ 0,00012 0,95 12065 0,0011 0,0053 0,71
Sanitários
(x6) 37,00 0,0127 ½ 0,00015 1,18 14986 0,0011 0,0042 0,86
Chuveiros
(75% da
demanda) 43,00 0,0127 ½ 0,00015 1,18 14986 0,0011 0,0042 0,86
(x6)
Ramal D:
Como dito anteriormente, o ramal D atende as demandas da fábrica, que consiste na
água dos condensadores/resfriadores, tomadas de água e bebedouros. Os valores dos
diâmetros e vazões foram retirados da tabela em anexo.
32
Resfriadore 69,68 0,0127 ½ 0,00000 0,05 698,5 0,001 0,097 0,08
s (x2) 7 5 1 3
Bebedouros 72,58 0,0127 1/ 0,00005 0,39 4953 0,001 0,012 0,53
2 1
Total 1,32
33
3-5 5,818 0,038
5-7 0,919 0,006
7-8 14,789 0,097
8-9 4,042 0,026
Total 57,750 0,356
35
Linha Trecho L (m) ∆P (kgf/cm2)
12 1-2 16,635 0,087
2-12 42,266 0,222
12-14 3,700 0,019
14-15 5,867 0,031
15-17 3,379 0,018
17-19 4,233 0,022
19-21 3,689 0,019
21-23 9,266 0,049
23-25 1,680 0,009
25-26 4,394 0,023
Total 95,109 0,499
36
21-23 9,266 0,049 286 4,9 2 9,360
23-24 4,394 0,023 143 2,3 1¼ 4,411
23-25 1,680 0,009 143 0,9 1¼ 1,734
25-26 4,394 0,023 143 2,3 1¼ 4,408
14-27 16,158 0,085 130 8,5 1¼ 16,192
Como, na linha de vapor, a temperatura atinge valores bem mais altos que em
outros casos, há o a presença do efeito de dilatação nos tubos, requerindo uma cuidadosa
análise do traçado e das condições de operação das linhas.
∆ L=C ∙ ∆ T ∙ L eq
Onde:
ΔL: dilatação linear (mm)
C: Constante de dilatação térmica (0,0126 mm/°C.m);
L: Comprimento da tubulação (m)
ΔT: Variação máxima de temperatura -> (169,9 - 15)°C = 154,9°C.
37
Na tabela abaixo se encontram os valores calculados das dilatações de cada trecho:
Dilatação
Trecho Leq (m) ∆L (mm) ∆L (cm)
1-2 17,191 33,552 3,355
2-3 15,831 30,898 3,090
3-4 2,039 3,980 0,398
3-5 6,037 11,783 1,178
5-6 12,570 24,454 2,453
5-7 1,224 2,389 0,239
7-8 15,091 29,454 2,945
8-9 4,090 7,983 0,798
8-10 4,090 7,983 0,798
7-11 8,821 17,216 1,722
2-12 42,619 83,181 8,318
12-13 3,947 7,704 0,770
12-14 3,852 7,518 0,752
14-15 5,958 11,628 1,163
15-16 5,818 11,355 1,163
15-17 3,494 6,819 0,682
17-18 5,818 11,355 1,136
17-19 4,326 8,443 0,844
19-20 5,817 11,353 1,135
19-21 3,763 7,344 0,734
21-22 5,817 11,353 1,135
21-23 9,360 18,268 1,827
23-24 4,411 8,609 0,861
23-25 1,734 3,384 0,338
25-26 4,408 8,603 0,860
14-27 16,192 31,603 3,160
38
Os pendurais serão executados utilizando-se vergalhões de aço dobrado presos ao
tubo por intermédio de suportes. As distâncias entre os suportes das tubulações foram
dimensionadas conforme a tabela 9.12 (Macintyre).
39
Para o dimensionamento da linha de ar-comprimido foram feitas as seguintes
considerações em relação a perda de pressão na tubulação e velocidades do fluído:
• Perda máxima de pressão na rede até o ponto mais afastado: 0.3kgf/cm²;
• Tubulações principais: 0,0002kgf/cm²/m, isto é 0.02atm/100;
• Tubulações secundárias: 0,08atm/100m.
• Tubulações principais: 6 a 8 m/s;
• Tubulações secundárias (ramais): 8 a 10 m/s;
O dimensionamento seguiu a sequência sugerida por Macintyre. Primeiro calcula-
se o diâmetro da tubulação em função da vazão de ar-comprimido e sua velocidade.
Após, calcula-se a perda de carga da tubulação e acessórios. Sendo a perda de carga
menor que o limite permitido e indicado anteriormente, o dimensionamento é
considerado correto.
O diâmetro da tubulação em função da vazão e da velocidade do fluído é dada
por:
D=
√ 4Q
vπ
40
A1 155 7,5 0,085 3,366 3 0,078 9,03
A2 155 7,5 0,085 3,366 3 0,078 9,03
A3 155 7,5 0,085 3,366 3 0,078 9,03
A4 93 7,5 0,066 2,607 2,5 0,063 8,37
A5 62 7,5 0,054 2,129 2 0,052 7,95
A6 31 9,5 0,039 1,337 1¼ 0,035 8,95
A7 31 9,5 0,034 1,337 1¼ 0,035 8,95
A8 31 9,5 0,034 1,337 1¼ 0,035 8,95
A9 31 9,5 0,034 1,337 1¼ 0,035 8,95
A10 31 9,5 0,034 1,337 1¼ 0,035 8,95
41
Os comprimentos equivalentes para os acessórios utilizados são apresentados no
Anexo. Para o cálculo da perda de carga considerou-se as seguintes equações:
2
3,25 ∙ α ∙ Q ∙ l total ∙ δ
h= 5
d
0,00001284
α =0,000507+
d
1
Q=Q nominal ∙
p+1
Onde:
h = perda de pressão manométrica [kgf/m²];
42
Tabela 18: Perda de carga por trecho da tubulação.
Trech Diâmetro Alfa Delta Compriment Comprimento Comprimento h (kgf/cm2)
o nominal o equivalente total
(in)
A1 3 0,00066328 9,63 1,35 1,2 2,55 5,34488E-05
A2 3 0,00066328 9,63 1,65 1,2 2,85 6,53263E-05
A3 3 0,00066328 9,63 9,2 21,98 31,18 0,000653543
A4 2,5 0,00066328 9,63 3 8,4 11,4 0,000254656
A5 1¼ 0,00066328 9,63 25,8 4,6 30,4 0,000733301
A6 1¼ 0,000876714 9,63 2,2 7,46 9,66 0,000584713
A7 1¼ 0,000876714 9,63 2,2 7,46 9,66 0,000584713
A8 1¼ 0,000876714 9,63 2,2 7,46 9,66 0,000584713
A9 1¼ 0,000876714 9,63 2,2 7,46 9,66 0,000584713
A10 1¼ 0,000876714 9,63 2,2 7,46 9,66 0,000584713
43
A porcentagem de submersão é fornecida pela tabela fornecida apresentada no
Anexo e está na faixa dos 50 a 70 por cento. Escolheu-se o valor de 65%.
O injetor de ar-comprimido deve estar a 66 metros de profundidade. A submersão
estática do ponto de descarga (Hi) e a submersão dinâmica do ponto de descarga (Hs).
H i=66−10=56 m
H s =66−30=36 m
Calcula-se então o fator de consumo do ar, com o valor de C retirado do Anexo:
Hg
f=
Hs+10,37
C . log ( )
10,37
32
f=
36+10,37
14,18∙ log ( )
10,37
f =3,47
3
m
q=f ∙ Q=3,47 ∙ 30=104,08
h
Onde:
q = vazão de ar livre;
Q = vazão de agua;
kgf
Pi=0,1× Hi=0,1× 56=5,6
cm2
44
P2=Pmanométrica + Patmosférica
kgf
P2=( 0,1× H s ) +1,033= ( 0,1× 36 ) +1,033=4,63
c m2
Com base nos dados do Anexo, referentes ao diâmetro prático de tubos de elevação
e de ar, tem-se que, para uma vazão de 30 m³/h de água, o diâmetro da tubulação de ar
1
comprimido é de 1 polegadas. Pela mesma tabela, tem-se o diâmetro para a tubulação
4
de água igual à 4 polegadas.
Sabendo-se que L é o comprimento da tubulação de ar e d é o diâmetro da
tubulação de ar, tem-se:
√ √( )
30 ∙(104,08)2 ∙ 105
2
30∙ q ∙ L kgf
P1= 5
+ P 22 = 5
+(4,63)2=4,74 2
d (31,75) cm
kgf
P=P1 −P2=4,74−4,63=0,172 2
cm
kgf
Ps =0,1∙ H s + P=( 0,1∙ 36 ) +0,172=3,272 2
cm
45
ANEXOS
A.1 Instalações de Água
46
A.1.2 Bebedouro
47
A.1.3 Bomba
48
49
A.1.4 Carro Térmico
50
A.2 Instalações de vapor e condensado
51
A.2.2 Lavadora de Roupas
52
53
A.2.3 Calandra
54
55
A.2.4 Secador de Roupa
56
57
A.2.5 Lavadora de Louças
58
A.2.6 Aquecedor
59
A.3 Instalação de Ar-Comprimido
A.3.1 Compressor
SOBRE O PRODUTO
60
A.3.2 Rebitador Pneumático Profissional
DESCRIÇÃO
Peso: 1,750 kg
Comprimento: 270 mm
Altura: 170 mm
Capacidade de tração: 720 kgf
Capacidade de Rebite: até 4,8 mm (3/16”) Alumino
Pressão máxima de trabalho: 90 libras
Admissão de ar: 1/4"
Diâmetro recomendado para mangueira: 3/8 (Diâmetro Interno)
Capacidade Requerida do compressor: 6,0 pés cúbicos por minuto
61
A.3.3 Pistola de Pintura
62
A.3.5 Sistema Air-Lift
A.3.6 Esmerilhadeira
63
A.3.7 Furadeira
64
A.3.8 Filtros
65
B.1 Tabelas
66
B.1.3 – Estimativa de consumo diário de água.
67
B.1.5 – Número de bebedouros.
68
B.1.7 – Gráfico para escolha da válvula de redução de pressão SARCO-modelo BRV.
69
B.1.8 – Espaçamento entre apoios guias em tubulações de vapor.
70
B.1.11 – Rugosidade para materiais.
71
B.1.13 – Propriedades para tubos de aço galvanizado novo.
72
B.1.14 – Velocidades máximas em função da pressão interna em linhas de oxigênio.
73
B.1.16 – Diâmetros de tubulação de Condensado.
74
B.1.18 – Velocidades e vazões máximas para água quente.
75
B.1.20 – Propriedades termodinâmicas da água.
76
B.1.21 – Propriedades termodinâmicas da água.
77
B.1.22 – Tabelas de valores para vapor saturado.
78
B.1.24 – Volume de ar comprimido real escoado (m³/min) em função da velocidade de
escoamento e do diâmetro.
79
B.1.27 – Porcentagens de submersão.
80
B.1.30 – Velocidades máximas em função da pressão interna em linhas de oxigênio.
81
B.1.32 – Relação entre diâmetro do tubo, descarga, pressão e velocidade do vapor.
82
B.1.33 – Diâmetro do tubo em função da descarga, da pressão e da velocidade do vapor.
83