Processos e Produto
Processos e Produto
Processos e Produto
Biblioteconomia na Modalidade
a Distância
Processos e Produtos
de Representação Temática
da Informação
Semestre
5
Curso de Bacharelado em Biblioteconomia
na Modalidade a Distância
Processos e Produtos
de Representação Temática
da Informação
Semestre
5
Brasília, DF Rio de Janeiro
Faculdade de Administração
e Ciências Contábeis
Departamento
de Biblioteconomia
2018
Permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não
comerciais, desde que atribuam o devido crédito ao autor e que licenciem as novas
criações sob termos idênticos.
Coordenação de
Desenvolvimento Instrucional
Cristine Costa Barreto
Desenvolvimento instrucional
Marcelo Lustosa
Diagramação
Patricia Seabra
Normalização
Dox Gestão da Informação
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-85229-81-8 (brochura)
ISBN 978-85-85229-87-0 (e-book)
CDD 025.4
CDU 025.4
LISTA DE QUADROS
1
Cf. GUIMARÃES, José Augusto Chaves. Abordagens teóricas no tratamento temático da
informação: catalogação de assunto, indexação e análise documental. Ibersid: revista de
sistemas de información y documentación, Zaragoza, v. 3, p. 105-117, 2009. Disponível em:
<http://www.ibersid.eu/ojs/index.php/ibersid/article/view/3730>. Acesso em: 12 set. 2019.
Multimídia
Para relembrar o conceito de Sistema de Recuperação da Infor-
mação, introduzido na disciplina “Ambientes, Serviços e Sistemas
de Informação” e que será retomado no curso “Recuperação da
Informação”, indicamos a consulta aos artigos a seguir:
CESARINO, Maria Augusta da Nóbrega. Sistemas de Recupera-
ção da Informação. Revista da Escola de Biblioteconomia da
UFMG, Belo Horizonte, v. 14, n. 2, p. 157-168, set. 1985.
SOUZA, Renato Rocha. Sistemas de recuperação de informações e
mecanismos de busca na web: panorama atual e tendências. Pers-
pectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 11, n. 2,
p. 161-172, maio/ago. 2006.
Atenção
Tradicionalmente, conforme já mencionamos, a representação
de um documento pode ser entendida sob duas dimensões, no-
meadas como representação descritiva e representação temática.
A primeira está relacionada com os procedimentos de identificação
de autoria, título, série, entre outros, que alguns autores nomeiam
como elementos extrínsecos ao documento. De acordo com Galvão
(1998, p. 48), a “[…] representação descritiva […] contempla os
dados ligados à produção editorial dos documentos, tais como o
responsável pela obra, título da publicação, editor, ano de publica-
ção, número de páginas”. Já a representação temática analisa os
elementos intrínsecos ao documento, abrangendo seu conteúdo e,
em especial, os assuntos nele abordados.
• Processos
Descrição física
Descrição temática
• Instrumentos
Códigos de catalogação
Linguagens de indexação (linguagens documentárias)
• Produtos
Registros bibliográficos
Registros catalográficos
Resumos
Metadados (registros bibliográficos ou catalográficos de documentos eletrô-
nicos)
Pontos de acesso de catálogos
Pontos de acesso de bibliografias
Arranjo sistemático de coleções de documentos (organizados conforme um
sistema de classificação bibliográfica)
Fonte: Dias e Naves (2013, p. 7-16).
• Processos
Análise
Condensação
Representação
• Produtos
Índices
Resumos documentários
Fonte: VI Encontro de Diretores e Docentes de Biblioteconomia
e Ciência da Informação do Mercosul (2002, p. 2 apud GUIMARÃES, 2008).
• Processos
Descrição temática (análise conceitual e condensação do conteúdo para sua
representação)
• Produtos
Índices de assunto
Resumos documentários
Metadados de conteúdo
Pontos de acesso de catálogos de assunto
Pontos de acesso (assunto) de bibliografias
Arranjo sistemático de coleções de documentos (organizados conforme um
sistema de classificação bibliográfica)
Fonte: Adaptado de Dias e Naves (2013, p. 7-16); adaptado de VI Encontro de Diretores e Docentes
de Biblioteconomia e Ciência da Informação do Mercosul (2002, p. 2 apud GUIMARÃES, 2008).
Multimídia
Para relembrar os conceitos de organização da informação ou
organização do conhecimento, releia o artigo:
BRÄSCHER, Marisa; CAFÉ, Lígia. Organização da informação ou or-
ganização do conhecimento. In: Encontro Nacional de Pesquisa em
Ciência da Informação, 9., 2008, São Paulo. Anais… São Paulo:
USP; Brasília: Ancib, 2008.
Para os conceitos de organização e representação do conheci-
mento, leia o artigo:
LARA, Marilda Lopes Ginez de. Conceitos de organização e repre-
sentação do conhecimento na ótica das reflexões do grupo Temma.
Informação & Informação, Londrina, v. 16, n. 3, p. 92-121, jan./
jun. 2011.
1.5 A REPRESENTAÇÃO
TEMÁTICA DA
INFORMAÇÃO:
CORRENTES TEÓRICO-
-METODOLÓGICAS
E CRONOLOGIA DA
INDEXAÇÃO
Retomando nossa tentativa de situar a representação temática da in-
formação no âmbito da organização da informação ao longo do tempo,
apontamos que, em sentido lato, a indexação está presente desde as
primeiras tentativas de elaboração de índices para as mais diversas pu-
blicações (indexação editorial). Porém, do ponto de vista stricto, ela é
entendida como um processo analítico, visando à representação do con-
Weinberg (2010) adverte sobre o fato de que uma listagem não pode
ser considerada um índice e lamenta que, ainda hoje, sumários sejam no-
meados como índice, pois são estruturas de informação muito menos so-
fisticadas do que as obtidas com a indexação. Estas últimas oferecem um
acesso eficiente aos tópicos específicos abordados em um documento,
que são denominados como índices internos, em oposição aos externos.
A autora também lastima que “muitas ferramentas de busca na web que
são chamadas de índices do site são, de fato, mapas do site; estes últimos
são equivalentes aos sumários”.
Resposta comentada
a) Você pode acessar, por exemplo, o Portal do Livro Aberto
(http://livroaberto.ibict.br/) e consultar o livro: MAIA, Otá-
vio Borges; FREITAS, Tino. Livro vermelho das crianças.
Brasília, DF: Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e
Tecnologia, 2015.
Observe, nessa obra, o caso do sumário e do índice das es-
pécies.
b) Um exemplo em que você pode ver o mapa do site
denominado como “índice” é o endereço Hoteis.com
(https://www.hoteis.com/site-index/).
c) Nos índices de autores e assuntos, a busca é realizada no
sistema, mediante palavra-chave que o usuário inclui, repre-
sentando um assunto ou nome. Já na busca pelo periódico,
são fornecidas ao usuário listagens dos títulos dos periódicos
e das grandes áreas do conhecimento, nas quais são incluí-
dos os títulos dos periódicos em ordem alfabética.
Explicativo
A expressão tratamento temático da informação foi usada na
tradução da obra de Antony Charles Foskett, que, em inglês, se
chama The subject approach to information (1969, 1971). A edição
em português data de 1973, é traduzida por Antonio A. Briquet
de Lemos e recebeu o seguinte título: A abordagem temática da
informação.
No que concerne à expressão francesa analyse documentaire,
assinalamos que ela é usualmente traduzida para o português como
análise documentária2, em vez de análise documental. Em espa-
nhol, emprega-se análisis documental. Portanto, essa expressão é
usada em países que sofreram a influência da corrente francesa no
tratamento temático da informação, conforme mencionamos ante-
riormente e desenvolveremos a seguir. Essa situação não impactou
na terminologia dos países de língua inglesa. Assim, a expressão
document analysis não é usual na língua inglesa, sendo preferível
usar indexing, subject analysis, subject indexing, entre outras.
Além disso, Lara ressalta que:
2
Cf. CUNHA, Murilo Bastos da; CAVALCANTI, Cordélia Robalinho de Oliveira. Dicionário de
biblioteconomia e arquivologia. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2008. p. 15.
Multimídia
Charles Ammi Cutter (1837-1903), nascido em Boston,
Massachusetts, é uma figura fundamental na história e no
desenvolvimento da Biblioteconomia, por sua atuação como
bibliotecário e no desenvolvimento da Cutter Expansive Classification
(parte 1891-93) e da Cutter’s Rules for a Printed Dictionary Catalog
(1876). Essas duas obras podem ser acessadas no Internet Archive
(Disponível em: https://archive.org/).
Fontes:
NEW WORLD ENCYCLOPEDIA. Charles Ammi Cutter. [S.l.], 2017.
Disponível em: <https://www.newworldencyclopedia.org/entry/
Charles_Ammi_Cutter>. Acesso em: 12 set. 2019.
BOSTON ATHENAEUM. Charles Ammi Cutter. Boston, 2010.
Disponível em: <https://www.bostonathenaeum.org/library/book-
recommendations/athenaeum-authors/charles-ammi-cutter>.
Acesso em: 12 set. 2019.
Em 1983, Cutter escreveu um curioso artigo, intitulado “A
Biblioteca Pública de Buffalo”, no qual aponta para a biblioteca do
futuro. Posteriormente, o artigo também foi publicado no Library
Journal.
Disponível em: CUTTER, Charles Ammi. The Buffalo Public
Library in 1983. [S.l.]: Wikisource, 2019. Disponível em: <https://
en.wikisource.org/wiki/The_Buffalo_Public_Library_in_1983>.
Acesso em: 12 set. 2019.
Explicativo
Uma pesquisa realizada em artigos publicados nos últimos
dez anos nos periódicos Journal of Documentation e Knowledge
Organization confirma a influência das teorias linguísticas nas
abordagens e pesquisas sobre indexação. Identificou-se, nesses
artigos, a frequente ocorrência de duas vertentes teóricas
provenientes dos estudos do significado no âmbito da filosofia da
continua
GIL LEIVA
Os antigos escribas da Mesopotâmia, para saberem o que continham
as cestas de vime onde estavam depositados os documentos (tabule-
30.000 a.C. Etiquetas de barro tas de barro), anexavam a elas uma pequena etiqueta de barro, com
uma frase ou palavra. Dessa maneira, conheciam o conteúdo sem
abrir a cesta.
Os egípcios introduziram o papiro como suporte documentário. Ele
era enrolado em uma vareta de madeira ou metal, sendo necessário
desenrolá-lo para que se pudessem ler as informações que traziam.
Egito Cartelas do Egito
Foi colocada, então, numa das extremidades da vareta, uma etiqueta
ou cartela onde eram escritas as primeiras frases do documento ou
algumas palavras.
Rules for a dicitionary Princípios para a atribuição de assuntos, de Ammi Cutter, que apare-
1876
catalog, de A. Cutter cem em sua obra Rules for a dictionary catalog.
A American Library Association (ALA) publica a List of Subject
List of Subject Headings
Headings for Use in Dictionary Catalogs como ferramenta de
1895 for Use in Dictionary
indexação para bibliotecas de pequeno e médio porte com acervos
Catalogs
não especializados.
Aparece a primeira Subject Headings Used in the Dictionary Catalogues
of the Library of Congress, tendo como principais referentes a lista
Subject Headings mencionada da ALA e as regras feitas por Ammi Cutter. A partir desse
Use in the Dictionary momento, a lista de cabeçalhos se torna referência para as bibliotecas
1909
Calatogues of the do mundo todo, que a traduzem em outros idiomas (português do
Library of Congress Brasil, em 1948; francês, em 1946 e 1980; espanhol, árabe etc.). Em
1975, passa a ser denominada Library of Congress Subject Headings
(LCSH).
Minnie Earl Sears foi a autora da Lista de cabeçalhos de assunto
List of Subject Headings
1923 SEARS. Trata-se de uma versão reduzida da LCSH para bibliotecas pe-
for Small Libraries
quenas.
CORDEIRO
Criação do Classification Research Group (CRG), na Inglaterrra, sob a liderança de B. C.
Vickery, além de A. J. Wells, B. I. Palmer, D. J. Foskett, entre outros. Surgiu em decorrência das
discussões realizadas na Royal Society Scientific Information Conference, em 1948, devido ao
grande aumento da produção científica e da preocupação com as classificações bibliográficas.
1952
Inicialmente, o CRG preocupava-se com a aplicação da análise de facetas para o desenvolvimento
de esquemas de classificação especializados. Sua contribuição para a indexação é marcante,
com a aplicação da técnica de análises de faceta nas linguagens de indexação, por exemplo, no
Thesaurofacet (Cf. Foskett, A. C. 1973, p. 373).
GIL LEIVA
Hans Meter Luhn começa a trabalhar com indexação automática,
1957 Indexação automática aplicando o método da frequência com que a palavra aparece (relativa
e total).
Guidelines for the Diretrizes para a elaboração de tesauros feitas pelo U.S. Federal
Development of Council for Science and Technology e pelo Committee on Scientific
1967
Information Retrieval and Technical Information (COSATI). Washington: Government
Thesauri Printing Office, 1967.
FUJITA
Década de Abordando aspectos linguísticos e cognitivos, Austin (1974), Jones (1976), Borko (1977), Cooper
1970 (1978) e Fugmann (1979) forneceram lastros teóricos para investigações posteriores.
GIL LEIVA
Répertoire d’autorité- Como iniciativa da Biblioteca Nacional francesa, aparece a primeira
-matière encyclopédique edição do Répertoire d’autorité-matière encyclopédique et
1980
et alphabétique unifié alphabétique unifié (RAMEAU). Foram tomadas como referência a
(RAMEAU) RVM Laval e a LCSH.
Norma ISO chamada de Information and documentation. Vocabulary.
Acquisition, identification and analysis of documents and data. Nela
1981 ISO 5127 / 3A – 1981 são definidos conceitos como cabeçalho de assunto, de forma, inde-
xação, extração de termos, indexação pré-coordenada e pós-coorde-
nada, entre outros.
Abandono dos símbolos Com a 10ª edição da LCSH, são substituídos os símbolos tradicionais
tradicionais das listas de das listas de cabeçalhos (x, See, xx, s.a., v.a.) pelos dos tesauros (SN,
1986
cabeçalhos pelos dos USE, UF, BT, NT, RT). A partir daí, muitas outras listas de assuntos ado-
próprios tesauros tam essa simbologia.
FUJITA
Fugmann (1984) desenvolve uma teoria de indexação a partir de cinco axiomas relacionados à
estratégia de busca e recuperação em bases de dados, e inicia uma longa discussão sobre políti-
Década de
cas de indexação que antecipam resultados da busca e recuperação da informação para ganhar
1980
tempo de pesquisa do usuário. Soergel (1985) utiliza uma concepção de indexação orientada
pelo documento, que não considera o contexto e as necessidades dos usuários.
GIL LEIVA
FUJITA
Na década de 1990, Fidel (1994) aborda a indexação a partir de concepções orientadas a
usuários e suas demandas na recuperação da informação, ou seja, de forma diferente das
concepções mais exclusivamente orientadas ao documento. Na perspectiva da concepção
orientada pelo usuário, os estudos de avaliação da indexação usam as características ou
qualidades de exaustividade, especificidade, correção e consistência, que podem ser medi-
das pela recuperação e, ao mesmo tempo, modificá-la e aprimorá-la. Albrechtsen (1993)
Década de 1990 e propõe a existência de três concepções de análise de assunto no processo de indexação: a
simplista, a orientada para o conteúdo e a orientada para a demanda. Farrow (1991), com
início dos anos
um modelo do processo cognitivo da indexação de documentos, além de Bertrand e Cellier
2000
(1995), enfatizam a perspectiva cognitiva da indexação. Ainda, Lancaster (1993) e Fugmann
(1993) aliam teoria e prática, e Frohman (1990) propõe regras para a indexação sem a pers-
pectiva do que ele denomina “mentalismo”.
A partir de 2000, surgem, com Mai (2001) a perspectiva da semiótica para a análise da
natureza do processo de indexação de assunto e a perspectiva da indexação orientada pelo
domínio (MAI, 2004).
Fonte: Adaptado de Gil Leiva (2008, p. 110-114; 2012, p. 100-105) e de Fujita (2013, p. 147).
Multimídia
Convidamos você a pesquisar, na internet, alguns dos registros
ou instrumentos citados no quadro relativo à cronologia da indexa-
ção. Por exemplo, visualize como as cartelas (etiquetas) eram colo-
cadas nas varetas dos papiros enrolados.
1.6 CONCLUSÃO
Iniciamos nossa Unidade apresentando noções dos processos e pro-
dutos da representação temática da informação. Em seguida, mostramos
sua importância para a recuperação e o uso social dela. Exploramos os
três momentos teórico-metodológicos na história do tratamento temá-
tico da informação: catalogação de assunto, indexação e análise docu-
mentária. Vimos que as origens da indexação estão relacionadas a tarefas
realizadas pelos antigos escribas da Mesopotâmia e, ainda, por que não
podemos igualar o ato de elaboração de listas à criação de índices.
REFERÊNCIAS
BARITE, Mario. Organizacion del conocimiento: um nuevo marco
teórico-conceptual em Bibliotecologia y Documentacion. In:
CARRARA, Kester (Org.). Educação, universidade e pesquisa.
Marília: Unesp-Publicações; São Paulo: Fapesp, 2001. p. 35-60.
2.4 PERCEPÇÃO DA
INFORMAÇÃO PARA
SEU PROCESSAMENTO:
CONSIDERAÇÕES
O tema da leitura é abordado na literatura de Biblioteconomia de for-
ma recorrente e com importantes e diferentes enfoques no domínio das
especialidades da área. Por exemplo, é tema central no âmbito da história
do livro, das bibliotecas públicas e escolares, das práticas sociais, entre
outros. Contudo, nosso enfoque será na leitura técnica realizada pelo in-
dexador, que pode ser também nomeada como leitura documentária, lei-
tura indexadora ou análise do indexador (ou, ainda, análise indexadora).
Antes de entrarmos no tema propriamente dito, ou seja, na leitura do-
cumentária, enfocamos, aqui, de forma introdutória, o processamento da
informação humana, expressão usada por Farrow (1991, 1995), um dos
Multimídia
A discussão sobre a indexação profissional e o “tagueamento”
está presente na literatura sobre indexação e ganha acentuada dis-
cussão na nomeação de imagens e documentos audiovisuais no
ambiente da internet.
Sobre esse assunto, consulte o artigo:
CORDEIRO, Rosa Inês de Novais. O delineamento de uma
pesquisa em imagens e audiovisuais na Ciência da Informação:
o “tagueamento” como quarta dimensão. Informação &
Informação, Londrina, v. 23, n. 1, p. 6-30, dez. 2017. Disponível
em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/
view/32581>. Acesso em: 12 set. 2019.
2.5 A LEITURA
DOCUMENTÁRIA
A leitura documentária, que é realizada pelo bibliotecário no momen-
to da indexação, deve ser vista como uma análise técnica do conteúdo do
documento, afastando-se, portanto, de um estágio de leitura de entrete-
nimento ou sem compromisso (leitura de fruição). O indexador terá como
desafio básico enfrentar “[…] a linguagem e todas as complexidades que
influenciam o processo de indexação”.
No Quadro 7, a seguir, adaptamos a comparação feita por Vanoye e
Goliot-Lété (1994) para indicar a diferença de papéis entre o espectador
Segundo Dias e Naves (2013, p. 29-30), citando Van Dijk (1992 apud
KOBASHI, 1996), “[…] a superestrutura é um elemento fundamental
para a apreensão do significado do texto. Ela permite ao leitor monitorar
a leitura, de modo a integrar as várias informações textuais”.
Ler, conforme pontua Castello-Pereira (2003, p. 47), é muito mais do
que decifrar, do que passar os olhos num texto e captar seu significado.
Haja vista essa perspectiva, Cintra (1987, p. 32) comenta que, embora
toda leitura envolva esses dois tipos de estratégias, “[…] é provável que
quanto menos atividades metacognitivas exigir, mais legível será o texto.
Entretanto, é também provável que a leitura apenas automática conduza
à incompreensão”.
Portanto, é fundamental o leitor conhecer os mecanismos ou as es-
tratégias que poderão ser usadas para superar a incompreensão de um
texto.
2.5.1 Atividade
Leia os dois textos a seguir e:
a) aponte as relações de semelhança entre os temas ou as si-
tuações que apresentam;
b) faça um esquema, sistematizando tópicos relacionados aos
seguintes aspectos: legibilidade e qualidade do texto, tipos
de estratégias de leitura.
CINTRA, Anna Maria Marques. Estratégias de leitura em
documentação. In: SMIT, Johanna Wilhelmina (Coord.). Análise
documentária: a análise da síntese. Brasília, DF: Ibict, 1987. p. 28-
35. Disponível em: <https://livroaberto.ibict.br/bitstream/1/1011/1/
An%C3%A1lise%20document%C3%A1ria.pdf>. Acesso em: 11
out. 2021.
DIAS, Eduardo Wense; NAVES, Madalena Martins Lopes. A leitura
do texto pelo indexador. In: ______. Análise de assunto: teoria
e prática. 2. ed. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2013. p. 27-41.
Disponível em: <http://biblioteca.fespsp.org.br:8080/pergamumw
eb/vinculos/000008/000008f5.pdf>. Acesso em: 11 out. 2021.
Resposta comentada
a) Ambos os textos relacionam a operação de leitura com a
prática da leitura para fins de indexação. Por exemplo, é ne-
cessário que o bibliotecário conheça as estruturas e os tipos
de textos, uma vez que os autores partem de princípios da
Linguística para criar efeitos em sua escrita.
b) Legibilidade: qualidade do texto, conhecimento prévio do
leitor e tipos de estratégias de leitura que o texto exige.
Qualidade do texto: manutenção do tema, correção grama-
tical, adequação lexical, estruturação textual.
Tipos de estratégias de leitura: cognitivas e metacognitivas.
− Cognitivas: compreendem comportamentos automáticos
e inconscientes.
− Metacognitivas: supõem comportamentos desautomatiza-
dos, na medida em que o leitor tem consciência de como
está lendo.
Atenção
As expressões linguagens de indexação e linguagens docu-
mentárias estão sendo usadas como sinônimos.
Wellisch (1995, p. 16) define indexação como “[…] uma operação ne-
cessária para representar os resultados da análise de um documento por
meio de uma linguagem de indexação controlada ou natural”.
Tradicionalmente, é possível indexar os documentos por palavras ou
por conceitos. No primeiro caso, as palavras são extraídas deles de for-
ma automatizada e pode-se agregar-lhes um vocabulário controlado. No
segundo, que é o enfoque desta disciplina, as ideias-chave (conceitos)
do autor do documento são analisadas pelo indexador e representadas
(traduzidas) por termos de uma linguagem de indexação (linguagem do-
cumentária verbal).
Documentos em
linguagem verbal
e não verbal
Interpretantes do documento
• Leitor, visitante, espectador → uso da linguagem natural
Atenção
Conforme mencionamos na Unidade I, você deve se lembrar
sempre do papel estratégico das bibliotecas e demais unidades de
informação, pois os documentos são registros do conhecimento e
constituem os acervos desses espaços, necessitando ser organizados e
disponibilizados para que as informações sejam socializadas.
Explicativo
A sigla ISO refere-se à International Organization for
Standardization, enquanto a sigla ABNT refere-se à Associação
Brasileira de Normas Técnicas.
Explicativo
As abordagens de indexação podem também ser consultadas
em Mai (2005) e Gil Leiva (2008, 2012).
Explicativo
• Volume documentário: refere-se ao tamanho do acervo
(ou do estoque de informação).
• Conjuntos de documentos: para organizá-los, leva-se em
conta o perfil dos tipos de documentos quanto a suas
formas e à estrutura do texto/conteúdo, por exemplo,
artigo científico, romance, poesia etc.
• Conjuntos de usuários: consideram-se as características
ou os perfis dos usuários.
• Conjunto unidade-organizacional: constitui-se na am-
biência institucional, que são as características institucio-
nais quanto aos recursos humanos, financeiros, tecnoló-
gicos, entre outros.
Atenção
Esse assunto é abordado na seção 2.8, “Qualidade de indexa-
ção: breves comentários a partir da NBR 12676 e princípios de in-
dexação do Unisist”.
AUTORES ETAPAS
ANÁLISE REPRESENTAÇÃO
Tradução dos conceitos nos termos da lingua-
Unisist (1981) Determinação do assunto.
gem de indexação.
Exame do documento e estabelecimento do as-
NBR 12676 Tradução desses conceitos nos termos de uma
sunto de seu conteúdo; identificação dos con-
(ABNT, 1992) linguagem de indexação.
ceitos presentes no assunto.
Chaumier Tradução desses conceitos em linguagem natu-
Reconhecimento e extração de conceitos.
(1988) ral.
Tradução dos conceitos selecionados da forma
Conhecimento do conteúdo do documento; es-
em que aparecem impressos no documento
Van Slype colha dos conceitos a serem representados, ba-
para os descritores do thesaurus, aplicando a
(1991) seando-se na aplicação da regra da seletividade
regra da especificidade e incorporação dos ele-
e exaustividade.
mentos sintáticos.
Lancaster
Análise conceitual. Tradução.
(2004)
Expressão dessa análise por meio de códigos,
palavras ou frases representativos do assunto;
Robredo tradução das descrições dos assuntos para a lin-
Análise conceitual do conteúdo do documento.
(2005) guagem de indexação e organização das descri-
ções de acordo com a sintaxe da linguagem de
indexação.
Fonte: Gil Leiva; Fujita (Org.), 2009.
Determinação Organização
Representação
de conceitos da informação
indexada
Impressão e outros dispositivos
de saída (opcional)
Instrumentos de indexação
(tesauros, classificação etc.) Instrumentos de recuperação
(índices, arquivos, catálogos)
Determinação Saída de
Pedidos
Representação informações
de conceitos
indexadas
1 Subsistemas de entrada
– Desenvolvimento da coleção
– Tratamento da informação
– Armazenagem
2 Subsistemas de saída
– Análise/negociação de questões
– Estratégia de busca
– Busca
– Disseminação
b) interpretação
Consiste em compreender e identificar os conceitos (ideias-chave)
que formam os assuntos dominantes nos documentos.
A atuação do indexador talvez possa ser vista com a mesma
distinção feita por Orlandi (1996) – no contexto da análise do
discurso, quanto ao sujeito interpretante –, entre leitor-comum e
leitor-analista:
2.7 PRINCÍPIOS
NORTEADORES
PARA A LEITURA
DOCUMENTÁRIA
Quando o indexador analisa um documento de forma individual, po-
de-se acreditar que o parâmetro a ser considerado é a interseção entre
universo de documentos e universo de usuários, e, de forma menos in-
tensa, a ambiência organizacional. Mesmo que, no serviço de informa-
ção, só exista o universo de documentos – agrupados sem uso –, o inde-
xador irá usar um parâmetro hipotético de possíveis perguntas/interesses
de usuários para ele.
Atenção
Reveja as três correntes que dizem respeito a como as inde-
xações são orientadas, nos sistemas de informação, para a práti-
ca indexadora: abordagem orientada ao documento; abordagem
orientada ao usuário; abordagem centrada no domínio do conhe-
cimento.
Primeiro grupo
Fatores qualitativos – visam à observância dos seguintes aspectos:
− fatores envolvidos no processo;
− habilidades e metodologias de leitura dos indexadores;
− relação entre a seleção de conceitos e a recuperação;
− as causas que levam os indexadores a escolher ou rejeitar termos de acor-
do com suas propriedades;
− aspectos psicológicos que mediam durante a indexação.
Segundo grupo
Fatores quantitativos – visam à aferição de percentuais entre indexações
realizadas.
− Os índices de consistência são obtidos por meio da comparação entre os
resultados em percentuais, que variam de 1 a 100%, mediante aplicação
de fórmulas diversas de semelhança entre indexações. Essa comparação se
apoia em distintos aspectos, como a experiência (indexadores principian-
tes ou experientes) e os tipos de documentos (livros, patentes, artigos de
jornal, fotografias etc.).
Fonte: adaptado de Gil Leiva (2008, p. 75; 2012, p. 83).
No início dos anos 2000, quando Lancaster apontou esses fatores, ele
alertou sobre a necessidade do desenvolvimento de um maior número
de pesquisas que identificassem, com maior segurança, qual deles teria
maior probabilidade de influenciar na qualidade da indexação. No entan-
to, salientamos que esses fatores são variáveis quando comparados às
realidades sociais, econômicas e tecnológicas em que se configuram os
serviços de informação, bem como a formação profissional.
Precisão
É entendida como a capacidade
do sistema de recuperação
da informação de recuperar
apenas informações relevantes
(específicas) às demandas dos
2.9 CONCLUSÃO
usuários.
RESUMO
O estudo da indexação de assuntos é abordado como atividade central
da representação temática da informação, sendo diretamente relaciona-
do com as práticas exercidas nas unidades de informação. Essa técnica
possui duas etapas fundamentais: análise conceitual e tradução. Por sua
vez, elas são desenvolvidas em subetapas: leitura técnica do documento,
interpretação, seleção das ideias-chave, formulação da declaração de as-
sunto e sua transposição para a linguagem do sistema. A leitura realizada
pelo indexador é nomeada como leitura documentária e possui singulari-
dades. A qualidade da indexação é afetada em seu processo e resultado,
e quatro aspectos contribuem para isso: especificidade e exaustividade
da indexação; consistência, qualificações do indexador e qualidade dos
instrumentos de indexação.
Atenção
Relembrando a função das linguagens documentárias, Tálamo
et al. (1994, p. 18) salientam que elas são
3.4.1 Conceito
A formulação de um conceito é resultante de uma operação mental,
“[…] através da qual se apreendem os caráteres essenciais daquilo que se
conhece. É a representação mental do que se sabe, uma ideia, uma coisa,
um julgamento etc” (PIEDADE, 1983, p. 35).
Os conceitos são expressos em palavras, sinais, símbolos e imagens.
Diante dessa afirmação, é importante, já de início, estabelecer a diferen-
ça entre conceitos e palavras. Por exemplo, um falante da língua inglesa
usará a palavra horse, enquanto um da língua francesa dirá cheval para
exatamente o mesmo conceito: cavalo. Ou seja, o conceito é a ideia (a
representação mental) que temos de um referente.
É possível, também, haver um conceito para o qual não haja palavra
que o expresse, ou cuja palavra não conheçamos.
Segundo Langridge (1977), muitos conceitos, embora não todos, são
classes-conceitos. Isso quer dizer que eles são a nossa ideia sobre deter-
minado grupo de objetos.
Ainda, conforme Dias e Naves (2013, p. 57), “[…] os itens que en-
tram na elaboração final completa do conceito são representados pelas
relações entre o objeto de referência, o próprio conceito e sua expressão
linguística”. Os autores fazem referência a Ogden e Richards para dizer
que, a essas relações, se incluem:
predicação denotação
características B C termo
designação
Fonte: Gomes (2014).
Curiosidade
Segundo Ranganathan (1998, p. 81 apud LA BARRE, 2010, p.
270), conceito é “[…] uma formação depositada na memória como
um resultado da associação com perceptos já depositados na me-
mória”.
3.4.2 Assunto
O assunto deve ser analisado considerando-se o conteúdo do docu-
mento, que dependerá da representação dos conceitos, a partir de ter-
mos ou notações, abordada no tópico anterior. Nos sistemas de classifi-
cações bibliográficas, teremos as notações e as descrições dos assuntos
correspondentes; já nas linguagens documentárias verbais (por exemplo,
3.4.3 Termo
Os assuntos dos documentos são nomeados por termos. Trata-se da
designação de um conceito em um domínio do conhecimento (lembran-
do que também podemos chamar os conceitos de unidades de conheci-
mento). De forma diversa da palavra, o termo tem seu significado estabe-
lecido mesmo fora do contexto, isto é, isoladamente. Contudo, deve ser
analisado com cuidado, devido a sua natureza linguística.
Explicativo
Conforme Dahlberg (1978), um conceito, expresso em enuncia-
dos, é resultante da identificação de três elementos (formando o
triângulo do conceito), que são: o referente, a(s) característica(s) e
o termo. Portanto, um enunciado, mediante uma definição, deverá
dar conta do reconhecimento do conceito alusivo, considerando os
elementos mencionados.
Explicativo
Cabe mencionar a explicação de Maculan e Lima (2017, p. 72-
73) quanto aos elementos que compõem um conceito, a partir da
Teoria Analítica do Conceito de Dahlberg:
3.4.4 Contexto
É importante verificar o contexto em que um documento é produzido
– e para o qual ele existe – quando se realiza sua análise conceitual para
a determinação de seu assunto, na concepção de Dias e Naves (2013).
Esses autores escrevem que elementos como autoria e data de publicação
são descrições contextuais típicas, contudo, também mencionam que in-
formações sobre o ambiente de recuperação onde o documento consta
fazem parte das descrições contextuais.
Conforme Pinto Molina (1995 apud DIAS; NAVES, 2013, p. 64):
3.5 FORMA DE
DOCUMENTOS
Na análise do conteúdo dos documentos, ou seja, análise temática,
lidamos com conceitos de naturezas diversas, que são extraídos dos
documentos, identificados como representativos de seus conteúdos, e,
consequentemente, como pontos de acesso para sua recuperação em
uma unidade de informação. Portanto, na análise conceitual, precisamos
identificar os assuntos dos documentos, ou seja, sobre o que eles tratam,
tendo em vista sua nomeação verbal ou notacional pelo indexador ou
classificador. “A forma nos diz o que um documento é, distinto de sobre
o que é” (LANGRIDGE, 1977, p. 45).
Existem outros aspectos cuja identificação, na análise dos documen-
tos, é importante, mas que dizem respeito a seus elementos físicos, fa-
zendo com que, muitas vezes, sua indexação seja realizada como elemen-
tos secundários. Os três tipos de formas mais comuns são as físicas, as de
apresentação e as intelectuais.
As formas físicas referem-se à natureza física do documento. Assim,
dizem-nos se ele é uma fotografia, um livro, um folheto, um disco etc.
3.6.1 Atividade
Aplique a ordem de citação do CRG, mostrada a seguir, nas de-
clarações de assunto: coisa/produto (ou parte da coisa/parte do pro-
duto), ação (processo/operação/atividade), material, agente/instru-
mento, propriedades, lugar, tempo e forma (UNISIST, 1981, p. 87).
Declarações de assunto:
a) terremotos no Japão. Edifícios;
b) medição da resistência elétrica de chuveiros;
c) planejamento urbano da cidade de Curitiba no século XX;
d) manual para alimentação de crianças;
e) comércio eletrônico no Brasil.
Resposta comentada
a) edifícios – terremotos – Japão;
b) chuveiros – resistência elétrica – medição;
c) planejamento urbano – Curitiba (PR) – século XX;
d) crianças – alimentação – manual;
e) comércio eletrônico – Brasil.
Tema
Tese
Argumentos
Conclusão
3.7.1 Atividade
Consulte o texto indicado a seguir, disponível na internet, e cite
dez critérios que poderão integrar as diretrizes básicas de um servi-
ço de resumos. Observe que existem recomendações relacionadas
à redação e ao conteúdo desse tipo de texto.
LANCASTER, Frederick Wilfrid. A redação do resumo. In: ______.
Indexação e resumos: teoria e prática. 2. ed. rev. e aum. Brasília,
DF: Briquet de Lemos, 2004. p. 113-134.
Leia também o apêndice 1: Síntese de princípios de redação de
resumos (p. 392-393).
Resposta comentada
1. Evitar redundância;
2. omitir informações que o leitor, provavelmente, já conheça
ou que não lhe interessem diretamente;
3. quanto menor, melhor será o resumo, desde que o sentido
permaneça claro e não sacrifique sua exatidão;
4. suprimir palavras desnecessárias, como “o autor” ou “o ar-
tigo”;
5. abreviaturas e siglas convencionais são usadas apenas quan-
do for provável que os leitores as conheçam;
6. evitar jargões. Palavras e expressões técnicas devem ser cor-
rentes na ciência em causa;
7. seguir o formato convencional, de inserir o texto do resumo
após as referências bibliográficas, embora seja uma tendên-
cia o uso de resumos estruturados;
8. exigem-se frases curtas, bem redigidas e completas, para fá-
cil acesso à informação;
9. o resumo pode usar palavras diferentes das do artigo em
questão (paráfrase) ou adotar, seletiva e cuidadosamente,
as mesmas;
10. observar, atentamente, aspectos como ortografia, pontua-
ção e uso de maiúsculas.
3.8.1 Atividade
Consulte o índice de um livro e o índice de um esquema de
classificação bibliográfica. Observe os tipos de entrada, bem como
os elementos que os integram, localização e função.
Resposta comentada
No índice de um livro, observe:
a) quanto à ordenação: se é alfabética, sistemática, cronológi-
ca, numérica ou alfanumérica;
3.8.2 Atividade
Consulte, em uma mesma obra, o sumário e o índice, e observe
as informações que você consegue localizar no livro por meio deles.
Comente.
Resposta comentada
Sumário: indica as partes (capítulos, entre outras) em que se
divide uma publicação no todo e a localização delas (páginas). As
partes deverão ser apresentadas na mesma ordem que sucedem
na obra.
Índice: indica informações contidas em um texto por meio de
palavras (algumas vezes, frases), ordenadas conforme determinado
critério, e a localização delas (páginas).
3.9 NOTAÇÕES
Vamos, agora, dar prosseguimento ao que introduzimos no item sobre
indexação, falando sobre a notação. Trata-se do conjunto de símbolos
destinados a representar a descrição de assunto de um esquema de
classificação (linguagem documentária notacional), mostrando o arranjo
e “algumas relações dentro de e entre assuntos”, nas classes, divisões e
subdivisões, e indicando a ordem desejada (LANGRIDGE, 1977, p. 73).
Essas notações vão possibilitar que os documentos, em uma unidade de
informação, sejam agrupados por assunto, permitindo sua localização
nos catálogos, estantes e tabelas de classificação.
RESUMO
Nesta Unidade, enfocaram-se os temas conceito, assunto, termo e
contexto para a determinação do assunto dos registros, bem como a forma
dos documentos e a ordem de citação dos assuntos. Foram abordadas
as recomendações para a elaboração e a apresentação de resumos
documentários e índices, além dos tipos e características das notações.
Também foram tratados aspectos introdutórios quanto à política de
indexação.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6034:
informação e documentação: índice: apresentação. Rio de Janeiro,
2004.
<http://www.culturaacademica.com.br/_img/arquivos/Livro%20
Politica-de-indexacao_ebook.pdf>. Acesso em: 12 set. 2019.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CLEVELAND, Donald B.; CLEVELAND, Ana D. Indexing and
abstracting. 4. ed. Santa Barbara: Libraries Unlimited, 2013.