Texto Revista UFMG Declaracao Estocolmo
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Impressão de tinta mineral em papel de algodão e terra [mineral print on cotton paper and earth] 45 x 45 cm cada [each]
santos, ana carolina mendes; santos, geraldo mendes.
declaração da conferência de estocolmo sobre meio ambiente humano, meio século depois: entre o sonho e a realidade
douglas assis
DECLARAÇÃO DA
CONFERÊNCIA DE
ESTOCOLMO SOBRE
MEIO AMBIENTE
HUMANO, MEIO SÉCULO
DEPOIS: ENTRE O SONHO
E A REALIDADE
doi: https://doi.org/10.35699/2316-770X.2022.39294
Introdução
meta explorar os recursos naturais até à exaustão. Além disso, a opinião pública mun-
dial foi fortemente sacudida pelas ideias difundidas em filmes e livros de forte cunho
ambientalista, como Silent Spring (1962), de Rachel Carson; This Endangered Planet
(1971), de Richard Falk; The Tragedy of Commons (1968) e Exploring new ethics for sur-
vival (1972), de Garrett Hardin e Blueprint for Survival, publicado em janeiro de 1972,
pela revista inglesa The Ecologist (Brasil, 1972; Lago 2006).
O estudo realizado por destacados cientistas a pedido do Clube de Roma, criado
em 1968 e que resultou no documento denominado The limits to growth, foi decisivo
para a ONU dar início na articulação de uma assembleia geral para tratar das questões
socioeconômicas e ambientais ali levantadas, pois as conclusões do estudo indicavam
iminente colapso do sistema econômico global, induzido pela drástica redução dos
recursos naturais não renováveis e, consequentemente, pelo perigo de falência de par-
ques industriais que utilizavam matéria-prima explorada da natureza ou mesmo da
agricultura, bem como do sistema de serviços vinculados a elas. Além disso, o relató-
rio destacava a enorme desigualdade entre os países desenvolvidos, que representavam
a minoria da população do planeta, mas consumiam a maior parte dos recursos natu-
rais e desfrutavam de melhor qualidade de vida, enquanto os países subdesenvolvidos
contavam com uma população bem maior, mas necessitavam de condições básicas
referentes à saúde, alimentos e moradia.
Conferência e declaração
A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano foi realizada en-
tre os dias 5 e 16 de junho de 1972, sendo presidida por Ingemund Bengtsson, Ministro
da Agricultura e chefe da delegação da Suécia; secretariada pelo diplomata canadense
Maurice Strong e tendo a participação de 115 países, 19 órgãos intergovernamentais e
cerca de 400 outras organizações intergovernamentais e não governamentais (Lago,
2006). Nela foram aprovados vários planos, resoluções e programas, sendo de maior
relevo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com o objeti-
vo de coordenar as ações internacionais de proteção ao meio ambiente e de promoção
do desenvolvimento sustentável; o Plano de Ação para o Meio Ambiente Humano, com
109 recomendações; a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimen-
to (CMMAD) e a Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente
Discussão
Fundamento 1:
Todos os homens são iguais e, portanto, todos possuem direitos e deveres em re-
lação a um planeta saudável. Ainda que os países apresentem realidades e estágios
diferentes de desenvolvimento, habitamos todos um mesmo planeta e os problemas
ambientais não possuem fronteiras, portanto, a cooperação internacional é fundamen-
tal (Princípios 1, 4, 9, 10, 12, 22, 23 e 24)
Princípio 1 - O homem tem direito fundamental à liberdade, igualdade e condições
de vida em um ambiente de qualidade que permita viver com dignidade e bem-estar,
cabendo-lhe a solene responsabilidade de proteger e melhorar o meio ambiente para as
gerações atuais e futuras. A esse respeito condenam-se e devem ser eliminadas as polí-
ticas que promovem ou fazem durar o apartheid, a segregação racial, a discriminação,
o colonialismo e outras formas de opressão e dominação estrangeira.Princípio 4 - O
homem tem a especial responsabilidade de salvaguardar e administrar sabiamente o
patrimônio da vida selvagem e seu habitat, ora gravemente ameaçados por uma com-
binação de fatores adversos. A conservação da natureza deve, portanto, receber impor-
tância no planejamento para o desenvolvimento econômico.
Princípio 9 - As deficiências ambientais geradas pelas condições de subdesenvolvi-
mento e desastres naturais apresentam graves problemas e o melhor modo de corrigi-
-las é o desenvolvimento acelerado, mediante a transferência de quantidades substan-
ciais de assistência financeira e tecnológica, como complemento aos esforços internos
dos países em desenvolvimento, e à ajuda conjuntural que se tornar necessária.
Princípio 10 - Para os países em desenvolvimento, a estabilidade de preços e os
ganhos adequados para os produtos de base e matérias-primas são elementos essen-
ciais para a gestão do meio ambiente, uma vez que tanto os fatores econômicos quanto
ecológicos devem ser levados em conta.
Princípio 12 – Recursos devem ser disponibilizados para preservar e melhorar as
condições ambientais, tendo em conta as circunstâncias e os requisitos particulares
dos países em desenvolvimento, bem como quaisquer custos que possam incorrer a
esses países; é necessário incorporar salvaguardas ambientais em seu planejamento
de desenvolvimento, assim como a de colocar à sua disposição, a seu pedido, toda as-
sistência técnica e financeira internacional.
Em relação às desigualdades internas, o Brasil está entre os dez países mais de-
siguais do mundo, de acordo com o índice de Gini, instrumento que mede o grau de
concentração de renda no grupo a ser avaliado (IBGE, 2020). Em 2018, o 1% da popu-
lação mais rica detinha 28,3% da renda do país, quase um terço do total (PNUD, 2019).
Quando se trata de patrimônio, as desigualdades são ainda maiores do que as de renda
e também uma das mais altas do mundo. Em 2021, os 50% mais pobres possuíam ape-
nas 0,4% da riqueza brasileira, entendida como ativos financeiros e não financeiros,
como propriedades imobiliárias. E a pandemia do novo coronavírus só fez aumentar
ainda mais essa disparidade (Chancel et al., 2022).
Mesmo que a relação entre pobreza e meio ambiente seja complexa (Bucknall et al.
2000), é sabido que as pessoas mais pobres são mais diretamente impactadas e mais
vulneráveis aos problemas ambientais, seja porque dependem diretamente dos recur-
sos naturais (em áreas rurais) seja porque normalmente habitam áreas impróprias
para o assentamento humano (áreas urbanas). Ainda que o Brasil não sofra com ter-
remotos e tsunamis, que são os acidentes que afetam milhares de pessoas em outras
regiões do mundo, o país está entre os que possuem o maior número de pessoas afe-
tadas por acidentes naturais, com destaque para deslizamentos e inundações (Bruna
& Pisani, 2010).
Se os pobres não possuem boas condições de vida (muitos apenas lutam para so-
breviver) e acabam sofrendo mais por problemas ambientais, como exigir deles a mes-
ma responsabilidade em proteger e melhorar o meio ambiente para as gerações atuais
e futuras?
A Amazônia ocupa cerca de 60% do território brasileiro, mas é uma região com
baixa densidade populacional e que apresenta alguns dos piores indicadores socioe-
conômicos do país (Viana et al., 2015). Os nove Estados que compõem a região apre-
sentam Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)) menor do que a média nacional,
indicando que políticas tradicionais de desenvolvimento econômico adotadas na região
ainda não foram suficientes para aproximar a região da renda média do país. Além
disso, estudos mostram que os municípios campeões em desmatamento na Amazônia
são os menos desenvolvidos da região (Santos et al., 2021).
A pobreza tem sido constante na região e normalmente está associada a diferen-
tes fenômenos, como a baixa produtividade, baixo crescimento econômico e elevado
desmatamento (Diniz et al., 2007; Rudel et al., 2015). O que vem a contribuir também
com o empobrecimento da região é a extração predominante das riquezas naturais
que tem refletido diretamente na reprodução da pobreza econômica, exclusão social
e degradação ambiental. A extração e exploração insustentável dos recursos naturais
tem priorizado o lucro imediato e sem considerar culturas locais e dinâmicas naturais
que regem os ecossistemas.
A Amazônia, que sempre foi chamada exageradamente de “pulmão do mundo”,
por seu papel em absorver uma enorme quantidade de gás carbônico e liberar oxigênio
a partir da fotossíntese, parece que agora emite mais gases poluentes do que absorve,
se considerar o balanço de toda a bioquímica do bioma, em consequência do desma-
tamento (Covey et al., 2021). Mais do que perder sua contribuição à estabilização do
clima global, a Amazônia pode ter parte de sua floresta tropical transformada em sa-
vanas estéreis se o desmatamento não for contido, devido à alteração no fluxo de umi-
dade que esse fenômeno provoca. Uma perda de 20 a 25% das florestas amazônicas
seria suficiente para precipitar essa transição (Lovejoy & Nobre, 2018).
A preocupação com o destino da Amazônia é grande, não somente no Brasil, mas
em outros países, principalmente com relação aos efeitos que a sua destruição pode ter
na estabilidade do clima global. Por isso, fortalecer a cooperação internacional é fun-
damental para a solução dos problemas ambientais e reparação das vítimas dos danos
ambientais, assegurando que as organizações internacionais desempenhem um papel
coordenado, eficiente e dinâmico na proteção e na melhoria do meio ambiente.
Fundamento 2:
A vida selvagem e seu habitat já sofrem ameaças e, por isso, é preciso respeitar a
capacidade de suporte da Terra, salvaguardando os recursos naturais em benefício das
gerações presentes e das futuras (Princípios 2, 3, 5, 6 e 16).
Princípio 2- Os recursos naturais da terra, incluindo ar, água, terra, flora e fauna
e especialmente amostras representativas de ecossistemas naturais devem ser salva-
guardadas em benefício das gerações presentes e futuras, através de planejamento e
gerenciamento cuidadoso, conforme os casos.
Princípio 3 - A capacidade da Terra de produzir recursos vitais renováveis deve ser
mantida e, sempre que possível, restaurada ou melhorada.
Princípio 5 - Os recursos não renováveis da Terra devem ser empregados de forma
a precaver contra o perigo de sua futura exaustão e assegurar que os benefícios de sua
utilização sejam compartilhados por toda a humanidade.
104 rev. ufmg, belo horizonte, v. 29, n. 2, p. 95-119, mai./ago. 2022
santos, ana carolina mendes; santos, geraldo mendes.
declaração da conferência de estocolmo sobre meio ambiente humano, meio século depois: entre o sonho e a realidade
aprovado pelo governo, define um ‘eixo ambiental’ dotado de quase R$ 140 bilhões
para o período, mas com um único tema: agropecuária e meio ambiente. Nele, 98,5%
fica com o Ministério da Agricultura, que deve aplicar R$ 133 bilhões para a pecuária
sustentável. O pouco restante fica com o quase invisível Ministério do Meio Ambiente
(ClimaInfo, 2019).
O Conselho Nacional da Amazônia Legal, criado em 1993, e então subordinado
ao Ministério do Meio Ambiente, teve sua coordenação repassada à vice-presidência
da República em fevereiro de 2022. Formado pela vice-presidência da República e por
14 ministérios do governo federal, tem como objetivo coordenar e integrar os esfor-
ços federais pela preservação e proteção da Amazônia. Ainda que entre suas atribui-
ções gerais esteja a coordenação e integração das ações governamentais relacionadas à
Amazônia Legal, parece que o órgão tem sido incapaz de integrar os trabalhos das For-
ças Armadas e das agências ambientais na Amazônia ao longo dos últimos dois anos.
Apesar da expectativa de que a articulação promovida pelo Conselho pudesse pos-
sibilitar ações mais rápidas de controle contra as queimadas, o envio de tês mil milita-
res à floresta em 2021 e um orçamento três vezes maior do que o dos órgãos ambien-
tais (incluindo Ibama, ICMBio e INPE) não foram suficientes para evitar o aumento de
22% no desmatamento da Amazônia em 2021 em relação ao ano anterior (Salomon,
2021; Medina, 2022).
Fundamento 5: A ciência e o saber devem ser empregados nas soluções aos proble-
mas ambientais (Princípios 18, 19 e 20).
Princípio 18 - Como parte de sua contribuição ao desenvolvimento econômico e
social e bem comum da humanidade, a Ciência e a Tecnologia devem ser aplicadas na
identificação, prevenção, controle e solução de riscos ambientais.
Princípio 19 - É indispensável um esforço para a educação em assuntos ambien-
tais, dirigida para jovens e adultos, com a devida atenção aos menos favorecidos. Isso
é essencial para fundamentar e ampliar as bases de uma opinião pública esclarecida e
de uma conduta responsável dos indivíduos, das empresas e das comunidades quanto
a proteger e melhorar o meio ambiente em sua plena dimensão humana. É igualmente
essencial que os meios de comunicação de massa evitem contribuir para a deterioração
de meio ambiente, mas pelo contrário, disseminem informações de caráter educativo
sobre a necessidade de proteger e melhorar o meio ambiente de modo a possibilitar o
privada patina em 0,6%. Desde 2013, os investimentos federais em CT&I vêm caindo
de forma significativa em termos reais (cerca de 37% entre 2013 e 2020), chegando em
2020 a um nível inferior ao observado em 2009 (De Negri, 2021).
A região Norte do país é a que concentra o menor número de profissionais das
ciências entre a população ocupada. Conta hoje com apenas 10% dos programas de
pós-graduação em biodiversidade do Brasil, assim como cerca de 8% dos institutos
nacionais de ciência e tecnologia implementados pelo Conselho Nacional de Desenvol-
vimento Científico e Tecnológico. Ainda que esses números pareçam razoáveis diante
da baixa densidade demográfica da região, se levar em consideração a extensão do
território, o número potencial de espécies e as lacunas de conhecimento, fica clara a
disparidade entre a importância socioecológica da Amazônia e os investimentos para
concretização do seu potencial (Stegmann et al. 2021).
Considerações finais
A Declaração de Estocolmo representa não somente um marco no processo de
proteção da biodiversidade e dos ecossistemas, mas também no gerenciamento dos
recursos naturais e na jurisprudência que trata das questões ambientais. Trata-se do
primeiro diploma legal e em nível internacional a reconhecer o meio ambiente ecologi-
camente preservado como um direito pessoal e coletivo. Embora não se constitua como
deveres obrigatórios, seus conceitos e princípios são norteadores e encorajadores de
um gerenciamento ambiental adequado e equilibrado com o processo econômico. Tan-
to na Constituição do Brasil, promulgada em 1988, como de outros países que tiveram
suas leis magnas editadas posteriormente à Conferência de Estocolmo, as questões
ambientais foram formalmente incluídas. Outras leis nacionais e internacionais são
fortemente embasadas nessa declaração histórica.
Analisando em conjunto os 26 princípios da Declaração da ONU percebe-se que
eles se referem basicamente a três grandes temas ou postulados, com seus respectivos
papéis, responsabilidades e representações. O primeiro se refere de modo especial ao
meio ambiente, incluindo os recursos naturais, os ecossistemas e o próprio planeta; o
segundo, aos direitos humanos, incluindo liberdade, igualdade, bem-estar, qualidade
de vida e soberania das nações; e o terceiro ao conjunto de Ciência e Tecnologia, in-
cluindo seu potencial para proteger e melhorar o meio ambiente humano. Em quase
todos os princípios aparecem verbos que denotam ações necessárias para a conserva-
ção, a proteção, a manutenção ou salvaguarda dos recursos naturais e das condições
ambientais adequadas a uma boa qualidade de vida humana.
De maneira direta e didática, a Declaração aponta para o fato de que os aspectos
ambientais e socioeconômicos são igualmente importantes para a dignidade, a sobe-
rania e a qualidade de vida humana. Ela define direitos e deveres, tanto individuais
como institucionais, sendo que todos eles podem e devem contribuir para o combate
às mazelas humanas e ambientais, como poluição, esgotamento dos recursos naturais,
apartheid, segregação racial, discriminação, opressão colonial, dominação estrangeira
e guerra atômica. Ao mesmo tempo, a Declaração conclama à promoção de ações que
garantam e promovam a dignidade e qualidade da vida humana, sem que isso compro-
meta o direito das gerações futuras ao mesmo tipo de benefício.
Evidentemente, o não comprometimento do direito das futuras gerações aos recur-
sos naturais do planeta depende de uma drástica redução do consumismo exagerado
de uma parcela pequena, mas voluptuosa da sociedade, a qual desperdiça mais que
consome. De outro lado, também depende do combate às mazelas típicas da pobreza
que grassa sobre a maior parcela da humanidade, incluindo poluição, violência, doen-
ças crônicas como disenteria, malária, verminoses e incapacidade para o trabalho. É
preciso uma reorientação nos padrões de vida ditados pelo capitalismo selvagem, pela
globalização e onde os níveis de produção e consumo parecem não obedecer a limites.
Nessas condições, o desenvolvimento sustentável não passa de álibi ou quimera dis-
cursiva.
Conforme afirmado na proclamação desses Princípios, “a maioria dos problemas
ambientais tem sua causa no subdesenvolvimento; milhões de pessoas continuam vi-
vendo muito abaixo dos níveis mínimos necessários a uma existência humana decen-
te, pois são desprovidas de abrigo, alimentação, vestuário, educação, saúde e sanea-
mento adequados. Por outro lado, nos países desenvolvidos, os problemas ambientais
estão ligados à poluição oriunda do processo industrial e tecnológico. Assim, os países
em desenvolvimento devem dirigir seus esforços no sentido do desenvolvimento, cons-
cientes de suas prioridades e tendo em mente a necessidade de, juntamente com os
países desenvolvidos, salvaguardar e melhorar o meio ambiente.
Ainda com base naquela proclamação, o futuro do meio ambiente e da humani-
dade está nas mãos do próprio homem. Somente ele é capaz de criar oportunidades e
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