Aulas (Processo Legislativo)
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TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
Seção VIII
DO PROCESSO LEGISLATIVO
Subseção I
Disposição Geral
CONCEITOS:
JURÍDICO: conjunto de regras (de fases e atos preordenados) que visam a produção de
normas em nosso ordenamento.
O processo legislativo não é cláusula pétrea, podendo ser modificado por meio de
Emenda à Constituição.
ESPÉCIES NORMATIVAS:
ESPECIAIS: visam a produção das demais espécies normativas que não as leis
ordinárias, ou seja, das emendas constitucionais, das leis complementares, das leis
delegadas, das medidas provisórias, dos decretos legislativos e das resoluções.
Obs:O conflito entre o art. 61, §1º, II, d, (que diz ser de iniciativa privativa do
Presidente da República as leis quedisponham sobre “aorganização do Ministério
Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização
do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios”) e o art. 128, §5º (Leis complementares da União e dos Estados, cuja
iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização,
as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus
membros) foi resolvido pelo STF de maneira sistemática que entendeu que a iniciativa
referente a leis que disponham sobre a organização do MP é concorrente. As demais
matérias atinentes ao MP são de competência privativa do MP.
É nessa fase que ocorre a discussão, a votação, a aprovação ou rejeição e/ou sanção ou
veto.
1ª FASE – INICIATIVA
Subseção III
Das Leis
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro
ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso
Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos
Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma
e nos casos previstos nesta Constituição.
(...)
A CF (art. 61, caput) atribui competência às seguintes pessoas:
1) Deputado Federal ou a Senador da República;
2) Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso
nacional;
3) Presidente da República;
4) Supremo Tribunal Federal;
5) Tribunais Superiores;
6) Procurador-Geral da República;
7) Cidadãos.
OBS:
A iniciativa do parlamentar ou de comissão é exercida perante a Cada Legislativa
respectiva. Nessa hipótese, a outra Casa Legislativa será a revisora.
Sempre haverá uma Casa iniciadora e uma Casa revisora no processo legislativo. Porém
os projetos de iniciativa do Presidente, do STF, dos Tribunais Superiores (art. 64, caput)
e de iniciativa popular (art. 61, §2º) iniciarão pela Câmara dos Deputados.
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da
República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início
na Câmara dos Deputados.
O art. 61, §1º enumera as matérias cuja iniciativa de lei é privativa do Presidente da
República.
OBS:
O STF entende que os projetos de iniciativa reservada do Presidente podem ser objeto
de emendas parlamentares desde que:
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OBS:
A eventual sanção presidencial a um projeto de lei que deveria ser de iniciativa do
Poder Executivo não convalida eventual vício de iniciativa.
INICIATIVA POPULAR
Art. 61 (...)
§ 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos
Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três
décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
Constitui um dos meios de participação direta do cidadão na vida do estado, nos atos de
governo.
No âmbito dos estados-membros e do DF, a CF/88 deixou à lei a tarefa de dispor sobre
a iniciativa popular (CF, art. 27, §4º e art. 32,§3º)
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Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da
Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: (...)
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da
cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do
eleitorado; (...)
2ª FASE – CONSTITUTIVA
Se o projeto for vetado pelo Chefe do Executivo, ainda haverá nessa fase a apreciação
do veto pelo Congresso Nacional.
OBS:
Na ordem jurídica brasileira não há mais a figura do “decurso de prazo” que permitia a
aprovação de projetos pela simples expiração do prazo previsto para a sua análise, sem
que houvesse apreciação por parte do Congresso Nacional.
Assim, não há mais como o Legislativo aprovar tacitamente projetos de lei no Brasil.
O art. 64, caput, é expresso ao delimitar que a discussão e votação dos projetos de lei de
iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
Superiores terão início na Câmara dos Deputados.
Perante o Senado Federal são propostos somente os projetos de lei de iniciativa dos
Senadores, de Comissões do Senado ou de Comissões Mistas, funcionando, nesses
casos, a Câmara dos Deputados como Casa revisora.
O projeto de lei passa à apreciação pelas Comissões: em primeiro lugar, por uma
comissão temática, que analisará a matéria da proposição, e, em seguida, pela Comissão
de Constituição e Justiça, que analisará, dentre outros aspectos, a sua
constitucionalidade etc.
As comissões, nos termos do art. 58, §2º, em razão da matéria de sua competência,
poderão, além de discutir e emitir pareceres sobre o projeto de lei, aprová-los, desde
que, na forma do regimento interno da Casa, haja dispensa da competência do plenário
(delegação interna corporis) e inexista, também, interposição de recurso de 1/10 dos
membros da Casa, hipótese em que será inviável a votação do projeto de lei pela
comissão temática, sendo esta, necessariamente, transferida para o plenário da Casa.
O art. 24, II, do RICD, deixa claro que não poderão ser objeto de aprovação nas
comissões temáticas (em razão da matéria), afetando-os ao Plenário, os projetos: de lei
complementar; de código; de iniciativa popular; de Comissão; relativos a matéria que
não possa ser objeto de delegação (art. 68, §1º); oriundos do Senado, ou por ele
emendados, que tenham sido aprovados pelo Plenário de qualquer das Casas; que
tenham recebido pareceres divergentes; em regime de urgência.
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só
turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa
revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora
Rejeitado o projeto de lei, ele será arquivado, só podendo ser reapresentado na mesma
sessão legislativa (anual), mediante proposta da maioria absoluta dos membros de
qualquer das Casas do Congresso Nacional (art. 67), ou, sem essa formalidade, se a
reapresentação for na sessão legislativa seguinte;
Emendado, vale dizer, na hipótese de ter sido alterado o projeto inicial, a emenda,
e somente o que foi modificado, deverá ser apreciada pela Casa iniciadora (art. 65,
parágrafo único, CF/88), sendo vedada a apresentação de emenda à emenda
(subemenda).
Se a Casa iniciadora aceitar a emenda introduzida pela Casa revisora, assim seguirá o
projeto para a deliberação executiva.
Se a Casa iniciadora rejeitar a emenda, o projeto, em sua redação original, que havia
sido estabelecida pela Casa iniciadora, assim seguirá para a apreciação executiva. No
processo legislativo de elaboração de leis no sistema brasileiro, portanto, haverá
predominância da Casa iniciadora sobre a revisora.
OBS:
Se a casa iniciadora rejeitar as emendas da Casa revisora o projeto de lei aprovado na
Casa iniciadora (sem emendas) será enviado para sanção ou veto do Presidente da
República.
A DELIBERAÇÃO EXECUTIVA:
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao
Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.
Esgotado sem deliberação o prazo de 30 dias 4º, o veto será colocado na ordem do dia
da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final (art. 66,
§6º)
OBS:
As proposições sobrestadas referidas no §6º são as proposições de tramitação conjunta
do Congresso Nacional. Portanto, as votações do Congresso (e não da Câmara e do
Senado) é que ficarão paralisadas até que se ultime a apreciação (votação) do veto
presidencial.
§ 7º - Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente
da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se
este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da
República, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo,
caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo (art. 66, §7º).
OBS:
Características do VETO:
1) expresso (na existe veto tácito),
2) motivado e formalizado (se o veto não for motivado e escrito, o veto é nulo e
ocorre a sanção tácita),
Se o Presidente da República simplesmente veta o projeto de lei, sem explicar os
motivos do seu ato, o veto será considerado inexistente. Não produzirá efeitos de
veto. Ao contrário, ocorrerá a sanção (tácita) do projeto de lei.
3) total ou parcial,
4) supressivo (é sempre para retirar algo do projeto, caso contrário o executivo
legislaria),
5) irretratável (impossível de ser alterado);
6) relativo (passível de superação, ou seja, pode ser rejeitado ou aprovado pelo
Legislativo).
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Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir
objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria
absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
É o chamado princípio da irrepetibilidade (relativa) da matéria rejeitada.
Em certos casos, a promulgação pode ser feita pelo Legislativo (art. 66, §7º e 3º, p.ex.)
Art. 64 (...)
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Considerando que a apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos
Deputados far-se-á no prazo de dez dias (§3º), no processo sumário, o procedimento
deverá findar no prazo máximo de 100 dias.
AS COMUNS:
DIFERENÇ Processo Legislativo Especial Processo Legislativo Ordinário
A
Diferença As LCs só versam sobre matérias Matérias que não sejam objeto de
Material taxativamente previstas na LC. Teria caráter subsidiário em
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AS SOFISTICADAS:
DIFERENÇ Processo Legislativo Especial Processo Legislativo Ordinário
A
Regime de
tramitação Só possui o regime de tramitação Poder ter o regime de tramitação
tradicional, ou seja, tem que ir a tradicional ou conclusivo
plenário (terminativo)
Em regra, o projeto de LC terá O PLO terá apenas um turno de
Tramitação dois turnos de votação na Câmara votação na Câmara e no Senado.
e um turno no Senado.
OBS:
Em relação a existência de hierarquia entre Lei Ordinária e Lei Complementar há duas
correntes: a que defende haver hierarquia (Manoel Gonçalves, Alexandre de Moraes,
doutrina trabalhista e o STJ, em algumas decisões sobre matéria tributária), por
exemplo) e que não defende haver hierarquia (Celso Basto, Michel Temer, STF etc).
A corrente que diz haver hierarquia utiliza dois argumentos: a) o topográfico e b) o
aspecto formal sobre o quórum de aprovação.
A corrente majoritária, que diz não haver hierarquia, defende que existem campos
materiais de competência diferenciados.
OBS:
Se uma Lei Ordinária regular matéria reservada à Lei Complementar é inconstitucional.
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que
deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso
Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado
Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia
de seus membros;
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OBS:
O Congresso Nacional pode exercer controle político sobre a lei delegada nos termos do
art. 49, V (sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;).
A eventual sustação possui efeito ex nunc (não retroagindo, ou seja, para o futuro).
OBS:
A delegação legislativa pelo CN ao Presidente da República não o obriga a efetivar a
elaboração da lei delegada (discricionaridade). De outro lado, o Congresso pode sustar
a resolução autorizativa a qualquer momento.
Além disso, o Poder Legislativo pode produzir uma lei sobre a mesma matéria, vez que
não perde sua função típica de legislar em virtude da delegação do Presidente da
República.
A lei delegada tem pouca utilização em razão da sua iniciativa (pouca agilidade) e da
previsão da medida provisória.
prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso
Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas
decorrentes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória,
suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional.(Incluído
pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito
das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus
pressupostos constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias
contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em
cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime
a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver
tramitando. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida
provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a
sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos
Deputados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas
provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão
separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que
tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de
prazo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a
rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas
constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão
por ela regidas.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida
provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou
vetado o projeto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
São atos normativos elaborados e editados pelo Presidente da República com força de
lei, sob o fundamento de relevância e urgência.
primeira edição, desde que não houvesse expressa rejeição pelo Congresso Nacional e
fosse dentro do seu antigo prazo de eficácia de 30 dias.
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a
rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas
constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão
por ela regidas.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida
provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou
vetado o projeto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Nesse sentido, a MP irá continuar a reger Ocorre apenas que os atos desenvolvidos
todas as relações jurídicas havidas quando com base na MP conservar-se-ão por ela
de sua vigência. regidos.
Obs:
A inconstitucionalidade formal de uma MP diz respeito aos fundamentos da relevância e
urgência.
Entende o STF que a análise de relevância é urgência é um juízo discricionário do
Presidente da República.
Assim, para o STF que a eventual inconstitucionalidade formal de uma MP deverá ser
analisada apenas excepcionalmente.
Obs:
O Presidente não pode retirar de apreciação uma MP já editada e em vigor.
Entretanto, pode editar uma segunda MP ab-rogadora, com o objetivo de extirpar a MP
que está em vigor.
Editada a segunda MP, a primeira é suspensa. E a MP2 passa a apreciação.
Se a segunda MP for rejeitada pelo Congresso, a primeira MP volta a vigorar pelo
tempo restante que faltava para complementar seu prazo constitucional e será apreciada,
podendo ser aprovada pelo Congresso.
Obs:
Decretos-Lei (regime militar) Medidas provisórias
Urgência ou interesse público relevante Relevância e urgência
Poderia ser aprovado por decurso de prazo Não sendo apreciada no prazo, ocorre a
(aprovação tácita) rejeição tácita.
A rejeição operava com efeitos ex nunc. A rejeição opera com efeitos ex tunc
Não havia possibilidade emendas Há possibilidade de emendas
Não havia limites materiais. Só havia Possui limites materiais inseridos no art.
proibição de edição de DL para aumentar 62, §1º e 2º, art. 25, §2º, art. 246 e art. 73
despesas do ADCT
Obs:
As MPs editadas em data anterior à da publicação da EC nº 32/01 continuam em vigor
até que uma MP ulterior revogue explicitamente ou até deliberação definitiva do
Congresso Nacional.
Além das matérias do art. 49, o Congresso deverá regulamentar por Decreto Legislativo
os efeitos decorrentes da Medida Provisória que eventualmente não for convertida em
lei (art. 62, §3º).
As regras sobre seu procedimento vêm delineadas nos Regimentos Internos das Casas
Legislativas ou do Congresso. Em síntese, deflagrado o processo, ocorre a discussão no
âmbito do Congresso e, havendo aprovação (maioria simples, nos termos do art. 47),
passa-se à promulgação que é realizada pelo Presidente do Senado Federal, que
determinará a sua publicação.
Obs:
O trâmite de integração da norma internacional no direito interno (art. 49, I) em quatro
fases distintas, a saber:
1) celebração do tratado internacional (negociação, conclusão e assinatura) pelo
Órgão do Poder Executivo (ou posterior adesão[terceira etapa], art. 84, VIII —
Presidente da República);
2) aprovação (referendo ou “ratificação” lato sensu), pelo Parlamento, do tratado,
acordo ou ato internacional, por intermédio de decreto legislativo, resolvendo-o
definitivamente (Congresso Nacional — art. 49, I);
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3) troca ou depósito dos instrumentos de ratificação (ou adesão, caso não tenha tido
prévia celebração) pelo Órgão do Poder Executivo em âmbito internacional;
4) promulgação por decreto presidencial, seguida da publicação do texto em
português no diário oficial. Neste momento o tratado, acordo ou ato
internacional adquire executoriedade no plano do direito positivo interno,
guardando estrita relação de paridade normativa com as leis ordinárias (salvo
nas hipóteses em que o tratado ou convenção internacional versar sobre direitos
humanos e tiver sido incorporado(a) com a natureza supralegal ou constitucional
(cf. art. 5º, § 3.º).
Obs: não há sanção ou veto do Presidente, uma vez que o processo legislativo não prevê
o encaminhamento para o chefe do Executivo.
Obs: não há sanção ou veto do Presidente, uma vez que o processo legislativo não prevê
o encaminhamento para o chefe do Executivo.
QUÓRUM DE APROVAÇÃO: será aprovada se obtiver 3/5 dos votos dos respectivos
membros nos dois turnos de votação em cada Casa (2º).
A fase complementar: aprovada em dois turnos nas duas Casas legislativas, surge a
Emenda Constitucional que será PROMULGADA pelas Mesas da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal (§3º)
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Intervenção Federal;
Estado de defesa;
Estado de sítio.
LIMITAÇÕES TEMPORAIS
Não há na CF/88.
a) aqueles sobre direitos humanos e que se dividem ainda em: a.1) tratados sobre
direitos humanos aprovados pelo quorum e observância de turnos das emendas
constitucionais, tendo a equivalência destas; e a.2) os que não seguiram essa
formalidade, sendo, segundo o STF, supralegais.
Emendas Art. 60
Constitucionais Quórum de 3/5 e dois turnos de Votação
Art. 62
Elaborada pelo Presidente da República, tem força de lei.
Ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 (§ 11. Não editado o
decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias
após a rejeição ou perda de eficácia de medida
Medida Provisória provisória, as relações jurídicas constituídas e
decorrentes de atos praticados durante sua vigência
conservar-se-ão por ela regidas. e § 12. Aprovado
projeto de lei de conversão alterando o texto original da
medida provisória, esta manter-se-á integralmente em
vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.),
perdem a sua eficácia desde a sua edição se não forem
convertidas em lei no prazo de 120 dias (60 dias,
prorrogável por mais 60 etc.).
Art. 49
Decreto Legislativo Competência exclusiva do Congresso Nacional;
Art. 62, §3º disciplina os efeitos decorrentes da MP não
convertida em lei que perdeu a sua eficácia desde a edição.