Administracao Publica Comparada
Administracao Publica Comparada
Administracao Publica Comparada
Resumo
A reforma administrativa e a implantação de um novo modelo de administração pública parece ser um tema
recorrente tanto para os governos quanto para os estudiosos da administração pública. Metodologia: O artigo
em causa ira observar busca de conteúdos em várias fontes com mais foco a pesquisa bibliográfica. Fontes
estas que abordam esta temática em sua totalidade e outros conteúdos bibliográficos eletrónicos em formato
pdf conforme citam (Gil, 2007), e o manual de normas de publicação de trabalhos que ajudaram a enriquecer o
conteúdo e estrutura do presente trabalho. O artigo inicia com os tipos de dominação, que são a base para o
desenvolvimento e consolidação de cada um dos modelos. Em seguida, são apresentadas as principais
características dos modelos de administração e seus impactos.
Abstract
Administrative reform and the implementation of a new model of public administration seems to be a
recurring theme for both governments and public administration scholars. Methodology: The article in
question will observe the search for content in various sources with more focus on bibliographic research.
These sources that address this topic in its entirety and other electronic bibliographic content in pdf format as
mentioned (Gil, 2007), and the manual of standards for publishing works that helped to enrich the content and
structure of this work. The article begins with the types of domination, which are the basis for the
development and consolidation of each of the models. Next, the main characteristics of the administration
models and their impacts are presented.
Keywords: Public Administration. State. Administrative Reform.
1. Introdução
A administração pública comparada pode ser entendida como a comparação dos funcionamentos de
uma estado e outo. O estudo nos permite identificar a importância da Administração Pública no
cotidiano do cidadão, para alem disso, nos mostra como a Administração pode prejudicar a
colectividade quando age de forma a beneficiar determinados grupos tendo a “pessoalidade” como
critério na tomada de decisões. Nos mostra os benefícios que uma Administração Pública consciente
e “actualizada” pode trazer para a população a qual administra.
A revisão conceitual de características marcantes dos modelos administrativos também nos permite
identificar o quão é importante termos uma Administração que evolua em suas acções sem perder, é
claro, sua característica principal que é ser pública.
2. Administração Publica
Freitas do Amaral (2006), define a Administração Pública em sentido orgânico como sendo
“um sistema de órgãos, serviços e agentes do Estado bem como das demais pessoas
coletivas públicas, que asseguram em nome da coletividade a satisfação regular e continua
das necessidades coletivas de segurança, cultura e bem-estar”
Segundo o mesmo autor, Administração Pública é a atividade típica dos serviços públicos e
agentes administrativos no interesse geral da coletividade, com vista a satisfação regular e
continua das necessidades coletivas de segurança, cultura e bem-estar, obtendo para o
efeito os recursos mais adequados e utilizando as formas mais convenientes”.
Regra geral, a administração publica, e tida como o conjunto de órgãos, serviços e agentes do estado
que procuram satisfazer as necessidades da sociedade, tais como: educação, cultura segurança,
saúde, dentre outras áreas. Portanto a administração pública e a gestão dos interesses públicos por
meio da prestação de serviços públicos.
No entendimento do Governo de Moçambique e como definido no seu Plano Estratégico de
Desenvolvimento da Administração (PEDAP, também conhecido por ERDAP, 2011-2025 a
Administração Pública é “um conjunto de órgãos, serviços e funcionários e agentes do Estado,
bem como das demais pessoas coletivas públicas que asseguram a prestação de serviços públicos
ao cidadão” (MAE, 2011).
Em Moçambique, a administração pública, através dos respetivos serviços públicos é o instrumento
através do qual o estado materializa a vontade dos cidadãos. Com efeito, os artigos 249 e 250 da
CRM, e respetivos números, estabelecem que a administração pública serve o interesse público e na
sua atuação respeita os direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos.
Os seus órgãos obedecem à Constituição e à lei, e atuam com respeito pelos princípios da igualdade,
da imparcialidade, da ética e da justiça. Ainda, a administração pública estrutura-se com base no
princípio de descentralização e desconcentração, promovendo a modernização e a eficiência dos
seus serviços sem prejuízo da unidade de acção e dos poderes de direção do Governo.
Segundo Nyakada (2008) a lógica da Administração Pública apresenta-se disposta da seguinte forma:
No periodo colonial assistia-se a um sistema de administração com marcas iminentemente
patrimoniais,
No período após independência e antes da assinatura do Acordo Geral da Paz, a
Administração Publica era marcadamente burocrática,
Nos nossos dias, tem se visto o desencadear de uma série de reformas convindo tornar a
Administracao Pública menos onerosa e mais eficiente, reformas estas que são uma marca
da Nova Gestão Pública ou Administração Gerencial.
Para isso, foi aprovado o primeiro instrumento normativo para organizar a Administração Pública, o
Decreto nº. 1/75 de 27 de Julho, que definia as principais funções e tarefas do Aparelho de Estado
Central.
Com base no Centralismo Democrático, os Órgãos Centrais do Aparelho de Estado deveriam aplicar
os seguintes princípios:
Um movimento similar de transformações seguiu-se nos anos 80, que culminou com a realização do
IV Congresso da Frelimo, em Abril de 1983, dando um marco importante para a mudança do sistema
político de governação e a substituição do modelo de desenvolvimento com base na economia
planificada para a economia de mercado em Moçambique.
2.2 Administração Pública em Moçambique à luz da Constituição de 90 e de 2004
A revisão da Constituição teve um marco importante, com a sua aprovação em 30 de Novembro de
1990 o que terá trazido várias modificações no seio da Administração Pública, porque foi nesse
período em que o sistema de economia centralmente planificado conheceu os seus últimos
momentos, marcando nova era do pluralismo político e da economia do mercado em Moçambique.
Após as primeiras eleições gerais e multipartidárias em 1994, o Governo saído vencedor (Frelimo)
deu iniciam ao processo de reconstrução nacional, face as consequências funestas trazidas pela
guerra civil que durou dezasseis anos, daí que as eleições multipartidárias trouxeram uma mudança
política significativa no contexto da democratização em Moçambique, dando uma efectiva
implantação de um Estado de Direito.
A Constituição da República de Moçambique de 2004, passou a ser constituído pelo Conselho de
Ministros, da qual o Presidente da República é quem preside, seguido do Primeiro-Ministro e outros
Ministros. No entanto podem ser convocados para participar em reuniões do Conselho de Ministros
os Vice-Ministros e os Secretários de Estado e que na sua actuação, o Conselho de Ministros observa
as decisões do Presidente da República e as deliberações da Assembleia da República.
Das tarefas encarregues ao conselho de Ministros destacam-se:
Assegurar a Administração do País;
Garantir a integridade territorial;
Velar pela Ordem Pública, Segurança e estabilidade dos cidadãos;
Promover o desenvolvimento económico e social;
Desenvolver e consolidar a legalidade e realizar a política externa do país.
Em suma a Administração Pública a luz da Constituição de 2004, tem em primazia servir os
interesses públicos e na sua actuação respeita os direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos.
Igualmente os órgãos da Administração Pública obedecem à Constituição e à lei, baseando pelos
princípios de igualdade, imparcialidade, ética e justiça patente no art. 249 da Constituição da
Republica de Moçambique.
3. Conclusão
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