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Suplemento de Revisão Renascimento e Reformas Protestantes

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SUPLEMENTO DE REVISÃO

Professora Ana Luísa Rigolin (Malandra)

O RENASCIMENTO E AS REFORMAS PROTESTANTES


O humanismo e o Renascimento Cultural
 No movimento artístico, científico e cultural do Renascimento,
a tradição e os estudos clássicos (Grécia e Roma) passaram por
um processo de revalorização e se tornaram predominantes.
Lembrando que durante a Idade Média, livros de pensadores
clássicos foram preservados e continuaram a ser lidos,
principalmente nos mosteiros.
 A partir do século XII, o modo de vida orientado fortemente
pela religião e seu conservadorismo foi sendo substituído pela
lógica do comércio, pela ética burguesa (acumulação de
riquezas e lucro) e pela busca por inovação.
 Os artistas, cientistas e intelectuais identificados com o
Renascimento eram otimistas e consideravam que tudo
(natureza, poder etc) poderia ser explicado racionalmente. O
ser humano foi, então, valorizado por ser dotado de razão.
 O uso do latim, a impressão de livros e a circulação dos
humanistas por várias cidades de diferentes países
possibilitaram a difusão do Renascimento. Com ele, formulou-
se o ideal do homem universal: completo, multifacetado. O
homem universal deveria ter cultura e erudição, conhecer a
literatura da Antiguidade, as artes e as ciências, mas também
contribuir com a vida de sua cidade.

(O homem vitruviano – L. Da Vinci)

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A arte renascentista e o mecenato
 As artes plásticas representaram o campo privilegiado do
Renascimento, pois trouxeram inovações, invenções e
aperfeiçoamentos técnicos. Esse desenvolvimento artístico
deveu-se muito aos mecenas, burgueses ricos que tinham
conquistado poder político e econômico e que buscavam
projeção social por meio da arte, difundindo o modo de vida e
os valores burgueses. O mecenato também foi utilizado pela
Igreja Católica. O papa Júlio II, por exemplo, patrocinou o
artista Michelangelo.

A revolução científica
 Entre os séculos XVI e XVII, uma série de descobertas,
experiências científicas e reflexões filosóficas mudaram
radicalmente a compreensão que o ser humano tinha do mundo.
A Revolução Científica caracterizou-se por colocar a ciência e
a razão como valores dominantes, no lugar da religião e da fé
 Com essa nova concepção, o geocentrismo (teoria de acordo
com a qual a Terra seria o centro do universo), defendido pela
Igreja, foi contraposto pelo heliocentrismo (concepção de
acordo com a qual o Sol seria o centro do universo), sustentado
pelo cientista polonês Nicolau Copérnico. O italiano Galileu
Galilei e o alemão Johannes Kepler também se destacaram na
ciência desse período.
 A ciência, vista como investigação racional das leis da natureza,
ganhou autonomia e deixou de se subordinar à religião. Por suas
ideias contradizerem os dogmas da Igreja Católica, muitos
cientistas e intelectuais foram perseguidos.

As grandes navegações
 Uma viagem transoceânica era um grande empreendimento, que
exigia tecnologia, recursos financeiros e estabilidade política no
país empreendedor. A tecnologia veio com o Renascimento; o
dinheiro, com a burguesia e a reativação do comércio; e a
estabilidade, com o fortalecimento do Estado e a centralização
política.
 A expansão marítima assinalou o início da formação de um
mercado mundial que tinha a Europa como centro. A descoberta

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de novas terras e povos, considerados estranhos e exóticos pelos
europeus, excitou a imaginação dos conquistadores com mitos,
lendas e medos.

A expansão marítima portuguesa


 Com a tecnologia naval mais desenvolvida, os portugueses
começaram a explorar a África, estabelecendo uma série de
entrepostos no litoral do continente. Com a expansão
marítimo-comercial, eles não apenas ampliaram os seus
domínios, como também inauguraram as grandes viagens
atlânticas e a exploração do Novo Mundo.
 Entre as principais razões para o pioneirismo português estão a
legitimação das conquistas pela Igreja Católica, o desejo de se
apoderar do ouro da Guiné e etc.
 O pioneirismo lusitano também pode ser explicado pela
superioridade dos navios portugueses e pela habilidade de
negociar e explorar as rivalidades internas nas áreas ocupadas,
resultando assim, na cooptação de uma parte da elite dessas
regiões.

A Reforma Protestante
 Ao longo da Baixa Idade Média, organizaram-se movimentos
de crítica aos privilégios do clero e à riqueza da Igreja, e de
contestação à autoridade do Papa. Os participantes desses

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movimentos desejavam retornar à vida simples e
espiritualizada dos primeiros cristãos.
 Na região da atual Alemanha, o monge agostiniano Martinho
Lutero criticou, entre outros aspectos, a venda de indulgências
(perdão). Chamado pelo papa para retratar-se, Lutero
reafirmou suas ideias apresentando as 95 teses que foram
expostas ao público e enfatizavam três princípios
fundamentais: a justificação pela fé, o sacerdócio universal e a
autoridade da palavra revelada. Em represália, Lutero foi
excomungado.
 A Reforma Protestante expandiu-se para diferentes locais e,
em cada um, adquiriu características particulares. Na Suíça,
por exemplo, o teólogo João Calvino acrescentou novos
princípios ao movimento defendendo a predestinação absoluta.
Além disso, para os calvinistas, a prosperidade resultante do
trabalho era sinal da graça de Deus. A ética protestante
estimulou o sistema capitalista que começava a se
desenvolver, o que explica o apoio de banqueiros, ricos
comerciantes e artesãos à Reforma.

(A Europa pós reforma)

A Reforma Católica
 Abalada pelas críticas dos reformadores, a Igreja Católica
reagiu por meio da Contrarreforma (ou Reforma Católica).
Seu objetivo foi reafirmar os dogmas do catolicismo, coibir os
abusos do clero católico e forçar a disciplina dos religiosos.
Assim, foram tomadas algumas medidas como a criação de
novas ordens religiosas (como a Companhia de Jesus) e do

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“Índice de Livros Proibidos”, que impedia a difusão de ideias
heréticas.
 A Contrarreforma foi concluída no Concílio de Trento (entre
1545 e 1563), que restabeleceu os tribunais do Santo Ofício, ou
Inquisição, com a finalidade de investigar os suspeitos de
heresia.

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