Suplemento de Revisão Renascimento e Reformas Protestantes
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A arte renascentista e o mecenato
As artes plásticas representaram o campo privilegiado do
Renascimento, pois trouxeram inovações, invenções e
aperfeiçoamentos técnicos. Esse desenvolvimento artístico
deveu-se muito aos mecenas, burgueses ricos que tinham
conquistado poder político e econômico e que buscavam
projeção social por meio da arte, difundindo o modo de vida e
os valores burgueses. O mecenato também foi utilizado pela
Igreja Católica. O papa Júlio II, por exemplo, patrocinou o
artista Michelangelo.
A revolução científica
Entre os séculos XVI e XVII, uma série de descobertas,
experiências científicas e reflexões filosóficas mudaram
radicalmente a compreensão que o ser humano tinha do mundo.
A Revolução Científica caracterizou-se por colocar a ciência e
a razão como valores dominantes, no lugar da religião e da fé
Com essa nova concepção, o geocentrismo (teoria de acordo
com a qual a Terra seria o centro do universo), defendido pela
Igreja, foi contraposto pelo heliocentrismo (concepção de
acordo com a qual o Sol seria o centro do universo), sustentado
pelo cientista polonês Nicolau Copérnico. O italiano Galileu
Galilei e o alemão Johannes Kepler também se destacaram na
ciência desse período.
A ciência, vista como investigação racional das leis da natureza,
ganhou autonomia e deixou de se subordinar à religião. Por suas
ideias contradizerem os dogmas da Igreja Católica, muitos
cientistas e intelectuais foram perseguidos.
As grandes navegações
Uma viagem transoceânica era um grande empreendimento, que
exigia tecnologia, recursos financeiros e estabilidade política no
país empreendedor. A tecnologia veio com o Renascimento; o
dinheiro, com a burguesia e a reativação do comércio; e a
estabilidade, com o fortalecimento do Estado e a centralização
política.
A expansão marítima assinalou o início da formação de um
mercado mundial que tinha a Europa como centro. A descoberta
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de novas terras e povos, considerados estranhos e exóticos pelos
europeus, excitou a imaginação dos conquistadores com mitos,
lendas e medos.
A Reforma Protestante
Ao longo da Baixa Idade Média, organizaram-se movimentos
de crítica aos privilégios do clero e à riqueza da Igreja, e de
contestação à autoridade do Papa. Os participantes desses
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movimentos desejavam retornar à vida simples e
espiritualizada dos primeiros cristãos.
Na região da atual Alemanha, o monge agostiniano Martinho
Lutero criticou, entre outros aspectos, a venda de indulgências
(perdão). Chamado pelo papa para retratar-se, Lutero
reafirmou suas ideias apresentando as 95 teses que foram
expostas ao público e enfatizavam três princípios
fundamentais: a justificação pela fé, o sacerdócio universal e a
autoridade da palavra revelada. Em represália, Lutero foi
excomungado.
A Reforma Protestante expandiu-se para diferentes locais e,
em cada um, adquiriu características particulares. Na Suíça,
por exemplo, o teólogo João Calvino acrescentou novos
princípios ao movimento defendendo a predestinação absoluta.
Além disso, para os calvinistas, a prosperidade resultante do
trabalho era sinal da graça de Deus. A ética protestante
estimulou o sistema capitalista que começava a se
desenvolver, o que explica o apoio de banqueiros, ricos
comerciantes e artesãos à Reforma.
A Reforma Católica
Abalada pelas críticas dos reformadores, a Igreja Católica
reagiu por meio da Contrarreforma (ou Reforma Católica).
Seu objetivo foi reafirmar os dogmas do catolicismo, coibir os
abusos do clero católico e forçar a disciplina dos religiosos.
Assim, foram tomadas algumas medidas como a criação de
novas ordens religiosas (como a Companhia de Jesus) e do
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“Índice de Livros Proibidos”, que impedia a difusão de ideias
heréticas.
A Contrarreforma foi concluída no Concílio de Trento (entre
1545 e 1563), que restabeleceu os tribunais do Santo Ofício, ou
Inquisição, com a finalidade de investigar os suspeitos de
heresia.