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Aula 2 - Farmacocinética

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Farmacocinética

AULA 2
Um fármaco precisa ser eficaz e seguro

Eficácia e segurança
princípio ativo
excipientes
processo de fabricação
embalagem

todos esses fatores contribuem para a


eficácia e segurança do medicamento
Fase I - Biofarmacotécnica

Destino do Liberação (a partir da forma


farmacêutica),
fármaco no Dissolução (dissolvido para ser

organismo absorvido),
Interação (meio fisiológico - pH
estômago)
Fase II - Farmacocinética

Destino do Estudo quantitativo dos


fármaco no processos de: Absorção,
organismo Distribuição,
Biotransformação e Excreção
Fase III - Farmacodinâmica

Destino do Compreende os mecanismos


envolvidos na interação das
fármaco no moléculas do fármaco com o sítio
organismo de ação, a qual desencadeia o
efeito farmacológico.
Biofarmacotécnica

Liberação - influências
Meio biológico de aplicação
Formas farmacêuticas sólidas,
que necessitam desintegrar-se
para então liberar a substância
ativa
Biofarmacotécnica

Dissolução
Formação de uma dispersão
molecular na fase aquosa
A dissolução muitas vezes é a
etapa determinante da
velocidade do processo de
absorção
Farmacocinética

Absorção
ia d e u m fá rm a c o desde
É a transferênc
e a d m in is tra ç ão a té a
o seu local d
corrente sanguínea.
de e a e fic iê n cia da
A velocida
ão d e pe n d e m d a via de
absorç
a ç ão q ue o fá rm a co é
administr
aplicado * vias enterais e parenterais.

Quando administrado pela via intravenosa a absorção


não ocorre, pois o fármaco já está na circulação
sanguínea, logo seu efeito é mais rápido.

Farmacocinética

Absorção

o passiva ou fac ilitada


Difusã
vo PTN tra nsportadoras
Transporte Ati
ose
Endocitose e Exocit
FATORES
IMPORTANTES

Absorção Absorção
IGA DO S AO O R G ANISMO
ACO L o
LIGA DO S A O FÁRM ão e flux o sanguíne
Vascularizaç
Forma farmacêutica Vias de administraç
ão
Solubilidade Superficie de absorç
ão
Peso molecular Pe rmea bilida de c a pilar
Grau de ionização Motilidade TGI
Concentração pH do meio
Absorção

Fórmula
farmacêutica

A presença de adjuvantes nas diferentes


formas farmacêuticas que veiculam as
substâncias ativas, podem interferir em sua
dissolução.

Ordem de liberação da substância ativa


para absorção:
Absorção

Características
fisico-químicas

Solubilidade em lipídeos

FÁRMACO ENDOTÉLIO
VASCULAR

FOSFOLIPIDEOS
(MEMBRANA DIFUSÃO
FODFOLIPIDEOS) PASSIVA SEM
GASTO DE
ENERGIA!
Absorção

Características
fisico-químicas
Tamanho e peso molecular

As moléculas de fármacos que possuem


cadeia curta, terão baixo peso molecular
logo, terão capacidade de transpor mais
facilmente as membranas celulares.

As moléculas de fármacos de alto peso ou


cadeia longa, são transpassadas por
mecanismos de difusão ativa, ou seja,
participação de proteínas carreadoras
gastando energia. Processo de absorção
mais lento.
Absorção

Características
fisico-químicas
Grau de ionização

É a quantidade de íons que esta molécula


possui. Quanto mais íons, polarizada,
ionizada, carregada, mais difícil será a
passagem desta molécula através das
membranas.
Quanto menos ionizada, apolarizada se
encontrar uma molécula, mais facilmente
será sua passagem através da membrana.

Esta característica é variável, pois sofre


variação do ph biológico do paciente.
Absorção

Vias de
administração

Via oral

Efeito de Primeira Passagem: só ocorre


nesta via, onde ocorre uma perda da
concentração inicial do princípio ativo no
fígado.

CIRCULAÇÃO ENTERO-HEPÁTICA
Absorção

Vias de
administração

Via inalatória

Via por onde se administra principalmente


anestésicos voláteis, como:
Halotano ; Isofluorano ; Sevofluorano.

São apresentados na forma líquida, com


capacidade de volatilização.

Excreção = via inalatória.


Aumento [ ] de gás ALVEOLAR
Baixa [ ] na corente sg DIFUSÃO
PASSIVA

CIRCULAÇÃO
SANGUÍNEA

Equilíbrio [ ] alveolar e
sanguínea
Vias de
Administração

scular
Subcutânea/Intramu
Intravenosa

o m ais le nta p e la via


Absorç ã so de a bs o rção
a b a ixa Não há p ro ce s
subcutâne a , d e vid o e n do
a co já e stá s
da de d e v a so s. Logo pois o fárm
quanti ad o d ireta m en te na
çã o se rá m ais len ta. administr
sua libera a.
circulação sanguíne
Distribuição

Ocorre através da circulação sanguínea sistêmica,


onde o fármaco é transportado para o órgão alvo
e outros tecidos.

BIODISPONIBILIDADE

É a concentração de um medicamento que está


na sua forma disponível para exercer seu efeito
terapêutico.

MEIA VIDA PLASMÁTICA

Parâmetro de tempo, onde ocorre redução de


50% da concentração máxima de um fármaco na
corrente sanguínea.
A meia vida é importante para se estabelecer um
esquema posológico correto.
Distribuição

Biodisponibilidade

PARÂMETROS AVALIADOS
Ligação à proteínas plasmáticas
(albumina)
Acúmulo do fármaco nos tecidos (ex.:
tiopental, halotano)

A LIGAÇÃO DEPENDE:
Afinidade pelas proteínas
Concentração do fármaco
Concentração das proteínas
Distribuição

Biodisponibilidade

Ou seja, a Biodisponibilidade é uma


propriedade biológica, avaliada após a
administração do medicamento no
organismo por uma via extravascular,
através da determinação de parâmetros
relacionados à absorção do fármaco.

Ela se refere à quantidade de fármaco


absorvido a partir da forma farmacêutica
administrada e à velocidade do processo
de absorção.
Distribuição

Biodisponibilidade

Por se tratar de um parâmetro


relacionado à ABSORÇÃO, não se aplica
a fármacos administrados por via
intravascular, uma vez que não ocorre
absorção nesta via.

Ou seja, por definição, um fármaco


administrado por via intravenosa é 100%
biodisponível.
Distribuição

Ligação do fármaco à
proteínas plasmáticas

A principal proteína plasmática é a albumina

FORMA LIGADA = RESERVATÓRIO


FORMA LIVRE = LIGA-SE RAPIDAMENTE À
RECEPTORES ESPECÍFICOS

AVES: têm baixa [ ] de albumina, logo a dose


a dose deve ser reduzida, porque ele ficará
em sua forma livre, levando a ave a ter
efeitos de toxicidade, quando comparados
com doses para cães e gatos.
Distribuição

Armazenamento em
outros tecidos

Medicamentos lipossolúveis ficam


armazenados em tecido adiposo

Ex: Halotano; Tiopental = afinidade por


tecido adiposo
Ex: Tetraciclinas = afinidade cálcio = tecido
ósseo

Estes fármacos não perdem sua função


mesmo estando armazenados no tecido
adiposo
Biotransformação - INATIVAÇÃO

É necessária para tornar substâncias mais


polares, mais hidrossolúveis para serem
eliminadas.

FÍGADO
TGI
PULMÕES
RINS
SANGUE

Pró-Droga: é um efeito que ocorre após a biotransformação


de alguns fármacos que aumentam seu potencial
farmacológico. Metabólito mais ativo!
fármaco vai passar por
esses dois processos -->

Freqüentemente, a mesma substância pode sofrer


biotransformação por diversas vias
Um metabólito pode, por sua vez, também sofrer
biotransformação
Biotransformação - INATIVAÇÃO

Fase I: Reações
enzimáticas

Convertem o fármaco original (ativo) em


um metabólito mais polar (hidrossolúvel)
Podem formar um composto ativo (mais
comum) ou inativo
Preparam o fármaco para a FASE II
Estas reações ocorrem no retículo
endoplasmático liso sob ação do sistema
da monooxigenase do citocromo P450
Citocromo P450 – “grande família de
enzimas”
Biotransformação - INATIVAÇÃO

Fase I: Reações
enzimáticas

S.M.M.D. (SISTEMA MICROSSOMAL DE


METABOLIZAÇÃO DE DROGAS)
Oxidases de funções mistas. Ex.:
Citocromo P450.
Enzimas não microssomais (Mitocondriais)
Monoaminooxidase (MAO)
Diaminooxidase (DAO)
Enzimas Citosólicas (do citosol dos
hepatócitos)
Esterases
Catalases
Amidases
Biotransformação - INATIVAÇÃO

Fase II: Reações de


Conjugação, Acoplamento
ou Acetilação
O metabolismo de Fase II ocorre no citoplasma
celular.
Envolve o processo de conjugação
Os produtos finais são compostos mais
hidrossolúveis e, portanto, mais facilmente
excretados.
Os fármacos são metabolizados em metabólitos
inativos, que são depois excretados.
Outros podem ser convertidos em metabólitos que
são ativos, isso é capazes de exercer sua própria
ação farmacológica.
Alguns medicamentos podem ainda ser
administrados como inativos, denominados pró-
fármacos, que só se tornam ativos quando são
metabolizados.
Biotransformação - INATIVAÇÃO

Fase II: Reações de


Conjugação, Acoplamento
ou Acetilação

O metabólito conjugado é em geral inativo e


mais polar que o seu precursor
Há formação de uma ligação covalente entre
um grupo funcional no composto original e o
ácido glicurônico, glutation, aminoácidos,
sulfatos e ou acetatos.
Grupos formadores de conjugados:
ÁCIDO GLICURÔNICO
METIL
ACETATO
GLICINA E GLUTAMINA
GLUTATIONA
Biotransformação - INATIVAÇÃO

Fase II: Reações de


Conjugação, Acoplamento
ou Acetilação

Ácido acetilsalicílico
Sofre hidrólise na fase I
Metabólito: ácido salicílico (ativo)
Fase II é conjugado ao ácido glucorônico
ou glicina, gerando o glicoronidio (inativo)
toma um fármaco inativo que vai gerar o metabólico ativo bla bla

Farmacos inativos Metabólitos ativos

Cortisona Hidrocortisona

não dar em gatos --> Prednisona Prednisolona


pois não metaboliza

Enalapril Enalaprilato
Fármacos ativos Metabólitos ativos

Diazepan Oxazepan

Fármacos ativos Metabólito tóxico

Halotano Ácido trifluruoacético

Paracetamol N-acetil-p-benzoquinona amina


Biotransformação - INATIVAÇÃO

Fatores importantes
Neonatos
Idosos
Interação medicamentosa
Podem inibir ou induzir
Analgésicos
Sedativos e tranquilizantes
Anticonvulsivantes
Barbitúricos (ex.: fenobarbital)
Anticoagulantes
Protetores de mucosa (Omeprazol)
Antibióticos (Eritromicina)
Biotransformação - INATIVAÇÃO

Fatores importantes

INDUÇÃO ENZIMÁTICA
Velocidade de biotransformação
hepática do fármaco
Velocidade de produção dos metabólitos
Depuração plasmática do fármaco
Meia-vida sérica do fármaco
Concentrações séricas do fármaco livre
e total
Efeitos farmacológicos se os metabólitos
forem inativos
Biotransformação - INATIVAÇÃO

Fatores importantes

INIBIÇÃO ENZIMÁTICA
Velocidade de produção de metabólitos
Depuração total
Meia vida do fármaco no soro
Concentrações séricas do fármaco livre
e total
Efeitos farmacológicos se os metabólitos
forem inativos
Biotransformação - INATIVAÇÃO

Tolerância metabólica

Alguns fármacos têm a capacidade de


induzir a síntese das enzimas (principalmente
do sistema microssomal).

Exemplo: Fenobarbital.
Biotransformação - INATIVAÇÃO

Felinos
São mais sensíveis a ação ou ainda a ocorrência
de efeitos colaterais, ou efeitos terapêuticos de
fármacos que para serem inativados sofrem
conjugação com o ácido glicurônico.
Deficiência da enzima da Fase II
Glicuronil transferase, logo produz menor
quantidade de ácido glicurônico.

Substâncias fenólicas (formaldeído), cresólicas


(creolina) são exemplos de substâncias que
podem levar os felinos a óbito, pois estes não
conseguem conjugar estas substâncias.

Ex.: AAS; Paracetamol (acetominofen)


Biotransformação - INATIVAÇÃO

Medicamentos não
indicados para felinos
Biotransformação - INATIVAÇÃO

Medicamentos usados
com cautela em felinos
Excreção

Excreção ou eliminação – Refere-se aos


processos pelos quais os fármacos são
efetivamente removidos do organismo.

Os rins são os principais órgãos de excreção.

Outras vias incluem os pulmões, o leite


materno, o suor, as lágrimas, as fezes, a bile e
saliva.
Excreção

Já a excreção pulmonar, por sua vez, é


importante na eliminação dos gases e
vapores anestésicos.

As substâncias ativas excretadas nas fezes,


são ingeridos por via oral

Pela via biliar normalmente são excretados


fármacos de alto peso molecular
Excreção

Os fármacos são, na sua maior parte, removidos


do corpo através da urina, na forma inalterada
ou como metabólitos polares (ionizados).

Ou seja, os rins filtram medicamentos da corrente


sangüínea e excretam essas substâncias na urina.

As unidades anatômicas funcionais do rim são os


néfrons.

Cada rim é formado por cerca de um milhão de


néfrons, que serão capazes de formar a urina.
Excreção

Três processos determinam a excreção renal dos


fármacos:
Filtração glomerular,
Reabsorção tubular passiva e
Secreção tubular ativa.

A excreção renal total = excreção por filtração


+ excreção por secreção – retenção por
reabsorção.
Excreção

Excreção renal:
Rim - Mais importante órgão excretor;

Formas não ionizadas são reabsorvidas;

Dependente do pH da urina:
- urina alcalina – favorece a excreção
dos ácidos fracos;
- urina ácida – favorece a excreção
das bases fracas;
Excreção

Clearance é um termo inglês usado


universalmente para indicar a remoção
completa de determinada substância de um
volume específico de sangue na unidade de
tempo.

A depuração renal ou “clearance renal” é a


avaliação da capacidade renal em
remover substâncias do plasma, ou o volume
de plasma depurado de fármaco na
unidade de tempo (Vol/tempo).
Excreção

A depuração por vários órgãos de


eliminação é aditiva.
A eliminação de um fármaco pode ser o
resultado de processos que ocorrem no rim,
fígado e outros órgãos.
A depuração sistêmica total é a soma de
todas as taxas de depuração.

Cl Total = Cl renal + Cl hepático + Cl


outros*
*Refere-se a vias de excreção como lágrimas,
saliva suor e fezes
Excreção

Um medicamento ou metabólito deve ser


solúvel em água e não deve estar ligado
muito fortemente às proteínas plasmáticas
para ser excretado eficazmente.

Se alteração renal/hepática - pode


ajustar a dose de determinado
medicamento que é eliminado pelos
rins/fígado.
Excreção

Meia-vida
MEIA-VIDA: representa o tempo gasto para
que a concentração plasmática ou a
quantidade original de um fármaco no
organismo se reduza à metade.

A cada intervalo de tempo correspondente a


uma meia-vida, a concentração decresce em
50% do valor que tinha no início do período.

Os fatores que afetam a meia-vida incluem a


velocidade de absorção, metabolismo e
excreção.
BORA PRA ATIVIDADE II!

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