APS Finalizada
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DIREITO – NOITE
ARTIGO ACADÊMICO
PAULÍNIA - SP
2021
ANA BEATRYS CARREIRO GUIMARÃES
JULIANA CUSTÓDIO SIMÕES
KATRYNE MARTINS BERGAMASCO
MATHEUS PASSOS DE SOUZA
PENELOPE ROBERTA ABRANTES DA SILVA
PAULÍNIA-SP
2021
Sumário
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 5
2. HISTORICIDADE DO ATIVISMO PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA As
MULHERES. .............................................................................................................. 6
3. SURGIMENTO DA LEGISÇÃO CONTRA OS CRIMES PTRATICADOS ÀS
MULHERES: LEI Nº 11.340 DE 7 DE AGOSTO. ....................................................... 8
4. ORIGEM DA LEI MARIA DA PENHA .................................................................. 9
5. MUDANÇAS PROMOVIDAS PELA LEI Nº 11.340 ............................................ 12
5.1. Assistência Especializados de Atendimento à Mulher .......................................................... 13
5.2. Serviços Especializados ......................................................................................................... 13
5.3. Centros Especializado de Atendimento à Mulher ................................................................. 14
5.4. Casas-Abrigo ......................................................................................................................... 14
5.5. Casas de Acolhimento Provisório ......................................................................................... 14
5.6. Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) ............................................ 14
5.7. 3Defensorias Públicas e Defensorias da Mulher (Especializadas) ......................................... 14
5.8. Juizados Especializados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher: ...................... 14
5.9. Assistência ao Homem ......................................................................................................... 15
5.10. Figura Típica ..................................................................................................................... 15
5.11. Mudanças nos procedimentos normativos ...................................................................... 15
5.12. Mudanças Culturais .......................................................................................................... 16
5.13. Indenização ao SUS ........................................................................................................... 17
5.14. ASPECTO NEGATIVO ......................................................................................................... 17
6. CONCLUSÃO .................................................................................................... 18
METODOLOGIA
A Metodologia aplicada para o desenvolvimento do presente trabalho foi ao método
de Pesquisa Bibliográfica, foi realizado pesquisa em artigos e sites que puderam
ajudar no desenvolvimento e enriquecimento de informações necessárias para que
pudéssemos identificar as problemáticas do tema escolhido.
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar de que forma a Lei para prevenir
e punir crimes praticados contra às mulheres se consolidou no Brasil. Quais
movimentos e mobilizações foram necessárias para finalmente houvesse disposição
do Estado para promover acima de tudo proteção para as mulheres.
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da penha que o esposo procurou encobrir a agressão alegando ter havido uma
tentativa de roubo e agressão por parte de ladrões que teriam fugido. Duas semanas
depois de a Senhora Fernandes regressar do hospital, e estando ela em recuperação,
sofreu um segundo atentado contra sua vida por parte do Senhor Heredia Viveiros,
que teria procurado eletrocutá-la enquanto se tomava banho. Heredia Viveiros agiu
antes da agressão pois tentou convencer a esposa de fazer um seguro de vida a favor
dele e, cinco dias antes de agredi-la, procurou obrigá-la a assinar um documento de
venda do carro, de propriedade dela, sem que constasse do documento o nome do
comprador. Comprovava a autoria do atentado por parte do agressor apesar de este
sustentar que a agressão fora cometida por ladrões que pretendiam entrar na
residência comum. Durante a tramitação judicial foram apresentadas provas que
demonstram que tinha a intenção de matá-la, e foi encontrada na casa uma
espingarda de sua propriedade, o que contradiz sua declaração de que não possuía
armas de fogo. Análises posteriores indicaram que a arma encontrada foi a utilizada
no delito. A versão em que Marcos Antônio declarou a polícia foi posteriormente
desmentida pela perícia. Com base em tudo isso, o Ministério Público apresentou sua
denúncia em 28 de setembro de 1984, como ação penal pública perante a primeira
Vara Criminal de Fortaleza, Estado do Ceará. Maria da Penha voltou para casa de
sua recuperação quatro meses depois do fato, conseguiu dar seu depoimento; o
delegado chamou Marcos novamente para depor, assim ter o fechamento do caso.
Marcos não se lembrava do que havia dito há quatro meses antes em seu primeiro
depoimento entrou em contradição com a própria história. Marco Antônio Heredia
Viveros foi indiciado como autor de tentativa de homicídio. O primeiro julgamento de
marco Antônio aconteceu em 1991, oito anos após o crime, o caso tardou oito anos a
chegar a decisão por um Júri, que em quatro de maio de 1991, O juiz proferiu sentença
condenatória contra o Senhor Viveiros, aplicando-lhe, por seu grau de culpabilidade
na agressão e tentativa de homicídio. Sentenciou o agressor a 15 anos de prisão por
votos dos setes jurados que foram sorteados para formar o Conselho de Sentença,
seis votos “culpados” e um “inocente”, mas, a defesa apresentou um recurso de
apelação contra a decisão do júri. Esse recurso, segundo o art. 479 do Código
Processual Penal brasileiro.
A criação da Lei Maria da Penha veio como uma maneira de difundir princípios
constitucionais como a igualdade de gêneros e dignidade humana, que apesar de
constitucionais não tinham o alcance ou a utilização precisa sob o enfoque feminino,
sem dúvidas, simbolizou um dos marcos mais importantes para uma das pautas
femininas mais relevantes do nosso país, além de assegurar Direitos e garantias para
a proteção da mulher, em teoria este seria umas das Leis mais benéficas para
resguardar a integridade física, moral e social da mulher frente a violência.
A forma de punir os agressores mudou, além de mudanças na tipificação. A violência
parou de ser vista como mera desavença familiar e ganhou sustentação e relevância,
anteriormente existia um total retrocesso penal sobre o combate à violência contra a
mulher, a impunidade era efetivamente notória, os agressores não sentiam o peso de
suas atitudes e quase sempre respondiam em liberdade.
Mudanças na legislação possibilitaram criação de redes de atendimento às vítimas.
Além disso é possível se aplicar medidas protetivas que afasta o agressor do lar e até
mesmo fica proibido de se aproximar da vítima. O grupo busca frisar que não entrara
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no mérito das medidas protetivas e sua efetividade, cabendo dizer que está é mais
uma das diversas mudanças influenciadas pela presente Lei.
É importante citar mais uma vez que, a Lei trouxe mudanças legais, mas houve
também impactos culturais, sociais, seja com a implantação de políticas públicas,
serviços especializados, tipificação penal por meio de penas seja de multa, privativas
de liberdade ou restritivas de direitos, todas essas modalidades citadas iremos tratas
abaixo.
Abaixo buscamos dar ênfase em alguns serviços especializados, lembrando que não
podemos averiguar se estes seriam serviços diretamente ligados a lei maria da penha,
porém é notório que a lei alavancou e influenciou muitos dos presentes, além disso,
por força legal a própria lei cria a possibilidade de se existir alguns destes serviços,
segundo a Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), permite a criação dos Juizados com
profissionais especializados nas áreas psicossocial, jurídica e da saúde.
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Estes centros têm um papel nobre a fim de resgatar a cidadania feminina, através de
atendimentos psicológico e social, com orientação jurídica, trataremos também mais
abaixo sobre a assistência masculina, porém esta seria uma maneira de ajudar a
sanar a reincidência masculina na prática de violência doméstica.
5.4. Casas-Abrigo
Esta são abrigos temporários com curta duração, não-sigilosos, para as vítimas
acompanhadas ou não de seus dependentes, além disso a casa de acolhimento busca
prestar assessoria física e mental.
Órgão responsável por dar assistência jurídica, com finalidade gratuita aos cidadãos
sem condições econômicas de ter advogado, além de garantir às mulheres orientação
jurídica especializada.
Um fato é sobre a igualdade de gênero através da lei 13.984/20 que alterou o artigo
22(lei maria da penha) visando prestar assistência também ao agressor, não como
uma maneira de afirmar que ele seria uma vítima, deixando de ser sujeito ativo e
passando a ser sujeito passivo da agressão, longe disso, a alteração foi feita de forma
técnica, segundo qual foi constatado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública,
entre os anos de 2019 e 2020, percebeu que houve aumento de participação de
agressores à grupos reflexivos, sendo assim, a título de medida protetiva de urgência,
o comparecimento obrigatório do agressor para atendimento psicossocial e
pedagógico como prática de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a
mulher, algo que permite o homem refletir e se colocar em pé de igualdade com o
gênero feminino, isso porque muitos dos agressores são reincidentes específicos, ou
seja, a aplicação da pena não é suficiente para sanar tais transgressões violentas.
Hoje se tem uma figura típica sobre a violência contra a mulher, o bem jurídico
protegido não se limita à integridade corporal e à saúde da pessoa humana, mas
também abrangem, a harmonia, a solidariedade, o respeito, a dignidade, aspectos
esses que fundamentam a célula familiar.
Além de novos artigos a Lei Maria da Penha, ganhou reforço de outras normas, uma
das mais importantes é a Lei do feminicídio. De forma sucinta ela mudou o Código
Penal, incluindo como qualificador do crime de homicídio o feminicídio.
Vale lembrar que não basta a vítima ser mulher esta deve se enquadrar nos quesitos
estipulados pela lei, sendo preciso verifica-se se a motivação ou as circunstâncias do
fato se envolvem com violência doméstica, familiar, ou discriminação contra a
condição de ser mulher. Não fica configura feminicídio, se a vítima morre em assalto,
brigas generalizadas entre desconhecidos, ou se é vítima de outra mulher.
Antes da Lei maria da Penha a violência doméstica era punida de forma pejorativa,
como exemplo, a Lei 9.099/95 via muitos crimes domésticos como crimes de menor
potencial ofensivo. em total desacordo com as previsões legais da própria constituição
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federal quando em seu artigo Art. 226 disponha em seu. § 8º “O Estado assegurará a
assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos
para coibir a violência no âmbito de suas relações”. Aí se faz a pergunta, como
assegurar assistência minimamente efetiva à mulher se o próprio poder jurídico se
omitia e não dava a real importância ao assunto. Com o novo diploma legal a Lei maria
da penha afastou a utilização da Lei 9.099/95 nos casos de violência doméstica em
que a mesma via a violência doméstica como crime de leve potencial ofensivo.
Anteriormente o agressor era “presenteado” com penas pecuniárias, medidas
alternativas, ou seja, bastaria o pagamento de uma simples contia e a covardia poderia
sair “empune”, alguns artigos da Lei maria da penha como já mencionado tiveram que
ser alterados, levando em conta a evolução da sociedade, buscando assim garantir
ainda mais proteção as vítimas um exemplo é a Lei 13.505/17, que promove o
atendimento por policiais e outros especialistas do sexo feminino. Algo ainda mais
importante é o fato que mulheres com deficiência ganharam relevância, sendo assim,
o agressor que agride vítima com deficiência fica passível de aumento da pena.
Outra conquista é o fato que a lei também proíbe a aplicação de penas pecuniárias
aos agressores, ampliando a pena de um para até três anos de prisão, e
descumprimento de medidas protetivas configura crime variando de 3 messes a 2
anos de prisão. Conteúdos pornográficos que dizem respeito ao íntimo e postados
sem autorização também ganharam relevância e são passiveis de punição.
6. CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
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especializados-de-atendimento-a-mulher
https://correiodoestado.com.br/cidades/o-que-mudou-com-a-lei-maria-da-penha-nos-
ultimos-14-anos/376429
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