Desconstruindo o Machismo
Desconstruindo o Machismo
Desconstruindo o Machismo
CURSO DE DIREITO
a todos aqueles que transformam seus dias na luta incansável contra o machismo e
a violência de gênero.
Em especial:
à minha orientadora, Professora Elizabeth, que faz dos seus dias uma luta
incansável para que não se percam mulheres para a violência e, com exemplo de
amor e bondade, encoraja a todos ao seu redor para fazerem parte dessa militância,
sempre avante!
À minha estimada sogra, que se tornou uma grande amiga e inspiração de força e
perseverança por toda sua história de vida: sofreu violência doméstica, divorciou-se
em uma sociedade machista (dada sua época), perdeu uma filha em acidente aéreo
e, ainda assim, nunca desistiu de levar amor e alegria por onde passa. Apoiou-me
de todas as formas, para que, em minha realização pessoal, tivesse seu sonho
cumprido, principalmente, o da formação acadêmica.
AGRADECIMENTOS
A Deus, que é o primeiro nome a constar aqui; o meu sustento, a mão que guia
meus passos e os braços que me carregam no colo quando não sei como continuar.
Ao Valter e à Sirlei, meus pais, que me ensinaram a nunca olhar para trás,
perseverando com foco, força e fé.
Mais uma vez, à minha orientadora, Elisabete, por perseverar comigo, tornando
possível a completude exitosa desse estudo; por sua magnitude e pela honrosa
oportunidade de poder ter sido sua aluna.
Por fim, agradeço a mim, pela conclusão de mais um ciclo de minha vida
acadêmica, pelo término deste trabalho de conclusão em meio a inúmeras intempéries
mundiais e pessoais, o que não tirou o brilho de ter concluído a redação destas
páginas.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................07
5 CONCLUSÃO........................................................................................................106
REFERÊNCIAS........................................................................................................112
ANEXO I...................................................................................................................129
7
1 INTRODUÇÃO
Dominar é uma habilidade aprendida pelo ser humano para exercer o domínio
e a influência sobre algo ou alguém. Pode-se pensar no controle sobre sentimentos e
emoções, no conhecimento de determinada disciplina e área do saber, numa relação
em que um ser exerça poder sobre outro, como nos vínculos trabalhistas, citando,
como exemplo, conforme nos conta a história, as relações de senhor e escravo. De
11
1
Elizabeth I (1533-1603) foi rainha da Inglaterra de 1558 até 1603, ano de sua morte. Durante seu
reinado, a Inglaterra tornou-se o principal centro financeiro da Europa. Elizabeth desenvolve o comércio
e a indústria, institui algumas leis trabalhistas e incentiva o renascimento das artes, que florescem em
seu tempo. Por uma combinação de motivos pessoais e políticos, Elizabeth I reluta em escolher um
marido e acaba não se casando, o que a deixa sem herdeiros. Já no leito de morte, indica como
sucessor o filho de Mary Stuart, James IV da Escócia, que se torna James I da Inglaterra.
(SOHISTORIA, 2020, TEXTO DIGITAL)
2IsabelI de Castela, também conhecida como Isabel, a Católica, nasceu em 22 de novembro de 1451,
em Madrigal de Altas Torres e faleceu em 26 de novembro de 1504, em Medina del Campo. Não estava
destinada a herdar a coroa de Castela, pois era a terceira na linha de sucessão. No entanto, as intrigas
com os nobres, as alianças matrimoniais e a rejeição da nobreza castelhana ao seu meio-irmão
Henrique IV, a elevaram como rainha de Castela. Responsáveis pela expansão da igreja católica.
(BEZERRA, 2019, TEXTO DIGITAL)
13
3
Émile Durkeim (1858-1917) integrou um grupo de cientistas considerados fundadores da sociologia.
Sustentou a tese de que a coesão da sociedade independe das crenças e valores de cada indivíduo,
mas nos códigos e regras de conduta que estabelecem direitos e deveres que se expressam em
normas jurídicas: o direito. (FRAZÂO, 2019, TEXTO DIGITAL)
4
Max Weber (1864 – 1920), um importante sociólogo e destacado economista alemão, vivenciou o
período das primeiras disputas sobre a metodologia das ciências sociais no seu país, Alemanha. Max
Weber procurou compreender a inter-relação de todos os fatores que influíam para a construção de
uma estrutura social, e em particular reivindicou a importância dos elementos culturais e a mentalidade
coletiva na evolução histórica. Politicamente, Weber foi um liberal democrata e reformista, que
contribuiu para fundar o Partido Democrata Alemão. Criticou os objetivos expansionistas de seu país
durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). (FRAZÂO, 2019, TEXTO DIGITAL)
15
5
O período neolítico é também chamado de Idade da Pedra Polida, é o segundo da pré-história, pois
foi um período que os instrumentos começam a ser produzidos através do polimento da pedra e do fio
de corte. Foi nesse período que ocorreu uma mudança no clima, aumento do nível do mar, formação
de desertos. Foi no período neolítico que ocorre o desenvolvimento das atividades de agricultura e
pastoreio. (TODA MATÉRIA, 2019, TEXTO DIGITAL)
17
6
O modo capitalismo é conhecido pelas relações assalariadas e de produção, movido por lucro,
diferencia-se por duas classes sociais: burguesia e o trabalhador; o modo de produção feudal é
reconhecido pela ralação senhores x servos, os servos não eram tidos como propriedade dos seus
senhores, mas trabalhavam em troca de moradia e alimentos; o modo escravista, os escravos tinham
um dono, o seu senhor, trabalhavam para os seus donos sem receber nada, tratados como um animal,
uma relação de domínio e sujeição. (PETRIN, 2015, TEXTO DIGITAL)
18
ele continua a imperar sobre a mulher até hoje, conforme pode-se concluir da obra do
autor supracitado.
Na opinião de Pateman (1993), a partir desse contrato sexual, atribuiu-se à
mulher o que é privado e, ao homem, o que é público. Como constructo natural da
vida civil, “[...] um novo mecanismo de subordinação e disciplina permitiu que os
homens tomassem conta dos corpos e das vidas das mulheres” (PATEMAN, 1993, p.
34). Com a modernização das relações entre eles, além de dar continuidade à
submissão feminina, prossegue a soberania masculina, ratificando o domínio do
homem sobre a mulher.
Outrossim, a dominação masculina estabeleceu-se a partir das tradições
culturais, conforme esclarece Saffioti:
A desigualdade, longe de ser natural, é posta pela tradição cultural, pelas
estruturas de poder, pelos agentes envolvidos na trama de relações sociais.
Nas relações entre homens e entre mulheres, a desigualdade de gênero não
é dada, mas pode ser construída, e o é, com frequência. (SAFFIOTI, 2015, p.
75)
que seu confinamento à vida privada, “naturalmente”, lhe atribuísse como sexo
feminino, frágil.
Embora essa seja uma narrativa histórica, ela se parece com os dias atuais, pelo
fato da mulher, ou exercer a tarefa de “boa mãe”, ou de uma “boa profissional”, não
sendo possível conciliar as duas atividades. Mesmo que tenha abdicado de construir
uma família para dedicar-se à vida profissional, a equiparação salarial existe somente
“no papel”, art. 461 da CLT7; na prática, a mulher terá que se eximir de amamentar, o
que dificulta que exerça cargos de liderança e de maior governança.
De acordo com Eleutério (2017), a posição da mulher como inferior ao homem
e a consequente limitação às condições criadas por tradições culturais coloca-a em
situação de exclusão e de discriminação, o que se configura como uma das formas
de violência de gênero. Os direitos assegurados ainda são insuficientes para efetivar
a igualdade e o respeito às mulheres, o que faz surgir várias indagações sobre a
desigualdade, provida por um processo estrutural e enraizada no seio da sociedade.
(ELEUTÉRIO, 2017)
Nessa mesma linha de raciocínio, Santos (2010) argumenta que vivemos, na
contemporaneidade, a velha cultura patriarcal sistematizada, que coloca a mulher
numa posição desigual, inferior à do homem, pois é discriminada em todas as áreas,
tendo acesso desproporcional aos recursos necessários à vida, como, por exemplo,
diferenças salariais, profissões tipicamente masculinas ou femininas, entre outros
aspectos.
Segundo Adichie (2014), a sociedade impõe como devemos ser, em vez de
reconhecer como queremos ser. “A questão de gênero, como estabelecida hoje em
dia, é uma injustiça” (ADICHIE, 2014, TEXTO DIGITAL). Se não fosse o peso das
expectativas de gênero, impostas pela sociedade, seríamos mais felizes.
Conforme Saffioti (2015), o conceito de gênero tem a ver com a imagem
construída pela sociedade, relativa ao sexo feminino e masculino; representa-a por
“uma categoria social, histórica, se tomada em sua dimensão meramente descritiva”
(SAFFIOTI, 2015, p. 117), sendo o gênero um recurso que refuta o essencialismo
biológico.
7
“Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor prestado ao mesmo
empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo,
nacionalidade ou idade. ” (BRASIL, 1943, TEXTO DIGITAL)
21
para alcançarem êxito, devem ser reproduzidas entre e para todos os que vivem em
determinado lugar, uma vez que o fatalismo está sistematicamente engessado na
realidade social de cada cultura, o que justifica a internalização da dominação e o
próprio conformismo.
Destarte, a mulher subordina-se a condutas culturalmente construídas e acata
em silêncio a vida que não escolheu, mas para a qual foi designada, como herança
de uma sociedade erroneamente construída. Para Schmidt (2012), desde os primeiros
anos de vida, as crianças do sexo feminino eram ensinadas a assumirem o papel
reservado pela “natureza”, casamento ou vida religiosa, destinadas a cuidar do
marido, educar os filhos e administrar a casa. “A desgraça é que as opiniões
adquiridas na infância são as que marcam mais profundamente o homem. É preciso
nada menos do que toda uma vida para eliminar esses maus hábitos. Mesmo assim,
poucos conseguem” (BADINTER, 1980, p. 62), mudar os padrões estabelecidos, que
moldaram a estrutura social de dominação masculina e produziram o gênero feminino.
Antunes e Bigliardi discorrem a respeito da perpetuação do patriarcado sobre a
mulher:
A cultura ocidental, sustentada nos valores da cultura patriarcal, mantém um
sistema fechado de conversações em que a forma de pensar, as emoções e
as ações individuais e grupais são coordenadas para a dominação através
da apropriação da verdade. Neste contexto cultural, os desacordos e
divergências de opiniões não são considerados expressões legítimas, mas
são percebidas como ameaças a serem neutralizadas pelo controle do outro.
Sob a justificativa de que o outro está equivocado, ele pode ser eliminado.
(ANTUNES; BIGLIARDI, 2018, p. 27)
As mulheres foram educadas para renunciar seus desejos e sonhos, sem poder
expressar-se e opinar, devendo somente corresponder às expectativas impostas pelo
homem, para, em troca, receberem alimentação, proteção e sustento. Explica
Badinter: “A opção dessas mulheres era determinada pela influência da ideologia
dominante. A autoridade do pai e do esposo domina a célula familiar”. (BADINTER,
1980, p. 77)
Segundo Almeida (2013), a posse da mulher era transferida do pai ao marido.
Cabia às mulheres se preservarem virgens para o casamento e, caso não fossem,
seriam condenadas à morte, seguindo a tradição hebraica, em caso de adultério,
seriam apedrejadas em praça pública.
Castidade e abnegação eram as palavras de ordem em meados do século XIX;
a dessexualização do corpo era a ideologia de que a mulher não poderia sentir prazer
24
durante o coito. A fim de evitar a fomentação sexual, era pecaminoso o prazer, o sexo
era única e exclusivamente ato de procriação. (GOSTINSKI; MARTINS, 2017)
Ainda, Gostinski e Martins, sobre o papel social imposto ao gênero feminino:
Na esfera educacional, há teorias que se pretendem sustentam o
essencialismo de gênero. Esse pensamento defende que uma convivência
relacional homem-mulher pautada pela superioridade da razão masculina,
determinada pela sua anatomia convexa e, por consequência, ocupação inata
do espaço público. Tal razão seria auxiliada pela emoção da mulher (a
anatomia côncava), desde que, lógico, controlada conforme a vontade do
homem e restrita aos espaços privados - daí se reforça a compreensão de
que o lugar da mulher é no lar. (GOSTINSKI; MARTINS, 2017, p.123)
Bourdieu (2019) explica que a mulher foi sujeitada de tal forma à dominação
masculina que o próprio ato sexual é pensado em função da masculinidade: a posição
“amorosa” em que a mulher se coloca sobre o homem é uma prática proibida em
inúmeras civilizações, o que permite inferir que a mulher é destinada a reduzir-se à
condição de instrumento de produção e de reprodução do capital simbólico e social,
tendo como dispositivo central o mercado patrimonial, que está na base de toda
estrutura social e reduz a mulher a objeto em poder dos homens. (BOURDIEU, 2019)
O mercado patrimonial, além de potencializar o capital simbólico, propicia ao
homem criar condições de exploração do papel da mulher, para satisfação de suas
vontades. Para Arendt (2007, p.36), “o paterfamilias, o dominus reinava em casa onde
mantinha seus escravos e seus familiares”, não só por reinar na esfera pública, “mas
porque o domínio absoluto e inconsciente e a esfera política propriamente dita eram
mutuamente exclusivas” (p.36-37) do homem. Isto posto, restou à mulher a submissão
aos estereótipos que lhe foram atribuídos.
Gostinski e Martins discorrem sobre os atributos impostos ao gênero feminino:
A partir dessa ideologia, a mulher, para ser respeitada, deveria: (a) manter
um determinado comportamento, desenvolvendo a abnegação, a castidade,
a submissão, especialmente, aos homens; (b) casar-se, mantendo-se casta;
e (c) exercer a maternidade. Logicamente, toda a construção de seu
comportamento remanesceria com o objetivo de alcançar um casamento. A
partir daí, tem-se a visualização da tentativa de se naturalizar que a mulher
não é sujeito por si mesma, mas somente quando à submissão de um
homem. (GOSTINSKI; MARTINS, 2017, p. 124)
26
Saffioti (2001) conclui que a estrutura social educou o homem para dominar,
ensinou a mulher a servi-lo, restringiu a mulher ao espaço privado, de forma a conduzi-
la ao favoritismo masculino. Beauvoir (2019) aduz que a mulher não nasce mulher,
ela torna-se mulher.
De acordo com Bourdieu (2019), a concordância com a estruturação social da
divisão pré-existencial oficializa a ordem estabelecida, a mulher reduzida ao que é
menor e inferior, inapta para as possibilidades e tarefas exclusivas ao homem,
considerado ativo e superior.
Aristóteles8 (1998), permeador da história da filosofia, defende a distinção entre
os sexos, a divisão entre o bem e o mal, como um acidente natural, que reserva ao
homem a conquista humana, capacitado para ser ativo e ter sucesso. Já, a mulher, é
considerada um ser inacabado, naturalmente inferior ao homem e incapaz para
exercer funções na vida pública e política.
8
Aristóteles (384 a.C-322.a.C) filósofo grego, considerado fundador da lógica, suas obras foram forte
influência na teologia cristã da idade média. Elaborou um sistema filosófico que abordou sobre
praticamente todos os assuntos existentes, como a geometria, física, metafísica, botânica, zoologia,
astronomia, medicina, psicologia, ética, drama, poesia, retórica, matemática e principalmente lógica.
(FRAZÂO, 2019, TEXTO DIGITAL)
27
A violência que o homem utiliza para impor sua vontade vai além do emprego
de força física. De acordo com a Convenção de Belém do Pará (1994), em seu art. 1°,
denomina-se violência contra a mulher, qualquer conduta, de ação ou omissão,
baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico
à mulher, no ambiente público ou privado.
Para Cardoso (2010), a palavra violência tem origem no latim vis, que significa
força, pode-se conceituá-la como abuso da própria força, um ato de brutalidade em
suas várias formas de manifestação, que “afeta a saúde, a vida; produz enfermidades,
danos psicológicos e também pode provocar a morte” (p. 41). Configura-se como
violência qualquer comportamento que cause danos a outrem, frequentemente em
relações afetivas em que há poder e domínio do homem sobre a mulher. (CARDOSO,
2010)
Saffioti descreve as consequências da violência:
Assim, o entendimento popular da violência apoia-se num conceito durante
muito tempo, e ainda hoje, aceito como o verdadeiro e o único. Trata-se da
violência como ruptura de qualquer forma de integridade da vítima:
integridade física, integridade psíquica, integridade sexual, integridade moral.
Observa-se que apenas a psíquica e a moral situam-se fora do palpável.
Ainda assim, caso a violência psíquica enlouqueça a vítima, como pode
ocorrer e ocorre com certa frequência, como resultado da prática da tortura,
razões de ordem política ou de cárcere privado, isolando-se a vítima de
qualquer comunicação via rádio ou televisão e de qualquer contato humano
–, ela torna-se palpável. Como o ser humano é gregário, os efeitos do
isolamento podem ser trágicos. Mesmo não se tratando de efeitos tangíveis,
são passíveis de mensuração. (SAFFIOTI, 2015, p.18)
A autora alerta que as feridas do corpo podem ser tratadas e curadas com
grande êxito, as feridas da alma podem ser tratadas, igualmente, mas a probabilidade
de sucesso no que se refere à cura, na maioria dos casos, não é exitosa.
Para Jesus (2015), nas mais diversas áreas disciplinares das Ciências
Humanas e Sociais, estudos identificam os principais tipos de violência contra a
mulher: violência sexual, violência doméstica ou familiar, assédio sexual, assédio
moral e feminicídio.
Cardoso (2010) define e caracteriza a violência:
É o ato de brutalidade, constrangimento, abuso, proibição, desrespeito,
discriminação, imposição, invasão, ofensa, agressão física, psíquica, moral
ou patrimonial contra alguém, caracterizando relações que se baseiam na
ofensa e na intimidação pelo medo e terror. (CARDOSO, 2010, p. 40)
ensino, enfim, por onde andar, a mulher percebe que é vítima do machismo
estruturado nas relações sociais estabelecidas.
Davis (2017) cita algumas formas de violência sexual sofridas pelas mulheres,
entre elas, o estupro, a intimidação sexual, o espancamento, o estupro conjugal, o
abuso sexual de crianças e os incestos.
A violência doméstica ou familiar encontra-se embasada nos art. 5° e 7° da Lei
n° 11.340/2006, que Bianchini (2018) caracteriza como questão de gênero, cometida
no contexto familiar ou doméstico ou em razão de uma relação íntima de afeto,
resultando em morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
patrimonial.
O assédio sexual, para Jesus (2015), diz respeito a atitudes de abordagem
íntima ou sexual, não desejáveis por quem as recebe. O assédio moral refere-se à
violência contra o empregado, trata-se de ações repetitivas de caráter violento da
parte de quem está na posição superior hierárquica.
O feminicídio, para Souza e Japiassú (2020), é palavra usada nos países latino-
americanos para referir-se ao assassinato de mulheres por motivos de gênero, trata-
se da morte da mulher em contexto discriminatório e de menosprezo.
A violência, conforme Arendt (1994), pode ser comparada às forças do
governo, cuja superioridade, enquanto absoluta e não confrontada, está intacta, mas,
caso haja desobediência, as forças do exército ou da polícia estarão prontas para
usarem armas: “Onde o poder desintegrou-se, as revelações são possíveis”
(ARENDT, 1994, p. 39). A masculinidade ressalta suas características de vigor
quando o homem é confrontado e usa a violência para manter a posição de poder.
A violência contra a mulher é um flagelo social, um problema universal, que
afeta todos os países do mundo, de forma generalizada. Podemos considerá-la uma
“pandemia”, que, para Barin (2016), tomou corpo na década de 70 através dos
movimentos sociais feministas, uma vez que se vivia um momento de transição social,
de reestruturação familiar com a incorporação da mulher no mercado de trabalho,
além dos inúmeros movimentos pela libertação feminina e da instituição dos direitos
civis da mulher. (BARIN, 2016)
Destarte, aos poucos, houve avanços em relação ao que estava restrito aos
debates na esfera pública e restrito às mulheres. O modelo de direito discriminador
passou para um modelo neutro e, progressivamente, para o direito igualitário. Essa
evolução de conquistas legais e sociais culminou no combate à violência doméstica,
32
9
Casa de transição de suporte, com objetivo de atender pessoas de todas as idades e raça,
promovendo parcerias intersetoriais para que o fim da violência seja adotado como uma
responsabilidade de todos. (Tradução livre)
10Refuge é uma instituição de caridade do Reino Unido que fornece apoio especializado a mulheres e
crianças que sofrem violência doméstica, 24 horas. (Tradução livre)
11Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em
direitos e obrigações, nos termos desta Constituição. (BRASIL, 1988, TEXTO DIGITAL)
33
Violência doméstica:
Violência doméstica é definida como sendo a que acontece dentro da família,
nas relações entre membros da comunidade familiar, formada por vínculos
de parentesco natural, como pai, mãe e filhos, ou parentesco civil, como
marido, sogra, padrasto, dentre outros e o parentesco por afinidade como é
o que ocorre entre primos, tio ou marido. A violência doméstica é considerada
como sendo o tipo de violência que ocorre entre membros de uma mesma
família ou que partilham do mesmo espaço de habitação. Tal circunstância
faz com que seja um problema muito complexo, pois entra na intimidade das
famílias e das pessoas, agravada pelo fato de não ter, geralmente,
testemunhas e é exercida em espaços privados. (CARDOSO, 2010, p. 44-45)
Cuschnir e Mardegan Jr. (2001) explicam que o imaginário juvenil sobre o que
é ser “homem” já era inserido através dos personagens X-Men, Batman e Super-
Homen, além do Capitão América e o Homem-de-Ferro, que retratavam marcas
profundas de conflitos e solidão por serem incompreendidos, suas máscaras e
fantasias serviam para esconder quem eram de verdade. Para os homens, é essencial
esconder o que sentem, caso contrário, poderão ser discriminados, demonstrar
sentimentos é coisa de mulher e não de macho. (CUSCHNIR; MARDEGAN JR., 2001)
Outra forma de violência contra a mulher, ministrada pelo machismo, é o culto
à beleza, que desenha um “modelo de corpo ideal”, que, de certa forma, impõe
violência à mulher, como, por exemplo: violência física, através de procedimentos
cirúrgicos; violência psicológica, ao sentir-se culpada pelo consumo “excessivo” de
alimentos. Tudo isso, para alcançar um padrão de beleza, imposto pela sociedade,
que dá ao masculino, o status quo, quando, ao lado de uma mulher “bela”, reforça sua
virilidade na sociedade: “sua ‘beleza’ confere status ao homem aos olhos de outros
homens” (Wolf, 2019, p. 255).
Esse modelo de beleza é incentivado culturalmente pelos conteúdos de
marketing. Para Wolf (2019, p. 120), “o estupro é a metáfora publicitária moderna”. O
culto à beleza da mulher torna-a objeto que deriva de outros monopólios de produção
econômica, como revistas, cinema e televisão, que, diariamente, exercem pressão
para a disseminação de conteúdo. Esse mercado, que utiliza os padrões de beleza,
contribui para reforçar a cultura machista, ao lado das letras de músicas com
mensagens misóginas.
Vieira (2012) argumenta que a cultura está representada nas letras de músicas,
que, em especial, são aliadas no desenvolvimento da mentalidade humana, como, por
exemplo, o trecho de uma música de Amado Batista, que retrata a conduta machista:
“não vendo ela no salão por ela procurei/ fiquei sabendo que ela estava no quarto
vendendo o amor que leguei/ me vi completamente louco de arma na mão/ quebrando
a porta do quarto atirei sem perdão” (p. 100); portanto, a música revela-se como
influenciadora, uma vez que o trecho descreve uma das motivações que leva o homem
a cometer feminicídio, quando não aceita o término do relacionamento.
Conforme Noronha (2018), o sentimento de posse do homem sobre a mulher é
uma das principais causas do feminicídio. Esse poder exercido sobre a mulher
solidificou estereótipos, que, não correspondendo às expectativas masculinas,
36
Contudo, direitos iguais são uma realidade ainda distante, pois as estruturas
familiares são formadas por homens, como nos explica Arendt:
Nessa forma de organização, a diversidade original tanto é extinta de
maneira efetiva como também destruída a igualdade essencial de todos os
homens. A ruína da política em ambos os lados surge do desenvolvimento
de corpos políticos a partir da família. Aqui já está indicado o que se torna
simbólico na imagem da Sagrada Família: Deus não criou tanto o homem
como o fez com a família. (ARENDT, 1993, p. 7)
Gill (2009) comenta que Olympe recusou-se a usar o nome paterno e o nome
do marido, além de manifestar interesse nos assuntos públicos. Olympe protagonizou,
ao longo da vida, ensaios feministas, que marcariam a história de luta das mulheres.
A luta feminista evidencia que as mulheres lutaram para desvencilhar-se dos
papéis impostos e foram em busca do que desejavam: a emancipação, que lhes
concedeu o direito ao voto, acesso à educação e ao mercado de trabalho, enfim,
direitos iguais aos do homem.
Os conceitos de “igualdade” e “direito” foram criados por homens, que
inventaram o sistema jurídico, as leis, para regular a vida em liberdade de pleno direito.
Sendo assim, os “iguais” devem ter “direitos”. Mas, de que modo pode-se adquirir
direitos não machistas, se as leis foram criadas para atender necessidades e
ambições masculinas? Não havia espaço para as mulheres na esfera pública para
que pudessem participar da criação das leis. (BORGES, et al., 2016)
Para alcançar a esfera pública, elas lutaram pelo direito de voto. Antunes
e Bigliardi comentam os direitos adquiridos e a luta das mulheres pelo mundo:
No período que se deu entre 1830 e 1840, as mulheres na Inglaterra se
uniram para começar o movimento feminista. Em 1890 se deu o início da luta
pelo sufrágio, que buscava conquistar o direito a voto, até então um direito
assegurado apenas aos homens. Em 1897 surgiu o National Union of
Women's Suffrage Societies (União Nacional das Sociedades de Mulheres
pelo Sufrágio) NUWSS, que objetivava o direito ao voto e a reforma da
sociedade. Este direito acabou sendo concedido em 1917, durante a Primeira
Guerra Mundial, mas ainda assim levou mais 11 anos para que mulheres
abaixo dos 30 anos pudessem exercer este direito. Durante o período
compreendido entre 1910 e 1949, movimentos sufragistas surgiram no resto
da Europa e nas Américas, até o Brasil, Cuba, Uruguai e Equador alcançarem
o direito ao voto. Já para o México, Chile, Argentina, Peru e Colômbia a
conquista ocorreu apenas após a Segunda Guerra, período em que os
movimentos começaram a se desarticular na Europa, América Latina e
Estados Unidos. (ANTUNES; BIGLIARDI, 2018, p. 57)
12Ondas feministas é uma nomenclatura usada para delimitar de forma didática os períodos marcados
pelas conquistas feministas. Considerando que cada período é marcado por particularidades na luta
por direitos. (FRANCHINI, 2017, TEXTO DIGITAL)
41
13Para compreender bem o Direito Constitucional, é fundamental que estudemos a hierarquia das
normas, através do que a doutrina denomina “pirâmide de Kelsen”. Essa pirâmide foi concebida pelo
jurista austríaco para fundamentar a sua teoria, baseada na ideia de que as normas jurídicas inferiores
(normas fundadas) retiram seu fundamento da validade das normas jurídicas superiores (normas
fundantes). (CUNHA, 2020, TEXTO DIGITAL)
43
significa: “uma pessoa que acredita na igualdade social, política e econômica entre os
sexos” (ADICHIE, 2014, TEXTO DIGITAL).
A essencialidade da igualdade está no exemplo da eficiência de mulheres na
política: a força e a capacidade das mulheres de liderar e de exercer o poder
evidenciaram-se no momento em que o mundo atravessou a maior pandemia mundial
com uma doença nomeada como Covid-19, que matou milhares de pessoas através
de um vírus transmitido pelo ar. Os países que obtiveram as melhores respostas de
controle de mortos pela doença foram os governados por mulheres, diferentemente
de países liderados pela soberba machista, que obtiveram os piores resultados
durante a pandemia. Conforme Uchoa (2020), a Forbes Brasil registrou que Noruega,
Nova Zelândia, Taiwan e Alemanha são alguns países governados por mulheres, que
demonstram a importância da diversidade na tomada de decisões.
Empoderamento é viver de acordo com as suas próprias regras e vontades. As
mulheres nasceram com o poder, impelidas a viverem livres.
O desejo das mulheres por um espaço mais justo e de respeitabilidade
intensifica-se no período da Revolução Francesa (1789), quando um movimento
incentivado pela burguesia e apoiado por camponeses reivindica os direitos sociais e
políticos (liberdade, igualdade e fraternidade), conquistando a criação dos Direitos do
Homem e do Cidadão (SCHMIDT, 2012). O momento demarca o ápice dos
movimentos sociais.
Segundo Manuel Castells (2013), os movimentos sociais são precursores da
mudança de valores e de objetivos em torno dos quais as instituições da sociedade
se transformam, modificando as normas de organização da vida da sociedade civil.
São fontes de mudanças de uma sociedade que tem anseio por corrigir uma série de
práticas injustas. Quando o governo demonstra certa acomodação em relação as suas
demandas, os movimentos pressionam por um processo de democratização do
Estado, no limite da manutenção de um regime político estável.
Castells explica, nos seguintes termos, a importância da articulação para
contestar o poder instituído:
Ao desafiar a inviolabilidade do poder financeiro absoluto nas praias
oceânicas do capital global, materializaram a resistência, dando um rosto à
fonte de opressão que asfixiava a vida das pessoas e estabelecendo seu
domínio sobre os dominadores. Formaram uma comunidade de convivência
nos lugares onde antes estavam apenas as sedes de poder e da cobiça.
Criaram experiências a partir dos desafios. Auto mediaram sua conexão com
o mundo, assim como entre eles mesmos. Opuseram-se às ameaças de
violência com uma positividade pacífica. Acreditaram em seu direito de
44
(p. 1). De acordo com o autor, os movimentos sociais são grupos de pessoas que
compartilham a mesma visão e interesse de promover mudança social.
Diani (2015) assim se posiciona em relação à representação das redes:
As redes formadas por essas trocas representam o “cimento” da
sociedade[...] Eles constituem a sociedade civil como um sistema distinto de
interdependência e definem “que são as organizações de cidadãos”. Por que
prestar tanta atenção às redes, e não a outros aspectos da ação coletiva
cívica? Não porque nos permite abordar de um ângulo distinto uma questão
fundamental da pesquisa sobre a coletividade (e, é claro, da pesquisa social
em geral), a saber, como passar de agregado para agregado para
concepções relacionais da estrutura social e política. (Tradução livre da Obra
The concept of social movement, DIANI, 2015, p.1) 14
14 Citação original: The networks formed through these exchanges represent the “cement” of civil society
which the title of this book refers to. They constitute civil society as a distinct system of interdependence
and defi ne “who [citizens’ organizations] are. ” Why pay so much attention to networks, rather than to
other aspects of civic collective action? Not because we should assign them an overarching explanatory
role, but because a network perspective enables us to address from a distinctive angle a fundamental
issue of research on collective action (and of course social research at large), namely, how to move
from aggregative to relational conceptions of social and political structure. (DIANI, 2015, p.1)
46
A lei n.° 11.340/2006 segue a idealização de que melhor do que punir é prevenir
a violência, principalmente, por ocorrer no espaço privado, o que dificulta coibi-la,
sendo possível tratá-la somente quando deixa de ser silenciada pela vítima.
53
acreditar e aceitar esse “papel” que lhe é imposto ao nascer, a lei por si só
não trata-se de uma medida de prevenção, mas ela possui um importante
papel dar a seriedade devida ao problema, que mesmo com o advento da lei
11340/06, não possuía notoriedade devida, como por exemplo, nem sempre
a agravante prevista na mencionada lei era aplicada nas condenações.
(GUIMARÂES et al., 2017, p. 77)
16
A ISTOÉ é uma revista semanal brasileira de informações gerais, criada em 1976. Seu primeiro
diretor de redação foi o jornalista Mino Carta, principal autor da concepção original do projeto editorial.
55
ações efetivas de prevenção à violência e garantia por direitos iguais entre homens e
mulheres:
Vale lembrar aqui das articulações da sociedade civil, que se mobiliza para
apresentar aos especialistas dos comitês os “informe-sombra” ou “relatórios
alternativos”, nos quais são indicadas falhas dos Estados na implementação
dos direitos previstos na convenção. Essas informações compõem um
importante substrato para os especialistas questionarem os dados oficiais
apresentados pelos países, incentivando sempre, um diálogo construtivo, a
total implementação dos direitos humanos pelos Estados-partes.
(GONÇALVES, 2013, p. 114)
dela. Em sua decisão, o juiz disse que a medida protetiva “é um nada”. “Se a
representante quer mesmo se valorizar, se respeitar, se proteger, então bata com
força, e então veremos quanto o couro grosso do metido a valente suporta”. Ele negou
a proteção alegando, portanto, que ela deveria se defender sozinha.
Caso 03: “Pra dar o rabo tu tem maturidade”. Em 2014, o promotor Theodoro
Alexandre Silva Silveira, da cidade de Júlio de Castilhos (RS), ofendeu uma jovem de
13 anos, durante depoimento em um caso de violência sexual. Num primeiro
momento, a garota revelou à Justiça que havia sido estuprada pelo pai. Grávida,
conseguiu autorização legal para abortar. Depois disso, a adolescente voltou a prestar
depoimento, desta vez, negando os abusos. Segundo o TJ-RS, ela teria sido
pressionada pela família a inocentar o pai. Uma investigação sobre a atuação do
jurista foi aberta pelo Ministério Público, mas ainda não houve conclusão.
Caso 04: “Réu se enganou quanto à real idade da vítima”. Em janeiro deste
ano, o TJ-SP extinguiu a pena de um fazendeiro de 70 anos, acusado de ter estuprado
uma menina de 13 - ter relação sexual com menor de 14 é considerado estupro de
vulnerável - em Pindorama (interior de SP). Houve a extinção da pena, pois, segundo
decisão do TJ, as provas apresentadas não foram suficientes para manter a
condenação do réu pelo crime de estupro. A decisão destaca também que os laudos
sobre a ocorrência de violência sexual foram inconclusivos. O estupro foi praticado
em 2011. Em sua decisão, o ministro do tribunal Felix Fischer dizia entender "ser crível
e verossímil, diante do que aconteceu, que o réu tenha se enganado quanto à real
idade da vítima”.
Para Bianchini (2018), a Lei n.° 11.340/2006, de caráter temporário, vigorará
até que cumpra seu objetivo: coibir e prevenir a violência de gênero no contexto
doméstico, familiar ou numa relação íntima de afeto. Contudo, ainda nos deparamos
com decisões machistas do judiciário, enquanto o Estado deveria proteger e fazer
valer os direitos da mulher.
Entende-se as atitudes machistas de algumas mulheres e do judiciário como o
reflexo de uma cultura patriarcal ainda presente na comunidade. Essa conduta já
deveria ter deixado de enquadrar o homem e a mulher contemporâneos em rótulos e
estereótipos culturais, pois ambos querem ser livres e viver o que realmente desejam
ser.
Os papéis de gênero constituem um impasse na relação entre homem e
mulher, principalmente, conforme Cuschnir e Mardegan (2001), quando surgem os
57
conflitos, o homem, por não ter sido educado para compreender as outras pessoas,
na tentativa de defender-se, propende a passar por cima das pessoas e destruir as
relações.
O que torna o tema mais delicado ainda é que muitas mulheres vivem a
violência nas suas relações “amorosas”, por isso, libertar-se do agressor remedia, mas
não resolve. Ele não aceita a separação, desespera-se de tal forma que, em muitos
casos, comete o feminicídio, quando não interrompe a vida de quem ele mais ama, os
próprios filhos, seguido de suicídio. A forma que o machismo encontra para a solução
de conflitos demonstra que essa conduta necessita de intervenção na saúde psíquica
do homem. D’Pass (2016) explica que o comportamento machista, herdado
culturalmente, manifesta-se no psiquismo humano através do sentimento de
dominação, de superioridade, de ser o possuidor da mulher.
A cultura é a conservação de costumes, contudo, as pessoas mudam e, se
estamos em constante evolução, analisa-se, no próximo capítulo, o que faz o homem
dar continuidade a uma prática tão inadequada como a discriminação de gênero, bem
como, a relevância de intervir como protagonista, responsável por exercer o poder que
causa o desequilíbrio da relação e, consequentemente, a violência, que perdurará
enquanto o machismo subsistir, se não houver a intervenção com o autor da agressão.
Além de dispositivos legais que visam proteger a mulher, faz-se necessário que
os serviços de profissionais da saúde, que contemplam a rede de atendimento e
assistência também se estendam aos homens, para que possam ser tratados, para,
então, ser possível ampliar e acelerar os mecanismos de prevenção à violência
doméstica.
Do ponto de vista de Barin (2016), gradativamente, a intervenção junto ao
agressor passou a ser vista como um instrumento de proteção à vítima e à
reincidência, como complemento, não como concorrência aos programas que se atêm
à vítima.
Destarte, Bianchini (2018) discorre sobre a importância de novas formas de agir
em relação a tal problemática:
A diferença de tratamento entre os sexos, com a valorização de papéis
atribuídos aos homens, é uma construção social; modificável, portanto, por
meio do implemento de novas formas de pensar e agir, com valores outros
sendo disseminados, prestigiados e estabelecidos por um proselitismo
competente. É nessas circunstâncias e com esses objetivos que devem
continuar entrando em cena as campanhas elucidativas, buscando a
prevenção da violência doméstica e familiar[…]. (BIANCHINI, 2018, p. 97)
é tarefa fácil, assim como não tem sido para as mulheres, pois toda mudança requer
esforços, principalmente quando encontramos o machismo dentro do “socorro” das
redes, o que impõe a necessidade de pensar na capacitação de profissionais para que
saibam receber e atender bem as vítimas da violência. Ora, se os próprios
profissionais aprenderam ou foram educados numa cultura machista, necessitando
capacitação/formação para atender as vítimas, tanto mais se pode esperar do autor
da agressão.
[...] As mudanças produzidas pela Lei Maria da Penha no campo jurídico e
político são inegáveis, a mudança cultural parece distante, os valores
patriarcais permanecem arraigados nas mentalidades sociais, inclusive entre
os (as) juízas (es) [...] o que se reverte na impunidade do agressor.
(SARDENBERG; TAVARES, 2016, p.57)
pois o que busca nas relações de afeto é ser “aceito”. Instintivamente, a mulher
procura viver relações em que possa ter segurança. Quando sente insegurança e é
ameaçada por seu companheiro, procura buscar ajuda nas instituições jurídicas, o que
para o homem é sentir-se substituído em seu posto, ferindo sua masculinidade,
conforme explica D’ Pass (2016). Tal relação conflituosa se dissolve e ambos
procurarão subsidiar outra relação, perpetuando tal conflito, pois o machismo é uma
questão de evolução humana, em que o homem precisa reconhecer a necessidade
de autotransformação.
Contudo, muitas mulheres, apesar da gravidade da violência, resolvem manter
a relação com agressor, por várias razões, de cunho econômico, emocional e até
mesmo por medo. Há casos em que a mulher vai até a delegacia, não pedir ajuda
para si, mas para o seu companheiro, na esperança de que ele mude, conforme o
seguinte relato: “-ele é um bom homem, só quando bebe, se transforma”. Esse é o
relato de várias mulheres que passam pelo atendimento do Projeto Maria da Penha,
pela Rede de Enfrentamento à violência em Lajeado/RS. Antes de seguirem para a
audiência, as mulheres são instruídas e recebem apoio. (Construção extraída do
trabalho voluntário da autora desta monografia junto a Vara de Família e Sucessões
de Lajeado/RS)
Ainda, segundo os relatos das vítimas de violência, atendidas no Projeto Maria
da Penha, há carência de atenção à saúde do homem acometido de vícios. D’Pass
(2016) argumenta que o agressor necessita de assistência à saúde:
Tal assistência deve ser de ordem emocional e mesmo acompanhada de
medicamentos, pois muitos casos de agressividade está claramente explícito
ser de ordem neurológica devido ao uso de droga, bebidas alcoólicas etc.
quando não é devida a alguma disfunção neurológica, alguma patologia.
(D’Pass, 2016, p. 123)
O autor acima defende que o homem deve ser olhado como um ser humano
que precisa de ajuda, somente jogá-lo na cadeia não resolverá o machismo descrito
pela sociedade como curso natural. A violência desencadeada nas relações de afeto
é decorrente de patologia emocional, causada por conflitos de interesse, de opinião
ou de poder. Para Barin (2016), há a percepção de alguns grupos feministas de que
o atendimento individualizado às vítimas não resolveria o problema na raiz, pois, ainda
que rompa a relação, o agressor reproduzirá o mesmo comportamento com outra
mulher, logo, é necessário intervir com o agressor.
63
Strey et al. (2014) esclarecem que, na literatura, ainda são poucos os estudos
sobre masculinidade. Se comparados aos trabalhos existentes sobre mulheres, os
homens ficam muito atrás, ou seja, nos estudos sobre gênero e sobre as conquistas
da mulher, os homens perdem espaço. Entretanto, nos últimos anos, o homem
também vem tendo a chance, principalmente, em função da compreensão de que,
através da possibilidade de ressignificar sua masculinidade, poderá construir novas
64
formas de relacionar-se com o mundo. Para que “[…] essa transformação possa ir
além da relação que os homens estabelecem com as mulheres, é necessário que uma
nova relação dos homens com eles próprios seja construída” (STREY et al., 2014, p.
331).
A desconstrução deste processo de crenças e valores somente será possível
através de programas de reabilitação do agressor, conforme previsto no art. 35, IV e
V da Lei n.º 11.340/2006 e, principalmente, através da desmistificação da cultura
machista e de programas de enfrentamento à violência: “A União, o Distrito Federal,
os Estados e os Municípios poderão criar e promover, no limite das respectivas
competências: V - Centros de educação e de reabilitação para os agressores. IV –
Programas e campanhas de enfrentamento da violência doméstica e familiar”.
(BRASIL, 2006, TEXTO DIGITAL)
Nessa mesma linha de raciocínio, Lima, Júnior e Guimarães afirmam que a
educação é o principal recurso para combater a desigualdade:
A mais importante delas é a educação, cada vez mais aprofundada e
específica para combater qualquer forma de desrespeito aos direitos
humanos. A solução mais eficaz não é somente punir o agressor, mas agir
para que não existam mais agressores. (GUIMARÃES et al., 2017, p. 108)
Educar é tão difícil quanto necessário. Entende-se por educar, sob a ótica de
Gentil e Alencar:
Educar é ensinar a olhar para fora e para dentro, superando o divórcio, típico
da nossa sociedade, entre objetividade e subjetividade. É aprender além:
saber que é tão verdade quanto a menor distância entre dois pontos é uma
linha reta quanto o que reduz distância entre dois seres humanos é o riso e a
lágrima. O gesto de identidade pessoal no tempo da impessoalidade e do
anonimato. (GENTIL; ALENCAR, 2002, p.100)
sutiãs e odiar homens, que as feministas querem mandar nos homens. Essas ideias
são equivocadas (ADICHIE, 2014). O feminismo requer a libertação dos padrões
patriarcais, tanto para a mulher quanto para o homem.
Ainda, Adichie (2014) acrescenta que a humanidade evoluiu, mas suas ideias
sobre gênero, não, pois ainda impera a desigualdade. “Perde-se muito tempo
ensinando às meninas o que os meninos pensam delas. Mas o oposto não acontece”
(texto digital). Meninas não podem ser agressivas; “por outro lado, elogiam-se os
meninos, pela mesma razão” (texto digital). A autora complementa que o modo como
se criam os filhos é nocivo. Há uma infinidade de livros que tratam de como a mulher
deve agradar o homem, mas os que tratam de como o homem deveria agradar as
mulheres são raros. Isso tudo é cultura machista. “A cultura não faz as pessoas. As
pessoas fazem a cultura. Se uma humanidade inteira de mulheres não faz parte da
nossa cultura, então temos que mudar a cultura” (ADICHIE, 2014, TEXTO DIGITAL).
Ribeiro (1995) dizia que é mais fácil desconstruir o ferro do que desconstruir a
cultura. Se a cultura está em constante transformação, as questões de gênero
deveriam evoluir, por isso, as feministas resistem ao poder e, apesar de as
dificuldades existirem, foram avante.
O próximo capítulo abordará a importância da responsabilização do agressor
para legitimar o processo de novos modelos de masculinidades com o propósito de
desconstruir o machismo que impera.
67
Tipo de pesquisa
Métodos de pesquisa
Instrumentais técnicos
Da coleta de dados
Verifica-se que as mulheres acreditam que o homem, com algum tipo de apoio,
pode mudar, rompendo a situação de violência. O gráfico deixa evidente o quanto os
vícios potencializam a agressividade. Conforme já dito, entre esses vícios, o álcool
sobressai. O incentivo à bebida está frequentemente presente no cotidiano do homem,
que é ensinado que pode e deve beber nas mais variadas situações: o filho nasceu, é
motivo para beber; vai assistir jogo de futebol, vai beber; comemorar uma conquista,
vai beber; está triste, recorre à bebida. Estando a bebida muito presente na vida do
homem, facilmente leva-o à dependência.
Rosa (2017) argumenta que o álcool é o grande vilão da violência contra a
mulher: “o consumo do álcool, junto com os ciúmes são os maiores responsáveis pela
76
violência doméstica contra a mulher” (ROSA, 2017, TEXTO DIGITAL). Para a autora,
o alcoolismo não tem cura, mesmo após longo período de abstinência, basta um gole
para retornar ao vício, já que o organismo do alcoólatra possui um mecanismo
chamado memória do álcool. O pensamento da autora, que responsabiliza o
alcoolismo pela violência doméstica, diverge do presente estudo, pois seria acreditar
que não haveria cura para a violência contra a mulher. Conforme já mencionado no
capítulo segundo, o consumo de álcool agrava a problemática da violência, tanto que
as ocorrências nos finais de semana são mais frequentes, em virtude do consumo
excessivo de bebida alcoólica e de outras drogas, todos potencializadores, mas não
causadores exclusivos da violência, conforme abordado no capítulo terceiro, em
citações de Sardenberg e Tavares (2016).
Conforme longamente se discorreu no capítulo anterior, os excessos da maioria
dos vícios servem para aliviar a opressão de fatores externos, que colocam o homem
como superior e provedor, sem dar-lhe espaço para libertar-se e ocupar o lugar e o
papel no qual se sinta mais confortável, o que lhe acarreta problemas mentais e
emocionais. O gráfico 1 demonstra que as mulheres buscam apoio psicológico e
psiquiátrico, bem como ajuda a grupos para reeducar e reabilitar seus companheiros,
pois entendem que é possível e necessário o homem mudar, começando pelos
cuidados com a saúde.
Segundo o documentário, O Silêncio dos Homens (2019), 6 a cada 10 homens,
75.9% (setenta e cinco vírgula noventa por cento) declaram lidar com algum distúrbio
emocional, em algum nível, entre eles, transtorno de ansiedade, depressão, insônia.
Outro motivo que potencializa a violência e a perpetua é o vício em pornografia,
temática aprofundada no segundo capítulo. A pornografia é acessada por crianças
com 8 anos de idade, educando-as para a objetificação feminina, que consiste no uso
e abuso da mulher para a autoafirmação da imagem viril perante os outros homens.
A masculinidade ensina o homem a reproduzir o que vê e não a agir com o que sente.
Ainda, o documentário O Silêncio dos Homens (2019) aponta que, a cada 10
homens, 7, 73.2% (setenta e três vírgula vinte por cento) afirmam terem sidos
ensinados na infância ou na adolescência a não demonstrar fragilidade. A prática de
não externar o que sente impede o homem de dialogar para a resolução de conflitos
do dia-a-dia. Ele enxerga a vida como uma competição, em que o melhor é quem está
à frente do outro, esquecendo que não há ponto de chegada.
77
Pontes (2019) menciona que Rodrigo Janot relata em seu livro que foi até o
STF armado para matar o ministro e depois tirar a própria vida, simplesmente, para
descarregar sua raiva. Um tempo depois, em entrevista, confessou que se tratava do
ministro Gilmar Mendes, que, em resposta a Janot, aconselhou-o a procurar ajuda
psiquiátrica. Esse fato traduz o sofrimento do homem, que, em decorrência do
machismo, sente-se incapaz de lidar com as emoções e divergências e chega à
conclusão de que a solução rápida e fácil seria matar o outro e depois suicidar-se.
Essa forma de pensar do homem justifica o alto índice de feminicídio.
Para a vice-diretora da ONU Mulheres, Lakshmi Puri, a raiz da violência pode
ser identificada: “Existem causas sociais, culturais e interpretação religiosa de normas,
que reforçam a construção patriarcal de papéis e responsabilidades das mulheres e
meninas diante da autoridade de homens e meninos” (ONU BRASIL, 2015). A
hereditariedade patriarcal é o epifenômeno no seio social, a raiz de todos os males, a
hierarquização do homem em relação à mulher permanece nos dias atuais. Segundo
dados da ONU Mulheres, uma a cada três mulheres no mundo já sofreu violência
sexual ou física.
A Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher de Lajeado/RS articula-
se para dar conta da complexidade da violência contra as mulheres e do caráter
multidimensional do problema, que perpassa diversas áreas. A Rede de Lajeado18 é
composta pelas seguintes entidades, expostas no quadro demonstrativo 01.
Quadro demonstrativo 01: Entidades participantes da Rede de
Enfrentamento à Violência Contra a Mulher de Lajeado – Rio Grande do Sul:
4) SERVIÇO DE SAÚDE (16ª DRS); 5) UNIVATES (Sajur, HeForShe, Projeto Extensão Maria da Penha); 6)
EMATER/RS-ASCAR;
12 e 13) SECRETARIA DO TRABALHO, HABITAÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL (CREAS [12] e CRAS [13]);
18
Lajeado, munícipios brasileiras do estado do Rio Grande do Sul, localizado a 112km da capital,
Porto Alegre.
78
Sim 100%
Sim
100%
19Art.35. A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, no limite
das respectivas competências: V - centros de educação e de reabilitação para os agressores. (BRASIL,
2006, TEXTO DIGITAL)
20Parágrafo
único. Nos casos de violência doméstica contra a mulher, o juiz poderá determinar o
comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação. ” (BRASIL, 2006,
TEXTO DIGITAL)
21Art.152. Poderão ser ministrados ao condenado, durante o tempo de permanência, cursos e
palestras, ou atribuídas atividades educativas. Parágrafo único. Nos casos de violência doméstica
contra a mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de
recuperação e reeducação. (BRASIL, 1984, TEXTO DIGITAL)
22Ediciones El País S. L.
82
detento afirma que está melhor do que deveria estar, pois ninguém tem o direito de
tirar a vida de outra pessoa e lamentou a polícia não ter chegado a tempo.
Ainda, conforme Alessi (2019), o feminicida confessa ter assassinado a
companheira a golpes de picareta quando ela anunciou a intenção de separar-se.
A coordenação do projeto relata que são realizados diálogos com os presos na
tentativa de entender de onde surge a violência. Segundo esses relatos, a violência
vem sendo normalizada, eles cresceram vendo pais baterem nas mães, tio na tia,
concluindo que a violência contra a mulher foi naturalizada na sociedade como algo
que sempre foi assim. (ALESSI, 2019)
Os programas de reabilitação do agressor são mecanismos para coibir a
violência, como previsto no art. 226, § 823 da Constituição Federal. O Fórum
Nacional de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher – FONAVID24 (2018),
em seu enunciado 1, elenca:
ENUNCIADO 16: Constitui atribuição da Equipe Multidisciplinar conhecer e
contribuir com a articulação, mobilização e fortalecimento da rede de
serviços de atenção às mulheres, homens, crianças e adolescentes
envolvidos nos processos que versam sobre violência doméstica e familiar
contra a mulher. (BRASIL; FONAVID, 2017, TEXTO DIGITAL)
23Art.226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 8º O Estado assegurará a
assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a
violência no âmbito de suas relações. (BRASIL, 1988, TEXTO DIGITAL)
24O Fonavid é o maior, senão o único Fórum no mundo de tal proporção, que promove a integração de
Juízes de Direito para prevenir e combater a violência doméstica e familiar contra a mulher, assunto
que tem despertado a preocupação e o interesse de toda a sociedade, da mídia e das instituições
governamentais e não-governamentais, cabendo destacar que se trata de um Fórum de origem
genuinamente brasileira. (FONAVID. 2020, TEXTO DIGITAL)
83
4.3 Lei n.° 13.984/2020 – Uma resposta eficaz para a prevenção à violência contra
a mulher?
Basta conviver com alguns homens para perceber que é difícil serem adeptos
de programas que lhes ensinem como comportar-se em sociedade. Boa parte diz que
já nasceu sabendo. Ao buscar sinônimos de “homem”, os atributos são: macho,
84
másculo e viril. Nada disso é novidade, pois, em cada capítulo deste estudo, tratou-
se, a partir de diferentes olhares, a origem e a perpetuação da dominação masculina.
Outrossim, o homem não só é parte do problema, mas é, principalmente, o
protagonista, o que o torna peça-chave para a solução do problema. Neste contexto,
a Lei n.º 13.984/2020, sancionada no dia 03 de abril de 2020, que altera o art. 22 da
Lei Maria da Penha, estabelece como medida protetiva de urgência, que o agressor
frequente centros de educação e de reabilitação e tenha acompanhamento
psicossocial. Através da ressignificação do que é ser homem intensifica-se a tão
sonhada mudança de padrões sexistas.
Exatamente dois anos antes de ser sancionada essa lei, no dia 3 de abril de
2018, a Lei n.º 13.641/2018 alterava o art. 24 – A da Lei Maria da Penha, para tipificar
o crime de descumprimento de medidas protetivas de urgência. Ou seja,
incansavelmente, o legislador pretende fechar as brechas para impedir a
disseminação da discriminação da mulher, mas a mudança, além de coletiva, deve
ser individualizada. A Lei n.º 13.984/2020, além de grupos socioeducativos, prevê
acompanhamento psicossocial individualizado.
Consequentemente, a Lei n.º 13.984/2020 espelha-se nos exemplos de grupos
de educação e de reabilitação e seus resultados, propostos para focar os mecanismos
que desconstroem os atributos masculinos para acelerar a prevenção da violência,
como, por exemplo o projeto Sentinela, na penitenciária de Serra, no Espírito Santo.
Alguns Estados já contam com programas em pleno funcionamento. É o caso, por
exemplo, de São Paulo, com o Projeto Tempo de Despertar, fundamentado na LMP.
Conforme Justiça de Saia (2018), ainda que cada estado possua um projeto
semelhante, as iniciativas não atendem à demanda. Mas, com o advento da Lei n.º
13.983/2020, vislumbram-se mudanças para esse cenário.
Outro grupo pioneiro no Brasil é o Instituto Noos, integrado por psicólogos e
psiquiatras, os primeiros a trabalharem com grupos de reflexão para homens,
promovendo a equidade de gênero da década de 90.
Para fundamentar o tema, a coleta de dados trouxe a opinião da Rede em
relação à importância de o agressor participar de programas socioeducativos, como
mecanismo de proteção à vítima. Unanimemente, 100% (cem por cento) das
respostas da Rede pressupõem que a participação do agressor de programas
socioeducativos pode ser uma forma de prevenir a violência, conforme apresentado
no gráfico 4.
85
Não
0%
Sim
100%
Fonte: elaborado pela autora (2020).
psicológica.
Gráfico 5: Na sua percepção, é possível desvincular o machismo do
agressor de violência doméstica e familiar, percebendo-o como alguém que
necessita de orientação psicológica?
Não
11,80%
Sim
88,20%
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
Estou com saudades da última vez que te vi, seus sorrisos sempre ficam
marcados na memória, você está nos meus sonhos, acordo pelas
madrugadas te procurando no canto da cama. Quero te ver novamente,
lembrar ao seu lado o dia em que nos conhecemos. (ALESSI, 2019, TEXTO
DIGITAL)
O relato acima demonstra o quanto viver a masculinidade é não saber lidar com
as emoções, o que leva a cometer, em momento de fúria, a atrocidade de matar a
pessoa que, no seu entendimento, amava, o que revela o quanto é indispensável o
apoio psicológico de profissionais da saúde, na tentativa de ajudar a solucionar
conflitos internos que o impeçam de entrar num quadro patológico de perigo iminente
para a sociedade.
Segundo o Ministério da Saúde (2009), o modelo básico de saúde do país já
contempla crianças, adolescentes, mulheres e idosos, para garantir a saúde
populacional, mas, atualmente, para continuar com a eficiência do modelo, é
necessário incluir o homem. “Os homens, de forma geral, habituaram-se a evitar o
contato com os espaços da saúde, sejam os consultórios médicos, sejam os
corredores das unidades de saúde pública, orgulhando-se da própria
invulnerabilidade” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009, p.7).
Segundo Filho (1986), o nível de stress e de desgaste causado pela luta e pelo
exercício comportamental da hegemonia social resulta numa expectativa de vida do
homem inferior à da mulher. A conduta machista também está relacionada à taxa de
mortalidade por causas externas. Portanto, a masculinidade, além de causar
consequências às mulheres, acarreta inúmeros prejuízos ao homem. Conforme
revelam os estudos do Ministério da Saúde (2009), o índice de mortalidade, por
causas externas, alcança patamares devastadores. Portanto, reitera-se mais uma vez
que é essencial o acompanhamento psicológico.
Saffioti (2015, p.71) defende que as pessoas envolvidas numa relação de
violência devem ter o desejo de mudar “[...] não se acredita em uma mudança radical
de uma relação violenta, quando se trabalha exclusivamente com a vítima”. Não há
dúvidas de que a vítima precisa de ajuda, mas, para que ocorra transformação, é
necessário trabalhar o agressor, principalmente, em momento de mudança social,
quando, sozinho, o homem não consegue adaptar-se.
Para Bly (1991), o sofrimento masculino iniciou na Revolução Francesa, e, nos
dias de hoje, atinge uma profundidade que não pode ser ignorada. As novas
referências do masculino seguem comportamentos de acordo com o “feminino”: falam
89
do que sentem, choram, demonstram afeto pelo próximo, cuidam dos filhos, aceitam
compartilhar as tarefas, são vaidosos, comportam-se igualmente às mulheres. Até que
as amarras dos papéis sociais sejam anuladas e gerem novas referências, a condução
masculina carece de apoio psicológico.
Oliveira (2017) explica que “o desequilíbrio entre o Masculino e o Feminino,
presentes em cada pessoa, pode chegar ao extremo de um lado, ou de outro, e é o
que entendemos que pode originar a Dominação ou a Submissão, sendo esta a
realidade que se busca mudar” (OLIVEIRA, 2017, p.25). A transformação social
consiste não somente em restringir-se a discurso coletivo por igualdade de gênero,
mas, sim, na vigilância diária das condutas em particular.
O discernimento para a desconstrução cultural é conseguir andar na
“contramão”, ainda que, às vezes, pareça que o sentido correto seja o mais comum e
habitual, sendo necessário manter a direção, mesmo de forma solitária. O novo gera
medo, desconforto, insegurança. Quando confrontado a lidar com as emoções, o
homem sente medo. A grande verdade, que não é segredo nem para homens e nem
para mulheres, é o sentimento de medo, que cerca e sempre cercou o homem,
conforme argumenta Hollis:
Como os homens não conseguem invalidar a frágil força que conseguiram
reunir, mal conseguem admitir para si ou para os outros o quão influenciados
são pelo medo. Mas a cura de um homem exige que ele deixe de se sentir
envergonhado pelo seu medo. Sempre admirei a liberdade que as mulheres
têm de reconhecer seus temores, de compartilhá-los, colhendo desse modo
o apoio das outras pessoas. O fato de o homem reconhecer o lugar do medo
na sua vida significa correr o risco de sentir-se pouco masculino e de ser
humilhado pelos outros, E, assim seu isolamento aprofunda-se. (HOLLIS,
2008, p. 33)
Não
5,90%
Sim
94,10%
Sim
94,10%
essa cultura e não devem ser dissociados das medidas repressivas” (SENADO
FEDERAL, 2018, TEXTO DIGITAL).
Quanto à obrigatoriedade do comparecimento do agressor aos programas de
reabilitação e reeducação, o legislador é categórico: “Os índices de reincidência são
a prova de que a mera faculdade de imposição dessa obrigação pelo Juiz não tem
sido suficiente para eliminar de vez essa prática nefasta” (SENADO FEDERAL, 2018,
TEXTO DIGITAL). É perceptível em análise do texto da alteração legislativa, o quanto
é extensa e carregada de informações históricas e quantificações os apontamentos
do legislador, a fim de comprovar que a história já afastou a possibilidade de medidas
mais brandas; a faculdade de o agressor participar ou não de programas o mantém
na prática de medidas abusivas diante de um sistema judiciário com pouca energia,
motivo que sustentou a referida alteração legislativa.
O enfrentamento à violência contra a mulher torna-se eficaz à medida que
alterar o padrão comportamental do agressor, que, através da responsabilização, o
levará à reflexão sobre seus atos e ao controle de impulsos, uma vez que a lei prevê
duas modalidades para esta responsabilização: programas de reeducação e
reabilitação; e acompanhamento psicossocial, por atendimento individual e/ou em
grupo. (PROSOCIAL, 2020)
O próximo subcapítulo buscará analisar formas de desconstrução da cultura
machista, bem como abordará, em quadro sinóptico, as possibilidades já testadas em
terras brasileiras.
Não
0%
Sim
100%
Resposta 1: Ainda precisam ser aprimorados. Penso que o ministério público começou o processo
e poderia ter grupos em plataformas onlines tb para as famílias em vulnerabilidades ligada a violência
intrafamiliar.
Resposta 3: Nessa pergunta ñ poderei de ajudar, pois o agressor ñ passa por mim
Resposta 5: Deferimento de medidas protetivas pelo juízo, círculos de paz destinados a homens
Resposta 6: Encaminhamento para os serviços disponíveis, círculos de paz, conversas com policiais
Resposta 10: Grupo reflexivo para relações saudáveis, porém é projeto recente, que atuou no
ano passado de uma forma ainda precária
94
Resposta 13: Observo que a rede tem olhado para o agressor como uma pessoa que precisa
ser atendida também. Observo os serviços dedicados a desconstruir o machismo com os
homens que também são vítimas de uma sociedade que por muito tempo permitiu a
violência como sendo algo "normal" e eu acho esse olhar super importante.
Resposta 15: Grupo reflexivo voltado aos agressores, com reuniões periódicas na sede do
Ministério Público.
25Como nota explicativa, aponta-se que uma das pessoas cujo questionário foi enviado não
respondeu nenhuma das perguntas dissertativas.
95
medir sua eficácia, uma vez que se pretende diminuir a reincidência, as condições
materiais e humanas sejam asseguradas.
Conforme já exposto neste estudo, o machismo está arraigado em muitas
culturas sociais, de modo que o agressor não entende que sua conduta está errada.
As respostas dos entrevistados da rede apontam que é abarcado um vasto leque de
formas de tratamento para o agressor, desde trabalho psicológico até grupos de
reflexão. Contudo, a próxima pergunta dá conta dos problemas e dificuldades
encontrados pela rede no que tange à aplicação de tais medidas, (anexo 3).
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela
Rede, para efetivar a prevenção da violência contra a mulher, considerando o
machismo na sociedade presente nos dias de hoje?
Resposta 1: Precisamos investir na educação com as crianças e adolescentes. E principalmente na
psicoeducacao e psicoterapias com homens e mulheres.
Resposta 7: Troca de endereço da vítima, não localização do agressor e até a resistência e desistência
da vítima em relação a agressão sofrida
Resposta 8: Falta de recursos financeiros; demora na mudança cultural; ausência do tema nas
demais redes sociais, como educação e saúde.
Resposta 10: A existência de apenas um grupo reflexivo de gênero, quando deveriam existir vários
espalhados por todos os bairros da cidade
Resposta 11: Muitos dos adultos, que instruem e educam as novas gerações, tem em si
construções machistas.
Resposta 13: Falta de recursos humanos e financeiros. Falta de apoio de setores públicos e privados.
Resposta 14: O fato de o machismo estar tão presente no cotidiano que muitos nem o
percebem ou não querem perceber.
Resposta 15: Baixa adesão voluntária, por parte dos homens, ao grupo reflexivo.
Fonte: elaborada pela autora (2020).
96
recentes, projetos e ações que estendem o olhar para o agressor, como, por exemplo,
a constituição de grupos reflexivos direcionados para homens, autores de agressão,
através do Ministério Público.
A conscientização da sociedade para a desconstrução do machismo é um
longo caminho a ser percorrido, mas, através da educação familiar e formal, com o
apoio de legislações vanguardistas, podemos atingir uma cultura social de equidade,
sem que haja barreiras para assumir esta ou aquela identidade.
Os olhares voltados ao agressor ainda são recentes; por isso há expectativas
quanto às diretrizes do Estado no que se refere à Lei n.º 13.984/2020, para que as
ações iniciadas com autores de agressão na Rede de Lajeado/RS possam ter
continuidade. Enquanto isso, a Rede realiza campanhas pelas Redes Sociais,
cumprindo seu papel social no enfrentamento à violência contra a mulher.
Além das respostas obtidas através dos questionários, surgem novas
proposições, outras possibilidades legislativas, como o exemplo trazido pelo sítio
eletrônico Justiça de Saia (2018), cuja análise do Programa Tempo de Despertar
encara outro viés legislativo.
Conforme abordado no subcapítulo anterior, o Programa Tempo de Despertar
propôs novas sistemáticas de responsabilização do agressor, no Estado de São
Paulo, de modo que tal programa passou por regulamentação, através da Lei
Governamental n.º 16.659/18 do Estado de São Paulo, que autoriza sua atuação, junto
com o Poder Judiciário e o Ministério Público:
LEI Nº 16.659, DE 12 DE JANEIRO DE 2018 (Projeto de lei nº 136, de 2016,
da Deputada Analice Fernandes – PSDB) Autoriza o Governo do Estado a
instituir o Programa Tempo de Despertar. O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA: Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu
promulgo, nos termos do artigo 28, § 8º, da Constituição do Estado, a
seguinte lei: Artigo 1º – O Governo do Estado fica autorizado a instituir o
Programa Tempo de Despertar, em parceria com o Poder Judiciário e o
Ministério Público estaduais. Artigo 2º – O programa a que se refere esta lei
tem por finalidade o trabalho com grupo de autores de violência contra a
mulher. Artigo 3º – O programa terá como objetivo principal prevenir e
combater a violência doméstica, reduzindo a reincidência. § 1º – O programa
terá por finalidade conscientizar os autores de violência doméstica sobre a
situação de violência contra a mulher. § 2º – Os autores de violência
doméstica serão encaminhados a grupos de reflexão e discussão sobre o
tema, a fim de desconstituir o aprendizado de dominação e poder sobre a
mulher. Artigo 4º – VETADO. Artigo 5º –VETADO. Artigo 6º – A periodicidade
e a duração do programa serão definidas em conjunto pelos Poderes
Executivo e Judiciário e pelo Ministério Público do Estado. Artigo 7º –
VETADO. Artigo 8º – VETADO. Artigo 9º – As despesas decorrentes da
execução desta lei correrão à conta de dotações orçamentárias próprias,
suplementadas se necessário. Artigo 10 – O Poder Executivo regulamentará
esta lei no prazo de 60 (sessenta) dias, contados de sua publicação. Artigo
11 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Assembleia Legislativa
98
sua mãe e este entendia que podia bater em sua esposa, considerando a conduta
“normal” e “correta”, até passar pelos programas de reflexão.
Gráfico demonstrativo 06 – Principais falas dos homens no final do
programa:
5 CONCLUSÃO
O sexo feminino foi ensinado a assumir o papel reservado “pela natureza”, casamento
ou vida religiosa, destinando à mulher casar-se, cuidar do marido, educar os filhos e
administrar a casa.
Submissa e dependente, a mulher passou a ser vítima de uma série de
violências, entre elas, a violência sexual, a doméstica e familiar, o assédio sexual, o
assédio moral e o feminicídio. O capítulo deu conta de caracterizar cada uma delas,
desbravando, principalmente, a violência doméstica e familiar, uma vez que, na
maioria dos casos, é cometida pelo atual companheiro ou ex-companheiro, conforme
evidenciado na pesquisa documental.
Destaca-se do estudo bibliográfico, referente ao capítulo segundo, que a
violência contra a mulher é prática típica do sistema patriarcal, pois o homem sente-
se legitimado a empregar a força física ou psicológica para obter o que quiser da
vítima. Apesar da Constituição Federal de 1988 ter proclamado de forma enfática a
igualdade entre homem e mulher, a desigualdade subsiste. O sentimento de posse do
homem em relação à mulher é uma das principais causas do feminicídio e da
perpetuação da violência.
O capítulo terceiro, através de análise bibliográfica e documental, percorreu o
caminho da luta de mulheres revolucionárias que perderam a vida, protagonizando
ensaios feministas, a fim de libertá-las da dominação masculina e desvencilhá-las dos
papéis impostos, em busca da emancipação, do direito ao voto, do acesso à educação
e ao mercado de trabalho.
Ainda, no mesmo capítulo, verificou-se que os sistemas jurídicos e leis foram
criados por homens, para atender necessidades e ambições masculinas. O
movimento sufragista foi o marco da primeira onda feminista. O período da Revolução
Francesa ficou demarcado como o ápice dos movimentos sociais, que se tornaram
mecanismos impulsionadores de mudanças e do processo de desconstrução cultural,
articulados com os movimentos feministas.
Também se destaca no capítulo terceiro que o feminismo é a luta por direitos
iguais entre homens e mulheres, que proclamou a liberdade da mulher. Atualmente,
entende-se que, para completar a libertação feminina, é imprescindível libertar o
homem das amarras dos papéis de gênero.
Outrossim, é relevante mencionar que, no Brasil, nem sempre as normativas
foram e são suficientes para as garantias fundamentais dos direitos das mulheres,
necessitando, então, de convenções e tratados internacionais para que se efetive o
108
cumprimento da justiça. Como exemplo, cita-se Maria da Penha, que, com apoio de
feministas, lutou para não deixar impune seu ex-marido que, com um tiro na vértebra,
deixou-a sem andar pelo resto da vida. Trata-se de “um retrato do machismo”, ainda
atual: mulheres que sofrem violência, quando fazem a denúncia, são hostilizadas
pelos próprios órgãos que deveriam protegê-las, o agressor se diz inocente e a
culpabilidade remete à vítima.
Os dados da violência refletem a cultura do machismo, reproduzida por
homens, mulheres, pelo poder judiciário, na decisão de alguns operadores do direito,
no meio social, evidenciando que os papéis de gênero são impasses na relação entre
homens e mulheres. Por essa razão, a luta dos movimentos feministas não param,
mas avançam, no sentido de parte deles envolverem o autor da violência, o homem,
para dentro desta luta.
Após configurado o contexto do problema no segundo e no terceiro capítulos,
o capítulo quarto concentrou-se em investigar o tema propriamente dito, isto é, as
formas de desconstrução da cultura machista como pressuposto fundamental de
efetividade da prevenção à violência contra a mulher, com foco na Rede de
Enfrentamento à Violência Contra a Mulher em Lajeado/RS, objetivando responder ao
seguinte problema: As medidas da Rede de Enfrentamento à Violência Contra a
Mulher de Lajeado/RS, como a criação de grupos de reflexão para homens,
contribuem para a desconstrução da cultura machista e a consequente prevenção à
violência contra a mulher?
Resumidamente, essa investigação evidenciou que, além da legislação, há
uma série de entidades públicas e privadas que coordenam programas, projetos e
ações, que buscam contribuir para a prevenção da violência contra a mulher e a
equidade entre os sexos a partir da desmitificação da dominação masculina e da
desconstrução da cultura machista.
Quanto ao amparo legal à segurança da mulher, constatou-se que, embora o
comportamento machista e misógino continue presente, as vítimas de violência
contam com a Lei n.º 11.340/2006, Lei Maria da Penha, cuja pretensão é, além de
proteger a mulher, erradicar a cultura que induz à violência e ao assassinato de
mulheres. A fim de torná-la mais efetiva, o texto da Lei Maria da Penha (LMP) já
passou por inúmeras mudanças na tentativa de coibir a violência contra a mulher. A
última é a recém aprovada Lei n.º 13.984/2020, que, mais uma vez, reformula a LMP,
com o objetivo de atingir de forma mais coercitiva o homem autor da violência, no
109
sem restrições o espaço que desejam ocupar, longe do peso dos papéis de gênero.
Espera-se que, em primeiro lugar, o lar possa ser um lugar seguro onde todas as
mulheres possam viver e conviver.
112
REFERÊNCIAS
tecnica-de-padronizacao-das-delegacias-especializadas-de-atendimento-a-
mulheres-25-anos-de-conquista. Acesso em: 06 de abril de 2020;
BRASIL. O que são e como funcionam as casas de abrigo. In: Conselho Nacional
de Justiça, 2018. Disponível em Acesso em: https://www.cnj.jus.br/cnj-servico-o-que-
sao-e-como-funcionam-as-casas-abrigo/. 06 de abril de 2020;
BRASIL. Política nacional de atenção integrada à saúde do homem. Brasília:
Ministério da Saúde, 2009;
BRASIL. Programa de Prevenção, Assistência e Combate à Violência Contra a
Mulher – Plano Nacional: diálogos sobre violência doméstica e de gênero:
construindo políticas públicas. In: Secretaria Especial de Política para as Mulheres.
Disponível em
file:///C:/Users/Casa%20do%20Computador/Downloads/PDFEF.tmp.pdf. Acesso em:
17 de junho de 2020;
BRASIL. Projeto de Lei n° 5.001 de 2016. Comissão de defesa dos direitos da
mulher. Brasília: Senado Federal, 2016. Disponível em:
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1548448&
filename=Tramitacao-PL+5001/2016. Acesso em: 18 de julho de 2020;
BRASIL. Rede de enfrentamento à violência contra as mulheres. In: Secretária
de políticas para as mulheres. Brasília, DF, 2011. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/institucional/omv/entenda-a-violencia/pdfs/rede-de-
enfrentamento-a-violencia-contra-as-mulheres. Acesso em: 17 de junho de 2020;
BRASIL. Senado Federal. Mulher: Dispositivos constitucionais pertinentes.
Disponível em:
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518232/mulher_1ed.pdf?sequen
ce=1. Acesso em: 26 de out. 2019;
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 11ª
ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016;
CARDOSO, Lúcia Helena. Violência doméstica e gênero: um recorte do universo
feminino de santa – cruzense. Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2010;
CARVALHO, João Eduardo Coin De. Violência e sofrimento social: a resistência
feminina na obra de Veena Das. São Paulo: Universidade paulista, 2008. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v17n3/03.pdf. Acesso em; 22 de abril de 2020;
CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na
era da internet. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2013;
117
LIMA, Ilana D.M. da Cunha; JÚNIOR, José Flores De M.; GUIMARÃES, Daniel. A
violência contra a mulher: o enfrentamento à violência contra a mulher como forma
de garantia dos direitos humanos e fundamentais – uma análise das legislações
brasileiras e espanhola. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2017;
LIMA, Taís. Gênero: o que é (e o que não é). Disponível em:
https://youtu.be/x_WkMLkdl6M. Acesso em 13 de abril de 2020;
LONDERO, Josire Candido; SILVA, Vinicius da. Do matriarcalismo ao
patriarcalismo: formas de controle e opressão das mulheres. In. XII Conages_ XII
Colóquio nacional e representações. Santa Cruz do Sul: Conagnes, 2016. Disponivel
em:
https://editorarealize.com.br/revistas/conages/trabalhos/TRABALHO_EV053_MD1_S
A8_ID48_21042016135430.pdf. Acesso em: 16 de março de 2020;
LOPES, Marisa. Para a história conceitual da discriminação da mulher. In:
Revista USP – Cadernos de Filosofia Alemã XV, 2010. Disponível em:
http://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/64831. Acesso em 16 de março
de 2020;
LOURO, Guaraci Lopos. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo
Horizonte: Autêntica, 2001;
LUTERO, M. Da Liberdade cristã. 4.ed. São Leopoldo: Sinodal, 1983;
LUTERO, M. Obras selecionadas. São Leopoldo: Sinodal, 1897.v9;
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 6.
ed. São Paulo: Atlas, 2011;
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica. São
Paulo: Atlas, 2017;
MARTÍN-BARÓ, Ignácio. O Papel do psicólogo: O contexto centro –americano.
Estudos de psicologia,1996. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/epsic/v2n1/a02v2n1.pdf. Acesso em 16 de março de 2020;
MARTINS, Ana Paula Vosne. Gênero, ciência e cultura. In: Visões do feminino: a
medicina da mulher nos séculos XIX e XX Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2004.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v33/0102-3772-ptp-33-e33427.pdf
Acesso em: 23 de abril de 2020;
MEMÓRIA GLOBO. Assassinato de Angela Diniz. Jornal Nacional – a notícia faz
história. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2004.Disponível em:
123
https://memoriaglobo.globo.com/jornalismo/coberturas/assassinato-de-angela-diniz/.
Acesso em: 14 de junho de 2020;
MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cláudia. S. Manual de metodologia da
pesquisa no direito. 6ª. ed. rev. atual. São Paulo: Saraiva, 2014;
MOCHNACZ, Sidneia. Caracterização do a mulher vítima de violência doméstica
pela rede intersetorial de serviços. São Paulo: Centro Universitário Ítalo Brasileiro,
2009. Disponível em:
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:iSr42PB3GPIJ:sms.sp.bvs.
br/lildbi/docsonline/get.php%3Fid%3D1328+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br. Acesso
em: 27 de abril de 2020;
MÜLLER, Elisabete Cristina Barreto. Casa-abrigo e mulheres vítimas de violência
conjugal: Uma abordagem interdisciplinar. Dissertação defendida no programa de
pós-graduação em direito - Mestrado em Ciências Criminais. Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005;
MÜLLER, Elisabete Cristina Barreto. Uma data para celebrar e refletir. Entrevista
ao Jornal O Alto Taquari. Circular de 08/03/2019;
MÜLLER, Elisabete Cristina Barreto. Violência contra a mulher: da invisibilidade ao
enfrentamento. In: Revista Univates. setembro/outubro/2017-Ano 2, Nº 5;
NORONHA, Decio. Paternidade. In: COSTA, Moacir. Macho masculino homem. 5
ed. Porto Alegre: L& PM Editores Ltda, 1986;
NORONHA, Heloísa. Machismo, sexismo e misoginia: quais são as diferenças. In:
Universa, 2018. Disponível em:
https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2018/12/03/machismo-sexismo-e-
misoginia-quais-sao-as-diferencas.htm. Acesso em 23 de abril de 2020;
NOTHAFT, Raíssa Jeanine; BEIRAS, Adriano. O que sabemos sobre intervenção
com o autor da violência doméstica familiar? In: Revistas Estudos Feministas.
Florianópolis: Universidade Federal de Santa Cataria, 2019. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
026X2019000300206&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 20 de maio de 2020;
OLIVEIRA, Antonio Martins de. Não se nasce homem, nem necessariamente se
torna: Aproximação etnográfica a grupos de homens igualitários. In: Revista Campo
do Saber. Cabedelo: Centro Universitário Uniesp, 2017;
OLIVEIRA-CRUZ, Milena Ferreira de. Publicidade e Desigualdade: Leitura sobre
gênero, classe e trabalho feminino. Porto Alegre: Sulina, 2018;
124
ONU BRASIL. Uma em cada três mulheres já sofreu violência sexual ou física,
alertam agências da ONU. In: Nações Unidas, 2015. Disponível em:
https://nacoesunidas.org/uma-em-cada-tres-mulheres-ja-sofreu-violencia-sexual-ou-
fisica-alertam-agencias-da-onu/Acesso em: 19 de maio de 2020;
ONU. Assembleia Geral das Nações Unidas. Taxa de feminicídio no Brasil é
quinta maior do mundo: diretrizes nacionais buscam soluções. 2016. Disponível
em: https://nacoesunidas.org/onu-feminicidio-brasil-quinto-maior-mundo-diretrizes-
nacionais-buscam-solucao/. Acesso em: 10 de junho de 2020;
PADOIN, Stela Maria de Melo et al. Abuso de álcool e drogas e violência contra
as mulheres: denúncias vividas, 2014. In: Revista Brasileira de Enfermagem.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v67n3/0034-7167-reben-67-03-
0366.pdf. Acesso em: 08 de abril de 2020;
PAPO DE HOMEM. O silêncio dos homens, 2019. In: Papos de Homem.
Disponível em: https://papodehomem.com.br/o-silencio-dos-homens-documentario-
completo/. Acesso em 19 de março de 2020;
PATEMAN, Carole. O contrato sexual. São Paulo: Editora Terra e Paz S.A, 1993.
Disponível em:
https://aprender.ead.unb.br/pluginfile.php/3363/mod_resource/content/1/PATEMAN_
contrato_sexual.PDF. Acesso em: 12 de março de 2020;
PENHA, Maria da. Sobrevivi... posso contar. 2. ed. Fortaleza: Armazém da
Cultura, 2012;
PETRIN, Natália. Modos de produção. In: Estudo prático. Disponível em:
https://www.estudopratico.com.br/modos-de-producao-capitalista-escravista-feudal-
e-mais/ Acesso em: 29 de março de 2020;
PINTO, Célia Regina Jardim. Feminismo, história e poder. In: Revista sociologia
política. Curitiba, 2010 Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsocp/v18n36/03.pdf.
Acesso em: 23 de abril de 2020;
PONTES, Felipe. Janot diz que foi armado ao STF para matar Gilmar Mendes. In.
Agência Brasil. Brasília, DF, 2019. Disponível em:
http://periodicos.pucminas.br/index.php/virtuajus/article/view/15099. Acesso em: 17
de junho de 2020;
QUEIROZ, Fernanda Marques De. Não se rima amor e dor: representações sociais
sobre a violência conjugal. Universidade Federal de Pernambuco, 2004. Disponível
125
em: https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9700/1/arquivo9048_1.pdf.
Acesso em: 10 de abril de 2020;
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo:
Companhia de Letras, 1995;
RODRIGUES, Lucas de Oliveira. Cultura. Disponível em:
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/conceito-cultura.htm. Acesso em:
04 de abril de 2020;
ROSA, Camila Requião. O álcool e a violência doméstica: efeitos e dramas. Belo
Horizonte: Virtual Jus, 2017. Disponível em :
http://periodicos.pucminas.br/index.php/virtuajus/article/view/15099. Acesso em: 19
de maio de 2020;
SAFFIOTI, Helieth. A mulher na sociedade clássica: mito e realidade. São Paulo:
Expressão Popular, 2013;
SAFFIOTI, Helieth. Gênero Patriarcado Violência. São Paulo: Expressão Popular:
Fundação Perseu Abramo, 2015;
SAFFIOTI, Helieth. O poder do macho. São Paulo: Editora Moderna, 2001;
SANT’ANNA, Tatiana Camargo; PENSO, Maria Aparecida. A Transmissão
Geracional da Violência na Relação Conjugal. In: Revista – Psicologia: Teoria e
Pesquisa. Brasília: Instituto de Psicologia Universidade de Brasília, 2017. Disponível
em: https://www.scielo.br/pdf/ptp/v33/0102-3772-ptp-33-e33427.pdf. Acesso em: 14
de junho de 2020;
SANTOS, Charlene Cortes do. O ser humano e sua cidade: o papel do estado na
concretização do direito fundamental social à moradia à luz do princípio fundamental
da dignidade da pessoa humana. In: Revista Âmbito Jurídico. Porto Alegre: PUC,
2018. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-constitucional/o-
ser-humano-e-sua-cidade-o-papel-do-estado-na-concretizacao-do-direito-
fundamental-social-a-moradia-a-luz-do-principio-fundamental-da-dignidade-da-
pessoa-humana/. Acesso em 17 de junho de 2020;
SANTOS, Juliana Anacletos dos. Desigualdade social e conceito de gênero.
Universidade Federal de Juiz de Fora, 2010. Disponível em
http://www.ufjf.br/virtu/files/2010/05/artigo-3a7.pdf. Acesso em: 18 de março de
2020;
126
SOUZA, Artur de Brito Gueiros; JAPIASSÚ, Carlos Eduardo Adriano. Direito penal.
São Paulo: Atlas, 2020;
STEVENS, Cristina; Oliveira, Susana Rodrigues; Zanello, Valeska. Estudos
feministas e de gênero: articulações e perspectivas. Florianópolis: Editora
Mulheres, 2014;
STREY, Marlene Neves; MÜHLEN, Bruna Krimberg Von; KOHN, Kelly Cristina.
Caminho de Homens: Gênero e Movimentos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2014;
TELES, Maria Amélia de Almeida; MELO, Monica de. O que é Violência contra a
Mulher. São Paulo: Brasiliense, 2003;
TODA MATÉRIA. Período neolítico ou idade da pedra polida. In: Revista toda
matéria: conteúdo escolar, 2020. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/periodo-neolitico-ou-idade-da-pedra-polida/ Acesso
em: 29 de março de 2020;
UCHOA, Pablo. Coronavírus: por que países liderados por mulheres se destacam
no combate à pandemia?. In: BBC. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52376867 .Acesso em: 14 de junho
de 2020;
UNIVERSA, Camila Brandalise De. Direito das Mulheres: In: Uol. Disponível em:
https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2019/11/08/nao-seu-deu-respeito-
5-vezes-em-que-a-justica-foi-machista.htm. Acesso em: 07 de março de 2020;
URRA, Flávio. Grupos reflexivos de homens: enfrentamento à cultura do estupro e
desconstrução social da masculinidade patriarcal. In: PIMENTEL, Silvia. Estupro:
Perspectivas de Gênero, interseccionalidade e interdisciplinaridade. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2018;
VIEIRA, J. Judivam. A mulher e sua luta éptica contra o machismo. Braília:
Thesaurus, 2012;
VIEIRA, Yvonne Mattos. Identidade do homem na sociedade patriarcal. In:
NOGUEIRA, Rose. Macho masculino homem. 5 ed. Porto Alegre: L& PM Editores
Ltda, 1986;
VIENA. Declaração e programa de ação de Viena, 1993. Disponível em:
http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Sistema-Global.-
Declara%C3%A7%C3%B5es-e-Tratados-Internacionais-de-
Prote%C3%A7%C3%A3o/declaracao-e-programa-de-acao-de-viena.html. Acesso
em: 10 de maio de 2020;
128
Sou acadêmica do curso de DIREITO da UNIVATES e estou realizando este questionário com intuito de
coletar dados para minha monografia de conclusão de curso.
Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, sendo que as informações prestadas aqui são sigilosas.
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 1/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Não
Apoio psicológico
Tratamento de vícios
Outro: Psquiatra
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 2/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sim
Não
Sim
Não
Justifique
Sim
Não
9) Quais os mecanismos que a Rede tem utilizado para essa intervenção com o agressor? *
...
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 3/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela Rede, para efetivar
a prevenção da violência contra a mulher, considerando o machismo na sociedade presente
nos dias de hoje? *
...
Formulários
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 4/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sou acadêmica do curso de DIREITO da UNIVATES e estou realizando este questionário com intuito de
coletar dados para minha monografia de conclusão de curso.
Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, sendo que as informações prestadas aqui são sigilosas.
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 5/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Não
Apoio psicológico
Tratamento de vícios
Outro:
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 6/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sim
Não
Sim
Não
Justifique
Sim
Não
9) Quais os mecanismos que a Rede tem utilizado para essa intervenção com o agressor? *
...
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 7/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela Rede, para efetivar
a prevenção da violência contra a mulher, considerando o machismo na sociedade presente
nos dias de hoje? *
...
Formulários
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 8/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sou acadêmica do curso de DIREITO da UNIVATES e estou realizando este questionário com intuito de
coletar dados para minha monografia de conclusão de curso.
Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, sendo que as informações prestadas aqui são sigilosas.
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 9/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Não
Apoio psicológico
Tratamento de vícios
Outro:
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 10/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sim
Não
Sim
Não
Justifique
Sim
Não
9) Quais os mecanismos que a Rede tem utilizado para essa intervenção com o agressor? *
Ainda precisam ser aprimorados. Penso que o ministério público começou o processo e poderia ter
grupos em plataformas onlines tb para as famílias em vulnerabilidades ligada a violência intrafamiliar.
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 11/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela Rede, para efetivar
a prevenção da violência contra a mulher, considerando o machismo na sociedade presente
nos dias de hoje? *
Formulários
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 12/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sou acadêmica do curso de DIREITO da UNIVATES e estou realizando este questionário com intuito de
coletar dados para minha monografia de conclusão de curso.
Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, sendo que as informações prestadas aqui são sigilosas.
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 13/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Não
Apoio psicológico
Tratamento de vícios
Outro:
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 14/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sim
Não
Sim
Não
Justifique
Sim
Não
9) Quais os mecanismos que a Rede tem utilizado para essa intervenção com o agressor? *
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 15/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela Rede, para efetivar
a prevenção da violência contra a mulher, considerando o machismo na sociedade presente
nos dias de hoje? *
Formulários
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 16/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sou acadêmica do curso de DIREITO da UNIVATES e estou realizando este questionário com intuito de
coletar dados para minha monografia de conclusão de curso.
Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, sendo que as informações prestadas aqui são sigilosas.
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 17/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Não
Apoio psicológico
Tratamento de vícios
Outro:
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 18/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sim
Não
Sim
Não
Justifique
Sim
Não
9) Quais os mecanismos que a Rede tem utilizado para essa intervenção com o agressor? *
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 19/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela Rede, para efetivar
a prevenção da violência contra a mulher, considerando o machismo na sociedade presente
nos dias de hoje? *
Formulários
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 20/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sou acadêmica do curso de DIREITO da UNIVATES e estou realizando este questionário com intuito de
coletar dados para minha monografia de conclusão de curso.
Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, sendo que as informações prestadas aqui são sigilosas.
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 21/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Não
Apoio psicológico
Tratamento de vícios
Outro:
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 22/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sim
Não
Sim
Não
Justifique
Sim
Não
9) Quais os mecanismos que a Rede tem utilizado para essa intervenção com o agressor? *
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 23/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela Rede, para efetivar
a prevenção da violência contra a mulher, considerando o machismo na sociedade presente
nos dias de hoje? *
a mudança da cultura machista, ainda bastante verificada atualmente, e provocar essa mudança de
pensamento, o medo das vítimas...
Formulários
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 24/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sou acadêmica do curso de DIREITO da UNIVATES e estou realizando este questionário com intuito de
coletar dados para minha monografia de conclusão de curso.
Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, sendo que as informações prestadas aqui são sigilosas.
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 25/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Não
Apoio psicológico
Tratamento de vícios
Outro:
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 26/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sim
Não
Sim
Não
Justifique
Sim
Não
9) Quais os mecanismos que a Rede tem utilizado para essa intervenção com o agressor? *
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 27/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela Rede, para efetivar
a prevenção da violência contra a mulher, considerando o machismo na sociedade presente
nos dias de hoje? *
Formulários
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 28/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sou acadêmica do curso de DIREITO da UNIVATES e estou realizando este questionário com intuito de
coletar dados para minha monografia de conclusão de curso.
Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, sendo que as informações prestadas aqui são sigilosas.
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 29/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Não
Apoio psicológico
Tratamento de vícios
Outro:
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 30/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sim
Não
Sim
Não
Justifique
Sim
Não
9) Quais os mecanismos que a Rede tem utilizado para essa intervenção com o agressor? *
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 31/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela Rede, para efetivar
a prevenção da violência contra a mulher, considerando o machismo na sociedade presente
nos dias de hoje? *
Formulários
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 32/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sou acadêmica do curso de DIREITO da UNIVATES e estou realizando este questionário com intuito de
coletar dados para minha monografia de conclusão de curso.
Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, sendo que as informações prestadas aqui são sigilosas.
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 33/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Não
Apoio psicológico
Tratamento de vícios
Outro:
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 34/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sim
Não
Sim
Não
Justifique
Sim
Não
9) Quais os mecanismos que a Rede tem utilizado para essa intervenção com o agressor? *
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 35/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela Rede, para efetivar
a prevenção da violência contra a mulher, considerando o machismo na sociedade presente
nos dias de hoje? *
Troca de endereço da vítima, não localização do agressor e até a resistência e desistência da vítima em
relação a agressão sofrida
Formulários
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 36/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sou acadêmica do curso de DIREITO da UNIVATES e estou realizando este questionário com intuito de
coletar dados para minha monografia de conclusão de curso.
Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, sendo que as informações prestadas aqui são sigilosas.
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 37/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Não
Apoio psicológico
Tratamento de vícios
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 38/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sim
Não
Sim
Não
Justifique
Sim
Não
9) Quais os mecanismos que a Rede tem utilizado para essa intervenção com o agressor? *
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 39/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela Rede, para efetivar
a prevenção da violência contra a mulher, considerando o machismo na sociedade presente
nos dias de hoje? *
Falta de recursos financeiros; demora na mudança cultural; ausência do tema nas demais redes sociais,
como educação e saúde.
Formulários
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 40/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sou acadêmica do curso de DIREITO da UNIVATES e estou realizando este questionário com intuito de
coletar dados para minha monografia de conclusão de curso.
Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, sendo que as informações prestadas aqui são sigilosas.
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 41/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Não
Apoio psicológico
Tratamento de vícios
Outro:
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 42/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sim
Não
Sim
Não
Justifique
Sim
Não
9) Quais os mecanismos que a Rede tem utilizado para essa intervenção com o agressor? *
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 43/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela Rede, para efetivar
a prevenção da violência contra a mulher, considerando o machismo na sociedade presente
nos dias de hoje? *
Formulários
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 44/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sou acadêmica do curso de DIREITO da UNIVATES e estou realizando este questionário com intuito de
coletar dados para minha monografia de conclusão de curso.
Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, sendo que as informações prestadas aqui são sigilosas.
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 45/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Não
Apoio psicológico
Tratamento de vícios
Outro:
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 46/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sim
Não
Sim
Não
Justifique
Sim
Não
9) Quais os mecanismos que a Rede tem utilizado para essa intervenção com o agressor? *
Grupo reflexivo para relações saudáveis, porém é projeto recente, que atuou no ano passado de uma
forma ainda precária
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 47/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela Rede, para efetivar
a prevenção da violência contra a mulher, considerando o machismo na sociedade presente
nos dias de hoje? *
A existência de apenas um grupo reflexivo de gênero, quando deveriam existir vários espalhados por
todos os bairros da cidade
Formulários
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 48/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sou acadêmica do curso de DIREITO da UNIVATES e estou realizando este questionário com intuito de
coletar dados para minha monografia de conclusão de curso.
Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, sendo que as informações prestadas aqui são sigilosas.
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 49/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Não
Apoio psicológico
Tratamento de vícios
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 50/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sim
Não
Sim
Não
Justifique
Sim
Não
9) Quais os mecanismos que a Rede tem utilizado para essa intervenção com o agressor? *
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 51/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela Rede, para efetivar
a prevenção da violência contra a mulher, considerando o machismo na sociedade presente
nos dias de hoje? *
Muitos dos adultos, que instruem e educam as novas gerações, tem em si construções machistas.
Formulários
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 52/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sou acadêmica do curso de DIREITO da UNIVATES e estou realizando este questionário com intuito de
coletar dados para minha monografia de conclusão de curso.
Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, sendo que as informações prestadas aqui são sigilosas.
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 53/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Não
Apoio psicológico
Tratamento de vícios
Outro:
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 54/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sim
Não
Sim
Não
Justifique
Sim
Não
9) Quais os mecanismos que a Rede tem utilizado para essa intervenção com o agressor? *
Atendimento psicologico
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 55/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela Rede, para efetivar
a prevenção da violência contra a mulher, considerando o machismo na sociedade presente
nos dias de hoje? *
Aceitação da mulher
Formulários
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 56/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sou acadêmica do curso de DIREITO da UNIVATES e estou realizando este questionário com intuito de
coletar dados para minha monografia de conclusão de curso.
Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, sendo que as informações prestadas aqui são sigilosas.
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 57/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Não
Apoio psicológico
Tratamento de vícios
Outro:
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 58/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sim
Não
Sim
Não
Justifique
Sim
Não
9) Quais os mecanismos que a Rede tem utilizado para essa intervenção com o agressor? *
Observo que a rede tem olhado para o agressor como uma pessoa que precisa ser atendida também.
Observo os serviços dedicados a desconstruir o machismo com os homens que também são vítimas
de uma sociedade que por muito tempo permitiu a violência como sendo algo "normal" e eu acho esse
olhar super importante.
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 59/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela Rede, para efetivar
a prevenção da violência contra a mulher, considerando o machismo na sociedade presente
nos dias de hoje? *
Formulários
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 60/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sou acadêmica do curso de DIREITO da UNIVATES e estou realizando este questionário com intuito de
coletar dados para minha monografia de conclusão de curso.
Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, sendo que as informações prestadas aqui são sigilosas.
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 61/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Não
Apoio psicológico
Tratamento de vícios
Outro:
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 62/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sim
Não
Sim
Não
Justifique
Sim
Não
9) Quais os mecanismos que a Rede tem utilizado para essa intervenção com o agressor? *
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 63/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela Rede, para efetivar
a prevenção da violência contra a mulher, considerando o machismo na sociedade presente
nos dias de hoje? *
O fato de o machismo estar tão presente no cotidiano que muitos nem o percebem ou não querem
perceber.
Formulários
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 64/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sou acadêmica do curso de DIREITO da UNIVATES e estou realizando este questionário com intuito de
coletar dados para minha monografia de conclusão de curso.
Esta pesquisa tem objetivo acadêmico, sendo que as informações prestadas aqui são sigilosas.
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 65/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Não
Apoio psicológico
Tratamento de vícios
Outro:
Sim
Não
Sim
Não
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 66/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
Sim
Não
Sim
Não
Justifique
Sim
Não
9) Quais os mecanismos que a Rede tem utilizado para essa intervenção com o agressor? *
Grupo reflexivo voltado aos agressores, com reuniões periódicas na sede do Ministério Público.
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 67/68
21/06/2020 DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA MACHISTA Questionário para Monografia de conclusão de curso :
10) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades enfrentadas pela Rede, para efetivar
a prevenção da violência contra a mulher, considerando o machismo na sociedade presente
nos dias de hoje? *
Formulários
https://docs.google.com/forms/d/1JOl2PNVQ-6NyJQ_Ow09KdA76gk4d78Xl54-nqUp0HWg/edit#responses 68/68
Ofício 004/DIREITO/CCHS/UNIVATES
Sra. Coordenadora
Atenciosamente,