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AV1 Osciloscópio

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INSTITUTO FEDERAL FLUMINENSE

CAMPUS MACAÉ
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
DISCIPLINA: ELETRICIDADE APLICADA
PROF.: CARLOS MÁRCIO

OSCILOSCÓPIO

E SUAS APLICAÇÕES

Cheila Silva Pinto N° Matrícula: 201927170257

Macaé-RJ / 2023
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O osciloscópio é uma das ferramentas mais utilizadas no ramo da elétrica e também da
eletrônica. É utilizado para fazer a visualização das ondas de sinal elétrico, permitindo uma
análise dos parâmetros dela (frequência, amplitude, tensão média, eficaz e pico a pico, além
de vários outros parâmetros).
Para ser capaz de permitir a visualização de ondas de sinal elétrico e também da análise
dos parâmetros do mesmo, o osciloscópio transforma esse sinal elétrico em um gráfico através
de uma tela de imagem com duas dimensões diferentes. A primeira dimensão, conta com o
eixo x e irá representar o tempo. Já a segunda terá um eixo y e irá representar a amplitude em
volts. Em alguns casos, é possível encontrar uma terceira dimensão chamada de eixo z. Esse
eixo terá a função de representar a intensidade e o brilho da tela, ou até mesmo representar
uma classificação das cores dela.
Nos dispositivos de osciloscópios, é sempre possível encontrar canais de entrada de
onde os sinais elétricos podem ser lidos. Comumente, a quantidade desses canais de entrada é
de dois ou quatro e, para que funcione a conexão entre o circuito que irá ser analisado e
osciloscópio, será preciso que as pontas de provas sejam encaixadas nesses canais. O máximo
de canais será de até oito. Diferente do que muitos ainda pensam, os osciloscópios são
divididos em duas classificações diferentes, que são: osciloscópios digitais e analógicos.
Nessa primeira classificação, os osciloscópios utilizam um conversor analógico-digital
(chamado de ADC) para realizar a função de conversão da tensão medida em uma informação
do tipo digital.
Os osciloscópios desse tipo também podem ser divididos em:
 De fósforo digital (DPOs)
 Se sinal misto (MOs)
 De armazenamento digital (DSOs)
 De amostragem digital

Aplicações do osciloscópio:
As aplicações comuns do osciloscópio como a visualização de formas de onda e
medida de frequência pelas figuras de Lissajous são bem conhecidas de todos os praticantes da
eletrônica. No entanto, o osciloscópio pode fazer muito mais coisas do que isso e numa
quantidade que permite dizer que se trata de um dos mais completos de todos os instrumentos
com que podemos contar na bancada. Abaixo estarão alguns usos incomuns para o
osciloscópio.

1) Verificação da Presença de Campos Magnéticos:

Problemas de blindagens em componentes como transformadores, indutores e mesmo


motores podem causar problemas de interferências e roncos nos equipamentos eletrônicos.
A detecção dos campos de baixas frequências gerados por estes componentes pode ser
feita de forma relativamente simples com a utilização de um osciloscópio conforme
mostra a figura.

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A bobina tanto pode ser o enrolamento primário de um velho transformador de
alimentação que tenha sido desmontado de modo a ficar núcleo, 300 a 600 espiras de fio
fino (30 a 34 AWG) num pequeno bastão de ferrite ou mesmo uma bobina captadora
telefônica do tipo "maricota" usada para transferir sinais do telefone para um
amplificador. O que se faz é aproximar a bobina do componente suspeito com o
osciloscópio ajustado para se visualizar sinais numa faixa de frequências em torno dos 60
Hz. A sensibilidade deve ser máxima e o cabo até o osciloscópio deve ser blindado.
Antes de aproximar a bobina do componente suspeito ajuste o osciloscópio de modo
que certificar-se de que nenhum sinal está sendo previamente captado da rede de energia
local ou de algum outro local. Para uma bobina com muitas espiras a sensibilidade
eventualmente deve ser reduzida a alguns milivolts por divisão. A captação com máxima
intensidade ocorre com as linhas de força cortando as bobinas perpendicularmente e que a
mínima captação com as linhas paralelas. Assim, movimentando-se a bobina e
observando-se a imagem projetada no osciloscópio é possível determinar a orientação do
campo produzido pelo componente.

Para sanar o problema de campos em equipamentos sensíveis como por exemplo


equipamentos de áudio têm-se duas soluções: a melhoria da blindagem do componente
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utilizando alumínio (que é uma substância diamagnética) ou ainda a mudança da posição
do componente de modo que suas linhas de campo não mais atuem sobre os pontos
sensíveis do circuito.

2) Inércia de um LDR
Os LDRs não são dispositivos rápidos nas suas respostas à pulsos de luz de curta duração.
No entanto, esta característica de velocidade de resposta nem sempre é acessível o que
leva a necessidade de se fazer sua medida.
O experimento permite determinar a "inércia" de um LDR (foto-resistor) e, portanto, a
máxima frequência de luz modulada que ele pode responder. O que se faz é iluminar o
LDR por uma lâmpada comum tendo entre os dois um disco perfurado acionado por um
motor. A velocidade do motor e o número de furos do disco dão a frequência de excitação
do LDR. Se for possível controlar a velocidade de rotação motor o experimento se torna
mais preciso. As curvas de respostas do LDR mostram até que frequência ele pode
acompanhar os pulsos de luz obtendo-se a intensidade máxima do sinal.

3) Medindo a velocidade de um motor


Com esse experimento é possível medir a velocidade de rotação de um motor. O que se
faz é comparar a frequência dos sinais produzidos por um oscilador de referência com a
frequência dos pulsos de luz acionados por um disco perfurado acoplado ao motor.
Ajusta-se então o gerador de sinais até que a forma de onda projetada no osciloscópio
corresponda a uma frequência de 1 para 1 (uma elipse aproximadamente).

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Para velocidades de rotação muito altas (acima de 1000 rpm) os LDRs comuns usados
como sensores podem não ser suficientemente rápidos para a obtenção de bons resultados.
Neste caso será conveniente usar como sensor um foto-transistor ou ainda um fotodiodo.

4) Separando Ripples de Comutação de Ripples de Linha


Um problema para o trabalho com a análise de formas de onda em conversores é que o
ripple de saída destes conversores disfarça a medida do ripple de linha. Com os recursos
de aquisição de dados de alta resolução de osciloscópios digitais como os da série TDS da
Tektronix esta medida pode ser feita. O modo de alta resolução dos osciloscópios TDS
podem atenuar os ripples de comutação de tal forma que os ripple de linha podem ser
isolados e quantificados.
A medida do ripple de saída nos conversores lineares tradicionais é simples já que o
osciloscópio pode ser disparado com a tensão de linha e a imagem estará travada nos
padrões da linha. Com os conversores chaveados, não ocorre o mesmo já que a saída do
conversor é misturada com o ruído de chaveamento.
Assim, medir as características do ripple da freqüência de chaveamento é normalmente
simples, já que podemos disparar o osciloscópio com a tensão de ripple tanto na saída
como em qualquer ponto do circuito em que exista um sinal próprio para isso. Mas medir
o ripple de linha é um outro problema.
E, este pode ser uma medida até mais importante já que o ripple de baixa freqüência
pode introduzir roncos nas bandas laterais de equipamentos de áudio ou de comunicações.
A forma de onda superior na figura 3 mostra a freqüência de ripple de 120 Hz retificada
de um conversor DC-DC. O TDS calcula a tensão pico a pico de 1,08 V deste sinal.

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A forma de onda do meio é a tensão de 5 V de saída usando a amostragem digital
convencional do osciloscópio. Com o ajuste de uma base de tempo apropriado pode-se
visualizar o ripple de linha (o ruído de 50 kHz de 88 mV pico a pico da comutação
domina a imagem.
Não existe nenhuma indicação de tensão de 120 Hz nesta imagem. No entanto, na
forma de onda inferior temos a captura do mesmo sinal usando o modo de aquisição de
alta resolução do TDS que não mascara a componente de ripple tão elusiva. O ruído de
comutação é rejeitado e o ripple de 120 Hz pode ser medido. O valor pico a pico deste
ripple é de 6 mV (representando uma atenuação de 180 para 1 ou 45 dB) ou seja 20 x log
(1,08/6 mV).
O modo de aquisição de alta resolução do TDS representa o rompimento de uma
barreira nas medidas de conversores de potência já que ele proporciona capacidades de
filtragem do sinal além do tradicional limite da faixa passante em 20 MHz. O resultado
relevante do modo de aquisição de alta resolução ocorre porque seu sinal passa por um
filtro passa-baixas que é consistente com a taxa de amostragem selecionada.
Na figura, a taxa de amostragem foi de 50 kS/s que é claramente inadequada (forma de
onda do meio) para a aquisição do ruído de 50 kHz de comutação, mas uma taxa
apropriada para a componente de 120 Hz foi selecionada na parte superior da imagem. O
TDS filtra a componente de comutação de 50 kHz usando um processamento digital antes
de apresentar o resultado na forma de onda inferior da tela.
É importante entender por que uma média da forma de onda não funciona nesta
aplicação. Por exemplo, pode-se disparar o osciloscópio na tensão da linha para

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sincronizar a aquisição de dados ao ripple de linha e então fazer a forma média de onda
passar pelo filtro para eliminar o ruído de comutação. Em princípio, isto poderia funcionar
se o ripple de comutação fosse um sinal aleatório. No entanto, ele é um ruído na
freqüência de comutação. Como a freqüência de linha não é sincronizada com a
freqüência de comutação a forma de onda obtida da média vai apresentar uma modulação
curiosa que varia com o tempo.

5) Capturando e Analisando a Energia nos Modos de Partida de Conversores


Um problema que pode ser encontrado em muitos osciloscópios digitais é que eles não
possuem memória suficiente para capturar todo o processo de partida com uma taxa de
amostragem razoável. A possibilidade de habilitar diversas opções de memória de
osciloscópios, como os da série TDS da Tektronix, torna o registro de todo o processo de
partida de conversores possível.
Uma das aplicações mais comuns dos osciloscópios digitais em eletrônica de potência
é a captura das formas de onda geradas no processo de partida de conversores de potência.
O conhecimento deste processo é de fundamental importância, pois é justamente neste
intervalo que os componentes são submetidos ao maior stress elétrico. Uma operação
única do osciloscópio digital é necessária para possibilitar a captura este evento pois só há
uma chance de se fazer isso. Em outras palavras, não temos eventos de partidas iguais.
O desafio básico para se capturar um evento único como este é controlar a seguinte
relação:

Tempo de registro (segundos) = tempo de registro (amostra) / taxa de amostragem


(amostras por segundo)

O tempo de registro é um requisito fixado pela sua aplicação. A taxa de amostragem e


tempo de registro são especificações do osciloscópio digital. A taxa de amostragem deve
ser rápida o suficiente para capturar detalhes significantes das formas de onda. Não existe
nenhuma regra absoluta, mas deve-se amostrar pelo menos cinco vezes a faixa passante do
sinal mais rápido. Para análises na freqüência da linha de energia a taxa de amostragem
não é normalmente um fator limitante. Uma taxa de amostragem de 10 kS/s é mais do
apropriado. Um tempo de registro de 5 000 pontos, por exemplo, possibilita um tempo de
registro de 0,5 segundos ou 30 ciclos de alimentação consecutivos.

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Por outro lado, para medidas em fontes chaveadas, deve-se levar em conta a
freqüência de operação de acordo com cada caso. A partir do momento em que a faixa
passante não é uma especificação típica em circuitos de potência, deixa-se que o usuário
do osciloscópio selecione a taxa de amostragem baseando-se tanto na sua experiência ou
por tentativa e erro. Por exemplo, inicialmente, pode-se ajustar todos os instrumentos
(TDS, TCP202 e P5205) para sua máxima faixa passante então observa-se se os sinais
mudam de modo apreciável quando são habilitadas as diversas funções limitadoras da
banda passante (por exemplo, limite de 20 MHz de faixa passante).
Da mesma forma, pode-se diminuir a taxa de amostragem do TDS e determinar se
estão sendo perdidos detalhes de alta freqüência da forma de onda ou resolução das
medidas. Qualquer perda de resolução pode ser recuperada aumentando-se o tempo de
registro. Isto é geralmente um processo iterativo. Este procedimento torna-se apenas um
item já eu cada tipo de osciloscópio proporciona tempos de gravação cada vez mais
longos. A figura abaixo mostra um resultado típico.

A forma de onda superior é a tensão inversa no diodo Shottky de um conversor


chaveado. A forma de onda inferior é a corrente no sentido direto no mesmo diodo. O
intervalo de partida corresponde a aproximadamente 8 divisões horizontais ou 800
microssegundos. Neste caso, ajustamos o TDS para um tempo de registro de 1 ms que
corresponde a 50 000 amostragens. Este ajuste é conseguido com uma taxa de amostragem de
50 MS/s. Depois que o evento inteiro é capturado, pode-se usar a função zoom do TDS para
expandir a forma de onda e analisar os longos pulsos de corrente direta de aproximadamente
500 us no intervalo de partida. A figura abaixo mostra as formas de onda originais expandidas
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horizontalmente 10 vezes (forma de onda superior) e as formas de onda originais (tela
inferior). Em outras palavras, pode-se agora analisar dados de 100 microssegundos ou 5000
amostragens. Temos uma resolução horizontal suficiente para analisar pulsos individuais. De
fato, existem 0500 amostragens de dados em cada dez divisões horizontais.

Outros exemplos de aplicações de um osciloscópio (analógico e digital):


•. Monitorizar a evolução de qualquer grandeza física que se possa traduzir numa tensão
usando o transdutor adequado;
•. Observar uma forma de onda e suas características ou anomalias, por exemplo, ruído ou
oscilações
•. Medir intervalos de tempo muito curtos (por exemplo, alguns ns - nanosegundos);
•. Medir um período de um sinal repetitivo;
•. Medir diferenças de fase;
•. Medir a componentes contínua e alternada de um sinal (DC e AC);
•. Mostrar a relação entre duas variáveis.
•. Facilita a visualização de falhas muito pequenas ou intermitentes.
•. Medir amplitudes de tensão, frequências, períodos e o defasamento de sinais alternados
•. Indicar presença de problemas com o sensor ou a roda fônica do motor de um
automóvel.

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