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Pldo 2024

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MENSAGEM Nº 149

Senhores Membros do Congresso Nacional,

Nos termos do art. 61 da Constituição e do inciso II do § 2º do art. 35 do Ato das


Disposições Constitucionais Transitórias, submeto à elevada deliberação de Vossas Excelências
o texto do projeto de lei que “Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e a execução da Lei
Orçamentária de 2024 e dá outras providências”.

Brasília, 14 de abril de 2023.


PROJETO DE LEI

Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e a


execução da Lei Orçamentária de 2024 e dá outras
providências.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º São estabelecidas, em cumprimento ao disposto no § 2º do art. 165 da


Constituição e na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, as
diretrizes orçamentárias da União para 2024, compreendendo:
I - as metas e as prioridades da administração pública federal;
II - a estrutura e a organização dos orçamentos;
III - as diretrizes para a elaboração e a execução dos orçamentos da União;
IV - as disposições relativas às transferências;
V - as disposições relativas à dívida pública federal;
VI - as disposições relativas às despesas com pessoal e encargos sociais e aos benefícios aos
servidores, aos empregados e aos seus dependentes;
VII - a política de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais de fomento;
VIII - as disposições relativas à adequação orçamentária decorrente das alterações na
legislação;
IX - as disposições relativas à fiscalização pelo Poder Legislativo e às obras e aos serviços
com indícios de irregularidades graves;
X - as disposições relativas à transparência; e
XI - as disposições finais.

CAPÍTULO II

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DAS METAS E DAS PRIORIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

Art. 2º A elaboração e a aprovação do Projeto de Lei Orçamentária de 2024 e a execução


da respectiva Lei deverão ser compatíveis com a meta de resultado primário de R$ 0,00 (zero real) para
os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, conforme demonstrado no Anexo de Metas Fiscais constante
do Anexo IV a esta Lei.
§ 1º Para fins da demonstração da compatibilidade referida no caput, admite-se intervalo
de tolerância com:
I - limite superior equivalente a superavit primário de R$ 28.756.172.359,00 (vinte e oito
bilhões setecentos e cinquenta e seis milhões cento e setenta e dois mil trezentos e cinquenta e nove
reais); e
II - limite inferior equivalente a deficit primário de R$ 28.756.172.359,00 (vinte e oito
bilhões setecentos e cinquenta e seis milhões cento e setenta e dois mil trezentos e cinquenta e nove
reais).
§ 2º A obtenção de resultado que exceda ao limite superior de que trata o inciso I do §
1º não implica descumprimento da meta estabelecida no caput.
§ 3º A meta de resultado primário e o intervalo de tolerância referidos neste artigo
poderão ser adequados pela legislação de que trata o art. 6º da Emenda à Constituição nº 126, de 21 de
dezembro de 2022.
§ 4º Não será contabilizado na meta de resultado primário de que trata este artigo o
impacto decorrente do disposto nos § 11 e § 21 do art. 100 da Constituição.
§ 5º A projeção de resultado primário dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
será aquela indicada no Anexo de Metas Fiscais constante do Anexo IV, a qual será referência para fins de
fixação dos limites para contratação de operações de crédito pelos entes federativos e concessão de
garantias da União a essas operações.
Art. 3º A elaboração e a aprovação do Projeto de Lei Orçamentária de 2024 e a execução
da respectiva Lei, para o Programa de Dispêndios Globais de que trata o inciso XXII do Anexo II, deverão
ser compatíveis com a obtenção da meta de deficit primário de R$ 7.312.117.949,00 (sete bilhões
trezentos e doze milhões cento e dezessete mil novecentos e quarenta e nove reais).
§ 1º As empresas do Grupo Petrobras e a Empresa Brasileira de Participações em Energia
Nuclear e Binacional - ENBPar não serão consideradas na meta de deficit primário, de que trata o caput,
relativa ao Programa de Dispêndios Globais.
§ 2º Poderá haver, durante a execução da Lei Orçamentária de 2024, com demonstração
nos relatórios de que tratam o § 4º do art. 71 e o caput do art. 154, compensação entre as metas
estabelecidas para os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social e para o Programa de Dispêndios Globais
referido no caput.
Art. 4º As prioridades e as metas da administração pública federal para o exercício de
2024 constarão na Lei do Plano Plurianual 2024-2027, e deverão ser consideradas, em caráter indicativo,
durante a elaboração, a aprovação e a execução do orçamento.
Parágrafo único. As despesas que contribuem para o atendimento das prioridades e das
metas referidas no caput serão evidenciadas no Projeto de Lei Orçamentária de 2024 e na respectiva Lei

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e acompanhadas de projeções de médio prazo, para o exercício de 2024 e os três exercícios seguintes.

CAPÍTULO III
DA ESTRUTURA E DA ORGANIZAÇÃO DOS ORÇAMENTOS

Art. 5º Para fins do disposto nesta Lei e na Lei Orçamentária de 2024, entende-se por:
I - subtítulo - o menor nível da categoria de programação, que delimita a localização
geográfica da ação e que pode ser utilizado, adicionalmente, para restringir o seu objeto;
II - unidade orçamentária - o menor nível da classificação institucional;
III - órgão orçamentário - o maior nível da classificação institucional, cuja finalidade é
agrupar unidades orçamentárias;
IV - concedente - o órgão ou a entidade da administração pública federal direta ou indireta
responsável pela transferência de recursos financeiros oriundos dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social da União destinados à execução de ações orçamentárias;
V - convenente - o órgão ou a entidade da administração pública direta ou indireta, de
qualquer esfera de Governo, e a organização da sociedade civil, com os quais a administração pública
federal pactue a execução de ações orçamentárias com transferência de recursos financeiros;
VI - unidade descentralizadora - o órgão da administração pública federal direta, a
autarquia, a fundação pública ou a empresa estatal dependente detentora e descentralizadora da dotação
orçamentária e dos recursos financeiros;
VII - unidade descentralizada - o órgão da administração pública federal direta, a autarquia,
a fundação pública ou a empresa estatal dependente recebedora da dotação orçamentária e dos recursos
financeiros;
VIII - produto - o bem ou o serviço que resulta da ação orçamentária;
IX - unidade de medida - a unidade utilizada para quantificar e expressar as características
do produto; e
X - meta física - a quantidade estimada para o produto no exercício financeiro.
§ 1º As categorias de programação de que trata esta Lei serão identificadas no Projeto
de Lei Orçamentária de 2024, na respectiva Lei e nos créditos adicionais, por programas, projetos,
atividades ou operações especiais e respectivos subtítulos, com indicação, quando for o caso, do produto,
da unidade de medida e da meta física.
§ 2º Ficam vedados, na especificação dos subtítulos:
I - produto diferente daquele informado na ação;
II - denominação que evidencie finalidade divergente daquela especificada na ação; e
III - referência a mais de um beneficiário, localidade ou área geográfica no mesmo subtítulo.
§ 3º A meta física deverá ser indicada em nível de subtítulo e agregada segundo o projeto
ou a atividade e estabelecida em função do custo de cada unidade do produto e do montante de recursos
alocados.

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§ 4º No Projeto de Lei Orçamentária de 2024, um código sequencial, que não constará
da respectiva Lei, deverá ser atribuído a cada subtítulo, para fins de processamento, hipótese em que as
modificações propostas nos termos do disposto no § 5º do art. 166 da Constituição deverão preservar os
códigos sequenciais da proposta original.
§ 5º As ações que possuem a mesma finalidade, consubstanciada em seu título, deverão
ser classificadas sob apenas um código, independentemente da unidade orçamentária.
§ 6º O projeto deverá constar de apenas uma esfera orçamentária, sob apenas um
programa.
§ 7º A subfunção, nível de agregação imediatamente inferior à função, deverá evidenciar
cada área da atuação governamental.
§ 8º A ação orçamentária, entendida como atividade, projeto ou operação especial,
deverá identificar a função e a subfunção às quais se vincula e referir-se a apenas um produto.
§ 9º Nas referências ao Ministério Público da União constantes desta Lei, considera-se
incluído o Conselho Nacional do Ministério Público.
Art. 6º Os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social compreenderão o conjunto das
receitas públicas e das despesas dos Poderes, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da
União, de seus fundos, órgãos, autarquias, inclusive especiais, e fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades em que a União,
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e que dela recebam
recursos do Tesouro Nacional, devendo a correspondente execução orçamentária e financeira, da receita
e da despesa, ser registrada na modalidade total no Sistema Integrado de Administração Financeira do
Governo Federal - Siafi.
§ 1º Ressalvada a hipótese prevista no § 3º, ficam excluídos do disposto no caput:
I - os fundos de incentivos fiscais, que figurarão exclusivamente como informações
complementares ao Projeto de Lei Orçamentária de 2024;
II - os conselhos de fiscalização de profissão regulamentada;
III - as empresas públicas e as sociedades de economia mista que recebam recursos da
União apenas em decorrência de:
a) participação acionária;
b) fornecimento de bens ou prestação de serviços;
c) pagamento de empréstimos e financiamentos concedidos; e
d) transferência para aplicação em programas de financiamento, nos termos do disposto
na alínea “c” do inciso I do caput do art. 159 e no § 1º do art. 239 da Constituição;
IV - a capitalização de empresas ou a integralização de cotas em fundos pela União,
autorizadas em lei, que envolvam exclusivamente permuta de ativos, quando da operação não resulte
fluxo financeiro ou variação patrimonial; e
V - os atos decorrentes das compensações realizadas a partir das hipóteses previstas nos §
11 e § 21 do art. 100 da Constituição.
§ 2º A empresa pública ou sociedade de economia mista integrante dos Orçamentos
Fiscal e da Seguridade Social em que a União detenha a maioria do capital social com direito a voto poderá

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apresentar plano de sustentabilidade econômica e financeira, com vistas à revisão de sua classificação de
dependência, na forma prevista em ato do Poder Executivo federal, quando:
I - não tiver recebido ou utilizado recursos do Tesouro Nacional para pagamento de
despesas com pessoal e de custeio em geral; ou
II - as receitas próprias tenham apresentado crescimento contínuo nos últimos três
exercícios, tendo a arrecadação atingido, no último ano, valor igual ou superior a oitenta por cento da
soma de todas as suas despesas com pessoal e de custeio em geral.
§ 3º Na hipótese de aprovação do plano de sustentabilidade econômica e financeira de
que trata o § 2º, a empresa pública ou sociedade de economia mista continuará a integrar os Orçamentos
Fiscal e da Seguridade Social da União durante a sua vigência.
Art. 7º Os Orçamentos Fiscal, da Seguridade Social e de Investimento discriminarão a
despesa por unidade orçamentária, com suas categorias de programação detalhadas no menor nível e
dotações respectivas, especificando a esfera orçamentária, o Grupo de Natureza de Despesa - GND, o
identificador de resultado primário - RP, a modalidade de aplicação, o identificador de uso - IU e a fonte
de recursos.
§ 1º A esfera orçamentária tem por finalidade identificar se o orçamento é Fiscal - F, da
Seguridade Social - S ou de Investimento - I.
§ 2º Os GNDs constituem agregação de elementos de despesa de mesmas características
quanto ao objeto de gasto, conforme discriminados a seguir:
I - pessoal e encargos sociais (GND 1);
II - juros e encargos da dívida (GND 2);
III - outras despesas correntes (GND 3);
IV - investimentos (GND 4);
V - inversões financeiras, incluídas as despesas referentes à constituição ou ao aumento de
capital de empresas (GND 5); e
VI - amortização da dívida (GND 6).
§ 3º A reserva de contingência prevista no art. 13 será classificada no GND 9 ou poderá
ter outra classificação caso seja destinada especificamente às necessidades previstas no § 1º do art. 33 e
no art. 110.
§ 4º O identificador de RP visa a auxiliar a apuração do resultado primário previsto nos
art. 2º e art. 3º, o qual deverá constar do Projeto de Lei Orçamentária de 2024 e da respectiva Lei em
todos os GNDs e identificar, de acordo com a metodologia de cálculo das necessidades de financiamento
do Governo Central, cujo demonstrativo constará anexo à Lei Orçamentária de 2024, nos termos do
disposto no inciso X do Anexo I, se a despesa é:
I - financeira (RP 0);
II - primária e considerada na apuração do resultado primário para cumprimento da meta,
sendo:
a) obrigatória, cujo rol deve constar da Seção I do Anexo III (RP 1);
b) discricionária não abrangida pelo disposto na alínea “c” (RP 2); ou

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c) discricionária decorrente de dotações ou programações incluídas ou acrescidas por
emendas:
1. individuais, de execução obrigatória nos termos do disposto nos § 9º e § 11 do art. 166
da Constituição (RP 6); ou
2. de bancada estadual, de execução obrigatória nos termos do disposto no § 12 do art.
166 da Constituição e no art. 2º da Emenda à Constituição nº 100, de 26 de junho de 2019 (RP 7); ou
III - primária discricionária constante do Orçamento de Investimento e não considerada na
apuração do resultado primário para cumprimento da meta (RP 4).
§ 5º Nenhuma ação conterá, simultaneamente, dotações destinadas a despesas
financeiras e primárias, ressalvada a reserva de contingência.
§ 6º A Modalidade de Aplicação - MA indica se os recursos serão aplicados:
I - diretamente, pela unidade detentora do crédito orçamentário ou, em decorrência de
descentralização de crédito orçamentário, por outro órgão ou entidade integrante do Orçamento Fiscal
ou da Seguridade Social;
II - indiretamente, mediante transferência, por outras esferas de Governo, seus órgãos,
fundos ou entidades ou por entidades privadas, exceto o caso previsto no inciso III; ou
III - indiretamente, mediante delegação, por outros entes federativos ou consórcios
públicos para a aplicação de recursos em ações de responsabilidade exclusiva da União, especialmente
nos casos que impliquem preservação ou acréscimo no valor de bens públicos federais.
§ 7º A especificação da modalidade de que trata o § 6º observará, no mínimo, o seguinte
detalhamento:
I - Transferências a Estados e ao Distrito Federal (MA 30);
II - Transferências a Municípios (MA 40);
III - Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos (MA 50);
IV - Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos (MA 60);
V - Aplicações Diretas (MA 90); e
VI - Aplicações Diretas Decorrentes de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades
Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social (MA 91).
§ 8º O empenho da despesa não poderá ser realizado com modalidade de aplicação “a
definir” (MA 99).
§ 9º É vedada a execução orçamentária de programação que utilize a designação “a
definir” ou outra que não permita a sua identificação precisa.
§ 10. O IU tem por finalidade indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de
empréstimos ou de doações, ou se são destinados a outras aplicações, e deverá constar da Lei
Orçamentária de 2024 e dos créditos adicionais, no mínimo, pelos seguintes dígitos:
I - recursos não destinados à contrapartida ou à identificação de despesas com ações e
serviços públicos de saúde, manutenção e desenvolvimento do ensino (IU 0);
II - contrapartida de empréstimos do Banco Internacional para Reconstrução e
Desenvolvimento - BIRD (IU 1);

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III - contrapartida de empréstimos do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID (IU
2);
IV - contrapartida de empréstimos por desempenho ou com enfoque setorial amplo (IU 3);
V - contrapartida de outros empréstimos (IU 4);
VI - contrapartida de doações (IU 5);
VII - recursos para identificação das despesas que podem ser consideradas para a aplicação
mínima em ações e serviços públicos de saúde, de acordo com o disposto na Lei Complementar nº 141,
de 13 de janeiro de 2012 (IU 6); e
VIII - recursos para identificação das despesas com manutenção e desenvolvimento do
ensino, observado o disposto nos art. 70 e art. 71 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, no âmbito
do Ministério da Educação (IU 8).
§ 11. Os IU e o identificador de RP a que se referem a alínea “b” do inciso II e o inciso III
do § 4º poderão ser desmembrados ou substituídos por outros, a serem criados pela Secretaria de
Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento, com a finalidade de identificar despesas
específicas durante a elaboração e a execução orçamentária.
§ 12. O Projeto de Lei Orçamentária de 2024 e a respectiva Lei poderão conter outros IU
e identificadores de RP, observado o disposto no § 11, desde que sua criação seja realizada, quando
couber, na forma prevista no referido parágrafo, no prazo de trinta dias, contado da data de publicação
da Lei Orçamentária de 2024.
Art. 8º Todo e qualquer crédito orçamentário deverá ser consignado diretamente à
unidade orçamentária à qual pertencerem as ações correspondentes, vedada a consignação de crédito a
título de transferência a outras unidades orçamentárias integrantes dos Orçamentos Fiscal e da
Seguridade Social.
§ 1º Não caracteriza infringência ao disposto no caput e à vedação a que se refere o inciso
VI do caput do art. 167 da Constituição a descentralização de créditos orçamentários para execução de
ações pertencentes à unidade orçamentária descentralizadora.
§ 2º As operações entre órgãos, fundos e entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e
da Seguridade Social, ressalvado o disposto no § 1º, serão executadas, obrigatoriamente, por meio de
empenho, liquidação e pagamento, nos termos do disposto na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964,
hipótese em que será utilizada a modalidade de aplicação 91.
Art. 9º O Projeto de Lei Orçamentária de 2024, o qual será encaminhado pelo Poder
Executivo federal ao Congresso Nacional, e a respectiva Lei serão constituídos de:
I - texto da lei e seus anexos;
II - quadros orçamentários consolidados relacionados no Anexo I;
III - anexo dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social com:
a) receitas, discriminadas por natureza, identificando as fontes de recursos
correspondentes a cada cota-parte de natureza de receita, o orçamento a que pertencem e a sua natureza
financeira (F) ou primária (P), observado o disposto no art. 6º da Lei nº 4.320, de 1964; e
b) despesas, discriminadas na forma prevista no art. 7º e nos demais dispositivos
pertinentes desta Lei;

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IV - discriminação da legislação da receita e da despesa, referente aos Orçamentos Fiscal e
da Seguridade Social; e
V - anexo do Orçamento de Investimento a que se refere o inciso II do § 5º do art. 165 da
Constituição, na forma prevista nesta Lei.
§ 1º Os quadros orçamentários consolidados e as informações complementares exigidos
por esta Lei identificarão, logo abaixo do título respectivo, o dispositivo legal a que se referem.
§ 2º O Projeto de Lei Orçamentária de 2024 e a respectiva Lei conterão anexo específico
com a relação dos subtítulos relativos a obras e serviços com indícios de irregularidades graves, cujas
execuções observarão o disposto no Capítulo X.
§ 3º Os anexos da despesa prevista na alínea “b” do inciso III do caput deverão conter,
no Projeto de Lei Orçamentária de 2024, quadros-síntese por órgão e unidade orçamentária, que
discriminem os valores por função, subfunção, GNDs e fonte de recursos:
I - constantes da Lei Orçamentária de 2022 e dos créditos adicionais;
II - empenhados no exercício de 2022;
III - constantes do Projeto de Lei Orçamentária de 2023;
IV - constantes da Lei Orçamentária de 2023; e
V - propostos para o exercício de 2024.
§ 4º Na Lei Orçamentária de 2024, serão excluídos os valores a que se refere o inciso I do
§ 3º e incluídos os valores aprovados para 2024.
§ 5º Os anexos ao Projeto de Lei Orçamentária de 2024, ao seu autógrafo e à respectiva
Lei:
I - de que tratam os incisos III e V do caput terão as mesmas formatações dos anexos
correspondentes à Lei Orçamentária de 2023, exceto quanto às alterações previstas nesta Lei; e
II - não referidos nos incisos III e V do caput poderão ser aperfeiçoados, conforme a
necessidade, durante o processo de elaboração do Projeto de Lei Orçamentária de 2024.
§ 6º O Orçamento de Investimento deverá contemplar as informações previstas nos
incisos I, III, IV e V do § 3º e no § 4º, por função e subfunção.
Art. 10. O Poder Executivo federal encaminhará ao Congresso Nacional, no prazo de
quinze dias, contado da data de envio do Projeto de Lei Orçamentária de 2024, exclusivamente em meio
eletrônico, demonstrativos, elaborados a preços correntes, com as informações complementares
relacionadas no Anexo II.
Art. 11. A mensagem que encaminhar o Projeto de Lei Orçamentária de 2024 conterá:
I - resumo da política econômica do País, análise da conjuntura econômica e indicação do
cenário macroeconômico para 2024 e suas implicações sobre a proposta orçamentária de 2024;
II - resumo das principais políticas setoriais do Governo;
III - avaliação das necessidades de financiamento do Governo Central relativas aos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, explicitando as receitas e as despesas, e os resultados primário
e nominal implícitos no Projeto de Lei Orçamentária de 2024, na Lei Orçamentária de 2023 e na sua
reprogramação, e aqueles realizados em 2022, de modo a evidenciar:

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a) a metodologia de cálculo de todos os itens computados na avaliação das necessidades
de financiamento; e
b) os parâmetros utilizados, informando, separadamente, as variáveis macroeconômicas
de que trata o Anexo de Metas Fiscais constante do Anexo IV a esta Lei, referidas no inciso II do § 2º do
art. 4º da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, verificadas em 2022 e suas
projeções para 2023 e 2024;
IV - indicação do órgão que apurará os resultados primário e nominal e da sistemática
adotada para avaliação do cumprimento das metas;
V - demonstrativo sintético dos principais agregados da receita e da despesa;
VI - demonstrativo do resultado primário das empresas estatais federais com a
metodologia de apuração do resultado; e
VII - demonstrativo da compatibilidade dos valores máximos da programação constante do
Projeto de Lei Orçamentária de 2024 com os limites individualizados de despesas primárias calculados na
forma prevista no § 1º do art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Art. 12. O Projeto de Lei Orçamentária de 2024, a respectiva Lei e os créditos adicionais
discriminarão, em categorias de programação específicas, as dotações destinadas a:
I - ações descentralizadas de assistência social para cada Estado e seus Municípios e para o
Distrito Federal;
II - ações de alimentação escolar;
III - benefícios do Regime Geral de Previdência Social;
IV - benefícios assistenciais custeados pelo Fundo Nacional de Assistência Social;
V - benefícios obrigatórios concedidos aos servidores civis, empregados e militares e aos
seus dependentes, relativos às despesas com auxílio-alimentação ou refeição, assistência pré-escolar,
assistência médica e odontológica, auxílios-transporte, funeral, reclusão e natalidade e salário-família,
inclusive decorrente de reserva para reajuste;
VI - indenização devida a ocupantes de cargo efetivo das carreiras e planos especiais de
cargos, em exercício nas unidades situadas em localidades estratégicas vinculadas à prevenção, ao
controle, à fiscalização e à repressão dos delitos transfronteiriços (Lei nº 12.855, de 2 de setembro de
2013);
VII - subvenções econômicas e subsídios, que deverão identificar a legislação que autorizou
o benefício;
VIII - participação na constituição ou no aumento do capital de empresas;
IX - pagamento de precatórios judiciários e de sentenças judiciais de pequeno valor e
cumprimento de sentenças judiciais de empresas estatais dependentes;
X - assistência jurídica a pessoas carentes, nos termos do disposto no § 1º do art. 12 da Lei
nº 10.259, de 12 de julho de 2001, no art. 98 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015, e no inciso LXXIV
do caput do art. 5º da Constituição;
XI - publicidade institucional e publicidade de utilidade pública, inclusive quando for
produzida ou veiculada por órgão ou entidade da administração pública federal;
XII - complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação

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Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - Fundeb, na forma prevista na legislação;
XIII - despesas de pessoal e encargos sociais decorrentes da concessão de qualquer
vantagem ou aumento de remuneração, inclusive resultante de alteração de estrutura de carreiras e de
provimento de cargos, empregos e funções;
XIV - transferências temporárias aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios de que
trata a Lei Complementar nº 176, de 29 de dezembro de 2020;
XV - anuidade ou participação regular em organismos de direito internacional público, da
seguinte forma:
a) para valores acima de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), ou o equivalente na
moeda estrangeira em que o compromisso tenha sido estipulado, conforme taxa de câmbio utilizada
como parâmetro na elaboração do Projeto de Lei Orçamentária, deverá ser consignado em programação
específica que identifique nominalmente cada beneficiário; e
b) para valores iguais ou inferiores ao previsto na alínea “a”, deverá ser utilizada
programação específica ou a ação “00UT - Contribuições Regulares a Organismos de Direito Internacional
Público sem Exigência de Programação Específica”;
XVI - anuidade ou participação regular em entidades nacionais e organismos nacionais ou
internacionais de direito privado, da seguinte forma:
a) para valores acima de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), ou o equivalente na
moeda estrangeira em que o compromisso tenha sido estipulado, conforme taxa de câmbio utilizada
como parâmetro na elaboração do Projeto de Lei Orçamentária, deverá ser consignado em programação
específica que identifique nominalmente cada beneficiário; e
b) para valores iguais ou inferiores ao previsto na alínea “a”, deverá ser utilizada
programação específica, a ação “00PW - Contribuições Regulares a Entidades ou Organismos Nacionais
sem Exigência de Programação Específica” ou a ação “00UU - Contribuições Regulares a Organismos
Internacionais de Direito Privado sem Exigência de Programação Específica”;
XVII - realização de eleições, referendos e plebiscitos pela Justiça Eleitoral;
XVIII - doação de recursos financeiros a países estrangeiros e contribuições voluntárias a
organismos nacionais e internacionais e entidades nacionais, nominalmente identificados;
XIX - pagamento de compromissos decorrentes de contrato de gestão firmado entre órgãos
ou entidades da administração pública e organizações sociais, nos termos do disposto na Lei nº 9.637, de
15 de maio de 1998;
XX - capitalização do Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas;
XXI - pensões indenizatórias de caráter especial ou reparações econômicas decorrentes de
legislações específicas ou de sentenças judiciais, inclusive montepio e compensações financeiras por
danos provocados pela União a terceiros, em parcelas únicas ou mensais;
XXII - cada categoria de despesa com saúde relacionada nos art. 3º e art. 4º da Lei
Complementar nº 141, de 2012, com identificação do respectivo Estado ou do Distrito Federal, quando se
referir a ações descentralizadas;
XXIII - seguro-desemprego;
XXIV - ajuda de custo para moradia ou auxílio-moradia, no âmbito dos Poderes, do

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Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União; e
XXV - indenização devida a anistiados políticos, nos termos do disposto na Lei nº 6.683, de
28 de agosto de 1979, e na Lei nº 11.354, de 19 de outubro de 2006, inclusive derivados de sentença
judicial.
§ 1º As dotações destinadas à finalidade prevista nos incisos XV e XVI do caput:
I - deverão ser aplicadas diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário ou,
em decorrência de descentralização de crédito orçamentário, por outro órgão ou entidade integrante dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social;
II - deverão ser destinadas exclusivamente ao repasse de recursos com a finalidade de
cobertura dos orçamentos gerais dos organismos internacionais, admitindo-se ainda:
a) pagamento de taxas bancárias relativas a esses repasses;
b) pagamentos eventuais a título de regularizações decorrentes de compromissos
regulamentares; e
c) situações extraordinárias devidamente justificadas; e
III - não se submetem à exigência de programação específica caso o valor referido nos
incisos XV e XVI do caput seja ultrapassado, na execução orçamentária, em decorrência de variação
cambial ou aditamento do tratado, da convenção, do acordo ou de instrumento congênere.
§ 2º Para fins do disposto no § 1º e nos incisos XV e XVI do caput:
I - caberá ao órgão responsável pelo pagamento da despesa realizar a conversão para
moeda nacional do compromisso financeiro assumido em moeda estrangeira, a fim de definir o valor a
ser incluído no Projeto de Lei Orçamentária de 2024 ou nos créditos adicionais; e
II - caberá à Secretaria de Assuntos Internacionais e Desenvolvimento do Ministério do
Planejamento e Orçamento, no âmbito do Poder Executivo federal, estabelecer os procedimentos
necessários à realização dos pagamentos decorrentes dos atos internacionais a que se refere o inciso XV
do caput.
Art. 13. A reserva de contingência, observado o disposto no inciso III do caput do art. 5º
da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, será constituída de recursos do
Orçamento Fiscal, que equivalerão, no Projeto de Lei Orçamentária de 2024 e na respectiva Lei, no mínimo,
a dois décimos por cento da receita corrente líquida constante do referido Projeto.
§ 1º A reserva de que trata o caput poderá receber recursos do Orçamento da Seguridade
Social quando for observada a necessidade de redução do total de despesas sujeitas aos limites
estabelecidos no art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, demonstrada no relatório
de avaliação bimestral de que trata o art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de
Responsabilidade Fiscal.
§ 2º Para fins do disposto no caput, não serão consideradas as eventuais reservas de
contingência constituídas:
I - à conta de receitas próprias e vinculadas; e
II - para atender programação ou necessidade específica.
§ 3º Para fins de utilização das reservas de contingência referidas neste artigo, considera-
se como evento fiscal imprevisto, a que se refere a alínea “b” do inciso III do caput do art. 5º da Lei

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Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, a abertura de créditos adicionais para o
atendimento de despesas não previstas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária de 2024.
§ 4º Com vistas ao cumprimento de dispositivos constitucionais e legais que estabeleçam
metas fiscais ou limites de despesas, as reservas de contingência referidas neste artigo poderão ser
classificadas como despesas financeiras ou primárias, e a sua utilização para abertura de créditos
adicionais observará o disposto no art. 53.
§ 5º O Projeto de Lei Orçamentária de 2024 conterá reservas específicas para atender a:
I - emendas individuais, em montante correspondente ao previsto no art. 111 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias; e
II - emendas de bancada estadual de execução obrigatória, em montante correspondente
ao previsto no art. 3º da Emenda à Constituição nº 100, de 2019.
§ 6º No máximo a metade dos valores destinados à reserva prevista no inciso II do § 5º
poderá ser identificada com IU 6 e considerada para a aplicação mínima em ações e serviços públicos de
saúde no âmbito do Projeto de Lei Orçamentária de 2024.
Art. 14. O Poder Executivo federal enviará ao Congresso Nacional o Projeto de Lei
Orçamentária de 2024 com sua despesa regionalizada e apresentará detalhamento das dotações por
plano orçamentário e elemento de despesa nas informações disponibilizadas em meio magnético de
processamento eletrônico.
Parágrafo único. Para fins do atendimento ao disposto no inciso XXIV do Anexo II, os
órgãos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria
Pública da União deverão informar, adicionalmente ao detalhamento a que se refere o caput, os
subelementos das despesas de tecnologia da informação e comunicação, inclusive hardware, software e
serviços, conforme relação divulgada previamente pela Secretaria de Orçamento Federal do Ministério
do Planejamento e Orçamento.
Art. 15. Até vinte e quatro horas após o encaminhamento à sanção presidencial do
autógrafo do Projeto de Lei Orçamentária de 2024, o Poder Legislativo enviará ao Poder Executivo federal,
em meio magnético de processamento eletrônico, os dados e as informações relativos ao autógrafo, no
qual indicarão, de acordo com os detalhamentos estabelecidos no art. 7º:
I - em relação a cada categoria de programação do projeto original, o total dos acréscimos
e o total dos decréscimos realizados pelo Congresso Nacional; e
II - as novas categorias de programação com as respectivas denominações.
Parágrafo único. As categorias de programação modificadas ou incluídas pelo Congresso
Nacional por meio de emendas deverão ser detalhadas com as informações a que se refere a alínea “e”
do inciso II do § 1º do art. 153.

CAPÍTULO IV
DAS DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO E A EXECUÇÃO DOS ORÇAMENTOS DA UNIÃO

Seção I
Diretrizes gerais

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Art. 16. Além de observar as demais diretrizes estabelecidas nesta Lei, a alocação dos
recursos na Lei Orçamentária de 2024 e nos créditos adicionais e a sua execução deverão:
I - atender ao disposto no art. 167 da Constituição e no Novo Regime Fiscal, instituído pelo
art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
II - propiciar o controle dos valores transferidos conforme o disposto no Capítulo V e dos
custos das ações;
III - quando for o caso, considerar informações sobre a execução física das ações
orçamentárias e os resultados de avaliação e monitoramento de políticas públicas e programas de
Governo, em observância ao disposto no § 16 do art. 165 da Constituição; e
IV - indicar a localização geográfica da despesa no nível mais detalhado possível, por meio
do subtítulo, sem prejuízo de outras formas de regionalização do gasto, de que trata o § 2º.
§ 1º O controle de custos de que trata o inciso II do caput será orientado para o
estabelecimento da relação entre a despesa pública e o resultado obtido, de forma a priorizar a análise
da eficiência na alocação dos recursos e permitir o acompanhamento das gestões orçamentária,
financeira e patrimonial.
§ 2º Os órgãos setoriais do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, ou
equivalentes, e as respectivas unidades orçamentárias são responsáveis pelas informações que
comprovem a observância ao disposto nos incisos II, III e IV do caput na elaboração do Projeto de Lei
Orçamentária de 2024 e pela regionalização da despesa, quando couber, nos sistemas de
acompanhamento da execução orçamentária e financeira.
Art. 17. Os órgãos e as entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal, da Seguridade Social
e de Investimento deverão disponibilizar informações atualizadas referentes aos seus contratos no Portal
Nacional de Contratações Públicas, de que trata a Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021, e às diversas
modalidades de transferências operacionalizadas no Transferegov.br, inclusive com o
georreferenciamento das obras e a identificação das categorias de programação e fontes de recursos,
observadas as normas estabelecidas pelo Poder Executivo federal.
§ 1º Nos casos em que o instrumento de transferência ainda não for operacionalizado no
Transferegov.br, as normas deverão estabelecer condições e prazos para a transferência eletrônica dos
respectivos dados para a referida plataforma.
§ 2º Os planos de trabalho aprovados que não tiverem sido objeto de convênio até o final
do exercício de 2023, constantes do Transferegov.br, poderão ser disponibilizados para ser conveniados
no exercício de 2024.
§ 3º Os órgãos e as entidades referidos no caput poderão disponibilizar, em seus sistemas,
projetos básicos e de engenharia pré-formatados e projetos para aquisição de equipamentos por adesão.
Art. 18. Não poderão ser destinados recursos para atender a despesas com:
I - início de construção, ampliação, reforma voluptuária, aquisição, novas locações ou
arrendamentos de imóveis residenciais funcionais ou oficiais;
II - locação ou arrendamento de mobiliário e equipamento para unidades residenciais
funcionais ou oficiais;
III - aquisição de automóveis de representação;

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IV - ações de caráter sigiloso;
V - ações que não sejam de competência da União, nos termos do disposto na Constituição;
VI - clubes e associações de agentes públicos ou quaisquer outras entidades congêneres;
VII - pagamento, a qualquer título, a agente público da ativa por serviços prestados,
inclusive consultoria, assistência técnica ou assemelhados, à conta de quaisquer fontes de recursos;
VIII - compra de títulos públicos pelas entidades da administração pública federal;
IX - pagamento de diárias e passagens a agente público da ativa por intermédio de
convênios ou instrumentos congêneres firmados com entidades de direito privado ou órgãos ou entidades
de direito público;
X - concessão, ainda que indireta, de qualquer benefício, vantagem ou parcela de natureza
indenizatória a agentes públicos com a finalidade de atender despesas relacionadas a moradia,
hospedagem, transporte, bens e serviços de uso residencial ou de interesse pessoal, ou similares, sob a
forma de auxílio, ajuda de custo ou qualquer outra denominação;
XI - pagamento, a qualquer título, a empresas privadas que tenham em seu quadro
societário servidor público da ativa, empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista,
do órgão que pretenda contratar, por serviços prestados, inclusive consultoria, assistência técnica ou
assemelhados;
XII - transferência de recursos a entidades privadas destinados à realização de eventos, no
âmbito do Ministério do Turismo;
XIII - pagamento de diária, para deslocamento a serviço no território nacional, em valor
superior a R$ 700,00 (setecentos reais), incluído nesse valor o montante pago a título de despesa de
deslocamento ao local de trabalho ou de hospedagem e vice-versa;
XIV - concessão de ajuda de custo para moradia ou de auxílio-moradia e de auxílio-
alimentação, ou de qualquer outra espécie de benefício ou auxílio, sem previsão em lei específica e com
efeitos financeiros retroativos ao mês anterior ao da protocolização do pedido;
XV - aquisição de passagens aéreas em desacordo com o disposto no § 7º;
XVI - pavimentação de vias urbanas sem a prévia ou concomitante implantação de sistemas
ou soluções tecnicamente aceitas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana
ou manejo de águas pluviais, quando necessária; e
XVII - pagamento a agente público de qualquer espécie remuneratória ou indenizatória
com efeitos financeiros anteriores à entrada em vigor da respectiva lei que estabeleça a remuneração, a
indenização ou o reajuste ou que altere ou aumente seus valores.
§ 1º Desde que o gasto seja discriminado em categoria de programação específica ou
comprovada a necessidade de execução da despesa, excluem-se das vedações previstas:
I - nos incisos I e II do caput, à exceção da reforma voluptuária, as destinações para:
a) unidades equipadas, essenciais à ação das organizações militares;
b) representações diplomáticas no exterior;
c) residências funcionais, em faixa de fronteira, no exercício de atividades diretamente
relacionadas ao combate a delitos fronteiriços, para:

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1. magistrados da Justiça Federal;
2. membros do Ministério Público da União;
3. policiais federais;
4. auditores-fiscais e analistas-tributários da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil
do Ministério da Fazenda; e
5. policiais rodoviários federais;
d) residências funcionais, em Brasília, Distrito Federal:
1. dos Ministros de Estado;
2. dos Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores;
3. do Procurador-Geral da República;
4. do Defensor Público-Geral Federal; e
5. dos membros do Poder Legislativo; e
e) locação de equipamentos exclusivamente para uso em manutenção predial;
II - no inciso III do caput, as aquisições de automóveis de representação para uso:
a) do Presidente, do Vice-Presidente e dos ex-Presidentes da República;
b) dos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal;
c) dos Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores e dos Presidentes
dos Tribunais Regionais e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios;
d) dos Ministros de Estado;
e) do Procurador-Geral da República;
f) do Defensor Público-Geral Federal; e
g) dos chefes de representações diplomáticas no exterior;
III - no inciso IV do caput, quando as ações forem realizadas por órgãos ou entidades cuja
legislação que as criou estabeleça, entre suas competências, o desenvolvimento de atividades relativas à
segurança da sociedade e do Estado, e que tenham como precondição o sigilo;
IV - no inciso V do caput, as despesas que não sejam de competência da União, relativas:
a) ao processo de descentralização dos sistemas de transporte ferroviário de passageiros,
urbanos e suburbanos, até o limite dos recursos aprovados pelo Conselho Diretor do Processo de
Transferência dos respectivos sistemas;
b) ao transporte metroviário de passageiros;
c) à malha rodoviária federal, cujo domínio seja descentralizado aos Estados e ao Distrito
Federal;
d) às ações de segurança pública; e
e) à aplicação de recursos decorrentes de transferências especiais, nos termos do disposto
no art. 166-A da Constituição;
V - no inciso VI do caput:

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a) às creches; e
b) às escolas, para o atendimento pré-escolar;
VI - no inciso VII do caput, o pagamento pela prestação de serviços técnicos profissionais
especializados por tempo determinado, quando os contratados estiverem submetidos a regime de
trabalho que comporte o exercício de outra atividade e haja declaração do chefe imediato e do dirigente
máximo do órgão de origem da inexistência de incompatibilidade de horários e de comprometimento das
atividades atribuídas, desde que:
a) esteja previsto em legislação específica; ou
b) refira-se à realização de pesquisas e estudos de excelência:
1. com recursos repassados às organizações sociais, nos termos do disposto nos contratos
de gestão; ou
2. realizados por professores universitários na situação prevista na alínea “b” do inciso XVI
do caput do art. 37 da Constituição, desde que os projetos de pesquisas e os estudos tenham sido
devidamente aprovados pelo dirigente máximo do órgão ou da entidade ao qual esteja vinculado o
professor;
VII - no inciso VIII do caput, a compra de títulos públicos para atividades que forem
legalmente atribuídas às entidades da administração pública federal indireta;
VIII - no inciso IX do caput, o pagamento a militares, servidores e empregados:
a) pertencentes ao quadro de pessoal do convenente;
b) pertencentes ao quadro de pessoal da administração pública federal, vinculado ao
objeto de convênio, quando o órgão for destinatário de repasse financeiro oriundo de outros entes
federativos; ou
c) em atividades de pesquisa científica e tecnológica; e
IX - no inciso X do caput, quando:
a) houver lei que discrimine o valor ou o critério para sua apuração;
b) em estrita necessidade de serviço, devidamente justificada; e
c) de natureza temporária, caracterizada pelo exercício de mandato ou pelo desempenho
de ação específica.
§ 2º A contratação de serviços de consultoria, inclusive aquela realizada no âmbito de
acordos de cooperação técnica com organismos e entidades internacionais, somente será autorizada para
execução de atividades que, comprovadamente, não possam ser desempenhadas por servidores ou
empregados da administração pública federal, no âmbito do órgão ou da entidade, hipótese em que serão
publicadas, no Diário Oficial da União, além do extrato do contrato, a justificativa e a autorização da
contratação, da qual constarão, necessariamente, a identificação do responsável pela execução do
contrato, a descrição completa do objeto do contrato, o quantitativo médio de consultores, o custo total
e a especificação dos serviços e o prazo de conclusão.
§ 3º A restrição prevista no inciso VII do caput não se aplica ao servidor que se encontre
em licença sem remuneração para tratar de interesse particular.
§ 4º O disposto nos incisos VII e XI do caput aplica-se também aos pagamentos à conta
de recursos provenientes de convênios, acordos, ajustes ou instrumentos congêneres, firmados com

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órgãos ou entidades de direito público.
§ 5º A vedação prevista no inciso XII do caput não se aplica às destinações, no Ministério
da Cultura, para realização de eventos culturais tradicionais de caráter público realizados há, no mínimo,
cinco anos ininterruptamente, desde que haja prévia e ampla seleção promovida pelo órgão concedente
ou pelo ente público convenente.
§ 6º O valor de que trata o inciso XIII do caput aplica-se a qualquer agente público,
servidor ou membro dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da
Defensoria Pública da União, até que lei disponha sobre valores e critérios de concessão de diárias e
auxílio-deslocamento.
§ 7º Somente serão concedidas diárias e adquiridas passagens para servidores ou
membros dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria
Pública da União no estrito interesse do serviço público, inclusive no caso de colaborador eventual.
§ 8º Até que lei específica disponha sobre valores e critérios de concessão, o pagamento
de ajuda de custo para moradia ou auxílio-moradia, a qualquer agente público, servidor ou membro dos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da
União fica condicionado ao atendimento cumulativo das seguintes condições, além de outras
estabelecidas em lei:
I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo agente público;
II - o cônjuge ou companheiro, ou qualquer outra pessoa que resida com o agente público,
não ocupe imóvel funcional nem receba ajuda de custo para moradia ou auxílio-moradia;
III - o agente público ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário,
promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município onde for exercer
o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de construção, nos doze meses que
antecederem a sua mudança de lotação;
IV - o agente público encontre-se no exercício de suas atribuições em localidade diversa de
sua lotação original;
V - a indenização seja destinada exclusivamente ao ressarcimento das despesas referidas
no art. 60-A da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; e
VI - natureza temporária, caracterizada pelo exercício de mandato ou pelo desempenho de
ação específica.
§ 9º Ficam vedados reajustes, no exercício de 2024, do valor do auxílio-moradia e do
auxílio-moradia no exterior.
§ 10. A vedação de que trata o § 9º não se aplica ao valor decorrente da aplicação do
percentual constante do art. 60-D da Lei nº 8.112, de 1990.
Art. 19. O Projeto de Lei Orçamentária de 2024 e a respectiva Lei deverão, em
observância ao disposto no § 12 do art. 165 da Constituição, atender à proporção mínima de recursos
estabelecida no Anexo de Metas Fiscais constante do Anexo IV a esta Lei para a continuidade dos
investimentos em andamento.
Parágrafo único. No detalhamento das propostas orçamentárias, os órgãos setoriais do
Poder Executivo federal deverão observar a proporção mínima de recursos estabelecida pelo Ministério
do Planejamento e Orçamento para a continuidade de investimentos em andamento.

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Art. 20. Observado o disposto no art. 45 da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de
Responsabilidade Fiscal, o Projeto e a Lei Orçamentária de 2024 e os créditos especiais somente incluirão
ações ou subtítulos novos se preenchidas as seguintes condições, no âmbito de cada órgão dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União:
I - tiverem sido adequada e suficientemente contemplados:
a) o disposto no art. 4º; e
b) os projetos e os seus subtítulos em andamento;
II - no caso dos projetos, os recursos alocados viabilizarem a conclusão de, no mínimo, uma
etapa ou a obtenção de, no mínimo, uma unidade completa, consideradas as contrapartidas de que trata
o § 4º do art. 90; e
III - a ação estiver compatível com o Projeto de Lei do Plano Plurianual 2024-2027 e com a
respectiva Lei.
§ 1º Entende-se como projeto ou subtítulo de projeto em andamento aquele cuja
execução financeira, até 31 de maio de 2023:
I - tenha ultrapassado vinte por cento do seu custo total estimado; ou
II - no âmbito dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, seja igual ou superior a
R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), desde que tenha sido iniciada a execução física.
§ 2º Os órgãos setoriais do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, ou
equivalentes, e as respectivas unidades orçamentárias são responsáveis pelas informações que
comprovem a observância ao disposto neste artigo.
§ 3º A exigência de que trata o inciso I do caput não se aplica na hipótese de inclusão de
ações ou subtítulos necessários ao atendimento de despesas que constituam obrigações constitucionais
ou legais da União constantes das Seções I e II do Anexo III.
Art. 21. Somente poderão ser incluídas no Projeto de Lei Orçamentária de 2024 as
dotações relativas às operações de crédito externas contratadas ou cujas cartas-consulta tenham sido
autorizadas pela Comissão de Financiamentos Externos - Cofiex, no âmbito do Ministério do Planejamento
e Orçamento, até 15 de julho de 2023.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à emissão de títulos da dívida pública
federal.
Art. 22. O Projeto de Lei Orçamentária de 2024 e a respectiva Lei poderão conter receitas
de operações de crédito e programações de despesas correntes primárias, cujas execuções ficam
condicionadas à aprovação do Congresso Nacional, por maioria absoluta, de acordo com o disposto no
inciso III do caput do art. 167 da Constituição, ressalvada a hipótese prevista no § 3º deste artigo.
§ 1º Os montantes das receitas e das despesas a que se refere o caput serão equivalentes
à diferença positiva, no âmbito dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, entre o total das receitas
de operações de crédito e o total das despesas de capital.
§ 2º A mensagem de que trata o art. 11 apresentará as justificativas para a escolha das
programações referidas no caput, a metodologia de apuração e a memória de cálculo da diferença de que
trata o § 1º e das respectivas projeções para a execução financeira dos exercícios de 2024 a 2026.
§ 3º Os montantes referidos no § 1º poderão ser reduzidos em decorrência da

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substituição da fonte de recursos condicionada por outras fontes, observado o disposto na alínea “a” do
inciso III do § 1º do art. 52, inclusive aquela relativa a operação de crédito já autorizada, disponibilizada
por prévia alteração de fonte de recursos, sem prejuízo do disposto no art. 64.
Art. 23. Na hipótese de a lei complementar de que trata o art. 6º da Emenda à
Constituição nº 126, de 2022, não ser sancionada até 31 de agosto de 2023, o Projeto de Lei Orçamentária
de 2024 poderá conter despesas primárias cuja inclusão na Lei Orçamentária de 2024 ficará condicionada
à aprovação da referida lei complementar.
Parágrafo único. As despesas referidas no caput deverão ser evidenciadas no Projeto de
Lei Orçamentária de 2024 e não serão consideradas para fins de demonstração de compatibilidade do
Projeto com a meta de resultado primário prevista nesta Lei e com os limites individualizados a que se
refere o art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Art. 24. Em atendimento ao disposto no § 4º do art. 107 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, na aprovação da Lei Orçamentária de 2024, deverão ser observados os
valores máximos de limites individualizados de despesas primárias constantes da mensagem que
encaminhar o respectivo Projeto de Lei, admitido o ajuste dos referidos valores, desde que respeitada a
projeção atualizada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, informada pelo Poder Executivo,
nos termos do disposto no inciso XV do Anexo II a esta Lei.
Art. 25. Observado o disposto no art. 16-C da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997,
as despesas relativas ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha observarão o limite máximo
correspondente ao valor autorizado para essas despesas no exercício de 2022.
Parágrafo único. O valor das despesas referidas no caput deste artigo que exceder ao
montante previsto no inciso I do caput do art. 16-C da Lei nº 9.504, de 1997, será custeado à conta da
reserva de emendas de bancada estadual, prevista no inciso II do § 5º do art. 13 desta Lei.
Art. 26. Durante a apreciação do Projeto de Lei Orçamentária de 2024 ou de crédito
adicional, as receitas encaminhadas no referido Projeto e as despesas de que trata a alínea “a” do inciso
II do § 4º do art. 7º somente poderão ter a sua projeção alterada pelo Congresso Nacional se comprovado
erro ou omissão de ordem técnica ou legal, fundamentado em manifestação de órgão técnico competente.
Parágrafo único. A fundamentação de que trata o caput deverá ser acompanhada de
memória de cálculo com parâmetros atualizados e baseados em estimativas oficiais.

Seção II
Diretrizes específicas para os Poderes Legislativo e Judiciário, o Ministério Público da União e a
Defensoria Pública da União

Art. 27. Os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e
da Defensoria Pública da União encaminharão à Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do
Planejamento e Orçamento, por meio do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento - Siop, até 11
de agosto de 2023, suas propostas orçamentárias, para fins de consolidação do Projeto de Lei
Orçamentária de 2024, observadas as disposições desta Lei.
§ 1º As propostas orçamentárias dos órgãos do Poder Judiciário encaminhadas nos
termos do disposto no caput deverão ser objeto de parecer do Conselho Nacional de Justiça, de que trata
o art. 103-B da Constituição, a ser encaminhado à Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da

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Constituição, até 28 de setembro de 2023, com cópia para a Secretaria de Orçamento Federal do
Ministério do Planejamento e Orçamento.
§ 2º O disposto no § 1º não se aplica ao Supremo Tribunal Federal e ao Conselho Nacional
de Justiça.
Art. 28. Para fins de elaboração de suas propostas orçamentárias para 2024, os Poderes
Legislativo e Judiciário, o Ministério Público da União e a Defensoria Pública da União terão como limites
orçamentários para as despesas primárias, excluídas as despesas não recorrentes da Justiça Eleitoral com
a realização de eleições, os valores calculados na forma prevista no disposto no art. 107 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, sem prejuízo do disposto nos § 3º, § 4º e § 5º deste artigo.
§ 1º Aos valores estabelecidos de acordo com o disposto no caput serão acrescidas as
dotações destinadas às despesas não recorrentes da Justiça Eleitoral com a realização de eleições.
§ 2º Os limites de que tratam o caput e o § 1º serão informados aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União até 18 de julho
de 2023.
§ 3º A utilização dos limites a que se refere este artigo para o atendimento de despesas
primárias discricionárias, classificadas nos GNDs 3 - Outras Despesas Correntes, 4 - Investimentos e 5 -
Inversões Financeiras, somente poderá ocorrer após o atendimento das despesas primárias obrigatórias
relacionadas na Seção I do Anexo III, observado, em especial, o disposto no Capítulo VII.
§ 4º As dotações do Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos - Fundo
Partidário constantes do Projeto de Lei Orçamentária de 2024 e aprovadas na respectiva Lei
corresponderão ao valor pago no exercício de 2016 corrigido na forma prevista no disposto no § 1º do
art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
§ 5º O montante de que trata o § 4º integra os limites orçamentários calculados na forma
prevista no disposto no caput.
Art. 29. No âmbito dos Poderes Judiciário e Legislativo e do Ministério Público da União, os
órgãos poderão realizar a compensação entre os limites individualizados para as despesas primárias, para
o exercício de 2024, respeitado o disposto no § 9º do art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, por meio da publicação de ato conjunto dos dirigentes dos órgãos envolvidos.
Parágrafo único. Na elaboração da proposta orçamentária para 2024, o ato conjunto de
que trata o caput deverá ser publicado até a data estabelecida no art. 27.

Seção III
Dos débitos judiciais

Art. 30. A Lei Orçamentária de 2024 e os créditos adicionais somente incluirão dotações
para o pagamento de precatórios cujos processos contenham certidão de trânsito em julgado da decisão
exequenda e, no mínimo, um dos seguintes documentos:
I - certidão de trânsito em julgado:
a) da decisão que determinou a expedição de valor incontroverso;
b) dos embargos à execução; ou

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c) da impugnação ao cumprimento da sentença; e
II - certidão de que não tenham sido opostos embargos ou qualquer impugnação ao
cumprimento da sentença.
Art. 31. O Poder Judiciário, inclusive o Conselho Nacional de Justiça e o Tribunal de Justiça
do Distrito Federal e dos Territórios, encaminhará à Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da
Constituição, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional do Ministério da Fazenda, à Advocacia-Geral da
União e aos órgãos e às entidades devedores a relação dos débitos constantes de precatórios judiciários
apresentados até 2 de abril de 2023, conforme estabelecido no § 5º do art. 100 da Constituição,
discriminada por órgão ou entidade da administração pública federal e por GNDs, conforme
detalhamento constante do art. 7º, na qual especificará:
I - numeração única do processo judicial, número originário, se houver, e data do respectivo
ajuizamento;
II - número do processo de execução ou cumprimento de sentença, no padrão estabelecido
pelo Conselho Nacional de Justiça, caso divirja do número da ação originária;
III - nome do beneficiário do crédito, e do seu procurador, se houver, com o respectivo
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF, no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ
ou no Registro Nacional de Estrangeiros - RNE, conforme o caso;
IV - número do precatório;
V - data da autuação do precatório;
VI - indicação da natureza comum ou alimentícia do crédito;
VII - valor individualizado por beneficiário e valor total do precatório a ser pago, atualizados
até 2 de abril de 2022;
VIII - data-base utilizada na definição do valor do crédito;
IX - data do trânsito em julgado da sentença ou do acórdão lavrado na fase de
conhecimento do processo judicial;
X - data do trânsito em julgado dos embargos à execução ou da decisão que resolveu a
impugnação ao cálculo no cumprimento de sentença ou do decurso do prazo para sua apresentação;
XI - data do trânsito em julgado da decisão que reconheceu parcela incontroversa, se for o
caso;
XII - data de nascimento do beneficiário, quando se tratar de crédito de natureza
alimentícia e, se for o caso, indicação de que houve deferimento da superpreferência perante o juízo da
execução;
XIII - a natureza da obrigação (assunto) a que se refere a requisição, de acordo com a Tabela
Única de Assuntos - TUA do Conselho Nacional de Justiça;
XIV - Número de Meses - NM a que se refere a conta de liquidação e o valor das deduções
da base de cálculo, caso o valor tenha sido submetido à tributação na forma de Rendimentos Recebidos
Acumuladamente - RRA, conforme o art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988;
XV - classificação do precatório, conforme os critérios estabelecidos no § 8º do art. 107-A
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, exceto para os precatórios de que trata o § 2º deste
artigo;

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XVI - no caso de sucessão ou cessão, o nome do beneficiário originário, com o respectivo
número de inscrição no CPF ou CNPJ, conforme o caso;
XVII - identificação do juízo onde o processo tramitou durante a fase de conhecimento,
caso divirja daquele de origem da requisição de pagamento;
XVIII - identificação do juízo de origem da requisição de pagamento;
XIX - quando couber, o valor:
a) das contribuições previdenciárias e do órgão previdenciário com o respectivo número
de inscrição no CNPJ;
b) da contribuição para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS; e
c) de outras contribuições devidas; e
XX - o órgão a que estiver vinculado o agente público, civil ou militar, da administração
pública direta, quando se tratar de ação de natureza salarial.
§ 1º É vedada a inclusão de herdeiro, sucessor, cessionário ou terceiro nos campos
destinados à identificação do beneficiário.
§ 2º Os precatórios judiciários decorrentes de demandas relativas à complementação da
União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério - Fundef, que integrarem a relação de que trata o caput, deverão ser destacados dos demais,
para fins de aplicação da regra específica de parcelamento prevista no art. 4º da Emenda à Constituição
nº 114, de 16 de dezembro de 2021.
§ 3º As informações previstas neste artigo serão encaminhadas até 30 de abril de 2023,
na forma de banco de dados, por intermédio dos órgãos centrais de planejamento e orçamento, ou
equivalentes.
§ 4º Os órgãos centrais de planejamento e orçamento, ou equivalentes, do Poder
Judiciário, do Conselho Nacional de Justiça e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
encaminharão lista unificada à Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e
Orçamento, na forma e no prazo previstos no § 3º, com a relação de que trata o caput, a qual conterá as
informações a que se referem os incisos IV, V, VI, VII, X, XI, XIII, XV e XX do caput, sem qualquer dado que
possibilite a identificação dos respectivos beneficiários.
§ 5º Caberá ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios encaminhar à
Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição, à Secretaria de Orçamento Federal do
Ministério do Planejamento e Orçamento, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional do Ministério da
Fazenda, à Advocacia-Geral da União e aos órgãos e às entidades devedores, na forma e no prazo previstos
no § 3º, a relação dos débitos constantes de precatórios judiciários resultantes de causas processadas por
aquele Tribunal apresentados até 2 de abril de 2023, discriminada por órgão da administração pública
federal direta, autarquia e fundação e por GNDs, conforme detalhamento constante do art. 7º e com as
especificações a que se refere este artigo, observado o disposto no § 4º.
§ 6º Caberá ao Conselho Nacional de Justiça encaminhar à Comissão Mista a que se refere
o § 1º do art. 166 da Constituição, à Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e
Orçamento, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional do Ministério da Fazenda, à Advocacia-Geral da
União e aos órgãos e às entidades devedores, na forma e no prazo previstos no § 3º, a relação dos débitos
constantes de precatórios judiciários resultantes de causas processadas pelos Tribunais de Justiça dos
Estados, exceto as do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, apresentados até 2 de abril

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de 2023, discriminada por órgão da administração pública federal direta, autarquia e fundação e por GNDs,
conforme detalhamento constante do art. 7º, com as especificações a que se refere este artigo, observado
o disposto no § 4º, e acrescida de campo que identifique o Tribunal que proferiu a decisão exequenda.
§ 7º Adicionalmente, os órgãos centrais de planejamento e orçamento, ou equivalentes,
do Poder Judiciário, incluídos o Conselho Nacional de Justiça e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
dos Territórios, encaminharão à Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e
Orçamento e à Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição, até 31 de julho de 2023,
o montante dos precatórios expedidos em anos anteriores que não tenham sido cancelados, suspensos
ou utilizados em acordo direto perante Juízos Auxiliares de Conciliação de Pagamento de Condenações
Judiciais contra a Fazenda Pública federal, na forma prevista no § 20 do art. 100 da Constituição ou no §
3º do art. 107-A do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, ou para as finalidades previstas nos
§ 11 e § 21 do art. 100 da Constituição, e estejam pendentes de pagamento em razão do limite de que
trata o § 1º do art. 107-A do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, discriminado por ano de
apresentação e em montantes consolidados conforme a classificação adotada para os critérios
estabelecidos no § 8º do art. 107-A do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
§ 8º Os órgãos e as entidades devedores referidos no caput comunicarão à Secretaria de
Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento, no prazo máximo de dez dias, contado
da data de recebimento da relação dos débitos, eventuais divergências verificadas entre a relação e os
processos que originaram os precatórios recebidos.
§ 9º A falta da comunicação a que se refere o § 8º pressupõe a inexistência de
divergências entre a relação recebida e os processos que originaram os precatórios, sendo a omissão,
quando existir divergência, de responsabilidade solidária do órgão ou da entidade devedora e de seu
titular ou dirigente.
§ 10. Na hipótese de, após o encaminhamento da relação dos débitos constantes de
precatórios judiciários na forma e no prazo previstos no § 3º, algum requisitório ser cancelado ou
suspenso, ou ter alteração no seu valor atualizado até 2 de abril de 2023, o Tribunal competente, ou o
Conselho Nacional de Justiça, se for o caso, por intermédio do seu órgão setorial de orçamento, deverá
encaminhar lista unificada que contenha essas alterações, até 31 de janeiro de 2024, aos órgãos e às
entidades referidos neste artigo.
Art. 32. O limite para alocação dos recursos destinados ao pagamento de precatórios e
requisições de pequeno valor no Projeto de Lei Orçamentária de 2024 será calculado pela Secretaria de
Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento, observada a metodologia estabelecida
no caput do art. 107-A do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
§ 1º Para fins de definição do limite para o pagamento de precatórios previsto no § 1º do
art. 107-A do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, a Secretaria de Orçamento Federal do
Ministério do Planejamento e Orçamento calculará a projeção para o pagamento de requisições de
pequeno valor a partir da estimativa constante do relatório de avaliação de receitas e despesas primárias,
de que trata o art. 71, referente ao segundo bimestre de 2023, atualizada conforme os critérios
estabelecidos no caput do art. 107-A do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
§ 2º Após a definição do montante previsto no caput e a dedução da projeção a que se
refere o § 1º, a Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento promoverá
a distribuição do limite para o pagamento de precatórios entre os órgãos centrais de planejamento e
orçamento, ou equivalentes, do Poder Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça e o Tribunal de Justiça
do Distrito Federal e dos Territórios, segundo os critérios estabelecidos no § 8º do art. 107-A do Ato das

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Disposições Constitucionais Transitórias, consideradas as informações prestadas na forma prevista nos §
4º e § 7º do art. 31 desta Lei , excluídos os precatórios de que trata o art. 4º da Emenda à Constituição nº
114, de 2021, e aqueles que venham a ser parcelados, nos termos do disposto no § 20 do art. 100 da
Constituição.
§ 3º Na distribuição de que trata o § 2º, o pagamento da parcela superpreferencial
prevista no inciso II do § 8º do art. 107-A do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias independerá
do ano de requisição e será realizado com prioridade, inclusive, sobre os precatórios pendentes de anos
anteriores.
§ 4º A Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento
dará conhecimento aos órgãos centrais de planejamento e orçamento, ou equivalentes, do Poder
Judiciário, ao Conselho Nacional de Justiça e ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
dos respectivos limites, apurados na forma prevista nos § 2º e § 3º, e dos respectivos valores previstos no
Projeto de Lei Orçamentária de 2024 para o pagamento de requisições de pequeno valor, até 30 de
setembro de 2023.
Art. 33. Para o pagamento dos precatórios devidos pela Fazenda Pública federal,
comporão o Projeto de Lei Orçamentária de 2024, alocados em programações orçamentárias distintas, os
valores destinados ao adimplemento:
I - dos precatórios situados no limite previsto no § 1º do art. 107-A do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias;
II - das parcelas dos precatórios decorrentes de demandas relativas à complementação da
União ao Fundef, na forma prevista no art. 4º da Emenda à Constituição nº 114, de 2021, acompanhados
da respectiva atualização monetária; e
III - das parcelas ou dos acordos firmados com fundamento no § 20 do art. 100 da
Constituição e dos acordos firmados nos termos do disposto no § 3º do art. 107-A do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, acompanhados da respectiva atualização monetária.
§ 1º Será constituída reserva de contingência primária para atendimento da atualização
monetária dos precatórios de que trata o inciso I do caput.
§ 2º As dotações orçamentárias tratadas neste artigo deverão ser alocadas nas unidades
orçamentárias referentes aos Encargos Financeiros da União, com exceção daquelas destinadas ao
pagamento dos precatórios de responsabilidade do Fundo do Regime Geral de Previdência Social, do
Fundo Nacional de Assistência Social, do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, que poderão
ser alocadas nas respectivas unidades orçamentárias.
Art. 34. Caso seja celebrado acordo direto perante Juízos Auxiliares de Conciliação de
Pagamento de Condenações Judiciais contra a Fazenda Pública federal, na forma prevista no § 20 do art.
100 da Constituição ou no § 3º do art. 107-A do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para
pagamento em 2024, o Tribunal competente, ou o Conselho Nacional de Justiça, se for o caso, por
intermédio do seu órgão setorial de orçamento, deverá comunicar o fato à Comissão Mista a que se refere
o § 1º do art. 166 da Constituição, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional do Ministério da Fazenda, à
Advocacia-Geral da União e à Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e
Orçamento com as especificações a que se refere o art. 31 desta Lei acerca do precatório envolvido.
§ 1º A comunicação à Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e
Orçamento deverá conter a indicação do valor a ser pago, discriminado por órgão da administração
pública federal direta, autarquia e fundação e por GNDs, conforme detalhamento constante do art. 7º e

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com as especificações a que se referem os incisos IV, V, VI, VII, X, XI, XIII, XV e XX do caput do art. 31, sem
qualquer dado que possibilite a identificação dos respectivos beneficiários, acrescida de campo que
identifique o Tribunal que proferiu a decisão exequenda.
§ 2º Se houver disponibilidade orçamentária, os recursos necessários ao cumprimento
do acordo serão descentralizados ao Tribunal competente, ou ao Conselho Nacional de Justiça, se for o
caso.
Art. 35. Observado o respectivo limite para pagamento de precatórios estabelecido nos
§ 2º e § 3º do art. 32, os órgãos centrais de planejamento e orçamento, ou equivalentes, do Poder
Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
encaminharão, na forma de banco de dados, até 8 de março de 2024, à Comissão Mista a que se refere o
§ 1º do art. 166 da Constituição, à Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e
Orçamento, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional do Ministério da Fazenda, à Advocacia-Geral da
União e aos órgãos e às entidades devedores, a relação dos precatórios a serem pagos em 2024, na forma
prevista no art. 31.
Parágrafo único. Para definição dos precatórios que integrarão a relação de que trata o
caput, os órgãos do Poder Judiciário darão preferência, observado o disposto no § 3º do art. 32 desta Lei,
àqueles que não tiverem sido pagos nos anos anteriores em razão do limite previsto no § 1º do art. 107-
A do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, observada a ordem cronológica de apresentação,
em atendimento ao disposto no § 2º do referido art. 107-A.
Art. 36. Após a publicação da Lei Orçamentária de 2024 e o encaminhamento da relação
de que trata o art. 35, as dotações orçamentárias destinadas ao pagamento dos precatórios serão
ajustadas, mediante a abertura de créditos adicionais, para que fiquem alinhadas com a referida relação
e tenham as respectivas atualizações monetárias previstas incorporadas à mesma programação, com
vistas à descentralização das dotações.
Art. 37. As dotações orçamentárias destinadas ao pagamento de débitos relativos a
precatórios e requisições de pequeno valor aprovadas na Lei Orçamentária de 2024 e nos créditos
adicionais, ressalvadas aquelas destinadas ao pagamento das requisições de pequeno valor expedidas
pelos Tribunais de Justiça dos Estados, deverão ser integralmente descentralizadas pelo órgão central do
Sistema de Administração Financeira Federal aos órgãos setoriais de planejamento e orçamento do Poder
Judiciário, ou equivalentes, inclusive ao Conselho Nacional de Justiça e ao Tribunal de Justiça do Distrito
Federal e dos Territórios, que se incumbirão de disponibilizá-las aos Tribunais que proferirem as decisões
exequendas, conforme o caso.
§ 1º A descentralização de que trata o caput deverá ser feita de forma automática pelo
órgão central do Sistema de Administração Financeira Federal, imediatamente após:
I - a publicação da Lei Orçamentária de 2024 e dos créditos adicionais, quanto às dotações
destinadas ao pagamento das requisições de pequeno valor; e
II - a abertura do crédito de que trata o art. 36 e dos demais créditos adicionais, quanto às
dotações destinadas ao pagamento dos precatórios.
§ 2º A descentralização referente ao pagamento dos precatórios judiciários resultantes
de causas processadas pelos Tribunais de Justiça dos Estados, exceto pelo Tribunal de Justiça do Distrito
Federal e dos Territórios, será feita em favor do Conselho Nacional de Justiça, que se incumbirá de
disponibilizar os recursos aos Tribunais de Justiça que proferiram as decisões exequendas.
§ 3º Caso a dotação descentralizada seja insuficiente para o pagamento integral do

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débito, o Tribunal competente, ou o Conselho Nacional de Justiça, se for o caso, por intermédio do seu
órgão setorial de orçamento, deverá providenciar, junto à Secretaria de Orçamento Federal do Ministério
do Planejamento e Orçamento, a complementação necessária, da qual dará conhecimento ao órgão ou à
entidade descentralizadora.
§ 4º Se as dotações descentralizadas referentes a precatórios e a requisições de pequeno
valor forem superiores ao valor necessário ao pagamento integral dos débitos, o Tribunal competente, ou
o Conselho Nacional de Justiça, conforme o caso, por intermédio do seu órgão setorial de orçamento,
deverá providenciar a devolução imediata da dotação e da disponibilidade financeira excedentes, do que
dará conhecimento ao órgão ou à entidade descentralizadora, à Secretaria de Orçamento Federal do
Ministério do Planejamento e Orçamento e à Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda,
até 30 de novembro de 2024, exceto se houver necessidade de abertura de créditos adicionais para o
pagamento de precatórios e requisições de pequeno valor.
§ 5º As liberações dos recursos financeiros correspondentes às dotações orçamentárias
descentralizadas na forma prevista neste artigo deverão ser realizadas diretamente para o órgão setorial
de programação financeira das unidades orçamentárias responsáveis pelo pagamento do débito, de
acordo com as regras de liberação para os órgãos do Poder Judiciário previstas nesta Lei e a programação
financeira estabelecida na forma prevista no disposto no art. 8º da Lei Complementar nº 101, de 2000 -
Lei de Responsabilidade Fiscal, e serão informadas aos beneficiários pela vara de execução responsável.
§ 6º O pagamento da Contribuição para o Regime Próprio de Previdência do Servidor
Público, decorrente de precatórios e requisições de pequeno valor devidos pela União, ou por suas
autarquias e fundações, será efetuado por meio de programação específica no âmbito de Encargos
Financeiros da União.
§ 7º Caso as dotações orçamentárias destinadas ao pagamento de precatórios e
requisições de pequeno valor integrem programação de despesa corrente primária condicionada à
aprovação de projeto de lei de crédito suplementar ou especial por maioria absoluta do Congresso
Nacional, nos termos do disposto no art. 22, as descentralizações previstas neste artigo apenas serão
realizadas após a publicação da respectiva lei de abertura do referido crédito ou após a substituição da
fonte de receita de operações de crédito condicionada por outras fontes de recursos que possam atender
a tais despesas, na forma prevista no § 3º do referido artigo.
Art. 38. Até sessenta dias após a descentralização de que trata o art. 37, as unidades
orçamentárias do Poder Judiciário discriminarão, em sistema próprio, e submeterão ao Siafi, por processo
de interoperabilidade, as informações necessárias ao registro da relação dos precatórios relativos às
dotações a elas descentralizadas de acordo com o disposto no referido artigo, nas quais especificarão a
ordem cronológica dos pagamentos, os valores a serem pagos e o órgão ou a entidade em que se originou
o débito.
Parágrafo único. As unidades orçamentárias do Poder Judiciário deverão discriminar em
sistema próprio a relação das requisições relativas a sentenças de pequeno valor e o órgão ou a entidade
em que se originou o débito, no prazo de até sessenta dias, contado da data de sua autuação no Tribunal.
Art. 39. O Poder Judiciário disponibilizará mensalmente, de forma consolidada por órgão
orçamentário, à Advocacia-Geral da União e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional do Ministério da
Fazenda, a relação dos precatórios e das requisições de pequeno valor autuados e pagos, consideradas as
especificações estabelecidas no caput do art. 31, com as adaptações necessárias.
Art. 40. Nas discussões e condenações que envolvam a Fazenda Pública federal, para fins
de atualização monetária, remuneração do capital e compensação da mora, incidirá, no exercício

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financeiro de 2024, apenas uma vez, até o efetivo pagamento, o índice da taxa referencial do Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia - taxa Selic, acumulado mensalmente.
§ 1º A atualização dos precatórios não tributários, no período a que se refere o § 5º do
art. 100 da Constituição, será efetuada exclusivamente pela variação do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo Especial - IPCA-E.
§ 2º Na atualização monetária dos precatórios tributários, no período a que se refere o §
5º do art. 100 da Constituição, deverão ser observados os mesmos critérios pelos quais a Fazenda Pública
federal corrige os seus créditos tributários.
§ 3º Após o prazo a que se refere o § 5º do art. 100 da Constituição, caso não haja
adimplemento do requisitório, a atualização dos precatórios tributários e não tributários será efetuada
pelo índice da taxa Selic, acumulado mensalmente, vedada a sua aplicação sobre a parcela referente à
correção realizada durante o referido período.
§ 4º O disposto nos § 1º, § 2º e § 3º deste artigo aplica-se, no que couber, aos precatórios
parcelados nos termos do disposto no § 20 do art. 100 da Constituição e no art. 4º da Emenda à
Constituição nº 114, de 2021.
§ 5º Os precatórios e as requisições de pequeno valor cancelados nos termos do disposto
na Lei nº 13.463, de 6 de julho de 2017, que venham a ser objeto de novo ofício requisitório, inclusive os
tributários, conservarão a remuneração correspondente ao período em que estiveram depositados na
instituição financeira.
§ 6º Os precatórios e as requisições de pequeno valor expedidos nos termos do disposto
no § 5º serão atualizados desde a devolução ao Tesouro Nacional de valores cancelados até o dia do novo
depósito, conforme o previsto nos § 1º, § 2º e § 3º.
Art. 41. Aplicam-se as mesmas regras constantes desta Seção quando a execução de
decisões judiciais contra empresas estatais dependentes ocorrer mediante a expedição de precatório ou
de requisição de pequeno valor, nos termos do disposto no art. 100 da Constituição.
Art. 42. Para fins de definição dos limites orçamentários para atender ao pagamento de
pensões indenizatórias decorrentes de decisões judiciais e sentenças judiciais de empresas estatais
dependentes, os órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e
da Defensoria Pública da União, por intermédio dos órgãos setoriais de planejamento e orçamento ou
equivalentes, encaminharão à Secretaria de Orçamento Federal do Ministério de Planejamento e
Orçamento, até 15 de junho de 2023, informações quanto à necessidade de recursos orçamentários para
2024, segregadas por tipo de sentença, unidade orçamentária, grupo de despesa, identificação da Vara
ou Comarca de trâmite da sentença objeto da ação judicial, situação processual e valor.
§ 1º Para a elaboração das informações requeridas no caput, deverão ser consideradas
exclusivamente:
I - as sentenças com trânsito em julgado e em fase de execução, com a apresentação dos
documentos comprobatórios; e
II - os depósitos recursais necessários à interposição de recursos.
§ 2º A apresentação de documentos comprobatórios para as pensões indenizatórias
decorrentes de decisões judiciais somente será necessária quando se tratar da concessão de indenizações
ainda não constantes de leis orçamentárias anteriores.
Art. 43. As dotações orçamentárias destinadas ao pagamento de honorários periciais nas

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ações em que o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS figure como parte, aprovadas na Lei
Orçamentária de 2024 e nos créditos adicionais, deverão ser integralmente descentralizadas pelo órgão
central do Sistema de Administração Financeira Federal ao Conselho da Justiça Federal, que se incumbirá
de disponibilizá-las aos Tribunais Regionais Federais.
Parágrafo único. As disposições constantes dos § 3º e § 4º do art. 37 aplicam-se às dotações
descentralizadas na forma prevista neste artigo.
Art. 44. Compete ao órgão setorial do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal,
ou à respectiva unidade orçamentária diretamente responsável pela execução orçamentária e financeira
da política pública pertinente ao objeto da decisão de sequestro de verbas da Fazenda Pública, a
viabilização dos recursos necessários ao atendimento da ordem judicial.

Seção IV
Dos empréstimos, dos financiamentos e dos refinanciamentos

Art. 45. Os empréstimos, financiamentos e refinanciamentos realizados com recursos dos


Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social observarão o disposto no art. 27 da Lei Complementar nº 101,
de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal.
§ 1º Na hipótese de operações com custo de captação não identificado, os encargos
financeiros não poderão ser inferiores à Taxa Referencial e a apuração será pro rata temporis.
§ 2º Serão de responsabilidade do mutuário, além dos encargos financeiros, eventuais
comissões, taxas e despesas congêneres cobradas pelo agente financeiro, exceto as despesas de
remuneração previstas no contrato entre o agente e a União.
Art. 46. Nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, as categorias de programação
correspondentes a empréstimos, financiamentos e refinanciamentos indicarão a lei que definiu encargo
inferior ao custo de captação.
Art. 47. As prorrogações e as composições de dívidas decorrentes de empréstimos,
financiamentos e refinanciamentos concedidos com recursos dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social ficarão condicionadas à autorização expressa em lei específica.

Seção V
Do Orçamento da Seguridade Social

Art. 48. O Orçamento da Seguridade Social compreenderá as dotações destinadas a


atender às ações de saúde, previdência e assistência social, obedecerá ao disposto no inciso XI do caput
do art. 167, nos art. 194, art. 195, art. 196, art. 199, art. 200, art. 201, art. 203 e art. 204 e no § 4º do art.
212 da Constituição e contará, entre outros, com recursos provenientes:
I - das contribuições sociais previstas na Constituição, exceto a de que trata o § 5º do art.
212 e aquelas destinadas por lei às despesas do Orçamento Fiscal;
II - da contribuição para o plano de seguridade social do servidor, que será utilizada para
despesas com aposentadorias e pensões por morte;

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III - do Orçamento Fiscal; e
IV - das demais receitas, inclusive próprias e vinculadas, de órgãos, fundos e entidades,
cujas despesas integrem, exclusivamente, o orçamento referido no caput, que deverão ser classificadas
como receitas da seguridade social.
§ 1º Os recursos provenientes das contribuições sociais de que tratam o art. 40 e a alínea
“a” do inciso I e o inciso II do caput do art. 195, ambos da Constituição, no Projeto de Lei Orçamentária
de 2024 e na respectiva Lei, não se sujeitarão à desvinculação.
§ 2º Todas as receitas do Fundo de Amparo ao Trabalhador, inclusive as financeiras,
deverão constar do Projeto e da Lei Orçamentária de 2024.
§ 3º As despesas relativas ao pagamento dos benefícios assistenciais a que se refere o
caput do art. 40 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, mantidas as suas fontes de financiamento,
serão realizadas à conta do Fundo Nacional de Assistência Social.
§ 4º Será divulgado, a partir do primeiro bimestre de 2024, com o relatório resumido da
execução orçamentária a que se refere § 3º do art. 165 da Constituição, demonstrativo das receitas e das
despesas da seguridade social, na forma prevista no disposto no art. 52 da Lei Complementar nº 101, de
2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, do qual constará nota explicativa com memória de cálculo das
receitas desvinculadas por força de dispositivo constitucional.
§ 5º Independentemente da opção de custeio ou investimento, as emendas
parlamentares que adicionarem recursos a transferências automáticas e regulares a serem realizadas pela
União a ente federativo serão executadas em conformidade com atos a serem editados pelos Ministros
de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania e da Saúde e publicados no Diário Oficial da União, como
acréscimo ao valor financeiro:
I - destinado à Rede do Sistema Único de Assistência Social - Suas, e constituirão valor a ser
somado aos repasses para cumprimento de metas por integrantes da referida Rede; ou
II - transferido à rede do Sistema Único de Saúde - SUS, e constituirão valor temporário a
ser somado aos repasses regulares e automáticos da referida Rede.
§ 6º Quando se destinarem ao atendimento de consórcios públicos, os recursos oriundos
de emendas parlamentares que adicionarem valores aos tetos transferidos à rede do SUS, nos termos do
disposto no inciso II do § 5º, serão transferidos aos fundos de saúde, inclusive de gestão estadual, caso o
Estado integre a entidade nos termos do disposto no inciso I do § 1º do art. 4º da Lei nº 11.107, de 6 de
abril de 2005, e repassados aos respectivos consórcios.
§ 7º Os recursos derivados de emendas parlamentares que, nos termos do disposto no
inciso II do § 5º, adicionarem valores transferidos à Rede do SUS, ficarão sujeitos, quando o atendimento
final beneficiar entidades privadas sem fins lucrativos que complementem o sistema de saúde na forma
prevista nos art. 24 e art. 26 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, à demonstração de atendimento
de metas:
I - quantitativas, para ressarcimento até a integralidade dos serviços prestados pela
entidade e previamente autorizados pelo gestor; ou
II - qualitativas, cumpridas durante a vigência do contrato, como aquelas derivadas do
aperfeiçoamento de procedimentos ou de condições de funcionamento das unidades.
§ 8º Os gestores deverão efetuar o pagamento dos incentivos financeiros aos
estabelecimentos de saúde que prestam assistência complementar ao SUS, até o quinto dia útil após o

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crédito efetuado pelo Ministério da Saúde, por meio de depósito na conta bancária do fundo estadual,
distrital ou municipal de saúde.
Art. 49. As ações e os serviços de saúde direcionados à vigilância, à prevenção e ao
controle de zoonoses e de acidentes causados por animais peçonhentos e venenosos, de relevância para
a saúde pública, contemplarão recursos destinados ao desenvolvimento e à execução de ações, atividades
e estratégias de controle da população de animais, que devam ser executadas em situações excepcionais,
inclusive para a castração e a atenção veterinária.
Art. 50. Em atendimento ao disposto no art. 239 da Constituição, a arrecadação
decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social - PIS, instituído pela Lei Complementar
nº 7, de 7 de setembro de 1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público -
Pasep, instituído pela Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, poderá financiar, de forma
indistinta, o programa do seguro-desemprego, as despesas com benefícios previdenciários e o abono
salarial, desde que respeitada a destinação de, no mínimo, vinte e oito por cento para o financiamento de
programas de desenvolvimento econômico, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social - BNDES, com critérios de remuneração que preservem o seu valor.

Seção VI
Do Orçamento de Investimento

Art. 51. O Orçamento de Investimento, previsto no inciso II do § 5º do art. 165 da


Constituição, abrangerá as empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto, ressalvado o disposto nos § 5º e § 6º, e dele constarão todos os
investimentos realizados, independentemente da fonte de financiamento utilizada.
§ 1º Para efeito de compatibilidade da programação orçamentária a que se refere este
artigo com a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e suas atualizações, serão consideradas
investimento, exclusivamente, as despesas com:
I - aquisição de bens classificáveis no ativo imobilizado, excetuados aqueles que envolvam
arrendamento mercantil para uso próprio da empresa ou de terceiros, valores do custo dos empréstimos
contabilizados no ativo imobilizado e transferências de ativos entre empresas pertencentes ao mesmo
grupo, controladas direta ou indiretamente pela União, cuja aquisição tenha constado do Orçamento de
Investimento;
II - benfeitorias realizadas em bens da União por empresas estatais; e
III - benfeitorias necessárias à infraestrutura de serviços públicos concedidos pela União.
§ 2º A despesa será discriminada nos termos do disposto no art. 7º, considerada, para as
fontes de recursos, a classificação 1495 - Recursos do Orçamento de Investimento.
§ 3º O detalhamento das fontes de financiamento do investimento de cada entidade
referida neste artigo será feito de forma a evidenciar os recursos:
I - gerados pela empresa;
II - de participação da União no capital social;
III - da empresa controladora sob a forma de:

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a) participação no capital; e
b) empréstimos;
IV - de operações de crédito junto a instituições financeiras:
a) internas; e
b) externas; e
V - de outras operações de longo prazo.
§ 4º A programação dos investimentos à conta de recursos oriundos dos Orçamentos
Fiscal e da Seguridade Social, inclusive mediante participação acionária, observará o valor e a destinação
constantes do orçamento original.
§ 5º As empresas cuja programação conste integralmente do Orçamento Fiscal ou do
Orçamento da Seguridade Social, de acordo com o disposto no art. 6º, não integrarão o Orçamento de
Investimento.
§ 6º Permanecerão no Orçamento de Investimento as empresas públicas e as sociedades
de economia mista que tenham recebido do seu controlador ou utilizado recursos financeiros para
pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso,
aqueles provenientes de aumento de participação acionária, desde que atendidas, cumulativamente, as
seguintes condições e observado o disposto em ato do Poder Executivo federal:
I - integrar o Orçamento de Investimento na Lei Orçamentária do exercício anterior;
II - possuir plano de reequilíbrio econômico-financeiro aprovado e vigente; e
III - observar o disposto no § 9º do art. 37 da Constituição.
§ 7º As normas gerais da Lei nº 4.320, de 1964, não se aplicam às empresas integrantes
do Orçamento de Investimento no que concerne ao regime contábil, à execução do orçamento e às
demonstrações contábeis.
§ 8º O disposto no § 7º não se aplica às disposições dos art. 109 e art. 110 da Lei nº 4.320,
de 1964, para as finalidades a que se destinam.
§ 9º As empresas de que trata o caput deverão manter atualizada a sua execução
orçamentária no Siop, de forma online.
§ 10. Para o exercício de 2024, somente as empresas públicas não financeiras e as
sociedades de economia mista não financeiras poderão receber aportes da União para futuro aumento
de capital.
§ 11. As empresas públicas e as sociedades de economia mista cujos investimentos sejam
financiados com a participação da União para futuro aumento de capital serão mantidas no Orçamento
de Investimento de forma a compatibilizar a programação orçamentária e o disposto no inciso III do caput
do art. 2º da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal.

Seção VII
Das alterações na Lei Orçamentária e nos créditos adicionais

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Art. 52. As classificações das dotações previstas no art. 7º, as fontes de financiamento do
Orçamento de Investimento, as codificações orçamentárias e as suas denominações poderão ser alteradas
de acordo com as necessidades de execução, desde que mantido o valor total do subtítulo e observadas
as demais condições de que trata este artigo.
§ 1º As alterações de que trata o caput poderão ser realizadas, justificadamente, em
relação a subtítulos constantes da Lei Orçamentária de 2024 e de créditos especiais ou extraordinários,
abertos e reabertos, se autorizadas por meio de:
I - ato dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da
Defensoria Pública da União, quanto à alteração entre os:
a) GNDs “3 - Outras Despesas Correntes”, “4 - Investimentos” e “5 - Inversões Financeiras”,
no âmbito do mesmo subtítulo;
b) GNDs “2 - Juros e Encargos da Dívida” e “6 - Amortização da Dívida”, no âmbito do
mesmo subtítulo; e
c) GNDs “1 - Pessoal e Encargos Sociais”, “3 - Outras Despesas Correntes”, “4 -
Investimentos” e “5 - Inversões Financeiras”, no âmbito do mesmo subtítulo:
1. no Programa “0901 - Operações Especiais: Cumprimento de Sentenças Judiciais”;
2. das ações orçamentárias referidas nos incisos XXI e XXV do caput do art. 12; ou
3. na Unidade Orçamentária “73901 - Fundo Constitucional do Distrito Federal - FCDF”; e
d) GNDs de programações incluídas ou acrescidas por emendas, de que trata a alínea “c”
do inciso II do § 4º do art. 7º, mediante solicitação ou concordância dos autores das respectivas emendas,
observado o disposto no caput do art. 78;
II - ato do Secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério da
Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, quanto ao Orçamento de Investimento para:
a) as fontes de financiamento;
b) os identificadores de uso;
c) os identificadores de resultado primário;
d) as esferas orçamentárias;
e) as denominações das classificações orçamentárias, desde que constatado erro de ordem
técnica ou legal; e
f) ajustes na codificação orçamentária decorrentes da necessidade de adequação à
classificação vigente, desde que não impliquem mudança de valores e de finalidade da programação; e
III - ato do Secretário de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento,
quanto aos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social para:
a) as fontes de recursos, inclusive aquelas de que trata o § 3º do art. 135, observadas as
vinculações previstas na legislação;
b) os IU;
c) os identificadores de RP, exceto para as alterações dos identificadores de despesas
primárias discricionárias decorrentes de dotações ou programações incluídas ou acrescidas por emendas,
constantes da alínea “c” do inciso II do § 4º do art. 7º;

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d) as esferas orçamentárias;
e) as denominações das classificações orçamentárias, desde que constatado erro de ordem
técnica ou legal; e
f) ajustes na codificação orçamentária:
1. necessários à correção de erro de ordem técnica ou legal; ou
2. decorrentes da necessidade de adequação à classificação vigente, desde que não
impliquem mudança de valores e de finalidade da programação.
§ 2º As modificações a que se refere este artigo também poderão ocorrer na abertura e
na reabertura de créditos adicionais e na alteração de que trata o § 5º do art. 167 da Constituição.
§ 3º As alterações das modalidades de aplicação serão realizadas diretamente no Siafi ou
no Siop pela unidade orçamentária, observados os procedimentos estabelecidos pela Secretaria de
Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento.
§ 4º A alteração de que trata o § 3º poderá ser realizada pelas unidades orçamentárias,
pelos órgãos setoriais ou pela Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e
Orçamento, quando da indicação de beneficiários pelos autores de emendas individuais, para manter
compatibilidade entre o beneficiário indicado e a referida classificação, sem prejuízo de alterações
posteriores.
§ 5º Para fins do disposto no § 3º do art. 43 da Lei nº 4.320, de 1964, consideram-se como
excesso de arrecadação os recursos do exercício disponibilizados em razão das modificações efetivadas
nas fontes de financiamento e de recursos, nos termos do disposto na alínea “a” do inciso II e na alínea
“a” do inciso III do § 1º e no § 2º deste artigo e no § 3º do art. 56, mantida a classificação original das
referidas fontes.
§ 6º As alterações de que trata o inciso I do § 1º poderão:
I - incluir GNDs, além daqueles aprovados no subtítulo, desde que compatíveis com a
finalidade da ação orçamentária correspondente; e
II - contemplar as demais alterações a que se refere este artigo.
Art. 53. A abertura de créditos suplementares e especiais, a reabertura de créditos
especiais e a alteração de que trata o § 5º do art. 167 da Constituição serão compatíveis com:
I - a meta de resultado primário estabelecida nesta Lei, quando:
a) não aumentarem o montante das dotações de despesas primárias consideradas na
apuração da referida meta; ou
b) na hipótese de aumento do referido montante, o acréscimo estiver:
1. fundamentado no relatório de avaliação de receitas e despesas primárias, elaborado em
cumprimento ao disposto no art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal,
e no art. 71 desta Lei;
2. relacionado à transferência aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios de recursos
que tenham vinculação constitucional ou legal; ou
3. demonstrado na exposição de motivos de projeto e lei de crédito suplementar ou
especial; e

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II - os limites individualizados aplicáveis às despesas primárias, de que trata o caput do art.
107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, em observância ao disposto no § 5º do referido
artigo, quando:
a) não aumentarem o montante das dotações de despesas primárias sujeitas aos referidos
limites; ou
b) na hipótese de aumento do referido montante:
1. os valores das dotações resultantes da alteração, inclusive os créditos em tramitação,
descontados os ajustes de caixa ou competência das despesas primárias, e considerados outros ajustes
não orçamentários de que trata o § 10 do art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias,
conforme relatório de avaliação de receitas e despesas primárias de que trata o art. 71 desta Lei, sejam
iguais ou inferiores aos limites de que trata o caput do art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias; e
2. a dotação resultante não ultrapasse o limite máximo de que trata o caput do art. 107 do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, em observância ao disposto no § 5º do referido artigo.
§ 1º As ampliações de que tratam a alínea “b” do inciso I e a alínea “b” do inciso II do caput
serão destinadas prioritariamente ao atendimento de despesas obrigatórias, em conformidade com o
relatório de avaliação bimestral de que trata o art. 71. 
§ 2º Na hipótese de as alterações orçamentárias referidas no caput se mostrarem
incompatíveis com a meta de resultado primário estabelecida nesta Lei ou com os limites individualizados
de que trata o caput do art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, deverão ser
efetuados os cancelamentos compensatórios em anexo específico.
Art. 54. Os projetos de lei relativos a créditos suplementares e especiais serão
encaminhados pelo Poder Executivo federal ao Congresso Nacional, também em meio magnético, por
Poder, sem prejuízo do disposto no § 11 e no § 13.
§ 1º Cada projeto de lei e a respectiva lei deverão restringir-se a apenas um tipo de
crédito adicional, conforme estabelecido nos incisos I e II do caput do art. 41 da Lei nº 4.320, de 1964.
§ 2º O prazo final para o encaminhamento dos projetos referidos no caput é 15 de
outubro de 2024, exceto se destinados ao atendimento de despesas que constituem obrigações
constitucionais ou legais, de que tratam as Seções I e II do Anexo III, hipótese em que deve ser observado
o prazo de 29 de novembro de 2024.
§ 3º Acompanharão os projetos de lei concernentes a créditos suplementares e especiais
exposições de motivos circunstanciadas que os justifiquem e indiquem as consequências dos
cancelamentos de dotações propostos sobre a execução de atividades, projetos, operações especiais e
seus subtítulos.
§ 4º As exposições de motivos às quais se refere o § 3º, relativas a projetos de lei de
créditos suplementares e especiais destinados ao atendimento de despesas primárias, deverão conter
justificativa de que a realização das despesas objeto desses créditos não afeta a obtenção da meta de
resultado primário prevista nesta Lei e o atendimento dos limites de despesa de que trata o art. 107 do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
§ 5º Nas hipóteses de abertura de créditos adicionais que envolva a utilização de excesso
de arrecadação, as exposições de motivos conterão informações relativas a:
I - estimativas de receitas constantes da Lei Orçamentária de 2024, de acordo com a

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classificação de que trata a alínea “a” do inciso III do caput do art. 9º;
II - estimativas atualizadas para o exercício financeiro;
III - parcelas do excesso de arrecadação utilizadas nos créditos adicionais, abertos ou em
tramitação;
IV - valores utilizados em outras alterações orçamentárias; e
V - saldos do excesso de arrecadação, de acordo com a classificação prevista no inciso I.
§ 6º Nas hipóteses de abertura de créditos adicionais que envolva a utilização de
superavit financeiro, as exposições de motivos conterão informações relativas a:
I - superavit financeiro do exercício de 2023, por fonte de recursos, de acordo com a
classificação aplicável ao exercício de 2024;
II - créditos reabertos no exercício de 2024;
III - valores utilizados nos créditos adicionais, abertos ou em tramitação;
IV - valores utilizados em outras alterações orçamentárias; e
V - saldo do superavit financeiro do exercício de 2023, por fonte de recursos.
§ 7º Para fins do disposto no § 6º, a Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da
Fazenda publicará, até 29 de fevereiro de 2024, demonstrativo do superavit financeiro de cada fonte de
recursos, apurado no balanço patrimonial do exercício de 2023, hipótese em que o superavit financeiro
de fontes de recursos vinculados deverá ser disponibilizado em sítio eletrônico por fonte detalhada.
§ 8º As aberturas de créditos previstas nos § 5º e § 6º para o aumento de dotações
deverão ser compatíveis com o disposto no art. 53 desta Lei e no parágrafo único do art. 8º da Lei
Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal.
§ 9º Na hipótese de receitas vinculadas, o demonstrativo a que se refere o § 7º deverá
identificar as unidades orçamentárias.
§ 10. Os créditos de que trata este artigo, aprovados pelo Congresso Nacional, serão
considerados automaticamente abertos com a sanção e a publicação da respectiva lei.
§ 11. Os projetos de lei de créditos suplementares ou especiais, relativos aos órgãos dos
Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União, poderão
ser apresentados de forma consolidada.
§ 12. A exigência de encaminhamento de projetos de lei por Poder, de que trata o caput,
não se aplica quando o crédito for:
I - destinado a atender despesas com pessoal e encargos sociais, benefícios aos servidores
civis, empregados e militares e aos seus dependentes constantes da Seção I do Anexo III, indenizações,
benefícios e pensões indenizatórias de caráter especial e auxílios-funeral e natalidade; ou
II - integrado exclusivamente por dotações orçamentárias classificadas com RP 6 e RP 7.
§ 13. Serão encaminhados projetos de lei específicos quando os créditos se destinarem
ao atendimento de despesas com pessoal e encargos sociais, benefícios aos servidores civis, empregados
e militares e aos seus dependentes constantes da Seção I do Anexo III, indenizações, benefícios e pensões
indenizatórias de caráter especial e sentenças judiciais, inclusive aquelas relativas a precatórios ou
consideradas de pequeno valor.

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§ 14. Os projetos de lei a que se refere o § 13 poderão também conter despesas que:
I - constituam obrigações constitucionais ou legais da União, relacionadas nas Seções I e II
do Anexo III;
II - decorram da criação de órgãos ou entidades; ou
III - sejam necessárias à manutenção da compatibilidade da despesa autorizada com a meta
de resultado primário constante do art. 2º desta Lei e com os limites individualizados de despesas
primárias a que se refere o art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
§ 15. Nas hipóteses de abertura de créditos adicionais à conta de recursos de excesso de
arrecadação ou de superavit financeiro, ainda que envolvam concomitante troca de fontes de recursos,
as respectivas exposições de motivos deverão estar acompanhadas dos demonstrativos exigidos pelos §
5º e § 6º.
§ 16. Os projetos de lei de créditos suplementares ou especiais solicitados pelos órgãos
dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União, com
indicação dos recursos compensatórios, serão encaminhados ao Congresso Nacional no prazo de até
quarenta e cinco dias, contado da data de recebimento do pedido de alteração orçamentária pela
Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento, exceto aqueles destinados
às sentenças judiciais, ao serviço da dívida e às despesas relacionadas nos incisos V, VI, XIII, XXI e XXV do
caput do art. 12.
§ 17. Na elaboração dos projetos de lei relativos a créditos suplementares e especiais que
envolvam mais de um órgão orçamentário no âmbito dos Poderes Judiciário e Legislativo e do Ministério
Público da União, deverá ser realizada a compensação entre os limites individualizados para as despesas
primárias, para o exercício de 2024, respeitado o disposto no § 9º do art. 107 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, por meio da publicação de ato conjunto dos dirigentes dos órgãos envolvidos
em data anterior ao encaminhamento das propostas de abertura de créditos à Secretaria de Orçamento
Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento, hipótese em que os efeitos da compensação ficarão
suspensos até a publicação de cada crédito, em valor correspondente.
§ 18. Considerados os créditos abertos e em tramitação, caso os valores resultantes das
categorias de programação a serem cancelados ultrapassem vinte por cento do valor inicialmente
estabelecido na Lei Orçamentária de 2024 para as referidas categorias, deverá ser apresentada, além das
justificativas mencionadas no § 3º, a demonstração do desvio entre a dotação inicialmente estabelecida
na referida Lei e a dotação resultante.
Art. 55. As propostas de abertura de créditos suplementares autorizados na Lei
Orçamentária de 2024, ressalvado o disposto no § 1º deste artigo e nos art. 66 e art. 67, serão submetidas
ao Presidente da República, acompanhadas de exposição de motivos que inclua a justificativa e a
indicação dos efeitos das anulações de dotações, observado o disposto nos § 3º, § 5º, § 6º, § 15 e § 18 do
art. 54.
§ 1º Os créditos a que se refere o caput, com indicação de recursos compensatórios dos
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da
União, nos termos do disposto no inciso III do § 1º do art. 43 da Lei nº 4.320, de 1964, serão abertos, no
âmbito desses Poderes e órgãos, verificados os procedimentos estabelecidos pela Secretaria de
Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento e o disposto no § 2º, por atos:
I - dos Presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Tribunal de Contas
da União;

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II - dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Conselho Nacional de Justiça, do
Conselho da Justiça Federal, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, dos Tribunais Superiores e do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios; e
III - do Procurador-Geral da República, do Presidente do Conselho Nacional do Ministério
Público e do Defensor Público-Geral Federal.
§ 2º Quando a aplicação do disposto no § 1º envolver mais de um órgão orçamentário,
no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público da União, os créditos deverão ser
abertos por ato conjunto dos dirigentes dos órgãos envolvidos, conforme indicado nos incisos I, II e III do
§ 1º, respectivamente, no qual também deverá ser realizada a compensação de que trata o caput do art.
29.
§ 3º A compensação realizada simultaneamente à abertura do crédito por ato conjunto
deverá ser comunicada à Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento
e à Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda pelo órgão cedente, para que o limite de que
trata o art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias dos órgãos envolvidos seja ajustado,
com o objetivo de viabilizar a execução orçamentária e financeira por parte do órgão recebedor.
§ 4º Na abertura dos créditos na forma prevista no § 1º, fica vedado o cancelamento de
despesas financeiras para suplementação de despesas primárias.
§ 5º Os créditos de que trata o § 1º serão incluídos no Siafi, exclusivamente, por
intermédio de transmissão de dados do Siop.
Art. 56. Na abertura de crédito extraordinário, é vedada a criação de novo código e de
título para ação existente.
§ 1º O crédito aberto por medida provisória deverá ser classificado, quanto ao
identificador de RP, de acordo com o disposto no § 4º do art. 7º.
§ 2º As dotações de créditos extraordinários que perderam eficácia ou foram rejeitados,
conforme ato declaratório do Congresso Nacional, deverão ser reduzidas no Siop e no Siafi no montante
dos saldos não empenhados durante a vigência da respectiva medida provisória, por ato do Secretário de
Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento.
§ 3º As fontes de recursos que, em razão do disposto no § 2º, ficarem sem despesas
correspondentes, serão disponibilizadas com a mesma classificação e poderão ser utilizadas para a
realização de alterações orçamentárias.
Art. 57. Os anexos dos créditos adicionais obedecerão à mesma formatação dos Quadros
dos Créditos Orçamentários constantes da Lei Orçamentária de 2024.
Art. 58. As dotações das categorias de programação anuladas em decorrência do disposto
no § 1º do art. 55 não poderão ser suplementadas, exceto por remanejamento de dotações no âmbito do
próprio órgão ou em decorrência de legislação superveniente.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às dotações das unidades
orçamentárias do Poder Judiciário que exerçam a função de setorial de orçamento, quando anuladas para
suplementação das unidades do próprio órgão.
Art. 59. A reabertura dos créditos especiais, conforme disposto no § 2º do art. 167 da
Constituição, será efetivada, se necessária, mediante ato dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,
do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União, após a primeira avaliação de receitas e
despesas a que se refere o art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal,

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observado o disposto nos art. 53 e art. 57 desta Lei.
§ 1º Os créditos reabertos na forma prevista neste artigo, relativos aos Orçamentos Fiscal
e da Seguridade Social, serão incluídos no Siafi, exclusivamente, por intermédio de transmissão de dados
do Siop.
§ 2º O prazo previsto no caput não se aplica ao Orçamento de Investimento.
§ 3º A programação objeto da reabertura dos créditos especiais poderá ser adequada à
programação constante da Lei Orçamentária de 2024, desde que não haja alteração da finalidade das
ações orçamentárias.
Art. 60. Fica o Poder Executivo federal autorizado a abrir créditos especiais ao Orçamento
de Investimento para o atendimento de despesas relativas a ações em execução no exercício de 2023, por
meio da utilização, em favor da correspondente empresa estatal e da respectiva programação, de saldo
de recursos do Tesouro Nacional repassados em exercícios anteriores ou inscritos em restos a pagar no
âmbito dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social.
Art. 61. A reabertura dos créditos extraordinários, conforme disposto no § 2º do art. 167
da Constituição, será efetivada, se necessária, por meio de ato do Poder Executivo federal, observado o
disposto no art. 57 desta Lei.
Art. 62. O Poder Executivo federal poderá transpor, remanejar, transferir ou utilizar, total
ou parcialmente, as dotações orçamentárias aprovadas na Lei Orçamentária de 2024 e nos créditos
adicionais, em decorrência da extinção, da transformação, da transferência, da incorporação ou do
desmembramento de órgãos e entidades e de alterações de suas competências ou atribuições, mantida
a estrutura programática, expressa por categoria de programação, conforme estabelecido no § 1º do art.
5º, inclusive os títulos, os descritores, as metas e os objetivos, assim como o detalhamento por esfera
orçamentária, GNDs, fontes de recursos, modalidades de aplicação e IU, e identificador de RP.
Parágrafo único. A transposição, a transferência ou o remanejamento não poderá
resultar em alteração dos valores das programações aprovadas na Lei Orçamentária de 2024 ou nos
créditos adicionais, hipótese em que poderá haver, excepcionalmente, adequação da classificação
funcional, da esfera orçamentária e do Programa de Gestão, Manutenção e Serviço ao Estado ao novo
órgão.
Art. 63. A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos autorizada no §
5º do art. 167 da Constituição deverá:
I - ser realizada no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo
de viabilizar os resultados de projetos restritos às programações classificadas na função “19 - Ciência e
Tecnologia” e subfunções “571 - Desenvolvimento Científico”, “572 - Desenvolvimento Tecnológico e
Engenharia” ou “573 - Difusão do Conhecimento Científico e Tecnológico”; e
II - ser destinada a categoria de programação existente.
Art. 64. As alterações orçamentárias de que trata este Capítulo deverão observar as
restrições estabelecidas no inciso III do caput do art. 167 da Constituição.
§ 1º Enquanto houver receitas e despesas condicionadas, nos termos do disposto no art.
22, as alterações orçamentárias realizadas no âmbito dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, do
Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União não poderão ampliar a diferença entre as
receitas de operações de crédito e as despesas de capital considerada na Lei Orçamentária de 2024.
§ 2º Após a redução do total de despesas condicionadas na forma prevista no § 3º do art.

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22, eventual diferença entre as receitas de operações de crédito e as despesas de capital deverá ser
adequada até o encerramento do exercício.
§ 3º Para fins do cálculo da diferença mencionada nos § 1º e § 2º, consideram-se:
I - as fontes de recursos de operações de crédito que financiem despesas estabelecidas na
Lei Orçamentária de 2024 e nos créditos adicionais; e
II - as despesas de capital estabelecidas na Lei Orçamentária de 2024 e nos créditos
adicionais.
Art. 65. Fica a Secretaria de Coordenação das Estatais do Ministério da Gestão e da
Inovação em Serviços Públicos autorizada a cancelar os saldos orçamentários do Orçamento de
Investimento eventualmente existentes, na data em que a empresa estatal federal vier a ser extinta ou
tiver o seu controle acionário transferido para o setor privado.
Art. 66. O Presidente da República poderá delegar ao Ministro de Estado do
Planejamento e Orçamento e ao Ministro de Estado da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, no
âmbito, respectivamente, dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social e do Orçamento de Investimento,
as alterações orçamentárias que dependam de ato do Poder Executivo federal referidas nesta Seção e no
art. 173, exceto quanto ao encaminhamento de projetos de lei de crédito suplementar ou especial ao
Congresso Nacional e à abertura de créditos extraordinários.
Art. 67. Os dirigentes indicados no § 1º do art. 55 desta Lei poderão delegar, no âmbito
de seus órgãos, vedada a subdelegação, a abertura de créditos suplementares autorizados na Lei
Orçamentária de 2024 que contenham a indicação de recursos compensatórios, nos termos do disposto
no inciso III do § 1º do art. 43 da Lei nº 4.320, de 1964, desde que observadas as exigências e as restrições
constantes do art. 55, especialmente aquelas a que se refere o seu § 4º, e do § 18 do art. 54 desta Lei.
Art. 68. As dotações destinadas à contrapartida nacional de empréstimos internos e
externos e ao pagamento de amortização, juros e outros encargos, ressalvado o disposto no parágrafo
único, somente poderão ser remanejadas para outras categorias de programação por meio da abertura
de créditos adicionais, por projeto de lei ou medida provisória.
Parágrafo único. Os recursos de que trata o caput poderão ser remanejados para outras
categorias de programação na abertura de créditos suplementares autorizados na Lei Orçamentária de
2024, por ato dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da
Defensoria Pública da União, observados os limites autorizados na referida Lei e o disposto no art. 55,
desde que mantida a destinação, respectivamente, à contrapartida nacional e ao serviço da dívida.
Art. 69. Para fins do disposto nos § 10 e § 11 do art. 165 da Constituição, consideram-se
compatíveis com o dever de execução das programações as alterações orçamentárias referidas nesta Lei
e os créditos autorizados na Lei Orçamentária de 2024 e nas leis de créditos adicionais.
§ 1º O dever de execução de que trata o § 10 do art. 165 da Constituição não vincula a
abertura e a reabertura de créditos adicionais e não obsta a escolha das programações que serão objeto
de cancelamento e aplicação, por meio das alterações de que trata o caput, desde que cumpridos os
demais requisitos referidos nesta Lei.
§ 2º Para fins do disposto no inciso I do § 11 do art. 165 da Constituição, os Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público da União e a Defensoria Pública da União ficam
autorizados a realizar o bloqueio de dotações orçamentárias discricionárias, de que trata a alínea “b” do
inciso II do § 4º do art. 7º, no montante necessário ao cumprimento dos limites individualizados

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estabelecidos no art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, com base nas informações
constantes dos relatórios de avaliação de receitas e despesas, referidos no art. 71.
§ 3º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público da União e a
Defensoria Pública da União deverão adotar providências, em relação aos bloqueios efetuados na forma
prevista no § 2º, para garantir a adequação das despesas autorizadas na Lei Orçamentária de 2024 aos
limites individualizados estabelecidos no art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, até
o fim do exercício, ou quando se fizer necessário à observância dos referidos limites.
§ 4º O bloqueio de que trata o § 2º poderá incidir sobre as programações referidas no
art. 76, exceto quanto àquelas previstas nos § 11 e § 12 do art. 166 da Constituição, até a proporção
aplicável ao conjunto das despesas primárias discricionárias no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União, sem prejuízo da aplicação
de medidas necessárias ao atendimento do disposto nos art. 110 e art. 111 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, conforme estabelecido em ato do Poder Executivo federal.

Seção VIII
Da limitação orçamentária e financeira

Art. 70. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público da União e a


Defensoria Pública da União deverão elaborar e publicar por ato próprio, até trinta dias após a data de
publicação da Lei Orçamentária de 2024, cronograma anual de desembolso mensal, por órgão, nos termos
do disposto no art. 8º da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, com vistas
ao cumprimento da meta de resultado primário estabelecida nesta Lei.
§ 1º No caso do Poder Executivo federal, o ato referido no caput e os atos que o
modificarem conterão, em milhões de reais:
I - metas quadrimestrais para o resultado primário dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social, com demonstração de que a programação atende à meta estabelecida nesta Lei e a outras regras
fiscais vigentes aplicáveis;
II - metas bimestrais de realização de receitas primárias, em atendimento ao disposto no
art. 13 da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, discriminadas pelos
principais tributos administrados pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da
Fazenda, as contribuições previdenciárias para o Regime Geral de Previdência Social e o Regime Próprio
de Previdência do Servidor Público, a contribuição para o salário-educação, as concessões e as permissões,
as compensações financeiras, as receitas próprias e de convênios e demais receitas, identificadas
separadamente, as resultantes de medidas de combate à evasão e à sonegação fiscal, da cobrança da
dívida ativa, e administrativa;
III - cronogramas ou limites de pagamentos mensais de despesas primárias sujeitas ao
controle de fluxo, abertos em fontes de recursos do Tesouro Nacional e fontes próprias;
IV - demonstrativo do montante dos restos a pagar inscritos das despesas primárias sujeitas
ao controle de fluxo, por órgão, de modo a separar os processados dos não processados;
V - metas quadrimestrais para o resultado primário das empresas estatais federais, com as
estimativas de receitas e despesas que o compõem, de modo a separar, nas despesas, os investimentos;
e

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VI - quadro geral da programação financeira, detalhado em demonstrativos distintos
segundo a classificação da despesa em financeira sujeita a controle de fluxo, primária discricionária e
primária obrigatória sujeita a controle de fluxo, evidenciados por órgão:
a) a dotação autorizada na Lei Orçamentária de 2024 e nos créditos adicionais, o limite ou
valor estimado para empenho, o limite ou valor estimado para pagamento e as diferenças entre montante
autorizado e limites ou valores estimados; e
b) o estoque de restos a pagar ao final de 2023 líquido de cancelamentos ocorridos em
2024, o limite ou valor estimado para pagamento, e a respectiva diferença.
§ 2º O Poder Executivo federal estabelecerá no ato de que trata o caput as despesas
primárias obrigatórias constantes da Seção I do Anexo III que estarão sujeitas a controle de fluxo, com o
respectivo cronograma de pagamento.
§ 3º Excetuadas as despesas com pessoal e encargos sociais, precatórios e sentenças
judiciais, os cronogramas anuais de desembolso mensal dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério
Público da União e da Defensoria Pública da União terão como referencial o repasse previsto no art. 168
da Constituição, na forma de duodécimos.
§ 4º Os cronogramas ou limites de pagamento das despesas primárias obrigatórias
sujeitas a controle de fluxo e das despesas primárias discricionárias, incluídas as ressalvadas de limitação
de empenho e movimentação financeira, de que trata o § 2º do art. 9º da Lei Complementar nº 101, de
2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, poderão ter como referência o valor da programação orçamentária
do exercício e dos restos a pagar inscritos, limitados ao montante global da previsão das Despesas com
Controle de Fluxo do Poder Executivo do exercício constante do Relatório de Avaliação das receitas e
despesas primárias, ajustada pelo eventual esforço ou espaço fiscal indicado no referido relatório.
§ 5º Os valores constantes dos cronogramas ou limites de pagamento estabelecidos pelo
Poder Executivo federal poderão ser distintos das dotações orçamentárias ou dos limites de
movimentação e empenho, inclusive quanto à distribuição por órgão, por fontes de recursos e por
classificação da despesa, desde que observado o disposto no § 4º.
§ 6º Os órgãos setoriais do Sistema de Administração Financeira Federal, os seus órgãos
vinculados e as suas unidades executoras observarão a oportunidade, a conveniência e a necessidade de
execução para garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade, quando da distribuição dos
recursos financeiros às suas unidades subordinadas.
§ 7º Os cronogramas ou limites de pagamento do Poder Executivo federal aplicam-se
tanto ao pagamento de restos a pagar quanto ao pagamento de despesas do exercício e caberá ao órgão
setorial, aos seus órgãos vinculados e às suas unidades executoras definir a sua prioridade, observado o
disposto no § 6º.
§ 8º Na hipótese de não existir programação orçamentária no exercício corrente, as
demandas para pagamento de restos a pagar pelos órgãos setoriais poderão servir de base para a inclusão
de valores nos cronogramas ou limites de pagamento do Poder Executivo federal, observado o disposto
nos § 4º, § 5º e § 7º.
§ 9º Se houver indicação formal, justificada técnica ou judicialmente, do órgão setorial
de que o cronograma ou limite de pagamento das despesas primárias obrigatórias sujeitas ao controle de
fluxo e das despesas primárias discricionárias ressalvadas de limitação de empenho e movimentação
financeira, de que trata o § 2º do art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade
Fiscal, não será executado, os valores indicados poderão ser remanejados para outras despesas, a critério

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do Poder Executivo federal.
§ 10. Após o relatório de avaliação de receitas e despesas de que trata o art. 71, relativo
ao 5º bimestre, o Poder Executivo federal, amparado em critérios técnicos apresentados pelo órgão
central do Sistema de Administração Financeira Federal, poderá alterar os cronogramas ou limites de
pagamento de que trata o § 9º, se identificado que há ou haverá sobra de valores na execução financeira,
respeitadas as regras fiscais vigentes.
§ 11. O Poder Executivo federal poderá constituir reserva financeira nos cronogramas ou
limites de pagamento, até o valor correspondente aos créditos orçamentários em tramitação e ao
montante correspondente a eventual espaço fiscal demonstrado no relatório de avaliação de receitas e
despesas primárias, hipóteses em que os recursos deverão ser totalmente liberados até o encerramento
do exercício.
§ 12. A obrigatoriedade de liberação dos recursos de que trata o § 11 poderá ser
dispensada caso não exista demanda de alteração de cronograma ou limite de pagamento pendente de
atendimento.
§ 13. O disposto nos § 4º ao § 12 aplica-se exclusivamente ao Poder Executivo federal.
§ 14. A inscrição ou a manutenção dos restos a pagar subordina-se ao cumprimento de
dispositivos constitucionais e legais que estabeleçam metas fiscais ou limites de despesas, observadas as
regras de restos a pagar estabelecidas pelo Poder Executivo federal.
Art. 71. Se for necessário efetuar a limitação de empenho e movimentação financeira de
que trata o art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, o Poder
Executivo federal apurará o montante necessário e informará a cada órgão orçamentário dos Poderes
Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União, até o vigésimo
quarto dia após o encerramento do bimestre, observado o disposto no § 4º.
§ 1º O montante da limitação a ser promovida pelo Poder Executivo federal e pelos
órgãos referidos no caput será estabelecido de forma proporcional à participação de cada um no conjunto
das dotações orçamentárias iniciais classificadas como despesas primárias discricionárias, identificadas na
Lei Orçamentária de 2024 na forma prevista no disposto nas alíneas “b” e “c” do inciso II do § 4º do art.
7º, excluídas as atividades dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da
Defensoria Pública da União constantes da Lei Orçamentária de 2024 e as despesas ressalvadas de
limitação de empenho e movimentação financeira, na forma prevista no § 2º do art. 9º da Lei
Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal.
§ 2º As alterações orçamentárias realizadas com fundamento na alínea “c” do inciso III
do § 1º do art. 52 publicadas até a data de divulgação do relatório de que trata o § 4º deste artigo que
decorram de erro material na classificação da Lei Orçamentária de 2024 serão consideradas no cálculo do
montante de limitação previsto no § 1º deste artigo.
§ 3º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público da União e a
Defensoria Pública da União, com base na informação a que se refere o caput, editarão ato que evidencie
a limitação de empenho e movimentação financeira até o trigésimo dia subsequente ao encerramento do
respectivo bimestre.
§ 4º Em atendimento ao disposto no caput, o Poder Executivo federal divulgará em sítio
eletrônico e encaminhará ao Congresso Nacional e aos órgãos referidos no caput, no prazo nele previsto,
relatório que será apreciado pela Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição, que
conterá:

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I - a memória de cálculo das novas estimativas de receitas e despesas primárias e a
demonstração da necessidade da limitação de empenho e movimentação financeira nos percentuais e
montantes estabelecidos por órgão;
II - a revisão dos parâmetros estimados pela Secretaria de Política Econômica do Ministério
da Fazenda, que conterá, no mínimo, as estimativas anualizadas da variação real do Produto Interno Bruto
- PIB, da massa salarial dos empregados com carteira assinada, do Índice Geral de Preços - Disponibilidade
Interna - IGP-DI, do IPCA e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, o preço médio do barril de
petróleo, a média da taxa de câmbio do dólar dos Estados Unidos da América, a taxa Selic, o PIB nominal
e o salário mínimo;
III - a justificativa das alterações de despesas primárias obrigatórias, com explicitação das
providências que serão adotadas quanto à alteração da dotação orçamentária, e os efeitos dos créditos
extraordinários abertos;
IV - os cálculos relativos à frustração das receitas primárias, que terão por base os
demonstrativos atualizados de que trata o inciso X do Anexo II, e os demonstrativos equivalentes, no caso
das demais receitas, justificados os desvios em relação à sazonalidade originalmente prevista;
V - a estimativa atualizada do resultado primário das empresas estatais, acompanhada da
memória dos cálculos referentes às empresas que responderem pela variação;
VI - a justificativa dos desvios ocorridos em relação às projeções realizadas nos relatórios
anteriores; e
VII - detalhamento das dotações relativas às despesas primárias obrigatórias com controle
de fluxo financeiro, a identificação das respectivas ações e dos valores envolvidos, exceto no caso de
contribuições a organismos internacionais, que poderão ser informadas de maneira agregada.
§ 5º O Poder Executivo federal poderá elaborar, em caráter excepcional, relatório
extemporâneo, observado, no que couber, o disposto no § 4º, e, caso identifique necessidade de limitação
de empenho e movimentação financeira, a limitação será aplicável somente ao Poder Executivo federal,
que deverá editar o ato respectivo no prazo de sete dias úteis, contado da data do encaminhamento do
relatório ao Congresso Nacional.
§ 6º O restabelecimento dos limites de empenho e movimentação financeira poderá ser
efetuado a qualquer tempo, hipótese em que o relatório de que tratam os § 4º e § 5º deverá ser divulgado
em sítio eletrônico e encaminhado ao Congresso Nacional e aos órgãos referidos no caput.
§ 7º O decreto de limitação de empenho e movimentação financeira, ou de
restabelecimento desses limites, editado nas hipóteses previstas no caput e no § 1º do art. 9º da Lei
Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, e nos § 5º e § 6º deste artigo, conterá as
informações de que trata o § 1º do art. 70 desta Lei.
§ 8º O relatório a que se refere o § 4º será elaborado e divulgado em sítio eletrônico
também nos bimestres em que não houver limitação ou restabelecimento dos limites de empenho e
movimentação financeira, sem prejuízo do disposto no inciso II do § 19.
§ 9º O Poder Executivo federal prestará as informações adicionais para apreciação do
relatório de que trata o § 4º deste artigo no prazo de cinco dias úteis, contado da data de recebimento do
requerimento formulado pela Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição.
§ 10. Os órgãos setoriais de planejamento e orçamento ou equivalentes manterão
atualizado, em seu sítio eletrônico, demonstrativo bimestral com os montantes aprovados e os valores da

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limitação de empenho e movimentação financeira por unidade orçamentária.
§ 11. Para os órgãos que possuam mais de uma unidade orçamentária, os prazos para
publicação dos atos de restabelecimento de limites de empenho e movimentação financeira, quando for
o caso, serão de até:
I - trinta dias após o encerramento de cada bimestre, quando decorrer da avaliação
bimestral de que trata o art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal; ou
II - sete dias úteis após o encaminhamento do relatório previsto no § 6º deste artigo, se
não for resultante da referida avaliação bimestral.
§ 12. Observada a disponibilidade de limites de empenho e movimentação financeira,
estabelecida na forma prevista neste artigo, os órgãos e as unidades executoras, ao assumirem os
compromissos financeiros, não poderão deixar de atender às despesas essenciais e inadiáveis, além da
observância ao disposto no art. 4º.
§ 13. Sem prejuízo da aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde e em
manutenção e desenvolvimento do ensino, prevista no art. 110 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, a limitação de empenho do Poder Executivo federal, a que se referem os § 2º e § 4º deste
artigo, e o restabelecimento desses limites, a que se refere o § 6º deste artigo, considerarão as dotações
discricionárias passíveis de limitação, nos termos do disposto no § 2º do art. 9º da Lei Complementar nº
101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, e sua distribuição entre os órgãos orçamentários observará
a conveniência, a oportunidade e as necessidades de execução e o critério estabelecido no § 12 deste
artigo.
§ 14. Os limites de empenho de cada órgão orçamentário serão distribuídos entre suas
unidades e programações no prazo previsto no § 15 ou por remanejamento posterior, a qualquer tempo,
e observarão os critérios estabelecidos no § 13.
§ 15. Os órgãos orçamentários, no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,
do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União, detalharão no Siop, com transmissão ao
Siafi, até quinze dias após o prazo previsto no caput, as dotações indisponíveis para empenho por unidade
orçamentária e programação, exceto quanto à limitação incidente sobre dotações ou programações
incluídas ou acrescidas por emendas, que deverá observar o disposto no ato de que trata o art. 80.
§ 16. Os limites de empenho das programações classificadas com identificador de RP
constante da alínea “c” do inciso II do § 4º do art. 7º poderão ser reduzidos na mesma proporção aplicável
ao conjunto das despesas primárias discricionárias do Poder Executivo federal.
§ 17. Os órgãos setoriais do Sistema de Administração Financeira Federal, os seus órgãos
vinculados e as suas unidades executoras deverão dar publicidade, bimestralmente, até o décimo dia do
mês subsequente ao fim do bimestre, às prioridades e aos pagamentos realizados das despesas primárias
discricionárias.
§ 18. Não serão objeto de limitação orçamentária e financeira as despesas relativas às
fontes vinculadas ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT, na forma
prevista no § 2º do art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal,
observado o disposto no § 2º do art. 11 da Lei nº 11.540, de 12 de novembro de 2007.
§ 19. Durante a execução provisória do Projeto de Lei Orçamentária de 2024, de que trata
o art. 72:
I - não se aplica a limitação de empenho e movimentação financeira a que se refere este

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artigo, hipótese em que deverá ser observado, até a publicação da Lei Orçamentária de 2024, o disposto
no art. 72; e
II - são facultadas ao Poder Executivo federal a elaboração e a divulgação do relatório de
avaliação de receitas e despesas a que se refere o § 4º.
§ 20. O disposto nos § 4º a § 13 do art. 70 também se aplica ao contexto de limitação
orçamentária e financeira de que trata este artigo e de outras regras fiscais vigentes aplicáveis.

Seção IX
Da execução provisória do projeto de Lei Orçamentária

Art. 72. Na hipótese de a Lei Orçamentária de 2024 não ser publicada até 31 de dezembro
de 2023, a programação constante do Projeto de Lei Orçamentária de 2024 poderá ser executada para o
atendimento de:
I - despesas com obrigações constitucionais ou legais da União relacionadas nas Seções I e
II do Anexo III;
II - ações de prevenção a desastres ou resposta a eventos críticos em situação de
emergência ou estado de calamidade pública, classificadas na subfunção “Defesa Civil”, ações relativas a
operações de garantia da lei e da ordem, ações de acolhimento humanitário e interiorização de migrantes
em situação de vulnerabilidade, ações de fortalecimento do controle de fronteiras e ações emergenciais
de recuperação de ativos de infraestrutura na subfunção “Transporte Rodoviário” para garantia da
segurança e trafegabilidade dos usuários nos eixos rodoviários;
III - concessão de financiamento ao estudante e integralização de cotas nos fundos
garantidores no âmbito do Fundo de Financiamento Estudantil - Fies;
IV - dotações destinadas à aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde
classificadas com o IU 6;
V - realização de eleições e continuidade da implementação do sistema de automação de
identificação biométrica de eleitores pela Justiça Eleitoral;
VI - despesas custeadas com receitas próprias, de convênios e de doações;
VII - formação de estoques públicos vinculados ao programa de garantia de preços mínimos;
VIII - outras despesas de capital de projetos em andamento, cuja paralisação possa causar
prejuízo ou aumento de custos para a administração pública, até o limite de um doze avos do valor
previsto para cada órgão no Projeto de Lei Orçamentária de 2024, multiplicado pelo número de meses
total ou parcialmente decorridos até a data de publicação da respectiva Lei; e
IX - outras despesas correntes de caráter inadiável não autorizadas nos incisos I a VIII, até
o limite de um doze avos do valor previsto para cada órgão no Projeto de Lei Orçamentária de 2024,
multiplicado pelo número de meses total ou parcialmente decorridos até a data de publicação da
respectiva Lei.
§ 1º Será considerada antecipação de crédito à conta da Lei Orçamentária de 2024 a
utilização dos recursos autorizada por este artigo.
§ 2º Os saldos negativos eventualmente apurados entre o Projeto de Lei Orçamentária

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de 2024 encaminhado ao Congresso Nacional e a respectiva Lei serão ajustados, considerada a execução
prevista neste artigo, por ato do Poder Executivo federal, após a publicação da Lei Orçamentária de 2024,
por intermédio da abertura de créditos suplementares ou especiais, mediante o cancelamento de
dotações constantes da Lei Orçamentária de 2024, até o limite de vinte por cento do valor do subtítulo,
sem prejuízo da realização do referido ajuste por meio de créditos suplementares autorizados na Lei
Orçamentária de 2024 ou alterações orçamentárias autorizadas nesta Lei.
§ 3º Ficam autorizadas as alterações orçamentárias previstas no art. 52 e as alterações
de GNDs dos recursos liberados na forma prevista neste artigo.
§ 4º O disposto no inciso I do caput aplica-se:
I - às alterações realizadas na forma prevista no art. 173; e
II - às obrigações constitucionais e legais que tenham sido criadas ou modificadas após o
encaminhamento ao Congresso Nacional do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2024 ou
durante a execução provisória do Projeto de Lei Orçamentária de 2024, hipótese em que o Poder
Executivo federal deverá proceder com a alteração de que trata o art. 173 antes da data de publicação da
Lei Orçamentária de 2024.
§ 5º A autorização de que trata o inciso I do caput não abrange as despesas a que se
refere o inciso IV do caput do art. 116.
§ 6º O disposto no caput aplica-se às propostas de modificação do Projeto de Lei
Orçamentária de 2024 encaminhadas ao Congresso Nacional de acordo com o disposto no § 5º do art.
166 da Constituição.
§ 7º A programação de que trata o art. 22 poderá ser executada na forma prevista no
caput por meio da substituição das operações de crédito por outras fontes de recursos, de acordo com o
disposto no § 3º do referido artigo.
§ 8º Sem prejuízo das demais disposições aplicáveis, até a publicação do cronograma
anual de desembolso mensal de que trata o art. 70 desta Lei, o Poder Executivo federal poderá, com vistas
ao cumprimento da meta de resultado primário constante do art. 2º desta Lei e dos limites estabelecidos
no art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, estabelecer programação orçamentária e
financeira provisória que estabeleça limites mensais para:
I - o empenho das despesas de que trata este artigo; e
II - o pagamento das despesas de que trata este artigo e dos restos a pagar, inclusive os
relativos a emendas individuais (RP 6) e de bancada estadual (RP 7).
§ 9º Será considerada antecipação de cronograma de pagamento a utilização dos
recursos autorizada por este artigo, até que seja publicado o cronograma de execução mensal de
desembolso de que trata o art. 8º da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal.

Seção X
Do regime de execução obrigatória das programações orçamentárias
Subseção I
Disposições gerais

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Art. 73. A administração pública federal tem o dever de executar as programações
orçamentárias, por intermédio dos meios e das medidas necessários, com o propósito de garantir a efetiva
entrega de bens e serviços à sociedade.
§ 1º O disposto no caput:
I - subordina-se ao cumprimento de dispositivos constitucionais e legais que estabeleçam
metas fiscais ou limites de despesas e não impede o cancelamento necessário à abertura de créditos
adicionais;
II - não se aplica às hipóteses de impedimentos de ordem técnica devidamente justificados;
e
III - aplica-se exclusivamente às despesas primárias discricionárias, no âmbito dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social.
§ 2º Para fins do disposto no caput, entende-se como programação orçamentária o
detalhamento da despesa por função, subfunção, unidade orçamentária, programa, ação e subtítulo.
§ 3º O dever de execução a que se referem o caput deste artigo e o § 10 do art. 165 da
Constituição corresponde à obrigação do gestor de adotar, observados os princípios da legalidade, da
eficiência, da eficácia, da efetividade e da economicidade, as medidas necessárias para executar as
dotações orçamentárias disponíveis, nos termos do disposto no § 2º, referentes a despesas primárias
discricionárias, inclusive aquelas resultantes de alterações orçamentárias, e compreende:
I - a emissão do empenho até o término do exercício financeiro, sem prejuízo da reabertura
de créditos especiais e extraordinários, de que trata o § 2º do art. 167 da Constituição; e
II - a liquidação e o pagamento, admitida a inscrição em restos a pagar regulamentada em
ato do Poder Executivo federal.
Art. 74. Para fins do disposto no inciso II do § 11 do art. 165 e no § 13 do art. 166 da
Constituição, entende-se como impedimento de ordem técnica a situação ou o evento de ordem fática
ou legal que obste ou suspenda a execução da programação orçamentária.
§ 1º O dever de execução das programações estabelecido no § 10 do art. 165 e no § 11
do art. 166 da Constituição não impõe a execução de despesa na hipótese de impedimento de ordem
técnica.
§ 2º São consideradas hipóteses de impedimentos de ordem técnica, sem prejuízo de
outras posteriormente identificadas em ato do Poder Executivo federal:
I - a ausência de projeto de engenharia aprovado pelo órgão setorial, ou pela unidade
orçamentária, responsável pela programação, nos casos em que for necessário;
II - a ausência de licença ambiental prévia, nos casos em que for necessária;
III - a não comprovação, por parte dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios,
quando a cargo do empreendimento após a sua conclusão, da capacidade de aportar recursos para sua
operação e manutenção;
IV - a não comprovação de que os recursos orçamentários e financeiros sejam suficientes
para conclusão do projeto ou de etapa útil, com funcionalidade que permita o imediato usufruto dos
benefícios pela sociedade;
V - a incompatibilidade com a política pública aprovada no âmbito do órgão setorial

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responsável pela programação;
VI - a incompatibilidade do objeto da despesa com os atributos da ação orçamentária e do
respectivo subtítulo; e
VII - os impedimentos cujo prazo para superação inviabilize o empenho no exercício
financeiro.
Art. 75. As justificativas para a inexecução das programações orçamentárias primárias
discricionárias serão elaboradas pelos gestores responsáveis pela execução das respectivas programações,
nos órgãos setoriais e nas unidades orçamentárias, e comporão os relatórios de prestação de contas anual
dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da
União.
Parágrafo único. Faculta-se a apresentação da justificativa referida no caput para as
programações cuja execução tenha sido igual ou superior a noventa e nove por cento da respectiva
dotação, inclusive as classificadas com identificador de RP constante da alínea “c” do inciso II do § 4º do
art. 7º.

Subseção II
Das dotações ou das programações incluídas ou acrescidas por emendas

Art. 76. Para fins do disposto nesta Lei e na Lei Orçamentária de 2024, entendem-se como
dotações ou programações incluídas ou acrescidas por emendas aquelas referentes às despesas primárias
discricionárias classificadas com identificador de RP constante da alínea “c” do inciso II do § 4º do art. 7º.
Art. 77. É obrigatória a execução orçamentária e financeira, de forma equitativa e
observados os limites constitucionais, das programações decorrentes de emendas individuais (RP 6) e de
bancada estadual (RP 7).
§ 1º Considera-se equitativa a execução das programações que observe critérios
objetivos e imparciais, independentemente de sua autoria.
§ 2º A obrigatoriedade de execução orçamentária e financeira de que trata o caput deste
artigo compreende, cumulativamente, o empenho e o pagamento, observado o disposto no § 18 do art.
166 da Constituição.
§ 3º Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não
cumprimento da meta de resultado primário estabelecida nesta Lei, os montantes de execução
obrigatória das programações de que tratam as Subseções III e IV poderão ser reduzidos até a mesma
proporção da limitação incidente sobre o conjunto das despesas primárias discricionárias.
§ 4º As programações orçamentárias previstas nos § 11 e § 12 do art. 166 da Constituição
não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica, hipótese em que se
aplicará o disposto nos art. 74 e art. 75 desta Lei.
Art. 78. As emendas ao Projeto de Lei Orçamentária de 2024, exceto as emendas de
relator-geral destinadas à correção de erros e omissões, somente poderão alocar recursos para
programação de natureza discricionária.
Parágrafo único. No processo de apresentação de emendas ao Projeto de Lei

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Orçamentária de 2024, de que trata o caput, deverão ser observados os seguintes requisitos:
I - quando as emendas dispuserem sobre o início de investimentos com duração superior a
um exercício financeiro, deverão corresponder a projetos incluídos no Projeto de Lei do Plano Plurianual
2024-2027 ou na respectiva Lei, nos termos do disposto no § 1º do art. 167 da Constituição;
II - as emendas serão destinadas, prioritariamente, a projetos em andamento, sem prejuízo
do disposto no inciso III; e
III - quando as emendas dispuserem sobre o início de investimento com duração superior
a um exercício financeiro ou cuja execução já tenha sido iniciada por emenda do autor, deverão ser objeto
de emenda pelo mesmo autor, a cada exercício, até a conclusão do investimento.
Art. 79. O identificador da dotação ou programação incluída ou acrescida por emendas,
de que trata o art. 76, que constará dos sistemas de acompanhamento da execução financeira e
orçamentária, tem por finalidade a identificação do proponente da inclusão ou do acréscimo da
programação.
Art. 80. Observado o disposto nesta Seção, os procedimentos e os prazos referentes às
programações decorrentes de emendas, inclusive os critérios de publicidade e transparência de sua
execução, serão estabelecidos por ato próprio do Poder Executivo federal, no prazo de sessenta dias,
contado da data de publicação da Lei Orçamentária de 2024, sem prejuízo do atendimento dos prazos
estabelecidos no art. 81.

Subseção III
Das dotações ou das programações incluídas ou acrescidas por emendas individuais nos termos do
disposto nos § 9º e § 11 do art. 166 da Constituição

Art. 81. Em atendimento ao disposto no § 14 do art. 166 da Constituição, para viabilizar


a execução das dotações ou programações incluídas por emendas individuais, serão observados os
seguintes procedimentos e prazos:
I - até cinco dias para abertura do Siop, contados da data de publicação da Lei Orçamentária
de 2024;
II - até quinze dias para que os autores de emendas individuais indiquem beneficiários e
ordem de prioridade, contados do término do prazo previsto no inciso I ou da data de início da sessão
legislativa de 2024, prevalecendo a data que ocorrer por último;
III - até cento e dez dias para divulgação dos programas e das ações pelos concedentes,
cadastramento e envio das propostas pelos proponentes, análise e ajustes das propostas e registro e
divulgação de impedimento de ordem técnica no Siop, e publicidade das propostas em sítio eletrônico,
contados do término do prazo previsto no inciso II;
IV - até dez dias para que os autores das emendas individuais solicitem no Siop o
remanejamento para outras emendas de sua autoria, no caso de impedimento parcial ou total, ou para
apenas uma programação constante da Lei Orçamentária de 2024, no caso de impedimento total,
contados do término do prazo previsto no inciso III;
V - até trinta dias para que o Poder Executivo federal edite ato para promover os
remanejamentos solicitados, contados do término do prazo previsto no inciso IV; e

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VI - até dez dias para que as programações remanejadas sejam registradas no Siop,
contados do término do prazo previsto no inciso V.
§ 1º Do prazo previsto no inciso III do caput deverão ser destinados, no mínimo, dez dias
para o envio das propostas pelos beneficiários indicados pelos autores das emendas individuais.
§ 2º As solicitações de que trata o inciso IV do caput deste artigo deverão observar os
limites estabelecidos na alínea “d” do inciso I e na alínea “a” do inciso II do caput do art. 12 da Lei nº
11.540, de 2007, referentes ao FNDCT.
§ 3º Caso haja necessidade de limitação de empenho e pagamento, em observância ao
disposto no § 18 do art. 166 da Constituição, os valores incidirão na ordem de prioridade definida no Siop
pelos autores das emendas.
§ 4º Não constitui impedimento de ordem técnica a classificação indevida de modalidade
de aplicação ou de GNDs.
§ 5º Na abertura de créditos adicionais, não poderá haver redução do montante de
recursos orçamentários destinados na Lei Orçamentária de 2024 e nos créditos adicionais, por autor,
relativos a ações e serviços públicos de saúde.
§ 6º Inexistindo impedimento de ordem técnica ou tão logo o óbice seja superado, os
órgãos e as unidades deverão adotar os meios e as medidas necessários à execução das programações,
observados os limites da programação orçamentária e financeira vigente.
Art. 82. O beneficiário das emendas individuais impositivas previstas no art. 166-A da
Constituição deverá indicar no Transferegov.br, para o depósito e a movimentação do conjunto dos
recursos oriundos de transferências especiais de que trata o inciso I do caput do referido artigo, a agência
bancária da instituição financeira oficial em que será aberta conta corrente específica.
§ 1º Outras regras necessárias à operacionalização das emendas de que trata o caput
poderão ser editadas em ato do Poder Executivo federal.
§ 2º O Poder Executivo do ente beneficiado das transferências especiais, a que se refere
o inciso I do caput do art. 166-A da Constituição, deverá comunicar ao respectivo Poder Legislativo, no
prazo de trinta dias, o valor do recurso recebido e o respectivo plano de aplicação, do que dará ampla
publicidade.
§ 3º Para fins do disposto no § 16 do art. 37, no art. 163-A e no § 16 art. 165 da
Constituição, os entes federativos beneficiários dos recursos previstos neste artigo deverão utilizar o
Portal Nacional de Contratações Públicas, de que trata o art. 174 da Lei nº 14.133, de 2021, para o registro
das contratações públicas realizadas.

Subseção IV
Das dotações ou das programações incluídas ou acrescidas por emendas de bancada estadual nos
termos do disposto no § 12 do art. 166 da Constituição

Art. 83. A garantia de execução referente a dotações ou programações incluídas ou


acrescidas por emendas de bancada estadual aprovadas na Lei Orçamentária de 2024 com RP 7 observará
o disposto na Emenda à Constituição nº 100, de 2019, e compreenderá, cumulativamente, o empenho e
o pagamento, sem prejuízo da aplicação do disposto no § 3º do art. 77.

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Parágrafo único. Os procedimentos e os prazos de avaliação e divulgação de
impedimentos das emendas de bancada estadual serão estabelecidos por ato do Poder Executivo federal,
no prazo de quarenta e cinco dias, contado da data de publicação da Lei Orçamentária de 2024.

CAPÍTULO V
DAS TRANSFERÊNCIAS

Seção I
Das transferências para o setor privado

Subseção I
Das subvenções sociais

Art. 84. A transferência de recursos a título de subvenções sociais, nos termos do


disposto no art. 16 da Lei nº 4.320, de 1964, atenderá as entidades privadas sem fins lucrativos que
exerçam atividades de natureza continuada nas áreas de assistência social, saúde ou educação, observado
o disposto na legislação, e desde que tais entidades:
I - sejam constituídas sob a forma de fundações incumbidas regimental e estatutariamente
para atuarem na produção de fármacos, medicamentos, produtos de terapia celular, produtos de
engenharia tecidual, produtos de terapia gênica, produtos médicos estabelecidos em legislação específica
e insumos estratégicos na área de saúde; ou
II - prestem atendimento direto ao público e tenham certificação de entidade beneficente,
nos termos do disposto na Lei Complementar nº 187, de 16 de dezembro de 2021.
Parágrafo único. A certificação de que trata o inciso II do caput poderá ser:
I - substituída pelo pedido de renovação da certificação devidamente protocolizado e ainda
pendente de análise junto ao órgão competente, nos termos do disposto na legislação; e
II - dispensada, para execução de ações, programas ou serviços em parceria com a
administração pública federal, nas seguintes áreas:
a) atenção à saúde dos povos indígenas;
b) atenção às pessoas com transtornos decorrentes do uso, do abuso ou da dependência
de substâncias psicoativas;
c) combate à pobreza extrema;
d) atendimento às pessoas idosas ou com deficiência; e
e) prevenção de doenças, promoção da saúde e atenção às pessoas com síndrome da
imunodeficiência adquirida (aids), hepatites virais, tuberculose, hanseníase, malária, câncer e dengue.

Subseção II

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Das contribuições correntes e de capital

Art. 85. A transferência de recursos a título de contribuição corrente somente será


destinada a entidades sem fins lucrativos que não atuem nas áreas de que trata o caput do art. 84,
observado o disposto na legislação.
Parágrafo único. A transferência de recursos a título de contribuição corrente, não
autorizada em lei específica, dependerá de publicação, para cada entidade beneficiada, de ato de
autorização da unidade orçamentária transferidora, o qual conterá o critério de seleção, o objeto, o prazo
do instrumento e a justificativa para a escolha da entidade.
Art. 86. A alocação de recursos para entidades privadas sem fins lucrativos, a título de
contribuições de capital, fica condicionada à autorização em lei especial anterior, conforme o § 6º do art.
12 da Lei nº 4.320, de 1964.

Subseção III
Dos auxílios

Art. 87. A transferência de recursos a título de auxílios, previstos no § 6º do art. 12 da Lei


nº 4.320, de 1964, somente poderá ser realizada para entidades privadas sem fins lucrativos e desde que
sejam:
I - relacionadas ao atendimento direto e gratuito ao público na área de educação, atendam
ao disposto no inciso II do caput do art. 84 e sejam destinadas à:
a) educação especial;
b) educação básica; ou
c) educação bilíngue de surdos;
II - registradas no Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas - CNEA do Ministério do
Meio Ambiente e Mudança do Clima e qualificadas para desenvolver atividades de conservação,
preservação ambiental, incluídas aquelas relacionadas à aquisição e instalação de sistemas de geração de
energia elétrica solar fotovoltaica, desde que formalizado instrumento jurídico adequado que garanta a
destinação de recursos oriundos de programas governamentais a cargo do referido Ministério, e àquelas
cadastradas junto ao Ministério para recebimento de recursos de programas ambientais doados por
organismos internacionais ou agências governamentais estrangeiras;
III - relativas ao atendimento direto e gratuito ao público na área de saúde e:
a) obedeçam ao estabelecido no inciso II do caput do art. 84; ou
b) sejam signatárias de contrato de gestão celebrado com a administração pública federal,
não qualificadas como organizações sociais, nos termos do disposto na Lei nº 9.637, de 1998;
IV - qualificadas ou registradas, e credenciadas como instituições de apoio ao
desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica e tenham contrato de gestão, observado o disposto
no § 8º do art. 88, ou parceria por meio de instrumento jurídico específico firmado com órgão público;
V - qualificadas para o desenvolvimento de atividades esportivas que contribuam para a

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capacitação de atletas de alto rendimento nas modalidades olímpicas e paralímpicas, desde que seja
formalizado instrumento jurídico que garanta a disponibilização do espaço esportivo implantado para o
desenvolvimento de programas governamentais e seja demonstrada, pelo órgão concedente, a
necessidade de tal destinação e sua imprescindibilidade, oportunidade e importância para o setor público;
VI - relacionadas ao atendimento direto e gratuito ao público na área de assistência social,
desde que cumpram o disposto no inciso II do caput do art. 84 e as suas ações se destinem a:
a) pessoas idosas, jovens, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social ou
risco pessoal e social;
b) habilitação, reabilitação e integração de pessoa com deficiência ou doença crônica; ou
c) acolhimento a vítimas de crimes violentos e a seus familiares;
VII - destinadas às atividades de coleta e processamento de material reciclável, e
constituídas sob a forma de associações ou cooperativas integradas por pessoas em situação de risco
social, na forma prevista em regulamento do Poder Executivo federal, hipótese em que caberá ao órgão
concedente aprovar as condições para aplicação dos recursos;
VIII - voltadas ao atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social, risco
pessoal e social, violação de direitos ou diretamente alcançadas por programas e ações de combate à
pobreza e geração de trabalho e renda, nos casos em que ficar demonstrado o interesse público;
IX - colaboradoras na execução dos programas de proteção a pessoas ameaçadas, com
fundamento na Lei nº 9.807, de 13 de julho de 1999;
X - direcionadas às atividades de extrativismo, manejo de florestas de baixo impacto,
sistemas agroecológicos, pesca, aquicultura e agricultura de pequeno porte realizadas por povos
indígenas, povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares, constituídas sob a forma de
associações e cooperativas integradas por pessoas em situação de risco social, na forma prevista em
regulamento do Poder Executivo federal, hipótese em que caberá ao órgão concedente aprovar as
condições para aplicação dos recursos;
XI - canalizadas para atividades humanitárias desenvolvidas por entidade reconhecida por
ato do Governo federal como de natureza auxiliar ao Poder Público; ou
XII - voltadas à realização de estudos, pesquisas e atividades que possam subsidiar as
políticas públicas de emprego, renda e qualificação profissional.

Subseção IV
Disposições gerais

Art. 88. Sem prejuízo das disposições contidas nos art. 84 a art. 87, a transferência de
recursos prevista na Lei nº 4.320, de 1964, à entidade privada sem fins lucrativos, nos termos do disposto
no § 3º do art. 12 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, dependerá da justificação pelo órgão
concedente de que a entidade complementa de forma adequada os serviços prestados diretamente pelo
setor público e ainda de:
I - aplicação de recursos de capital exclusivamente para:
a) aquisição e instalação de equipamentos e obras de adequação física necessárias à

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instalação dos referidos equipamentos;
b) aquisição de material permanente; e
c) reformas necessárias à prestação dos serviços pactuados;
II - identificação do beneficiário e do valor transferido no respectivo convênio ou
instrumento congênere;
III - execução na modalidade de aplicação “50 - Transferências a Instituições Privadas sem
Fins Lucrativos”;
IV - compromisso da entidade beneficiada de disponibilizar ao cidadão, em seu sítio
eletrônico ou, na falta deste, em sua sede, consulta ao extrato do convênio ou instrumento congênere,
que conterá, no mínimo, o objeto, a finalidade e o detalhamento da aplicação dos recursos;
V - apresentação da prestação de contas de recursos anteriormente recebidos, nos prazos
e nas condições estabelecidos na legislação, e inexistência de prestação de contas rejeitada;
VI - publicação, pelo Poder respectivo, de normas a serem observadas na concessão de
subvenções sociais, auxílios e contribuições correntes, que estabeleçam, entre outros aspectos, critérios
objetivos de habilitação e seleção das entidades beneficiárias e de alocação de recursos e prazo do
benefício, com previsão de cláusula de reversão no caso de desvio de finalidade;
VII - comprovação pela entidade da regularidade do mandato de sua diretoria, inscrição no
CNPJ e apresentação de declaração de funcionamento regular nos últimos três anos, emitida no exercício
de 2024;
VIII - cláusula de reversão patrimonial, válida até a depreciação integral do bem ou a
amortização do investimento, constituindo garantia real em favor do concedente em montante
equivalente aos recursos de capital destinados à entidade, cuja execução ocorrerá caso se verifique desvio
de finalidade ou aplicação irregular dos recursos;
IX - manutenção de escrituração contábil regular;
X - apresentação pela entidade de certidão negativa ou certidão positiva com efeito de
negativa de débitos relativos aos tributos administrados pela Secretaria Especial da Receita Federal do
Brasil do Ministério da Fazenda e à Dívida Ativa da União, certificado de regularidade do FGTS e de
regularidade do Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal - Cadin;
XI - demonstração, por parte da entidade, de capacidade gerencial, operacional e técnica
para desenvolver as atividades, com informações acerca da quantidade e qualificação profissional de seu
pessoal;
XII - manifestação prévia e expressa do setor técnico e da assessoria jurídica do órgão
concedente sobre a adequação dos convênios e dos instrumentos congêneres às normas referentes à
matéria; e
XIII - comprovação pela entidade privada sem fins lucrativos de efetivo exercício, durante
os últimos três anos, de atividades relacionadas à matéria objeto da parceria.
§ 1º A transferência de recursos públicos a instituições privadas de educação, nos termos
do disposto no art. 213 da Constituição, deverá ser obrigatoriamente vinculada ao plano de expansão da
oferta pública no nível, na etapa e na modalidade de educação respectivos.
§ 2º A determinação contida no inciso I do caput não se aplica aos recursos alocados para

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programas habitacionais, conforme previsão em legislação específica, em ações que viabilizem o acesso
à moradia, e a elevação de padrões de habitabilidade e qualidade de vida de famílias de baixa renda que
vivam em localidades urbanas e rurais.
§ 3º A exigência constante do inciso III do caput não se aplica quando a transferência dos
recursos ocorrer por intermédio de fundos estaduais, distrital e municipais, nos termos do disposto na
legislação pertinente.
§ 4º A destinação de recursos a entidade privada não será permitida nos casos em que
agente político dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário ou do Ministério Público ou Defensores
Públicos da União, tanto quanto dirigente de órgão ou entidade da administração pública, de qualquer
esfera governamental, ou seu cônjuge ou companheiro, e parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o segundo grau, seja integrante de seu quadro dirigente, ressalvados os casos em que a
nomeação decorra de previsão legal ou que sejam beneficiados:
I - o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Conselho Nacional de Secretarias
Municipais de Saúde, os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde, o Conselho Nacional de
Secretários de Educação, a União Nacional dos Dirigentes de Educação, o Colegiado Nacional de Gestores
Municipais de Assistência Social e o Fórum Nacional de Secretarias de Assistência Social;
II - as associações de entes federativos, limitada à aplicação dos recursos de capacitação e
assistência técnica; ou
III - os serviços sociais autônomos destinatários de contribuições dos empregadores
incidentes sobre a folha de salários.
§ 5º O disposto nos incisos VII, VIII do caput deste artigo, no que se refere à garantia real,
X e XI do caput não se aplica às entidades beneficiárias de que tratam os incisos VII, VIII e X do caput do
art. 87.
§ 6º As organizações da sociedade civil, nos termos do disposto no inciso I do caput do
art. 2º da Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014, poderão receber recursos oriundos de transferências
previstas na Lei nº 4.320, de 1964, por meio dos seguintes instrumentos:
I - termo de fomento ou de colaboração, hipótese em que deverá ser observado o disposto
na Lei nº 13.019, de 2014, na sua regulamentação e nas demais legislações aplicáveis; e
II - convênio ou outro instrumento congênere celebrado com entidade filantrópica ou sem
fins lucrativos nos termos do disposto no § 1º do art. 199 da Constituição, hipótese em que deverá ser
observado o conjunto das disposições legais aplicáveis à transferência de recursos para o setor privado.
§ 7º As entidades qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
- Oscip poderão receber recursos oriundos de transferências previstas na Lei nº 4.320, de 1964, por meio
dos seguintes instrumentos:
I - termo de parceria, observado o disposto na legislação específica pertinente a essas
entidades, e processo seletivo de ampla divulgação;
II - termo de colaboração ou de fomento, observado o disposto na Lei nº 13.019, de 2014,
na sua regulamentação e nas demais legislações aplicáveis; e
III - convênio ou outro instrumento congênere celebrado com entidade filantrópica ou sem
fins lucrativos nos termos do disposto no § 1º do art. 199 da Constituição, observado o conjunto das
disposições legais aplicáveis à transferência de recursos para o setor privado.

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§ 8º As entidades qualificadas como Organizações Sociais - OS, nos termos do disposto
na Lei nº 9.637, de 1998, poderão receber recursos oriundos de transferências previstas na Lei nº 4.320,
de 1964, por meio de contratos de gestão, hipótese em que as despesas serão exclusivamente aquelas
necessárias ao cumprimento do programa de trabalho proposto e ao alcance das metas pactuadas, sendo
assim classificadas no GND “3 - Outras Despesas Correntes”, observados o disposto na legislação
específica aplicável a essas entidades e o processo seletivo de ampla divulgação.
§ 9º Para garantir a segurança dos beneficiários, os requisitos de que tratam os incisos II,
IV e V do caput considerarão, para o seu cumprimento, as especificidades dos programas de proteção a
pessoas ameaçadas.
§ 10. As disposições relativas a procedimentos previstos no art. 91 aplicam-se, no que
couber, às transferências para o setor privado.
§ 11. É vedada a destinação de recursos à entidade privada que mantenha, em seus
quadros, dirigente que incida em quaisquer das hipóteses de inelegibilidade previstas no inciso I do caput
do art. 1º da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990.
§ 12. A comprovação a que se refere o inciso XIII do caput:
I - será regulada pelo Poder Executivo federal;
II - alcançará, no mínimo, os três anos imediatamente anteriores à data prevista para a
celebração do convênio, termo de parceria ou contrato de repasse, a qual deve ser previamente divulgada
por meio do edital de chamamento público ou de concurso de projetos; e
III - será dispensada para entidades sem fins lucrativos prestadoras de serviços ao SUS,
habilitadas até o ano de 2014 no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES.
§ 13. A localização física de que trata o inciso I do caput do art. 5º independerá da
localização geográfica da entidade privada signatária do instrumento administrativo.
Art. 89. Não será exigida contrapartida financeira como requisito para as transferências
previstas na forma dos art. 84, art. 85 e art. 87, facultada a contrapartida em bens e serviços
economicamente mensuráveis, ressalvado o disposto em legislação específica.

Seção II
Das transferências para o setor público

Subseção I
Das transferências voluntárias

Art. 90. A transferência voluntária é caracterizada como a entrega de recursos correntes


ou de capital aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a título de cooperação, auxílio ou
assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou que seja destinada ao
SUS, conforme o disposto no caput do art. 25 da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de
Responsabilidade Fiscal.
§ 1º Sem prejuízo dos requisitos previstos na Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de
Responsabilidade Fiscal, os entes beneficiados pelas transferências de que trata o caput deverão observar

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as normas editadas pela União relativas à aquisição de bens e à contratação de serviços e obras, em
especial em forma eletrônica, exceto nas hipóteses em que a lei ou a regulamentação específica que
dispuser sobre a modalidade de transferência discipline forma diversa para as contratações com os
recursos do repasse.
§ 2º Para a realização de despesas de capital, as transferências voluntárias dependerão
de comprovação do Estado, do Distrito Federal ou do Município convenente de que possui as condições
orçamentárias para arcar com as despesas dela decorrentes e os meios que garantam o pleno
funcionamento do objeto.
§ 3º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão comprovar a existência de
previsão na lei orçamentária da contrapartida para recebimento de transferência voluntária da União.
§ 4º A contrapartida de que trata o § 3º, exclusivamente financeira, será estabelecida em
termos percentuais do valor previsto no instrumento de transferência voluntária, considerados a
capacidade financeira da unidade beneficiada e o seu Índice de Desenvolvimento Humano - IDH, que terão
como limites mínimo e máximo, respectivamente:
I - no caso dos Municípios:
a) um décimo por cento e quatro por cento, para Municípios com até cinquenta mil
habitantes;
b) dois décimos por cento e oito por cento, para Municípios com mais de cinquenta mil
habitantes localizados nas áreas prioritárias estabelecidas no âmbito da Política Nacional de
Desenvolvimento Regional - PNDR, nas áreas da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste -
Sudene, da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia - Sudam e da Superintendência do
Desenvolvimento do Centro-Oeste - Sudeco;
c) um por cento e vinte por cento, para os demais Municípios;
d) um décimo por cento e cinco por cento, para Municípios com até duzentos mil
habitantes, situados em áreas vulneráveis a eventos extremos, tais como secas, deslizamentos e
inundações, incluídos na lista classificatória de vulnerabilidade e recorrência de mortes por desastres
naturais fornecida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; e
e) um décimo por cento e cinco por cento, para Municípios com até duzentos mil
habitantes, situados em região costeira ou de estuário, com áreas de risco provocado por elevações do
nível do mar, ou por eventos meteorológicos extremos, incluídos na lista classificatória de vulnerabilidade
fornecida pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima;
II - no caso dos Estados e do Distrito Federal:
a) um décimo por cento e dez por cento, se localizados nas áreas prioritárias estabelecidas
no âmbito da PNDR, nas áreas da Sudene, da Sudam e da Sudeco; e
b) dois por cento e vinte por cento, para os demais Estados; e
III - no caso de consórcios públicos constituídos por Estados, Distrito Federal e Municípios,
um décimo por cento e quatro por cento.
§ 5º Os limites mínimos e máximos de contrapartida estabelecidos no § 4º poderão ser
reduzidos ou ampliados mediante critérios previamente estabelecidos ou justificativa do titular do órgão
concedente, quando:
I - necessário para viabilizar a execução das ações a serem desenvolvidas;

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II - necessário para transferência de recursos, conforme disposto na Lei nº 10.835, de 8 de
janeiro de 2004; ou
III - decorrer de condições estabelecidas em contratos de financiamento ou acordos
internacionais.
§ 6º As transferências voluntárias priorizarão os entes com os menores indicadores
socioeconômicos.
Art. 91. O ato de entrega dos recursos a outro ente federativo a título de transferência
voluntária é caracterizado no momento da assinatura do convênio ou instrumento congênere e dos
aditamentos que impliquem aumento dos valores a serem transferidos e não se confunde com as efetivas
liberações financeiras, as quais devem obedecer ao respectivo cronograma de desembolso.
§ 1º Os prazos para cumprimento das condições suspensivas constantes dos
instrumentos de transferências deverão ser regulamentados em ato do Poder Executivo federal.
§ 2º A comprovação de regularidade do ente federativo, para fins de celebração dos
instrumentos de que trata o caput, será efetivada no momento da assinatura do concedente.
§ 3º No caso de celebração de convênios ou contratos de repasse com cláusula
suspensiva, é dispensado o detalhamento de coordenadas geográficas, trechos, ruas, bairros e localidades,
entre outros, na proposta, no objeto, na justificava e no plano de trabalho, devendo essas informações
constar do projeto de engenharia apresentado ao concedente ou à mandatária.
Art. 92. As transferências voluntárias ou decorrentes de programação incluída na Lei
Orçamentária de 2024 por emendas poderão ser utilizadas para os pagamentos relativos à elaboração de
estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, anteprojetos, projetos básicos e executivos, além
das despesas necessárias ao licenciamento ambiental.
Art. 93. A execução orçamentária e financeira, no exercício de 2024, das transferências
voluntárias de recursos da União, cujos créditos orçamentários não identifiquem nominalmente a
localidade beneficiada, inclusive aquelas destinadas genericamente a Estado, fica condicionada à prévia
divulgação em sítio eletrônico, pelo concedente, dos critérios de distribuição dos recursos, considerando
os indicadores socioeconômicos da população beneficiada pela política pública, demonstrando o
cumprimento do disposto no § 6º do art. 90.

Subseção II
Das transferências ao Sistema Único de Saúde

Art. 94. Para a transferência de recursos no âmbito do SUS, inclusive aquela efetivada por
meio de convênios ou instrumentos congêneres, não será exigida a contrapartida dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
Art. 95. As transferências no âmbito do SUS destinadas à aquisição de veículo para
transporte sanitário eletivo na rede de atenção à saúde serão regulamentadas pelo Ministério da Saúde.

Subseção III
Das demais transferências

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Art. 96. A entrega de recursos aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e aos
consórcios públicos em decorrência de delegação para a execução de ações de responsabilidade exclusiva
da União, especialmente quando resulte na preservação ou no acréscimo no valor de bens públicos
federais, não se configura como transferência voluntária e observará as modalidades de aplicação
específicas.
§ 1º A destinação de recursos de que trata o caput observará o disposto na Subseção I.
§ 2º É facultativa a exigência de contrapartida na delegação de que trata o caput.

Subseção IV
Disposições gerais

Art. 97. Na hipótese de igualdade de condições entre Estados, Distrito Federal,


Municípios e consórcios públicos para o recebimento de transferências de recursos nos termos
estabelecidos nesta Seção, os órgãos e as entidades concedentes deverão dar preferência aos consórcios
públicos.
Art. 98. É vedada a transferência de recursos para obras e serviços de engenharia que
não atendam ao disposto na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015.

Seção III
Disposições gerais

Art. 99. As entidades públicas e privadas beneficiadas com recursos públicos a qualquer
título estarão submetidas à fiscalização do Poder Público com a finalidade de verificar o cumprimento de
metas e objetivos para os quais receberam os recursos.
§ 1º O Poder Executivo federal adotará providências com vistas ao registro e à divulgação,
inclusive por meio eletrônico, das informações relativas às prestações de contas de instrumentos de
parceria, convênios ou congêneres.
§ 2º Na aceitação do projeto e execução da obra, o órgão concedente ou a sua
mandatária deverá considerar a observância dos elementos técnicos de acessibilidade, conforme normas
vigentes.
Art. 100. As transferências financeiras para órgãos públicos e entidades públicas e
privadas serão feitas preferencialmente por intermédio de instituições e agências financeiras oficiais que,
na impossibilidade de atuação do órgão concedente, poderão atuar como mandatárias da União para
execução e supervisão, e a nota de empenho deve ser emitida até a data da assinatura do acordo,
convênio, ajuste ou instrumento congênere.
§ 1º As despesas administrativas decorrentes das transferências previstas no caput
poderão constar de categoria de programação específica ou correr à conta das dotações destinadas às
respectivas transferências, podendo ser deduzidas do valor atribuído ao beneficiário.

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§ 2º Os valores relativos à tarifa de serviços da mandatária, correspondentes aos serviços
à operacionalização da execução dos projetos e atividades estabelecidos nos instrumentos pactuados,
para fins de cálculo e apropriações contábeis dos valores transferidos, compõem o valor da transferência
da União.
§ 3º As despesas administrativas decorrentes das transferências previstas no caput
correrão à conta:
I - prioritariamente, de dotações destinadas às respectivas transferências; ou
II - de categoria de programação específica.
§ 4º A prerrogativa estabelecida no § 3º, referente às despesas administrativas
relacionadas às ações de fiscalização, é extensiva a outros órgãos ou entidades da administração pública
federal com os quais o concedente ou o contratante venha a firmar parceria com esse objetivo.
§ 5º Os valores relativos às despesas administrativas com tarifas de serviços da
mandatária:
I - compensarão os custos decorrentes da operacionalização da execução dos projetos e
das atividades estabelecidos nos instrumentos pactuados; e
II - serão deduzidos do valor total a ser transferido ao ente ou entidade beneficiário,
conforme cláusula prevista no instrumento de celebração correspondente, quando se tratar de
programação de que tratam os § 9º, § 11 e § 12 do art. 166 da Constituição, até o limite de quatro inteiros
e cinco décimos por cento.
§ 6º Eventual excedente da tarifa de serviços da mandatária em relação ao limite de que
trata o inciso II do § 5º correrá à conta de dotação orçamentária do órgão concedente.
§ 7º Na hipótese de os serviços para operacionalização da execução dos projetos e das
atividades e de fiscalização serem exercidos diretamente, sem a utilização de mandatária, fica facultada
a dedução de até quatro inteiros e cinco décimos por cento do valor total a ser transferido para custeio
desses serviços.
Art. 101. No Projeto de Lei Orçamentária de 2024 e na respectiva Lei, os recursos
destinados aos investimentos programados no Plano de Ações Articuladas - PAR deverão priorizar a
conclusão dos projetos em andamento com vistas a promover a funcionalidade e a efetividade da
infraestrutura instalada.
Art. 102. Os pagamentos à conta de recursos recebidos da União abrangidos pela Seção
I e pela Seção II estão sujeitos à identificação, por CPF ou CNPJ, do beneficiário final da despesa.
§ 1º Toda movimentação de recursos de que trata este artigo, por parte de convenentes
ou executores, somente será realizada se atendidos os seguintes preceitos:
I - movimentação mediante conta bancária específica para cada instrumento de
transferência; e
II - desembolsos por meio de documento bancário, por intermédio do qual se faça crédito
na conta bancária de titularidade do fornecedor ou do prestador de serviços, ressalvado o disposto no §
2º.
§ 2º Ato do dirigente máximo do órgão ou da entidade concedente poderá autorizar,
mediante justificativa, o pagamento em espécie a fornecedores e prestadores de serviços, considerada a
regulamentação em vigor.

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Art. 103. As transferências previstas neste Capítulo serão classificadas, obrigatoriamente,
nos elementos de despesa “41 - Contribuições”, “42 - Auxílio” ou “43 - Subvenções Sociais”, conforme o
caso, e poderão ser feitas de acordo com o disposto no art. 100.
Parágrafo único. A exigência constante do caput não se aplica à execução das ações
previstas no art. 96.
Art. 104. Os valores mínimos para as transferências previstas neste Capítulo serão
estabelecidos por ato do Poder Executivo federal.

CAPÍTULO VI
DA DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL

Art. 105. A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada da União


não poderá superar a variação acumulada:
I - do Índice Geral de Preços do Mercado - IGP-M, no período compreendido entre a data
de emissão dos títulos que a compõem e o final do exercício de 2019; e
II - do - IPCA, a partir do exercício de 2020.
Art. 106. As despesas com o refinanciamento da dívida pública federal serão incluídas na
Lei Orçamentária de 2024, nos seus anexos e nos créditos adicionais separadamente das demais despesas
com o serviço da dívida, constando o refinanciamento da dívida mobiliária em programação específica.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, entende-se por refinanciamento o pagamento do
principal, acrescido da atualização monetária da dívida pública federal, realizado com a receita
proveniente da emissão de títulos.
Art. 107. Será consignada, na Lei Orçamentária de 2024 e nos créditos adicionais,
estimativa de receita decorrente da emissão de títulos da dívida pública federal para atender,
estritamente, a despesas com:
I - o refinanciamento, os juros e outros encargos da dívida, interna e externa, de
responsabilidade direta ou indireta do Tesouro Nacional ou que venham a ser de responsabilidade da
União nos termos de resolução do Senado Federal;
II - o aumento do capital de empresas e sociedades em que a União detenha, direta ou
indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto e que não estejam incluídas no programa de
desestatização; e
III - outras despesas cuja cobertura com a receita prevista no caput seja autorizada por lei
ou medida provisória.
Art. 108. Os recursos de operações de crédito contratadas junto aos organismos
multilaterais que, por sua natureza, estejam vinculados à execução de projetos com fontes orçamentárias
internas deverão ser destinados à cobertura de despesas com amortização ou encargos da dívida pública
federal ou à substituição de receitas de outras operações de crédito externas.
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se às operações na modalidade enfoque
setorial amplo (sector wide approach) do BIRD e aos empréstimos por desempenho (performance driven
loan) do BID.

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Art. 109. Serão mantidas atualizadas, em sítio eletrônico, informações a respeito das
emissões de títulos da dívida pública federal, compreendendo valores, objetivo e legislação autorizativa,
independentemente da finalidade e forma, incluindo emissões para fundos, autarquias, fundações,
empresas públicas ou sociedades de economia mista.

CAPÍTULO VII
DAS DESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS E DOS BENEFÍCIOS OBRIGATÓRIOS AOS AGENTES
PÚBLICOS E AOS SEUS DEPENDENTES

Art. 110. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público da União e a


Defensoria Pública da União terão como base de projeção do limite para elaboração de suas propostas
orçamentárias de 2024, relativas às despesas relacionadas nos incisos V, VI, XIII, XXI e XXV do caput do
art. 12, a despesa com a folha de pagamento vigente em março de 2023, compatibilizada com as despesas
apresentadas até esse mês, e os eventuais acréscimos legais, inclusive o disposto nos art. 116 e art. 124,
observados os limites estabelecidos no art. 28.
§ 1º Não constituem despesas com pessoal e encargos sociais, ainda que processadas em
folha de pagamento, entre outras, as relacionadas ao pagamento de assistência pré-escolar de
dependentes de servidores civis, militares e empregados públicos, saúde suplementar de servidores civis,
militares, empregados públicos e seus dependentes, diárias, fardamento, auxílios alimentação ou refeição,
moradia, transporte de qualquer natureza, ajuda de custo concernente a despesas de locomoção e
instalação decorrentes de mudança de sede e de movimentação de pessoal, de caráter indenizatório no
exterior e quaisquer outras indenizações, exceto as de caráter trabalhista previstas em lei.
§ 2º As despesas oriundas da concessão de pensões especiais previstas em leis específicas
só serão classificadas como despesas com pessoal se vinculadas a cargo público federal.
§ 3º São consideradas despesas com pessoal e encargos sociais as despesas com
pagamento de serviços extraordinários prestados, voluntariamente ou não, por servidores, militares e
empregados, nos períodos de folga, repouso remunerado e nas férias e afastamentos, entre outros, no
qual o agente público venha a desempenhar as mesmas competências previstas para o seu cargo,
independente da denominação, nos termos do disposto no art. 18 da Lei Complementar nº 101, de 2000
- Lei de Responsabilidade Fiscal.
§ 4º Para fins de elaboração da proposta orçamentária dos benefícios obrigatórios aos
agentes públicos e aos seus dependentes, a projeção deverá estar compatibilizada, quando aplicável, com
os totais de beneficiários e valores per capita divulgados nos sítios eletrônicos, nos termos do disposto
no art. 111, e acrescida do número previsto de ingresso de beneficiários oriundos de posses e
contratações ao longo dos anos de 2023 e 2024, que deverá ser informado nas respectivas metas.
§ 5º Nos casos em que o benefício não tenha valor per capita fixo e universal, deverá ser
utilizado o valor médio praticado no âmbito da unidade orçamentária.
§ 6º O resultado da divisão entre os recursos alocados nas ações orçamentárias relativas
aos benefícios relacionados no caput e o número previsto de beneficiários deverá corresponder ao valor
per capita projetado no âmbito de cada órgão ou unidade orçamentária, nos casos em que este for fixo e
idêntico para todos os beneficiários, ou ao valor médio praticado no âmbito da unidade orçamentária
para os demais casos.

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Art. 111. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público da União e a
Defensoria Pública da União disponibilizarão e manterão atualizada, em seus sítios eletrônicos, no Portal
da Transparência ou em portal eletrônico similar, preferencialmente na seção destinada à divulgação de
informações sobre recursos humanos e seus dependentes, quando for o caso, em formato de dados
abertos:
I - tabela, por níveis e denominação, de:
a) quantitativo de cargos efetivos vagos e ocupados por membros de Poder, servidores
estáveis e não estáveis e postos militares, segregado por pessoal ativo e inativo;
b) remuneração e subsídio de cargo efetivo, posto e graduação, segregado por pessoal
ativo e inativo;
c) quantitativo de cargos em comissão e funções de confiança vagos e ocupados por
servidores com e sem vínculo com a administração pública federal;
d) remuneração de cargo em comissão ou função de confiança; e
e) quantitativo de pessoal contratado por tempo determinado, observado o disposto nos
§ 2º e § 3º do art. 122;
II - tabela com os totais de beneficiários e valores per capita, segundo cada benefício
referido no inciso XXXIV da Seção I do Anexo III, por órgão e entidade, e os atos legais relativos aos seus
valores per capita; e
III - os acordos coletivos, convenções coletivas e dissídios coletivos de trabalho aprovados,
no caso das empresas estatais dependentes.
§ 1º No caso do Poder Executivo federal, a responsabilidade por disponibilizar e atualizar
as informações constantes do caput será:
I - do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, no caso do pessoal
pertencente aos órgãos da administração pública federal direta, autárquica e fundacional;
II - de cada empresa estatal dependente, no caso de seus empregados;
III - do Ministério da Defesa, no caso dos militares dos Comandos das Forças Armadas;
IV - da Agência Brasileira de Inteligência - Abin e do Banco Central do Brasil, no caso de seus
servidores; e
V - de cada Ministério, relativamente às empresas públicas e sociedades de economia mista
a ele vinculadas.
§ 2º A tabela a que se refere o caput obedecerá a modelo definido pela Secretaria de
Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento e pela Secretaria de Gestão de Pessoas
e de Relações do Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, em conjunto com
os órgãos técnicos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria
Pública da União.
§ 3º Para efeito deste artigo, não serão consideradas como cargos e funções vagos as
autorizações legais para a criação de cargos efetivos e em comissão e funções de confiança cuja
efetividade esteja sujeita à implementação das condições de que trata o § 1º do art. 169 da Constituição.
§ 4º Caberá ao Conselho Nacional de Justiça editar as normas complementares para a
organização e a disponibilização dos dados referidos neste artigo, no âmbito do Poder Judiciário, exceto

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o Supremo Tribunal Federal.
§ 5º Caberá aos órgãos setoriais de orçamento das Justiças Federal, do Trabalho e Eleitoral
e do Ministério Público da União consolidar e disponibilizar, em seus sítios eletrônicos, as informações
divulgadas pelos Tribunais Regionais ou unidades do Ministério Público da União.
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público da União e a
Defensoria Pública da União informarão à Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do
Planejamento e Orçamento e à Secretaria de Gestão de Pessoas e de Relações do Trabalho do Ministério
da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, até 31 de março de 2024, o endereço do sítio eletrônico
no qual for disponibilizada a tabela com as informações a que se refere o caput.
§ 7º As informações disponibilizadas nos termos do disposto no § 6º comporão quadro
informativo consolidado da administração pública federal a ser divulgado pelo Ministério da Gestão e da
Inovação em Serviços Públicos, em seu sítio eletrônico, no Portal da Transparência ou em portal eletrônico
similar.
§ 8º Os quantitativos físicos relativos aos inativos, referidos no inciso I do caput, serão
segregados em nível de aposentadoria, reforma, reserva remunerada, instituidor de pensões e
pensionista.
§ 9º Nos casos em que as informações previstas nos incisos I a III do caput sejam
enquadradas como sigilosas ou de acesso restrito, a tabela deverá ser disponibilizada nos sítios
eletrônicos com nota de rodapé que contenha a indicação do dispositivo que legitima a restrição,
conforme disposto na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
Art. 112. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público da União e a
Defensoria Pública da União disponibilizarão até o dia 30 de setembro de cada exercício, com a finalidade
de possibilitar a avaliação da situação financeira e atuarial do regime próprio de previdência social dos
servidores públicos civis, na forma prevista no disposto na alínea “a” do inciso IV do § 2º do art. 4º da Lei
Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, base de dados relativa a todos os seus
servidores ativos, inativos, pensionistas e dependentes.
§ 1º No caso do Poder Executivo federal, a responsabilidade por disponibilizar as bases de
dados previstas no caput obedecerá ao disposto nos incisos I e IV, do § 1º, do art. 111 desta Lei.
§ 2º As bases de dados a que se refere o caput serão entregues ao Congresso Nacional e à
Secretaria de Regime Próprio e Complementar do Ministério da Previdência Social, com conteúdo idêntico,
conforme estabelecido em ato da referida Secretaria, que também disciplinará a sua forma de envio.
Art. 113. No exercício de 2024, observado o disposto no art. 169 da Constituição e no art.
116 desta Lei, somente poderão ser admitidos servidores e empregados se, cumulativamente:
I - existirem cargos e empregos públicos vagos a preencher, demonstrados na tabela a que
se refere o art. 111; e
II - houver prévia dotação orçamentária suficiente para o atendimento da despesa.
Parágrafo único. Nas autorizações previstas no art. 116, deverão ser considerados os atos
praticados em decorrência de decisões judiciais.
Art. 114. No exercício de 2024, a realização de serviço extraordinário, inclusive aqueles
constantes no art. 110, § 3º, quando a despesa houver extrapolado noventa e cinco por cento dos limites
referidos no art. 20 da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, exceto para a
hipótese prevista no inciso II do § 6º do art. 57 da Constituição, somente poderá ocorrer quando destinada

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ao atendimento de relevantes interesses públicos decorrentes de situações emergenciais de risco ou
prejuízo para a sociedade.
Parágrafo único. A autorização para a realização de serviço extraordinário, no âmbito do
Poder Executivo federal, nas condições estabelecidas no caput, é de exclusiva competência do Ministro
de Estado da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
Art. 115. As proposições relacionadas à criação ou ao aumento de gastos com pessoal e
encargos sociais, e com benefícios obrigatórios, de que trata o caput do art. 110, deverão ser
acompanhadas de:
I - demonstrativo do impacto da despesa com a medida proposta, por Poder ou órgão
referido no art. 20 da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, destacando
ativos, inativos e pensionistas e, quando for o caso, beneficiários, acompanhado de premissas e
metodologia de cálculo utilizadas, conforme estabelece o art. 17 da mesma Lei Complementar;
II - comprovação de que a medida, em seu conjunto, não impacta a meta de resultado
primário estabelecida nesta Lei, nos termos do disposto no § 2º do art. 17 da Lei Complementar nº 101,
de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, os limites de despesas primárias estabelecidos no art. 107 do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, tampouco descumprirá os limites estabelecidos no art.
20 da citada Lei Complementar;
III - manifestação do Ministério do Planejamento e Orçamento e do Ministério da Gestão e
da Inovação em Serviços Públicos, no caso do Poder Executivo federal, e dos órgãos próprios dos Poderes
Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União sobre o mérito e
a adequação orçamentária e financeira; e
IV - parecer ou comprovação de solicitação de parecer do Conselho Nacional de Justiça, de
que trata o art. 103-B da Constituição, sobre o cumprimento dos requisitos previstos neste artigo, quando
se tratar de projetos de lei de iniciativa do Poder Judiciário, exceto aqueles referentes exclusivamente ao
Supremo Tribunal Federal e ao Conselho Nacional de Justiça.
§ 1º As proposições previstas neste artigo e os atos publicados delas decorrentes não
poderão conter dispositivo que crie ou aumente despesa com efeitos financeiros anteriores à sua entrada
em vigor ou à plena eficácia da norma.
§ 2º É incompatível com o disposto no § 1º do art. 169 da Constituição e com o art. 116
desta Lei a edição de atos derivados das proposições de que trata o caput deste artigo, sem a prévia
autorização em anexo específico da Lei Orçamentária, quando for o caso, e a demonstração de prévia
dotação suficiente para atendimento do pleito.
Art. 116. Para atendimento ao disposto no inciso II do § 1º do art. 169 da Constituição,
observados as disposições do inciso I do referido parágrafo, os limites estabelecidos na Lei Complementar
nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, e as condições estabelecidas nos art. 113 e art. 115 desta
Lei, ficam autorizados:
I - a criação de cargos, funções e gratificações por meio de transformação de cargos,
funções e gratificações que, justificadamente, não implique aumento de despesa;
II - o provimento em cargos efetivos e empregos, funções, gratificações ou cargos em
comissão vagos, que estavam ocupados no mês de março de 2023 e cujas vacâncias não tenham resultado
em pagamento de proventos de aposentadoria ou pensão por morte;
III - a contratação de pessoal por tempo determinado, quando caracterizar substituição de

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servidores e empregados públicos, desde que comprovada a disponibilidade orçamentária;
IV - a criação de cargos, funções e gratificações, o provimento de cargos efetivos civis ou
militares, o aumento de despesas com pessoal relativas à concessão de quaisquer vantagens, aumentos
de remuneração e alterações de estrutura de carreiras, até o montante das quantidades e dos limites
orçamentários para o exercício e para a despesa anualizada constantes de anexo específico da Lei
Orçamentária de 2024, cujos valores deverão constar de programação orçamentária específica e ser
compatíveis com os limites estabelecidos na Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade
Fiscal;
V - a reestruturação de carreiras que não implique aumento de despesa;
VI - o provimento em cargos em comissão, funções e gratificações existentes, desde que
comprovada disponibilidade orçamentária; e
VII - a revisão geral anual de que trata o inciso X do caput do art. 37 da Constituição,
observado o disposto no inciso VIII do caput do art. 73 da Lei nº 9.504, de 1997.
§ 1º Para fins do disposto no caput, serão consideradas exclusivamente as gratificações que
atendam, cumulativamente, aos seguintes requisitos:
I - cuja concessão, designação, nomeação, retirada, dispensa ou exoneração requeira ato
discricionário da autoridade competente; e
II - não componham a remuneração do cargo efetivo, do emprego ou do posto ou da
graduação militar, para qualquer efeito.
§ 2º O anexo a que se refere o inciso IV do caput terá os limites orçamentários
correspondentes discriminados por Poder, pelo Ministério Público da União e pela Defensoria Pública da
União e, quando for o caso, por órgão referido no art. 20 da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de
Responsabilidade Fiscal, com:
I - as quantificações para a criação de cargos, funções e gratificações, além das
especificações relativas a vantagens, aumentos de remuneração e alterações de estruturas de carreira,
com a indicação específica da proposição legislativa correspondente, quando for o caso;
II - as dotações orçamentárias para o exercício de 2024, correspondentes ao valor igual ou
superior à metade do impacto orçamentário-financeiro anualizado, constantes de programação específica,
nos termos do disposto no inciso XIII do caput do art. 12;
III - as quantificações para o provimento de cargos efetivos civis e militares e empregos,
exceto se destinados a empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do disposto no
inciso II do § 1º do art. 169 da Constituição; e
IV - os valores relativos à despesa anualizada, correspondente ao impacto orçamentário
para um exercício, incluindo férias e décimo-terceiro salário, e demais acréscimos legis, quando for o caso.
§ 3º Fica facultada a atualização, pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, dos
valores previstos nos incisos III e IV do § 2º deste artigo durante a apreciação do Projeto de Lei
Orçamentária de 2024 no Congresso Nacional, no prazo estabelecido no § 5º do art. 166 da Constituição.
§ 4º Para fins de elaboração do anexo previsto no inciso IV do caput, cada órgão dos
Poderes Legislativo e Judiciário, o Ministério Público da União e a Defensoria Pública da União, e no
âmbito do Poder Executivo, o Ministério da Defesa, no que tange aos militares, e o Ministério da Fazenda,
referente à forças de Segurança Pública do Distrito Federal custeadas com os recursos do FCDF, e o

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Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, para os demais casos, enviarão as informações
sobre suas pretensões à Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento
no prazo estabelecido no art. 27.
Art. 117. Os atos de provimentos e vacâncias de cargos efetivos e comissionados e de
funções de confiança, no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da
União e da Defensoria Pública da União, deverão ser, obrigatoriamente, publicados em órgão oficial de
imprensa e disponibilizados nos sítios eletrônicos dos órgãos.
Parágrafo único. Na execução orçamentária, deverá ser evidenciada a despesa com cargos
em comissão e funções de confiança em subelemento específico.
Art. 118. O pagamento de quaisquer aumentos de despesa com pessoal decorrente de
medidas administrativas ou judiciais que não se enquadrem nas exigências dos art. 110, art. 115 e art. 116
dependerá de abertura de créditos adicionais, mediante remanejamento de dotações de despesas
primárias, observados os limites estabelecidos no art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias.
Art. 119. Para fins de incidência do limite de que trata o inciso XI do caput do art. 37 da
Constituição, serão considerados os pagamentos efetuados a título de honorários advocatícios de
sucumbência.
Art. 120. As dotações orçamentárias destinadas ao pagamento da despesa com pessoal e
encargos sociais, e com benefícios obrigatórios aos agentes públicos e seus dependentes, referentes aos
inativos e pensionistas, deverão ser preferencialmente descentralizadas pelo órgão central do Sistema de
Administração Financeira Federal ao:
I - Departamento de Centralização de Serviços de Inativos, Pensionistas e Órgãos Extintos
da Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em
Serviços Públicos, quanto ao pessoal da administração pública federal direta integrante do Sistema de
Pessoal Civil da Administração Federal - Sipec; e
II - INSS, quanto ao pessoal das autarquias e fundações da administração pública federal.
Art. 121. O relatório resumido da execução orçamentária de que trata o § 3º do art. 165 da
Constituição conterá, em anexo, a discriminação das despesas com pessoal e encargos sociais, inclusive o
quantitativo de pessoal, de modo a evidenciar os valores despendidos com vencimentos e vantagens fixas,
despesas variáveis, encargos com pensionistas e inativos, e encargos sociais para:
I - pessoal civil da administração pública direta;
II - pessoal militar;
III - servidores das autarquias;
IV - servidores das fundações;
V - empregados de empresas que integrem os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social;
VI - despesas com cargos em comissão; e
VII - contratado por prazo determinado, quando couber.
Parágrafo único. A Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho do Ministério
da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos unificará e consolidará as informações relativas a despesas
com pessoal e encargos sociais do Poder Executivo federal.

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Art. 122. Para apuração da despesa com pessoal prevista no art. 18 da Lei Complementar
nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, deverão ser incluídas, quando caracterizarem
substituição de militares, servidores ou empregados públicos, aquelas relativas à:
I - contratação de pessoal por tempo determinado; e
II - contratação de terceirização de mão de obra e serviços de terceiros, quando se
enquadrar na hipótese prevista no art. 18 da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade
Fiscal.
§ 1º Para fins do disposto neste artigo, e sem prejuízo da observância das regras específicas
aplicáveis a cada modalidade de contratação, caracterizam-se como substituição de militares, servidores
ou empregados públicos aquelas contratações para atividades que sejam:
I - consideradas estratégicas ou envolvam a tomada de decisão ou posicionamento
institucional nas áreas de planejamento, coordenação, supervisão e controle;
II - relacionadas ao poder de polícia, de regulação, de outorga de serviços públicos e de
aplicação de sanção; ou
III - inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos do órgão ou da
entidade, exceto disposição legal em contrário ou quando se tratar de cargo extinto, total ou parcialmente,
no âmbito do quadro geral de pessoal.
§ 2º As despesas relativas à contratação de pessoal por tempo determinado:
I - quando caracterizarem substituição de militares, servidores ou empregados públicos, na
forma prevista no § 1º, deverão ser classificadas no GND 1 e no elemento de despesa “04 - Contratação
por Tempo Determinado”; e
II - quando não caracterizarem substituição de militares, servidores ou empregados
públicos, não se constituem em despesas classificáveis no GND 1 e deverão ser classificadas no elemento
de despesa “04 - Contratação por Tempo Determinado”.
§ 3º As despesas de contratação de terceirização de mão de obra e serviços de terceiros,
nos termos do disposto no § 1º do art. 18 da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade
Fiscal, não se constituem em despesas classificáveis no GND 1 e devem ser classificadas no elemento de
despesa “34 - Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização”.
Art. 123. As eventuais disponibilidades de dotações orçamentárias classificadas como
despesas primárias obrigatórias, relativas aos benefícios aos servidores civis, empregados e militares e
aos seus dependentes, fardamento e movimentação de militares, somente poderão ser remanejadas para
o atendimento de outras despesas após atendidas todas as necessidades de suplementação das
mencionadas dotações no âmbito das unidades orçamentárias, respectivamente, do Poder Executivo
federal ou de cada órgão orçamentário dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União
e da Defensoria Pública da União.
Art. 124. Os reajustes dos benefícios obrigatórios aos agentes públicos e seus dependentes,
quando houver, deverão ter previsão orçamentária em programação específica, nos termos do inciso V
do caput do art. 12.
Parágrafo único. Fica vedado o reajuste, no exercício de 2024, dos benefícios auxílio-
alimentação ou refeição e assistência pré-escolar em percentual superior à variação acumulada do IPCA
desde a última revisão de cada um dos benefícios pelos Poderes Executivo, inclusive as estatais
dependentes, Legislativo e Judiciário, pelo Ministério Público da União e pela Defensoria Pública da União.

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Art. 125. O disposto neste Capítulo aplica-se, no que couber, aos militares das Forças
Armadas e às empresas estatais dependentes.

CAPÍTULO VIII
DA POLÍTICA DE APLICAÇÃO DOS RECURSOS DAS AGÊNCIAS FINANCEIRAS OFICIAIS DE FOMENTO

Art. 126. As agências financeiras oficiais de fomento terão como diretriz geral a preservação
e a geração do emprego e, respeitadas as suas especificidades, as seguintes prioridades para:
I - a Caixa Econômica Federal, redução do deficit habitacional e melhoria das condições de
vida das populações em situação de pobreza e de insegurança alimentar e nutricional, especialmente
quando beneficiem pessoas idosas, pessoas com deficiência, povos indígenas, povos e comunidades
tradicionais, vítimas de trabalho escravo, mulheres chefes de família ou em situação de vulnerabilidade
social, policiais federais, civis e militares, servidores da Secretaria Nacional de Políticas Penais e militares
das Forças Armadas que morem em áreas consideradas de risco ou faixa de fronteira prioritárias
estabelecidas no âmbito da PNDR, pessoas vítimas de violência institucional, por meio de financiamentos
e projetos habitacionais de interesse social, projetos de investimentos em saneamento básico e
desenvolvimento da infraestrutura urbana e rural, inclusive mediante a prestação de serviços de
assessoramento técnico, estruturação e desenvolvimento de projetos que propiciem a celebração de
contratos de parcerias com os entes públicos para execução de empreendimentos de infraestrutura de
interesse do país, e projetos de implementação de ações de políticas agroambientais;
II - o Banco do Brasil S.A., aumento da oferta de alimentos para o mercado interno,
especialmente integrantes da cesta básica e por meio de incentivos a programas de segurança alimentar
e nutricional, de agricultura familiar, de agroecologia, de agroenergia, e de produção orgânica, a ações de
implementação de políticas agroambientais, de fomento para povos indígenas, e povos e comunidades
tradicionais, e de incremento da produtividade do setor agropecuário, da oferta de produtos agrícolas
para exportação e intensificação das trocas internacionais do país com seus parceiros com vistas a
incentivar a competitividade de empresas brasileiras no exterior;
III - o Banco do Nordeste do Brasil S.A., o Banco da Amazônia S.A., o Banco do Brasil S.A. e
a Caixa Econômica Federal, estímulo à criação de empregos e à ampliação da oferta de produtos de
consumo popular por meio do apoio à expansão e ao desenvolvimento das cooperativas de trabalhadores
artesanais, do extrativismo sustentável, do manejo de florestas de baixo impacto e da recuperação de
áreas degradadas, das atividades desenvolvidas pelos povos indígenas, povos e comunidades tradicionais,
da agricultura de pequeno porte, dos sistemas agroecológicos, da pesca, dos beneficiários do Programa
Nacional de Reforma Agrária e das microempresas, pequenas e médias empresas, especialmente
daquelas localizadas na faixa de fronteira prioritárias estabelecidas na PNDR, e do fomento à cultura;
IV - o BNDES, estímulo à criação e à preservação de empregos com vistas à redução das
desigualdades, à proteção e à conservação do meio ambiente com foco na redução dos efeitos das
mudanças climáticas, ao aumento da capacidade produtiva e ao incremento da competitividade da
economia brasileira, especialmente, por meio do apoio:
a) à inovação, à difusão tecnológica, às iniciativas destinadas ao aumento da produtividade,
ao empreendedorismo, às incubadoras e aceleradoras de empreendimentos e às exportações de bens e
serviços;

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b) à ampliação e modernização da capacidade produtiva do setor industrial;
c) às microempresas, pequenas e médias empresas;
d) à infraestrutura nacional nos segmentos de energia, inclusive na geração e na
transmissão de energia elétrica, no transporte de gás por gasodutos, no uso de fontes alternativas e na
eletrificação rural, logística e navegação fluvial e de cabotagem, e mobilidade urbana, dentre outros;
e) à modernização da gestão pública e ao desenvolvimento dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, e dos serviços sociais básicos, tais como saneamento básico, educação, cultura, saúde
e segurança alimentar e nutricional;
f) aos investimentos socioambientais e à descarbonização das atividades econômicas, à
agricultura familiar, à agroecologia, às cooperativas e empresas de economia solidária, à inclusão
produtiva e ao microcrédito, à reciclagem de resíduos sólidos com tecnologias sustentáveis, aos povos
indígenas, e povos e comunidades tradicionais; e
g) à adoção das melhores práticas de governança corporativa e ao fortalecimento do
mercado de capitais inclusive mediante a prestação de serviços de assessoramento que propiciem a
celebração de contratos de parcerias com os entes públicos para execução de empreendimentos de
infraestrutura de interesse do país;
V - a Financiadora de Estudos e Projetos - Finep, promoção do desenvolvimento da
infraestrutura e indústria, agricultura e agroindústria, com ênfase no fomento à pesquisa, ao software
público, software livre, à capacitação científica e tecnológica, melhoria da competitividade da economia,
estruturação de unidades e sistemas produtivos orientados para o fortalecimento do Mercado Comum
do Sul - Mercosul, geração de empregos e redução do impacto ambiental;
VI - o Banco da Amazônia S.A., o Banco do Nordeste do Brasil S.A. e o Banco do Brasil S.A.,
redução das desigualdades nas Regiões Norte, Nordeste, com ênfase na região do semiárido, e Centro-
Oeste do país, observadas as diretrizes estabelecidas na PNDR, mediante apoio a projetos para melhor
aproveitamento das oportunidades de desenvolvimento econômico-social sustentável e maior eficiência
dos instrumentos gerenciais do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte - FNO, do Fundo
Constitucional de Financiamento do Nordeste - FNE e do Fundo Constitucional de Financiamento do
Centro-Oeste - FCO, cujas aplicações em financiamentos rurais deverão ser destinadas preferencialmente
ao financiamento da produção de alimentos básicos por meio do Programa Nacional de Fortalecimento
da Agricultura Familiar - Pronaf; e
VII - o Banco da Amazônia S.A., o Banco do Nordeste do Brasil S.A., o Banco do Brasil S.A.,
o BNDES e a Caixa Econômica Federal, o financiamento de projetos que promovam:
a) modelos produtivos rurais sustentáveis associados às metas da Contribuição
Nacionalmente Determinada Pretendida - INDC, aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS e a
outros compromissos assumidos na política de clima, especialmente no Plano Nacional de Adaptação à
Mudança do Clima, destinados à recuperação de áreas degradadas e à redução, de forma efetiva e
significativa, da utilização de produtos agrotóxicos, desde que haja demanda habilitada; e
b) ampliação da geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, especialmente
para produção de excedente visando ao aproveitamento por meio de sistema de compensação de energia
elétrica.
§ 1º A concessão ou renovação de quaisquer empréstimos ou financiamentos pelas
agências financeiras oficiais de fomento não será permitida para:

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I - pessoas jurídicas de direito público ou privado que estejam inadimplentes com a União,
os órgãos e as entidades da administração pública federal ou o FGTS;
II - aquisição de ativos públicos incluídos no Plano Nacional de Desestatização;
III - importação de bens ou serviços com similar nacional detentor de qualidade e preço
equivalentes, exceto se constatada a impossibilidade do fornecimento do bem ou da prestação do serviço
por empresa nacional, a ser aferida de acordo com a metodologia definida pela agência financeira oficial
de fomento; e
IV - instituições cujos dirigentes sejam condenados por trabalho infantil, trabalho escravo,
crime contra o meio ambiente, assédio moral ou sexual, ou racismo.
§ 2º Integrarão o relatório de que trata o § 3º do art. 165 da Constituição demonstrativos
consolidados relativos a empréstimos e financiamentos, inclusive operações não reembolsáveis, dos quais
constarão, discriminados por região, unidade federativa, setor de atividade, porte do tomador e origem
dos recursos aplicados, em consonância com o disposto no inciso XIV do Anexo II:
I - saldos anteriores;
II - concessões no período;
III - recebimentos no período, com discriminação das amortizações e dos encargos; e
IV - saldos atuais.
§ 3º O Poder Executivo federal demonstrará, em audiência pública perante a Comissão
Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição, em maio e setembro, convocada com
antecedência mínima de trinta dias, a aderência das aplicações dos recursos das agências financeiras
oficiais de fomento, de que trata este artigo, à política estipulada nesta Lei, e a execução do plano de
aplicação previsto no inciso XIV do Anexo II.
§ 4º As agências financeiras oficiais de fomento deverão ainda:
I - observar os requisitos de sustentabilidade, transparência e controle previstos na Lei nº
13.303, de 30 de junho de 2016, regulamentada pelo Decreto nº 8.945, de 27 de dezembro de 2016, e
nas normas e orientações do Conselho Monetário Nacional e do Banco Central do Brasil;
II - observar a diretriz de redução das desigualdades, quando da aplicação de seus recursos;
III - considerar como prioritárias, para a concessão de empréstimos ou financiamentos, as
empresas:
a) que desenvolvam projetos de responsabilidade socioambiental ou de atendimento a
mulheres vítimas de violência doméstica;
b) que promovam a aquisição e a instalação, ou adquiram e instalem sistemas de geração
de energia elétrica solar fotovoltaica ou eólica;
c) que integrem as cadeias produtivas locais;
d) que empreguem pessoas com deficiência em proporção superior àquela exigida no art.
110 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991;
e) privadas que adotem políticas de participação dos trabalhadores nos lucros; ou
f) que atuem no setor de turismo, podendo ser destinado, inclusive, ao financiamento
voltado para a manutenção de emprego e a capital de giro;

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IV - adotar medidas que visem à simplificação dos procedimentos relativos à concessão de
empréstimos e financiamentos para micro e pequenas empresas;
V - priorizar o apoio financeiro a segmentos de micro e pequenas empresas e a
implementação de programas de crédito que favoreçam a criação de postos de trabalho;
VI - publicar bimestralmente, em sítio eletrônico, demonstrativo que discrimine os
financiamentos a partir de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) concedidos aos Estados, ao Distrito
Federal, aos Municípios e aos governos estrangeiros, com informações relativas a ente beneficiário e
execução financeira;
VII - fazer constar dos contratos de financiamento de que trata o inciso VI cláusulas que
obriguem o favorecido a publicar e manter atualizadas, em sítio eletrônico, informações relativas à
execução física do objeto financiado; e
VIII - publicar, até o dia 30 de abril de 2024, em seus portais de transparência, nos sítios
eletrônicos a que se refere o § 2º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 2011, relatório anual do impacto de suas
operações de crédito no combate às desigualdades mencionadas no inciso II deste parágrafo.
§ 5º É vedado o impedimento ao financiamento de qualquer atividade produtiva, comercial
ou de serviços legalmente estabelecidas, exceto quando se destinarem a:
I - aquisição de terras e terrenos sem edificações concluídas;
II - aquisição ou reforma de imóveis destinados à locação;
III - intermediação financeira;
IV - jogos de azar de qualquer espécie;
V - saunas, termas e boates;
VI - comercialização de bebidas alcoólicas no varejo ou fracionada; ou
VII - comercialização de fumo.
§ 6º Poderão ser impostas restrições a produtos ou serviços mediante justificativa da
agência financeira oficial de fomento, em cada caso.
§ 7º É vedada a imposição de critérios ou requisitos para concessão de crédito pelos
agentes financeiros habilitados que não sejam delineados e estabelecidos originalmente pelas agências
financeiras oficiais de fomento para as diversas linhas de crédito e setores produtivos.
§ 8º Nas hipóteses de financiamento para redução do deficit habitacional e melhoria das
condições de vida das pessoas com deficiência, deverá ser observado o disposto no inciso I do caput do
art. 32 da Lei nº 13.146, de 2015.
§ 9º A vedação de que trata o inciso I do § 1º não se aplica às renegociações previstas no
art. 2º da Lei Complementar nº 156, de 28 de dezembro de 2016.
§ 10. O disposto na alínea “e” do inciso IV do caput aplica-se preferencialmente a
Municípios com até cinquenta mil habitantes.
§ 11. O BNDES relacionará e publicará os financiamentos realizados no exercício de 2024
com recursos derivados do Fundo de Amparo ao Trabalhador.
§ 12. As agências financeiras oficiais de fomento devem estabelecer linhas de crédito
específicas com objetivo de redução de desigualdades de gênero e raça e mitigação de impactos

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ambientais, em especial voltadas para transição energética e mitigação dos efeitos de mudanças
climáticas.
§ 13. As agências financeiras oficiais de fomento têm como diretriz geral a inclusão, em
seus critérios de análise de propostas de financiamento a empresas, a existência de políticas voltadas para
aumento da representação de populações sub representadas (como gênero, raça e etnia).
§ 14. As agências financeiras oficiais de fomento, ao concederem financiamentos com valor
superior a R$ 30 milhões, devem exigir que os tomadores tenham políticas de integridade e conformidade
estabelecidas e devidamente estabelecidas.
Art. 127. Os encargos dos empréstimos e financiamentos concedidos pelas agências não
poderão ser inferiores aos custos de captação e de administração, ressalvado o disposto na Lei nº 7.827,
de 27 de setembro de 1989.

CAPÍTULO IX
DA ADEQUAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DAS ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO

Art. 128. As proposições legislativas, de que tratam o art. 59 da Constituição, as suas


emendas e os atos infralegais que importem renúncia de receitas ou criação ou aumento de despesas
obrigatórias de caráter continuado, nos termos dos art. 14 e art. 17 da Lei Complementar nº 101, de 2000
- Lei de Responsabilidade Fiscal, deverão ser instruídos com demonstrativo do impacto orçamentário-
financeiro no exercício em que devam entrar em vigor e nos dois exercícios subsequentes e atender ao
disposto neste artigo.
§ 1º O proponente é o responsável pela elaboração e apresentação do demonstrativo a
que se refere o caput, o qual deverá conter memória de cálculo com grau de detalhamento suficiente
para evidenciar as premissas e a consistência das estimativas.
§ 2º A estimativa do impacto orçamentário-financeiro, elaborada com fundamento no
demonstrativo de que trata o caput, deverá constar:
I - da exposição de motivos ou de documento equivalente que acompanhar a proposição
legislativa; e
II - no documento que fundamente a versão final da proposição legislativa aprovada ou do
ato infralegal.
§ 3º O atendimento ao disposto nos incisos I e II do art. 14 da Lei Complementar nº 101, de
2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, dependerá, para proposições legislativas e atos infralegais
provenientes do Poder Executivo federal, de declaração formal:
I - da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, para as receitas administradas por
essa Secretaria; ou
II - do órgão responsável pela gestão da receita objeto da proposta, nos demais casos.
§ 4º Para fins de atendimento ao disposto nos art. 14 e art. 17 da Lei Complementar nº 101,
de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, as medidas para compensar a renúncia de receita ou o aumento
de despesa devem integrar a proposição legislativa ou o ato infralegal, com indicação expressa no texto,
na exposição de motivos ou no documento que os fundamentarem, hipótese em que será:

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I - vedada a referência a outras proposições legislativas em tramitação; e
II - permitida a referência à lei ou a ato infralegal publicados no mesmo exercício financeiro,
que registrem de forma expressa, precisa e específica, ainda que na exposição de motivos ou no
documento que os tenham fundamentado, os casos em que seus efeitos poderão ser considerados para
fins de compensar a redução de receita ou o aumento de despesa.
§ 5º Ficam dispensadas das medidas de compensação as hipóteses de aumento de
despesas previstas no § 1º do art. 24 da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade
Fiscal.
§ 6º Quando solicitados por presidente de órgão colegiado do Poder Legislativo, os órgãos
dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da
União fornecerão, no âmbito de suas competências, no prazo máximo de sessenta dias, os subsídios
técnicos relacionados ao cálculo do impacto orçamentário e financeiro associado à proposição legislativa,
para fins da elaboração do demonstrativo a que se refere o caput.
§ 7º Para fins de cumprimento do disposto no inciso I do caput do art. 14 da Lei
Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, as proposições legislativas em tramitação
que importem ou autorizem renúncia de receita terão seus efeitos considerados na estimativa de receita
do Projeto da Lei Orçamentária e da respectiva Lei.
§ 8º O disposto no caput aplica-se às proposições legislativas e aos atos infralegais que:
I - contenham remissão a futura legislação, parcelamento de despesa ou postergação do
impacto orçamentário-financeiro;
II - estejam em tramitação no Congresso Nacional; ou
III - estejam em fase de sanção.
Art. 129. Com vistas à manifestação sobre a compatibilidade e a adequação orçamentária
e financeira, deverão ser encaminhados previamente à sua edição:
I - as proposições legislativas e os decretos relacionados ao disposto no art. 130, no âmbito
do Poder Executivo federal, ao Ministério da Fazenda e ao Ministério do Planejamento e Orçamento; e
II - as proposições legislativas e os atos infralegais de que trata o art. 130, no âmbito dos
Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União, aos
órgãos competentes, inclusive àqueles a que se refere o § 1º do art. 27.
Parágrafo único. O processo que solicitar a manifestação de que trata o caput deverá estar
instruído com todos os demonstrativos necessários para atestar, no que couber, o atendimento ao
disposto no art. 128.
Art. 130. Será considerada incompatível com as disposições desta Lei a proposição que:
I - aumente despesa em matéria de iniciativa privativa, na forma prevista nos art. 49, art.
51, art. 52, art. 61, art. 63, art. 96 e art. 127 da Constituição;
II - altere gastos com pessoal, nos termos do disposto no § 1º do art. 169 da Constituição,
para conceder aumento que resulte em:
a) somatório das parcelas remuneratórias permanentes superior ao limite estabelecido no
inciso XI do caput do art. 37 da Constituição;
b) despesa, por Poder ou órgão, acima dos limites estabelecidos no art. 20 e no parágrafo

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único do art. 22 da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal; ou
c) descumprimento do limite estabelecido no § 1º do art. 107 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias;
III - crie ou autorize a criação de fundos contábeis ou institucionais com recursos da União
e:
a) não contenham normas específicas sobre a gestão, o funcionamento e controle do fundo;
ou
b) estabeleçam atribuições ao fundo que possam ser realizadas pela estrutura
departamental da administração pública federal; ou
IV - determine ou autorize a indexação ou atualização monetária de despesas públicas,
inclusive aquelas a que se refere o inciso V do caput do art. 7º da Constituição.
§ 1º Para fins da verificação de incompatibilidade de que trata a alínea “b” do inciso II do
caput e do cálculo da estimativa do impacto orçamentário-financeiro, será utilizada a receita corrente
líquida constante do Relatório de Gestão Fiscal do momento da avaliação.
§ 2º O disposto no inciso III do caput não se aplica a proposições que tenham por objeto a
transformação ou a alteração da natureza jurídica de fundo existente na data de publicação desta Lei.
Art. 131. As proposições legislativas, de que trata o art. 59 da Constituição, e os atos
infralegais que impliquem redução de receitas, que não sejam renúncias previstas nos termos do disposto
no art. 14 da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, ou aumento de despesas,
nos termos do disposto no art. 16 da referida Lei Complementar, deverão estar acompanhadas das
estimativas de impacto orçamentário e financeiro para o exercício em que entrarão em vigor, e os dois
subsequentes, com as premissas e metodologias de cálculo em grau de detalhamento suficiente para
evidenciar a pertinência das estimativas elaboradas pelo órgão ou entidade proponente.
Parágrafo único. As proposições legislativas de iniciativa do Poder Executivo, as
proposições submetidas à sanção, e os decretos, relacionados ao disposto no caput, deverão ser
encaminhados para o Órgãos Centrais dos Sistemas de Planejamento e de Orçamento Federal, e de
Administração Financeira Federal, para fins de verificação da adequação das estimativas e eventuais
impactos sobre a meta de resultado primário do exercício e de outras regras fiscais vigentes aplicáveis.
Art. 132. Somente por meio de lei poderá ser concedido aumento de parcelas, fixas ou
variáveis, que não se incorporem a vencimentos ou proventos, relativas a férias, abono de permanência,
exercício de função eleitoral e outras remuneratórias, de natureza eventual ou não, como retribuições,
parcelas ou vantagens com previsão constitucional ou legal.
Art. 133. A proposição legislativa ou o ato normativo regulamentador de norma
constitucional ou legal, para constituir transferência obrigatória, deverá conter:
I - critérios e condições para identificação e habilitação das partes beneficiadas;
II - fonte e montante máximo dos recursos a serem transferidos;
III - definição do objeto e da finalidade da realização da despesa; e
IV - forma e elementos pormenorizados para a prestação de contas.
Art. 134. As disposições deste Capítulo aplicam-se também às proposições decorrentes do
disposto nos incisos XIII e XIV do caput do art. 21 da Constituição.

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Art. 135. Na estimativa das receitas e na fixação das despesas do Projeto de Lei
Orçamentária de 2024 e da respectiva Lei, poderão ser considerados os efeitos de propostas de emenda
à Constituição, projetos de lei e medidas provisórias em tramitação no Congresso Nacional.
§ 1º Se estimada a receita na forma prevista neste artigo, no Projeto de Lei Orçamentária
de 2024 serão identificadas:
I - as proposições de alterações na legislação e a variação esperada na receita, em
decorrência de cada uma das propostas e de seus dispositivos; e
II - as despesas condicionadas à aprovação das alterações na legislação.
§ 2º O disposto no caput e no § 1º aplica-se às propostas de modificação do Projeto de Lei
Orçamentária de 2024 encaminhadas ao Congresso Nacional na forma prevista no § 5º do art. 166 da
Constituição.
§ 3º A alteração de fontes de recursos condicionadas, constantes da Lei Orçamentária de
2024, pelas respectivas fontes definitivas, cujas alterações na legislação tenham sido aprovadas, será
efetuada no prazo de trinta dias após a data de publicação da Lei Orçamentária de 2024 ou das referidas
alterações legislativas, hipótese em que prevalecerá a data que ocorrer por último.
Art. 136. As proposições legislativas que vinculem receitas a despesas, órgãos ou fundos
deverão conter cláusula de vigência de, no máximo, cinco anos.
§ 1º O disposto no caput não se aplica à vinculação de taxas pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços ou pelo exercício do poder de polícia.
§ 2º O disposto no caput não se aplica à alteração de vinculação de receitas existente
quando a nova vinculação for menos restritiva.
§ 3º Para fins do disposto no parágrafo único do art. 8º e no § 2º do art. 9º da Lei
Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, a mera vinculação de receitas não torna
obrigatória a despesa custeada com as referidas receitas e não cria a obrigatoriedade de sua programação.
Art. 137. A proposta de criação ou a alteração de tributos de natureza vinculada será
acompanhada de demonstração, devidamente justificada, de sua necessidade para oferecimento dos
serviços públicos ao contribuinte ou para exercício do poder de polícia sobre a atividade do sujeito passivo.
Art. 138. As proposições legislativas que concedam, renovem ou ampliem benefícios
tributários deverão:
I - conter cláusula de vigência de, no máximo, cinco anos;
II - estar acompanhadas de metas e objetivos, preferencialmente quantitativos; e
III - designar órgão gestor responsável pelo acompanhamento e pela avaliação do benefício
tributário quanto à consecução das metas e dos objetivos estabelecidos.
§ 1º O órgão gestor definirá indicadores para acompanhamento das metas e dos objetivos
estabelecidos no programa e dará publicidade a suas avaliações.
§ 2º Ficam dispensadas do atendimento ao disposto neste artigo as proposições legislativas
que alterem as normas de tributação de investimentos de não residentes no país ou de domiciliados no
exterior.

CAPÍTULO X

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DISPOSIÇÕES SOBRE A FISCALIZAÇÃO PELO PODER LEGISLATIVO E SOBRE AS OBRAS E OS SERVIÇOS COM
INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES GRAVES

Art. 139. O Projeto de Lei Orçamentária de 2024 e a respectiva Lei poderão contemplar
subtítulos relativos a obras e serviços com indícios de irregularidades graves, hipótese em que a execução
física, orçamentária e financeira de empreendimentos, contratos, convênios, etapas, parcelas ou
subtrechos constantes do anexo a que se refere o § 2º do art. 9º desta Lei permanecerá condicionada à
deliberação prévia da Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição, sem prejuízo do
disposto nos § 1º e § 2º do art. 71 da Constituição e observado o disposto nos § 6º e § 8º do art. 144 desta
Lei.
§ 1º Para fins do disposto nesta Lei, entende-se por:
I - execução física - a realização da obra, o fornecimento do bem ou a prestação do serviço;
II - execução orçamentária - o empenho e a liquidação da despesa, inclusive a sua inscrição
em restos a pagar;
III - execução financeira - o pagamento da despesa, inclusive dos restos a pagar;
IV - indício de irregularidade grave com recomendação de paralisação - IGP - ato ou fato
materialmente relevante em relação ao valor total contratado que apresente potencialidade de ocasionar
prejuízos ao erário ou a terceiros e que:
a) possa ensejar nulidade de procedimento licitatório ou de contrato; ou
b) configure graves desvios relativamente aos princípios constitucionais a que está
submetida a administração pública federal;
V - indício de irregularidade grave com recomendação de retenção parcial de valores - IGR
- aquele que, embora atenda ao disposto no inciso IV, permite a continuidade da obra desde que haja
autorização do contratado para retenção de valores a serem pagos, ou a apresentação de garantias
suficientes para prevenir o possível dano ao erário até a decisão de mérito sobre o indício relatado; e
VI - indício de irregularidade grave que não prejudique a continuidade - IGC - aquele que,
embora gere citação ou audiência do responsável, não atenda ao disposto nos incisos IV ou V.
§ 2º Os ordenadores de despesa e os órgãos setoriais de orçamento deverão providenciar
o bloqueio, nos sistemas próprios, da execução física, orçamentária e financeira de empreendimentos,
contratos, convênios, etapas, parcelas ou subtrechos constantes do anexo a que se refere o § 2º do art.
9º desta Lei, que perdurará até a deliberação em contrário da Comissão Mista a que se refere o § 1º do
art. 166 da Constituição.
§ 3º Não estão sujeitos ao bloqueio da execução a que se refere o § 2º os casos para os
quais tenham sido apresentadas garantias suficientes à cobertura integral dos prejuízos potenciais ao
erário, na forma prevista na legislação pertinente, sem prejuízo do disposto nos § 1º e § 2º do art. 71 da
Constituição, hipótese em que será permitido apresentar as garantias à medida que sejam executados os
serviços sobre os quais recaia o apontamento de irregularidade grave.
§ 4º Os pareceres da Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição
acerca de obras e serviços com indícios de irregularidades graves deverão ser fundamentados, de modo
a explicitar as razões da deliberação.
§ 5º A inclusão no Projeto de Lei Orçamentária de 2024, na respectiva Lei e nos créditos

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adicionais de subtítulos relativos a obras e serviços com indícios de irregularidades graves obedecerá,
sempre que possível, à mesma classificação orçamentária constante das leis orçamentárias anteriores,
ajustada ao Plano Plurianual, conforme o caso.
§ 6º O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, às alterações decorrentes de créditos
adicionais e à execução física, orçamentária e financeira de empreendimentos, contratos, convênios,
etapas, parcelas ou subtrechos relativos aos subtítulos de que trata o caput cujas despesas tenham sido
inscritas em restos a pagar.
§ 7º Os titulares dos órgãos e das entidades executoras e concedentes deverão suspender
as autorizações para execução física, orçamentária e financeira de empreendimentos, contratos,
convênios, etapas, parcelas ou subtrechos relativos aos subtítulos de que trata o caput, situação que
deverá ser mantida até a deliberação em contrário da Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166
da Constituição, sem prejuízo do disposto nos § 1º e 2º do art. 71 da Constituição e no art. 143 desta Lei.
§ 8º A suspensão de que trata o § 7º, sem prejuízo do disposto nos § 1º e § 2º do art. 71 da
Constituição, poderá ser evitada, a critério da Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da
Constituição, caso os órgãos e as entidades executores ou concedentes adotem medidas corretivas para
o saneamento das possíveis falhas ou se forem oferecidas garantias suficientes à cobertura integral dos
supostos prejuízos potenciais ao erário, nos termos do disposto no § 3º deste artigo.
§ 9º A classificação, pelo Tribunal de Contas da União, dos indícios de irregularidades nas
modalidades previstas nos incisos IV e V do § 1º ocorrerá por decisão monocrática ou colegiada, que deve
ser proferida no prazo máximo de quarenta dias corridos, contado da data de conclusão da auditoria pela
unidade técnica, durante o qual deverá ser assegurada a oportunidade de manifestação preliminar, no
prazo de quinze dias corridos, aos órgãos e às entidades aos quais forem atribuídas as supostas
irregularidades.
§ 10. O enquadramento na classificação a que se refere o § 9º poderá ser revisto a qualquer
tempo mediante decisão posterior, monocrática ou colegiada, do Tribunal de Contas da União, em razão
de novos elementos de fato e de direito apresentados pelos interessados.
Art. 140. O Congresso Nacional considerará, na sua deliberação pelo bloqueio ou
desbloqueio da execução física, orçamentária e financeira de empreendimentos, contratos, convênios,
etapas, parcelas ou subtrechos relativos aos subtítulos de obras e serviços com indícios de irregularidades
graves:
I - a classificação dos indícios de irregularidades, na forma prevista nos incisos IV, V e VI do
§ 1º do art. 139; e
II - as razões apresentadas pelos órgãos e pelas entidades responsáveis pela execução, que
deverão abordar, em especial:
a) os impactos sociais, econômicos e financeiros decorrentes do atraso na fruição dos
benefícios do empreendimento pela população;
b) os riscos sociais, ambientais e à segurança da população local, decorrentes do atraso na
fruição dos benefícios do empreendimento;
c) a motivação social e ambiental do empreendimento;
d) o custo da deterioração ou da perda de materiais adquiridos ou serviços executados;
e) as despesas necessárias à preservação das instalações e dos serviços executados;

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f) as despesas inerentes à desmobilização e ao retorno posterior às atividades;
g) as medidas efetivamente adotadas pelo titular do órgão ou da entidade para o
saneamento dos indícios de irregularidades apontados;
h) o custo total e o estágio de execução física e financeira de empreendimentos, contratos,
convênios, obras ou parcelas envolvidas;
i) empregos diretos e indiretos perdidos em razão da paralisação;
j) custos para realização de nova licitação ou celebração de novo contrato; e
k) custo de oportunidade do capital durante o período de paralisação.
§ 1º A apresentação das razões a que se refere o inciso II do caput é de responsabilidade:
I - do titular do órgão ou da entidade da administração pública federal, executor ou
concedente, responsável pela obra ou serviço em que se tenha verificado indício de irregularidade, no
âmbito do Poder Executivo federal; ou
II - do titular do órgão dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União
e da Defensoria Pública da União, para as obras e os serviços executados em seu âmbito.
§ 2º As razões de que trata este artigo poderão ser encaminhadas ao Congresso Nacional,
por escrito, pelos responsáveis a que se refere o § 1º:
I - para as obras e os serviços constantes da relação de que trata o inciso I do caput do art.
141, no prazo a que se refere o art. 10;
II - para as obras e os serviços constantes da relação de que trata o inciso II do caput do art.
141, no prazo de quinze dias, contado da data de publicação do acórdão do Tribunal de Contas da União
que aprove a forma final da referida relação; e
III - para as informações encaminhadas na forma prevista no art. 144, no prazo de quinze
dias, contado da data de recebimento da decisão monocrática ou da publicação do acórdão a que se
refere o § 9º do art. 139.
§ 3º A omissão na prestação das informações, na forma e nos prazos previstos no § 2º, não
impedirá as decisões da Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição e do Congresso
Nacional, nem retardará a contagem dos prazos de tramitação e deliberação.
§ 4º Para fins do disposto neste artigo, o Tribunal de Contas da União subsidiará a
deliberação do Congresso Nacional, com o envio de informações e avaliações acerca de potenciais
prejuízos econômicos e sociais advindos da paralisação.
Art. 141. Para fins do disposto no inciso V do § 1º do art. 59 da Lei Complementar nº 101,
de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, e no § 2º do art. 9º desta Lei, o Tribunal de Contas da União
encaminhará:
I - à Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento e aos
órgãos setoriais do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, até 1º de agosto de 2023, a relação
das obras e dos serviços com indícios de irregularidades graves, com o banco de dados correspondente,
a especificação das classificações institucional, funcional e programática vigentes, os números dos
contratos e convênios, na forma prevista no Anexo VI à Lei Orçamentária de 2023, acrescida do custo
global estimado de cada obra ou serviço listado e do estágio da execução física, e a data a que se referem
essas informações; e

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II - à Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição, até cinquenta e
cinco dias após o encaminhamento do Projeto de Lei Orçamentária, a relação atualizada de
empreendimentos, contratos, convênios, etapas, parcelas ou subtrechos relativos aos subtítulos nos quais
sejam identificados indícios de irregularidades graves, classificados na forma prevista nos incisos IV, V e
VI do § 1º do art. 139, e a relação daqueles que, embora tenham tido recomendação de paralisação da
equipe de auditoria, não tenham sido objeto de decisão monocrática ou colegiada no prazo previsto no §
9º do art. 139, acompanhadas de cópias em meio eletrônico das decisões monocráticas e colegiadas, dos
relatórios e votos que as fundamentarem e dos relatórios de auditoria das obras e dos serviços fiscalizados.
§ 1º É obrigatória a especificação dos empreendimentos, contratos, convênios ou editais
relativos a etapas, parcelas ou subtrechos nos quais tenham sido identificados indícios de irregularidades
graves e da decisão monocrática ou do acórdão a que se refere o § 9º do art. 139.
§ 2º O Tribunal de Contas da União e a Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166
da Constituição manterão as informações sobre obras e serviços com indícios de irregularidades graves
de que trata este artigo atualizadas em seu sítio eletrônico.
§ 3º Para fins de atendimento ao disposto no inciso I do § 1º do art. 59 da Lei Complementar
nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, o Tribunal de Contas da União enviará subsídios à
Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição acerca de fatos e situações que possam
comprometer a gestão fiscal e o atingimento das metas previstas nesta Lei, em especial a necessidade de
limitação de empenho e pagamento de que trata o art. 9º da referida Lei Complementar.
Art. 142. A seleção das obras e dos serviços a serem fiscalizados pelo Tribunal de Contas da
União considerará, entre outros fatores:
I - o valor autorizado e empenhado nos exercícios anterior e atual;
II - a regionalização do gasto;
III - o histórico de irregularidades pendentes obtido a partir de fiscalizações anteriores e a
reincidência de irregularidades cometidas, tanto do órgão executor como do ente beneficiado; e
IV - as obras contidas no Anexo VI à Lei Orçamentária em vigor que não tenham sido objeto
de deliberação posterior do Tribunal de Contas da União pela regularidade.
§ 1º O Tribunal de Contas da União deverá, adicionalmente, encaminhar informações sobre
outras obras ou serviços nos quais tenham sido constatados indícios de irregularidades graves em outros
procedimentos fiscalizatórios realizados nos últimos doze meses, contados da data de publicação desta
Lei, com o grau de detalhamento estabelecido no § 2º e observado o disposto nos incisos IV, V e VI do §
1º e no § 9º do art. 139.
§ 2º Da seleção referida no caput constarão, para cada obra fiscalizada, sem prejuízo de
outros dados considerados relevantes pelo Tribunal de Contas da União:
I - as classificações institucional, funcional e programática, atualizadas de acordo com o
disposto na Lei Orçamentária de 2023;
II - a localização e a especificação, com as etapas, as parcelas ou os subtrechos e os seus
contratos e convênios, conforme o caso;
III - o número de inscrição no CNPJ e a razão social da empresa responsável pela execução
da obra ou do serviço nos quais tenham sido identificados indícios de irregularidades graves, na forma
prevista nos incisos IV, V e VI do § 1º do art. 139, e o nome do órgão ou da entidade responsável pela
contratação;

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IV - a natureza e a classificação dos indícios de irregularidades e o pronunciamento acerca
da estimativa do valor potencial do prejuízo ao erário e de elementos que recomendem a paralisação
preventiva da obra;
V - as providências adotadas pelo Tribunal de Contas da União quanto às irregularidades;
VI - o percentual de execução físico-financeira;
VII - a estimativa do valor necessário à conclusão;
VIII - as manifestações prévias do órgão ou da entidade fiscalizada aos quais tenham sido
atribuídas as supostas irregularidades e as decisões correspondentes, monocráticas ou colegiadas, com
os relatórios e os votos que as fundamentarem, quando houver;
IX - o conteúdo das alegações de defesa apresentadas e a sua apreciação; e
X - as garantias de que trata o § 3º do art. 139, com a identificação do tipo e do valor.
§ 3º As unidades orçamentárias responsáveis por obras e serviços que constem, em dois
ou mais exercícios, do anexo a que se refere o § 2º do art. 9º desta Lei, deverão informar à Comissão Mista
a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição, no prazo de trinta dias após o encaminhamento do
Projeto de Lei Orçamentária de 2024, as medidas adotadas para sanar as irregularidades apontadas em
decisão do Tribunal de Contas da União da qual não caiba mais recurso perante aquela Corte.
§ 4º Para fins do disposto no § 6º do art. 144, o Tribunal de Contas da União encaminhará
informações das quais constará pronunciamento conclusivo quanto a irregularidades graves que não se
confirmaram ou a seu saneamento.
§ 5º Sempre que a informação encaminhada pelo Tribunal de Contas da União, na forma
prevista no caput, implicar reforma de deliberação anterior, deverão ser evidenciadas a decisão
reformada e a decisão reformadora correspondente.
Art. 143. A Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição poderá realizar
audiências públicas com vistas a subsidiar as deliberações acerca do bloqueio ou desbloqueio de
empreendimentos, contratos, convênios, etapas, parcelas ou subtrechos relativos a subtítulos nos quais
tenham sido identificados indícios de irregularidades graves.
§ 1º Serão convidados para as audiências os representantes do Tribunal de Contas da União,
dos órgãos e das entidades envolvidos, que poderão expor as medidas saneadoras adotadas e as razões
pelas quais as obras sob a sua responsabilidade não devem ser paralisadas, inclusive aquelas a que se
refere o art. 140, acompanhadas da justificativa por escrito do titular do órgão ou da entidade responsável
pelas contratações e dos documentos comprobatórios.
§ 2º A deliberação da Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição que
resulte na continuidade da execução de empreendimentos, contratos, convênios, etapas, parcelas ou
subtrechos relativos a subtítulos nos quais tenham sido identificados indícios de irregularidades graves
com recomendação de paralisação ainda não sanados dependerá da avaliação das informações recebidas
na forma prevista no § 2º do art. 140 e de realização prévia da audiência pública a que se refere o caput,
quando deverão ser avaliados os prejuízos potenciais da paralisação para a administração pública e a
sociedade.
§ 3º A Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição poderá realizar
audiências públicas para subsidiar a apreciação do relatório de que trata o § 7º do art. 144.
Art. 144. Durante o exercício de 2024, o Tribunal de Contas da União remeterá ao

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Congresso Nacional e ao órgão ou à entidade fiscalizada, no prazo de quinze dias, contado da data da
decisão ou do acórdão a que se referem os § 9º e § 10 do art. 139, informações relativas a novos indícios
de irregularidades graves identificados em empreendimentos, contratos, convênios, etapas, parcelas ou
subtrechos relativos a subtítulos constantes da Lei Orçamentária de 2024, inclusive com as informações
relativas às execuções física, orçamentária e financeira, acompanhadas das manifestações dos órgãos e
das entidades responsáveis pelas obras que permitam a análise da conveniência e oportunidade de
bloqueio das execuções física, orçamentária e financeira.
§ 1º O Tribunal de Contas da União disponibilizará à Comissão Mista a que se refere o § 1º
do art. 166 da Constituição acesso ao seu sistema eletrônico de fiscalização de obras e serviços.
§ 2º Os processos relativos a obras ou serviços que possam ser objeto de bloqueio na forma
prevista nos art. 139 e art. 140 serão instruídos e apreciados prioritariamente pelo Tribunal de Contas da
União, hipótese em que a decisão deverá indicar, de forma expressa, se as irregularidades inicialmente
apontadas foram confirmadas e se o empreendimento questionado poderá ter continuidade sem risco de
prejuízos significativos ao erário, no prazo de quatro meses, contado da data da comunicação prevista no
caput.
§ 3º A decisão mencionada no § 2º deverá relacionar todas as medidas a serem adotadas
pelos responsáveis, com vistas ao saneamento das irregularidades graves.
§ 4º Após a manifestação do órgão ou da entidade responsável quanto à adoção das
medidas corretivas, o Tribunal de Contas da União deverá se pronunciar sobre o cumprimento efetivo da
decisão de que trata o § 2º, no prazo de três meses, contado da data da entrega da referida manifestação.
§ 5º Na impossibilidade de cumprimento dos prazos previstos nos § 2º e § 4º, o Tribunal de
Contas da União deverá apresentar justificativas ao Congresso Nacional.
§ 6º Após a publicação da Lei Orçamentária de 2024, o bloqueio e o desbloqueio da
execução física, orçamentária e financeira na forma prevista neste Capítulo ocorrerão por meio de decreto
legislativo baseado em deliberação da Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição,
à qual compete divulgar, em sítio eletrônico, a relação atualizada dos subtítulos de que trata o caput.
§ 7º O Tribunal de Contas da União encaminhará, até 15 de maio de 2024, à Comissão Mista
a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição o relatório com as medidas saneadoras adotadas e as
pendências relativas a obras e serviços com indícios de irregularidades graves.
§ 8º A decisão pela paralisação ou continuidade de obras ou serviços com indícios de
irregularidades graves, na forma prevista no § 2º do art. 143 e no caput e no § 4º deste artigo, ocorrerá
sem prejuízo da continuidade das ações de fiscalização e da apuração de responsabilidades dos gestores
que lhes deram causa.
§ 9º O disposto no § 2º do art. 143 aplica-se às deliberações de que trata este artigo.
§ 10. O Tribunal de Contas da União remeterá ao Congresso Nacional, no prazo de trinta
dias, contado da data do despacho ou do acórdão que adotar ou referendar medida cautelar
fundamentada no art. 276 do Regimento Interno daquele Tribunal, cópia da decisão relativa à suspensão
de execução de obra ou serviço de engenharia, acompanhada da oitiva do órgão ou da entidade
responsável.
Art. 145. O Tribunal de Contas da União enviará à Comissão Mista a que se refere o § 1º do
art. 166 da Constituição, no prazo de trinta dias após o encaminhamento do Projeto de Lei Orçamentária
de 2024, quadro-resumo relativo à qualidade da implementação e ao alcance de metas e dos objetivos

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dos programas e das ações governamentais objeto de auditorias operacionais realizadas para subsidiar a
discussão do Projeto de Lei Orçamentária de 2024.
Art. 146. Com vistas à apreciação do Projeto de Lei Orçamentária de 2024 e ao
acompanhamento e à fiscalização orçamentária a que se referem o art. 70 e o inciso II do § 1º do art. 166
da Constituição, será assegurado aos membros e aos órgãos competentes dos Poderes da União, inclusive
ao Tribunal de Contas da União, ao Ministério Público Federal e à Controladoria-Geral da União, o acesso
irrestrito, para consulta, aos seguintes sistemas ou informações, e o recebimento de seus dados, em meio
digital:
I - Siafi;
II - Siop;
III - Sistema de Análise Gerencial da Arrecadação, inclusive às estatísticas de dados
agregados relativos às informações constantes das declarações de imposto sobre a renda das pessoas
físicas e jurídicas, respeitado o sigilo fiscal do contribuinte;
IV - Sistema de Informação das Estatais;
V - Siasg, inclusive ao Portal de Compras do Governo Federal - Compras.gov.br;
VI - Sistema de Informações Gerenciais de Arrecadação - Informar;
VII - cadastro das entidades qualificadas como Oscip, mantido pelo Ministério da Justiça e
Segurança Pública;
VIII - CNPJ;
IX - Sistema de Informação e Apoio à Tomada de Decisão do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes - DNIT;
X - Transferegov.br;
XI - Sistema de Acompanhamento de Contratos do DNIT;
XII - CNEA do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima;
XIII - Siops;
XIV - Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação - Siope;
XV - Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro - Siconfi;
XVI - sistemas de informação e banco de dados utilizados pelo Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP;
XVII - sistema utilizado pela Secretaria de Regime Próprio e Complementar do Ministério
da Previdência Social para elaboração da avaliação atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos
servidores civis;
XVIII - Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos - Siape;
XIX - Sistema Único de Benefícios - Siube;
XX - Sistema Integrado de Tratamento Estatístico de Séries Estratégicas - Sintese;
XXI - Sistema de Informações dos Regimes Públicos de Previdência - Cadprev;
XXII - Sistema Informatizado de Controle de Óbitos - Sisobi;

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XXIII - Sistema Nacional de Informações de Registros Civis - Sirc;
XXIV - Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS;
XXV - Sistema Integrado de Gestão Patrimonial - Siads;
XXVI - Cadastro Integrado de Projetos de Investimentos do Governo Federal - CIPI; e
XXVII - Portal Nacional de Contratações Públicas.
§ 1º Os cidadãos e as entidades sem fins lucrativos, credenciados de acordo com os
requisitos estabelecidos pelos órgãos gestores dos sistemas, poderão ser habilitados para consulta aos
sistemas e cadastros de que trata este artigo.
§ 2º Para fins de elaboração de avaliação atuarial do Regime Próprio de Previdência Social
dos servidores civis da União, a Câmara dos Deputados, o Senado Federal e o Tribunal de Contas da União,
no exercício do controle externo, poderão solicitar aos demais órgãos e Poderes da União e às suas
entidades vinculadas informações cadastrais, funcionais e financeiras relativas a servidores, inativos e
pensionistas.
Art. 147. Em cumprimento ao disposto no caput do art. 70 da Constituição, o acesso
irrestrito e gratuito a que se refere o art. 146 desta Lei será igualmente assegurado:
I - aos membros do Congresso Nacional, para consulta aos sistemas ou às informações a
que se referem os incisos II e IV do caput do art. 146, nos maiores níveis de amplitude, abrangência e
detalhamento existentes, e por iniciativa própria, a qualquer tempo, aos demais sistemas e cadastros; e
II - aos órgãos de tecnologia da informação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal,
e a disponibilização, em meio eletrônico, das bases de dados dos sistemas a que se refere o art. 146,
ressalvados os dados e as informações protegidos por sigilo legal, em formato e periodicidade a serem
estabelecidos em conjunto com o órgão competente do Poder Executivo federal.

CAPÍTULO XI
DA TRANSPARÊNCIA

Art. 148. Os órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da
União e da Defensoria Pública da União divulgarão e manterão atualizada, no sítio eletrônico do órgão
concedente, relação das entidades privadas beneficiadas na forma prevista nos art. 84 ao art. 89, com, no
mínimo:
I - nome e número de inscrição no CNPJ;
II - nome, função e número de inscrição no CPF dos dirigentes;
III - área de atuação;
IV - endereço da sede;
V - data, objeto, valor e número do convênio ou instrumento congênere;
VI - órgão transferidor;
VII - valores transferidos e datas de transferência;
VIII - edital do chamamento e instrumento firmado; e

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IX - forma de seleção da entidade.
Art. 149. Os órgãos orçamentários manterão atualizados em seu sítio eletrônico a relação
dos contratados, com os valores pagos nos últimos três anos, e a íntegra dos contratos, convênios e
termos ou instrumentos congêneres vigentes, exceto os sigilosos, na forma prevista na legislação
pertinente.
Parágrafo único. Serão também divulgadas as informações relativas às alterações
contratuais e penalidades.
Art. 150. Os instrumentos de contratação de serviços de terceiros deverão prever o
fornecimento pela empresa contratada de informações com nome completo, número de inscrição no CPF,
cargo ou atividade exercida, lotação e local de exercício dos empregados na contratante, para fins de
divulgação em sítio eletrônico.
Parágrafo único. Os órgãos e as entidades da administração pública federal deverão
divulgar e atualizar quadrimestralmente as informações a que se refere o caput.
Art. 151. A divulgação das informações de que tratam os art. 148 e art. 150 deverá ocultar
os três primeiros dígitos e os dois dígitos verificadores do número de inscrição no CPF.
Art. 152. Os sítios eletrônicos de consulta a remuneração, subsídio, provento e pensão
recebidos por membros de Poder e ocupantes de cargo, posto, graduação, função e emprego público,
ativos e inativos, e por pensionistas, disponibilizados pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, pelo
Ministério Público da União e pela Defensoria Pública da União, possibilitarão a consulta direta da relação
nominal dos beneficiários e dos valores recebidos, além de permitir a gravação de relatórios de planilhas,
em formatos abertos e não proprietários, com a integralidade das informações disponibilizadas na
consulta.
Parágrafo único. Deverão também ser disponibilizadas as informações relativas ao
recebimento de vantagens, gratificações ou outras parcelas de natureza remuneratória, compensatória
ou indenizatória.

Seção I
Da publicidade na elaboração, na aprovação e na execução dos Orçamentos

Art. 153. A elaboração e a aprovação dos Projetos de Lei Orçamentária de 2024 e dos
créditos adicionais, e a execução das respectivas leis, deverão ser realizadas de acordo com os princípios
da publicidade e da clareza, além de promover a transparência da gestão fiscal e permitir o amplo acesso
da sociedade a todas as informações relativas a cada uma dessas etapas.
§ 1º Serão divulgados em sítios eletrônicos:
I - pelo Poder Executivo federal:
a) as estimativas das receitas de que trata o § 3º do art. 12 da Lei Complementar nº 101,
de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal;
b) o Projeto de Lei Orçamentária de 2024, inclusive em versão simplificada, os seus anexos
e as informações complementares;
c) a Lei Orçamentária de 2024 e os seus anexos;

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d) os créditos adicionais e os seus anexos;
e) até o vigésimo dia de cada mês, o relatório com a comparação da arrecadação mensal,
realizada até o mês anterior, das receitas administradas ou acompanhadas pela Secretaria Especial da
Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, líquida de restituições e incentivos fiscais, com as
estimativas mensais constantes do demonstrativo de que trata o inciso X do Anexo II e com as eventuais
reestimativas realizadas por força de lei;
f) até o vigésimo quinto dia de cada mês, o relatório com a comparação da receita realizada,
mensal e acumulada, com a prevista na Lei Orçamentária de 2024 e no cronograma de arrecadação, e
com a discriminação das parcelas primária e financeira;
g) até o sexagésimo dia após a data de publicação da Lei Orçamentária de 2024, o cadastro
de ações com, no mínimo, o código, o título e a descrição de cada uma das ações constantes dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, que poderão ser atualizados, quando necessário, observado o
disposto nas alíneas “e” e “f” do inciso III do § 1º do art. 52, desde que as alterações não ampliem ou
restrinjam a finalidade da ação, consubstanciada no seu título constante da referida Lei;
h) até o trigésimo dia após o encerramento de cada bimestre, os demonstrativos relativos
a empréstimos e financiamentos, inclusive a fundo perdido, consolidados por agência de fomento,
elaborados de acordo com as informações e os critérios constantes do § 2º do art. 126;
i) até 30 de abril de cada exercício, o relatório anual, referente ao exercício anterior, de
impacto dos programas destinados ao combate das desigualdades;
j) o demonstrativo, atualizado mensalmente, de contratos, convênios, contratos de repasse
ou termos de parceria referentes a projetos, com a discriminação das classificações funcional e por
programas, da unidade orçamentária, da contratada ou do convenente, do objeto e dos prazos de
execução, dos valores e das datas das liberações de recursos efetuadas e a efetuar;
k) a posição, atualizada mensalmente, dos limites para empenho e movimentação
financeira por órgão do Poder Executivo federal;
l) o demonstrativo mensal com a indicação da arrecadação, no mês e acumulada no
exercício, separadamente, relativa a depósitos judiciais e a parcelamentos amparados por programas de
recuperação fiscal da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, os
montantes dessa arrecadação classificados por tributo, os valores, por tributo partilhado, entregues aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, relativamente a parcelas não classificadas, e os valores, por
tributo partilhado, entregues aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios em caráter definitivo;
m) o demonstrativo bimestral das transferências voluntárias realizadas, por ente federativo
beneficiado;
n) o demonstrativo do fluxo financeiro do regime próprio de previdência dos servidores
públicos federais, com a discriminação das despesas por categoria de beneficiário e das receitas por
natureza;
o) até o vigésimo dia de cada mês, a arrecadação mensal, realizada até o mês anterior, das
contribuições a que se refere o art. 149 da Constituição, destinadas aos serviços sociais autônomos e a
sua destinação por entidade beneficiária;
p) o demonstrativo dos investimentos públicos em educação, considerada a definição
utilizada no Plano Nacional de Educação, com a sua proporção em relação ao PIB, detalhado por níveis de
ensino e com dados consolidados da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

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q) as informações do Fundo Nacional de Saúde sobre repasses efetuados aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, com a discriminação das subfunções, dos programas, das ações
orçamentárias e, quando houver, dos planos orçamentários; e
r) até 30 de abril, os relatórios anuais referentes ao exercício anterior, relativos à
participação no orçamento das Agendas Transversais e Multissetoriais selecionadas, contemplando no
mínimo a participação da mulher nas despesas do orçamento e a Agenda Transversal e Multissetorial da
Primeira Infância;
II - pela Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição:
a) a relação atualizada dos contratos e convênios nos quais tenham sido identificados
indícios de irregularidades graves;
b) o relatório e o parecer preliminar, os relatórios setoriais e final e o parecer final da
Comissão, as emendas de cada fase e os pareceres e o autógrafo respectivos, relativos ao Projeto de Lei
Orçamentária de 2024;
c) o relatório e o parecer preliminar, o relatório e o parecer final da Comissão, as emendas
de cada fase e os pareceres e o autógrafo respectivos, relativos ao projeto desta Lei;
d) o relatório e o parecer da Comissão, as emendas e os pareceres e os autógrafos
respectivos, relativos aos projetos de lei e às medidas provisórias sobre créditos adicionais;
e) a relação das emendas aprovadas ao Projeto de Lei Orçamentária de 2024, com a
identificação, em cada emenda, do tipo de autor, do número e do ano da emenda, do autor e do
respectivo código, da classificação funcional e programática, do subtítulo e da dotação aprovada pelo
Congresso Nacional; e
f) até o trigésimo dia após a data de publicação da Lei Orçamentária de 2024, a relação dos
precatórios constantes das programações da Lei Orçamentária; e
III - pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, pelo Ministério Público da União e pela
Defensoria Pública da União, no sítio eletrônico de cada unidade jurisdicionada ao Tribunal de Contas da
União, o relatório de gestão, o relatório e o certificado de auditoria, o parecer do órgão de controle
interno e o pronunciamento do Ministro de Estado supervisor, ou da autoridade de nível hierárquico
equivalente responsável pelas contas, integrantes das tomadas ou das prestações de contas, no prazo de
trinta dias após a data de encaminhamento ao referido Tribunal.
§ 2º Para fins de atendimento ao disposto na alínea “g” do inciso I do § 1º, a Comissão
Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição deverá encaminhar planilha eletrônica ao Poder
Executivo federal, no prazo de quarenta e cinco dias após a data de publicação da Lei Orçamentária de
2024, com as informações relativas às ações que tenham sido incluídas no Congresso Nacional.
§ 3º O não encaminhamento das informações de que trata o § 2º implicará a divulgação
somente do cadastro das ações constantes do Projeto de Lei Orçamentária de 2024.
Art. 154. Para fins de realização da audiência pública prevista no § 4º do art. 9º da Lei
Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, o Poder Executivo federal encaminhará
ao Congresso Nacional, até três dias antes da referida audiência ou até o último dia dos meses de maio,
setembro e fevereiro, o que ocorrer primeiro, relatórios de avaliação do cumprimento da meta de
resultado primário, com as justificativas de eventuais desvios e a indicação das medidas corretivas
adotadas.
§ 1º Os relatórios previstos no caput conterão também:

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I - os parâmetros constantes do inciso XV do Anexo II, esperados e efetivamente
observados, para o quadrimestre e para o ano;
II - o estoque e serviço da dívida pública federal, comparando o resultado do final de cada
quadrimestre com o do início do exercício e o do final do quadrimestre anterior; e
III - o resultado primário obtido até o quadrimestre, comparando com o programado e
discriminando, em milhões de reais, receitas e despesas, obrigatórias e discricionárias, no mesmo formato
da previsão atualizada para todo o exercício.
§ 2º O relatório referente ao terceiro quadrimestre de 2024 conterá, adicionalmente,
demonstrativo do montante das despesas primárias pagas pelos órgãos naquele exercício, incluídos os
restos a pagar pagos e demais operações que afetam o resultado primário, com o comparativo entre esse
demonstrativo e os limites estabelecidos no § 1º do art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias.
§ 3º O demonstrativo a que se refere o § 2º será encaminhado, nos prazos previstos no
caput, aos órgãos a que se referem os incisos II a V do caput do art. 107 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias.
§ 4º A Comissão Mista a que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição poderá, por
solicitação do Poder Executivo federal ou iniciativa própria, adiar as datas de realização da audiência
prevista no caput.

Seção II
Disposições gerais

Art. 155. A empresa destinatária de recursos, na forma prevista na alínea “a” do inciso III
do § 1º do art. 6º desta Lei, deverá divulgar, mensalmente, em sítio eletrônico, as informações relativas à
execução das despesas do Orçamento de Investimento, com a discriminação dos valores autorizados e
executados, mensal e anualmente.
Art. 156. As entidades constituídas sob a forma de serviço social autônomo e destinatárias
de contribuições dos empregadores incidentes sobre a folha de salários deverão divulgar, trimestralmente,
nos respectivos sítios eletrônicos, em local de fácil visualização:
I - os valores arrecadados com as referidas contribuições, a especificação do montante
transferido pela União e do arrecadado diretamente pelas entidades;
II - as demonstrações contábeis;
III - a especificação de cada receita e de cada despesa constantes dos orçamentos,
discriminadas por natureza, finalidade e região, com destaque para a parcela destinada a serviços sociais
e formação profissional; e
IV - a estrutura remuneratória dos cargos e das funções e a relação dos nomes de seus
dirigentes e dos demais membros do corpo técnico.
§ 1º As entidades a que se refere o caput divulgarão também em seus sítios eletrônicos:
I - seus orçamentos para o ano de 2024;
II - demonstrativos de alcance de seus objetivos legais e estatutários e de cumprimento das

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respectivas metas;
III - resultados dos trabalhos de auditorias independentes sobre suas demonstrações
contábeis; e
IV - demonstrativo consolidado dos resultados dos trabalhos de suas unidades de auditoria
interna e de ouvidoria.
§ 2º Os sítios eletrônicos a que se refere o caput permitirão a gravação de relatórios de
planilhas, em formatos abertos e não proprietários, com a integralidade das informações disponibilizadas
para consulta.
§ 3º O disposto neste artigo aplica-se aos conselhos de fiscalização de profissão
regulamentada.
Art. 157. As instituições de que trata o caput do art. 100 deverão disponibilizar, em seus
sítios eletrônicos, informações relativas à execução física e financeira, inclusive a identificação dos
beneficiários de pagamentos à conta de cada convênio ou instrumento congênere, acompanhadas dos
números de registro no Transferegov.br e no Siafi, observadas as normas de padronização estabelecidas
pelo Poder Executivo federal.
Art. 158. Os órgãos da esfera federal a que se refere o art. 20 da Lei Complementar nº 101,
de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal disponibilizarão, por meio do Siconfi, os relatórios de gestão fiscal,
no prazo de trinta dias após o encerramento de cada quadrimestre.
Art. 159. O Poder Executivo federal informará ao Congresso Nacional sobre os empréstimos
feitos pelo Tesouro Nacional a banco oficial federal na forma prevista na alínea “e” do inciso V do Anexo
II.
Art. 160. O Poder Executivo federal adotará medidas com vistas a:
I - elaborar metodologia de acompanhamento e avaliação dos benefícios tributários,
financeiros e creditícios, além de cronograma e periodicidade das avaliações, com base em indicadores
de eficiência, eficácia e efetividade;
II - designar os órgãos responsáveis pela supervisão, pelo acompanhamento e pela
avaliação dos resultados alcançados pelos benefícios tributários, financeiros e creditícios; e
III - elaborar metodologia de acompanhamento dos programas e das ações destinados às
mulheres com vistas à apuração e à divulgação de relatório sobre a participação da mulher nas despesas
do orçamento.
Art. 161. O relatório resumido de execução orçamentária a que se refere o § 3º do art. 165
da Constituição conterá demonstrativo da disponibilidade da União por fontes de recursos agregadas,
com indicação do saldo inicial de 2024, da arrecadação, da despesa executada no objeto da vinculação,
do cancelamento de restos a pagar e do saldo atual.
Art. 162. O Congresso Nacional, na forma prevista no inciso IX do caput do art. 49 da
Constituição, julgará as contas de 2024 a serem prestadas pelo Presidente da República e apreciará os
relatórios de 2024 sobre a execução dos planos de governo até o encerramento da sessão legislativa de
2024.
Art. 163. A União manterá cadastro informatizado para consulta, com acesso público, das
obras e dos serviços de engenharia no âmbito dos orçamentos de que tratam os incisos I e III do § 5º do
art. 165 da Constituição, que conterá, no mínimo:

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I - identificação do objeto, acompanhado de seu programa de trabalho e de seu
georreferenciamento;
II - custo global estimado referido à sua data-base; e
III - data de início e execução física e financeira.
Parágrafo único. Ato do Poder Executivo federal poderá definir outros atributos para
compor o cadastro, a estrutura e o prazo de envio de dados por parte dos órgãos e das entidades com
sistemas próprios de gestão de obras e serviços, além de critérios específicos, para fins de obrigatoriedade
de inclusão no cadastro, que considerem, em especial, o custo global, a área de governo e a relevância da
obra ou do serviço.

CAPÍTULO XII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 164. A execução da Lei Orçamentária de 2024 e dos créditos adicionais obedecerá
aos princípios constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da
eficiência na administração pública federal, e não poderá ser utilizada para influenciar na apreciação de
proposições legislativas em tramitação no Congresso Nacional.
Art. 165. Em atendimento ao disposto no inciso I do caput do art. 57 da Lei nº 8.666, de
21 de junho de 1993, e no art. 105 da Lei nº 14.133, de 2021, para demonstrar a compatibilidade com as
metas estabelecidas no Plano Plurianual, poderá ser considerada a adequação dos objetos das
contratações aos objetivos expressos no Projeto de Lei do Plano Plurianual 2024-2027 ou na respectiva
Lei.
Art. 166. A despesa não poderá ser realizada se não houver comprovada e suficiente
disponibilidade de dotação orçamentária para atendê-la, vedada a adoção de qualquer procedimento que
viabilize a sua realização sem observar a referida disponibilidade.
§ 1º A contabilidade registrará todos os atos e fatos relativos à gestão orçamentária,
financeira e patrimonial, independentemente de sua legalidade, sem prejuízo das responsabilidades e das
demais consequências advindas da inobservância ao disposto no caput.
§ 2º A realização de atos de gestão orçamentária e financeira, no âmbito do Siafi, após
31 de dezembro de 2024, relativos ao exercício encerrado, não será permitida, exceto quanto aos
procedimentos relacionados à inscrição dos restos a pagar, os quais deverão ser efetuados até o trigésimo
dia de seu encerramento, na forma prevista pelo órgão central do Sistema de Contabilidade Federal.
§ 3º Com vistas a atender o prazo máximo estabelecido no § 2º, o órgão central do
Sistema de Contabilidade Federal poderá definir prazos menores para ajustes a serem efetuados por
órgãos e entidades da administração pública federal.
§ 4º Para assegurar o conhecimento da composição patrimonial a que se refere o art. 85
da Lei nº 4.320, de 1964, a contabilidade:
I - reconhecerá o ativo referente aos créditos tributários e não tributários a receber; e
II - segregará os restos a pagar não processados em exigíveis e não exigíveis.
§ 5º Integrarão as demonstrações contábeis consolidadas dos Orçamentos Fiscal e da

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Seguridade Social da União somente os órgãos e as entidades cuja execução orçamentária e financeira,
da receita e da despesa, seja registrada na modalidade total no Siafi, conforme estabelecido no caput do
art. 6º.
Art. 167. Para fins do disposto no art. 16 da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de
Responsabilidade Fiscal:
I - as exigências nele contidas integrarão:
a) o processo licitatório, de que tratam o art. 38 da Lei nº 8.666, de 1993, e o Capítulo I do
Título II da Lei nº 14.133, de 2021; e
b) os procedimentos de desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3º do art.
182 da Constituição;
II - no que se refere ao disposto no § 3º do art. 16 da Lei Complementar nº 101, de 2000 -
Lei de Responsabilidade Fiscal, entendem-se como despesas irrelevantes aquelas cujo valor não
ultrapasse, para bens e serviços, os limites previstos nos incisos I e II do caput do art. 75 da Lei nº 14.133,
de 2021;
III - no que se refere ao inciso I do § 1º do art. 16 da Lei Complementar nº 101, de 2000 -
Lei de Responsabilidade Fiscal, na execução das despesas na antevigência da Lei Orçamentária de 2024, o
ordenador de despesa poderá considerar os valores constantes do respectivo Projeto de Lei; e
IV - os valores e as metas constantes no Projeto de Lei Orçamentária de 2024 e no Projeto
de Lei do Plano Plurianual 2024-2027 poderão ser utilizados, até a sanção da respectiva Lei, para
demonstrar a previsão orçamentária nos procedimentos referentes à fase interna da licitação.
Art. 168. Para fins do disposto no art. 42 da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de
Responsabilidade Fiscal, considera-se contraída a obrigação no momento da formalização do contrato
administrativo ou do instrumento congênere.
Parágrafo único. Na hipótese de contratos administrativos ou instrumentos congêneres
de caráter plurianual, incluindo a prestação de serviços existentes e destinados à manutenção da
administração pública federal, consideram-se compromissadas apenas as prestações cujos pagamentos
devam ser realizados no exercício financeiro, observado o cronograma pactuado.
Art. 169. O impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo Banco Central do Brasil
na execução de suas políticas serão demonstrados nas notas explicativas dos balanços e dos balancetes
trimestrais, para fins do disposto no § 2º do art. 7º da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de
Responsabilidade Fiscal, divulgados em sítio eletrônico, e conterão:
I - os custos da remuneração das disponibilidades do Tesouro Nacional;
II - os custos de manutenção das reservas cambiais, com demonstração da composição das
reservas internacionais com a metodologia de cálculo de sua rentabilidade e do custo de captação; e
III - a rentabilidade de sua carteira de títulos, com destaque para aqueles emitidos pela
União.
Parágrafo único. As informações de que trata o caput constarão também de relatório a
ser encaminhado ao Congresso Nacional, no mínimo, até dez dias antes da reunião conjunta prevista no
§ 5º do art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal.
Art. 170. A avaliação de que trata o § 5º do art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 2000
- Lei de Responsabilidade Fiscal, será efetuada com fundamento no anexo específico sobre os objetivos

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das políticas monetária, creditícia e cambial, nos parâmetros e nas projeções para os seus principais
agregados e variáveis, e nas metas de inflação estimadas para o exercício de 2024, na forma prevista no
§ 4º do art. 4º daquela Lei Complementar, observado o disposto no inciso I do caput do art. 11 desta Lei.
Parágrafo único. A avaliação de que trata o caput incluirá a análise e a justificativa da
evolução das operações compromissadas do Banco Central do Brasil no período.
Art. 171. O Poder Executivo federal, por intermédio do seu órgão central do Sistema de
Planejamento e de Orçamento Federal, deverá atender, no prazo máximo de dez dias úteis, contado da
data de recebimento, às solicitações de informações encaminhadas pelo Presidente da Comissão Mista a
que se refere o § 1º do art. 166 da Constituição, relativas a aspectos quantitativos e qualitativos de
qualquer categoria de programação ou item de receita, incluídos eventuais desvios em relação aos valores
da proposta que venham a ser identificados após o encaminhamento do Projeto de Lei Orçamentária de
2024.
Art. 172. Não serão considerados prorrogados os prazos previstos nesta Lei e na Lei
Orçamentária de 2024 se o vencimento recair sobre dia em que não houver expediente ou este for
encerrado antes ou iniciado depois da hora normal.
Art. 173. Ato do Poder Executivo federal poderá alterar a relação de que trata o Anexo III
em razão de emenda à Constituição ou lei que crie ou extinga obrigações para a União.
§ 1º O Poder Executivo federal poderá incluir outras despesas na relação de que trata o
caput, desde que demonstre que constituem obrigação constitucional ou legal da União.
§ 2º As alterações referidas neste artigo serão publicadas no Diário Oficial da União e a
relação de que trata o Anexo III atualizada será incluída no relatório de que trata o § 4º do art. 71, relativo
ao bimestre em que ocorrer a publicação.
Art. 174. A retificação dos autógrafos dos Projetos da Lei Orçamentária de 2024 e dos
créditos adicionais, na hipótese de ser comprovado erro no processamento das deliberações no âmbito
do Congresso Nacional, somente poderá ocorrer, por meio de mensagem ao Presidente da República:
I - até o dia 17 de julho de 2024, no caso da Lei Orçamentária de 2024; ou
II - até trinta dias após a data de sua publicação no Diário Oficial da União e dentro do
exercício financeiro, no caso dos créditos adicionais.
§ 1º Encerrados os prazos de que trata o caput, ou após o dia 22 de dezembro de 2024,
o que ocorrer primeiro, a retificação poderá será feita, dentro do exercício financeiro, por meio da
abertura de créditos suplementares ou especiais, observado o disposto nos art. 54 e art. 55, ou por
intermédio das alterações admitidas no art. 52.
§ 2º Caso as retificações previstas nos incisos I e II do caput deixem as despesas
executadas sem cobertura orçamentária ou com dotação atual insuficiente, poderão ser adotados os
procedimentos previstos no § 2º do art. 72.
Art. 175. Os projetos e os autógrafos das leis de que trata o art. 165 da Constituição, e de
suas alterações, incluídas aquelas decorrentes do disposto no § 14 do art. 166 da Constituição, deverão
ser, reciprocamente, disponibilizados em meio eletrônico, inclusive em bancos de dados, quando for o
caso, na forma prevista por grupo técnico integrado por representantes dos Poderes Legislativo e
Executivo.
§ 1º A integridade entre os projetos de lei de que trata o caput, assim como aqueles
decorrentes do disposto no § 14 do art. 166 da Constituição, e os meios eletrônicos é de responsabilidade

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das unidades correspondentes do Ministério do Planejamento e Orçamento.
§ 2º A integridade entre os autógrafos referidos neste artigo, assim como as informações
decorrentes do disposto no § 14 do art. 166 da Constituição, e os meios eletrônicos é de responsabilidade
do Congresso Nacional.
§ 3º O banco de dados com as indicações de remanejamento de emendas individuais
enviado pelo Poder Legislativo ao Poder Executivo federal, em razão do disposto no § 14 do art. 166 da
Constituição, deverá conter a mesma estrutura do banco de dados das justificativas de impedimentos de
ordem técnica.
§ 4º O autógrafo de projetos de lei de créditos adicionais, incluídos os projetos de lei de
conversão de medidas provisórias de abertura de créditos extraordinários, deverá ser encaminhado pelo
Poder Legislativo em formato previamente acordado com o Poder Executivo federal ou, caso não haja
formato acordado, em arquivo do tipo planilha eletrônica, com os dados estruturados em colunas.
Art. 176. Integram esta Lei:
I - Anexo I - Relação dos quadros orçamentários consolidados;
II - Anexo II - Relação das informações complementares ao Projeto de Lei Orçamentária de
2024;
III - Anexo III - Despesas que não serão objeto de limitação de empenho, nos termos do
disposto no § 2º do art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal;
IV - Anexo IV - Metas fiscais;
V - Anexo V - Riscos fiscais; e
VI - Anexo VI - Objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial.
Art. 177. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília,

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EM nº 00020/2023 MPO

Brasília, 13 de Abril de 2023

Senhor Presidente da República,

1. Encaminho o anexo Projeto de Lei que “Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e a
execução da Lei Orçamentária de 2024 e dá outras providências”, em cumprimento ao disposto no
art. 165, § 2º, da Constituição Federal, e no art. 35, § 2º, inciso II, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias - ADCT.
2. A Constituição Federal de 1988 determina que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
deve compreender as metas e prioridades da administração pública federal, estabelecer as diretrizes
de política fiscal e respectivas metas, em consonância com a trajetória sustentável da dívida pública,
orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual, dispor sobre as alterações na legislação tributária,
estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento, além de definir os
limites e parâmetros para os demais Poderes, o Ministério Público da União (MPU) e a Defensoria
Pública da União (DPU) elaborarem suas respectivas propostas orçamentárias.
3. A Lei de Responsabilidade Fiscal, por seu turno, detalha os instrumentos que devem ser
adotados na LDO para a condução da política fiscal do governo, incluindo o estabelecimento de metas
fiscais para cada exercício financeiro. Nesse sentido, deverão ser definidos pela LDO os critérios para
a limitação de empenho das dotações aprovadas na Lei Orçamentária Anual (LOA), a serem aplicados
aos Poderes, ao MPU e à DPU, explicitada a margem de expansão das despesas primárias obrigatórias
de natureza continuada, bem como avaliados os riscos fiscais, e a situação atuarial e financeira dos
regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos, do Fundo de Amparo ao
Trabalhador, além de outros fundos e programas dessa natureza.
4. O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2024 (PLDO-2024) sinaliza novo
modelo de governança para as prioridades e metas da União, que envolve maior integração com o
planejamento governamental, além de evidenciar, no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2024
(PLOA-2024), as despesas que contribuem para o seu alcance, e a elaboração de projeções de médio
prazo. Tal formulação visa enfrentar limitações conhecidas do modelo anterior, relacionadas à
identificação das despesas correspondentes, à definição de metas para cada prioridade e ao
esclarecimento da natureza jurídica das metas. O modelo apresentado sinaliza o caminho a ser
perseguido no futuro, em relação ao ciclo orçamentário, em especial, no tocante à elaboração de
projeções de médio prazo. Como ocorre costumeiramente no primeiro ano de mandato do Chefe do
Poder Executivo, no momento de envio do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, não haverá
ainda o Projeto ou a Lei do Plano Plurianual (PPA) para o quadriênio seguinte. Por isso, observadas
as regras gerais estabelecidas na LDO, a definição das prioridades e metas de 2024 será atribuída à
lei do PPA 2024-2027.
5. Outro aspecto relevante diz respeito às regras sobre a governança de Agendas
Transversais e Multissetoriais no orçamento, que incluem: (1) a identificação das programações
relacionadas a essas agendas nas Informações Complementares ao PLOA-2024; e (2) a divulgação
de relatórios anuais após a execução do orçamento, até 30 de abril do ano subsequente. Tem-se como
objetivo facilitar a gestão orçamentária das referidas Agendas; dar transparência aos compromissos
assumidos pelo Governo federal com determinados públicos e temas, ampliando o exercício do
controle social; e disponibilizar informações estruturadas que facilitem a apreciação e a alocação de
recursos nessas agendas durante a tramitação do PLOA-2024. Cumpre salientar que esse arranjo não
afasta as regras sobre disponibilização dos relatórios da Mulher no Orçamento e da Agenda
Transversal e Multissetorial da Primeira Infância, presentes na LDO-2023, mas possibilita sua
ampliação para outras agendas.
6. Em relação à meta de resultado primário, o PLDO-2024 propõe regra que dialoga
diretamente com o novo arcabouço fiscal, citado no art. 6º da Emenda Constitucional nº 126, de 2 de
dezembro de 2022. O Projeto estabelece meta de resultado primário de R$ 0,00 (zero real), para os
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social (OFSS), e prevê intervalo de tolerância em montante
equivalente a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado para 2024, o que corresponde a
R$ 28.756.172.359,00, segundo os parâmetros adotados neste Projeto de Lei.
7. Ademais, uma vez que o art. 6º da citada Emenda prevê o encaminhamento, até 31 de
agosto de 2023, de projeto de lei complementar com o objetivo de instituir regime fiscal sustentável,
para garantir a estabilidade macroeconômica do País e criar as condições adequadas ao crescimento
socioeconômico, o § 3º do art. 2º do Projeto antevê a possibilidade de que o novo arcabouço fiscal
disponha sobre adequação dessa meta fiscal e do intervalo de tolerância, se necessário.
8. No cenário de não haver sanção da lei complementar referida acima, até a data
mencionada, o art. 23 do PLDO-2024 pretende possibilitar o envio do PLOA com despesas
condicionadas ao novo arcabouço fiscal. Tais despesas não poderiam ser executadas e não seriam
consideradas para fins de demonstração de compatibilidade com a meta e o teto de gastos vigentes.
Trata-se de sistemática semelhante à estabelecida para a regra de ouro, no art. 23 da LDO-2023 (art.
22 do PLDO-2024), que também prevê o envio no PLOA de despesas condicionadas à aprovação de
proposição legislativa prevista na Constituição, pendente de aprovação pelo Congresso Nacional.
9. Conforme o cenário, essa regra poderá ser fundamental para a elaboração do PLOA-2024,
dado que a ampliação dos limites individualizados estabelecidos no art. 107 do ADCT, de R$ 145,0
bilhões, promovida pela EC nº 126, de 2022, aplica-se exclusivamente ao exercício financeiro de
2023, o que, associado às demais regras aplicáveis ao Teto de Gastos para 2024, resultará em espaço
orçamentário irrealista, que não é capaz de proporcionar o adequado funcionamento da administração
pública federal e a continuidade de políticas públicas essenciais.
10. Em relação ao Programa de Dispêndios Globais, de que trata o inciso XXII do Anexo II
do PLDO-2024, o Projeto estabelece meta de déficit primário de R$ 7.312.117.949,00 (sete bilhões,
trezentos e doze milhões, cento e dezessete mil, novecentos e quarenta e nove reais). Além disso,
propõe a exclusão das empresas dos Grupos Petrobras e da ENBPar da referida meta, que seguem
regras de mercado e são administradas segundo princípios privados, as quais concorrem em igualdade
de condições com outras empresas dos respectivos setores. Em anos anteriores, essa exclusão
compreendia todas as empresas do Grupo Eletrobras, todavia, por conta do processo de privatização,
somente a Eletronuclear permanece como empresa estatal, passando a ser subsidiária integral da
ENBPar.
11. No tocante à transição de empresas estatais do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social
para o Orçamento de Investimento, o PLDO-2024 propõe a simplificação das condições estabelecidas
no § 2º do art. 6º da LDO-2023 para a apresentação de plano de sustentabilidade econômica e
financeira. Cumpre observar que tal regra não implica a transferência da empresa estatal dependente
para o Orçamento de Investimento, mas possibilita a apresentação de plano estruturado para melhoria
de sua situação econômica e financeira e, ao término do prazo, o exame pormenorizado de sua
condição de dependência. Os requisitos atuais para apresentação do plano não criam incentivos
adequados para a melhoria da situação econômica e financeira das empresas. Assim, apresenta-se
novo critério para a admissibilidade da análise do plano de sustentabilidade, que envolve a
comprovação de crescimento contínuo na arrecadação de receitas, e o atingimento de percentual
equivalente a 80% da soma de todas as suas despesas de pessoal e custeio em geral.
12. Quanto ao mínimo para investimentos em andamento, o PLDO-2024 estabelece, no
PLOA-2024, a proporção mínima de 9,2% do valor total de despesas primárias discricionárias do
Poder Executivo para investimentos em andamento. Tal percentual é superior ao previsto na LDO-
2023, de 8,8%, e, com base na metodologia adotada, decorre da ampliação desses investimentos em
relação ao total de despesas discricionárias em 2023.
13. Outro aspecto relevante do PLDO-2024 diz respeito ao Fundo Especial de Financiamento
de Campanhas (FEFC). Em 2024, haverá eleições municipais, e a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de
1997, a qual estabelece normas para as eleições, dispõe que:
Art. 16-C. O Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) é constituído por
dotações orçamentárias da União em ano eleitoral, em valor ao menos equivalente:
(...)
II - ao percentual do montante total dos recursos da reserva específica a programações
decorrentes de emendas de bancada estadual impositiva, que será encaminhado no projeto de lei
orçamentária anual.
14. O PLDO-2024 propõe estabelecer valor máximo para o FEFC, correspondente ao
autorizado para essas despesas no exercício de 2022. Ademais, em sintonia com o disposto na Lei nº
9.504, de 1997, eventual ampliação do montante previsto no inciso I do art. 16-C da Lei em comento,
poderá ser realizado com recursos da reserva para emendas de bancada estadual.
15. Cumpre ressaltar, ainda, a regra constante no art. 26 do PLDO-2024, que estabelece
requisitos mínimos para a reestimativa de receitas e de despesas obrigatórias, durante a tramitação do
PLOA. Como forma de aperfeiçoar e dar efetividade à regra constante no § 3º do art. 166 da
Constituição, e orientar a elaboração da LOA-2024, o art. 26 do Projeto dispõe que as receitas e as
despesas obrigatórias somente poderão ter a sua projeção alterada pelo Congresso Nacional se
comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal, fundamentado em manifestação de órgão
técnico competente, a qual deverá ser acompanhada de memória de cálculo com parâmetros
atualizados e baseados em estimativas oficiais.
16. O PLDO-2024 reforça a diretriz de priorização dos investimentos em andamento,
conforme § 12 do art. 165 e § 20 do art. 166 da Constituição, mediante incentivo à alocação de
emendas parlamentares nesses investimentos. Assim, para evitar o início e a paralisação de
investimentos realizados com recursos decorrentes de emendas, o PLDO prevê que elas sejam
destinadas, prioritariamente, a projetos em andamento, e quando dispuserem sobre o início de
investimento com duração superior a um exercício financeiro ou cuja execução já tenha sido iniciada
por emenda do autor, deverão ser objeto de emenda pelo mesmo autor, a cada exercício, até a
conclusão do investimento. Essa regra já está presente na LDO-2023, em relação às emendas de
bancada estadual, classificadas com RP 7, e passaria a compreender as outras modalidades de
emendas parlamentares, de modo a promover a continuidade dos investimentos.
17. Por fim, o Capítulo IX do PLDO-2024 apresenta novas regras sobre o impacto
orçamentário e financeiro de proposições legislativas e atos infralegais, que simplificam as
disposições anteriores, sem criar restrições adicionais em relação às medidas compensatórias
estabelecidas nos arts. 14 a 17 da Lei de Responsabilidade Fiscal. De modo geral, a nova redação
pretende dar maior clareza às condições para realização de renúncia de receita e aumento de Despesas
Obrigatórias de Caráter Continuado – DOCC. Entre as mudanças, foram excluídas as menções a atos
que importem, “direta ou indiretamente”, renúncia ou aumento de despesa, previstas nos arts. 131 e
132 da LDO-2023, uma vez que aumentam a complexidade e reduzem a segurança jurídica. Também
foram esclarecidos os procedimentos e requisitos aplicáveis aos atos infralegais, conferindo maior
previsibilidade sobre sua análise pelos órgãos competentes.
18. Destaque-se que o presente Projeto de Lei é resultado da participação dos órgãos setoriais
do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, ou equivalentes, dos Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União e dos
diversos órgãos técnicos envolvidos no processo de elaboração e execução orçamentária.
19. Finalmente, cabe reiterar a importância do Projeto de Lei em comento para o regramento
necessário à elaboração do Projeto e da Lei Orçamentária de 2024, sua aprovação e execução, e a
consolidação de bases fiscais necessárias ao alcance do crescimento sustentável do País.
20. Nessas condições, submeto à sua consideração o referido Projeto de Lei, que “Dispõe
sobre as diretrizes para a elaboração e a execução da Lei Orçamentária de 2024 e dá outras
providências.”
Respeitosamente,

Assinado eletronicamente por: Simone Nassar Tebet


 10080.100596/2023-52
 

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Casa Civil
 
                   OFÍCIO Nº 180/2023/CC/PR
Brasília, na data da assinatura digital.
 
A Sua Excelência o Senhor
Senador Rogério Carvalho
Primeiro Secretário
Senado Federal Bloco 2 – 2º Pavimento
70165-900 Brasília/DF
 
 
 
Assunto: Projeto de lei.
 
 
 
 
Senhor Primeiro Secretário,
 
 
Encaminho Mensagem do Senhor Vice-Presidente da República, no exercício do cargo de
Presidente da República, relativa ao projeto de lei que “Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e a
execução da Lei Orçamentária de 2024 e dá outras providências”.
 
 
 
Atenciosamente,
 
 

 
RUI COSTA
Ministro de Estado da Casa Civil
da Presidência da República

Documento assinado eletronicamente por Rui Costa dos Santos, Ministro de Estado da Casa Civil da Presidência da
República, em 14/04/2023, às 11:01, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no § 3º do art. 4º, do
Decreto nº 10.543, de 13 de novembro de 2020.

A autenticidade do documento pode ser conferida informando o código verificador 4161662 e o código CRC
C01A36C3 no site:
https://super.presidencia.gov.br/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Referência: Caso responda este Ofício, indicar expressamente o Processo nº 10080.100596/2023-52 SUPER nº 4161662

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Telefone: 61-3411-1121
CEP 70150-900 Brasília/DF - https://www.gov.br/planalto/pt-br

 
ANEXO I
RELAÇÃO DOS QUADROS ORÇAMENTÁRIOS CONSOLIDADOS

I - receita e despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, isoladas e


conjuntamente, segundo categorias econômicas, conforme o Anexo I à Lei nº 4.320, de 17 de março de
1964;
II - resumo das receitas dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, isolado e
conjuntamente, por categorias econômicas;
III - receitas de todas as fontes, por órgão e unidade orçamentária;
IV - resumo das despesas dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, isolado e
conjuntamente, por categorias econômicas e grupos de natureza de despesa;
V - despesas dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, isoladas e conjuntamente,
segundo o Poder, o órgão e a unidade orçamentária, por fontes de recursos e grupos de natureza de
despesa;
VI - despesas dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, isoladas e conjuntamente,
segundo a função e a subfunção, e o programa;
VII - fontes de recursos dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, isoladas e
conjuntamente, por grupos de natureza de despesa;
VIII - despesas que podem ser consideradas para aplicação mínima em ações e serviços
públicos de saúde, de acordo com o disposto na Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012, e no
art. 110 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, com detalhamento dos valores por órgão e
unidade orçamentária;
IX - programação referente à manutenção e ao desenvolvimento do ensino em nível de
órgão, com detalhamento das fontes de recursos e dos valores por categoria de programação;
X - demonstrativo dos resultados primário e nominal do Governo Central, com
detalhamento das receitas e despesas primárias e financeiras e a compatibilidade das despesas primárias
orçamentárias com as necessidades de financiamento do Governo Central e os limites estabelecidos no
art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
XI - serviço da dívida contratual e mobiliária por órgão e unidade orçamentária, com
detalhamento das fontes de recursos e dos grupos de natureza de despesa;
XII - fontes de recursos que financiam as despesas do Orçamento da Seguridade Social, de
forma a destacar as transferências do Orçamento Fiscal;
XIII - quadro com relação, em ordem alfabética, das ações classificadas na esfera da
seguridade social, com indicação do órgão orçamentário e da dotação orçamentária;
XIV - demonstração da vinculação entre as ações orçamentárias constantes dos Orçamentos
Fiscal e da Seguridade Social e os programas do Plano Plurianual 2024-2027, com especificação das
unidades orçamentárias executoras;
XV - relação das programações de que trata o art. 22 desta Lei, à conta de operações de
crédito sujeitas à aprovação do Congresso Nacional por maioria absoluta; e
XVI - resumo das fontes de financiamento e da despesa do Orçamento de Investimento, por
órgão, função, subfunção e programa.
ANEXO II
RELAÇÃO DAS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES AO PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA DE 2024

I - detalhamento dos custos unitários médios utilizados na elaboração dos orçamentos para
investimentos em obras de infraestrutura, alocados em projetos, com justificativa dos valores adotados;
II - programação orçamentária, com detalhamento por operações especiais, relativa à
concessão de empréstimos e aos respectivos subsídios, quando houver, no âmbito dos Orçamentos Fiscal
e da Seguridade Social;
III - as informações sobre gastos por unidade federativa, com indicação dos critérios
utilizados para distribuição dos recursos, em relação às áreas de:
a) assistência social;
b) educação;
c) desporto;
d) habitação;
e) saúde;
f) saneamento;
g) transportes; e
h) irrigação;
IV - despesa com pessoal e encargos sociais, por Poder, órgão e total, executada nos
exercícios de 2021 e 2022, a execução provável em 2023 e o programado para 2024, com a indicação da
representatividade percentual do total e por Poder em relação à receita corrente líquida, tal como definida
na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, e demonstração da
memória de cálculo;
V - memória de cálculo das estimativas para 2024, com indicação dos órgãos e das
entidades de competência técnica responsável pela estimativa previstos em regulamento:
a) de cada despesa a seguir relacionada, mês a mês, de modo a explicitar separadamente
as hipóteses e as justificativas quanto aos fatores que afetam o seu crescimento, incluídos o crescimento
vegetativo e do número de beneficiários, os índices de reajuste dos benefícios vinculados ao salário
mínimo e dos demais benefícios:
1. do Regime Geral de Previdência Social, com detalhamento dos benefícios urbanos, rurais
e dos decorrentes de sentenças judiciais e da compensação financeira entre o Regime Geral de Previdência
Social e os regimes de previdência de servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, assim como do impacto de eventuais medidas administrativas;
2. da Lei Orgânica de Assistência Social;
3. da renda mensal vitalícia;
4. do seguro-desemprego; e
5. do abono salarial;
b) do gasto com pessoal e encargos sociais, por órgão, com detalhamento dos valores
correspondentes aos concursos públicos, à reestruturação de carreiras, aos reajustes gerais e específicos,
e às demais despesas relevantes;
c) da reserva de contingência e das transferências constitucionais aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios;
d) da complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - Fundeb;
e) dos subsídios financeiros e creditícios concedidos pela União, que não incluirá os regimes
tributários diferenciados de que trata a alínea “d” do inciso III do caput do art. 146 da Constituição,
relacionados por espécie de benefício, com identificação, para cada um, do órgão gestor, do banco
operador, da legislação autorizativa e da região contemplada, em cumprimento ao disposto no § 6º do art.
165 da Constituição, considerados:
1. a discriminação dos subsídios orçamentários, com identificação dos códigos das ações
orçamentárias e dos efeitos sobre a obtenção do resultado primário (despesa primária ou financeira);
2. a discriminação dos subsídios não orçamentários, com identificação dos efeitos sobre a
obtenção do resultado primário (despesa primária ou financeira);
3. os valores realizados em 2021 e 2022;
4. os valores estimados para 2023 e 2024, acompanhados de suas memórias de cálculo; e
5. o efeito nas estimativas de cada ponto percentual de variação no custo de oportunidade
do Tesouro Nacional, quando aplicável; e
f) das despesas com juros nominais constantes do demonstrativo a que se refere o inciso X
do Anexo I;
VI - demonstrativo dos efeitos, por região, decorrentes dos benefícios tributários, com
indicação, por tributo, da perda de receita que lhes possa ser atribuída;
VII - demonstrativo da receita corrente líquida prevista na Proposta da Lei Orçamentária de
2024, de modo a explicitar a metodologia utilizada;
VIII - demonstrativo da desvinculação das receitas da União, por natureza de receita
orçamentária;
IX - demonstrativo do cumprimento da regra de ouro;
X - demonstrativo da receita orçamentária e inclusão do efeito da dedução de receitas
extraordinárias ou atípicas arrecadadas no período que servir de base para as projeções, que constarão
do demonstrativo pelos seus valores nominais absolutos, de modo a destacar os seguintes agregados:
a) receitas primárias:
1. brutas e líquidas de restituições, administradas pela Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, inclusive aquelas referentes à contribuição dos empregadores
e trabalhadores para o Regime Geral de Previdência Social, com os exercícios de 2022 a 2024 apresentados
mês a mês, de modo a destacar, para 2024, os efeitos da variação de índices de preços, das alterações da
legislação, inclusive das propostas de alteração na legislação, que se encontrem em tramitação no
Congresso Nacional, de iniciativa do Poder Executivo federal, e dos demais fatores que influenciem as
estimativas;
2. concessões e permissões, por serviços outorgados, apresentadas mês a mês;
3. compensações financeiras;
4. receitas próprias e de convênios, apresentadas por órgão; e
5. demais receitas primárias; e
b) receitas financeiras:
1. operações de crédito;
2. receitas próprias, apresentadas por órgão; e
3. demais receitas financeiras;
XI - demonstrativo da previsão por unidade orçamentária, por órgão, por Poder, pelo
Ministério Público da União e pela Defensoria Pública da União, e demonstrativo consolidado da União,
dos gastos a seguir relacionados, com detalhamento da dotação orçamentária constante do Projeto de Lei
Orçamentária de 2024, do número de beneficiários, do custo médio e do valor per capita praticado em
cada unidade orçamentária, do número e da data do ato legal autorizativo do referido valor per capita:
a) assistência médica e odontológica;
b) auxílio-alimentação ou refeição;
c) assistência pré-escolar; e
d) auxílio-transporte;
XII - estoque da Dívida Ativa da União, no exercício de 2022, e as estimativas para os
exercícios de 2023 e 2024, de modo a segregar por item de receita e identificar, separadamente, as
informações relativas ao Regime Geral de Previdência Social;
XIII - resultados primários das empresas estatais federais nos exercícios de 2021 e 2022, de
modo a destacar as principais empresas das demais, a execução provável para 2023 e a estimada para
2024, com separação, nas despesas, daquelas correspondentes a investimentos;
XIV - estimativas das receitas e das despesas adicionais, decorrentes do aumento do salário
mínimo em um ponto percentual e em R$ 1,00 (um real);
XV - conjunto de parâmetros estimados pela Secretaria de Política Econômica do Ministério
da Fazenda, utilizados na elaboração do Projeto de Lei Orçamentária de 2024, em formato de planilha
eletrônica, que contenha, no mínimo, para os exercícios de 2023 e 2024, as variações real e nominal do
Produto Interno Bruto - PIB, da massa salarial dos empregados com carteira assinada, do preço médio do
barril de petróleo tipo Brent, em dólar dos Estados Unidos da América, e das taxas mensais, nesses dois
exercícios, da média da taxa de câmbio do dólar dos Estados Unidos da América, da Taxa de Longo Prazo -
TLP, das importações, exceto de combustíveis, das aplicações financeiras, do volume comercializado de
gasolina e de diesel, da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - Selic, do Índice
Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -
IPCA e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, cuja atualização será encaminhada, em 22 de
novembro de 2023, pelo Ministério do Planejamento e Orçamento ao Presidente da Comissão Mista de
que trata o § 1º do art. 166 da Constituição;
XVI - em relação à dívida pública federal:
a) estimativas de despesas com amortização, juros e encargos da dívida pública mobiliária
federal interna e da dívida pública federal externa, em 2024, de modo a segregar o pagamento devido ao
Banco Central do Brasil e ao mercado;
b) estoque e composição percentual, por indexador, da dívida pública mobiliária federal
interna e da dívida pública federal, junto ao mercado e ao Banco Central do Brasil, em 31 de dezembro
dos três últimos anos, em 30 de junho de 2023, e as previsões para 31 de dezembro de 2023 e de 2024; e
c) demonstrativo, por identificador de doação e de operação de crédito, das dívidas
agrupadas em operações especiais no âmbito dos órgãos “Encargos Financeiros da União” e
“Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal”, em formato compatível com as informações
constantes do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - Siafi;
XVII - cadastro de ações utilizado na elaboração da proposta orçamentária, em meio
magnético, em formato de banco de dados para consulta, com, no mínimo, código, título, descrição,
produto e unidade de medida de cada uma das ações;
XVIII - evolução da despesa da União, de acordo com as categorias econômicas e os grupos
de natureza de despesa;
XIX - demonstrativo com as medidas de compensação às renúncias de receitas, em
observância ao disposto no inciso II do caput do art. 5º da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de
Responsabilidade Fiscal;
XX - demonstrativo do cumprimento do disposto no art. 42 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias;
XXI - atualização do anexo de riscos fiscais;
XXII - demonstrativo sintético, por empresa, do Programa de Dispêndios Globais, com
informação das fontes de financiamento e detalhamento mínimo igual ao estabelecido no § 3º do art. 51
desta Lei e a previsão da sua aplicação;
XXIII - metodologia e estimativa da distribuição da despesa dos Orçamentos Fiscal e da
Seguridade Social segundo a Classificação por Função de Governo das Nações Unidas (Classification of
Functions of Government);
XXIV - relação das ações e dos respectivos subtítulos, discriminada por órgão e unidade
orçamentária, nos quais serão apropriadas despesas de tecnologia da informação, inclusive hardware,
software e serviços, a qual deverá ser mantida atualizada na internet; e
XXV - resumo e demonstrativo das programações vinculadas às Agendas Transversais e
Multissetoriais selecionadas, contemplando no mínimo a participação da mulher nas despesas do
orçamento e a Agenda Transversal e Multissetorial da Primeira Infância.
ANEXO III
DESPESAS QUE NÃO SERÃO OBJETO DE LIMITAÇÃO DE EMPENHO, NOS TERMOS DO DISPOSTO NO § 2º
DO ART. 9º DA LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000 - LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

Seção I
Das despesas primárias que constituem obrigações constitucionais ou legais da União

I - alimentação escolar (Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009);


II - atenção à saúde da população para procedimentos em média e alta complexidade (Lei
nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990);
III - piso de atenção primária à saúde (Lei nº 8.142, de 1990);
IV - atendimento à população com medicamentos para tratamento de pessoas com
síndrome da imunodeficiência adquirida e outras doenças sexualmente transmissíveis (Lei nº 9.313, de 13
de novembro de 1996);
V - benefícios do Regime Geral de Previdência Social;
VI - bolsa de qualificação profissional concedida ao trabalhador com contrato de trabalho
suspenso (Medida Provisória nº 2.164-41, de 24 de agosto de 2001);
VII - cota-parte dos Estados e Distrito Federal exportadores na arrecadação do Imposto
sobre Produtos Industrializados - IPI (Lei Complementar nº 61, de 26 dezembro de 1989);
VIII - Programa Dinheiro Direto na Escola (Lei nº 11.947, de 2009);
IX - subvenção econômica no âmbito das Operações Oficiais de Crédito e dos Encargos
Financeiros da União;
X - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação - Fundeb (Emenda à Constituição nº 53, de 19 de dezembro de 2006, e Emenda
à Constituição nº 108, de 26 de agosto de 2020);
XI - Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos - Fundo Partidário, até o
limite mínimo estabelecido no inciso IV do caput do art. 38 da Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995;
XII - Fundo Especial de Financiamento de Campanha (art. 16-C da Lei nº 9.504, de 30 de
setembro de 1997);
XIII - complementação da União ao Fundeb (Emenda à Constituição nº 53, de 2006, e
Emenda à Constituição nº 108, de 2020);
XIV - promoção da assistência farmacêutica e insumos estratégicos na atenção básica em
saúde (Lei nº 8.142, de 1990);
XV - incentivo financeiro aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para execução
de ações de vigilância sanitária (Lei nº 8.142, de 1990);
XVI - incentivo financeiro aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios certificados para
a vigilância em saúde (Lei nº 8.142, de 1990);
XVII - indenizações e restituições relativas ao Programa de Garantia da Atividade
Agropecuária - Proagro incidentes a partir da data de entrada em vigor da Lei nº 8.171, de 17 de janeiro
de 1991;
XVIII - pagamento do benefício abono salarial (Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990);
XIX - pagamento do benefício de prestação continuada à pessoa idosa (Lei nº 8.742, de 7
de dezembro de 1993);
XX - pagamento do benefício de prestação continuada à pessoa com deficiência (Lei nº
8.742, de 1993);
XXI - pagamento do seguro-desemprego (Lei nº 7.998, de 1990);
XXII - pagamento do seguro-desemprego ao pescador artesanal (Lei nº 10.779, de 25 de
novembro de 2003);
XXIII - pagamento do seguro-desemprego ao trabalhador doméstico (Lei nº 10.208, de 23
de março de 2001);
XXIV - pessoal e encargos sociais, exceto contribuição patronal para o plano de seguridade
social do servidor público;
XXV - precatórios, requisições de pequeno valor, sentenças das empresas estatais
dependentes, sentenças de anistiados políticos, sentenças de tribunais internacionais e cumprimento da
decisão judicial em favor do Instituto Aerus de Seguridade Social (Processo nº 0010295-
77.2004.4.01.3400);
XXVI - transferências aos Estados e ao Distrito Federal da cota-parte do salário-educação (§
5º do art. 212 da Constituição);
XXVII - transferências constitucionais ou legais por repartição de receita;
XXVIII - transferências da receita de concursos de prognósticos (Lei nº 9.615, de 24 de março
de 1998 - Lei Pelé, e Lei nº 11.345, de 14 de setembro de 2006);
XXIX - benefícios aos servidores civis, empregados e militares e aos seus dependentes,
relativos às despesas com auxílio-alimentação ou refeição, assistência pré-escolar, assistência médica e
odontológica e auxílios-transporte, funeral, reclusão e natalidade, e salário-família;
XXX - subvenção econômica aos consumidores finais do sistema elétrico nacional
interligado (Lei nº 10.604, de 17 de dezembro de 2002);
XXXI - subsídio ao gás natural utilizado para geração de energia termelétrica (Lei nº 10.604,
de 2002);
XXXII - contribuição ao Fundo Garantia-Safra (Lei nº 10.700, de 9 de julho de 2003);
XXXIII - complemento da atualização monetária dos recursos do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço - FGTS (Lei Complementar nº 110, de 29 de junho de 2001);
XXXIV - manutenção da polícia civil, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar do
Distrito Federal e assistência financeira para execução de serviços públicos de saúde e educação (Lei nº
10.633, de 27 de dezembro de 2002);
XXXV - incentivo financeiro aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para ações de
prevenção e qualificação da atenção em síndrome da imunodeficiência adquirida e outras doenças
sexualmente transmissíveis e hepatites virais (Lei nº 8.142, de 1990);
XXXVI - pagamento de renda mensal vitalícia por idade (Lei nº 6.179, de 11 de dezembro de
1974);
XXXVII - pagamento de renda mensal vitalícia por invalidez (Lei nº 6.179, de 1974);
XXXVIII - pagamento do seguro-desemprego ao trabalhador resgatado de condição análoga
à de escravo (Lei nº 10.608, de 20 de dezembro de 2002);
XXXIX - auxílio-reabilitação psicossocial aos egressos de longas internações psiquiátricas no
sistema único de saúde - Programa de Volta Para Casa (Lei nº 10.708, de 31 de julho de 2003);
XL - apoio para aquisição e distribuição de medicamentos (componentes estratégico e
especializado, inclusive hemoderivados) da assistência farmacêutica (Lei nº 8.142, de 1990);
XLI - bolsa-educação especial concedida aos dependentes diretos dos trabalhadores vítimas
do acidente ocorrido na Base de Alcântara (Lei nº 10.821, de 18 de dezembro de 2003);
XLII - pagamento de benefícios concedidos em decorrência de previsão em legislação
especial, inclusive das pensões especiais indenizatórias, das indenizações a anistiados políticos e das
pensões do montepio civil federal;
XLIII - apoio ao transporte escolar (Lei nº 10.880, de 9 de junho de 2004);
XLIV - despesas relativas à aplicação das receitas de outorga de direitos de uso de recursos
hídricos, a que se referem os incisos I, III e V do caput do art. 12 da Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997
(Lei nº 10.881, de 9 de junho de 2004);
XLV - transferência temporária aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (Lei
Complementar nº 176, de 29 de dezembro de 2020);
XLVI - ressarcimento às empresas brasileiras de navegação (Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de
1997, Lei nº 10.893, de 13 de julho de 2004, e Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007);
XLVII - assistência jurídica integral e gratuita ao cidadão carente (inciso LXXIV do caput do
art. 5º da Constituição);
XLVIII - ressarcimento de recursos pagos pelas concessionárias e permissionárias de serviços
públicos de distribuição de energia elétrica (Lei nº 12.111, de 9 de dezembro de 2009);
XLIX - pagamento de indenização às concessionárias de energia elétrica pelos investimentos
vinculados a bens reversíveis ainda não amortizados ou não depreciados (Lei nº 12.783, de 11 de janeiro
de 2013);
L - imunobiológicos e insumos estratégicos para prevenção e controle de doenças (Lei nº
6.259, de 30 de outubro de 1975, e Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990);
LI - bolsa-educação especial concedida aos dependentes dos militares das Forças Armadas
falecidos na República do Haiti (Lei nº 12.257, de 15 de junho de 2010);
LII - remissão de dívidas decorrentes de operações de crédito rural (Lei nº 12.249, de 11 de
junho de 2010);
LIII - compensação ao Fundo do Regime Geral de Previdência Social (Lei nº 12.546, de 14
de dezembro de 2011);
LIV - fardamento dos militares das Forças Armadas (alínea “h” do inciso IV do caput do art.
50 da Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980, art. 2º da Medida Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto
de 2001, e art. 61 ao art. 64 do Decreto nº 4.307, de 18 de julho de 2002) e dos ex-Territórios (alínea “d”
do inciso I do caput do art. 2º e art. 65 da Lei nº 10.486, de 4 de julho de 2002);
LV - indenização devida a ocupantes de cargo efetivo das carreiras e planos especiais de
cargos, em exercício nas unidades situadas em localidades estratégicas vinculadas à prevenção, ao
controle, à fiscalização e à repressão dos delitos transfronteiriços (Lei nº 12.855, de 2 de setembro de
2013);
LVI - transferência aos Entes Federativos para o pagamento complementar dos vencimentos
dos agentes comunitários de saúde (§ 5º, § 7º e § 9º do art. 198 da Constituição e art. 9º-C da Lei nº 11.350,
de 5 de outubro de 2006);
LVII - transferência aos Entes Federativos para o pagamento complementar dos
vencimentos dos agentes de combate a endemias (§ 5º, § 7º e § 9º do art. 198 da Constituição e art. 9º-C
da Lei nº 11.350, de 2006);
LVIII - movimentação de militares das Forças Armadas (alíneas “b” e “c” do inciso I do caput
do art. 2º e inciso X do caput e alínea “a” do inciso XI do caput do art. 3º da Medida Provisória nº 2.215-
10, de 2001) e dos ex-Territórios (alíneas “b” e “c” do inciso I do caput do art. 2º e art. 65 da Lei nº 10.486,
de 2002);
LIX - auxílio-familiar e indenização de representação no exterior devidos aos servidores
públicos e militares em serviço no exterior (alíneas “a” e “b” do inciso III do caput do art. 8º da Lei nº
5.809, de 10 de outubro de 1972);
LX - Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro - Sisceab (alínea “c” do inciso XII do
caput do art. 21 da Constituição, incisos I e II do caput do art. 18 da Lei Complementar nº 97, de 9 de
junho de 1999, e art. 8º da Lei nº 6.009, de 26 de dezembro de 1973);
LXI - Fundo Penitenciário Nacional - Funpen (Lei Complementar nº 79, de 7 de janeiro de
1994, e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 347/DF, de 2015);
LXII - despesas do Fundo Nacional de Segurança Pública - FNSP (Lei nº 10.201, de 14 de
fevereiro de 2001, Lei nº 13.756, de 12 de dezembro de 2018, Decreto nº 9.609, de 12 de dezembro de
2018, e Medida Cautelar na Ação Cível Originária nº 3.329/DF, de 2019);
LXIII - despesas relacionadas à manutenção e à ampliação da rede de balizamento marítimo,
fluvial e lacustre (alínea “d” do inciso XII do caput do art. 21 da Constituição, incisos I e II do caput do art.
17 da Lei Complementar nº 97, de 1999, art. 2º e art. 6º do Decreto-Lei nº 1.023, de 21 de outubro de
1969, e art. 1º do Decreto nº 70.198, de 24 de fevereiro de 1972);
LXIV - auxílio-inclusão às Pessoas com Deficiência (Lei nº 14.176, de 22 de junho de 2021);
LXV - transferência direta e condicionada de renda às famílias beneficiárias do Programa
Bolsa Família (Medida Provisória nº 1.164, de 2 de março de 2023);
LXVI - apoio aos entes federativos por meio do Índice de Gestão Descentralizada do
Programa Bolsa Família e do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – IGD (Medida
Provisória nº 1.164, de 2023);
LXVII - Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (Lei nº 14.399, de 8 de julho de
2022);
LXVIII - habilitação e reabilitação profissional dos segurados, inclusive aposentados, da
Previdência Social (art. 90 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991);
LXIX - registro e fiscalização de produtos controlados (Lei nº 10.834, de 29 de dezembro de
2003);
LXX - contribuições regulares estabelecidas por acordo internacional, celebrado entre a
República Federativa do Brasil e organismos internacionais, e as integralizações de cotas para a
constituição inicial do capital de bancos e fundos internacionais, constituídos de acordo com as normas
do direito internacional público, que tenham sido internalizados no ordenamento jurídico brasileiro
consoante o rito previsto no inciso I do caput do art. 49 e no inciso VIII do caput do art. 84 Constituição; e
LXXI - assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
para o Pagamento do Piso Salarial dos Profissionais da Enfermagem (§ 14 do art. 198 da Constituição).

Seção II
Das despesas financeiras que constituem obrigações constitucionais ou legais da União

I - financiamento de programas de desenvolvimento econômico a cargo do Banco Nacional


de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (§ 1º do art. 239 da Constituição);
II - contribuição patronal para o plano de seguridade social do servidor público (pessoal e
encargos sociais);
III - serviço da dívida; e
IV - financiamentos no âmbito do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte - FNO,
do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste - FNE e do Fundo Constitucional de Financiamento
do Centro-Oeste - FCO (Lei nº 10.633, de 2002).
Anexo IV
Metas Fiscais
Introdução
(Art. 4o, § 1o, § 2o, da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000)

A Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, estabelece, em seu artigo 4o, que
integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas Fiscais. Em cumprimento a essa
determinação legal, o referido Anexo inclui os seguintes demonstrativos:

a) Avaliação do cumprimento das metas relativas a 2022;

b) Metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas aos resultados nominal


e primário e montante da dívida, instruído com memória e metodologia de cálculo que
justifiquem os resultados pretendidos, evidenciando a consistência das metas com as
premissas e os objetivos da política econômica nacional;

c) Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a


origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;

d) Avaliação de projeções atuariais:

▪ do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, elaborada pela Secretaria de


Previdência, do Ministério da Previdência Social, SPREV/MPS, com base em
modelo demográfico-atuarial, levando em conta a estrutura previdenciária
existente, o comportamento demográfico, a trajetória do mercado de
trabalho e transições da condição de contribuinte para a inatividade para
determinação dos montantes de receita e de despesa;
▪ do Regime de Previdência dos Servidores Públicos Civis, elaborada pela
SPREV/MPS;
▪ do Regime de Previdência dos Militares, elaborada pelo Ministério da Defesa
- MD;
▪ dos Benefícios de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social
- LOAS, elaborada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social,
Família e Combate à Fome, tomando por base o modelo de concessão de
benefícios, sua tendência, a evolução do nível de renda da população e o
comportamento demográfico; e
▪ do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, considerando o desempenho
econômico-financeiro do fundo e as projeções de receitas e despesas;
e) Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita; e
f) Margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
Anexo IV
Metas Fiscais
IV.1 Anexo de Metas Fiscais Anuais
(Art. 4o, § 1º da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000)

ANEXO DE METAS ANUAIS

A) Introdução
O Anexo de Metas Fiscais integra o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias -
PLDO, tendo em vista a determinação contida no § 1º do art. 4º da Lei Complementar
nº 101, de 4 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF. No referido Anexo,
são estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas,
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício
a que se referirem e para os dois seguintes.
Nesse sentido, são apresentadas as perspectivas econômicas com base no cenário
projetado para os exercícios de 2024 a 2026, com a estimativa dos principais parâmetros
macroeconômicos necessários à elaboração do cenário fiscal referente a esse período.
Com base em tais projeções, são definidos os objetivos e a estratégia de política fiscal
para os próximos anos, assim como mencionadas as medidas necessárias para seu
atingimento.
Posteriormente, é apresentado o cenário fiscal para os exercícios de 2024 a 2026,
contendo as projeções de resultado primário para o setor público não-financeiro
consolidado, junto com a estimativa dos principais agregados de receitas e despesas
primárias do Governo Central para aqueles anos. Também são explicitados os resultados
nominais obtidos no período em questão, dado o cenário estabelecido, bem como a
trajetória da dívida pública.

B) Perspectivas Econômicas

Em 2022, o PIB variou 2,9%, após alta de 5,0% no ano anterior. A desaceleração
no ritmo de atividade ocorreu em todos os setores produtivos. No caso da atividade
agropecuária, houve retração de 1,7%, ante alta de 0,3% em 2021. Na Indústria, a
atividade desacelerou de 4,8% para 1,6%, enquanto em Serviços a desaceleração foi de
5,2% para 4,2%. Pela ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 4,3%, superior
à alta de 3,7% do ano anterior. O consumo do governo, no entanto, desacelerou de 3,5%
para 1,5% e a FBCF arrefeceu de 16,5% para 0,9%. As importações desaceleraram para
0,8%, ante 12,0% em 2021, e as exportações variaram 5,5%, ante 5,9% no ano anterior.
A desaceleração da atividade em 2022 ocorreu em paralelo à desaceleração do
saldo e das concessões de crédito bancário e ao aumento das taxas de juros. No mercado
de capitais privado, houve redução das emissões de títulos privados e aumento dos
spreads, e não ocorreram novas emissões primárias de ações ao longo de todo o
segundo semestre de 2022.
A redução no ritmo de crescimento deve permanecer sendo observada ao longo
de 2023, repercutindo os efeitos defasados do ciclo de elevação dos juros sobre a
atividade e mercado de crédito. O alto patamar de endividamento, comprometimento
de renda e inadimplência das famílias deve seguir afetando o consumo e as atividades
no setor de Serviços, enquanto na Indústria, o alto custo do crédito tende a dificultar a
tomada de novos empréstimos para investimentos produtivos. No mercado de crédito,
além dos altos juros, deve pesar o aumento da aversão a risco decorrente da reduzida
liquidez em âmbito mundial.
Dentre os vetores positivos para a atividade em 2023, destaca-se a perspectiva de
safra recorde de grãos, que deve impulsionar o setor agropecuário. A indústria extrativa
mineral deverá se beneficiar com as projeções de maior crescimento na China, enquanto
algum impulso também poderá ser observado na indústria de construção, com o retorno
do Programa de Aceleração do Crescimento e do Minha Casa, Minha Vida.
Vale destacar, ainda, o impacto positivo que as medidas e os programas de
proteção social e de facilitação do crédito podem gerar na atividade, contrabalanceando
o cenário no mercado de crédito. Destacam-se, nesse sentido, a elevação real do valor
do salário-mínimo, a implementação de proposta de maior faixa de isenção de imposto
de renda, os novos programas de transferência de renda (Bolsa-Família) e de
renegociação de dívidas das famílias (Desenrola) e a extensão do prazo de contratação
e carência do Pronampe e PEAC.
A conjunção desses fatores deve levar a um crescimento de 1,6% do PIB em 2023.
Para 2024, no entanto, a projeção é de crescimento de 2,34%. O ciclo monetário mais
expansionista tanto no cenário doméstico como no internacional deverá trazer
contribuições positivas para o ritmo de atividade, ao contrário do esperado para 2023.
As reformas tributária, regulatória e fiscal também devem colaborar para impulsionar a
atividade econômica, permitindo a redução estrutural dos juros e facilitando decisões
de investimento e consumo.
Nos anos seguintes, a economia deverá contar, adicionalmente, com a maturação
dos investimentos previstos no Plano de Transição Ecológica que, em consonância com
a redução da desigualdade e aumento da inclusão, deverá elevar a taxa de crescimento
de longo prazo para um patamar de 2,50% ao ano.
Para a inflação, a expectativa é que o processo de desaceleração em curso se
mantenha em 2023. Projeta-se desaceleração do IPCA de 5,8% em 2022 para 5,3% em
2023. O processo de convergência dos preços tem como premissa principal um
arrefecimento pronunciado na inflação de alimentação no domicílio e de bens
industriais, repercutindo a normalização das cadeias de produção, antes afetadas pela
pandemia e pela guerra na Ucrânia. A desinflação em serviços deverá ser mais intensa
para serviços subjacentes, em resposta à abertura do hiato do produto. Para os preços
monitorados, em contrapartida, a expectativa é de aceleração, repercutindo o retorno
dos impostos em combustíveis e maiores reajustes para tarifas com alguma parcela de
indexação.
De 2024 em diante, projeta-se IPCA dentro do intervalo da meta. Em 2024, a
variação esperada para o índice é de 3,5% e nos anos posteriores, a previsão é de
convergência para o centro da meta, de 3,0%.
Para o INPC, a projeção é de variação de 5,16% em 2023, ante 5,93% em 2022. A
desaceleração mais acentuada nos preços de alimentação no domicílio em paralelo à
reoneração dos combustíveis explica a menor variação prevista para esse índice
comparativamente ao IPCA. Nos anos posteriores, a inflação medida pelo índice deverá
girar em torno de 3,10%.
O IGP-DI de 2023 deve fechar em 3,85%, de 5,03% em 2022. A desaceleração
deverá ser verificada para todos os subíndices de preço, com destaque para a
desinflação do IPA. Nos anos seguintes, a perspectiva é de variação em cerca de 3,50%.
As projeções de taxa over Selic e de câmbio no cenário considerado são similares
às medianas do Focus/BCB. Para a Selic, o mercado projeta desaceleração gradual,
enquanto para o câmbio, a expectativa é de estabilidade, em torno de R$/US$ 5,25-5,30.
As cotações consideradas para o Brent seguem as de contratos futuros e evidenciam
expectativa de queda gradual dos preços do petróleo, de US$ 78,06/barril em 2024 para
US$ 73,67/barril em 2025 e US$ 70,22/barril em 2026.
Para o salário-mínimo, considerou-se correção pelo INPC, em consonância com o
previsto no inciso IV do Art. 7º da Constituição Federal, acrescida de ganho real para a
base de 2023. Nesse cenário, e ainda considerando expansão média de 3,93% ao ano
para o rendimento nominal e de 0,51% ao ano para a população ocupada com carteira,
a massa salarial nominal deve variar aproximadamente 4,45% na média de 2024 a 2026.
Tabela 1: Grade de Parâmetros Macroeconômicos
PARÂMETROS 2024 2025 2026
PIB real (%) 2,3 2,8 2,4
PIB nominal (R$ bilhões) 11.502,5 12.322,0 13.083,0
IPCA acumulado (%) 3,5 3,0 3,0
INPC acumulado (%) 3,3 3,1 3,1
IGP-DI acumulado (%) 3,8 3,5 3,5
Taxa Over - SELIC Acum ano (%) 11,1 9,4 8,8
Taxa de Câmbio Média (R$/US$) 5,3 5,3 5,3
Preço Médio do Petróleo (US$/barril) 78,1 73,7 70,2
Valor do Salário Mínimo (R$ 1,00) 1.389 1.435 1.481
Massa Salarial Nominal (%) 5,5 4,1 3,8
Fonte: SPE/MF. Elaboração:SOF/MPO.
C) Estratégia de Política Fiscal

C.1) Introdução
O objetivo central da política fiscal no médio prazo é proporcionar à população
o acesso aos serviços públicos garantidos como direitos constitucionais, a manutenção,
retomada e inauguração de políticas públicas com foco na melhoria do bem-estar social,
a suavização de ciclos econômicos, concomitantemente ao controle da trajetória de
crescimento da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Para tanto, o
governo federal busca o equilíbrio das contas públicas por intermédio do controle e do
monitoramento do crescimento da despesa, bem como o acompanhamento e revisão
da arrecadação dos tributos federais, tomando medidas tempestivas para a correção de
desvios, maior equidade quanto ao custeamento do Estado de bem-estar social e
prevenção quanto à materialização de riscos fiscais com impacto relevante nos curto e
médio prazos.
Políticas fiscais bem elaboradas e que tenham componente anticíclico, mas
dentro de um arcabouço que prima por responsabilidade fiscal, podem mitigar os
problemas sociais que atualmente assolam a população brasileira, como a fome, a
precarização dos serviços públicos e a desigualdade.
No contexto atual, uma diretriz importante que a política fiscal deve buscar é
mitigar os efeitos adversos das mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, aumentar o
bem-estar da população. Os efeitos oriundos das mudanças climáticas continuarão a
aumentar a frequência e a gravidade dos desastres naturais, além de trazerem impactos
adversos para a vida cotidiana da população. Além da perda de vidas humanas, os
efeitos das mudanças climáticas podem aumentar a taxa de incidência de determinadas
doenças, destruir propriedades comerciais e privadas, danificar a infraestrutura, reduzir
a produtividade agrícola e desacelerar o crescimento econômico. Além disso, a perda de
receitas fiscais e o aumento dos gastos públicos para mitigação dos efeitos, assistência
e reconstrução podem sobrecarregar os orçamentos dos governos. Sem políticas fiscais
proativas e de planejamento, esses custos podem impedir ou reverter os ganhos de
desenvolvimento obtidos até o momento.
Para criar a capacidade para que a política fiscal possa atender a esses objetivos,
o Governo Federal tem o objetivo explícito de conter o déficit público, de modo a criar
as condições para a redução da taxa de juros, harmonizando política fiscal e monetária.
No que se refere às medidas planejadas pelo governo federal com este intuito, a atuação
ocorrerá em três frentes: i) recomposição da carga tributária que foi reduzida em
percentual do PIB em 2022 a partir de benefícios tributários e desonerações; ii) revisão
e análise de despesas; e iii) definição de um novo arcabouço fiscal, crível e sustentável,
para dar sustentabilidade fiscal ao crescimento das despesas e ancorar expectativas
acerca da trajetória da dívida pública. A reforma tributária também será um importante
pilar da condução da política fiscal, já que prima por promover ganhos de eficiência na
economia brasileira e, com isso, impulsionar o crescimento e as receitas. Vale ressaltar
que, do ponto de vista da carga tributária, a reforma da tributação do consumo será
fiscalmente neutra.

C.2) Recomposição de receitas e revisão e análise de despesas

Em relação à recomposição de receitas e revisão de despesas, deve-se destacar


que ainda no mês de janeiro o Ministério da Fazenda anunciou um primeiro conjunto de
iniciativas que, se realizadas em sua totalidade, podem reduzir o déficit fiscal previsto
no orçamento de 2023 (de 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) - R$ 231,6 bilhões).
Do lado da receita, as medidas incluem: (i) reestimativa de receitas em relação
ao projetado no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2023, no montante de R$ 36,4
bilhões; (ii) ações de receitas permanentes, no valor de R$ 83,28 bilhões, incluindo
medidas relacionadas a PIS/Cofins sobre receita financeira e combustíveis, medidas de
redução de litigiosidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), entre
as quais destacam-se o programa "Litígio Zero" de renegociação de dívidas tributárias e
de incentivo a denúncias espontâneas, e exclusão do ICMS da base de cálculo dos
créditos do PIS/COFINS, em conformidade com decisão prévia do Supremo Tribunal
Federal (STF); e (iii) ações de receitas extraordinárias, no valor de R$ 73 bilhões,
referentes a receitas primárias com ativos do PIS/PASEP e aos impactos das mesmas
medidas de redução de litigiosidade no CARF e de incentivo a denúncias espontâneas.
O impacto esperado sobre a receita seria da ordem de R$ 193 bilhões. A seguir, essas
medidas serão mais bem detalhadas.
O Programa de Redução de Litigiosidade Fiscal (PRLF), também conhecido
por "Programa Litígio Zero", é originário da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 1, de 12 de
janeiro de 2023. Trata-se de uma medida excepcional de regularização fiscal, podendo
ser utilizada por intermédio da realização da transação resolutiva de litígio
administrativo tributário no âmbito da Delegacia da Receita Federal de Julgamento
(DRJ), no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) e de pequeno valor no
contencioso administrativo ou inscrito em Dívida Ativa da União. São os principais
objetivos do programa: (i) permitir, mediante concessões recíprocas, a resolução de
conflitos sociais; (ii) permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego e da renda
dos trabalhadores; (iii) assegurar que a cobrança dos créditos tributários em
contencioso administrativo tributário seja realizada de forma a ajustar a expectativa de
recebimento à capacidade de geração de resultados dos contribuintes; e (iv) efetivar o
princípio constitucional da razoável duração dos processos o âmbito da Administração
Tributária Federal. Os créditos serão classificados em ordem decrescente de
recuperabilidade, sendo: créditos tipos A (com alta perspectiva de recuperação);
créditos tipos B (com média perspectiva de recuperação); créditos tipo C (considerados
de difícil recuperação); ou créditos tipo D (considerados irrecuperáveis).
São considerados irrecuperáveis os créditos tributários em contencioso
administrativo fiscal, no rito do Decreto nº 70.235/1972, há mais de 10 anos. Além disso,
conforme o disposto no Capítulo II da Portaria PGFN nº 6.757/2022, serão considerados
irrecuperáveis se, entre outros quesitos, os créditos estiverem inscritos em Dívida Ativa
há mais de 15 anos e sem anotação atual de garantia ou suspensão de exigibilidade ou
com exigibilidade suspensa por decisão judicial, nos termos do art. 151, IV ou V, da Lei
nº 5.172/1966 (Código Tributário Nacional), há mais de 10 anos. Em relação a um valor
mínimo de prestação, qualquer que seja a modalidade de pagamento escolhida, o valor
mínimo da prestação será de R$ 100 para a pessoa física, de R$ 300 para a microempresa
ou a empresa de pequeno porte, e de R$ 500 para pessoa jurídica, hipótese em que o
número de prestações deverá se ajustar ao valor do débito incluído na transação. No
que se refere ao prazo de adesão ao PRLF, foi determinado das 8 horas de 1º de fevereiro
de 2023 até às 19 horas (horário de Brasília) de 31 de março de 2023.
A Secretaria Especial da Receita Federal poderá oferecer métodos preventivos
para a autorregularização de obrigações principais ou acessórias relativas a tributos por
ela administrados, e estabelecer programas de conformidade para prevenir conflitos e
assegurar o diálogo e a compreensão de divergências acerca da aplicação da legislação
tributária. A comunicação ao sujeito passivo, para fins de resolução de divergências ou
inconsistências, realizada previamente à intimação, não configura início de
procedimento fiscal. Assim, o contribuinte poderá regularizar sua situação fiscal sem a
cobrança de multas. Até 30 de abril de 2023, na hipótese de o sujeito passivo confessar
e, concomitantemente, efetuar o pagamento do valor integral dos tributos devidos,
após o início do procedimento fiscal e antes da constituição do crédito tributário, fica
afastada a incidência da multa de mora e da multa de ofício. Isso se refere
exclusivamente aos procedimentos fiscais iniciados até a data de entrada em vigor da
MP.
No conjunto de medidas anunciadas para a recuperação da situação fiscal, outro
destaque foi a situação avaliada pela equipe econômica como insustentável no âmbito
do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). O estoque de processos
administrativos no Conselho vem oscilando em torno de 100 mil desde 2018. O valor,
que girava em torno de R$ 600 bilhões entre dezembro de 2015 e dezembro de 2019,
saltou para mais de R$ 1 trilhão em outubro de 2022. A Medida Provisória nº 1.160, de
12 de janeiro de 2023, revoga o fim do voto de qualidade no CARF, para que o governo
federal tenha o voto final nas decisões do Conselho, ao contrário do que ocorre hoje.
Atualmente, na hipótese de empate, o contribuinte vence o embate com a União, o que
vai contra os interesses da sociedade.
Além disso, a Medida Provisória nº 1.159, de 12 de janeiro de 2023, exclui o
Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) da
incidência e da base de cálculo dos créditos do Programa de Integração
Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Dessa forma, o
governo federal acata a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionada à
matéria.
No Recurso Extraordinário nº 574.706, o STF decidiu que o ICMS não integra a
base de cálculo de incidência da contribuição para o PIS/Pasep e Cofins. Essa decisão
vincula à administração tributária federal, por força do disposto nos artigos 19 e 19-A
da Lei nº 10.522/2002. Dessa forma, quando uma empresa vende uma mercadoria ou
presta um dos serviços alcançados pelo imposto, o ICMS relativo a essa operação deixou
de ser considerado como receita para fins de apuração das contribuições. No entanto,
quando a empresa compra uma mercadoria ou serviço, o ICMS relativo a essa operação
ainda seria considerado como parte integrante do crédito das referidas contribuições,
distorcendo o regime de apuração não cumulativa e causando o esvaziamento na
arrecadação das contribuições, cujo valor é destinado à Seguridade Social. A MP
anunciada instrumentaliza a adequação do entendimento relativo à exclusão do ICMS,
tanto na incidência sobre as receitas, quanto na base de cálculo dos créditos das
contribuições. Além disso, consolida em lei a obrigatoriedade de o contribuinte realizar
a exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos das contribuições.
Assim, com essa medida, o objetivo do governo é afastar a insegurança jurídica
em relação aos creditamentos. Os tributos PIS/Pasep e Cofins não serão calculados
sobre o ICMS e, coerentemente, os créditos tampouco serão computados dessa forma,
evitando-se, com isso, o duplo creditamento.
Deve-se destacar que os créditos tributários são decorrentes de tributos pagos a
mais ao longo da cadeia produtiva e que podem ser devolvidos às empresas ou usados
para o abatimento no pagamento de outros tributos. O governo definiu que os créditos
de PIS/Cofins não serão calculados sobre o ICMS, apenas sobre a base de cálculo
determinada pelo STF, o que trará aumento de arrecadação para a União.
O governo editou a Medida Provisória nº 1.163, de 28 de fevereiro de 2023, com
a reoneração parcial do PIS/COFINS da gasolina e do etanol. Considera-se que a gasolina
e o etanol estarão completamente reonerados a partir de julho. Na gasolina, o imposto
volta para 47 centavos por litro, comparado a 69 centavos anteriormente, enquanto
para o álcool, será de 2 centavos (ante 24 centavos), com uma cobrança menor nesse
combustível pelo fato de ser renovável. Além da reoneração parcial, o governo também
anunciou um imposto sobre exportações de petróleo cru de 9,2%, a valer por 4 meses,
de maneira a compensar a reoneração apenas parcial dos combustíveis.
O quadro fiscal tem se mostrado compatível com o déficit esperado para o ano
de 2023. Por um lado, a arrecadação das receitas federais desacelerou de forma mais
gradual do que o esperado, permitindo resultados positivos para a União no início do
ano. Por sua vez, a reoneração dos tributos federais sobre os combustíveis, ainda que
de forma parcial, pode contribuir na recomposição das receitas.
Do lado da despesa, as medidas anunciadas também em janeiro de 2023
levariam a uma redução de cerca de R$ 50 bilhões, destacando-se a revisão de contratos
e programas do governo federal, com economia estimada em R$ 25 bilhões.
No que se refere aos Contratos Administrativos e Políticas Públicas, a Portaria
Interministerial nº 01, de 11 de janeiro de 2023, assinada conjuntamente pelo Ministério
da Fazenda, Ministério do Planejamento e Orçamento, assim como Ministério da Gestão
e Inovação em Serviços Públicos, dispõe sobre a implementação de ações voltadas à
avaliação e ao aprimoramento da política de gestão de custos e de programas no âmbito
do poder Executivo federal, com o objetivo de aumentar a capacidade de investimentos
da União. Essas ações têm como foco a revisão e renegociação de contratos
administrativos para a supressão de parcela quantitativa de objeto contratual, bem
como a diminuição de valores contratuais mediante acordo entre as partes, observada
a legislação. O disposto na portaria se aplica aos contratos administrativos com valores
superiores a R$ 1 milhão.
Os órgãos da Administração direta do Executivo federal deverão avaliar a
necessidade de manutenção dos contratos administrativos vigentes que envolvam o
dispêndio de recursos financeiros, bem como as condições atualmente ajustadas.
Constatada a necessidade de manutenção dos contratos administrativos, os órgãos
deverão realizar tratativas para renegociação, observadas as normas e princípios de
contratação pública, em especial, quanto à publicidade, eficiência e economicidade. A
renegociação dos contratos administrativos deve visar à obtenção de redução dos
valores residuais. Uma vez constatada desnecessária a manutenção dos contratos
administrativos, deve ser avaliada a possibilidade de extinção por acordo entre as
partes, de extinção unilateral ou de escoamento da sua vigência sem nova prorrogação,
observadas as hipóteses previstas na legislação.
Os órgãos da Administração direta do Executivo federal deverão, no prazo
máximo de 60 dias – a contar da data de publicação da portaria –, encaminhar ao
Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP) relatório
intermediário contendo descritivo do estágio em que se encontra a revisão e
renegociação. No prazo máximo de 180 dias, encaminhar ao CMAP relatório final
contendo informações sobre os instrumentos que foram reduzidos e aqueles que foram
extintos, esclarecendo os resultados alcançados em função da renegociação realizada,
bem como a economia de recursos produzida em decorrência da respectiva extinção ou
revisão.
Por sua vez, o Decreto nº 11.380, de 12 de janeiro de 2023, dispõe sobre a
avaliação relacionada à manutenção de Restos a Pagar não processados. Determina a
implementação de ações, no âmbito da Administração direta do Poder Executivo
federal, para avaliação quanto à manutenção de saldo de Restos a Pagar não
processados, com o objetivo de avaliar a pertinência e a adequação de sua manutenção.
O disposto no decreto se aplica aos Restos a Pagar com valores superiores a R$ 1 milhão.
A Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda promoverá, no prazo de até
cinco dias após a data de publicação do decreto, o bloqueio, em contas contábeis
específicas do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
(Siafi), dos Restos a Pagar não processados dos órgãos do Executivo federal inscritos até
o exercício de 2022. Não serão objeto de bloqueio os Restos a Pagar não processados
relativos a despesas do Ministério da Saúde; decorrentes de emendas individuais
impositivas discriminadas com identificador de resultado primário 6, cujos empenhos
tenham sido emitidos a partir do exercício financeiro de 2016; e aqueles decorrentes de
emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de estado ou do Distrito Federal
impositivas discriminadas com identificador de resultado primário 7, cujos empenhos
tenham sido emitidos a partir do exercício financeiro de 2020. As unidades gestoras
responsáveis pela execução das despesas poderão desbloquear os Restos a Pagar não
processados ou, alternativamente, solicitar o cancelamento dos saldos, na hipótese de
inadequação, respectivamente, do bloqueio ou da manutenção dos saldos.
Caso se efetivem parcialmente os impactos esperados de todas as ampliações de
receitas e reduções de despesas anunciadas, a estimativa é que o déficit primário do
governo central em 2023 deverá situar-se entre 0,5% e 1% do PIB, o que representa uma
melhora em relação ao déficit previsto ao final de 2022 de pelo menos 1,2 p.p. do PIB.

C.3) Novo Arcabouço de Regras Fiscais


Desde sua adoção em 2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000) constituiu a pedra angular do arcabouço
fiscal institucional no Brasil. A LRF fortaleceu a transparência e a disciplina fiscal em
todos os níveis de governo por meio da previsão de tetos para os gastos com pessoal e
de metas anuais para o resultado primário.
Não conseguiu, no entanto, impedir aumentos substanciais do gasto primário,
especialmente em anos de expansão econômica, e queda relevante dos gastos nos anos
de retração econômica, mostrando-se altamente pró-cíclica. Além disso, em anos mais
recentes, a LRF não conseguiu conter a expansão da dívida pública em proporção do PIB.
Alguns requisitos previstos na LRF não chegaram a ser implementados, incluindo a
definição pelo Senado Federal de um teto para a dívida federal em relação às receitas
líquidas e a criação de um Conselho de Gestão Fiscal encarregado de garantir
transparência e padrões contábeis uniformes em todo o setor público. Com a
deterioração do cenário econômico nos anos 2010, que contou com baixa taxa de
crescimento real média ao longo da década (1,4% a.a), somada à deterioração do
resultado primário dada a rigidez das despesas obrigatórias, a LRF passou a não mais se
sustentar como um marco fiscal que servisse de âncora para as expectativas. Assim, o
governo federal ficou sem âncora para orientar a condução da política fiscal.
A regra do Teto de Gastos instituída pela Emenda Constitucional nº 95, de 15 de
dezembro de 2016, representou o estabelecimento de um novo marco fiscal no país,
que previa disciplinar a expansão das despesas primárias a partir do seu congelamento
em termos reais. A EC nº 95 estabeleceu limite para as despesas primárias por um
período de vinte exercícios financeiros, corrigido pela taxa de inflação medida pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A adoção dessa regra contribuiu para, inicialmente, moderar a trajetória de
crescimento dos gastos, mas sua característica pouco flexível mostrou-se inadequada
frente à continuidade dos efeitos negativos do pós-pandemia de Covid-19. Embora os
gastos primários tenham caído acentuadamente em 2021 em relação ao PIB, refletindo
em parte a recuperação do PIB nominal, as pressões sobre a regra se intensificaram,
levando à aprovação de aumento de despesas fora do teto estabelecido. Além disso, o
cumprimento da regra tem sido alcançado em grande parte por meio de cortes nos
investimentos federais, a fim de acomodar a expansão dos gastos obrigatórios e a
garantia de espaço para as emendas parlamentares impositivas. A redução do
investimento público para os menores patamares da série histórica, a não concessão de
ganhos reais ao salário-mínimo, o congelamento dos salários do funcionalismo público,
o sub financiamento de gastos sociais importantes como saúde pública, o insucesso na
melhoria da eficiência alocativa no Orçamento e o incentivo à concessão de gastos
tributários, são características importantes que marcam a inadequação do teto de
gastos estabelecido pela EC nº 95. Além disso, a excessiva rigidez, inevitavelmente
acompanhada de escapes, fez com que esta regra não cumprisse seu objetivo de ancorar
as expectativas dos agentes econômicos em relação à atuação fiscal do Governo Federal.
Esses desenvolvimentos tornaram cada vez mais evidente o fato de que, para
permanecer eficaz no longo prazo, um novo arcabouço fiscal precisaria ser apoiado em
uma estratégia que evitasse a excessiva rigidez imposta pelo EC nº 95, de modo a
recuperar o protagonismo da política fiscal, suavizando ciclos, sem que isso
representasse o não cumprimento da regra, permitindo um maior nível de ancoragem
das expectativas dos agentes.
O novo arcabouço fiscal do país deve ter o objetivo de fortalecer a credibilidade
e o protagonismo da política fiscal, garantir trajetória sustentável da dívida pública e
conceder mais flexibilidade e espaço fiscal aos investimentos públicos e programas que
reduzam as desigualdades sociais.
A Emenda Constitucional nº 126, de 21 de dezembro de 2022, determina em seu
artigo 6º que o Presidente da República deverá encaminhar ao Congresso Nacional, até
31 de agosto de 2023, projeto de lei complementar com o objetivo de instituir regime
fiscal crível e sustentável para garantir a estabilidade macroeconômica do país e criar as
condições adequadas ao crescimento socioeconômico. Em resumo, o equilíbrio fiscal
intertemporal é condição necessária para que haja políticas sociais sustentáveis.
Em 30 de março de 2023, o governo federal, por meio do Ministério da Fazenda,
anunciou os principais aspectos que irão compor a proposta do novo arcabouço de
regras fiscais, em substituição ao Teto de Gastos que vigora desde 2016 e limita o
crescimento das despesas ao ano anterior, corrigido pelo IPCA. Em linhas gerais, no novo
arcabouço de regras fiscais a ser proposto pelo Poder Executivo, haverá uma
combinação de limite de despesas, mais flexível que o Teto de Gastos, com uma meta
de resultado primário para o Governo Central. O conjunto de normas deverá garantir a
retomada de investimentos e recompor a base econômica com responsabilidades fiscal
e social, além de ser essencial para a estabilidade macroeconômica, redução da inflação,
bem como estímulo ao investimento privado e internacional. Destacam-se a seguir os
principais aspectos:
(i) crescimento real da despesa primária limitado a 70% da variação real da
receita;
(ii) independente da variação real da receita, o crescimento real da despesa
primária deve respeitar o limite inferior de 0,6% e o limite superior de 2,5%;
(iii) essa limitação para o crescimento da despesa é um mecanismo de ajuste
anticíclico para impedir o aumento exacerbado em momentos de crescimento
econômico (e consequente aumento da arrecadação) e queda em caso de baixo
crescimento econômico ou recessão (quando a receita tende a ter desempenho
igualmente ruim);
(iv) meta de resultado primário do Governo Central terá intervalo de tolerância
de 0,25 ponto percentual do PIB para cima e para baixo em cada ano;
(v) aplicação de mecanismos de correção: caso o resultado primário do Governo
Central fique abaixo do limite inferior do intervalo de tolerância, o crescimento máximo
das despesas no ano seguinte cai de 70% para 50% do crescimento da receita; e
(vi) caso o resultado primário do Governo Central fique acima do limite superior
do intervalo de tolerância, o excedente poderá ser usado para investimentos públicos.

C.4) Reforma Tributária


No Brasil, a elevada complexidade tributária gera distorções alocativas pelos
altos custos de conformidade e de transição, resultando em uma enorme quantidade de
litígios entre contribuintes e autoridades fiscais, elevando as despesas para as empresas
e gerando insegurança jurídica. Além disso, o sistema tributário desencoraja o
investimento estrangeiro, e não transfere riqueza para a população mais necessitada.
Entre os problemas no formato atual estão a base fragmentada, que resulta em
distorções, e a cumulatividade, que não gera créditos e que onera a produção do país
de forma heterogênea, prejudicando setores com elevado valor agregado, e distorcendo
a competitividade frente ao produto importado, prejudicando a produção nacional.
Além disso, o contribuinte brasileiro gasta uma quantidade excessiva de tempo e
recursos financeiros para cumprir a legislação tributária em constante alteração, bem
como cumprir obrigações acessórias. Essa complexidade tem reflexos na produtividade,
no incentivo ao investimento e, consequentemente, no crescimento econômico
sustentável, equilibrado e inclusivo. Ainda, a atual estrutura tributária concede uma
série de benesses tributárias, tanto às maiores empresas, quanto às pessoas mais ricas,
facilitando o planejamento tributário e a elisão fiscal, de modo que reforça as
desigualdades sociais.
A reforma tributária, que tem sido discutida de forma simultânea à proposta do
novo arcabouço fiscal, terá como foco a simplificação dos impostos indiretos, na direção
de uma tributação do consumo sobre o valor adicionado, no primeiro momento. Estudos
mostram que a migração do sistema tributário atual para o novo modelo possibilitará
um elevado aumento no potencial de crescimento do país, além do potencial de reduzir
a desigualdade. Essa reforma visa a eliminação de redundâncias e ineficiências, no
intuito de minimizar esses custos e melhorar o ambiente de negócios. Ao simplificar e
modernizar o sistema tributário brasileiro, essa reforma irá gerar efeitos positivos na
produtividade e no crescimento econômico. Esse maior crescimento permitirá ao país
realizar um menor esforço fiscal para estabilizar a sua dívida pública como proporção do
PIB. Um sistema tributário bem desenhado está, em geral, ligado a maior criação de
novas empresas e formalização da economia e, portanto, a maior crescimento
econômico.
No segundo momento, o foco será a tributação da renda, eliminando distorções
atualmente presentes nesse tipo de tributação no Brasil. O sistema tributário também
deve se tornar mais progressivo, aumentando a participação dos impostos diretos na
carga tributária.
A redução do número de impostos e o fim da cumulatividade, a maior
transparência em relação ao que é efetivamente pago de impostos pelo consumidor, o
compartilhamento de informações entre as autoridades fiscais e a adoção de sistemas
tributários automáticos e universais, com menos espaço para exceções e regimes
especiais, podem aumentar a eficiência da arrecadação tributária e estimular o
cumprimento. Um sistema tributário mais simples também irá melhorar o ambiente de
negócios e aumentará a competitividade, com efeitos positivos na arrecadação de
impostos. Em resumo, a Reforma Tributária será uma oportunidade de gerar ganhos de
simplificação e de eficiência, podendo colaborar inclusive com a recomposição de
receitas a partir de seu efeito sobre o crescimento após aumentos de gastos e
desonerações tributárias implementadas em 2022.

C.5) Considerações Finais


Em resumo, a definição de um arcabouço fiscal capaz de garantir a
sustentabilidade fiscal crível e sustentável, bem como a implementação de uma agenda
de crescimento e eficiência, sob a forma de uma reforma tributária e investimentos,
pode produzir condições para um processo mais célere de convergência da taxa de juros
para patamares considerados neutros em termos reais, bem como alterar a percepção
quanto à capacidade futura de crescimento do PIB.
A agenda econômica que promova estabilidade, previsibilidade, crescimento
com maior inserção global da economia brasileira, especialmente no tema ambiental,
abre espaço para a continuidade e ampliação de políticas públicas que reduzam as
desigualdades sociais, que por sua vez também impulsionam o crescimento econômico,
já que dotam de capacidade de consumo aqueles em que a propensão a consumir é
maior. O aumento do consumo das famílias amplia a rentabilidade do investimento,
gerando efeitos virtuosos sobre o investimento privado. Esses temas irão interagir com
o novo arcabouço de regras fiscais capaz de garantir a sustentabilidade fiscal.
Por fim, as Reformas Tributárias, tanto do consumo quanto da renda, avançarão
na direção de um sistema tributário mais simplificado, com menores custos de
fornecimento de informações às autoridades fiscais por parte das empresas e
diminuição dos litígios tributários, mais eficiente e mais arrecadatório para o fisco, bem
como na direção de um instrumento de redução das desigualdades. Essa reforma
contribuirá também para impulsionar o crescimento econômico e reduzir as
desigualdades, objetivos principais do Governo Federal.

D) Perspectivas fiscais
Tomando-se como base o cenário macroeconômico projetado, procedeu-se à
estimativa dos principais agregados de receitas e despesas primárias, para o período
compreendido entre 2024 e 2026. Conforme demonstrado na Tabela 2 a seguir, a
projeção para governo central é de resultado primário neutro em 2024, seguido de
superávits primários crescentes nos dois anos seguintes.
Tabela 2: Trajetória estimada do Resultado Primário
2024 2025 2026
Esfera de Governo
R$ bilhões % PIB R$ bilhões % PIB R$ bilhões % PIB
Governo Central 0,00 0,00 61,61 0,50 130,83 1,00
Estatais Federais -7,31 -0,06 -5,66 -0,05 -6,66 -0,05
Estados, Distrito Federal e Municípios** -6,00 -0,05 1,00 0,01 1,10 0,01
Setor Público Não Financeiro -13,31 -0,12 56,95 0,46 125,27 0,96
** Indicativo.
Fonte: SOF/MPO e STN/MF.

Em que pese a expectativa de geração de superávit primário a partir de 2025 no


âmbito do Setor Público Não Financeiro, as projeções ainda apontam para crescimento
da dívida pública ao longo do próximo triênio, conforme se observa na Tabela 3. Tal
quadro é explicado pela projeção de taxas de juros reais acima da taxa estrutural de
equilíbrio, levando o custo real de financiamento da dívida pública a ficar superior à taxa
real de crescimento da economia, o que dificulta a estabilização da dívida no período
sob análise, mesmo à luz de um cenário de superávit primário.
No entanto, em um cenário alternativo, no qual a taxa básica de juros convirja
para a taxa estrutural ainda dentro do triênio, possível com a materialização da
consolidação fiscal em curso, a trajetória da dívida assumiria contornos mais favoráveis
antes do horizonte final das projeções.
Tabela 3: Projeções de Variáveis Fiscais

Variáveis (em % do PIB) 2024 2025 2026

Projeção de Resultado Primário do Setor Público Não-Financeiro -0,12 0,46 0,96


Resultado Nominal do Setor Público Não-Financeiro -7,20 -6,18 -5,48
Dívida Líquida do Setor Público 64,11 66,23 67,95
Dívida Bruta do Governo Geral 77,73 78,46 79,28
Fonte: SOF/MPO e STN/MF.
No que tange especificamente à meta de resultado primário definida para o
Governo Central, o art. 2º do PLDO-2024 estabelece uma meta déficit primário de
R$ 0 (zero real) para 2024, levando em consideração o cenário e parâmetros econômicos
postos. Mais detalhes das projeções das receitas e despesas que embasaram a
estipulação das metas ora apresentadas encontram-se na Tabela 4 abaixo.

Tabela 4: Detalhamento das Variáveis Fiscais


LRF, art. 4º, § 1º Preços Correntes
2024 2025 2026
ESPECIFICAÇÃO
R$ Milhões %PIB R$ Milhões %PIB R$ Milhões %PIB
A. GOVERNO CENTRAL 0,0 0,00 61.610,1 0,50 130.830,1 1,00
I - Receita Primária Total 2.682.922,6 23,32 2.880.059,3 23,37 3.069.592,6 23,46
I.1 - Receita Administrada pela RFB Líquida de Incentivos Fiscais, exceto RGPS 1.787.382,6 15,54 1.939.405,2 15,74 2.078.318,4 15,89
I.2 - Arrecadação Líquida para o RGPS 636.360,2 5,53 665.106,5 5,40 693.022,7 5,30
I.3 - Receitas Não Administradas pela RFB 259.179,7 2,25 275.547,6 2,24 298.251,5 2,28
II- Transferências por Repartição de Receitas 533.312,4 4,64 585.954,7 4,76 626.760,1 4,79
III - Receita Primária Líquida (I - II) 2.149.610,1 18,69 2.294.104,7 18,62 2.442.832,4 18,67
IV - Despesa Primária Total 2.149.610,1 18,69 2.232.494,6 18,12 2.312.002,4 17,67
IV.1 - Benefícios Previdenciários 918.310,2 7,98 959.217,4 7,78 1.005.085,6 7,68
IV.2 - Pessoal e Encargos Sociais 385.745,9 3,35 397.088,8 3,22 406.056,3 3,10
IV.3 - Outras Despesas Obrigatórias 309.972,9 2,69 317.503,5 2,58 348.073,9 2,66
IV.4 - Despesas do Poder Executivo sujeitas à Programação Financeira 535.581,2 4,66 558.684,9 4,53 552.786,6 4,23
IV.4.1 - Obrigatórias com Controle de Fluxo 339.229,3 2,95 351.272,8 2,85 362.018,5 2,77
IV.4.2 - Discricionárias 196.351,9 1,71 207.412,0 1,68 190.768,1 1,46
V - Resultado Primário Gov. Central (III - IV) 0,0 0,00 61.610,1 0,50 130.830,1 1,00
V.1 Resultado do Tesouro Nacional e Banco Central 281.949,9 2,45 355.721,0 2,89 442.893,0 3,39
V.2 Resultado da Previdência Social -281.949,9 -2,45 -294.110,9 -2,39 -312.063,0 -2,39
B - EMPRESAS ESTATAIS FEDERAIS - META DE RESULTADO PRIMÁRIO -7.312,1 -0,06 -5.659,3 -0,05 -6.663,2 -0,05
C - GOVERNO FEDERAL - META DE RESULTADO PRIMÁRIO (A+B) -7.312,1 -0,06 55.950,8 0,45 124.166,8 0,95
D - GOVERNOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS - RESULTADO PRIMÁRIO** -6.000,0 -0,05 1.000,0 0,01 1.100,0 0,01
E - SETOR PÚBLICO NÃO FINANCEIRO - RESULTADO PRIMÁRIO (C+D) -13.312,1 -0,12 56.950,8 0,46 125.266,8 0,96

Preços Constantes de 2023 (IGP-DI) (R$ milhões)

ESPECIFICAÇÃO 2024 2025 2026

A. GOVERNO CENTRAL 0,0 57.154,9 117.299,6


I - Receita Primária Total 2.577.905,1 2.671.793,9 2.752.136,1
I.1 - Receita Administrada pela RFB Líquida de Incentivos Fiscais, exceto RGPS 1.717.419,2 1.799.161,2 1.863.379,3
I.2 - Arrecadação Líquida para o RGPS 611.451,2 617.010,7 621.350,4
I.3 - Outras Receitas 249.034,7 255.621,9 267.406,4
II- Transferências por Repartição de Receitas 512.437,0 543.582,6 561.940,8
III - Receita Primária Líquida (I - II) 2.065.468,1 2.128.211,3 2.190.195,4
IV - Despesa Primária Total 2.065.468,1 2.071.056,4 2.072.895,7
IV.1 - Benefícios Previdenciários 882.364,8 889.853,6 901.139,9
IV.2 - Pessoal e Encargos Sociais 370.646,7 368.374,1 364.062,0
IV.3 - Outras Despesas Obrigatórias 297.839,6 294.543,9 312.076,2
IV.4 - Despesas do Poder Executivo sujeitas à Programação Financeira 514.617,0 518.284,7 495.617,6
IV.4.1 - Obrigatórias com Controle de Fluxo 325.950,9 325.871,3 324.578,7
IV.4.2 - Discricionárias 188.666,1 192.413,5 171.038,9
V - Meta do Resultado Primário Gov. Central (III - IV) 0,0 57.154,9 117.299,6
V.1 Resultado do Tesouro Nacional e Banco Central 270.913,6 329.997,8 397.089,1
V.2 Resultado da Previdência Social -270.913,6 -272.842,9 -279.789,5
B - EMPRESAS ESTATAIS FEDERAIS - META DE RESULTADO PRIMÁRIO -7.025,9 -5.250,1 -5.974,1
C - GOVERNO FEDERAL - META DE RESULTADO PRIMÁRIO (A+B) -7.025,9 51.904,8 111.325,5
D - GOVERNOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS - RESULTADO PRIMÁRIO** -5.765,1 927,7 986,2
E - SETOR PÚBLICO NÃO FINANCEIRO - RESULTADO PRIMÁRIO (C+D) -12.791,0 52.832,5 112.311,7
** Indicativo.
Fonte: Órgãos Diversos. Elaboração: SOF/MPO.

A meta de resultado primário do Governo Central para o PLDO-2024 foi acrescida


de intervalo de tolerância, semelhante ao mecanismo em discussão no novo arcabouço
fiscal, mas passível de implementação independente de aprovação da proposta. Nesse
sentido, o PLDO-2024 fixa a meta de resultado primário para o Governo Central em
R$ 0,00 (zero real) em 2024, admitindo, como limite superior, superávit primário de
R$ 28.756.172.359,00, e, como limite inferior, déficit primário no mesmo montante,
equivalentes a 0,25% do PIB projetado para 2024. A obtenção de resultado primário
acima do limite superior do intervalo não implicaria descumprimento da meta
estabelecida.
Quanto ao Teto de Gastos introduzido pela EC nº 95, regra ainda vigente, o PLDO-
2024 prevê a possibilidade de envio do PLOA-2024 com despesas condicionadas à
aprovação da lei complementar de que trata a EC nº 126, caso essa ainda não tenha sido
sancionada. Dessa forma, a projeção de despesas primárias constantes da Tabela 4
contempla essa possibilidade, de modo a conciliar a regra vigente – o Teto de Gastos
estabelecido pela EC 95/16 – com o novo arcabouço fiscal. Nesse sentido, projeta-se
que, para 2024, R$ 172,0 bilhões ficariam condicionados à aprovação do Projeto de Lei
Complementar referente ao novo arcabouço fiscal, o que torna premente a sua
aprovação. Para 2025 e 2026, estima-se que o montante de despesas condicionadas
cresceria para R$ 188,0 bilhões e R$ 188,5 bilhões respectivamente.
Feitas essas considerações, vale ressaltar que as projeções de receitas e despesas
primárias e os limites fiscais podem vir a ser ajustados a depender do novo regramento
e das novas medidas que surgirem.

E) Previsão de Agregado Fiscal para Investimentos em Andamento

A EC nº 102/2019 introduziu, no art. 165, o § 12, que estabelece que integrará a


Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO, para o exercício a que se refere e, pelo menos,
para os 2 (dois) exercícios subsequentes, anexo com previsão de agregados fiscais e a
proporção dos recursos para investimentos que serão alocados na Lei Orçamentária
Anual - LOA para a continuidade daqueles em andamento.
Com vistas a cumprir tal disposição e o estabelecido no art. 19 do PLDO 2024,
está prevista a proporção de 9,2% do valor total das despesas discricionárias do Poder
Executivo para a continuidade dos investimentos em andamento.
Para fins de concepção da proporção para investimentos em andamento para
2024, utilizou-se a participação das dotações em investimentos em ações orçamentárias
do tipo projeto no total das despesas discricionárias do Poder Executivo. Nesse cálculo,
o numerador é dado pelo somatório dos valores do grupo de natureza de despesa 4
(investimentos) das despesas discricionárias, marcadas com identificador de resultado
primário (RP) 2, alocados em ações tipo projeto no âmbito do Poder Executivo no PLOA
2023 e que atendem aos requisitos definidos para investimentos em andamento, nos
termos do art. 20 da LDO 2023 (Lei 14.436, de 9 de agosto de 2022). Já o denominador,
como mencionado, corresponde ao total das despesas discricionárias do Poder
Executivo no PLOA 2023.
O referido percentual incide sobre a previsão para o agregado fiscal referente a
valores das despesas discricionárias projetados no item IV.4.2 – Discricionárias da Tabela
5 -Detalhamento das Variáveis Fiscais deste anexo para o período de 2024 a 2026,
possibilitando a obtenção das previsões de valores agregados destinados à alocação da
proporção de recursos para investimentos em andamento para cada lei orçamentária
do período.
A adoção de um percentual fixo visa preservar a participação dos recursos
alocados para tal finalidade no total das despesas discricionárias, tendo em vista o
estoque ainda significativo de investimentos em andamento.
Também nessa perspectiva, o art. 20 do PLDO 2024 estabelece regras para a
inclusão de novas ações/subtítulos na Lei Orçamentária Anual – LOA. O objetivo é
contribuir para que os investimentos em andamento recebam os recursos necessários
para a sua conclusão.
ANEXO DE METAS FISCAIS ATUAIS COMPARADAS COM AS FIXADAS NOS TRÊS
EXERCÍCIOS ANTERIORES

A) Estimativa das Receitas Primárias para 2024 a 2026


Receita administrada pela RFB

As receitas primárias administradas pela Secretaria Especial da Receita Federal


do Brasil (RFB), em sua maioria, são estimadas tendo como base a arrecadação histórica
recente, em geral relativa aos últimos doze meses, com aplicação dos parâmetros
macroeconômicos adequados a cada uma.

Consideram ainda o efeito das alterações na legislação tributária, como, para


2024, a recomposição das alíquotas do PIS/Cofins e da CIDE sobre OS combustíveis e a
retirada do ICMS da base dos créditos do PIS e da Cofins.

Nas projeções de receitas foram incorporados os efeitos na arrecadação


tributária de medidas legislativas que se encontram em discussão no Poder Executivo e
que implicaram aumento de R$ 155,7 bilhões na arrecadação das receitas administradas
pela RFB, em 2024.

Arrecadação para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS)

As receitas previdenciárias também são projetadas em função de uma base de


arrecadação, e aplicação de parâmetros macroeconômicos, notadamente referentes ao
mercado de trabalho (massa salarial nominal e salário-mínimo). Para 2024, as
estimativas consideraram o fim da vigência da desoneração sobre a folha de salários.

Adicional do Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM

As estimativas do AFRMM, para 2024, tomaram como base as projeções da


arrecadação para 2023, os efeitos das alterações nos parâmetros macroeconômicos e,
principalmente, os resultados esperados do Decreto 11.374/23, que recompôs as
alíquotas do Adicional de Frete da Marinha Mercante".

Receitas não administradas pela RFB

Esse item compreende as receitas com concessões e permissões, complemento


para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), Contribuição ao Plano de
Seguridade do Servidor, Contribuição do Salário-Educação, Exploração de Recursos
Naturais, Dividendos e Participações, Receitas Próprias, Convênios, Taxas pelo Exercício
do Poder de Polícia, Taxas por Serviços Públicos, Pensões Militares, entre outras.
As receitas de concessões e permissões consideram contratos vigentes; sendo
utilizada a previsão de IPCA constante da grade de parâmetros macroeconômicos da
Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE/MF), de 27 de março de
2023, como referência para atualização monetária das parcelas de outorga até sua data
de vencimento.
O cálculo da maioria das receitas que constituem o item Contribuição ao Plano
de Seguridade do Servidor (CPSS) considera a arrecadação em 2022, atualizada pelo
IPCA previsto para o período de 2023 a 2026, conforme a grade de parâmetros da
SPE/MF.
A estimativa da Contribuição do Salário-Educação considera os últimos doze
meses arrecadados até fevereiro de 2023, corrigidos pela massa salarial nominal.
A Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Hídricos e a
Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais consideram em suas
estimativas a média móvel dos últimos doze meses arrecadados até fevereiro de 2023.
Já a Utilização de Recursos Hídricos de Itaipu considera os últimos doze meses
arrecadados até fevereiro de 2023, corrigidos pelo câmbio médio e pelo crescimento
real do PIB.
No caso da Compensação Financeira – Petróleo e Gás Natural foram utilizados
como parâmetros para a elaboração das projeções de royalties e participação especial
as informações sobre as estimativas de taxas de câmbio, as expectativas para o Barril de
Petróleo Brent e as projeções de produções de petróleo e gás natural fornecidas pelas
concessionárias, através do Programa Anual de Produção (PAP), em cumprimento ao
disposto na Portaria ANP nº 100/2000.
A estimativa das receitas com Comercialização de Petróleo (excedente em óleo)
é elaborada pela empresa estatal Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) com base nos seguintes
parâmetros: Taxa de Câmbio; Preço de Venda – curva de preço spot do petróleo Brent
(EPE – Caderno de Preços PDE 2032) com dedução de spread médio US$ 10,59/bbl para
os exercícios de 2024 e 2025, e sem dedução para o exercício de 2026.
Em relação às receitas de Dividendos destaca-se que o valor dos dividendos da
Petrobrás em 2023 foi elevado em decorrência do anúncio feito pela empresa em 1º de
março de 2023, de pagamento de dividendos complementares na ordem de R$ 11,0
bilhões para a União, que serão corrigidos pela SELIC até os meses de pagamento, que
deverão ocorrer em maio, junho e dezembro.
A estimativa das Receitas Próprias Primárias em sua maioria considera os últimos
12 meses arrecadados, corrigidos pelo IPCA e pelo crescimento real do PIB. Algumas
estimativas contaram com a participação dos órgãos e unidades setoriais. Destaca-se:
Leilão da Folha do INSS, no valor de R$ 6,2 bilhões; Serviços de Navegação do Fundo
Aeronáutico, no valor de R$ 1,9 bilhões; Cessão do Direito de Operacionalização de
Pagamentos do Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT, no valor de R$ 1,5
bilhão; Contribuição para Fundos de Assistência Médico-Hospitalar e Social do Fundo do
Exército, no valor de R$ 1,4 bilhão; e Serviços de Registro, Certificação e Fiscalização do
INPI, no valor de R$ 0,5 bilhão.
As projeções de receitas provenientes de Taxas pelo Exercício do Poder de Polícia
assim como no grupo das próprias, em sua maioria consideram os últimos doze meses
arrecadados, corrigidos pelo IPCA e pelo crescimento real do PIB. Algumas estimativas
contaram com a participação dos órgãos e unidades setoriais, e outras se basearam na
média dos últimos três exercícios ou na média móvel dos últimos 12 meses, a depender
das características específicas de cada uma delas.
Em relação às receitas provenientes da Contribuição para o Custeio das Pensões
Militares, considera-se a arrecadação em 2022, atualizada pelo IPCA previsto para o
período 2023-2026, de acordo com a grade de parâmetros da SPE/MF, de 27/03/2023.
A projeção das “Demais Receitas”, em sua maioria, considera os últimos doze
meses arrecadados, corrigidos pelo IPCA e pelo crescimento real do PIB. Merecem
destaque: a Restituição de Despesas Primárias de Exercícios Anteriores, estimadas em
R$ 2,6 bilhões; Restituição de Convênios – R$ 988,9 milhões, Ressarcimento por
Operadoras de Seguros Privados de Assistência à Saúde, no valor de R$ 911,1 milhões;
Encargos Legais pela Inscrição em Dívida Ativa, no valor de R$ 861,6 milhões;
CONDECINE, no valor de R$ 806,4 milhões; Multas da Legislação Anticorrupção Oriundas
de Acordos de Leniência, no valor de R$ 572,8 milhões; e Transação Resolutiva de Litígios
de Receitas Não Administradas pela RFB, no valor de R$ 544,4 milhões.

B) Estimativa das Despesas Primárias para 2024 a 2026


Benefícios Previdenciários
A despesa com Benefícios Previdenciários engloba os benefícios que compõem o
Regime Geral de Previdência Social (RGPS), como aposentadorias, pensões, demais
auxílios, sentenças judiciais e a despesa relativa à compensação entre os regimes de
previdência. Os parâmetros que mais influenciam a estimativa desses gastos são as
variações na massa salarial, o crescimento vegetativo dos benefícios e o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor (INPC) apurado pelo IBGE, que corrige também o salário
mínimo, além do crescimento ou retração do PIB. Cumpre notar que o comportamento
da despesa no período recente tem sido afetado por diversos fatores, que atuam em
diferentes direções com efeito de majorá-la ou reduzi-la, de que são exemplos: a
Emenda Constitucional nº 103/2019, a Lei nº 13.846/2019, a reversão do represamento
dos requerimentos de benefícios e a antecipação do pagamento do abono (13º), entre
outros fatores. A existência de um importante estoque de requerimentos de benefícios
sem análise por parte do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) adiciona um
componente de incerteza ao crescimento vegetativo dessa despesa.

Pessoal e Encargos Sociais


As projeções para as despesas com pessoal e encargos sociais consideram o
crescimento vegetativo da folha de pagamentos, que decorre de estudos das séries
históricas, bem como a incorporação do efeito anualizado, de 2024 a 2026, de
incrementos que devem ser realizados em 2023, decorrentes, por exemplo, de
contratações temporárias, remanejamento de cargos, retorno dos anistiados de que
trata a Lei nº 8.878, de 11 de maio de 1994, inclusão de militares e servidores dos ex-
territórios em quadro em extinção da União, prevista nas Emendas Constitucionais nºs
60, de 11 de novembro de 2009, 79, de 27 de maio de 2014, e 98, de 6 de dezembro de
2017, acordos coletivos e dissídios das estatais dependentes e Banco de Professor-
Equivalente e o Quadro de Referência dos Cargos de Técnico-Administrativos em
Educação, nos termos dos Decretos nºs 7.232, de 19 de julho de 2010; 7.311 e 7.312,
ambos de 22 de setembro de 2010; 7.485, de 18 de maio de 2011 e 8.260, de 29 de maio
de 2014, além das anualizações das autorizações contidas no Anexo V, da Lei nº 14.535,
de 17 de janeiro de 2023, autorizações específicas de que trata o art. 169, § 1º, inciso II,
da Constituição Federal, e o art. 116, inciso IV, da Lei nº 14.436, de 09 de agosto de 2022,
LDO-2023, relativas a despesas de pessoal e encargos sociais para 2023, especialmente
no que tange à pactuação realizada junto às entidades representativas das servidoras e
servidores públicos federais do Poder Executivo civil no âmbito da Mesa Nacional de
Negociação Permanente – MNNP, para a concessão de reajuste. No caso dos reajustes
dos militares, considera-se os efeitos da anualização da parcela de 2023.
Esse item de despesa abrange também aquelas com sentenças judiciais de Pessoal
e Encargos Sociais, projetadas com base nos dados dos requisitórios apresentados pelo
Poder Judiciário e conforme novas regras introduzidas pelas Emendas Constitucionais
nº 113 e 114/2021, e aquelas com Pessoal e Encargos Sociais do Fundo Constitucional
do Distrito Federal (FCDF).

Outras Despesas Obrigatórias


Esse agregado compreende o conjunto de despesas obrigatórias cujo rito de
execução orçamentária e financeira não se submete à programação mensal dos gastos
estabelecidas pelo Poder Executivo. Estão compreendidas as despesas de custeio e
investimento primárias dos Poderes Legislativo e Judiciário, Ministério Público da União
e Defensoria Pública da União que, apesar de grande parte serem classificadas como
despesas discricionárias, na perspectiva do demonstrativo, para o Poder Executivo, têm
tratamento de despesas obrigatórias na sua totalidade, haja vista sua condição
constitucional disposta no art. 168:
“Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,
compreendidos os créditos suplementares e especiais,
destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do
Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão
entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma
da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º”.
Além das despesas dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da
Defensoria Pública, os principais itens de despesa obrigatórias são:
(i) Seguro-Desemprego e Abono Salarial: a projeção dessas despesas baseia-se
em indicadores do mercado de trabalho e no valor do salário mínimo. No
caso do Seguro-Desemprego, cada modalidade tem uma metodologia de
projeção distinta, sendo que o cálculo da modalidade trabalhador formal,
que responde por 88,43% dos pagamentos realizados, tem como base o
estoque de emprego formal divulgado pela base de dados do Cadastro Geral
de Empregado e Desempregados - CAGED, referente ao mês de dezembro de
2022, o último disponibilizado para consulta pública. Quanto ao Abono
Salarial, o número de trabalhadores beneficiários foi estimado a partir do
estoque de emprego obtido pela base de dados da Relação Anual de
Informações Sociais - RAIS, referente ao ano de 2021;
(ii) Sentenças Judiciais: a projeção para este item de despesa considera
diferentes metodologias, a depender das características peculiares de cada
uma das formas de cumprimento das obrigações de pagar judicialmente
impostas à Fazenda Pública federal, conforme os normativos de regência
aplicados ao caso, bem como os valores constantes do Relatório de Avaliação
de Receitas e Despesas Primárias referente ao 1º bimestre de 2023 e o
comportamento observado para tal gasto nos exercícios anteriores. Assim
sendo, apresentam-se as premissas adotadas para a construção das
respectivas projeções:
a) Limite para precatórios e requisições de pequeno valor: estimativa para o
crescimento do montante a ser alocado no orçamento anual para o
pagamento de precatórios e requisições de pequeno valor, das projeções
para o gasto com requisições de pequeno valor e, consequentemente, do
limite para o pagamento de precatórios, calculada a partir da aplicação da
variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA
acumulado no ano anterior, conforme dispõe o caput do art. 107-A do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT.
b) Reserva de contingência para atualização monetária dos precatórios sujeitos
ao limite: estimada a partir da aplicação do índice da taxa referencial do
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – Selic, acumulado entre abril
do ano anterior e junho do exercício de pagamento.
c) Precatórios decorrentes de demandas relativas à complementação da União
aos Estados e aos Municípios por conta do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério –
Fundef: gasto estimado a partir da aplicação da regra específica de
parcelamento, prevista no art. 4º da Emenda Constitucional nº 114, de 2021,
com a atualização monetária das parcelas pelo IPCA durante o prazo do § 5º
do art. 100 da Constituição e Selic após isso, considerando o crescimento
médio de tais precatórios nos últimos dez anos, excluído o montante
apresentado em 2021 por divergir de toda a série histórica observada.
d) Precatórios parcelados pela aplicação do § 20 do art. 100 da Constituição:
despesa projetada considerando os precatórios atualmente atingidos por tal
regra de parcelamento, com a atualização monetária das parcelas pelo IPCA
durante o prazo do § 5º do art. 100 da Constituição e Selic após isso. Não são
previstos novos precatórios de grande vulto apresentados no período.
e) Acordos com deságio: estimativa considera a adesão de 1% do passivo
gerado em função dos precatórios pendentes de pagamento devido ao limite
de que trata o § 1º do art. 107-A do ADCT, previsto para o início de cada
exercício.
f) Demais sentenças: envolve as sentenças devidas e os acordos referentes a
passivos atuariais celebrados pelas empresas estatais dependentes, os
montantes referentes a retroativos concedidos a anistiados políticos por
decisões judiciais, as indenizações a vítimas de violação de obrigações
contraídas pela União por meio da adesão a tratados internacionais de
Direitos Humanos e outras determinações judiciais exaradas em desfavor da
Fazenda Pública federal relativas a obrigações de pagar. Crescimento
estimado pela aplicação do IPCA acumulado no ano anterior;
(iii) Complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB):
dada a promulgação da Emenda Constitucional nº 108, de 26 de agosto de
2020 considerou-se, no cenário para 2024 a 2026, o aumento da
Complementação em questão nos termos da referida emenda, calculada
sobre as projeções das receitas que compõem esse fundo atualizadas;
(iv) Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica de Assistência Social
(LOAS) e Renda Mensal Vitalícia (RMV): as projeções de curto prazo fornecem
estimativas mensais de variação do número de benefícios pagos com base
no fluxo recente de concessões e cessações de benefícios, bem como as
informações sobre o estoque de requerimentos pendentes de análise, e
expectativas sobre a análise destes requerimentos. A partir do cálculo de
benefícios por mês, são calculados os valores totais, considerando ainda os
valores pagos no caso de novas concessões, que incluem pagamentos
referentes aos meses entre o requerimento e a concessão. Em relação à
RMV, a projeção segue o modelo usado nos anos anteriores, aplicando uma
taxa de variação ao número de benefícios do mês anterior, baseada na
variação média mensal dos doze meses anteriores;
(v) FCDF – Outras Despesas de Custeio e de Capital (OCC): calculado pela
dedução da parte de Pessoal e Encargos Sociais desse fundo de seu total, o
qual é projetado pela variação da RCL nos termos da Lei nº 10.633/2002,
considerando-se os efeitos do Acórdão nº 1.224/2017 e tendo como base de
projeção a RCL realizada de 2022;
(vi) Transferência a Estados, Distrito Federal e Municípios em decorrência do
acordo firmado no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade por
Omissão nº 25 (ADO-25): conforme valores determinados pela Lei
Complementar nº 176, de 2020;
(vii) Indenizações relativas ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária
(Proagro) e os Subsídios e as Subvenções Econômicas: projeções feitas de
acordo com a política nacional referente a esses temas e a legislação vigente.
Para 2024 e 2025, as tendências são de aumentos, tendo em vista a natureza
das contratações do Plano Safra, em que cada operação contratada pode
repercutir por até dez anos, à medida que operações de safras antigas vão
sendo substituídas por operações por safras mais novas. Isso porque há uma
tendência de aumento de volumes equalizados a cada safra. Além disso, o
cenário de taxas de juros para as próximas safras está mais elevado em
comparação as taxas vigentes em anos anteriores;
(viii) Fundo Especial de Financiamento de Campanha: despesa realizada apenas
em anos eleitorais. O cálculo correspondente à somatória da compensação
fiscal que as emissoras comerciais de rádio e televisão receberam pela
divulgação da propaganda partidária, em 2016 e 2017, atualizada pelo INPC.

Despesas do Poder Executivo sujeitas à Programação Financeira - Obrigatórias com


Controle de Fluxo:
Consideram-se nesse grupo as despesas obrigatórias com benefícios aos
servidores, militares e seus dependentes, bem como determinadas ações e programas
obrigatórios na área da saúde e educação, além dos montantes para atendimento do
Bolsa Família. A previsão dessas despesas se dá com base em informações enviadas
pelos órgãos responsáveis, que fixam e distribuem as despesas sob seu controle de
acordo com a legislação vigente e necessidades apuradas. Para 2024 a 2026, essas
despesas foram projetadas, em regra, a partir de dados de 2023, com crescimento
equivalente ao IPCA projetado para o exercício.

Despesas do Poder Executivo sujeitas à Programação Financeira - Discricionárias


As despesas discricionárias são aquelas sobre as quais se possui flexibilidade
quanto ao momento de sua execução e discricionariedade de alocação das dotações
orçamentárias de acordo com suas metas e prioridades.
Para fins de demonstrativo, foi incluída nessa linha a Reserva de Contingência
contendo os valores reservados às Emendas Individuais e de Bancada projetadas com
base, respectivamente, nas Emendas Constitucionais nº 86/2015 e nº 100/2019.
C) Comparação das metas e projeções com os anos anteriores
Após alcançar 21,72% do PIB em 2021, a receita primária total em 2022 elevou-se
para 23,33% do PIB, especialmente em razão dos tributos relacionados à lucratividade
das empresas e ao desempenho dos fundos e títulos de renda fixa. Adicionalmente, cabe
destacar a contribuição das condições vigentes em 2022 do setor de petróleo e gás para
as receitas de dividendos e royalties, bem como as receitas de outorga dos novos
contratos de concessão de geração de energia elétrica. Para 2023, projeta-se uma
receita primária total de 22,18% do PIB, conforme estimativa constante no Relatório de
Avaliação de Receitas e Despesas Primárias referente ao 1º bimestre. A partir de 2024,
espera-se que as receitas se estabilizem entre 23,32% e 23,46% do PIB.
No que tange à despesa, a despesa primária total oscilou de 18,14% do PIB em
2021 para 18,17% do PIB em 2022. Merece destaque as distintas variações entre seus
componentes. Por um lado, as despesas relacionadas ao combate à Covid-19 passaram
de 1,36% do PIB em 2021 para 0,21% do PIB em 2022, seguidas da redução dos gastos
com Pessoal e Encargos Sociais, de 3,70% do PIB em 2021 para 3,41% do PIB em 2022.
Por outro lado, as despesas no âmbito do Programa Bolsa Família e Auxílio Brasil
passaram de 0,29% do PIB em 2021 para 1,14% do PIB em 2022.
Para os períodos seguintes, a despesa primária total passaria a 18,89% do PIB em
2023 e entraria em trajetória declinante até alcançar o patamar de 17,67% do PIB em
2026. Importante frisar que essa trajetória foi construída considerando a possibilidade
de reforma do regramento fiscal vigente disposta no art. 6º da Emenda Constitucional
nº 126/2022, o qual determina que o Presidente da República deverá encaminhar ao
Congresso Nacional, até 31 de agosto de 2023, projeto de lei complementar com o
objetivo de instituir regime fiscal sustentável para garantir a estabilidade
macroeconômica do País.

Em relação ao resultado primário do Governo Central, observada a ressalva do


parágrafo anterior, projeta-se para o período de 2024 a 2026, um resultado nulo em
2024, passando-se para um superávit de 0,50% do PIB em 2025 e de 1,00% do PIB em
2026.
Tabela 5: Detalhamento das Variáveis Fiscais

LRF, art.4º, §2º, inciso II Preços Correntes


2021* 2022* 2023** 2024 2025 2026
ESPECIFICAÇÃO
R$ Milhões %PIB R$ Milhões %PIB R$ Milhões %PIB R$ Milhões %PIB R$ Milhões %PIB R$ Milhões %PIB
A. GOVERNO CENTRAL -35.872,2 -0,40 54.946,7 0,55 -107.562,0 -1,00 0,0 0,00 61.610,1 0,50 130.830,1 1,00
I - Receita Primária Total 1.932.649,7 21,72 2.313.305,4 23,33 2.375.647,4 22,18 2.682.922,6 23,32 2.880.059,3 23,37 3.069.592,6 23,46
I.1 - Receita Administrada pela RFB Líquida de Incentivos Fiscais, exceto
1.195.551,8 13,44 1.389.943,8 14,02 1.474.320,8 13,76 1.787.382,6 15,54 1.939.405,2 15,74 2.078.318,4 15,89
I.2 - Arrecadação Líquida para o RGPS 462.244,1 5,19 535.709,9 5,40 597.453,7 5,58 636.360,2 5,53 665.106,5 5,40 693.022,7 5,30
I.3 - Receitas Não Administradas pela RFB 274.853,7 3,09 387.651,7 3,91 303.872,9 2,84 259.179,7 2,25 275.547,6 2,24 298.251,5 2,28
II- Transferências por Repartição de Receitas 353.546,8 3,97 457.203,9 4,61 459.977,0 4,29 533.312,4 4,64 585.954,7 4,76 626.760,1 4,79
III - Receita Primária Líquida (I - II) 1.579.102,8 17,75 1.856.101,6 18,72 1.915.670,4 17,88 2.149.610,1 18,69 2.294.104,7 18,62 2.442.832,4 18,67
IV - Despesa Primária Total 1.614.170,8 18,14 1.801.997,8 18,17 2.023.232,5 18,89 2.149.610,1 18,69 2.232.494,6 18,12 2.312.002,4 17,67
IV.1 - Benefícios Previdenciários 709.582,5 7,97 796.976,6 8,04 858.810,4 8,02 918.310,2 7,98 959.217,4 7,78 1.005.085,6 7,68
IV.2 - Pessoal e Encargos Sociais 329.347,1 3,70 337.942,0 3,41 364.974,1 3,41 385.745,9 3,35 397.088,8 3,22 406.056,3 3,10
IV.3 - Outras Despesas Obrigatórias 306.127,1 3,44 295.793,0 2,98 282.669,1 2,64 309.972,9 2,69 317.503,5 2,58 348.073,9 2,66
IV.4 - Despesas do Poder Executivo sujeitas à Programação Financeira 269.114,1 3,02 371.286,3 3,74 516.778,8 4,82 535.581,2 4,66 558.684,9 4,53 552.786,6 4,23
IV.4.1 - Obrigatórias com Controle de Fluxo 145.196,1 1,63 219.143,8 2,21 322.903,7 3,01 339.229,3 2,95 351.272,8 2,85 362.018,5 2,77
IV.4.2 - Discricionárias*** 123.918,0 1,39 152.142,5 1,53 193.875,2 1,81 196.351,9 1,71 207.412,0 1,68 190.768,1 1,46
V- Discrepância Estatística e Ajuste Metodológico -804,2 -0,01 842,9 0,01
VI - Meta/Resultado Primário Gov. Central (III - IV + V) -35.872,2 -0,40 54.946,7 0,55 -107.562,0 -1,00 0,0 0,00 61.610,1 0,50 130.830,1 1,00
VI.1 Resultado do Tesouro Nacional e Banco Central 211.466,2 2,38 316.213,3 3,19 153.794,7 1,44 281.949,9 2,45 355.721,0 2,89 442.893,0 3,39
VI.2 Resultado da Previdência Social -247.338,4 -2,78 -261.266,7 -2,63 -261.356,7 -2,44 -281.949,9 -2,45 -294.110,9 -2,39 -312.063,0 -2,39
B - EMPRESAS ESTATAIS FEDERAIS - META DE RESULTADO PRIMÁRIO 3.567,2 0,04 4.753,9 0,05 -2.394,2 -0,02 -7.312,1 -0,06 -5.659,3 -0,05 -6.663,2 -0,05
C - GOVERNO FEDERAL - META DE RESULTADO PRIMÁRIO (A+B) -32.304,9 -0,36 59.700,6 0,60 -109.956,2 -1,03 -7.312,1 -0,06 55.950,8 0,45 124.166,8 0,95
D - GOVERNOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS - RESULTADO PRIMÁRIO **** 38.748,4 0,44 66.293,3 0,67 22.000,0 0,21 -6.000,0 -0,05 1.000,0 0,01 1.100,0 0,01
E - SETOR PÚBLICO NÃO FINANCEIRO - RESULTADO PRIMÁRIO (C+D) 6.443,5 0,07 125.993,9 1,27 -87.956,2 -0,82 -13.312,1 -0,12 56.950,8 0,46 125.266,8 0,96
* Dados realizados.
* * Com base em valores projetados no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 1º bimestre de 2023.
* * * Inclui a despesa com emendas parlamentares.
* * * * Indicativo.
Fonte: Órgãos Diversos. Elaboração: SOF/MPO.
Preços Constantes de 2023 (IGP-DI) (R$ milhões)
ESPECIFICAÇÃO 2021* 2022* 2023** 2024 2025 2026
A. GOVERNO CENTRAL -40.087,0 55.677,8 -107.562,0 0,0 57.154,9 117.299,6
I - Receita Primária Total 2.159.730,2 2.344.085,3 2.375.647,4 2.577.905,1 2.671.793,9 2.752.136,1
I.1 - Receita Administrada pela RFB Líquida de Incentivos Fiscais, exceto 1.336.025,6 1.408.437,8 1.474.320,8 1.717.419,2 1.799.161,2 1.863.379,3
I.2 - Arrecadação Líquida para o RGPS 516.556,4 542.837,8 597.453,7 611.451,2 617.010,7 621.350,4
I.3 - Receitas Não Administradas pela RFB 307.148,2 392.809,6 303.872,9 249.034,7 255.621,9 267.406,4
II- Transferências por Repartição de Receitas 395.087,5 463.287,2 459.977,0 512.437,0 543.582,6 561.940,8
III - Receita Primária Líquida (I - II) 1.764.642,7 1.880.798,1 1.915.670,4 2.065.468,1 2.128.211,3 2.190.195,4
IV - Despesa Primária Total 1.803.831,0 1.825.974,5 2.023.232,5 2.065.468,1 2.071.056,4 2.072.895,7
IV.1 - Benefícios Previdenciários 792.956,3 807.580,8 858.810,4 882.364,8 889.853,6 901.139,9
IV.2 - Pessoal e Encargos Sociais 368.044,4 342.438,5 364.974,1 370.646,7 368.374,1 364.062,0
IV.3 - Outras Despesas Obrigatórias 342.096,1 299.728,7 282.669,1 297.839,6 294.543,9 312.076,2
IV.4 - Despesas do Poder Executivo sujeitas à Programação Financeira 300.734,2 376.226,5 516.778,8 514.617,0 518.284,7 495.617,6
IV.4.1 - Obrigatórias com Controle de Fluxo 162.256,2 222.059,6 322.903,7 325.950,9 325.871,3 324.578,7
IV.4.2 - Discricionárias*** 138.478,0 154.166,9 193.875,2 188.666,1 192.413,5 171.038,9
V- Discrepância Estatística e Ajuste Metodológico -898,7 854,2 0,0 0,0 0,0 0,0
VI - Meta/Resultado Primário Gov. Central (III - IV + V) -40.087,0 55.677,8 -107.562,0 0,0 57.154,9 117.299,6
VI.1 Resultado do Tesouro Nacional e Banco Central 236.312,9 320.420,7 153.794,7 270.913,6 329.997,8 397.089,1
VI.2 Resultado da Previdência Social -276.399,9 -264.743,0 -261.356,7 -270.913,6 -272.842,9 -279.789,5
B - EMPRESAS ESTATAIS FEDERAIS - META DE RESULTADO PRIMÁRIO 3.986,4 4.817,2 -2.394,2 -7.025,9 -5.250,1 -5.974,1
C - GOVERNO FEDERAL - META DE RESULTADO PRIMÁRIO (A+B) -36.100,7 60.494,9 -109.956,2 -7.025,9 51.904,8 111.325,5
D - GOVERNOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS - RESULTADO PRIMÁRIO**** 43.301,2 67.175,4 22.000,0 -5.765,1 927,7 986,2
E - SETOR PÚBLICO NÃO FINANCEIRO - RESULTADO PRIMÁRIO (C+D) 7.200,5 127.670,3 -87.956,2 -12.791,0 52.832,5 112.311,7
* Dados realizados.
* * Com base em valores projetados no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 1º bimestre de 2023.
* * * Inclui a despesa com emendas parlamentares.
* * * * Indicativo.
Fonte: Órgãos Diversos. Elaboração: SOF/MPO.
ANEXO IV.2

AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS METAS RELATIVAS AO ANO ANTERIOR

LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - 2024


(Art. 4º, § 2º, inciso I, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000)
Anexo de Metas Fiscais
Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2024
(Art. 4º, § 2º, inciso I, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000)

Anexo IV.2 – Avaliação do Cumprimento das Metas Relativas ao Ano Anterior – 2022

A Lei nº 14.194 (Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO 2022), de 20 de agosto de 2021, estabeleceu a
meta de déficit primário de R$ 170,5 bilhões para o Governo Central e de déficit primário de R$ 4,4
bilhões para as Empresas Estatais Federais para o ano de 2022. A LDO 2022 também projetou o
déficit primário para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios em R$ 2,6 bilhões e estabeleceu a
possibilidade de compensação entre as metas do Governo Central e das Empresas Estatais Federais,
conforme disposto no § 2º do art. 3º da referida Lei. Posteriormente, a Lei nº 14.303, de 21 de
janeiro de 2022 (Lei Orçamentária Anual – LOA 2022), foi publicada prevendo um déficit primário
para o Governo Central de R$ 76,2 bilhões, resultado R$ 94,3 bilhões superior à meta de resultado
primário da LDO 2022.
O art. 61 da LDO 2022 e o art. 8º da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabeleceram que os
Poderes, o Ministério Público da União e a Defensoria Pública da União deverão elaborar e publicar
por ato próprio, em até trinta dias após a publicação da LOA, cronograma anual de desembolso
mensal, por órgão, com vistas ao cumprimento da meta de resultado primário estabelecida naquela
Lei. Dessa forma, em 11 de fevereiro de 2022, o Poder Executivo publicou o Decreto nº 10.961,
dispondo sobre a programação orçamentária e financeira para 2022, estabelecendo seu cronograma
mensal de desembolso, bem como as metas quadrimestrais.
No final do mês de março, foram reavaliadas as estimativas das receitas e despesas primárias do
Governo Federal relativamente àquelas apresentadas na LOA 2022, observando-se a arrecadação das
receitas primárias e a realização das despesas primárias até o mês de fevereiro de 2022, bem como
parâmetros macroeconômicos atualizados, compatíveis com o cenário econômico vigente. Tal
reavaliação foi efetuada por meio do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 1º
Bimestre de 2022. As projeções apresentadas naquele relatório, em comparação com a posição da
LOA 2022, indicaram acréscimo de R$ 42,0 bilhões na Receita Líquida, resultado da elevação de R$
87,5 bilhões verificada nas projeções da Receita Primária, parcialmente compensada por elevação
das Transferências por Repartição de Receita no valor de R$ 45,5 bilhões; e aumento da Despesa
Primária em R$ 32,7 bilhões, principalmente devido ao aumento de Despesas Obrigatórias.
Considerando a meta de resultado primário da LDO 2022 (déficit de R$ 170,5 bilhões) e os valores
previstos de déficit primário (R$ 66,9 bilhões) na avaliação de receitas e despesas do 1º bimestre, foi
indicada a possibilidade de ampliação de empenho e de movimentação financeira de R$ 103,6
bilhões. No entanto, considerando a necessidade de respeitar também o limite estabelecido no Novo
Regime Fiscal, NRF (Teto de Gastos), a ampliação seria restringida pelos limites individualizados para
cada Poder. No caso do Poder Executivo, foi constatada necessidade de ajuste, a menor, das
despesas primárias submetidas ao Teto de Gastos, no montante de R$ 1.722,3 milhões. Para os
demais Poderes da União, MPU e DPU, o aumento de dotações poderia totalizar R$ 3.015,6 milhões.
No total, isto é, considerando o Teto de Gastos de todos os Poderes e órgãos autônomos, mostrou-se
possível o ajuste, a maior, das despesas primárias a ele submetidas, no montante de R$ 1.293,3
milhões. Desta forma, em 30 de março de 2022, foi publicado o Decreto nº 11.019, formalizando a
nova programação decorrente dessa avaliação.
Ao final de maio, a partir dos dados realizados até o mês de abril, bem como dos parâmetros
macroeconômicos atualizados, o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 2º
2

Bimestre de 2022 apresentou a reavaliação das receitas e despesas primárias do Governo Federal,
conforme art. 9º da LRF e art. 62 da LDO 2022. As projeções apresentadas naquele relatório, em
comparação com a avaliação do 1º bimestre, indicaram ampliação de R$ 36,3 bilhões na Receita
Líquida, resultado do aumento nas projeções da Receita Primária e das Transferências a Estados e
Municípios, em R$ 49,1 bilhões e R$ 12,8 bilhões, respectivamente. Por sua vez, as projeções das
Despesas Primárias apresentaram aumento de R$ 34,9 bilhões em função, principalmente, da
ampliação nas Despesas Discricionárias do Poder Executivo, no valor de R$ 23,9 bilhões, não sujeitas
ao Teto de Gastos, referente ao acordo no caso envolvendo a posse e domínio do “Campo de Marte”,
em São Paulo, por meio da abertura de crédito especial autorizada pelo PLN nº 4/2022 (convertido na
Lei nº 14.409, de 15 de julho de 2022). Os Benefícios Previdenciários também tiveram suas projeções
elevadas em R$ 10,6 bilhões, explicado pela ampliação da projeção de despesas com Sentenças
Judiciais e Precatórios relativos ao Regime Geral de Previdência Social.
Como ocorrido no Relatório do 1º bimestre, haveria uma margem para ampliação das despesas
discricionárias de R$ 111,7 bilhões, caso fosse considerada somente a meta de resultado primário.
Entretanto, considerando a necessidade de respeitar também o limite estabelecido no NRF, foi
constatada necessidade de ajuste, a menor, das despesas primárias submetidas ao Teto de Gastos do
Poder Executivo, no montante de R$ 9.961,4 milhões. Em contrapartida, para os demais Poderes da
União, MPU e DPU, o aumento de dotações poderia totalizar R$ 3.016,0 milhões. No total, isto é,
considerando o Teto de Gastos de todos os Poderes e órgãos autônomos, mostrou-se necessário
ajuste, a menor, das despesas primárias a ele submetidas, no montante de R$ 6.945,4 milhões.
Assim, em 30 de maio de 2022, foi publicado o Decreto nº 11.086, formalizando a nova programação
decorrente dessa avaliação.
Encerrado o 3º bimestre, procedeu-se, em julho, à reavaliação das receitas e despesas primárias do
Governo Federal, a partir dos dados realizados até o mês de junho e dos parâmetros
macroeconômicos atualizados, em consonância com as metas fiscais vigentes. As projeções
apresentadas naquele relatório, em comparação com a avaliação do 2º bimestre, indicaram
acréscimo de R$ 52,0 bilhões nas receitas primárias federais líquidas de transferências. Por sua vez,
as projeções das despesas primárias apresentaram um aumento de R$ 45,8 bilhões, em função,
principalmente, da ampliação no âmbito de despesas com créditos extraordinários no montante de
R$ 41,3 bilhões ocasionada pela promulgação da Emenda Constitucional nº 123/2022 (EC nº
123/2022), sendo R$ 34,9 bilhões na rubrica de Créditos Extraordinários e R$ 6,3 bilhões na rubrica
de Apoio Financeiro aos Estados e Municípios. Cabe mencionar que, por força do próprio texto da
Emenda Constitucional acima citada, as despesas dela decorrentes não serão consideradas para fins
de apuração do cumprimento da meta de resultado primário, da regra de ouro e dos limites
individualizados para as despesas primárias (Teto de Gastos). Outra variação importante diz respeito
aos efeitos decorrentes da derrubada do Veto nº 18, em 05/07/2022, relacionado à Lei
Complementar nº 195/2022, que implicou ampliação das despesas no valor de R$ 3,9 bilhões,
incorporada à rubrica de Apoio Financeiro aos Estados e Municípios.
Como ocorrido nas avaliações bimestrais anteriores, haveria uma margem para ampliação das
despesas discricionárias de R$ 159,1 bilhões, caso fosse considerada somente a meta de resultado
primário. Entretanto, considerando a necessidade de respeitar também o limite estabelecido no NRF,
foi constatada necessidade de ajuste, a menor, das despesas primárias submetidas ao Teto de Gastos
do Poder Executivo, no montante de R$ 12.736,7 milhões. Para os demais Poderes da União, MPU e
DPU, ao contrário, o aumento de dotações poderia totalizar R$ 2.737,9 milhões, sem
comprometimento do Teto de Gastos e sem prejuízo aos requisitos constitucionais e legais para tal
3

ampliação. No total, isto é, considerando a soma de todos os limites individualizados, mostrou-se que
a projeção das despesas primárias excederia o Teto de Gastos para 2022 no montante de R$ 9.998,9
milhões. Assim, em 29 de julho de 2022, foi publicado o Decreto nº 11.154, republicado em 1º de
agosto de 2022, formalizando a nova programação decorrente das indicações estabelecidas no
Relatório do 3º bimestre de 2022.
Ao final de setembro, procedeu-se à reavaliação das receitas e despesas primárias do Governo
Federal, a partir dos dados realizados até o mês de agosto e dos parâmetros macroeconômicos
atualizados, em consonância com as metas fiscais vigentes. As projeções apresentadas naquele
relatório indicaram acréscimo de R$ 69,9 bilhões nas receitas primárias federais líquidas de
transferências. Por sua vez, as projeções das despesas primárias apresentaram uma redução de R$
2.953,6 milhões, em função, principalmente, da redução no âmbito do Apoio Financeiro a Estados e
Municípios, em R$ 3.862,0 milhões, de Subsídios, Subvenções e Proagro, em R$ 2.977,0 milhões, de
Créditos Extraordinários, em R$ 1.611,5 milhões, de Sentenças Judiciais Precatórios (Custeio e
Capital), em R$ 1.126,0 milhões, e de Despesas Discricionárias do Poder Executivo, em R$ 1.010,0
milhões. Essas reduções foram parcialmente compensadas pelo aumento nas estimativas de
Benefícios Previdenciários, no montante de R$ 5.615,6 milhões, de Benefícios de Prestação
Continuada da LOAS/RMV, em R$ 1.859,4 milhões, entre outras variações menos significativas.
Haveria uma margem para ampliação das despesas discricionárias de R$ 230,3 bilhões, caso fosse
considerada somente a meta de resultado primário. Entretanto, considerando a necessidade de
respeitar também o limite estabelecido no NRF, foi constatada necessidade de ajuste, a menor, das
despesas primárias submetidas ao Teto de Gastos do Poder Executivo, no montante de R$ 10.499,9
milhões. Para os demais Poderes da União, MPU e DPU, ao contrário, o aumento de dotações poderia
totalizar R$ 2.737,9 milhões, sem comprometimento do Teto de Gastos e sem prejuízo aos requisitos
constitucionais e legais para tal ampliação. No total, isto é, considerando a soma de todos os limites
individualizados, mostrou-se que a projeção das despesas primárias excederia o Teto de Gastos para
2022 no montante de R$ 7.762,0 milhões. Assim, em 30 de setembro de 2022, foi publicado o
Decreto nº 11.216, formalizando a nova programação decorrente das indicações estabelecidas no
Relatório do 4º bimestre de 2022.
Encerrado o 5º bimestre, a partir dos dados realizados até o mês de outubro, bem como dos
parâmetros macroeconômicos atualizados, o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias
do 5º Bimestre apresentou a reavaliação das receitas e despesas primárias do Governo Federal. As
projeções apresentadas naquele relatório indicaram acréscimo de R$ 11.104,1 milhões nas receitas
primárias federais líquidas de transferências. As projeções das despesas primárias apresentaram um
aumento de R$ 1.290,6 milhões, em função, principalmente, do aumento nas estimativas de Apoio
Financeiro a Estados e Municípios, em R$ 3.862,0 milhões, em decorrência de decisão judicial que
suspendeu os efeitos da Medida Provisória nº 1.135/2022, que adiava os repasses da Lei
Complementar nº 195/2022 para o próximo exercício, e nas de Benefícios Previdenciários, em R$
2.348,7 milhões, entre outras variações menos significativas. Essas ampliações foram parcialmente
compensadas pela diminuição nas Despesas Obrigatórias com Controle de Fluxo do Poder Executivo,
em R$ 1.775,8 milhões, nos Subsídios, Subvenções e Proagro, em R$ 1.290,8 milhões, e nas Despesas
Discricionárias do Poder Executivo, em R$ 845,7 milhões.
Apesar de haver margem para ampliação das despesas discricionárias de R$ 243,3 bilhões, caso fosse
considerada a meta de resultado primário e suas deduções, estimadas naquele momento em R$
49.460,4 milhões, o limite estabelecido no NRF indicou a necessidade de ajuste, a menor, das
despesas primárias submetidas ao Teto de Gastos do Poder Executivo, no montante de R$ 15.380,0
4

milhões. Em contrapartida, para os demais Poderes da União, MPU e DPU, o aumento de dotações
poderia totalizar R$ 2.788,6 milhões. No total, isto é, considerando o Teto de Gastos de todos os
Poderes e órgãos autônomos, mostrou-se necessário ajuste, a menor, das despesas primárias a ele
submetidas, no montante de R$ 12.591,4 milhões. Assim, em 30 de novembro de 2022, foi publicado
o Decreto nº 11.269, formalizando a nova programação decorrente dessa avaliação.
Com vistas a possibilitar uma melhor alocação orçamentária no encerramento do exercício, foi
publicado um relatório Extemporâneo em dezembro, no qual foram reavaliadas as projeções do
Relatório do 5º bimestre, considerando os dados realizados, tanto de receitas primárias quanto das
principais despesas primárias, até o mês de novembro de 2022. As projeções apresentadas naquele
relatório demonstraram uma ampliação da projeção da receita líquida de transferências a estados e
municípios por repartição de receita em R$ 4.935,7 milhões, em relação à projeção contida na avaliação
do 5º bimestre. As projeções das despesas primárias apresentaram uma redução de R$ 5.844,4 milhões,
em relação à avalição anterior, em função, principalmente, da variação negativa de R$ 4.418,3 milhões
nas Despesas Discricionárias, de R$ 1.424,9 milhões nas despesas com Subsídios, Subvenções e Proagro,
entre outras variações menos significativas. Essas reduções foram parcialmente compensadas pelo
aumento nas despesas com Benefícios Previdenciários, em R$ 471,2 milhões, nas Despesas Obrigatórias
com Controle de Fluxo do Poder Executivo, em R$ 131,1 milhões, e na Complementação para o FUNDEB,
em R$ 122,9 milhões.
Apesar de haver margem para ampliação das despesas discricionárias de R$ 254,1 bilhões, caso fosse
considerada somente a meta de resultado primário e suas deduções, estimadas naquele momento em
R$ 49.458,7 milhões, o limite estabelecido no NRF indicou a necessidade de ajuste, a menor, das
despesas primárias submetidas ao Teto de Gastos do Poder Executivo, no montante de R$ 2.791,8.
Contudo, este apontamento foi ressalvado em caso de aprovação do PLN nº 39/2022 (convertido na Lei
nº 14.513/2022), que permitia a dedução do Teto de Gastos de R$ 3,9 bilhões relativos à LC nº 195/2022
que não seriam efetivamente pagos até o encerramento do exercício, e da PEC 32/2022 (convertida na
EC 126/2022), a qual abriria um espaço fiscal no Teto de Gastos de R$ 22,9 bilhões em decorrência da
excepcionalização do Teto de Gastos do Poder Executivo das despesas com Investimentos limitada a
6,5% do excesso de arrecadação de receitas correntes de 2021. O efeito conjunto dessas duas ressalvas
resultou em uma folga de R$ 24,0 bilhões no Teto do Poder Executivo. Cabe também mencionar a
Medida Provisória nº 1.144 de 14 de dezembro de 2022, que permitiu a abertura de crédito
extraordinário, excetuado do Teto de Gastos, no valor de R$ 7.564,5 milhões, para despesas
previdenciárias.

Vale salientar que os Poderes Legislativo, Judiciário, o MPU e a DPU exercem seus próprios controles na
abertura de créditos adicionais, de tal forma a cumprirem os limites estabelecidos pela EC nº 95 e pela
EC nº 113. Assim sendo, poderão elaborar atos ou demonstrativos próprios para evidenciar a gestão
orçamentária compatível com os tetos individualizados pelo NRF.

No que se refere à meta fiscal, mencione-se que supracitado Decreto nº 11.269/2022 previu um
resultado primário do Governo Federal superavitário no acumulado até o 3º quadrimestre de R$ 36,3
bilhões, sendo R$ 38,7 bilhões de superávit para o Governo Central e R$ 2,5 bilhões de déficit para as
Empresas Estatais Federais. Tais valores estão em linha com a LDO 2022, a qual estabeleceu a meta de
déficit primário de R$ 170,5 bilhões para o Governo Central e de déficit primário de R$ 4,4 bilhões para
as Empresas Estatais Federais. Apesar da fixação dessas programações individuais, a LDO 2022 previa
possibilidade de abatimento da meta de resultado primário em decorrência da abertura de créditos
extraordinários voltados às despesas com Auxílio Emergencial, Pronampe, BEm e com despesas da
5

Saúde. Além disso, ao longo do exercício, a publicação da Emenda Constitucional nº 123 também
ampliou as deduções na regra de resultado primário, conforme mencionado anteriormente. Até
dezembro de 2022 as despesas passíveis de dedução para fins de apuração da meta de resultado
primário totalizaram R$ 40,5 bilhões.

Encerrado o mês de dezembro, verificou-se que o Governo Federal apresentou superávit primário de R$
59,7 bilhões, superior em R$ 23,4 bilhões ao superávit previsto para a ano pelo Decreto nº 11.269/2022
(superávit de R$ 36,3 bilhões). Dessa diferença, R$ 16,2 bilhões decorrem de maior superávit primário
do Governo Central, enquanto R$ 7,2 bilhões de desvio resultam do superávit registrado pelas Empresas
Estatais Federais. Quando se consideram os ajustes na meta em decorrência de todas as deduções
(dispostas na EC nº 123 e na Lei nº 14.194), verifica-se que o Governo Federal realizou um resultado R$
64,0 bilhões superior à programação ajustada. Quando se analisa o resultado realizado em comparação
à meta estabelecida na LDO 2022 (déficit de R$ 174,9 bilhões) combinada ao total de deduções (R$ 40,5
bilhões), percebe-se que o Governo Federal apresentou um resultado fiscal de R$ 275,1 bilhões superior
à meta.

Por sua vez, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios acumularam superávit primário de R$ 66,3
bilhões até dezembro de 2022. Embora seja apresentado esse acompanhamento, o §1º do art. 2º da
LDO 2022 estabelece a projeção de déficit primário de R$ 2,6 bilhões para os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios somente para basear o estabelecimento dos limites para contratação de operações de
crédito por entes subnacionais e concessão de garantias da União a essas operações, não exigindo,
dessa forma, compensação caso houvesse frustração do resultado dos entes subnacionais diante do
resultado projetado.

Em relação aos valores previstos no “Anexo IV.1 - Anexo de Metas Fiscais Anuais 2022 a 2024” da LDO
2022, destaca-se que a Receita Primária e Despesa Primária do Governo Central atingiram R$ 1.856,1 e
R$ 1.802,0 bilhões, respectivamente, contra os valores constantes do Anexo IV.1 de R$ 1.450,6 bilhões e
de R$ 1.621,0 bilhões, respectivamente. Por sua vez, o Resultado Nominal do Setor Público
correspondeu a déficit de R$ 460,4 bilhões e a Dívida Líquida do Setor Público atingiu R$ 5.658,0 bilhões,
contra os valores constantes do Anexo IV.1 de déficit de R$ 608,7 bilhões e dívida de R$ 5.962,8 bilhões,
respectivamente. A tabela abaixo apresenta estes valores:

2022
Discriminação LDO 2022 Realizado
R$ milhões % PIB R$ milhões % PIB
Anexo IV – Tabela 4
A - Resultado Primário: Governo Central (I - II + III) -170.474 -1,92 54.947 0,55
I. Receita Primária Líquida 1.450.562 16,32
1.856.102 18,72
II. Despesa Primária Total 1.621.036 18,24
1.801.998 18,17
III. Discrepância Estatística e Ajuste Metodológico - - 0,01
843
B - Resultado Primário: Empresas Estatais Federais -4.417 -0,05
4.754 0,05
C - Resultado Primário: Governo Federal (A + B) -174.891 -1,97 59.701 0,60
D - Resultado Primário: Governos Estaduais e -2.600 -0,03
6

Municipais 66.293 0,67


E - Resultado Primário: Setor Público Não Financeiro
-177.491 -2,00
(C + D) 125.994 1,27
Anexo IV – Tabela 3
F - Resultado Nominal: Setor Público Não-Financeiro -608.718 -6,85 -460.433 -4,64
G - Dívida Líquida: Setor Público 5.962.774 67,10 5.658.017
57,06
Fonte: STN/MF e BCB.

Quantos aos Entes Subnacionais, estes acumularam superávit primário de R$ 66,3 bilhões em 2022, ou
seja, resultado R$ 68,9 bilhões acima do projetado para o ano na LDO 2022 (déficit de R$ 2,6 bilhões).
No que se refere ao teto de gastos, a Emenda Constitucional nº 95 (EC 95), de 15 de dezembro de 2016,
instituiu o Novo Regime Fiscal (NRF), por meio da inclusão dos artigos 106 a 114 no Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias - ADCT. O NRF consiste na fixação de um teto de gastos para as despesas
primárias dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, individualizado para o Poder
Executivo, os órgãos do Poder Legislativo, os órgãos do Poder Judiciário, o Ministério Público da União -
MPU e a Defensoria Pública da União - DPU (art. 107 do ADCT).
Em relação ao exercício de 2022, o limite de gastos, segundo o inciso II do § 1º do art. 107 do ADCT,
conforme redação dada pela Emenda Constitucional nº 113, de 8 de dezembro de 2021, é equivalente
ao valor do limite referente ao exercício de 2021 corrigido pela estimativa atualizada para a variação do
IPCA naquele ano, de 10,18%, o que equivale a uma despesa total de R$ 1.681,2 bilhões. No exercício de
2022, as despesas que estão englobadas nesse limite de gastos atingiram R$ 1.642,2 bilhões, o que
representa 97,68% do total do limite. Cumpre mencionar que este montante considera a
excepcionalização de R$ 22,9 bilhões de despesas de investimentos, correspondentes ao excesso de
arrecadação de receitas correntes do exercício de 2021 (limitado a 6,5% do excesso de arrecadação de
receitas correntes de 2021), conforme estabelecido no § 6º-B do art. 107 do ADCT, incluído pela Emenda
Constitucional nº 126, de 21 de dezembro de 2022.
Destaca-se que os valores apresentados para o acompanhamento dos limites consideram o acréscimo
de R$ 105,0 milhões à base de cálculo do teto do MPU em 2016, conforme decisão cautelar do Acórdão
TCU nº 3.072/2019, bem como o acréscimo de R$ 294,3 milhões à base de cálculo do teto do Poder
Judiciário, conforme decisão do Acórdão TCU nº 362/2020.
Ressalta-se ainda que as despesas sujeitas ao teto de gastos, em 2016, totalizaram R$ 1.222,3 bilhões.
Esse valor é R$ 1.180,0 milhões maior do que o montante considerado até o exercício de 2021, em
virtude da reclassificação das despesas com a formação e manutenção de estoques da Política de
Garantia de Preços Mínimos – PGPM e da adoção pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) do
modelo de contabilização da despesa de compensação previdenciária (COMPREV) por meio de seus
valores brutos, em atendimento à recomendação 9.2.3 do Acórdão nº 1.153/2021-TCU-Plenário.
Por fim, a Constituição Federal, em seu artigo 167, inciso III, estabeleceu a chamada “regra de ouro” que
veda “a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta”. No exercício de 2022, foi apurada suficiência no
cumprimento da regra de ouro de R$ 63,8 bilhões.
Anexo IV
Metas Fiscais
IV.3. Evolução do Patrimônio Líquido
(Art. 4o, § 2o, inciso III, da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000)

O patrimônio líquido (PL) reflete, em termos monetários, a situação patrimonial líquida


da União, ou seja, a diferença entre o total do ativo e do passivo. Conforme o Manual de
Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP), integram o patrimônio líquido os seguintes
itens:

a) Patrimônio/Capital Social: Compreende o patrimônio social das autarquias, fundações e


fundos e o capital social das demais entidades da administração indireta.

b) Reservas: Compreende os valores acrescidos ao patrimônio que não transitaram pelo


resultado, as reservas constituídas com parcelas do lucro líquido das entidades para
finalidades específicas e as demais reservas, inclusive aquelas que terão seus saldos realizados
por terem sido extintas pela legislação.

c) Resultados Acumulados: Compreende o saldo remanescente dos lucros ou prejuízos


líquidos das empresas e os superávits ou déficits acumulados da administração direta,
autarquias, fundações e fundos. Também integra a conta de Resultados Acumulados a conta
Ajustes de Exercícios Anteriores, que registra os efeitos da mudança de critério contábil ou da
retificação de erro imputável a exercício anterior que não possam ser atribuídos a fatos
subsequentes.

A evolução do patrimônio líquido da União apresenta uma tendência de aumento do


passivo a descoberto ao longo dos três exercícios em análise (2020 a 2022). Quando
comparados os exercícios de 2020 e 2021, o patrimônio líquido reduziu 16,64%,
aproximadamente, ao passo que comparados os exercícios de 2021 e 2022, houve uma
redução de 0,52%, aproximadamente, como mostra a Tabela 1.

Tabela 1 - Anexo de Metas Fiscais – Demonstrativo da evolução do patrimônio líquido da União


nos últimos três exercícios: (LRF, art. 4º, § 2º, inciso III) (em R$)

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2022 AV (%) 2021 AV (%) 2020 AV (%)


Patrimônio/Capital 50.548.213.532,68 -0,98 48.939.480.165,85 -0,95 47.616.185.844,52 -1,08
Reservas 2.249.310.354,97 -0,04 2.385.815.773,88 -0,05 1.351.402.651,30 -0,03
Resultados Acumulados -5.236.470.742.746,03 101,54 -5.208.435.616.462,84 101,00 -4.470.520.705.112,47 101,11
TOTAL -5.183.673.329.745,14 100,00 -5.157.110.320.523,11 100,00 -4.421.553.116.616,65 100,00

Fonte: SIAFI

No exercício de 2020, a variação total do PL representou uma redução de


aproximadamente R$ 1.460,2 bilhões. As principais movimentações foram:

(a) Apuração do resultado patrimonial do exercício, de R$ 620,9 bilhões negativos;


(b) Ajustes de exercícios anteriores, no valor de R$ 467,5 bilhões, referentes ao registro do
passivo atuarial relacionados aos benefícios pós-emprego dos militares inativos (reserva
remunerada ou reforma, afetando negativamente o patrimônio líquido;

(c) Ajustes de exercícios anteriores, no valor de R$ 249,7 bilhões, referentes à mudança de


metodologia no cálculo do ajuste para perdas dos haveres financeiros relacionados aos entes
federativos, que passou a ser realizado de acordo com um rating calculado em função da
capacidade de pagamento (CAPAG) do ente, afetando negativamente o patrimônio líquido;

(d) Ajustes de exercícios anteriores, no valor de R$ 122,4 bilhões, referentes ao


aprimoramento no cálculo da provisão para pensões militares, que passou a considerar
também as pensões a conceder, além das já concedidas, afetando negativamente o
patrimônio líquido.

No exercício de 2021, a variação total do PL representou uma redução de


aproximadamente R$ 735,6 bilhões. As principais movimentações foram:

(a) Apuração do resultado patrimonial do exercício, de R$ 617,6 bilhões negativos;

(b) Ajustes de exercícios anteriores, no valor de R$ 114,3 bilhões, referentes a ajustes


realizados pela Fundação Nacional do Índio (Funai) na conta de bens imóveis, afetando
negativamente o patrimônio líquido;

(c) Ajustes de exercícios anteriores, no valor de R$ 101,3 bilhões, referentes ao


reconhecimento de espelhos d`água no Município de Vitória pela Superintendência do
Patrimônio da União do Espírito Santo (SPU/ES), afetando positivamente o patrimônio líquido;

(d) Ajustes de exercícios anteriores, no valor de R$ 88,4 bilhões, referentes à baixa contábil de
glebas da Amazônia Legal efetivada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra), afetando negativamente o patrimônio líquido.

No exercício de 2022, a variação total do PL representou uma redução de


aproximadamente R$ 26,6 bilhões. As principais movimentações foram:

(a) Apuração do resultado patrimonial do exercício, de R$ 89,5 bilhões negativos;

(b) Ajustes de exercícios anteriores, no valor de R$ 98,6 bilhões, referentes ajustes de passivo
atuarial realizados pelo Ministério da Defesa relativo às obrigações atuariais do Sistema de
Proteção Social dos Militares das Forças Armadas (SPSMFA), afetando positivamente o
patrimônio líquido;

(c) Ajustes de exercícios anteriores, no valor de R$ 48,8 bilhões, referentes ao registro do


passivo exigível da Lei Complementar nº 176/2020 relativo a estados e municípios, afetando
negativamente o patrimônio líquido.
Anexo IV
Metas Fiscais
IV.4 – Receita de Alienação de Ativos e Aplicação de Recursos
(Art. 4o, § 2o, inciso III, da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000)

A Lei de Responsabilidade Fiscal, em seu art. 44, veda a aplicação de receita de capital
derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento
de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio
dos servidores públicos.

A Tabela 2, a seguir, conforme disposto no inciso III, § 2º do art. 4º, da LRF, demonstra a
receita de capital oriunda da alienação de ativos em 2022, que totalizou R$ 963,71 milhões, em sua
maioria referente a bens móveis. Na aplicação desses recursos, observa-se que houve uma
concentração das despesas com amortização/refinanciamento da dívida, no valor aproximado de
R$ 330,71 milhões, que representaram 83,39% do total das despesas com recursos de alienação de
ativos, que foi de R$ 393,71milhões.

Em relação ao exercício de 2021, houve redução das receitas de alienação de ativos e da


aplicação desses recursos, quando houve arrecadação atípica no montante de R$ 8,22 bilhões com
alienação de ativos, sendo gastos R$ 400,76 milhões com esses recursos. Isso significa que, em 2022,
houve redução nas receitas de alienação de ativos na ordem de 88,27%, ao passo que a aplicação
desses recursos reduziu em 1,76% em relação ao exercício anterior. Os valores oficiais publicados
podem ser visualizados na tabela abaixo.
Tabela 2 – Demonstrativo da receita de alienação de ativos e aplicação dos recursos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social 2020, 2021 e 2022
R$ milhares

RREO – Anexo 11 (LRF, art. 53, § JANEIRO A DEZEMBRO DE 2022 JANEIRO A DEZEMBRO DE 2021 JANEIRO A DEZEMBRO DE 2020
1º, inciso III)
RECEITAS PREVISÃO RECEITAS SALDO A PREVISÃO RECEITAS SALDO A PREVISÃO RECEITAS SALDO A
ATUALIZADA REALIZADAS REALIZAR ATUALIZADA REALIZADAS REALIZAR ATUALIZADA REALIZADAS REALIZAR
(a) (b) (a-b) (a) (b) (a-b) (a) (b) (a-b)

RECEITAS DE CAPITAL

Alienação de Ativos 2.405.625 963.709 1.441.916 1.852.198 8.217.368 -6.365.171 1.683.248 1.916.354 -233.106
Alienação de Bens Móveis 2.194.056 447.613 1.746.442 1.421.245 7.858.775 -6.437.531 1.453.730 1.586.556 -132.826
Alienação de Bens Imóveis 211.569 500.931 -289.361 430.953 344.740 86.213 229.518 325.012 -95.494
Alienação de Bens Intangíveis 0 15.165 -15.165 0 13.853 -13.853 0 4.786 -4.786

TOTAL 2.405.625 963.709 1.441.916 1.852.198 8.217.368 -6.365.171 1.683.248 1.916.354 -233.106

DESPESAS DOTAÇÃO DESPESAS SALDO A DOTAÇÃO DESPESAS SALDO A DOTAÇÃO DESPESAS SALDO A
ATUALIZADA EXECUTADAS EXECUTAR ATUALIZADA EXECUTADAS EXECUTAR ATUALIZADA EXECUTADAS EXECUTAR
(c) (d) (c-d) (c) (d) (c-d) (c) (d) (c-d)

APLICAÇÃO DOS REC. ALIEN. DE


ATIVOS
Despesas de Capital 2.211.910 393.709 1.818.201 1.459.099 400.753 1.058.346 1.471.549 386.103 1.085.447
Investimentos 61.266 59.155 2.110 49.019 26.644 22.375 52.495 47.870 4.626
Inversões Financeiras 469.227 3.839 465.388 1.396.023 279.378 1.116.644 1.400.887 338.233 1.062.654
Amortização/Refin. da Dívida 1.681.417 330.715 1.350.703 14.057 94.731 -80.673 18.167 0 18.167
Desp. Corr. dos Regimes de 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Previdência
Regime Geral de Previdência 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Social
Regime Próprio dos Ser. 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Públicos
TOTAL 2.211.910 393.709 1.818.201 1.459.099 400.753 1.058.346 1.471.549 386.103 1.085.447

EXERCÍCIO EXERCÍCIO SALDO ATUAL EXERCÍCIO EXERCÍCIO SALDO ATUAL EXERCÍCIO EXERCÍCIO SALDO ATUAL
ANTERIOR ANTERIOR ANTERIOR
SALDO FINANCEIRO A APLICAR (e) (f) = (b-d) (e+f) (e) (f) = (b-d) (e+f) (e) (f) = (b-d) (e+f)

26.242.087 7.823.659 34.065.746 18.425.472 7.816.615 26.242.087 16.895.220 1.530.252 18.425.472

Fonte: STN/CCONT/GEINF
(1) Inclui despesas empenhadas mas não efetivamente liquidadas, inscritas em restos a pagar não-processados, consideradas executadas no encerramento do exercício, por força da Lei nº 4.320/64.
Anexo IV
Metas Fiscais
IV.5 – Projeções Atuariais para o Regime Geral de Previdência Social – RGPS
(Art. 4o, § 2o, inciso IV, da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000)

PROJEÇÕES FINANCEIRAS E ATUARIAIS PARA O REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA


SOCIAL – RGPS

SECRETARIA DE REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL ― SRGPS


MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL― MPS

Brasília, março de 2023


ÍNDICE

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................................... 5


2. PLANO DE BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL .................................................... 7
2.1 – Aposentadorias programadas ............................................................................................................... 7
2.2 Aposentadoria por incapacidade permanente .................................................................................. 8
2.3 Auxílio-doença.................................................................................................................................... 9
2.4 Salário-família .................................................................................................................................. 10
2.5 Salário-maternidade ........................................................................................................................ 11
2.6 Pensão por morte ............................................................................................................................ 12
2.7 Auxílio-reclusão ................................................................................................................................ 14
2.8 Auxílio-acidente ............................................................................................................................... 15
2.9 Reabilitação profissional .................................................................................................................. 16
2.10 Abono anual ..................................................................................................................................... 16
3. TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS ........................................................................................................... 16
4. MODELO DE PROJEÇÕES FISCAIS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL ................................... 28
4.1 Introdução ...................................................................................................................................... 28
4.2. Aspectos teóricos e experiência internacional .................................................................................. 30
4.2.1. Atuária em seguridade social........................................................................................................ 30
4.2.2. Diretrizes e experiência internacional ........................................................................................... 31
4.3. Metodologia do modelo de projeções do RGPS ................................................................................ 33
4.3.1. Abrangência ................................................................................................................................ 33
4. 3.2. Lógica ........................................................................................................................................ 34
4.3.3. Subconjuntos populacionais: quantidades .................................................................................... 37
4.3.4. Benefícios previdenciários e assistenciais: quantidades ................................................................. 39
4.3.5. Benefícios temporários: auxílios e salário-maternidade ................................................................. 42
4.3.6. Pensões por Morte ...................................................................................................................... 43
4.3.7. Subconjuntos populacionais: rendimentos médios ........................................................................ 45
4.3.8. Receitas previdenciárias e crescimento econômico ....................................................................... 47
4.3.9. Benefícios previdenciários e assistenciais: valores médios ............................................................. 47
4.3.10. Benefícios previdenciários e assistenciais: despesa ...................................................................... 49
4.4. Implementação do modelo de projeção........................................................................................... 50
4.4.1. Microssimulação das regras de transição da EC 103/2019 .............................................................. 50
4.4.2. Dados utilizados .......................................................................................................................... 51
4.4.3. Definição de hipóteses ................................................................................................................. 52
2
4.4.4. Calibragem .................................................................................................................................. 54
5. PROJEÇÕES FISCAIS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL ....................................................... 55
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................... 60
ANEXO I – Lista de siglas e abreviaturas ................................................................................................. 61
ANEXO II – Descrição dos dados utilizados.............................................................................................. 64
ANEXO III – Hipóteses de projeção (cenário base) ................................................................................... 66
ANEXO IV – Tábuas de mortalidade específicas para os beneficiários do RGPS ......................................... 69

3
LISTA DE ABREVIATURAS

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

RGPS – Regime Geral de Previdência Social

RPPS – Regimes Próprios de Previdência Social de Estados e Municípios

SPE – Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda

SRGPS – Secretaria de Regime Geral de Previdência Social


1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A mudança demográfica em curso no Brasil, pautada pelo aumento da expectativa de vida


ao nascer, redução da taxa de mortalidade, contínua e persistente redução da taxa de
fecundidade e aumento da expectativa de sobrevida de pessoas em idades mais avançadas,
implicará transformações muito significativas no funcionamento da Previdência Social e,
especificamente, do Regime Geral de Previdência Social. Este regime, construído na forma de
repartição, terá impactos tanto pelo aumento das despesas com benefícios previdenciários
(aumento do número de idosos inativos e maior duração dos benefícios recebidos), quanto pela
redução das receitas previdenciárias dos contribuintes decorrente do encolhimento da população
economicamente ativa ao longo do tempo e das transformações que vêm ocorrendo nas relações
de trabalho. Tais fatores implicam pressão adicional no sistema previdenciário atual, sugerindo a
necessidade de avaliar a adequação do sistema à nova realidade demográfica. Tal necessidade é
reforçada pela adoção das novas regras de concessão e cálculo de benefícios previdenciários,
decorrentes da Emenda Constitucional nº 103 de 2019.

Este documento tem como objetivo apresentar as projeções atuariais do Regime Geral de
Previdência Social - RGPS para as próximas décadas, atendendo ao disposto no art. 4o, § 2º, inciso
IV, alínea a, da Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal),
assim como prestar informações necessárias: ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no
tocante à elaboração de notas explicativas das demonstrações contábeis do Fundo do Regime
Geral de Previdência Social (FRGPS) a serem publicadas no Balanço Geral da União (BGU); e à
Secretaria do Tesouro Nacional (STN), na ocasião da elaboração do Relatório Resumido de
Execução Orçamentária (RREO) referente ao mês de dezembro de cada ano.

Além desta breve introdução, o documento é composto por outras quatro seções1.
Sumariamente, a seção 2 descreve o plano de benefícios do Regime Geral de Previdência Social
(RGPS), já contemplando as novas regras estabelecidas na EC nº 103/19. A seção 3 analisa os
principais elementos associados à dinâmica demográfica em curso no Brasil. A seção 4 é composta
pela nota metodológica do modelo de projeção fiscal do RGPS, do qual são obtidos os resultados

1
A seção com a descrição do modelo de projeção fiscal utilizado para apuração dos resultados encontra-se em fase
de revisão, também por necessidade de ajustes para adequação das projeções às novas regras de acesso e de cálculo
de valor dos benefícios.
5
das projeções, e a apresentação das projeções atuariais de receitas e despesas previdenciárias
consta na seção 5.

6
2. PLANO DE BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

Os benefícios oferecidos pelo RGPS têm por objetivo assegurar aos seus contribuintes e a
suas famílias meios indispensáveis de reposição da renda, quando da perda da capacidade
laborativa, desemprego, idade avançada, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de
quem dependiam economicamente.

A descrição do plano de benefícios aborda três aspectos. O primeiro dispõe sobre a fórmula
de cálculo do valor do benefício, o segundo, sobre as condições necessárias para que o segurado
se habilite ao benefício e o terceiro, sobre a duração do pagamento.

Todos os benefícios do RGPS sujeitam-se a um valor mínimo denominado de piso


previdenciário, definido como igual ao salário-mínimo vigente e a um valor máximo, denominado
teto de benefício, definido como o valor máximo para o salário-de-contribuição, à exceção do
salário-maternidade que se sujeita ao limite previsto pela Constituição Federal em seu art. 37,
inciso XI, e aos benefícios de salário-família e auxílio-acidente, que podem ser inferiores ao piso
previdenciário.

2.1 – Aposentadorias programadas

Condições para habilitação: a EC nº 103, de 12 de novembro de 2019, trouxe importantes


alterações nas regras de acesso às aposentadorias programadas, com o estabelecimento – dentro
da regra permanente – de idade mínima de 62 anos para mulher e 65 anos para os homens2,
conjuntamente com o tempo mínimo de, respectivamente, 15 anos e 20 anos de contribuição3.

Conjuntamente ao estabelecimento dessas novas regras passam a existir três grupos de


segurados do RGPS, formado por: a) aqueles que já possuíam direito à aposentadoria antes da EC
nº 103/19; b) aqueles que já eram contribuintes do RGPS antes da EC nº 103/19, mas ainda não
tinham completado todos os requisitos para aposentadoria e assim se enquadram nas regras de

2 No caso dos contribuintes da clientela rural, incluídos os segurados especiais, a idade mínima para aposentadoria
é reduzida para 55 anos entre as mulheres e 60 anos entre os homens. Além disso há necessidade do cumprimento
de tempo de contribuição por, no mínimo, 15 anos para ambos os sexos.
3
Outras exceções são: a) a aposentadoria por tempo de serviço de professor, que passa a valor com idade mínima
de 57 anos para as mulheres, 60 anos para os homens e comprovação de 25 anos de atividade docente, para ambos
os sexos, na educação infantil ou nos ensinos fundamental e médio; e b) aposentadoria especial para trabalhadores
expostos a agentes nocivos, com idade mínima e tempo mínimo de exposição que variam de acordo com o agente
nocivo ao qual esteve exposto.
7
transição; e c) aqueles contribuintes que ingressarem no RGPS após a EC nº 103/19 e se
enquadrarão nas regras permanentes4.

Valor do benefício: o salário-de-benefício, utilizado para o cálculo do valor do benefício,


passou a corresponder à média aritmética simples dos salários-de-contribuição realizados desde
julho de 1994, atualizados monetariamente. O valor do benefício será de 60% acrescido de dois
pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder 15 anos (no caso das mulheres)
ou 20 anos (no caso dos homens) aplicado sobre o salário-de-benefício.

Poderão ser excluídas da média as contribuições que resultem em redução do valor do


benefício, desde que mantido o tempo de contribuição mínimo, vedada a utilização do tempo
excluído para qualquer finalidade.

Amplitude do benefício: a duração das aposentadorias programadas se estende até o


falecimento do segurado, com possibilidade de conversão em pensão por morte no caso de haver
dependentes legalmente habilitados.

2.2 Aposentadoria por incapacidade permanente

Nova denominação para a antiga Aposentadoria por Invalidez, benefício concedido para os
contribuintes do RGPS, na qualidade de segurado, que for considerado permanentemente
incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência
tem direito a este benefício.

Condições para habilitação: é necessário o cumprimento da carência exigida de 12


contribuições mensais, exceto nos casos decorrentes de acidente de trabalho ou de qualquer
natureza. Nestas situações não é exigida a carência.

Independe de carência a concessão deste benefício ao segurado que, após filiar-se ao RGPS,
for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose
múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante,
cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado
avançado de doença de Paget (osteíte deformante), Síndrome da Deficiência Imunológica

4
A partir do estabelecimento da idade mínima, as aposentadorias por tempo de contribuição deixam de existir aos
segurados que se enquadrarem nas regras permanentes.
8
Adquirida (SIDA), ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina
especializada.

Não é concedida aposentadoria por incapacidade permanente ao segurado que, ao filiar-se


ao Regime Geral de Previdência Social, já era portador da doença ou da lesão que geraria o
benefício, salvo quando a incapacidade decorreu de progressão ou agravamento dessa doença
ou lesão.

Valor do benefício: o valor do benefício segue a mesma forma de cálculo das demais
aposentadorias, exceto aquelas decorrentes de acidente de trabalho, doenças profissionais e
doenças do trabalho, cujo valor será igual a 100% da média dos salários-de-contribuição.

Poderá ser acrescido ao benefício uma parcela de 25% sobre o seu valor caso o beneficiário
necessite constantemente de acompanhante em decorrência dos problemas geradores de direito
ao benefício.

Amplitude do benefício: a duração da aposentadoria por incapacidade permanente se


estende até a recuperação da capacidade para o trabalho ou até o falecimento do segurado, com
possibilidade de conversão em pensão por morte no caso de haver dependentes legalmente
habilitados.

2.3 Auxílio-doença

Valor do benefício: 91% do salário-de-benefício, calculado pela média aritmética simples


dos salários-de-contribuição desde julho de 1994 corrigidos monetariamente, sendo que o valor
não poderá ser superior à média aritmética simples dos últimos 12 salários-de-contribuição
registrados.

Condições para habilitação: o segurado que estiver incapacitado para seu trabalho ou para
sua atividade habitual após 15 dias de afastamento consecutivos.

Para o segurado empregado, incumbe à empresa pagar ao segurado o seu salário durante
os primeiros 15 dias, iniciando-se a responsabilidade do RGPS apenas após o 16º dia de
afastamento. Nos demais casos, o auxílio-doença será devido a contar da data do início da
incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz. Quando o benefício for requerido após 30 dias

9
do afastamento da atividade, o auxílio-doença será devido a contar da data da entrada do
requerimento. Quanto à carência, aplicam-se as mesmas regras descritas no subitem anterior.

Não é concedido auxílio-doença ao segurado que, ao filiar-se ao Regime Geral de


Previdência Social, já era portador da doença ou da lesão que geraria o benefício, salvo quando a
incapacidade decorreu de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.

Amplitude do benefício: fluxo de renda paga mensalmente até que o segurado seja
considerado hábil para o desempenho de uma atividade remunerada. Caso isso não ocorra, o
segurado será aposentado por incapacidade permanente.

2.4 Salário-família

Têm direito ao salário-família os trabalhadores empregados, inclusive o doméstico, e os


avulsos. Os contribuintes individuais, segurados especiais e facultativos não recebem salário-
família.

Valor do benefício: a partir de janeiro de 2023 o valor do salário-família passou a ser de R$


59,82 por filho de até 14 anos incompletos ou inválido de qualquer idade, para quem ganhar até
R$ 1.754,185.

Condições para habilitação: além da comprovação da existência dos filhos ou equiparados


(enteado e menor tutelado), este benefício será concedido e pago ao:
• segurado empregado, pela empresa ou pelo empregador doméstico, com o
respectivo salário, e ao trabalhador avulso, pelo órgão gestor de mão-de-obra, mediante
convênio;
• segurado empregado, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso que esteja
recebendo auxílio-doença, juntamente com o benefício;
• segurado empregado, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso de qualquer
idade que esteja recebendo aposentadoria por incapacidade permanente, juntamente
com o benefício;
• segurado trabalhador rural aposentado por idade aos 60 anos, se do sexo
masculino, ou 55 anos, se do sexo feminino, juntamente com a aposentadoria;

5
Portaria Interministerial MPS/*MF nº 26, de 10/01/2023.
10
• demais segurados empregados e trabalhadores avulsos aposentados quando
completarem 65 anos, se do sexo masculino, ou 60 anos, se do sexo feminino, juntamente
com a aposentadoria.

Amplitude do benefício: renda mensal temporária paga durante o período em que o


segurado contribui nas categorias citadas e até que os filhos que não são permanentemente
incapazes completem 14 anos, ou no caso do falecimento segurado.

2.5 Salário-maternidade

O salário-maternidade é devido à todas as seguradas da previdência social, durante 120


dias, podendo iniciar no período entre 28 dias antes do parto e a data da sua ocorrência, e à
segurada ou segurado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança.

No caso da empregada, o salário-maternidade é pago pela empresa, que efetiva a


compensação quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários.
Para as empregadas do microempreendedor individual, empregadas domésticas, trabalhadoras
avulsas, contribuintes individuais, facultativas e seguradas especiais, o pagamento é feito
diretamente pela previdência social, assim como nos casos de adoção, independentemente da
categoria da segurada ou segurado.

No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao salário-maternidade, o


benefício poderá ser pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que seria devido, ao
cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do
falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao benefício.

Valor do benefício: No caso de segurada empregada e trabalhadora avulsa, 100% da


remuneração integral que vinha percebendo. No caso de segurada empregada doméstica, 100%
do último salário-de-contribuição. No caso de segurada especial, 1 (um) salário-mínimo. Para as
demais seguradas, inclusive a desempregada, um doze avos da soma dos até 12 últimos salários-
de-contribuição, apurados em um período não superior a 15 meses.

Para a empregada doméstica e as seguradas que recolhem na categoria de contribuintes


individuais, o valor do salário-maternidade sujeita-se aos limites mínimo e máximo do salário-de-
contribuição.

11
Condições para habilitação: comprovação da gravidez, sendo a renda devida a partir do 28º
dia antes do parto, ou do nascimento do filho, quando requerido após o parto.

Em se tratando da contribuinte individual e da segurada facultativa, é exigida a carência de


10 (dez) contribuições mensais para concessão do benefício, reduzida no mesmo número de
meses em que o parto tenha sido antecipado. No caso de segurada especial, exige-se a
comprovação de exercício de atividade rural nos últimos dez meses imediatamente anteriores ao
requerimento do benefício, mesmo que de forma descontínua.

De acordo com a legislação vigente à época desta publicação, é de cinco anos o prazo para
a segurada requerer o benefício a partir da data do parto.

Amplitude do benefício: Renda mensal temporária por 120 dias.

2.6 Pensão por morte

Valor do benefício: o valor mensal da pensão por morte será de 50% do valor da
aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por
incapacidade permanente na data de seu falecimento, acrescido de 10 pontos percentuais por
dependente, limitado a 100% no caso de haver mais de cinco dependentes.

Condições para habilitação: não exige carência, apenas a qualidade de segurado do


instituidor na data do óbito.

Amplitude dos benefícios: a pensão por morte tem duração máxima variável. Para os
dependentes o benefício é pago enquanto estes mantiverem esta condição. Nos casos de
cônjuges ou companheiro(a) a duração depende da idade ou do tempo de união

Para os filhos, equiparados ou irmãos do falecido (desde que comprovem o direito), o


benefício é devido até os 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se inválido ou com deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave.

Para o cônjuge, companheiro(a), o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato


que recebia pensão alimentícia:
(i) Duração de quatro meses a contar da data do óbito:
(ii) Se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha realizado 18 contribuições mensais à
Previdência ou;

12
(iii) Se o casamento ou união estável se iniciou em menos de dois anos antes do
falecimento do segurado;

(a) Duração variável conforme a Tabela 2.1:

(i) Se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 contribuições mensais pelo segurado e pelo
menos dois anos após o início do casamento ou da união estável; ou
(ii) Se o óbito decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou
do trabalho, independentemente da quantidade de contribuições e tempo de
casamento/união estável.

Tabela 2.1 – Duração máxima das pensões ou cota segundo idade do dependente
Duração máxima do
Idade do dependente na data do óbito
benefício ou cota
menos de 22 (vinte e um) anos 3 (três) anos

entre 22 (vinte e um) e 27 (vinte e seis) anos 6 (seis) anos

entre 28 (vinte e sete) e 30 (vinte e nove) anos 10 (dez) anos

entre 31 (trinta) e 41 (quarenta) anos 15 (quinze) anos

entre 42 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos 20 (vinte) anos

a partir de 45 (quarenta e quatro) anos Vitalício


[1] Segundo Art. 1º da Lei nº 13.135/2015 (que altera o Art. 77, § 2º da Lei nº 8.213/91) e Portaria ME
424/2021;

Para o cônjuge se inválido ou com deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, o


benefício será devido enquanto durar a deficiência ou a invalidez, respeitando-se os prazos
mínimos descritos na tabela acima.

De acordo com a Medida Provisória nº 871, de 18 de janeiro de 2019, convertida na Lei nº


13.846 de 18 de junho de 2019, que alterou o art. 76, § 3º, da Lei nº 8.213/91, para ex-cônjuge,
ex-companheiro ou ex-companheira que receber pensão de alimentos temporários, a pensão por
morte será devida pelo prazo remanescente na data do óbito, observados os prazos mínimos
descritos na tabela acima.

13
2.7 Auxílio-reclusão

Valor do benefício: nos mesmos moldes da pensão por morte, limitado a um salário-
mínimo.

Condições para habilitação: de acordo com a Medida Provisória nº 871, de 18 de janeiro de


2019, convertida na Lei nº 13.846 de 18 de junho de 2019, será concedido aos dependentes do
segurado de baixa renda recolhido à prisão em regime fechado e desde que este não receba
remuneração da empresa nem esteja em gozo de auxílio-doença, pensão por morte, salário-
maternidade, aposentadoria e abono de permanência em serviço. Será considerado de baixa
renda o segurado cuja renda, apurada pela média dos salários de contribuição de 12 meses
anteriores ao da prisão, seja, a partir de 1º de janeiro de 2023, igual ou inferior a R$ 1.754,186.

Amplitude do benefício: o auxílio-reclusão tem duração variável conforme a idade e o tipo


de beneficiário. Além disso, caso o segurado seja posto em liberdade, fuga da prisão ou passe a
cumprir pena em regime aberto, o benefício é encerrado.

Para o cônjuge, o companheiro(a), o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de


fato que recebia pensão alimentícia:
(a) Duração de quatro meses a contar da data da prisão:
(i) Se a reclusão ocorrer sem que o segurado tenha realizado 18 contribuições mensais
à Previdência ou;
(ii) Se o casamento ou união estável se iniciar em menos de dois anos antes do
recolhimento do segurado à prisão;

(b) Duração variável conforme a tabela 2.2:


(i) Se a prisão ocorrer depois de vertidas 18 contribuições mensais pelo segurado e pelo
menos 2 anos após o início do casamento ou da união estável;

Para o cônjuge se inválido ou com deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave: o


benefício será devido enquanto durar a deficiência ou a invalidez, respeitando-se os prazos
mínimos descritos na tabela acima.

6
Portaria MPS/MF nº 26, de 10/01/2023.
14
Tabela 2.2 – Duração máxima do auxílio reclusão segundo idade do dependente
Duração máxima do
Idade do dependente na data da prisão
benefício ou cota
menos de 21 (vinte e um) anos 3 (três) anos
entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos 6 (seis) anos

entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos 10 (dez) anos

entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos 15 (quinze) anos

entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos 20 (vinte) anos


a partir de 44 (quarenta e quatro) anos Vitalício

Para os filhos, equiparados ou irmãos do segurado recluso (desde que comprovem o


direito): o benefício é devido até os 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se inválido ou com
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.

2.8 Auxílio-acidente

Valor do benefício: 50% do benefício de aposentadoria por invalidez a que o segurado teria
direito.

Condições para habilitação: será concedido, como indenização, ao segurado empregado,


ao empregado doméstico (neste caso, para acidentes ocorridos a partir de 02 de junho de 2015),
ao trabalhador avulso, ao segurado especial e ao médico-residente quando, após a consolidação
das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela definitiva que implique
em redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e se enquadrem nas
situações discriminadas no Anexo III do Regulamento da Previdência Social (lesões do aparelho
visual, traumas acústicos e outras).

Amplitude do benefício: fluxo de renda paga mensalmente, enquanto persistirem as


condições que deram origem ao benefício, ou até a concessão de uma aposentadoria, solicitação
de Certidão de Tempo de Contribuição (CTC) para fins de averbação em Regime Próprio de
Previdência Social (RPPS) ou falecimento do segurado.

15
2.9 Reabilitação profissional

Consiste em um serviço que visa proporcionar aos segurados e dependentes incapacitados


para o trabalho (parcial ou totalmente) e às pessoas com deficiência os meios indicados para a
reeducação e readaptação profissional e social, de modo que possam voltar a participar do
mercado de trabalho.

Valor do benefício: custo decorrente do tratamento.

Condições para habilitação: ser segurado, aposentado ou dependente incapacitado (total


ou parcialmente) ou com deficiência.

Amplitude do benefício: atendimento feito por uma equipe multidisciplinar, que envolve
médicos, assistentes sociais, psicólogos, sociólogos, fisioterapeutas, entre outros.

2.10 Abono anual

Valor do benefício: corresponde ao valor da renda mensal do benefício no mês de


dezembro, e será devido quando o benefício foi recebido no ano todo, ou seja, durante todos os
12 meses. O recebimento de benefício por período inferior a 12 meses determina o cálculo do
abono anual de forma proporcional, devendo ser considerado como mês integral o período igual
ou superior a 15 dias, observando-se como base a última renda mensal.

Condições para habilitação: ter recebido, durante o ano, auxílio-doença, auxílio-acidente,


aposentadoria, pensão por morte, auxílio-reclusão ou salário maternidade.

Amplitude do benefício: usualmente pagamento em duas parcelas, nos meses de setembro


e dezembro.

3. TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS

O RGPS funciona em regime financiamento por repartição simples, no qual os trabalhadores


em atividade financiam os inativos na expectativa de que, no futuro, outra geração de
trabalhadores sustentará a sua inatividade. Neste sistema, a taxa de crescimento da população,
a evolução de seu perfil etário e a taxa de urbanização são variáveis fundamentais para estimar a
evolução dos contribuintes e beneficiários. Esta seção apresenta as projeções demográficas para
o período 2019 a 2060 realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

16
De acordo com o IBGE em sua revisão de 2018 da projeção populacional 2010 - 2060, no
período 2019-2060, deverá ser mantida a tendência observada nas últimas décadas de declínio
da taxa de crescimento da população com aceleração do envelhecimento populacional. De acordo
com dados apresentados no Tabela 3.1, a taxa média anual de crescimento da população, que
diminui de 2,9% na década de 60 para 1,4% na primeira década deste século, deverá manter a
tendência de queda nos próximos anos, chegando a próximo de zero entre 2040 e 2050 e
passando a apresentar variação negativa a partir da década de 2050, momento em que a
população começará a diminuir em termos absolutos.

Tabela 3.1 - Taxa de crescimento populacional


Média anual por década 1960-2060
1960-1970 2,9%
1970-1980 2,5%
1980-1990 1,8%
1990-2000 1,6%
2000-2010 1,4%
2010-2020 0,8%
2020-2030 0,6%
2030-2040 0,3%
2040-2050 0,0%
2050-2060 -0,2%
Fonte: IBGE/Diretoria de Pesquisas - Projeção populacional 2010-
2060 revisão 2018

Como a redução das taxas de crescimento da população não ocorre de forma idêntica entre
as diversas coortes etárias, as pirâmides populacionais brasileiras indicam significativas
modificações na estrutura etária com o progressivo envelhecimento populacional. Conforme as
projeções do IBGE, base para a construção das pirâmides etárias apresentadas nos Gráficos 3.1,
3.2 e 3.3, observa-se claramente o estreitamento gradual da base da pirâmide demográfica e o
alargamento de seu topo entre 1980 e 2060, refletindo os efeitos da redução da proporção da
população jovem em relação ao total e o aumento gradativo da população com idade avançada.
A marcação em cores diferentes permite uma visualização dos três grandes grupos etários em
que pode ser dividida a população. Em amarelo os jovens, entre 0 e 15 anos. Em marrom os
adultos em idade produtiva, entre 16 e 59 anos e em verde os idosos, com mais de 60 anos. A
relação entre a massa marrom e a massa verde indica a relação entre população ativa e inativa,
que é uma das relações relevantes para a análise da sustentabilidade do sistema previdenciário.

17
Deve ser ressaltado, ainda, o expressivo crescimento da diferença entre sexos existente na
população idosa, especialmente entre os idosos com mais de 80 anos, resultado das menores
taxas de mortalidade entre as mulheres, acentuada no caso brasileiro pelas elevadas taxas de
mortalidade masculina nas idades entre 15 e 29 anos.

O processo de envelhecimento populacional é explicado pela composição de dois


fenômenos: o aumento da expectativa de vida e a redução da taxa de fecundidade. O aumento
da expectativa de vida e de sobrevida em idades avançadas da população está relacionado a
avanços nas condições gerais de vida, destacando-se a ampliação no acesso a serviços de saúde,
bem como nos avanços tecnológicos desses serviços os investimentos em saneamento e
educação e a ampliação do nível geral de renda da população. Nas décadas de 30 e 40, a
expectativa de sobrevida para uma pessoa de 40 anos era de 24 anos para homens e 26 anos para
mulheres. Já em 2000 ela subiu para 31 e 36 anos para homens e mulheres, respectivamente. A
previsão é que essas expectativas de sobrevida aumentem para 37 e 42 anos em 2020 e atinjam
40 e 45 anos em 2060, respectivamente. No caso de uma pessoa de 60 anos, a expectativa era de
13 anos para homens e 14 anos para mulheres em 1930 e 1940 e de 16 e 19 anos em 2000,
chegando à estimativa de 21 e 25 anos em 2020 e 23 e 27 anos em 2060, conforme apresentado
na Tabela 3.2. Observa-se, portanto uma tendência de crescimento da expectativa de sobrevida
de 55% para os homens com 40 anos e de 60% para os homens com 60 anos entre 1930/40 e
2020. No caso das mulheres, no mesmo período, o aumento foi da ordem de 63% para a idade de
40 anos e de 75% para a idade de 60 anos.

18
Tabela 3.2 ― Evolução da expectativa de sobrevida no Brasil - 1930/2060

1930/40 1970/80 2000 2020 2060


Idade
Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher
0 39 43 55 60 64 72 73 80 78 84
10 45 48 53 57 58 65 64 71 69 75
20 38 40 45 48 48 55 55 62 59 65
30 31 33 37 40 40 46 46 52 50 55
40 24 26 29 32 31 36 37 42 40 45
50 18 20 22 24 23 27 29 33 31 36
55 16 17 19 21 19 23 25 29 27 32
60 13 14 16 17 16 19 21 25 23 27
65 11 11 13 14 13 15 17 21 19 23
70 8 9 11 11 10 12 14 17 16 19
Fonte: IBGE, tábuas de mortalidade; Elaboração: DRGPS/MPS
Obs. Valores arredondados para a unidade mais próxima.

Gráfico 3.1 - Pirâmide Populacional Brasileira 1980

Fonte: IBGE; Elaboração: DRGPS/MPS

Gráfico 3.2 - Pirâmide Populacional Brasileira 2020

Fonte: IBGE; Elaboração: DRGPS/MPS

19
Gráfico 3.3 - Pirâmide Populacional Brasileira 2060
Homens Mulheres
> 80

70-74

60-64

50-54

40-44

30-34

20-24

10-14

0-4
10000 5000 0 5000 10000 15000
Milhares

Fonte: IBGE; Elaboração: DRGPS/MPS

Além das pessoas estarem, em média, vivendo por mais tempo, o número de filhos por
mulher em seu período fértil, mensurado pela taxa de fecundidade, tem declinado de maneira
acelerada. Conforme o Gráfico 3.4, enquanto em 1960, cada mulher tinha em média 6,3 filhos,
em 2000 esse indicador caiu para 2,4 e em 2010 para apenas 1,75. De acordo com as projeções
populacionais, a taxa de fecundidade tenderá a continuar declinando até atingir 1,66 em 2060. A
queda nas taxas de fecundidade está associada a aspectos sociais e culturais, como a revisão de
valores relacionados à família e o aumento da escolaridade feminina; científicos, como o
desenvolvimento de métodos contraceptivos; e econômicos, como o aumento da participação da
mulher no mercado trabalho.

Gráfico 3.4 Evolução da Taxa de Fecundidade - Brasil - 1940-2060

7,50

6,50 6,20 6,30 6,30

5,80

5,50

4,40
4,50

3,50

2,70
2,40
2,50 valores estimados
2 ,1
1,75 1,76 1,72 1,69 1,68 1,66
1,50
1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060
Anos

Fonte: IBGE/Diretoria de Pesquisas. Elaboração: DRGPS/MPS.

20
A profundidade do impacto de alterações nas taxas de fecundidade e no aumento da
expectativa de vida, quando estendido o período de análise, pode ser percebida na comparação
da projeção da população total segundo a revisão 2013 e 2018 do IBGE. A projeção mais atual
traz alterações marginais nas taxas de fecundidade e nas expectativas de vida. O resultado dessas
alterações reflete-se na estrutura projetada da população brasileira no período 2000 a 20607.

Gráfico 3.5 - Revisões 2013 e 2018 para a evolução da população brasileira - 2010-2060
240

235

230 228,3

225

220 218,2

215 212,1

210 211,8

205

200

195

190
2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 2055 2060
Projeção 2013 Projeção 2018

Fonte: IBGE/Diretoria de Pesquisas. Elaboração: DRGPS/MPS.

A revisão de 2018 para as projeções populacionais fez uma correção para cima no nível da
população atual, postergando em cinco anos o início da redução em termos absolutos da
população brasileira, que passou de 2044 para 2049 Esse ajuste decorreu essencialmente de
alterações nas estimativas de comportamento das taxas de fecundidade. Em razão disso, a revisão
2018 prevê uma desaceleração das taxas de crescimento menos acentuada da verificada
anteriormente, de forma que as populações futuras projetadas são superiores às da revisão
anterior, chegando-se em 2060 com população estimada em 228,3 milhões de pessoas, cerca de
10 milhões a mais que a estimada pela projeção 2013. A postergação do momento e o aumento
do nível de máximo da população contido nessa projeção populacional não altera, no entanto, a
trajetória da população. Esta continua contemplando uma redução proporcional e absoluta da
população em idade ativa e uma redução absoluta no total da população a partir de 2049.

A revisão para cima nos níveis populacionais não decorre somente da melhora na taxa de
fecundidade esperada, mas esse efeito está também associado à melhora nas estimativas de

7
Como a revisão 2004 da projeção populacional tem horizonte temporal até 2050 somente é possível comparar
as projeções até esse ano, embora a revisão 2013 se estenda até 2060.
21
taxas de mortalidade apuradas na revisão 2018, com resultados inferiores aos estimados na
revisão 2013, conforme pode ser observado no Gráfico 3.6.

Quanto à população em idade ativa, é importante destacar que a projeção 2018 mantém o
padrão observado de redução no tamanho das coortes mais jovens. O resultado do encolhimento
desses grupos etários é a redução da população em idade ativa, entre 16 e 59 anos, no futuro
próximo. Esse processo terá fortes impactos na estrutura de financiamento da previdência social
e na dinâmica da economia brasileira, que não contará mais com o mesmo nível atual de oferta
de mão-de-obra. O Gráfico 3.7 apresenta a evolução da população em idade ativa, com destaque
para o ano de 2034, momento em que se estima que esta população em idade ativa atingirá seu
ponto de máximo com 137,5 milhões de pessoas, caindo de forma monotônica a partir de então.

Gráfico 3.6 - Taxas Brutas de Mortalidade Estimadas no Brasil - 2010 a 2060

14,0

12,0

10,0

8 ,0

6 ,0

4 ,0

2 ,0

0 ,0
2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 2055 2060

Revisão 2013 Revisão 2018

Fonte: IBGE/Diretoria de Pesquisas. Elaboração: DRGPS/MPS.

Ao constatarmos que ao longo do período de 2010 a 2019, a população em idade ativa


cresceu em 11,2 milhões de pessoas, e projetarmos que nos 15 anos seguintes, entre 2019 e 2034,
ela crescerá apenas 3,9 milhões, é possível perceber que a estrutura populacional brasileira
caminha rapidamente para um cenário em que a oferta de mão-de-obra será mais escassa do que
no passado.

22
Gráfico 3.7 - Projeção da evolução da população em idade ativa (16 a 59 anos) - 2000-2060
145

140,4
140

135

130

125

120
2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 2055 2060
.
Fonte: IBGE/Diretoria de Pesquisas. Elaboração: DRGPS/MPS

Quando se observa a população em idade ativa como proporção da população total,


conforme o Gráfico 3.8, verifica-se que em termos relativos, o ponto de máximo dessa proporção
já ocorreu em 2017, quando esse grupo etário respondeu por 63,8% da população total, caindo
de forma constante a partir desse ano. Esse resultado revela que no Brasil já ocorreu o
esgotamento do bônus demográfico8.

O aumento da expectativa de sobrevida e a diminuição da taxa de fecundidade previstos no


horizonte da projeção elevam a participação dos idosos na composição da população. Conforme
se pode observar no gráfico 3.9, o percentual da população idosa, considerada neste documento
como a de idade igual ou superior a 60 anos, deverá aumentar de 13,8% no ano de 2019 para
32,2% em 2060. Esse processo é mais pronunciado entre as mulheres, para as quais o percentual
de idosos aumentará quase 20 pontos percentuais no período 2019/2060, passando de 15,1% em
2019 para 34,8% em 2060. Entre os homens, o crescimento da população idosa no período será
de 17 pontos percentuais, passando de 12,5% no ano de 2016 para 29,4% em 2050. Isto ocorre
em função da expectativa de vida feminina ser maior do que a da masculina.

8
Bônus demográfico pode ser entendido como o resultado do movimento de crescimento da proporção da
população em idade ativa (16-59 anos) em relação à população em idade dependente (0-15 anos e 60 anos ou +),
decorrente do processo de transição demográfica. Esse bônus, se aproveitado, auxilia a impulsionar o
desenvolvimento econômico e social.
23
Gráfico 3.8 – Proporção da População em Idade Ativa (16 a 59 anos) sobre a
População Total – 2010 a 2060
65 %
63 ,8%

63 %

61 %

59 %

57 %

55 %

53 %

51 %
2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 2055 2060
.
Fonte: IBGE/Diretoria de Pesquisas. Elaboração: DRGPS/MPS

Gráfico 3.9 – Evolução da Proporção da População Idosa (60 anos ou mais) no Brasil
por Sexo e Total – 2010 a 2060

Fonte: IBGE/Diretoria de Pesquisas. Elaboração: DRGPS/MPS

Quando se analisa a evolução da parcela da população com idade entre 16 e 59 anos,


observa-se que a participação desse grupo etário na população total terá tendência de queda até
2060, com redução de sua participação de 62,8% em 2010 para 52,1% da população total em

24
2060. Quando analisada por sexo, verifica-se pelo Gráfico 3.10 que para ambos os casos já se
iniciou a queda proporcional, sendo entre os homens em 2018 e entre as mulheres em 2017.

Gráfico 3.10 – Evolução da Proporção da População em Idade Ativa (de 16 a 59


anos) no Brasil por Sexo e Total – 2010 a 2060
65 ,0%

63 ,0%

61 ,0%

59 ,0%

57 ,0%

55 ,0% 54 ,0%

53 ,0%
52 ,1%
51 ,0%

50 ,2%
49 ,0%

47 ,0%

45 ,0%
2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 2055 2060

Homens Mulheres Total


Fonte: IBGE/Diretoria de Pesquisas. Elaboração: DRGPS/MPS.

A faixa etária inferior a 16 anos apresenta o caminho inverso das faixas analisadas
anteriormente, ou seja, observa-se uma trajetória decrescente ao longo de todo o período entre
2010 e 2060. No ano 2019, o percentual de pessoas com menos de 16 anos em relação ao total é
de 22,6%, caindo para 15,8% em 2060. Para as mulheres o percentual cai de 21,6% em 2019 para
15,0% em 2060, enquanto para os homens a queda no período vai de 23,6% para 16,6% (Gráfico
3.11).

25
Gráfico 3.11 – Evolução da Proporção da População Jovem (de 0 a 15 anos) no Brasil

por Sexo e Total – 2010 a 2060

Fonte: IBGE/Diretoria de Pesquisas. Elaboração: DRGPS/MPS

Por meio da divisão entre o número de pessoas com idade entre 16 e 59 anos e o número
de pessoas com mais de 60 anos obtém-se a razão de dependência invertida, que é um
importante indicador para os sistemas previdenciários que funcionam em regime de repartição.
Essa razão nos diz quantas pessoas em idade ativa existem para cada pessoa em idade inativa. As
projeções do IBGE demonstram a deterioração desta relação nos próximos anos, conforme
espelhado no Gráfico 3.12. No ano 2019, para cada pessoa com mais de 60 anos, havia 4,6 pessoas
com idade entre 16 e 59. Em 2060, esta relação deverá diminuir para 1,6.

Em resumo, as projeções demográficas utilizadas neste estudo indicam o progressivo


crescimento da participação dos idosos na população até o ano de 2060. Para a Previdência, o
incremento do número de idosos é parcialmente compensado pelo fato de que a população em
idade ativa entre 16 e 59 anos também deverá crescer, embora a taxas decrescentes, atingindo
seu tamanho absoluto máximo em 2034. Em 2060, para cada pessoa com mais de 60 anos,
teremos 1,6 pessoa com idade entre 16 e 59 anos. Essa relação é substancialmente inferior à
atual, que está em 4,6 indicando um progressivo comprometimento da base de sustentação da
previdência social. Cabe observar que o horizonte temporal dessa análise permite visualizar
26
apenas parte dos impactos que a evolução demográfica terá a partir do início da década de 30
desse século, quando deverá iniciar a redução em termos absolutos da população em idade ativa
e da década de 40, quando terá início a queda da população total do país.

Gráfico 3.12 – Quantidade de Pessoas em Idade Ativa por Pessoa em Idade Inativa por Sexo e
Total – 2010 a 2060

Fonte: IBGE/Diretoria de Pesquisas. Elaboração: DRGPS/MPS.

Embora o Brasil ainda tenha uma estrutura etária relativamente jovem, a forte queda nas
taxas de fecundidade associadas às quedas nas taxas de mortalidade levarão a um rápido
processo de envelhecimento da população e a uma redução acentuada da participação dos jovens
no total da população, gerando grandes pressões por mudanças nas políticas públicas de forma
geral e especificamente na previdenciária.

27
4. MODELO DE PROJEÇÕES FISCAIS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

4.1 Introdução

A mudança demográfica em curso no Brasil, pautada pelo aumento da expectativa de vida


ao nascer, redução da taxa de mortalidade, contínua e persistente redução da taxa de
fecundidade e aumento da expectativa de sobrevida de pessoas em idades mais avançadas9,
implicará transformações radicais no mecanismo de funcionamento financeiro e atuarial da
Previdência Social, tanto pelo aumento das despesas (aumento do número de idosos inativos e
maior duração dos benefícios recebidos), quanto pela redução da proporção dos contribuintes
decorrente do encolhimento relativo da população economicamente ativa ao longo do tempo.
Tais fatores implicam pressão adicional no sistema previdenciário atual, sugerindo a necessidade
de avaliar a adequação do sistema à nova realidade demográfica.

Em 2016, técnicos da Secretaria do Tesouro Nacional – STN e da Secretaria de Política


Econômica – SPE do Ministério da Economia, em conjunto com a equipe de Previdência Social do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, concluíram o desenvolvimento de um modelo
de projeção de receitas e despesas de longo prazo para o Regime Geral de Previdência Social –
RGPS. Desde 2016, esse novo modelo foi incorporado pela Secretaria de Previdência (DRGPS) do
Ministério do Trabalho e Previdência (MPS), e foi utilizado para realizar as projeções oficiais do
Governo Federal de receitas e despesas previdenciárias para diversos propósitos, dentre os quais
se destacam:

• Discussão da reforma da previdência entre 2016 e 2018: avaliação da proposta


inicial da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287/2016 e de diversas
propostas de alterações em meio às discussões no Congresso Nacional;
• Discussão da reforma da previdência no ano de 2019: avaliação da proposta
inicial da PEC 06/2019 e de diversas propostas de alterações em meio às
discussões no Congresso Nacional, as quais culminaram com a aprovação da
Emenda Constitucional (EC) nº 103, de 2019.

9
Estas são interpretadas como tendências estruturais, assim, mesmo que nos anos da pandemia do COVID-19
tenha ocorrido um maior nível de mortalidade, com consequentes reduções da expectativa de vida ao nascer e em
idade avançada, espera-se o retorno, em algum momento, às tendências anteriormente verificadas.
28
• Elaboração de projeções que fizeram parte de diversos instrumentos
orçamentários entre 2016 e 2022, com destaque ao Anexo de Metas Fiscais (IV.6)
do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias – PLDO, ao Relatório Resumido de
Execução Orçamentária – RREO da União e ao Balanço Geral da União – BGU
(Nota Explicativa);
• Atendimento de inúmeras demandas institucionais de avaliação de impacto
fiscal de diversas propostas de alteração da política previdenciária entre 2016 e
2022;

A utilização continuada do modelo e a publicidade dada aos documentos técnicos que o


descrevem possibilitou a contribuição de diversos atores em termos de recomendações de
aprimoramentos à metodologia utilizada. Nesse sentido, destaca-que, entre 2019 e 2021, o
modelo passou pela avaliação de um Grupo de Trabalho formado por especialistas e por diversas
auditorias de órgãos de controle, principalmente o Tribunal de Contas da União – TCU.

Entre 2021 e 2022, o modelo passou por diversos aprimoramentos metodológicos no âmbito da
DRGPS/MPS, principalmente decorrentes da necessidade de incorporação das novas regras de
acesso e de cálculo dos benefícios vigentes após a EC 103/2019 e de atualização de dados.

É importante a compreensão de que a aprovação da EC 103/2019 culminou com importante


quebra estrutural em relação à dinâmica do RGPS observada até então. Nesse sentido, fez-se
necessário que o modelo fosse completamente atualizado, com a incorporação de novas
informações e adaptação da modelagem do cenário base projetado a partir de 2020, de maneira
a contemplar o novo arcabouço institucional das regras em vigor e conferir ao modelo
flexibilidade analítica suficiente que permita que sejam avaliadas novas propostas de mudança,
subsidiando o aperfeiçoamento contínuo da política previdenciária. Assim, foi necessária a
elaboração de uma nova versão do modelo de projeção do RGPS, cada vez mais adaptado à
complexidade e especificidade da legislação previdenciária vigente e a realidade demográfica e
econômica que o País enfrenta.

Contudo, é fundamental ressaltar que o arcabouço metodológico dessa versão atualizada do


modelo continua a seguir padrões internacionais, tanto em relação às diretrizes para a prática
atuarial em seguridade social, publicadas por instituições como a Organização internacional do
Trabalho ─ OIT, a International Social Security Association ─ ISSA e a International Actuarial
Association ─ IAA, como em relação às metodologias desenvolvidas em meio aos modelos de
29
projeção utilizados por organismos internacionais, como OIT, Banco Mundial e Banco
Interamericano de Desenvolvimento ─ BID.

É importante ressaltar que, além dos procedimentos metodológicos de formulação matemática,


análise e introdução de dados, definição de hipóteses e calibragem para a elaboração de um
cenário base de evolução do RGPS, um objetivo essencial da atualização do modelo foi
automatizar procedimentos, de modo a conferir maior celeridade no fornecimento de
informações necessárias para avaliações tempestivas de eventuais alterações paramétricas da
política previdenciária, com o intuito de subsidiar a formulação e discussão dessa importante
política pública.

Nesse contexto, a SRGPS/MPS apresenta neste documento descrição detalhada da metodologia


de nova versão do modelo de projeção do RGPS, bem como das fontes de dados primários que
alimentam o modelo de projeção e as e hipóteses utilizadas.

4.2. Aspectos teóricos e experiência internacional

4.2.1. Atuária em seguridade social

A área do conhecimento que lida com a avaliação de sistemas previdenciários, notadamente os


públicos, denomina-se atuária em seguridade social, em que se destaca a importância da
elaboração e utilização de modelos de projeção. Ao projetar a evolução futura dos sistemas
previdenciários e permitir a avaliação dos impactos esperados de reformas previdenciárias, os
modelos de projeção fornecem informações valiosas para os formuladores e gestores da política
previdenciária em meio à necessidade constante de aperfeiçoamento e de monitoramento
contínuo de diversas dimensões da política previdenciária (cobertura, adequação, equidade e
sustentabilidade).

Segundo a International Standard of Actuarial Practice - ISAP (2019), um modelo é uma


representação simplificada de relacionamentos entre organizações ou eventos que utiliza
conceitos estatísticos, financeiros, econômicos ou matemáticos. Assim, um modelo apresenta
uma especificação a partir de premissas e hipóteses, dados e metodologias, com o objetivo de
produzir resultados destinados a informar trajetórias e variações em variáveis de interesse no
sistema que representa.

30
Nesse sentido, o objetivo de um modelo é contemplar o conjunto de incertezas quanto ao
desenvolvimento futuro das variáveis que determinam o volume de benefícios previdenciários e suas
complexas inter-relações e interações com o ambiente demográfico e socioeconômico.

A complexidade do tema exige uma abordagem interdisciplinar, já que a projeção exige conhecimento de
questões demográficas (fecundidade, mortalidade, envelhecimento etc.), econômicas (mercado de
trabalho, macroeconomia, finanças públicas etc.), institucionais (regras de acesso e cálculo de benefícios
etc.), dimensões que interagem entre si.

A prática atuarial em seguridade social também deve lidar com características intrínsecas aos sistemas
previdenciários públicos, os quais comumente se diferenciam dos sistemas ocupacionais e
complementares. No caso do RGPS brasileiro, tais especificidades manifestam-se por: organização estatal,
participação obrigatória (aos indivíduos que trabalham), ampla cobertura, financiamento por
repartição simples. Para tais sistemas, é comum que seja utilizado o método do grupo aberto (ou
massa aberta), o qual inclui não apenas as receitas e despesas futuras decorrentes dos direitos
dos atuais beneficiários e segurados, mas também os direitos das novas gerações que devem
participar do sistema no futuro.

4.2.2. Diretrizes e experiência internacional

Diversos normativos internacionais estabelecem diretrizes orientativas para o trabalho atuarial


na área de seguridade social. Dentre os principais documentos, destacam-se:

• Convenção nº 102 da OIT sobre Previdência Social, de 1952: define normas


mínimas sobre seguridade social e chama atenção sobre a importância de que
“os estudos atuariais e cálculos necessários relativos ao equilíbrio financeiro
sejam feitos periodicamente” (Artigo 71.3);
• International Standard of Actuarial Practice (ISAP) 1: publicada pela International
Actuarial Association (IAA) em 2012 (revisada em 2017), com o objetivo de
fornecer orientação aos atuários em meio à elaboração de estudos atuariais. De
maneira geral, as recomendações proporcionariam aos usuários dos estudos a
confiança de que (i) os trabalhos atuariais são realizados com profissionalismo e
zelo, (ii) os resultados são relevantes e completos (para as suas necessidades) e
apresentados de forma clara e compreensível; e (iii) as premissas e técnicas de
modelagem utilizadas são divulgadas de forma adequada.

31
• International Standard of Actuarial Practice (ISAP) 2: também publicada pela IAA
em 2013 (revisada em 2018), com destaque às orientações para a prática
adequada associada ao tipo de análise financeira, dados, suposições, entre
outros.
• Guidelines on Actuarial Work for Social Security: publicada em 2016,
conjuntamente pela ISSA e pela OIT, reúne os princípios a serem considerados
pelas instituições previdenciárias no que se refere ao trabalho atuarial
relacionado aos regimes previdenciários, nesse sentido, as diretrizes ajudam as
instituições de previdência social a identificar o que é fundamental a considerar,
ainda que não sejam apresentadas prescrições detalhadas sobre a execução.

Diversos organizamos internacionais vêm desenvolvendo modelos e técnicas para a prática


atuarial em seguridade social, com o intuito de avaliar a política previdenciária nos diferentes
países, bem como a necessidade e alternativas de reformas. Dentre esses esforços, destacam-se:

• Modelo de Previdência da OIT (ILO-PENS Model): permite a avaliação de sistemas


previdenciários a partir de estimativas atuariais de despesas e receitas futuras.
Esse modelo integra uma família de modelos quantitativos de análise financeira
da OIT e ferramentas que permitem a simulação de custos de programas
nacionais de seguridade social, de maneira consistente sob várias circunstâncias
econômicas nacionais. A OIT possui larga tradição no tema e publicou em 2021
uma versão atualizada desse modelo;
• Modelo PROST (Pension Reform Options Simulation Toolkit) do Banco Mundial:
destaca-se por sua flexibilidade, já tendo sido adaptado para mais de 100 países
clientes;
• Modelo-padrão do BID: elaborado para realização de atividades de capacitação
para os profissionais que trabalham nos sistemas previdenciários da América
Latina e Caribe, por meio da Red-Plac, que possibilita a interação e
compartilhamento de informações entre seus membros. O intuito é fornecer um
guia com orientações para a criação de modelos, tratamento de questões
metodológicas fundamentais e possíveis aprimoramentos dos modelos utilizados
em cada país.

32
4.3. Metodologia do modelo de projeções do RGPS

4.3.1. Abrangência

O modelo desenvolvido para projeção de receitas e despesas contempla a evolução das


quantidades, dos preços e dos valores de diversos grupos de espécie de benefícios previdenciários
(RGPS) e quatro (4) benefícios assistenciais, todos descritos na Tabela 1. Além da divisão por
grupos de espécie de benefícios, os benefícios previdenciários são especificados por três (3)
Clientelas: Rural, Urbana que recebe o piso previdenciário (Urbana-Piso) e Urbana que recebe
acima do piso previdenciário (Urbana-Acima).10 Com exceção do Salário-Maternidade, todo o
conjunto de benefícios citados são modelados com diferenciação por sexo (Homem, Mulher).
Sucintamente, as interações possíveis entre grupos de espécie de benefícios, clientelas e sexo
totalizam um universo de 85 categorias específicas de benefícios modelados (Tabela 4.1).

Destaca-se que o modelo não utiliza informações individuais, mas sim informações de coortes (ou
classes anuais) populacionais, as quais consistem na unidade demográfica diretamente acima do
nível individual. Essas promovem o agrupamento de indivíduos nascidos em mesmo momento do
tempo, nesse caso, ano. Na versão atual do modelo, todas as projeções são realizadas por coortes
de idade e compreendem o período até 2100, assim, todas as equações do modelo são
especificadas pelas 3 dimensões a seguir: Idade = i = {0, 1, …, 99, 100+}; Ano ou exercício = t =
{2020, 2021, …, 2100}; Sexo = s = {H, M}:

10
No caso de 2022, os valores de benefício dessa clientela estão entre o SM (R$ 1.212,00) e o teto do RGPS (7.087,22).
33
TABELA 4.1 – Descrição do conjunto de benefícios contemplados no modelo de projeções
previdenciárias

Benefícios Sigla Clientela Sexo Total


Aposentadoria Por Idade Apid 3 2 6
ATC (B-42) Atcn 3 2 6
ATC Professor (B-46) Atcp 2 2 4
Aposentadoria Especial Atce 3 2 6
Aposentadoria por Incap. Permanente
Aivp 3 2 6
(natureza previdenciária)

Aposentadoria por Incap. Permanente


Aiva 3 2 6
(natureza acidentária)
Auxílio por Incap. Temporária
Axdp 3 2 6
(natureza previdenciária)
Auxílio por Incap. Temporária
Axda 3 2 6
(natureza acidentária)
Auxílio-Acidente (natureza previdenciária) Axap 3 2 6
Auxílio-Acidente (natureza previdenciária) Axaa 3 2 6
Auxílio-Reclusão Axre 2 2 4
Salário-Maternidade Salm 3 1 3
Pensão por Morte (natureza previdenciária) Ppmp 3 2 6
Pensão por Morte (natureza acidentária) Ppma 3 2 6
BPC/Loas Pessoa Idosa Bpcido 1 2 2
BPC/Loas Pessoa com Deficiência Bpcdef 1 2 2
RMV Idade e Invalidez11 Rmv 2 2 4
Total 85

4. 3.2. Lógica

De maneira sucinta, o modelo de projeções fiscais de receitas e despesas previdenciárias e


assistenciais funciona de acordo com a Figura 4.1, abaixo. Inicialmente, parte-se da projeção dos
segurados, a qual se dá por meio da decomposição do quantitativo da população brasileira em
diversos subconjuntos populacionais (PEA, ocupados e contribuintes), a partir de elementos de
demografia e mercado de trabalho. Em segundo lugar, são projetados os rendimentos médios das
subpopulações, além de elementos como massa salarial, crescimento do PIB e receitas
previdenciárias. Na sequência, são projetadas as dinâmicas dos benefícios. De um lado, são

11
A Renda Mensal Vitalícia (RMV) encontra-se em extinção desde 1996 (alteração do Art. 40 da Lei nº 8.742/1993).
Assim, não existem novas concessões desse benefício.
34
projetados os fluxos de entradas (concessões) e de saídas (cessações) de benefícios, os quais, por
sua vez, refletem a transição demográfica em curso no país. De outro, são projetados os preços
fundamentais para o comportamento da despesa previdenciária, ou seja, valores médios de
concessão dos benefícios, a partir das diferentes regras de cálculo, e os reajustes dos benefícios.
Por fim, são projetados os valores das despesas com benefícios. Destaca-se que o modelo é
determinístico, ou seja, a partir da fixação de um conjunto de variáveis, o modelo determina de
maneira única seus resultados. Tal perspectiva metodológica encontra respaldo na experiência
internacional de modelos semelhantes descritos anteriormente.

35
Figura 1. Esquema da estrutura geral do modelo

36
4.3.3. Subconjuntos populacionais: quantidades

A projeção das quantidades de benefícios é realizada por meio de coortes populacionais de idade
e sexo ao longo do tempo (i,s,t). O primeiro passo é decompor a população nos seguintes
subconjuntos populacionais: população em idade ativa (PIA), população economicamente ativa
(PEA), em conceito expandido12, população ocupada (Ocup), em conceito expandido, segurados
especiais, segurados do RGPS e não-segurados do RGPS (não-contribuintes, beneficiários e
servidores públicos cobertos por RPPS), de acordo com a Figura 2 abaixo. Nota-se que a
modelagem da evolução dinâmica do mercado de trabalho é necessária para a estimação da
quantidade de segurados passíveis de se tornarem elegíveis aos benefícios previdenciários.
Ressalta-se que a modelagem de cada camada da decomposição populacional possui como
objetivo permitir uma maior flexibilidade ao modelo, de maneira a possibilitar a simulação dos
impactos de diferentes cenários de evolução do mercado de trabalho sobre as projeções fiscais
previdenciárias.13

Nesse sentido, a partir das respectivas populações de homens e mulheres de uma coorte i no ano
t (𝑃𝑠,𝑖,𝑡 ), toma0se o subconjunto com idades entre 15 e 64 anos para formar a população em idade
𝑃𝐼𝐴
ativa (PIA) (𝑃𝑠,𝑖,𝑡 ), conforme equação (1). A partir da PIA, é obtida a população economicamente
𝑃𝐸𝐴 𝑃𝐸𝐴
ativa (PEA) (𝑃𝑠,𝑖,𝑡 ), a partir de estimativas da taxa de participação (𝜇𝑠,𝑖,𝑡 ), de acordo com a
𝑂𝑐𝑢𝑝
equação (2). Na sequência, a população ocupada (𝑃𝑠,𝑖,𝑡 ), em conceito expandido, é calculada por
𝑂𝑐𝑢𝑝
meio da taxa de ocupação (𝜇𝑠,𝑖,𝑡 ). A seguir, a população ocupada é dividida em três
𝑆𝑒𝑔𝐸𝑠𝑝
subconjuntos, a partir de taxas de cobertura específicas de segurados especiais (𝜇𝑠,𝑖,𝑡 ) e de
𝑆𝑒𝑔 𝑆𝑒𝑔𝐸𝑠𝑝
segurados (𝜇𝑠,𝑖,𝑡 ): subpopulação de segurados especiais (𝑃𝑠,𝑖,𝑡 ), subpopulação de segurados
𝑆𝑒𝑔
urbanos do RGPS (𝑃𝑠,𝑖,𝑡 ) e população não-segurada pelo RGPS. A definição do subconjunto
populacional de segurados é de fundamental interesse, pois consiste no montante de potenciais

12
O conceito expandido refere-se à inclusão entre a população economicamente ativa e os ocupados dos segurados
especiais. Conforme o inciso VII do artigo 11 da lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, é segurado especial quem –
entre outras condições – reside em imóvel rural ou urbano próximo a área em que participa, individualmente ou em
família, de produção agropecuária, pesca artesanal ou extração vegetal em micro ou pequeno estabelecimento.
Tendendo à subsistência, trata-se também de um grupo por definição informal, mas cujos integrantes são segurados
obrigatórios “unicamente pelo exercício de sua atividade, sendo contribuintes obrigatórios apenas quando
comercializam sua produção” (ANSILIERO, CONSTANZI, FERNANDES 2019, p. 28)
13
Como referência teórica importante, destaca-se Iyer (2002).
37
beneficiários futuros do RGPS. No caso dos segurados especiais, tal subpopulação é identificada
não pelo local de moradia, mas por critérios de ocupação em atividades agrícolas.14

Figura 2. Decomposição dos subconjuntos populacionais

Como detalhado nos Anexos II e III, onde são apresentados os detalhamentos das fontes de dados
e das hipóteses utilizadas, são utilizados dados históricos anuais do período entre 2010 e 2019 e,
assim, as projeções dos subconjuntos populacionais são realizadas a partir de 2020 até o ano de
2100.

A estratégia metodológica adotada em todas as equações do modelo é descrita a seguir.


Inicialmente, parte-se de informações históricas a partir de dados populacionais e de mercado
para a estimativa de diversas taxas. Em segundo lugar, adota-se uma premissa sobre o
comportamento dessas taxas ao longo do tempo. Em terceiro lugar, a partir da projeção
populacional até 2100, são aplicadas as taxas estimadas, o que resulta na projeção, por coorte (s,
i, t) dos subconjuntos populacionais ao longo do tempo. Tal lógica permeia todas as equações do
modelo de projeção, ainda que existam eventuais particularidades.

14
A descontinuidade da PNAD exigiu o desenvolvimento de uma nova metodologia para utilizar as informações da
PNAD Contínua, a qual foi publicada em 2021 pela DRGPS/MPS (CGEET, 2021).
38
64
𝑃𝐼𝐴 (1)
𝑃𝑠,𝑖,𝑡 =∑ 𝑃𝑠,𝑖,𝑡
𝑖=15

𝑃𝐸𝐴 𝑃𝐼𝐴 𝑃𝐸𝐴


𝑃𝑠,𝑖,𝑡 = 𝑃𝑠,𝑖,𝑡 . 𝜇𝑠,𝑖,𝑡 (2)

𝑂𝑐𝑢𝑝 𝑃𝐸𝐴 𝑂𝑐𝑢𝑝


𝑃𝑠,𝑖,𝑡 = 𝑃𝑠,𝑖,𝑡 . 𝜇𝑠,𝑖,𝑡 (3)

𝑆𝑒𝑔𝐸𝑠𝑝 𝑂𝑐𝑢𝑝 𝑆𝑒𝑔𝐸𝑠𝑝


𝑃𝑠,𝑖,𝑡 = 𝑃𝑠,𝑖,𝑡 . 𝜇𝑠,𝑖,𝑡 (4)

𝑆𝑒𝑔 𝑂𝑐𝑢𝑝 𝑆𝑒𝑔


𝑃𝑠,𝑖,𝑡 = 𝑃𝑠,𝑖,𝑡 . 𝜇𝑠,𝑖,𝑡 (5)

4.3.4. Benefícios previdenciários e assistenciais: quantidades

A projeção da evolução dos estoques dos benefícios segue o método do fluxo no caso dos
benefícios permanentes (aposentadorias, pensões por morte, BPC) e o método do estoque no caso
dos benefícios temporários (auxílios, salário-família e salário-maternidade). Ressalta-se que os
estoques são estimados como posicionados em 31/12 de cada ano. No entanto, para a estimativa
do valor monetário da despesa, é utilizada estimativa do estoque médio do ano obtido a partir da
média aritmética entre os estoques em 31/12 do ano anterior e em 31/12 do ano em questão.

Aposentadorias, auxílios-acidente/reclusão e benefícios assistenciais

Todas as modalidades de aposentadorias do RGPS (Apid, Atcn, Atcp, Atce, Aivp, Aiva), os auxílios-
acidente e auxílio-reclusão (Axaa, Axap, Axre), e os benefícios assistenciais (Bpcido, Bpcdef, Rmv)
consistem em benefícios de caráter permanente, sendo modelados pelo método do fluxo, em que
a evolução dos estoques de benefícios é dada pela dinâmica de entradas e saídas aplicadas aos
estoques passados. Todos os benefícios possuem modelagem por idade (i) e sexo(s), enquanto as
aposentadorias também possuem subdivisão por clientela (Rural, Urbana-Piso e Urbana-Acima).

A equação (6) é a responsável pela projeção dos estoques de benefícios e possui diferenciação
por idade, a depender da idade mínima de acesso ao benefício (m) e idade máxima dos dados
utilizados (w).15 Basicamente, a quantidade de benefícios associados a beneficiários com idade i

no ano t (posição em 31/12) ( 𝛽𝐸𝑠,𝑖,𝑡 ) é projetada pela estimativa de beneficiários sobreviventes

do ano anterior ( 𝛽𝐸𝑠,𝑖−1,𝑡−1 . (1 − 𝛽𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡−1 )), ou seja, excluindo-se as cessações, e somando a

isso o fluxo de entrantes, ou seja, a quantidade de concessões (fluxo) de benefícios ( 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡 ) na

15
No modelo, a idade máxima é igual a 100 anos ou mais (w= 100+).
39
idade i que sobrevivem até o fim do ano t.16 A probabilidade de óbito específica (ajustada) ( 𝛽 𝑞𝑠,𝑖,𝑡 )
consiste na medida de exposição ao risco de óbito experimentada pelos indivíduos com idade i
no ano t (chance dele não sobreviver até a idade x+1). Observa-se que, no caso dos benefícios nos
quais inexiste idade mínima de acesso (Aivp, Aiva, Axaa, Axap, Axre), pode-se assumir que m=0,
e assim i >m, para todo i. Por fim, destaca-se que a diferenciação das fórmulas entre as idades
visa levar em conta uma particularidade do comportamento etário das concessões nos casos de
benefícios que possuem idade mínima. Nesses casos, é bastante comum que a quantidade de
concessões em determinada idade e em determinado ano (fluxo) seja bastante inferior ao
estoque com mesma idade e no mesmo ano (posição de 31/12), o que decorre do fato de que
muitos indivíduos que têm suas concessões registradas em determinada idade x vêm suas idades
aumentadas para x+1 antes do fim do período. Nesse sentido, a utilização dos parâmetros 0,75
(caso i = m) e 0,25 (caso i = m+1) decorre da avaliação da implementação prática das fórmulas
para a projeção de estoques nos casos de idades iguais ou próximas às idades mínimas.

As concessões de benefícios (fluxo) são calculadas pela equação (7) por meio da aplicação de uma
taxa de concessão de benefício ( 𝛽𝜌𝑠,𝑖,𝑡 ) multiplicada pela quantidade média de
𝑆𝑒𝑔
segurados/subpopulação potencialmente elegível aos benefícios (segurados (𝑃𝑠,𝑖,𝑡 ), segurados
𝑆𝑒𝑔
especiais (𝑃𝑠,𝑖,𝑡 ) e população (𝑃𝑠,𝑖,𝑡 )), ou seja, aqueles indivíduos passíveis de atingirem as
condições de elegibilidade necessárias para requererem determinado benefício previdenciário ou
assistencial.17

Basicamente, as taxas de concessão são calculadas para os anos compreendidos entre 2010 e
2019 (a partir de informações administrativas de concessões de benefícios e estimativas de
segurados e de contribuintes), e projetadas até 2100 a partir de hipóteses para cada taxa,
inferidas a partir da avaliação do comportamento histórico observado (ver Seção 5 e Anexos II e
III).

16
Utilizando um exemplo para ajudar a compreensão, tem-se que a quantidade de homens de 68 anos aposentados
em 2023 é estimada como sendo igual à quantidade de homens aposentados com 67 anos em 2022 que não tiveram
benefício cessado somada às concessões de aposentadorias para homens de 68 anos em 2023.
17
Nota-se que no caso do auxílio-reclusão, é utilizada como base de incidência de probabilidades os segurados
homens, além da idade ser deslocada a fim de evitar a verificação de valores zerados.
40
𝛽 𝐸𝑠,𝑖−1,𝑡−1 . (1 − 𝛽𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡−1 )
+0,5. 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖−1,𝑡 . (1 − 0,5. 𝛽𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡 )
+0,5. 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡 . (1 − 0,5. 𝛽𝑞𝑠,𝑖,𝑡 ), ∀𝑖 >𝑚+1
𝛽 𝐸𝑠,𝑖−1,𝑡−1 . (1 − 𝛽𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡−1 )
+0,75. 𝛽 𝐶𝑜𝑠,𝑖−1,𝑡 . (1 − 0,5. 𝛽 𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡 )
𝛽 𝐸𝑠,𝑖,𝑡 =
+0,5. 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡 . (1 − 0,5. 𝛽𝑞𝑠,𝑖,𝑡 ), 𝑖=𝑚 (6)
𝛽 𝐸𝑠,𝑖−1,𝑡−1 . (1 − 𝛽𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡−1 )
+0,5. 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖−1,𝑡 . (1 − 0,5. 𝛽𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡 )
+0,25. 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡 . (1 − 0,5. 𝛽𝑞𝑠,𝑖,𝑡 ), ∀𝑖 =𝑚+1
{ 𝛽 𝐸𝑠,𝑖,𝑡−1 . (1 − 𝛽𝑞𝑠,𝑖,𝑡 ) + 𝛽𝐸𝑠,𝑖−1,𝑡−1 . (1 − 𝛽𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡−1 ), 𝑖=𝑤
∀ 𝛽 = {𝐴𝑝𝑖𝑑, 𝐴𝑡𝑐𝑛, 𝐴𝑡𝑐𝑒, 𝐴𝑡𝑐𝑝, 𝐴𝑖𝑣𝑝, 𝐴𝑖𝑣𝑎, 𝐴𝑥𝑎𝑎, 𝐴𝑥𝑎𝑝, 𝐴𝑥𝑟𝑒, 𝐵𝑝𝑐𝑖𝑑𝑜, 𝐵𝑝𝑐𝑑𝑒𝑓}

𝛽 𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡
𝑆𝑒𝑔
𝛽 𝜌𝑠,𝑖,𝑡 . 𝑃𝑠,𝑖,𝑡 ,
𝛽 = {𝐴𝑝𝑖𝑑𝑈𝑟𝑏 , 𝐴𝑡𝑐𝑛𝑈𝑟𝑏 , 𝐴𝑡𝑐𝑒, 𝐴𝑡𝑐𝑝, 𝐴𝑖𝑣𝑝𝑈𝑟𝑏 , 𝐴𝑖𝑣𝑎𝑈𝑟𝑏 , 𝐴𝑥𝑎𝑝𝑈𝑟𝑏 , 𝐴𝑥𝑎𝑎𝑈𝑟𝑏 , 𝐴𝑥𝑟𝑒}
𝑆𝑒𝑔𝐸𝑠𝑝
𝜌𝑠,𝑖,𝑡 . 𝑃𝑠,𝑖,𝑡 , (7)
= 𝛽
𝛽 = {𝐴𝑝𝑖𝑑𝑅𝑢𝑟 , 𝐴𝑡𝑐𝑛𝑅𝑢𝑟 , 𝐴𝑥𝑎𝑝𝑅𝑢𝑟 , 𝐴𝑥𝑎𝑎𝑅𝑢𝑟 , 𝐴𝑖𝑣𝑝𝑅𝑢𝑟 , 𝐴𝑖𝑣𝑎𝑅𝑢𝑟 }
𝛽 𝜌𝑠,𝑖,𝑡 . 𝑃𝑠,𝑖,𝑡 ,
{ 𝛽 = {𝐵𝑝𝑐𝑖𝑑𝑜, 𝐵𝑝𝑐𝑑𝑒𝑓}

Estimativas das probabilidades de óbito específicas aos beneficiários do RGPS

A duração média dos benefícios permanentes é elemento crucial para as projeções


pre4.videnciárias de médio e longo prazo. Todavia, o uso das probabilidades de óbito das tábuas
da população brasileira (publicadas pela ONU) poderia não refletir as diferenças esperadas, em
termos do perfil de mortalidade, entre os beneficiários das clientelas urbana e rural, assim como
diferenças entre espécies de benefícios, tais como as aposentadorias programadas,
aposentadorias por incapacidade, pensões por morte e BPC. Nesse sentido, foram estimadas
probabilidades de óbito específicas aos beneficiários do RGPS, de acordo com as respectivas
idades e sexo, com intuito de mensurar de maneira mais adequada a duração média dos
benefícios permanentes. O procedimento aplicado encontra-se descrito no Anexo IV.

Avaliação das novas regras de acesso introduzidas pela EC 103/2019

Todo o conjunto de alterações da EC 103/2019 teve seu efeito fiscal avaliado e incorporado a essa
versão do modelo. Em relação às regras de acesso das Aposentadorias por Tempo de Contribuição
41
e Aposentadoria Especial, destaca-se que foi necessária a implementação no modelo de projeção
de um simulador específico, descrito na seção 4.1. A partir desse ferramental de microssimulação,
todas as concessões estimadas inicialmente pela dinâmica regularmente observada até 201918
são postergadas de acordo com a previsão resultante da aplicação do simulador.

4.3.5. Benefícios temporários: auxílios e salário-maternidade

Diferentemente das aposentadorias, auxílios-acidente e auxílio-reclusão, interpretados e


modelados como benefícios permanentes, o Auxílio por Incapacidade Temporária de natureza
previdenciária (doença - Axdp) ou de natureza acidentária (Axda), e Salário-maternidade (Salmat)
são modelados pelo método do estoque, de acordo com a equação explicitada em (8).
Basicamente, o estoque de benefícios em determinado ano ( ∝𝐸𝑠,𝑖,𝑡 ) é igual ao produto entre as
concessões ( ∝𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡 ) e a relação entre concessão e estoque observada no(s) ano(s) anterior(es)
( ∝𝛿𝑠,𝑖,𝑡−1). Por sua vez, as concessões do Axdp e Axda são projetadas por meio da aplicação da
taxa de pertencimento ou de geração de auxílios à subpopulação de segurados de determinada
clientela ( ∝𝜙𝑠,𝑖,𝑡 ).19 Já as concessões do Salmat são calculadas por meio da aplicação da taxa de
geração do benefício multiplicada pela população de mulheres seguradas, dividida pela taxa de
fecundidade em determinado ano (𝜑𝑡 ). Tal parâmetro é fundamental, uma vez que a redução
esperada da taxa de fecundidade levaria ao decréscimo dos nascimentos (principal fato gerador
do benefício), mas que pode ser compensado pelo aumento da população segurada elegível ao
benefício. No caso do Salmat, ressalta-se que o quantitativo está associado exclusivamente aos
benefícios pagos diretamente pelo INSS às seguradas, o que corresponde a somente cerca de 26%
do total de beneficiárias em 2019.20

Como no caso das aposentadorias, as taxas de concessão são calculadas para os anos
compreendidos entre 2010 e 2019 (a partir de informações administrativas de concessões de
benefícios e estimativas de segurados e de contribuintes), e projetadas até 2100 a partir de

18
Como a reforma foi publicada somente no final de 2019 (13/11), optou-se, por simplificação, em considerar
somente a aplicação das novas regras no ano de 2020.
19
Logo, a quantidade de homens de 50 anos que terão auxílio concedido em 2023 é estimada como sendo igual a
quantidade estimada de homens segurados de 50 anos em 2023 multiplicada pela taxa de geração desse benefício.
20
A maior parcela da despesa com esse benefício ocorre indiretamente, uma vez que as empresas realizam o
pagamento do benefício a suas empregadas e abatem tais montantes do total de suas contribuições previdenciárias.
42
hipóteses para cada taxa, inferidas a partir da avaliação do comportamento histórico observado
(ver Seção 5 e Anexos II e III).

∝𝐸𝑠,𝑖,𝑡 = ∝𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡 . ∝𝛿𝑠,𝑖,𝑡−1 , ∀ ∝ ∈ {𝐴𝑥𝑑𝑝, 𝐴𝑥𝑑𝑎, 𝑆𝑎𝑙𝑚𝑎𝑡} (8)


𝑆𝑒𝑔
∝𝜙𝑠,𝑖,𝑡 . 𝑃𝑠,𝑖,𝑡 , ∀ ∝= {𝐴𝑥𝑑𝑝𝑈𝑟𝑏 , 𝐴𝑥𝑑𝑎𝑈𝑟𝑏 }
𝑆𝑒𝑔𝐸𝑠𝑝
∝𝜙𝑠,𝑖,𝑡 . 𝑃𝑠,𝑖,𝑡 , ∀ ∝= {𝐴𝑥𝑑𝑝𝑅𝑢𝑟 , 𝐴𝑥𝑑𝑎𝑅𝑢𝑟 }
∝𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡 = 𝑆𝑒𝑔
(9)
∝𝜙𝑀,𝑖,𝑡 . (𝑃𝑀,𝑖,𝑡 . 𝜑𝑡 ), ∝= {𝑆𝑎𝑙𝑚𝑎𝑡𝑈𝑟𝑏 }
𝑆𝑒𝑔𝐸𝑠𝑝
{ ∝𝜙𝑀,𝑖,𝑡 . (𝑃𝑀,𝑖,𝑡 . 𝜑𝑡 ), ∝= {𝑆𝑎𝑙𝑚𝑎𝑡𝑅𝑢𝑟 }

∝𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡−1
⁄ , ∀ ∝= {𝐴𝑥𝑑𝑝, 𝐴𝑥𝑑𝑎}
∝𝐸𝑠,𝑖,𝑡−1
∝𝛿𝑠,𝑖,𝑡−1 = (10)
∝𝐶𝑜𝑀,𝑖,𝑡−1
⁄ , ∝= {𝑆𝑎𝑙𝑚𝑎𝑡}
{ ( ∝𝐸𝑀,𝑖,𝑡−1 . 𝜑𝑡−1 )

4.3.6. Pensões por Morte

As projeções dos estoques totais de Pensões ( 𝑃𝑡𝐸𝑠,𝑖,𝑡 ) são dadas pela equação (11), onde se
observa uma decomposição entre Pensões do Tipo A ( 𝑃𝑎𝐸𝑠,𝑖,𝑡 ), concedidas antes de 2015,

explicitadas na equação (12) e do Tipo B ( 𝑃𝑏𝐸𝑠,𝑖,𝑡 ), concedidas a partir de 2015 e sujeitas às regras
da Lei 13.135/2015, conforme a equação (13).

A equação (12) calcula a quantidade de pensões do tipo A ( 𝑃𝑎𝐸𝑠,𝑖,𝑡 ) utilizando o estoque do ano
anterior (t-1) da idade anterior (i-1), multiplicando pelo número de sobreviventes que chegaram
ao ano t com a idade i, ou seja, excluindo-se as cessações. Observa-se que, por construção,
pensões do tipo A consistem em massa fechada, ou seja, sem novas concessões a partir de 2015.

Já a equação (13) calcula a quantidade de pensões do tipo B ( 𝑃𝑏𝐸𝑠,𝑖,𝑡 ) a partir da aplicação do


método do fluxo. A partir do estoque do ano anterior são descontadas as saídas provenientes
tanto da mortalidade dos beneficiários, mas também como oriundos do mecanismo legal de

43
cessação automática (𝜎𝑠,𝑖,𝑡 ).21 Além disso, é somado o fluxo de entrantes anuais ( 𝑃𝑏𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡 ), ou
seja, as concessões de benefícios de pensões por morte daquele ano t naquela idade i. 22

As concessões de pensões do tipo B ( 𝑃𝑏𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡 ) são calculadas por meio das equações (14) e (15)
para homens e mulheres, respectivamente, por meio da aplicação de uma taxa de concessão
( 𝑃𝑏𝜌𝑠,𝑖,𝑡 ) sobre a subpopulação potencialmente geradora desses benefícios. No caso das
concessões de pensões para crianças e jovens (até 21 anos), a subpopulação potencialmente
geradora desses benefícios é dada pelo total de óbitos de segurados (homens e mulheres) com
(𝑖𝑑ℎ) e (𝑖𝑑𝑚) anos, respectivamente ( 𝑆𝑒𝑔𝑄𝐻,𝑖+𝑖𝑑ℎ,𝑡 + 𝑆𝑒𝑔𝑄𝑀,𝑖+𝑖𝑑𝑚,𝑡 ). No caso das concessões de
pensões para cônjuges (indivíduos com idades superiores a 21 anos)23, a subpopulação
potencialmente geradora desses benefícios é dada pelo total de óbitos de segurados e de
beneficiários de aposentadorias do sexo oposto ( 𝑆𝑒𝑔𝑄𝑠,𝑖,𝑡 + 𝐴𝑝𝑜𝑠𝑄𝑠,𝑖,𝑡 ).24 Observa-se que a
variável (𝑑ℎ𝑚) consiste no diferencial de idade entre cônjuges e visa estimar a idade dos cônjuges
recebedores do benefício no momento de concessão, a partir do óbito de cônjuges de
determinada idade. Á princípio, optou-se pela utilização da hipótese para os diferenciais das
idades de pais (𝑖𝑑ℎ) e mães (𝑖𝑑𝑚) e de diferencial de idades entre cônjuges (𝑖𝑑𝑚) de 33, 29 e 4
anos, respectivamente, conforme descrito no Anexo III.
𝑠
Por fim, as saídas decorrentes da cessação automática (𝜎𝑖,𝑡 ), em termos absolutos, decorrem
tanto da cessação de benefícios para jovens quando atingem os 21 anos de idade como também
pela possibilidade de duração limitada das pensões (Lei 13.135/2015).

Basicamente, as taxas de concessão são calculadas para os anos compreendidos entre 2010 e
2019 (a partir de informações administrativas de concessões de benefícios e estimativas de

21
As projeções incorporam o novo ambiente de regras da Lei 13.135/2015, a qual estabeleceu, além das carências
de 1,5 ano de tempo de contribuição e de 2 anos de união estável para o acesso ao benefício, a possibilidade de
periodicidade limitada do benefício a depender da idade do beneficiário na concessão, ou seja, se a idade do cônjuge
for menor do que 22 anos, entre 22 e 27, 28 e 30, 31 e 41, 42 e 44, ou acima de 45 anos, o cônjuge receberá o
benefício durante 3, 6, 10, 15, 20 anos ou de maneira vitalícia, respectivamente.
22
Logo, a quantidade de pensionistas mulheres de 55 anos em 2020 é estimada como sendo igual à quantidade de
pensionistas mulheres com 54 anos em 2019 que não tiveram benefício cessado (em virtude de falecimento ou da
periodicidade limitada imposta pela Lei 13.135/2015) somadas às concessões de pensões para mulheres de 55 anos
em 2020.
23
Essa consiste em hipótese simplificadora, uma vez que a legislação previdenciária permite a concessão de pensões
para cônjuges com idades inferiores a 21 anos.
24
Ressalta-se que os benefícios assistenciais não possuem natureza previdenciária, assim, no caso de falecimento do
beneficiário, não geram direito à Pensão por Morte para eventual dependente.
44
segurados e de contribuintes) e projetadas até 2100 a partir de hipóteses para cada taxa, inferidas
a partir da avaliação do comportamento histórico observado (ver Seção 5 e Anexos II e III).

𝑃𝑡𝐸𝑠,𝑖,𝑡 = 𝑃𝑎𝐸𝑠,𝑖,𝑡 + 𝑃𝑏𝐸𝑠,𝑖,𝑡 (11)

𝑃𝑎𝐸𝑠,𝑖,𝑡 = 𝑃𝑎𝐸𝑠,𝑖−1,𝑡−1 . (1 − 𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡−1 ) (12)

𝑃𝑏 𝐸𝑠,𝑖,𝑡 = 𝑃𝑏 𝐸𝑠,𝑖−1,𝑡−1 . (1 − 𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡−1 ) − 𝜎𝑠,𝑖,𝑡 + 0,5. 𝑃𝑏𝐶𝑜𝑠,𝑖−1,𝑡 . (1 − 0,5. 𝛽 𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡 )


(13)
+ 0,5. 𝑃𝑏𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡 . (1 − 0,5. 𝛽𝑞𝑠,𝑖,𝑡 ), 𝑡 ≥ 2015,

𝑃𝑏𝜌𝐻,𝑖,𝑡 . ( 𝑆𝑒𝑔𝑄𝐻,𝑖+𝐼𝑑ℎ,𝑡 + 𝑆𝑒𝑔𝑄𝑀,𝑖+𝐼𝑑𝑚,𝑡 ), 𝑖 < 21


𝑃𝑏 𝐶𝑜𝐻,𝑖,𝑡 ={ } (14)
𝑃𝑏𝜌𝐻,𝑖,𝑡 . ( 𝑆𝑒𝑔𝑄𝑀,𝑖−𝑑ℎ𝑚,𝑡 + 𝐴𝑝𝑜𝑠𝑄𝑀,𝑖−𝑑ℎ𝑚,𝑡 ), 𝑖 ≥ 21

𝑃𝑏𝜌𝑀,𝑖,𝑡 . ( 𝑆𝑒𝑔𝑄𝐻,𝑖+𝐼𝑑ℎ,𝑡 + 𝑆𝑒𝑔𝑄𝑀,𝑖+𝐼𝑑𝑚,𝑡 ), 𝑖 < 21


𝑃𝑏𝐶𝑜𝑀,𝑖,𝑡 = { }
(15)
𝑃𝑏𝜌𝐻,𝑖,𝑡 . ( 𝑆𝑒𝑔𝑄𝐻,𝑖−𝑑ℎ𝑚,𝑡 + 𝐴𝑝𝑜𝑠𝑄𝐻,𝑖−𝑑ℎ𝑚,𝑡 ), 𝑖 ≥ 21

4.3.7. Subconjuntos populacionais: rendimentos médios

Definida a projeção da evolução de quantidades das subpopulações de interesse mencionadas


anteriormente, faz-se necessária a projeção da evolução de seus rendimentos financeiros
médios,25 e assim, por meio da multiplicação entre preços e quantidades, é possível estimar a
evolução das massas salariais dos subconjuntos populacionais.26
𝑂𝑐𝑢𝑝
No caso da população ocupada, seu rendimento médio (𝜔𝑠,𝑖,𝑡 ) cresce à taxa de crescimento real
dos rendimentos do trabalho (𝜂𝑡 ), conforme explicitado pela equação (16), e a evolução da massa
𝑂𝑐𝑢𝑝
salarial dessa subpopulação (𝑊𝑠,𝑖,𝑡 ) é computada a partir do produto entre seu rendimento
𝑂𝑐𝑢𝑝 𝑂𝑐𝑢𝑝
médio (𝜔𝑠,𝑖,𝑡 ) e a quantidade de ocupados (𝑃𝑠,𝑖,𝑡 ) para cada clientela, de acordo com a equação
(17). Lógica semelhante é empregada para a estimativa de evolução das massas salariais dos
𝑆𝑒𝑔
segurados contribuintes urbanos (𝑊𝑠,𝑖,𝑡 ), as quais acompanham a evolução das quantidades de
suas subpopulações e de seus rendimentos, conforme as equações (18) e (19).

25
Tal variável é fundamental principalmente para as estimativas dos valores de concessão de benefício daqueles
indivíduos que recebem acima do piso previdenciário.
26
Conforme será visto, as massas salariais de ocupados e de contribuintes permitem projetar a evolução das taxas
de crescimento do PIB e das receitas previdenciárias, respectivamente.
45
Acrescenta-se que o SM, que consiste no valor dos pisos previdenciário e assistencial, evolui de
̅̅̅̅̅̅̅
acordo com taxa de crescimento própria (𝜔 𝑚𝑖𝑛
), conforme a equação (20).27 A hipótese adotada,
𝑡

conforme o Anexo III, é a de que o SM possui crescimento real a partir de 2025, no montante do
crescimento real do PIB defasado em 2 anos.

Nota-se que a taxa de crescimento anual médio dos rendimentos do trabalho (𝜂𝑡 ) é parâmetro
importante porque visa avaliar um aspecto determinante do crescimento da despesa
previdenciária tipicamente em sistemas públicos financiados por repartição: o valor médio das
concessões de benefícios supera o valor médio das cessações. Isso decorre do fato de que é
comum que a trajetória salarial na vida laboral de um indivíduo usualmente seja caracterizada
por incrementos em termos reais, advindos da incorporação de ganhos de produtividade. Tais
rendimentos são utilizados para o cálculo de benefícios. Por outro lado, é comum em sistemas
previdenciários que a trajetória de crescimento do valor dos benefícios não presencie ganhos
reais, mas sim somente atualização monetária via índice de preços de consumo. Assim,
teoricamente, é esperado que o valor médio das concessões de benefícios supere o valor médio
das cessações. O modelo trabalha com hipótese de crescimento anual dos rendimentos médios
do trabalho em 1,5%.28

𝑂𝑐𝑢𝑝 𝑂𝑐𝑢𝑝
𝜔𝑠,𝑖,𝑡 = 𝜔𝑠,𝑖,𝑡−1 . (1 + 𝜂𝑡 ) (16)

𝑂𝑐𝑢𝑝 𝑂𝑐𝑢𝑝 𝑂𝑐𝑢𝑝


𝑊𝑠,𝑖,𝑡 = 𝜔𝑠,𝑖,𝑡 . 𝑃𝑠,𝑖,𝑡 (17)

𝑆𝑒𝑔 𝑆𝑒𝑔
𝜔𝑠,𝑖,𝑡 = 𝜔𝑠,𝑖,𝑡−1 . (1 + 𝜂𝑡 ) (18)

𝑆𝑒𝑔 𝑆𝑒𝑔 𝑆𝑒𝑔


𝑊𝑠,𝑖,𝑡 = 𝜔𝑠,𝑖,𝑡 . 𝑃𝑠,𝑖,𝑡 (19)

27
Entre os anos de 2007 e 2019, houve uma política de valorização do salário-mínimo, a qual fixou uma regra para o
reajuste do valor do SM, a partir de uma parcela de reajuste nominal (variação acumulada do INPC) acrescido de
outra que visava ao aumento real do SM (taxa de crescimento real anual do PIB de 2 anos anteriores ao ano de
referência). Assim, além da preservação do poder de compra do SM (determinado pelo artigo 7º, inciso IV, da
Constituição Federal), o crescimento real anual de seu valor era igual ao crescimento defasado do PIB.
28
O parâmetro utilizado é próximo aos comumente utilizados nos modelos semelhantes por organismos
internacionais, os quais adotam estimativas entre 1,5% e 2,5%. No caso brasileiro, o crescimento médio anual da
produtividade do trabalho entre 2000 e 2018 foi menor do que o parâmetro de 1,5%. No entanto, verifica-se que,
mesmo com hipótese de crescimento da produtividade de 1,5%, o modelo projeta um crescimento do PIB a taxas
decrescentes ao longo das próximas décadas, o que é consistente com o observado internacionalmente para os
países com estrutura demográfica mais envelhecida.
46
𝑚𝑖𝑛
𝜔𝑡𝑚𝑖𝑛 = 𝜔𝑡−1 . (1 + ̅̅̅̅̅̅̅
𝜔𝑡𝑚𝑖𝑛 ) (20)

4.3.8. Receitas previdenciárias e crescimento econômico

As receitas previdenciárias (𝑅𝑒𝑐𝑡 ) são calculadas segundo a equação (22), utilizando-se como base
os valores da massa salarial dos segurados contribuintes urbanos do RGPS (𝑊𝑡𝑆𝑒𝑔 ) 29 e aplicando a ela
uma alíquota efetiva média (𝜋𝑡 ).30

Ademais, a partir da hipótese de que a proporção dos salários na renda total da economia (𝜓) mantenha-
se constante ao longo do tempo, conforme a equação (23), é possível estimar a taxa de crescimento da
̅̅̅̅̅̅̅̅̅
massa salarial da subpopulação ocupada (𝑊
𝑂𝑐𝑢𝑝
) - equação (24) e, assim, a evolução da taxa de
𝑡

crescimento do PIB (𝑌̅𝑡 ) - equação (25) e de seu valor monetário (𝑌). Portanto, nota-se que a evolução da
massa salarial dos segurados contribuintes determina a evolução da receita previdenciária e a evolução da
massa salarial dos ocupados determina a taxa de crescimento econômico.

𝑆𝑒𝑔
𝑅𝑒𝑐𝑡 = 𝑊𝑡 . 𝜋𝑡 (22)

𝑂𝑐𝑢𝑝 𝑂𝑐𝑢𝑝
(𝑊𝑡 ⁄𝑌𝑡 ) = (𝑊𝑡−1 ⁄𝑌𝑡−1 ) = 𝜓 (23)

𝑌̅𝑡 = ̅̅̅̅̅̅̅̅̅
𝑊𝑡𝑂𝑐𝑢𝑝 (24)

𝑌𝑡 = 𝑌𝑡−1 . (1 + 𝑌̅𝑡 ) (25)

4.3.9. Benefícios previdenciários e assistenciais: valores médios

Para todos os benefícios previdenciários associados às clientelas Rural e Urbana-Piso, e para os benefícios
assistenciais, os valores dos benefícios ( 𝛽𝜑𝑡 ) são dados pela equação (26), onde o parâmetro ( 𝛽𝜆𝑡 )
representa a taxa de reajuste em termos reais de cada benefício. Embora esses benefícios tenham tido no
passado recente seus valores vinculados ao SM, o estabelecimento de diferenciação entre as taxas de
reajuste real por benefício permite que a igualdade entre os valores de benefício nos pisos previdenciário

29
A massa salarial dos segurados especiais (população rural) não é utilizada para as projeções de arrecadação, tendo
em vista que muitos segurados possuem contribuição presumida ou contribuem sobre outras bases de cálculo, tal
como a venda de produtos agrícolas, o que torna o volume total bastante reduzido quando comparado à arrecadação
proveniente da clientela urbana.
30
O conceito de receitas previdenciárias utilizado e projetado pelo modelo é o de arrecadação líquida do RGPS. Assim,
como as projeções utilizam o histórico recente de arrecadações efetivamente realizadas, não entram no cálculo
valores de renúncias fiscais, sonegações e afins, em razão destas não se configurarem em receitas efetivas.
47
e assistencial e o SM seja interpretada como um caso particular, possibilitando a simulação de eventuais
modificações legislativas em qualquer momento do tempo, advindos tanto de mudanças na política de
valorização do SM como também de eventuais propostas de desvinculação entre os pisos de benefícios e
o valor do SM.31

Já a equação (27) apresenta o valor médio mensal (em R$) de concessões de benefícios previdenciários
com idade i no ano t ( 𝛽𝑉𝑐𝑜𝑠,𝑖,𝑡 ), o qual consiste no produto entre a taxa de reposição média dos benefícios

concedidos com idade i no ano t ( 𝛽𝜃𝑠,𝑖,𝑡 )32 e o salário de benefício médio das concessões de benefícios

com idade i no ano t ( 𝛽𝑆𝐵𝑠,𝑖,𝑡 ).

A estratégia metodológica para a construção do modelo é descrita a seguir. Inicialmente, parte-se do valor
médio de concessão para anos anteriores (2011-2019), única informação disponível a partir de registros
administrativos agregados por coorte. Em segundo lugar, é possível assumir um tempo de contribuição
médio para cada coorte e, com isso, uma taxa de reposição média, uma vez que se sabe a regra de cálculo
de cada benefício em cada momento do tempo33. Em terceiro lugar, é calculada a estimativa de salário de
benefício médio para os anos anteriores a partir da divisão entre o valor médio de concessão e a taxa de
reposição média de cada coorte. Em quarto lugar, são feitas hipóteses sobre a evolução dos salários de
benefício médios ao longo do tempo e sobre a dinâmica das regras de cálculo para benefício e sexo, o que
resulta, por fim, na projeção dos valores médios de concessão no futuro.

𝛽 𝜑𝑡 = 𝛽𝜑𝑡−1 (1 + 𝛽𝜆𝑡 )
𝐴𝑝𝑖𝑑𝑈𝑟𝑏 , 𝐴𝑡𝑐𝑛𝑈𝑟𝑏 , 𝐴𝑡𝑐𝑒, 𝐴𝑡𝑐𝑝, 𝐴𝑖𝑣𝑝𝑈𝑟𝑏 , 𝐴𝑖𝑣𝑎𝑈𝑟𝑏 , 𝐴𝑥𝑎𝑝𝑈𝑟𝑏 , 𝐴𝑥𝑎𝑎𝑈𝑟𝑏 , 𝐴𝑥𝑟𝑒
𝐴𝑝𝑖𝑑𝑅𝑢𝑟 , 𝐴𝑡𝑐𝑛𝑅𝑢𝑟 , 𝐴𝑥𝑎𝑝𝑅𝑢𝑟 , 𝐴𝑥𝑎𝑎𝑅𝑢𝑟 , 𝐴𝑖𝑣𝑝𝑅𝑢𝑟 , 𝐴𝑖𝑣𝑎𝑅𝑢𝑟
𝛽={ } (26)
𝐵𝑝𝑐𝑖𝑑𝑜, 𝐵𝑝𝑐𝑑𝑒𝑓
𝑃𝑝𝑚𝑝𝑈𝑟𝑏 , 𝑃𝑝𝑚𝑎𝑈𝑟𝑏 , 𝑃𝑝𝑚𝑝𝑅𝑢𝑟 , 𝑃𝑝𝑚𝑎𝑅𝑢𝑟

𝛽 𝑉𝑐𝑜𝑠,𝑖,𝑡 = 𝛽 𝜃𝑠,𝑖,𝑡 . 𝛽 𝑆𝐵𝑠,𝑖,𝑡 (27)

31
Os valores de benefícios acima do SM serão tratados em seção posterior.
32
No caso deste modelo, a impossibilidade de termos informações sobre a evolução do salário médio de determinada
coorte da vida laboral de todos seus indivíduos fez com que tenha sido adotado, por simplificação, o conceito de taxa
de reposição (média), o qual consiste na razão entre o valor médio de concessão e o salário médio da mesma coorte
(i, s, t). Contudo, tal definição distancia-se da conceituação típica de taxa reposição aplicada a indivíduos, onde é
comum a definição pela razão entre valor de benefício pelo salário imediatamente anterior ou salário-médio do
histórico desse indivíduo.
33
A utilização de diferentes regras de cálculo para cada benefício é fundamental. No caso das aposentadorias por
tempo de contribuição, até o ano de 2019 essas tinham em seu cálculo a obrigatoriedade da aplicação do fator
previdenciário, além da possibilidade da regra 85/95 progressiva a partir de 2015.
48
4.3.10. Benefícios previdenciários e assistenciais: despesa

Para todos os benefícios previdenciários permanentes e os assistenciais, os valores projetados da despesa

( 𝛽𝐷𝑠,𝑖,𝑡 ) são calculados por meio da aplicação direta do método de fluxo às despesas, conforme a equação
(27).

Basicamente, o valor da despesa com benefícios em determinado ano ( 𝛽𝐷𝑠,𝑖,𝑡 ) é dado pelo total da

despesa do ano anterior ( 𝛽𝐷𝑠,𝑖−1,𝑡−1 ) decrescida pela probabilidade de óbito ( 𝛽𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡 ) e acrescida por
eventual reajustamento real dos valores de benefício (𝜏𝑡 ), somada ao valor anual das novas concessões,
calculada pela multiplicação entre a quantidade estimada de concessões ( 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡 ), o valor médio mensal

das novas concessões ( 𝛽𝑉𝑐𝑜𝑠,𝑖,𝑡 ) e quantidade média de parcelas pagas aos novos beneficiários no ano de

concessão ( 𝛽𝑛𝑡 )34.

Existe diferenciação das expressões conforme a proximidade da idade da coorte em relação à idade
mínima de acesso ao benefício. Tal diferenciação decorre do fato comum de que as concessões sejam
concentradas nos primeiros meses após completar-se a idade mínima, mas o que não ocorre em relação
à composição etária dos estoques de benefícios.

Nota-se que, a dinâmica de incremento das concessões visa obter estimativa da quantidade média anual,
ou seja, do total na posição de 30/06 de cada ano, fundamental para o cômputo da despesa esperada
anual, enquanto os estoques reportados anteriormente referem-se às informações da posição de 31/12.

Já no caso dos benefícios temporários, é empregado o método do estoque à evolução da despesa, de


acordo com a equação (28), em que os totais de despesa com benefícios ( ∝𝐷𝑠,𝑖,𝑡 ) são dados pelas
concessões de benefícios ( ∝𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡 ) multiplicadas pelo valor médio de concessão ( ∝𝑉𝑐𝑜𝑠,𝑖,𝑡 ) e pela duração
esperada do benefício em meses ( ∝𝜁𝑠,𝑖,𝑡 ).

Ademais, é importante verificar que os valores financeiros futuros da despesa são apresentados em R$
milhões correntes de 2022, uma vez que, a partir desse ano, os valores dos benefícios são atualizados
somente em termos reais (além da inflação). Nesse sentido, é importante o entendimento de que o
modelo não utiliza projeções de inflação, assim, os valores de benefícios projetados a partir de 2022 não
são atualizados monetariamente pela inflação.

34
Admite-se que as concessões ocorrem de maneira uniforme no decorrer do ano, assim, o número médio esperado
de pagamentos recebido pelos novos beneficiários em determinado ano é de 13/2 para aposentadorias e pensões
(benefícios que possuem abono anual ou 13ª parcela) e 12/2 para os benefícios assistenciais.
49
{ 𝛽𝐷𝑠,𝑖−1,𝑡−1 . (1 + 𝜏𝑡 ). 106
+[0,5. 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡 . (1 − 0,5. 𝛽 𝑞𝑠,𝑖,𝑡 ). 𝛽𝑛𝑡 . 𝛽𝑉𝑐𝑜𝑠,𝑖,𝑡 . (1 − 𝛽𝑞𝑠,𝑖,𝑡 )
+0,5. 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖−1,𝑡 . (1 − 0,5. 𝛽 𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡 ). 𝛽 𝑛𝑡 . 𝛽𝑉𝑐𝑜𝑠,𝑖−1,𝑡 . (1 − 𝛽𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡 )
+0,5. 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖−1,𝑡−1 . (1 − 0,5. 𝛽 𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡−1 ). 𝛽𝑛𝑡 . 𝛽𝑉𝑐𝑜𝑠,𝑖−1,𝑡−1
+0,5. 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖−2,𝑡−1 . (1 − 0,5. 𝛽𝑞𝑠,𝑖−2,𝑡−1 ). 𝛽𝑛𝑡 . 𝛽𝑉𝑐𝑜𝑠,𝑖−2,𝑡−1 }
. (1 − 𝛽𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡 )/10−6 , ∀𝑖 >𝑚+1

{ 𝛽𝐷𝑠,𝑖−1,𝑡−1 . (1 + 𝜏𝑡 ). 106
+[0,75. 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡 . (1 − 0,5. 𝛽𝑞𝑠,𝑖,𝑡 ). 𝛽𝑛𝑡 . 𝛽𝑉𝑐𝑜𝑠,𝑖,𝑡 . (1 − 𝛽 𝑞𝑠,𝑖,𝑡 )
𝛽 𝐷𝑠,𝑖,𝑡 = +0,5. 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖−1,𝑡 . (1 − 0,5. 𝛽 𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡 ). 𝛽 𝑛𝑡 . 𝛽𝑉𝑐𝑜𝑠,𝑖−1,𝑡 . (1 − 𝛽𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡 )
(27)
+0,5. 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖−1,𝑡−1 . (1 − 0,5. 𝛽 𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡−1 ). 𝛽𝑛𝑡 . 𝛽𝑉𝑐𝑜𝑠,𝑖−1,𝑡−1
. (1 − 𝛽𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡 )/10−6 , 𝑖 = 𝑚

{ 𝛽𝐷𝑠,𝑖−1,𝑡−1 . (1 + 𝜏𝑡 ). 106
+[0,5. 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡 . (1 − 0,5. 𝛽 𝑞𝑠,𝑖,𝑡 ). 𝛽𝑛𝑡 . 𝛽𝑉𝑐𝑜𝑠,𝑖,𝑡 . (1 − 𝛽𝑞𝑠,𝑖,𝑡 )
+0,25. 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖−1,𝑡 . (1 − 0,5. 𝛽𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡 ). 𝛽𝑛𝑡 . 𝛽𝑉𝑐𝑜𝑠,𝑖−1,𝑡 . (1 − 𝛽 𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡 )
+0,5. 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖−1,𝑡−1 . (1 − 0,5. 𝛽 𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡−1 ). 𝛽𝑛𝑡 . 𝛽𝑉𝑐𝑜𝑠,𝑖−1,𝑡−1
+0,5. 𝛽𝐶𝑜𝑠,𝑖−2,𝑡−1 . (1 − 0,5. 𝛽𝑞𝑠,𝑖−2,𝑡−1 ). 𝛽𝑛𝑡 . 𝛽𝑉𝑐𝑜𝑠,𝑖−2,𝑡−1 }
{ . (1 − 𝛽 𝑞𝑠,𝑖−1,𝑡 )/10−6 , 𝑖 =𝑚+1

∀ 𝛽 = {𝐴𝑝𝑖𝑑, 𝐴𝑡𝑐𝑛, 𝐴𝑡𝑐𝑒, 𝐴𝑡𝑐𝑝, 𝐴𝑖𝑣𝑝, 𝐴𝑖𝑣𝑎, 𝐴𝑥𝑎𝑎, 𝐴𝑥𝑎𝑝, 𝐴𝑥𝑟𝑒, 𝐵𝑝𝑐𝑖𝑑𝑜, 𝐵𝑝𝑐𝑑𝑒𝑓} (

∝𝐷𝑠,𝑖,𝑡 = ∝𝐶𝑜𝑠,𝑖,𝑡 . ∝𝑉𝑐𝑜𝑠,𝑖,𝑡 . ∝𝜁𝑠,𝑖,𝑡


2(28)
∀ ∝ ∈ {𝐴𝑥𝑑𝑝, 𝐴𝑥𝑑𝑎, 𝑆𝑎𝑙𝑚𝑎𝑡}

4.4. Implementação do modelo de projeção

4.4.1. Microssimulação das regras de transição da EC 103/2019

Todo o conjunto de alterações da EC 103/2019 teve seu efeito fiscal avaliado nessa versão do
modelo. Em relação às regras de acesso das Aposentadorias por Tempo de Contribuição e
Especial, destaca-se que foi necessária a implementação no modelo de projeção de um simulador
específico.

50
É importante a compreensão de que a aprovação da EC 103/2019 culminou com importante
quebra estrutural em relação à dinâmica do RGPS observada até então. Nesse sentido, fez-se
necessário que o modelo fosse completamente atualizado, com a incorporação de novas
informações e adaptação da modelagem do cenário base projetado a partir de 2020, de maneira
a contemplar o novo arcabouço institucional das regras em vigor e possuir flexibilidade analítica
suficiente para avaliar novas mudanças e subsidiar o aperfeiçoamento contínuo da política
previdenciária.

Basicamente, para cada perfil de indivíduos, por sexo, e com determinada idade e tempo de
contribuição em novembro de 2019 (cerca de 1.000 perfis considerados), o simulador testa todo
o conjunto de regras de transição estabelecidas pela EC 103/2019, de maneira a identificar o
momento provável da concessão de aposentadoria daqueles indivíduos de determinado perfil. A
partir disso, todas as concessões estimadas inicialmente pela dinâmica regularmente observada
até 2018 são postergadas de acordo com a previsão resultante da aplicação do simulador.

4.4.2. Dados utilizados

Particularmente, a diretriz 2 do Guidelines on Actuarial Work for Social Security (ILO e ISSA, 2016),
mencionada explicitamente pelas recomendações do TCU, trata da importância dos dados no
trabalho atuarial em seguridade social. Sumariamente, é destacada a necessidade da utilização
de dados suficientes, adequados e confiáveis para o trabalho atuarial, os quais devem ter
características de serem completos, coerentes (internamente e externamente), atualizados e com
série histórica suficientemente longa.

Nesse sentido, destaca-se o processo realizado de atualização das informações de registros


administrativos de benefícios previdenciários e de mercado de trabalho. Em relação à
necessidade de atualização de informações de registros administrativos do RGPS, tais
informações foram solicitadas à Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social -
DATAPREV e posteriormente avaliadas, validadas e tratadas por esta DRGPS.35 Já em relação à
necessidade de atualização de informações de mercado de trabalho, já foram obtidas, tratadas e

35
Como exemplo, foram realizados testes de consistência entre as informações encaminhadas e outras de sistemas
utilizados pela DRGPS. Além disso, as informações foram tratadas, como por exemplo, por meio da distribuição dos
dados com idades e/ou sexo ignorado, a partir das distribuições estatísticas por idade/ sexo efetivamente
observadas.
51
analisadas informações para os anos do período 2016-2020 a partir da PNADC/IBGE. Ambos os
conjuntos de dados foram introduzidos no modelo de projeção do RGPS.

Além disso, seguindo as diretrizes 25 a 28 do Guidelines on Actuarial Work for Social Security (ILO
e ISSA, 2016), as quais tratam da comunicação e publicação de estudos atuariais em seguridade
social, todas as fontes de dados utilizados estão publicizadas no Anexo II, a fim de permitir maior
transparência para a sociedade e a interpretação adequada dos resultados apresentados.

4.4.3. Definição de hipóteses

Já a diretriz 3 do Guidelines on Actuarial Work for Social Security (ILO e ISSA, 2016) trata da
importância das hipóteses no trabalho atuarial em seguridade social. Nesse âmbito, é destacada
a importância de que as hipóteses para o futuro sejam adequadas e reflitam, em larga medida, as
tendências históricas. Além disso, seguindo as diretrizes 25 a 28 do mesmo documento, as quais
tratam da comunicação e publicação de estudos atuariais em seguridade social, todas as
hipóteses adotadas estão publicizadas no Anexo III, a fim de permitir maior transparência para a
sociedade e a interpretação adequada dos resultados apresentados.

Sumariamente, em relação à dinâmica demográfica e de mercado de trabalho, a qual define os


subconjuntos populacionais, foi utilizada a premissa de simples manutenção das médias das taxas
observadas historicamente, opção decorrente das seguintes justificativas. Em primeiro lugar,
tanto no momento de elaboração do modelo como nas atualizações posteriores, não foram
encontradas pela equipe técnica responsável evidências empíricas ou estudos teóricos que
fundamentassem, de maneira inequívoca, tendências estruturais para as variáveis mencionadas
ao longo das próximas décadas para o Brasil. Assim, a ausência de fundamentação sólida para
hipóteses distintas das utilizadas consistiu em argumento favorável à opção pela manutenção
dessas constantes. Todavia, é perfeitamente possível que a eventual verificação futura de
bibliografia especializada aponte para a necessidade de modificação das hipóteses utilizadas. Em
segundo lugar, a adoção de hipóteses de variáveis constantes possui a vantagem de dar maior
simplicidade à interpretação dos resultados gerados, de maneira a atenuar a tamanha
complexidade das interações entre demografia, mercado de trabalho e dinâmica de benefícios do
RGPS. Em terceiro lugar, as recomendações internacionais para o trabalho atuarial em seguridade
social dispõem que modelos de projeção de longo prazo não devem interpretar oscilações

52
econômicas conjunturais como fenômenos estruturais e duradouros, principalmente no caso de
projeções para décadas futuras.

Já em relação às hipóteses utilizadas para as taxas de concessão de benefício, também foi


predominantemente utilizada a premissa de simples manutenção das médias das taxas
observadas historicamente. Isso é fundamental na medida em que permite reduzir a importância
de comportamentos atípicos ocorridos em algum ano particular, decorrente, por exemplo, de
eventual greve no INSS, o que poderia acarretar mudança significativa no comportamento anual
das concessões. No entanto, ressalta-se que, em alguns casos, optou-se pela manutenção das
taxas em níveis similares ao último ano observado. Tal opção decorre da observação de nítido
crescimento das taxas ao longo do período observado. No entanto, em meio à incerteza sobre o
comportamento futuro e eventual continuidade de crescimento, optou-se pela manutenção das
taxas, mas no nível do último ano de dados disponíveis (ao invés da média histórica).

Além dessas afirmações gerais, as hipóteses peculiares a cada variável estão descritas no Anexo
III.

No que se refere à taxa de crescimento do PIB, foram utilizadas as projeções para 2023 a 2027
contidas na Grade de Parâmetros Macroeconômicos de 10/03/2023 que é elaborada e atualizada
pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE/MF). Para os anos seguintes,
o crescimento real do PIB foi projetado endogenamente por meio do modelo de projeções, de
acordo com a seção 3.8. Como, por hipótese do modelo, a taxa de crescimento do PIB é igual à
taxa de crescimento da massa salarial dos ocupados, pode-se afirmar que seu crescimento
depende, em larga medida, da evolução do mercado de trabalho, pautada pela dinâmica
demográfica, tanto em termos de quantidades de indivíduos como em termos de sua composição
etária.

Em relação à hipótese de crescimento real do salário-mínimo, foi adotada a hipótese de


crescimento real pelo PIB defasado em dois anos a partir de 2028. Assim, foi utilizada a hipótese
de que o salário-mínimo não possuirá crescimento real até o ano de 2027 (exceto no ano de 2023,
conforme a Grade de Parâmetros da SPE/MF). Já a partir de 2028, foi adotada a hipótese de que
o salário-mínimo volte a crescer, em termos reais, com taxa de crescimento anual igual ao
crescimento real do PIB defasado em dois anos. Tal opção possui duas justificativas.
Primeiramente, é avaliada como de baixíssima probabilidade o cenário de que a ausência de
crescimento real do SM se mantenha por um período tão prolongado até 2100, de modo que se
53
optou por cenário de crescimento real, o que consiste em cenário mais conservador em termos
de projeções fiscais previdenciárias. Em segundo lugar, diante da indefinição de regra legal que
defina a taxa de crescimento real do SM, optou-se pela utilização de indicador semelhante àquela
da política de valorização real que já esteve em vigor até 2019.

4.4.4. Calibragem

O procedimento metodológico usualmente implementado na atualização do modelo é a


calibragem, por meio da qual são realizados testes comparativos entre as projeções do modelo e
os dados realizados de benefícios, e, a partir disso, são realizados ajustes finos em alguns
parâmetros do modelo com o intuito de reduzir os erros de previsão. Ademais, as projeções
deverão ser atualizadas à medida em que forem disponibilizadas novas informações mais
recentes sobre benefícios, novas projeções de parâmetros macroeconômicos e alterações da
legislação previdenciária em vigor.

Nessa versão do modelo, poucos ajustes de calibragem foram realizados, uma vez que existem
grande dificuldade na interpretação das estatísticas fiscais (despesa e receita) e de benefícios
previdenciários e assistenciais (estoques, concessões e valores médios dos benefícios) nos anos
de 2020 e 2021, decorrentes tanto dos impactos socioeconômicos da pandemia de Covid-19 e
suas implicações sobre o funcionamento do INSS, como também decorrentes das novas regras
previdenciárias impostas pela EC 103/2019.36 Portanto, novos ajustes de calibragem deverão ser
realizados nos próximos anos, com o intuito de ajustar as projeções do modelo aos resultados
efetivamente observados e, assim, aumentar a acurácia das projeções.

36
De maneira semelhante ao ano de 2020, a dinâmica fiscal do RGPS em 2021 foi bastante atípica. Por um lado,
houve queda real da arrecadação decorrente diretamente do arrefecimento da atividade econômica. Por outro,
diversas medidas integrantes do esforço do governo de compensação dos efeitos econômicos e sociais das medidas
de combate à pandemia afetaram diretamente a previdência: (i) antecipação do abono anual (13º) dos benefícios
previdenciários (prevista para maio e junho); (ii) antecipação de auxílio-doença; (iii) reabertura gradual das Agências
da Previdência Social; (iv) suspensão de contratos ou redução de jornada. Além dessas medidas diretamente
associadas à pandemia, outras medidas também afetaram a dinâmica previdenciária em 2021: (i) novas regras
previdenciárias estabelecidas pela EC 103/2019; (ii) desrepresamento de benefícios requeridos; (iii) Programa
Especial para Análise de Benefícios com Indícios de Irregularidade e o Programa de Revisão de Benefícios por
Incapacidade, ambos instituídos pela Lei 13.846/2019.
54
5. PROJEÇÕES FISCAIS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

Os resultados referentes à evolução das principais variáveis para projeção de longo prazo são
apresentados nas Tabela 5.1. Já os resultados acerca das projeções da receita, despesa e
necessidade de financiamento do RGPS são descritos na Tabela 5.2. A análise dos resultados deve
destacar, principalmente, a projeção do comportamento tendencial da situação fiscal do sistema
previdenciário (RGPS), uma vez que os resultados obtidos são fortemente influenciados pelas
hipóteses relativas à dinâmica da demografia, do mercado de trabalho, do funcionamento do
sistema previdenciário (hipóteses comportamentais dos indivíduos) e da própria economia como
um todo (PIB, produtividade, inflação).37 Logo, eventuais revisões nas projeções desses
parâmetros ou a observação de resultados no curto prazo diferentes dos projetados implicam,
necessariamente, a revisão das projeções de longo prazo.38

A Tabela 5.1 apresenta as projeções para a taxa de crescimento da massa salarial dos
contribuintes (utilizada para a projeção das receitas), a taxa de crescimento da massa salarial dos
ocupados (utilizada para estimar a taxa de crescimento do PIB a partir de 2028), a taxa de
crescimento real (vegetativa) da despesa (a qual consolida tanto os incrementos da despesa em
termos reais provenientes da pressão demográfica como do aumento de preços em termos reais),
a taxa de inflação anual – INPC acumulado (índice utilizado para o reajuste dos valores dos
benefícios previdenciários), taxa de crescimento real do PIB (a qual é utilizada para as projeção
da taxa de reajuste do SM).39

De acordo com a Tabela 5.2, a arrecadação previdenciária estimada para 2023 é de R$ 580.719
milhões, o que corresponde a 5,42% do PIB. Para 2100, as estimativas apontam para uma
arrecadação de R$ 11.990.079 milhões, ou seja, 4,95% do PIB estimado para aquele ano. No caso
da despesa, essa é estimada em 857.631 milhões (8,01% do PIB) em 2024. Quanto a sua dinâmica,
observa-se que um declínio da despesa em relação ao PIB nos próximos anos, porém com
retomada de crescimento a partir de 2029 e atingindo, em 2100, R$ 37.218.228 milhões (15,36%

37
Enquanto as mudanças na estrutura demográfica são mais lentas e previsíveis, as alterações na composição da
força de trabalho estão cada vez mais aceleradas em razão dos avanços tecnológicos, de mudanças nas relações
laborais e da reestruturação dos processos produtivos.
38
Reforça a observação acima feita o fato de que as projeções são temporalmente encadeadas, ou seja, os resultados
de um ano afetam os resultados dos anos seguintes. Em função disso, pequenas variações nos parâmetros podem
ter seus efeitos potencializados no longo prazo, gerando variações significativas nos resultados estimados ao final do
período.
39
No caso do RGPS, os benefícios são reajustados conforme a variação da inflação, com exceção dos benefícios
equivalentes ao piso previdenciário, que variam de acordo com o reajuste do salário-mínimo.
55
do PIB). Tal trajetória é pautada, fundamentalmente, pelo acelerado processo de envelhecimento
populacional no Brasil. A comparação entre as receitas e despesas revelam uma necessidade de
financiamento do RGPS da ordem de R$ 276.913 milhões em 2023 (2,59% do PIB), a qual deve
atingir R$ 25.228.149 milhões (10,41% do PIB) em 2100.

Tabela 5.1 ― Evolução das principais variáveis para projeção de longo prazo ― 2023/2100

Taxa de
Taxa de Taxa de
Crescimento Taxa de Taxa de Taxa de
Crescimento Crescimento Taxa de
da Massa Inflação Anual Reajuste do Reajuste dos
Exercício da Massa Real Crescimento
Salarial (INPC Salário- Demais
Salarial (Vegetativa) Real do PIB
dos Acumulado) Mínimo Benefícios
dos Ocupados da Despesa
Contribuintes
2023 8,40% 8,50% 2,12% 5,16% 1,61% 7,43% 5,93%
2024 7,52% 7,63% 1,03% 3,30% 2,34% 6,68% 5,16%
2025 5,53% 5,65% 1,15% 3,14% 2,76% 3,31% 3,30%
2026 5,31% 5,42% 1,63% 3,07% 2,42% 3,21% 3,14%
2027 5,15% 5,26% 2,10% 2,99% 2,49% 3,11% 3,07%
2028 4,99% 5,11% 2,05% 2,99% 2,06% 5,27% 2,99%
2029 4,93% 5,05% 2,91% 2,99% 2,00% 5,18% 2,99%
2030 4,88% 4,99% 2,18% 2,99% 1,94% 5,11% 2,99%
2031 4,80% 4,91% 2,18% 2,99% 1,86% 5,05% 2,99%
2032 4,76% 4,86% 2,88% 2,99% 1,82% 4,99% 2,99%
2033 4,71% 4,82% 2,10% 2,99% 1,77% 4,91% 2,99%
2034 4,66% 4,76% 2,09% 2,99% 1,72% 4,86% 2,99%
2035 4,60% 4,71% 2,83% 2,99% 1,67% 4,82% 2,99%
2036 4,54% 4,63% 2,08% 2,99% 1,60% 4,76% 2,99%
2037 4,50% 4,59% 2,10% 2,99% 1,56% 4,71% 2,99%
2038 4,46% 4,54% 2,85% 2,99% 1,51% 4,63% 2,99%
2039 4,40% 4,49% 2,14% 2,99% 1,46% 4,59% 2,99%
2040 4,34% 4,43% 2,13% 2,99% 1,40% 4,54% 2,99%
2041 4,31% 4,38% 2,83% 2,99% 1,35% 4,49% 2,99%
2042 4,27% 4,34% 2,28% 2,99% 1,31% 4,43% 2,99%
2043 4,23% 4,30% 2,26% 2,99% 1,27% 4,38% 2,99%
2044 4,19% 4,25% 2,72% 2,99% 1,23% 4,34% 2,99%
2045 4,14% 4,20% 2,39% 2,99% 1,18% 4,30% 2,99%
2046 4,11% 4,16% 2,39% 2,99% 1,14% 4,25% 2,99%
2047 4,08% 4,13% 2,61% 2,99% 1,11% 4,20% 2,99%
2048 4,05% 4,10% 2,39% 2,99% 1,08% 4,16% 2,99%
2049 4,01% 4,07% 2,34% 2,99% 1,04% 4,13% 2,99%
2050 3,97% 4,03% 2,47% 2,99% 1,01% 4,10% 2,99%
2051 3,95% 3,99% 2,31% 2,99% 0,97% 4,07% 2,99%
2052 3,92% 3,97% 2,18% 2,99% 0,95% 4,03% 2,99%
2053 3,89% 3,94% 2,14% 2,99% 0,92% 3,99% 2,99%
2054 3,85% 3,91% 2,06% 2,99% 0,89% 3,97% 2,99%
2055 3,80% 3,87% 2,04% 2,99% 0,85% 3,94% 2,99%
2056 3,79% 3,85% 2,77% 2,99% 0,84% 3,91% 2,99%
2057 3,76% 3,83% 2,76% 2,99% 0,82% 3,87% 2,99%
2058 3,74% 3,82% 2,69% 2,99% 0,80% 3,85% 2,99%
2059 3,71% 3,79% 2,58% 2,99% 0,78% 3,83% 2,99%
2060 3,67% 3,76% 2,52% 2,99% 0,74% 3,82% 2,99%

(continua)
56
Tabela 5.1 ― Evolução das principais variáveis para projeção de longo prazo ― 2023/2100

Taxa de Taxa de
Taxa de
Crescimento Crescimento Taxa de Taxa de Taxa de
Crescimento Taxa de
da Massa da Massa Inflação Reajuste do Reajuste dos
Exercício Real Crescimento
Salarial Salarial Anual (INPC Salário- Demais
(Vegetativa) Real do PIB
dos dos Acumulado) Mínimo Benefícios
da Despesa
Contribuintes Ocupados
2061 3,70% 3,76% 2,54% 2,99% 0,75% 3,79% 2,99%
2062 3,70% 3,76% 2,71% 2,99% 0,74% 3,76% 2,99%
2063 3,69% 3,74% 2,78% 2,99% 0,73% 3,76% 2,99%
2064 3,67% 3,72% 2,82% 2,99% 0,71% 3,76% 2,99%
2065 3,65% 3,70% 2,37% 2,99% 0,69% 3,74% 2,99%
2066 3,69% 3,72% 1,26% 2,99% 0,71% 3,72% 2,99%
2067 3,70% 3,72% 0,66% 2,99% 0,71% 3,70% 2,99%
2068 3,69% 3,72% 0,63% 2,99% 0,70% 3,72% 2,99%
2069 3,67% 3,70% 0,59% 2,99% 0,69% 3,72% 2,99%
2070 3,64% 3,68% 1,26% 2,99% 0,67% 3,72% 2,99%
2071 3,69% 3,71% 1,90% 2,99% 0,69% 3,70% 2,99%
2072 3,68% 3,71% 1,82% 2,99% 0,70% 3,68% 2,99%
2073 3,67% 3,70% 1,78% 2,99% 0,69% 3,71% 2,99%
2074 3,65% 3,69% 1,73% 2,99% 0,68% 3,71% 2,99%
2075 3,62% 3,66% 1,69% 2,99% 0,65% 3,70% 2,99%
2076 3,66% 3,68% 1,66% 2,99% 0,67% 3,69% 2,99%
2077 3,68% 3,70% 1,63% 2,99% 0,69% 3,66% 2,99%
2078 3,68% 3,70% 1,62% 2,99% 0,69% 3,68% 2,99%
2079 3,66% 3,68% 1,61% 2,99% 0,67% 3,70% 2,99%
2080 3,63% 3,65% 1,60% 2,99% 0,64% 3,70% 2,99%
2081 3,69% 3,69% 1,58% 2,99% 0,68% 3,68% 2,99%
2082 3,71% 3,70% 1,55% 2,99% 0,69% 3,65% 2,99%
2083 3,70% 3,70% 1,55% 2,99% 0,69% 3,69% 2,99%
2084 3,68% 3,68% 1,54% 2,99% 0,67% 3,70% 2,99%
2085 3,64% 3,65% 1,51% 2,99% 0,64% 3,70% 2,99%
2086 3,72% 3,70% 1,47% 2,99% 0,69% 3,68% 2,99%
2087 3,72% 3,71% 1,43% 2,99% 0,70% 3,65% 2,99%
2088 3,71% 3,71% 1,42% 2,99% 0,70% 3,70% 2,99%
2089 3,68% 3,69% 1,39% 2,99% 0,68% 3,71% 2,99%
2090 3,65% 3,67% 1,36% 2,99% 0,66% 3,71% 2,99%
2091 3,72% 3,72% 1,50% 2,99% 0,71% 3,69% 2,99%
2092 3,72% 3,74% 1,46% 2,99% 0,72% 3,67% 2,99%
2093 3,72% 3,74% 1,45% 2,99% 0,73% 3,72% 2,99%
2094 3,70% 3,73% 1,43% 2,99% 0,72% 3,74% 2,99%
2095 3,67% 3,70% 1,40% 2,99% 0,69% 3,74% 2,99%
2096 3,76% 3,76% 1,38% 2,99% 0,75% 3,73% 2,99%
2097 3,77% 3,78% 1,33% 2,99% 0,77% 3,70% 2,99%
2098 3,77% 3,78% 1,32% 2,99% 0,77% 3,76% 2,99%
2099 3,75% 3,76% 1,30% 2,99% 0,75% 3,78% 2,99%
2100 3,71% 3,72% 1,27% 2,99% 0,71% 3,78% 2,99%
Fonte: SRGPS/MPS.
Elaboração a partir de dados da Grade de Parâmetros SPE/MF de 27/03/2023 (taxa de crescimento real do PIB, deflator e taxa de inflação ―
INPC acumulado) para o período entre 2023 e 2027.

57
Tabela 5.2 ― Evolução da receita, despesa e necessidade de financiamento do RGPS (em R$ mi
correntes e em % do PIB) ― 2023/2100

Despesa / Necessidade Necessidade


Exercício Receita Receita / PIB Despesa PIB
PIB de Fin. de Fin. / PIB

2023 580.719 5,42% 857.631 8,01% 276.913 2,59% 10.711.558


2024 613.367 5,33% 918.658 7,99% 305.291 2,65% 11.502.469
2025 646.279 5,24% 959.523 7,79% 313.244 2,54% 12.322.019
2026 680.114 5,20% 1.005.440 7,69% 325.326 2,49% 13.083.006
2027 714.563 5,14% 1.057.427 7,61% 342.864 2,47% 13.889.412
2028 750.227 5,11% 1.111.322 7,57% 361.094 2,46% 14.684.177
2029 787.218 5,10% 1.177.905 7,64% 390.686 2,53% 15.425.421
2030 825.602 5,10% 1.239.543 7,65% 413.941 2,56% 16.195.583
2031 865.246 5,09% 1.304.391 7,68% 439.145 2,58% 16.990.899
2032 906.399 5,09% 1.382.019 7,76% 475.620 2,67% 17.817.308
2033 949.077 5,08% 1.453.221 7,78% 504.143 2,70% 18.675.256
2034 993.285 5,08% 1.528.021 7,81% 534.736 2,73% 19.564.720
2035 1.039.024 5,07% 1.618.191 7,90% 579.166 2,83% 20.485.471
2036 1.086.238 5,07% 1.701.195 7,94% 614.957 2,87% 21.434.647
2037 1.135.166 5,06% 1.788.803 7,98% 653.637 2,92% 22.418.916
2038 1.185.739 5,06% 1.894.864 8,08% 709.125 3,03% 23.437.609
2039 1.237.933 5,05% 1.993.253 8,14% 755.320 3,08% 24.490.051
2040 1.291.720 5,05% 2.096.562 8,20% 804.842 3,15% 25.575.455
2041 1.347.342 5,05% 2.220.264 8,32% 872.922 3,27% 26.695.492
2042 1.404.837 5,04% 2.338.860 8,40% 934.023 3,35% 27.853.468
2043 1.464.238 5,04% 2.463.222 8,48% 998.984 3,44% 29.050.101
2044 1.525.519 5,04% 2.605.985 8,60% 1.080.466 3,57% 30.285.284
2045 1.588.640 5,03% 2.748.078 8,71% 1.159.438 3,67% 31.558.479
2046 1.653.862 5,03% 2.897.950 8,82% 1.244.089 3,78% 32.871.317
2047 1.721.347 5,03% 3.062.373 8,95% 1.341.025 3,92% 34.230.118
2048 1.791.074 5,03% 3.229.269 9,06% 1.438.195 4,04% 35.634.234
2049 1.862.985 5,02% 3.403.626 9,18% 1.540.641 4,15% 37.083.083
2050 1.936.996 5,02% 3.591.905 9,31% 1.654.909 4,29% 38.575.881
2051 2.013.457 5,02% 3.784.833 9,43% 1.771.376 4,42% 40.115.282
2052 2.092.442 5,02% 3.983.013 9,55% 1.890.571 4,53% 41.707.437
2053 2.173.803 5,01% 4.189.962 9,67% 2.016.160 4,65% 43.351.121
2054 2.257.428 5,01% 4.403.934 9,78% 2.146.506 4,77% 45.045.508
2055 2.343.183 5,01% 4.627.911 9,89% 2.284.728 4,88% 46.788.636
2056 2.431.910 5,00% 4.898.550 10,08% 2.466.639 5,08% 48.590.333
2057 2.523.402 5,00% 5.184.020 10,27% 2.660.618 5,27% 50.453.722
2058 2.617.697 5,00% 5.482.664 10,47% 2.864.967 5,47% 52.379.287
2059 2.714.774 4,99% 5.792.364 10,65% 3.077.591 5,66% 54.365.123
2060 2.814.512 4,99% 6.115.882 10,84% 3.301.370 5,85% 56.407.050
(continua)

58
Tabela 5.2 ― Evolução da receita, despesa e necessidade de financiamento do RGPS (em R$ mi
correntes e em % do PIB) ― 2023/2100

Necessidade Necessidade
Exercício Receita Receita / PIB Despesa Despesa / PIB PIB
de Fin. de Fin. / PIB

2061 2.918.572 4,99% 6.458.508 11,04% 3.539.936 6,05% 58.527.446


2062 3.026.460 4,98% 6.831.728 11,25% 3.805.268 6,27% 60.725.968
2063 3.138.080 4,98% 7.231.680 11,48% 4.093.600 6,50% 63.000.085
2064 3.253.284 4,98% 7.657.694 11,72% 4.404.410 6,74% 65.346.740
2065 3.371.932 4,98% 8.073.179 11,91% 4.701.247 6,94% 67.763.095
2066 3.496.477 4,97% 8.419.571 11,98% 4.923.094 7,00% 70.285.075
2067 3.625.793 4,97% 8.728.920 11,97% 5.103.126 7,00% 72.902.682
2068 3.759.544 4,97% 9.046.669 11,96% 5.287.125 6,99% 75.611.433
2069 3.897.452 4,97% 9.372.149 11,95% 5.474.697 6,98% 78.408.320
2070 4.039.254 4,97% 9.773.838 12,02% 5.734.584 7,05% 81.290.091
2071 4.188.125 4,97% 10.257.726 12,17% 6.069.601 7,20% 84.302.408
2072 4.342.282 4,97% 10.757.221 12,30% 6.414.939 7,34% 87.426.876
2073 4.501.571 4,97% 11.275.638 12,44% 6.774.067 7,47% 90.662.060
2074 4.665.820 4,96% 11.813.624 12,57% 7.147.804 7,60% 94.005.110
2075 4.834.623 4,96% 12.372.935 12,70% 7.538.313 7,74% 97.446.029
2076 5.011.755 4,96% 12.954.887 12,82% 7.943.132 7,86% 101.035.443
2077 5.195.945 4,96% 13.559.638 12,94% 8.363.693 7,98% 104.769.661
2078 5.386.959 4,96% 14.191.199 13,06% 8.804.241 8,10% 108.643.980
2079 5.584.145 4,96% 14.850.652 13,18% 9.266.507 8,23% 112.645.904
2080 5.786.622 4,96% 15.538.649 13,31% 9.752.027 8,35% 116.756.094
2081 6.000.367 4,96% 16.255.714 13,43% 10.255.348 8,47% 121.064.317
2082 6.222.849 4,96% 17.001.477 13,54% 10.778.628 8,59% 125.546.312
2083 6.453.172 4,96% 17.781.657 13,66% 11.328.485 8,70% 130.185.883
2084 6.690.491 4,96% 18.594.664 13,78% 11.904.174 8,82% 134.970.522
2085 6.934.125 4,96% 19.439.013 13,90% 12.504.888 8,94% 139.890.615
2086 7.191.847 4,96% 20.314.322 14,00% 13.122.475 9,05% 145.066.960
2087 7.459.426 4,96% 21.220.228 14,10% 13.760.802 9,15% 150.449.004
2088 7.736.113 4,96% 22.164.348 14,21% 14.428.236 9,25% 156.024.959
2089 8.021.141 4,96% 23.144.551 14,31% 15.123.410 9,35% 161.784.878
2090 8.313.744 4,96% 24.160.970 14,41% 15.847.225 9,45% 167.715.671
2091 8.623.275 4,96% 25.255.853 14,52% 16.632.578 9,56% 173.961.981
2092 8.944.437 4,96% 26.390.412 14,62% 17.445.975 9,67% 180.461.063
2093 9.276.946 4,96% 27.573.615 14,73% 18.296.669 9,77% 187.206.234
2094 9.620.318 4,95% 28.803.234 14,83% 19.182.916 9,88% 194.186.424
2095 9.973.476 4,95% 30.080.353 14,94% 20.106.877 9,98% 201.374.973
2096 10.348.051 4,95% 31.406.132 15,03% 21.058.081 10,08% 208.950.315
2097 10.738.658 4,95% 32.775.620 15,11% 22.036.963 10,16% 216.855.665
2098 11.143.871 4,95% 34.201.827 15,20% 23.057.956 10,25% 225.063.596
2099 11.561.653 4,95% 35.682.919 15,28% 24.121.266 10,33% 233.536.086
2100 11.990.079 4,95% 37.218.228 15,36% 25.228.149 10,41% 242.233.339
Fonte: SRGPS/MPS.
Elaboração a partir de dados da Grade de Parâmetros SPE/MF de 27/03/2023 (taxa de crescimento real do PIB, deflator e taxa de inflação ― INPC
acumulado) para o período entre 2023 e 2027.

59
REFERÊNCIAS

ANSILIERO, G.; COSTANZI, R. N.; FERNANDES, A. Z. A cobertura previdenciária segundo a PNAD Contínua:
uma proposta de mensuração da proporção de protegidos entre ocupados e idosos residentes no
país. Ipea, Brasília, 2019 (Texto para Discussão n. 2469).

CGEET – Coordenação-Geral de Estudos Previdenciários. Evolução da proteção previdenciária no Brasil


2016 – 2019. Informe de Previdência Social, v. 33, n. 3, 2021.

ELANDT-JOHNSON, R.; JOHNSON, N. Survival models and data analysis. New York, Wiley, 1999.

IAA – International Actuarial Association. International Standard of Actuarial Practice - ISAP 1: general
actuarial practice. Ottawa: IAA, 2018.

ILO - International Labour Office; ISSA - International Social Security Association. Guidelines on Actuarial
Work for Social Security. Genebra: ILO, 2016

IYER S. Matemática Atuarial de Sistemas de Previdência Social. Coleção Previdência Social, v. 16, 2002).

LUNDQUIST, J. H. et al. Demography: the study of human population. Long Grove, Waveland Press, 2015.

PRESTON, S. H. HEUVELINE, P.; GUILLOT, M. Demography: measuring and modeling population process.
Oford: Blackwell Publishing, 2001.

RIBEIRO, A. J. F. ET AL. Tábuas de mortalidade dos aposentados por invalidez pelo Regime Geral da
Previdência Social – 1999-2002. Revista Brasileira de Estudos Populacionais, v. 24, n.1, p. 91-108,
2007.

RIBEIRO, A. J. F.; REIS, E. A.; BARBOSA, H. B. Construção de tábuas de mortalidade de inválidos por meio
de modelos estatísticos bayesianos. Revista Brasileira de Estudos Populacionais, v. 27, n. 2, p. 317-
331, 2010.

SANTOS C. F. ET AL. Longevidade dos aposentados e duração das aposentadorias por idade. Brasília:
Informe de Previdência Social, janeiro, 2020.

SOARES, A. S. D. Nota metodológica: novos parâmetros para o dimensionamento da cobertura


previdenciária e assistencial no Brasil. Informe de Previdência Social, v. 33, n. 2, 2021.

SOUZA, M. C. M. Um Estudo sobre a Mortalidade dos Aposentados Idosos do Regime Geral de


Previdência Social do Brasil no período de 1998 a 2002. UFMG: Dissertação de Mestrado, 2009.

THOMAS, R. K. Concepts, methods and pratical applications in applied demography: an introductory


textbook. Cham, Springer, 2018.

WILBERT, M. D.; LIMA, D. V.; GOMES, M. M. F. O Impacto da Utilização de Diferentes Tábuas de


Mortalidade nas Estimativas de Pagamento de Benefícios no RGPS, Revista Brasileira de Risco e
Seguros, v.8, n.16, p. 19-40, 2013.

60
ANEXO I – Lista de siglas e abreviaturas

Notação Descrição

𝛂 Conjunto de benefícios temporários


𝛃 Conjunto de benefícios permanentes
𝐏𝐈𝐀
𝐏𝐬,𝐢,𝐭 população em idade ativa (PIA)
𝐏𝐄𝐀
𝐏𝐬,𝐢,𝐭 população economicamente ativa (PEA)
𝐎𝐜𝐮𝐩
𝐏𝐬,𝐢,𝐭 população ocupada
𝐒𝐞𝐠𝐄𝐬𝐩
𝐏𝐬,𝐢,𝐭 segurados especiais do RGPS
𝐒𝐞𝐠
𝐏𝐬,𝐢,𝐭 segurados urbanos do RGPS
𝛍𝐏𝐄𝐀
𝐬,𝐢,𝐭 taxa de participação de trabalho
𝐎𝐜𝐮𝐩
𝛍𝐬,𝐢,𝐭 taxa de ocupação no mercado de trabalho
𝐒𝐞𝐠𝐄𝐬𝐩
𝛍𝐬,𝐢,𝐭 taxa de cobertura de segurados especiais do RGPS
𝑺𝒆𝒈
𝝁𝒔,𝒊,𝒕 taxa de cobertura de segurados urbanos do RGPS
𝐒𝐞𝐠𝐄𝐬𝐩
𝐏𝐬,𝐢,𝐭 subpopulação de segurados especiais do RGPS
𝐒𝐞𝐠
𝐏𝐬,𝐢,𝐭 subpopulação de segurados urbanos do RGPS
quantidade de benefícios associados a beneficiários com idade i no
𝛃𝐄𝐬,𝐢,𝐭 ano t (posição em 31/12)

𝛃𝐪𝐬,𝐢,𝐭 probabilidade de óbito específica

𝛃𝐂𝐨𝐬,𝐢,𝐭 quantidade de concessões (fluxo) de benefícios

𝛃𝛒𝐬,𝐢,𝐭 taxa de concessão de benefício

∝𝛅𝐬,𝐢,𝐭 relação entre concessão e estoque de benefícios

∝𝛟𝐬,𝐢,𝐭 taxa de pertencimento ou de geração de auxílios


𝛗𝐭 taxa de fecundidade
diferencial médio entre as idades de homens segurados ativos
𝐢𝐝𝐡
geradores de pensões e de seus filhos(as)

diferencial médio entre as idades de mulheres seguradas ativas


𝐢𝐝𝐦
geradoras de pensões e de seus filhos(as)

𝐝𝐡𝐦 diferencial de idade entre cônjuges


𝐎𝐜𝐮𝐩 rendimento médio da subpopulação ocupada
𝛚𝐬,𝐢,𝐭
𝛈𝐭 taxa de crescimento real dos rendimentos do trabalho
𝐎𝐜𝐮𝐩 massa salarial da subpopulação ocupada
𝐖𝐬,𝐢,𝐭

61
𝐒𝐞𝐠
𝛚𝐬,𝐢,𝐭 rendimento médio dos segurados contribuintes urbanos do RGPS

𝛚𝐦𝐢𝐧
𝐭 valor monetário do SM
̅̅̅̅̅̅̅
𝝎𝒎𝒊𝒏 taxa de crescimento do SM
𝒕

𝐑𝐞𝐜𝐭 receitas previdenciárias


𝐒𝐞𝐠
𝐖𝐭 massa salarial dos segurados contribuintes urbanos do RGPS

𝛑𝐭 alíquota efetiva média

𝛙 proporção dos salários na renda total da economia


̅̅̅̅̅̅̅̅̅
𝑶𝒄𝒖𝒑 taxa de crescimento da massa salarial da subpopulação ocupada
𝑾𝒕

𝐘̅𝐭 taxa de crescimento do PIB

𝐘𝐭 Produto Interno Bruto - PIB


)
𝛃𝛗𝐭 valores dos benefícios

𝛃𝛌𝐭 taxa de reajuste (em termos reais) dos benefícios

𝛃𝛗𝐭 valores dos benefícios no piso previdenciário/assistencial

𝛃𝐕𝐜𝐨𝐬,𝐢,𝐭 valor médio mensal (em R$) de concessões de benefícios

𝛃𝛉𝐬,𝐢,𝐭 taxa de reposição média dos benefícios concedidos

𝛃𝐒𝐁𝐬,𝐢,𝐭 salário de benefício médio nas concessões de benefícios

𝛃𝐃𝐬,𝐢,𝐭 Despesa previdenciária/assistencial


quantidade média de parcelas pagas aos novos beneficiários no
𝛃𝐧 𝐭
ano de concessão
∝𝛇𝐬,𝐢,𝐭 duração esperada do benefício (em meses)

AEPS Anuário Estatístico da Previdência Social


Aiva Aposentadoria por Incap. Permanente (natureza acidentária)
Aivp Aposentadoria por Incap. Permanente (natureza previdenciária)

Apid Aposentadoria Por Idade

Atce Aposentadoria Especial


Atcn ATC (B-42)
Atcp ATC Professor (B-46)
Axaa Auxílio-Acidente (natureza previdenciária)
Axap Auxílio-Acidente (natureza previdenciária)
Axda Auxílio por Incap. Temporária (natureza acidentária)

Axdp Auxílio por Incap. Temporária (natureza previdenciária)

62
Axre Auxílio-Reclusão
BGU Balanço Geral da União
BID Banco Interamericano de Desenvolvimento
Bpcdef BPC/Loas Pessoa com Deficiência
Bpcido BPC/Loas Pessoa Idosa
EC Emenda Constitucional
IAA International Actuarial Association
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
ISAP International Standard of Actuarial Practice
ISSA International Social Security Association
ME Ministério da Economia
MPS Ministério do Trabalho e Previdência
OIT Organização internacional do Trabalho
PEC Proposta de Emenda Constitucional
PLDO Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias
Ppma Pensão por Morte (natureza acidentária)
Ppmp Pensão por Morte (natureza previdenciária)
RGPS Regime Geral de Previdência Social
Rmv RMV Idade e Invalidez40
RREO Relatório Resumido de Execução Orçamentária
Rur benefícios da clientele rural
Salm Salário-Maternidade
SM Salário mínimo
SPE Secretaria de Política Econômica
SRGPS Secretaria de Regime Geral de Previdência Social
STN Secretaria do Tesouro Nacional
TCU Tribunal de Contas da União
Urb benefícios da clientele urbana
w idade máxima dos grupos etários

40
A Renda Mensal Vitalícia (RMV) encontra-se em extinção desde 1996 (alteração do Art. 40 da Lei nº 8.742/1993).
Assim, não existem novas concessões desse benefício.
63
ANEXO II – Descrição dos dados utilizados

Parâmetros Definição Fonte de dados

𝑷𝒔,𝒊,𝒕
Projeções para a população brasileira, elaboradas pela
𝒕 População brasileira
ONU para o período entre 2010 a 2100;41
= 𝟐𝟎𝟏𝟎, … , 𝟐𝟏𝟎𝟎

𝒒𝒔,𝒊,𝒕 Probabilidade de Projeções de tábuas de mortalidade para a população


𝒕 óbito da população brasileira, elaboradas pela ONU para o período entre 2010
= 𝟐𝟎𝟏𝟎, … , 𝟐𝟏𝟎𝟎 brasileira a 2100;

𝝋𝒕 Taxa de Projeções de taxa de fecundidade para a população


𝒕 fecundidade da brasileira, elaboradas pela ONU para o período entre 2010
= 𝟐𝟎𝟏𝟎, … , 𝟐𝟏𝟎𝟎 população brasileira a 2100;

𝛍𝐏𝐄𝐀
𝐬,𝐢,𝐭 Taxa de
Calculadas pela relação entre a população economicamente
participação no
ativa (PEA) sobre a população, ambas obtidas a partir da
𝒕 mercado de
PNADC/IBGE 2016-2019;
= 𝟐𝟎𝟏𝟔, … , 𝟐𝟎𝟏𝟗 trabalho

𝐎𝐜𝐮𝐩
𝛍𝐬,𝐢,𝐭
Taxa de ocupação Calculadas pela relação entre a população ocupada
no mercado de (conceito expandido) sobre a PEA, ambas obtidas a partir da
𝒕 trabalho PNADC/IBGE 2016-2019;
= 𝟐𝟎𝟏𝟔, … , 𝟐𝟎𝟏𝟗

𝐒𝐞𝐠𝐄𝐬𝐩
𝛍𝐬,𝐢,𝐭
Taxa de cobertura Calculadas pela relação entre o total de segurados especiais
de segurados do RGPS e a população ocupada (conceito expandido),
𝒕 especiais do RGPS ambos obtidas a partir da PNADC/IBGE 2016-2019;
= 𝟐𝟎𝟏𝟔, … , 𝟐𝟎𝟏𝟗

𝐒𝐞𝐠
𝛍𝐬,𝐢,𝐭 Calculadas pela relação entre o total de Contribuintes
Taxa de cobertura
pessoas físicas do RGPS (disponível no Anuário Estatístico da
de segurados
𝒕 Previdência Social - AEPS) e a população ocupada (conceito
urbanos do RGPS
= 𝟐𝟎𝟏𝟔, … , 𝟐𝟎𝟏𝟗 expandido) obtida a partir da PNADC/IBGE 2016-2019;

𝐎𝐜𝐮𝐩
𝛚𝐬,𝐢,𝐭 rendimento médio
𝒕 da subpopulação Calculados a partir da PNADC/IBGE 2016-2019;
= 𝟐𝟎𝟏𝟔, … , 𝟐𝟎𝟏𝟗 ocupada

41
As informações referem-se às projeções da população no ponto médio de cada ano (30 de junho).
64
𝐒𝐞𝐠 rendimento médio
𝛚𝐬,𝐢,𝐭
dos segurados
𝒕 Calculados a partir da PNADC/IBGE 2016-2019;
contribuintes urbanos
= 𝟐𝟎𝟏𝟔, … , 𝟐𝟎𝟏𝟗 do RGPS

𝛚𝐦𝐢𝐧
𝐭
𝒕 Salário Mínimo SM vigente em cada ano segundo a legislação;
= 𝟐𝟎𝟏𝟔, … , 𝟐𝟎𝟐𝟐

𝜷𝑬𝒔,𝒊,𝒕 Dados de registros administrativos de 2011 a 2019:


Estoque de
𝒕 correspondente à quantidade de benefícios por idade
benefícios
= 𝟐𝟎𝟏𝟏, … , 𝟐𝟎𝟏𝟗 simples do beneficiário em cada ano (posição em 31/12);

𝜷𝑫𝒔,𝒊,𝒕 Dados de registros administrativos de 2011 a 2019:


𝒕 Benefícios cessados correspondente às cessações de benefícios (por óbito) por
= 𝟐𝟎𝟏𝟏, … , 𝟐𝟎𝟏𝟗 idade simples do beneficiário em cada ano;

𝜷𝑪𝒐𝒔,𝒊,𝒕 Dados de registros administrativos de 2011 a 2019:


Benefícios
𝒕 correspondente às concessões de benefícios por idade simples
concedidos
= 𝟐𝟎𝟏𝟏, … , 𝟐𝟎𝟏𝟗 do beneficiário em cada ano;

Diferencial médio de Estimativa de 4 anos a partir de análise de dados a partir


𝐃𝐡𝐦
idade entre cônjuges da PNADC/IBGE 2016-2019;

𝑹𝒆𝒄𝒕
Receita Refere-se ao conceito de arrecadação Líquida do RGPS, com
𝒕 previdenicária valores obtidos a partir do Fluxo de Caixa do FRGPS;
= 𝟐𝟎𝟏𝟏, … , 𝟐𝟎𝟏𝟗

65
ANEXO III – Hipóteses de projeção (cenário base)

Hipóteses de Projeção Descrição

Hipótese de que a taxa de participação a partir de 2020 é


𝛍𝐏𝐄𝐀
𝐬,𝐢,𝐭 estimada como igual à média dos valores computados no
𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟎
período entre 2016 e 2019;

𝐎𝐜𝐮𝐩 Hipótese de que a taxa de ocupação a partir de 2020 é


𝛍𝐬,𝐢,𝐭
estimada como igual à média dos valores computados no
𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟎 período entre 2016 e 2019;

𝐒𝐞𝐠𝐑𝐮𝐫 Hipótese de que a taxa de cobertura de segurados especiais


𝛍𝐬,𝐢,𝐭
do RGPS a partir de 2020 é igual à média dos valores
𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟎 computados no período entre 2016 e 2019;

𝐒𝐞𝐠 Hipótese de que a taxa de cobertura de segurados urbanos


𝛍𝐬,𝐢,𝐭
do RGPS a partir de 2020 é igual à média dos valores
𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟎 computados no período entre 2016 e 2019;
Hipótese de que a taxa de concessão de benefícios a partir
de 2020 é igual à média dos valores computados no período
entre 2011 e 2019 para os benefícios urbanos e
𝛃𝛒𝐬,𝐢,𝐭 assistenciais; e à média do período entre 2016 e 2019 para
os benefícios rurais. Destaca-se que, no caso das
𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟎
aposentadorias urbanas, tal padrão de concessões é tratado
no modelo a fim de incorporar as novas regras de acesso
estabelecidas pela EC 103/2019 (ver Anexo III);
Hipótese de que a probabilidade de óbito específica de cada
coorte de beneficiários do RGPS possui trajetória
𝛃𝐪𝐬,𝐢,𝐭 descendente no mesmo ritmo das projeções da ONU para a
𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟎 população brasileira, mas com diferenciais de níveis para
cada subpopulação beneficiária, conforme computado para
o período 2012-2019 (Anexo IV);

Hipótese de relação entre concessão e estoque de


benefícios igual à média dos valores computados no
∝𝛅𝐬,𝐢,𝐭
período entre 2011 e 2019 para os benefícios urbanos e à
𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟎
média do período entre 2016 e 2019 para os benefícios
rurais;

66
Hipóteses de Projeção Descrição

Hipótese de taxa de pertencimento ou de geração de


∝𝛟𝐬,𝐢,𝐭 auxílios igual à média dos valores computados no período
𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟎 entre 2011 e 2019 para os benefícios urbanos e à média do
período entre 2016 e 2019 para os benefícios rurais;

Hipótese de que a taxa de crescimento real do SM nula até


̅̅̅̅̅̅̅
𝝎𝒎𝒊𝒏 =𝟎
𝒕 2026 (de acordo com o publicado na Grade de Parâmetros
da SPE/ME);
𝟐𝟎𝟐𝟑 ≥ 𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟔

̅̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅ Hipótese de que a taxa de crescimento real do SM a partir


𝝎𝒎𝒊𝒏
𝒕 =𝐘 𝐭−𝟐
de 2027 é igual a taxa de crescimento econômico e dois (2)
𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟕 anos anteriores;

Hipótese de que a taxa de crescimento real do PIB seja igual


𝐘̅𝐭
a 2,7% em 2022 e 2,5% entre 2023 e 2026 (de acordo com o
𝟐𝟎𝟐𝟐 ≥ 𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟔 publicado na Grade de Parâmetros da SPE/ME);

Hipótese de que a taxa de reajuste em termos reais de cada


̅̅̅̅̅̅̅
𝜷𝝀𝒕 = 𝝎𝒕
𝒎𝒊𝒏
= benefício seja igual à taxa de crescimento real do SM
𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟎 (hipótese de vinculação entre o piso previdenciário e
assistencial e o SM);

Hipótese de que o valor do piso previdenciário e assistencial


𝜷𝝋𝒕
é igual ao valor do SM projetado para cada ano;
𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟎

Número médio de pagamentos mensais no ano às novas


concessões de benefícios: assume o valor 13/2 para as
𝜷 𝒏𝒕 aposentadorias (benefício com 13ª parcela ou abono anual)
𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟎
e o valor 6 (12/2) para os benefícios assistenciais (benefício
sem 13ª parcela ou abono anual).

Hipótese de diferencial médio entre as idades de homens


𝐢𝐝𝐡 segurados ativos geradores de pensões e de seus filhos(as)
𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟎
no valor de 33 anos;
Hipótese de diferencial médio entre as idades de mulheres
𝐢𝐝𝐦 seguradas ativas geradoras de pensões e de seus filhos(as)
𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟎
no valor de 29 anos;

𝐝𝐡𝐦 Hipótese de diferencial de idade entre cônjuges de 4 anos;


𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟎

67
Hipóteses de Projeção Descrição

𝜼𝒕 = 𝟏, 𝟓% Hipótese de que a taxa de crescimento real médio dos


𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟎 rendimentos do trabalho será de 1,5% ao ano;

𝜷 𝒏𝒕
Hipótese de que o número médio de pagamentos mensais
𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟎 de cada benefício seja igual aos valores de 2019;

𝝉𝒕 = 𝟎 Hipótese de que reajustamento real dos valores de


𝒕 ≥ 𝟐𝟎𝟐𝟎 benefício acima do SM seja igual a zero~;

68
ANEXO IV – Tábuas de mortalidade específicas para os beneficiários do RGPS

Introdução

Anualmente, o IBGE publica, no início do mês de dezembro, a atualização das Tábuas Completas
de Mortalidade (TCM), por sexo e para ambos os sexos, referentes ao ano anterior. Trata-se de
uma divulgação oficial do Governo Federal que tem como objetivo apresentar o grau de exposição
ao risco de óbito ou mortalidade da população brasileira como um todo.

Contudo, para fins de estimativa da duração média dos benefícios do RGPS no modelo de
projeção, o uso das tábuas fornecidas pelo IBGE poderia acabar não refletindo as diferenças
esperadas, em termos do perfil de mortalidade, entre os beneficiários da clientela urbana e rural,
assim como diferenças entre espécies de benefícios, tais como as aposentadorias programadas,
aposentadorias por incapacidade, pensões por morte e BPC. Assim, visando conferir maior
acurácia aos resultados do modelo, foram estimadas probabilidades de óbito específicas para os
aposentados do RGPS, conforme procedimento detalhado a seguir.

Estimativa das taxas de mortalidade

As taxas específicas de mortalidade correspondem ao risco de morte em cada idade ou grupo


etário, sendo obtidas como o quociente entre o total de óbitos, em um determinado ano, em
cada idade ou grupo etário e a população correspondente no meio do ano. Ou seja, x é idade, n
o tamanho do grupo etário, 𝑛𝐷𝑥,𝑡 é o total de mortes no ano, 𝑛𝑃𝑥,𝑚 é a população no meio do
ano (estimativa de pessoas-ano como as pessoas na metade do ano.

Para idades simples, ou seja, grupo etários de tamanho um (n=1) e população com idade x (anos
completos) avaliada no fim do ano t (posição de 31/12) 𝑃𝑥,𝑡 , as taxas de mortalidade 𝛽𝑚𝑠,𝑖,𝑡 foram
estimadas pela aproximação ilustrada pela equação A1, baseada na hipótese de uma mudança
linear no tamanho da população ((CASELLI; VALLIN, 2016; PRESTON ET AL, 2001), em que 𝛽𝐷𝑠,𝑖,𝑡

refere-se ao total de cessações por óbito e 𝛽𝑃𝑠,𝑖,𝑡 refere-se ao estoque de beneficiários do sexo
s, com idade i (anos completos), avaliada no fim do ano t (posição de 31/12).

Foram utilizadas informações agregadas por coortes de sexo do beneficiário (homem/ mulher) e
idade simples (0,100+), com periodicidade anual no período 2011 a 2019. Dentre os tipos de

69
informação, foram obtidas informações sobre estoque (quantidade), de concessões (quantidade)
e cessações (devido à morte e outros motivos42) de diversos grupos de espécie de benefícios.

𝛽 𝐷𝑠,𝑖,𝑡
𝛽 𝑚𝑠,𝑖,𝑡 ≅ 𝛽 𝑀𝑠,𝑖,𝑡 = (A1)
( 𝛽𝑃𝑠,𝑖,𝑡−1 + 𝛽 𝑃𝑠,𝑖+1,𝑡 )/2

𝐷𝑥,𝑡
𝑚𝑥,𝑡 ≅ 𝑀𝑥,𝑡 = (A2)
(𝐶𝑜𝑥,𝑡 − 𝐷𝑥,𝑡 − 𝐶𝑒𝑥,𝑡 )
2

As taxas de mortalidade específicas (m) foram computadas por meio da equação A1 para todos
os benefícios (API, ATC e AIP) e clientelas (rural, urbana total, urbana – piso previdenciário e
urbana – acima do piso) e período entre 2012 e 2017. Observa-se que o ano inicial foi 2012 (e não
2011), uma vez que o cômputo dessas estimativas para determinado ano exige informações do
ano anterior. Já em relação ao intervalo etário das estimativas, esses variaram entre os benefícios.
Para a aposentadoria por idade (API), benefício que possui idade mínima de elegibilidade na
concessão, optou-se pelo cômputo para o intervalo entre a idade mínima e o limite superior do
intervalo (90 anos). Assim, como exemplo, no caso da aposentadoria por idade dos homens
urbanos, a existência da idade mínima de concessão aos 65 anos faz com que inexistam
informações de estoque e cessações por óbito em idades inferiores a essa, assim, as taxas
específicas de mortalidade foram computadas para idades iguais e superiores a 65 anos. Já nos
casos de benefícios sem idade mínima (ATC e AIP), os limites inferiores foram aqueles em que foi
possível computar as taxas de mortalidade para todos os anos do período 2012-2017. Mais
precisamente, a aposentadoria por tempo de contribuição (ATC) urbana de homens (mulheres)
teve limites inferiores das idades fixadas em 50 e 47 anos, para homens e mulheres,
respectivamente, enquanto no caso da aposentadoria por incapacidade permanente (AIP), as
idades foram de 25 e 40 anos, para homens e mulheres, respectivamente.

Ressalta-se que, nos casos da aposentadoria por idade (API), as taxas de mortalidade específicas
para as idades de acesso ao benefício foram calculadas pela equação (A2) (e não pela equação
(A1)), devido à enorme quantidade de concessões nessas idades, assim, visa-se uma aproximação

42
Como, por exemplo, transformação em outra espécie de benefício, identificação de fraudes ou irregularidades,
dentre outros.
70
ao método de cômputo de taxas de mortalidade para grupos abertos, ou seja, quando existe
migração.

Estimativa das probabilidades de óbito

Em demografia, é usual que o denominador das probabilidades seja a população exposta no início
do intervalo, enquanto no caso de taxas seja igual à pessoa-ano de exposição. Este último
conceito pode ser aproximado pela população média exposta no início e no final do ano,
assumindo uma função de sobrevivência linear, se o intervalo de tempo for de um ano.

A fórmula de conversão de m em q é importante quando se calculam os valores iniciais de 𝑚 a


partir de dados. Usualmente, adota-se 𝑛 𝑎𝑥 = 𝑛/2, a partir da hipótese implícita de que as
mortes entre as idades exatas x e x+1 são distribuídas de maneira uniforme ao longo do intervalo
etário). Para o caso particular de idade simples (grupo etário de dimensão um), temos um
estimador para q (CASELLI; VALLIN, 2016), conforme a equação A3. É interessante observar que,
por definição, a diferença entre a taxa e a probabilidade aumenta conforme aumenta o grau de
risco, ou seja, a diferença é mínima quando a probabilidade está abaixo de 1%, mas aumenta
muito rapidamente, com as taxas sendo bastante superiores às probabilidades para idades mais
avançadas.

Essas probabilidades de óbito q inicialmente computadas para as subpopulações de aposentados


serão denominadas brutas.

2. 𝛽 𝑚𝑠,𝑖,𝑡
𝛽𝑞
̂𝑠,𝑖,𝑡 = (A3)
2 + 𝛽 𝑚𝑠,𝑖,𝑡

𝛽 𝑝𝑠,𝑖,𝑡 = 1 − 𝛽𝑞𝑠,𝑖,𝑡 (A4)

Graduação das probabilidades de óbito: o modelo logit-relacional de Brass

Como é comum na estimativa de taxas de mortalidade e probabilidades de óbito a partir de dados


observados, os resultados gerados apresentaram elevadas diferenças entre as idades simples
sucessivas, o que exigiu a implementação de algum mecanismo de suavização/graduação43.

43
A estimação de probabilidades de óbito ajustadas (graduadas/suavizadas) permite, inclusive, a aplicação de outras
funções biométricas usualmente empregadas na elaboração de tábuas de vida/ mortalidade completas, como, por
71
Teoricamente, é esperado que as probabilidades de óbito suavizadas forneçam melhores
informações, visto que refletiriam melhor a variação existente nas verdadeiras e desconhecidas
taxas de mortalidade.44 Na demografia, o processo pelo qual as taxas ou probabilidades de morte
são transformadas a partir de uma série irregular de dados observados em uma série regular
suavizada denomina-se graduação, o qual permite que tanto a mortalidade como outras funções
biométricas calculadas a partir dela apresentem a propriedade de serem suaves (CASTRO, 1997;
RIBEIRO ET AL, 2010).

No caso da graduação da mortalidade, existem diversos métodos que podem ser utilizados. A
literatura especializada é ampla e apresenta como alternativa a utilização de métodos gráficos,
de interpolação ou funções spline, médias-móveis, referência a um padrão e fórmulas
matemáticas, como a de Gompertz, Makeham e Heligman-Pollard (CASTRO, 1997). Os métodos
relacionais baseiam-se em suposições bastante plausíveis sobre a evolução etária das taxas de
mortalidade, permitindo a suavização daquelas estimativas empíricas. Alguns trabalhos utilizam
a abordagem bayesiana no processo de graduação de taxas de mortalidade, na qual a estimação
estatística dos parâmetros desconhecidos parte do conhecimento inicial (distribuição a priori)
sobre os parâmetros estudados (RIBEIRO ET AL, 2010).

O denominado modelo relacional de Brass consiste num sistema flexível de dois parâmetros para
modelar tábuas de mortalidade, elaborado a partir da descoberta de que uma transformação logit
das probabilidades de óbito ou sobrevivência de tábuas distintas tornaria a relação entre as essas
probabilidades transformadas aproximadamente linear. Tal aproximação é próxima o suficiente
para garantir o uso dessa relação para estudar e modelar taxas de mortalidade observadas. Assim,
o sistema de modelos é denominado relacional, na medida em que é baseado numa
transformação matemática da probabilidade de óbito (𝑞𝑥 ) ou da função de sobrevivência
específica da idade (𝑙𝑥 ), a qual permite estabelecer relações entre as duas tábuas distintas a partir
de uma equação simples.

Segundo Preston et al (2001), a estimação dos parâmetros do modelo de mortalidade relacional


de Brass pode ser descrita conforme a seguir. Seja 𝑞𝑥𝑠 a probabilidade de óbito antes da idade x

exemplo, o número médio de anos de vida restante na idade exata i de um indivíduo que sobreviveu até essa idade
i (esperança de vida a partir da idade i) ( 𝛽𝑒𝑠,𝑖,𝑡 ).
44
A existência de mudanças bruscas entre as probabilidades de óbito de idades consecutivas acarretaria o
distanciamento da hipótese teórica de que essas deveriam ser próximas.
72
na tábua de mortalidade padrão e 𝑞𝑥 a probabilidade de óbito antes da idade x na população
estudada, parâmetros 𝛼 e 𝛽 e 𝜀 o termo de erro da seguinte equação:

𝑌𝑥 = 𝛼 + 𝛽. 𝑌𝑥𝑠 + 𝜀𝑥 (A5)

1 𝑞𝑥𝑠
𝑌𝑥𝑠 = 𝑙𝑜𝑔𝑖𝑡(𝑞𝑥𝑠 ) = . 𝑙𝑛 [ ] (A6)
2 1 − 𝑞𝑥𝑠

1 𝑞𝑥
𝑌𝑥 = 𝑙𝑜𝑔𝑖𝑡(𝑞𝑥 ) = . 𝑙𝑛 [ ] (A7)
2 1 − 𝑞𝑥

Em linhas gerais, o sistema possui dois parâmetros: um que captura diferenças no nível de
mortalidade entre as populações (𝛼) e outro que captura a variação entre populações na relação
entre mortalidade na infância e na idade adulta (𝛽), ambos os quais podem ser estimados pelo
método dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO). Observe que caso 𝛽 seja igual a 1, eventuais
mudanças no parâmetro 𝛼 levarão ao aumento ou diminuição das probabilidades de óbito em
todas as idades, assim, a forma da tábua será a mesma, mas com níveis distintos. Caso 𝛼 seja 0 e
𝛽 varie, devemos esperar que as tábuas resultantes não possuam a mesma forma, tendo
cruzamento entre elas. Conforme esperado, mudanças simultâneas de 𝛼 e 𝛽 devem provocar
mudanças tanto em nível como na forma das probabilidades de óbito geradas, e por
consequência, nas demais funções biométricas.

Portanto, a partir de um conjunto de probabilidade de óbito definidos de uma tábua padrão (𝑞𝑥𝑠 ),
qualquer série de novas probabilidades podem ser geradas a partir da estimativa dos pares de
valores 𝛼 e 𝛽. Logo, a equação acima pode ser usada para gerar tábuas de vida a partir de uma
tábua padrão considerada apropriada.45

Uma decisão crucial na implementação desse tipo de método é a escolha da tabela de vida
padrão, na medida em que, potencialmente, qualquer tábua poderia ser utilizada. No caso de
países que não possuem tábuas confiáveis para suas populações, são comumente utilizadas

45
Além da modelagem de Brass, existem outros sistemas alternativos que também podem desempenhar função
semelhante a partir de abordagens distintas. O chamado sistema logit modificado propõe uma alteração no modelo
logit relacional a partir da introdução de dois parâmetros adicionais específicos de idade, os quais visam ajustar os
níveis de mortalidade/ sobrevivência tanto de crianças de idades inferiores a cinco anos como de adultos em idades
avançadas. A estimação de parâmetros adicionais visa capturar com maior acurácia o impacto da mortalidade na
infância e na velhice, reduzindo a ocorrência de β diferente de 1 para modelar a relação estrutural entre os padrões
de mortalidade como um todo. Outro modelo alternativo consiste no sistema log-quadrático, o qual se baseia em
parâmetros derivados dos dados de mortalidade do Banco de Dados de Mortalidade Humana, e dois parâmetros (h
e k) a partir dos quais o modelo as estimativas empíricas de mortalidade são ajustadas.
73
tábuas para outros períodos ou até mesmo de países com características demográficas
semelhantes. Além da utilização do modelo relacional para graduação das probabilidades de
óbito observadas para determinada população, tal modelo também pode ser utilizado para
projeção da mortalidade.

No caso em questão, foi escolhida como tábua padrão a publicada pelas Nações Unidas (ONU)
para o Brasil. Tal escolha resultou da necessidade de maior horizonte temporal para as projeções
populacionais e das tábuas de mortalidade tendo em vista às diretrizes internacionais de aferição
do horizonte temporal de cerca de 75 anos para as projeções previdenciárias. Atualmente, as
projeções do IBGE estão disponíveis somente até 2060, enquanto as da ONU se estendem até
2100. No entanto, as tábuas publicadas consistem em versões abreviadas, ou seja, por grupos
etários quinquenais. Assim, para a aplicação do modelo relacional, foi necessário procedimento
de desabreviação dessas tábuas para as probabilidades de óbito por idade simples, o que se deu
por meio da aplicação do método de Elandt-Johnson (ELANDT-JOHNSON, JOHNSON; 1999).

A implementação do método deu-se da seguinte forma. Primeiramente, foram computadas as


transformações logit das probabilidades de óbito extraídas da tábua padrão (ONU) por meio da
equação (A6) e das probabilidades de óbito brutas das subpopulações estudadas por meio da
equação (A7). Em segundo lugar, foram estimadas 198 regressões conforme a equação (A5), por
meio do software R, de maneira que o método foi aplicado para cada benefício, clientela, sexo e
ano (2012-2020).46 Conforme descrito anteriormente, os parâmetros 𝛼 (captura diferenças no
nível de mortalidade entre as populações) e 𝛽 (captura a variação entre populações na relação
entre mortalidade na infância e na idade adulta) foram estimados pelo método MQO. Por fim, a
partir da estimativa dos pares de valores 𝛼 e 𝛽 em cada regressão, foram geradas novas
probabilidade de óbito ajustadas. Portanto, a implementação sistemática do método logit-
relacional de Brass permitiu a graduação (suavização) das curvas de probabilidades de óbito de
todos as subpopulações estudadas, gerando, assim, as probabilidades de óbito ajustadas.

Ainda que tenham sido calculadas probabilidade de óbito para o ano de 2020, optou-se por
utilizar informações até 2019, por ser o ano mais recente em que se observou relativa estabilidade
no patamar das probabilidades. No caso de 2020, foram observadas grandes mudanças em

46
No caso da aposentadoria por incapacidade permanente (AIP) dos homens, ainda que a idade mínima em que foi
possível computar as taxas de mortalidades tenha sido 25 anos, as taxas brutas entre 25 e 40 anos acabaram
apresentando variabilidade demasiadamente grande, decorrente do baixo número da população exposta ao risco,
assim, para as regressões desse benefício foi utilizado a idade de 40 anos como limite inferior do intervalo etário.
74
relação ao período anterior, decorrentes, em larga medida, dos efeitos da pandemia de Covid-19
sobre a população brasileira, em especial sobre a mortalidade dos idosos.

Em relação às projeções das probabilidades de óbito específicas, foi calculado o distanciamento


médio de 2011 a 2019, em termos percentuais, entre as probabilidades específicas e as da
população. Para se obter as probabilidades de óbito específicas estimadas, tais fatores foram
aplicados sobre as projeções das probabilidades de óbito da população brasileira para as próximas
décadas. Logo, a dinâmica da intensidade e velocidade de redução das probabilidades de óbito é
fornecida pelos dados demográficos da ONU, no entanto, tais valores são ajustados em termos
de nível, a partir das diferenças aferidas entre as probabilidades de óbito da população como um
todo e das subpopulações beneficiárias do RGPS no passado recente (2011-2019). Em outras
palavras, caso tenha sido mensurada uma exposição ao risco de morte maior (ou menor) para
determinada subpopulação de beneficiários no passado recente (comparativamente ao risco da
população), esse diferencial é mantido constante ao longo do tempo, por hipótese, e aplicado às
projeções das tábuas para a população como um todo.

75
Anexo IV
Metas Fiscais
IV.6 – Avaliação Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos
Servidores Civis
(Art. 4º, § 2º, inciso IV, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000)

Relatório da Avaliação Atuarial do


Regime Próprio de Previdência Social -
RPPS da União

(Servidores, Aposentados e Pensionistas dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário) 1

1
Constam dos Anexos XVIII a XX deste Relatório os Balanços Atuariais e respectivas Notas Técnicas Atuariais,
relativos às projeções dos benefícios dos policiais civis e dos policiais e bombeiros militares do Distrito Federal,
considerando somente as regras de inatividade, conforme provisões matemáticas elaboradas por solicitação da
Secretaria do Tesouro Nacional.

1
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 5
ELEMENTOS DA AVALIAÇÃO ATUARIAL .................................................................................................. 6
BASE NORMATIVA ................................................................................................................................... 6
Plano de Benefícios: critérios de elegibilidade, cálculo e reajustamento dos benefícios....................... 6
BASES TÉCNICAS ATUARIAIS .................................................................................................................... 7
Regimes Financeiros e Métodos de Financiamento ............................................................................... 7
Hipóteses Atuariais e Premissas .............................................................................................................. 8
BASE CADASTRAL................................................................................................................................... 15
Poder Executivo ..................................................................................................................................... 16
Poder Legislativo ................................................................................................................................... 17
Poder Judiciário ..................................................................................................................................... 17
Ministério Público ................................................................................................................................. 18
PLANO DE CUSTEIO ............................................................................................................................... 18
RESULTADOS DA AVALIAÇÃO ATUARIAL ............................................................................................... 18
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 25
ANEXOS ................................................................................................................................................. 27
ANEXO I - GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS....................................................................................... 28
ANEXO II: BALANÇO ATUARIAL CONSOLIDADO - TODOS OS PODERES - GRUPO FECHADO ................. 31
ANEXO III-A: PROJEÇÕES ATUARIAIS DO RPPS DA UNIÃO - GRUPO FECHADO..................................... 33
ANEXO III-B: PROJEÇÕES ATUARIAIS DO REGIME DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES CIVIS DA UNIÃO -
GRUPO FECHADO (SEM REPOSIÇÃO DE SERVIDORES) .......................................................................... 38
ANEXO IV: PROJEÇÕES ATUARIAIS DAS REMUNERAÇÕES E BENEFÍCIOS - GRÁFICO ............................ 43
ANEXO V: FINANCIAMENTO DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS - GRÁFICO ...................................... 44
ANEXO VI: EVOLUÇÃO DO DÉFICIT FINANCEIRO – GRÁFICO ................................................................ 45
ANEXO VII: ANÁLISE DE SENSIBILIDADE - TAXA DE JUROS .................................................................... 46
ANEXO VIII: ANÁLISE DE SENSIBILIDADE – MÉTODO DE FINANCIAMENTO .......................................... 48
ANEXO IX: ANÁLISE DE SENSIBILIDADE – TÁBUA DE ENTRADA EM INVALIDEZ .................................... 50
ANEXO X: ANÁLISE DE SENSIBILIDADE – COMPOSIÇÃO FAMILIAR ....................................................... 52
ANEXO XI: DATA DE APOSENTADORIA DOS “SERVIDORES IMINENTES” (QUE JÁ PODEM REQUERER A
APOSENTADORIA) ................................................................................................................................. 54
ANEXO XII: SERVIDORES CONSIDERADOS COMO APOSENTADOS ........................................................ 55
ANEXO XIII: FLUXOS DE RECEITAS E DESPESAS - “RISCOS IMINENTES” ................................................ 56
2
ANEXO XIV: PROJEÇÕES CONSIDERANDO A PREMISSA DE REPOSIÇÃO DOS SERVIDORES .................. 59
ANEXO XV: TESTE DE ADERÊNCIA DAS HIPÓTESES BIOMÉTRICAS ........................................................ 70
Introdução ............................................................................................................................................. 71
Teste de Aderência e Adequação das Tábuas Biométricas ................................................................... 72
Metodologias de Testes: Conceitos e Aplicações ................................................................................. 74
Dados e Procedimentos ........................................................................................................................ 78
Análises de Aderência das Tábuas Biométricas .................................................................................... 81
Considerações e Proposições ................................................................................................................ 94
ANEXO XVI: NOTA TÉCNICA ATUARIAL RPPS UNIÃO............................................................................. 96
Modalidade dos Benefícios Assegurados pelo RPPS e Estrutura dos Benefícios. Critérios de Elegibilidade
97
Bases Técnicas Atuariais. Regime Financeiro, Hipóteses Atuariais e Premissas ................................... 97
Regimes Financeiros por Benefício Desdobrado por Fase de Cobertura e Método de Financiamento
101
Formulações Matemáticas .................................................................................................................. 102
Principais Simbologias Utilizadas e Descrições ................................................................................... 108
ANEXO XVII-A: REGRAS PARA CONCESSÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÃO - RPPS DA UNIÃO - APÓS
EC N° 103/2019 ................................................................................................................................... 112
ANEXO XVII-B: REGRAS PARA CONCESSÃO DE APOSENTADORIAS - RPPS DA UNIÃO - DIREITO
ADQUIRIDO ATÉ A EC N° 103/2019 ..................................................................................................... 115
ANEXO XVIII: POLICIAIS CIVIS E MILITARES DO DF - DEMONSTRATIVOS DAS PROVISÕES MATEMÁTICAS
129
ANEXO XIX: NOTA TÉCNICA ATUARIAL DOS POLICIAIS CIVIS - FCDF ................................................... 141
Objetivo ............................................................................................................................................... 142
Modalidade dos Benefícios Assegurados pelo RPPS e Estrutura dos Benefícios. Critérios De
Elegibilidade. ....................................................................................................................................... 142
Bases Técnicas Atuariais. Regime Financeiro, Hipóteses Atuariais e Premissas. ................................ 142
Regimes Financeiros por Benefício Desdobrado por Fase de Cobertura e Método de Financiamento
146
Formulações Matemáticas .................................................................................................................. 147
Principais Simbologias Utilizadas e Descrições ................................................................................... 153
ANEXO XX: NOTA TÉCNICA ATUARIAL - POLICIAIS E BOMBEIROS MILITARES - FCDF ......................... 157
Objetivo ............................................................................................................................................... 158
Modalidade dos Benefícios Assegurados pelo RPPS e Estrutura dos Benefícios. Critérios de
Elegibilidade. ....................................................................................................................................... 158

3
Bases Técnicas Atuariais. Regime Financeiro, Hipóteses Atuariais e Premissas. ................................ 158
Regimes Financeiros por Benefício Desdobrado por Fase de Cobertura e Método de Financiamento
164
Formulações Matemáticas .................................................................................................................. 164
Principais Simbologias Utilizadas e Descrições ................................................................................... 169

4
INTRODUÇÃO
1. Este Relatório tem por objetivo apresentar os resultados da Avaliação Atuarial do Regime Próprio de
Previdência Social - RPPS dos servidores civis, aposentados e pensionistas da União, posicionada em 31 de
dezembro de 2022, data focal para o cálculo do valor atual dos compromissos futuros do plano de benefícios,
das necessidades de custeio e apuração do resultado atuarial.

2. O art. 40 da Constituição Federal de 1988 assegura aos servidores titulares de cargos efetivos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (incluídas suas autarquias e fundações), regime de
previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do ente público e dos servidores civis,
aposentados e pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

3. A Lei n° 9.717, de 27 de novembro de 1998, dispõe sobre as regras gerais para a organização e
funcionamento dos RPPS dos entes federativos, e determina no art. 1º que esses regimes devem observar
normas gerais de contabilidade e atuária de modo a garantir o equilíbrio financeiro e atuarial. Na forma
prevista no inciso I deste artigo, os RPPS devem ainda realizar avaliação atuarial inicial e em cada balanço,
utilizando-se parâmetros gerais, estabelecidos para a sua organização e para a revisão do plano de custeio.

4. Em seu art. 9º, a Lei n° 9.717/1998 atribui à União, por intermédio da Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho - SEPRT do Ministério da Economia, na redação dada pela Lei n° 13.846/2019, a
competência para exercer a orientação, supervisão e acompanhamento dos RPPS, bem como para o
estabelecimento e publicação de parâmetros e diretrizes gerais para os regimes. Tais competências são
atualmente exercidas pela Secretaria de Regime Próprio e Complementar do Ministério da Previdência Social,
conforme Decreto nº 11.356/2023. No que se refere às avaliações e reavaliações atuariais dos RPPS, esses
parâmetros gerais estão definidos na Portaria MTP n° 1.467, de 02 de junho de 2022.

5. Em razão da inexistência, na esfera federal, de órgão ou entidade gestora única, na forma do art. 40,
§ 20, da Constituição Federal, apesar de já terem sido iniciadas as medidas que visam a sua implementação,
todas as etapas da avaliação atuarial do RPPS da União vem sendo realizadas pela Secretaria de Regime Próprio
e Complementar2, em atendimento à solicitação da Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do
Planejamento e Orçamento, com a finalidade de integrar anexo do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias
- PLDO, conforme previsto no art. 4º, § 2º, inciso IV, alínea “a”, da Lei Complementar n° 101, de 04 de maio de
2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal)3.

6. De igual forma, a avaliação atuarial do RPPS da União atende a demandas da Secretaria do Tesouro
Nacional - STN do Ministério da Fazenda para o reconhecimento contábil dos valores das provisões
matemáticas previdenciárias no Balanço Geral da União e elaboração do demonstrativo das projeções
atuariais do RPPS, que acompanha o Relatório Resumido de Execução Orçamentária do 6º bimestre de cada
exercício, na forma prevista pelo art. 53, § 1º, II, da Lei Complementar n° 101/2000.

2
E pelos órgãos que a antecederam na estrutura do extinto Ministério do Trabalho e Previdência.

3
Para o PLDO 2024 tal solicitação foi formalizada por meio do Ofício SEI n° 736/2023/MPO da Diretoria de Assuntos
Fiscais da Secretaria de Orçamento Federal, datado de 16 de março de 2023.

5
ELEMENTOS DA AVALIAÇÃO ATUARIAL
7. Os três elementos nos quais se alicerça a elaboração de uma avaliação atuarial são: a base normativa,
a base técnica atuarial e a base cadastral.

8. A base normativa do RPPS da União se fundamenta no art. 40 da Constituição Federal, nas alterações
promovidas pelas Emendas Constitucionais - EC n° 20/1998, 41/2003, 47/2005, 70/2012, 88/2015 e 103/2019,
e pela legislação infraconstitucional, em especial, a Lei Complementar n° 51/1985, Lei Complementar n°
152/2015, Lei n° 9.717/1998, Lei n° 10.887/2004, Lei n° 12.618/2012 e a Lei n° 8.112/1990.

9. Os parâmetros técnicos e os elementos mínimos da base cadastral encontram-se definidos pela


Portaria MTP n° 1.467/2022.

BASE NORMATIVA

Plano de Benefícios: critérios de elegibilidade, cálculo e reajustamento dos


benefícios
10. Foram avaliados os benefícios de aposentadorias e pensões por morte, previstos no art. 40 da
Constituição Federal e na legislação referida na seção anterior, com suas respectivas regras de elegibilidade,
permanentes e de transição4. No Anexo XVI - “Nota Técnica Atuarial RPPS União”, são apresentadas, em quadro
resumo, as especificações dos critérios de concessão, cálculo e reajustamento dos benefícios.

11. Na estimativa da data provável de aposentadoria dos servidores sujeitos às regras de transição,
adotou-se a premissa de que tais servidores optarão por cumprir os requisitos exigidos para se aposentar com
paridade e integralidade.

12. A forma de cálculo do valor do benefício e o critério de reajustamento dependem da regra de


elegibilidade em que o servidor se enquadrar, considerando o seguinte:

a) aos servidores admitidos antes da Emenda Constitucional nº 41/2003 é assegurado um benefício de


aposentadoria equivalente ao valor integral da remuneração de seu cargo, mantendo a paridade com os
reajustes concedidos aos que continuam em atividade;

b) os servidores admitidos após a Emenda Constitucional nº 41/2003 e até o dia imediatamente anterior ao
início de vigência do regime de previdência complementar terão suas aposentadorias do RPPS calculadas na
forma prevista nas regras transitórias ou de transição da EC nº 103/2019. Nesta avaliação atuarial considerou-
se que esses servidores se aposentarão na primeira elegibilidade, assim, conforme a idade provável de
aposentadoria, foi calculado o valor do benefício e adotado o maior valor entre a média aritmética simples

4
Destaca-se que não foi considerado no cálculo atuarial o custeio do benefício especial para os servidores que fizeram
opção pelo regime de previdência complementar previsto no art. 3º da Lei n° 12.618/2012, em razão deste não deter
natureza jurídica previdenciária e sim compensatória, conforme Parecer n° 00093/2018/DECOR/CGU/AGU, de 27 de
dezembro de 2018, e não ser de responsabilidade do RPPS, conforme § 2º do art. 9º da Emenda Constitucional n°
103/2019. O Parecer citado foi aprovado pela Presidência da República no Parecer n° JL 03, de 18/5/2020, tendo efeito
vinculante na Administração Federal, conforme § 1º do art. 10 da Lei Complementar n° 73/1993.

6
dos salários de contribuição e a média ajustada pelo tempo de contribuição (60% mais 2% para cada ano que
exceda 20 anos de contribuição), sendo, em ambos os casos, o benefício reajustado mediante índice de
inflação;

c) os servidores admitidos a partir da data de instituição do regime de previdência complementar (04 de


fevereiro de 2013, para os servidores dos Poderes Executivo e Legislativo; e 14 de outubro de 2013, para os
servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União) ou os servidores que fizeram a opção por esse
regime, considerou-se que terão suas aposentadorias calculadas conforme a alínea “b”, limitadas ao valor
máximo de benefícios pagos pelo Regime Geral de Previdência Social - RGPS, com reajustamento pelo índice
de inflação.

BASES TÉCNICAS ATUARIAIS

Regimes Financeiros e Métodos de Financiamento


13. Embora, atualmente, o pagamento dos benefícios e o recebimento de contribuições se processem em
regime financeiro de repartição simples (orçamentário), nesta avaliação atuarial foi aplicado o regime
financeiro de capitalização, para a aferição dos compromissos do RPPS em relação aos benefícios de
aposentadoria e pensão, em conformidade com o previsto no inciso I e parágrafo único do art. 30 da Portaria
MTP n° 1.467/2022.

14. O regime financeiro de capitalização, nos termos do Anexo VI da Portaria MTP n° 1.467/2022, é aquele
no qual o valor atual de todo o fluxo de contribuições futuras, acrescido ao patrimônio do plano, é igual ao
valor atual de todo o fluxo de pagamento de benefícios futuros, fluxo este considerado até sua extinção e para
todos os benefícios cujo evento gerador venha a ocorrer no período futuro dos fluxos, requerendo o regime,
pelo menos, a constituição: a) de provisão matemática de benefícios a conceder até a data prevista para início
do benefício, apurada de acordo com o método de financiamento estabelecido; e b) de provisão matemática
de benefícios concedidos para cada benefício do plano a partir da data de sua concessão.

15. Quanto à metodologia de financiamento, informa-se que, até a avaliação atuarial com data focal de
31/12/2020, foi utilizada a metodologia designada por método ortodoxo. Referida metodologia considera,
como custo normal, o valor atuarial anual das contribuições, obtido mediante a aplicação das alíquotas de
contribuição, instituídas em lei, sobre o valor atuarial das remunerações, percebidas no ano, que integram a
base de cálculo da contribuição.

16. Para o cálculo das provisões matemáticas previdenciárias dos servidores civis da União, posicionadas
em 31/12/2021, foi utilizado, no horizonte prospectivo, a técnica do valor presente atuarial e o método de
financiamento de Crédito Unitário Projetado. A alteração da metodologia teve por finalidade atender às
recomendações do Acórdão n° 1.463/2020-TCU/Plenário do Tribunal de Contas da União, que se refere à
Norma Brasileira de Contabilidade - NBC TSP 15, de 18 de outubro de 2018, a qual, em seu item 69, estabelece
que deve ser adotado o método de Crédito Unitário Projetado (Projected Unit Credit - PUC), em consonância
com a Norma Internacional de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (IPSAS) 39 - Employee Benefits.

17. Em referido cálculo, foi utilizado o método atuarial de financiamento Crédito Unitário Projetado que
considerava a data de ingresso no ente federativo (PUC-e). Na época, este método encontrava-se disciplinado
em instrução normativa, a IN 4/2018. Atualmente, encontra-se previsto no Anexo VI da Portaria MTP n° 1.467/
2022. Pelo art. 19 deste anexo, que trata do PUC-e, entende-se que o Tempo de Serviço Total (TST)
7
é determinado pelo número de períodos anuais de contribuição que deverá corresponder à diferença, em
anos, entre a data de elegibilidade ao benefício e a data de ingresso do segurado no ente federativo como
servidor titular de cargo efetivo. O mesmo anexo prevê, em seu art. 20, uma outra modalidade de Crédito
Unitário Projetado, a qual se baseia na data de entrada no plano de benefícios (PUC-p).

18. Considerando que ambas as modalidades de Crédito Unitário Projetado não suprem as
recomendações constantes no Acórdão n° 1.464/2022-TCU/Plenário do Tribunal de Contas da União, quanto
à adoção de providências para que os serviços prestados nos períodos correntes e anteriores, em outros
regimes de previdência aos quais os servidores se submeteram, sejam considerados no cálculo da Provisão
Matemática referente aos benefícios a conceder do RPPS, em consonância com o disposto no item 59 da NBC
TSP 15, nesta Avaliação Atuarial, com data focal em 31/12/2022, embora ainda não normatizado pelo
Ministério da Previdência Social, conforme estabelecido pelo art. 9º da Lei n° 9.717/98, é empregado o método
de financiamento atuarial Crédito Unitário Projetado em que o TST é calculado com base na data de vinculação
ao primeiro regime previdenciário oficial, tratado neste Relatório como método PUC-a.

19. O Anexo VIII deste Relatório contém a análise de sensibilidade dessa mudança do método PUC-e para
o método PUC-a, conforme extrato da Nota SEI nº 6/2023/COAAT/CGACI/SRPPS/SPREV-MTP, objeto do
Processo SEI n° 10133.101554/2022-95.

Hipóteses Atuariais e Premissas


20. A escolha das hipóteses e premissas utilizadas nesta avaliação atuarial foi fundamentada no relatório
final e nos relatórios dos subgrupos criados no âmbito do Grupo de Trabalho5, que teve por objetivo avaliar e
aperfeiçoar as metodologias de apuração do resultado financeiro e atuarial do RPPS dos servidores públicos
civis da União.

21. O Grupo de Trabalho desenvolveu estudos, com base nos dados do SIAPE e de outras fontes,
destinados a subsidiar simulações sobre eventos que pudessem resultar em impactos e orientar na escolha
das premissas mais adequadas, avaliando a aderência das hipóteses e premissas até então utilizadas no cálculo
atuarial do RPPS da União. Os estudos e as análises, realizados conjuntamente por técnicos do antigo
Ministério do Trabalho e Previdência e de diversas secretarias dos então Ministérios da Fazenda e
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, com apoio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA,
fundamentaram a tomada de decisões para a alteração de algumas das principais premissas e hipóteses,
implementadas a partir da avaliação atuarial do exercício de 2018, com data focal em 31/12/2017.

22. Foi efetuado também um estudo complementar, por meio de grupo de trabalho criado por meio da
Portaria n° 31, de 16 de agosto de 2019, datada de 19 de agosto de 2019, pela então, naquele momento,
Secretaria de Previdência. Este, teve o objetivo de avaliar o modelo de projeções atuariais do Regime Próprio
de Previdência Social – RPPS dos servidores civis da União, visando a recepção de estudos e sugestões no
modelo utilizados, para atender à necessidade do aperfeiçoamento contínuo do modelo em que se deve
contemplar a adequabilidade do método utilizado, aderência das hipóteses adotadas e a razoabilidade dos

5
Os relatórios produzidos por esse Grupo de Trabalho, criado por meio da Portaria Conjunta n° 01, de 13 de abril de
2017, podem ser consultados em https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/rpps/demonstrativos/grupo-de-
trabalho-resultado-financeiro-e-atuarial-do-rpps-da-uniao.

8
impactos de possíveis alterações a serem realizadas. Foram designados membros de vários órgãos e entidades
não governamentais da área, dentre elas, Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal - SGDP, Secretaria
de Política Econômica - SPE, Secretaria do Tesouro Nacional - STN, Instituto de Pesquisa Aplicada - IPEA,
Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados - CONOF, Instituto Fiscal
Independente - IFI/SF, Associação Nacional dos Auditores Fiscais - ANFIP, Instituto Brasileiro de Atuária - IBA.
Além desse Grupo, foram promovidas diversas interações com a SGDP visando a melhoria das bases cadastrais.

23. Nesta avaliação atuarial, com data focal em 31/12/2022, foram adotadas as mesmas hipóteses
utilizadas na avaliação anterior, à exceção da tábua de entrada em invalidez e da taxa de juros de desconto.

24. Assim, considerando as disposições do art. 33 da Portaria MTP n° 1.467/2022, segundo o qual devem
ser eleitas as hipóteses biométricas, demográficas, econômicas e financeiras adequadas às características da
massa de segurados e beneficiários do RPPS para o correto dimensionamento dos compromissos futuros do
plano de benefícios, na seção seguinte serão descritas as hipóteses atuariais e demais parâmetros
considerados na avaliação atuarial, com base nas descrições constantes da Nota SEI n°
15/2022/COAAT/CGACI/SRPPS/SPREV-MTP do Processo SEI n° 10133.101554/2022-95.

Tábuas biométricas

25. Foram utilizadas as seguintes tábuas biométricas:

a) sobrevivência de válidos e inválidos: Tábua específica dos servidores civis da União elaborada pelo IPEA,
segregada por sexo e por escolaridade do cargo.

b) sobrevivência dos aposentados: Tábua específica dos servidores civis da União elaborada pelo IPEA,
segregada por sexo e com escolaridade nível médio.

c) sobrevivência dos pensionistas: Tábua mortalidade geral IBGE 2021 - extrapolada a partir da idade de 80
anos, por sexo.

d) entrada em invalidez: Tábua específica dos servidores civis da União elaborada pelo IPEA, segregada por
sexo e por escolaridade do cargo.

Expectativa de reposição de servidores

26. Em atendimento ao previsto no art. 33 do Anexo VI da Portaria MTP n° 1.467/2022 e na Nota Técnica
n° 12/2016/CGACI/DRPSP/SPPS/MF, considerou-se, primeiramente, para a avaliação atuarial posicionada em
31/12/2022, o conceito de grupo fechado, ou seja, sem a reposição de servidores que substituirão os que
saírem por aposentadoria, dado que ainda não foram publicados pelo Ministério da Previdência Social
critérios para a utilização da hipótese de reposição de servidores6.

6
As avaliações atuariais dos exercícios de 2012 a 2016 foram processadas com a premissa de novos entrantes, que
comporão as gerações futuras de servidores, no conceito de grupo aberto, à taxa de 100% de reposição (ou 1 por 1).
Significa que era considerada a substituição de cada servidor que se aposente ou faleça, por outro servidor com as
mesmas características cadastrais do servidor substituído. A partir da avaliação atuarial de 2017, com data focal em

9
27. Nos Anexos II a VI são apresentados os resultados e as projeções que derivam das estimativas
utilizadas para determinar os valores das provisões matemáticas registradas no Balanço Geral da União.

28. Em complemento, e com o objetivo de subsidiar análises das projeções de receitas e despesas do RPPS
da União, a presente avaliação atuarial apresenta, também, no Anexo XIV, os resultados e fluxos que
consideram a adoção da hipótese de reposição dos servidores, que substituirão os que saírem por
aposentadoria, para refletir os fluxos de novos servidores e os respectivos compromissos previdenciários, em
consonância com a continuidade dos serviços públicos decorrente da perenidade do Estado. Ressalte-se que,
conforme as normas de atuária dos RPPS, as projeções dos compromissos desses futuros servidores, ainda
não admitidos, não devem impactar o resultado atuarial do regime, pois as estimativas desses compromissos
de novos entrantes não representam efetiva obrigação na data focal da avaliação, mas servem para
prospecção de cenários futuros e suporte para a estruturação de eventuais medidas corretivas para a
sustentabilidade do RPPS.

Rotatividade

29. Não foi utilizada a hipótese de rotatividade de servidores. Esta premissa reflete a expectativa de
demissão ou de pedido de exoneração do cargo efetivo, antes de o servidor se desligar do cargo por motivo
de morte ou de concessão de benefício permanente. O efeito isolado dessa hipótese é que, quanto maior a
rotatividade considerada na avaliação atuarial, menor será o custo para o RPPS. Vale esclarecer que, para a
estruturação dessa hipótese, tem que levar em consideração, de forma conjunta, os efeitos da compensação
previdenciária a pagar, relativa ao período compreendido entre a admissão e a demissão do servidor,
decorrente da contagem recíproca do tempo de contribuição entre os regimes previdenciários obrigatórios,
conforme determinação constitucional.

Composição familiar

30. Os parâmetros relativos à composição familiar congregam: o percentual do valor da obrigação da


pensão concedida, na hipótese de servidores e aposentados que possuem dependentes, quando de seu
falecimento; os percentuais, relativos à cota familiar e por dependente, do valor do benefício de pensão,
considerando a existência de dependentes; a quantidade e as características dos dependentes, especialmente
quanto à diferença etária.

31. Em relação ao percentual de concessão de pensão, para a avaliação atuarial de 2020, posicionada em
31/12/2019, foi considerado, como estimativa do grupo familiar sobrevivente de servidores e aposentados,
um cônjuge com a mesma idade do servidor ou servidora falecidos, computando-se, entretanto, o percentual
de 76,5% da obrigação da respectiva pensão, como forma de se estimar o efeito, nas projeções atuariais,
daqueles servidores que não apresentam dependentes por ocasião de seu falecimento ou que apresentam
apenas dependentes temporários.

31/12/2016, deixou-se de utilizar a premissa de novos entrantes para estimar os impactos com a reposição de servidores,
conforme previsto no § 7º do art. 17 da Portaria MPS n° 403/2008, alterado pela Portaria MPS n° 563/2014. Atualmente,
a utilização dessa hipótese deve observar o previsto no art. 37 da Portaria MTP n° 1.467/2022, e a sua repercussão no
resultado atuarial está pendente da regulação prevista no art. 33 do Anexo VI da referida Portaria.

10
32. No entanto, as análises realizadas pela Coordenação-Geral de Atuária, Contabilidade e Investimentos,
no intuito de explorar a base dos pensionistas advinda do SIAPE, indicaram que 61,9% dos servidores e
aposentados do sexo masculino deixam ao menos um pensionista. Para as servidoras e aposentadas (sexo
feminino), esse percentual é de apenas 22,5% (que deixam ao menos um pensionista). A análise agregada
indicou que 51,8% dos servidores e aposentados, de ambos os sexos, deixam ao menos um pensionista.

33. Uma vez que os estudos ainda são exploratórios e que foi solicitada atualização desses percentuais ao
Ministério do Planejamento e Orçamento, e tendo sido avaliada a sensibilidade dessa premissa, no Anexo X,
conforme estatísticas supracitadas, para se verificar os impactos de sua alteração na avaliação atuarial, foi
mantido o parâmetro de 76,5% na avaliação atuarial de 2023, cujos dados são posicionados na data focal de
31/12/2022.

34. Em relação ao percentual de cotas familiares totais, para a avaliação atuarial de 31/12/2019, foi
definido o percentual de 60% como cota familiar total, para 1 (um) dependente. Esse parâmetro é próximo
dos resultados trazidos no Relatório do Grupo de Trabalho instituído pela Portaria n° 31, de 16 de agosto de
2019, anteriormente citada, que apontou a média de 1,22 dependentes para cada pensão concedida. Apesar
disso, e considerando os resultados trazidos no mesmo Relatório, para a avaliação atuarial de 31/12/2022,
foram adotados os mesmos percentuais utilizados na avaliação atuarial de 2022, que são os seguintes:

a) para as reversões de aposentadorias em pensão, em relação às aposentadorias programadas a


conceder e concedidas e as já concedidas por invalidez: uma cota equivalente a 60% do valor do
benefício de pensão calculado; e

b) para as pensões por morte de servidor em atividade e para as reversões de aposentadorias por
invalidez a conceder: uma cota equivalente a 70% do valor do benefício de pensão a ser calculado,
visto que, há a possibilidade de haver mais de 1 (um) dependente durante a fase laborativa, na
hipótese de casais com filhos.

35. Até a avaliação atuarial com data focal em 31/12/2019, não se considerava diferença etária entre os
servidores e os aposentados em relação a seus respectivos dependentes. Contudo, o Relatório do Grupo de
Trabalho instituído pela Portaria n° 31, de 16 de agosto de 2019, levantou a possibilidade de inadequação
dessa hipótese, na medida em que apontou diferenças etárias onde, em média, os servidores de sexo
masculino apresentaram cônjuge de sexo oposto três anos mais jovem, e os servidores do sexo feminino, um
cônjuge do sexo oposto dois anos mais velho. As estatísticas e análises apresentadas no mesmo Relatório do
GT de 2019 apontaram para diferenças, em média, de 4 anos a mais na idade dos aposentados do sexo
masculino em relação a seu cônjuge, e de 2 anos a menos para os aposentados do sexo feminino em
comparação à idade do respectivo cônjuge.

36. Assim, referida premissa foi alterada, adotando-se a diferença etária de 3 e 2 anos para os servidores
de sexo masculino e feminino e seus respectivos cônjuge de sexo oposto. Para os aposentados a diferença
etária usada na avaliação atuarial passou a ser de 4 e 2 anos para esses segurados de sexo masculino e
feminino, em relação aos seus cônjuges, respectivamente. Os impactos nas provisões atuariais, decorrentes
dessas alterações, encontram-se descritos no Anexo X.

11
Taxa de juros real

37. Foi utilizada a taxa real de juros de 4,61% ao ano, no cálculo dos valores presentes atuariais
(correspondentes ao desconto dos valores futuros de pagamentos de benefícios e de recebimentos de
contribuições), conforme taxa de juros parâmetro de que trata o art. 39 da Portaria MTP n° 1.467/2022.

38. Em atendimento ao § 2º do referido artigo, foi adotada a taxa parâmetro divulgada no art. 4º do Anexo
VII da Portaria MTP n° 1.467/2022, acrescido pela Portaria MTP n° 1.837, de 30 de junho de 2022, adequada
à duração do passivo do RPPS da União de 13,5 anos, apurada no fluxo atuarial da avaliação do exercício
anterior. O detalhamento dos fundamentos para adoção dessa taxa de desconto e de seus impactos consta
do Anexo VII, que trata da análise de sensibilidade dessa premissa.

Taxa real do crescimento da remuneração por mérito e produtividade

39. Para o crescimento da remuneração por mérito, em razão da ausência dessa informação na base de
dados, utilizou-se a taxa de 1% ao ano (mínimo prudencial de crescimento real da remuneração estabelecido
pelo art. 38 da Portaria MTP n° 1.467/2022) como representativa, em cada carreira, do crescimento esperado
da remuneração entre a data da avaliação e a data provável da aposentadoria de cada servidor válido.

40. Não foi utilizada a hipótese de crescimento da remuneração por produtividade, devido à
indisponibilidade de informações que possibilitem definir uma taxa a ser aplicada a todos os servidores.
Importante destacar que, nos benefícios previdenciários calculados pela média, foi utilizada a taxa real de
crescimento da remuneração para descapitalizar o atual salário de contribuição a fim de projetar as
contribuições passadas do segurado, conforme Anexo XVI - Nota Técnica Atuarial do RPPS da União.

Projeção do crescimento real dos benefícios do plano

41. Não foi utilizada a hipótese de crescimento real dos benefícios, devido à indisponibilidade de
informações que possibilitassem aferir, para os benefícios concedidos com paridade, o nível de crescimento
salarial previsto. Com a intenção de promover adequações nessa hipótese, ainda para a avaliação atuarial de
2020, foi questionado à então Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital (SEDGG)
sobre a existência de estudos e informações que pudessem subsidiar uma possível alteração dessa hipótese,
contudo foi informado que não havia estudos relativos ao tema.

Fator de determinação do valor real ao longo do tempo - Taxa de inflação (remunerações e


benefícios)

42. Conforme hipóteses adotadas nas avaliações atuariais, não se considera taxa específica de inflação
nos cálculos atuariais dos valores presentes atuariais e, consequentemente, na elaboração do balanço atuarial,
partindo-se do pressuposto de que todas as variáveis financeiras serão influenciadas pela inflação na mesma
dimensão e período.

43. Entretanto, no caso das projeções atuariais (fluxo de caixa atuarial), com as receitas e despesas
projetadas para cada exercício futuro, são aplicadas taxas de inflação, em conformidade com a Grade de
Parâmetros da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, que também são consideradas nas
projeções do RGPS.

12
Idade de entrada no mercado de trabalho (vinculação a regime previdenciário)

44. Os estudos realizados pelo Grupo de Trabalho instituído pela Portaria Conjunta n° 01, de 13 de abril
de 2017, apontaram para a alteração da idade de entrada no mercado de trabalho de 18 para 25 anos. Nesse
contexto, para depurar a idade de primeira vinculação previdenciária do servidor, adotam-se três critérios:

a) caso a averbação do tempo de serviço resulte na idade de primeiro vínculo, em qualquer regime
previdenciário, menor que 14 anos, tal ocorrência é considerada como erro de cadastro. Assim sendo,
o tempo relativo ao primeiro vínculo é estimado como sendo o tempo decorrido entre a idade de 25
anos e a idade na data da posse no serviço público;

b) caso a averbação do tempo de serviço resulte na idade de primeiro vínculo, em qualquer regime
previdenciário, entre 14 e 25 anos, estima-se o tempo relativo ao primeiro vínculo como sendo o
tempo decorrido entre a idade declarada de início de contribuição e a idade na data da posse no
serviço público;

c) caso a averbação do tempo de serviço resulte na idade de primeiro vínculo, em qualquer regime
previdenciário, superior a 25 anos, estima-se o tempo relativo ao primeiro vínculo pela diferença do
tempo decorrido entre a idade de 25 anos e a idade na data da posse no serviço público.

Compensação previdenciária

45. Embora haja ações no sentido de efetivar a compensação financeira no âmbito do RPPS da União,
ainda não se dispõe de informações suficientes que possibilitem a adoção de um parâmetro seguro para essa
hipótese, motivo pelo qual não foi considerada na avaliação atuarial de 31/12/2022. Espera-se que, com as
tratativas para implementação do órgão ou entidade gestora única, que se iniciaram pela centralização da
concessão dos benefícios do Poder Executivo, seja possível a realização de estudos que possibilitem mensurar
e computar os respectivos montantes a pagar e a receber na avaliação atuarial da União7.

Diferimento de aposentadorias programadas

46. Para os servidores considerados “não iminentes”, ou seja, aqueles que ainda não cumpriram requisitos
para a aposentadoria programada, não foi adotada hipótese de diferimento de aposentadoria. É importante
destacar que não há estudos que possam corroborar o uso desta hipótese. Por este motivo, no caso dos
servidores “não iminentes”, considera-se que todos irão se aposentar no momento em que atingirem a idade
de elegibilidade ao benefício mais vantajoso, na forma das regras previstas na Emenda Constitucional n°

7
Ressalte-se que a Secretaria de Previdência (atual Secretaria de Regime Próprio e Complementar do Ministério da
Previdência Social) já realizou estudos dos tempos de contribuição dos servidores e estimativa preliminar dos valores que
o RPPS da União teria a receber dos demais regimes (Nota Técnica SEI n° 35648/2020/ME, de 27 de agosto de 2020). Uma
extensão desse trabalho envolve projeções de valores a receber e a pagar a título de compensação financeira. A unidade
pretende desenvolver um estudo nesses moldes, pois apresenta relação mais direta com a avaliação atuarial. Uma
restrição importante para o trabalho é a escassez de informações históricas sobre vínculos, remunerações e filiação aos
diferentes regimes de previdência.

13
103/2019. Já para os ingressos após a mesma Emenda Constitucional, considera-se a primeira idade de
elegibilidade.

47. Para os servidores identificados como “iminentes”, ou ainda “riscos iminentes”, considera-se que
estes aguardarão sete anos, contados da data de cumprimento da melhor elegibilidade, para os ingressos até
a EC n° 41/2003; e a primeira idade de elegibilidade para se aposentar, para os ingressos após referida Emenda.

48. As expressões “iminentes” e “riscos iminentes” referem-se aos servidores que já cumpriram os
requisitos de elegibilidade para a aposentadoria e que continuam em atividade, portanto, com direito ao
abono de permanência.

49. A adoção dessa hipótese em relação ao grupo dos “iminentes” tem por objetivo melhorar a
distribuição do fluxo de concessão das aposentadorias, fundamentada em estudos desenvolvidos no Grupo
de Trabalho instituído pela Portaria Conjunta n° 01, de 13 de abril de 2017. Informa-se que, até a avaliação
atuarial do exercício de 2017, considerava-se nos cálculos que todos esses segurados iriam exercer, de
imediato, o direito à aposentadoria, hipótese conservadora, que não vinha se confirmando no decorrer do
tempo, de acordo com a análise a cargo do Grupo de Trabalho. Tal hipótese gerava distorções nas projeções
atuariais, pela superestimação dos valores a serem pagos, especialmente nos primeiros anos.

Salário-mínimo para 2023

50. A Medida Provisória n° 1.143, de 12 de dezembro de 2022, reajustou o valor do salário-mínimo de R$


1.212,00 para R$ 1.302,00, valor utilizado nesta avaliação.

Teto constitucional para remuneração no serviço público federal

51. Em relação ao valor do teto do constitucional para remuneração e benefícios pagos pelo serviço
público federal nos três Poderes da República, em 21 de dezembro de 2022, o Congresso aprovou os seguintes
valores:

• R$ 41.650,92, a partir de 1º de abril de 2023;


• R$ 44.008,52, a partir de 1º de fevereiro de 2024; e
• R$ 46.366,19, a partir de 1º de fevereiro de 2025.

52. Desta forma, e dado as características da ferramenta utilizada para os cálculos atuariais, como teto
constitucional para remuneração no serviço público federal adotou-se o valor de R$ 46.366,19.

Teto do Regime Geral de Previdência Social - RGPS

53. Quanto ao valor do teto dos benefícios do RGPS, aplicado aos servidores sujeitos ao Regime de
Previdência Complementar, foi adotado o valor de R$ 7.612,38, já ajustado pelo INPC de 7,41%, em
consonância com o disposto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023, enviado pelo governo ao
Congresso Nacional em 31 de agosto de 2022.

Alíquotas de contribuição

54. Embora os servidores recolham suas contribuições em conformidade com as alíquotas progressivas
previstas no art. 11 da EC n° 103/2019, aplicadas sobre suas respectivas remunerações de contribuição, para

14
efeito da avaliação atuarial foram consideradas as alíquotas de equilíbrio calculadas pelo método de
financiamento PUC, que representam os encargos previdenciários do servidor e do ente.

55. Quanto à alíquota de contribuição dos aposentados e pensionistas, foram adotadas as alíquotas
progressivas do art. 11 da EC n° 103/2019, aplicadas sobre o valor do provento ou da pensão que exceder o
valor do teto do RGPS.

56. Quanto à alíquota da União (patronal), em conformidade com a Lei n° 10.887/2004, considera-se que
corresponde ao dobro da alíquota calculada para o servidor.

57. O quadro a seguir apresenta as alíquotas progressivas e respectivas faixas de contribuição, reajustadas
conforme a Portaria Interministerial MTP/ME n° 12, de 17 de janeiro de 2022, vigente em 31/12/2022 (data-
focal da avaliação atuarial), ajustadas pelo INPC de 7,41%, em consonância com o disposto no Projeto de Lei
Orçamentária Anual (PLOA) de 2023, enviado pelo governo ao Congresso Nacional em 31 de agosto de 2022,
e considerando-se o valor do salário-mínimo e do teto do RGPS descritos nos itens anteriores.

Faixas de Contribuição (R$) Alíquotas Progressivas

Valor Mínimo Valor Máximo Ente Federativo Servidores Aposentados Pensionistas

0,01 1.302,00 15,0% 7,5% 0,0% 0,0%

1.302,01 2.607,22 18,0% 9,0% 0,0% 0,0%

2.607,23 3.910,83 24,0% 12,0% 0,0% 0,0%

3.910,84 7.612,38 28,0% 14,0% 0,0% 0,0%

7.612,39 13.036,13 29,0% 14,5% 14,5% 14,5%

13.036,14 26.072,24 33,0% 16,5% 16,5% 16,5%

26.072,25 50.840,87 38,0% 19,0% 19,0% 19,0%

50.840,88 44,0% 22,0% 22,0% 22,0%

BASE CADASTRAL
58. As bases de dados cadastrais dos servidores, aposentados e pensionistas foram solicitadas por meio
de ofícios encaminhados pela então Secretaria de Previdência aos órgãos e entidades do Poder Executivo, do
Poder Legislativo, do Poder Judiciário e ao Ministério Público, e recepcionadas pela atual Secretaria de Regime
Próprio e Complementar do Ministério da Previdência Social, em arquivos estruturados no leiaute do Sistema
Previdenciário de Gestão de Regimes Públicos de Previdência Social (SIPREV/Gestão).

15
59. Em consonância com § 1º, do art. 47, da Portaria MTP n° 1.467/2022, os dados da base cadastral dos
servidores, aposentados e pensionistas, usados no cálculo atuarial, estavam posicionados no mês de julho de
2022.

60. A data focal da avaliação foi fixada em 31 de dezembro de 2022, data na qual todos os compromissos
previdenciários apurados encontram-se posicionados, sendo o relatório, demonstrativos e resultados válidos
para o exercício de 2023.

61. As bases de dados são compostas de registros pessoais dos servidores, dependentes, aposentados e
pensionistas (sexo, estado civil, data de nascimento, composição familiar, dentre outros) e de registros
funcionais, retratando: situação atual do servidor; órgão e Poder ao qual se encontra vinculado; data de
ingresso no serviço público; data de ingresso na União; data de exercício no último cargo; tipo de vínculo;
situação funcional (se é professor, policial, magistrado, membro do Ministério Público ou Tribunal de Contas)
e outras da espécie, bem como informações financeiras relacionadas à remuneração, à contribuição ou ao
valor do benefício.

62. Referidas bases foram recebidas na forma de arquivos CSV, em leiaute compatível para sua utilização
em ferramentas e planilhas de cálculo, desenvolvidas por esta Coordenação-Geral de Atuária, Contabilidade e
Investimentos (CGACI), para o processamento da avaliação atuarial.

63. Os quadros seguintes apresentam as estatísticas, elaboradas a partir das bases de dados recebidas,
separadas por sexo e grupo previdenciário (quatro grupos), que totalizaram 1.417.795 segurados,
representados por 645.692 servidores (45,5%), 471.734 aposentados (33,3%) e 300.369 pensionistas (21,2%).

a) Poder Executivo: órgãos abrangidos pelo SIAPE (administrado pela Secretaria de Gestão e Desempenho de
Pessoal do Ministério da Economia), que incluem a Defensoria Pública da União, além da Agência Brasileira de
Inteligência e Banco Central do Brasil, cujas informações são extra-SIAPE.

Poder Executivo

Grupo Descrição Masculino Feminino Geral

Quantidade 289.608 229.635 519.243

Servidores Remuneração média (R$) 11.232,67 9.940,79 10.662,15

Idade média (anos) 48,82 47,35 48,17

Quantidade 199.315 228.880 428.195

Aposentados Provento médio (R$) 10.606,38 8.857,12 9.671,39

Idade média (anos) 73,81 72,32 73,01

Quantidade 17.346 268.874 286.320

Pensionistas Provento médio (R$) 6.134,26 5.982,99 6.004,60

Idade média (anos) 58,05 71,00 70,23

16
b) Poder Legislativo: Senado Federal, Câmara dos Deputados e Tribunal de Contas da União.

Poder Legislativo

Grupo Descrição Masculino Feminino Geral

Quantidade 4.580 2.182 6.762

Servidores Remuneração média (R$) 22.423,24 22.405,57 22.417,53

Idade média (anos) 50,06 48,89 49,68

Quantidade 4.469 4.116 8.585

Aposentados Provento médio (R$) 32.988,88 32.670,39 32.836,14

Idade média (anos) 71,94 70,27 71,14

Quantidade 424 2.928 3.352

Pensionistas Provento médio (R$) 23.323,49 25.664,58 25.369,40

Idade média (anos) 51,86 66,99 65,08

c) Poder Judiciário: Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Superior Tribunal Militar, Tribunal
de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Tribunal Regional Federal, Seções Judiciárias da Justiça Federal,
Tribunais Regionais do Trabalho, Tribunais Regionais Eleitorais, Conselho de Justiça Federal, Conselho Nacional
de Justiça e Conselho Superior da Justiça do Trabalho.

Poder Judiciário

Grupo Descrição Masculino Feminino Geral

Quantidade 52.811 50.743 103.554

Servidores Remuneração média (R$) 13.159,46 13.347,99 13.251,89

Idade média (anos) 48,16 47,17 47,68

Quantidade 11.769 20.603 32.372

Aposentados Provento médio (R$) 20.435,57 19.921,11 20.108,05

Idade média (anos) 70,83 68,24 69,18

Quantidade 1.752 7.953 9.705

Pensionistas Provento médio (R$) 12.727,49 14.842,80 14.461,83

Idade média (anos) 52,30 67,60 64,83

d) Ministério Público da União: Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Ministério Público Federal,
Ministério Público Militar, Ministério Público do Trabalho e Conselho Nacional do Ministério Público.
17
Ministério Público

Grupo Descrição Masculino Feminino Geral

Quantidade 9.076 7.057 16.133

Servidores Remuneração média (R$) 15.276,26 15.437,69 18.965,53

Idade média (anos) 47,00 45,47 46,33

Quantidade 1.036 1.546 2.582

Aposentados Provento médio (R$) 22.350,04 18.863,30 20.260,70

Idade média (anos) 71,05 68,90 69,77

Quantidade 179 813 992

Pensionistas Provento médio (R$) 11.877,50 16.182,28 15.420,80

Idade média (anos) 49,21 66,73 63,57

64. A confiabilidade dos resultados da avaliação atuarial depende da qualidade da base cadastral utilizada.
Para aferir a qualidade e a razoabilidade dos dados utilizados na avaliação atuarial e identificar as correções
ou distorções e as estimativas necessárias, foram realizados testes de consistência, utilizando-se programas e
planilhas eletrônicas como depuradores.

PLANO DE CUSTEIO
65. Foram utilizadas as alíquotas progressivas previstas no art. 11 da EC n° 103/2019. Considerou o plano
de custeio em conformidade com a Lei n° 10.887/2004.

RESULTADOS DA AVALIAÇÃO ATUARIAL


66. O Valor Presente Atuarial dos Benefícios Concedidos e a Conceder apurado foi de R$
1.641.740.266.289,04 (um trilhão e seiscentos e quarenta e um bilhões e setecentos e quarenta milhões e
duzentos e sessenta e seis mil e duzentos e oitenta e nove reais e quatro centavos) e o Valor Presente Atuarial
das Contribuições foi de R$ 237.398.719.951,98 (duzentos e trinta e sete bilhões e trezentos e noventa e oito
milhões e setecentos e dezenove mil e novecentos e cinquenta e um reais e noventa e oito centavos).

67. Assim, resultou-se em um deficit atuarial de R$ 1.404.341.546.337,05 (um trilhão e quatrocentos e


quatro bilhões e trezentos e quarenta e um milhões e quinhentos e quarenta e seis mil e trezentos e trinta e
sete reais e cinco centavos), sem considerar a premissa de reposição dos servidores. No Anexo XIV constam
os resultados e projeções com a adoção dessa premissa.

68. Nos Anexos II, III-A e III-B, encontram-se o Balanço Atuarial, que discrimina tais valores, as projeções
atuariais das receitas, despesas e resultado previdenciário, relativas ao período de 2023 a 2097.

18
69. Faz-se necessário registrar que, até 31/12/2020, as avaliações atuariais do RPPS da União eram
elaboradas com fundamento na metodologia de financiamento designada Método Ortodoxo, que considera
como custo normal o valor das alíquotas de contribuição instituídas em lei multiplicadas pelo valor atual da
folha de remunerações do ano. Na avaliação de 31/12/2021, referida metodologia foi substituída pelo Método
de Crédito Unitário Projetado PUC-e, que considera como custo normal o quociente entre o valor atual de
benefícios a conceder e o número de anos de atividade laborativa, contados entre a data de ingresso na União
e a data provável de aposentadoria, conforme previsto no art. 4º da Instrução Normativa n° 04/2018, vigente
à época, expedida pela Secretaria de Previdência. Nesta avaliação com data focal de 31/12/2022, utilizou-se o
Método de Crédito Unitário Projetado PUC-a, o qual considera como custo normal o quociente entre o valor
atual de benefícios a conceder e o número de anos de atividade laborativa, contados entre a data de
vinculação ao primeiro regime previdenciário oficial e a data provável de aposentadoria.

70. As alterações da metodologia atenderam a recomendações do Acórdão n° 1463/2020-TCU/Plenário


do Tribunal de Contas da União, do Acórdão n° 1464/2022-TCU/Plenário do Tribunal de Contas da União e às
prescrições da Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Público NBC TSP 15.

71. Isto posto, a seguir, apresenta-se o comparativo dos Balanços Atuariais com a evolução do deficit
atuarial, apurado, nas datas focais de 31/12/2020, 31/12/2021 e 31/12/2022, por meio de avaliações atuariais
processadas com a aplicação dos métodos de financiamento Ortodoxo em 31/12/2020, de Crédito Unitário
Projetado PUC-e em 31/12/2021 e de Crédito Unitário Projetado PUC-a em 31/12/2022.

Balanço Atuarial em 31/12/2020, 31/12/2021 e 31/12/2022

RPPS da União - Consolidado - Todos os Poderes

Grupo Fechado (Geração Atual) - Juros: 5,38%; 4,77% e 4,61% a.a.

Em R$

31/12/2020 31/12/2021 31/12/2022


CONTAS DO ATIVO
Juros: 5,38% aa Juros: 4,77% aa Juros: 4,61% aa

Valor Presente Atuarial das Contribuições 418.783.122.120,91 274.534.642.351,50 237.398.719.951,99

Sobre salários 306.837.845.863,52 167.938.026.177,50 144.210.918.761,22

Sobre Benefícios 111.945.276.257,39 106.596.616.174,01 93.187.801.190,76

Deficit Atuarial 1.157.593.142.579,39 1.309.624.241.045,19 1.404.341.546.337,05

Total 1.576.376.264.700,30 1.584.158.883.396,69 1.641.740.266.289,03

CONTAS DO PASSIVO Juros: 5,38% aa Juros: 4,77% aa Juros: 4,61% aa

Valor Presente Atuarial dos Benefícios Concedidos 833.075.830.823,06 855.250.751.480,31 878.367.959.701,91

Aposentadorias 612.110.303.451,98 625.139.085.218,79 632.262.244.397,70

Pensões 220.965.527.371,08 230.111.666.261,52 246.105.715.304,21

Valor Presente Atuarial dos Benefícios a Conceder 743.300.433.877,24 728.908.131.916,38 763.372.306.587,13

19
Aposentadorias 594.475.860.672,58 576.943.543.127,38 601.277.992.775,23

Pensões 148.824.573.204,66 151.964.588.789,00 162.094.313.811,90

Total 1.576.376.264.700,30 1.584.158.883.396,69 1.641.740.266.289,03

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

72. Na sequência, demonstra-se os valores das provisões matemáticas estimados por meio de avaliação
atuarial com data focal em 31/12/2022, com aplicação da taxa de juros de 4,61% a.a., pelo “Método PUC-a",
comparados aos valores da avaliação processada na data focal de 31/12/2021, à taxa de juros de 4,77% a.a.,
pelo “Método PUC-e”.

73. Considerando o “Método PUC-e” como base de comparação, constata-se o acréscimo de R$


64.944.614.943,30 no valor da provisão matemática de benefícios a conceder (conta 2.2.7.2.1.04.00), que,
adicionado à variação positiva na provisão matemática de benefícios concedidos (2.2.7.2.1.03.00), que
independe de métodos de financiamento, no importe de R$ 29.772.690.348,55, impactou no aumento do
deficit atuarial em 7,23%, que corresponde a R$ 94.717.305.291,86, visto que passou de R$
1.309.624.241.045,19 para R$ 1.404.341.546.337,05. Registre-se que, neste caso, o deficit atuarial
corresponde ao total das provisões matemáticas, visto que o valor dos recursos garantidores de benefícios do
RPPS da União é nulo. Confira-se as demais variações no quadro a seguir:

Quadro Comparativo das Provisões Matemáticas

Método PUC-a - 31/12/2022 - Taxa de juros 4,61% a.a.

Método PUC-e - 31/12/2021 - Taxa de juros 4,77% a.a.

Em R$

PUC-a PUC-e
2.2.7.2.0.00.00 PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO AH (%)
31/12/2022 31/12/2021

PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO 1.404.341.546.337,05 1.309.624.241.045,19


2.2.7.2.1.00.00 7,23
- CONSOLIDAÇÃO

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS 819.854.962.511,30 790.082.272.162,75


2.2.7.2.1.03.00 3,77
CONCEDIDOS

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS 878.367.959.701,91 855.250.751.480,31


2.2.7.2.1.03.01 2,70
CONCEDIDOS DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.03 - 45.280.666.587,33 - 51.898.781.626,30 - 12,75
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO PENSIONISTA PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.04 - 13.232.330.603,27 - 13.269.697.691,26 - 0,28
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS A


2.2.7.2.1.04.00 12,50
CONCEDER 584.486.583.825,74 519.541.968.882,44

20
APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS A 763.372.306.587,13 728.908.131.916,38
2.2.7.2.1.04.01 4,73
CONCEDER DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ENTE PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.02 - 96.081.453.654,99 - 101.767.781.391,89 - 5,59
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.03 - 48.129.465.106,23 - 66.170.244.785,61 - 27,26
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO E PENSIONISTA PARA


2.2.7.2.1.04.04 - 34.674.804.000,16 - 41.428.136.856,45 - 16,30
O PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

74. Em complemento ao Quadro Comparativo das Provisões Matemáticas acima, serão apresentados os
resultados de simulações matemáticas, para servirem de subsídio à análise das variações nos valores das
provisões. No primeiro caso, ambas as avaliações atuariais, de 31/12/2021 e de 31/12/2022, foram
reprocessadas pelo método PUC-e, no segundo pelo método PUC-a e, por último, as avaliações foram
elaboradas com a mesma data focal 31/12/2022, sendo uma pelo método PUC-e e outra pelo método PUC-a.
Os resultados obtidos pelas referidas simulações matemáticas foram os seguintes:

• Primeiro caso: Simulação com Método PUC-e nas datas focais 31/12/2021 e 31/12/2022.

75. No quadro a seguir são comparados os valores das provisões matemáticas avaliados pelo “Método
PUC-e”, nas datas focais de 31/12/2022 e 31/12/2021. Constata-se o acréscimo de R$ 19.694.617.823,95 no
valor da provisão matemática de benefícios a conceder (conta 2.2.7.2.1.04.00), que, adicionado à variação
positiva na provisão matemática de benefícios concedidos (2.2.7.2.1.03.00), que independe de métodos de
financiamento, no importe de R$ 29.772.690.348,56, impactou no aumento do deficit atuarial em 3,78%, que
corresponde a R$ 49.467.308.172,51, visto que passou de R$ 1.309.624.241.045,19 para R$
1.359.091.549.217,70. Registre-se que, neste caso, o deficit atuarial corresponde ao total das provisões
matemáticas, visto que o valor dos recursos garantidores de benefícios do RPPS da União é nulo. Confira-se as
demais variações no quadro a seguir:

Quadro Comparativo das Provisões Matemáticas

Simulação: Método PUC-e

Para 31/12/2022: Taxa de juros 4,61% a.a.

Para 31/12/2021: Taxa de juros 4,77% a.a.

Em R$

PUC-e PUC-e
2.2.7.2.0.00.00 PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO AH (%)
31/12/2022 31/12/2021

PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO


2.2.7.2.1.00.00 3,78
- CONSOLIDAÇÃO 1.309.624.241.045,19

21
1.359.091.549.217,70

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS 819.854.962.511,31 790.082.272.162,75


2.2.7.2.1.03.00 3,77
CONCEDIDOS

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS 878.367.959.701,91 855.250.751.480,31


2.2.7.2.1.03.01 2,70
CONCEDIDOS DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.03 - 45.280.666.587,33 - 51.898.781.626,30 - 12,75
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO PENSIONISTA PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.04 - 13.232.330.603,27 - 13.269.697.691,26 - 0,28
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS A 539.236.586.706,39 519.541.968.882,44


2.2.7.2.1.04.00 3,79
CONCEDER

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS A 763.371.931.296,65 728.908.131.916,38


2.2.7.2.1.04.01 4,73
CONCEDER DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ENTE PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.02 - 126.163.542.995,60 - 101.767.781.391,89 23,97
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.03 - 63.297.025.488,86 - 66.170.244.785,61 - 4,34
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO E PENSIONISTA PARA


2.2.7.2.1.04.04 - 34.674.776.105,79 - 41.428.136.856,45 - 16,30
O PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

• Segundo caso: Simulação com Método PUC-a nas datas focais 31/12/2021 e 31/12/2022.

76. O quadro abaixo traz a comparação dos valores das provisões matemáticas avaliados pelo “Método
PUC-a”, nas datas focais de 31/12/2022 e 31/12/2021. Constata-se o acréscimo de R$ 25.150.813.890,13 no
valor da provisão matemática de benefícios a conceder (conta 2.2.7.2.1.04.00), que, adicionado à variação
positiva na provisão matemática de benefícios concedidos (2.2.7.2.1.03.00), que independe de métodos de
financiamento, no importe de R$ 29.772.690.348,55, impactou no aumento do déficit atuarial em 4,07%, que
corresponde a R$ 54.923.504.238,70, visto que passou de R$ 1.349.418.042.098,35 para R$
1.404.341.546.337,05. Registre-se que, neste caso, o deficit atuarial corresponde ao total das provisões
matemáticas, visto que o valor dos recursos garantidores de benefícios do RPPS da União é nulo. Confira-se as
demais variações no quadro a seguir:

22
Quadro Comparativo das Provisões Matemáticas

Simulação: Método PUC-a

Para 31/12/2022: Taxa de juros 4,61% a.a.

Para 31/12/2021: Taxa de juros 4,77% a.a.

Em R$

PUC-a PUC-a
2.2.7.2.0.00.00 PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO AH (%)
31/12/2022 31/12/2021

PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO 1.404.341.546.337,05 1.349.418.042.098,35


2.2.7.2.1.00.00 4,07
- CONSOLIDAÇÃO

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS 819.854.962.511,30 790.082.272.162,75


2.2.7.2.1.03.00 3,77
CONCEDIDOS

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS 878.367.959.701,91 855.250.751.480,31


2.2.7.2.1.03.01 2,70
CONCEDIDOS DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.03 - 45.280.666.587,33 - 51.898.781.626,30 - 12,75
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO PENSIONISTA PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.04 - 13.232.330.603,27 - 13.269.697.691,26 - 0,28
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS A 584.486.583.825,74 559.335.769.935,61


2.2.7.2.1.04.00 4,50
CONCEDER

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS A 763.372.306.587,13 728.908.131.916,38


2.2.7.2.1.04.01 4,73
CONCEDER DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ENTE PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.02 - 96.081.453.654,99 - 85.373.113.304,28 12,54
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.03 - 48.129.465.106,23 - 42.771.111.820,05 12,53
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO E PENSIONISTA PARA


2.2.7.2.1.04.04 - 34.674.804.000,16 - 41.428.136.856,45 - 16,30
O PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

23
• Terceiro caso: Simulação com Método PUC-a e Método PUC-e na data focal 31/12/2022.

77. No seguinte quadro são comparados os valores das provisões matemáticas avaliados pelo “Método
PUC-a” e pelo “Método PUC-e”, na mesma data focal 31/12/2022. Constata-se o acréscimo de R$
45.249.997.119,35 no valor da provisão matemática de benefícios a conceder (conta 2.2.7.2.1.04.00), que,
adicionado à variação nula na provisão matemática de benefícios concedidos (2.2.7.2.1.03.00), que independe
de métodos de financiamento, impactou no aumento do deficit atuarial em 3,33%, que corresponde a R$
45.249.997.119,35, visto que passou de R$ 1.359.091.549.217,70 para R$ 1.404.341.546.337,05. Registre-se
que, neste caso, o deficit atuarial corresponde ao total das provisões matemáticas, visto que o valor dos
recursos garantidores de benefícios do RPPS da União é nulo. Confira-se as demais variações no quadro a
seguir:

Quadro Comparativo das Provisões Matemáticas

Simulação: Método PUC-a e Método PUC-e

Data Focal 31/12/2022: Taxa de juros 4,61% a.a.

Em R$

PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A PUC-a PUC-e


2.2.7.2.0.00.00 AH (%)
LONGO PRAZO 31/12/2022 31/12/2022

PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A 1.404.341.546.337,05


2.2.7.2.1.00.00 1.359.091.549.217,70 3,33
LONGO PRAZO - CONSOLIDAÇÃO

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE 819.854.962.511,30


2.2.7.2.1.03.00 819.854.962.511,31 - 0,00
BENEFÍCIOS CONCEDIDOS

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS
878.367.959.701,91
2.2.7.2.1.03.01 BENEFÍCIOS CONCEDIDOS DO PLANO 878.367.959.701,91 -
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO PARA O


2.2.7.2.1.03.03 - 45.280.666.587,33 - 45.280.666.587,33 -
PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO PENSIONISTA PARA O


2.2.7.2.1.03.04 - 13.232.330.603,27 - 13.232.330.603,27 -
PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE 584.486.583.825,74


2.2.7.2.1.04.00 539.236.586.706,39 8,39
BENEFÍCIOS A CONCEDER

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS
2.2.7.2.1.04.01 BENEFÍCIOS A CONCEDER DO PLANO 763.371.931.296,65 0,00
763.372.306.587,13
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

24
(-) CONTRIBUIÇÕES DO ENTE PARA O PLANO
2.2.7.2.1.04.02 - 96.081.453.654,99 - 126.163.542.995,60 - 23,84
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.03 - 48.129.465.106,23 - 63.297.025.488,86 - 23,96
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO E


2.2.7.2.1.04.04 PENSIONISTA PARA O PLANO - 34.674.804.000,16 - 34.674.776.105,79 -
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

78. Os resultados da avaliação atuarial foram obtidos a partir do uso de técnicas atuariais que possuem
ampla aceitação e consenso técnico em conformidade com os parâmetros estabelecidos nas normas aplicáveis
à elaboração das avaliações atuariais dos RPPS, definidos pela Portaria MTP n° 1.467/2022.

79. Ressalte-se que a precisão dos resultados de uma avaliação atuarial depende fundamentalmente da
consistência dos dados cadastrais e da adequação das premissas e hipóteses utilizadas no cálculo atuarial.
Eventuais inadequações que tenham remanescido na base cadastral, ou quanto a alguma hipótese atuarial,
poderão ser corrigidas à medida que as reavaliações atuariais anuais forem sendo efetuadas e realizados
estudos sobre os seus impactos. Importante observar que o acompanhamento permanente da base cadastral
e das bases técnicas atuariais são atividades típicas de uma Unidade Gestora do RPPS e que, com a sua
implementação, haverá significativos avanços no dimensionamento dos custos e compromissos relativos aos
benefícios do RPPS.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
80. Embora o RPPS da União opere em regime financeiro orçamentário ou de repartição simples, os
valores das obrigações previdenciárias foram avaliados em regime de capitalização, apurando-se resultado
deficitário, para o qual seria necessário definir plano de equacionamento por um dos mecanismos previstos
na Portaria MTP n° 1.467/2022.

81. Reitera-se a importância da criação do órgão ou entidade gestora única, nos termos do § 20, do art.
40, da Constituição Federal e do § 6º, do art. 9º, da Emenda Constitucional n° 103/2019, como passo
importante para que o RPPS da União seja administrado com observância de critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial.

82. São essas as nossas considerações. Submete-se às autoridades superiores para apreciação e
deliberação.

Brasília-DF, 28 de março de 2023.

ALAN DOS SANTOS DE MOURA


Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil - Matrícula 1.538.692

25
BENEDITO LEITE SOBRINHO
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil - Matrícula 0.935.753

Coordenação-Geral de Atuária, Contabilidade e Investimentos - CGACI, em 28 de março de 2023.

1. Ciente. De acordo.

2. À apreciação do Diretor dos Regimes de Previdência no Serviço Público - DRPSP.

LUIZ GONZAGA MADRUGA COELHO FILHO


Coordenador-Geral de Atuária, Contabilidade e Investimentos

Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público - DRPSP, em 28 de março de 2023.

1. Ciente. De acordo.

2. À apreciação do Senhor Secretário de Regime Próprio e Complementar.

ALLEX ALBERT RODRIGUES


Diretor do Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público

Secretaria do Regime Próprio e Complementar - SRPC, em 28de março de 2023.

1. Ciente. De acordo.

2. Encaminhe-se à Diretoria de Assuntos Fiscais da Secretaria de Orçamento Federal, do Ministério do


Planejamento e Orçamento, em atendimento ao Ofício SEI n° 736/2023/MPO, de 16 de março de 2023.

PAULO ROBERTO DOS SANTOS PINTO


Secretário do Regime Próprio e Complementar

26
ANEXOS

Relatório da Avaliação Atuarial do RPPS da União

27
ANEXO I - GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS
Este anexo é integrado pelas seguintes definições básicas dos termos técnicos utilizados neste Relatório da
Avaliação Atuarial:

Atuária. Ciência que, através da matemática financeira atuarial, estuda os riscos e os cálculos envolvidos em
seguros e previdência.

Avaliação Atuarial. Estudo técnico desenvolvido pelo atuário, baseado nas características biométricas,
demográficas e econômicas da população analisada, com o objetivo principal de estabelecer, de forma
suficiente e adequada, os recursos necessários para a garantia dos pagamentos dos benefícios previstos pelo
plano.

Base Cadastral. Banco de dados cadastrais dos servidores públicos utilizado na avaliação atuarial.

Bases Técnicas. Premissas ou hipóteses biométricas, demográficas, econômicas e financeiras utilizadas pelo
atuário na confecção da avaliação atuarial, aderentes aos segurados e às características do plano, observando
os requisitos normativos.

Cálculo Atuarial. Metodologia de cálculo que adota os conceitos das Ciências Atuariais para dimensionamento
dos riscos no setor de seguros e previdência.

Compensação Financeira Previdenciária. Transferência de fundos entre regimes previdenciários, em razão de


contagem recíproca de tempos de contribuição.

Data Focal. A data da avaliação atuarial, utilizada para posicionar o cálculo do valor atual dos compromissos
futuros do plano de benefícios, das necessidades de custeio e para precificação dos ativos e apuração do
resultado atuarial.

Deficit Atuarial. Diferença negativa entre os ativos financeiros acumulados pelo RPPS, na data de avaliação, e
o passivo atuarial, representado pelas reservas (ou provisões) matemáticas previdenciárias.

Deficit Financeiro. Valor da insuficiência financeira entre o fluxo das receitas e o pagamento das despesas do
RPPS em cada exercício financeiro.

Elegibilidade. Corresponde ao cumprimento de todos os critérios definidos na legislação que rege o RPPS
como necessários para obtenção de um benefício previdenciário.

Ente Federativo. Ente público: União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Equilíbrio Atuarial. Garantia de equivalência, a valor presente, entre o fluxo das receitas estimadas e das
obrigações projetadas, apuradas atuarialmente, no longo prazo.

Equilíbrio Financeiro. Garantia de equivalência entre as receitas auferidas e as obrigações do RPPS em cada
exercício financeiro.

Extrapolação. Estimativa de valores de uma função através do comportamento de outra função.

Fluxo Atuarial. Abertura do cálculo atuarial para cada período (t), decomposto das formulações do Valor Atual
dos Benefícios Futuros (VABF) e do Valor Atual das Contribuições Futuras (VACF), dos benefícios calculados
28
pelo regime financeiro de capitalização, que trazidos a valor presente convergem para os resultados do VABF
e VACF.

Geração Atual. Atuais segurados considerados na avaliação atuarial.

Gerações Futuras. Hipótese atuarial que considera na projeção as quantidades e custos de segurados que
substituirão os integrantes da geração atual.

Hipóteses Atuariais. Premissas ou hipóteses biométricas, demográficas, econômicas e financeiras utilizadas


pelo atuário na confecção da avaliação atuarial, aderentes aos segurados e às características do plano,
observando os requisitos normativos.

Método de Financiamento Atuarial. Metodologia adotada pelo atuário para estabelecer o nível de
constituição das reservas necessárias à cobertura dos benefícios estruturados no regime financeiro de
capitalização, em face das características biométricas, demográficas, econômicas e financeiras dos segurados
e beneficiários do RPPS.

Método de Crédito Unitário Projetado. Metodologia de financiamento em que o custo normal anual é
equivalente ao quociente entre o valor atual de todo o fluxo de benefícios futuros, posicionado na data focal
da avaliação atuarial, e o número de períodos anuais de contribuição, contados entre a data de elegibilidade
ao benefício e a data de ingresso do segurado no ente federativo como servidor titular de cargo efetivo.

Método Ortodoxo. Metodologia de financiamento que considera como custo normal o valor atuarial anual
das contribuições, obtido mediante a aplicação das alíquotas de contribuição instituídas em lei sobre o valor
atuarial das remunerações mensais recebidas no ano.

Nota Técnica Atuarial. Documento exclusivo de cada RPPS que descreve de forma clara e precisa as
características gerais dos planos de benefícios, a formulação para o cálculo do custeio e das reservas
matemáticas previdenciárias, as suas bases técnicas e premissas a serem utilizadas nos cálculos.

Passivo Atuarial. Montante calculado atuarialmente, em determinada data, que expressa, em valor presente,
o total dos recursos necessários ao pagamento dos compromissos do plano de benefícios ao longo do tempo.

Plano de Benefícios. O conjunto de benefícios de natureza previdenciária oferecidos aos segurados do RPPS,
segundo as regras constitucionais e legais previstas, limitados aos estabelecidos para o Regime Geral de
Previdência Social.

Plano de Custeio. Definição das fontes de recursos necessárias para o financiamento dos benefícios oferecidos
pelo Plano de Benefícios e taxa de administração, representadas pelas alíquotas de contribuições
previdenciárias a serem pagas pelo ente federativo, pelos servidores, aposentados e pensionistas ao RPPS, e
aportes necessários ao atingimento do equilíbrio financeiro e atuarial, com detalhamento do custo normal e
suplementar.

Plano de Equacionamento. Decisão do ente federativo quanto às formas, prazos, valores e condições em que
se dará o completo reequilíbrio do plano de benefícios do RPPS, observadas as normas legais e
regulamentares.

Provisão Matemática de Benefícios a Conceder. Corresponde ao valor necessário para o pagamento dos
benefícios que serão concedidos pelo RPPS.
29
Provisão Matemática de Benefícios Concedidos. Corresponde ao valor necessário para o pagamento dos
benefícios que já foram concedidos pelo RPPS.

Provisão Matemática. Corresponde ao valor necessário para o pagamento dos benefícios concedidos e a
conceder.

Regime Financeiro de Capitalização. Regime em que as contribuições estabelecidas no plano de custeio, a


serem pagas pelo ente federativo, pelos servidores, aposentados e pensionistas, acrescidas ao patrimônio
existente, às receitas por ele geradas e a outras espécies de aportes, sejam suficientes para a formação dos
recursos garantidores a cobertura dos compromissos futuros do plano de benefícios e da taxa de
administração.

Regime Financeiro de Repartição Simples. Regime em que as contribuições estabelecidas no plano de custeio,
a serem pagas pelo ente federativo, pelos servidores, aposentados e pensionistas, em um determinado
exercício, sejam suficientes para o pagamento dos benefícios nesse exercício, sem o propósito de acumulação
de recursos, admitindo-se a constituição de fundo previdencial para oscilação de risco.

Tábua Biométrica. Instrumento estatístico utilizado na avaliação atuarial que expressa as probabilidades de
ocorrência de eventos relacionados com sobrevivência, invalidez ou morte de determinado grupo de pessoas
vinculadas ao plano.

Tábua de Mortalidade. Instrumento utilizado para estimar probabilidade de morte em um plano de


previdência ou seguro.

Taxa de Juros Atuarial, Taxa real de Juros. É a taxa de juros utilizada na avaliação atuarial para descontar os
fluxos futuros de receitas e contribuições, trazendo-os a valor presente. Em geral, nos planos capitalizados,
corresponde ao retorno esperado das aplicações financeiras de todos os ativos garantidores do RPPS no
horizonte de longo prazo, para o equilíbrio financeiro e atuarial do plano previdenciário.

Unidade Gestora. A entidade ou órgão integrante da estrutura da administração pública de cada ente
federativo que tenha por finalidade a administração, o gerenciamento e a operacionalização do RPPS,
incluindo a arrecadação e gestão de recursos e fundos previdenciários, a concessão, o pagamento e a
manutenção dos benefícios.

Válidos, Inválidos. Indicação referente à situação laboral dos segurados.

Valor Atual, Valor Presente. Valor financeiro apurado em uma determinada data, obtido pela aplicação da
taxa de desconto (baseada na taxa de juros) sobre um fluxo futuro de um valor ou de uma série de valores.

30
ANEXO II: BALANÇO ATUARIAL CONSOLIDADO - TODOS OS PODERES - GRUPO
FECHADO
1. O Balanço Atuarial serve-se da nomenclatura do balanço contábil (Ativo e Passivo) para demonstrar,
de forma sintética, os valores presentes dos compromissos previdenciários obtidos na avaliação atuarial, bem
como o valor do resultado atuarial, que pode ser superavitário, equilibrado ou deficitário.

2. Todos os valores que constam no Balanço Atuarial estão expressos em moeda corrente nacional de 31
de dezembro de 2022 e foram calculados considerando-se as probabilidades de ocorrência dos eventos
determinantes da concessão dos benefícios (sobrevivência, morte, invalidez) e descontados à taxa real de
juros igual a 4,61% ao ano, de forma a quantificar o efeito do valor do dinheiro no tempo.

3. No Ativo, estão alocadas as contas que representam o ingresso de recursos ao regime de previdência,
representadas pelos valores presentes atuariais das contribuições dos servidores, aposentados, pensionistas
e da União. Essas contribuições foram calculadas, para os servidores e para a União, considerando-se as
alíquotas de equilíbrio calculadas através do método de financiamento PUC-a, e, para os aposentados e
pensionistas, considerando-se as alíquotas progressivas atualmente em vigor, conforme EC n° 103/2019.

4. Verificou-se a redução de R$ 37,136 bilhões nas contribuições futuras esperadas, o VPACF, que era de
R$ 274,535 bilhões em 2022, passou para R$ 237,399 bilhões, em 2023. Ressalta-se que, caso fosse mantido
o método de financiamento utilizado na avaliação de 2022, o PUC-e, a redução seria de R$ 8,114 bilhões.

5. No Passivo, foram classificados os encargos do RPPS, representados pelos valores presentes atuariais
de benefícios futuros (VPABF) dos benefícios concedidos a aposentados e pensionistas e dos benefícios a
conceder a servidores e dependentes que ainda não estão em gozo de qualquer benefício oferecido pelo
regime previdenciário.

6. Em comparação com a última avaliação, constata-se um acréscimo no VPABF da ordem de R$ 57,581


bilhões, que passou de R$ 1,584 trilhão para R$ 1,642 trilhão neste exercício.

7. No lado do Ativo, figura a conta de resultado, que registra o deficit atuarial de aproximadamente R$
1,404 trilhão, na posição em 31 de dezembro de 2022. O valor do deficit foi obtido pela diferença entre o valor
presente atuarial das contribuições futuras - VPACF (R$ 237,399 bilhões) e o total do valor presente atuarial
dos benefícios futuros - VPABF (R$ 1,642 trilhão).

8. O deficit atuarial calculado para o exercício de 2022, que foi de R$ 1,310 trilhão, passou, em 2023,
para R$ 1,404 trilhão, computando-se um aumento de R$ 94,717 bilhões (aproximadamente 7,23%). Ressalta-
se que, caso fosse mantido o método de financiamento utilizado na avaliação de 2022, o PUC-e, o déficit
atuarial, em 2023, seria de R$ 1,359 trilhão e o aumento seria de R$ 49,467 bilhões (aproximadamente 3,78%).

9. Este deficit deve ser entendido como o montante de recursos que seria necessário na data focal para
o equilíbrio do regime de previdência, caso este fosse estruturado e operado no regime financeiro de
capitalização.

31
Balanço Atuarial em 31/12/2022

RPPS da União - Consolidado - Todos os Poderes

Grupo Fechado (Geração Atual) - Juros: 4,61% a.a.

Em R$

ATIVO PASSIVO

Valor Presente Atuarial 237.398.719.951,99 Valor Presente Atuarial 878.367.959.701,91


das Contribuições dos Benefícios Concedidos

Sobre Salários 144.210.918.761,22 Aposentadorias 632.262.244.397,70

Sobre Benefícios 93.187.801.190,76 Pensões 246.105.715.304,21

Deficit Atuarial 1.404.341.546.337,05 Valor Presente Atuarial 763.372.306.587,13


dos Benefícios a Conceder

Aposentadorias 601.277.992.775,23

Pensões 162.094.313.811,90

Total 1.641.740.266.289,03 1.641.740.266.289,03

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

32
ANEXO III-A: PROJEÇÕES ATUARIAIS DO RPPS DA UNIÃO - GRUPO FECHADO
1. As projeções atuariais, objeto deste Anexo, foram elaboradas em conformidade com o inciso II do §
1º do art. 53 da Lei de Responsabilidade Fiscal, constituindo o Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime
Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos, publicado como Anexo 10 do Relatório Resumido de
Execução Orçamentária - RREO do 6º bimestre do exercício de 2022.

2. As projeções atuariais são apresentadas, ano a ano, sem o efeito do desconto da taxa de juros. Por
outro lado, no presente Anexo foi considerado o impacto das taxas de inflação (INPC/IBGE) em conformidade
com a Grade de Parâmetros da Secretaria de Política Econômica do então Ministério da Economia, de 09 de
dezembro de 2022. Com relação ao PIB, foi utilizada as estimativas do RGPS para os anos de 2023 a 2026,
constantes dessa Grade. A partir de 2027, para efeito destas projeções, a taxa de crescimento real do PIB foi
considerada nula, aplicando-se apenas o INPC projetado de 3,00% ao ano.

3. Os valores a receber de contribuições futuras (União e servidor) estão descritos na coluna “Receitas
Previdenciárias”. Por sua vez, os valores de benefícios a pagar aos atuais e futuros aposentados e pensionistas
constam da coluna “Despesas Previdenciárias”. A coluna denominada “Resultado Atuarial” apresenta o valor
da diferença entre as receitas e despesas, ano a ano, que corresponde ao deficit atuarial do RPPS da União.
Ao lado de cada coluna de Receita, Despesa e Resultado, constam as proporções dessas rubricas em relação
ao PIB.

Governo Federal

Relatório Resumido da Execução Orçamentária

Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos

Orçamento da Seguridade Social

2023 a 2097 (Grupo Fechado)

(Divulgado no RREO do 6º bimestre de 2022)

RREO - Anexo 10 (LRF, art. 53, § 1º, inciso II) R$ milhares

RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS RESULTADO PREVIDENCIÁRIO

EXERCÍCIO
Valor (a) % do PIB Valor (b) % do PIB Valor (a - b) % do PIB

2023 17.965.968 0,17% 101.360.734 0,95% -83.394.766 0,78%

2024 18.753.646 0,16% 103.834.464 0,90% -85.080.818 0,74%

2025 19.536.930 0,16% 106.713.750 0,87% -87.176.820 0,71%

2026 20.132.823 0,15% 110.576.814 0,84% -90.443.990 0,69%

2027 20.889.376 0,15% 114.734.588 0,82% -93.845.212 0,67%

2028 21.329.207 0,15% 120.632.328 0,82% -99.303.121 0,68%

33
2029 22.119.013 0,14% 126.022.866 0,82% -103.903.853 0,68%

2030 22.365.915 0,14% 130.843.114 0,81% -108.477.200 0,67%

2031 22.684.599 0,13% 132.925.747 0,79% -110.241.148 0,65%

2032 22.784.267 0,13% 135.477.134 0,76% -112.692.867 0,63%

2033 23.124.520 0,12% 137.193.487 0,74% -114.068.968 0,61%

2034 23.205.445 0,12% 139.467.381 0,72% -116.261.936 0,60%

2035 23.209.337 0,11% 141.763.065 0,69% -118.553.729 0,58%

2036 23.155.651 0,11% 143.996.747 0,67% -120.841.097 0,57%

2037 23.013.448 0,10% 146.235.427 0,65% -123.221.978 0,55%

2038 22.817.992 0,10% 148.171.422 0,63% -125.353.430 0,54%

2039 22.504.212 0,09% 150.342.570 0,62% -127.838.358 0,52%

2040 22.059.876 0,09% 152.586.264 0,60% -130.526.388 0,51%

2041 21.524.896 0,08% 154.777.099 0,58% -133.252.203 0,50%

2042 20.796.299 0,07% 157.141.536 0,57% -136.345.237 0,49%

2043 19.932.665 0,07% 159.362.043 0,55% -139.429.378 0,48%

2044 18.912.405 0,06% 161.789.947 0,54% -142.877.542 0,47%

2045 17.770.326 0,06% 164.127.661 0,52% -146.357.335 0,46%

2046 16.570.397 0,05% 166.209.144 0,51% -149.638.747 0,46%

2047 15.267.987 0,04% 168.114.417 0,49% -152.846.431 0,45%

2048 14.069.209 0,04% 169.377.359 0,48% -155.308.150 0,44%

2049 12.923.677 0,03% 170.121.639 0,46% -157.197.961 0,42%

2050 11.843.515 0,03% 170.350.462 0,44% -158.506.947 0,41%

2051 10.796.665 0,03% 170.157.954 0,42% -159.361.290 0,40%

2052 9.832.252 0,02% 169.438.407 0,41% -159.606.155 0,38%

2053 8.963.524 0,02% 168.179.729 0,39% -159.216.206 0,37%

2054 8.179.131 0,02% 166.436.521 0,37% -158.257.390 0,35%

2055 7.469.853 0,02% 164.243.856 0,35% -156.774.003 0,34%

2056 6.866.670 0,01% 161.539.555 0,33% -154.672.885 0,32%

2057 6.344.025 0,01% 158.406.607 0,31% -152.062.581 0,30%

2058 5.890.368 0,01% 154.893.931 0,30% -149.003.563 0,28%

2059 5.485.175 0,01% 151.074.319 0,28% -145.589.144 0,27%

2060 5.116.955 0,01% 146.994.083 0,26% -141.877.128 0,25%

34
2061 4.776.370 0,01% 142.692.072 0,24% -137.915.702 0,24%

2062 4.450.155 0,01% 138.216.376 0,23% -133.766.221 0,22%

2063 4.138.191 0,01% 133.578.854 0,21% -129.440.663 0,21%

2064 3.834.222 0,01% 128.807.662 0,20% -124.973.440 0,19%

2065 3.538.419 0,01% 123.912.789 0,18% -120.374.370 0,18%

2066 3.252.149 0,00% 118.901.507 0,17% -115.649.358 0,16%

2067 2.975.815 0,00% 113.784.519 0,16% -110.808.704 0,15%

2068 2.709.404 0,00% 108.574.632 0,14% -105.865.229 0,14%

2069 2.454.380 0,00% 103.281.707 0,13% -100.827.327 0,13%

2070 2.211.072 0,00% 97.920.313 0,12% -95.709.241 0,12%

2071 1.980.688 0,00% 92.504.155 0,11% -90.523.467 0,11%

2072 1.763.721 0,00% 87.051.048 0,10% -85.287.327 0,10%

2073 1.560.779 0,00% 81.580.588 0,09% -80.019.809 0,09%

2074 1.372.299 0,00% 76.114.943 0,08% -74.742.644 0,08%

2075 1.198.538 0,00% 70.678.676 0,07% -69.480.138 0,07%

2076 1.039.574 0,00% 65.298.586 0,06% -64.259.012 0,06%

2077 895.311 0,00% 60.003.235 0,06% -59.107.924 0,06%

2078 765.481 0,00% 54.822.330 0,05% -54.056.849 0,05%

2079 649.652 0,00% 49.786.025 0,04% -49.136.373 0,04%

2080 547.248 0,00% 44.924.091 0,04% -44.376.843 0,04%

2081 457.566 0,00% 40.265.064 0,03% -39.807.498 0,03%

2082 379.797 0,00% 35.835.336 0,03% -35.455.539 0,03%

2083 313.050 0,00% 31.658.330 0,02% -31.345.280 0,02%

2084 256.368 0,00% 27.753.650 0,02% -27.497.282 0,02%

2085 208.756 0,00% 24.136.464 0,02% -23.927.708 0,02%

2086 169.202 0,00% 20.817.015 0,01% -20.647.813 0,01%

2087 136.705 0,00% 17.800.428 0,01% -17.663.723 0,01%

2088 110.296 0,00% 15.086.591 0,01% -14.976.295 0,01%

2089 89.061 0,00% 12.670.465 0,01% -12.581.403 0,01%

2090 72.165 0,00% 10.542.456 0,01% -10.470.292 0,01%

2091 58.849 0,00% 8.688.860 0,00% -8.630.012 0,00%

2092 48.443 0,00% 7.092.501 0,00% -7.044.058 0,00%

35
2093 40.361 0,00% 5.733.476 0,00% -5.693.115 0,00%

2094 34.103 0,00% 4.590.032 0,00% -4.555.929 0,00%

2095 29.251 0,00% 3.639.372 0,00% -3.610.121 0,00%

2096 25.465 0,00% 2.858.485 0,00% -2.833.020 0,00%

2097 22.475 0,00% 2.224.786 0,00% -2.202.311 0,00%

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

Notas:

1 - A avaliação atuarial relativa aos benefícios previdenciários do RPPS dos servidores civis da União utilizou como base normativa para definição das
regras de benefícios as disposições da Constituição Federal, com as alterações das Emendas Constitucionais nº 20/1998, nº 41/2003, nº 47/2005 e nº
103/2019.

2 - A avaliação atuarial considerou o grupo fechado (sem taxa de reposição) e rotatividade nula.

3 - Com relação à idade de entrada no mercado de trabalho, foram adotadas 3 (três) premissas:

a) No caso da averbação do tempo de serviço resultar na idade de primeiro vínculo em qualquer regime previdenciário menor que 14 anos, tal
ocorrência é considerada como erro de cadastro. Assim sendo, o tempo relativo ao primeiro vínculo é estimado como sendo o tempo decorrido entre
a idade de 25 anos e a idade na data da posse no serviço público;

b) caso a averbação do tempo de serviço resultar na idade de primeiro vínculo em qualquer regime previdenciário entre 14 e 25 anos, estima-se o
tempo relativo ao primeiro vínculo como sendo o tempo decorrido entre a idade declarada de início de contribuição e a idade na data da posse no
serviço público;

c) se a averbação do tempo de serviço resultar na idade de primeiro vínculo a qualquer regime previdenciário superior a 25 anos, estima-se o tempo
relativo ao primeiro vínculo pela diferença do tempo decorrido entre a idade de 25 anos e a idade na data da posse no serviço público.

4 - Não foram considerados nas estimativas de receitas e de despesas os valores de compensação financeira entre regimes previdenciários, a receber
ou a pagar.

5 - Data provável de aposentadoria: Para os servidores com direito adquirido à aplicação das regras de transição da Emenda Constitucional nº 41/2003
considerou-se que estes aguardarão a regra mais vantajosa para se aposentar, independentemente do tempo de espera. Para os demais servidores
abrangidos pelas regras da Emenda Constitucional nº 103/2019, considerou-se que a aposentadoria se dará na data da primeira elegibilidade desse
benefício .

6 - Considerou-se que os servidores que já cumpriram todos os requisitos para se aposentar, mas que ainda não o fizeram permanecerão recebendo o
abono de permanência pelo prazo de sete anos contados da data provável de sua aposentadoria. Este critério utilizado no cálculo atuarial visa o melhor
dimensionamento do fluxo de concessão de benefícios do grupo de servidores classificados como riscos iminentes.

7 - Na avaliação atuarial não foi considerada a hipótese de crescimento por produtividade, apenas por mérito, de 1% real ao ano.

8 - Para a atualização monetária dos fluxos financeiros foi adotado como indexador inflacionário o INPC projetado de 4,90% para 2023 (conforme Grade
de Parâmetros disponibilizada pela Secretaria de Política de Econômica do Ministério da Economia de 09/12/2022), 3,00% para 2024, 3,00% para 2025,
3,00% para 2026 em diante foi considerado o índice de 3,00% ao ano, conforme projeções adotadas para o RGPS.

9 - Foram considerados os valores do PIB, conforme Grade de Parâmetros disponibilizada pela Secretaria de Política de Econômica do Ministério da
Economia de 09/12/2022, nos anos de 2023 a 2026. A partir de 2027, a taxa de crescimento real do PIB foi considerada nula, aplicando-se apenas o
INPC projetado de 3,00% ao ano.

10 - As alíquotas de contribuição vigentes em 31/12/2022, data focal da Avaliação Atuarial, previstas na Emenda Constitucional nº 103/2019, foram
utilizadas para apuração dos valores das contribuições futuras sobre benefícios. Contudo, para a apuração dos valores das contribuições futuras de
servidores em atividade e ente, utilizou-se o método PUC.

11 - Para cálculo das contribuições progressivas dos aposentados e pensionistas, conforme EC n° 103/2019, foi considerada a parcela do benefício
excedente a R$ 7.612,38, pois o cálculo foi anterior à publicação da Portaria Interministerial MT/MF nº 26, de 10 de janeiro de 2023, e utilizou-se, na
ocasião, a estimativa do Índice Nacional de Preço ao Consumidor - INPC acumulado para 2022 de 7,41% contida no Projeto de Lei Orçamentária Anual
(PLOA) de 2023, enviado pelo governo ao Congresso em 31 de agosto de 2022.

36
12 - As receitas e despesas previdenciárias projetadas referem-se aos benefícios de aposentadorias e pensões.

13 - Método de Financiamento: Crédito Unitário Projetado (Projected Unit Credit - PUC).

14 - Tábuas Biométricas:

a) Sobrevivência dos servidores válidos e inválidos: Tábua específica dos servidores civis da União, segregada por sexo e por escolaridade inerente ao
cargo, subdivida nos níveis superior e médio;

b) Sobrevivência dos aposentados válidos e inválidos: Tábua específica dos servidores civis da União, segregada por sexo e com escolaridade de nível
médio;
c) Sobrevivência dos pensionistas válidos e inválidos: Tábua mortalidade geral IBGE 2021 - extrapolada a partir da idade de 80 anos, por sexo; e
d) Taxas de entrada em invalidez: Tábua específica dos servidores civis da União, segregada por sexo e por escolaridade inerente ao cargo, subdivida
nos níveis superior e médio.

15 - Quanto à composição familiar:

a) mantido o percentual de 76,5% da obrigação da respectiva pensão, como forma de se estimar o efeito, nas projeções atuariais, daqueles servidores
que não apresentam dependentes por ocasião de seu falecimento, ou que apresentam apenas dependentes temporários;

b) com relação ao percentual de cotas familiares: para as reversões de aposentadorias em pensão, utilizou-se uma cota equivalente a 60% do valor do
benefício de pensão calculado e para as pensões por morte de servidor em atividade, uma cota equivalente a 70% do valor do benefício de pensão a
ser calculado;

c) com relação à diferença etária entre servidor e dependente, em atenção às recomendações do Acórdão nº 1463/2020-TCU, adotou-se para os
servidores do sexo masculino um cônjuge do sexo oposto 3 anos mais novo, e para os servidores do sexo feminino um cônjuge do sexo oposto 2 anos
mais velho;

d) com relação à diferença etária entre aposentado e dependente, em atenção às recomendações do Acórdão nº 1463/2020-TCU, adotou-se uma
diferença média de 4 anos a mais na idade dos aposentados do sexo masculino em relação a seu cônjuge, e de, em média, 2 anos dos aposentados do
sexo feminino em relação a seu cônjuge.

16 - Registre-se que as análises de sensibilidade para outras premissas significativas, tais como a taxa de juros, são apresentadas como anexos ao
Relatório da Avaliação Atuarial que será encaminhado à Secretaria de Orçamento Federal do Ministério da Economia, com a finalidade de integrar
anexo do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias - PLDO. Além disso, também é apresentado como anexo ao referido relatório, o resultado atuarial
e as projeções segregando as obrigações e haveres dos servidores considerados como "riscos Iminentes", ou seja, que já cumpriram os requisitos para
sua aposentação.

17 - Estão incluídos nesta avaliação atuarial os benefícios concedidos e a conceder para os militares dos Ex-Territórios.

37
ANEXO III-B: PROJEÇÕES ATUARIAIS DO REGIME DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES
CIVIS DA UNIÃO - GRUPO FECHADO (SEM REPOSIÇÃO DE SERVIDORES)
1. As projeções atuariais, objeto deste Anexo, foram obtidas com a mesma sistemática das projeções do
Anexo III-A, contudo, consideram a Grade de Parâmetros da Secretaria de Política Econômica do Ministério da
Fazenda, de 17 de março de 2023, e o valor do PIB utilizado no Relatório da Avaliação Atuarial do RGPS.

Governo Federal

Relatório Resumido da Execução Orçamentária

Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos

Orçamento da Seguridade Social

2023 a 2097 (Grupo Fechado)

RREO - Anexo 10 (LRF, art. 53, § 1º, inciso II) R$ milhares

RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS RESULTADO PREVIDENCIÁRIO

EXERCÍCIO
Valor (a) % do PIB Valor (b) % do PIB Valor (a - b) % do PIB

2023 18.009.844 0,17% 101.608.272 0,95% -83.598.428 0,78%

2024 18.854.146 0,16% 104.390.905 0,91% -85.536.760 0,74%

2025 19.666.808 0,16% 107.423.164 0,87% -87.756.356 0,71%

2026 20.279.442 0,16% 111.382.097 0,85% -91.102.655 0,70%

2027 21.037.729 0,15% 115.549.412 0,83% -94.511.683 0,68%

2028 21.480.683 0,15% 121.489.036 0,85% -100.008.354 0,70%

2029 22.276.098 0,15% 126.917.857 0,86% -104.641.759 0,71%

2030 22.524.753 0,15% 131.772.338 0,87% -109.247.585 0,72%

2031 22.845.700 0,15% 133.869.761 0,86% -111.024.060 0,71%

2032 22.946.076 0,14% 136.439.267 0,85% -113.493.191 0,70%

2033 23.288.746 0,14% 138.167.810 0,83% -114.879.064 0,69%

2034 23.370.246 0,14% 140.457.853 0,82% -117.087.607 0,69%

2035 23.374.165 0,13% 142.769.840 0,81% -119.395.675 0,68%

2036 23.320.098 0,13% 145.019.386 0,80% -121.699.288 0,67%

2037 23.176.885 0,12% 147.273.963 0,79% -124.097.078 0,66%

2038 22.980.041 0,12% 149.223.708 0,78% -126.243.667 0,66%

2039 22.664.033 0,11% 151.410.275 0,76% -128.746.242 0,65%

38
2040 22.216.541 0,11% 153.669.903 0,75% -131.453.362 0,64%

2041 21.677.762 0,10% 155.876.298 0,74% -134.198.536 0,64%

2042 20.943.990 0,10% 158.257.526 0,73% -137.313.536 0,63%

2043 20.074.223 0,09% 160.493.803 0,72% -140.419.579 0,63%

2044 19.046.717 0,08% 162.938.949 0,71% -143.892.232 0,63%

2045 17.896.527 0,08% 165.293.265 0,70% -147.396.738 0,62%

2046 16.688.077 0,07% 167.389.530 0,69% -150.701.453 0,62%

2047 15.376.417 0,06% 169.308.335 0,67% -153.931.918 0,61%

2048 14.169.126 0,05% 170.580.246 0,66% -156.411.119 0,60%

2049 13.015.459 0,05% 171.329.811 0,64% -158.314.352 0,59%

2050 11.927.625 0,04% 171.560.260 0,63% -159.632.634 0,58%

2051 10.873.340 0,04% 171.366.384 0,61% -160.493.044 0,57%

2052 9.902.079 0,03% 170.641.727 0,59% -160.739.648 0,55%

2053 9.027.181 0,03% 169.374.111 0,56% -160.346.930 0,53%

2054 8.237.217 0,03% 167.618.522 0,54% -159.381.305 0,52%

2055 7.522.903 0,02% 165.410.286 0,52% -157.887.383 0,50%

2056 6.915.436 0,02% 162.686.779 0,50% -155.771.344 0,48%

2057 6.389.080 0,02% 159.531.581 0,47% -153.142.502 0,45%

2058 5.932.201 0,02% 155.993.959 0,45% -150.061.759 0,43%

2059 5.524.130 0,02% 152.147.221 0,42% -146.623.091 0,41%

2060 5.153.294 0,01% 148.038.008 0,40% -142.884.713 0,39%

2061 4.810.291 0,01% 143.705.444 0,38% -138.895.154 0,37%

2062 4.481.760 0,01% 139.197.963 0,36% -134.716.204 0,34%

2063 4.167.580 0,01% 134.527.506 0,33% -130.359.926 0,32%

2064 3.861.451 0,01% 129.722.430 0,31% -125.860.978 0,30%

2065 3.563.548 0,01% 124.792.794 0,29% -121.229.246 0,28%

2066 3.275.245 0,01% 119.745.923 0,27% -116.470.678 0,26%

2067 2.996.948 0,01% 114.592.595 0,25% -111.595.647 0,25%

2068 2.728.646 0,01% 109.345.709 0,23% -106.617.064 0,23%

2069 2.471.811 0,01% 104.015.195 0,22% -101.543.384 0,21%

2070 2.226.775 0,00% 98.615.725 0,20% -96.388.950 0,19%

2071 1.994.755 0,00% 93.161.102 0,18% -91.166.347 0,18%

39
2072 1.776.247 0,00% 87.669.268 0,17% -85.893.021 0,16%

2073 1.571.864 0,00% 82.159.958 0,15% -80.588.095 0,15%

2074 1.382.045 0,00% 76.655.498 0,14% -75.273.452 0,13%

2075 1.207.050 0,00% 71.180.623 0,12% -69.973.573 0,12%

2076 1.046.957 0,00% 65.762.325 0,11% -64.715.367 0,11%

2077 901.669 0,00% 60.429.367 0,10% -59.527.698 0,10%

2078 770.917 0,00% 55.211.668 0,09% -54.440.751 0,09%

2079 654.266 0,00% 50.139.596 0,08% -49.485.330 0,08%

2080 551.135 0,00% 45.243.133 0,07% -44.691.999 0,07%

2081 460.816 0,00% 40.551.019 0,06% -40.090.203 0,06%

2082 382.494 0,00% 36.089.832 0,05% -35.707.338 0,05%

2083 315.273 0,00% 31.883.161 0,04% -31.567.888 0,04%

2084 258.189 0,00% 27.950.751 0,04% -27.692.562 0,04%

2085 210.239 0,00% 24.307.877 0,03% -24.097.638 0,03%

2086 170.404 0,00% 20.964.854 0,03% -20.794.450 0,03%

2087 137.676 0,00% 17.926.844 0,02% -17.789.168 0,02%

2088 111.079 0,00% 15.193.733 0,02% -15.082.654 0,02%

2089 89.694 0,00% 12.760.448 0,01% -12.670.754 0,01%

2090 72.677 0,00% 10.617.327 0,01% -10.544.650 0,01%

2091 59.267 0,00% 8.750.567 0,01% -8.691.300 0,01%

2092 48.787 0,00% 7.142.871 0,01% -7.094.083 0,01%

2093 40.648 0,00% 5.774.194 0,01% -5.733.546 0,01%

2094 34.345 0,00% 4.622.630 0,00% -4.588.284 0,00%

2095 29.459 0,00% 3.665.218 0,00% -3.635.759 0,00%

2096 25.646 0,00% 2.878.785 0,00% -2.853.139 0,00%

2097 22.635 0,00% 2.240.586 0,00% -2.217.951 0,00%

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

Notas:

1 - A avaliação atuarial relativa aos benefícios previdenciários do RPPS dos servidores civis da União utilizou como base normativa para definição das
regras de benefícios as disposições da Constituição Federal, com as alterações das Emendas Constitucionais nº 20/1998, nº 41/2003, nº 47/2005 e nº
103/2019.

2 - A avaliação atuarial considerou o grupo fechado (sem taxa de reposição) e rotatividade nula.

3 - Com relação à idade de entrada no mercado de trabalho, foram adotadas 3 (três) premissas:

40
a) No caso da averbação do tempo de serviço resultar na idade de primeiro vínculo em qualquer regime previdenciário menor que 14 anos, tal
ocorrência é considerada como erro de cadastro. Assim sendo, o tempo relativo ao primeiro vínculo é estimado como sendo o tempo decorrido entre
a idade de 25 anos e a idade na data da posse no serviço público;

b) caso a averbação do tempo de serviço resultar na idade de primeiro vínculo em qualquer regime previdenciário entre 14 e 25 anos, estima-se o
tempo relativo ao primeiro vínculo como sendo o tempo decorrido entre a idade declarada de início de contribuição e a idade na data da posse no
serviço público;

c) se a averbação do tempo de serviço resultar na idade de primeiro vínculo a qualquer regime previdenciário superior a 25 anos, estima-se o tempo
relativo ao primeiro vínculo pela diferença do tempo decorrido entre a idade de 25 anos e a idade na data da posse no serviço público.

4 - Não foram considerados nas estimativas de receitas e de despesas os valores de compensação financeira entre regimes previdenciários, a receber
ou a pagar.

5 - Data provável de aposentadoria: Para os servidores com direito adquirido à aplicação das regras de transição da Emenda Constitucional nº 41/2003
considerou-se que estes aguardarão a regra mais vantajosa para se aposentar, independentemente do tempo de espera. Para os demais servidores
abrangidos pelas regras da Emenda Constitucional nº 103/2019, considerou-se que a aposentadoria se dará na data da primeira elegibilidade desse
benefício.

6 - Considerou-se que os servidores que já cumpriram todos os requisitos para se aposentar, mas que ainda não o fizeram permanecerão recebendo o
abono de permanência pelo prazo de sete anos contados da data provável de sua aposentadoria. Este critério utilizado no cálculo atuarial visa o melhor
dimensionamento do fluxo de concessão de benefícios do grupo de servidores classificados como riscos iminentes.

7 - Na avaliação atuarial não foi considerada a hipótese de crescimento por produtividade, apenas por mérito, de 1% real ao ano.

8 - Para a atualização monetária dos fluxos financeiros foi adotado como indexador inflacionário o INPC projetado de 5,16% para 2023 (conforme Grade
de Parâmetros disponibilizada pela Secretaria de Política de Econômica do Ministério da Economia de 17/03/2023), 3,30% para 2024, 3,14% para 2025,
3,07% para 2026, 2,99% para 2026 em diante foi considerado o índice de 3,00% ao ano, conforme projeções adotadas para o RGPS.

9 - Foram considerados os valores do PIB, conforme Grade de Parâmetros disponibilizada pela Secretaria de Política de Econômica do Ministério da
Economia de 17/03/2023, nos anos de 2023 a 2027. A partir de 2028, a taxa de crescimento real do PIB foi considerada nula, aplicando-se apenas o
INPC projetado de 3,00% ao ano.

10 - As alíquotas de contribuição vigentes em 31/12/2022, data focal da Avaliação Atuarial, previstas na Emenda Constitucional nº 103/2019, foram
utilizadas para apuração dos valores das contribuições futuras sobre benefícios. Contudo, para a apuração dos valores das contribuições futuras de
servidores em atividade e ente, utilizou-se o método PUC.

11 - Para cálculo das contribuições progressivas dos aposentados e pensionistas, conforme EC n° 103/2019, foi considerada a parcela do benefício
excedente a R$ 7.612,38, pois o cálculo foi anterior à publicação da Portaria Interministerial MT/MF nº 26, de 10 de janeiro de 2023, e utilizou-se, na
ocasião, a estimativa do Índice Nacional de Preço ao Consumidor - INPC acumulado para 2022 de 7,41% contida no Projeto de Lei Orçamentária Anual
(PLOA) de 2023, enviado pelo governo ao Congresso em 31 de agosto de 2022.

12 - As receitas e despesas previdenciárias projetadas referem-se aos benefícios de aposentadorias e pensões.

13 - Método de Financiamento: Crédito Unitário Projetado (Projected Unit Credit - PUC).

14 - Tábuas Biométricas:

a) Sobrevivência dos servidores válidos e inválidos: Tábua específica dos servidores civis da União, segregada por sexo e por escolaridade inerente ao
cargo, subdivida nos níveis superior e médio;

b) Sobrevivência dos aposentados válidos e inválidos: Tábua específica dos servidores civis da União, segregada por sexo e com escolaridade de nível
médio;
c) Sobrevivência dos pensionistas válidos e inválidos: Tábua mortalidade geral IBGE 2021 - extrapolada a partir da idade de 80 anos, por sexo; e
d) Taxas de entrada em invalidez: Tábua específica dos servidores civis da União, segregada por sexo e por escolaridade inerente ao cargo, subdivida
nos níveis superior e médio.

15 - Quanto à composição familiar:

a) mantido o percentual de 76,5% da obrigação da respectiva pensão, como forma de se estimar o efeito, nas projeções atuariais, daqueles servidores
que não apresentam dependentes por ocasião de seu falecimento, ou que apresentam apenas dependentes temporários;

41
b) com relação ao percentual de cotas familiares: para as reversões de aposentadorias em pensão, utilizou-se uma cota equivalente a 60% do valor do
benefício de pensão calculado e para as pensões por morte de servidor em atividade, uma cota equivalente a 70% do valor do benefício de pensão a
ser calculado;

c) com relação à diferença etária entre servidor e dependente, em atenção às recomendações do Acórdão nº 1463/2020-TCU, adotou-se para os
servidores do sexo masculino um cônjuge do sexo oposto 3 anos mais novo, e para os servidores do sexo feminino um cônjuge do sexo oposto 2 anos
mais velho;

d) com relação à diferença etária entre aposentado e dependente, em atenção às recomendações do Acórdão nº 1463/2020-TCU, adotou-se uma
diferença média de 4 anos a mais na idade dos aposentados do sexo masculino em relação a seu cônjuge, e de, em média, 2 anos dos aposentados do
sexo feminino em relação a seu cônjuge.

16 - Estão incluídos nesta avaliação atuarial os benefícios concedidos e a conceder para os militares dos Ex-Territórios.

42
ANEXO IV: PROJEÇÕES ATUARIAIS DAS REMUNERAÇÕES E BENEFÍCIOS - GRÁFICO
1. No gráfico abaixo é apresentada a projeção de evolução da folha de remuneração dos servidores e das
folhas de benefícios de aposentadorias e pensões, sem reposição (apenas geração atual), sem o efeito do
desconto da taxa de juros e sem o impacto de taxas de inflação.

Projeções Atuariais das Remunerações e Benefícios

RPPS da União - Consolidado - Todos os Poderes

Grupo Fechado (Geração Atual) - Juros: 4,61% a.a.

90,00

80,00

70,00

60,00

50,00
R$ Bilhões

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00

Anos
Salários Pensões Aposentadorias

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

43
ANEXO V: FINANCIAMENTO DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS - GRÁFICO
1. O gráfico abaixo apresenta a evolução dos valores estimados das contribuições de servidores,
aposentados e pensionistas filiados ao RPPS e da União (patronal) e dos valores dos benefícios a serem pagos,
para a massa atual de segurados, sem reposição (apenas geração atual), em valores nominais, sem o efeito do
desconto da taxa de juros e sem o impacto de taxas de inflação.

Projeções Atuariais das Contribuições e Benefícios

RPPS da União - Consolidado - Todos os Poderes

Grupo Fechado (Geração Atual) - Juros: 4,61% a.a.

120,00

100,00

80,00

60,00
R$ Bilhões

40,00

20,00

0,00

Anos

Benefícios Contribuições segurados, beneficiários e União

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

44
ANEXO VI: EVOLUÇÃO DO DÉFICIT FINANCEIRO – GRÁFICO
1. O gráfico abaixo representa a evolução do deficit financeiro do RPPS da União, sem o efeito da inflação,
decorrente da insuficiência das receitas de contribuições estimadas para o pagamento dos benefícios,
considerando o grupo fechado composto pela atual massa de segurados.

Projeções Atuariais do Deficit Financeiro

RPPS da União - Consolidado - Todos os Poderes

Grupo Fechado (Geração Atual) - Juros: 4,61% a.a.

90,00

80,00

70,00

60,00

50,00
R$ Bilhões

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00

Anos

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

45
ANEXO VII: ANÁLISE DE SENSIBILIDADE - TAXA DE JUROS
1. O quadro a seguir apresenta os impactos, para efeito de análise de sensibilidade, em decorrência da
mudança da taxa real de juros verificada na avaliação atuarial com data focal em 31/12/2022 comparada à
avaliação posicionada em 31/12/2021.

2. Referida alteração da taxa de juros, de 4,77% a.a., em 31/12/2021, para 4,61% a.a., em 31/12/2022,
considerando a aplicação do método de financiamento PUC-a em ambas as avaliações e mantidas constantes
as demais hipóteses, resultou no aumento de 4,07% na estimativa do déficit atuarial para 2023, conforme
demonstrado a seguir:

Balanço Atuarial em 31/12/2021 e 31/12/2022


Comparativo das Taxas de Juros pelo Método PUC-a
RPPS da União - Consolidado - Todos os Poderes
Grupo Fechado (Geração Atual) - Juros: 4,77% e 4,61% a.a.
Em R$

31/12/2021 31/12/2022

CONTAS DO ATIVO
TAXA 4,77% aa. TAXA 4,61% aa. VARIAÇÃO
%
(A) (B) (B-A)

Valor Presente Atuarial das


234.740.841.298,34 237.398.719.951,99 2.657.878.653,64 1,13
Contribuições

Sobre salários 128.144.225.124,33 144.210.918.761,22 16.066.693.636,89 12,54

Sobre Benefícios 106.596.616.174,01 93.187.801.190,76 - 13.408.814.983,25 - 12,58

Deficit Atuarial 1.349.418.042.098,35 1.404.341.546.337,05 54.923.504.238,70 4,07

Total 1.584.158.883.396,69 1.641.740.266.289,03 57.581.382.892,35 3,63

TAXA 4,77% aa. TAXA 4,61% aa. VARIAÇÃO


CONTAS DO PASSIVO %
(A) (B) (B-A)

Valor Presente Atuarial dos Benefícios


855.250.751.480,31 878.367.959.701,91 23.117.208.221,60 2,70
Concedidos

Aposentadorias 625.139.085.218,79 632.262.244.397,70 7.123.159.178,91 1,14

Pensões 230.111.666.261,52 246.105.715.304,21 15.994.049.042,69 6,95

Valor Presente Atuarial dos Benefícios a


728.908.131.916,38 763.372.306.587,13 34.464.174.670,75 4,73
Conceder

Aposentadorias 576.943.543.127,38 601.277.992.775,23 24.334.449.647,85 4,22

Pensões 151.964.588.789,00 162.094.313.811,90 10.129.725.022,90 6,67

Total 1.584.158.883.396,69 1.641.740.266.289,03 57.581.382.892,35 3,63

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

46
3. Com o objetivo de subsidiar a análise de sensibilidade quanto ao impacto produzido no resultado
atuarial em razão da alteração da taxa de juros, procedeu-se à diversas simulações com os dados da avaliação
posicionada em 31/12/2022, com as taxas de juros de 0% a 4,77% ao ano, mantendo-se constantes as demais
hipóteses. À medida que as taxas tendem a zero, verificam-se significativas variações no valor do deficit
apurado, em relação ao resultado atuarial apurado com a taxa de juros de 4,61% ao ano (coluna HIPÓTESE
2023), conforme demonstra a tabela abaixo:

Balanço Atuarial em 31/12/2022


Comparativo entre as Diversas Taxas de Juros
RPPS da União - Consolidado - Todos os Poderes
Grupo Fechado (Geração Atual)
Em R$ bilhões
HIPÓTESE
CONTAS DO ATIVO SIMULAÇÃO SIMULAÇÃO SIMULAÇÃO SIMULAÇÃO SIMULAÇÃO SIMULAÇÃO
2023

TAXA TAXA TAXA TAXA TAXA TAXA TAXA


0,00%aa 1,00%aa 2,00%aa 3,00%aa 4,00%aa 4,77%aa 4,61%aa

Valor Presente
Atuarial das 416 362 318 283 253 234 237
Contribuições

Sobre salários 233 208 186 168 153 142 144

Sobre Benefícios 183 154 132 114 100 91 93

Deficit Atuarial 3.218 2.596 2.140 1.797 1.535 1.373 1.404

Total 3.634 2.958 2.458 2.080 1.788 1.607 1.642

TAXA TAXA TAXA TAXA TAXA TAXA TAXA


CONTAS DO PASSIVO
0,00%aa 1,00%aa 2,00%aa 3,00%aa 4,00%aa 4,77%aa 4,61%aa

Valor Presente
Atuarial Benef 1.415 1.257 1.127 1.018 927 866 878
Concedidos

Aposentadorias 1.004 896 806 731 667 624 632

Pensões 411 361 321 288 261 243 246

Valor Presente
Atuarial dos Benef. a 2.219 1.701 1.331 1.061 861 740 763
Conceder

Aposentadorias 1.731 1.332 1.045 834 678 583 601

Pensões 488 369 286 227 183 157 162

Total 3.634 2.958 2.458 2.080 1.788 1.607 1.642

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

47
ANEXO VIII: ANÁLISE DE SENSIBILIDADE – MÉTODO DE FINANCIAMENTO
1. Considerando o processo de convergência à Norma Internacional de Contabilidade Aplicada ao Setor
Público (IPSAS) 39 - Employee Benefits, para a qual convergiu a Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público (NBC TSP) 15 e em atenção às recomendações do Acórdão n° 1463/2020-TCU/Plenário do
Tribunal de Contas da União e do Acórdão nº 1464/2022-TCU/Plenário do Tribunal de Contas da União,
relativas ao método de financiamento Crédito Unitário Projetado (Projected Unit Credit – PUC), conforme
descrito na Nota SEI n° 15/2022/COAAT/CGACI/SRPPS/SPREV-MTP, constante no Processo SEI
10133.101554/2022-95, foi adotado o método de financiamento do Crédito Unitário Projetado na avalição
atuarial posicionada em 31/12/2022, que considera como custo normal o quociente entre o valor atual de
benefícios a conceder e o número de anos de atividade laborativa, contados entre a data de vinculação ao
primeiro regime previdenciário oficial e a data provável de aposentadoria.

2. Válido destacar que até o exercício de 2021, nas avaliações atuariais do RPPS da União era adotada a
metodologia de financiamento designada por “Método Ortodoxo”, que considera como custo normal as
alíquotas de contribuição instituídas em lei, multiplicadas pelo valor atual das remunerações futuras a serem
recebidas pelo servidor, durante sua fase laborativa.

3. Na última Avaliação Atuarial, foi utilizado o método atuarial de financiamento Crédito Unitário
Projetado que considerava a data de ingresso no ente federativo (PUC-e), que, à época, encontrava-se
disciplinado em instrução normativa, a IN 4/2018, e, atualmente, no Anexo VI da Portaria MTP n° 1.467, de 02
de junho de 2022. No art. 19 deste anexo é estabelecido que o Tempo de Serviço Total (TST) é determinado
pelo número de períodos anuais de contribuição que deverá corresponder à diferença, em anos, entre a data
de elegibilidade ao benefício e a data de ingresso do segurado no ente federativo como servidor titular de
cargo efetivo. O mesmo anexo prevê uma outra modalidade de Crédito Unitário Projetado, a qual se baseia
na data de entrada no plano de benefícios (PUC-p).

4. Considerando que ambas as modalidades de Crédito Unitário Projetado constantes do anexo da


Portaria não suprem as mencionadas recomendações expedidas pelo Tribunal de Contas da União, razão pela
qual, conforme destacado no preâmbulo deste Anexo, nesta Avaliação Atuarial, com data focal em
31/12/2022, é empregado o método de financiamento atuarial Crédito Unitário Projetado em que o TST é
calculado com base na data de vinculação ao primeiro regime previdenciário oficial. Esta modalidade é tratada
como método PUC-a.

5. No quadro a seguir, são apresentados os resultados da avaliação atuarial elaborada pelo “Método
PUC-a", comparada à avaliação pelo “Método PUC-e”, ambas processadas à taxa de juros de 4,61% a.a. e
posicionadas na mesma data focal de 31/12/2022. Considerando o “Método PUC-e” como base de
comparação, constata-se o acréscimo de R$ 45.249.997.119,35 nas provisões matemáticas de benefícios a
conceder (2.2.7.2.1.04.00). Referida variação impactou no aumento do deficit atuarial em 3,33%, que passou
de R$ 1.359.091.549.217,70 para R$ 1.404.341.546.337,05. Registre-se que, neste caso, o deficit atuarial
corresponde ao total das provisões matemáticas, visto que o valor dos recursos garantidores de benefícios do
RPPS da União é nulo.

48
Quadro comparativo “Método PUC-a” versus “Método PUC-e”
Avaliações atuariais com a mesma data focal: 31/12/2022
RPPS da União - Consolidado - Todos os Poderes
Grupo Fechado (Geração Atual)
Juros: 4,61% a.a.
Em R$
PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A PUC-a PUC-e
2.2.7.2.0.00.00 AH (%)
LONGO PRAZO 31/12/2022 31/12/2022

PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A 1.404.341.546.337,05


2.2.7.2.1.00.00 1.359.091.549.217,70 3,33
LONGO PRAZO - CONSOLIDAÇÃO

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE 819.854.962.511,30


2.2.7.2.1.03.00 819.854.962.511,31 - 0,00
BENEFÍCIOS CONCEDIDOS

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS
878.367.959.701,91
2.2.7.2.1.03.01 BENEFÍCIOS CONCEDIDOS DO PLANO 878.367.959.701,91 -
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO PARA O


2.2.7.2.1.03.03 - 45.280.666.587,33 - 45.280.666.587,33 -
PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO PENSIONISTA PARA O


2.2.7.2.1.03.04 - 13.232.330.603,27 - 13.232.330.603,27 -
PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE 584.486.583.825,74


2.2.7.2.1.04.00 539.236.586.706,39 8,39
BENEFÍCIOS A CONCEDER

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS
763.372.306.587,13
2.2.7.2.1.04.01 BENEFÍCIOS A CONCEDER DO PLANO 763.371.931.296,65 0,00
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ENTE PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.02 - 96.081.453.654,99 - 126.163.542.995,60 - 23,84
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.03 - 48.129.465.106,23 - 63.297.025.488,86 - 23,96
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO E


2.2.7.2.1.04.04 PENSIONISTA PARA O PLANO - 34.674.804.000,16 - 34.674.776.105,79 -
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

49
ANEXO IX: ANÁLISE DE SENSIBILIDADE – TÁBUA DE ENTRADA EM INVALIDEZ
1. Em atenção às recomendações do Acórdão Nº 1463/2020 - TCU – Plenário, emanadas pelo Tribunal
de Contas da União no âmbito do TC-037.722/2019-0, a então Secretaria de Previdência, hoje: Secretaria do
Regime Próprio e Complementar, por meio do Acordo de Cooperação Técnica, requereu ao Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA a construção de tábua de entrada em invalidez específica para os
servidores civis da União, a qual foi concluída e entregue no final de 2021. Na época, foram comparados os
resultados da avaliação atuarial posicionada em 31/12/2021, que utilizou a tábua de entrada em invalidez
“Álvaro Vindas”, com os resultados da avaliação processada, na mesma data focal, com a tábua de entrada
em invalidez específica elaborada pelo IPEA, mantendo-se constantes todas as demais premissas e hipóteses.
Referida alteração da tábua biométrica geraria um aumento de 0,33% na estimativa do deficit atuarial para
2022.

2. Com a adoção dos mesmos procedimentos, para a avaliação atuarial posicionada em 31/12/2022, a
alteração geraria o mesmo aumento percentual de 0,33% na estimativa do déficit atuarial para 2023, conforme
tabela abaixo:

Balanço Atuarial em 31/12/2022

Comparativo entre Tábuas de Entrada em Invalidez

RPPS da União - Consolidado - Todos os Poderes

Grupo Fechado (Geração Atual) - Juros: 4,61% a.a.

Em R$

2023 2023
VARIAÇÃO
CONTAS DO ATIVO Tábua Álvaro Vindas
Tábua do IPEA (B-A)
%
(B)
(A)

Valor Presente Atuarial das Contribuições 235.913.014.391,32 237.398.719.951,99 1.485.705.560,67 0,63

Sobre salários 142.982.535.747,88 144.210.918.761,22 1.228.383.013,35 0,86

Sobre Benefícios 92.930.478.643,44 93.187.801.190,76 257.322.547,32 0,28

Deficit Atuarial 1.399.663.176.075,93 1.404.341.546.337,05 4.678.370.261,12 0,33

Total 1.635.576.190.467,24 1.641.740.266.289,03 6.164.075.821,79 0,38

Tábua Álvaro Vindas


Tábua do IPEA VARIAÇÃO
CONTAS DO PASSIVO %
(B) (B-A)
(A)

Valor Presente Atuarial dos Benefícios Concedidos 878.367.959.701,91 878.367.959.701,91 0,00 0,00

Aposentadorias 632.262.244.397,70 632.262.244.397,70 0,00 0,00

50
Pensões 246.105.715.304,21 246.105.715.304,21 0,00 0,00

Valor Presente Atuarial dos Benefícios a Conceder 757.208.230.765,34 763.372.306.587,13 6.164.075.821,79 0,81

Aposentadorias 596.849.279.429,88 601.277.992.775,23 4.428.713.345,34 0,74

Pensões 160.358.951.335,46 162.094.313.811,90 1.735.362.476,45 1,08

Total 1.635.576.190.467,24 1.641.740.266.289,03 6.164.075.821,79 0,38

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

51
ANEXO X: ANÁLISE DE SENSIBILIDADE – COMPOSIÇÃO FAMILIAR
1. No Relatório da presente avaliação atuarial de 2023, posicionada em 31/12/2022, considerou-se que
76,5% dos servidores e aposentados, de ambos os sexos, deixam ao menos um pensionista. Caso fosse
adotado nesta avaliação atuarial o percentual de 51,8%, indicado pela análise estatística elaborada pela
Coordenação-Geral de Atuária, Contabilidade e Investimentos, mantendo-se constantes todas as demais
premissas e hipóteses, haveria a diminuição de 3,19% na estimativa do déficit atuarial para 2023. Vide
comparativo:

Balanço Atuarial em 31/12/2022


Comparativo entre Percentuais de Concessão de Pensão
RPPS da União - Consolidado - Todos os Poderes
Grupo Fechado (Geração Atual) - Juros: 4,61% a.a.
Em R$
2023 2023

VARIAÇÃO
CONTAS DO ATIVO Percentual Concessão Percentual Concessão %
(B-A)
76,5% 51,8%
(A) (B)

Valor Presente Atuarial das Contribuições 237.398.719.951,99 229.930.362.638,24 -7.468.357.313,75 -3,15

Sobre salários 144.210.918.761,22 138.455.882.885,64 -5.755.035.875,58 -3,99

Sobre Benefícios 93.187.801.190,76 91.474.479.752,59 -1.713.321.438,17 -1,84

Deficit Atuarial 1.404.341.546.337,05 1.359.473.569.648,79 -44.867.976.688,26 -3,19

Total 1.641.740.266.289,03 1.589.403.932.287,02 -52.336.334.002,01 -3,19

Percentual Concessão Percentual Concessão


VARIAÇÃO
CONTAS DO PASSIVO 76,5% 51,8% %
(B-A)
(A) (B)

Valor Presente Atuarial dos Benefícios


878.367.959.701,91 878.367.959.701,91 0,00 0,00
Concedidos

Aposentadorias 632.262.244.397,70 632.262.244.397,70 0,00 0,00

Pensões 246.105.715.304,21 246.105.715.304,21 0,00 0,00

Valor Presente Atuarial dos Benefícios a


763.372.306.587,13 711.035.972.585,12 -52.336.334.002,01 -6,86
Conceder

Aposentadorias 601.277.992.775,23 601.277.992.775,23 0,00 0,00

Pensões 162.094.313.811,90 109.757.979.809,89 -52.336.334.002,01 -32,29

Total 1.641.740.266.289,03 1.589.403.932.287,02 -52.336.334.002,01 -3,19

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

52
2. Em relação à diferença etária entre servidores, aposentados e dependentes, que consiste na adoção
das diferenças de 4 anos a mais e de 2 anos a menos para os aposentados do sexo masculino e feminino, em
relação aos seus cônjuges, respectivamente, demonstra-se o impacto financeiro dessa alteração, com e sem
a aplicação dessas diferenças etárias, mantendo-se constantes todas as demais premissas e hipóteses, que
acarretou diminuição de 0,91% na estimativa do deficit atuarial.

Balanço Atuarial em 31/12/2022


Comparativo da Diferença Etária entre Servidores, Aposentados e seus Dependentes
RPPS da União - Consolidado - Todos os Poderes
Grupo Fechado (Geração Atual) - Juros: 4,61% a.a.
Em R$
31/12/2022 31/12/2022
VARIAÇÃO
CONTAS DO ATIVO %
Com Diferença Etária Sem Diferença Etária (B-A)
(A) (B)

Valor Presente Atuarial das Contribuições 237.398.719.951,99 235.868.041.029,53 -1.530.678.922,46 -0,64

Sobre salários 144.210.918.761,22 143.235.479.303,60 -975.439.457,63 -0,68

Sobre Benefícios 93.187.801.190,76 92.632.561.725,93 -555.239.464,83 -0,60

Deficit Atuarial 1.404.341.546.337,05 1.391.569.443.215,66 -12.772.103.121,39 -0,91

Total 1.641.740.266.289,03 1.627.437.484.245,18 -14.302.782.043,85 -0,87

Com Diferença Etária Sem Diferença Etária VARIAÇÃO


CONTAS DO PASSIVO %
(A) (B) (B-A)

Valor Presente Atuarial dos Benefícios


878.367.959.701,91 878.367.959.701,91 0,00 0,00
Concedidos

Aposentadorias 632.262.244.397,70 632.262.244.397,70 0,00 0,00

Pensões 246.105.715.304,21 246.105.715.304,21 0,00 0,00

Valor Presente Atuarial dos Benefícios a


763.372.306.587,13 749.069.524.543,28 -14.302.782.043,85 -1,87
Conceder

Aposentadorias 601.277.992.775,23 601.277.992.775,23 0,00 0,00

Pensões 162.094.313.811,90 147.791.531.768,05 -14.302.782.043,85 -8,82

Total 1.641.740.266.289,03 1.627.437.484.245,18 -14.302.782.043,85 -0,87

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

53
ANEXO XI: DATA DE APOSENTADORIA DOS “SERVIDORES IMINENTES” (QUE JÁ
PODEM REQUERER A APOSENTADORIA)
1. Até a avaliação atuarial do exercício de 2017, considerava-se que todos os servidores identificados
com direito ao recebimento do abono de permanência exerceriam de imediato o direito à aposentadoria.
Hipótese esta que, na prática, não vinha se confirmando e gerava distorções nas projeções atuariais.

2. Por essa razão, referida hipótese foi revista e passou-se adotar a hipótese em que referidos servidores,
reconhecidos como “riscos iminentes”, aguardarão sete anos, contados da data do cumprimento da melhor
elegibilidade ao benefício, para se aposentar. O balanço atuarial dos servidores nesta situação é apresentado
no seguinte demonstrativo:

Balanço Atuarial em 31/12/2022


Servidores iminentes - Hipótese de Postergação da Aposentadoria em Sete Anos
RPPS da União - Consolidado - Todos os Poderes
Grupo Fechado (Geração Atual) - Juros: 4,61% a.a.
Em R$

ATIVO PASSIVO

Valor Presente Atuarial das Valor Presente Atuarial dos


11.766.331.157,37 0,00
Contribuições Benefícios Concedidos

Sobre Salários 0,00 Aposentadorias 0,00

Sobre Benefícios 11.766.331.157,37 Pensões 0,00

Deficit Atuarial 162.527.737.698,01 Valor Presente Atuarial dos 174.294.068.855,38


Benefícios a Conceder

Aposentadorias 157.960.647.446,61

Pensões 16.333.421.408,78

Total 174.294.068.855,38 174.294.068.855,38

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

54
ANEXO XII: SERVIDORES CONSIDERADOS COMO APOSENTADOS
1. Este Anexo refere-se ao grupo de servidores reconhecidos como “riscos iminentes”, que já
aguardaram mais de sete anos, contados da data de cumprimento da melhor elegibilidade, para se aposentar.

2. Assim, na data focal desta avaliação, foi considerada a hipótese que tais servidores, com direito ao
abono de permanência, aposentar-se-ão no início de 2023. O balanço atuarial dos servidores nesta situação é
apresentado no seguinte demonstrativo:

Balanço Atuarial em 31/12/2022


Servidores Com Mais de Sete Anos de Postergação da Aposentadoria
RPPS da União - Consolidado - Todos os Poderes
Grupo Fechado (Geração Atual) - Juros: 4,61% a.a.
Em R$

ATIVO PASSIVO

4.716.847.183,09
Valor Presente Atuarial das Valor Presente Atuarial dos
0,00
Contribuições Benefícios Concedidos

Sobre Salários 0,00 Aposentadorias 0,00

Sobre Benefícios 4.716.847.183,09 Pensões 0,00

Deficit Atuarial 76.367.509.978,73 Valor Presente Atuarial dos 81.084.357.161,82


Benefícios a Conceder

Aposentadorias 73.532.942.747,17

Pensões 7.551.414.414,66

Total 81.084.357.161,82 81.084.357.161,82

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

55
ANEXO XIII: FLUXOS DE RECEITAS E DESPESAS - “RISCOS IMINENTES”
1. Este anexo trata dos valores, expressos sob a forma de projeções do fluxo de caixa atuarial, em relação
à hipótese atuarial que versa sobre a postergação da aposentadoria em sete anos, relativa ao grupo de
servidores classificados como “riscos iminentes” que, não obstante terem cumprido os requisitos para a
aposentação, ainda não exerceram tal direito, conforme constatado na data focal da avaliação atuarial. O não
exercício da faculdade de se aposentar, de imediato, logo na data de aquisição desse direito, poderia ser
explicado pela questão financeira, a exemplo do incentivo gerado pelo abono de permanência, ou ainda, por
outros fatores individuais.

2. Esta hipótese tem por finalidade indicar uma melhor distribuição das aposentadorias a serem
concedidas a esse grupo de servidores no fluxo de caixa atuarial. Reitera-se que a adoção da hipótese de
postergação restringe-se exclusivamente a esses servidores que já cumpriram os requisitos constitucionais
para se aposentar e, até a data focal da avalição atuarial, ainda não o fizeram.

3. O quadro abaixo demonstra os valores anuais, sem a adoção da hipótese de espera de 7 anos para o
grupo de servidores considerados “riscos iminentes”, e com a aplicação da hipótese de espera de 7 anos a
esse mesmo grupo. Ao lado, são listadas as colunas que apresentam os valores totais, que abrange todos os
segurados que foram objeto da avaliação atuarial de 31/12/2022.

Governo Federal
Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos
Impacto da Premissa de 7 anos de Postergação de Aposentadoria
2023 a 2097
RREO - Anexo 10 (LRF, art. 53, § 1º, inciso II) Em Milhares R$

RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS RESULTADO PREVIDENCIÁRIO

EXERCÍCIO
Fluxo Avaliação Fluxo Avaliação Fluxo Avaliação
Com 7 anos Sem 7 Anos Com 7 anos Sem 7 Anos Com 7 anos Sem 7 Anos
2023 2023 2023

2023 41.078,96 1.091.834,16 18.009.843,72 658.625,05 15.883.078,63 101.608.271,60 -617.546,09 -14.791.244,47 -83.598.427,88

2024 133.586,20 1.120.803,12 18.854.145,62 2.099.733,61 16.321.306,39 104.390.905,24 -1.966.147,41 -15.200.503,27 -85.536.759,62

2025 253.222,30 1.148.099,53 19.666.808,19 3.873.581,32 16.737.458,97 107.423.164,06 -3.620.359,01 -15.589.359,44 -87.756.355,88

2026 411.935,94 1.174.527,83 20.279.441,98 6.140.995,42 17.143.391,38 111.382.096,94 -5.729.059,48 -15.968.863,56 -91.102.654,95

2027 612.895,92 1.199.814,38 21.037.728,69 9.050.114,12 17.535.259,19 115.549.411,96 -8.437.218,20 -16.335.444,81 -94.511.683,27

2028 856.067,23 1.224.911,34 21.480.682,59 12.655.074,52 17.927.136,82 121.489.036,28 -11.799.007,29 -16.702.225,48 -100.008.353,69

2029 1.157.045,44 1.249.524,30 22.276.097,98 16.805.430,46 18.314.907,44 126.917.856,73 -15.648.385,02 -17.065.383,14 -104.641.758,75

2030 1.326.460,19 1.273.512,99 22.524.753,20 19.169.482,24 18.696.692,69 131.772.337,74 -17.843.022,04 -17.423.179,69 -109.247.584,54

2031 1.350.763,44 1.296.723,26 22.845.700,47 19.557.484,20 19.070.393,60 133.869.760,95 -18.206.720,76 -17.773.670,35 -111.024.060,48

2032 1.374.094,48 1.318.986,52 22.946.076,19 19.935.250,54 19.433.675,99 136.439.267,22 -18.561.156,05 -18.114.689,47 -113.493.191,02

2033 1.396.263,03 1.340.119,49 23.288.745,77 20.300.139,28 19.783.956,88 138.167.809,96 -18.903.876,25 -18.443.837,39 -114.879.064,19

2034 1.417.063,19 1.359.923,97 23.370.245,80 20.649.235,56 20.118.392,78 140.457.852,87 -19.232.172,36 -18.758.468,80 -117.087.607,07

2035 1.436.273,52 1.378.187,02 23.374.165,29 20.979.341,05 20.433.870,42 142.769.840,43 -19.543.067,53 -19.055.683,41 -119.395.675,14

2036 1.453.657,43 1.394.681,33 23.320.098,07 21.286.966,98 20.727.001,09 145.019.385,63 -19.833.309,55 -19.332.319,76 -121.699.287,56

56
2037 1.468.964,00 1.409.166,07 23.176.885,35 21.568.332,08 20.994.119,64 147.273.963,43 -20.099.368,07 -19.584.953,57 -124.097.078,08

2038 1.481.929,21 1.421.388,12 22.980.041,42 21.819.366,12 21.231.289,13 149.223.708,16 -20.337.436,92 -19.809.901,01 -126.243.666,74

2039 1.492.278,08 1.431.084,16 22.664.032,88 22.035.725,05 21.434.316,34 151.410.274,79 -20.543.446,97 -20.003.232,19 -128.746.241,92

2040 1.499.727,28 1.437.983,19 22.216.541,47 22.212.813,01 21.598.774,27 153.669.903,36 -20.713.085,73 -20.160.791,08 -131.453.361,88

2041 1.503.987,66 1.441.809,10 21.677.761,79 22.345.808,84 21.720.028,55 155.876.297,56 -20.841.821,19 -20.278.219,45 -134.198.535,78

2042 1.504.768,05 1.442.284,28 20.943.990,17 22.429.710,97 21.793.281,50 158.257.525,80 -20.924.942,92 -20.350.997,21 -137.313.535,63

2043 1.501.781,18 1.439.135,38 20.074.223,41 22.459.409,15 21.813.642,36 160.493.802,53 -20.957.627,97 -20.374.506,98 -140.419.579,12

2044 1.494.746,63 1.432.096,14 19.046.716,89 22.429.738,77 21.776.179,48 162.938.949,10 -20.934.992,15 -20.344.083,34 -143.892.232,21

2045 1.483.398,05 1.420.914,31 17.896.527,31 22.335.583,79 21.676.019,69 165.293.265,29 -20.852.185,74 -20.255.105,38 -147.396.737,98

2046 1.467.490,29 1.405.358,50 16.688.076,61 22.171.994,83 21.508.462,29 167.389.529,99 -20.704.504,54 -20.103.103,80 -150.701.453,38

2047 1.446.809,90 1.385.228,28 15.376.417,06 21.934.315,62 21.269.100,18 169.308.334,60 -20.487.505,72 -19.883.871,90 -153.931.917,54

2048 1.421.186,27 1.360.364,89 14.169.126,12 21.618.354,27 20.953.983,79 170.580.245,52 -20.197.168,00 -19.593.618,90 -156.411.119,40

2049 1.390.494,86 1.330.654,02 13.015.459,03 21.220.521,62 20.559.752,37 171.329.810,92 -19.830.026,75 -19.229.098,35 -158.314.351,90

2050 1.354.665,85 1.296.033,91 11.927.625,09 20.738.036,14 20.083.829,35 171.560.259,50 -19.383.370,30 -18.787.795,44 -159.632.634,41

2051 1.313.690,79 1.256.501,56 10.873.340,42 20.169.128,46 19.524.618,79 171.366.384,36 -18.855.437,68 -18.268.117,23 -160.493.043,94

2052 1.267.642,74 1.212.131,95 9.902.079,11 19.513.382,24 18.881.834,49 170.641.727,15 -18.245.739,50 -17.669.702,54 -160.739.648,04

2053 1.216.688,07 1.163.089,21 9.027.180,85 18.772.027,76 18.156.782,08 169.374.110,61 -17.555.339,69 -16.993.692,88 -160.346.929,77

2054 1.161.075,39 1.109.616,12 8.237.217,27 17.948.004,16 17.352.418,24 167.618.522,12 -16.786.928,77 -16.242.802,12 -159.381.304,85

2055 1.101.141,73 1.052.040,03 7.522.902,78 17.046.255,95 16.473.636,10 165.410.285,86 -15.945.114,22 -15.421.596,07 -157.887.383,08

2056 1.037.341,67 990.800,07 6.915.435,73 16.074.110,88 15.527.621,47 162.686.779,32 -15.036.769,21 -14.536.821,40 -155.771.343,59

2057 970.247,56 926.447,16 6.389.079,56 15.041.331,49 14.523.893,02 159.531.581,16 -14.071.083,93 -13.597.445,86 -153.142.501,59

2058 900.550,67 859.644,46 5.932.200,65 13.959.944,28 13.474.125,93 155.993.959,32 -13.059.393,61 -12.614.481,48 -150.061.758,67

2059 829.032,68 791.140,55 5.524.129,93 12.843.775,42 12.391.705,21 152.147.221,19 -12.014.742,74 -11.600.564,66 -146.623.091,26

2060 756.539,72 721.744,59 5.153.294,43 11.707.887,89 11.291.183,08 148.038.007,73 -10.951.348,17 -10.569.438,50 -142.884.713,30

2061 683.970,20 652.314,55 4.810.290,75 10.568.201,61 10.187.910,98 143.705.444,29 -9.884.231,41 -9.535.596,42 -138.895.153,54

2062 612.247,50 583.731,24 4.481.759,56 9.440.919,48 9.097.488,45 139.197.963,25 -8.828.671,98 -8.513.757,21 -134.716.203,69

2063 542.289,10 516.868,76 4.167.580,14 8.341.915,50 8.035.175,99 134.527.506,44 -7.799.626,41 -7.518.307,23 -130.359.926,30

2064 474.973,69 452.563,38 3.861.451,48 7.286.136,03 7.015.321,62 129.722.429,92 -6.811.162,34 -6.562.758,24 -125.860.978,44

2065 411.106,97 391.580,96 3.563.547,72 6.287.004,47 6.050.791,15 124.792.794,16 -5.875.897,51 -5.659.210,19 -121.229.246,44

2066 351.392,00 334.588,79 3.275.245,29 5.355.931,84 5.152.499,48 119.745.923,28 -5.004.539,84 -4.817.910,69 -116.470.677,99

2067 296.401,54 282.129,31 2.996.948,32 4.501.903,03 4.329.015,42 114.592.595,33 -4.205.501,49 -4.046.886,11 -111.595.647,01

2068 246.556,91 234.600,13 2.728.645,52 3.731.201,01 3.586.299,13 109.345.709,28 -3.484.644,10 -3.351.699,00 -106.617.063,76

2069 202.114,61 192.241,41 2.471.810,89 3.047.278,92 2.927.582,24 104.015.194,83 -2.845.164,31 -2.735.340,84 -101.543.383,94

2070 163.162,17 155.132,06 2.226.774,73 2.450.791,15 2.353.401,08 98.615.725,11 -2.287.628,98 -2.198.269,02 -96.388.950,38

2071 129.623,74 123.195,33 1.994.754,85 1.939.779,31 1.861.779,23 93.161.102,32 -1.810.155,58 -1.738.583,90 -91.166.347,47

2072 101.275,03 96.213,18 1.776.246,96 1.509.995,67 1.448.542,22 87.669.268,44 -1.408.720,65 -1.352.329,04 -85.893.021,48

2073 77.766,68 73.848,81 1.571.863,76 1.155.337,09 1.107.738,53 82.159.958,38 -1.077.570,40 -1.033.889,72 -80.588.094,62

2074 58.653,16 55.674,29 1.382.045,25 868.343,45 832.121,81 76.655.497,63 -809.690,29 -776.447,52 -75.273.452,39

2075 43.425,63 41.202,04 1.207.050,00 640.730,46 613.665,39 71.180.623,20 -597.304,83 -572.463,35 -69.973.573,20

57
2076 31.544,70 29.916,10 1.046.957,26 463.900,15 444.054,40 65.762.324,58 -432.355,46 -414.138,31 -64.715.367,32

2077 22.470,83 21.301,04 901.669,09 329.393,07 315.120,37 60.429.366,66 -306.922,24 -293.819,34 -59.527.697,57

2078 15.690,47 14.866,82 770.917,28 229.265,15 219.202,68 55.211.667,78 -213.574,68 -204.335,86 -54.440.750,50

2079 10.734,92 10.166,69 654.265,89 156.344,66 149.393,58 50.139.595,91 -145.609,74 -139.226,88 -49.485.330,02

2080 7.193,43 6.809,47 551.134,56 104.407,85 99.705,09 45.243.133,44 -97.214,41 -92.895,62 -44.691.998,89

2081 4.718,65 4.464,62 460.815,52 68.237,51 65.122,87 40.551.018,96 -63.518,86 -60.658,25 -40.090.203,44

2082 3.027,87 2.863,40 382.494,47 43.609,73 41.591,58 36.089.832,35 -40.581,86 -38.728,18 -35.707.337,89

2083 1.899,66 1.795,52 315.273,23 27.232,57 25.954,13 31.883.161,09 -25.332,90 -24.158,60 -31.567.887,86

2084 1.163,42 1.099,00 258.189,10 16.583,12 15.792,34 27.950.751,22 -15.419,71 -14.693,34 -27.692.562,12

2085 693,18 654,38 210.238,70 9.810,02 9.333,88 24.307.876,57 -9.116,84 -8.679,50 -24.097.637,86

2086 399,90 377,24 170.403,66 5.610,35 5.332,66 20.964.853,52 -5.210,45 -4.955,42 -20.794.449,86

2087 222,08 209,38 137.675,89 3.088,18 2.932,70 17.926.843,75 -2.866,10 -2.723,32 -17.789.167,86

2088 119,67 112,74 111.078,94 1.642,43 1.558,10 15.193.733,31 -1.522,76 -1.445,36 -15.082.654,37

2089 63,98 60,23 89.693,77 863,87 818,42 12.760.447,99 -799,89 -758,19 -12.670.754,22

2090 32,77 30,82 72.677,17 432,54 409,21 10.617.326,87 -399,77 -378,40 -10.544.649,70

2091 15,85 14,89 59.266,85 203,76 192,53 8.750.567,11 -187,91 -177,64 -8.691.300,26

2092 7,26 6,82 48.787,43 90,79 85,77 7.142.870,78 -83,53 -78,95 -7.094.083,35

2093 3,17 2,98 40.647,80 37,57 35,51 5.774.194,03 -34,40 -32,53 -5.733.546,23

2094 1,62 1,52 34.345,26 18,45 17,41 4.622.629,70 -16,83 -15,89 -4.588.284,44

2095 0,76 0,72 29.458,59 8,17 7,69 3.665.217,84 -7,40 -6,98 -3.635.759,24

2096 0,38 0,36 25.646,12 4,04 3,80 2.878.785,26 -3,66 -3,45 -2.853.139,14

2097 0,17 0,16 22.634,90 1,85 1,75 2.240.586,29 -1,68 -1,59 -2.217.951,39

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

Observação: Seguiu-se os apontamentos das Notas do Anexo III-B.

58
ANEXO XIV: PROJEÇÕES CONSIDERANDO A PREMISSA DE REPOSIÇÃO DOS
SERVIDORES
1. Conforme previsto no art. 37 da Portaria MTP n° 1.467/2022, a alteração do perfil da massa de
segurados por reposição de servidores em decorrência de falecimento, rotatividade, invalidez e entrada em
aposentadoria:

a) não poderá resultar em aumento da massa considerada na posição da avaliação atuarial;

b) deverá ser utilizada exclusivamente sob a lógica de reposição de servidores, considerando-se um novo
entrando com características funcionais e previdenciárias semelhantes às do segurado que substituiu para
efeito de projeção, especialmente quanto à estimativa de idade de início em algum regime previdenciário, de
ingresso no serviço público e de remuneração inicial desses segurados repostos para fins de projeções
atuariais;

c) deverá considerar, obrigatoriamente, um período de reposição de 75 (setenta e cinco) anos futuros,


projetando-se o fluxo de receitas e despesas previdenciárias correspondentes até o falecimento de todo o
grupo de reposição.

2. Além dos parâmetros citados acima, a Portaria MTP n° 1.467/2022, através do inciso V de seu art. 37
e do art. 33 de seu Anexo VI, prevê que a utilização da hipótese de reposição de segurados somente poderá
impactar os valores dos compromissos e o resultado atuarial, para fins de definição do plano de custeio de
equilíbrio do RPPS, quando atendidos os critérios a serem definidos pelo MTP.

3. Assim, são apresentados a seguir os resultados e projeções considerando a adoção da premissa de


reposição dos servidores, para possibilitar uma melhor compreensão da situação financeira e atuarial do RPPS,
especialmente para subsidiar a gestão do RPPS, a partir dos fluxos de receitas e despesas futuras projetadas.

4. Vale destacar que após a instituição do regime de previdência complementar, todos os servidores que
ingressaram no serviço público federal a partir de 2013 terão seus benefícios limitados ao valor do teto dos
benefícios pagos pelo Regime Geral de Previdência Social e sujeitos ao cálculo pela média. Tal medida
contribuirá para a diminuição dos encargos previdenciários da União no médio e longo prazo, quando
começarão a ser pagos esses benefícios.

5. A hipótese adotada para a reposição de servidores é que o novo ingressante contará com as mesmas
características funcionais e previdenciárias do servidor a ser substituído. Adotou-se, também, a razão de
reposição de um novo servidor para cada servidor que vier se aposentar, sem que haja aumento na massa de
segurados, conforme prescrito em normas.

6. Ademais, cabe informar que, no processamento desta avaliação atuarial, com data focal 31/12/2022,
ao se considerar a reposição de servidores, foi utilizado o método de financiamento ortodoxo, inobstante nas
demais projeções atuariais ter sido empregado o método de financiamento de crédito unitário projetado, pois
a utilização desse último método considerando a geração futura, ainda necessita de atualização da ferramenta
de cálculo.

59
7. Nos quadros a seguir são apresentados o balanço atuarial e as projeções atuariais, ano a ano, que
mostram os resultados da avaliação atuarial elaborada no conceito de grupo aberto, que abrange a geração
atual e as gerações futuras, mediante a adoção da hipótese de reposição dos servidores.

Balanço Atuarial em 31/12/2022


RPPS da União - Consolidado - Todos os Poderes
Separação dos Compromissos da Geração Atual e das Gerações Futuras
Grupo Aberto (Geração Atual e Gerações Futuras) - Juros: 4,61% a.a.
Em R$
ATIVO PASSIVO
Valor Presente Atuarial dos
Recursos Garantidores 0,00 Benefícios Concedidos 878.367.959.701,91

Valor Presente Atuarial das


Contribuições 553.917.203.467,75 Aposentadorias 632.262.244.397,70

Sobre Salários 460.729.430.171,36 Pensões 246.105.715.304,21


Geração Atual 245.085.394.297,74
Servidor 81.695.131.432,58
Ente 163.390.262.865,16
Valor Presente Atuarial dos
Gerações Futuras 215.644.035.873,63 Benefícios a Conceder 938.284.657.902,58
Servidor 71.881.345.291,21
Ente 143.762.690.582,42 Geração Atual 763.372.306.587,13

Sobre Benefícios 93.187.773.296,39 Aposentadorias 601.277.992.775,23


Geração Atual 93.187.773.296,39 Programadas 597.634.465.625,67
Gerações Futuras 0,00 Por Invalidez 3.643.527.149,56

Compensação Financeira 0,00 Pensões 162.094.313.811,90


Sobre Benefícios a Conceder 0,00 Servidores 73.006.830.340,53
Sobre Benefícios Concedidos 0,00 Aposentados 89.087.483.471,37

Parcelamentos 0,00
Gerações Futuras 174.912.351.315,45

Aposentadorias 166.894.514.436,24
Déficit Atuarial 1.262.735.414.136,73 Programadas 166.894.514.436,24
Por Invalidez 0,00

Pensões 8.017.836.879,22
Servidores 8.017.836.879,22
Aposentados 0,00

Total 1.816.652.617.604,49 Total 1.816.652.617.604,49

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

60
Governo Federal
Relatório Resumido da Execução Orçamentária
Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos
Orçamento da Seguridade Social 2023 a 2097
(Grupo Aberto – Com Reposição)
LRF, art. 53, § 1º, inciso II - Anexo XIII R$ milhares

RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS RESULTADO PREVIDENCIÁRIO

Fluxo: Fluxo: Fluxo: Fluxo: Fluxo:


Fluxo: Total Total Total
EXERCÍCIO
Gerações Geração Gerações Geração Gerações
Geração Atual (GA e GF) (GA e GF) (GA e GF)
Futuras Atual Futura Atual Futuras

2023 29.866.987 4.599.131 34.466.118 101.608.272 0 101.608.272 -71.741.284 4.444.369 -67.296.915

2024 30.711.246 4.871.463 35.582.710 104.390.905 145 104.391.050 -73.679.659 4.699.419 -68.980.240

2025 31.471.064 5.158.224 36.629.288 107.423.164 427 107.423.591 -75.952.100 4.982.729 -70.969.371

2026 31.992.085 5.506.050 37.498.135 111.382.097 945 111.383.042 -79.390.012 5.457.666 -73.932.346

2027 32.625.138 6.013.977 38.639.115 115.549.412 176.029 115.725.441 -82.924.274 5.697.277 -77.226.997

2028 32.894.899 6.498.838 39.393.737 121.489.036 243.717 121.732.754 -88.594.138 6.287.988 -82.306.150

2029 33.496.911 7.175.902 40.672.813 126.917.857 324.811 127.242.668 -93.420.946 6.715.162 -86.705.783

2030 33.453.308 7.719.459 41.172.768 131.772.338 411.020 132.183.358 -98.319.029 7.309.839 -91.009.191

2031 33.425.524 8.495.325 41.920.850 133.869.761 509.244 134.379.005 -100.444.237 7.770.050 -92.674.186

2032 33.131.051 9.007.465 42.138.516 136.439.267 1.111.016 137.550.283 -103.308.216 7.976.585 -95.331.631

2033 33.062.663 9.945.000 43.007.663 138.167.810 1.476.819 139.644.629 -105.105.147 8.453.308 -96.651.839

2034 32.654.298 10.640.439 43.294.737 140.457.853 1.906.035 142.363.888 -107.803.555 8.916.053 -98.887.502

2035 32.089.822 11.588.056 43.677.878 142.769.840 2.334.197 145.104.037 -110.680.019 9.201.089 -101.478.930

2036 31.442.853 12.576.656 44.019.510 145.019.386 2.790.924 147.810.310 -113.576.532 9.729.196 -103.847.336

2037 30.662.039 13.553.627 44.215.666 147.273.963 3.545.418 150.819.381 -116.611.925 9.946.607 -106.665.317

2038 29.816.308 14.717.349 44.533.657 149.223.708 4.196.082 153.419.791 -119.407.400 10.451.097 -108.956.303

2039 28.815.013 15.892.847 44.707.860 151.410.275 4.940.077 156.350.352 -122.595.262 10.808.295 -111.786.967

2040 27.662.605 17.204.373 44.866.978 153.669.903 5.718.258 159.388.161 -126.007.298 11.246.578 -114.760.720

2041 26.413.211 18.601.657 45.014.868 155.876.298 6.546.927 162.423.225 -129.463.086 11.670.816 -117.792.271

2042 24.952.270 19.929.469 44.881.740 158.257.526 7.991.887 166.249.413 -133.305.255 11.700.927 -121.604.328

2043 23.368.314 21.741.070 45.109.383 160.493.803 9.095.252 169.589.055 -137.125.489 12.257.053 -124.868.436

2044 21.652.386 23.525.611 45.177.997 162.938.949 10.301.072 173.240.021 -141.286.563 12.769.205 -128.517.358

2045 19.865.671 25.465.358 45.331.028 165.293.265 11.484.945 176.778.211 -145.427.595 13.265.186 -132.162.408

2046 18.095.698 27.447.631 45.543.329 167.389.530 12.743.998 180.133.528 -149.293.832 13.991.374 -135.302.459

2047 16.311.289 29.229.026 45.540.315 169.308.335 14.848.202 184.156.537 -152.997.046 14.373.535 -138.623.511

2048 14.723.292 31.439.841 46.163.133 170.580.246 16.483.752 187.063.998 -155.856.953 15.006.152 -140.850.801

61
2049 13.277.640 33.381.856 46.659.496 171.329.811 18.226.619 189.556.430 -158.052.171 15.417.311 -142.634.860

2050 11.975.527 35.227.713 47.203.239 171.560.260 20.300.087 191.860.347 -159.584.733 15.563.504 -144.021.229

2051 10.774.563 37.064.740 47.839.302 171.366.384 22.543.266 193.909.650 -160.591.822 15.446.131 -145.145.691

2052 9.727.924 38.536.368 48.264.292 170.641.727 25.815.518 196.457.245 -160.913.803 14.606.368 -146.307.435

2053 8.828.068 40.453.271 49.281.339 169.374.111 28.690.110 198.064.221 -160.546.042 14.189.427 -146.356.616

2054 8.036.575 42.049.016 50.085.591 167.618.522 31.884.008 199.502.530 -159.581.947 13.238.675 -146.343.272

2055 7.352.628 43.673.859 51.026.487 165.410.286 35.096.066 200.506.352 -158.057.658 11.982.276 -146.075.383

2056 6.782.344 45.124.187 51.906.531 162.686.779 38.625.567 201.312.346 -155.904.435 10.647.616 -145.256.819

2057 6.289.091 46.426.900 52.715.990 159.531.581 42.699.714 202.231.295 -153.242.490 8.490.173 -144.752.317

2058 5.862.954 47.969.180 53.832.134 155.993.959 46.535.450 202.529.410 -150.131.005 6.719.759 -143.411.246

2059 5.481.077 49.367.085 54.848.162 152.147.221 50.612.310 202.759.531 -146.666.144 4.695.271 -141.970.873

2060 5.127.522 50.718.808 55.846.330 148.038.008 55.025.630 203.063.638 -142.910.485 2.179.581 -140.730.904

2061 4.794.077 52.155.771 56.949.848 143.705.444 59.464.338 203.169.782 -138.911.367 -332.131 -139.243.498

2062 4.470.956 53.190.820 57.661.776 139.197.963 65.256.285 204.454.248 -134.727.007 -3.797.071 -138.524.078

2063 4.160.714 54.978.651 59.139.365 134.527.506 70.375.007 204.902.514 -130.366.792 -6.582.593 -136.949.385

2064 3.857.353 56.444.515 60.301.868 129.722.430 75.860.561 205.582.991 -125.865.077 -9.663.297 -135.528.374

2065 3.561.461 58.084.997 61.646.458 124.792.794 81.374.217 206.167.011 -121.231.333 -12.822.286 -134.053.619

2066 3.274.319 59.658.317 62.932.636 119.745.923 87.003.415 206.749.339 -116.471.605 -15.970.116 -132.441.720

2067 2.996.418 61.260.397 64.256.815 114.592.595 93.168.620 207.761.215 -111.596.177 -19.435.842 -131.032.020

2068 2.728.628 63.101.453 65.830.080 109.345.709 99.008.679 208.354.388 -106.617.081 -22.325.673 -128.942.754

2069 2.471.816 64.858.042 67.329.859 104.015.195 105.107.428 209.122.623 -101.543.378 -25.580.573 -127.123.952

2070 2.226.785 66.717.890 68.944.675 98.615.725 111.257.577 209.873.302 -96.388.940 -28.659.341 -125.048.281

2071 1.994.764 68.679.674 70.674.438 93.161.102 117.745.904 210.907.006 -91.166.338 -31.692.644 -122.858.982

2072 1.776.255 69.792.177 71.568.432 87.669.268 126.840.654 214.509.922 -85.893.014 -36.476.122 -122.369.135

2073 1.571.871 72.637.501 74.209.372 82.159.958 134.292.865 216.452.824 -80.588.088 -39.917.137 -120.505.225

2074 1.382.051 74.770.882 76.152.933 76.655.498 141.868.331 218.523.829 -75.273.447 -43.780.618 -119.054.065

2075 1.207.055 77.059.028 78.266.083 71.180.623 149.470.138 220.650.762 -69.973.569 -48.090.637 -118.064.206

2076 1.046.961 79.253.291 80.300.252 65.762.325 157.217.860 222.980.184 -64.715.364 -51.921.609 -116.636.972

2077 901.672 81.406.722 82.308.394 60.429.367 165.954.356 226.383.722 -59.527.695 -56.726.822 -116.254.517

2078 770.919 83.968.449 84.739.368 55.211.668 174.336.862 229.548.530 -54.440.748 -60.904.844 -115.345.592

2079 654.268 86.578.763 87.233.030 50.139.596 182.815.253 232.954.849 -49.485.328 -65.380.356 -114.865.684

2080 551.136 89.134.050 89.685.186 45.243.133 191.352.668 236.595.801 -44.691.998 -69.654.964 -114.346.962

2081 460.816 91.755.510 92.216.326 40.551.019 200.100.800 240.651.819 -40.090.203 -74.485.278 -114.575.481

2082 382.495 93.850.395 94.232.890 36.089.832 210.646.304 246.736.136 -35.707.337 -80.252.878 -115.960.216

2083 315.274 97.431.807 97.747.081 31.883.161 219.551.897 251.435.058 -31.567.887 -84.306.653 -115.874.541

2084 258.189 100.177.572 100.435.761 27.950.751 229.011.238 256.961.989 -27.692.562 -89.401.289 -117.093.851

62
2085 210.239 103.329.999 103.540.238 24.307.877 237.915.665 262.223.541 -24.097.638 -94.113.915 -118.211.552

2086 170.404 106.501.874 106.672.277 20.964.854 246.744.547 267.709.400 -20.794.450 -98.070.289 -118.864.739

2087 137.676 109.466.770 109.604.446 17.926.844 256.340.837 274.267.681 -17.789.168 -103.600.589 -121.389.756

2088 111.079 113.130.139 113.241.218 15.193.733 264.899.468 280.093.202 -15.082.654 -107.400.525 -122.483.179

2089 89.694 116.511.650 116.601.343 12.760.448 273.466.034 286.226.482 -12.670.754 -111.219.522 -123.890.276

2090 72.677 120.020.958 120.093.636 10.617.327 282.040.143 292.657.470 -10.544.650 -115.342.319 -125.886.969

2091 59.267 123.690.591 123.749.857 8.750.567 290.060.640 298.811.207 -8.691.300 -118.697.503 -127.388.803

2092 48.787 126.543.679 126.592.466 7.142.871 300.928.563 308.071.434 -7.094.083 -124.138.681 -131.232.765

2093 40.648 131.012.831 131.053.479 5.774.194 309.471.666 315.245.860 -5.733.546 -127.190.910 -132.924.457

2094 34.345 134.860.934 134.895.279 4.622.630 318.518.212 323.140.842 -4.588.284 -130.688.380 -135.276.664

2095 29.459 139.203.530 139.232.988 3.665.218 326.786.799 330.452.017 -3.635.759 -133.746.608 -137.382.367

2096 25.646 143.035.535 143.061.182 2.878.785 336.048.069 338.926.855 -2.853.139 -137.305.050 -140.158.190

2097 22.635 146.400.777 146.423.411 2.240.586 347.686.054 349.926.640 -2.217.951 -141.579.209 -143.797.160

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

Observação: Seguiu-se os apontamentos das Notas do Anexo III-B, à exceção da adoção da hipótese de reposição de servidores e do método de
financiamento, que aqui é o método ortodoxo.

63
Governo Federal
Relatório Resumido da Execução Orçamentária
Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos
Orçamento da Seguridade Social 2023 a 2097
(Grupo Aberto – Com Reposição)
LRF, art. 53, § 1º, inciso II - Anexo XIII R$ milhares

RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS RESULTADO PREVIDENCIÁRIO

EXERCÍCIO Valor % do PIB Valor % do PIB Valor % do PIB

(a) (b) (a-b)

2023 34.466.118 0,32% 101.608.272 0,95% -67.296.915 0,63%

2024 35.582.710 0,31% 104.391.050 0,91% -68.980.240 0,60%

2025 36.629.288 0,30% 107.423.591 0,87% -70.969.371 0,58%

2026 37.498.135 0,29% 111.383.042 0,85% -73.932.346 0,57%

2027 38.639.115 0,28% 115.725.441 0,83% -77.226.997 0,56%

2028 39.393.737 0,28% 121.732.754 0,85% -82.306.150 0,58%

2029 40.672.813 0,28% 127.242.668 0,86% -86.705.783 0,59%

2030 41.172.768 0,27% 132.183.358 0,87% -91.009.191 0,60%

2031 41.920.850 0,27% 134.379.005 0,86% -92.674.186 0,59%

2032 42.138.516 0,26% 137.550.283 0,85% -95.331.631 0,59%

2033 43.007.663 0,26% 139.644.629 0,84% -96.651.839 0,58%

2034 43.294.737 0,25% 142.363.888 0,83% -98.887.502 0,58%

2035 43.677.878 0,25% 145.104.037 0,82% -101.478.930 0,58%

2036 44.019.510 0,24% 147.810.310 0,82% -103.847.336 0,57%

2037 44.215.666 0,24% 150.819.381 0,81% -106.665.317 0,57%

2038 44.533.657 0,23% 153.419.791 0,80% -108.956.303 0,57%

2039 44.707.860 0,23% 156.350.352 0,79% -111.786.967 0,56%

2040 44.866.978 0,22% 159.388.161 0,78% -114.760.720 0,56%

2041 45.014.868 0,21% 162.423.225 0,77% -117.792.271 0,56%

2042 44.881.740 0,21% 166.249.413 0,77% -121.604.328 0,56%

2043 45.109.383 0,20% 169.589.055 0,76% -124.868.436 0,56%

2044 45.177.997 0,20% 173.240.021 0,75% -128.517.358 0,56%

2045 45.331.028 0,19% 176.778.211 0,75% -132.162.408 0,56%

64
2046 45.543.329 0,19% 180.133.528 0,74% -135.302.459 0,56%

2047 45.540.315 0,18% 184.156.537 0,73% -138.623.511 0,55%

2048 46.163.133 0,18% 187.063.998 0,72% -140.850.801 0,54%

2049 46.659.496 0,18% 189.556.430 0,71% -142.634.860 0,54%

2050 47.203.239 0,17% 191.860.347 0,70% -144.021.229 0,52%

2051 47.839.302 0,17% 193.909.650 0,69% -145.145.691 0,51%

2052 48.264.292 0,17% 196.457.245 0,67% -146.307.435 0,50%

2053 49.281.339 0,16% 198.064.221 0,66% -146.356.616 0,49%

2054 50.085.591 0,16% 199.502.530 0,65% -146.343.272 0,47%

2055 51.026.487 0,16% 200.506.352 0,63% -146.075.383 0,46%

2056 51.906.531 0,16% 201.312.346 0,61% -145.256.819 0,44%

2057 52.715.990 0,16% 202.231.295 0,60% -144.752.317 0,43%

2058 53.832.134 0,15% 202.529.410 0,58% -143.411.246 0,41%

2059 54.848.162 0,15% 202.759.531 0,57% -141.970.873 0,40%

2060 55.846.330 0,15% 203.063.638 0,55% -140.730.904 0,38%

2061 56.949.848 0,15% 203.169.782 0,53% -139.243.498 0,37%

2062 57.661.776 0,15% 204.454.248 0,52% -138.524.078 0,35%

2063 59.139.365 0,15% 204.902.514 0,51% -136.949.385 0,34%

2064 60.301.868 0,15% 205.582.991 0,49% -135.528.374 0,33%

2065 61.646.458 0,14% 206.167.011 0,48% -134.053.619 0,31%

2066 62.932.636 0,14% 206.749.339 0,47% -132.441.720 0,30%

2067 64.256.815 0,14% 207.761.215 0,46% -131.032.020 0,29%

2068 65.830.080 0,14% 208.354.388 0,45% -128.942.754 0,28%

2069 67.329.859 0,14% 209.122.623 0,43% -127.123.952 0,26%

2070 68.944.675 0,14% 209.873.302 0,42% -125.048.281 0,25%

2071 70.674.438 0,14% 210.907.006 0,41% -122.858.982 0,24%

2072 71.568.432 0,14% 214.509.922 0,41% -122.369.135 0,23%

2073 74.209.372 0,14% 216.452.824 0,40% -120.505.225 0,22%

2074 76.152.933 0,14% 218.523.829 0,39% -119.054.065 0,21%

2075 78.266.083 0,14% 220.650.762 0,38% -118.064.206 0,21%

2076 80.300.252 0,14% 222.980.184 0,38% -116.636.972 0,20%

2077 82.308.394 0,13% 226.383.722 0,37% -116.254.517 0,19%

65
2078 84.739.368 0,13% 229.548.530 0,37% -115.345.592 0,18%

2079 87.233.030 0,13% 232.954.849 0,36% -114.865.684 0,18%

2080 89.685.186 0,13% 236.595.801 0,35% -114.346.962 0,17%

2081 92.216.326 0,13% 240.651.819 0,35% -114.575.481 0,17%

2082 94.232.890 0,13% 246.736.136 0,35% -115.960.216 0,16%

2083 97.747.081 0,13% 251.435.058 0,34% -115.874.541 0,16%

2084 100.435.761 0,13% 256.961.989 0,34% -117.093.851 0,16%

2085 103.540.238 0,13% 262.223.541 0,34% -118.211.552 0,15%

2086 106.672.277 0,13% 267.709.400 0,34% -118.864.739 0,15%

2087 109.604.446 0,13% 274.267.681 0,33% -121.389.756 0,15%

2088 113.241.218 0,13% 280.093.202 0,33% -122.483.179 0,14%

2089 116.601.343 0,13% 286.226.482 0,33% -123.890.276 0,14%

2090 120.093.636 0,13% 292.657.470 0,33% -125.886.969 0,14%

2091 123.749.857 0,13% 298.811.207 0,32% -127.388.803 0,14%

2092 126.592.466 0,13% 308.071.434 0,32% -131.232.765 0,14%

2093 131.053.479 0,13% 315.245.860 0,32% -132.924.457 0,14%

2094 134.895.279 0,13% 323.140.842 0,32% -135.276.664 0,13%

2095 139.232.988 0,13% 330.452.017 0,32% -137.382.367 0,13%

2096 143.061.182 0,13% 338.926.855 0,32% -140.158.190 0,13%

2097 146.423.411 0,13% 349.926.640 0,32% -143.797.160 0,13%

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

Observação: Seguiu-se os apontamentos das Notas do Anexo III-B, à exceção da adoção da hipótese de reposição de servidores e do método de
financiamento, que aqui é o método ortodoxo.

66
8. No gráfico a seguir é apresentada a projeção de evolução da folha de remuneração dos servidores e
das folhas de benefícios de aposentadorias e pensões, com reposição (geração atual e gerações futuras), sem
o efeito do desconto da taxa de juros e sem o impacto de taxas de inflação.

Projeções Atuariais das Remunerações e Benefícios


RPPS da União - Consolidado - Todos os Poderes
Grupo Aberto (Geração Atual e Gerações Futuras) - Juros: 4,61% a.a.

90,00

80,00

70,00

60,00

50,00
R$ Bilhões

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00

Anos
Salários Pensões

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

67
9. O gráfico abaixo apresenta a evolução dos valores estimados das contribuições de servidores,
aposentados e pensionistas filiados ao RPPS e da União (patronal) e dos valores dos benefícios a serem pagos,
para a massa atual de segurados, com reposição (geração atual e gerações futuras), em valores nominais, sem
o efeito do desconto da taxa de juros e sem o impacto de taxas de inflação.

Projeções Atuariais das Contribuições e Benefícios


RPPS da União - Consolidado - Todos os Poderes
Grupo Aberto (Geração Atual e Gerações Futuras) - Juros: 4,61% a.a.

120,00

100,00

80,00

60,00
R$ Bilhões

40,00

20,00

0,00

Anos
Benefícios Contribuições segurados, beneficiários e União

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

68
10. O gráfico abaixo representa a evolução do deficit financeiro do RPPS da União, sem o efeito da inflação,
decorrente da insuficiência das receitas de contribuições estimadas para o pagamento dos benefícios,
considerando a atual e futura massa de segurados (geração atual e gerações futuras).

Projeções Atuariais do Deficit Financeiro


RPPS da União - Consolidado - Todos os Poderes
Grupo Aberto (Geração Atual e Gerações Futuras) - Juros: 4,61% a.a.

80,00

70,00

60,00

50,00

40,00
R$ Bilhões

30,00

20,00

10,00

0,00

Anos

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

69
ANEXO XV: TESTE DE ADERÊNCIA DAS HIPÓTESES BIOMÉTRICAS

RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS HIPÓTESES BIOMÉTRICAS

AVALIAÇÃO ATUARIAL DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES,


APOSENTADOS E PENSIONITAS DA UNIÃO 2022

70
Introdução
1. O Relatório de Análise das Hipóteses é um dos documentos obrigatórios previsto no art. 17 da Portaria
MF nº 464/2018, que deverá contemplar no mínimo as hipóteses e premissas relativas à “taxa de
sobrevivência de válidos e inválidos e de entrada em invalidez”, “taxa real de crescimento das remunerações”
e “taxa atuarial de juros”, e ser conclusivo quanto à manutenção ou à necessidade de alteração das hipóteses.

2. Este Relatório é peça importante na definição das premissas e hipóteses adotadas para a realização
da avaliação atuarial, que, conforme dispõe o art. 15 da Portaria MF nº 464/2018, devem ser elegidas pela
Unidade Gestora e pelo atuário responsável. Destaca-se, entretanto, que, diante da inexistência de Unidade
Gestora e de atuário responsável pelo RPPS da União para conduzir a realização de tal estudo, esta Secretaria
de Previdência, que tem a competência legal de supervisionar, orientar, acompanhar e fiscalizar cerca de dois
mil RPPS, ao longo dos anos, a título de colaboração, executa todas as etapas da avaliação atuarial do RPPS da
União, inclusive a elaboração deste Relatório de Análise das Hipóteses.

3. Na elaboração da avaliação atuarial são adotados os parâmetros mínimos estabelecidos na Portaria


MF nº 464/2018. Para os casos em que há estudos que sustentem a adoção de outros parâmetros, conforme
prevê o § 3º do art. 15 dessa Portaria, elegem-se os mais aderentes, ou adequados, às características da massa
de segurados como pede o caput.

4. Com isso, destaca-se de início que, quanto à “taxa real de crescimento das remunerações”,
considerando a ausência de estudos que corroborem a alteração dessa premissa, para a avaliação atuarial
utiliza-se 1% (um por cento) como taxa de crescimento anual por mérito, e zero de crescimento por
produtividade, seguindo-se os parâmetros mínimos estabelecidos pela norma e relatado na Nota SEI nº
12/2021/COAAT/CGACI/SRPPS/SPREV/SEPRT-ME.

5. De todo modo, o Relatório do Grupo de Trabalho instituído pela Portaria nº 31, de 16 de agosto de
2019, mesmo que tenha produzido estudo exploratório e ainda superficial, apontou-se que um servidor
médio, para alcançar o topo da carreira, precisaria de uma taxa anual de crescimento de 1,2%, em 32 anos de
serviço.

6. De forma simplificada, pelas análises procedidas no GT supracitado, essa taxa seria suficiente para
representar a evolução salarial dos servidores do poder executivo. Todavia, o relatório ainda pontuou que essa
taxa não é significantemente diferente da premissa de 1%, adotada como parâmetro mínimo estabelecido
pela Portaria nº 464/2018.

7. No que tange à “taxa atuarial de juros”, o art. 26 da Portaria nº 464/2018 define que essa será
determinada pelo menor valor entre o “I - do valor esperado da rentabilidade futura dos investimentos
dos ativos garantidores do RPPS, conforme meta prevista na política anual de investimentos aprovada
pelo conselho deliberativo do regime” e “II - da taxa de juros parâmetro cujo ponto da Estrutura a Termo
de Taxa de Juros Média seja o mais próximo à duração do passivo do RPPS.”.

8. Ocorre que o RPPS da União não possui, ainda, órgão ou entidade gestora única, motivo pelo qual
também não possui ativos garantidores constituídos que possam ser aplicados para rentabilização. Nesse
sentido, fica prejudicada a comparação que determina o art. 26 da Portaria nº 464/2018, bem como o que
estabelece o §1º do art. 5º da Instrução Normativa nº 09/2018, restando a aplicação do que trata o inciso II
do art. 26 Portaria nº 464/2018.
71
9. Com isso, para fins de apuração da taxa real de juros pelo inciso II do art. 26 Portaria nº 464/2018,
seguem-se as orientações da Instrução Normativa nº 02, de 21 de dezembro de 2018, que determina a forma
de cálculo para apuração da duração do passivo e definição da taxa de juros parâmetro.

10. Alinhado a isso, a Secretaria de Previdência edita anualmente a portaria na qual divulga a taxa de juros
parâmetro a ser utilizada nas avaliações atuariais dos Regimes Próprios de Previdência Social, em concordância
com a duração do passivo atuarial. Para as avaliações atuariais de 2022, com data base em 31/12/2021, foi
editada a Portaria SPREV nº 6.132, de 25 de maio de 2021, que deve ser utilizada como base para
determinação da taxa real de juros.

11. Dessa forma, com base no inciso II do art. 26 Portaria nº 464/2018, considerando as orientações da
Instrução Normativa nº 02/2018, foi determinada a duração do passivo atuarial do RPPS da União, que figurou
em 13,2 anos. Com essa duração, e com base na Portaria SPREV nº 6.132/2021, determinou-se a taxa real de
juros correspondente a 4,77% a.a.

12. Uma vez que a “taxa real de crescimento das remunerações” e a “taxa atuarial de juros” foram tratadas
anteriormente, salienta-se que este Relatório contemplará apenas os testes de aderência e adequação das
“taxas de sobrevivência de válidos e inválidos e de entrada em invalidez”, que foram possíveis de serem
verificadas, embora, com limitações, sendo o que se apresenta nas sessões a seguir.

Teste de Aderência e Adequação das Tábuas Biométricas


13. A presente seção tem o intuito de avaliar a aderência das tábuas biométricas, aplicadas aos servidores
válidos e inválidos utilizadas na Avaliação Atuarial da União, visando sua adequação à massa de beneficiários.
Nesse sentido, são apresentados a seguir os insumos utilizados para essa avaliação, as metodologias adotadas,
os resultados dos testes de aderência e demais considerações.

14. As principais tábuas utilizadas para a Avaliação Atuarial da União são decorrentes da experiência de
mortalidade vivenciada por essa mesma massa de beneficiários ao longo do tempo, produzidas por meio de
Acordo de Cooperação Técnica com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA. Para fins dessa
avaliação atuarial, conforme Nota SEI nº 12/2021/COAAT/CGACI/SRPPS/SPREV/SEPRT-ME, as tábuas
biométricas são aplicadas aos seguintes grupos, conforme segue:

a) Sobrevivência dos servidores válidos e inválidos: tábua específica dos servidores civis da União, segregada
por sexo e por escolaridade do cargo (nível médio e nível superior);

b) Sobrevivência dos aposentados válidos e inválidos: tábua específica dos servidores civis da União, segregada
por sexo e com escolaridade nível médio;

c) Sobrevivência dos pensionistas válidos e inválidos: tábua de mortalidade geral IBGE 2020 - extrapolada a
partir da idade de 80 anos, por sexo;

d) Taxas de entrada em invalidez: taxas definidas na tábua “Álvaro Vindas”.

15. Em relação à alínea “c”, por falta de dados necessários para a elaboração de testes de aderência, não
foi possível a avaliação da adequação da tábua biométrica aplicada à sobrevivência dos pensionistas válidos e
inválidos. Desta forma, para referido grupo foi aplicada a tábua de mortalidade gral IBGE 2020 – extrapolada

72
a partir da idade de 80 anos, por sexo, por ser o limite mínimo permitido pela Portaria MF nº 464/2018, art.
21, inciso I, alínea “a”.

16. Quanto às alíneas “a” e “b”, embora as tábuas biométricas aplicadas para a sobrevivência dos
servidores e dos aposentados sejam fruto da experiência de mortalidade vivenciada pela mesma massa de
segurados ao qual se aplica as tábuas, o acompanhamento de sua aderência, quanto ao nível e padrão de
mortalidade (que remetem à sobrevivência, dada pela expectativa vida, e ao comportamento da mortalidade
em cada idade, que determina o formato da curva de mortalidade, respectivamente), é imprescindível para
se verificar a necessidade de ajustes nessas tábuas, uma vez que o nível e padrão da mortalidade podem
mudar ao longo do tempo, especialmente tratando-se de uma população aberta e com dinâmica particular.

17. Dessa forma, os testes estatísticos, também denominados de testes de hipóteses, e outros, auxiliam
nesse sentido, possibilitando se aferir com algum nível de significância o quanto que as tábuas biométricas
empregadas estão prevendo os eventos nessa massa de beneficiários, indicando o grau de aceitabilidade
dessas tábuas e suas necessidades de adequação. Esses testes fazem uso, em geral, do histórico de eventos,
com base em uma análise retrospectiva, comparativamente aos eventos estimados pelas tábuas biométricas
em função da massa de beneficiários.

18. O Teste de Hipóteses consiste em fazer inferência sobre determinada afirmação, tida como hipótese,
sobre uma população, indicando se essa é verdadeira. O procedimento é realizado por meio de técnicas
estatísticas, tomando por base uma amostra. O teste requer a definição das hipóteses a serem testadas,
denominadas de hipótese nula (𝐻0 ) e hipótese alternativa (𝐻1 ). Em geral, o princípio do teste é rejeitar 𝐻1 em
favor de 𝐻0 , ainda que essa ordem possa mudar a depender do teste utilizado e de sua formulação. Uma vez
que os resultados estimados, com base na amostra, sejam significantemente divergentes do observados,
estatisticamente, considera-se que há evidências suficientes para rejeitar a hipótese nula. No entanto, se o
contrário ocorrer, e os resultados estimados forem significantemente similares aos observados,
estatisticamente, considera-se que há evidências suficientes para não rejeição da hipótese nula.

19. Com isso, as análises dispendidas visam aferir com algum nível de significância a aderência de
hipóteses sob os seguintes aspectos:

a) averiguar se as tábuas em análise possuem distribuição dos eventos estatisticamente similar à distribuição
efetivamente observada para a massa de beneficiários em estudo;

b) averiguar se as tábuas em análise estimam, em relação ao número de eventos, o quantitativo


estatisticamente similar ao efetivamente observado para a massa de beneficiários em estudo;

c) visualizar graficamente, e por meio de índices estatísticos, o comportamento dos eventos observados,
comparativamente aos eventos esperados, para identificar diferenças estatisticamente significantes;

d) visualizar e apurar o grau de relação estatística entre os eventos estimados, com base nas tábuas, e os
eventos efetivamente observados para a massa de beneficiários em estudo (com base nas estatísticas
disponíveis).

20. De todo o modo, ressalta-se que os testes e procedimentos expostos a seguir, que possuem aplicações
distintas com níveis de significância ou confiança distintos, possibilitam analisar tendências e comportamentos
em um contexto estatístico com base no histórico de eventos observados e estimados, sendo indicativos
quanto ao uso das tábuas biométricas, em função dos resultados dos testes, cabendo ao corpo técnico, com
73
base no art. 15 da Portaria MF nº 464/2018, o emprego de outras metodologias para se promover adequações
nesses parâmetros, quando houver evidências conclusivas de sua necessidade. Ainda assim, esses testes e
procedimentos são pontos importantes de análise e possibilitam se aferir minimamente quanto à aderência,
comportamento e tendência, o que viabiliza o direcionamento das medidas a serem empregadas quanto aos
parâmetros em análise.

Metodologias de Testes: Conceitos e Aplicações


21. Os testes, estatísticas e procedimentos apresentados a seguir foram utilizados para avaliar a
adequação das tábuas biométricas específicas dos servidores civis da União, segregada por sexo e por
escolaridade do cargo (nível médio e nível superior), adotadas como parâmetros para a sobrevivência dos
servidores e aposentados válidos e inválidos, e da tábua “Álvaro Vindas” que foi adotada como premissa para
as taxas de entrada em invalidez.

Kolmogorov-Smirnov

22. O teste de Kolmogorov-Smirnov, 𝐾 − 𝑆, teste não paramétrico, é utilizado para analisar se duas
amostram foram extraídas de uma mesma população. No caso da aderência é utilizado para testar a hipótese
de que um conjunto de dados provém, ou não, de uma mesma distribuição. Quanto às tábuas biométricas, a
comparação é feita considerando-se a função acumulada de distribuição empírica, observada, e a função
acumulada de distribuição teórica, esperada, para os valores amostrais8. Para esse teste utiliza-se como
estatística de teste a diferença máxima observada entre as funções de distribuição acumulada9.

23. O primeiro passo para se realizar um teste de hipóteses é a definição das hipóteses a serem testadas,
motivo que, para as tábuas biométricas em análise, definem-se as seguintes hipóteses:

𝐻0 : A tábua biométrica em análise ajusta-se à distribuição dos dados;

𝐻1 : A tábua biométrica em análise não se ajusta à distribuição dos dados.

24. A aplicação do teste de 𝐾 − 𝑆 requer a construção de duas funções cumulativas, uma para a
distribuição empírica e outra para a distribuição teórica. A distribuição empírica decorre dos eventos
observados para a amostra extraída e, no caso da distribuição teórica, essa é obtida a partir dos eventos
gerados pela aplicação das probabilidades de ocorrência decorrentes das tábuas em análise sobre a população
exposta.

25. Considerando 𝑃1 (𝑥) e 𝑃2 (𝑥) como as funções de distribuição de duas amostras aleatórias
independentes de tamanhos 𝑛 e 𝑚, respectivamente. Considerando também que 𝑆1 (𝑥) equivale à função de
distribuição acumulada empírica, tomando por base a amostra de tamanho 𝑛, e 𝑆2 (𝑥) equivale à função de

8
MORETTIN, Pedro Alberto, Estatística Básica/Pedro A. Morettin, Wilton O. Bussab. – 6. ed. – São Paulo: Saraiva, 2010.

9
Estatística Não-Paramétrica para Ciências do Comportamento, 2ª edição, Sidney Siegel e N. John Castellan, Jr., Artmed,
2006, 448 p.

74
distribuição acumulada teórica, com base na amostra de tamanho 𝑚, a estatística de teste de 𝐾 − 𝑆, para o
teste Unilateral10, denotada por 𝐷𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 será dada como:

𝐷𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = [𝑚𝑎𝑥[𝑆1 (𝑥) – 𝑆2 (𝑥)]] (1)

26. No teste de 𝐾 − 𝑆, a distribuição amostral de 𝐷𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 é conhecida, e determina-se a região de


rejeição com base em valores tabelados. Com isso, a rejeição de 𝐻0 se dá quando existem evidências de que
as amostras não pertencem a uma mesma população, nesse caso 𝐷𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 > 𝐷𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜 . Ainda assim, as
conclusões desse teste de hipóteses podem também fazer uso da comparação entre o 𝑝 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 calculado e
o nível de significância, 𝛼, definido, dado que, se o 𝑝 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 for inferior ao nível de significância, então
rejeita-se 𝐻0 . No caso em análise, espera-se dos resultados que a hipótese nula não seja rejeitada, o que
significa dizer que existem evidências de que a tábua em análise se ajusta à distribuição dos dados.

27. O teste de 𝐾 − 𝑆 possui larga aplicação nas ciências estatísticas e em muitas outras áreas do
conhecimento. Há vasta literatura que aprofundam as aplicações desse teste, quanto à sua base matemática,
procedimentos metodológicos e de análise que podem ser consultados livremente.

X² - Qui-Quadrado

28. O teste 𝑋 2 − 𝑄𝑢𝑖 − 𝑄𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜 objetiva analisar se o número de eventos gerados pela aplicação das
tábuas biométricas sobre a população exposta é estatisticamente equivalente ao número de eventos
observados na massa de beneficiários, partindo do pressuposto de que as tábuas biométricas analisadas são
aderentes à massa de beneficiários em estudo.

29. Muito embora esse teste não permita aferir a hipótese de aderência das tábuas biométricas, o que
ocorre somente no teste de 𝐾 − 𝑆, ele permite inferir com algum nível de significância estatística se há
compatibilidade entre o quantitativo de eventos estimados e os efetivamente observados no período de
análise definido. O teste afere se há independência entre duas variáveis mensuradas nas mesmas unidades
experimentais, as tábuas biométricas e o quantitativo de eventos observados para a massa de beneficiários.
Desse modo, definem-se as seguintes hipóteses para esse teste:

𝐻0 : O número esperado de eventos, ao utilizar a tábua em análise, é estatisticamente igual ao


número observado de eventos;

𝐻1 : O número esperado de eventos, ao utilizar a tábua em análise, não é estatisticamente


igual ao número observado de eventos.

30. A aplicação do teste 𝑋 2 − 𝑄𝑢𝑖 − 𝑄𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜 requer o cálculo do valor da estatística de teste 𝑋 2 , que
é obtida aplicando-se a formulação11 a seguir:

10
Utiliza-se o teste Unilateral para se testar a diferença na direção de 𝐻1 . Nos testes que consideram as tábuas biométricas
testa-se a probabilidade de a distribuição empírica observada ser menor ou igual à distribuição teórica esperada.

11
A dedução das formulações e outras especificidades podem ser consultadas no livro “MORETTIN, Pedro Alberto,
Estatística Básica/Pedro A. Morettin, Wilton O. Bussab. – 6. ed. – São Paulo: Saraiva, 2010”.

75
(𝑂𝑖𝑗 −𝐸𝑖𝑗 )
2
𝑋𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = ∑𝑟𝑖 ∑𝑘𝑗 𝐸𝑖𝑗
(2)

Em que:

𝑂𝑖𝑗 – Corresponde ao número observado de eventos categorizados na i-ésima linha e j-ésima coluna;

𝐸𝑖𝑗 – Corresponde ao número de eventos esperados na i-ésima linha e j-ésima coluna quando 𝐻0 é
verdadeira;

𝑟 – Corresponde ao número de Linhas;

𝑘 – Corresponde ao número de Colunas.


2
31. Uma vez definidas as hipóteses e calculada a estatística de teste, 𝑋𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 , é necessário definir o
grau de liberdade, 𝐺𝐿, e o nível de significância do teste, 𝛼, aqui fixado em 𝛼 = 0,05. O grau de liberdade
corresponde à diferença entre o número de classes de resultados e o número de informações da amostra que
é necessário para o cálculo dos valores esperados em cada classe. Assim, o 𝐺𝐿 pode ser obtido da seguinte
maneira:

𝐺𝐿 = (𝑛º 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 − 1) 𝑥 (𝑛º 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎𝑠 − 1) (3)

32. Desse modo, o número de linhas e o número de colunas corresponde aos decorrentes da tabela
conforme apresentado a seguir. Dado que se trata de uma tabela de contingência 2𝑥2, o grau de liberdade
será, nesse caso, igual a “1”. A literatura12 relata que quando se trabalha com tabelas de contingências nessa
escala, uma vez que se incorpora a correção de continuidade, há um ganho quanto à sensibilidade de
2
aproximação para 𝑋𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 .

Evento Massa de Beneficiários Tábua em análise

Ocorrência Observadas(A) Esperadas(B)

Não ocorrência Observadas(C) Esperadas(D)

33. Uma vez estabelecidos o grau de liberdade e o nível de significância, pode-se obter o valor da
2
estatística de teste comparativo, 𝑋𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜 , que corresponde a um valor tabelado que consta da tabela de
distribuição acumulada da função Qui-Quadrado. Nesse caso, a distribuição de Qui-Quadrado é conhecida, e
a área de rejeição do teste é determinada a partir de valores tabelados.

34. O teste determina se há evidências estatísticas de que a tábua biométrica em análise estima
quantitativos diferentes de eventos em relação aos observados, sendo que isso corre quando as estatísticas
2 2 2
dos testes resultarem em 𝑋𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 > 𝑋𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜 . A estatística de teste obtida para 𝑋𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 é dada pelo
2
𝑝 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟, com distribuição Qui-Quadrado com 1 grau de liberdade. Para 𝑋𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜 , considerando uma

12
MORETTIN, Pedro Alberto, Estatística Básica/Pedro A. Morettin, Wilton O. Bussab. – 6. ed. – São Paulo: Saraiva, 2010.
402 p.

76
distribuição Qui-Quadrado com 1 grau de liberdade a um nível de significância de 5%, o valor será fixo em
3,84.

RMSE – Root Mean Square Error

35. O RMSE – Root Mean Square Error, Raiz do Erro Quadrático Médio, é uma medida sintética utilizada
para se aferir a qualidade de ajuste, comumente utilizado em modelos de regressão, com o objetivo de medir
a variabilidade entre conjuntos de dados a partir dos resíduos13. A hipótese adotada é que quanto menor a
variabilidade entre os dados, maior é a aderência entre o conjunto de dados.

36. Para essa aplicação, o RMSE considerou a distribuição empírica e teórica obtidas do teste de 𝐾 − 𝑆,
que advém de dados da população e tábuas em análise. A formulação do RMSE é expressa pela raiz quadrada
do quadrado médio dos desvios entre os valores observados e estimados, da distribuição empírica e teórica.

∑𝑛𝑥=0(E𝑥𝑘𝑖 − O𝑘𝑥 )2
𝑅𝑀𝑆𝐸𝑘𝑖 = √ (4)
𝑛

Em que:

𝑅𝑀𝑆𝐸𝑘𝑖 → Corresponde ao indicador calculado para a massa de beneficiários 𝑘 e tábua biométrica 𝑖;

O𝑘𝑥 → Corresponde aos eventos observados para a massa de beneficiários 𝑘 na idade 𝑥;

E𝑥𝑘𝑖 → Corresponde aos eventos estimados para a massa de beneficiários 𝑘 e tábua biométrica 𝑖 na
idade 𝑥;

𝑛 → Equivale ao número de pontos usados para o cálculo da RMSE, grupos etários ou idades simples.

37. O RMSE14 possui relação inversa com o Coeficiente de Correlação, pois, quando esse coeficiente é igual
a 1, o RMSE é igual a zero, uma vez que todos os pontos em uma linha de regressão se ajustam. Desse modo,
quanto menor o valor de RMES, melhor o ajuste dos dados, o que implica dizer, no caso das tábuas
biométricas, que os valores estimados por essas tendem a ser condizentes com os valores observados para a
massa de beneficiários em estudo.

13
GOLDFELD, Stephen M. SICHEL, Daniel E. On the misuse of forecast errors to distinguish between level and first
difference specifications. Economics Lettres 23. p. 173-176, Elsevier Science Publishers B.V (North-Holland), Princeton
University, Princeton, NJ, USA. 1987.; PLOSSER, C.; G. SCHWERT; WHITE, H. Differencing as a test of specification.
International Economic Review, Vol. 23, N.3, Ouctuber 1982.

UMAR, Y. H.; CHUKWUDI, U. J. Modeling Mortality Rates Using Heligman-Pollard and Lee-Carter in Nigeria. American
Journal of Theoretical and Applied Statistics 2019; 8(6): 221-239.

14
Barnston, A. G. (1992). Correspondence among the Correlation, RMSE, and Heidke Forecast Verification Measures;
Refinement of the Heidke Score. Weather and Forecasting, 7(4), 699–709.

77
38. Um instrumento que auxilia o RMSE são os Diagramas de Dispersão15. Esse tipo de gráfico possibilita
visualizar o comportamento de uma variável dependente em relação a uma variável independente, ou mesmo
para se aferir a dispersão entre dois conjuntos de dados. Com esse instrumento se agrega também o
Coeficiente de Determinação, denotado por R², que quantifica a variabilidade nos dados que é explicada por
um modelo de regressão ajustado. Na prática, o R² indica o quanto que os eventos observados estão ajustados
aos eventos estimados. O R² resulta valores que variam de 0 a 1, e, quanto mais próximos de 1, melhor a
qualidade do ajuste entre os dados.

Dados e Procedimentos
39. Para a realização dos testes e procedimentos empregados nessa análise foram utilizados, além da
tábua biométrica específica dos servidores civis da União, segregada por sexo e por escolaridade do cargo, e
da tábua biométrica “Álvaro Vindas”, os dados relativos aos quantitativos de servidores e aposentados e de
eventos, óbitos e entrada em invalidez, ocorridos ao longo de 2015 e 2020. Esses dados foram extraídos da
base de dados do SIAPE (Sistema Integrado de Administração de Pessoal) que congrega as informações dos
servidores do poder executivo civil da União.

40. Destaca-se que a base de dados do SIAPE corresponde à mesma fonte de informação que possibilitou
a construção da tábua biométrica específica dos servidores civis da União, segregada por sexo e por
escolaridade do cargo, aqui avaliada. Ainda assim, ressalta-se que embora a qualidade das informações
relativas ao SIAPE indique ter melhorado ao longo do tempo, ainda se verificam inúmeras inconsistências que
requerem algum tipo de validação e correção (como, por exemplo, os missing nas informações de escolaridade
do cargo, tanto para população, quanto para os óbitos, e a inconsistências das informações de idade nesses
dados). Embora sejam pontos importantes de verificação, são quantitativos pouco significantes frente ao
universo dos dados, e para essa análise, os dados considerados inconsistentes foram desconsiderados ou
reclassificados.

41. É importante salientar que em relação ao quantitativo de servidores e aposentados considerados para
a análise aqui pretendida, não há prejuízo quanto aos dados desconsiderados pelos filtros aplicados. No
entanto, destaca-se que, no que se refere aos eventos avaliados, óbitos e entrada em invalidez, observa-se
que além de informações inconsistentes, acredita-se que esses dados estejam subenumerados, e requerem
melhor investigação dos motivos que levam à essa condição.

42. Ainda assim, acredita-se que, por ora, os dados utilizados sejam suficientes para as análises
pretendidas, mas sugere-se uma melhor validação das informações por parte da Secretaria de Gestão e
Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, que tratam das informações do SIAPE.

43. Destaca-se que o quantitativo de servidores e aposentados e de óbitos foram avaliados por sexo e
nível de escolaridade do cargo, de modo a compatibilizar as análises com o emprego das respectivas tábuas
biométricas.

15
GUJARATI, Damodar N. Econometria Básica/Damondar Gujarati: tradução de Maria José Cyhlar Monteiro. - Rio de
Janeiro: Elsevier, 2006 – 3º.

78
44. Essas análises enfatizam a necessidade de melhor gestão das informações. A ausência de órgão ou
entidade gestora única deixa prejudicado essa questão. Por esse motivo, não foi possível considerar para essa
análise as informações relativas aos demais Poderes, uma vez que não há uma forma padronizada e
centralizada dessas informações, sendo necessário a requisição individual à cada órgão dos poderes que
compõem o RPPS da União, o que não foi possível para esta análise, que se faz apenas com as informações do
poder “executivo”.

45. As alterações promovidas no leiaute de solicitação de dados para a avaliação atuarial a partir de 2021,
e seguintes, podem contribuir para melhor realização dos testes e validações aqui pretendidos, uma vez que
poderão abranger as informações dos demais poderes e órgãos.

46. É necessário destacar também que, ainda que as análises dispendidas deem indícios estatísticos da
aderência das tábuas biométricas, essas análises não são inteiramente conclusivas, mas sim norteadoras do
comportamento e tendência em função dos eventos observados e estimados.

47. As alterações decorrentes, indicadas por qualquer teste, devem ser avaliadas cautelosamente pela
equipe técnica, ressalvando que são testes indicativos e não conclusivos, que julgará as medidas necessárias
a serem adotadas para os ajustes das hipóteses adotadas quanto às tábuas biométricas, considerando a
sensibilidade dessa premissa.

48. As metodologias empregadas para os testes de aderência e avaliação das tábuas biométricas são de
uso comum, tanto no âmbito acadêmico, quanto no mercado atuarial, motivo pelo qual foram selecionadas
para essa análise, ainda que não se esgote outras metodologias e métricas que podem ser agregadas em
análises posteriores.

49. Por fim, destaca-se que apesar de constar neste Anexo a descrição sucinta quanto às metodologias e
procedimentos metodológicos empregados, há uma vasta literatura de livre acesso na rede mundial de
computadores (internet), além das aqui referenciadas, que podem dirimir as possíveis dúvidas de suas
aplicações, além da dedução das formulações e das teorias estatísticas que originaram essas metodologias e
métricas.

79
Análise exploratória da distribuição etária e estatísticas dos servidores

80
(Continuação Figura 1)

Análise exploratória da distribuição etária e estatísticas dos óbitos dos servidores

Fonte: SIAPE - Sistema Integrado de Administração de Pessoal (2015 - 2020)

Análises de Aderência das Tábuas Biométricas

50. Esta seção apresenta os resultados dos testes de aderência das tábuas biométricas e as
análises decorrentes.

Kolmogorov-Smirnov

51. Os resultados do teste de 𝐾 − 𝑆 estão consolidados da Tabela 1 a seguir, na qual também se apresenta
as estatísticas calculadas.

81
Tabela 116 – Resultados do teste de Kolmogorov-Smirnov.

SERVIDORES

Feminino Masculino
Estatística
Nível Médio Nível Superior Nível Médio Nível Superior

𝑫𝑪𝒂𝒍𝒄𝒖𝒍𝒂𝒅𝒐 8,84% 5% 10% 11%

n 162 185 602 468

m 230 259 905 629

p-valor 22,60% 57,70% 0,11% 0,14%

Significância 5,00% 5,00% 5,00% 5,00%

Não Rejeitar a Não Rejeitar a Rejeitar a Hipótese Rejeitar a Hipótese


Decisão
Hipótese Nula Hipótese Nula Nula Nula

Desvio Médio 2,24 2,31 8,63 5,43

APOSENTADOS

Válido Inválido
Estatística
Feminino Masculino Feminino Masculino

𝑫𝑪𝒂𝒍𝒄𝒖𝒍𝒂𝒅𝒐 10,98% 15,61% 8,69% 2,88%

n 2985 7277 588 1491

m 3616 7149 255 611

p-valor 0,00% 0,00% 6,83% 48,68%

Significância 5,00% 5,00% 5,00% 5,00%

Rejeitar a Hipótese Rejeitar a Hipótese Não Rejeitar a Não Rejeitar a


Decisão
Nula Nula Hipótese Nula Hipótese Nula

Desvio Médio 34,06 77,57 3,95 10,34

ENTRADA EM INVALIDEZ

Estatística Ambos os sexos

𝑫𝑪𝒂𝒍𝒄𝒖𝒍𝒂𝒅𝒐 23,69%

16
Da Tabela 1: “n” corresponde ao número de eventos observados; “m” corresponde ao número de eventos estimados
pela aplicação das tábuas biométricas.

82
n 973

m 1365

p-valor 0,00%

Significância 5,00%

Decisão Rejeitar a Hipótese Nula

Desvio Médio 12,35

Fonte: SIAPE - Sistema Integrado de Administração de Pessoal (2015 - 2020)

52. Dos resultados pode-se destacar que:

a) Servidores: a hipótese nula foi rejeitada no caso da tábua relativa aos servidores do sexo masculino
para ambas as escolaridades. Isso significa dizer, pelo teste estatístico, que “a tábua biométrica em
análise não se ajusta à distribuição dos dados”. Para essas mesmas tábuas constata-se que as
estatísticas de “Desvio Médio”, que representam a média do desvio dos dados em relação à sua média,
são maiores comparadas às dos servidores do sexo feminino, o que indica uma maior variação entre
os dados observados e estimados/esperados pela aplicação das respectivas tábuas;

b) Aposentados: a hipótese nula foi rejeitada no caso da tábua relativa aos aposentados válidos para
ambos os sexos. Isso significa dizer, pelo teste estatístico, que “a tábua biométrica em análise não se
ajusta à distribuição dos dados”. Para essas mesmas tábuas constata-se que as estatísticas de “Desvio
Médio”, que representam a média do desvio dos dados em relação à sua média, são maiores
comparadas às dos aposentados inválidos, o que indica uma maior variação entre os dados observados
e estimados/esperados pela aplicação das respectivas tábuas;

c) Entrada em invalidez: a hipótese nula foi rejeitada. Isso significa dizer, pelo teste estatístico, que “a
tábua biométrica em análise não se ajusta à distribuição dos dados”.

53. De forma auxiliar aos resultados dos testes de 𝐾 − 𝑆, as distribuições acumuladas dos eventos
observados e estimados/esperados possibilitam visualizar o comportamento desses eventos em função das
idades segundo a aplicação das respectivas tábuas biométricas. Nesse sentido, essas distribuições são
apresentadas na Figura 1 a seguir.

83
Figura 1 – Distribuição acumulada de eventos observados e esperados em escala logarítmica.

SERVIDORES

84
APOSENTADOS

85
(Continuação Figura 1)

86
ENTRADA EM INVALIDEZ

Fonte: SIAPE - Sistema Integrado de Administração de Pessoal (2015 - 2020)

54. Os gráficos dispostos na Figura 1 mostram que:

a) Servidores: as distribuições analisadas possuem padrões equivalentes, em que a distribuição dos


eventos ao longo das idades é similar entre as curvas. No entanto, quanto ao nível, a distância entre
as curvas, observa-se que, em concordância com o teste de 𝐾 − 𝑆, fica mais evidente as variações
relativas para as distribuições que consideram a tábua biométrica dos servidores do sexo masculino
de cargo de nível médio.

Pela análise gráfica, as distribuições que consideram a tábua biométrica dos servidores de nível
superior são as mais aderentes às suas distribuições observadas;

b) Aposentados: à exceção da tábua biométrica dos aposentados inválidos do sexo feminino, as


distribuições analisadas possuem padrões equivalentes, em que a distribuição dos eventos ao longo
das idades é similar entre as curvas. No entanto, quanto ao nível, a distância entre as curvas, observa-
se que, em concordância com o teste de 𝐾 − 𝑆, há uma ligeira variação para as distribuições que
consideram as tábuas biométricas dos aposentados válidos.

Pela análise gráfica, as distribuições que consideram a tábua biométrica dos aposentados inválidos do
sexo masculino é a mais aderente à sua distribuição observada;

c) Entrada em invalidez: em concordância com o teste de 𝐾 − 𝑆, as distribuições analisadas não possuem


padrões equivalentes, ou seja, a distribuição dos eventos ao longo das idades não é similar entre as
curvas.

Pela análise gráfica, observa-se claramente que, até os 40 anos de idade, as estimativas são
razoavelmente superiores aos eventos observados, e que, após os 40 anos de idade, as estimativas
passam a ser inferiores às observadas.

55. É importante destacar que as variações nos níveis entre as distribuições não refutam,
necessariamente, a hipótese de aderência das tabuas biométricas, uma vez que as deficiências quanto ao nível
87
podem ser facilmente ajustadas por uso de técnicas atuariais, estatísticas ou demográficas que regulam o nível
das taxas das tábuas biométricas. Releva-se ainda que, ao contrário das estimativas das tábuas biométricas,
as curvas observadas não são suavizadas, o que reflete as distorções no início das curvas.

56. Desses resultados extrai-se que o teste de 𝐾 − 𝑆 indica que as seguintes tábuas requerem uma análise
mais cuidadosa:

a) tábua dos servidores do sexo masculino de cargo de nível médio, tendo em vista que houve rejeição
da hipótese nula e, da análise gráfica, pela distribuição acumulada dos eventos, há variação relativa
no nível das distribuições que podem indicar a necessidade de ajuste do nível;

b) tábua de entrada em invalidez, tendo em vista que houve rejeição da hipótese nula e, da análise
gráfica, pela distribuição acumulada dos eventos, há divergência nos padrões das curvas das
distribuições.

57. Todos os resultados devem ser cuidadosamente avaliados considerando as deficiências apontadas ao
longo deste Anexo, principalmente quanto aos dados utilizados para essas análises que podem enviesar os
resultados, cabendo ao corpo técnico discutir as medidas de adequação, se necessário.

58. Destaca-se ainda que o comportamento dos eventos pode mudar no tempo, de modo que qualquer
alteração no curto prazo, sem observar a perspectiva da série histórica, podem provocar distorções nos
resultados atuariais.

59. Assim, ressalta-se a necessidade de análise aprofundada do comportamento dos dados e eventos no
tempo, em especial sob a ótica de métodos e modelos de análise prospectivos. Esse tipo de análise poderá
promover melhores ajustes nas tábuas biométricas adotadas na avaliação atuarial.

X² - Qui-Quadrado

60. A Tabela 2 a seguir apresenta os resultados do teste X² - Qui-Quadrado, que tem o intuito de aferir se
há diferença estatisticamente significante entre o quantitativo de eventos observados e estimados pelas
tábuas biométricas em análise.

88
Tabela 217 – Resultados do teste X² - Qui-Quadrado.
SERVIDORES

Feminino Masculino
Estatísticas
Nível Médio Nível Superior Nível Médio Nível Superior

Observado 162 185 602 468


Eventos
Estimado 230 259 905 629

𝑿𝟐𝑪𝒂𝒍𝒄𝒖𝒍𝒂𝒅𝒐 11,47 12,05 61,03 23,29

α 5,00% 5,00% 5,00% 5,00%

GL 1 1 1 1

𝑿𝟐𝑻𝒂𝒃𝒆𝒍𝒂𝒅𝒐 3,84 3,84 3,84 3,84

p-valor 0,07% 0,05% 0,00% 0,00%

Rejeitar a Rejeitar a Rejeitar a Rejeitar a


Decisão
Hipótese Nula Hipótese Nula Hipótese Nula Hipótese Nula

APOSENTADOS

VÁLIDOS INVÁLIDOS
Estatísticas
Feminino Masculino Feminino Masculino

Observado 2.985 7.277 588 1.491


Eventos
Estimado 3.616 7.149 255 611

𝑿𝟐𝑪𝒂𝒍𝒄𝒖𝒍𝒂𝒅𝒐 61,35 1,18 135,18 396,91

α 5,00% 5,00% 5,00% 5,00%

GL 1 1 1 1

𝑿𝟐𝑻𝒂𝒃𝒆𝒍𝒂𝒅𝒐 3,84 3,84 3,84 3,84

p-valor 0,00% 27,65% 0,00% 0,00%

Rejeitar a Não Rejeitar a Rejeitar a Rejeitar a


Decisão
Hipótese Nula Hipótese Nula Hipótese Nula Hipótese Nula

17
Da Tabela 2: “α” corresponde ao nível de significância adotado; “GL” corresponde ao grau de liberdade do teste.

89
ENTRADA EM INVALIDEZ

Estatísticas Ambos os sexos

Observado 973
Eventos
Estimado 1.365

𝑿𝟐𝑪𝒂𝒍𝒄𝒖𝒍𝒂𝒅𝒐 65,55

Α 5,00%

GL 1

𝑿𝟐𝑻𝒂𝒃𝒆𝒍𝒂𝒅𝒐 3,84

p-valor 0,00%

Decisão Rejeitar a Hipótese Nula

Fonte: SIAPE - Sistema Integrado de Administração de Pessoal (2015 - 2020)

61. Em decorrência da revisão deste teste de hipótese, tem-se que ao contrário do que constou no
Relatório de Análise das Hipóteses Biométricas referente à avaliação atuarial posicionada em 31/12/2021, os
resultados obtidos segundo o teste X² - Qui-Quadrado, à exceção da “tábua de aposentados válidos do sexo
masculino”, indicam a existência de diferença estatisticamente significante entre o número de eventos
esperados e os observados, uma vez que houve rejeição da hipótese nula, revelando a não aderência dessas
tábuas biométricas atualmente usadas na avaliação atuarial.

RMSE – Root Mean Square Error

62. A seguir constam na Tabela 3 as estatísticas decorrentes da medida RMSE, da Correlação de Pearson18
e do R², obtidas da relação entre os eventos observados e estimados pelas tábuas.

Tabela 3 – Medidas calculadas da relação entre os eventos observados e estimados.


SERVIDORES

Feminino Masculino
Estatística
Nível Médio Nível Superior Nível Médio Nível Superior

RMSE 1,36 1,55 5,45 3,69

Correlação de Pearson 0,9647 0,9603 0,9856 0,9698

18
Essa medida quantifica o grau de relação linear entre duas variáveis ou entre dois conjuntos de dados qualquer, e sua
medida varia entre -1 e 1, sendo que, quanto mais próximo o valor das extremidades, maior o grau de associação. Se
tende a 1 implica dizer que há uma correlação forte e positiva, e se tende a -1 implica dizer que há uma correlação forte
negativa, e se tende a 0 (zero), implica em não ter relação linear entre os dados. (MORETTIN, Pedro Alberto, Estatística
Básica/Pedro A. Morettin, Wilton O. Bussab. – 6. ed. – São Paulo: Saraiva, 2010).

90
R² 0,9306 0,9221 0,9715 0,9406

APOSENTADOS

Válido Inválido
Estatística
Feminino Masculino Feminino Masculino

RMSE 13,59 34,12 4,32 12,18

Correlação de Pearson 0,9656 0,9400 0,9752 0,9910

R² 0,9324 0,8836 0,9511 0,9821

ENTRADA EM INVALIDEZ

Estatística Ambos os sexos

RMSE 11,59

Correlação de Pearson 0,8276

R² 0,6849

Fonte: SIAPE - Sistema Integrado de Administração de Pessoal (2015 - 2020)

63. As medidas apresentadas na Tabela 3 corroboram com os resultados apresentados nas seções
anteriores. O RMSE mostra que as tábuas biométricas relativas aos servidores do sexo masculino de cargo de
nível médio e aos aposentados válidos do sexo masculino possuem maiores distorções relativas se comparado
aos resultados das demais tábuas. A análise19 do RMSE é no sentido de que quanto menor o valor do RMSE
melhor a precisão dos valores estimados pelas tábuas, uma vez que essa medida considera a distância entre
os valores observados e estimados.

64. Em todos os casos, à exceção da tábua de entrada em invalidez, tanto a Correlação de Pearson, quanto
o R², estão muito próximos de 1, o que indica forte associação positiva entre os valores observados e estimados
pelas tábuas biométricas. Ainda que tenham interpretações distintas, essas duas medidas vão no mesmo
sentido de mostrar o grau de relação entre o conjunto de dados.

65. De forma visual, a Figura 2 a seguir apresenta os diagramas de dispersão que relacionam os eventos
observados e estimados segundo as tábuas biométricas analisadas. Tomando a relação entre esses eventos,
pressupondo relação linear, espera-se que quanto mais próximos, centrados na reta de regressão, melhor a
qualidade do ajuste, o que indica que melhor é a precisão das tábuas quanto aos eventos estimados. Essa
relação também é expressa no indicador R² apresentado na tabela anterior.

66. Destaca-se que a dispersão dos dados em torno da reta de regressão depende grandemente do
número de eventos relacionados. De qualquer modo, os diagramas, além de indicar o ajuste entre os eventos
observados e estimados, possibilitam mensurar o quanto que os eventos estimados estão ajustados aos

91
eventos observados em função do R². Assim, quanto maior o valor de R², melhor o ajuste entre os eventos
estimados e observados.

Figura 2 – Diagramas de dispersão dos eventos observados e estimados.

SERVIDORES

92
(Continuação Figura 2)

APOSENTADOS

ENTRADA EM INVALIDEZ

Fonte: SIAPE - Sistema Integrado de Administração de Pessoal (2015 - 2020)

67. Dos diagramas de dispersão dispostos acima verifica-se que:

a) Servidores: embora as métricas apresentadas anteriormente tenham indicado a inadequação das


estimativas obtidas através das tábuas biométricas dos servidores do sexo masculino, os
comportamentos mais ajustados se referem justamente à essas tábuas. Isso quer dizer que, apesar
das estimativas, de uma forma geral, estarem um tanto distantes do que se observa, a relação entre

93
os eventos ao longo das idades é relativamente consistente, como demonstram seus coeficientes de
determinação, R²;

b) Aposentados: apesar de, em consonância com as métricas apresentadas anteriormente que indicaram
a inadequação das estimativas obtidas através da tábua biométrica dos aposentados válidos do sexo
masculino, o comportamento menos ajustado se referir à essa tábua, seu coeficiente de
determinação, R², muito próximo a 0,9, demonstra que a relação entre os eventos ao longo das idades
é relativamente consistente;

c) Entrada em invalidez: em consonância com as métricas apresentadas anteriormente que indicaram a


inadequação das estimativas obtidas através da tábua de entrada em invalidez, o comportamento
dessa tábua não é bem ajustado. Isso quer dizer que, além das estimativas, de uma forma geral,
estarem um tanto distantes do que se observa, a relação entre os eventos ao longo das idades não é
relativamente consistente, como demonstra seu coeficiente de determinação, R².

Considerações e Proposições
68. Os testes apresentados se constituem como ferramentas importantes para se acompanhar a
aderência das tábuas biométricas e, muito embora não sejam conclusivos, indicam tendências e
comportamentos que podem direcionar adequações dessas hipóteses. Esses testes tiveram como objetivo
averiguar, sob suposições e considerando as informações disponíveis, a aderência das tábuas específicas dos
servidores civis da União, segregadas por sexo e por escolaridade do cargo (nível médio e nível superior), e da
tábua “Álvaro Vindas”.

69. Ainda que as tábuas específicas dos servidores civis da União, segregadas por sexo e por escolaridade
do cargo, advenha da experiência de mortalidade da mesma população para a qual referidas tábuas são
aplicadas, o acompanhamento de suas aderências se faz necessário, o que requer a disponibilidade de
informações precisas, atualizadas e com o nível de abrangência que contemple toda a massa de beneficiários.

70. No resumo dos resultados dos testes estatísticos constata-se, de modo geral, a inadequação das
tábuas de mortalidade, fato este que indica a necessidade de revisão e/ou ajustes, bem como o
aprofundamento nos testes e análises, principalmente sob a ótica de modelos mais robustos que possam
promover melhorias nas tábuas utilizadas, ajustando-se, quando necessário, o nível da mortalidade dessas
tábuas em relação ao comportamento da massa de segurados.

Tabela 4 – Resumo dos Resultados dos testes estatísticos.

SERVIDORES (Tábuas de Mortalidade Geral IPEA)

Feminino Masculino
Teste
Nível Médio Nível Superior Nível Médio Nível Superior

Kolmogorov-Smirnov Não Rejeitar H0 Não Rejeitar H0 Rejeitar H0 Rejeitar H0

X² - Qui-Quadrado Rejeitar H0 Rejeitar H0 Rejeitar H0 Rejeitar H0

94
APOSENTADOS (Tábuas de Mortalidade Geral IPEA)

Válido Inválido
Teste
Feminino Masculino Feminino Masculino

Kolmogorov-Smirnov Rejeitar H0 Rejeitar H0 Não Rejeitar H0 Não Rejeitar H0

X² - Qui-Quadrado Rejeitar H0 Não Rejeitar H0 Rejeitar H0 Rejeitar H0

ENTRADA EM INVALIDEZ (Álvaro Vindas)

Teste Ambos os Sexos

Kolmogorov-Smirnov Rejeitar H0

X² - Qui-Quadrado Rejeitar H0

Fonte: SIAPE - Sistema Integrado de Administração de Pessoal (2015 - 2020)

71. Importante relatar que, na avaliação de 31/12/2022, foram utilizadas as tábuas de entrada
em invalidez elaboradas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, em substituição à
tábua Álvaro Vindas.

72. Serão feitos os ajustes necessários nas tábuas biométricas, conforme resumo dos resultados
dos testes indicados na tabela 4, com o objetivo de adequar as probabilidades de morte ao
comportamento da massa de segurados para utilização na avaliação atuarial de 31/12/2023,
conforme previsto no §2º do art. 35 da Portaria MTP nº 1.467/2022.

95
ANEXO XVI: NOTA TÉCNICA ATUARIAL RPPS UNIÃO

NOTA TÉCNICA ATUARIAL (NTA)

Data focal: 31/12/2022

Ente Federativo: União

Regime Próprio de Previdência Social - RPPS da União

Abrangência: servidores civis, aposentados e pensionistas dos Poderes Executivo, Legislativo e


Judiciário)

Atuários:

Alan dos Santos de Moura

Benedito Leite Sobrinho

96
Objetivo

1. O objetivo desta nota técnica atuarial é apresentar as bases atuariais, critérios e demais elementos
basilares para a elaboração da avaliação atuarial do plano de benefícios e custeio aplicado aos servidores,
aposentados e pensionistas dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União.

Modalidade dos Benefícios Assegurados pelo RPPS e Estrutura dos Benefícios. Critérios de
Elegibilidade

2. Em conformidade com os comandos do art. 40 da Constituição, com as leis vigentes, os benefícios de


aposentadoria e pensão do Regime Próprio de Previdência Social da União são estruturados na modalidade
“Benefício Definido”.

3. Os critérios de elegibilidade, o cálculo do valor, a forma de atualização e demais requisitos que


compõem a estrutura dos benefícios podem ser consultados nos Anexos XVII-A e XVII-B constantes da parte
final desta NTA.

4. Primeiramente são apresentados, em quadro sintético, as condicionantes extraídas das novas regras
trazidas pela Emenda Constitucional n° 103, publicada em 13/11/2019. Tais regras são aplicáveis ao conjunto
de servidores que nessa data ainda não tinham completado os quesitos para se aposentarem. Na sequência,
constarão quadros que resumem os critérios disciplinados pelas regras que vigeram até a véspera da Emenda
Constitucional n° 103, publicada em 13/11/2019. Os critérios destes quadros são utilizados no
dimensionamento das obrigações relativas aos servidores que estão na iminência de se aposentar, visto que
já cumpriram todos os requisitos antes da entrada em vigor da Emenda Constitucional n° 103/2019.

Bases Técnicas Atuariais. Regime Financeiro, Hipóteses Atuariais e Premissas

5. Os benefícios de aposentadoria e pensão assegurados pelo RPPS são avaliados em regime financeiro
de capitalização, inobstante, na prática, ainda ser usado o regime financeiro de repartição simples para esses
benefícios de prestação continuada e de longa duração. Desta forma, desde o advento da Emenda
Constitucional n° 20, de 15 de dezembro de 1998, as contribuições arrecadadas são integralmente usadas para
o pagamento dos benefícios já concedidos sem a formação de fundo capitalizado.

6. A escolha das premissas e hipóteses atuariais utilizadas nesta avaliação atuarial foi fundamentada no
relatório final e nos relatórios dos subgrupos criados no âmbito do Grupo de Trabalho, que teve por objetivo
avaliar e aperfeiçoar as metodologias de apuração do resultado financeiro e atuarial do RPPS dos servidores
públicos civis da União. Tal grupo foi criado por meio da Portaria Conjunta n° 01, de 13 de abril de 2017,
publicada no Diário Oficial da União em 17 de abril de 2017, da Secretaria de Previdência (SPREV) e da
Secretaria do Tesouro Nacional (STN) do Ministério da Economia (ME), da Secretaria de Orçamento Federal
(SOF), da Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos (SEPLAN) e da Secretaria de Gestão de Pessoas
e Relações do Trabalho no Serviço Público (SEGRT, atual Secretaria de Gestão de Pessoas – SGP) do Ministério
do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) – com o objetivo de avaliar e aperfeiçoar as metodologias
de apuração do resultado financeiro e atuarial do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos Servidores
Públicos Civis da União. Os relatórios produzidos por esse Grupo de Trabalho podem ser consultados em
http://www.previdencia.gov.br/regimes-proprios/grupo-de-trabalho-resultado-financeiro-e-atuarial-do-
rpps-da-uniao/.

97
7. Registre-se que os parâmetros, hipóteses atuariais e premissas selecionadas para a avaliação atuarial
que posiciona as obrigações previdenciárias em 31/12/2022, estão consignadas na Nota SEI n°
15/2022/COAAT/CGACI/SRPPS/SPREV-MTP, objeto do Processo SEI n° 10133.101554/2022-95. Seguem-se
síntese das principais bases técnicas:

Tábuas biométricas

8. Mortalidade Geral e Mortalidade de Inválidos: Tábua específica dos servidores civis da União,
segregada por sexo e por escolaridade do cargo, elaborada pelo IPEA, por determinação do Tribunal de Contas
da União. No cálculo atuarial dos compromissos previdenciários, a aferição da sobrevivência foi efetuada com
base nas seguintes tábuas:

9. Para os servidores em atividade: “Tábua de Servidores da União - Homens - Nível Superior - IPEA -
2017”, “Tábua de Servidores da União - Mulheres - Nível Superior - IPEA – 2017; “Tábua de Servidores da União
- Homens - Nível Médio – IPEA - 2017” e “Tábua de Servidores da União - Mulheres - Nível Médio - IPEA -
2017”.

10. Em relação aos aposentados: Tábua de Servidores da União - Homens - Nível Médio - IPEA - 2017” e
“Tábua de Servidores da União – Mulheres – Nível Médio – IPEA - 2017”.

11. Pensionistas: Tábua IBGE 2021 - Mulheres e Tábua IBGE 2021 - Homens, ambas extrapoladas20 a partir
da idade 80 anos.

12. Entrada em Invalidez: Tábua específica dos servidores civis da União, segregada por sexo e por
escolaridade do cargo, elaborada pelo IPEA.

13. Mortalidade de servidores em atividade (tábua de serviço): para a construção da função de número
de vivos da tábua de serviços foram combinados os eventos de morte e invalidez, pelo método Hamza, que
trata os referidos eventos multidecrementais. A função biométrica que informa o número de pessoas vivas e
válidas dessa tábua de serviço é expressa por lxaa = lx - lxii, sendo que, na primeira idade da tábua o número
de pessoas com invalidez permanente corresponde a lxii = 0 e, nas idades seguintes a quantidade desses
inválidos é obtida por:

ii  qi  ii
lx+1 = lxaa ×ix ×  1- x i
 +lx × px .
 2 

Taxa real de juros

14. Em atendimento ao art. 39 da Portaria MTP n° 1.467/2022 foi usada a taxa real de juros de 4,61% ao
ano, que, conforme art. 4º do Anexo VII da Portaria MTP n° 1.467/2022, se refere à taxa de juros parâmetro

20
Referidas extrapolações de probabilidades de anuais de morte foram obtidas mediante a aplicação das especificações
contidas na “Nota Técnica sobre a Metodologia adotada pelo Ministério da Previdência Social na Extrapolação das Tábuas
de Mortalidade IBGE para as idades acima de 80 anos” que pode ser acessada pelo endereço:
http://sa.previdencia.gov.br/site/2015/06/NOTA-TECNICA-ATUARIAL-EXTRAPOLACAO-DA-TABUA-IBGE-MPS.pdf

98
correspondente à duração do passivo de 13,5 anos.

Taxa real do crescimento da remuneração por mérito

15. Utilizou-se a taxa real de 1% ao ano, que corresponde à taxa mínima prudencial de crescimento
estabelecida pelo art. 38 da Portaria MTP n° 1.467/2022, como representativo do crescimento da
remuneração por mérito, em razão da ausência dessa informação na base de dados usada na avaliação.

Projeção do crescimento da remuneração por produtividade

16. Não foi utilizada a hipótese de crescimento da remuneração por produtividade, devido à
indisponibilidade de informações que possibilitassem definir uma taxa a ser aplicada a todos os servidores.

Projeção de benefícios com base na regra da média

17. Em face da indisponibilidade da base de dados das remunerações de julho de 1994 até a data focal da
avaliação, para efeito da projeção dos benefícios com base na média das remunerações de contribuição,
adotou-se o procedimento de projetar, à taxa de 1% ao ano, por meio de fatores financeiros de acumulação,
ano a ano, o valor da remuneração (base para contribuição) informada na base cadastral, desde a data focal
31/12/2022, até a data provável da aposentadoria, bem como, projetar, o valor dessa remuneração, da mesma
data focal, retroagindo-se à data de vínculo do segurado ao primeiro regime previdenciário (no máximo até
julho/1994), mediante o uso de fatores financeiros de desconto calculados à taxa de 1% ao ano. A média
procurada é obtida com base em 100% (ou 80% das maiores remunerações de contribuição, no caso de
segurado com direito adquirido) desses valores projetados, compreendidos entre a data de vínculo do
segurado ao primeiro regime previdenciário (no máximo até julho/1994) e a data provável de aposentadoria.

Projeção do crescimento dos benefícios do plano

18. Não foi utilizada a hipótese de crescimento real dos benefícios, devido à indisponibilidade de
informações para se apurar e projetar o percentual de atualização dos valores de benefícios concedidos e a
conceder sujeitos à regra de paridade de reajuste dos proventos com os mesmos percentuais aplicados aos
vencimentos dos servidores em atividade.

Fatores de capacidade de benefícios e salários

19. O plano de benefícios e custeio aplicados aos segurados do RPPS da União prevê que os benefícios
disciplinados pelas regras permanentes, depois de concedidos, serão atualizados anualmente por um índice
de inflação acumulado.

20. Assim sendo, os benefícios são concedidos e as prestações mensais permanecem constantes até a
data do próximo reajuste, acumulando nesse período a perda de seu poder de compra causado pelo efeito
corrosivo da inflação.

21. Desta forma, as provisões matemáticas previdenciárias podem ser ajustadas pelo fator de capacidade
dos benefícios (F) para refletirem nas obrigações do fundo de previdência essa defasagem gerada pela
inflação.

22. O mesmo raciocínio também é aplicável à perda do poder aquisitivo das remunerações percebidas
entre dissídios, de forma que, o fator de capacidade das remunerações (F) serve, do mesmo modo, para gravar
99
o efeito da corrosão inflacionária nas projeções dos compromissos atuariais.

23. O fator de capacidade dos benefícios e o fator de capacidade das remunerações, ambos representados
por (F), calculados pela taxa de inflação projetada para o longo prazo, são designados, respectivamente, em
normas e demonstrativos por: “Fator de determinação do valor real ao longo do tempo dos benefícios” e
“Fator de determinação do valor real ao longo do tempo dos salários”.

Fator de determinação do valor real ao longo do tempo dos benefícios:

24. Utilizou-se taxa de inflação de longo prazo nula, portanto F = 1 (ou 100%), para efeito das projeções
atuariais dos benefícios.

Fator de determinação do valor real ao longo do tempo dos salários:

25. Utilizou-se taxa de inflação de longo prazo nula, portanto F = 1 (ou 100%), para efeito das projeções
atuariais das remunerações.

Expectativa de reposição de servidores

26. Na avaliação atuarial posicionada em 31/12/2022 avaliou-se, primeiramente, o grupo como fechado,
ou seja, sem reposição de servidores, dado que ainda não foi publicada ato normativo que complementará as
orientações sobre a expectativa de reposição de servidores.

27. Entretanto, com o objetivo de subsidiar as análises das projeções de receitas e despesas do RPPS da
União, foi adotada, em avaliação atuarial à parte, a hipótese de reposição dos servidores que substituirão os
que saírem por aposentadoria programada, para refletir os fluxos de novos servidores e os respectivos
compromissos previdenciários, em consonância com a continuidade dos serviços públicos decorrente da
perenidade do Estado. As projeções dos compromissos desses futuros servidores, ainda não admitidos, não
devem impactar o resultado atuarial do regime, pois as estimativas desses compromissos de novos entrantes
não representam efetiva obrigação nesta data, mas podem servir para a avaliação do impacto com base em
cenários futuros e dar suporte para a estruturação de eventuais medidas corretivas para a sustentabilidade
do RPPS.

Rotatividade

28. Utilizou-se taxa de rotatividade nula devido a possibilidade de compensação previdenciária, a pagar
e a receber, entre os regimes previdenciários.

Composição familiar

29. Para estimar os compromissos das pensões a serem pagas por morte de segurados admitiu-se que
76,5% dos aposentados e servidores deixarão pensões vitalícias para um cônjuge com diferença etária de 3 e
2 anos para os servidores de sexo masculino e feminino e seus respectivos cônjuge de sexo oposto. Para os
aposentados a diferença etária é de 4 e 2 anos para esses segurados de sexo masculino e feminino, em relação
aos seus cônjuges, respectivamente. Nesse percentual foram consideradas as pensões temporárias reguladas
pela Lei n° 13.135, de 17 de junho de 2015. As obrigações decorrentes das pensões já concedidas foram
avaliadas pela fórmula geral de um grupo familiar composto por um pensionista vitalício e outro temporário
mais novo entre os menores de 21 anos.

100
Idade de vinculação a algum regime previdenciário anterior ao ingresso na União

30. Os estudos realizados pelo Grupo de Trabalho citado anteriormente apontaram para a idade de 25
anos, com sendo a idade provável de um servidor da União ter-se vinculado a algum regime previdenciário
antes de ser segurado obrigatório do RPPS da União.

31. A base de dados recebida dos órgãos federais para elaboração da avaliação atuarial não tem
apresentado, para todos os servidores, a data real de sua vinculação a algum regime previdenciário anterior
ao ingresso na União. Contudo, a mesma base de dados trouxe informações sobre os tempos de serviços já
averbados, que são usados na avaliação atuarial caso sejam considerados consistentes em relação à idade 25
e à idade de ingresso no serviço público.

Alíquotas de contribuição dos servidores, aposentados, pensionistas e ente

CONTRIBUINTES BASE E ALÍQUOTA

Foram utilizadas as alíquotas progressivas do art. 11 da EC n°


Servidores 103/2019, limitado ao Teto do RGPS caso o servidor esteja
vinculado ao regime de previdência complementar

Foram utilizadas as alíquotas progressivas do art. 11 da EC n°


Aposentados e Pensionistas 103/2019 sobre o valor do provento que ultrapassar o Teto do
RGPS

Em conformidade com a Lei n° 10.887/2004, considerou-se que a


União União contribui com alíquota igual ao dobro daquela devida pelo
servidor.

Regimes Financeiros por Benefício Desdobrado por Fase de Cobertura e Método de Financiamento

PROVISÃO MATEMÁTICA DE BENEFÍCIOS CONCEDIDOS (PMBC)

BENEFÍCIOS COBERTURA REGIME MÉTODO

Aposentadoria de válidos (por Idade, Tempo de


Fase pós laborativa Capitalização -
Contribuição e Compulsória)

Aposentadoria por invalidez Fase pós laborativa Capitalização -

Pensão a conceder devida a dependente de


Fase pós laborativa Capitalização -
aposentado válido (reversão)

Pensão a conceder devida a dependente de


Fase pós laborativa Capitalização -
aposentado por invalidez (reversão)

Pensão concedida por morte Fase pós laborativa Capitalização -

101
PROVISÃO MATEMÁTICA DE BENEFÍCIOS CONCEDIDOS (PMBC)

BENEFÍCIOS COBERTURA REGIME MÉTODO

PROVISÃO MATEMÁTICA DE BENEFÍCIOS a CONCEDER (PMBaC)

BENEFÍCIOS COBERTURA REGIME MÉTODO

Aposentadoria de válidos (por Idade, Tempo de


Fase laborativa Capitalização PUC
Contribuição e Compulsória)

Pensão a conceder a dependente de futuro PUC


Fase laborativa Capitalização
aposentado válido (reversão)

Aposentadoria por invalidez Fase laborativa Capitalização PUC

Pensão a conceder a dependente de futuro


Fase laborativa Capitalização PUC
aposentado por invalidez (reversão)

Pensão a conceder a dependente em caso de


Fase laborativa Capitalização PUC
morte de servidor válido

Formulações Matemáticas

32. As formulações matemáticas utilizadas na avaliação atuarial para o cálculo dos valores das provisões
matemáticas relativas aos compromissos previdenciários do RPPS, do ente público, dos aposentados, dos
pensionistas e dos servidores são as seguintes:

Expressões de cálculo do valor atual dos benefícios futuros (VABF), do valor atual das contribuições
futuras do servidor, aposentado, pensionista e do ente federativo (VACF), das provisões
matemáticas referentes aos benefícios concedidos (PMBC) e benefícios a conceder (PMBaC)

Benefícios Concedidos:

Aposentadoria concedida a válidos:

33. Valor Atual dos Benefícios Futuros:


VABFxApv = f  B  ax  F

34. Valor Atual das Contribuições Futuras:

VACFxApv = f  C  ax  F

Se B  Teto RGPS então: C = 0


Sendo:C = 
Se não: C = (B − TetoRGPS )  Alíquotas Progressivas

35. Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos:

102
PMBCxApv = VABFxApv − VACFxApv

Pensão a conceder em caso de morte do aposentado válido (Reversão):

36. Valor Atual dos Benefícios Futuros:

VABFxPenApv = f  B  p  (a y − axy ) F

37. Valor Atual das Contribuições Futuras:

( )
VACFxPenApv = f  C  p  ay − axy  F

Se B  Teto RGPS então: C = 0


Sendo:C = 
Se não: C = (B − TetoRGPS )  Aliquotas Progressivas

38. Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos:

PMBCxPenApv = VABFxPenApv − VACFxPenApv

Aposentadoria concedida a inválido:


39. Valor Atual dos Benefícios Futuros:

VABFxApi = f  B  axi  F

40. Valor Atual das Contribuições Futuras:

VACFxApi = f  C  axi  F

Se B  Teto RGPS então: C = 0


Sendo:C = 
Se não: C = (B − TetoRGPS )  Alíquotas Progressivas

41. Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos:


PMBCxApi = VABFxApi − VACFxApi

Pensão a conceder em caso de morte do aposentado inválido (Reversão):

42. Valor Atual dos Benefícios Futuros:

( )
VABFxPenApi = f  B  p  a y − axi y  F

43. Valor Atual das Contribuições Futuras:

( )
VACFxPenApi = f  C  p  a y − a xi y  F

Se B  Teto RGPS então: C = 0


Sendo:C = 
Se não: C = (B − TetoRGPS )  Alíquotas Progressivas
103
44. Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos:

PMBCxPenApi = VABFxPenApi − VACFxPenApi

Pensão concedida a válidos e inválidos:

45. Valor Atual dos Benefícios Futuros:


VABFxPen = f  B  H x  F

46. Valor Atual das Contribuições Futuras:

VACFxPen = f  C  H x  F
Se B  Teto RGPS então: C = 0
Sendo:C = 
Se não: C = (B − TetoRGPS ) Alíquotas Progressivas

47. Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos:

Benefícios a Conceder: PMBCxPen = VABFxPen −VACFxPen

Aposentadoria a conceder a válidos:

48. Valor Atual dos Benefícios Futuros:

VABFxApv = f  B proj  r − x E xaa  ar  F

49. Valor Atual das Contribuições Futuras (Aposentado):


VACFxApv = f  C proj  r − x Exaa  ar  F

Se B  Teto RGPS então: CProj = 0



Sendo:C = 
Se não: CProj = (B − TetoRGPS )  Alíquotas Progressivas

50. Valor Atual dos Benefícios Futuros Líquido (VABF LÍQUIDO):

VABF LÍQUIDOxApv = VABFxApv −VACFxApv

51. Valor Atual das Contribuições Futuras (Servidor e Ente). Vide expressões constantes desta NTA.

𝐴𝑝𝑣 𝑟−𝑥 𝐴𝑝𝑣


𝑉𝐴𝐶𝐹𝑥 𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜𝑟/𝑒𝑛𝑡𝑒 = × 𝑉𝐴𝐵𝐹𝐿Í𝑄𝑈𝐼𝐷𝑂𝑥
𝑟−𝑎

52. Provisão Matemática dos Benefícios a Conceder:

PMBaCxApv = VABF LÍQUIDOxApv − VACFxApv


Servidor / Ente

Pensão a conceder em caso de morte de futuro aposentado válido (Reversão):

104
53. Valor Atual dos Benefícios Futuros:

VABFxPenApv = f  B proj r − x Exaa  p  (a y − axy ) F

54. Valor Atual das Contribuições Futuras:

(
VACFxPenApv = f  C proj r − x Exaa  p  a y − a xy  F )
Se B  Teto RGPS então: CProj = 0

Sendo:C = 
Se não: CProj = (B − TetoRGPS )  Alíquotas Progressivas

55. Valor Atual dos Benefícios Futuros Líquido (VABF LÍQUIDO):

VABF LÍQUIDOxPenApv = VABFxPenApv − VACFxPenApv

56. Valor Atual das Contribuições Futuras (Servidor e Ente). Vide expressões constantes desta NTA:

𝑃𝑒𝑛𝐴𝑝𝑣 𝑟−𝑥 𝑃𝑒𝑛𝐴𝑝𝑣


𝑉𝐴𝐶𝐹𝑥 𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜𝑟/𝑒𝑛𝑡𝑒 = × 𝑉𝐴𝐵𝐹𝐿Í𝑄𝑈𝐼𝐷𝑂𝑥
𝑟−𝑎

57. Provisão Matemática dos Benefícios a Conceder:

PMBaCxPenApv = VABF LÍQUIDOxPenApv − VACFxPenApv


Servidor/ente

Aposentadoria a conceder por invalidez:

58. Valor Atual dos Benefícios Futuros:


 r - x-1

g × aa ai i t+1 
t p x × p x+t × äx+1+t × v
 1 
 t=0 
VABFxApi = f × BI × F  + 
 


 
r - x-1

 g2 ×
 +t
× t px × px+t × äx+1+t × v 
aa ai i t+1

 T 
 t=0 

59. Valor Atual das Contribuições Futuras:


 r−x

g  
t px  px+t × äx+1+t  v
aa ai i t +1

 1 
 t =0 
VACF Api
= f C  F  + 
x
 


r−x
  +t 
 g2   t pxaa  px+t
ai i
× äx+1+t  v t +1 
 T 
 t =0 
105
Se B  Teto RGPS então: C = 0
Sendo:C = 
Se não: C = (B − TetoRGPS )  Alíquotas Progressivas

60. Valor Atual dos Benefícios Futuros Líquido (VABF LÍQUIDO):

VABF LÍQUIDOxApi = VABFxApi − VACFxApi


61. Valor Atual das Contribuições Futuras (Servidor e Ente). Vide expressões constantes desta NTA:

𝐴𝑝𝑖 𝑟−𝑥 𝐴𝑝𝑖


𝑉𝐴𝐶𝐹𝑥 𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜𝑟/𝑒𝑛𝑡𝑒 = × 𝑉𝐴𝐵𝐹𝐿Í𝑄𝑈𝐼𝐷𝑂𝑥
𝑟−𝑎

62. Provisão Matemática dos Benefícios a Conceder:

PMBaCxApi = VABF LÍQUIDOxApi − VACFxApi


Servidor/ente

Pensão a conceder no caso de morte do futuro aposentado inválido (Reversão):

63. Valor Atual dos Benefícios Futuros – VABF


 r − x −1

g 
 1 t p aa
x  q ai
/1 x + t  t +1 p y  ä (
y + t +1 − ä )
x i y + t +1
 p  v t +1 

 t =0 
VABFxPenApi 
= f  B F  + 
 


r − x −1
 
 g2 

 +t
T
( )
 t pxaa  /1 qxai+t  t +1 p y  äy +t +1 − äx i y +t +1  p  v t +1 

 t =0 

64. Valor Atual das Contribuições Futuras – VACF:


 r−x

g 
 1 t p
aa
x
ai
x +t ( )
 /1 q  t +1 p y  äy +t +1 − äx i y +t +1  p  v t +1 

 t =0 
VACF PenApi
= f C  F + 
x
 


r−x
 
 g2 

 +t
T
( )
 t pxaa  /1 qxai+t  t +1 p y  äy +t +1 − äx i y +t +1  p  v t +1 

 t =0 

Se B  Teto RGPS então: C = 0


Sendo:C = 
Se não: C = (B − TetoRGPS )  Alíquotas Progressivas

65. Valor Atual dos Benefícios Futuros Líquido – VABF LÍQUIDO:

VABF LÍQUIDOxPenApi = VABFxPenApi − VACFxPenApi

66. Valor Atual das Contribuições Futuras (Servidor e Ente). Vide expressões constantes desta NTA:

106
𝑃𝑒𝑛𝐴𝑝𝑖 𝑟−𝑥 𝑃𝑒𝑛𝐴𝑝𝑖
𝑉𝐴𝐶𝐹𝑥 𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜𝑟/𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑟−𝑎 × 𝑉𝐴𝐵𝐹𝐿Í𝑄𝑈𝐼𝐷𝑂𝑥

67. Provisão Matemática dos Benefícios a Conceder – PMBaC:

PMBaCyPenApi = VABF LÍQUIDOyPenApi − VACFyPenApi


Servidor / ente

Pensão por Morte de Servidor em Atividade:

68. Valor Atual dos Benefícios Futuros – VABF:


r − x −1

VABF y
PenServAtiv
= f  B t pxaa  /1 qxaa+t  t +1 p y  ä y +t +1  v t +1  p  F
t =0

69. Valor Atual das Contribuições Futuros – VACF:


r − x −1

VACFyPenServAtiv = f  C  t pxaa  /1 qxaa+t  t +1 p y  ä y +t +1  v t +1  p  F


t =0

Se B  Teto RGPS então: C = 0


Sendo:C = 
Se não: C = (B − TetoRGPS )  Alíquotas Progressivas

70. Valor Atual dos Benefícios Futuros Líquido – VABF LÍQUIDO:

VABF LIQUIDOyPenServAtiv = VABFyPenServAtiv −VACFyPenServAtiv

71. Valor Atual das Contribuições Futuras (Servidor e Ente). Vide expressões constantes desta NTA:
𝑟−𝑥
𝑉𝐴𝐶𝐹𝑥𝑃𝑒𝑛𝑆𝑒𝑟𝑣𝐴𝑡𝑖𝑣
𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜𝑟/𝑒𝑛𝑡𝑒 = × 𝑉𝐴𝐵𝐹𝐿Í𝑄𝑈𝐼𝐷𝑂𝑥𝑃𝑒𝑛𝑆𝑒𝑟𝑣𝐴𝑡𝑖𝑣
𝑟−𝑎

72. Provisão Matemática dos Benefícios a Conceder – PMBaC:

PMBaCyPenServAtiv = VABF LÍQUIDOyPenServAtiv − VACFyPenServAtiv


Servidor / ente

Expressão de cálculo do valor atual das remunerações futuras

VARFx = f  R  axaa: r − x|  F

107
Principais Simbologias Utilizadas e Descrições

SÍMBOLO DESCRIÇÃO

a : Idade de primeira vinculação previdenciária do servidor.

äy : Valor atual de uma série de rendas vitalícias anuais devida a um segurado com
idade y, com pagamentos efetuados no início de cada período.

: Valor atual de uma série de rendas anuais devida ao grupo de segurados com
äxi y
idades x e y, enquanto esse grupo não se dissolver pela morte de x ou de y, sendo
x inválido, com pagamentos efetuados no início de cada período.

ar , ax , a y : Valor atual de uma série de rendas vitalícias anuais devida a um segurado com
idades subscritas por r, x ou y, com pagamentos efetuados ao final de cada
período.

axi : Valor atual de uma série de rendas vitalícias anuais devida a um segurado inválido
com idade x, com pagamentos efetuados ao final de cada período.

: Valor atual de uma série de rendas anuais devida aos segurados com idades x e y,
axi y
enquanto esse grupo não se dissolver pela morte de x ou de y, sendo x inválido,
com pagamentos efetuados ao final de cada período.

axy : Valor atual de uma série de rendas anuais devida aos segurados com idades x e y,
enquanto esse grupo não se dissolver pela morte de x ou de y, com pagamentos
efetuados ao final de cada período.

a aa
x: r − x| : Valor atual de uma série de rendas temporárias anuais devida a um segurado
válido com idade x, no período compreendido entre a data da avalição atuarial e
a data provável de sua aposentadoria, com pagamentos efetuados ao final de
cada período.

B : Valor do benefício devido ao segurado aposentado ou pensionista.

108
SÍMBOLO DESCRIÇÃO

BI : Valor do benefício integral.

BProj : Valor do benefício projetado para a data de aposentadoria do servidor.

C : Valor da contribuição devida pelo segurado aposentado ou pensionista.

CProj : Valor da contribuição projetada para a data de aposentadoria do servidor.

e : Idade do segurado na data de ingresso no ente.

r −x Exaa : Função de desconto atuarial multidecremental.

f : Frequência de pagamento de benefícios no ano; usou-se 13.

F : Fator de determinação do valor real ao longo do tempo das remunerações e dos


benefícios.

g1 : Grupo 1 representado pelo percentual esperado de aposentadorias por invalidez


permanente decorrentes de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença
grave, contagiosa ou incurável, com proventos integrais. g1 = 50%.

g2 : Grupo 2 representado pelo percentual esperado de aposentadorias por invalidez


permanente decorrentes das demais causas, com proventos proporcionais ao
tempo de serviço. g 2 = 50%.

109
SÍMBOLO DESCRIÇÃO

Hx : Fórmula geral aplicável ao pensionista individualmente ou ao seu grupo familiar,


que considera pensionistas com rendas temporária para mais novo do grupo com
idade inferior a 21 anos e vitalícia para o pensionista invalido ou válido mais
longevo. H x = a 21 − z i + 21− z / ay +21− z

ix : Taxa anual de entrada em invalidez na idade x.

lx : Número de pessoas vivas na idade x de uma tábua de mortalidade geral.

lxaa : Número de pessoas vivas e válidas na idade x de uma tábua de serviço.

lxii : Número de pessoas vivas e inválidas na idade x de uma tábua de serviço.

p : Percentual de pessoas que deixarão alguma pensão.

pxaa : Probabilidade de uma pessoa válida com idade x sobreviver à idade x+1 e
continuar válida.

pxai : Probabilidade de uma pessoa válida com idade x se invalidar e sobreviver à idade
x+1.

pxi : Probabilidade de uma pessoa inválida com idade x sobreviver à idade x+1.

py : Probabilidade de uma pessoa com idade x sobreviver à idade x+1.

qxaa : Probabilidade de uma pessoa válida com idade x falecer antes de completar a
idade x+1.

110
SÍMBOLO DESCRIÇÃO

qxai : Probabilidade de uma pessoa válida com idade x se invalidar e falecer antes de
completar a idade x+1.

qxi : Probabilidade de uma pessoa inválida com idade x falecer antes de completar a
idade x+1.

R : Remuneração do Servidor na data da avaliação.

r : Idade provável de aposentadoria do segurado projetada segundo as normas


aplicáveis.

v : Fator de desconto financeiro.

x, y : Idades do segurado na data da avaliação atuarial.

τ : Tempo de contribuição acumulado até a data da avaliação.

T : Tempo total de contribuição acumulado até a data provável da aposentadoria


programada.

Teto RGPS : Valor máximo do benefício pago Regime Geral de Previdência Social.

Brasília-DF, 31 de dezembro de 2022.

ALAN DOS SANTOS DE MOURA


Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil - Matrícula 1.538.692

BENEDITO LEITE SOBRINHO


Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil - Matrícula 0.935.753
111
ANEXO XVII-A: REGRAS PARA CONCESSÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÃO - RPPS
DA UNIÃO - APÓS EC N° 103/2019

Resumo Esquemático dos Critérios de

Concessão, Cálculo e Reajustamento dos Benefícios

112
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 103, DE 12.112019 RPPS DA UNIÃO
Regra de Acesso Regra de Cálculo
Ingresso Até Ingresso até ENTRADA EM
Idade Mínima Tempo de Contribuição Pontuação Mínima
31.12.2003 VIGOR EMENDA
Pensão Acumulação Benefícios
M H Ajuste M H Ajuste M H Ajuste
REGRAS DE TRANSIÇÃO
60% Média SC/Remunerações
Aumenta 1 Totalidade Regra Geral: Pensão
Aumento 30 (20 35 (20 desde 7/94, ou do início, se
Servidor Federal 56 a 61 a 86 a 96 a ponto por Remun. e Sem dependente Inválido ou
de 1 ano SP e 5 SP e 5 posterior, mais 2% por ano
Art. 4º 57 62 100 105 ano a partir Paridade com deficiência mental,
em 2022 Cargo) Cargo) que exceder 20 - Reajuste intelectual ou grave:
de 2020 62 (m) 65(h)
conf. RGPS
Cota familiar de 50%, cota
60% Média SC/Remunerações por dependente 10%, sobre
Aumenta 1 Totalidade
Aumento 25 (20 30 (20 desde 7/94, ou do início, se aposentadoria recebida ou
Professor Federal 51 a 56 a 81 a 91 a ponto por Remun. e
de 1 ano SP e 5 SP e 5 posterior, mais 2% por ano da que teria direito se
Art. 4º 52 57 92 100 ano a partir Paridade
em 2022 Cargo) Cargo) que exceder 20 - Reajuste aposentado por
de 2020 57 (m) 60 (h) incapacidade permanente na
conf. RGPS
data do óbito
Valor apurado na forma da
Pensão Com dependente
Lei: 100% Média Acumulação Vedada: mais
30 (20 35 (20 Totalidade Inválido ou com deficiência
Servidor Federal Pedágio SC/Remunerações desde
57 60 SP e 5 SP e 5 Remun. e mental, intelectual ou grave: de uma pensão, deixada por
Art.20º 100% 7/94, ou do início, se cônjuge ou companheiro, no
Cargo) Cargo) Paridade 100% da aposentadoria
posterior, Reajuste nos recebida ou da que teria mesmo regime de
termos do RGPS previdência, salvo cargos
Valor apurado na forma da acumuláveis na forma do
direito se aposentado por art. 37 da CF.
Lei: 100% Média
25 (20 30 (20 Totalidade incapacidade permanente na Acumulação Admitida, com
Professor Federal Pedágio SC/Remunerações desde
52 55 SP E 5 SP e 5 Remun. e data do óbito até o teto do Redução: I) Pensão
Art. 20 100% 7/94, ou do início, se
Cargo) Cargo) Paridade RGPS. Acima do Teto, cálculo cônjuge ou companheiro de
posterior, Reajuste nos das cotas. um regime + Pensão de
termos do RGPS
outro regime ou pensões
Exceção à Regra Geral para militares II) Pensão
Policial Civil do DF, Policiais/Agentes: Pensão por cônjuge/companheiro de um
Policial Federal, Policial Totalidade Remuner. e morte decorrente de regime mais Aposentadoria
Rodoviário Federal, Pol. 25 (15 30 (20 Pedágio Poderão aposentar-se na forma da LC nº Paridade - Ingresso até agressão no exercício ou em do RGPS, RPPS ou Proventos
52 53
legisl. Federal / Agentes Cargo) Cargo) 100% 51/1985 12.11.2019 (Parecer AGU - JL razão da função será vitalícia Inatividade Militar
Federais Penitenciários nº 04, de 9.6.2020) p/ cônjuge/companh. e III) Pensões Atividade Militar
Socioeduc. Art. 5º , § 3º equivalente à remuneração mais Aposentadoria RGPS ou
do cargo do RPPS.
REDUTORES: a) 60% de 1 SM
Exceção à Regra Geral para até 2 SM; b) 40% de 2 SM
Policial Civil do DF, Policiais/Agentes: Pensão por até 3 SM; c) 20% de 3 SM
Policial Federal Pol. Totalidade Remuner. e morte decorrente de até 4 SM; d) 10% acima de 4
legisl. Federal / Agentes 25 (15 30 (20 Poderão aposentar-se na forma da LC nº Paridade - Ingresso até agressão no exercício ou em SM.
55
Federais Penitenciários Cargo) Cargo) 51/1985 12.11.2019 (Parecer AGU - JL razão da função será vitalícia
Socioeduc. Art. 5º , nº 04, de 9.6.2020) p/ cônjuge/companh. e
Caput equivalente à remuneração
do cargo

Valor apurado na forma da


Lei: 60% Média
SC/Remunerações desde
Tempo de
7/94, ou do início, se
Contribuição de Pontos de 66, 76 e 86
Especial Nociv. Art. 21 posterior, mais 2% por ano Idem Geral
15, 20 e 25 anos pontos
que exceder 20 (exceção: por
(20 SP e 5 Cargo)
ano que exceder 15 nessa
mesma faixa)- Reajuste conf.
RGPS. 113
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 103, DE 12.112019 RPPS DA UNIÃO
Regra de Acesso Regra de Cálculo
Ingresso Até Ingresso até ENTRADA EM
Idade Mínima Tempo de Contribuição Pontuação Mínima
31.12.2003 VIGOR EMENDA Pensão Acumulação Benefícios
M H Ajuste M H Ajuste M H Ajuste
Regras de Longo Prazo (até edição de Lei Federal) - DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Servidor Federal 25 (10 SP e 5
62 65 idem geral
Art. 10 Cargo) Acumulação Vedada: mais
25 (10 SP e 5 ART 26, § 2º PEC - CAPUT - Cálculo da Média de uma pensão, deixada por
Professor Fed. Art. 10 57 60 idem geral
cônjuge ou companheiro, no
Cargo) Aritmética: Média Salários
Contrib/Remunerações desde 7/94, mesmo regime de
Exceção à Regra Geral para previdência, salvo cargos
Policial Civil DF, Policial ou do início das contribuições, se posterior Policiais/Agentes: Pensão por acumuláveis na forma do
Federal Policial, Policial Cálculo dos Proventos e Reajuste: morte decorrente de art. 37 da CF.
Rodoviário Federal,
Ingresso a partir de 60% Média mais 2% por ano que exceder 20 agressão no exercício ou em Acumulação Admitida, com
Policial legisl. Federal / 55 30 (25 Cargo)
13.11.2019 anos (salvo na Apos. por incapacidade razão da função será vitalícia Redução: I) Pensão
Agentes Federais
decorrente de acidente de trabalho, doença p/ cônjuge/companh. e cônjuge ou companheiro de
Penitenciários e
profissional ou do tabalho, quando será 100% equivalente à remuneração um regime + Pensão de
Socioeducat. Art. 10
da média) do cargo outro regime ou pensões
Especial Nociv. Art. 10 60 25 (10 SP e 5 Reajuste conf. RGPS idem geral militares II) Pensão
Apos. Incap. Perm. Art. cônjuge/companheiro de um
idem geral regime mais Aposentadoria
10
TC/20 X (Valor apurado na do RGPS, RPPS ou Proventos
Inatividade Militar
Aposentad. TC/20 limitado forma do art. 26, § 2º PEC:
75 idem geral III) Pensões Atividade Militar
Compulsória - Art. 10 a um inteiro 60% Média mais 2% por ano
mais Aposentadoria RGPS ou
que exceder 20 anos)
15 anos Poderão aposentar- do RPPS.
Deficientes (Apos. 70% Média das Contribuições apurada nos REDUTORES: a) 60% de 1 SM
contribuição, se na forma da LC nº
por Idade) - Art. 55 60 termos do art. 29 da Lei nº 8.213/91 mais 1% idem geral até 2 SM; b) 40% de 2 SM
como PCD, 142/2013, inclusive
22 quanto
por grupo de 12 contribuições (até 30%). até 3 SM; c) 20% de 3 SM
independe
(mulher) do Poderãoaos critérios
aposentar- 100% Média das Contribuições apurada nos
Deficientes (Apos. até 4 SM; d) 10% acima de 4
20, 24 e 28 se na forma da LC nº termos do art. 29 da Lei nº 8.213/91 (80% dos
por Tempo) Art. 142/2013, inclusive maiores salário de contribuição/remunerações
idem geral SM.
(homem) 25,
22 quanto aos critérios
29 e 33 desde 7/94, ou do início se posterior).
Observação: A média de que trata o artigo 26 da PEC será limitada ao teto do RGPS para o servidor que ingressou após a instituição do Regime de Previdência
Complementar - RPC, ou que fez a opção por este regime.
Poderão ser excluídas da média as contribuições que resultem em redução do valor do benefício, desde que mantido o tempo mínimo de contribuição exigido,
vedada a utilização do tempo excluído para qualquer finalidade.

114
ANEXO XVII-B: REGRAS PARA CONCESSÃO DE APOSENTADORIAS - RPPS DA UNIÃO -
DIREITO ADQUIRIDO ATÉ A EC N° 103/2019

Resumos Esquematizados dos Critérios de

Concessão, Cálculo e Reajustamento dos Benefícios – Direito Adquirido até a EC n° 103/2019

115
PARTE I – REGRAS PERMANENTES

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ PERMANENTE

(Art. 40, § 1º, inciso I, da Constituição Federal, com redação da EC n° 41/2003)

Aplicável aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
incluídas suas autarquias e fundações.

HOMEM/MULHER

Invalidez permanente comum: proventos proporcionais ao tempo de serviço

Invalidez permanente decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável, na forma da lei: proventos integrais

Forma de cálculo: Aplicação da média aritmética simples das maiores contribuições efetuadas a partir de julho/1994.

Teto do benefício: Remuneração do servidor no cargo efetivo.

Reajuste do Benefício: dar-se-á nas mesmas datas e com os mesmos índices utilizados para o reajuste dos benefícios
do RGPS, para preservação do valor real.

Obs.: Não se aplicou a média aritmética no cálculo dos benefícios concedidos até 19/02/2004, para os quais considerou-
se a última remuneração no cargo efetivo

APOSENTADORIA COMPULSÓRIA

(Art. 40, § 1º, inciso II, da Constituição Federal, com redação da EC n° 41/2003)

Aplicável aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
incluídas suas autarquias e fundações.

HOMEM/MULHER

Aposentadoria aos setenta e cinco anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição

Forma de cálculo: Aplicação da média aritmética simples das maiores contribuições efetuadas a partir de julho/1994.

Teto do benefício: Remuneração do servidor no cargo efetivo.

Reajuste do Benefício: dar-se-á nas mesmas datas e com os mesmos índices utilizados para o reajuste dos benefícios
do RGPS, para preservação do valor real.

Obs.: Não se aplicou a média aritmética no cálculo dos benefícios concedidos até 19/02/2004, para os quais considerou-
se a última remuneração no cargo efetivo

116
APOSENTADORIAS VOLUNTÁRIAS

(Art. 40, § 1º, inciso III, alíneas “a” e “b” da Constituição Federal, com redação da EC n° 41/2003)

Aplicáveis aos servidores titulares de cargos efetivos da União dos Estados, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, que ingressaram no serviço público a partir de 01/01/2004, ou
àqueles que não optaram pelas regras dos art. 2º e 6º da EC 41/03 ou do art. 3º da EC 47/04

POR IDADE E TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

(Art. 40, § 1º, inciso III, “a” da CF, com redação da EC n° 41/2003)

HOMEM

Professor (*) Demais Servidores

Tempo de contribuição: 10950 dias (30 anos) Tempo de contribuição: 12775 dias (35 anos)

Tempo no serviço público: 3650 dias (10 anos) Tempo no serviço público: 3650 dias (10 anos)

Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos) Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)

Idade mínima: 55 anos Idade mínima: 60 anos

Forma de cálculo: Aplicação da média aritmética simples Forma de cálculo: Aplicação da média aritmética simples
das maiores contribuições efetuadas a partir de das maiores contribuições efetuadas a partir de
julho/1994. julho/1994.

Teto do benefício: Remuneração do servidor no cargo Teto do benefício: Remuneração do servidor no cargo
efetivo. efetivo.

Reajuste do Benefício: dar-se-á nas mesmas datas e com Reajuste do Benefício: dar-se-á nas mesmas datas e com os
os mesmos índices utilizados para o reajuste dos mesmos índices utilizados para o reajuste dos benefícios
benefícios do RGPS, para preservação do valor real. do RGPS, para preservação do valor real.

Obs.: Não se aplicou a média aritmética no cálculo dos Obs.: Não se aplicou a média aritmética no cálculo dos
benefícios concedidos até 19/02/2004, para os quais benefícios concedidos até 19/02/2004, para os quais
considerou-se a última remuneração no cargo efetivo considerou-se a última remuneração no cargo efetivo

MULHER

Professora (*) Demais Servidoras

Tempo de contribuição: 9125 dias (25 anos) Tempo de contribuição: 10950 dias (30 anos)

Tempo no serviço público: 3650 dias (10 anos) Tempo no serviço público: 3650 dias (10 anos)

Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos) Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)

Idade mínima: 50 anos Idade mínima: 55 anos

117
Forma de cálculo: Aplicação da média aritmética simples Forma de cálculo: Aplicação da média aritmética simples
das maiores contribuições efetuadas a partir de das maiores contribuições efetuadas a partir de
julho/1994. julho/1994.

Teto do benefício: Remuneração da servidora no cargo Teto do benefício: Remuneração da servidora no cargo
efetivo efetivo

Reajuste do Benefício: dar-se-á nas mesmas datas e com Reajuste do Benefício: dar-se-á nas mesmas datas e com os
os mesmos índices utilizados para o reajuste dos mesmos índices utilizados para o reajuste dos benefícios
benefícios do RGPS, para preservação do valor real. do RGPS, para preservação do valor real.

Obs.: Não se aplicou a média aritmética no cálculo dos Obs.: Não se aplicou a média aritmética no cálculo dos
benefícios concedidos até 19/02/2004, para os quais benefícios concedidos até 19/02/2004, para os quais
considerou-se a última remuneração no cargo efetivo considerou-se a última remuneração no cargo efetivo

(*) redutor conforme § 5º, art. 40 da CF, ou seja, somente para o professor que comprove exclusivamente tempo de
efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

POR IDADE

(Art. 40 § 1º, inciso III, “b” da CF)

HOMEM

Todos os servidores

Tempo no serviço público: 3650 dias no mínimo (10 anos)

Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)

Idade mínima: 65 anos

Forma de cálculo: Aplicação da média aritmética simples das maiores contribuições efetuadas a partir de julho/1994,
limitando-se ao teto da remuneração do servidor no cargo efetivo. Proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

Obs.: Não se aplicou a média aritmética no cálculo dos benefícios concedidos até 19/02/2004, para os quais considerou-
se a última remuneração no cargo efetivo

Reajuste do Benefício: dar-se-á nas mesmas datas e com os mesmos índices utilizados para o reajuste dos benefícios do
RGPS, para preservação do valor real.

MULHER

Todas as servidoras

Tempo no serviço público: 3650 dias no mínimo (10 anos)

Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)

Idade mínima: 60 anos

118
Forma de cálculo: Aplicação da média aritmética simples das maiores contribuições efetuadas a partir de julho/1994,
limitando-se ao teto da remuneração da servidora no cargo efetivo. Proventos proporcionais ao tempo de contribuição

Obs.: Não se aplicou a média aritmética no cálculo dos benefícios concedidos até 19/02/2004, para os quais considerou-
se a última remuneração no cargo efetivo

Reajuste do Benefício: dar-se-á nas mesmas datas e com os mesmos índices utilizados para o reajuste dos benefícios do
RGPS, para preservação do valor real.

PARTE II – REGRAS DE TRANSIÇÃO

APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA

(Art. 2º da EC 41/2003)

Aplicável aos servidores titulares de cargos efetivos da União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
incluídas suas autarquias e fundações, que tenham ingressado em cargo efetivo até 16/12/1998

HOMEM

Todos os servidores

Tempo de contribuição: 12775 dias (35 anos)

Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)

Idade mínima: 53 anos

Pedágio: Acréscimo de 20% no tempo que faltava em 16/12/98, para atingir o tempo total de contribuição.

Regra Especial para Professor: Acréscimo de 17% no tempo de efetivo exercício até 16/12/98, desde que se aposente,
exclusivamente, com tempo de magistério, incluindo-se o magistério que não seja de educação infantil e do ensino
fundamental e médio. Calcula-se primeiro o bônus de 17% e depois o pedágio.

Regra Especial para Magistrados, membros do Ministério Público e do TCU: Acréscimo de 17% no tempo de efetivo
exercício até 16/12/98. Calcula-se primeiro o bônus de 17% e depois o pedágio.

Forma de cálculo: Aplicação da média aritmética simples das maiores contribuições efetuadas a partir de julho/1994.
Posteriormente, aplica-se a tabela de redução.

Teto do benefício: Remuneração do servidor no cargo efetivo.

Obs.: Não se aplicou a média aritmética no cálculo dos benefícios concedidos até 19/02/2004, para os quais considerou-
se a última remuneração no cargo efetivo

Reajuste do Benefício: dar-se-á nas mesmas datas e com os mesmos índices utilizados para o reajuste dos benefícios do
RGPS, para preservação do valor real.

MULHER

Todos as servidoras

119
Tempo de contribuição: 10950 dias (30 anos)

Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)

Idade mínima: 48 anos

Pedágio: Acréscimo de 20% no tempo que faltava em 16/12/98, para atingir o tempo total de contribuição.

Regra Especial para Professora: Acréscimo de 20% no tempo de efetivo exercício até 16/12/98, desde que se aposente,
exclusivamente, com tempo de magistério, incluindo-se o magistério que não seja de educação infantil e ensino
fundamental e médio.

Obs.: calcula-se primeiro o bônus de 20% e depois o pedágio.

Forma de cálculo: Aplicação da média aritmética simples das maiores contribuições efetuadas a partir de julho/1994.
Posteriormente, aplica-se a tabela de redução.

Teto do benefício: Remuneração da servidora no cargo efetivo.

Obs.: Não se aplicou a média aritmética no cálculo dos benefícios concedidos até 19/02/2004, para os quais considerou-
se a última remuneração no cargo efetivo

Reajuste do Benefício: dar-se-á nas mesmas datas e com os mesmos índices utilizados para o reajuste dos benefícios do
RGPS, para preservação do valor real.

APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA

(Art. 6º da EC 41/03)

Aplicável aos servidores titulares de cargos efetivos da União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
incluídas suas autarquias e fundações, que tenham ingressado no serviço público até 31/12/2003

HOMEM

Professor (*) Demais servidores

Tempo de contribuição: 10950 dias (30 anos) Tempo de contribuição: 12775 dias (35 anos)

Tempo no serviço público: 7300 dias (20 anos) Tempo no serviço público: 7300 dias (20 anos)

Tempo na carreira: 3650 dias (10 anos) Tempo na carreira: 3650 dias (10 anos)

Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos) Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)

Idade mínima; 55 anos. Idade mínima: 60 anos

Forma de cálculo: Aposentadoria integral (última Forma de cálculo: Aposentadoria integral (última
remuneração no cargo efetivo) remuneração no cargo efetivo)

Teto do benefício: Remuneração do servidor no cargo


Teto do benefício: Remuneração do servidor no cargo efetivo
efetivo

120
Reajuste do Benefício: Paridade com a remuneração Reajuste do Benefício: Paridade com a remuneração dos
dos servidores servidores

MULHER

Professora (*) Demais servidoras

Tempo de contribuição: 9125 dias (25 anos) Tempo de contribuição: 10950 dias (30 anos)

Tempo no serviço público: 7300 dias (20 anos) Tempo no serviço público: 7300 dias (20 anos)

Tempo na carreira: 3650 dias (10 anos) Tempo na carreira: 3650 dias (10 anos)

Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos) Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)

Idade mínima: 50 anos Idade mínima: 55 anos

Forma de cálculo: Aposentadoria integral (última Forma de cálculo: Aposentadoria integral (última
remuneração do cargo efetivo) remuneração do cargo efetivo)

Teto do benefício: Remuneração da servidora no cargo


Teto do benefício: Remuneração da servidora no cargo efetivo
efetivo

Reajuste do Benefício: Paridade com a remuneração Reajuste do Benefício: Paridade com a remuneração dos
dos servidores servidores

(*) redutor conforme § 5º, art. 40 da CF, ou seja, somente para o professor que comprove exclusivamente tempo de
efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA

(Art. 3º da EC 47/05)

Aplicável aos servidores titulares de cargos efetivos da União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
incluídas suas autarquias e fundações, que tenham ingressado no serviço público até 16/12/1998

TODOS OS SERVIDORES TITULARES DE CARGO EFETIVO, INCLUSIVE PROFESSORES DE QUALQUER NÍVEL DE


ENSINO

Tempo de contribuição: 12775 dias (35 anos)

Tempo no serviço público: 7300 dias (25 anos)

Tempo na carreira: 5475 dias (15 anos)

Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)

Idade mínima conforme tabela abaixo:

121
Tempo de contribuição Idade mínima Soma

35 60 95

36 59 95

37 58 95

38 57 95

... ... 95

Forma de cálculo: Aposentadoria integral (última remuneração no cargo efetivo)

Teto do benefício: Remuneração do servidor no cargo efetivo

Reajuste do Benefício: Paridade com a remuneração dos servidores

Obs.: As pensões derivadas dos proventos dos servidores que se aposentaram de acordo com esta regra, também
serão reajustadas pela paridade.

TODAS AS SERVIDORAS TITULARES DE CARGO EFETIVO, INCLUSIVE PROFESSORAS DE QUALQUER NÍVEL DE


ENSINO

Tempo de contribuição: 10950 dias (30 anos)

Tempo no serviço público: 9125 dias (25 anos)

Tempo na carreira: 5475 dias (15 anos)

Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)

Idade mínima conforme tabela abaixo:

Tempo de contribuição Idade mínima Soma

30 55 85

31 54 85

32 53 85

33 52 85

... ... 85

Forma de cálculo: Aposentadoria integral (última remuneração no cargo efetivo)

Teto do benefício: Remuneração da servidora no cargo efetivo

122
Reajuste do Benefício: Paridade com a remuneração dos servidores

Obs.: As pensões derivadas dos proventos das servidoras que se aposentaram de acordo com esta regra, também
serão reajustadas pela paridade.

PARTE III – DIREITO ADQUIRIDO

1ª hipótese

APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA

(Art. 3º da EC 41/03)

Regras aplicáveis aos servidores titulares de cargos efetivos que preencheram todas as condições de elegibilidade
estabelecidas até 31/12/2003

APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA – Por idade e Tempo de Contribuição

(Art. 40, inciso III, alínea “a” da Constituição Federal na redação dada pela EC n° 20, de 1998)

Direito adquirido no período de 16/12/1998 a 31/12/2003

HOMEM

Demais servidores inclusive professores que não sejam


Professor de ensino fundamental e médio (*)
do ensino fundamental e médio

Tempo de contribuição: 10950 dias (30 anos) Tempo de contribuição: 12775 dias (35 anos)

Tempo no serviço público: 3650 dias (10 anos) Tempo no serviço público: 3650 dias (10 anos)

Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos) Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)

Idade mínima: 55 anos Idade mínima: 60 anos

Forma de cálculo: Proventos integrais (última Forma de cálculo: Proventos integrais (última
remuneração do cargo efetivo) remuneração do cargo efetivo)

Teto do benefício: Remuneração do servidor no cargo Teto do benefício: Remuneração do servidor no cargo
efetivo. efetivo.

Reajuste do Benefício: Paridade com a remuneração Reajuste do Benefício: Paridade com a remuneração dos
dos servidores servidores

MULHER

Demais servidoras, inclusive professoras que não


Professora de educação infantil e do ensino fundamental
sejam de educação infantil e do ensino fundamental
e médio ensino fundamental e médio (*)
e médio

123
Tempo de contribuição: 9125 dias (25 anos) Tempo de contribuição: 10950 dias (30 anos)

Tempo no serviço público: 3650 dias (10 anos) Tempo no serviço público: 3650 dias (10 anos)

Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos) Tempo no cargo:1825 dias (5 anos)

Idade mínima: 50 anos Idade mínima: 55 anos

Forma de cálculo: Proventos integrais


Forma de cálculo: Proventos integrais correspondentes à
correspondentes à última remuneração do cargo
última remuneração do cargo efetivo
efetivo

Teto do benefício: Remuneração do servidor no cargo Teto do benefício: Remuneração do servidor no


efetivo cargo efetivo

Reajuste do Benefício: Paridade com a remuneração dos Reajuste do Benefício: Paridade com a remuneração
servidores dos servidores

(*) redutor conforme § 5º, art. 40 da CF

Obs.: Para as pensões decorrentes de morte, ocorrida até 19/02/2004, de aposentado por estas regras, a pensão
será igual à última remuneração do servidor

2ª hipótese – REGRA DE TRANSIÇÃO

APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA POR IDADE

(Art. 40, inciso III, alínea “b” da Constituição Federal na redação dada pela EC n° 20, de 1998)

Direito adquirido no período de 16/12/1998 a 31/12/2003

HOMEM

Todos os servidores

Tempo no serviço público: 3650 dias (10 anos)

Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)

Idade mínima: 65 anos

Forma de cálculo: Proventos proporcionais ao tempo de contribuição, calculados sobre a última remuneração no
cargo efetivo

Teto do benefício: Remuneração do servidor no cargo efetivo

Reajuste do Benefício: Paridade com a remuneração dos servidores

MULHER

124
Todas as servidoras

Tempo no serviço público: 3650 dias (10 anos)

Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)

Idade mínima: 60 anos

Forma de cálculo: Proventos proporcionais ao tempo de contribuição, calculados sobre a última remuneração no
cargo efetivo.

Reajuste do Benefício: Paridade com a remuneração dos servidores

3ª hipótese - REGRA DE TRANSIÇÃO


APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA – REGRA DE TRANSIÇÃO

PROVENTOS PROPORCIONAIS

(Art. 8º, § 1º da EC n° 20/98)

Direito adquirido no período de 16/12/1998 a 31/12/2003

HOMEM

Todos os servidores

Tempo de contribuição: 10950 (30 anos)

Tempo no cargo: 1825 (5 anos)

Idade mínima: 53 anos

Pedágio: Acréscimo de 40% no tempo que faltava, em 16/12/98, para atingir o tempo total de contribuição.

Forma de cálculo: Proventos proporcionais equivalentes a 70% do valor máximo que o servidor poderia obter,
acrescido de 5% por ano de contribuição que supere o tempo de contribuição de 30 anos acrescido do pedágio. Obs.:
Este acréscimo é computado a partir do momento em que o servidor atinge o tempo de contribuição
independentemente de ter completado a idade mínima

Reajuste do Benefício: Paridade com a remuneração dos servidores

MULHER

Todas as servidoras

Tempo de contribuição: 9125 dias (25 anos)

Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)

Idade mínima: 48 anos

Pedágio: Acréscimo de 40% no tempo que faltava, em 16/12/98, para atingir o tempo total de contribuição.

125
Forma de cálculo: Proventos proporcionais equivalentes a 70% do valor máximo que o servidor poderia obter,
acrescido de 5% por ano de contribuição que supere o tempo de contribuição de 25 anos acrescido do pedágio. Obs.:
Este acréscimo é computado a partir do momento em que o servidor atinge o tempo de contribuição
independentemente de ter completado a idade mínima

Reajuste do Benefício: Paridade com a remuneração dos servidores

4ª hipótese – REGRA DE TRANSIÇÃO


APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA – REGRA DE TRANSIÇÃO

PROVENTOS INTEGRAIS

(Caput do art. 8º da EC n° 20/98)

Direito adquirido no período de 16/12/1998 a 31/12/2003

HOMEM

Todos os servidores

Tempo de contribuição: 12775 dias (35 anos)

Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)

Idade mínima: 53 anos

Pedágio: Acréscimo de 20% no tempo que faltava, em 16/12/98, para atingir o tempo total de contribuição.

Regra Especial para Professor, inclusive para o que não seja de ensino fundamental e médio: Acréscimo de 17% no
tempo exercido até 16/12/98, desde que se aposente, exclusivamente, com tempo de efetivo nas funções de
magistério.

Regra Especial para Magistrados, membros do Ministério Público e do TCU, se homem: Acréscimo de 17% no tempo
exercido até 16/12/98.

Forma de cálculo: Proventos integrais correspondentes à última remuneração do cargo efetivo

Reajuste do Benefício: Paridade com a remuneração dos servidores

MULHER

Todas as servidoras

Tempo de contribuição: 10950 dias (30 anos)

Tempo no cargo: 1825 dias (5 anos)

Idade mínima: 48 anos

Pedágio: Acréscimo de 20% no tempo que faltava, em 16/12/98, para atingir o tempo total de contribuição.

126
Regra Especial para Professora, inclusive para a que não seja de ensino fundamental e médio: Acréscimo de 20% no
tempo exercido até 16/12/98, desde que se aposente, exclusivamente, com tempo de efetivo nas funções de
magistério.

Forma de cálculo: Proventos integrais correspondentes à última remuneração do cargo efetivo

Reajuste do Benefício: Paridade com a remuneração dos servidores

PARTE IV

TABELAS DE REDUÇÃO PARA CONCESSÃO DE APOSENTADORIA PELA REGRA DE TRANSIÇÃO

(Art. 2º da EC 41/03)

1 - PARA QUALQUER SERVIDOR QUE COMPLETAR OS REQUISITOS DO ART. 2º da EC 41/2003 ATÉ 31/12/2005,
INCLUSIVE PROFESSORES QUE NÃO SEJAM DE EDUCAÇÃO INFANTIL E DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.

IDADE HOMEM/MULHER % A REDUZIR (3,5% a.a.) % A RECEBER

53/48 24,5% 75,5%

54/49 21% 79%

55/50 17,5% 82,5%

56/51 14% 86%

57/52 10,5% 89,5%

58/53 7% 93%

59/54 3,5% 96,5%

60/55 0% 100%

2 - PARA QUALQUER SERVIDOR QUE COMPLETAR OS REQUISITOS DO ART. 2º da EC 41/2003 APÓS 01/01/2006,
INCLUSIVE PROFESSORES QUE NÃO SEJAM DE EDUCAÇÃO INFANTIL E DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.

IDADE HOMEM/MULHER % A REDUZIR (5,0% a.a.) % A RECEBER

53/48 35% 65%

54/49 30% 70%

55/50 25% 75%

56/51 20% 80%

57/52 15% 85%

127
58/53 10% 90%

59/54 5% 95%

60/55 0% 100%

3 - PARA PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL E DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO QUE COMPLETAREM OS


REQUISITOS DO ART. 2º da EC 41/2003 ATÉ 31/12/2005 (*)

IDADE HOMEM/MULHER (**) % A REDUZIR (3,5% a.a.) % A RECEBER

53/48 7% 93%

54/49 3,5% 96,5%

55/50 0% 100%

* Para o cálculo dos proventos dos professores, pela regra de transição, não será aplicada a redução de idade e tempo
de contribuição prevista no § 5º do art. 40 da CF, apenas o disposto no § 4º do art. 2º da EC 41/2003.

** Para o cálculo do redutor previsto no § 1º do art. 2º da EC 41/2003 aplica-se a redução estabelecida no § 5º do art.
40 da CF

4 - PARA PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL E DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO QUE COMPLETAREM OS


REQUISITOS DO ART. 2º da EC 41/2003 APÓS 01/01/2006 (*)

IDADE HOMEM/MULHER % A REDUZIR (5,0% a.a.) % A RECEBER

53/48 10% 90%

54/49 5% 95%

55/50 0% 100%

Valem as mesmas observações do quadro n° 03

128
ANEXO XVIII: POLICIAIS CIVIS E MILITARES DO DF - DEMONSTRATIVOS DAS
PROVISÕES MATEMÁTICAS
1. Considerando a necessidade do reconhecimento, mensuração e evidenciação do Passivo Atuarial
relativo à Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militares do Governo do Distrito Federal, conforme
determinações do Acórdão n° 2938, adotado pelo Tribunal de Contas da União em Sessão Extraordinária de
12/12/2018 - Ata n° 50/2018 - Plenário, Relator Ministro José Múcio Monteiro, por meio do qual foi apreciado
o processo TC 019.364/2017-2, foi solicitada à Secretaria de Previdência, pela Secretaria do Tesouro Nacional,
a elaboração dos cálculos das referidas provisões matemáticas.

2. Dessa forma, em janeiro de 2023, foi elaborada a avaliação atuarial relativa à Polícia Civil e à Polícia
Militar e Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal vinculados ao Fundo Constitucional do Distrito
Federal (FCDF), com data focal em 31/12/2022.

3. Os quadros seguintes apresentam as estatísticas, elaboradas a partir das bases de dados recebidas,
separadas por sexo e grupo previdenciário, que totalizaram 49.772 segurados, representados por 32.299
servidores/militares (64,9%), 8.195 aposentados/inativos (16,5%) e 9.278 pensionistas (18,6%).

a) GDF - Consolidado:

GDF - Consolidado

Grupo Descrição Masculino Feminino Geral

Quantidade 28.200 4.099 32.299

Servidores/militares Remuneração média (R$) 9.896,31 10.056,72 9.916,67

Idade média (anos) 47,86 41,39 47,04

Quantidade 7.027 1.168 8.195

Aposentados/Inativos Provento médio (R$) 14.051,47 15.733,24 14.291,16

Idade média (anos) 65,41 60,97 64,78

Quantidade 669 8.609 9.278

Pensionistas Provento médio (R$) 4.911,25 6.508,77 6.393,58

Idade média (anos) 26,53 55,13 53,07

129
b) Polícia Civil do GDF:

Polícia Civil do GDF

Grupo Descrição Masculino Feminino Geral

Quantidade 2.733 1.159 3.892

Servidores Remuneração média (R$) 14.677,08 13.896,57 14.444,65

Idade média (anos) 45,72 43,56 45,08

Quantidade 3.210 1.053 4.263

Aposentados Provento médio (R$) 16.288,34 15.882,05 16.187,98

Idade média (anos) 63,11 61,74 62,77

Quantidade 142 1.299 1.441

Pensionistas Provento médio (R$) 8.322,58 11.911,30 11.557,66

Idade média (anos) 34,72 64,78 61,82

c) Polícia Militar e Bombeiros do GDF:

Polícia Militar e Bombeiros do GDF

Grupo Descrição Masculino Feminino Geral

Quantidade 25.467 2.940 28.407

Militares Remuneração média (R$) 9.383,26 8.542,99 9.296,30

Idade média (anos) 48,09 40,53 47,31

Quantidade 3.817 115 3.932

Inativos Provento médio (R$) 12.170,32 14.370,63 12.234,67

Idade média (anos) 67,35 53,98 66,96

Quantidade 527 7.310 7.837

Pensionistas Provento médio (R$) 3.992,07 5.548,74 5.444,06

Idade média (anos) 24,33 53,42 51,46

4. Neste Anexo são apresentados os valores das provisões matemáticas e das rubricas que as compõem,
apurados por meio de avaliações atuariais processadas com a aplicação de métodos de financiamento
denominados Método de Crédito Unitário Projetado PUC-a e PUC-e.

130
5. Faz-se necessário registrar que, até 31/12/2020, as avaliações atuariais do RPPS da União eram
elaboradas com fundamento na metodologia de financiamento designada Método Ortodoxo, que considera
como custo normal o valor das alíquotas de contribuição instituídas em lei multiplicadas pelo valor atual da
folha de remunerações do ano. Na avaliação de 31/12/2021, referida metodologia foi substituída pelo Método
de Crédito Unitário Projetado PUC-e, que considera como custo normal o quociente entre o valor atual de
benefícios a conceder e o número de anos de atividade laborativa, contados entre a data de ingresso na União
e a data provável de aposentadoria/inatividade, conforme previsto no art. 4º da Instrução Normativa n°
04/2018, vigente à época, expedida pela Secretaria de Previdência. Nesta avaliação com data focal de
31/12/2022, utilizou-se o Método de Crédito Unitário Projetado PUC-a, o qual considera como custo normal
o quociente entre o valor atual de benefícios a conceder e o número de anos de atividade laborativa, contados
entre a data de vinculação ao primeiro regime previdenciário oficial e a data provável de
aposentadoria/inatividade.

6. As alterações da metodologia atenderam a recomendações do Acórdão n° 1463/2020-TCU/Plenário


do Tribunal de Contas da União, do Acórdão n° 1464/2022-TCU/Plenário do Tribunal de Contas da União e às
prescrições da Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Público NBC TSP 15.

Resultados das Avaliações Atuariais Relativas aos Policiais Civis do DF

7. O quadro abaixo demonstra os valores das provisões matemáticas estimados por meio de avaliação
atuarial com data focal em 31/12/2022, com aplicação da taxa de juros de 4,61% a.a., pelo “Método PUC-a",
comparados aos valores da avaliação processada na data focal de 31/12/2021, à taxa de juros de 4,77% a.a.,
pelo “Método PUC-e”.

8. Considerando o “Método PUC-e” como base de comparação, constata-se o acréscimo de R$


57.007.305,07 no valor da provisão matemática de benefícios a conceder (conta 2.2.7.2.1.04.00), que,
adicionado ao acréscimo na provisão matemática de benefícios concedidos (2.2.7.2.1.03.00), que independe
de métodos de financiamento, no importe de R$ 172.905.136,75, impactou no aumento do deficit atuarial em
1,37%, que corresponde a R$ 229.912.441,82, visto que passou de R$ 16.733.599.434,53 para R$
16.963.511.876,35. Registre-se que, neste caso, o deficit atuarial corresponde ao total das provisões
matemáticas, visto que o valor dos recursos garantidores é nulo. Confira-se as demais variações no quadro a
seguir:

131
Quadro Comparativo das Provisões Matemáticas
Método PUC-a - 31/12/2022 - Taxa de juros 4,61% a.a.
Método PUC-e - 31/12/2021 - Taxa de juros 4,77% a.a.
Em R$

PUC-a PUC-e
2.2.7.2.0.00.00 PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO AH (%)
31/12/2022 31/12/2021

PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO -


2.2.7.2.1.00.00 16.963.511.876,35 16.733.599.434,53 1,37
CONSOLIDAÇÃO

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS


2.2.7.2.1.03.00 10.933.937.146,18 10.761.032.009,43 1,61
CONCEDIDOS

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS
2.2.7.2.1.03.01 12.553.119.182,29 12.395.252.169,93 1,27
CONCEDIDOS DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.03 - 1.347.799.366,31 - 1.379.579.695,53 - 2,30
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO PENSIONISTA PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.04 - 271.382.669,80 - 254.640.464,97 6,57
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS A


2.2.7.2.1.04.00 6.029.574.730,17 5.972.567.425,10 0,95
CONCEDER

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS A
2.2.7.2.1.04.01 8.083.027.193,72 8.393.674.513,22 - 3,70
CONCEDER DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ENTE PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.02 - 898.114.560,94 - 1.104.208.566,52 - 18,66
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.03 - 449.057.280,47 - 552.104.283,26 - 18,66
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO E PENSIONISTA PARA O


2.2.7.2.1.04.04 - 706.280.622,14 - 764.794.238,34 - 7,65
PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

9. Em complemento ao Quadro Comparativo das Provisões Matemáticas acima, serão apresentados os


resultados de simulações matemáticas, para servirem de subsídio à análise das variações nos valores das
provisões. No primeiro caso, ambas as avaliações atuariais, de 31/12/2021 e de 31/12/2022, foram
reprocessadas pelo método PUC-e, no segundo pelo método PUC-a e, por último, as avaliações foram
elaboradas com a mesma data focal 31/12/2022, sendo uma pelo método PUC-e e outra pelo método PUC-a.
Os resultados obtidos pelas referidas simulações matemáticas foram os seguintes:

132
• Primeiro caso: Simulação com Método PUC-e nas datas focais 31/12/2021 e 31/12/2022.

10. No quadro a seguir são comparados os valores das provisões matemáticas avaliados pelo “Método
PUC-e”, nas datas focais de 31/12/2022 e 31/12/2021. Constata-se o decréscimo de R$ 260.071.895,16 no
valor da provisão matemática de benefícios a conceder (conta 2.2.7.2.1.04.00), que, adicionado ao acréscimo
na provisão matemática de benefícios concedidos (2.2.7.2.1.03.00), que independe de métodos de
financiamento, no importe de R$ 172.905.136,75, impactou na redução do deficit atuarial em 0,52%, que
corresponde a R$ 87.166.758,42, visto que passou de R$ 16.733.599.434,53 para R$ 16.646.432.676,11.
Registre-se que, neste caso, o deficit atuarial corresponde ao total das provisões matemáticas, visto que o
valor dos recursos garantidores é nulo. Confira-se as demais variações no quadro a seguir:

Quadro Comparativo das Provisões Matemáticas


Simulação: Método PUC-e
Para 31/12/2022: Taxa de juros 4,61% a.a.
Para 31/12/2021: Taxa de juros 4,77% a.a.

Em R$

PUC-e PUC-e
2.2.7.2.0.00.00 PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO AH (%)
31/12/2022 31/12/2021

PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO -


2.2.7.2.1.00.00 16.646.432.676,11 16.733.599.434,53 - 0,52
CONSOLIDAÇÃO

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS


2.2.7.2.1.03.00 10.933.937.146,18 10.761.032.009,43 1,61
CONCEDIDOS

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS
2.2.7.2.1.03.01 12.553.119.182,29 12.395.252.169,93 1,27
CONCEDIDOS DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.03 - 1.347.799.366,31 - 1.379.579.695,53 - 2,30
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO PENSIONISTA PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.04 - 271.382.669,80 - 254.640.464,97 6,57
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS A


2.2.7.2.1.04.00 5.712.495.529,94 5.972.567.425,10 - 4,35
CONCEDER

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS A
2.2.7.2.1.04.01 8.083.027.193,72 8.393.674.513,22 - 3,70
CONCEDER DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ENTE PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.02 - 1.109.500.694,43 - 1.104.208.566,52 0,48
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.03 - 554.750.347,21 - 552.104.283,26 0,48
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO E PENSIONISTA PARA O


2.2.7.2.1.04.04 - 706.280.622,14 - 764.794.238,34 - 7,65
PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

133
• Segundo caso: Simulação com Método PUC-a nas datas focais 31/12/2021 e 31/12/2022.

11. O quadro abaixo traz a comparação dos valores das provisões matemáticas avaliados pelo “Método
PUC-a”, nas datas focais de 31/12/2022 e 31/12/2021. Constata-se o decréscimo de R$ 279.164.933,46 no
valor da provisão matemática de benefícios a conceder (conta 2.2.7.2.1.04.00), que, adicionado ao acréscimo
na provisão matemática de benefícios concedidos (2.2.7.2.1.03.00), que independe de métodos de
financiamento, no importe de R$ 172.905.136,75, impactou na redução do déficit atuarial em 0,62%, que
corresponde a R$ 106.259.796,71, visto que passou de R$ 17.069.771.673,06 para R$ 16.963.511.876,35.
Registre-se que, neste caso, o deficit atuarial corresponde ao total das provisões matemáticas, visto que o
valor dos recursos garantidores é nulo. Confira-se as demais variações no quadro a seguir:

Quadro Comparativo das Provisões Matemáticas


Simulação: Método PUC-a
Para 31/12/2022: Taxa de juros 4,61% a.a.
Para 31/12/2021: Taxa de juros 4,77% a.a.
Em R$
PUC-a PUC-a
2.2.7.2.0.00.00 PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO AH (%)
31/12/2022 31/12/2021

PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO -


2.2.7.2.1.00.00 16.963.511.876,35 17.069.771.673,06 - 0,62
CONSOLIDAÇÃO

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS


2.2.7.2.1.03.00 10.933.937.146,18 10.761.032.009,43 1,61
CONCEDIDOS

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS
2.2.7.2.1.03.01 12.553.119.182,29 12.395.252.169,93 1,27
CONCEDIDOS DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.03 - 1.347.799.366,31 - 1.379.579.695,53 - 2,30
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO PENSIONISTA PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.04 - 271.382.669,80 - 254.640.464,97 6,57
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS A


2.2.7.2.1.04.00 - 4,43
CONCEDER 6.029.574.730,17 6.308.739.663,63

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS A
2.2.7.2.1.04.01 8.083.027.193,72 8.393.674.513,22 - 3,70
CONCEDER DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ENTE PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.02 - 898.114.560,94 - 880.093.740,83 2,05
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.03 - 449.057.280,47 - 440.046.870,42 2,05
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO E PENSIONISTA PARA O


2.2.7.2.1.04.04 - 706.280.622,14 - 764.794.238,34 - 7,65
PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

134
• Terceiro caso: Simulação com Método PUC-a e Método PUC-e na data focal 31/12/2022.

12. No seguinte quadro são comparados os valores das provisões matemáticas avaliados pelo “Método
PUC-a” e pelo “Método PUC-e”, na mesma data focal de 31/12/2022. Constata-se o acréscimo de R$
317.079.200,23 no valor da provisão matemática de benefícios a conceder (conta 2.2.7.2.1.04.00), que,
adicionado à variação nula na provisão matemática de benefícios concedidos (2.2.7.2.1.03.00), que independe
de métodos de financiamento, impactou no aumento do deficit atuarial em 1,90%, que corresponde a R$
317.079.200,24, visto que passou de R$ 16.646.432.676,11 para R$ 16.963.511.876,35. Registre-se que, neste
caso, o deficit atuarial corresponde ao total das provisões matemáticas, visto que o valor dos recursos
garantidores é nulo. Confira-se as demais variações no quadro a seguir:

Quadro Comparativo das Provisões Matemáticas

Simulação: Método PUC-a e Método PUC-e

Data Focal 31/12/2022: Taxa de juros 4,61% a.a.

Em R$

PUC-a PUC-e
2.2.7.2.0.00.00 PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO AH (%)
31/12/2022 31/12/2022

PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO -


2.2.7.2.1.00.00 16.963.511.876,35 16.646.432.676,11 1,90
CONSOLIDAÇÃO

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS


2.2.7.2.1.03.00 10.933.937.146,18 10.933.937.146,18 -
CONCEDIDOS

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS
2.2.7.2.1.03.01 12.553.119.182,29 12.553.119.182,29 -
CONCEDIDOS DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.03 - 1.347.799.366,31 - 1.347.799.366,31 -
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO PENSIONISTA PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.04 - 271.382.669,80 - 271.382.669,80 -
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS A


2.2.7.2.1.04.00 6.029.574.730,17 5.712.495.529,94 5,55
CONCEDER

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS A
2.2.7.2.1.04.01 8.083.027.193,72 8.083.027.193,72 -
CONCEDER DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ENTE PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.02 - 898.114.560,94 - 1.109.500.694,43 - 19,05
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.03 - 449.057.280,47 - 554.750.347,21 - 19,05
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO E PENSIONISTA PARA O


2.2.7.2.1.04.04 - 706.280.622,14 - 706.280.622,14 -
PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

135
13. Os procedimentos, critérios e premissas adotados na avaliação atuarial de 2023, relativa aos
benefícios previdenciários dos Policiais Civis do DF, posicionada em 31 de dezembro de 2022, foram similares
aos da avaliação do RPPS dos servidores civis da União de que trata o presente Relatório. Registre-se que
foram consideradas as regras de transição e transitórias, previstas na Emenda Constitucional n° 103/2019 e
na Lei Complementar n° 51/1985, e as mesmas alíquotas do RPPS da União, consoante previsto na Lei
Complementar n° 970/2020.

Resultados das Avaliações Atuariais Relativas aos Policiais e Bombeiros Militares do DF

14. O quadro abaixo demonstra os valores das provisões matemáticas estimados por meio de avaliação
atuarial com data focal em 31/12/2022, com aplicação da taxa de juros de 4,67% a.a., pelo “Método PUC-a",
comparados aos valores da avaliação processada na data focal de 31/12/2021, à taxa de juros de 4,77% a.a.,
pelo “Método PUC-e”.

15. Considerando o “Método PUC-e” como base de comparação, constata-se o acréscimo de R$


4.652.671.933,53 no valor da provisão matemática de benefícios a conceder (conta 2.2.7.2.1.04.00), que,
adicionado à variação positiva na provisão matemática de benefícios concedidos (2.2.7.2.1.03.00), que
independe de métodos de financiamento, no importe de R$ 667.538.935,85, impactou no acréscimo do deficit
atuarial em 13,43%, que corresponde a R$ 5.320.210.869,38, visto que passou de R$ 39.619.856.050,73 para
R$ 44.940.066.920,11. Registre-se que, neste caso, o deficit atuarial corresponde ao total das provisões
matemáticas, visto que o valor dos recursos garantidores é nulo. Confira-se as demais variações no quadro a
seguir:

Quadro Comparativo das Provisões Matemáticas

Método PUC-a - 31/12/2022 - Taxa de juros 4,67% a.a.

Método PUC-e - 31/12/2021 - Taxa de juros 4,77% a.a.

Em R$

PUC-a PUC-e
2.2.7.2.0.00.00 PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO AH (%)
31/12/2022 31/12/2021

PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO -


2.2.7.2.1.00.00 44.940.066.920,11 39.619.856.050,73 13,43
CONSOLIDAÇÃO

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS


2.2.7.2.1.03.00 12.103.953.937,34 11.436.415.001,49 5,84
CONCEDIDOS

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS
2.2.7.2.1.03.01 13.559.097.544,26 12.919.169.339,98 4,95
CONCEDIDOS DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.03 - 756.233.197,65 - 726.123.699,48 4,15
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO PENSIONISTA PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.04 - 698.910.409,27 - 756.630.639,01 - 7,63
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS A


2.2.7.2.1.04.00 32.836.112.982,77 28.183.441.049,24 16,51
CONCEDER

136
APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS A
2.2.7.2.1.04.01 43.714.177.052,59 36.503.463.350,67 19,75
CONCEDER DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ENTE PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.02 - - -
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.03 - 7.093.942.408,38 - 4.613.400.207,40 53,77
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO E PENSIONISTA PARA O


2.2.7.2.1.04.04 - 3.784.121.661,44 - 3.706.622.094,03 2,09
PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

16. Em complemento ao Quadro Comparativo das Provisões Matemáticas acima, serão apresentados os
resultados de simulações matemáticas, para servirem de subsídio à análise das variações nos valores das
provisões. No primeiro caso, ambas as avaliações atuariais, de 31/12/2021 e de 31/12/2022, foram
reprocessadas pelo método PUC-e, no segundo pelo método PUC-a e, por último, as avaliações foram
elaboradas com a mesma data focal de 31/12/2022, sendo uma pelo método PUC-e e outra pelo método PUC-
a. Os resultados obtidos pelas referidas simulações matemáticas foram os seguintes:

• Primeiro caso: Simulação com Método PUC-e nas datas focais 31/12/2021 e 31/12/2022.

17. No quadro a seguir são comparados os valores das provisões matemáticas avaliados pelo “Método
PUC-e”, nas datas focais de 31/12/2022 e 31/12/2021. Constata-se o acréscimo de R$ 3.846.198.841,62 no
valor da provisão matemática de benefícios a conceder (conta 2.2.7.2.1.04.00), que, adicionado à variação
positiva na provisão matemática de benefícios concedidos (2.2.7.2.1.03.00), que independe de métodos de
financiamento, no importe de R$ 667.538.935,85, impactou no aumento do deficit atuarial em 11,39%, que
corresponde a R$ 4.513.737.777,46, visto que passou de R$ 39.619.856.050,73 para R$ 44.133.593.828,19.
Registre-se que, neste caso, o deficit atuarial corresponde ao total das provisões matemáticas, visto que o
valor dos recursos garantidores é nulo. Confira-se as demais variações no quadro a seguir:

137
Quadro Comparativo das Provisões Matemáticas
Simulação: Método PUC-e
Para 31/12/2022: Taxa de juros 4,67% a.a.
Para 31/12/2021: Taxa de juros 4,77% a.a.
Em R$
PUC-e PUC-e
2.2.7.2.0.00.00 PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO AH (%)
31/12/2022 31/12/2021

PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO -


2.2.7.2.1.00.00 44.133.593.828,19 39.619.856.050,73 11,39
CONSOLIDAÇÃO

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS


2.2.7.2.1.03.00 12.103.953.937,34 11.436.415.001,49 5,84
CONCEDIDOS

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS
2.2.7.2.1.03.01 13.559.097.544,26 12.919.169.339,98 4,95
CONCEDIDOS DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.03 - 756.233.197,65 - 726.123.699,48 4,15
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO PENSIONISTA PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.04 - 698.910.409,27 - 756.630.639,01 - 7,63
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS A


2.2.7.2.1.04.00 32.029.639.890,86 28.183.441.049,24 13,65
CONCEDER

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS A
2.2.7.2.1.04.01 43.714.177.052,59 36.503.463.350,67 19,75
CONCEDER DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ENTE PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.02 - - -
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.03 - 7.900.415.500,30 - 4.613.400.207,40 71,25
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO E PENSIONISTA PARA O


2.2.7.2.1.04.04 - 3.784.121.661,44 - 3.706.622.094,03 2,09
PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

• Segundo caso: Simulação com Método PUC-a nas datas focais 31/12/2021 e 31/12/2022.

18. O quadro abaixo traz a comparação dos valores das provisões matemáticas avaliados pelo “Método
PUC-a”, nas datas focais de 31/12/2022 e 31/12/2021. Constata-se o acréscimo de R$ 4.327.640.290,50 no
valor da provisão matemática de benefícios a conceder (conta 2.2.7.2.1.04.00), que, adicionado à variação
positiva na provisão matemática de benefícios concedidos (2.2.7.2.1.03.00), que independe de métodos de
financiamento, no importe de R$ 667.538.935,85, impactou no acréscimo do déficit atuarial em 12,51%, que
corresponde a R$ 4.995.179.226,36, visto que passou de R$ 39.944.887.693,75 para R$ 44.940.066.920,11.
Registre-se que, neste caso, o deficit atuarial corresponde ao total das provisões matemáticas, visto que o
valor dos recursos garantidores é nulo. Confira-se as demais variações no quadro a seguir:

138
Quadro Comparativo das Provisões Matemáticas
Simulação: Método PUC-a
Para 31/12/2022: Taxa de juros 4,67% a.a.
Para 31/12/2021: Taxa de juros 4,77% a.a.
Em R$
PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PUC-a PUC-a
2.2.7.2.0.00.00 AH (%)
PRAZO 31/12/2022 31/12/2021

PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO


2.2.7.2.1.00.00 44.940.066.920,11 39.944.887.693,75 12,51
PRAZO - CONSOLIDAÇÃO

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE


2.2.7.2.1.03.00 12.103.953.937,34 11.436.415.001,49 5,84
BENEFÍCIOS CONCEDIDOS

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS
2.2.7.2.1.03.01 BENEFÍCIOS CONCEDIDOS DO PLANO 13.559.097.544,26 12.919.169.339,98 4,95
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO PARA O


2.2.7.2.1.03.03 - 756.233.197,65 - 726.123.699,48 4,15
PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO PENSIONISTA PARA O


2.2.7.2.1.03.04 - 698.910.409,27 - 756.630.639,01 - 7,63
PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE


2.2.7.2.1.04.00 32.836.112.982,77 28.508.472.692,27 15,18
BENEFÍCIOS A CONCEDER

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS
2.2.7.2.1.04.01 BENEFÍCIOS A CONCEDER DO PLANO 43.714.177.052,59 36.503.463.350,67 19,75
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ENTE PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.02 - - -
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.03 - 7.093.942.408,38 - 4.288.368.564,38 65,42
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO E


2.2.7.2.1.04.04 PENSIONISTA PARA O PLANO PREVIDENCIÁRIO - 3.784.121.661,44 - 3.706.622.094,03 2,09
DO RPPS

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

• Terceiro caso: Simulação com Método PUC-a e Método PUC-e na data focal 31/12/2022.

19. No seguinte quadro são comparados os valores das provisões matemáticas avaliados pelo “Método
PUC-a” e pelo “Método PUC-e”, na mesma data focal de 31/12/2022. Constata-se o acréscimo de R$
806.473.091,91 no valor da provisão matemática de benefícios a conceder (conta 2.2.7.2.1.04.00), que,
adicionado à variação nula na provisão matemática de benefícios concedidos (2.2.7.2.1.03.00), que independe
de métodos de financiamento, impactou no acréscimo do deficit atuarial em 1,83%, que corresponde a R$
806.473.091,92, visto que passou de R$ 44.133.593.828,19 para R$ 44.940.066.920,11. Registre-se que, neste
caso, o deficit atuarial corresponde ao total das provisões matemáticas, visto que o valor dos recursos
garantidores é nulo. Confira-se as demais variações no quadro a seguir:

139
Quadro Comparativo das Provisões Matemáticas
Simulação: Método PUC-a e Método PUC-e
Data Focal 31/12/2022: Taxa de juros 4,67% a.a.
Em R$
PUC-a PUC-e
2.2.7.2.0.00.00 PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO AH (%)
31/12/2022 31/12/2022

PROVISÕES MATEMÁTICAS PREVIDÊNCIÁRIAS A LONGO PRAZO -


2.2.7.2.1.00.00 44.940.066.920,11 44.133.593.828,19 1,83
CONSOLIDAÇÃO

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS


2.2.7.2.1.03.00 12.103.953.937,34 12.103.953.937,34 -
CONCEDIDOS

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS
2.2.7.2.1.03.01 13.559.097.544,26 13.559.097.544,26 -
CONCEDIDOS DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.03 - 756.233.197,65 - 756.233.197,65 -
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO PENSIONISTA PARA O PLANO


2.2.7.2.1.03.04 - 698.910.409,27 - 698.910.409,27 -
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

PLANO PREVIDENCIÁRIO - PROVISÕES DE BENEFÍCIOS A


2.2.7.2.1.04.00 32.836.112.982,77 32.029.639.890,86 2,52
CONCEDER

APOSENTADORIAS/PENSÕES/OUTROS BENEFÍCIOS A
2.2.7.2.1.04.01 43.714.177.052,59 43.714.177.052,59 -
CONCEDER DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ENTE PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.02 - - -
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO ATIVO PARA O PLANO


2.2.7.2.1.04.03 - 7.093.942.408,38 - 7.900.415.500,30 - 10,21
PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

(-) CONTRIBUIÇÕES DO INATIVO E PENSIONISTA PARA O


2.2.7.2.1.04.04 - 3.784.121.661,44 - 3.784.121.661,44 -
PLANO PREVIDENCIÁRIO DO RPPS

FONTE: CGACI/DRPSP/SRPC/MPS

20. Os procedimentos, critérios e premissas adotados na avaliação atuarial de 31/12/2022, relativa às


inatividades e pensões por morte de Policiais e Bombeiros Militares do DF, em grande parte são os mesmos
utilizados na avaliação do RPPS dos servidores civis da União, de que trata o presente Relatório, porém com
as seguintes especificidades:

a) com relação à base normativa dos benefícios, foram consideradas as regras previstas na Lei n° 6.880/1980,
com as alterações promovidas pela Lei n° 13.954/2019, inclusive a regra de transição nela prevista;

b) foi estimado o percentual de aumento na remuneração de 14,76%, para refletir o aumento determinado
pelo art. 50 da Lei n° 7.289/1984 e pelo art. 99 da Lei n° 7.479/1986, aplicado apenas aos policiais militares e
bombeiros do DF, na data de passagem à inatividade; e

c) foram consideradas as alíquotas de contribuição previstas na Lei n° 13.954/2019, para os policiais em


atividade, inativos e pensionistas.
140
ANEXO XIX: NOTA TÉCNICA ATUARIAL DOS POLICIAIS CIVIS - FCDF

NOTA TÉCNICA ATUARIAL (NTA)

Data focal: 31/12/2022

Ente Federativo: União

Fundo Constitucional do Distrito Federal

Abrangência: Segurados da Polícia Civil do Distrito Federal

Atuários:

Alan dos Santos de Moura

Benedito Leite Sobrinho

141
Objetivo

1. O objetivo desta nota técnica atuarial é apresentar as bases atuariais, critérios e demais elementos
basilares para a elaboração da avaliação atuarial do plano de benefícios e custeio aplicado aos segurados (em
atividade, aposentados e pensionistas) da Polícia Civil do Distrito Federal vinculados ao Fundo Constitucional
do Distrito Federal (FCDF).

Modalidade dos Benefícios Assegurados pelo RPPS e Estrutura dos Benefícios. Critérios De
Elegibilidade.

2. Em conformidade com os comandos do art. 40 da Constituição, com as leis vigentes, os benefícios de


aposentadoria e pensão são estruturados na modalidade “Benefício Definido”.

3. Os critérios de elegibilidade, o cálculo do valor, a forma de atualização e demais requisitos que


compõem a estrutura dos benefícios podem ser consultados nos Anexos XVII-A e XVII-B.

4. Primeiramente são apresentados, em quadro sintético, as condicionantes extraídas das novas regras
trazidas pela Emenda Constitucional n° 103, publicada em 13/11/2019. Tais regras são aplicáveis ao conjunto
de servidores que nessa data ainda não tinham completado os requisitos para se aposentarem. Na sequência,
constarão quadros que resumem os critérios disciplinados pelas regras que vigeram até a EC n° 103/2019. Os
critérios destes quadros são utilizados no dimensionamento das obrigações relativas aos servidores que estão
na iminência de se aposentar, visto que já cumpriram todos os requisitos antes da entrada em vigor da EC n°
103/2019.

Bases Técnicas Atuariais. Regime Financeiro, Hipóteses Atuariais e Premissas.

5. Os benefícios de aposentadoria e pensão assegurados aos policiais civis do Distrito Federal são
avaliados em regime financeiro de capitalização, inobstante, na prática, ainda ser usado o regime financeiro
de repartição simples para esses benefícios de prestação continuada e de longa duração.

6. Registre-se que os parâmetros, hipóteses atuariais e premissas selecionadas para a avaliação atuarial
que posiciona as obrigações previdenciárias em 31/12/2022, estão consignadas na Nota SEI n°
16/2022/COAAT/CGACI/SRPPS/SPREV-MTP, objeto do Processo SEI n° 10133.101554/2022-95. Seguem-se
síntese das principais bases técnicas:

Tábuas biométricas

7. Mortalidade Geral e Mortalidade de Inválidos: Tábua específica dos servidores civis da União,
segregada por sexo e por escolaridade do cargo, elaborada pelo IPEA, por determinação do Tribunal de Contas
da União. No cálculo atuarial dos compromissos previdenciários, a aferição da sobrevivência foi efetuada com
base nas seguintes tábuas:

8. Para os servidores em atividade: “Tábua de Servidores da União - Homens - Nível Superior - IPEA”,
“Tábua de Servidores da União - Mulheres - Nível Superior - IPEA; “Tábua de Servidores da União - Homens -
Nível Médio – IPEA” e “Tábua de Servidores da União - Mulheres - Nível Médio - IPEA”.

9. Em relação aos aposentados: Tábua de Servidores da União - Homens - Nível Médio - IPEA” e “Tábua
de Servidores da União – Mulheres – Nível Médio – IPEA”.

142
10. Pensionistas: Tábua IBGE 2021 - Mulheres e Tábua IBGE 2021 - Homens, ambas extrapoladas21 a partir
da idade 80 anos.

11. Entrada em Invalidez: Tábua específica dos servidores civis da União, segregada por sexo e por
escolaridade do cargo, elaborada pelo IPEA.

12. Mortalidade de servidores em atividade (tábua de serviço): para a construção da função de número
de vivos da tábua de serviços foram combinados os eventos de morte e invalidez, pelo método Hamza, que
trata os referidos eventos multidecrementais. A função biométrica que informa o número de pessoas vivas e
válidas dessa tábua de serviço é expressa por lxaa = lx - lxii, sendo que, na primeira idade da tábua o número
de pessoas com invalidez permanente corresponde a lxii = 0 e, nas idades seguintes a quantidade desses
inválidos é obtida por:

ii  qi  ii
lx+1 = lxaa ×ix ×  1- x i
 +lx × px .
 2 

Taxa real de juros

13. Em atendimento ao art. 39 da Portaria MTP n° 1.467/2022 foi usada a taxa real de juros de 4,61% ao
ano, que, conforme art. 4º do Anexo VII da Portaria MTP n° 1.467/2022, se refere à taxa de juros parâmetro
correspondente à duração do passivo de 13,5 anos.

Taxa real do crescimento da remuneração por mérito

14. Utilizou-se a taxa real de 1% ao ano, que corresponde à taxa mínima prudencial de crescimento
estabelecida pelo art. 38 da Portaria MTP n° 1.467/2022, como representativo do crescimento da
remuneração por mérito, em razão da ausência dessa informação na base de dados usada na avaliação.

Projeção do crescimento da remuneração por produtividade

15. Não foi utilizada a hipótese de crescimento da remuneração por produtividade, devido à
indisponibilidade de informações que possibilitem definir uma taxa a ser aplicada a todos os servidores.

Projeção dos benefícios de servidores sujeitos à regra da média

16. Em face da indisponibilidade da base de dados das remunerações de julho de 1994 até a data focal da
avaliação, para efeito da projeção dos benefícios com base na média das remunerações de contribuição,
adotou-se o procedimento de projetar, à taxa de 1% ao ano, por meio de fatores financeiros de acumulação,
ano a ano, o valor da remuneração (base para contribuição) informada na base cadastral, desde a data focal
31/12/2022, até a data provável da aposentadoria, bem como, projetar, o valor dessa remuneração, da mesma
data focal, retroagindo-se à data de vínculo do segurado ao primeiro regime previdenciário (no máximo até

21
Referidas extrapolações de probabilidades de anuais de morte foram obtidas mediante a aplicação das especificações
contidas na “Nota Técnica sobre a Metodologia adotada pelo Ministério da Previdência Social na Extrapolação das Tábuas
de Mortalidade IBGE para as idades acima de 80 anos” que pode ser acessada pelo endereço:
http://sa.previdencia.gov.br/site/2015/06/NOTA-TECNICA-ATUARIAL-EXTRAPOLACAO-DA-TABUA-IBGE-MPS.pdf

143
julho/1994), mediante o uso de fatores financeiros de desconto calculados à taxa de 1% ao ano. A média
procurada é obtida com base em 100% (ou 80% das maiores remunerações de contribuição, no caso de
segurado com direito adquirido) desses valores projetados, compreendidos entre a data de vínculo do
segurado ao primeiro regime previdenciário (no máximo até julho/1994) e a data provável de aposentadoria.

Projeção do crescimento dos benefícios do plano

17. Não foi utilizada a hipótese de crescimento real dos benefícios, devido à indisponibilidade de
informações para se apurar e projetar o percentual de atualização dos valores de benefícios concedidos e a
conceder sujeitos à regra de paridade de reajuste dos proventos com os mesmos percentuais aplicados aos
vencimentos dos servidores em atividade.

Fatores de capacidade de benefícios e salários

18. O plano de benefícios e custeio aplicados aos segurados do RPPS da União prevê que os benefícios
disciplinados pelas regras permanentes, depois de concedidos, serão atualizados anualmente por um índice
de inflação acumulado.

19. Assim sendo, os benefícios são concedidos e as prestações mensais permanecem constantes até a
data do próximo reajuste, acumulando nesse período a perda de seu poder de compra causado pelo efeito
corrosivo da inflação.

20. Desta forma, as provisões matemáticas previdenciárias podem ser ajustadas pelo fator de capacidade
dos benefícios (F) para refletirem nas obrigações do fundo de previdência essa defasagem gerada pela
inflação.

21. O mesmo raciocínio também é aplicável à perda do poder aquisitivo das remunerações percebidas
entre dissídios, de forma que, o fator de capacidade das remunerações (F) serve, do mesmo modo, para gravar
o efeito da corrosão inflacionária nas projeções dos compromissos atuariais.

22. O fator de capacidade dos benefícios e o fator de capacidade das remunerações, ambos representados
por (F), calculados pela taxa de inflação projetada para o longo prazo, são designados, respectivamente, em
normas e demonstrativos por: “Fator de determinação do valor real ao longo do tempo dos benefícios” e
“Fator de determinação do valor real ao longo do tempo dos salários”:

144
Fator de determinação do valor real ao longo do tempo dos benefícios:

23. Utilizou-se taxa de inflação de longo prazo nula, portanto F = 1 (ou 100%), para efeito das projeções
atuariais dos benefícios.

Fator de determinação do valor real ao longo do tempo dos salários:

24. Utilizou-se taxa de inflação de longo prazo nula, portanto F = 1 (ou 100%), para efeito das projeções
atuariais das remunerações.

Expectativa de reposição de servidores

25. Na avaliação atuarial posicionada em 31/12/2022 avaliou-se, primeiramente, o grupo como fechado,
ou seja, sem reposição de servidores, dado que ainda não foi publicada ato normativo que complementará as
orientações sobre a expectativa de reposição de servidores.

26. Entretanto, com o objetivo de subsidiar as análises das projeções de receitas e despesas do RPPS da
União, foi adotada, em avaliação atuarial à parte, a hipótese de reposição dos servidores que substituirão os
que saírem por aposentadoria programada, para refletir os fluxos de novos servidores e os respectivos
compromissos previdenciários, em consonância com a continuidade dos serviços públicos decorrente da
perenidade do Estado. As projeções dos compromissos desses futuros servidores, ainda não admitidos, não
devem impactar o resultado atuarial do regime, pois as estimativas desses compromissos de novos entrantes
não representam efetiva obrigação nesta data, mas podem servir para a avaliação do impacto com base em
cenários futuros e dar suporte para a estruturação de eventuais medidas corretivas para a sustentabilidade
do RPPS.

Rotatividade

27. Utilizou-se taxa de rotatividade nula devido a possibilidade de compensação previdenciária, a pagar e
a receber, entre os regimes previdenciários de vinculação obrigatória.

Composição familiar

28. Para estimar os compromissos das pensões a serem pagas por morte de segurados admitiu-se que
76,5% dos aposentados e servidores deixarão pensões vitalícias para um cônjuge com diferença etária de 3 e
2 anos para os servidores de sexo masculino e feminino e seus respectivos cônjuge de sexo oposto. Para os
aposentados a diferença etária é de 4 e 2 anos para esses segurados de sexo masculino e feminino, em relação
aos seus cônjuges, respectivamente. Nesse percentual foram consideradas as pensões temporárias reguladas
pela Lei n° 13.135, de 17 de junho de 2015. As obrigações decorrentes das pensões já concedidas foram
avaliadas pela fórmula geral de um grupo familiar composto por um pensionista vitalício e outro temporário
mais novo entre os menores de 21 anos.

Idade de vinculação a algum regime previdenciário anterior ao ingresso na União

29. Os estudos realizados pelo Grupo de Trabalho citado anteriormente apontaram para a idade de 25
anos, com sendo a idade provável de um servidor da União ter-se vinculado a algum regime previdenciário
antes de ser segurado obrigatório do RPPS.

145
30. A base de dados recebida dos órgãos federais para elaboração da avaliação atuarial não tem
apresentado para todos os servidores a data real de sua vinculação a algum regime previdenciário anterior ao
ingresso no ente federativo. Contudo, a mesma base de dados trouxe informações sobre os tempos de serviços
já averbados, que são usados na avaliação atuarial caso sejam considerados consistentes em relação à idade
25 e à idade de ingresso no serviço público.

Alíquotas de contribuição dos servidores, aposentados, pensionistas e ente

CONTRIBUINTES BASE E ALÍQUOTA

A contribuição previdenciária dos servidores, de que trata o art. 54, II,


Servidores é de 14%, incidente sobre a remuneração-de-contribuição, conforme o
disposto no art. 62.

Em conformidade com a Lei Complementar n° 970/2020, em atenção


às determinações da EC 103/2019:

I – até 1 salário mínimo, ficará isento;

II – de 1 salário mínimo até o valor vigente do teto dos benefícios pagos


pelo Regime de Previdência, incidirá alíquota de 11%;
Aposentados e Pensionistas
III – acima do teto dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do
Seguro Social – INSS, incidirá alíquota fixa de 14%.

§ 1º Quando o beneficiário da aposentadoria ou da pensão for portador


de doença incapacitante, a contribuição de que trata o caput incidirá
apenas sobre a parcela de provento que supere o dobro do teto dos
benefícios pagos pelo Regime Geral de Previdência Social.

Patronal Alíquota igual ao dobro daquela devida pelo segurado em atividade.

Regimes Financeiros por Benefício Desdobrado por Fase de Cobertura e Método de Financiamento

PROVISÃO MATEMÁTICA DE BENEFÍCIOS CONCEDIDOS (PMBC)

BENEFÍCIOS COBERTURA REGIME MÉTODO

Aposentadoria de válidos (por Idade, Tempo de


Fase pós laborativa Capitalização -
Contribuição e Compulsória)

Aposentadoria por invalidez Fase pós laborativa Capitalização -

Pensão a conceder devida a dependente de


Fase pós laborativa Capitalização -
aposentado válido (reversão)

Pensão a conceder devida a dependente de


Fase pós laborativa Capitalização -
aposentado por invalidez (reversão)

146
PROVISÃO MATEMÁTICA DE BENEFÍCIOS CONCEDIDOS (PMBC)

BENEFÍCIOS COBERTURA REGIME MÉTODO

Pensão concedida por morte Fase pós laborativa Capitalização -

PROVISÃO MATEMÁTICA DE BENEFÍCIOS a CONCEDER (PMBaC)

BENEFÍCIOS COBERTURA REGIME MÉTODO

Aposentadoria de válidos (por Idade, Tempo de


Fase laborativa Capitalização PUC
Contribuição e Compulsória)

Pensão a conceder a dependente de futuro


Fase laborativa Capitalização PUC
aposentado válido (reversão)

Aposentadoria por invalidez Fase laborativa Capitalização PUC

Pensão a conceder a dependente de futuro


Fase laborativa Capitalização PUC
aposentado por invalidez (reversão)

Pensão a conceder a dependente em caso de


Fase laborativa Capitalização PUC
morte de servidor válido

Formulações Matemáticas

31. As formulações matemáticas utilizadas na avaliação atuarial para o cálculo dos valores das provisões
matemáticas relativas aos compromissos previdenciários do RPPS, do ente público, dos aposentados, dos
pensionistas e dos servidores são as seguintes:

Expressões de cálculo do valor atual dos benefícios futuros (VABF), do valor atual das contribuições
futuras do servidor, aposentado, pensionista e do ente federativo (VACF), das provisões matemáticas
referentes aos benefícios concedidos (PMBC) e benefícios a conceder (PMBaC)

Benefícios Concedidos:

Aposentadoria concedida a válidos:

32. Valor Atual dos Benefícios Futuros:

VABFxApv = f  B  ax  F

33. Valor Atual das Contribuições Futuras:

VACFxApv = f  C  ax  F

34. Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos:


147
PMBCxApv = VABFxApv − VACFxApv

Pensão a conceder em caso de morte do aposentado válido (Reversão):

35. Valor Atual dos Benefícios Futuros:

VABFxPenApv = f  B  p  (a y − axy ) F

36. Valor Atual das Contribuições Futuras

(
VACFxPenApv = f  C  p  a y − a xy  F )

37. Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos:

PMBCxPenApv = VABFxPenApv − VACFxPenApv

Aposentadoria concedida a inválido:

38. Valor Atual dos Benefícios Futuros:

VABFxApi = f  B  axi  F

39. Valor Atual das Contribuições Futuras:

VACFxApi = f  C  axi  F

40. Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos:

PMBCxApi = VABFxApi − VACFxApi


Pensão a conceder em caso de morte do aposentado inválido (Reversão):

41. Valor Atual dos Benefícios Futuros:

( )
VABFxPenApi = f  B  p  a y − a xi y  F

42. Valor Atual das Contribuições Futuras:

( )
VACFxPenApi = f  C  p  a y − a xi y  F

43. Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos:

PMBCxPenApi = VABFxPenApi − VACFxPenApi

Pensão concedida a válidos e inválidos:

44. Valor Atual dos Benefícios Futuros:

VABFxPen = f  B  H x  F
148
45. Valor Atual das Contribuições Futuras:

VACFxPen = f  C  H x  F
46. Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos:

PMBCxPen = VABFxPen −VACFxPen


Benefícios a Conceder:

Aposentadoria a conceder a válidos:

47. Valor Atual dos Benefícios Futuros:


VABFxApv = f  B proj  r − x E xaa  ar  F

48. Valor Atual das Contribuições Futuras (Aposentado):

VACFxApv = f  C proj  r − x Exaa  ar  F


49. Valor Atual dos Benefícios Futuros Líquido (VABF LÍQUIDO):

VABF LÍQUIDOxApv = VABFxApv −VACFxApv


50. Valor Atual das Contribuições Futuras (Servidor e Ente). Vide expressões constantes desta NTA:

𝐴𝑝𝑣 𝑟−𝑥 𝐴𝑝𝑣


𝑉𝐴𝐶𝐹𝑥 𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜𝑟/𝑒𝑛𝑡𝑒 = × 𝑉𝐴𝐵𝐹𝐿Í𝑄𝑈𝐼𝐷𝑂𝑥
𝑟−𝑎

51. Provisão Matemática dos Benefícios a Conceder:

PMBaCxApv = VABF LÍQUIDOxApv − VACFxApv


Servidor / Ente

Pensão a conceder em caso de morte de futuro aposentado válido (Reversão):

52. Valor Atual dos Benefícios Futuros:

VABFxPenApv = f  B proj r − x Exaa  p  (a y − axy ) F

53. Valor Atual das Contribuições Futuras:

( )
VACFxPenApv = f  C proj r − x Exaa  p  a y − a xy  F

54. Valor Atual dos Benefícios Futuros Líquido (VABF LÍQUIDO):

VABF LÍQUIDOxPenApv = VABFxPenApv − VACFxPenApv

55. Valor Atual das Contribuições Futuras (Servidor e Ente). Vide expressões constantes desta NTA:

𝑃𝑒𝑛𝐴𝑝𝑣 𝑟−𝑥 𝑃𝑒𝑛𝐴𝑝𝑣


𝑉𝐴𝐶𝐹𝑥 𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜𝑟/𝑒𝑛𝑡𝑒 = × 𝑉𝐴𝐵𝐹𝐿Í𝑄𝑈𝐼𝐷𝑂𝑥
𝑟−𝑎

56. Provisão Matemática dos Benefícios a Conceder:


149
PMBaCxPenApv = VABF LÍQUIDOxPenApv − VACFxPenApv
Servidor/ente

Aposentadoria a conceder por invalidez:

57. Valor Atual dos Benefícios Futuros:


 r - x-1

g × aa ai i t+1 
t p x × p x+t × äx+1+t × v
 1 
 t=0 
VABFxApi = f × BI × F  + 
 


 
r - x-1

 g2 ×
 +t
× t pxaa × px+t
ai i
× äx+1+t × v t+1 
 T 
 t=0 

58. Valor Atual das Contribuições Futuras:


 r−x

g  
t px  px+t × äx+1+t  v
aa ai i t +1

 1 
 t =0 
VACF Api
= f C  F  + 
x
 


r−x
  +t 
 g2   t pxaa  px+t
ai i
× äx+1+t  v t +1 
 T 
 t =0 

59. Valor Atual dos Benefícios Futuros Líquido (VABF LÍQUIDO):

VABF LÍQUIDOxApi = VABFxApi − VACFxApi


60. Valor Atual das Contribuições Futuras (Servidor e Ente). Vide expressões constantes desta NTA:

𝐴𝑝𝑖 𝑟−𝑥 𝐴𝑝𝑖


𝑉𝐴𝐶𝐹𝑥 𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜𝑟/𝑒𝑛𝑡𝑒 = × 𝑉𝐴𝐵𝐹𝐿Í𝑄𝑈𝐼𝐷𝑂𝑥
𝑟−𝑎

61. Provisão Matemática dos Benefícios a Conceder:

PMBaCxApi = VABF LÍQUIDOxApi − VACFxApi


Servidor/ente

Pensão a conceder no caso de morte do futuro aposentado inválido (Reversão):

62. Valor Atual dos Benefícios Futuros – VABF:

150

 r − x −1

g 
 1 t p aa
x  q ai
/1 x + t  t +1 p y  ä (
y + t +1 − ä x i y + t +1
 )
p  v t +1 

 t =0 
VABFxPenApi 
= f  B F  + 
 


r − x −1
 
 g2 

 +t
T
( )
 t pxaa  /1 qxai+t  t +1 p y  äy +t +1 − äx i y +t +1  p  v t +1 

 t =0 

63. Valor Atual das Contribuições Futuras – VACF:


 r−x

g 
 1 t p
aa
x
ai
x +t ( )
 /1 q  t +1 p y  äy +t +1 − äx i y +t +1  p  v t +1 

 t =0 
VACF PenApi
= f C  F + 
x
 


r−x
 
 g2 

 +t
T
( )
 t pxaa  /1 qxai+t  t +1 p y  äy +t +1 − äx i y +t +1  p  v t +1 

 t =0 

64. Valor Atual dos Benefícios Futuros Líquido – VABF LÍQUIDO:

VABF LÍQUIDOxPenApi = VABFxPenApi − VACFxPenApi

65. Valor Atual das Contribuições Futuras (Servidor e Ente). Vide expressões constantes desta NTA:

𝑃𝑒𝑛𝐴𝑝𝑖 𝑟−𝑥 𝑃𝑒𝑛𝐴𝑝𝑖


𝑉𝐴𝐶𝐹𝑥 𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜𝑟/𝑒𝑛𝑡𝑒 = × 𝑉𝐴𝐵𝐹𝐿Í𝑄𝑈𝐼𝐷𝑂𝑥
𝑟−𝑎

66. Provisão Matemática dos Benefícios a Conceder – PMBaC:

PMBaCyPenApi = VABF LÍQUIDOyPenApi − VACFyPenApi


Servidor / ente

Pensão por Morte de Servidor em Atividade:

67. Valor Atual dos Benefícios Futuros – VABF:


r − x −1

VABFyPenServAtiv = f  B  t pxaa  /1 qxaa+t  t +1 p y  ä y +t +1  v t +1  p  F


t =0

68. Valor Atual das Contribuições Futuros – VACF:


r − x −1

VACFyPenServAtiv = f  C  t pxaa  /1 qxaa+t  t +1 p y  ä y +t +1  v t +1  p  F


t =0

69. Valor Atual dos Benefícios Futuros Líquido – VABF LÍQUIDO:

151
VABF LIQUIDOyPenServAtiv = VABFyPenServAtiv −VACFyPenServAtiv

70. Valor Atual das Contribuições Futuras (Servidor e Ente). Vide expressões constantes desta NTA:
𝑟−𝑥
𝑉𝐴𝐶𝐹𝑥𝑃𝑒𝑛𝑆𝑒𝑟𝑣𝐴𝑡𝑖𝑣
𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜𝑟/𝑒𝑛𝑡𝑒 = × 𝑉𝐴𝐵𝐹𝐿Í𝑄𝑈𝐼𝐷𝑂𝑥𝑃𝑒𝑛𝑆𝑒𝑟𝑣𝐴𝑡𝑖𝑣
𝑟−𝑎

71. Provisão Matemática dos Benefícios a Conceder – PMBaC:

PMBaCyPenServAtiv = VABF LÍQUIDOyPenServAtiv − VACFyPenServAtiv


Servidor / ente

Expressão de cálculo do valor atual das remunerações futuras

VARFx = f  R  axaa: r − x|  F

152
Principais Simbologias Utilizadas e Descrições

SÍMBOLO DESCRIÇÃO

a : Idade de primeira vinculação previdenciária do servidor.

äy : Valor atual de uma série de rendas vitalícias anuais devida a um segurado com
idade y, com pagamentos efetuados no início de cada período.

: Valor atual de uma série de rendas anuais devida ao grupo de segurados com
äxi y
idades x e y, enquanto esse grupo não se dissolver pela morte de x ou de y, sendo
x inválido, com pagamentos efetuados no início de cada período.

ar , ax , a y : Valor atual de uma série de rendas vitalícias anuais devida a um segurado com
idades subscritas por r, x ou y, com pagamentos efetuados ao final de cada
período.

axi : Valor atual de uma série de rendas vitalícias anuais devida a um segurado inválido
com idade x, com pagamentos efetuados ao final de cada período.

: Valor atual de uma série de rendas anuais devida aos segurados com idades x e y,
axi y
enquanto esse grupo não se dissolver pela morte de x ou de y, sendo x inválido,
com pagamentos efetuados ao final de cada período.

axy : Valor atual de uma série de rendas anuais devida aos segurados com idades x e y,
enquanto esse grupo não se dissolver pela morte de x ou de y, com pagamentos
efetuados ao final de cada período.

a aa
x: r − x| : Valor atual de uma série de rendas temporárias anuais devida a um segurado
válido com idade x, no período compreendido entre a data da avalição atuarial e
a data provável de sua aposentadoria, com pagamentos efetuados ao final de
cada período.

153
SÍMBOLO DESCRIÇÃO

B : Valor do benefício devido ao segurado aposentado ou pensionista.

BI : Valor do benefício integral.

BProj : Valor do benefício projetado para a data de aposentadoria do servidor.

C : Valor da contribuição devida pelo segurado aposentado ou pensionista.

CProj : Valor da contribuição projetada para a data de aposentadoria do servidor.

e : Idade do segurado na data de ingresso no ente.

r −x Exaa : Função de desconto atuarial multidecremental.

f : Frequência de pagamento de benefícios no ano; usou-se 13.

F : Fator de determinação do valor real ao longo do tempo das remunerações e dos


benefícios.

g1 : Grupo 1 representado pelo percentual esperado de aposentadorias por invalidez


permanente decorrentes de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença
grave, contagiosa ou incurável, com proventos integrais. g1 = 50%.

g2 : Grupo 2 representado pelo percentual esperado de aposentadorias por invalidez


permanente decorrentes das demais causas, com proventos proporcionais ao
tempo de serviço. g 2 = 50%.

154
SÍMBOLO DESCRIÇÃO

Hx : Fórmula geral aplicável ao pensionista individualmente ou ao seu grupo familiar,


que considera pensionistas com rendas temporária para mais novo do grupo com
idade inferior a 21 anos e vitalícia para o pensionista invalido ou válido mais
longevo. H x = a 21 − z i + 21− z / ay +21− z

ix : Taxa anual de entrada em invalidez na idade x.

lx : Número de pessoas vivas na idade x de uma tábua de mortalidade geral.

lxaa : Número de pessoas vivas e válidas na idade x de uma tábua de serviço.

lxii : Número de pessoas vivas e inválidas na idade x de uma tábua de serviço.

p : Percentual de pessoas que deixarão alguma pensão.

pxaa : Probabilidade de uma pessoa válida com idade x sobreviver à idade x+1 e
continuar válida.

pxai : Probabilidade de uma pessoa válida com idade x se invalidar e sobreviver à idade
x+1.

pxi : Probabilidade de uma pessoa inválida com idade x sobreviver à idade x+1.

py : Probabilidade de uma pessoa com idade x sobreviver à idade x+1.

qxaa : Probabilidade de uma pessoa válida com idade x falecer antes de completar a
idade x+1.

155
SÍMBOLO DESCRIÇÃO

qxai : Probabilidade de uma pessoa válida com idade x se invalidar e falecer antes de
completar a idade x+1.

qxi : Probabilidade de uma pessoa inválida com idade x falecer antes de completar a
idade x+1.

R : Remuneração do Servidor na data da avaliação.

r : Idade provável de aposentadoria do segurado projetada segundo as normas


aplicáveis.

v : Fator de desconto financeiro.

x, y : Idades do segurado na data da avaliação atuarial.

τ : Tempo de contribuição acumulado até a data da avaliação.

T : Tempo total de contribuição acumulado até a data provável da aposentadoria


programada.

Teto RGPS : Valor máximo do benefício pago Regime Geral de Previdência Social.

Brasília-DF, 31 de dezembro de 2022.

ALAN DOS SANTOS DE MOURA


Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil - Matrícula 1.538.692
BENEDITO LEITE SOBRINHO
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil - Matrícula 0.935.753

156
ANEXO XX: NOTA TÉCNICA ATUARIAL - POLICIAIS E BOMBEIROS MILITARES - FCDF

NOTA TÉCNICA ATUARIAL (NTA)

Data focal: 31/12/2022

Ente Federativo: União

Fundo Constitucional do Distrito Federal

Abrangência: Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal

Atuários:

Alan dos Santos de Moura

Benedito Leite Sobrinho

157
Objetivo

1. O objetivo desta nota técnica atuarial é apresentar as bases atuariais, critérios e demais elementos
basilares para a elaboração da avaliação atuarial do plano de benefícios e custeio aplicado aos membros da
Polícia Militar e Bombeiros do Distrito Federal (militares em atividade, inatividade e pensionistas), vinculados
ao Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF).

Modalidade dos Benefícios Assegurados pelo RPPS e Estrutura dos Benefícios. Critérios de
Elegibilidade.

2. Os critérios de elegibilidade, o cálculo do valor, a forma de atualização, dos benefícios referentes à


passagem para inatividade por transferência para reserva remunerada e reforma, bem como a pensão por
morte são disciplinados pela Lei nº 7.289 de 18 de dezembro de 1984. Referidos benefícios encontram-se
estruturados na modalidade Benefício Definido.

3. Na estrutura dos benefícios definidos, os valores independem de saldos preexistentes em contas


individuais, dado que, de acordo com a Ciência Atuarial que trata de benefícios pagáveis por sobrevivência,
opera-se sob a sistemática denominada mutualismo segundo a linguagem do seguro. Nessa sistemática pode
ou não haver conta coletiva com recursos previamente constituídos. Na hipótese de existir conta coletiva com
recursos vislumbra-se o regime de financeiro de capitalização, caso contrário, tem-se o regime financeiro de
repartição. Independente do regime financeiro que se opere, em relação aos segurados da Polícia Militar e
Bombeiros do Distrito Federal, objeto desta NTA, cabe ao FCDF a responsabilidade de integral quitação do
total das folhas mensais dos benefícios concedidos.

Bases Técnicas Atuariais. Regime Financeiro, Hipóteses Atuariais e Premissas.

4. Os benefícios de renda vitalícia assegurados aos Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal são
avaliados em regime financeiro de capitalização, inobstante, na prática, ainda ser usado o regime financeiro
de repartição simples (regime orçamentário) para esses benefícios de prestação continuada e de longa
duração.

5. Em breve síntese, informa-se que a elaboração de uma avaliação atuarial envolve a combinação de
três insumos essenciais, quais sejam, a legislação que prevê os direitos e as obrigações para o acesso e a
manutenção dos benefícios nela previstos, a base de dados cadastrais dos beneficiários em atividade e dos
que já se encontrem em fruição dos benefícios assegurados e, por derradeiro, as bases técnicas atuariais.

6. As bases técnicas atuariais, disciplinadas pelas normas vigentes, compreendem, dentre outros, o
regime financeiro adotado em relação a cada benefício, as formulações matemáticas para mensurar os valores
dos compromissos decorrentes dos pagamentos dos benefícios concedidos e a conceder, bem como as
premissas e hipóteses atuariais que exprimem os parâmetros e critérios usados nas fórmulas atuariais.

7. Com o objetivo de suprir a ausência de informações, foram adotadas algumas hipóteses atuariais e
premissas empregadas na elaboração da avaliação atuarial dos servidores civis titulares de cargo efetivo da
União, bem como as diretrizes da avaliação atuarial contidas na Portaria MTP n° 1.467/2022.

8. Registre-se também que os parâmetros, hipóteses atuariais e premissas selecionadas para a avaliação
atuarial que posiciona as obrigações previdenciárias em 31/12/2022, estão consignadas na Nota SEI n°

158
16/2022/COAAT/CGACI/SRPPS/SPREV-MTP, objeto do Processo SEI n° 10133.101554/2022-95. Segue-se
síntese das principais bases técnicas:

Tábuas biométricas

9. Mortalidade Geral e Mortalidade de Inválidos: Tábua específica dos servidores civis da União,
segregada por sexo e por escolaridade do cargo, elaborada pelo IPEA, por determinação do Tribunal de Contas
da União. No cálculo atuarial dos compromissos previdenciários, a aferição da sobrevivência foi efetuada com
base nas seguintes tábuas:

10. Para os servidores em atividade: “Tábua de Servidores da União - Homens - Nível Superior -
IPEA”, “Tábua de Servidores da União - Mulheres - Nível Superior - IPEA; “Tábua de Servidores da União -
Homens - Nível Médio – IPEA” e “Tábua de Servidores da União - Mulheres - Nível Médio - IPEA”.

11. Em relação aos aposentados: Tábua de Servidores da União - Homens - Nível Médio - IPEA” e
“Tábua de Servidores da União – Mulheres – Nível Médio – IPEA”.

12. Pensionistas: Tábua IBGE 2021 - Mulheres e Tábua IBGE 2021 - Homens, ambas extrapoladas22 a
partir da idade 80 anos.

13. Entrada em Invalidez: Tábua específica dos servidores civis da União, segregada por sexo e por
escolaridade do cargo, elaborada pelo IPEA.

14. Mortalidade de servidores em atividade (tábua de serviço): para a construção da função de


número de vivos da tábua de serviços foram combinados os eventos de morte e invalidez, pelo método Hamza,
que trata os referidos eventos multidecrementais. A função biométrica que informa o número de pessoas
vivas e válidas dessa tábua de serviço é expressa por lxaa = lx - lxii, sendo que, na primeira idade da tábua o
número de pessoas com invalidez permanente corresponde a lxii = 0 e, nas idades seguintes a quantidade
ii aa  qxi  ii i
desses inválidos é obtida por: l x+1 = l ×ix ×  1-
x  +lx × px .
 2 

Taxa real de juros

15. Em atendimento ao art. 39 da Portaria MTP n° 1.467/2022 foi usada a taxa real de juros de 4,67%
ao ano, que, conforme art. 4º do Anexo VII da Portaria MTP n° 1.467/2022, se refere à taxa de juros parâmetro
correspondente à duração do passivo de 15,6 anos.

22
Referidas extrapolações de probabilidades de anuais de morte foram obtidas mediante a aplicação das especificações
contidas na “Nota Técnica sobre a Metodologia adotada pelo Ministério da Previdência Social na Extrapolação das Tábuas
de Mortalidade IBGE para as idades acima de 80 anos” que pode ser acessada pelo endereço:
http://sa.previdencia.gov.br/site/2015/06/NOTA-TECNICA-ATUARIAL-EXTRAPOLACAO-DA-TABUA-IBGE-MPS.pdf

159
Taxa real do crescimento da remuneração por mérito

16. Utilizou-se a taxa real de 1% ao ano, que corresponde à taxa mínima prudencial de crescimento
estabelecida pelo art. 38 da Portaria MTP n° 1.467/2022, como representativo do crescimento da
remuneração por mérito, em razão da ausência dessa informação na base de dados usada na avaliação.

Projeção do crescimento da remuneração por produtividade

17. Não foi utilizada a hipótese de crescimento da remuneração por produtividade, devido à
indisponibilidade de informações que possibilitem definir uma taxa a ser aplicada a todos os servidores.

Projeção dos benefícios de servidores sujeitos à regra da média

18. Em face da indisponibilidade da base de dados das remunerações de julho de 1994 até a data
focal da avaliação, para efeito da projeção dos benefícios com base na média das remunerações de
contribuição, adotou-se o procedimento de projetar, à taxa de 1% ao ano, por meio de fatores financeiros de
acumulação, ano a ano, o valor da remuneração (base para contribuição) informada na base cadastral, desde
a data focal 31/12/2022, até a data provável da aposentadoria, bem como, projetar, o valor dessa
remuneração, da mesma data focal, retroagindo-se à data de vínculo do segurado ao primeiro regime
previdenciário (no máximo até julho/1994), mediante o uso de fatores financeiros de desconto calculados à
taxa de 1% ao ano. A média procurada é obtida com base em 100% (ou 80% das maiores remunerações de
contribuição, no caso de segurado com direito adquirido) desses valores projetados, compreendidos entre a
data de vínculo do segurado ao primeiro regime previdenciário (no máximo até julho/1994) e a data provável
de aposentadoria.

Projeção do crescimento dos benefícios do plano

19. Não foi utilizada a hipótese de crescimento real dos benefícios, devido à indisponibilidade de
informações para se apurar e projetar o percentual de atualização dos valores de benefícios concedidos e a
conceder sujeitos à regra de paridade de reajuste dos proventos com os mesmos percentuais aplicados aos
vencimentos dos servidores em atividade. Contudo, como na passagem para a inatividade dos policiais
militares e bombeiros do DF é concedido um posto acima (art. 50 da Lei n° 7.289/1984 e art. 99 da Lei n°
7.479/1986), foi estimado percentual de aumento no benefício, imediatamente, à passagem à
reserva/reforma em 14,76% para os policiais militares e bombeiros que possuírem em tal data, no mínimo, 30
anos de serviço. Com exceção da Pensão Por Morte de Ativo, todos os benefícios foram calculados com o
citado aumento.

Fatores de capacidade de benefícios e remuneração

20. O plano de benefícios e custeio aplicados aos segurados do RPPS da União prevê que os
benefícios disciplinados pelas regras permanentes, depois de concedidos, serão atualizados anualmente por
um índice de inflação acumulado.

21. Assim sendo, os benefícios são concedidos e as prestações mensais permanecem constantes até
a data do próximo reajuste, acumulando nesse período a perda de seu poder de compra causado pelo efeito
corrosivo da inflação.

22. Desta forma, as provisões matemáticas previdenciárias podem ser ajustadas pelo fator de
160
capacidade dos benefícios (F) para refletirem nas obrigações do fundo de previdência essa defasagem gerada
pela inflação.

23. O mesmo raciocínio também é aplicável à perda do poder aquisitivo das remunerações
percebidas entre dissídios, de forma que, o fator de capacidade das remunerações (F) serve, do mesmo modo,
para gravar o efeito da corrosão inflacionária nas projeções dos compromissos atuariais.

24. O fator de capacidade dos benefícios e o fator de capacidade das remunerações, ambos
representados por (F), calculados pela taxa de inflação projetada para o longo prazo, são designados,
respectivamente, em normas e demonstrativos por: “Fator de determinação do valor real ao longo do tempo
dos benefícios” e “Fator de determinação do valor real ao longo do tempo dos salários”:

Fator de determinação do valor real ao longo do tempo dos benefícios:

25. Utilizou-se taxa de inflação de longo prazo nula, portanto F = 1 (ou 100%), para efeito das
projeções atuariais dos benefícios.

Fator de determinação do valor real ao longo do tempo dos salários:

26. Utilizou-se taxa de inflação de longo prazo nula, portanto F = 1 (ou 100%), para efeito das
projeções atuariais das remunerações.

Expectativa de reposição de servidores

27. Na avaliação atuarial posicionada em 31/12/2022 avaliou-se, primeiramente, o grupo como


fechado, ou seja, sem reposição de servidores, dado que ainda não foi publicada ato normativo que
complementará as orientações sobre a expectativa de reposição de servidores.

28. Entretanto, com o objetivo de subsidiar as análises das projeções de receitas e despesas do RPPS
da União, foi adotada, em avaliação atuarial à parte, a hipótese de reposição dos servidores que substituirão
os que saírem por aposentadoria programada, para refletir os fluxos de novos servidores e os respectivos
compromissos previdenciários, em consonância com a continuidade dos serviços públicos decorrente da
perenidade do Estado. As projeções dos compromissos desses futuros servidores, ainda não admitidos, não
devem impactar o resultado atuarial do regime, pois as estimativas desses compromissos de novos entrantes
não representam efetiva obrigação nesta data, mas podem servir para a avaliação do impacto com base em
cenários futuros e dar suporte para a estruturação de eventuais medidas corretivas para a sustentabilidade
do RPPS.

Rotatividade

29. Utilizou-se taxa de rotatividade nula devido a possibilidade de compensação previdenciária, a


pagar e a receber, entre os regimes previdenciários de vinculação obrigatória.

Composição familiar

30. Para estimar os compromissos das pensões a serem pagas por morte de segurados admitiu-se
que 76,5% dos aposentados e servidores deixarão pensões vitalícias para um cônjuge com diferença etária de
3 e 2 anos para os servidores de sexo masculino e feminino e seus respectivos cônjuge de sexo oposto. Para
os aposentados a diferença etária é de 4 e 2 anos para esses segurados de sexo masculino e feminino, em
161
relação aos seus cônjuges, respectivamente. Nesse percentual foram consideradas as pensões temporárias
reguladas pela Lei n° 13.135, de 17 de junho de 2015. As obrigações decorrentes das pensões já concedidas
foram avaliadas pela fórmula geral de um grupo familiar composto por um pensionista vitalício e outro
temporário mais novo entre os menores de 21 anos.

Idade de vinculação a algum regime previdenciário anterior ao ingresso na União

31. Os estudos realizados pelo Grupo de Trabalho citado anteriormente apontaram para a idade de
25 anos, com sendo a idade provável de um servidor da União ter-se vinculado a algum regime previdenciário
antes de ser segurado obrigatório do RPPS da União.

32. A base de dados recebida dos órgãos federais para elaboração da avaliação atuarial não tem
apresentado para todos os servidores a data real de sua vinculação a algum regime previdenciário anterior ao
ingresso na União. Contudo, a mesma base de dados trouxe informações sobre os tempos de serviços já
averbados, que são usados na avaliação atuarial caso sejam considerados consistentes em relação à idade 25
e à idade de ingresso no serviço público.

Alíquotas de contribuição Segurados da Polícia Militar e Bombeiros do Distrito Federal e

33. As aposentadorias concedidas são integralmente custeadas pelo FCDF, com aportes mensais
correspondentes ao valor total da Folha de Benefícios. Para as pensões considerou-se o plano de custeio
previsto na Lei n° 3.765, de 4 de maio de 1960, com as alterações introduzidas pela Lei n° 13.954, de 16 de
dezembro de 2019, conforme a seguinte tabela:

CONTRIBUINTES BASE E ALÍQUOTA

DOS CONTRIBUINTES, DAS CONTRIBUIÇÕES E DOS DESCONTOS


(Redação dada pela Lei n° 13.954, de 2019)
Art. 1º São contribuintes obrigatórios da pensão militar, mediante
desconto mensal em folha de pagamento, os militares das Forças
Armadas e os seus pensionistas. (Redação dada pela Lei n° 13.954, de
2019)
Parágrafo único. O desconto mensal da pensão militar de que trata
o caput deste artigo será aplicado, a partir de 1º de janeiro de 2020,
Segurados da Polícia Militar e
para: (Redação dada pela Lei n° 13.954, de 2019)
Bombeiros do Distrito Federal,
I - o aspirante da Marinha, o cadete do Exército e da Aeronáutica e
contribuem conforme a Lei n°
o aluno das escolas, centros ou núcleos de formação de oficiais e de
13.954/2019 (relativa ao Sistema de praças e das escolas preparatórias e congêneres; e (Incluído pela
Proteção Social dos Militares).
Medida provisória n° 2.215-10, de 31.8.2001)
II - cabos, soldados, marinheiros e taifeiros, com menos de dois
anos de efetivo serviço. (Incluído pela Medida provisória n° 2.215-
10, de 31.8.2001)
III - pensionistas.
Art. 3º-A. A contribuição para a pensão militar incidirá sobre as parcelas
que compõem os proventos na inatividade e sobre o valor integral da
quota-parte percebida a título de pensão militar. (Redação dada pela
Lei n° 13.954, de 2019)

162
CONTRIBUINTES BASE E ALÍQUOTA

§ 1º A alíquota de contribuição para a pensão militar é de sete e meio


por cento. (Renumerado do parágrafo único pela Lei n° 13.954, de
2019)
§ 2º A alíquota referida no § 1º deste artigo será: (Incluído pela Lei
n° 13.954, de 2019)
I - de 9,5% (nove e meio por cento), a partir de 1º de janeiro de
2020; (Incluído pela Lei n° 13.954, de 2019)
II - de 10,5% (dez e meio por cento), a partir de 1º de janeiro de
2021. (Incluído pela Lei n° 13.954, de 2019)
§ 3º A partir de 1º de janeiro de 2020, além da alíquota prevista no § 1º
e dos acréscimos de que trata o § 2º deste artigo, contribuirão
extraordinariamente para a pensão militar os seguintes pensionistas,
conforme estas alíquotas: (Incluído pela Lei n° 13.954, de 2019)
I - 3% (três por cento), as filhas não inválidas pensionistas
vitalícias; (Incluído pela Lei n° 13.954, de 2019)
II - 1,5% (um e meio por cento), os pensionistas, excetuadas as filhas
não inválidas pensionistas vitalícias, cujo instituidor tenha falecido a
partir de 29 de dezembro de 2000 e optado em vida pelo pagamento
da contribuição prevista no art. 31 da Medida Provisória n° 2.215-10,
de 31 de agosto de 2001. (Incluído pela Lei n° 13.954, de 2019)
§ 4º Somente a partir de 1º de janeiro de 2025, a União poderá alterar,
por lei ordinária, as alíquotas de contribuição de que trata este artigo,
nos termos e limites definidos em lei federal. (Incluído pela Lei n°
13.954, de 2019)

163
Regimes Financeiros por Benefício Desdobrado por Fase de Cobertura e Método de Financiamento

PROVISÃO MATEMÁTICA DE BENEFÍCIOS CONCEDIDOS (PMBC)

BENEFÍCIOS COBERTURA REGIME MÉTODO

Aposentadoria de válidos (por Idade, Tempo de


Fase pós laborativa Capitalização -
Contribuição e Compulsória)

Aposentadoria por invalidez Fase pós laborativa Capitalização -

Pensão a conceder devida a dependente de


Fase pós laborativa Capitalização -
aposentado válido (reversão)

Pensão a conceder devida a dependente de


Fase pós laborativa Capitalização -
aposentado por invalidez (reversão)

Pensão concedida por morte Fase pós laborativa Capitalização -

PROVISÃO MATEMÁTICA DE BENEFÍCIOS a CONCEDER (PMBaC)

BENEFÍCIOS COBERTURA REGIME MÉTODO

Aposentadoria de válidos (por Idade,


Fase laborativa Capitalização PUC
Tempo de Contribuição e Compulsória)

Pensão a conceder a dependente de futuro


Fase laborativa Capitalização PUC
aposentado válido (reversão)

Aposentadoria por invalidez Fase laborativa Capitalização PUC

Pensão a conceder a dependente de futuro


Fase laborativa Capitalização PUC
aposentado por invalidez (reversão)

Pensão a conceder a dependente em caso


Fase laborativa Capitalização PUC
de morte de servidor válido

Formulações Matemáticas

34. As formulações matemáticas utilizadas na avaliação atuarial para o cálculo dos valores das
provisões matemáticas relativas aos compromissos do FCDF com os segurados militares do FCDF são as
seguintes:

Expressões de cálculo do valor atual dos benefícios futuros (VABF), do valor atual das contribuições
futuras do inativo e do ente federativo (VACF), das provisões matemáticas referentes aos benefícios
concedidos (PMBC) e aos benefícios a conceder (PMBaC)

164
Benefícios Concedidos:

Aposentadoria concedida a válidos:

35. Valor Atual dos Benefícios Futuros

VABFxApv = f  B  ax  F

36. Valor Atual das Contribuições Futuras

VACFxApv = f  C  ax  F

37. Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos

PMBCxApv = VABFxApv − VACFxApv

Pensão a conceder em caso de morte do aposentado válido (Reversão):

38. Valor Atual dos Benefícios Futuros

VABFxPenApv = f  B  p  (a y − axy ) F

39. Valor Atual das Contribuições Futuras

(
VACFxPenApv = f  C  p  a y − a xy  F)
40. Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos

PMBCxPenApv = VABFxPenApv − VACFxPenApv

Aposentadoria concedida a inválido:

41. Valor Atual dos Benefícios Futuros

VABFxApi = f  B  axi  F

42. Valor Atual das Contribuições Futuras

VACFxApi = f  C  axi  F

43. Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos

PMBCxApi = VABFxApi − VACFxApi

Pensão a conceder em caso de morte do aposentado inválido (Reversão):

44. Valor Atual dos Benefícios Futuros

( )
VABFxPenApi = f  B  p  a y − a xi y  F

165
45. Valor Atual das Contribuições Futuras

( )
VACFxPenApi = f  C  p  a y − a xi y  F

46. Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos

PMBCxPenApi = VABFxPenApi − VACFxPenApi

Pensão concedida a válidos e inválidos:

47. Valor Atual dos Benefícios Futuros

VABFxPen = f  B  H x  F
48. Valor Atual das Contribuições Futuras

VACFxPen = f  C  H x  F

49. Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos

PMBCxPen = VABFxPen −VACFxPen

Benefícios a Conceder:

Aposentadoria a conceder a válidos:

50. Valor Atual dos Benefícios Futuros

VABFxApv = f  B proj  r − x E xaa  ar  F

51. Valor Atual das Contribuições Futuras (Aposentado)

VACFxApv = f  C proj  r − x Exaa  ar  F

52. Valor Atual dos Benefícios Futuros Líquido (VABF LÍQUIDO)


VABF LÍQUIDOxApv = VABFxApv −VACFxApv

53. Valor Atual das Contribuições Futuras (Servidor e Ente). Vide expressões constantes desta NTA.

𝐴𝑝𝑣 𝑟−𝑥 𝐴𝑝𝑣


𝑉𝐴𝐶𝐹𝑥 𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜𝑟/𝑒𝑛𝑡𝑒 = × 𝑉𝐴𝐵𝐹𝐿Í𝑄𝑈𝐼𝐷𝑂𝑥
𝑟−𝑎

54. Provisão Matemática dos Benefícios a Conceder

PMBaCxApv = VABF LÍQUIDOxApv − VACFxApv


Servidor / Ente

Pensão a conceder em caso de morte de futuro aposentado válido (Reversão):

55. Valor Atual dos Benefícios Futuros


166
VABFxPenApv = f  B proj r − x Exaa  p  (a y − axy ) F

56. Valor Atual das Contribuições Futuras

(
VACFxPenApv = f  C proj r − x Exaa  p  a y − a xy  F )
57. Valor Atual dos Benefícios Futuros Líquido (VABF LÍQUIDO)

VABF LÍQUIDOxPenApv = VABFxPenApv −VACFxPenApv

58. Valor Atual das Contribuições Futuras (Servidor e Ente). Vide expressões constantes desta NTA.

𝑃𝑒𝑛𝐴𝑝𝑣 𝑟−𝑥 𝑃𝑒𝑛𝐴𝑝𝑣


𝑉𝐴𝐶𝐹𝑥 𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜𝑟/𝑒𝑛𝑡𝑒 = × 𝑉𝐴𝐵𝐹𝐿Í𝑄𝑈𝐼𝐷𝑂𝑥
𝑟−𝑎

59. Provisão Matemática dos Benefícios a Conceder

PMBaCxPenApv = VABF LÍQUIDOxPenApv − VACFxPenApv


Servidor/ente

Aposentadoria a conceder por invalidez:

60. Valor Atual dos Benefícios Futuros


 r - x-1

g × p aa
× p ai
× ä i
× v t+1 
 1 t x x+t x+1+t

 t=0 

VABFx = f × BI × F +
Api 
 


 
r - x-1

 g2 ×
 +t
× t pxaa × px+t
ai i
× äx+1+t × v t+1 
 T 
 t=0 

61. Valor Atual das Contribuições Futuras


 r−x

g  
t px  px+t × äx+1+t  v
aa ai i t +1

 1 
 t =0 
VACF Api
= f C  F  + 
x
 


r−x
  +t 
 g2   t pxaa  px+t
ai i
× äx+1+t  v t +1 
 T 
 t =0 

62. Valor Atual dos Benefícios Futuros Líquido (VABF LÍQUIDO)

VABF LÍQUIDOxApi = VABFxApi − VACFxApi

167
63. Valor Atual das Contribuições Futuras (Servidor e Ente). Vide expressões constantes desta NTA.

𝐴𝑝𝑖 𝑟−𝑥 𝐴𝑝𝑖


𝑉𝐴𝐶𝐹𝑥 𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜𝑟/𝑒𝑛𝑡𝑒 = × 𝑉𝐴𝐵𝐹𝐿Í𝑄𝑈𝐼𝐷𝑂𝑥
𝑟−𝑎

64. Provisão Matemática dos Benefícios a Conceder

PMBaCxApi = VABF LÍQUIDOxApi − VACFxApi


Servidor/ente

Pensão a conceder no caso de morte do futuro aposentado inválido (Reversão):

65. Valor Atual dos Benefícios Futuros – VABF


 r − x −1

g 
 1 t p aa
x  q ai
/1 x + t  t +1 p y  ä y + t +1 (
− ä x i y + t +1
 p  v)t +1 

 t =0 
VABFxPenApi 
= f  B F  + 
 


r − x −1
 
 g2 

 +t
T
aa ai
(
 t px  /1 qx +t  t +1 p y  äy +t +1 − äx i y +t +1  p  v t +1


)
 t =0 

66. Valor Atual das Contribuições Futuras – VACF


 r−x

g 
 1
aa ai
( )
t p x  /1 q x + t  t + 1 p y  ä y + t +1 − äx i y + t +1  p  v
t +1 

 t =0 
VACF PenApi
= f C  F + 
x
 


r−x
 
 g2 

 +t
T
(
 t pxaa  /1 qxai+t  t +1 p y  äy +t +1 − äx y +t +1 i )  p  v t +1 

 t =0 

67. Valor Atual dos Benefícios Futuros Líquido – VABF LÍQUIDO

VABF LÍQUIDOxPenApi = VABFxPenApi − VACFxPenApi

68. Valor Atual das Contribuições Futuras (Servidor e Ente). Vide expressões constantes desta NTA.

𝑃𝑒𝑛𝐴𝑝𝑖 𝑟−𝑥 𝑃𝑒𝑛𝐴𝑝𝑖


𝑉𝐴𝐶𝐹𝑥 𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜𝑟/𝑒𝑛𝑡𝑒 = × 𝑉𝐴𝐵𝐹𝐿Í𝑄𝑈𝐼𝐷𝑂𝑥
𝑟−𝑎

69. Provisão Matemática dos Benefícios a Conceder – PMBaC

PMBaCyPenApi = VABF LÍQUIDOyPenApi − VACFyPenApi


Servidor / ente

Pensão por Morte de Servidor em Atividade:


168
70. Valor Atual dos Benefícios Futuros – VABF


r − x −1

VABFyPenServAtiv = f  B  t pxaa  /1 qxaa+t  t +1 p y  ä y +t +1  v t +1  p  F


t =0

71. Valor Atual das Contribuições Futuros – VACF


r − x −1

VACF y
PenServAtiv
= f C t pxaa  /1 qxaa+t  t +1 p y  ä y +t +1  v t +1  p  F
t =0

72. Valor Atual dos Benefícios Futuros Líquido – VABF LÍQUIDO

VABF LIQUIDOyPenServAtiv = VABFyPenServAtiv −VACFyPenServAtiv

73. Valor Atual das Contribuições Futuras (Servidor e Ente). Vide expressões constantes desta NTA.
𝑟−𝑥
𝑉𝐴𝐶𝐹𝑥𝑃𝑒𝑛𝑆𝑒𝑟𝑣𝐴𝑡𝑖𝑣
𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜𝑟/𝑒𝑛𝑡𝑒 = × 𝑉𝐴𝐵𝐹𝐿Í𝑄𝑈𝐼𝐷𝑂𝑥𝑃𝑒𝑛𝑆𝑒𝑟𝑣𝐴𝑡𝑖𝑣
𝑟−𝑎

74. Provisão Matemática dos Benefícios a Conceder – PMBaC

PMBaCyPenServAtiv = VABF LÍQUIDOyPenServAtiv − VACFyPenServAtiv


Servidor / ente

Expressão de cálculo do valor atual das remunerações futuras

VARFx = f  R  axaa: r − x|  F ]

Principais Simbologias Utilizadas e Descrições

SÍMBOLO DESCRIÇÃO

a : Idade de primeira vinculação previdenciária do servidor.

äy : Valor atual de uma série de rendas vitalícias anuais devida a um segurado com
idade y, com pagamentos efetuados no início de cada período.

169
SÍMBOLO DESCRIÇÃO

: Valor atual de uma série de rendas anuais devida ao grupo de segurados com
äxi y
idades x e y, enquanto esse grupo não se dissolver pela morte de x ou de y, sendo
x inválido, com pagamentos efetuados no início de cada período.

ar , ax , a y : Valor atual de uma série de rendas vitalícias anuais devida a um segurado com
idades subscritas por r, x ou y, com pagamentos efetuados ao final de cada
período.

axi : Valor atual de uma série de rendas vitalícias anuais devida a um segurado inválido
com idade x, com pagamentos efetuados ao final de cada período.

: Valor atual de uma série de rendas anuais devida aos segurados com idades x e y,
axi y
enquanto esse grupo não se dissolver pela morte de x ou de y, sendo x inválido,
com pagamentos efetuados ao final de cada período.

axy : Valor atual de uma série de rendas anuais devida aos segurados com idades x e y,
enquanto esse grupo não se dissolver pela morte de x ou de y, com pagamentos
efetuados ao final de cada período.

a aa
x: r − x| : Valor atual de uma série de rendas temporárias anuais devida a um segurado
válido com idade x, no período compreendido entre a data da avalição atuarial e
a data provável de sua aposentadoria, com pagamentos efetuados ao final de
cada período.

B : Valor do benefício devido ao segurado aposentado ou pensionista.

BI : Valor do benefício integral.

BProj : Valor do benefício projetado para a data de aposentadoria do servidor.

170
SÍMBOLO DESCRIÇÃO

C : Valor da contribuição devida pelo segurado aposentado ou pensionista.

CProj : Valor da contribuição projetada para a data de aposentadoria do servidor.

e : Idade do segurado na data de ingresso no ente.

r −x Exaa : Função de desconto atuarial multidecremental.

f : Frequência de pagamento de benefícios no ano; usou-se 13.

F : Fator de determinação do valor real ao longo do tempo das remunerações e dos


benefícios.

g1 : Grupo 1 representado pelo percentual esperado de aposentadorias por invalidez


permanente decorrentes de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença
grave, contagiosa ou incurável, com proventos integrais. g1 = 50%.

g2 : Grupo 2 representado pelo percentual esperado de aposentadorias por invalidez


permanente decorrentes das demais causas, com proventos proporcionais ao
tempo de serviço. g 2 = 50%.

Hx : Fórmula geral aplicável ao pensionista individualmente ou ao seu grupo familiar,


que considera pensionistas com rendas temporária para mais novo do grupo com
idade inferior a 21 anos e vitalícia para o pensionista invalido ou válido mais

171
SÍMBOLO DESCRIÇÃO

longevo. H x = a 21 − z i + 21− z / ay +21− z

ix : Taxa anual de entrada em invalidez na idade x.

lx : Número de pessoas vivas na idade x de uma tábua de mortalidade geral.

lxaa : Número de pessoas vivas e válidas na idade x de uma tábua de serviço.

lxii : Número de pessoas vivas e inválidas na idade x de uma tábua de serviço.

p : Percentual de pessoas que deixarão alguma pensão.

pxaa : Probabilidade de uma pessoa válida com idade x sobreviver à idade x+1 e
continuar válida.

pxai : Probabilidade de uma pessoa válida com idade x se invalidar e sobreviver à idade
x+1.

pxi : Probabilidade de uma pessoa inválida com idade x sobreviver à idade x+1.

py : Probabilidade de uma pessoa com idade x sobreviver à idade x+1.

qxaa : Probabilidade de uma pessoa válida com idade x falecer antes de completar a
idade x+1.

172
SÍMBOLO DESCRIÇÃO

qxai : Probabilidade de uma pessoa válida com idade x se invalidar e falecer antes de
completar a idade x+1.

qxi : Probabilidade de uma pessoa inválida com idade x falecer antes de completar a
idade x+1.

R : Remuneração do Servidor na data da avaliação.

r : Idade provável de aposentadoria do segurado projetada segundo as normas


aplicáveis.

v : Fator de desconto financeiro.

x, y : Idades do segurado na data da avaliação atuarial.

τ : Tempo de contribuição acumulado até a data da avaliação.

T : Tempo total de contribuição acumulado até a data provável da aposentadoria


programada.

Teto RGPS : Valor máximo do benefício pago Regime Geral de Previdência Social.

Brasília-DF, 31 de dezembro de 2022.


ALAN DOS SANTOS DE MOURA
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil - Matrícula 1.538.692

BENEDITO LEITE SOBRINHO


Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil - Matrícula 0.935.753

173
Anexo IV

Metas Fiscais
Anexo IV.7 - Avaliação Atuarial do Sistema de Pensões Militares das
Forças Armadas
(Art. 4º, § 2º, inciso IV, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000)

VOLUME I
MARINHA DO BRASIL
DIRETORIA DE FINANÇAS DA MARINHA
CENTRO DE ANÁLISES DE SISTEMAS NAVAIS

VOLUME I DA PROPOSTA DE SUBSÍDIOS PARA O


PROJETO DE LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 2024

AVALIAÇÃO ATUARIAL DOS PROVENTOS DE MILITARES VETERANOS


E DOS BENEFÍCIOS DE PENSIONISTAS DE MILITARES

Rio de Janeiro, 23 de março de 2023.


SUMÁRIO
RESUMO EXECUTIVO ......................................................................................................... 4
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 5
2. METODOLOGIA ...................................................................................................................... 5
2.1 Projeções Atuariais ............................................................................................................... 5
2.2 Valor Presente Atuarial ....................................................................................................... 5
3. BASE DE DADOS ..................................................................................................................... 6
3.1 Estatísticas Descritivas......................................................................................................... 6
3.1.1 Quantidades ...................................................................................................................... 6
a) Militares Ativos ....................................................................................................................... 6
b) Militares Veteranos ................................................................................................................ 6
c) Pensionistas Tronco ................................................................................................................ 7
d) Pensionistas Beneficiários ...................................................................................................... 7
3.1.2 Remunerações Médias ...................................................................................................... 7
a) Militares Ativos ....................................................................................................................... 7
b) Militares Veteranos ................................................................................................................ 7
c) Pensionistas Tronco ................................................................................................................ 7
d) Pensionistas Beneficiários ...................................................................................................... 7
4. BASES LEGAIS ......................................................................................................................... 8
4.1 Plano de Custeio .................................................................................................................. 8
4.1.1 Militares Veteranos ........................................................................................................... 8
4.1.2 Pensão de Militares ........................................................................................................... 8
4.2 Plano de Benefício ................................................................................................................ 8
4.2.1 Militares Veteranos ........................................................................................................... 8
4.2.2 Pensões de Militares.......................................................................................................... 9
5. PREMISSAS ............................................................................................................................. 9
5.1 Crescimento das Remunerações, Proventos e Pensões de Militares ................................. 9
5.1.1 Crescimento Estrutural da Remuneração de Militares Ativos .......................................... 9
5.1.2 Crescimento Estrutural dos Proventos de Militares Veteranos e Pensões de Militares 10
5.1.3 Recomposição das Remunerações, Proventos e Pensões de Militares (somente nas
projeções atuariais) .................................................................................................................. 10
5.2 Tábuas Biométricas ........................................................................................................... 11
5.2.1 Tábuas de Mortalidade (Ativos, Veteranos e Pensionistas válidos) ............................... 11
5.2.2 Tábua de Entrada em Invalidez ....................................................................................... 12
5.2.3 Tábua de Mortalidade de Inválidos ................................................................................. 13
5.2.4 Composição Familiar ....................................................................................................... 13
5.2.5 Taxa de Rotatividade ....................................................................................................... 14
5.2.5.1 Dos dados disponibilizados........................................................................................... 14
5.2.5.2 Metodologia ................................................................................................................. 14
5.3 Idade de Entrada nas Forças Armadas .............................................................................. 14
5.4 Transferência para a inatividade remunerada .................................................................. 15
5.4.1 Transferência para inatividade por tempo de serviço .................................................... 15
5.4.2 Transferência para inatividade por invalidez .................................................................. 15
5.5 Compensação Financeira................................................................................................... 15
5.6 Taxa de Inflação ................................................................................................................. 16
5.6.1 Taxa de Inflação nas Projeções Atuariais ........................................................................ 16
5.6.2 Taxas de Inflação no Valor Presente Atuarial .................................................................. 16
5.7 Taxa de Desconto .............................................................................................................. 16
5.7.1 Taxa de Desconto Real das Projeções Atuariais .............................................................. 16
5.7.2 Taxa de Desconto Real do Valor Presente Atuarial ......................................................... 16
5.8 Projeção do Produto Interno Bruto................................................................................... 18
5.9 Reposição de Militares ...................................................................................................... 18
5.9.1 Reposição de Militares nas Projeções Atuariais .............................................................. 18
5.9.2 Reposição de Militares no Valor Presente Atuarial ......................................................... 18
5.10 Horizonte Temporal ......................................................................................................... 18
5.10.1 Projeções Atuariais ........................................................................................................ 18
5.10.2 Valor Presente Atuarial.................................................................................................. 18
5.11 Alíquotas e Base de Contribuição ..................................................................................... 18
5.11.1 Proventos de Inatividade ............................................................................................... 18
5.11.2 Pensão de Militares ....................................................................................................... 19
6. MODELO MATEMÁTICO-ATUARIAL APLICADO................................................................... 19
7. AVALIAÇÃO ATUARIAL DOS PROVENTOS DE MILITARES VETERANOS .............................. 20
7.1 Projeções Atuariais sem reposição de militares ............................................................... 20
7.1.1 Projeções Atuariais sem reposição de militares e sem reposição nominal, ao longo do
tempo, da inflação nas remunerações e nos proventos de militares veteranos .................... 20
7.1.2 Projeção Atuarial sem reposição de militares e com reposição nominal, ao longo do
tempo, da inflação nas remunerações e nos proventos de militares veteranos ..................... 23
7.1.3 Análise das projeções sem reposição de militares .......................................................... 25
7.2 Projeção Atuarial com reposição de militares .................................................................. 27
7.2.1 Projeção Atuarial com reposição de militares e sem reposição nominal, ao longo do
tempo, da inflação nas remunerações e nos proventos de militares veteranos ..................... 27
7.2.2 Projeção Atuarial com reposição de militares e com reposição nominal, ao longo do
tempo, da inflação nas remunerações e nos proventos de militares veteranos ..................... 30
7.2.3 Análise das Projeções Com Reposição de Militares ........................................................ 32
7.3 Reserva Matemática das Despesas Futuras de Proventos de Militares Veteranos .......... 33
7.3.1 Análise da reserva matemática ....................................................................................... 34
8. AVALIAÇÃO ATUARIAL DAS PENSÕES DE MILITARES ......................................................... 35
8.1 Projeções Atuariais sem reposição de militares ............................................................... 35
8.1.1 Projeções Atuariais sem reposição de militares e sem reposição nominal, ao longo do
tempo, da inflação nas remunerações, nos proventos e nas pensões de militares ............... 35
8.1.2 Projeção Atuarial sem reposição de militares e com reposição nominal, ao longo do
tempo, da inflação nas remunerações, nos proventos e nas pensões de militares ............... 38
8.1.3 Análise das Projeções sem reposição de militares .......................................................... 40
8.2 Projeção Atuarial com reposição de militares .................................................................. 41
8.2.1 Projeção Atuarial com reposição de militares e sem reposição nominal, ao longo do
tempo, da inflação nas remunerações, nos proventos e nas pensões de militares ................ 41
8.2.2 Projeção Atuarial com reposição de militares e com reposição nominal, ao longo do
tempo, da inflação nas remunerações, nos proventos e nas pensões de militares ................ 44
8.2.3 Análise das projeções com reposição de militares.......................................................... 47
8.3 Reserva matemática de pensões de militares................................................................... 48
8.3.1 Análise da reserva matemática ....................................................................................... 49
9. PARECER ATUARIAL ............................................................................................................. 50
10. ANÁLISE DAS DESPESAS PASSADAS COM VETERANOS E PENSÕES DE MILITARES ......... 53
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 53
ANEXO A – TÁBUAS BIOMÉTRICAS ........................................................................................... 56
ANEXO B – CÁLCULO DA DURAÇÃO DOS PASSIVOS E TESTE DE SENSIBILIDADE DA TAXA DE
JUROS.......................................................................................................................................74
ANEXO C – NOTA TÉCNICA ATUARIAL DAS PROJEÇÕES ATUARIAIS DE PROVENTOS DE
VETERANOS E PENSÕES DE MILITARES............................... ....................................................83

ANEXO D – NOTA TÉCNICA ATUARIAL DO CÁLCULO DO VALOR PRESENTE ATUARIAL DOS


PROVENTOS DE MILITARES VETERANOS ................................................................................ 102
ANEXO E – NOTA TÉCNICA ATUARIAL DO CÁLCULO DO VALOR PRESENTE ATUARIAL DAS
PENSÕES DE MILITARES..........................................................................................................108
RESUMO EXECUTIVO
A presente Avaliação, em atendimento às recomendações do Tribunal de Contas da União,
lança luz sobre os custos futuros de proventos de militares veteranos e pensões de militares,
desmistificando narrativas de que o Sistema de Proteção Social dos Militares das Forças
Armadas seria responsável por parcela relevante dos déficits primários da União registrados
nos últimos anos ou por qualquer outro desequilíbrio macroeconômico. Isso porque a
presente Avaliação, seja por meio de valores observados nos últimos cinco anos, seja por
estimativas prospectivas para os próximos 75 anos, indica que as reformas anteriores do
referido Sistema estão tendo como efeito a redução da proporção de recursos do Produto
Interno Bruto (PIB) alocados nas despesas com militares veteranos e pensionistas de militares.
Assim, nota-se que, entre 2018 e 2022, a proporção das despesas dos proventos de veteranos
e pensões de militares, em relação ao PIB apurado, reduziu de 0,61% para 0,48%. Quando a
análise é prospectiva, mesmo na pior hipótese da projeção atuarial (com reposição de pessoal
e reposição da inflação nas remunerações ao longo do tempo), as estimativas indicam uma
redução de 0,39%, em 2023, para 0,13%, em 2097, implicando em uma previsão de
decréscimo de 66,67%. Dessa forma, verifica-se que não há Risco Fiscal decorrente das
despesas futuras com proventos de militares veteranos e pensões de militares.
Adicionalmente, em razão da recomendação do item 1.7.2 do Acórdão no 1.463/2020/TCU-
Plenário, neste documento, foi incluído o cálculo da reserva matemática dos direitos
analisados. O resultado encontrado foi de R$ 456.034.918.416,08 e R$ 339.224.996.630,88
para as despesas futuras com militares veteranos e pensões de militares, respectivamente.
A reserva matemática apresentada neste documento, de forma simplificada, pode ser
interpretada como um valor contábil hipotético que, em 31 de dezembro de 2022, o Tesouro
Nacional deveria possuir em uma provisão rentabilizada, a uma determinada taxa de juros, o
qual seria suficiente para a total liquidação das despesas futuras dos atuais e futuros direitos
de proventos de veteranos e pensões de militares. Ou seja, representa o valor para a União
pagar, de uma só vez, na data retromencionada, todos os proventos de veteranos e pensões
de militares que deveriam ser pagos em um horizonte temporal de mais de cem anos. Assim,
tratar essa reserva matemática como espécie de déficit atual, é um equívoco, pois não há
lógica em comparar o valor da reserva matemática com o valor do PIB corrente, pois a reserva
matemática soma, a valor presente, as despesas que serão financiadas pelo Tesouro Nacional
em mais de um século.
-4-
1. INTRODUÇÃO
A pedido do Ministério da Defesa (MD), a fim de subsidiar o Projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias do ano de 2024, a Diretoria de Finanças da Marinha (DFM) e o Centro de
Análises de Sistemas Navais (CASNAV) elaboraram esta avaliação atuarial, a qual abrange
direitos do Sistema de Proteção Social dos Militares das Forças Armadas (SPSMFA).
Dessa forma, em cumprimento aos Acórdãos nº 684/2022 e nº 1.464/2022, ambos do Plenário
do Tribunal de Contas da União (TCU), o presente trabalho pretende dar transparência às
despesas futuras de proventos de militares veteranos e de pensões de militares arcados pelo
Tesouro Nacional, bem como verificar se os referidos direitos constituem, ou não, um Risco
Fiscal para a União, conforme definição da Secretaria do Tesouro Nacional1: Riscos Fiscais são
possibilidades de ocorrências de eventos capazes de afetar as contas públicas,
comprometendo o alcance dos resultados fiscais estabelecidos como metas e objetivos.

2. METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho, foi utilizada a técnica de projeções atuariais e de cálculo do
valor presente atuarial para a avaliação dos proventos de veteranos e das pensões de militares
a conceder e concedidos.

2.1 Projeções Atuariais


As projeções atuariais foram calculadas conforme preconiza a literatura e as práticas atuariais.

2.2 Valor Presente Atuarial


Em atendimento à recomendação do item 1.7.2 do Acórdão 1.463/2020/TCU-Plenário, o
cálculo do valor presente atuarial de proventos de militares veteranos e pensões de militares,
ambos a conceder e concedidos, considerou a metodologia prevista na Norma Brasileira de
Contabilidade NBC-TSP 15. Assim, o cálculo levou em conta a população de militares e
pensionistas de massa fechada (sem reposição de militares), utilizando-se o método de
financiamento de Crédito Unitário Projetado.

1
Definição constante no Relatório de Riscos Fiscais da União, publicado pela Secretaria do Tesouro Nacional
em dezembro de 2020.
-5-
3. BASE DE DADOS
Os dados históricos e os dados correntes necessários à avaliação atuarial foram fornecidos
pelos Comandos Singulares, por meio de layout de dados desenvolvido pela DFM e pelo
CASNAV. Os dados históricos para elaboração dos estudos estatísticos para a definição das
tábuas biométricas abrangeram o período de 1º de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2021.
O dados correntes utilizados foram de maio de 2022, extrapolados para a posição de 31 de
dezembro de 2022. Ressalta-se que a escolha da base de dados do mês de maio se deu em
razão da estabilidade dos dados do referido mês, que, em regra, não são influenciados pelos
períodos de transição em que ocorrem as incorporações e desincorporações de pessoal
militar. Além disso, justificou-se pelo tempo necessário para a realização de simulações que
permitissem a estimação das remunerações e contribuições anuais de cada militar ativo,
inativo e pensionista, para os anos de 2023 a 2024, de acordo com as mudanças advindas da
publicação da Lei no 13.954/2019.

3.1 Estatísticas Descritivas

3.1.1 Quantidades

a) Militares Ativos

Oficiais Oficiais Praças Praças Praças Esp Praças Esp


Total
Carreira Temp Carreira Temp Carreira Temp
35.539 15.282 110.620 182.523 10.050 6.849 360.863

b) Militares Veteranos

Oficiais Praças Total

71.447 94.722 166.169

-6-
c) Pensionistas Tronco

Oficiais Praças Total

80.660 55.266 135.926

d) Pensionistas Beneficiários

Beneficiário Beneficiário
Total
de Oficiais de Praças
128.209 88.737 216.946

3.1.2 Remunerações Médias

a) Militares Ativos

Oficiais Praças Praças Praças Esp Praças Esp


Oficiais Temp
Carreira Carreira Temp Carreira Temp
R$ 18.135,87 R$ 12.058,02 R$ 7.429,16 R$ 2.353,64 R$ 2.251,24 R$ 6.295,12

b) Militares Veteranos

Oficiais Praças

R$ 19.781,07 R$ 8.454,29

c) Pensionistas Tronco

Oficiais Praças

R$ 15.653,38 R$ 6.567,68

d) Pensionistas Beneficiários

Beneficiário Beneficiário
de Oficiais de Praças
R$ 7.626,43 R$ 6.688,03

-7-
4. BASES LEGAIS
Os proventos de militares veteranos e pensões de militares têm natureza compensatória e
fazem parte do Sistema de Proteção Social dos Militares das Forças Armadas (SPSMFA).
Destaca-se que os planos atinentes aos proventos de militares são distintos, conforme os
regramentos a seguir descritos:

4.1 Plano de Custeio


4.1.1 Militares Veteranos
Os proventos de militares veteranos são financiados inteiramente pelo Tesouro Nacional,
sendo uma despesa Fiscal da União, sem contribuição do militar, sem contribuição patronal e
sem qualquer receita de juros decorrente de capitalização. Assim, conforme o art. 53-A da Lei
n° 6.880/1980, cabe ao Tesouro Nacional arcar com todos os encargos financeiros atinentes
aos proventos desses militares, do mesmo modo que a remuneração dos militares ativos.
4.1.2 Pensão de Militares
A pensão de militares é um sistema de fluxo de caixa mensal, com contribuições dos militares
(ativos e inativos) e pensionistas, sem qualquer tipo de capitalização dessas contribuições, o
que implica na ausência de receitas de juros para seu financiamento. Conforme o § 2º-A do
art. 71 da Lei nº 6.880/80: as pensões militares são custeadas com recursos provenientes da
contribuição dos militares das Forças Armadas, de seus pensionistas e do Tesouro Nacional,
não havendo nenhum tipo de contribuição patronal ou patrimônio garantidor próprio, haja
vista que cabe ao Tesouro Nacional, por Lei, arcar com a parcela de despesas que excede a
capacidade de financiamento das contribuições dos militares e de seus pensionistas.

4.2 Plano de Benefício


4.2.1 Militares Veteranos
Para o estabelecimento do plano de benefício atinente aos proventos de militares veteranos,
foram consideradas: a Medida Provisória no 2.215-10/2001; a Lei no 6.880/80; e a Lei no
13.954/2019. Dessa forma, as seguintes regras foram observadas para a realização dos
cálculos:

-8-
a) Critério de Elegibilidade
A regra de elegibilidade, em síntese, é materializada por duas possibilidades: (i) o atingimento
do tempo de serviço militar mínimo de 35 anos para transferência para a inatividade; e (ii) a
reforma, por razões de saúde. Ressalta-se que o item 5.4 detalha o referido critério.
b) Valor dos Proventos de Inatividade
Para o estabelecimento do valor dos proventos da inatividade, foi considerada a regra descrita
no art. 50 da Lei nº 6.880/80.
4.2.2 Pensões de Militares
Para o estabelecimento do critério de elegibilidade e valor do plano de benefício atinente à
pensão de militares, foram consideradas: a Lei no 3.765/1960; a Medida Provisória no 2.215-
10/2001; a Lei no 6.880/80; e a Lei no 13.954/2019. Dessa forma, as seguintes regras foram
observadas para a realização dos cálculos:
a) Critério de Elegibilidade
A regra de elegibilidade da pensão militar é materializada pelo evento de morte do militar
combinado com a existência de beneficiário (vitalício ou temporário) habilitado ao
recebimento do referido direito. Assim, este trabalho levou em conta as probabilidades de o
militar falecer, bem como as probabilidades de, no momento de sua morte, possuir um
beneficiário habilitado ao recebimento da pensão militar.
b) Valor da Pensão Militar
Para o estabelecimento do valor da pensão militar, foi considerada a regra descrita no art. 15
da Lei no 3.765/60.

5. PREMISSAS
O presente tópico destina-se à descrição de todas as premissas utilizadas nesta Avaliação
Atuarial.

5.1 Crescimento das Remunerações, Proventos e Pensões de Militares


5.1.1 Crescimento Estrutural da Remuneração de Militares Ativos
Para as projeções e para o cálculo do valor presente atuarial atinente aos militares ativos
(benefícios a conceder), foram considerados os efeitos da Lei no 13.954/2019, os quais elevam
os valores remuneratórios individuais anuais até o ano de 2024.
-9-
Adicionalmente aos efeitos da referida Lei, em vez da adoção de uma taxa única de
crescimento salarial por progressão funcional, foi considerada a evolução salarial individual
decorrente das promoções previstas na carreira de cada militar ativo de cada Força.
5.1.2 Crescimento Estrutural dos Proventos de Militares Veteranos e Pensões de Militares
Para as projeções e o para o cálculo do valor presente atuarial, foram considerados os efeitos
da Lei no 13.954/2019, os quais elevam os proventos individuais anuais até o ano de 2024.
5.1.3 Recomposição das Remunerações, Proventos e Pensões de Militares (somente nas
projeções atuariais)
Para a realização das projeções, a partir do ano de 2025, foram adotados dois cenários de
recomposição das remunerações, proventos e pensões de militares, quais sejam: sem e com
reposição nominal da inflação. Para o cálculo do Valor Presente Atuarial, tais hipóteses não
foram levadas em conta, em razão de terem sido usados valores e taxa de desconto reais.
a) Cenário sem reposição nominal, ao longo do tempo, da inflação nas remunerações,
proventos e pensões de militares
A referida hipótese é válida, pois não há, para os militares e seus pensionistas, uma política
de recomposição remuneratória indexada à inflação, muito menos de ganhos reais ao longo
do tempo. Por outro lado, é pouco provável que não ocorra algum tipo de recomposição
remuneratória no futuro, haja vista que, se isso não ocorrer, a depreciação monetária
provocada pela inflação poderá resultar na total perda do poder de compra. Dessa forma, esse
cenário pode ser considerado o limite hipotético inferior da estimativa das receitas e despesas
futuras de proventos de veteranos e de pensões de militares.
b) Cenário com reposição nominal, ao longo do tempo, da inflação nas remunerações,
proventos e pensões de militares
O referido cenário, em complemento ao anterior, adotou a hipótese de recomposição
remuneratória pela taxa de inflação do período anterior. Por ser pouco provável, em razão da
situação fiscal do país desde o final de 2014, esse cenário pode ser considerado como o limite
hipotético superior da estimativa das receitas e despesas futuras de proventos de veteranos
e de pensões de militares.

- 10 -
5.2 Tábuas Biométricas
Os dados históricos e os dados correntes necessários à avaliação atuarial foram fornecidos
pelos Comandos Singulares, por meio de layout de dados desenvolvido pela DFM e pelo
CASNAV. Os dados históricos para elaboração dos estudos estatísticos necessários à definição
das tábuas biométricas abrangeram o período de 1º de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de
2021. O dados correntes utilizados foram de maio de 2022, extrapolados para a posição de 31
de dezembro de 2022.
O teste estatístico Kolmogorov-Smirnov (KS) foi o teste realizado para identificar a aderência
entre as diversas tábuas biométricas disponíveis no mercado e as probabilidades de
ocorrência de morte ou invalidez da população militar. Assim, dentre as tábuas identificadas
pelo teste, foi elencada como a mais aderente aquela que gerou o menor Erro Quadrático
Médio. Foram verificadas setenta e quatro tábuas de mercado para mortalidade e trinta e três
tábuas de entrada em invalidez, em que para cada uma delas foi usado uma faixa de
desagravamento e agravamento variando entre -99% a + 99%. Assim, foi possível encontrar,
dentre as tábuas cujo teste KS retornou como aderente, aquela que possuía o menor Erro
Quadrático Médio. Ressalta-se que, na hipótese de rejeição dos resultados dos testes
estatísticos aplicados aos dados recebidos em 2022, foram repetidas as tábuas utilizadas no
cálculo do passivo atuarial das pensões de militares do ano de 2021. Tal fato ocorreu com as
tábuas de mortalidade de inválidos e entrada em invalidez.

5.2.1 Tábuas de Mortalidade (Ativos, Veteranos e Pensionistas válidos)


Para a mortalidade geral, a tábua mais aderente para os óbitos do sexo masculino foi a AT-49
– MALE suavizada em 47%:

- 11 -
Tábua de Mortalidade Sexo Masculino
AT-49 MALE (-47%)
700
600
500
400
300
200
100
0
21

66
1
6
11
16

26
31
36
41
46
51
56
61

71
76
81
86
91
96
101
106
111
116
121
126
Valores Esperados Valores observados

Já para a mortalidade do sexo feminino, a tábua mais aderente foi AT -71 desagravada em
42%:

Tábua de Mortalidade Sexo


Feminino
AT-71 (-41%)

800
600
400
200
0
1
6
11
16
21
26
31
36
41
46
51
56
61
66
71
76
81
86
91
96
101
106
111
116
121
126

Valores Esperados Valores observados

5.2.2 Tábua de Entrada em Invalidez


A Tábua de Entrada em Invalidez selecionada foi a RGPS 9902 MM -42%:

- 12 -
Entrada em invalidez
RGPS 9902 MM (- 42%)
16
14
12
10
8
6
4
2
0
20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60

Valores Observados Valores esperados

5.2.3 Tábua de Mortalidade de Inválidos


Quanto à Tábua de Mortalidade de Inválidos, a selecionada foi a Rentiers Français -9%:

Mortalidade de Inválidos
Rentiers Français (-9%)
50

40

30

20

10

0
0

40
5
10
15
20
25
30
35

45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100
105
110
115
120
125

Valores Observados Valores esperados

5.2.4 Composição Familiar


A tábua de composição familiar visa descrever as probabilidades de os militares, em uma
determinada idade: deixarem, de maneira vitalícia ou temporária, pensão por morte
decorrente da contribuição normal de 10,5%; e de deixarem pensão por morte por conta da
opção de contribuir com 1,5% para manutenção dos direitos de pensão anteriores à MP nº
2215-10/2001.

- 13 -
Destaca-se que, para o presente trabalho, foi considerada a mesma tábua de composição
familiar utilizada na avaliação atuarial das pensões de militares do exercício de 2021 (anexa
ao PLDO 2023), em face dos seguintes fatos: (i) o estudo técnico sobre composição familiar de
militares das Forças Armadas para a avaliação que calculou o passivo atuarial das pensões de
militares do exercício de 2021 contou com dados das três Forças Armadas; (ii) em um ano, não
ocorrem alterações da característica de uma população; e (iii) as práticas atuariais indicam a
possibilidade de realização do estudo de composição familiar a cada três anos (p. ex: inciso I,
do art. 35, da Instrução Previc nº 33, de 23 de outubro de 2020).
5.2.5 Taxa de Rotatividade
A tábua de rotatividade visa descrever a probabilidade de um militar, em uma determinada
idade, ser desligado do Serviço Ativo das Forças Armadas.

5.2.5.1 Dos dados disponibilizados


No que tange aos dados históricos necessários à elaboração da Tábua de Rotatividade, foram
obtidos os dados históricos das Forças Armadas, do período de 01/01/2017 a 31/12/2021, por
meio do preenchimento do layout de dados, pelos Comandos Militares.

5.2.5.2 Metodologia
Considerando o período observacional de 2017 a 2021, os dados históricos foram organizados
de forma a contemplar todos os militares e ex-militares que estiveram no Serviço Ativo no
referido período.

A partir de tal recorte de dados, foi estabelecida, para cada idade, a quantidade de
desligamentos ocorridos em cada ano do período observacional e o total de militares ativos
existentes nos mesmos anos. Dessa forma, a taxa de rotatividade foi obtida pela razão entre
a quantidade de desligamentos ocorridos em cada ano e o total de militares ativos do mesmo
período.

5.3 Idade de Entrada nas Forças Armadas


Para a idade de entrada nas Forças Armadas foi considerada a idade resultante da diferença
entre a data de ingresso na Força e a data de nascimento do militar, ambas constantes no
banco de dados.

- 14 -
5.4 Transferência para a inatividade remunerada
5.4.1 Transferência para inatividade por tempo de serviço
a) Regra Geral - militares que não ascenderão ao generalato: foi considerado o tempo de
serviço de 35 anos para transferência para a inatividade; e
b) Exceção à regra geral - militares que ascenderão ao Generalato: para promoção ao
Generalato, foram sorteados militares ativos, com diferentes tempos de serviço, nas
quantidades necessárias para manter constante, ao longo do tempo, a atual quantidade de
Oficiais Generais das carreiras que permitem tal possibilidade. Assim, no grupo de militares
ativos, foram sorteados, aleatoriamente, Oficiais para atingir o posto de Oficial General de
duas estrelas, em média, aos 36 anos de serviço e com inativação aos 40 anos de serviço. A
partir do grupo anterior, novo sorteio foi realizado para determinação daqueles que chegarão
ao posto de Oficial-General de três estrelas, em média, aos 40 anos de serviço e com
inativação aos 44 anos de serviço. Por último, novo sorteio foi realizado no grupo de Oficiais
Generais de três estrelas para a determinação daqueles que chegarão ao posto de Oficial-
General de quatro estrelas, em média, aos 44 anos de serviço e com inativação aos 48 anos
de serviço.
5.4.2 Transferência para inatividade por invalidez
Para a transferência para a inatividade por invalidez, foi considerado como parâmetro a
probabilidade de o indivíduo militar torna-se inválido, conforme a tábua biométrica de
entrada em invalidez, antes de atingir o requisito de elegibilidade para transferência para a
inatividade militar descrita na alínea anterior.

5.5 Compensação Financeira


A compensação financeira, entre as contribuições para a pensão militar e os regimes
previdenciários, não foi considerada em razão da falta de regulamentação do § 9º-A do art.
201 da CRFB1988.

- 15 -
5.6 Taxa de Inflação
5.6.1 Taxa de Inflação nas Projeções Atuariais
Para as projeções atuariais com recomposição das remunerações, proventos e pensões de
militares, pela inflação, a partir de 2025, foi considerado o centro da meta da inflação previsto
na Resolução do Conselho Monetário Nacional nº 5.018 de 23 de junho de 2022.
5.6.2 Taxas de Inflação no Valor Presente Atuarial
Não foram considerados os efeitos de inflação, haja vista que todas as variáveis financeiras
seriam influenciadas por essa variável na mesma magnitude e período.

5.7 Taxa de Desconto


5.7.1 Taxa de Desconto Real das Projeções Atuariais
Não foi utilizada a taxa de juros real nas projeções atuariais.
5.7.2 Taxa de Desconto Real do Valor Presente Atuarial
Foram considerados os seguintes fundamentos previstos na NBC TSP-15, atinentes à definição
da taxa de desconto para o estabelecimento do valor da provisão atuarial:
81. A entidade deve determinar a taxa de desconto e outras premissas financeiras
em termos nominais (taxa de inflação inclusa), exceto se as estimativas em termos
reais (líquidas da taxa de inflação) forem mais confiáveis, por exemplo, em
economia hiperinflacionária ou quando o benefício for indexado e existir mercado
estruturado de títulos de dívida indexados na mesma moeda e prazo.
82. As premissas financeiras devem basear-se em expectativas de mercado na data
a que se referem as demonstrações contábeis, relativamente ao período ao longo
do qual devem ser liquidadas as obrigações.
87. A taxa de desconto deve refletir os prazos estimados dos pagamentos de
benefícios. Na prática, a entidade frequentemente consegue isso, aplicando uma
única taxa de desconto média ponderada que reflita os prazos estimados e o
montante dos pagamentos de benefícios e a moeda em que os benefícios vão ser
pagos.
88. A entidade decide se a taxa de desconto que reflete o valor do dinheiro no
tempo é a melhor aproximação, tendo por referência os rendimentos de mercado
de títulos da dívida pública, títulos da dívida privada com elevados ratings ou por
outro instrumento financeiro, a data a que se referem as demonstrações
contábeis. Em algumas jurisdições, os rendimentos de mercado dos títulos da

- 16 -
dívida pública fornecem a melhor aproximação do valor do dinheiro no tempo, ao
final do período a que se referem as demonstrações contábeis (...)

Na busca pela melhor prática aplicada aos fundamento encimados, foi identificado, na
Portaria nº 1.467, de 22 de junho 2022, alterada pela Portaria nº 1.837, de 30 de junho de
2022, ambas do Ministério do Trabalho e Previdência, o seguinte dispositivo sobre o cálculo
da taxa de juros a ser aplicada nas avaliações atuariais do RPPS:
Art. 39. A taxa de juros real anual a ser utilizada como taxa de desconto para
apuração do valor presente dos fluxos de benefícios e contribuições do RPPS será
equivalente à taxa de juros parâmetro cujo ponto da Estrutura a Termo de Taxa de
Juros Média - ETTJ seja o mais próximo à duração do passivo do RPPS.
§ 1º A ETTJ corresponde à média de 5 (cinco) anos das Estruturas a Termo de Taxa
de Juros diárias baseadas nos títulos públicos federais indexados ao Índice de Preço
ao Consumidor Amplo - IPCA, utilizando-se, para sua mensuração, a mesma
metodologia aplicada ao regime de previdência complementar fechado.
§ 2º A taxa de juros parâmetro a ser utilizada na avaliação atuarial do exercício
utiliza, para sua correspondência aos pontos (em anos) da ETTJ, a duração do
passivo calculada na avaliação atuarial com data focal em 31 de dezembro do
exercício anterior.

Do excerto anterior, verifica-se, no seu § 1º, a aderência de seu conteúdo aos fundamentos
previstos na NBC-TSP 15 para definição da taxa de desconto, em especial aos previstos nos
itens 87 e 88 da norma contábil.
Dessa forma, para definição da taxa de desconto do cálculo do passivo atuarial das Forças
Armadas, posicionado em 31 de dezembro de 2022, foi escolhida a metodologia prevista na
Portaria nº 1.467, de 22 de junho 2022, do Ministério do Trabalho e Previdência.
Assim, foi aplicada a fórmula prevista no art. 35 do Anexo VI da Portaria nº 1.467, de 22 de
junho 2022, do Ministério do Trabalho e Previdência, para determinação dos valores de
duração dos passivos atuariais e taxas de desconto.
Então, foram encontradas as durações de 15,01 anos para o passivo de militares veteranos e
de 17,67 anos para as pensões de militares, conforme descrito no Anexo B, implicando em
uma taxa de desconto de 4,66% para as despesas com militares veteranos e de 4,72% para as
despesas com pensões de militares.

- 17 -
5.8 Projeção do Produto Interno Bruto
Para o PIB dos anos de 2023 a 2097, foi considerada a estimativa realizada pela Secretaria de
Previdência do Ministério do Trabalho e Emprego.

5.9 Reposição de Militares


5.9.1 Reposição de Militares nas Projeções Atuariais
Nos cálculos das projeções atuariais, foram consideradas as hipóteses: sem reposição de
pessoal (massa fechada); e com reposição de pessoal (massa aberta). Para a hipótese com
reposição de pessoal, foi adotada a reposição de um novo entrante a cada militar que deixa o
Serviço Ativo ou morre, seja ele de carreira ou temporário. Destaca-se que esta hipótese é
prudencial, visto que as Forças Armadas estão em um processo de redução de efetivos.
5.9.2 Reposição de Militares no Valor Presente Atuarial
Não houve reposição de militares para o cálculo do valor presente atuarial, em razão de ter
sido considerada a população militar de massa fechada, conforme preconiza a referida
metodologia.

5.10 Horizonte Temporal


5.10.1 Projeções Atuariais
O horizonte temporal das projeções atuariais é de 75 anos.
5.10.2 Valor Presente Atuarial
O horizonte temporal do cálculo do valor presente atuarial abrange todo o período de vida
dos atuais recebedores e dos futuros possíveis recebedores de pensões de militares. Estes
últimos podem ser dependentes que ainda não são recebedores, uma vez que os cálculos
projetam as probabilidades de constituição de futuros recebedores em função da idade do
militar.

5.11 Alíquotas e Base de Contribuição


5.11.1 Proventos de Inatividade
Conforme o art. 53-A da Lei n° 6.880/1980, cabe ao Tesouro Nacional arcar com todos os
encargos financeiros atinentes aos proventos dos militares veteranos, do mesmo modo que
ocorre com a remuneração dos militares ativos. Dessa forma, os proventos de militares
- 18 -
veteranos são financiados inteiramente pelo Tesouro Nacional, sendo uma despesa Fiscal da
União, sem contribuição do militar e sem contribuição patronal.
5.11.2 Pensão de Militares
Conforme o § 2º-A do art. 71 da Lei nº 6.880/80, as pensões militares são custeadas com
recursos provenientes da contribuição dos militares das Forças Armadas, de seus pensionistas
e do Tesouro Nacional, não havendo nenhum tipo de contribuição patronal. As alíquotas de
contribuição para pensão militar dos militares ativos, dos veteranos e de dos pensionistas,
utilizadas na presente avaliação, estão previstas no Art. 3º-A da Lei no 3.765/1960 e art. 31 da
MP no 2215-10/2001, conforme a tabela a seguir:

Contribuição
Contribuição das
decorrente da
pensionistas Contribuição
Grupo opção do art. 31
filhas vitalícias Normal
da MP 2215-
válidas
10/2001)
Ativos -
Veteranos -
1,50%
Pensionistas, exceto
- 10,50%
filhas vitalícias
Pensionistas filhas
3% -
vitalícias

A base de cálculo para a aplicação das alíquotas acima descritas é a remuneração básica bruta,
formada por todas as parcelas remuneratórias permanentes que compõe os direitos
remuneratórios do militar no seu período de inatividade.

6. MODELO MATEMÁTICO-ATUARIAL APLICADO


Visando o atendimento das metodologias e premissas atuariais adotadas no presente
trabalho, o modelo atuarial utilizado é determinístico, recorrente e individual, conforme as
descrições matemáticas do cálculo das projeções atuariais e do valor presente atuarial
constantes nos Anexos C, D e E, respectivamente.

- 19 -
7. AVALIAÇÃO ATUARIAL DOS PROVENTOS DE MILITARES VETERANOS

7.1 Projeções Atuariais sem reposição de militares


7.1.1 Projeções Atuariais sem reposição de militares e sem reposição nominal, ao longo do
tempo, da inflação nas remunerações e nos proventos de militares veteranos

(R$ Milhões)

Ano % Despesa
Ano Despesa
série PIB

1 2023 27.402 0,26%


2 2024 27.414 0,24%
3 2025 27.203 0,22%
4 2026 27.079 0,21%
5 2027 27.272 0,20%
6 2028 27.311 0,19%
7 2029 27.826 0,18%
8 2030 27.736 0,17%
9 2031 27.642 0,16%
10 2032 27.563 0,16%
11 2033 27.513 0,15%
12 2034 27.506 0,14%
13 2035 27.507 0,14%
14 2036 27.403 0,13%
15 2037 27.245 0,12%
16 2038 27.114 0,12%
17 2039 27.025 0,11%
18 2040 26.933 0,11%
19 2041 26.829 0,10%
20 2042 26.730 0,10%
21 2043 26.631 0,09%
22 2044 26.531 0,09%
23 2045 26.467 0,08%
24 2046 26.549 0,08%
25 2047 26.526 0,08%
26 2048 26.482 0,08%
27 2049 26.406 0,07%
28 2050 26.337 0,07%
29 2051 26.172 0,07%
30 2052 25.963 0,06%
31 2053 25.679 0,06%

- 20 -
(R$ Milhões)

Ano % Despesa
Ano Despesa
série PIB

32 2054 25.295 0,06%


33 2055 24.906 0,05%
34 2056 24.434 0,05%
35 2057 24.035 0,05%
36 2058 23.228 0,04%
37 2059 22.415 0,04%
38 2060 21.599 0,04%
39 2061 20.784 0,04%
40 2062 19.968 0,03%
41 2063 19.159 0,03%
42 2064 18.354 0,03%
43 2065 17.557 0,03%
44 2066 16.770 0,02%
45 2067 15.995 0,02%
46 2068 15.233 0,02%
47 2069 14.485 0,02%
48 2070 13.751 0,02%
49 2071 13.033 0,02%
50 2072 12.328 0,01%
51 2073 11.639 0,01%
52 2074 10.964 0,01%
53 2075 10.304 0,01%
54 2076 9.658 0,01%
55 2077 9.027 0,01%
56 2078 8.411 0,01%
57 2079 7.811 0,01%
58 2080 7.227 0,01%
59 2081 6.660 0,01%
60 2082 6.113 0,01%
61 2083 5.585 0,00%
62 2084 5.079 0,00%
63 2085 4.595 0,00%
64 2086 4.136 0,00%
65 2087 3.701 0,00%
66 2088 3.292 0,00%
67 2089 2.910 0,00%
68 2090 2.555 0,00%
69 2091 2.227 0,00%
70 2092 1.926 0,00%

- 21 -
(R$ Milhões)

Ano % Despesa
Ano Despesa
série PIB

71 2093 1.652 0,00%


72 2094 1.404 0,00%
73 2095 1.183 0,00%
74 2096 986 0,00%
75 2097 813 0,00%

O gráfico a seguir, considerando os dados da tabela anterior, demonstra, para a hipótese de


cálculo sem reposição de militares e sem crescimento remuneratório, a tendência futura das
despesas atinentes aos proventos de militares veteranos e o percentual dessa despesa em
relação ao PIB:

VETERANOS MILITARES - DESPESA SEM


REPOSIÇÃO DE MILITARES E SEM
CRESCIMENTO REMUNERATÓRIO
0,30% 30.000

0,25% 25.000

Resultado R$ Milhões
% Resultado PIB

0,20% 20.000

0,15% 15.000

0,10% 10.000

0,05% 5.000

0,00% 0

% PIB sem recomposição rem Despesa sem recomposição rem

- 22 -
7.1.2 Projeção Atuarial sem reposição de militares e com reposição nominal, ao longo do
tempo, da inflação nas remunerações e nos proventos de militares veteranos

(R$ Milhões)

Ano % Despesa
Ano Despesa
série PIB

1 2023 27.402 0,26%


2 2024 27.414 0,24%
3 2025 28.202 0,23%
4 2026 28.915 0,22%
5 2027 29.994 0,22%
6 2028 30.939 0,21%
7 2029 32.468 0,21%
8 2030 33.334 0,21%
9 2031 34.217 0,20%
10 2032 35.143 0,20%
11 2033 36.132 0,19%
12 2034 37.206 0,19%
13 2035 38.324 0,19%
14 2036 39.324 0,18%
15 2037 40.270 0,18%
16 2038 41.280 0,18%
17 2039 42.378 0,17%
18 2040 43.500 0,17%
19 2041 44.633 0,17%
20 2042 45.801 0,16%
21 2043 47.001 0,16%
22 2044 48.230 0,16%
23 2045 49.556 0,16%
24 2046 51.201 0,16%
25 2047 52.693 0,15%
26 2048 54.184 0,15%
27 2049 55.648 0,15%
28 2050 57.168 0,15%
29 2051 58.513 0,15%
30 2052 59.787 0,14%
31 2053 60.908 0,14%
32 2054 61.797 0,14%
33 2055 62.672 0,13%
34 2056 63.328 0,13%
35 2057 64.163 0,13%

- 23 -
(R$ Milhões)

Ano % Despesa
Ano Despesa
série PIB

36 2058 63.869 0,12%


37 2059 63.482 0,12%
38 2060 63.009 0,11%
39 2061 62.448 0,11%
40 2062 61.797 0,10%
41 2063 61.071 0,10%
42 2064 60.260 0,09%
43 2065 59.372 0,09%
44 2066 58.414 0,08%
45 2067 57.386 0,08%
46 2068 56.292 0,08%
47 2069 55.133 0,07%
48 2070 53.911 0,07%
49 2071 52.625 0,06%
50 2072 51.275 0,06%
51 2073 49.861 0,06%
52 2074 48.379 0,05%
53 2075 46.830 0,05%
54 2076 45.213 0,04%
55 2077 43.526 0,04%
56 2078 41.772 0,04%
57 2079 39.954 0,04%
58 2080 38.076 0,03%
59 2081 36.144 0,03%
60 2082 34.167 0,03%
61 2083 32.154 0,03%
62 2084 30.117 0,02%
63 2085 28.067 0,02%
64 2086 26.018 0,02%
65 2087 23.982 0,02%
66 2088 21.973 0,01%
67 2089 20.005 0,01%
68 2090 18.090 0,01%
69 2091 16.241 0,01%
70 2092 14.468 0,01%
71 2093 12.782 0,01%
72 2094 11.193 0,01%
73 2095 9.708 0,01%
74 2096 8.334 0,01%

- 24 -
(R$ Milhões)

Ano % Despesa
Ano Despesa
série PIB

75 2097 7.077 0,00%

O gráfico a seguir, considerando os dados da tabela anterior, demonstra, para a hipótese de


cálculo sem reposição de militares e com crescimento remuneratório, a tendência futura das
despesas atinentes aos proventos de militares veteranos e o percentual dessa despesa em
relação ao PIB:

VETERANOS MILITARES - DESPESA SEM


REPOSIÇÃO DE MILITARES E COM REPOSIÇÃO
REMUNERATÓRIA IGUAL À INFLAÇÃO
0,30% 70.000

0,25% 60.000

Resultado R$ Milhões
% Resultado PIB

50.000
0,20%
40.000
0,15%
30.000
0,10%
20.000
0,05% 10.000
0,00% 0

% PIB com recomposição rem Despesa com recomposição rem

7.1.3 Análise das projeções sem reposição de militares


Da análise dos itens 7.1.1 e 7.1.2, nota-se, quando a hipótese sem reposição de militares é
levada em conta, que o valor das despesas com proventos de militares veteranos é
decrescente quando ponderada ao PIB, independentemente se o cenário é de recomposição
remuneratória pela inflação ou se não há nenhum reajuste.
O Gráfico a seguir compara, em proporção do PIB, os resultados obtidos nas projeções sem
reposição de militares para os diferentes cenários de recomposição remuneratória:

- 25 -
VETERANOS MILITARES - COMPARAÇÃO DAS
DESPESAS SEM REPOSIÇÃO DE MILITARES
COM E SEM CRESCIMENTO REMUNERATÓRIO
% PIB
0,30%
0,25%
% Resultado PIB

0,20%
0,15%
0,10%
0,05%
0,00%

% PIB sem recomposição rem % PIB com recomposição rem

O gráfico acima evidencia, de forma mais clara, que ambos os cenários remuneratórios são
decrescentes em relação ao PIB e que o percentual máximo estimado é de 0,26%, no ano de
2023, alcançado 0,00%, na pior hipótese (com reposição da inflação), a partir 2097. Também
possibilita a afirmação de que as despesas futuras com proventos de militares veteranos, sem
reposição de militares, em relação ao PIB, ao longo do tempo, provavelmente, encontrar-se-
á no intervalo entre as duas curvas evidenciadas no Gráfico anterior, pois cada uma delas
representa o provável limite inferior (sem reajuste) e o superior da estimativa (com reajuste
pela inflação).

- 26 -
7.2 Projeção Atuarial com reposição de militares
7.2.1 Projeção Atuarial com reposição de militares e sem reposição nominal, ao longo do
tempo, da inflação nas remunerações e nos proventos de militares veteranos

(R$ Milhões)

Ano % Despesa
Ano Despesa
série PIB

1 2023 27.402 0,26%


2 2024 27.415 0,24%
3 2025 27.205 0,22%
4 2026 27.082 0,21%
5 2027 27.276 0,20%
6 2028 27.317 0,19%
7 2029 27.835 0,18%
8 2030 27.748 0,17%
9 2031 27.656 0,16%
10 2032 27.581 0,16%
11 2033 27.534 0,15%
12 2034 27.530 0,14%
13 2035 27.536 0,14%
14 2036 27.437 0,13%
15 2037 27.283 0,12%
16 2038 27.159 0,12%
17 2039 27.075 0,11%
18 2040 26.991 0,11%
19 2041 26.896 0,10%
20 2042 26.804 0,10%
21 2043 26.716 0,09%
22 2044 26.627 0,09%
23 2045 26.575 0,09%
24 2046 26.671 0,08%
25 2047 26.664 0,08%
26 2048 26.637 0,08%
27 2049 26.579 0,07%
28 2050 26.530 0,07%
29 2051 26.387 0,07%
30 2052 26.203 0,06%
31 2053 25.947 0,06%
32 2054 25.594 0,06%
33 2055 25.237 0,06%
- 27 -
(R$ Milhões)

Ano % Despesa
Ano Despesa
série PIB

34 2056 24.802 0,05%


35 2057 24.442 0,05%
36 2058 24.717 0,05%
37 2059 24.411 0,05%
38 2060 24.097 0,04%
39 2061 23.817 0,04%
40 2062 23.691 0,04%
41 2063 23.497 0,04%
42 2064 23.546 0,04%
43 2065 23.273 0,03%
44 2066 22.995 0,03%
45 2067 22.729 0,03%
46 2068 22.491 0,03%
47 2069 22.276 0,03%
48 2070 22.072 0,03%
49 2071 21.812 0,03%
50 2072 21.530 0,02%
51 2073 21.259 0,02%
52 2074 21.021 0,02%
53 2075 20.796 0,02%
54 2076 20.566 0,02%
55 2077 20.353 0,02%
56 2078 20.146 0,02%
57 2079 19.951 0,02%
58 2080 19.782 0,02%
59 2081 19.707 0,02%
60 2082 19.595 0,02%
61 2083 19.482 0,02%
62 2084 19.359 0,01%
63 2085 19.259 0,01%
64 2086 19.129 0,01%
65 2087 18.985 0,01%
66 2088 18.816 0,01%
67 2089 18.614 0,01%
68 2090 18.423 0,01%
69 2091 18.191 0,01%
70 2092 18.028 0,01%
71 2093 18.282 0,01%
72 2094 18.180 0,01%

- 28 -
(R$ Milhões)

Ano % Despesa
Ano Despesa
série PIB

73 2095 18.087 0,01%


74 2096 18.024 0,01%
75 2097 18.066 0,01%

O gráfico a seguir, considerando os dados da tabela anterior, demonstra, para a hipótese de


cálculo com reposição de militares e sem crescimento remuneratório, a tendência futura das
despesas atinentes aos proventos de militares veteranos e o percentual dessa despesa em
relação ao PIB:

VETERANOS MILITARES - DESPESA COM


REPOSIÇÃO DE MILITARES E SEM
CRESCIMENTO REMUNERATÓRIO
0,30% 30.000

0,25% 25.000

Resultado R$ Milhões
% Resultado PIB

0,20% 20.000

0,15% 15.000

0,10% 10.000

0,05% 5.000

0,00% 0

% PIB sem recomposição rem Despesa sem recomposição rem

- 29 -
7.2.2 Projeção Atuarial com reposição de militares e com reposição nominal, ao longo do
tempo, da inflação nas remunerações e nos proventos de militares veteranos

(R$ Milhões)

Ano % Despesa
Ano Despesa
série PIB

1 2023 27.402 0,26%


2 2024 27.415 0,24%
3 2025 28.203 0,23%
4 2026 28.918 0,22%
5 2027 29.999 0,22%
6 2028 30.946 0,21%
7 2029 32.478 0,21%
8 2030 33.348 0,21%
9 2031 34.235 0,20%
10 2032 35.166 0,20%
11 2033 36.160 0,19%
12 2034 37.239 0,19%
13 2035 38.364 0,19%
14 2036 39.372 0,18%
15 2037 40.327 0,18%
16 2038 41.348 0,18%
17 2039 42.457 0,17%
18 2040 43.594 0,17%
19 2041 44.743 0,17%
20 2042 45.929 0,17%
21 2043 47.151 0,16%
22 2044 48.404 0,16%
23 2045 49.758 0,16%
24 2046 51.437 0,16%
25 2047 52.967 0,15%
26 2048 54.499 0,15%
27 2049 56.012 0,15%
28 2050 57.587 0,15%
29 2051 58.995 0,15%
30 2052 60.341 0,15%
31 2053 61.543 0,14%
32 2054 62.527 0,14%
33 2055 63.506 0,14%
34 2056 64.282 0,13%
35 2057 65.250 0,13%

- 30 -
(R$ Milhões)

Ano % Despesa
Ano Despesa
série PIB

36 2058 67.965 0,13%


37 2059 69.135 0,13%
38 2060 70.294 0,12%
39 2061 71.562 0,12%
40 2062 73.319 0,12%
41 2063 74.900 0,12%
42 2064 77.309 0,12%
43 2065 78.704 0,12%
44 2066 80.096 0,11%
45 2067 81.543 0,11%
46 2068 83.113 0,11%
47 2069 84.788 0,11%
48 2070 86.532 0,11%
49 2071 88.076 0,11%
50 2072 89.546 0,10%
51 2073 91.072 0,10%
52 2074 92.755 0,10%
53 2075 94.514 0,10%
54 2076 96.272 0,10%
55 2077 98.135 0,09%
56 2078 100.048 0,09%
57 2079 102.055 0,09%
58 2080 104.226 0,09%
59 2081 106.944 0,09%
60 2082 109.529 0,09%
61 2083 112.163 0,09%
62 2084 114.799 0,09%
63 2085 117.632 0,08%
64 2086 120.342 0,08%
65 2087 123.017 0,08%
66 2088 125.585 0,08%
67 2089 127.962 0,08%
68 2090 130.444 0,08%
69 2091 132.672 0,08%
70 2092 135.425 0,07%
71 2093 141.455 0,08%
72 2094 144.882 0,07%
73 2095 148.464 0,07%
74 2096 152.390 0,07%

- 31 -
(R$ Milhões)

Ano % Despesa
Ano Despesa
série PIB

75 2097 157.325 0,07%

O gráfico a seguir, considerando os dados da Tabela anterior, demonstra, para a hipótese de


cálculo com reposição de militares e com crescimento salarial igual a inflação do período
anterior, a partir de 2025, a tendência futura das despesas atinentes aos proventos de
militares veteranos e o percentual dessa despesa em relação ao PIB:

VETERANOS MILITARES - DESPESA COM


REPOSIÇÃO DE MILITARES E COM REPOSIÇÃO
REMUNERATÓRIA IGUAL À INFLAÇÃO
0,30% 180.000
160.000
0,25%

Resultado R$ Milhões
140.000
% Resultado PIB

0,20% 120.000
100.000
0,15%
80.000
0,10% 60.000
40.000
0,05%
20.000
0,00% 0

% PIB com recomposição rem Despesa com recomposição rem

7.2.3 Análise das Projeções com Reposição de Militares


Da análise dos itens 7.2.1 e 7.2.2, nota-se, quando a hipótese com reposição de militares é
levada em conta, que o valor das despesas com proventos de militares veteranos, em relação
ao PIB, é decrescente, independentemente do cenário de recomposição remuneratória.
O Gráfico a seguir compara, em proporção do PIB, os resultados obtidos nas projeções com
reposição de militares para os diferentes cenários de recomposição remuneratória:

- 32 -
VETERANOS MILITARES - COMPARAÇÃO DAS
DESPESAS COM REPOSIÇÃO DE MILITARES
COM E SEM CRESCIMENTO REMUNERATÓRIO
% PIB
0,30%
0,25%
% Resultado PIB

0,20%
0,15%
0,10%
0,05%
0,00%

% PIB sem recomposição rem % PIB com recomposição rem

O gráfico acima evidencia, de forma mais clara, que ambos os cenários remuneratórios são
decrescentes em relação ao PIB e que o percentual máximo estimado é de 0,26%, no ano de
2023, alcançando 0,01%, na pior hipótese (com reposição da inflação), em 2094. Também
possibilita a afirmação de que as despesas futuras com proventos de militares veteranos, com
reposição de militares, em relação ao PIB, ao longo do tempo, provavelmente, encontrar-se-
á no intervalo entre as duas curvas evidenciadas no Gráfico anterior, pois cada uma delas
representa o provável limite inferior (sem reajuste) e o superior da estimativa (com reajuste
pela inflação).

7.3 Reserva Matemática das Despesas Futuras de Proventos de Militares Veteranos


Considerando as três Forças Armadas agregadas, a tabela a seguir demonstra o valor presente
atuarial da reserva matemática (provisão) das Despesas Futuras de Proventos de Militares
Veteranos calculada por meio do método de financiamento de Crédito Unitário Projetado:

RESERVA MATEMÁTICA R$ 456.034.918.416,08

Resultado de Proventos de veteranos concedidos R$ 331.136.042.364,99

Resultado de Proventos de veteranos militares a conceder R$ 124.898.876.051,09

- 33 -
No que se refere ao cálculo da reserva matemática, esse foi realizado em atendimento à
recomendação do item 1.7.2 do Acórdão 1.463/2020/TCU-Plenário, visando à evidenciação
contábil do referido valor no BGU, na conta contábil do SIAFI de provisão de proventos de
militares veteranos.
7.3.1 Análise da reserva matemática
A análise do valor da reserva matemática, calculada por meio do Valor Presente Atuarial, para
o caso dos proventos de militares veteranos, é complexa, pois, em verdade, o cálculo da
reserva matemática foi originalmente desenvolvido e aplicado a fundos previdenciários
capitalizados.
Ressalta-se que, em regra, esses fundos previdenciários se destinam à cobertura de riscos de
aposentadoria e morte. Assim, surgem grandes diferenças, pois os proventos de veteranos
têm o propósito de compensar o militar e sua família por seus sacrifícios, físicos e mentais, em
prol do Estado. Ademais, destina-se ao pagamento de um período especial da vida militar,
marcado pelo afastamento do serviço ativo, mas com a possibilidade de disponibilidade
permanente, similar a um regime de sobreaviso (prontidão).
A interpretação da reserva matemática, além de imprecisa, torna-se mais difícil na medida em
que se constata que os proventos de militares veteranos não possuem nenhum tipo de
capitalização e, tampouco, contribuição como fonte de receita.
Assim, a reserva matemática apresentada neste documento, pode ser interpretada, de
forma simplificada, como um valor contábil hipotético que, em 31 de dezembro de 2022, o
Tesouro Nacional deveria possuir em uma provisão rentabilizada, a uma determinada taxa
de juros, o qual seria suficiente para a total liquidação das despesas futuras dos atuais e
futuros (a conceder) proventos de veteranos. Ou seja, representa o valor para a União pagar,
de uma só vez, na data retromencionada, todos os proventos que deveriam ser pagos em
um horizonte temporal de mais de cem anos.
Assim, tratar essa reserva matemática como espécie de déficit atual, é um equívoco, pois não
há fundo capitalizado para possibilitar tal afirmativa. Também não há lógica em comparar o
valor da reserva matemática com o valor do PIB corrente, pois a reserva matemática soma, a
valor presente, as despesas que serão financiadas pelo Tesouro Nacional em mais de um
século.
- 34 -
Dessa forma, conclui-se que as projeções atuariais, descrevendo o fluxo futuro de despesas,
seriam a melhor ferramenta para análise do Risco Fiscal atinente aos proventos de militares
veteranos.

8. AVALIAÇÃO ATUARIAL DAS PENSÕES DE MILITARES

8.1 Projeções Atuariais sem reposição de militares


8.1.1 Projeções Atuariais sem reposição de militares e sem reposição nominal, ao longo do
tempo, da inflação nas remunerações, nos proventos e nas pensões de militares

(R$ Milhões)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

1 2023 10.711 24.721 -14.009 0,13%


2 2024 10.817 26.229 -15.412 0,14%
3 2025 10.791 26.203 -15.412 0,13%
4 2026 10.679 26.160 -15.480 0,12%
5 2027 10.623 26.099 -15.477 0,11%
6 2028 10.583 26.033 -15.451 0,11%
7 2029 10.560 25.961 -15.401 0,10%
8 2030 10.530 25.883 -15.354 0,10%
9 2031 10.391 25.805 -15.414 0,09%
10 2032 10.257 25.724 -15.467 0,09%
11 2033 10.124 25.642 -15.518 0,08%
12 2034 9.984 25.558 -15.574 0,08%
13 2035 9.842 25.475 -15.632 0,08%
14 2036 9.701 25.393 -15.691 0,07%
15 2037 9.565 25.311 -15.746 0,07%
16 2038 9.430 25.230 -15.800 0,07%
17 2039 9.293 25.149 -15.855 0,07%
18 2040 9.159 25.067 -15.908 0,06%
19 2041 9.024 24.987 -15.963 0,06%
20 2042 8.876 24.907 -16.032 0,06%
21 2043 8.731 24.828 -16.097 0,06%
22 2044 8.588 24.750 -16.162 0,05%
23 2045 8.442 24.675 -16.233 0,05%
24 2046 8.301 24.599 -16.298 0,05%
25 2047 8.154 24.526 -16.372 0,05%
- 35 -
(R$ Milhões)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

26 2048 7.999 24.455 -16.455 0,05%


27 2049 7.846 24.383 -16.538 0,04%
28 2050 7.696 24.312 -16.616 0,04%
29 2051 7.545 24.240 -16.696 0,04%
30 2052 7.395 24.168 -16.773 0,04%
31 2053 7.241 24.094 -16.853 0,04%
32 2054 7.087 24.017 -16.930 0,04%
33 2055 6.934 23.936 -17.002 0,04%
34 2056 6.782 23.850 -17.067 0,04%
35 2057 6.631 23.754 -17.123 0,03%
36 2058 6.480 23.654 -17.174 0,03%
37 2059 6.331 23.541 -17.211 0,03%
38 2060 6.183 23.415 -17.232 0,03%
39 2061 6.037 23.272 -17.236 0,03%
40 2062 5.892 23.113 -17.221 0,03%
41 2063 5.748 22.934 -17.186 0,03%
42 2064 5.604 22.735 -17.131 0,03%
43 2065 5.462 22.515 -17.053 0,03%
44 2066 5.319 22.271 -16.953 0,02%
45 2067 5.175 22.005 -16.830 0,02%
46 2068 5.031 21.715 -16.684 0,02%
47 2069 4.886 21.401 -16.515 0,02%
48 2070 4.740 21.062 -16.322 0,02%
49 2071 4.592 20.699 -16.107 0,02%
50 2072 4.442 20.311 -15.869 0,02%
51 2073 4.290 19.897 -15.608 0,02%
52 2074 4.135 19.458 -15.323 0,02%
53 2075 3.979 18.993 -15.015 0,02%
54 2076 3.820 18.502 -14.682 0,01%
55 2077 3.659 17.985 -14.326 0,01%
56 2078 3.496 17.441 -13.945 0,01%
57 2079 3.332 16.872 -13.540 0,01%
58 2080 3.166 16.277 -13.111 0,01%
59 2081 2.999 15.657 -12.658 0,01%
60 2082 2.832 15.014 -12.182 0,01%
61 2083 2.664 14.350 -11.686 0,01%
62 2084 2.498 13.667 -11.169 0,01%
63 2085 2.332 12.967 -10.635 0,01%
64 2086 2.168 12.253 -10.085 0,01%

- 36 -
(R$ Milhões)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

65 2087 2.007 11.529 -9.523 0,01%


66 2088 1.848 10.798 -8.950 0,01%
67 2089 1.693 10.064 -8.371 0,01%
68 2090 1.543 9.331 -7.788 0,00%
69 2091 1.397 8.601 -7.204 0,00%
70 2092 1.258 7.880 -6.622 0,00%
71 2093 1.124 7.171 -6.047 0,00%
72 2094 997 6.478 -5.482 0,00%
73 2095 877 5.806 -4.929 0,00%
74 2096 764 5.158 -4.394 0,00%
75 2097 660 4.539 -3.879 0,00%

O gráfico a seguir, considerando os dados da tabela anterior, demonstra, para a hipótese de


cálculo sem reposição de militares e sem crescimento salarial, a tendência futura do resultado
entre as receitas e despesas das pensões de militares e o percentual desse resultado em
relação ao PIB:

- 37 -
8.1.2 Projeção Atuarial sem reposição de militares e com reposição nominal, ao longo do
tempo, da inflação nas remunerações, nos proventos e nas pensões de militares

(R$ Milhões)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

1 2023 10.711 24.721 -14.009 0,13%


2 2024 10.817 26.229 -15.412 0,14%
3 2025 11.187 27.164 -15.977 0,13%
4 2026 11.403 27.933 -16.530 0,13%
5 2027 11.683 28.705 -17.022 0,12%
6 2028 11.988 29.491 -17.503 0,12%
7 2029 12.322 30.292 -17.970 0,12%
8 2030 12.655 31.107 -18.452 0,12%
9 2031 12.863 31.944 -19.081 0,11%
10 2032 13.078 32.799 -19.721 0,11%
11 2033 13.296 33.675 -20.379 0,11%
12 2034 13.505 34.571 -21.066 0,11%
13 2035 13.713 35.492 -21.780 0,11%
14 2036 13.922 36.439 -22.518 0,11%
15 2037 14.139 37.412 -23.274 0,10%
16 2038 14.357 38.411 -24.054 0,10%
17 2039 14.573 39.435 -24.863 0,10%
18 2040 14.794 40.487 -25.693 0,10%
19 2041 15.012 41.568 -26.556 0,10%
20 2042 15.209 42.679 -27.470 0,10%
21 2043 15.409 43.820 -28.410 0,10%
22 2044 15.611 44.992 -29.381 0,10%
23 2045 15.807 46.200 -30.394 0,10%
24 2046 16.010 47.442 -31.432 0,10%
25 2047 16.197 48.719 -32.522 0,10%
26 2048 16.367 50.034 -33.667 0,09%
27 2049 16.534 51.385 -34.852 0,09%
28 2050 16.705 52.772 -36.067 0,09%
29 2051 16.868 54.195 -37.327 0,09%
30 2052 17.030 55.655 -38.625 0,09%
31 2053 17.175 57.149 -39.974 0,09%
32 2054 17.314 58.675 -41.361 0,09%
33 2055 17.449 60.231 -42.782 0,09%
34 2056 17.578 61.814 -44.236 0,09%
35 2057 17.703 63.414 -45.711 0,09%

- 38 -
(R$ Milhões)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

36 2058 17.818 65.040 -47.222 0,09%


37 2059 17.929 66.672 -48.743 0,09%
38 2060 18.036 68.304 -50.267 0,09%
39 2061 18.138 69.925 -51.787 0,09%
40 2062 18.233 71.529 -53.296 0,09%
41 2063 18.322 73.106 -54.784 0,09%
42 2064 18.401 74.645 -56.244 0,09%
43 2065 18.470 76.139 -57.669 0,09%
44 2066 18.526 77.576 -59.050 0,08%
45 2067 18.568 78.948 -60.380 0,08%
46 2068 18.593 80.245 -61.652 0,08%
47 2069 18.598 81.456 -62.858 0,08%
48 2070 18.582 82.573 -63.990 0,08%
49 2071 18.541 83.583 -65.041 0,08%
50 2072 18.474 84.475 -66.001 0,07%
51 2073 18.376 85.238 -66.862 0,07%
52 2074 18.246 85.858 -67.611 0,07%
53 2075 18.082 86.320 -68.238 0,07%
54 2076 17.881 86.611 -68.730 0,07%
55 2077 17.642 86.715 -69.073 0,07%
56 2078 17.363 86.617 -69.254 0,06%
57 2079 17.042 86.302 -69.260 0,06%
58 2080 16.680 85.756 -69.076 0,06%
59 2081 16.275 84.966 -68.691 0,06%
60 2082 15.828 83.922 -68.094 0,05%
61 2083 15.339 82.616 -67.276 0,05%
62 2084 14.811 81.042 -66.231 0,05%
63 2085 14.243 79.198 -64.955 0,05%
64 2086 13.640 77.085 -63.445 0,04%
65 2087 13.003 74.707 -61.704 0,04%
66 2088 12.335 72.070 -59.735 0,04%
67 2089 11.641 69.186 -57.544 0,04%
68 2090 10.925 66.066 -55.141 0,03%
69 2091 10.192 62.728 -52.536 0,03%
70 2092 9.447 59.193 -49.746 0,03%
71 2093 8.695 55.483 -46.788 0,03%
72 2094 7.942 51.627 -43.684 0,02%
73 2095 7.196 47.657 -40.461 0,02%
74 2096 6.463 43.611 -37.148 0,02%

- 39 -
(R$ Milhões)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

75 2097 5.749 39.530 -33.782 0,02%

O gráfico a seguir, considerando os dados da tabela anterior, demonstra, para a hipótese de


cálculo sem reposição de militares e com crescimento salarial, a tendência futura do resultado
entre as receitas e despesas das pensões de militares e o percentual desse resultado em
relação ao PIB:

8.1.3 Análise das Projeções sem reposição de militares


Da análise dos itens 8.1.1 e 8.1.2, nota-se, quando a hipótese sem reposição de militares é
levada em conta, que o valor do resultado entre receitas e despesas é decrescente quando
ponderado ao PIB, independentemente se o cenário é de recomposição remuneratória pela
inflação, ou se não há reajuste algum.
O Gráfico a seguir compara, em proporção do PIB, os resultados obtidos nas projeções sem
reposição de militares para os diferentes cenários de recomposição remuneratória:

- 40 -
PENSÕES DE MILITARES - COMPARAÇÃO DOS
RESULTADO SEM REPOSIÇÃO DE MILITARES
COM E SEM CRESCIMENTO REMUNERATÓRIO
% PIB
0,16%
0,14%
% Resultado PIB

0,12%
0,10%
0,08%
0,06%
0,04%
0,02%
0,00%

% PIB sem recomposição rem % PIB com recomposição rem

O gráfico acima evidencia, de forma mais clara, que ambos os cenários remuneratórios são
decrescentes em relação ao PIB e que o percentual máximo estimado é de 0,14%, no ano de
2024, alcançando 0,02%, na pior hipótese (com reposição da inflação), a partir 2094. Também
possibilita a afirmação de que o resultado das pensões de militares sem reposição de militares,
em relação ao PIB, ao longo do tempo, provavelmente, encontrar-se-á no intervalo entre as
duas curvas evidenciadas no Gráfico anterior, pois cada uma delas representa os prováveis
limites inferior (sem reajuste) e superior da estimativa (com reajuste pela inflação).

8.2 Projeção Atuarial com reposição de militares


8.2.1 Projeção Atuarial com reposição de militares e sem reposição nominal, ao longo do
tempo, da inflação nas remunerações, nos proventos e nas pensões de militares

(R$ Milhões)

Ano % resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

1 2023 11.064 24.722 -13.658 0,13%


2 2024 11.406 26.233 -14.826 0,13%
3 2025 11.568 26.210 -14.641 0,12%
- 41 -
(R$ Milhões)

Ano % resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

4 2026 11.633 26.171 -14.538 0,11%


5 2027 11.798 26.115 -14.318 0,10%
6 2028 11.892 26.055 -14.163 0,10%
7 2029 12.006 25.990 -13.984 0,09%
8 2030 12.096 25.919 -13.823 0,09%
9 2031 11.984 25.849 -13.864 0,08%
10 2032 11.909 25.776 -13.867 0,08%
11 2033 11.838 25.701 -13.863 0,07%
12 2034 11.761 25.626 -13.865 0,07%
13 2035 11.705 25.553 -13.848 0,07%
14 2036 11.633 25.481 -13.848 0,07%
15 2037 11.564 25.411 -13.847 0,06%
16 2038 11.509 25.342 -13.832 0,06%
17 2039 11.412 25.273 -13.861 0,06%
18 2040 11.357 25.206 -13.849 0,06%
19 2041 11.303 25.141 -13.838 0,05%
20 2042 11.236 25.077 -13.841 0,05%
21 2043 11.179 25.016 -13.837 0,05%
22 2044 11.120 24.956 -13.837 0,05%
23 2045 11.063 24.902 -13.838 0,04%
24 2046 11.032 24.851 -13.819 0,04%
25 2047 10.954 24.802 -13.849 0,04%
26 2048 10.885 24.758 -13.873 0,04%
27 2049 10.821 24.716 -13.895 0,04%
28 2050 10.769 24.678 -13.909 0,04%
29 2051 10.713 24.643 -13.930 0,04%
30 2052 10.654 24.610 -13.956 0,03%
31 2053 10.589 24.579 -13.991 0,03%
32 2054 10.532 24.551 -14.019 0,03%
33 2055 10.439 24.522 -14.083 0,03%
34 2056 10.370 24.494 -14.124 0,03%
35 2057 10.304 24.460 -14.156 0,03%
36 2058 10.277 24.426 -14.149 0,03%
37 2059 10.228 24.386 -14.158 0,03%
38 2060 10.176 24.339 -14.163 0,03%
39 2061 10.131 24.282 -14.150 0,02%
40 2062 10.105 24.215 -14.110 0,02%
41 2063 10.034 24.136 -14.102 0,02%
42 2064 10.006 24.044 -14.038 0,02%

- 42 -
(R$ Milhões)

Ano % resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

43 2065 9.960 23.938 -13.978 0,02%


44 2066 9.918 23.819 -13.900 0,02%
45 2067 9.878 23.686 -13.807 0,02%
46 2068 9.832 23.538 -13.706 0,02%
47 2069 9.784 23.377 -13.592 0,02%
48 2070 9.752 23.203 -13.451 0,02%
49 2071 9.671 23.036 -13.365 0,02%
50 2072 9.609 22.867 -13.257 0,02%
51 2073 9.553 22.696 -13.142 0,01%
52 2074 9.495 22.531 -13.036 0,01%
53 2075 9.444 22.375 -12.931 0,01%
54 2076 9.385 22.229 -12.844 0,01%
55 2077 9.324 22.092 -12.769 0,01%
56 2078 9.270 21.972 -12.703 0,01%
57 2079 9.177 21.867 -12.691 0,01%
58 2080 9.110 21.786 -12.676 0,01%
59 2081 9.053 21.724 -12.672 0,01%
60 2082 8.998 21.683 -12.685 0,01%
61 2083 8.940 21.664 -12.725 0,01%
62 2084 8.881 21.671 -12.790 0,01%
63 2085 8.827 21.705 -12.878 0,01%
64 2086 8.780 21.767 -12.987 0,01%
65 2087 8.697 21.855 -13.158 0,01%
66 2088 8.640 21.971 -13.331 0,01%
67 2089 8.590 22.115 -13.525 0,01%
68 2090 8.547 22.285 -13.738 0,01%
69 2091 8.509 22.480 -13.971 0,01%
70 2092 8.471 22.695 -14.224 0,01%
71 2093 8.464 22.927 -14.463 0,01%
72 2094 8.452 23.173 -14.721 0,01%
73 2095 8.405 23.426 -15.020 0,01%
74 2096 8.390 23.681 -15.291 0,01%
75 2097 8.387 23.935 -15.549 0,01%

O gráfico a seguir, considerando os dados da tabela anterior, demonstra, para a hipótese de


cálculo com reposição de militares e sem crescimento remuneratório, a tendência futura do

- 43 -
resultado entre as receitas e despesas das pensões de militares e o percentual desse resultado
em relação ao PIB:

PENSÕES DE MILITARES - RESULTADO COM


REPOSIÇÃO DE MILITARES E SEM
CRESCIMENTO REMUNERATÓRIO
0,14% 18.000
0,12% 16.000

Resultado R$ Milhões
14.000
% Resultado PIB

0,10%
12.000
0,08% 10.000
0,06% 8.000
6.000
0,04%
4.000
0,02% 2.000
0,00% 0

% PIB sem recomposição rem Resultado sem recomposição rem

8.2.2 Projeção Atuarial com reposição de militares e com reposição nominal, ao longo do
tempo, da inflação nas remunerações, nos proventos e nas pensões de militares

(R$ Milhões)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

1 2023 11.064 24.722 -13.658 0,13%


2 2024 11.406 26.233 -14.826 0,13%
3 2025 11.993 27.172 -15.179 0,12%
4 2026 12.422 27.945 -15.524 0,12%
5 2027 12.976 28.723 -15.747 0,11%
6 2028 13.472 29.516 -16.044 0,11%
7 2029 14.008 30.325 -16.317 0,11%
8 2030 14.537 31.150 -16.613 0,10%
9 2031 14.835 31.998 -17.162 0,10%
10 2032 15.184 32.864 -17.680 0,10%

- 44 -
(R$ Milhões)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

11 2033 15.546 33.753 -18.206 0,10%


12 2034 15.908 34.663 -18.755 0,10%
13 2035 16.308 35.602 -19.293 0,10%
14 2036 16.694 36.566 -19.873 0,09%
15 2037 17.093 37.559 -20.467 0,09%
16 2038 17.522 38.581 -21.059 0,09%
17 2039 17.895 39.630 -21.735 0,09%
18 2040 18.343 40.711 -22.368 0,09%
19 2041 18.803 41.824 -23.021 0,09%
20 2042 19.253 42.970 -23.717 0,09%
21 2043 19.729 44.151 -24.421 0,08%
22 2044 20.214 45.367 -25.153 0,08%
23 2045 20.715 46.626 -25.911 0,08%
24 2046 21.276 47.926 -26.650 0,08%
25 2047 21.759 49.268 -27.509 0,08%
26 2048 22.270 50.655 -28.384 0,08%
27 2049 22.803 52.086 -29.283 0,08%
28 2050 23.375 53.566 -30.191 0,08%
29 2051 23.951 55.095 -31.144 0,08%
30 2052 24.533 56.672 -32.139 0,08%
31 2053 25.115 58.300 -33.185 0,08%
32 2054 25.731 59.980 -34.249 0,08%
33 2055 26.268 61.707 -35.439 0,08%
34 2056 26.878 63.484 -36.606 0,08%
35 2057 27.507 65.298 -37.791 0,08%
36 2058 28.259 67.164 -38.905 0,07%
37 2059 28.967 69.066 -40.099 0,07%
38 2060 29.684 70.999 -41.315 0,07%
39 2061 30.441 72.958 -42.517 0,07%
40 2062 31.272 74.940 -43.668 0,07%
41 2063 31.984 76.936 -44.951 0,07%
42 2064 32.852 78.942 -46.090 0,07%
43 2065 33.684 80.953 -47.269 0,07%
44 2066 34.548 82.966 -48.418 0,07%
45 2067 35.441 84.977 -49.536 0,07%
46 2068 36.334 86.981 -50.647 0,07%
47 2069 37.241 88.976 -51.735 0,07%
48 2070 38.231 90.963 -52.732 0,07%
49 2071 39.052 93.021 -53.969 0,06%

- 45 -
(R$ Milhões)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

50 2072 39.967 95.107 -55.140 0,06%


51 2073 40.926 97.226 -56.300 0,06%
52 2074 41.896 99.415 -57.519 0,06%
53 2075 42.922 101.692 -58.770 0,06%
54 2076 43.931 104.057 -60.125 0,06%
55 2077 44.955 106.520 -61.565 0,06%
56 2078 46.035 109.119 -63.084 0,06%
57 2079 46.942 111.857 -64.915 0,06%
58 2080 47.998 114.784 -66.786 0,06%
59 2081 49.126 117.892 -68.765 0,06%
60 2082 50.296 121.199 -70.904 0,06%
61 2083 51.467 124.726 -73.259 0,06%
62 2084 52.665 128.509 -75.844 0,06%
63 2085 53.914 132.571 -78.657 0,06%
64 2086 55.233 136.935 -81.701 0,06%
65 2087 56.355 141.617 -85.263 0,06%
66 2088 57.665 146.641 -88.976 0,06%
67 2089 59.050 152.027 -92.978 0,06%
68 2090 60.517 157.791 -97.273 0,06%
69 2091 62.058 163.947 -101.888 0,06%
70 2092 63.634 170.479 -106.845 0,06%
71 2093 65.489 177.390 -111.901 0,06%
72 2094 67.356 184.671 -117.315 0,06%
73 2095 68.995 192.288 -123.293 0,06%
74 2096 70.934 200.215 -129.281 0,06%
75 2097 73.034 208.436 -135.402 0,06%

O gráfico a seguir, considerando os dados da Tabela anterior, demonstra, para a hipótese de


cálculo com reposição de militares e com crescimento remuneratório igual a inflação do
período anterior, a partir de 2025, a tendência futura do resultado entre as receitas e despesas
das pensões de militares e o percentual desse resultado em relação ao PIB:

- 46 -
PENSÕES DE MILITARES - RESULTADO COM
REPOSIÇÃO DE MILITARES E COM REPOSIÇÃO
REMUNERATÓRIA IGUAL À INFLAÇÃO
0,14% 160.000
0,12% 140.000

Resultado R$ Milhões
120.000
% Resultado PIB

0,10%
100.000
0,08%
80.000
0,06%
60.000
0,04% 40.000
0,02% 20.000
0,00% 0

% PIB com recomposição rem Resultado com recomposição rem

8.2.3 Análise das projeções com reposição de militares


Da análise dos itens 8.2.1 e 8.2.2, nota-se, quando a hipótese com reposição de militares é
levada em conta, que o valor do resultado entre receitas e despesas com pensões de militares,
em relação ao PIB, é decrescente independentemente do cenário de recomposição
remuneratória.
O Gráfico a seguir compara, em proporção do PIB, os resultados obtidos nas projeções com
reposição de militares para os diferentes cenários de recomposição remuneratória:

- 47 -
PENSÕES DE MILITARES - COMPARAÇÃO DOS
RESULTADO COM REPOSIÇÃO DE MILITARES
COM E SEM CRESCIMENTO REMUNERATÓRIO
% PIB
0,14%
0,12%
% Resultado PIB

0,10%
0,08%
0,06%
0,04%
0,02%
0,00%

% PIB sem recomposição rem % PIB com recomposição rem

O gráfico acima evidencia, de forma mais clara, que ambos os cenários remuneratórios são
decrescentes em relação ao PIB e que o percentual máximo estimado é de 0,13%, no ano de
2023, alcançando 0,06%, na pior hipótese (com reposição da inflação), em 2071. Também
possibilita a afirmação de que as despesas futuras com pensões de militares, com reposição
de militares, em relação ao PIB, ao longo do tempo, provavelmente, encontrar-se-ão no
intervalo entre as duas curvas evidenciadas no Gráfico anterior, pois cada uma delas
representa os prováveis limites inferior (sem reajuste) e superior da estimativa (com reajuste
pela inflação).

8.3 Reserva matemática de pensões de militares


Considerando as três Forças Armadas agregadas, a tabela a seguir demonstra o valor presente
atuarial da reserva matemática (provisão) calculada por meio do método de financiamento de
Crédito Unitário Projetado:

RESERVA MATEMÁTICA R$ 339.224.996.630,88

Resultado de Pensões militares concedidas R$ 319.853.719.701,72

Despesas R$ 401.670.026.809,56

- 48 -
Receitas R$ 81.816.307.107,84

Resultado de Pensões militares a conceder R$ 19.371.276.929,16

Despesas R$ 69.540.190.884,76

Receitas R$ 50.168.913.955,60

No que se refere ao cálculo da reserva matemática, esse foi realizado em atendimento à


recomendação do item 1.7.2 do Acórdão 1.463/2020/TCU-Plenário, visando à evidenciação
contábil do referido valor no BGU, na conta contábil do SIAFI de provisão de pensões de
militares.
8.3.1 Análise da reserva matemática
A análise do valor da reserva matemática, calculada por meio do Valor Presente Atuarial, para
o caso das pensões de militares, é complexa, pois, em verdade, o cálculo da reserva
matemática foi originalmente desenvolvido e aplicado a fundos previdenciários capitalizados.
Ressalta-se que, em regra, esses fundos previdenciários destinam-se à cobertura de riscos de
aposentadoria e morte. Assim, surgem grandes diferenças, pois as pensões de militares se
destinam somente à cobertura do risco de morte do militar, que contribui durante toda a sua
vida para esse direito.
A interpretação da reserva matemática, além de imprecisa, torna-se mais difícil na medida em
que se constata que as pensões de militares não possuem nenhum tipo de capitalização.
Por ser um sistema de fluxo de caixa mensal, que usa imediatamente as contribuições dos
militares e também, conforme previsão legal, utiliza recursos do Tesouro Nacional para seu
financiamento, a reserva matemática apresentada neste documento pode ser interpretada,
de forma simplificada, como um valor contábil hipotético que, em 31 de dezembro de 2022,
o Tesouro Nacional deveria possuir em uma provisão rentabilizada, a uma determinada taxa
de juros, o qual seria suficiente para a total liquidação das despesas futuras das atuais e
futuras (a conceder) pensões de militares. Ou seja, representa o valor para a União pagar,
de uma só vez, na data retromencionada, todas as pensões de militares que deveriam ser
pagas em um horizonte temporal de mais de cem anos.
Assim, tratar essa reserva matemática como espécie de déficit atual, é um equívoco, pois não
há fundo capitalizado para possibilitar tal afirmativa. Também não há lógica em comparar o
valor da reserva matemática com o valor do PIB corrente, pois a reserva matemática soma, a

- 49 -
valor presente, as despesas que serão financiadas pelo Tesouro Nacional em mais de um
século.
Dessa forma, conclui-se que as projeções atuariais, descrevendo o fluxo futuro de despesas,
seriam a melhor ferramenta para análise do Risco Fiscal atinente às pensões de militares.

9. PARECER ATUARIAL
Foram realizados os cálculos da reserva matemática dos proventos de militares veteranos e
de pensões de militares. Para isso, foi empregada a técnica do valor presente atuarial, com o
método de financiamento de Crédito Unitário Projetado, visando o cálculo contábil da
provisão dos referidos direitos para evidenciação no Balanço Geral da União.
A análise desse valor, para o caso dos proventos de militares veteranos e das pensões de
militares, é complexa, pois em verdade, o cálculo da reserva matemática, em especial o
método de Crédito Unitário Projetado, foi originalmente desenvolvido para benefícios
acumulados ao longo do tempo, em fundos previdenciários capitalizados.
Ressalta-se que, em regra, esses fundos previdenciários se destinam à cobertura de riscos de
aposentadoria e morte. Assim, surgem grandes diferenças, pois, em verdade, os proventos de
militares veteranos e as pensões de militares são benefícios de planos diferentes, com
diferentes regras de financiamento, ao contrário do que ocorre nos regimes previdenciários
pátrios, em que a mesma fonte de financiamento cobre os riscos de aposentadoria e morte.
Sobre tal ponto, destaca-se que os proventos de veteranos, sem nenhum tipo de contribuição
para seu financiamento, tem o propósito de compensar o militar e sua família por seus
sacrifícios, físicos e mentais, em prol do Estado. Ademais, destina-se ao pagamento de um
período especial da vida militar, marcado pelo afastamento do serviço ativo, mas com a
possibilidade de disponibilidade permanente, similar a um regime de sobreaviso (prontidão).
Já a pensão militar, com contribuições do militar e dos beneficiários durante a vida toda e,
sem contribuição patronal, destinam-se somente à cobertura do risco de morte do militar.
A interpretação da reserva matemática torna-se mais difícil na medida em que se constata
que em ambos os direitos não há nenhum tipo de capitalização de ativos garantidores,
podendo afastar, aparentemente, a aplicabilidade do método de valor presente atuarial aos
proventos de militares veteranos e pensões de militares.

- 50 -
Em verdade, a reserva matemática apresentada neste documento, de forma simplificada,
pode ser interpretada como um valor contábil hipotético que, em 31 de dezembro de 2022,
o Tesouro Nacional deveria possuir em uma provisão rentabilizada, a uma determinada taxa
de juros, a qual seria suficiente para a total liquidação dos atuais e futuros direitos de
proventos de veteranos e pensões de militares. Ou seja, representa o valor para a União
pagar de uma só vez, na data retromencionada, todos os proventos e pensões de militares
que deveriam ser pagos em um horizonte temporal de mais de cem anos.
Assim, tratar o valor da reserva matemática como espécie de déficit, em tese, é um equívoco,
pois não há ativos garantidores capitalizados para que tal afirmação possa ser feita. Também
parece não haver lógica em comparar o valor hipotético da reserva matemática com o valor
corrente do PIB, pois a reserva matemática soma à valor presente, as necessidades do Tesouro
Nacional de mais de cem anos, sem considerar, no entanto, que nesse mesmo período haverá
a arrecadação de receitas pelo Tesouro decorrentes do produto da economia.
Dessa forma, conclui-se que a as projeções atuariais, comparando o fluxo futuro de receitas
e despesas, é a melhor ferramenta para análise do Risco Fiscal atinente aos proventos de
militares veteranos e às pensões de militares.
Destarte, a fim de contribuir para o processo orçamentário e ser verificada a possibilidade de
os proventos de veteranos e de as pensões de militares representarem um Risco Fiscal para o
Tesouro Nacional, o presente trabalho, considerando as regras da reestruturação da carreira
militar (Lei no 13.954/2019), projetou atuarialmente quatro cenários para os direitos
avaliados: (i) sem reposição de militares (massa fechada) e sem recomposição remuneratória
nominal; (ii) sem reposição de militares (massa fechada) e com recomposição remuneratória
nominal igual a inflação do período anterior, a partir de 2025; (iii) com reposição de militares
(massa aberta) e sem recomposição remuneratória nominal; e (iv) com reposição de militares
(massa aberta) e com recomposição remuneratória nominal igual a inflação do período
anterior, a partir de 2025. Ressalva-se que, prudencialmente, para a hipótese de reposição de
militares, foi acrescido um novo entrante a cada militar que morre, ou que deixa o Serviço
Ativo, não sendo considerado o processo de redução de efetivo militar em andamento.
Sobre a hipótese de ausência de recomposição nominal das remunerações, foi considerada
que a referida condição é válida, pois não há para os militares e para seus pensionistas uma
política de recomposição remuneratória indexada à inflação, muito menos de ganhos reais ao
- 51 -
longo do tempo. Por outro lado, é pouco provável que não ocorra algum tipo de recomposição
remuneratória no futuro, haja vista que se isso não ocorrer, a depreciação provocada pela
inflação extinguirá os direitos pecuniários dos militares ativos, veteranos e pensionistas de
militares. Dessa forma, esse cenário, quando aplicado, pode ser considerado o limite
hipotético inferior da estimativa das receitas e despesas futuras de pensões de militares e
despesas futuras de proventos de militares veteranos.
Já a hipótese de recomposição remuneratória dos militares ativos, veteranos e pensionistas
de militares em igual índice, qual seja, a taxa de inflação do período anterior, também pode
ser considerada verdadeira, todavia, pouco exequível em sua plenitude, em razão da situação
fiscal do país desde o final de 2014. Assim, esse cenário, quando aplicado, pode ser
considerado como o limite hipotético superior da estimativa das receitas e despesas futuras
analisadas no presente documento. Quanto à possibilidade de simulação de um cenário com
ganhos reais, esse foi descartado em razão da grave situação fiscal do país, combinado com o
fato de não haver nenhuma política remuneratória para os militares que ao menos preveja a
recomposição indexada à inflação.
No entanto, visando avaliar a possibilidade de os proventos de militares veteranos e pensões
de militares representarem ou não um risco fiscal, apenas a pior hipótese, para o Tesouro
Nacional, será apreciada na sequência.
Ao serem analisadas as projeções com reposição de militares e com recomposição
remuneratória nominal igual à inflação (pior hipótese da presente avaliação), verifica-se que
o resultado agregado de proventos de militares e pensões de militares decresce de 0,39%, em
2023, para 0,13%, em 2097, representando uma redução de 66,67%.
Por todo exposto, a presente avaliação indica que, mesmo ao ser considerado o cenário mais
pessimista para o Tesouro Nacional (projeções atuariais com reposição de militares e com
recomposição das remunerações pela inflação do período anterior), não há Risco Fiscal para
a União decorrente dos proventos de militares veteranos e pensões de militares.
Por último, ressalva-se que os resultados apresentados neste documento são sensíveis a
variações das premissas, da base normativa e da base de dados utilizada.

- 52 -
10. ANÁLISE DAS DESPESAS PASSADAS COM VETERANOS E PENSÕES DE MILITARES
A partir de dados da execução orçamentária, contidos no Relatório Resumido de Execução
Orçamentária, publicado pela Secretaria do Tesouro Nacional, e de dados do PIB, publicados
pelo IBGE, o gráfico a seguir evidencia o percentual das despesas líquidas com militares
veteranos e pensões de militares, dos últimos 5 anos, em relação ao PIB:

DESPESAS LÍQUIDAS DO TESOURO NACIONAL % PIB


0,61% 0,62%
0,59%
0,60%
0,51%
0,48%
0,50%
0,40%
0,30%
0,20%
0,10%
0,00%
2018 2019 2020 2021 2022

% Despesas Líquidas Tesouro Nacional

A partir do gráfico anterior, verifica-se que, entre 2018 e 2022, em proporção do PIB, mesmo
com todas as dificuldades econômicas vivenciadas pelo Brasil nos últimos anos, as despesas
com militares veteranos e pensionistas de militares reduziram 21%.

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS2


As Forças Armadas são basilares para a identidade nacional e para o equilíbrio do Estado,
entretanto, a existência de Forças Armadas depende do perfeito funcionamento de um
contrato ou pacto social: O Sistema de Proteção Social dos Militares das Forças Armadas
(SPSMFA).
As questões que envolvem o SPSMFA não são apenas econômicas e sociais, como as que
permeiam os regimes previdenciários, pois a demografia afeta as questões de defesa de forma
distinta. Enquanto a mudança demográfica é para a previdência social uma questão de
equilíbrio atuarial entre receitas e despesas, para as Forças Armadas representa um problema

2
O texto do referido item, no que tange aos conceitos e às funções das Forças Armadas e do SPSMFA, deriva
dos seguintes estudos da Fundação Getúlio Vargas: “As Forças Armadas e a PEC da Previdência (2), da
Fundação Getúlio Vargas (2019) e As Forças Armadas e a PEC da Previdência. Fundação Getúlio Vargas (2016).
- 53 -
militar, com graves e não triviais consequências nas questões de defesa e de poder entre as
nações.
Na verdade, o SPSMFA viabiliza a prontidão das Forças Armadas para o cumprimento de sua
missão constitucional, por meio do atendimento das seguintes funções:
(i) Atração e retenção de talentos;
(ii) Manutenção de efetivos com vigores físico e mental compatíveis com as exigências
da atividade bélica; e
(iii) Compensação das peculiaridades específicas (sacrifícios) da carreira militar.
Por conta dessas funções, quase a totalidade dos países compreendem que a proteção social
militar deve ser distinta da previdência social. Não por outra razão, o Tribunal de Contas da
União reconheceu, por meio do Acórdão nº 684/2022/TCU-Plenário, que
constitucionalmente, o SPSMFA não é um regime previdenciário.
Ressalta-se que a eventual inexistência de um sistema especial para os militares, que
reconheça suas peculiaridades, poderia redundar na falta de voluntários aptos ao serviço das
Forças Armadas, pois quando não mais houver compensações aos sacrifícios da profissão
militar, pode ser que não haja mais voluntários para servir às Forças Armadas.
Cabe ao Estado prover os meios necessários para que o militar cumpra com a sua missão
constitucional, respeitando suas peculiaridades, protegendo-o e garantindo uma
remuneração adequada que permita uma vida compatível com o papel que exerce na
sociedade. No entanto, a provisão desses meios deve ocorrer de forma ponderada e adequada
à realidade orçamentária brasileira.
Nesse ponto, a presente avaliação, em atendimento às recomendações do Tribunal de Contas
da União, lança luz sobre os custos futuros de proventos de militares veteranos e pensões de
militares, desmistificando narrativas de que o SPSMFA seria responsável por parcela relevante
dos déficits primários da União registrados nos últimos anos, ou por qualquer outro
desequilíbrio macroeconômico. Isso porque a presente Avaliação, seja por meio de valores
observados nos últimos cinco anos, seja com estimativas prospectivas para os próximos 75
anos, indica que as reformas anteriores do referido Sistema estão tendo como efeito a
redução da proporção de recursos do Produto Interno Bruto alocados nas despesas com
militares veteranos e pensionistas de militares. Assim, nota-se que, entre 2018 e 2022, a
proporção de despesas dos proventos de veteranos em relação ao PIB reduziu de 0,61% para
- 54 -
0,48%. Quando a análise é prospectiva, mesmo na pior hipótese da projeção atuarial (com
reposição de pessoal e reposição da inflação nas remunerações ao longo do tempo), as
estimativas indicam uma redução de 0,39%, em 2023, para 0,13%, em 2097, implicando em
uma previsão de decréscimo de 66,67% em relação à proporção do PIB.
Ou seja, não é a alocação de recursos no SPSMFA a responsável por qualquer problema
econômico nacional.
A falta de percepção de uma ameaça externa e, sobretudo, a atual situação econômica, não
podem levar o Brasil a negligenciar a maior riqueza das Forças Armadas: os seus recursos
humanos.
O equilíbrio das relações internacionais pode mudar rapidamente. A história demonstra que
Forças Armadas prontas e preparadas são a retaguarda da política, da diplomacia e da paz
social, por meio da projeção de poder nas regiões de interesse nacional e da dissuasão de
eventuais inimigos que intencionem aplicar a solução bélica.
Embora, no que se refere a conflitos armados internacionais clássicos, o país viva em paz há
décadas, existem crescentes tensões militares no planeta em razão de as potências militares
mundiais estarem buscando a reafirmação de seus poderes e áreas de influência. Nesse
contexto, não pode ser esquecida a Segunda-Guerra Mundial, que trouxe, de repente, a
guerra para o mar brasileiro na década de 1940 e fez com que nossas Forças Armadas
combatessem na Costa brasileira e na Europa.
Portanto, existe a necessidade de que haja o entendimento de que o SPSMFA e suas funções
são, sobretudo, um problema de defesa nacional, com potencial de afetar irreversivelmente
a prontidão das Forças Armadas no curto, médio e longo prazo.

- 55 -
ANEXO A

TÁBUAS BIOMÉTRICAS

1.TÁBUAS DE MORTALIDADE (ATIVOS, VETERANOS, PENSIONISTAS E INVÁLIDOS)


MORTALIDADE SEXO MASCULINO MORTALIDADE SEXO MASCULINO
AT-71 (-47%) AT-71 (-47%)
x qx x qx
0 0,002141 31 0,000566
1 0,000837 32 0,000602
2 0,000470 33 0,000643
3 0,000379 34 0,000687
4 0,000332 35 0,000737
5 0,000300 36 0,000792
6 0,000279 37 0,000852
7 0,000265 38 0,000918
8 0,000258 39 0,000992
9 0,000255 40 0,001073
10 0,000256 41 0,001177
11 0,000261 42 0,001315
12 0,000266 43 0,001486
13 0,000271 44 0,001689
14 0,000278 45 0,001921
15 0,000285 46 0,002181
16 0,000292 47 0,002468
17 0,000301 48 0,002780
18 0,000310 49 0,003116
19 0,000320 50 0,003475
20 0,000331 51 0,003857
21 0,000343 52 0,004260
22 0,000357 53 0,004685
23 0,000372 54 0,005131
24 0,000388 55 0,005599
25 0,000407 56 0,006090
26 0,000427 57 0,006604
27 0,000450 58 0,007142
28 0,000475 59 0,007707
29 0,000502 60 0,008301
30 0,000532 61 0,008941
- 56 -
MORTALIDADE SEXO MASCULINO MORTALIDADE SEXO MASCULINO
AT-71 (-47%) AT-71 (-47%)
x qx x qx
62 0,009645 93 0,142549
63 0,010423 94 0,154823
64 0,011280 95 0,167922
65 0,012225 96 0,181855
66 0,013266 97 0,196616
67 0,014412 98 0,212187
68 0,015676 99 0,228535
69 0,017067 100 0,245610
70 0,018599 101 0,263341
71 0,020284 102 0,281636
72 0,022139 103 0,300381
73 0,024179 104 0,319438
74 0,026422 105 0,338647
75 0,028886 106 0,357826
76 0,031593 107 0,376776
77 0,034564 108 0,395286
78 0,037825 109 0,530000
79 0,041400 110 0,530000
80 0,045317 111 0,530000
81 0,049604 112 0,530000
82 0,054295 113 0,530000
83 0,059420 114 0,530000
84 0,065015 115 0,530000
85 0,071114 116 0,530000
86 0,077756
87 0,084976
88 0,092816
89 0,101310
90 0,110497
91 0,120412
92 0,131086

- 57 -
MORTALIDADE SEXO FEMININO MORTALIDADE SEXO FEMININO
AT 71 (-42%) AT 71 (-42%)
x qx x qx
0 0 31 0,000499
1 0 32 0,000534
2 0 33 0,000568
3 0 34 0,000609
4 0 35 0,00065
5 0,000267 36 0,000696
6 0,000244 37 0,000754
7 0,000232 38 0,000812
8 0,000226 39 0,000876
9 0,000226 40 0,000945
10 0,000226 41 0,001038
11 0,000232 42 0,00116
12 0,000238 43 0,001311
13 0,000238 44 0,001491
14 0,000244 45 0,001694
15 0,000249 46 0,001926
16 0,000255 47 0,002175
17 0,000267 48 0,002453
18 0,000273 49 0,002749
19 0,000284 50 0,003068
20 0,00029 51 0,00341
21 0,000302 52 0,003747
22 0,000313 53 0,004112
23 0,000331 54 0,004489
24 0,000342 55 0,004884
25 0,00036 56 0,00529
26 0,000377 57 0,005713
27 0,000394 58 0,006154
28 0,000418 59 0,006618
29 0,000441 60 0,007105
30 0,00047 61 0,007615

- 58 -
MORTALIDADE SEXO FEMININO MORTALIDADE SEXO FEMININO
AT 71 (-42%) AT 71 (-42%)
x qx x qx
62 0,008161 93 0,1344960
63 0,008746 94 0,1491470
64 0,00939 95 0,1646270
65 0,010098 96 0,1807110
66 0,010887 97 0,1973220
67 0,011768 98 0,2144670
68 0,012754 99 0,2321100
69 0,013856 100 0,2502180
70 0,01508 101 0,2687200
71 0,016437 102 0,2875410
72 0,017939 103 0,3257800
73 0,019604 104 0,3450300
74 0,021448 105 0,3642520
75 0,023484 106 0,3833510
76 0,025746 107 0,4022300
77 0,028258 108 0,4208020
78 0,03103 109 0,5800000
79 0,034098 110 0,5800000
80 0,037468 111 0,5800000
81 0,041122 112 0,5800000
82 0,045049 113 0,5800000
83 0,049265 114 0,5800000
84 0,053865 115 0,5800000
85 0,05898 116 0,5800000
86 0,064757
87 0,071369
88 0,07895
89 0,087621
90 0,097463
91 0,108547
92 0,120907

- 59 -
2. TÁBUA DE MORTALIDADE DE INVÁLIDOS:

MORTALIDADE DE INVÁLIDOS MORTALIDADE DE INVÁLIDOS


Rentiers_Français (-9%) Rentiers_Français (-9%)
x qix x qix
0 0,032778 31 0,006143
1 0,025016 32 0,006252
2 0,018974 33 0,006361
3 0,014333 34 0,006497
4 0,010802 35 0,006634
5 0,008163 36 0,006798
6 0,006252 37 0,006971
7 0,004914 38 0,007153
8 0,004031 39 0,007362
9 0,003531 40 0,007589
10 0,003312 41 0,007844
11 0,003331 42 0,008126
12 0,003522 43 0,008427
13 0,003840 44 0,008763
14 0,004241 45 0,009127
15 0,004687 46 0,009537
16 0,005142 47 0,009983
17 0,005551 48 0,010474
18 0,005897 49 0,011011
19 0,006143 50 0,011603
20 0,006279 51 0,012258
21 0,006297 52 0,012986
22 0,006197 53 0,013759
23 0,006024 54 0,014624
24 0,005833 55 0,015579
25 0,005678 56 0,016617
26 0,005733 57 0,017772
27 0,005806 58 0,019028
28 0,005879 59 0,020420
29 0,005951 60 0,021940
30 0,006042 61 0,023605

- 60 -
MORTALIDADE DE INVÁLIDOS MORTALIDADE DE INVÁLIDOS
Rentiers_Français (-9%) Rentiers_Français (-9%)
x qix x qix
62 0,025444 93 0,326299
63 0,027455 94 0,351369
64 0,029666 95 0,377705
65 0,032096 96 0,405241
66 0,034753 97 0,433897
67 0,037674 98 0,463545
68 0,040868 99 0,494030
69 0,044372 100 0,525170
70 0,048212 101 0,556747
71 0,052416 102 0,588497
72 0,057021 103 0,620138
73 0,062053 104 0,651360
74 0,067558 105 0,681836
75 0,073574 106 0,910000
76 0,080135 107 0,910000
77 0,087296 108 0,910000
78 0,095113 109 0,910000
79 0,103613 110 0,910000
80 0,112867 111 0,910000
81 0,122923 112 0,910000
82 0,133843 113 0,910000
83 0,145682 114 0,910000
84 0,158495 115 0,910000
85 0,172345 116 0,910000
86 0,187287
87 0,203367
88 0,220657
89 0,239175
90 0,258986
91 0,280098
92 0,302539

- 61 -
3.TÁBUA PARA A ENTRADA EM INVALIDEZ:
ENTRADA EM INVALIDEZ ENTRADA EM INVALIDEZ
RGPS_9902_MM (-42%) RGPS_9902_MM (-42%)
x ix x ix
0 0,000000 31 0,000360
1 0,000000 32 0,000418
2 0,000000 33 0,000481
3 0,000000 34 0,000551
4 0,000000 35 0,000632
5 0,000000 36 0,000719
6 0,000000 37 0,000806
7 0,000000 38 0,000911
8 0,000000 39 0,001027
9 0,000000 40 0,001160
10 0,000000 41 0,001322
11 0,000000 42 0,001496
12 0,000000 43 0,001688
13 0,000000 44 0,001897
14 0,000000 45 0,002123
15 0,000000 46 0,002349
16 0,000000 47 0,002593
17 0,000000 48 0,002848
18 0,000000 49 0,003138
19 0,000000 50 0,003463
20 0,000023 51 0,003822
21 0,000046 52 0,004205
22 0,000064 53 0,004623
23 0,000081 54 0,005092
24 0,000104 55 0,005626
25 0,000128 56 0,006258
26 0,000157 57 0,006989
27 0,000191 58 0,007749
28 0,000220 59 0,008485
29 0,000261 60 0,009147
30 0,000307 61 0,009848

- 62 -
ENTRADA EM INVALIDEZ ENTRADA EM INVALIDEZ
RGPS_9902_MM (-42%) RGPS_9902_MM (-42%)
x ix x ix
62 0,010637 93 0,580000
63 0,011316 94 0,580000
64 0,011704 95 0,580000
65 0,011606 96 0,580000
66 0,009558 97 0,580000
67 0,008062 98 0,580000
68 0,006600 99 0,580000
69 0,005313 100 0,580000
70 0,004930 101 0,580000
71 0,580000 102 0,580000
72 0,580000 103 0,580000
73 0,580000 104 0,580000
74 0,580000 105 0,580000
75 0,580000 106 0,580000
76 0,580000 107 0,580000
77 0,580000 108 0,580000
78 0,580000 109 0,580000
79 0,580000 110 0,580000
80 0,580000 111 0,580000
81 0,580000 112 0,580000
82 0,580000 113 0,580000
83 0,580000 114 0,580000
84 0,580000 115 0,580000
85 0,580000 116 0,580000
86 0,580000
87 0,580000
88 0,580000
89 0,580000
90 0,580000
91 0,580000
92 0,580000

- 63 -
4.TÁBUA DE COMPOSIÇÃO FAMILIAR (PENSÃO NORMAL)

Probabilidade Probabilidade
Idade esperada Idade esperada
de ter de ter
Idade do beneficiário do beneficiário
beneficiário beneficiário
vitalício temporário
vitalício temporário
0 0,00000 0,00000 0 0
1 0,00000 0,00000 0 0
2 0,00000 0,00000 0 0
3 0,00000 0,00000 0 0
4 0,00000 0,00000 0 0
5 0,00000 0,00000 1 0
6 0,00000 0,00000 2 0
7 0,00000 0,00000 3 0
8 0,00000 0,00000 4 0
9 0,00000 0,00000 5 0
10 0,00000 0,00000 6 0
11 0,00000 0,00000 7 0
12 0,00000 0,00000 8 0
13 0,00000 0,00000 9 0
14 0,00000 0,00000 10 0
15 0,00000 0,00000 11 0
16 0,13330 0,40744 12 0
17 0,16120 0,38232 13 0
18 0,18850 0,35813 14 0
19 0,21520 0,33488 15 0
20 0,24130 0,31252 16 0
21 0,26680 0,29105 17 1
22 0,29170 0,27045 18 2
23 0,31600 0,25070 19 3
24 0,33970 0,23178 20 4
25 0,36280 0,21368 21 5

- 64 -
Probabilidade Probabilidade
Idade esperada Idade esperada
de ter de ter
Idade do beneficiário do beneficiário
beneficiário beneficiário
vitalício temporário
vitalício temporário
26 0,38530 0,19637 22 6
27 0,40720 0,17984 23 7
28 0,42850 0,16406 24 8
29 0,44920 0,14904 25 9
30 0,46930 0,13473 26 10
31 0,48880 0,12113 27 11
32 0,50770 0,10822 28 12
33 0,52600 0,09598 29 13
34 0,54370 0,08439 30 14
35 0,56080 0,07344 31 15
36 0,57730 0,06310 32 16
37 0,59320 0,05336 33 17
38 0,60850 0,04419 34 18
39 0,62320 0,03560 35 19
40 0,63730 0,02754 36 20
41 0,65080 0,02001 37 21
42 0,66370 0,01299 38 22
43 0,67600 0,00646 39 23
44 0,68770 0,00040 40 24
45 0,69880 0,00000 41 24
46 0,70930 0,00000 42 24
47 0,71920 0,00000 43 24
48 0,72850 0,00000 44 24
49 0,73720 0,00000 45 24
50 0,74530 0,00000 46 24
51 0,75280 0,00000 47 24
52 0,75970 0,00000 48 24
53 0,76600 0,00000 49 24

- 65 -
Probabilidade Probabilidade
Idade esperada Idade esperada
de ter de ter
Idade do beneficiário do beneficiário
beneficiário beneficiário
vitalício temporário
vitalício temporário
54 0,77170 0,00000 50 24
55 0,77680 0,00000 51 24
56 0,78130 0,00000 52 24
57 0,78520 0,00000 53 24
58 0,78850 0,00000 54 24
59 0,79120 0,00000 55 24
60 0,79330 0,00000 56 24
61 0,79480 0,00000 57 24
62 0,79570 0,00000 58 24
63 0,79600 0,00000 59 24
64 0,79570 0,00000 60 24
65 0,79480 0,00000 61 24
66 0,79330 0,00000 62 24
67 0,79120 0,00000 63 24
68 0,78850 0,00000 64 24
69 0,78520 0,00000 65 24
70 0,78130 0,00000 66 24
71 0,77680 0,00000 67 24
72 0,77170 0,00000 68 24
73 0,76600 0,00000 69 24
74 0,75970 0,00000 70 24
75 0,75280 0,00000 71 24
76 0,74530 0,00000 72 24
77 0,73720 0,00000 73 24
78 0,72850 0,00000 74 24
79 0,71920 0,00000 75 24
80 0,70930 0,00000 76 24
81 0,69880 0,00000 77 24

- 66 -
Probabilidade Probabilidade
Idade esperada Idade esperada
de ter de ter
Idade do beneficiário do beneficiário
beneficiário beneficiário
vitalício temporário
vitalício temporário
82 0,68770 0,00000 78 24
83 0,67600 0,00000 79 24
84 0,66370 0,00000 80 24
85 0,65080 0,00000 81 24
86 0,63730 0,00000 82 24
87 0,62320 0,00000 83 24
88 0,60850 0,00000 84 24
89 0,59320 0,00000 85 24
90 0,57730 0,00000 86 24
91 0,56080 0,00000 87 24
92 0,54370 0,00000 88 24
93 0,52600 0,00000 89 24
94 0,50770 0,00000 90 24
95 0,48880 0,00000 91 24
96 0,46930 0,00000 92 24
97 0,44920 0,00000 93 24
98 0,42850 0,00000 94 24
99 0,40720 0,00000 95 24
100 0,38530 0,00000 96 24
101 0,36280 0,00000 97 24
102 0,33970 0,00000 98 24
103 0,31600 0,00000 99 24
104 0,29170 0,00000 100 24
105 0,26680 0,00000 101 24
106 0,24130 0,00000 102 24
107 0,21520 0,00000 103 24
108 0,18850 0,00000 104 24
109 0,16120 0,00000 105 24

- 67 -
Probabilidade Probabilidade
Idade esperada Idade esperada
de ter de ter
Idade do beneficiário do beneficiário
beneficiário beneficiário
vitalício temporário
vitalício temporário
110 0,13330 0,00000 106 24
111 0,10480 0,00000 107 24
112 0,07570 0,00000 108 24
113 0,04600 0,00000 109 24
114 0,01570 0,00000 110 24

5.TÁBUA DE COMPOSIÇÃO FAMILIAR (PENSÃO EXTRAORDINÁRIA)

Probabilidade Probabilidade
Idade esperada Idade esperada
de ter de ter
Idade do beneficiário do beneficiário
beneficiário beneficiário
vitalício temporário
vitalício temporário
0 0,00000 0,00000 0 0
1 0,00000 0,00000 0 0
2 0,00000 0,00000 0 0
3 0,00000 0,00000 0 0
4 0,00000 0,00000 0 0
5 0,00000 0,00000 0 0
6 0,00000 0,00000 0 0
7 0,00000 0,00000 0 0
8 0,00000 0,00000 0 0
9 0,00000 0,00000 0 0
10 0,00000 0,00000 0 0
11 0,00000 0,00000 0 0
12 0,00000 0,00000 0 0
13 0,00000 0,00000 0 0
14 0,00000 0,00000 0 0
15 0,00000 0,00000 0 0

- 68 -
Probabilidade Probabilidade
Idade esperada Idade esperada
de ter de ter
Idade do beneficiário do beneficiário
beneficiário beneficiário
vitalício temporário
vitalício temporário
16 0,00000 0,00000 0 0
17 0,00000 0,00000 0 0
18 0,00000 0,00000 0 0
19 0,00000 0,00000 0 0
20 0,00000 0,00000 0 0
21 0,00000 0,00000 0 0
22 0,00000 0,00000 0 0
23 0,00000 0,00000 0 0
24 0,00000 0,00000 0 0
25 0,00000 0,00000 0 0
26 0,00000 0,00000 0 0
27 0,00000 0,00000 1 0
28 0,00000 0,00000 2 0
29 0,00000 0,00000 3 0
30 0,00000 0,00000 4 0
31 0,00000 0,00000 5 1
32 0,00000 0,00000 6 2
33 0,00000 0,00000 7 3
34 0,00000 0,00000 8 4
35 0,00000 0,00000 9 5
36 0,90773 0,01493 10 6
37 0,92524 0,01920 11 7
38 0,93944 0,02279 12 8
39 0,95060 0,02575 13 9
40 0,95900 0,02813 14 10
41 0,96490 0,02997 15 11
42 0,96857 0,03132 16 12
43 0,97025 0,03222 17 13

- 69 -
Probabilidade Probabilidade
Idade esperada Idade esperada
de ter de ter
Idade do beneficiário do beneficiário
beneficiário beneficiário
vitalício temporário
vitalício temporário
44 0,97016 0,03271 18 14
45 0,96854 0,03284 19 15
46 0,96559 0,03264 20 16
47 0,96153 0,03216 21 17
48 0,95655 0,03141 22 18
49 0,95084 0,03045 23 19
50 0,94456 0,02931 24 20
51 0,93788 0,02801 25 21
52 0,93095 0,02658 26 22
53 0,92393 0,02506 27 23
54 0,91694 0,02347 28 24
55 0,91010 0,02184 29 24
56 0,90354 0,02019 30 24
57 0,89735 0,01854 31 24
58 0,89164 0,01692 32 24
59 0,88648 0,01535 33 24
60 0,88194 0,01384 34 24
61 0,87810 0,01241 35 24
62 0,87500 0,01107 36 24
63 0,87268 0,00985 37 24
64 0,87119 0,00875 38 24
65 0,87055 0,00778 39 24
66 0,87076 0,00695 40 24
67 0,87184 0,00628 41 24
68 0,87377 0,00576 42 24
69 0,87654 0,00541 43 24
70 0,88012 0,00523 44 24
71 0,88447 0,00521 45 24

- 70 -
Probabilidade Probabilidade
Idade esperada Idade esperada
de ter de ter
Idade do beneficiário do beneficiário
beneficiário beneficiário
vitalício temporário
vitalício temporário
72 0,88956 0,00537 46 24
73 0,89531 0,00570 47 24
74 0,90167 0,00619 48 24
75 0,90856 0,00685 49 24
76 0,91589 0,00766 50 24
77 0,92356 0,00863 51 24
78 0,93146 0,00974 52 24
79 0,93948 0,01099 53 24
80 0,94750 0,01237 54 24
81 0,95536 0,01385 55 24
82 0,96294 0,01543 56 24
83 0,97006 0,01710 57 24
84 0,97656 0,01883 58 24
85 0,98227 0,02061 59 24
86 0,98699 0,02242 60 24
87 0,99052 0,02423 61 24
88 0,99267 0,02603 62 24
89 0,99321 0,02779 63 24
90 0,99192 0,02949 64 24
91 0,98855 0,03109 65 24
92 0,98286 0,03257 66 24
93 0,97459 0,03390 67 24
94 0,96347 0,03505 68 24
95 0,94923 0,03599 69 24
96 0,93157 0,03667 70 24
97 0,91020 0,03708 71 24
98 0,88481 0,03715 72 24
99 0,85507 0,03687 73 24

- 71 -
Probabilidade Probabilidade
Idade esperada Idade esperada
de ter de ter
Idade do beneficiário do beneficiário
beneficiário beneficiário
vitalício temporário
vitalício temporário
100 0,82067 0,03619 74 24
101 0,78127 0,03507 75 24
102 0,73651 0,03346 76 24
103 0,68603 0,03132 77 24
104 0,62947 0,02860 78 24
105 0,56646 0,02526 79 24
106 0,49659 0,02125 80 24
107 0,41947 0,01651 81 24
108 0,33470 0,01100 82 24
109 0,24184 0,00466 83 24
110 0,14049 0,00000 84 24
111 0,03018 0,00000 85 24

6. TAXA DE ROTATIVIDADE DE MILITARES:

TAXA DE ROTATIVIDADE
Idade Militares de Carreira Militares Temporários
Masculino Feminino Masculino Feminino
14 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000
15 0,00000 0,79705 0,40277 0,00000
16 0,00000 0,23450 0,27491 0,00000
17 0,00753 0,13018 0,47475 0,83739
18 0,02419 0,06890 0,03278 0,28270
19 0,01982 0,05463 0,25920 0,17634
20 0,02399 0,06447 0,26248 0,08694
21 0,03438 0,06612 0,14710 0,06672
22 0,04003 0,06965 0,37042 0,07829
23 0,04055 0,05229 0,27191 0,06056
24 0,04157 0,03762 0,36371 0,07099
25 0,03754 0,05339 0,29637 0,16040
26 0,03611 0,03761 0,60355 0,12148
27 0,02784 0,03732 0,92605 0,11351
28 0,02325 0,04178 0,31024 0,09919
- 72 -
TAXA DE ROTATIVIDADE
Idade Militares de Carreira Militares Temporários
Masculino Feminino Masculino Feminino
29 0,01784 0,04004 0,18242 0,07686
30 0,01112 0,04798 0,15257 0,08519
31 0,00644 0,05625 0,13077 0,08511
32 0,00453 0,07087 0,13502 0,09617
33 0,00491 0,08559 0,14016 0,09577
34 0,00446 0,08820 0,11137 0,08448
35 0,00415 0,10891 0,11811 0,09711
36 0,00345 0,12545 0,13660 0,10078
37 0,00309 0,14096 0,13840 0,10223
38 0,00330 0,15842 0,11192 0,10575
39 0,00242 0,16274 0,10586 0,10823
40 0,00280 0,16692 0,12608 0,11347
41 0,00099 0,15433 0,12193 0,12191
42 0,00094 0,15195 0,10989 0,13096
43 0,00087 0,11234 0,11340 0,12424
44 0,00043 0,12915 0,15308 0,18817
45 0,00042 0,32029 0,81916 0,79372
46 0,00009 0,07142 0,41080 0,44966
47 0,00018 0,04423 0,27981 0,47318
48 0,00021 0,02881 0,44768 0,58780
49 0,00000 0,01801 0,47034 0,91756
50 0,00020 0,00583 0,11013 0,43629
51 0,00058 0,00750 0,36681 0,63329
52 0,00083 0,00000 0,00000 0,00000
53 0,00067 0,00000 0,00000 0,00000
54 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000
55 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000
56 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000
57 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000
58 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000
59 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000
60 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000

- 73 -
ANEXO B

CÁLCULO DA DURAÇÃO DOS PASSIVOS E TESTE DE SENSIBILIDADE DA TAXA DE JUROS

1. FÓRMULA DO CÁLCULO DA DURAÇÃO

𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑛
∑𝑛=75
𝑛=1 (( ) ∗ (𝑛 − 0,5))
(1+𝑖)(𝑛−0,5)
𝑫𝑼𝑹𝑨ÇÃ𝑶 = 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑛
∑𝑛=75
𝑛=1 ( )
(1+𝑖)(𝑛−0,5)

2. CÁLCULO DA DURAÇÃO DO PASSIVO DE PROVENTOS DE VETERANOS

Taxa Anterior i 4,76%

𝑛=75
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑛
∑ (( ) ∗ (𝑛 − 0,5) R$ 7.891.292.683.734,35
(1 + 𝑖)(𝑛−0,5)
𝑛=1

𝑛=75
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑛
∑ ( ) R$ 525.861.783.213,02
(1 + 𝑖)(𝑛−0,5)
𝑛=1

DURAÇÃO 15,01

* Como Taxa Anterior i, foi considerada a taxa real de juros da Avaliação Atuarial do ano
anterior.

- 74 -
Detalhamento da Tabela anterior:

Ano 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏


série Ano Resultado ∗ (𝒏 − 𝟎, 𝟓)
(𝟏 + 𝒊)(𝒏−𝟎,𝟓) (𝟏 + 𝒊)(𝒏−𝟎,𝟓)
(n)

1 2023 30.802.645.997,29 15.047.359.057,75 30.077.496.530,06


2 2024 30.367.357.280,01 42.482.006.739,63 28.272.745.317,48
3 2025 29.968.483.910,90 66.698.498.465,35 26.603.150.789,08
4 2026 29.641.018.752,63 88.161.091.076,64 25.088.156.534,68
5 2027 29.692.117.777,31 108.386.198.547,44 23.962.058.301,08
6 2028 29.585.969.188,90 126.000.798.245,98 22.765.441.012,50
7 2029 29.936.911.196,66 143.830.060.232,69 21.963.653.197,13
8 2030 29.743.403.368,72 157.393.122.411,33 20.806.334.235,38
9 2031 29.546.746.868,20 169.148.026.193,71 19.707.062.898,51
10 2032 29.377.934.327,52 179.426.963.831,35 18.682.750.248,42
11 2033 29.280.262.635,34 188.673.812.198,70 17.754.230.000,75
12 2034 29.142.896.088,62 196.328.078.454,95 16.848.719.608,55
13 2035 28.995.833.606,57 202.675.843.883,27 15.983.692.481,64
14 2036 28.793.515.442,82 207.486.262.924,28 15.133.644.559,07
15 2037 28.536.004.239,76 210.827.161.526,54 14.300.437.359,17
16 2038 28.323.775.367,22 213.526.975.419,84 13.533.640.059,61
17 2039 28.159.891.697,64 215.719.469.438,81 12.829.265.176,11
18 2040 28.017.178.113,34 217.290.815.112,99 12.170.334.477,92
19 2041 27.819.066.772,30 217.719.698.826,18 11.522.003.459,69
20 2042 27.635.874.819,17 217.618.482.721,96 10.913.548.492,90
21 2043 27.453.204.913,53 216.939.868.623,26 10.336.967.211,75
22 2044 27.254.181.735,81 215.609.840.235,23 9.784.543.218,82
23 2045 27.070.198.706,63 213.931.847.810,85 9.266.296.091,08
24 2046 27.106.446.236,18 213.573.043.533,23 8.846.971.628,68
25 2047 27.008.639.019,85 211.777.240.866,26 8.404.890.750,12
26 2048 26.810.648.314,20 208.863.478.960,39 7.955.070.072,35
27 2049 26.575.991.812,74 205.378.452.315,68 7.518.539.682,27
28 2050 26.330.020.647,36 201.561.659.476,57 7.102.357.614,67
29 2051 25.993.674.645,64 196.852.566.228,66 6.685.383.671,11
30 2052 25.625.070.785,38 191.743.275.482,37 6.283.925.862,63
31 2053 25.170.646.845,00 185.879.620.970,94 5.885.287.409,21
32 2054 24.640.538.083,09 179.391.893.528,03 5.493.268.271,67
33 2055 24.115.129.384,51 172.909.772.894,45 5.125.987.457,66
34 2056 23.463.247.892,57 165.532.787.833,84 4.755.359.921,15
35 2057 22.894.425.035,60 158.783.159.667,85 4.424.175.299,39
36 2058 21.906.567.511,26 149.232.289.226,21 4.036.307.464,67
37 2059 20.925.932.741,97 139.907.924.370,95 3.676.224.738,44
38 2060 19.957.247.431,72 130.858.230.622,22 3.342.913.901,10
39 2061 19.002.018.981,40 122.105.189.396,59 3.034.810.781,83
- 75 -
Ano 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏
série Ano Resultado ∗ (𝒏 − 𝟎, 𝟓)
(𝟏 + 𝒊)(𝒏−𝟎,𝟓) (𝟏 + 𝒊)(𝒏−𝟎,𝟓)
(n)

40 2062 18.060.278.554,80 113.657.917.600,85 2.750.195.939,21


41 2063 17.138.318.636,28 105.561.584.684,23 2.488.368.679,63
42 2064 16.233.731.484,69 97.803.327.365,09 2.247.357.651,54
43 2065 15.350.665.949,10 90.408.202.883,49 2.026.228.300,94
44 2066 14.489.876.134,95 83.377.741.248,76 1.823.614.976,92
45 2067 13.652.804.608,83 76.715.406.717,98 1.638.316.003,37
46 2068 12.840.315.029,40 70.419.395.380,10 1.469.125.168,55
47 2069 12.053.412.696,92 64.487.079.054,96 1.314.923.442,06
48 2070 11.291.314.275,80 58.905.024.616,26 1.174.470.892,94
49 2071 10.554.819.448,32 53.667.491.255,48 1.046.781.147,84
50 2072 9.843.873.566,91 48.763.456.621,04 930.847.276,25
51 2073 9.158.304.609,44 44.180.866.561,29 825.723.815,77
52 2074 8.497.889.460,05 39.907.138.132,89 730.530.117,73
53 2075 7.862.393.901,36 35.929.476.483,81 644.449.909,63
54 2076 7.251.631.927,36 32.235.234.405,85 566.731.618,36
55 2077 6.665.513.147,09 28.812.165.456,80 496.686.780,44
56 2078 6.104.004.091,30 25.648.272.421,12 433.681.752,43
57 2079 5.567.267.068,87 22.732.402.247,06 377.142.703,50
58 2080 5.055.544.821,57 20.053.729.336,15 326.541.919,19
59 2081 4.569.133.227,81 17.601.656.322,69 281.392.241,26
60 2082 4.108.401.378,96 15.365.906.694,87 241.245.090,95
61 2083 3.673.732.324,84 13.336.312.215,58 205.683.971,47
62 2084 3.265.619.528,92 11.503.184.366,81 174.327.477,33
63 2085 2.884.357.913,24 9.856.235.182,00 146.810.369,71
64 2086 2.530.194.582,48 8.385.212.005,78 122.791.647,18
65 2087 2.203.258.902,54 7.079.721.260,27 101.950.124,07
66 2088 1.903.538.003,83 5.929.229.667,97 83.982.944,68
67 2089 1.630.814.108,37 4.922.956.934,72 68.602.718,79
68 2090 1.384.670.752,69 4.049.997.298,56 55.538.060,34
69 2091 1.164.464.753,78 3.299.330.875,03 44.532.580,13
70 2092 969.314.887,67 2.659.886.773,13 35.344.652,38
71 2093 798.127.151,05 2.120.699.697,71 27.748.418,64
72 2094 649.596.828,81 1.670.984.496,70 21.533.636,14
73 2095 522.233.106,25 1.300.257.595,28 16.506.127,50
74 2096 414.382.175,14 998.435.255,72 12.487.893,39
75 2097 324.270.122,76 755.960.706,28 9.317.563,78
76 2098 250.036.530,22 563.885.515,18 6.850.246,87
77 2099 189.797.982,63 413.997.826,45 4.957.944,64
78 2100 141.714.115,69 298.926.459,07 3.529.640,82
79 2101 103.968.123,99 212.042.989,60 2.469.021,84

- 76 -
Ano 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏
série Ano Resultado ∗ (𝒏 − 𝟎, 𝟓)
(𝟏 + 𝒊)(𝒏−𝟎,𝟓) (𝟏 + 𝒊)(𝒏−𝟎,𝟓)
(n)

80 2102 74.877.105,85 147.630.041,88 1.695.434,81


81 2103 52.878.132,81 100.770.883,57 1.141.603,99
82 2104 36.569.537,91 67.351.095,88 752.776,69
83 2105 24.727.182,45 44.004.863,41 485.320,51
84 2106 16.320.103,99 28.059.892,50 305.410,70
85 2107 10.493.163,48 17.427.868,08 187.229,85
86 2108 6.557.110,70 10.518.752,99 111.554,86
87 2109 3.965.378,03 6.143.146,04 64.323,24
88 2110 2.307.828,94 3.452.282,40 35.693,92
89 2111 1.293.452,47 1.868.068,95 19.074,29
90 2112 695.101,68 969.114,39 9.773,58
91 2113 356.918,57 480.314,73 4.785,00
92 2114 175.688,62 228.179,91 2.245,76
93 2115 82.828,78 103.810,24 1.009,51
94 2116 37.327,38 45.139,93 433,77
95 2117 16.123,27 18.810,97 178,65
96 2118 6.683,02 7.521,55 70,60
97 2119 2.557,21 2.776,06 25,76
98 2120 860,02 900,44 8,26
99 2121 250,15 252,57 2,29
100 2122 51,24 49,89 0,45
101 2123 2,52 2,36 0,02

3. CÁLCULO DA DURAÇÃO DO PASSIVO DE PENSÕES DE MILITARES

Taxa Anterior i 4,88%

𝑛=75
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑛 -
∑ (( ) ∗ 𝑛)
(1 + 𝑖)𝑛 R$ 6.179.285.700.016,54
𝑛=1

𝑛=75
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑛
∑ ( ) R$ 349.750.941.100,41
(1 + 𝑖)𝑛
𝑛=1

DURAÇÃO 17,67

* Como Taxa Anterior i, foi considerada a taxa real de juros da Avaliação Atuarial do ano
anterior.
- 77 -
Detalhamento da Tabela anterior:

Ano 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏


série Ano Resultado ∗𝒏
(𝟏 + 𝒊)𝒏 (𝟏 + 𝒊)𝒏
(n)

1 2023 -16.900.299.273 -8.251.217.976 -16.502.435.953


2 2024 -18.100.652.822 -25.278.219.434 -16.852.146.289
3 2025 -18.134.187.197 -40.244.488.000 -16.097.795.200
4 2026 -18.130.402.474 -53.709.500.570 -15.345.571.591
5 2027 -18.057.550.048 -65.577.414.054 -14.572.758.679
6 2028 -17.973.258.264 -76.064.107.115 -13.829.837.657
7 2029 -17.783.758.541 -84.807.546.335 -13.047.314.821
8 2030 -17.403.887.052 -91.308.756.730 -12.174.500.897
9 2031 -17.440.445.631 -98.875.509.538 -11.632.412.887
10 2032 -17.466.975.216 -105.526.336.647 -11.108.035.437
11 2033 -17.479.822.955 -111.289.246.629 -10.598.975.869
12 2034 -17.495.960.394 -116.324.132.502 -10.115.141.957
13 2035 -17.510.546.781 -120.656.642.749 -9.652.531.420
14 2036 -17.531.987.724 -124.398.104.867 -9.214.674.435
15 2037 -17.555.918.601 -127.569.754.537 -8.797.914.106
16 2038 -17.571.743.477 -130.139.769.487 -8.396.114.160
17 2039 -17.576.736.545 -132.127.430.463 -8.007.723.058
18 2040 -17.574.602.188 -133.598.528.605 -7.634.201.635
19 2041 -17.572.868.811 -134.647.979.117 -7.278.269.141
20 2042 -17.567.050.172 -135.277.702.481 -6.937.318.076
21 2043 -17.551.043.696 -135.474.293.715 -6.608.502.132
22 2044 -17.537.035.366 -135.363.646.788 -6.295.983.572
23 2045 -17.517.780.248 -134.919.996.670 -5.996.444.296
24 2046 -17.462.411.681 -133.935.016.604 -5.699.362.409
25 2047 -17.414.440.084 -132.771.533.717 -5.419.246.274
26 2048 -17.387.901.743 -131.560.056.527 -5.159.217.903
27 2049 -17.361.203.605 -130.157.656.116 -4.911.609.665
28 2050 -17.325.477.450 -128.519.563.442 -4.673.438.671
29 2051 -17.303.251.287 -126.832.698.450 -4.450.270.121
30 2052 -17.277.967.043 -124.991.544.944 -4.237.001.524
31 2053 -17.256.885.032 -123.065.280.333 -4.034.927.224
32 2054 -17.237.783.483 -121.052.174.914 -3.842.926.188
33 2055 -17.208.309.217 -118.880.193.996 -3.657.852.123
34 2056 -17.183.088.689 -116.665.192.736 -3.482.543.067
35 2057 -17.132.559.824 -114.220.468.584 -3.310.738.220
36 2058 -17.181.456.213 -112.382.381.111 -3.165.700.876
37 2059 -17.216.857.249 -110.398.702.994 -3.024.622.000
38 2060 -17.236.402.614 -108.268.581.565 -2.887.162.175
39 2061 -17.238.751.539 -105.998.180.503 -2.753.199.494
- 78 -
Ano 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏
série Ano Resultado ∗𝒏
(𝟏 + 𝒊)𝒏 (𝟏 + 𝒊)𝒏
(n)

40 2062 -17.223.302.681 -103.598.322.113 -2.622.742.332


41 2063 -17.187.010.100 -101.065.253.295 -2.495.438.353
42 2064 -17.130.832.402 -98.419.328.511 -2.371.550.085
43 2065 -17.052.779.964 -95.663.281.527 -2.250.900.742
44 2066 -16.952.417.606 -92.808.846.838 -2.133.536.709
45 2067 -16.829.305.009 -89.867.361.527 -2.019.491.270
46 2068 -16.683.225.713 -86.850.943.787 -1.908.811.951
47 2069 -16.513.924.707 -83.770.998.949 -1.801.526.859
48 2070 -16.321.822.468 -80.641.764.515 -1.697.721.358
49 2071 -16.106.685.844 -77.473.470.402 -1.597.391.142
50 2072 -15.868.476.171 -74.276.738.952 -1.500.540.181
51 2073 -15.607.115.030 -71.061.396.169 -1.407.156.360
52 2074 -15.322.407.400 -67.836.164.134 -1.317.207.071
53 2075 -15.014.093.605 -64.608.966.162 -1.230.646.975
54 2076 -14.681.875.144 -61.387.083.283 -1.147.422.117
55 2077 -14.325.487.315 -58.177.481.741 -1.067.476.729
56 2078 -13.944.755.462 -54.987.024.454 -990.757.197
57 2079 -13.539.671.575 -51.822.723.390 -917.216.343
58 2080 -13.110.453.175 -48.691.877.888 -846.815.268
59 2081 -12.657.655.094 -45.602.370.705 -779.527.704
60 2082 -12.182.172.197 -42.562.518.515 -715.336.446
61 2083 -11.685.315.054 -39.581.180.292 -654.234.385
62 2084 -11.168.752.097 -36.667.392.570 -596.217.765
63 2085 -10.634.485.020 -33.830.160.916 -541.282.575
64 2086 -10.084.842.336 -31.078.334.872 -489.422.596
65 2087 -9.522.411.199 -28.420.313.941 -440.625.022
66 2088 -8.950.045.883 -25.864.024.803 -394.870.608
67 2089 -8.370.669.285 -23.416.322.823 -352.125.155
68 2090 -7.787.410.769 -21.083.419.262 -312.346.952
69 2091 -7.203.505.449 -18.870.611.376 -275.483.378
70 2092 -6.622.243.326 -16.782.195.288 -241.470.436
71 2093 -6.047.058.868 -14.821.749.408 -210.237.580
72 2094 -5.481.477.187 -12.992.033.358 -181.706.760
73 2095 -4.929.126.904 -11.295.066.746 -155.794.024
74 2096 -4.393.753.686 -9.732.203.080 -132.410.926
75 2097 -3.879.181.309 -8.304.085.069 -111.464.229
76 2098 -3.389.252.710 -7.010.575.376 -92.855.303
77 2099 -2.927.661.336 -5.850.491.508 -76.477.013
78 2100 -2.497.817.342 -4.821.473.467 -62.212.561
79 2101 -2.102.688.879 -3.919.849.546 -49.934.389

- 79 -
Ano 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏
série Ano Resultado ∗𝒏
(𝟏 + 𝒊)𝒏 (𝟏 + 𝒊)𝒏
(n)

80 2102 -1.744.571.038 -3.140.420.703 -39.502.147


81 2103 -1.424.985.420 -2.476.541.826 -30.764.495
82 2104 -1.144.610.643 -1.920.269.023 -23.561.583
83 2105 -903.101.219 -1.462.326.620 -17.725.171
84 2106 -699.171.562 -1.092.525.446 -13.084.137
85 2107 -530.537.641 -799.910.803 -9.466.400
86 2108 -394.179.549 -573.371.597 -6.706.101
87 2109 -286.473.080 -401.960.353 -4.646.940
88 2110 -203.447.890 -275.328.937 -3.146.616
89 2111 -141.146.258 -184.208.886 -2.081.456
90 2112 -95.642.601 -120.359.305 -1.344.797
91 2113 -63.321.130 -76.826.282 -848.909
92 2114 -40.844.253 -47.771.838 -522.097
93 2115 -25.709.056 -28.983.784 -313.338
94 2116 -15.722.120 -17.082.729 -182.703
95 2117 -8.979.309 -9.401.921 -99.491
96 2118 -5.255.678 -5.302.508 -55.524
97 2119 -3.197.519 -3.108.114 -32.208
98 2120 -2.016.172 -1.887.974 -19.364
99 2121 -1.306.796 -1.178.733 -11.967
100 2122 -860.913 -747.929 -7.517
101 2123 -567.581 -474.875 -4.725
102 2124 -363.811 -293.113 -2.888
103 2125 -240.161 -186.306 -1.818
104 2126 -155.666 -116.263 -1.123
105 2127 -98.431 -70.773 -677
106 2128 -60.607 -41.947 -398
107 2129 -35.824 -23.865 -224
108 2130 -20.412 -13.086 -122
109 2131 -10.805 -6.667 -61
110 2132 -5.344 -3.173 -29
111 2133 -2.518 -1.439 -13
112 2134 -1.157 -636 -6
113 2135 -526 -278 -2
114 2136 -228 -116 -1
115 2137 -96 -47 0
116 2138 -32 -15 0
117 2139 -8 -4 0

- 80 -
3. TESTE DE SENSIBILIDADE DA PREMISSA SIGNIFICATIVA
A combinação dos itens 86 e 146 da NCB TSP 15 permite a compreensão de que a taxa de juros
utilizada como taxa de desconto é a variável significativa na estimação dos passivos atuariais.
Assim, divulga-se, a seguir, o teste de sensibilidade da referida variável para os benefícios
analisados, variando-se as taxas utilizadas em um ponto percentual para cima e um para baixo:

3.1 Proventos de Militares Veteranos


Para a estimação do passivo atinente aos proventos de militares veteranos foi utilizada a taxa
de juros 4,66% a.a. Sendo assim, foram simulados cenários para as taxas de 3,66% e 5,66%
para os referidos direitos, conforme a Tabela abaixo:

TAXA DE JUROS

PASSIVO 3,66% 4,66% 5,66%

Proventos de Militares R$ 519.005.740.565,29 R$ 456.034.918.416,08 R$ 416.299.626.113,58

Conforme a Tabela anterior, tem-se:

a) Variando-se a taxa de juros de 4,66% para 3,66%, o passivo atuarial dos veteranos das FFAA
aumenta de R$ 452.660.918.387,32 para R$ 514.816.002.349,38, representando um
acréscimo de 13,73%; e

b) Variando-se a taxa de juros de 4,66% para 5,66% o passivo atuarial dos veteranos das FFAA
diminui de R$ 452.660.918.387,32 para R$ 402.685.491.179,66, representando uma redução
de 11,04%.

3.2 Pensões de Militares


Para a estimação do passivo atinente às pensões de militares, foi utilizada a taxa de juros
4,72% a.a. Sendo assim, foram simulados cenários para as taxas de 3,72% e 5,72% para os
referidos direitos, conforme a Tabela abaixo:

TAXA DE JUROS

PASSIVO 3,72% 4,72% 5,72%

Pensões de Militares R$ 404.116.654.132,62 R$ 339.224.996.630,88 R$ 290.641.148.095,09

- 81 -
a) Variando-se a taxa de juros de 4,72% para 3,72% o passivo atuarial das pensões de militares
das FFAA aumenta de R$ 339.224.996.630,88 para R$ 404.116.654.132,62, representando um
acréscimo de 19,13%.

b) Variando-se a taxa de juros de 4,72% para 5,72% o passivo atuarial das pensões de militares
das FFAA diminui de R$ 339.224.996.630,88 para R$ 290.641.148.095,09, representando uma
redução de 14,32%.

- 82 -
ANEXO C

NOTA TÉCNICA ATUARIAL DAS PROJEÇÕES ATUARIAIS DE PROVENTOS DE VETERANOS E


PENSÕES DE MILITARES

1. APRESENTAÇÃO
Este anexo tem como objetivo descrever as formulações atuariais utilizadas na projeção
atuarial das pensões de militares.
Durante todo o processo de elaboração e desenvolvimento da metodologia e formulação
aplicada ao estudo houve a participação de profissional capacitado e habilitado no campo da
ciência atuarial.

2. DESCRIÇÃO DAS VARIÁVEIS

2.1 Variáveis utilizadas em todo cálculo


𝒒𝒙 é a probabilidade de um indivíduo válido falecer antes de completar a idade x + 1, obtido
conforme a Tábua Biométrica de Mortalidade;

𝒒𝒊𝒙 é a probabilidade de um indivíduo inválido na idade x falecer antes de completar a idade


x + 1 obtido conforme a Tábua Biométrica de Mortalidade de Inválidos;

𝟏 𝑻
(𝑪𝑺𝑨)𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓𝒙−𝒕 é o salário projetado para época t, de acordo com o Corpo e Arma do militar,
dado pela fórmula:

1 𝑇
(𝐶𝑆𝐴)𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥−𝑡 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡 . (1 + 𝐶𝑆𝐴)𝑡 (1)

𝟏 𝑻
(𝑪𝑩𝑨)𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓𝒙−𝒕 é o provento projetado para época t, de acordo com o Corpo e Arma do militar,
dado pela fórmula:

- 83 -
1 𝑇
(𝐶𝐵𝐴)𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥−𝑡 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥 . (1 + 𝐶𝐵𝐴)𝑡 (2)
𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓𝑩
𝒙 é o salário de benefício do militar na idade x, de acordo com o Corpo e Arma do

militar;

𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓𝑪𝒙 é o salário de contribuição do militar na idade x, de acordo com o Corpo e Arma do


militar;

𝒆 𝒕
(𝑪𝑺𝑨)𝒗𝒆 é o fator de crescimento salarial da época t descontado financeiramente, dado pela
fórmula:

𝑒 𝑡 (1+𝐶𝑆𝐴)𝑡
(𝐶𝐵𝐴)𝑣𝑒 = (1+𝑖)𝑡
(3)

𝒆 𝒕
(𝑪𝑩𝑨)𝒗𝒆 é o fator de crescimento de proventos da época t descontado financeiramente, dado
pela fórmula:

𝑒 𝑡 (1+𝐶𝐵𝐴)𝑡
(𝐶𝐵𝐴)𝑣𝑒 = (1+𝑖)𝑡
(4)

2.2 Descrição das variáveis do grupo de ativos

Salt é o valor do Salário do Militar no momento t da Projeção;

PSA é o valor da remuneração referente à probabilidade de o militar sair do serviço ativo por
motivo de ter alcançado a reserva remunerada;

PSI é o valor da remuneração referente à probabilidade de o militar sair do serviço ativo por
motivo de invalidez;

PSM é o valor da remuneração referente à Probabilidade do militar Sair do serviço ativo por
motivo de Morte/Falecimento;

- 84 -
PSP é o valor da remuneração referente à Probabilidade de o militar gerar pensão vitalícia ou
temporária;

ROT é o valor da remuneração referente à Probabilidade de o militar sair do serviço ativo por
motivo de desligamento (Rotatividade laboral).

As variáveis expostas a seguir são referentes ao ano t da projeção para a população de atuais
ativos:

BaC_APt é o Valor da Remuneração a Conceder por ter alcançado a reserva remunerada;

BaC_AIt é o Valor da Remuneração a Conceder por motivo de Invalidez;

BaC_PATt é o Valor do Benefício a Conceder de Pensão por morte de Ativo;

BaC_PAT_PEt é o Valor do Benefício a Conceder de Pensão por morte de Ativo que contribuía
com 1,5% para Pensão Extraordinária;

BaC_PAPt é o Valor do Benefício a Conceder de Pensão por morte de futuro militar inativo;

BaC_PAP_PEt é o Valor do Benefício a Conceder de Pensão por morte de futuro militar inativo
que contribuía com 1,5% para Pensão Extraordinária;

BaC_PAIt é o Valor do Benefício a Conceder de Pensão por morte de futuro militar Inválido;

BaC_PAI_PEt é o Valor do Benefício a Conceder de Pensão por morte de futuro militar Inválido
que contribuía com 1,5% para Pensão Extraordinária;

AC1_SALt é o somatório dos salários (Salt) referente a todos os militares ativos;

- 85 -
AC1_BaC_APt é o somatório das remunerações de futuros militares da reserva remunerada
(BaC_APt) referente a todos os militares ativos;

AC1_BaC_AIt é o somatório das remunerações de futuros militares inválidos (BaC_AIt)


referente a todos os militares ativos;

AC1_BaC_PATt é o somatório dos futuros benefícios de pensão de atuais ativos (BaC_PATt)


referente a todos os militares ativos;

AC1_BaC_PAPt é o somatório dos futuros benefícios de pensão de futuros militares da reserva


remunerada (BaC_PAPt) referente a todos os militares ativos;

AC1_BaC_PAIt é o somatório de futuros benefícios de pensão de futuros militares inválidos


(BaC_PAIt) referente a todos os militares ativos;

AC1_BaC_PAT_PEt é o somatório dos futuros benefícios de pensão extraordinária


(BaC_PAT_PEt ) referente aos atuais militares ativos;

AC1_BaC_PAP_PEt é o somatório dos futuros benefícios de pensão extraordinária


(BaC_PAP_PEt) referente aos futuros militares veteranos da reserva;

AC1_BaC_PAI_PEt é o somatório dos futuros benefícios de pensão extraordinária


(BaC_PAI_PEt) referente aos futuros militares inválidos;

ContribuicaoNormalAtivot é o somatório das contribuições normais dos ativos;

ContribuicaoExtraordinariaAtivot é o somatório das contribuições extraordinárias dos ativos;

ContribuicaoNormalFutInativoPROGt é o somatório das contribuições normais dos futuros


veteranos que irão se inativar de forma programável;

- 86 -
ContribuicaoExtraordinariaFutInativoPROGt é o somatório das contribuições extraordinárias
dos futuros veteranos que irão se inativar de forma programável;

ContribuicaoNormalFutInativoINVt é somatório das contribuições normais dos futuros


veteranos inválidos;

ContribuicaoExtraordinariaFutInativoINVt é somatório das contribuições extraordinárias dos


futuros veteranos inválidos;

ContribuicaoNormalPensaoAtivot é o somatório das contribuições normais de futuras


pensões normais dos atuais militares ativos;

ContribuicaoNormalPensaoAtivo_PEt é o somatório das contribuições normais de futuras


pensões extraordinárias de atuais militares ativos;

ContribuicaoExtPensaoAtivo_PEt é o somatório das contribuições extraordinárias de futuras


pensões extraordinárias de atuais militares ativos;

ContribuicaoNormalPensaoFutInativot é o somatório das contribuições de futuras pensões


normais de futuros militares da reserva remunerada;

ContribuicaoNormalPensaoFutInativo_PEt é o somatório das contribuições normais de


futuras pensões extraordinárias de futuros militares da reserva remunerada;

ContribuicaoExtPensaoFutInativo_PEt é o somatório das contribuições extraordinárias de


futuras pensões extraordinárias de futuros militares da reserva remunerada;

ContribNormalPensaoFutInvt é o somatório das contribuições de futuras pensões normais de


futuros militares inválidos;

- 87 -
ContribuicaoNormalPensaoFutInv_PEt é o somatório das contribuições normais de futuras
pensões extraordinárias de futuros militares inválidos;

ContribuicaoExtPensaoFutInv_PEt é o somatório das contribuições extraordinárias de futuras


pensões extraordinárias de futuros militares inválidos;

2.3 Descrição das variáveis do grupo de veteranos

As variáveis expostas a seguir são referentes ao ano t da projeção para a população de atuais
veteranos:

BC_APt é o Valor do da Remuneração de um militar inativo;

BC_AIt é o Valor do da Remuneração de um militar inválido;

BC_PAPt é o Valor do Benefício de Pensão normal por morte de um atual militar inativo;

BC_PAP_PEt é o Valor do Benefício de Pensão extraordinária por morte de um atual militar


inativo;

BC_PAIt é o Valor do Benefício de Pensão normal por morte de um atual militar inválido;

BC_PAI_PEt é o Valor do Benefício de Pensão extraordinária por morte de um atual militar


inválido;

AC1_BC_APt é o somatório da remuneração de um militar inativo (BC_APt) referente a todos


os militares veteranos;

AC1_BC_AIt é o somatório da remuneração de um militar inválido (BC_AIt) referente a todos


os militares veteranos;

- 88 -
AC1_BC_PAPt é o somatório dos benefícios de pensão (BC_PAPt) referente a todos os militares
veteranos que se inativaram;

AC1_BC_PAIt é o somatório dos benefícios de pensão (BC_PAIt) referente a todos os militares


veteranos;

AC1_BC_PAP_PEt é o somatório dos benefícios de pensão (BC_PAP_PEt) referente a todos os


militares veteranos;

AC1_BC_PAI_PEt é o somatório de (BC_PAI_PEt) referente a todos os militares veteranos;

ContribuicaoNormalInativot somatório das contribuições normais dos atuais veteranos que


se inativaram por tempo de serviço;

AC1_BC_CP_APt somatório das contribuições extraordinárias dos atuais veteranos que se


inativaram por tempo de serviço;

ContribuicaoNormalInvt é o somatório contribuições normais referente a t militares inválidos;


AC1_BC_CP_AIt é o somatório contribuições extraordinárias referente a militares inválidos;

ContribuicaoNormalPensaoInativot é o somatório das contribuições de futuras pensões


normais de militares da reserva remunerada;

ContribuicaoNormalPensaoInativo_PEt é o somatório das contribuições normais de futuras


pensões extraordinárias de militares da reserva remunerada;

ContribuicaoExtPensaoInativo_PEt é o somatório das contribuições extraordinárias de


futuras pensões extraordinárias de militares da reserva remunerada;

ContribNormalPensaoInvt é o somatório das contribuições de futuras pensões normais de


militares inválidos;
- 89 -
ContribuicaoNormalPensaoInv_PEt é o somatório das contribuições normais de futuras
pensões extraordinárias de militares inválidos;

ContribuicaoExtPensaoInv_PEt é o somatório das contribuições extraordinárias de futuras


pensões extraordinárias de militares inválidos;

2.4 Descrição das variáveis do grupo de pensionistas


As variáveis expostas a seguir são referentes ao ano t da projeção para a população de atuais
pensões

BC_Pt é o Valor do Benefício Concedido para uma Pensão;

BC_P_PEt é o Valor do Benefício Concedido para uma Pensão Extraordinária;

AC1_BC_Pt é o somatório de BC_Pt referente a todas as Pensões;

AC1_BC_P_PEt é o somatório de BC_P_PEt referente a todas as Pensões;

3. EXPRESSÕES DO CÁLCULO DO FLUXO PROJETADO

3.1 Ativos

3.1.1 Cálculo individual de ativos


Caso o objetivo seja calcular o quantitativo, o salário inicial será 1, sendo o cálculo individual
efetuado com a variável inteira “t” variando de 0 a “n”, sendo “n” o prazo da projeção em
anos; e este modelo de fluxo projetado é calculado utilizando um valor de “n” superior a 35.

a) Salt
- Se t <= k: Salt = [Salt-1-PSA-PSI-PSM-ROT] * (1+CSA)
- Se t = 0: Salt = Salário do banco de dados
- Se t > k: Salt = 0
- 90 -
b) PSA:
- Se t < k: PSA = 0
- Se t = k: PSA = Salt
- Se t > k: PSA = 0

c) PSI
- Se t < k: PSI = Salt * ix+t
- Se t = k: PSI = 0
- Se t > k: PSI = 0

d) PSM = Salt * qx+t


- Se t < k: PSM = Salt * qx+t
- Se t = k: PSM = 0
- Se t > k: PSM = 0

e) PSP = PSM * máximo(Prob(c); Prob(f))


- Se t < k: PSP = PSM * máximo(Prob(c); Prob(f))
- Se t = k: PSP = 0
- Se t > k: PSP = 0

f) ROT = Salt * rx+t


- Se t < k: ROT = Salt * rx+t
- Se t = k: ROT = 0
- Se t > k: ROT = 0

g) BaC_AP:
- BaC_AP0 = 0
- BaC_APt+1 = [BaC_APt * (1-qx+t)] * (1+CBA) + PSA * [1+ (CBA+CSA)/2]

h) BaC_AI:
- 91 -
- BaC_AI0 = 0
- BaC_AIt+1 = [BaC_AIt * (1-qix+t)] * (1+CBA) + PSI * [1+ (CBA+CSA)/2]

i) BaC_PAT:
- BaC_PAT0 = 0
- Se contribui com 1,5%: BaC_PATt = 0
- Senão: BaC_PATt+1 = [BaC_PATt * (1-qy+t)] * (1+CBA) + PSP * [1+ (CBA+CSA)/2]
- A idade y é dada pela de composição familiar.

j) BaC_PAT_PE:
- BaC_PAT_PE0 = 0
- Se não contribui com 1,5%: BaC_PAT_PEt = 0
- Senão: BaC_PAT_PEt+1 = [BaC_PAT_PEt * (1-qy+t)] * (1+CBA) + PSP * [1+ (CBA+CSA)/2]
- A idade y é dada pela idade do cônjuge de composição familiar padrão.

k) BaC_PAP:
- BaC_PAP0 = 0
- Se contribui com 1,5%: BaC_PAPt = 0
- Senão: BaC_PAPt+1 = [BaC_PAPt * (1-qy+t) + BaC_APt * qx+t * máximo(Prob(c); Prob(f))] *
(1+CBA)
- A idade y é dada pela de composição familiar.

l) BaC_PAP_PE:
- BaC_PAP_PE0 = 0
- Se não contribui com 1,5%: BaC_PAP_PEt = 0
- Senão: BaC_PAP_PEt+1 = [BaC_PAP_PEt * (1-qy+t) + BaC_APt * qx+t * máximo(Prob(c); Prob(f))]
* (1+CBA)
- A idade y é dada pela idade do cônjuge de composição familiar padrão.

m) BaC_PAI:
- BaC_PAI0 = 0
- 92 -
- Se contribui com 1,5%: BaC_PAIt = 0
- Senão: BaC_PAIt+1 = [BaC_PAIt * (1-qy+t) + BaC_AIt * qix+t * máximo(Prob(c); Prob(f))] * (1+CBA)
- A idade y é dada pela de composição familiar.

n) BaC_PAI_PE:
- BaC_PAI_PE0 = 0
- Se não contribui com 1,5%: BaC_PAI_PEt = 0
- Senão: BaC_PAI_PEt+1 = [BaC_PAI_PEt * (1-qy+t) + BaC_AIt * qix+t * máximo(Prob(c); Prob(f))] *
(1+CBA)
- A idade y é dada pela idade do cônjuge de composição familiar padrão.

o) AC1_SALt = AC1_SALt + Salt

p) AC1_BaC_APt = AC1_BaC_APt + BaC_APt

q) AC1_BaC_AIt = AC1_BaC_AIt + BaC_AIt

r) AC1_BaC_PATt = AC1_BaC_PATt + BaC_PATt

s) AC1_BaC_PAPt = AC1_BaC_PAPt + BaC_PAPt

t) AC1_BaC_PAIt = AC1_BaC_PAIt + BaC_PAIt

u) Se contribui com 1,5%:


- AC1_BaC_CP_ATt = AC1_BaC_CP_ATt + Salt *1,5%
- AC1_BaC_CP_APt = AC1_BaC_CP_APt + BaC_APt * 1,5%
- AC1_BaC_CP_AIt = AC1_BaC_CP_AIt + BaC_AIt * 1,5%
- AC1_BaC_PAT_PEt = AC1_BaC_PAT_PEt + BaC_PAT_PEt
- AC1_BaC_PAP_PEt = AC1_BaC_PAP_PEt + BaC_PAP_PEt
- AC1_BaC_PAI_PEt = AC1_BaC_PAI_PEt + BaC_PAI_PEt

- 93 -
3.1.2 Cálculo de valores acumulados para ativos
O cálculo é efetuado com a variável inteira “t” variando de 0 a “n”, sendo “n” o prazo da
projeção em anos.

3.1.2.1 Valores da quantidade de pessoas


a) AC2_SALt = AC1_ SALt

b) AC2_BaC_APt = AC1_BaC_APt

c) AC2_BaC_AIt = AC1_BaC_AIt

d) AC2_BaC_PATt = AC1_BaC_PATt

e) AC2_BaC_PAPt = AC1_BaC_PAPt

f) AC2_BaC_PAIt = AC1_BaC_PAIt

g) AC2_BaC_CP_ATt = AC1_BaC_CP_ATt / 1,5%

h) AC2_BaC_CP_APt = AC1_BaC_CP_APt / 1,5%

i) AC2_BaC_CP_AIt = AC1_BaC_CP_AIt / 1,5%

j) AC2_BaC_PAT_PEt = AC1_BaC_PAT_PEt

k) AC2_BaC_PAP_PEt = AC1_BaC_PAP_PEt

l) AC2_BaC_PAI_PEt = AC1_BaC_PAI_PEt

- 94 -
3.1.2.2 Valores monetários

a) AC2_SALt = AC1_SALt * 13;

b) AC2_BaC_APt = AC1_BaC_APt * 13;

c) AC2_BaC_AIt = AC1_BaC_AIt * 13;

d) AC2_BaC_PATt = AC1_BaC_PATt * 13;

e) AC2_BaC_PAPt = AC1_BaC_PAPt * 13;

f) AC2_BaC_PAIt = AC1_BaC_PAIt * 13;

g) ContribuicaoNormalAtivot = AC1_SALt * 12 * 10,5%;

h) ContribuicaoExtraordinariaAtivot = AC1_BaC_CP_ATt;

i) ContribuicaoNormalFutInativoPROGt = AC1_BaC_APt *12* 10,5%;

j) ContribuicaoExtraordinariaFutInativoPROGt= AC1_BaC_CP_APt;

k) ContribuicaoNormalFutInativoINVt = AC1_BaC_AIt*12*10,5%;

l) ContribuicaoExtraordinariaFutInativoINVt = AC1_BaC_CP_AIt;

m) ContribuicaoNormalPensaoAtivot = AC1_BaC_PATt * 12 * 10,5%;

n) ContribuicaoNormalPensaoAtivo_PEt = AC1_BaC_PAT_PEt * 12 * 10,5%;

o) ContribuicaoExtPensaoAtivo_PEt = AC1_BaC_PAT_PEt * 12 * 1,5%;


- 95 -
p) ContribuicaoNormalPensaoFutInativot=AC1_BaC_PAPt *12*10,5%;

q) ContribuicaoNormalPensaoFutInativo_PEt=AC1_BaC_PAP_PEt *12*10,5%;

r) ContribuicaoExtPensaoFutInaAtivo_PEt=AC1_BaC_PAP_PEt *12*1,5%;

s) ContribuicaoNormalPensaoFutInvt = AC1_BaC_PAIt * 12 * 10,5%;

t) ContribuicaoNormalPensaoFutInv_PEt = AC1_BaC_PAI_PEt * 12 * 10,5%;

u) ContribuicaoExtPensaoFutInv_PEt = AC1_BaC_PAI_PEt * 12 * 1,5%;

v) AC2_BaC_PAT_PEt = AC1_BaC_PAT_PEt * 13

w) AC2_BaC_PAP_PEt = AC1_BaC_PAP_PEt * 13

x) AC2_BaC_PAI_PEt = AC1_BaC_PAI_PEt * 13

3.2 VETERANOS

3.2.1 Cálculo individual para veteranos


Caso o objetivo seja calcular o quantitativo, o provento inicial será 1, sendo o cálculo individual
efetuado com a variável inteira “t” variando de 0 a “n”, sendo “n” o prazo da projeção em
anos.

3.2.1.1 Cálculo individual para veteranos que se inativaram de forma programável

a) BC_AP:
- BC_APt+1 = [BC_APt * (1-qx+t)] * (1+CBA)

b) BC_PAP:
- 96 -
- BC_PAP0 = 0
- Se contribui com 1,5%: BaC_PAPt = 0
- Senão: BC_PAPt+1 = [BC_PAPt * (1-qy+t) + BC_APt * qx+t * máximo(Prob(c); Prob(f))] * (1+CBA)
- A idade y é dada pela de composição familiar;

c) BC_PAP_PE:
- BC_PAP_PE0 = 0
- Se não contribui com 1,5%: BaC_PAP_PEt = 0
- Senão: BC_PAP_PEt+1 = [BC_PAP_PEt * (1-qy+t) + BC_APt * qx+t * máximo(Prob(c); Prob(f))] *
(1+CBA)
- A idade y é dada pela idade do cônjuge na de composição familiar;

d) AC1_BC_APt = AC1_BC_APt + BC_APt

e) AC1_BC_PAPt = AC1_BC_PAPt + BC_PAPt

f) Se contribui com 1,5%:


- AC1_BC_CP_APt = AC1_BC_CP_APt + BC_APt *1,5%
- AC1_BC_PAP_PEt = AC1_BC_PAP_PEt + BC_PAP_PEt

3.2.1.2 Cálculo individual para veteranos que se inativaram por invalidez

a) BC_AI:
- BC_AIt+1 = BC_AIt * (1-qix+t) * (1+CBA)

b) BC_PAI:
- BC_PAI0 = 0
- Se contribui com 1,5%: BaC_PAIt = 0
- Senão: BC_PAIt+1 = [BC_PAIt * (1-qy+t) + BC_AIt * qix * máximo(Prob(c); Prob(f))] * (1+CBA)
- A idade y é dada pela de composição familiar.

- 97 -
c) BC_PAI_PE:
- BC_PAI_PE0 = 0
- Se não contribui com 1,5%: BaC_PAI_PEt = 0
-Senão: BC_PAI_PEt+1 = [BC_PAI_PEt * (1-qy+t) + BC_APt * qix * máximo(Prob(c); Prob(f))] *
(1+CBA)
- A idade y é dada pela idade do cônjuge de composição familiar padrão.

d) AC1_BC_APt = AC1_BC_APt + BC_APt

e) AC1_BC_AIt = AC1_BC_AIt + BC_AIt

f) AC1_BC_PAPt = AC1_BC_PAPt + BC_PAPt

g) AC1_BC_PAIt = AC1_BC_PAIt + BC_PAIt

h) Se contribui com 1,5%:


- AC1_BC_CP_APt = AC1_BC_CP_APt + BC_APt *1,5%
- AC1_BC_CP_AIt = AC1_BC_CP_AIt + BC_AIt * 1,5%
- AC1_BC_PAP_PEt = AC1_BC_PAP_PEt + BC_PAP_PEt
- AC1_BC_PAI_PEt = AC1_BC_PAI_PEt + BC_PAI_PEt

3.2.2 Cálculo de valores acumulados para veteranos


O cálculo é efetuado com a variável inteira “t” variando de 0 a “n”, sendo “n” o prazo da
projeção em anos.

3.2.2.1 Valores da quantidade de pessoas

a) AC2_BC_APt = AC1_BC_APt

b) AC2_BC_AIt = AC1_BC_AIt

- 98 -
c) AC2_BC_PAPt = AC1_BC_PAPt

d) AC2_BC_PAIt = AC1_BC_PAIt

e) AC2_BC_PAP_PEt = AC1_BC_PAP_PEt

f) AC2_BC_PAI_PEt = AC1_BC_PAI_PEt

g) AC2_BC_CP_APt = AC1_BC_CP_APt / 1,5%

h) AC2_BC_CP_AIt = AC1_BC_CP_AIt/ 1,5%

3.2.2.2 Valores monetários

a) AC2_BC_APt = AC1_BC_APt * 13

b) AC2_BC_AIt = AC1_BC_AIt * 13

c) AC2_BC_PAPt = AC1_BC_PAPt * 13

d) AC2_BC_PAIt = AC1_BC_PAIt * 13

e) AC2_BC_PAP_PEt = AC1_BC_PAP_PEt * 13

f) AC2_BC_PAI_PEt = AC1_BC_PAI_PEt * 13

g) ContribuicaoNormalInativot = AC1_BC_APt*12*10,5%

h) AC2_BC_CP_APt = AC1_BC_CP_APt * 12

i) ContribuicaoNormalInvt = AC1_BC_AIt * 12*10,5%


- 99 -
j) AC2_BC_CP_AIt = AC1_BC_CP_AIt * 12

k) ContribuicaoNormalPensaoInativot=AC1_BC_PAPt * 12 *10,5%

l) ContribuicaoNormalPensaoInativo_PEt = AC1_BC_PAP_PEt * 12*10,5%

m) ContribuicaoExtPensaoInativo_PEt = AC1_BC_PAP_PEt*12*1,5%

n) ContribNormalPensaoInvt = AC1_BC_PAIt*12*10,5%

o) ContribuicaoNormalPensaoInv_PEt = AC2_BC_PAI_PEt*12*10,5%

p) ContribuicaoExtPensaoInv_PEt = AC2_BC_PAI_PEt*12*1,5%

3.3 PENSIONISTAS

3.3.1 Cálculo individual para pensionistas


Caso o objetivo seja calcular o quantitativo, então: provento inicial = 1, sendo o cálculo
individual efetuado com a variável inteira “t” variando de 0 a “n”, sendo “n” o prazo da
projeção em anos.

a) Se é Pensão Normal: BC_Pt+1 = [BC_Pt * (1-qx+t)] * (1+CBA)


- Se o pensionista é temporário e x+t>= 21, BC_Pt+1 = ZERO

b) Se é Pensão Extraordinária: BC_P_PEt+1 = [BC_P_PEt * (1-qx+t)] * (1+CBA)


- Se o pensionista é temporário e x+t>= 21, BC_P_PEt+1 = ZERO

a) Se é Pensão Normal: AC1_BC_Pt = AC1_BC_Pt + BC_Pt

b) Se é Pensão Extraordinária: AC1_BC_P_PEt = AC1_BC_P_PEt + BC_P_PEt

- 100 -
3.3.2 Cálculo de valores acumulado para pensionistas
O cálculo é efetuado com a variável inteira “t” variando de 0 a “n”, sendo “n” o prazo da
projeção em anos.

3.3.2.1 Valores da quantidade de pessoas

a) AC2_BC_Pt = AC1_BC_Pt

b) AC2_BC_P_PEt = AC1_BC_P_PEt

3.3.2.2 Valores monetários

a) AC2_BC_Pt = AC1_BC_Pt * 13

b) AC2_ BC_P_PEt = AC1_BC_P_PEt * 13

c) ContribuicaoNormalPensaoPorMortet = AC1_BC_Pt*12*10,5%

d) ContribuicaoNormalPensaoExtraordinariat = AC1_BC_P_PEt*12*10,5%

e) ContribuicaoNormalPensaoExtraordinariat = AC1_BC_P_PEt*12*1,5%

f) ContribuicaoNormalPensaoExtraordinariaFilhat = AC1_BC_P_PEt*12*3%.

- 101 -
ANEXO D

NOTA TÉCNICA ATUARIAL DO CÁLCULO DO VALOR PRESENTE ATUARIAL DOS PROVENTOS


DE MILITARES VETERANOS

1. CÁLCULO DA RESERVA MATEMÁTICA (PROVISÃO) DE VETERANOS DAS FORÇAS


ARMADAS
À luz da recomendação contida no item 1.7.2 do Acórdão n o 1.463/2020/TCU-Plenário, a
reserva matemática foi calculada por meio da técnica do Valor Presente Atuarial para a
população de militares de massa fechada (sem reposição de militares), utilizando-se o método
de financiamento de Crédito Unitário Projetado, conforme as variáveis e equações descritas
neste item.

2. DESCRIÇÃO DAS VARIÁVEIS UTILIZADAS


Para a obtenção do valor da reserva matemática dos proventos de militares veteranos, em
consonância com a recomendação retromencionada, as seguintes variáveis, à luz da ciência
atuarial, foram consideradas no cálculo:

x é a idade do militar (ativo e inativo) na data da avaliação;

z é a idade final da tábua de mortalidade;

ln é o número de vivos com a idade n, onde n ∈{x, y, w};

k é o tempo que falta para a transferência para a reserva remunerada, no caso dos militares
de carreira, e para transferência para a reserva não remunerada, no caso dos militares
temporários;

i é a taxa real de juros anual;

- 102 -
t é o tempo medido em anos;

𝒗𝒕 é o fator de desconto financeiro para período t, dado pela fórmula:

1
𝑣𝑡 = (1)
(1 + 𝑖)𝑡

𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 𝑩
𝒙 é o salário na idade x, de acordo com o plano de carreira do militar;

𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 𝑪
𝒙 é o salário de contribuição na idade x, de acordo com o plano de carreira do militar;

TS é o tempo de serviço militar na data da avaliação;

TR é o tempo de serviço militar mínimo para a transferência para inatividade remunerada (35
anos), no caso dos militares de carreira, ou o tempo de serviço militar que obriga o
desligamento do serviço ativo (8 anos) dos militares temporários;

𝟏 𝒊 onde n ∈ {x, y, w}, é a probabilidade geral de um indivíduo válido de idade x, y ou w,


𝒕𝒑𝒏 ,

atingir a idade n+t, dada pela seguinte fórmula:

1 𝑖1
𝑙𝑛+𝑡
𝑡𝑝𝑛 1 = (2)
𝑙𝑛

Em que 𝑙𝑛+𝑡 foi obtido conforme a Tábua Biométrica de Mortalidade.

𝟏 𝒂𝒂
𝒕𝒑
𝒙
𝒂 é a probabilidade de um militar da ativa de idade x atingir na ativa a idade x+t, dada pela
seguinte fórmula:

𝑎𝑎
1 𝑎𝑎
𝑙𝑥+𝑡
𝑡𝑝𝑥 = 𝑎𝑎 (3)
𝑙𝑥

Em que 𝑙𝑎𝑎 foi obtido conforme a Tábua Biométrica de Mortalidade.


𝑥+𝑡
- 103 -
𝒒𝒙 é a probabilidade de um indivíduo válido falecer antes de completar a idade x + 1, obtido
conforme a Tábua Biométrica de Mortalidade;

𝟏 𝒊
𝒕𝒑 𝒙 é a probabilidade de um militar inválido de idade x atingir a idade x+t, dada pela seguinte
fórmula:

𝑖
1 𝑖
𝑙𝑥+𝑡
𝑡𝑝𝑥 = (4)
𝑙𝑥𝑖

Em que 𝑙𝑖 foi obtido conforme a Tábua Biométrica de Mortalidade de Inválidos.


𝑥+𝑡

𝒊𝒙 é a probabilidade de o indivíduo de idade x torna-se inválido, conforme a Tábua Biométrica


de entrada em invalidez;

1 𝒊
𝑡𝒒𝒙 é a probabilidade de um indivíduo inválido na idade x falecer antes de completar a idade
x + 1 obtido conforme a Tábua Biométrica de Mortalidade de Inválidos;

𝑫𝒙 é uma comutação atuarial dada pela seguinte fórmula:

𝐷𝑥 = 𝑙𝑥∗𝑣 (5)

𝟏 𝒂𝒂
𝒕𝑬 𝒙 é o fator de desconto atuarial para os militares ativos válidos, no tempo t, dado pela
seguinte fórmula:

𝑎𝑎
𝑎 𝑎𝑎
𝐷𝑥+𝑡
𝑡𝐸𝑥 = 𝑎𝑎 (6)
𝐷𝑥

𝟏 (𝟏𝟐)
𝒕𝐚𝒙 é a anuidade vitalícia postecipada mensalizada referente a participantes válidos, dada
pela seguinte fórmula:

- 104 -
𝑧−𝑥

= ∑[ 1𝑡𝑝𝑥 ∗ 𝑣 𝑡 ] − 13⁄24
(12)
𝑎𝑥 (7)
𝑡=0

𝟏 𝐚𝐚(𝟏𝟐)
𝒕𝐚𝒙 é a anuidade vitalícia postecipada mensalizada referente a participantes ativos
válidos, dada pela seguinte fórmula:

𝑧−𝑥

𝑎𝑥aa(12) = ∑[ 1𝑡𝑝𝑥𝑎𝑎 ∗ 𝑣 𝑡 ] − 13⁄24 (8)


𝑡=0

𝟏 𝐢(𝟏𝟐)
𝒕𝐚𝒙 é a anuidade vitalícia postecipada mensalizada referente a inválidos, dada pela
seguinte fórmula:

𝑧−𝑥

= ∑[ 1𝑡𝑝𝑥𝑖 ∗ 𝑣 𝑡 ] − 13⁄24
(12)
𝑎𝑥 (9)
𝑡=0

3. CÁLCULO DO VALOR PRESENTE DOS PROVENTOS DE VETERANOS


3.1 Militares Ativos
a) Valor Presente das Compensações Futuras oriundas dos atuais ativos que irão se inativar de
forma programável (após o cumprimento do tempo de serviço militar mínimo para inativação):

𝑽𝑷𝑩𝑭_𝑩𝒂𝑪𝑰𝒏𝒂𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝑷𝒓𝒐𝒃𝒓𝒂𝒎𝒂𝒗𝒆𝒍
(𝟏𝟐)
= 𝟏𝟑 . 𝒌𝟏𝑬𝒂𝒂 𝑩
𝒙 . 𝒂𝒙+𝒌 . 𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓𝒙+𝒌 (𝟏𝟎)

b) Valor Presente das Compensações Futuras oriundas dos atuais ativos que irão se inativar
por invalidez:
𝑘−1

𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝑎𝐶𝐼𝑛𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑃𝑜𝑟𝐼𝑛𝑣𝑎𝑙𝑖𝑑𝑒𝑧 = 13 . ∑[ 1𝑡𝑝𝑥𝑎𝑎 . 𝑣 𝑡 . 𝑖𝑥+𝑡 . 𝑎𝒊𝑥+𝑡


12
. 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝐵𝑥+𝑡 ]
( )
(11)
𝑡=0

- 105 -
3.2 Atuais Veteranos
a) Valor Presente das Compensações Futuras oriundas dos atuais militares veteranos que se
inativaram de forma programável (após o cumprimento do tempo de serviço militar mínimo
para inativação):

𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝐶 𝐼𝑛𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑃𝑟𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑣𝑒𝑙 = 13. 𝑎𝑥12 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝐵𝑥


( )
(12)

b) Valor Presente das Compensações Futuras oriundas dos atuais militares veteranos que se
inativaram por invalidez:

𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝐶𝐼𝑛𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑃𝑜𝑟𝐼𝑛𝑣𝑎𝑙𝑖𝑑𝑒𝑧 = 13 . 𝑎𝒊𝑥 12 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝐵𝑥


( )
(13)

4. Provisão matemática das Compensações de Militares Veteranos


4.1 Militares Ativos
a) Provisão Matemática de Compensação de Militares oriundas dos atuais ativos que irão se
inativar de forma programável (após o cumprimento do tempo de serviço militar mínimo para
inativação):
𝑷𝑴𝑩𝒂𝑪𝑰𝒏𝒂𝒕𝑷𝒓𝒐𝒈
𝑻𝑺𝒖
= 𝑽𝑷𝑩𝑭_𝑩𝒂𝑪𝑰𝒏𝒂𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝑷𝒓𝒐𝒃𝒓𝒂𝒎𝒂𝒗𝒆𝒍 . ( ) (𝟏𝟒)
𝑻𝑹

b) Provisão Matemática de Compensação de Militares oriundas dos atuais ativos que irão se
inativar por invalidez:
𝑷𝑴𝑩𝒂𝑪𝑰𝒏𝒂𝒕𝑰𝒏𝒗
𝑻𝑺𝒖
= 𝑽𝑷𝑩𝑭_𝑩𝒂𝑪𝑰𝒏𝒂𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝑷𝒐𝒓𝑰𝒏𝒗𝒂𝒍𝒊𝒅𝒆𝒛 . ( ) (𝟏𝟓)
𝑻𝑹
4.2 Atuais Veteranos
a) Provisão Matemática de Compensação de Militares oriundas dos atuais ativos que irão se
inativar de forma programável (após o cumprimento do tempo de serviço militar mínimo para
inativação):

- 106 -
𝑷𝑴𝑩𝑪𝑰𝒏𝒂𝒕𝑷𝒓𝒐𝒈
= 𝑽𝑷𝑩𝑭_𝑩𝑪𝑰𝒏𝒂𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝑷𝒓𝒐𝒃𝒓𝒂𝒎𝒂𝒗𝒆𝒍 (𝟏𝟔)

b) Provisão Matemática de Compensação de Militares oriundas dos atuais ativos que irão se
inativar por invalidez:
𝑷𝑴𝑩𝑪𝑰𝒏𝒂𝒕𝑰𝒏𝒗
= 𝑽𝑷𝑩𝑭_𝑩𝑪𝑰𝒏𝒂𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝑷𝒐𝒓𝑰𝒏𝒗𝒂𝒍𝒊𝒅𝒆𝒛 (𝟏𝟕)

5. CONSOLIDAÇÃO DA PROVISÃO DAS COMPENSAÇÕES COM MILITARES VETERANOS

5.1. Despesas

𝑫𝑪𝒂𝑪 = 𝑽𝑷𝑩𝑭_𝑩𝒂𝑪𝑰𝒏𝒂𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝑷𝒓𝒐𝒃𝒓𝒂𝒎𝒂𝒗𝒆𝒍
+ 𝑽𝑷𝑩𝑭_𝑩𝒂𝑪𝑰𝒏𝒂𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝑷𝒐𝒓𝑰𝒏𝒗𝒂𝒍𝒊𝒅𝒆𝒛 (𝟏𝟖)

𝑫𝑪𝑪 = 𝑽𝑷𝑩𝑭_𝑩𝑪 𝑰𝒏𝒂𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝑷𝒓𝒐𝒈𝒓𝒂𝒎𝒂𝒗𝒆𝒍


+ 𝑽𝑷𝑩𝑭_𝑩𝑪𝑰𝒏𝒂𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝑷𝒐𝒓𝑰𝒏𝒗𝒂𝒍𝒊𝒅𝒆𝒛 (𝟏𝟗)

5.2 Provisão matemática das compensações de militares

𝑷𝑴𝑪 = 𝑷𝑴𝑩𝒂𝑪𝑰𝒏𝒂𝒕𝑷𝒓𝒐𝒈 + 𝑷𝑴𝑩𝒂𝑪𝑰𝒏𝒂𝒕𝑰𝒏𝒗 + 𝑷𝑴𝑩𝑪𝑰𝒏𝒂𝒕𝑷𝒓𝒐𝒈 + 𝑷𝑴𝑩𝑪𝑰𝒏𝒂𝒕𝑰𝒏𝒗


(20)

- 107 -
ANEXO E

NOTA TÉCNICA ATUARIAL DO CÁLCULO DO VALOR PRESENTE ATUARIAL DAS PENSÕES DE


MILITARES

1. CÁLCULO DA RESERVA MATEMÁTICA (PROVISÃO) DE PENSÕES DE MILITARES


À luz da recomendação contida no item 1.7.2 do Acórdão n o 1.463/2020/TCU-Plenário, a
reserva matemática foi calculada por meio da técnica do Valor Presente Atuarial para a
população de militares e pensionistas de massa fechada (sem reposição de militares),
utilizando-se o método de financiamento de Crédito Unitário Projetado, conforme as variáveis
e equações descritas neste item.

2. DESCRIÇÃO DAS VARIÁVEIS UTILIZADAS


Para a obtenção do valor da reserva matemática de pensão militar, em consonância com a
recomendação retromencionada, as seguintes variáveis, à luz da ciência atuarial, foram
consideradas no cálculo:

y é a idade do militar (ativo e inativo) na data da avaliação;

z é a idade do provável pensionista vitalício na data da avaliação;

w é a idade do provável pensionista temporário mais novo na data da avaliação;

z é a idade final da tábua de mortalidade;

ln é o número de vivos com a idade n, onde n ∈{x, y, w};

k é o tempo que falta para a transferência para a reserva remunerada, no caso dos militares
de carreira, e para transferência para a reserva não remunerada, no caso dos militares
temporários;

- 108 -
j é a taxa real de juros anual;

t é o tempo medido em anos;

𝒗𝒕 é o fator de desconto financeiro para período t, dado pela fórmula:

1
𝑣𝑡 = (1)
(1 + 𝑖)𝑡

j é o tempo em anos após a provável concessão de pensão;

Probf é a maior probabilidade entre a de ter beneficiário vitalício e de ter beneficiário


temporário;

𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 𝑩
𝒙 é o salário na idade x, de acordo com o plano de carreira do militar;

𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 𝑪
𝒙 é o salário de contribuição na idade x, de acordo com o plano de carreira do militar;

ACN é a alíquota de contribuição normal (10,5%), aplicada a todo militar, ativo ou inativo e
seus pensionistas;

ACE é a alíquota de contribuição extraordinária de 1,5%, atribuída, além da ACN, aos militares
que optaram por contribuir com essa alíquota e aos pensionistas desses, exceto as
pensionistas filhas vitalícias válidas que contribuem com a ACF;

ACF é alíquota de contribuição extraordinária de filhas vitalícias de 3%, atribuída, além da ACN,
às pensionistas filhas vitalícias válidas;

TS é o tempo de serviço militar na data da avaliação;

- 109 -
TR é o tempo de serviço militar mínimo para a transferência para inatividade remunerada (35
anos), no caso dos militares de carreira, ou o tempo de serviço militar que obriga o
desligamento do serviço ativo (8 anos) dos militares temporários;

Pensão Normal é a pensão decorrente dos militares que contribuem somente com a ACN;
Pensão Extraordinária é a pensão que excede ao período de pensão normal e é decorrente
da ACE;

𝟏 𝒊 onde n ∈{x, y, w}, é a probabilidade geral de um indivíduo válido de idade x, y ou w,


𝒕𝒑𝒏 ,

atingir a idade n+t, dada pela seguinte fórmula:

1 𝑖1
𝑙𝑛+𝑡
𝑡𝑝𝑛 1 = (2)
𝑙𝑛

Em que 𝑙𝑛+𝑡 foi obtido conforme a Tábua Biométrica de Mortalidade.

𝟏 𝒂𝒂
𝒕𝒑
𝒙
𝒂 é a probabilidade de um militar da ativa de idade x atingir na ativa a idade x+t, dada pela
seguinte fórmula:

𝑎𝑎
1 𝑎𝑎
𝑙𝑥+𝑡
𝑡𝑝𝑥 = (3)
𝑙𝑥𝑎𝑎

Em que 𝑙𝑎𝑎 foi obtido conforme a Tábua Biométrica de Mortalidade.


𝑥+𝑡

𝒒𝒙 é a probabilidade de um indivíduo válido falecer antes de completar a idade x + 1, obtido


conforme a Tábua Biométrica de Mortalidade;

𝟏 𝒊
𝒕𝒑 𝒙 é a probabilidade de um militar inválido de idade x atingir a idade x+t, dada pela seguinte
fórmula:

- 110 -
𝑖
1 𝑖
𝑙𝑥+𝑡
𝑡𝑝𝑥 = (4)
𝑙𝑥𝑖
Em que 𝑙𝑖 foi obtido conforme a Tábua Biométrica de Mortalidade de Inválidos.
𝑥+𝑡

𝒊𝒙 é a probabilidade de o indivíduo de idade x torna-se inválido, conforme a Tábua Biométrica


de entrada em invalidez;

1 𝒊
𝑡𝒒𝒙 é a probabilidade de um indivíduo inválido na idade x falecer antes de completar a idade
x + 1 obtido conforme a Tábua Biométrica de Mortalidade de Inválidos;

𝑫𝒙 é uma comutação atuarial dada pela seguinte fórmula:

𝐷𝑥 = 𝑙𝑥 ∗ 𝑣 (5)

𝟏 𝒂𝒂
𝒕𝑬 𝒙 é o fator de desconto atuarial para os militares ativos válidos, no tempo t, dado pela
seguinte fórmula:

𝑎𝑎
𝑎 𝑎𝑎
𝐷𝑥+𝑡
𝑡𝐸𝑥 = (6)
𝐷𝑥𝑎𝑎

𝟏 (𝟏𝟐)
𝒕𝐚𝒙 é a anuidade vitalícia postecipada mensalizada referente a participantes válidos, dada
pela seguinte fórmula:

𝑧−𝑥

= ∑[ 1𝑡𝑝𝑥 ∗ 𝑣 𝑡 ] − 13⁄24
(12)
𝑎𝑥 (7)
𝑡=0

𝟏 𝐚𝐚(𝟏𝟐)
𝒕𝐚𝒙 é a anuidade vitalícia postecipada mensalizada referente a participantes ativos
válidos, dada pela seguinte fórmula:

𝑧−𝑥

𝑎𝑥aa(12) = ∑[ 1𝑡𝑝𝑥𝑎𝑎 ∗ 𝑣 𝑡 ] − 13⁄24 (8)


𝑡=0
- 111 -
𝟏 𝐢(𝟏𝟐)
𝒕𝐚𝒙 é a anuidade vitalícia postecipada mensalizada referente a inválidos, dada pela
seguinte fórmula:

𝑧−𝑥

= ∑[ 1𝑡𝑝𝑥𝑖 ∗ 𝑣 𝑡 ] − 13⁄24
(12)
𝑎𝑥 (9)
𝑡=0

(𝟏𝟐)
𝑯𝒙 é o fator atuarial de pensão normal de participante válido, sem contribuição de 1,5%,
conforme as três situações a seguir descritas:

Militar (ativo ou inativo) válido casado com filhos(as) beneficiários(as):

(12) (12) (12) (12)


𝐻𝑥 =[𝑎𝑦+𝑗 + 𝑎𝑤+𝑗 − 𝑎𝑦+𝑗;𝑤+𝑗 ] ∗ 𝑃𝑟𝑜𝑏𝑓 (10)

em que:

𝑧−𝑦

𝑎𝑦+𝑗 = ∑[ 1𝑡𝑝𝑦+𝑗 ∗ 𝑣 𝑡 ] − 13⁄24


(12)
(11)
𝑡=0

𝑧−𝑤

= ∑[ 1𝑡𝑝𝑤+𝑗 ∗ 𝑣 𝑡 ] − 13⁄24
(12)
𝑎𝑤+𝑗 (12)
𝑡=0

𝑧−𝑚

= ∑ [ 1𝑡𝑝𝑦+𝑗 ∗ 1𝑡𝑝𝑤+𝑗 ∗ 𝑣 𝑡 ] − 13⁄24


(12)
𝑎𝑦+𝑗;𝑤+𝑗 (13)
𝑡=0

Probf refere-se ao grupo de militares ativos e veteranos que não contribuí com 1,5%;

- 112 -
j é o tempo em anos após a provável concessão de pensão;

w + j ≤ 21;

(12) (12)
Se w+j > 21, então 𝑎𝑤+𝑗 = 0 𝑒 𝑎𝑦+𝑗;𝑤+𝑗 = 0

m = Máx {y,w}

Militar válido casado sem filhos(as) beneficiários:

(12) (12 )
𝐻𝑥 = 𝑎𝑦+𝑗 ∗ 𝑃𝑟𝑜𝑏𝑓 (14)

em que:

𝑧−𝑦

𝑎𝑦+𝑗 = ∑[ 1𝑡𝑝𝑦+𝑗 ∗ 𝑣 𝑡 ] − 13⁄24


(12)
(15)
𝑡=0

Sendo j o tempo em anos após a provável concessão de pensão.

Militar válido sem cônjuge e com filho(a):

12 ( )
𝐻𝑥(12) = 𝑎𝑤+𝑗 ∗ 𝑃𝑟𝑜𝑏𝑓 (16)

em que:
- 113 -
𝑧−𝑤

= ∑[ 1𝑡𝑝𝑤+𝑗 ∗ 𝑣 𝑡 ] − 13⁄24
(12)
𝑎𝑤+𝑗 (17)
𝑡=0

Sendo:

j é o tempo em anos após a provável concessão de pensão; e

w + j ≤ 21

𝑯𝒊(𝟏𝟐)
𝒙 é o fator atuarial de pensão normal de participante inválido, conforme aplicação das
equações (10), (14) e (16);

(𝟏𝟐)
𝑯𝑷𝑬𝒙 é o fator atuarial de pensão extraordinária de participante válido (ativo ou inativo),
que contribui com 1,5%, conforme as equações (10) e (16) e Probf do grupo de militares ativos
e veteranos que contribuem com 1,5%.

𝑯𝑷𝑬𝒊(𝟏𝟐)
𝒙 é o fator atuarial de pensão extraordinária de participante inválido (inativo), que
contribui com 1,5%, conforme as equações (10) e (16) e Probf do grupo de militares ativos e
veteranos que contribuem com 1,5%.

3. CÁLCULO DO VALOR PRESENTE DE BENEFÍCIOS FUTUROS

3.1 Militares Ativos


a) Valor Presente de Benefícios Futuros de Pensões Normais oriundas dos atuais ativos que
irão se inativar de forma programável (após o cumprimento do tempo de serviço militar
mínimo para inativação):

(12)
𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 = 13 . 𝑘1𝐸𝑥𝑎𝑎 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑘
𝐵
. ∑𝑧−𝑥−𝑘 1 𝑡
𝑡=0 [ 𝑡𝑝𝑥+𝑘 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑘+𝑡 . 𝐻𝑥+𝑘+𝑡 ] (18)

- 114 -
b) Valor Presente de Benefícios Futuros de Pensões Extraordinárias, no que exceder o valor
da pensão normal, oriundas dos atuais ativos que irão se inativar de forma programável (após
o cumprimento do tempo de serviço militar mínimo para inativação) e que optaram por
contribuir com 1,5%:

𝑧−(𝑥+𝑘) 1 (12) (12)


𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 = 13 . 𝑘1𝐸𝑥𝑎𝑎 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑘
𝐵
. ∑𝑡=0 [ 𝑡𝑝𝑥+𝑘 . 𝑣 𝑡 . 𝑞𝑥+𝑘+𝑡 . (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑘+𝑡 − 𝐻𝑥+𝑘+𝑡 )]
𝑃𝐸

(19)
em que 𝑥 + 𝑘 + 𝑡 ≤ 𝑧.
c) Valor Presente de Benefícios Futuros de Pensões Normais oriundas dos atuais ativos que
irão se inativar por invalidez:

𝑡 𝑖 𝑖(12)
𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 = 13 . ∑𝑘−1 1 𝑎𝑎 𝑡 𝑧−1 1 𝑖 𝐵
𝑡=0 [ 𝑡𝑝𝑥 . 𝑣 . 𝑖𝑥+𝑡 . ∑𝑗=0 ( 𝑗 𝑝𝑥+𝑡 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑡+𝑗 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑗 . 𝐻𝑥+𝑡+𝑗 )] (20)

d) Valor Presente de Benefícios Futuros de Pensões Extraordinárias, no que exceder o valor


da pensão normal, oriundas dos atuais ativos que irão se inativar por invalidez e que optaram
por contribuir com 1,5%:

𝑧−1 1 𝑖 𝑡 𝑖 𝐵 𝑖(12)
𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 _𝑃𝐸 = 13 . ∑𝑘−1 1 𝑎𝑎 𝑡
𝑡=0 [ 𝑡𝑝𝑥 . 𝑣 . 𝑖𝑥+𝑡 . ∑𝑗=0 ( 𝑗 𝑝𝑥+𝑡 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑡+𝑗 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑗 . (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑗+𝑡 −

𝑖(12)
𝐻𝑥+𝑡+𝑗 ))] (21)

e) Valor Presente de Benefícios Futuros de Pensões Normais oriundas do falecimento de


militares da ativa:

(12)
𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 = 13 . ∑𝑘−1 1 𝑎𝑎 𝑡 𝐵
𝑡=0 [ 𝑡𝑝𝑥 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑡 . 𝐻𝑥+𝑡 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡 ] (22)

f) Valor Presente de Benefícios Futuros de Pensões Extraordinárias, no que exceder o valor da


pensão normal, oriundas do falecimento de militares da ativa que optaram por contribuir com
1,5%:

- 115 -
(12) (12)
𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 = 13 . ∑𝑘−1 1 𝑎𝑎 𝑡 𝐵
𝑡=0 [ 𝑡𝑝𝑥 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑡 . (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑡 − 𝐻𝑥+𝑡 ) . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡 ] (23)
𝑃𝐸

3.2 Militares Veteranos


a) Valor Presente de Benefícios Futuros de Pensões Normais oriundas do falecimento de
militares veteranos que se inativaram de forma programável (após o cumprimento do tempo
de serviço militar mínimo para inativação):

(12)
𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 = ∑𝑧−1−𝑥
𝑡=0 13 . 1𝑡𝑝𝑥1 . 𝑣 𝑡 . 𝑞𝑥+𝑡 . 𝐻𝑥+𝑡 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥𝐵 (24)

b) Valor Presente de Benefícios Futuros de Pensões Extraordinárias, no que exceder o valor


da pensão normal, oriundas do falecimento de militares veteranos que se inativaram de forma
programável (após o cumprimento do tempo de serviço militar mínimo para inativação) e
optaram por contribuir com 1,5%:

(12) (12)
𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 𝑃𝐸 = ∑𝑧−1−𝑥
𝑡=0 13 . 1𝑡𝑝𝑥1 . 𝑣 𝑡 . 𝑞𝑥+𝑡 . (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑡 − 𝐻𝑥+𝑡 ). 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥𝐵 (25)

c) Valor Presente de Benefícios Futuros de Pensões Normais oriundas do falecimento de


militares veteranos que se inativaram por invalidez:

𝑖(12)
𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 = ∑𝑧−1−𝑥
𝑡=0 13 . 𝑡𝑖𝑝𝑥𝑖 . 𝑣 𝑡 . 𝑞𝑥+𝑡
𝑖
. 𝐻𝑥+𝑡 𝐵
. 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡 (26)

d) Valor Presente de Benefícios Futuros de Pensões Extraordinárias, no que exceder o valor


da pensão normal, oriundas do falecimento de militares veteranos que se inativaram por
invalidez e que optaram por contribuir com 1,5%:

𝑖(12) 𝑖(12)
𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 = ∑𝑧−1−𝑥
𝑡=0
𝑖
13 . 1𝑡𝑝𝑥𝑖 . 𝑣 𝑡 . 𝑞𝑥+𝑡 . (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑡 − 𝐻𝑥+𝑡 𝐵
). 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡 (27)
𝑃𝐸

3.3 Pensionistas
a) Valor Presente de Benefícios Futuros de Pensões Normais Concedidas:

- 116 -
(12)
𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒 = 13 . 𝐻𝑥 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥𝐵 (28)

b) Valor Presente de Benefícios Futuros de Pensões Extraordinárias Concedidas, no que


exceder o valor da pensão normal:

(12) (12)
𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒 = 13 . (𝐻𝑃𝐸𝑥 − 𝐻𝑥 ). 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥𝐵 (29)

4. VALOR PRESENTE DAS CONTRIBUIÇÕES FUTURAS

4.1 Ativos
a) Valor Presente das Contribuições Futuras Normais dos atuais ativos:

(12) 𝑇𝑆
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝐴𝑡𝑣 = 13 . 𝑘1𝐸𝑥𝑎𝑎 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑘
𝐵
. ∑𝑧−𝑥−𝑘 1 𝑡 𝑢
𝑡=0 [ 𝑡 𝑝𝑥+𝑘 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑘+𝑡 . 𝐻𝑥+𝑘+𝑡 ]. [1 − ( 𝑇𝑅 ) ] (30)

b) Valor Presente das Contribuições Futuras Extraordinárias dos atuais ativos que optaram por
contribuir com 1,5%:

𝑎𝑎 𝑧−(𝑥+𝑘) 1 12( ) (12)


𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝐴𝑡𝑣𝑃𝐸 = 13 . 1𝑘𝐸𝑥 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝐵𝑥+𝑘 . ∑𝑡=0 [ 𝑝𝑥+𝑘 . 𝑣𝑡 . 𝑞𝑥+𝑘+𝑡 . (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑘+𝑡 − 𝐻𝑥+𝑘+𝑡 )]. [1 −
𝑡
𝑇𝑆
( 𝑇𝑅𝑢)] (31)

c) Valor Presente das Contribuições Futuras Normais de atuais ativos que irão se inativar de
forma programável (após o cumprimento do tempo de serviço militar mínimo para
inativação):

(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 = 12 . 𝑘1𝐸𝑥𝑎𝑎 . 𝑎𝑥+𝑘 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑘
𝐵
. 𝐴𝐶𝑁 (32)

d) Valor Presente das Contribuições Futuras Extraordinárias de atuais ativos que irão se

- 117 -
inativar de forma programável (após o cumprimento do tempo de serviço militar mínimo para
inativação) e que optaram por contribuir com 1,5%:

(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 = 12. 𝑘1𝐸𝑥𝑎𝑎 . 𝑎𝑥+𝑘 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑘
𝐵
. 𝐴𝐶𝐸 (33)
𝑃𝐸

e) Valor Presente das Contribuições Futuras Normais de atuais ativos que irão se inativar por
invalidez:

𝑖(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 = ∑𝑘−1 1 𝑎𝑎 𝑡 𝐵
𝑡=0 [12. 𝑡𝑝𝑥 . 𝑣 . 𝑖𝑥+𝑡 . 𝑎𝑥+𝑡 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡 . 𝐴𝐶𝑁] (34)

f) Valor Presente das Contribuições Futuras Extraordinárias de atuais ativos que irão se inativar
por invalidez e que por contribuir com 1,5%:

𝑖(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 = ∑𝑘−1 1 𝑎𝑎 𝑡 𝐵
𝑡=0 [12. 𝑡𝑝𝑥 . 𝑣 . 𝑖𝑥+𝑡 . 𝑎𝑥+𝑡 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡 . 𝐴𝐶𝐸] (35)
𝑃𝐸

4.2 Militares Veteranos


a) Valor Presente das Contribuições Futuras dos atuais veteranos que se inativaram de forma
programável (após o cumprimento do tempo de serviço militar mínimo para inativação) sob a
alíquota normal:

(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶3𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔𝐶𝑁 = 12. 𝑎𝑥 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥𝐵 . 𝐴𝐶𝑁 (36)

b) Valor Presente das Contribuições Futuras dos atuais veteranos que se inativaram de forma
programável (após o cumprimento do tempo de serviço militar mínimo para inativação e que
por contribuir com 1,5%:

(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶3𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔𝑟𝐶𝐸 = 12. 𝑎𝑥 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥𝐵 . 𝐴𝐶𝐸 (37)

c) Valor Presente das Contribuições Futuras dos atuais veteranos que se inativaram por

- 118 -
invalidez, sob a alíquota normal:

𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 𝐶𝑁

= 12. 𝑎𝑥𝑖(12) . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥𝐵 . 𝐴𝐶𝑁 (38)

d) Valor Presente das Contribuições Futuras dos atuais veteranos que se inativaram por
invalidez e que optaram por contribuir com 1,5%:

𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 = 12. 𝑎𝑥𝑖(12) . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥𝐵 . 𝐴𝐶𝐸 (39)


𝐶𝐸

4.3 Pensionistas
a) Valor Presente das Contribuições Futuras Normais de Pensões Normais oriundas do
falecimento dos atuais ativos que irão se inativar de forma programável (após o cumprimento
do tempo de serviço militar mínimo para inativação):

𝑎𝑎 1 (12 )
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 = 12. 1𝑘𝐸𝑥 . ∑𝑧−𝑥−𝑘 𝑡
𝑡=0 [ 𝑝𝑥+𝑘 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑘+𝑡 . 𝐻𝑥+𝑘+𝑡 ]. 𝐴𝐶𝑁 (40)
𝐶𝑁 𝑡

b) Valor Presente das Contribuições Futuras Extraordinárias de Pensões Normais oriundas do


falecimento dos atuais ativos que irão se inativar de forma programável (após o cumprimento
do tempo de serviço militar mínimo para inativação) e que optaram por contribuir com 1,5%:

𝑎𝑎 1 (12 )
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 = 12. 1𝑘𝐸𝑥 . ∑𝑧−𝑥−𝑘 𝑡
𝑡=0 [ 𝑝𝑥+𝑘 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑘+𝑡 . 𝐻𝑥+𝑘+𝑡 ]. 𝐴𝐶𝐸 (41)
𝐶𝐸 𝑡

c) Valor Presente das Contribuições Futuras Normais das Pensões Extraordinárias, no que
exceder ao valor da pensão normal, oriundas do falecimento dos atuais ativos que irão se
inativar de forma programável (após o cumprimento do tempo de serviço militar mínimo para
inativação) e que optaram por contribuir com a alíquota de 1,5%:

(12) (12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 = 12. 𝑘1𝐸𝑥𝑎𝑎 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑘
𝐵
. ∑𝑧−𝑥−𝑘 1 𝑡
𝑡=0 [ 𝑡𝑝𝑥+𝑘 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑘+𝑡 . (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑘+𝑡 − 𝐻𝑥+𝑘+𝑡 )]. 𝐴𝐶𝑁
𝑃𝐸𝐶𝑁

(42)
- 119 -
d) Valor Presente das Contribuições Futuras Extraordinárias de Pensões Extraordinárias, no que
exceder ao valor da pensão normal, oriundas do falecimento dos atuais ativos que irão se
inativar de forma programável (após o cumprimento do tempo de serviço militar mínimo para
inativação) e optaram por contribuir com a alíquota de 1,5%:

(12) (12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 = 12. 𝑘1𝐸𝑥𝑎𝑎 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑘
𝐵
. ∑𝑧−𝑥−𝑘 1 𝑡
𝑡=0 [ 𝑡 𝑝𝑥+𝑘 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑘+𝑡 . (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑘+𝑡 − 𝐻𝑥+𝑘+𝑡 )]. 𝐴𝐶𝐸
𝑃𝐸𝐶𝐸

(43)

e) Valor Presente das Contribuições Futuras Normais de Pensões Normais oriundas do


falecimento dos atuais ativos que irão se inativar por invalidez, sob a alíquota normal:

𝑧−1 1 𝑖 𝑡 𝑖 𝐵 𝑖(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 = 12 . ∑𝑘−1 1 𝑎𝑎 𝑡
𝑡=0 [ 𝑡𝑝𝑥 . 𝑣 . 𝑖𝑥+𝑡 . ∑𝑗=0 ( 𝑗 𝑝𝑥+𝑡 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑡+𝑗 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑗 . 𝐻𝑥+𝑡+𝑗 ). 𝐴𝐶𝑁]
𝐶𝑁

(44)
f) Valor Presente das Contribuições Futuras Extraordinárias de Pensões Normais oriundas do
falecimento dos atuais ativos que irão se inativar por invalidez e que optaram por contribuir
com 1,5%:

𝑡 𝑖 𝑖(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 = 12 . ∑𝑘−1 1 𝑎𝑎 𝑡 𝑧−1 1 𝑖 𝐵
𝑡=0 [ 𝑡𝑝𝑥 . 𝑣 . 𝑖𝑥+𝑡 . ∑𝑗=0 ( 𝑗 𝑝𝑥+𝑡 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑡+𝑗 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑗 . 𝐻𝑥+𝑡+𝑗 ). 𝐴𝐶𝐸]
𝐶𝐸

(45)

g) Valor Presente das Contribuições Futuras Normais de Pensões Extraordinárias, no que


exceder ao valor da pensão normal, oriundas do falecimento dos atuais ativos que irão se
inativar por invalidez e que optaram por contribuir com 1,5%:

𝑡 𝑖 𝑖(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 = 12 . ∑𝑘−1 1 𝑎𝑎 𝑡 𝑧−1 1 𝑖 𝐵
𝑡=0 [ 𝑡𝑝𝑥 . 𝑣 . 𝑖𝑥+𝑡 . ∑𝑗=0 ( 𝑗 𝑝𝑥+𝑡 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑡+𝑗 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑗 . (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑗+𝑡 −
𝑃𝐸𝐶𝑁

𝑖(12)
𝐻𝑥+𝑡+𝑗 )). 𝐴𝐶𝑁] (46)

h) Valor Presente das Contribuições Futuras Extraordinárias de Pensões Extraordinárias, no


- 120 -
que exceder o valor da pensão normal, oriundas do falecimento dos atuais ativos que irão se
inativar por invalidez e que optaram por contribuir com 1,5%:
𝑡 𝑖 𝑖(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 = 12 . ∑𝑘−1 1 𝑎𝑎 𝑡 𝑧−1 1 𝑖 𝐵
𝑡=0 [ 𝑡𝑝𝑥 . 𝑣 . 𝑖𝑥+𝑡 . ∑𝑗=0 ( 𝑗 𝑝𝑥+𝑡 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑡+𝑗 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑗 . (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑗+𝑡 −
𝑃𝐸𝐶𝐸

𝑖(12)
𝐻𝑥+𝑡+𝑗 )). 𝐴𝐶𝐸] (47)

i) Valor Presente das Contribuições Futuras Normais de Pensões Normais oriundas do


falecimento de militares da ativa sob a alíquota normal:

(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 = 12 . ∑𝑘−1 1 𝑎𝑎 𝑡 𝐵
𝑡=0 [ 𝑡𝑝𝑥 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑡 . 𝐻𝑥+𝑡 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡 ] . 𝐴𝐶𝑁 (48)
𝐶𝑁

j) Valor Presente das Contribuições Futuras Extraordinárias de Pensões Normais oriundas do


falecimento de militares da ativa que optaram por contribuir com 1,5%:

(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 = 12 . ∑𝑘−1 1 𝑎𝑎 𝑡 𝐵
𝑡=0 [ 𝑡𝑝𝑥 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑡 . 𝐻𝑥+𝑡 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡 ] . 𝐴𝐶𝐸 (49)
𝐶𝐸

k) Valor Presente das Contribuições Futuras Normais de Pensões Extraordinárias, no que


exceder ao valor da pensão normal, oriundas do falecimento de militares da ativa que optaram
por contribuir com 1,5%:

(12) (12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 = 12 . ∑𝑘−1 1 𝑎𝑎 𝑡 𝐵
𝑡=0 [ 𝑡𝑝𝑥 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑡 . (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑡 − 𝐻𝑥+𝑡 ). 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡 ]. 𝐴𝐶𝑁 (50)
𝑃𝐸𝐶𝑁

l) Valor Presente das Contribuições Futuras Extraordinárias de Pensões Extraordinárias, no que


exceder o valor da pensão normal, oriundas do falecimento de militares da ativa e que
optaram por contribuir com 1,5%:

(12) (12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 = 12 . ∑𝑘−1 1 𝑎𝑎 𝑡 𝐵
𝑡=0 [ 𝑡𝑝𝑥 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑡 . (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑡 − 𝐻𝑥+𝑡 ). 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡 ]. 𝐴𝐶𝐸 (51)
𝑃𝐸𝐶𝐸

m) Valor Presente das Contribuições Futuras Normais de Pensões Normais oriundas do


falecimento de militares veteranos que se inativaram de forma programável (após o

- 121 -
cumprimento do tempo de serviço militar mínimo para inativação):

(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 = ∑𝑧−1−𝑥
𝑡=0 12 . 1𝑡𝑝𝑥1 . 𝑣 𝑡 . 𝑞𝑥+𝑡 . 𝐻𝑥+𝑡 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡
𝐵
. 𝐴𝐶𝑁 (52)
𝐶𝑁

n) Valor Presente das Contribuições Futuras Extraordinárias de Pensões Normais oriundas do


falecimento de militares veteranos que se inativaram de forma programável (após o
cumprimento do tempo de serviço militar mínimo para inativação) e que optaram por
contribuir com a alíquota de 1,5%:

(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 = ∑𝑧−1−𝑥
𝑡=0 12 . 1𝑡𝑝𝑥1 . 𝑣 𝑡 . 𝑞𝑥+𝑡 . 𝐻𝑥+𝑡 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡
𝐵
. 𝐴𝐶𝐸 (53)
𝐶𝐸

o) Valor Presente das Contribuições Futuras Normais de Pensões Extraordinárias, no que


exceder ao valor da pensão normal, oriundas do falecimento de militares veteranos que se
inativaram de forma programável (após o cumprimento do tempo de serviço militar mínimo
para inativação) e que optaram por contribuir com 1,5%:
(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 𝑃𝐸𝐶𝑁 = ∑𝑧−1−𝑥
𝑡=0 12 . 1𝑡𝑝𝑥1 . 𝑣 𝑡 . 𝑞𝑥+𝑡 . (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑡 −
(12) 𝐵
𝐻𝑥+𝑡 ). 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡 . 𝐴𝐶𝑁 (54)

p) Valor Presente das Contribuições Futuras Extraordinárias de Pensões Extraordinárias, no


que exceder o valor da pensão normal, oriundas do falecimento de militares veteranos que se
inativaram de forma programável (após o cumprimento do tempo de serviço militar mínimo
para inativação) e que optaram por contribuir com 1,5%:

(12) (12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 𝑃𝐸𝐶𝐸 = ∑𝑧−1−𝑥
𝑡=0 12 . 1𝑡𝑝𝑥1 . 𝑣 𝑡 . 𝑞𝑥+𝑡 . (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑡 − 𝐻𝑥+𝑡 ). 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡
𝐵
. 𝐴𝐶𝐸 (55)

q) Valor Presente das Contribuições Futuras Normais de Pensões Normais oriundas do


falecimento de militares veteranos que se inativaram por invalidez, sob a alíquota normal:

𝑖(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 = ∑𝑧−1−𝑥
𝑡=0 12 . 𝑡𝑖𝑝𝑥1 . 𝑣 𝑡 . 𝑞𝑥+𝑡
𝑖
. 𝐻𝑥+𝑡 𝐵
. 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡 . 𝐴𝐶𝑁 (56)
𝐶𝑁

- 122 -
r) Valor Presente das Contribuições Futuras Extraordinárias de Pensões Normais oriundas do
falecimento de militares veteranos que se inativaram por invalidez e que optaram por
contribuir com 1,5%:

𝑖(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 = ∑𝑧−1−𝑥
𝑡=0 12 . 𝑡𝑖𝑝𝑥1 . 𝑣 𝑡 . 𝑞𝑥+𝑡
𝑖
. 𝐻𝑥+𝑡 𝐵
. 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡 . 𝐴𝐶𝐸 (57)
𝐶𝐸

s) Valor Presente das Contribuições Futuras Normais de Pensões Extraordinárias oriundas do


falecimento de militares veteranos que se inativaram por invalidez e que optaram por
contribuir, com 1,5%:

𝑖(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 = ∑𝑧−1−𝑥
𝑡=0
𝑖
12 . 1𝑡𝑝𝑥𝑖 . 𝑣 𝑡 . 𝑞𝑥+𝑡 . (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑡 −
𝑃𝐸𝐶𝑁

𝑖(12) 𝐵
𝐻𝑥+𝑡 ). 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡 . 𝐴𝐶𝑁 (58)

t) Valor Presente das Contribuições Futuras Extraordinárias de Pensões Extraordinárias, no


que exceder ao valor da pensão normal, oriundas do falecimento de militares veteranos que
se inativaram por invalidez e que optaram por contribuir com 1,5%:

𝑖(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 = ∑𝑧−1−𝑥
𝑡=0
𝑖
12 . 1𝑡𝑝𝑥𝑖 . 𝑣 𝑡 . 𝑞𝑥+𝑡 . (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑡 −
𝑃𝐸𝐶𝐸

𝑖(12) 𝐵
𝐻𝑥+𝑡 ). 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡 . 𝐴𝐶𝐸 (59)

u) Valor Presente das Contribuições Futuras Normais de Pensões Normais:

(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒 𝐶𝑁 = 12. 𝐻𝑥 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥𝐵 . 𝐴𝐶𝑁 (60)

v) Valor Presente das Contribuições Futuras Extraordinárias de Pensões Normais cujo militar
instituidor fez a opção de contribuir com 1,5%:

(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒 = 12. 𝐻𝑥 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥𝐵 . 𝐴𝐶𝐸 (61)
𝐶𝐸

- 123 -
Onde eventuais filhas pensionistas são inválidas ou de idade menor ou igual a 21 anos.
w) Valor Presente das Contribuições Futuras Normais de Pensões Extraordinárias:

(12) (12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒 = 12. (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑡 − 𝐻𝑥+𝑡 ). 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥𝐵 . 𝐴𝐶𝑁 (62)
𝑃𝐸𝐶𝑁

x) Valor Presente das Contribuições Futuras Extraordinárias de Pensões Extraordinárias:

(12) (12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒 = 12. (𝐻𝑃𝐸𝑥+𝑡 − 𝐻𝑥+𝑡 ). 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥𝐵 . 𝐴𝐶𝐹 (63)
𝑃𝐸𝐶𝐸

Onde eventuais filhas pensionistas são válidas e de idade maior que 21 anos.

5. CÁLCULO DA RESERVA MATEMÁTICA

5.1 Provisão Matemática de Benefícios de Pensão a Conceder

5.1.1 Atuais Ativos


a) Provisão Matemática de Benefícios a Conceder de Pensões Normais oriundas dos atuais
ativos que irão se inativar de forma programável (após o cumprimento do tempo de serviço
militar mínimo para inativação):

𝑃𝑀𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 = ∑𝑛𝑢 = 1(𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔𝑢 −


(𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔_𝐶𝑁𝑢 + 𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔_𝐶𝐸𝑢 +
𝑇𝑆
+𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔𝑢 )). ( 𝑇𝑅𝑢) (64)

Em que n é o número total de ativos.

b) Provisão Matemática de Benefícios a Conceder de Pensões Extraordinárias, no que exceder


ao valor da pensão normal, oriundas dos atuais ativos que optaram por contribuir com 1,5%
e que irão se inativar de forma programável (após o cumprimento do tempo de serviço militar
- 124 -
mínimo para inativação):

𝑃𝑀𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔_𝑃𝐸 = ∑𝑛𝑢 = 1(𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔_𝑃𝐸𝑢 −


(𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔_𝑃𝐸_𝐶𝑁𝑢 + 𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔_𝑃𝐸_𝐶𝐸𝑢 +
𝑇𝑆
+𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔_𝑃𝐸𝑢 )). ( 𝑇𝑅𝑢) (65)

Em que n é o número total de ativos.

c) Provisão Matemática de Benefícios a Conceder de Pensões Normais oriundas dos atuais


ativos que irão se inativar por invalidez:

𝑃𝑀𝐵𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 = ∑𝑛𝑢 = 1(𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣𝑢 −


(𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣_𝐶𝑁𝑢 + 𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣_𝐶𝐸𝑢 +
𝑇𝑆
𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣𝑢 )) . ( 𝑇𝑅𝑢) (66)

Em que n é o número total de ativos.

d) Provisão Matemática de Benefícios a Conceder de Pensões Extraordinárias, no que exceder


ao valor da pensão normal, oriundas dos atuais ativos que optaram por contribuir com 1,5%
e que irão se inativar por invalidez:
𝑃𝑀𝐵𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣_𝑃𝐸 = ∑𝑛𝑢=1(𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣_𝑃𝐸𝑢 +
(𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣_𝑃𝐸_𝐶𝑁𝑢 + 𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣_𝑃𝐸_𝐶𝐸𝑢 +
𝑇𝑆
𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣_𝑃𝐸𝑢 )). ( 𝑇𝑅𝑢) (67)

e) Provisão Matemática Modificada de Benefícios a Conceder de Pensões Normais oriundas


do falecimento de militares da ativa:

𝑃𝑀𝐵𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 = ∑𝑛𝑢=1(𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑢 −
𝑇𝑆𝑢
(𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜_𝐶𝑁𝑢 + 𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜_𝐶𝐸𝑢 )). ( ) (68)
𝑇𝑅

- 125 -
f) Provisão Matemática Modificada de Benefícios a Conceder de Pensões Extraordinárias, no
que exceder ao valor da pensão normal, oriundas do falecimento de militares da ativa que
optaram por contribuir com 1,5%:

𝑃𝑀𝐵𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜_𝑃𝐸 = ∑𝑛𝑢=1(𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑢 −
𝑇𝑆𝑢
(𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜_𝑃𝐸_𝐶𝑁𝑢 + 𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝑎𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜_𝑃𝐸_𝐶𝐸𝑢 )). (
𝑇𝑅
) (69)

5.1.2 Atuais Veteranos


a) Provisão Matemática de Benefícios a Conceder de Pensões Normais oriundas do
falecimento de militares veteranos que se inativaram de forma programável (após o
cumprimento do tempo de serviço militar mínimo para inativação):

𝑃𝑀𝐵𝐹_𝐵𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 = ∑𝑛𝑢=1(𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔𝑢 −
(𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔_𝐶𝑁𝑢 + 𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔_𝐶𝐸𝑢 )) (70)

b) Provisão Matemática de Benefícios a Conceder de Pensões Extraordinárias, no que exceder


ao valor da pensão normal, oriundas do falecimento de militares veteranos que se inativaram
de forma programável (após o cumprimento do tempo de serviço militar mínimo para
inativação) e que optaram por contribuir com 1,5%:

𝑃𝑀𝐵𝐹_𝐵𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔_𝑃𝐸 = ∑𝑛𝑢=1(𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔_𝑃𝐸𝑢 −
(𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔_𝑃𝐸_𝐶𝑁𝑢 + 𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔_𝐶𝐸𝑢 )) (71)

c) Provisão Matemática de Benefícios a Conceder de Pensões Normais oriundas do


falecimento de militares veteranos que se inativaram por invalidez:

𝑃𝑀𝐵𝐹_𝐵𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 = ∑𝑛𝑢=1(𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣𝑢 −
(𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣_𝐶𝑁𝑢 + 𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣_𝐶𝐸𝑢 )) (72)

- 126 -
c) Provisão Matemática de Benefícios a Conceder de Pensões Extraordinárias, no que
exceder ao valor da pensão normal, oriundas do falecimento de militares veteranos que
se inativaram por invalidez e que optaram por contribuir com 1,5%:

𝑃𝑀𝐵𝐹_𝐵𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣_𝑃𝐸 = ∑𝑛𝑢=1(𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣_𝑃𝐸𝑢 −
(𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣_𝑃𝐸_𝐶𝑁𝑢 + 𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣_𝑃𝐸_𝐶𝐸𝑢 )) (73)

5.1.3 Provisão Matemática de Benefícios de Pensão Concedidos

a) Provisão Matemática de Benefícios Futuros de Pensões Normais já concedidas:

𝑃𝑀𝐵𝐹_𝐵𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒 = ∑𝑛𝑢=1(𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒𝑢 −
(𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒_𝐶𝑁𝑢 + 𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒_𝐶𝐸𝑢 )) (74)

b) Provisão Matemática de Benefícios Futuros de Pensões extraordinárias já concedidas, no


que exceder ao valor da pensão normal:

𝑃𝑀𝐵𝐹_𝐵𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒_𝑃𝐸 = ∑𝑛𝑢=1(𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒_𝑃𝐸𝑢 −
(𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒_𝑃𝐸_𝐶𝑁𝑢 + 𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒_𝑃𝐸_𝐶𝐸𝑢 )) (75)

5.4 Consolidação da provisão de pensões militares

5.4.1 Pensões Concedidas

a) Receitas:

𝑅𝑃𝐶 = ∑𝑛𝑢=1 𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒_𝐶𝑁𝑢 + 𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒_𝐶𝐸𝑢 +


𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒_𝑃𝐸_𝐶𝑁𝑢 + 𝑉𝑃𝐶𝐹_𝐵𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒_𝑃𝐸_𝐶𝐸𝑢 (76)

b) Despesas:

- 127 -
𝐷𝑃𝐶 = ∑𝑛𝑢=1 VPBF_BC_PensaoPorMorte𝑢 + 𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝐶_𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝑃𝑜𝑟𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒_𝑃𝐸𝑢 (77)

c) Provisão de pensões concedidas:


𝑃𝑀𝑃𝐶 = 𝐷𝑃𝐶 − 𝑅𝑃𝐶 (78)
5.4.2 Pensões a conceder

a) Receitas:

𝑅𝑃𝑎𝐶 = ∑𝑛𝑢=1((𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 + 𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 )−


𝑢 𝑃𝐸𝑢

( 𝑃𝑀𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔𝑢 + 𝑃𝑀𝐵𝑎𝐶_𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔_𝑃𝐸𝑢 )) + (( 𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 + 𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣𝑃𝐸 ) −


𝑢 𝑢

(𝑃𝑀𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 𝑢 + 𝑃𝑀𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣𝑃𝐸 )) + ( (𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑢 + 𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑃𝐸 ) −


𝑢 𝑢

(𝑃𝑀𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 + 𝑃𝑀𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 )) + 𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶3𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔𝐶𝑁 + 𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶3𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔𝑟𝐶𝐸 +


𝑢 𝑃𝐸 𝑢 𝑢 𝑢

𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 𝐶𝑁 + 𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 + 𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 + 𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 +


𝑢 𝐶𝐸 𝑢 𝐶𝑁 𝑢 𝐶𝐸 𝑢

𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 + 𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 + 𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 + 𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 +


𝑃𝐸𝐶𝑁 𝑃𝐸𝐶𝐸 𝐶𝑁 𝑢 𝐶𝐸 𝑢
𝑢 𝑢

𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣
𝑃𝐸𝐶𝑁
+ 𝑉𝑃𝐶𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣
𝑃𝐸𝐶𝐸
(79)
𝑢 𝑢

b) Despesas:

𝐷𝑃𝑎𝐶 = ∑𝑛𝑢=1(𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 + 𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 + 𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 𝑢 +


𝑢 𝑃𝐸𝑢

𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 + 𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 + 𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜𝐷𝑒𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 +


𝑃𝐸 𝑢 𝑢 𝑃𝐸 𝑢

𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 + 𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝑃𝑟𝑜𝑔 𝑃𝐸 + 𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 +

𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐼𝑛𝑎𝑡𝐼𝑛𝑣 ) (80)
𝑃𝐸

c) Resultado de pensões concedidas:

𝑃𝑀𝑃𝑎𝐶 = 𝐷𝑃𝑎𝐶 − 𝑅𝑃𝑎𝐶 (81)

- 128 -
5.4.3 Provisão de Pensões Militares

𝑃𝑃𝑀 = 𝑃𝑀𝑃𝐶 + 𝑃𝑀𝑃𝑎𝐶 (82)

- 129 -
Anexo IV

Metas Fiscais
Anexo IV.7 - Avaliação Atuarial do Sistema de Pensões Militares das
Forças Armadas
(Art. 4º, § 2º, inciso IV, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000)

VOLUME II
MARINHA DO BRASIL
DIRETORIA DE FINANÇAS DA MARINHA
CENTRO DE ANÁLISES DE SISTEMAS NAVAIS

VOLUME II DA PROPOSTA DE SUBSÍDIOS PARA O


PROJETO DE LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 2024

AVALIAÇÃO ATUARIAL DAS PENSÕES ESPECIAIS DE MILITARES E DAS


REPARAÇÕES A ANISTIADOS POLÍTICOS MILITARES

Rio de Janeiro, 23 de março de 2023.


SUMÁRIO
RESUMO EXECUTIVO ......................................................................................................... 4
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 6
2. METODOLOGIA .............................................................................................................. 6
2.1 Projeções Atuariais .............................................................................................................. 6
2.2 Valor Presente Atuarial ....................................................................................................... 6
3. BASE DE DADOS ............................................................................................................. 7
3.1 Estatísticas Descritivas......................................................................................................... 7
4. BASES LEGAIS ................................................................................................................ 7
4.1 Plano de Custeio .................................................................................................................. 8
4.2 Plano de Benefício ............................................................................................................... 8
5. PREMISSAS .................................................................................................................... 8
5.1 Crescimento dos Benefícios ................................................................................................ 8
5.2 Recomposição dos Benefícios ............................................................................................. 8
5.3 Tábuas Biométricas ............................................................................................................. 9
5.3.1 Tábuas de Mortalidade...................................................................................................... 9
5.3.2 Tábua de Entrada em Invalidez ....................................................................................... 10
5.3.3 Tábua de Mortalidade de Inválidos ................................................................................. 10
5.3.4 Composição Familiar ....................................................................................................... 11
5.3.5 Taxa de Rotatividade ....................................................................................................... 11
5.4 Idade de Entrada nas Forças Armadas .............................................................................. 11
5.5 Transferência para a inatividade remunerada .................................................................. 11
5.6 Compensação Financeira................................................................................................... 11
5.7 Taxa de Inflação ................................................................................................................. 11
5.7.1 Taxa de Inflação nas Projeções Atuariais ........................................................................ 11
5.7.2 Taxas de Inflação no Valor Presente Atuarial .................................................................. 11
5.8 Taxa de Desconto .............................................................................................................. 12
5.8.1 Taxa de Desconto Real das Projeções Atuariais .............................................................. 12
5.8.2 Taxa de Desconto Real do Valor Presente Atuarial ......................................................... 12
5.9 Projeção do Produto Interno Bruto (PIB) .......................................................................... 13
5.10 Reposição de Militares ..................................................................................................... 13
5.11 Horizonte Temporal.......................................................................................................... 13
5.11.1 Projeções Atuariais ........................................................................................................ 13
5.11.2 Valor Presente Atuarial ................................................................................................. 14
5.12 Alíquotas e Base de Contribuição ..................................................................................... 14
6. MODELO MATEMÁTICO-ATUARIAL APLICADO ............................................................. 14
7. AVALIAÇÃO ATUARIAL DAS PENSÕES ESPECIAIS DE MILITARES .................................... 14
7.1 Projeções Atuariais ............................................................................................................ 14
7.1.1 Sem reposição nominal da inflação nas pensões especiais de militares ........................ 14
7.1.2 Com reposição nominal da inflação nas pensões especiais de militares ........................ 17
7.1.3 Análise das projeções com e sem reposição da inflação nas pensões especiais ............ 20
7.2 Reserva matemática das despesas futuras com pensões especiais de militares ............. 21
7.2.1 Análise da reserva matemática ....................................................................................... 21
8. AVALIAÇÃO ATUARIAL DAS REPARAÇÕES A ANISTIADOS POLÍTICOS MILITARES ........... 22
8.1 Projeções Atuariais ............................................................................................................. 22
8.1.1 Sem reposição nominal da inflação nas reparações a anistiados políticos militares ..... 22
8.1.2 Com reposição nominal da inflação nas reparações a anistiados políticos militares ..... 25
8.1.3 Análise das projeções com e sem reposição da inflação nas reparações a anistiados
políticos militares ..................................................................................................................... 28
8.2 Reserva matemática das despesas futuras com anistiados políticos militares ................ 29
8.2.1 Análise da reserva matemática ....................................................................................... 30
9. PARECER ATUARIAL ..................................................................................................... 30
ANEXO A - TÁBUAS BIOMÉTRICAS ............................................................................................ 33
ANEXO B - CÁLCULO DA DURAÇÃO DOS PASSIVOS E TESTE DE SENSIBILIDADE DA TAXA DE
JUROS.......................................................................................................................................42
ANEXO C - NOTA TÉCNICA ATUARIAL DAS PROJEÇÕES ATUARIAIS DE PENSÕES ESPECIAIS DE
MILITARES E REPARAÇÕES DE ANISTIADOS POLÍTICOS MILITARES..........................................47
ANEXO D - NOTA TÉCNICA ATUARIAL DO CÁLCULO DO VALOR PRESENTE ATUARIAL DE
PENSÕES ESPECIAIS DE MILITARES E REPARAÇÕES DE ANISTIADOS POLÍTICOS MILITARES ... 51
RESUMO EXECUTIVO
Em cumprimento ao Acórdão nº 1.464/2022 - Plenário do Tribunal de Contas da União (TCU),
o presente trabalho pretende dar transparência aos custos futuros das pensões especiais de
militares e das reparações a anistiados políticos militares arcadas pelo Tesouro Nacional, bem
como verificar se os referidos direitos constituem ou não um Risco Fiscal para a União. As
pensões especiais de militares e as reparações a anistiados são benefícios vinculados às Forças
Armadas que não fazem parte do Sistema de Proteção Social dos Militares das Forças Armadas
(SPSMFA). As pensões especiais são originadas por políticas de Estado que têm por objetivo
compensar cidadãos que prestaram eventuais e relevantes serviços à defesa dos interesses
nacionais. Por sua vez, as reparações a anistiados são indenizações que buscam compensar
cidadãos que sofreram prejuízos causados por ações e políticas de Estado.
Os resultados obtidos, no presente trabalho, indicam que não há Risco Fiscal para a União
decorrente das despesas com as pensões especiais de militares e com as reparações a
anistiados políticos militares. O pior cenário das projeções atuariais (com recomposição dos
benefícios pela inflação) evidenciou que há tendência de redução, em relação ao PIB, das
despesas líquidas (despesas menos receitas) do Tesouro Nacional. As despesas com pensões
especiais de militares decrescem de 0,01%, em 2023, para 0,0% do PIB a partir de 2057. Já as
reparações a anistiados políticos militares reduzem de 0,005%, em 2023, para 0,0% do PIB a
partir 2045. Portanto, diante de tais projeções, é possível afirmar que não há Risco Fiscal
decorrente das despesas futuras com pensões especiais de militares e reparações a anistiados
políticos militares.
Adicionalmente, em razão da recomendação do Acórdão no 1.464/2022/TCU-Plenário, neste
documento foi incluído o cálculo da reserva matemática dos direitos analisados. O resultado
encontrado foi de R$ 9.285.247.661,34 e R$ 5.450.441.766,37 para as despesas futuras com
pensões especiais de militares e reparações a anistiados políticos militares, respectivamente.
A reserva matemática apresentada neste documento, de forma simplificada, pode ser
interpretada como um valor contábil hipotético que, em 31 de dezembro de 2022, o Tesouro
Nacional deveria possuir em uma provisão rentabilizada, a uma determinada taxa de juros,
o qual seria suficiente para a total liquidação das atuais pensões especiais de militares e
atuais reparações a anistiados políticos militares. Ou seja, representa o valor para a União
pagar de uma só vez, na data retromencionada, todos as pensões especiais de militares e

-4-
reparações a anistiados políticos militares que deveriam ser pagos em um horizonte
temporal de várias décadas.
Assim, tratar essa reserva matemática como espécie de déficit atual, é um equívoco, pois não
há lógica em comparar o valor da reserva matemática com o valor do PIB corrente, pois a
reserva matemática soma, a valor presente, as despesas que serão financiadas pelo Tesouro
Nacional em várias décadas.

-5-
1. INTRODUÇÃO
A pedido do Ministério da Defesa (MD), a fim de subsidiar o Projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias do ano de 2024, a Diretoria de Finanças da Marinha (DFM) e o Centro de
Análises de Sistemas Navais (CASNAV) elaboraram esta avaliação atuarial, a qual abrange
direitos vinculados às Forças Armadas, quais sejam: as pensões especiais de militares e as
reparações a anistiados políticos militares.
Dessa forma, em cumprimento ao Acórdão nº 1.464/2022 - Plenário do Tribunal de Contas
da União (TCU), o presente trabalho pretende dar transparência aos custos futuros das
pensões especiais de militares e das reparações a anistiados políticos militares arcados pelo
Tesouro Nacional, bem como verificar se os referidos direitos constituem ou não um Risco
Fiscal para a União, conforme definição da Secretaria do Tesouro Nacional1: Riscos Fiscais são
possibilidades de ocorrências de eventos capazes de afetar as contas públicas,
comprometendo o alcance dos resultados fiscais estabelecidos como metas e objetivos.

2. METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho, foi utilizada a técnica de projeções atuariais e de cálculo do
valor presente atuarial para a avaliação das pensões especiais de militares concedidas e das
reparações a anistiados políticos concedidas. Destaca-se que apenas os benefícios concedidos
são objeto do presente trabalho, uma vez que tais benefícios tem como fato gerador leis
específicas em que inexistem um contrato de trabalho corrente que poderá gerar benefícios
a conceder no futuro.

2.1 Projeções Atuariais


As projeções atuariais foram calculadas conforme preconiza a literatura e as práticas atuariais.

2.2 Valor Presente Atuarial


Em atendimento à recomendação do Acórdão 1.464/2022/TCU-Plenário, o cálculo do valor
presente atuarial das pensões especiais de militares e das reparações a anistiados políticos
considerou a metodologia prevista na Norma Brasileira de Contabilidade NBC-TSP 15. Assim,

1
Definição constante no Relatório de Riscos Fiscais da União, publicado pela Secretaria do Tesouro Nacional
em dezembro de 2020.
-6-
o cálculo levou em conta a população de beneficiários dos referidos direitos, sem a utilização
do método de financiamento de Crédito Unitário Projetado, em razão de haver apenas
benefícios concedidos, conforme o caput do item 2 deste trabalho.

3. BASE DE DADOS
Os dados históricos e os dados correntes necessários à avaliação atuarial foram fornecidos
pelos Comandos Singulares, por meio de layout de dados desenvolvido pela DFM e CASNAV.
Os dados históricos para elaboração dos estudos estatísticos para a definição das tábuas
biométricas abrangeram o período de 1º de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2021. Os
dados correntes utilizados foram de maio de 2022, extrapolados para a posição de 31 de
dezembro de 2022.

3.1 Estatísticas Descritivas

Quantidade Valor Médio


Pensões Especiais 17.313 R$ 5.509,36
Reparações a Anistiados 4.643 R$ 11.298,04

4. BASES LEGAIS
As pensões especiais de militares e as reparações a anistiados são benefícios vinculados às
Forças Armadas que não fazem parte do SPSMFA.
As pensões especiais são originadas por políticas de Estado que têm por objetivo compensar
cidadãos que prestaram eventuais e relevantes serviços à defesa dos interesses nacionais. Por
sua vez, as reparações a anistiados são indenizações que buscam compensar cidadãos que
sofreram prejuízos causados por ações e políticas de Estado. Ambos direitos necessitam de
aprovação de Lei Específica. No presente trabalho, os seguintes diplomas legais foram
considerados: Decreto-Lei nº 8.794, de 23 de janeiro de 1946; Decreto-Lei nº 8.795, de 23 de
janeiro de 1946; Lei nº 2.579, de 23 de agosto de 1955; art. 26 da Lei nº 3.765, de 4 de maio
de 1960; art. 30 da Lei nº 4.242, de 17 de julho de 1963; Lei nº 5.315, de 12 de setembro de
1967; Lei nº 6.592, de 17 de novembro de 1978; Lei nº 7.424, de 17 de dezembro de 1985; Lei
nº 8.059, de 4 de julho de 1990; Lei nº 8.878, de 11 de maio de 1994; e Lei nº 10.559, de 13
de novembro de 2002.
-7-
4.1 Plano de Custeio
As despesas atinentes às pensões especiais e às reparações com anistiados políticos militares
são financiadas pelo Tesouro Nacional e por contribuições dos beneficiários de tais
indenizações, sem contribuição patronal e sem qualquer receita de juros decorrente de
capitalização.

4.2 Plano de Benefício


A regra de elegibilidade, plano de benefício e valor de tais pensões e reparações dependem
das regras determinadas pelos diplomas legais mencionados no caput do item 4.

5. PREMISSAS
O presente tópico destina-se à descrição de todas as premissas utilizadas nesta Avaliação
Atuarial.

5.1 Crescimento dos Benefícios


Tal parâmetro não se aplica à presente Avaliação, em razão de seu cálculo considerar apenas
benefícios concedidos, conforme descrito no caput do item 2, bem como pelo fato de a Lei nº
13.954/2019 não afetar as referidas indenizações.
5.2 Recomposição dos Benefícios
Para a realização das projeções, a partir do ano de 2023, foram adotados dois cenários de
recomposição dos benefícios das pensões especiais e das reparações a anistiados políticos
militares, quais sejam: sem e com reposição nominal da inflação. Para o cálculo do Valor
Presente Atuarial, tais hipóteses não foram consideradas em razão de terem sido usados
valores e taxa de desconto reais.
a) Cenário sem reposição nominal da inflação nas pensões especiais e nas reparações a
anistiados políticos militares ao longo do tempo
A referida hipótese é válida, pois não há, para os referidos benefícios, uma política de reajuste
indexado à inflação, muito menos de ganhos reais ao longo do tempo. Por outro lado, é pouco
provável que não ocorra nenhum tipo de reajuste no futuro, haja vista que se isso não ocorrer,
a depreciação monetária provocada pela inflação poderá resultar na total perda do poder de
compra. Dessa forma, esse cenário pode ser considerado o limite hipotético inferior da
-8-
estimativa das receitas e despesas futuras de pensões especiais de militares e anistiados
políticos militares.
b) Cenário com reposição nominal da inflação nas pensões especiais e nas reparações a
anistiados políticos militares ao longo do tempo
O referido cenário, em complemento ao anterior, adotou a hipótese de reajuste pela taxa de
inflação do período anterior. Por ser pouco provável, em razão da situação fiscal do país desde
o final de 2014, esse cenário pode ser considerado como o limite hipotético superior da
estimativa das receitas e despesas futuras de pensões especiais de militares e anistiados
políticos militares.

5.3 Tábuas Biométricas


Os dados biométricos, bem como os dados históricos do período de 2017 a 2021, foram
oriundos do preenchimento do layout de dados pelos Comandos Singulares.
O teste estatístico realizado para identificar a aderência entre as diversas tábuas biométricas
disponíveis no mercado e as probabilidades de ocorrência de morte ou invalidez da população
foi o teste Kolmogorov-Smirnov (KS). Assim, dentre as tábuas identificadas pelo teste anterior,
foi elencada como a mais aderente aquela que gerou o menor Erro Quadrático Médio. Foram
verificadas setenta e quatro tábuas de mercado para mortalidade e trinta e três tábuas de
entrada em invalidez, em que para cada uma delas foi usado uma faixa de desagravamento e
agravamentos variando em termos percentuais entre -99% a + 99%. Assim, foi possível
encontrar, dentre as tábuas cujo teste KS retornou como aderente, aquela que possuía o
menor Erro Quadrático Médio.
5.3.1 Tábuas de Mortalidade
Para a mortalidade geral a tábua mais aderente para os óbitos do sexo masculino foi a AT-49
MALE desagravada em 47%:

-9-
Tábua de Mortalidade Sexo Masculino
AT-49 MALE (-47%)
700
600
500
400
300
200
100
0
31

86
1
6
11
16
21
26

36
41
46
51
56
61
66
71
76
81

91
96
101
106
111
116
121
126
Valores Esperados Valores observados

Já para a mortalidade do sexo feminino, a tábua mais aderente foi AT 71 desagravada em 41%:

Tábua de Mortalidade Sexo Feminino


AT-71 (-41%)

800
700
600
500
400
300
200
100
0
26

81
1
6
11
16
21

31
36
41
46
51
56
61
66
71
76

86
91
96
101
106
111
116
121
126

Valores Esperados Valores observados

5.3.2 Tábua de Entrada em Invalidez


Tal parâmetro não se aplica a presente avaliação tratar de benefícios concedidos, não se
projetando a ocorrência desse tipo de benefício;

5.3.3 Tábua de Mortalidade de Inválidos


Tal parâmetro não se aplica a esta avaliação, pois não foi constatado na base de dados a
informação de beneficiários inválidos na massa de anistiados e pensionistas especiais.

- 10 -
5.3.4 Composição Familiar
Com base em dados históricos, foi construída a tábua de composição familiar, a qual visa
descrever as probabilidades de o atual recebedor de um dos direitos pecuniários avaliados
possuir beneficiário para, em caso de morte daquele, receber a reversão do direito pecuniário.
5.3.5 Taxa de Rotatividade
Tal parâmetro não se aplica à presente Avaliação, em razão do seu cálculo considerar apenas
benefícios concedidos, conforme descrito no item 2.

5.4 Idade de Entrada nas Forças Armadas


Tal parâmetro não se aplica à presente Avaliação, em razão do seu cálculo considerar apenas
benefícios concedidos, conforme descrito no item 2.

5.5 Transferência para a inatividade remunerada


Tal parâmetro não se aplica à presente Avaliação, em razão do seu cálculo considerar apenas
benefícios concedidos, conforme descrito no item 2, bem como em razão de a concessão dos
benefícios avaliados independerem do tempo de serviço militar e de transferência para a
reserva remunerada.

5.6 Compensação Financeira


Tal parâmetro não se aplica à presente Avaliação, em razão de os benefícios avaliados
independerem da aquisição de direitos em outros regimes.

5.7 Taxa de Inflação


5.7.1 Taxa de Inflação nas Projeções Atuariais
Para as projeções atuariais com recomposição dos benefícios pela inflação, a partir de 2023,
foi considerado o centro da meta da inflação previsto na Resolução do Conselho Monetário
Nacional nº 5.018, de 23 de junho de 2022.
5.7.2 Taxas de Inflação no Valor Presente Atuarial
Não foram considerados os efeitos de inflação, haja vista que todas as variáveis financeiras
seriam influenciadas por essa variável na mesma magnitude e período.

- 11 -
5.8 Taxa de Desconto
5.8.1 Taxa de Desconto Real das Projeções Atuariais
Não foi utilizada a taxa de juros real nas projeções atuariais.
5.8.2 Taxa de Desconto Real do Valor Presente Atuarial
Foram considerados os seguintes fundamentos previstos na NBC TSP-15, atinentes à definição
da taxa de desconto para o estabelecimento do valor da provisão atuarial:
81. A entidade deve determinar a taxa de desconto e outras premissas financeiras
em termos nominais (taxa de inflação inclusa), exceto se as estimativas em termos
reais (líquidas da taxa de inflação) forem mais confiáveis, por exemplo, em
economia hiperinflacionária ou quando o benefício for indexado e existir mercado
estruturado de títulos de dívida indexados na mesma moeda e prazo.
82. As premissas financeiras devem basear-se em expectativas de mercado na data
a que se referem as demonstrações contábeis, relativamente ao período ao longo
do qual devem ser liquidadas as obrigações.
87. A taxa de desconto deve refletir os prazos estimados dos pagamentos de
benefícios. Na prática, a entidade frequentemente consegue isso, aplicando uma
única taxa de desconto média ponderada que reflita os prazos estimados e o
montante dos pagamentos de benefícios e a moeda em que os benefícios vão ser
pagos.
88. A entidade decide se a taxa de desconto que reflete o valor do dinheiro no
tempo é a melhor aproximação, tendo por referência os rendimentos de mercado
de títulos da dívida pública, títulos da dívida privada com elevados ratings ou por
outro instrumento financeiro, a data a que se referem as demonstrações
contábeis. Em algumas jurisdições, os rendimentos de mercado dos títulos da
dívida pública fornecem a melhor aproximação do valor do dinheiro no tempo, ao
final do período a que se referem as demonstrações contábeis (...)

Na busca pela melhor prática aplicada aos fundamento encimados, foi identificado na Portaria
nº 1.467, de 22 de junho 2022, alterada pela Portaria nº 1.837, de 30 de junho de 2022, ambas
do Ministério do Trabalho e Previdência, o seguinte dispositivo sobre o cálculo da taxa de juros
a ser aplicada nas avaliações atuariais do RPPS:
Art. 39. A taxa de juros real anual a ser utilizada como taxa de desconto para
apuração do valor presente dos fluxos de benefícios e contribuições do RPPS será
equivalente à taxa de juros parâmetro cujo ponto da Estrutura a Termo de Taxa de
Juros Média - ETTJ seja o mais próximo à duração do passivo do RPPS.
- 12 -
§ 1º A ETTJ corresponde à média de 5 (cinco) anos das Estruturas a Termo de Taxa
de Juros diárias baseadas nos títulos públicos federais indexados ao Índice de Preço
ao Consumidor Amplo - IPCA, utilizando-se, para sua mensuração, a mesma
metodologia aplicada ao regime de previdência complementar fechado.
§ 2º A taxa de juros parâmetro a ser utilizada na avaliação atuarial do exercício
utiliza, para sua correspondência aos pontos (em anos) da ETTJ, a duração do
passivo calculada na avaliação atuarial com data focal em 31 de dezembro do
exercício anterior.

Do excerto anterior, verifica-se, no seu § 1º, a aderência de seu conteúdo aos fundamentos
previstos na NBC-TSP 15 para definição da taxa de desconto, em especial os itens 87 e 88 da
norma contábil.
Dessa forma, para definição da taxa de desconto do cálculo do passivo atuarial das Forças
Armadas, posicionado em 31 de dezembro de 2022, foi escolhida a metodologia prevista na
Portaria nº 1.467, de 22 de junho 2022, do Ministério do Trabalho e Previdência.
Assim, foi aplicada a fórmula prevista no art. 35 do Anexo VI da Portaria nº 1.467, de 22 de
junho 2022, do Ministério do Trabalho e Previdência para determinação dos valores de
duração dos passivos atuariais e taxas de desconto.
Assim sendo, foi encontrado a duração de 8,55 anos para o passivo atuarial das pensões
especiais de militares e reparações a anistiados políticos, conforme descrito no Anexo B,
implicando em uma taxa de juros de 4,36% a.a.

5.9 Projeção do Produto Interno Bruto (PIB)


Para o PIB dos anos de 2023 a 2097, foi considerada a estimativa realizada pela Secretaria de
Previdência do Ministério do Trabalho e Emprego.

5.10 Reposição de Militares


Tal parâmetro não se aplica à presente Avaliação, em razão de seu cálculo considerar apenas
benefícios concedidos, conforme descrito no item 2.

5.11 Horizonte Temporal


5.11.1 Projeções Atuariais
O horizonte temporal das projeções atuariais é de 75 anos.
- 13 -
5.11.2 Valor Presente Atuarial
O horizonte temporal do cálculo do valor presente atuarial abrange todo o período de vida
dos atuais recebedores e dos futuros possíveis recebedores, no caso da possibilidade de
reversão dos referidos benefícios.

5.12 Alíquotas e Base de Contribuição


Foi considerada a contribuição de 10,5% sobre o valor recebido por cada beneficiário,
conforme art. 24 da Lei nº 13.954/2019.

6. MODELO MATEMÁTICO-ATUARIAL APLICADO


Visando o atendimento das metodologias e premissas atuariais adotadas no presente
trabalho, o modelo atuarial utilizado é determinístico, recorrente e individual, conforme as
descrições matemáticas do cálculo das projeções atuariais e do valor presente atuarial
constantes nos Anexos C e D, respectivamente.

7. AVALIAÇÃO ATUARIAL DAS PENSÕES ESPECIAIS DE MILITARES

7.1 Projeções Atuariais


7.1.1 Sem reposição nominal da inflação nas pensões especiais de militares

(R$)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

1 2023 117.865.820 1.227.646.343 -1.109.780.523 0,010%


2 2024 116.365.193 1.212.619.636 -1.096.254.443 0,009%
3 2025 108.042.376 1.126.465.173 -1.018.422.797 0,008%
4 2026 100.349.817 1.046.804.067 -946.454.250 0,007%
5 2027 93.275.913 973.517.632 -880.241.719 0,006%
6 2028 86.800.675 906.400.710 -819.600.035 0,005%
7 2029 80.890.388 845.106.542 -764.216.153 0,005%
8 2030 75.503.970 789.212.166 -713.708.195 0,004%
9 2031 70.594.062 738.229.628 -667.635.566 0,004%
10 2032 66.110.801 691.644.887 -625.534.086 0,003%
11 2033 62.002.522 648.924.676 -586.922.154 0,003%
- 14 -
(R$)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

12 2034 58.216.845 609.529.359 -551.312.514 0,003%


13 2035 54.708.213 572.988.897 -518.280.684 0,002%
14 2036 51.431.512 538.837.842 -487.406.330 0,002%
15 2037 48.349.611 506.693.285 -458.343.674 0,002%
16 2038 45.430.940 476.230.744 -430.799.803 0,002%
17 2039 42.649.868 447.186.714 -404.536.845 0,002%
18 2040 39.985.721 419.349.413 -379.363.692 0,001%
19 2041 37.425.803 392.589.022 -355.163.219 0,001%
20 2042 34.959.183 366.794.433 -331.835.250 0,001%
21 2043 32.580.097 341.907.769 -309.327.672 0,001%
22 2044 30.286.243 317.906.935 -287.620.692 0,001%
23 2045 28.078.620 294.803.544 -266.724.925 0,001%
24 2046 25.958.708 272.613.547 -246.654.839 0,001%
25 2047 23.930.043 251.374.140 -227.444.097 0,001%
26 2048 21.995.939 231.120.159 -209.124.220 0,001%
27 2049 20.159.165 211.880.565 -191.721.401 0,001%
28 2050 18.422.580 193.684.970 -175.262.390 0,000%
29 2051 16.788.105 176.553.914 -159.765.810 0,000%
30 2052 15.256.578 160.496.323 -145.239.745 0,000%
31 2053 13.828.313 145.515.612 -131.687.299 0,000%
32 2054 12.502.263 131.601.523 -119.099.260 0,000%
33 2055 11.276.453 118.734.239 -107.457.787 0,000%
34 2056 10.147.983 106.884.209 -96.736.227 0,000%
35 2057 9.113.547 96.017.965 -86.904.418 0,000%
36 2058 8.168.857 86.091.663 -77.922.806 0,000%
37 2059 7.309.787 77.062.490 -69.752.702 0,000%
38 2060 6.531.558 68.881.018 -62.349.460 0,000%
39 2061 5.829.240 61.495.929 -55.666.689 0,000%
40 2062 5.197.687 54.853.322 -49.655.635 0,000%
41 2063 4.631.637 48.898.334 -44.266.697 0,000%
42 2064 4.125.337 43.570.632 -39.445.294 0,000%
43 2065 3.674.127 38.821.690 -35.147.562 0,000%
44 2066 3.272.856 34.597.135 -31.324.279 0,000%
45 2067 2.916.769 30.846.773 -27.930.004 0,000%
46 2068 2.601.366 27.523.539 -24.922.173 0,000%
47 2069 2.322.314 24.581.766 -22.259.452 0,000%
48 2070 2.075.381 21.976.767 -19.901.386 0,000%
49 2071 1.857.335 19.674.862 -17.817.527 0,000%

- 15 -
(R$)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

50 2072 1.664.753 17.640.008 -15.975.255 0,000%


51 2073 1.494.663 15.841.124 -14.346.460 0,000%
52 2074 1.344.368 14.249.988 -12.905.620 0,000%
53 2075 1.211.485 12.841.623 -11.630.138 0,000%
54 2076 1.093.784 11.592.855 -10.499.070 0,000%
55 2077 989.544 10.485.754 -9.496.211 0,000%
56 2078 897.027 9.502.313 -8.605.287 0,000%
57 2079 814.699 8.626.581 -7.811.882 0,000%
58 2080 741.280 7.845.102 -7.103.823 0,000%
59 2081 675.594 7.145.679 -6.470.085 0,000%
60 2082 616.639 6.517.921 -5.901.282 0,000%
61 2083 563.525 5.952.345 -5.388.820 0,000%
62 2084 515.480 5.440.987 -4.925.507 0,000%
63 2085 471.719 4.975.451 -4.503.731 0,000%
64 2086 431.654 4.549.497 -4.117.843 0,000%
65 2087 394.728 4.157.270 -3.762.542 0,000%
66 2088 360.467 3.793.718 -3.433.251 0,000%
67 2089 328.566 3.455.435 -3.126.870 0,000%
68 2090 298.710 3.139.129 -2.840.419 0,000%
69 2091 270.633 2.841.917 -2.571.283 0,000%
70 2092 244.146 2.561.805 -2.317.659 0,000%
71 2093 219.126 2.297.494 -2.078.368 0,000%
72 2094 195.484 2.047.970 -1.852.486 0,000%
73 2095 173.211 1.813.116 -1.639.904 0,000%
74 2096 152.300 1.592.833 -1.440.534 0,000%
75 2097 132.750 1.387.133 -1.254.383 0,000%

O gráfico a seguir, considerando os dados da tabela anterior, demonstra, para a hipótese de


cálculo sem crescimento dos benefícios, a tendência futura das despesas atinentes às pensões
especiais de militares e o percentual dessas despesas em relação ao PIB:

- 16 -
PENSÕES ESPECIAIS - SEM REAJUSTE DOS
BENEFÍCIOS PELA INFLAÇÃO
0,01% 1.200.000.000

0,01% 1.000.000.000

Resultado R$ Milhões
% Resultado PIB

0,01% 800.000.000

0,01% 600.000.000

0,00% 400.000.000

0,00% 200.000.000

0,00% 0

% PIB sem reajuste Resultado sem reajuste

7.1.2 Com reposição nominal da inflação nas pensões especiais de militares


(R$)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

1 2023 124.713.825 1.298.972.596 -1.174.258.771 0,011%


2 2024 129.159.185 1.345.943.406 -1.216.784.221 0,010%
3 2025 123.518.939 1.287.826.022 -1.164.307.083 0,009%
4 2026 118.166.191 1.232.656.452 -1.114.490.261 0,008%
5 2027 113.131.458 1.180.749.304 -1.067.617.846 0,007%
6 2028 108.436.178 1.132.325.632 -1.023.889.454 0,007%
7 2029 104.084.305 1.087.426.193 -983.341.888 0,006%
8 2030 100.068.028 1.045.970.225 -945.902.198 0,006%
9 2031 96.367.578 1.007.753.341 -911.385.763 0,005%
10 2032 92.954.928 972.485.581 -879.530.653 0,005%
11 2033 89.793.847 939.791.502 -849.997.655 0,004%
12 2034 86.840.660 909.220.206 -822.379.545 0,004%
13 2035 84.055.125 880.355.093 -796.299.967 0,004%
14 2036 81.391.339 852.721.056 -771.329.717 0,003%
15 2037 78.809.597 825.907.238 -747.097.642 0,003%
16 2038 76.273.745 799.541.069 -723.267.324 0,003%
17 2039 73.752.759 773.302.590 -699.549.832 0,003%
18 2040 71.220.125 746.919.568 -675.699.444 0,003%
19 2041 68.660.371 720.233.261 -651.572.890 0,002%

- 17 -
(R$)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

20 2042 66.059.232 693.098.538 -627.039.307 0,002%


21 2043 63.410.598 665.454.615 -602.044.017 0,002%
22 2044 60.714.455 637.304.079 -576.589.624 0,002%
23 2045 57.977.525 608.718.669 -550.741.144 0,002%
24 2046 55.208.281 579.787.142 -524.578.861 0,002%
25 2047 52.420.584 550.654.216 -498.233.632 0,001%
26 2048 49.629.295 521.474.917 -471.845.623 0,001%
27 2049 46.849.543 492.406.689 -445.557.146 0,001%
28 2050 44.098.164 463.624.061 -419.525.897 0,001%
29 2051 41.391.288 435.295.944 -393.904.656 0,001%
30 2052 38.743.747 407.576.918 -368.833.171 0,001%
31 2053 36.170.202 380.619.742 -344.449.540 0,001%
32 2054 33.682.752 354.551.934 -320.869.182 0,001%
33 2055 31.291.666 329.482.341 -298.190.676 0,001%
34 2056 29.005.016 305.496.995 -276.491.979 0,001%
35 2057 26.829.838 282.672.210 -255.842.372 0,000%
36 2058 24.770.178 261.053.152 -236.282.973 0,000%
37 2059 22.830.205 240.684.489 -217.854.284 0,000%
38 2060 21.011.599 221.585.760 -200.574.161 0,000%
39 2061 19.314.853 203.763.261 -184.448.407 0,000%
40 2062 17.738.909 187.205.962 -169.467.054 0,000%
41 2063 16.281.277 171.888.977 -155.607.700 0,000%
42 2064 14.936.563 157.755.696 -142.819.133 0,000%
43 2065 13.701.957 144.778.091 -131.076.134 0,000%
44 2066 12.571.658 132.894.124 -120.322.466 0,000%
45 2067 11.539.976 122.042.922 -110.502.946 0,000%
46 2068 10.600.871 112.161.643 -101.560.772 0,000%
47 2069 9.747.613 103.178.781 -93.431.168 0,000%
48 2070 8.972.480 95.011.976 -86.039.496 0,000%
49 2071 8.270.695 87.611.973 -79.341.278 0,000%
50 2072 7.635.522 80.907.311 -73.271.789 0,000%
51 2073 7.061.056 74.836.280 -67.775.225 0,000%
52 2074 6.541.565 69.339.058 -62.797.493 0,000%
53 2075 6.071.819 64.360.674 -58.288.855 0,000%
54 2076 5.646.373 59.845.056 -54.198.683 0,000%
55 2077 5.261.506 55.753.841 -50.492.334 0,000%
56 2078 4.912.672 52.040.527 -47.127.855 0,000%
57 2079 4.595.647 48.661.813 -44.066.166 0,000%
58 2080 4.306.940 45.581.161 -41.274.221 0,000%

- 18 -
(R$)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

59 2081 4.043.058 42.762.937 -38.719.880 0,000%


60 2082 3.800.953 40.176.337 -36.375.384 0,000%
61 2083 3.577.763 37.790.843 -34.213.080 0,000%
62 2084 3.370.911 35.580.606 -32.209.695 0,000%
63 2085 3.177.288 33.512.384 -30.335.096 0,000%
64 2086 2.994.647 31.562.654 -28.568.007 0,000%
65 2087 2.820.622 29.706.781 -26.886.159 0,000%
66 2088 2.653.078 27.922.197 -25.269.119 0,000%
67 2089 2.490.829 26.195.370 -23.704.542 0,000%
68 2090 2.332.432 24.511.406 -22.178.974 0,000%
69 2091 2.176.595 22.856.390 -20.679.794 0,000%
70 2092 2.022.471 21.221.668 -19.199.197 0,000%
71 2093 1.869.669 19.603.112 -17.733.443 0,000%
72 2094 1.717.981 17.998.298 -16.280.317 0,000%
73 2095 1.567.911 16.412.345 -14.844.435 0,000%
74 2096 1.419.977 14.850.899 -13.430.922 0,000%
75 2097 1.274.834 13.321.024 -12.046.190 0,000%

O gráfico a seguir, considerando os dados da tabela anterior, demonstra, para a hipótese de


cálculo com crescimento dos benefícios, a tendência futura das despesas atinentes às pensões
especiais de militares e o percentual dessas despesas em relação ao PIB:

- 19 -
PENSÕES ESPECIAIS - COM REAJUSTE DOS
BENEFÍCIOS IGUAL À INFLAÇÃO
0,012% 1.400.000.000

0,010% 1.200.000.000

Resultado R$ Milhões
1.000.000.000
% Resultado PIB

0,008%
800.000.000
0,006%
600.000.000
0,004%
400.000.000
0,002% 200.000.000

0,000% 0

% PIB com reajuste Resultado com reajuste

7.1.3 Análise das projeções com e sem reposição da inflação nas pensões especiais
Da análise dos itens 7.1.2 e 7.1.2, nota-se que, independentemente se o cenário é, ou não, de
recomposição dos benefícios pela inflação, a tendência é, ao longo do tempo, de decremento
dos valores e de redução da despesa em proporção do PIB.
O Gráfico a seguir compara, em proporção do PIB, os resultados obtidos nas projeções para
os diferentes cenários de recomposição dos benefícios:

PENSÕES ESPECIAIS - COMPARAÇÃO DOS


RESULTADOS COM E SEM REAJUSTE PELA
INFLAÇÃO % PIB
0,01%

0,01%
% Resultado PIB

0,01%

0,01%

0,00%

0,00%

0,00%

% PIB sem reajuste % PIB com reajuste

- 20 -
O gráfico anterior evidencia, de forma mais clara, que ambos os cenários de correção
inflacionária são decrescentes em relação ao PIB e que o percentual máximo estimado é de
0,01%, no ano de 2023, tendendo a zero, na pior hipótese, a partir de 2057. Também
possibilita a afirmação de que as despesas futuras com pensões especiais de militares, em
relação ao PIB, ao longo do tempo, provavelmente se encontrarão no intervalo entre as duas
curvas evidenciadas no Gráfico anterior, pois cada uma delas representa o provável limite
inferior (sem reajuste) e o superior da estimativa (com reajuste pela inflação).

7.2 Reserva matemática das despesas futuras com pensões especiais de militares
Considerando as três Forças Armadas agregadas, a tabela a seguir demonstra o valor presente
atuarial da reserva matemática (provisão) das despesas futuras com pensões especiais de
militares:

RESERVA MATEMÁTICA R$ 9.285.247.661,34

Resultado de benefícios concedidos R$ 9.285.247.661,34

Despesas R$ 10.441.887.508,43

Receitas R$ 1.156.639.847,09

7.2.1 Análise da reserva matemática


A análise do valor da reserva matemática, calculada por meio do Valor Presente Atuarial, para
o caso das pensões especiais de militares, é complexa, pois, em verdade, o cálculo da reserva
matemática foi originalmente desenvolvido e aplicado a fundos previdenciários capitalizados.
Ressalta-se que, em regra, esses fundos previdenciários destinam-se à cobertura de riscos de
aposentadoria e morte. Assim, surgem grandes diferenças, pois tais benefícios são especiais,
não vinculados a nenhum dos fatores geradores dos benefícios anteriormente mencionados.
A interpretação da reserva matemática, além de imprecisa, torna-se mais difícil na medida em
que se constata que as pensões especiais de militares não possuem nenhum tipo de
capitalização para financiar as suas despesas.
Assim, a reserva matemática apresentada neste documento, de forma simplificada, pode
ser interpretada como um valor contábil hipotético que , em 31 de dezembro de 2022, o
Tesouro Nacional deveria possuir em uma provisão rentabilizada, a uma determinada taxa

- 21 -
de juros, o qual seria suficiente para a total liquidação das despesas futuras das atuais
pensões especiais de militares. Ou seja, representa o valor para a União pagar, de uma só
vez, na data retromencionada, todas as pensões especiais que deveriam ser pagas em um
horizonte temporal de várias décadas.
Assim, tratar essa reserva matemática como espécie de déficit atual, é um equívoco, pois não
há fundo capitalizado para possibilitar tal afirmativa. Também não há lógica em comparar o
valor da reserva matemática com o valor do PIB corrente, pois a reserva matemática soma, a
valor presente, as despesas que serão financiadas pelo Tesouro Nacional em várias décadas.
Dessa forma, a compreensão é de que a projeção atuarial, com a descrição do fluxo futuro de
receitas e despesas, é a melhor ferramenta para análise do Risco Fiscal atinente às pensões
especiais de militares.

8. AVALIAÇÃO ATUARIAL DAS REPARAÇÕES A ANISTIADOS POLÍTICOS MILITARES

8.1 Projeções Atuariais


8.1.1 Sem reposição nominal da inflação nas reparações a anistiados políticos militares

(R$ Milhões)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

1 2023 56.737.135 515.043.999 -458.306.864 0,004%


2 2024 55.512.742 506.774.401 -451.261.659 0,003%
3 2025 54.177.547 497.429.905 -443.252.358 0,003%
4 2026 52.728.763 486.958.925 -434.230.163 0,003%
5 2027 51.164.251 475.314.763 -424.150.513 0,003%
6 2028 49.485.272 462.480.574 -412.995.301 0,003%
7 2029 47.693.361 448.442.701 -400.749.340 0,003%
8 2030 45.792.716 433.213.099 -387.420.383 0,002%
9 2031 43.789.691 416.823.580 -373.033.889 0,002%
10 2032 41.693.861 399.339.674 -357.645.813 0,002%
11 2033 39.517.027 380.850.757 -341.333.730 0,002%
12 2034 37.274.201 361.480.607 -324.206.407 0,002%
13 2035 34.982.534 341.378.057 -306.395.524 0,002%
14 2036 32.661.767 320.722.592 -288.060.825 0,001%

- 22 -
(R$ Milhões)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

15 2037 30.333.827 299.720.418 -269.386.591 0,001%


16 2038 28.021.703 278.595.102 -250.573.399 0,001%
17 2039 25.749.086 257.582.942 -231.833.856 0,001%
18 2040 23.539.689 236.926.558 -213.386.869 0,000%
19 2041 21.415.853 216.860.808 -195.444.955 0,000%
20 2042 19.397.884 197.605.156 -178.207.272 0,000%
21 2043 17.503.202 179.353.961 -161.850.759 0,000%
22 2044 15.745.848 162.270.592 -146.524.744 0,000%
23 2045 14.135.256 146.474.217 -132.338.960 0,000%
24 2046 12.676.233 132.038.432 -119.362.198 0,000%
25 2047 11.369.040 118.990.710 -107.621.670 0,000%
26 2048 10.210.055 107.318.309 -97.108.254 0,000%
27 2049 9.192.294 96.971.958 -87.779.663 0,000%
28 2050 8.304.935 87.862.307 -79.557.372 0,000%
29 2051 7.535.297 79.878.709 -72.343.412 0,000%
30 2052 6.869.674 72.897.988 -66.028.314 0,000%
31 2053 6.293.990 66.791.415 -60.497.426 0,000%
32 2054 5.794.737 61.433.238 -55.638.501 0,000%
33 2055 5.358.991 56.702.843 -51.343.852 0,000%
34 2056 4.975.531 52.494.886 -47.519.356 0,000%
35 2057 4.634.574 48.717.618 -44.083.044 0,000%
36 2058 4.327.814 45.294.250 -40.966.436 0,000%
37 2059 4.048.259 42.159.940 -38.111.681 0,000%
38 2060 3.791.237 39.272.233 -35.480.996 0,000%
39 2061 3.553.009 36.597.882 -33.044.873 0,000%
40 2062 3.330.077 34.104.497 -30.774.420 0,000%
41 2063 3.120.209 31.771.635 -28.651.426 0,000%
42 2064 2.921.781 29.584.388 -26.662.607 0,000%
43 2065 2.733.583 27.530.275 -24.796.692 0,000%
44 2066 2.554.752 25.599.886 -23.045.134 0,000%
45 2067 2.384.688 23.785.806 -21.401.119 0,000%
46 2068 2.222.708 22.078.515 -19.855.807 0,000%
47 2069 2.068.663 20.473.772 -18.405.109 0,000%
48 2070 1.922.064 18.963.635 -17.041.571 0,000%
49 2071 1.782.522 17.540.576 -15.758.054 0,000%
50 2072 1.649.950 16.200.740 -14.550.790 0,000%
51 2073 1.524.266 14.940.410 -13.416.144 0,000%
52 2074 1.405.254 13.754.219 -12.348.965 0,000%
53 2075 1.292.939 12.640.668 -11.347.728 0,000%

- 23 -
(R$ Milhões)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

54 2076 1.187.178 11.596.165 -10.408.987 0,000%


55 2077 1.087.932 10.618.730 -9.530.798 0,000%
56 2078 995.172 9.707.033 -8.711.861 0,000%
57 2079 908.902 8.860.314 -7.951.413 0,000%
58 2080 828.780 8.074.897 -7.246.117 0,000%
59 2081 754.821 7.350.555 -6.595.734 0,000%
60 2082 686.690 6.683.733 -5.997.043 0,000%
61 2083 624.218 6.072.827 -5.448.609 0,000%
62 2084 566.999 5.513.760 -4.946.760 0,000%
63 2085 514.820 5.004.493 -4.489.673 0,000%
64 2086 467.157 4.540.036 -4.072.879 0,000%
65 2087 423.761 4.117.773 -3.694.012 0,000%
66 2088 384.173 3.733.136 -3.348.963 0,000%
67 2089 348.009 3.382.377 -3.034.368 0,000%
68 2090 314.823 3.060.881 -2.746.058 0,000%
69 2091 284.438 2.767.085 -2.482.647 0,000%
70 2092 256.469 2.497.080 -2.240.611 0,000%
71 2093 230.655 2.248.103 -2.017.448 0,000%
72 2094 206.716 2.017.295 -1.810.579 0,000%
73 2095 184.497 1.803.081 -1.618.584 0,000%
74 2096 163.797 1.603.343 -1.439.546 0,000%
75 2097 144.611 1.418.054 -1.273.443 0,000%

O gráfico a seguir, considerando os dados da tabela anterior, demonstra, para a hipótese de


cálculo sem crescimento dos benefícios, a tendência futura das despesas atinentes às
reparações a anistiados políticos militares e o percentual dessa despesa em relação ao PIB:

- 24 -
ANISTIADOS MILITARES - SEM REAJUSTE DOS
BENEFÍCIOS PELA INFLAÇÃO
0,00% 500.000.000
0,00% 450.000.000
400.000.000

Resultado R$ Milhões
0,00%
% Resultado PIB

0,00% 350.000.000
300.000.000
0,00%
250.000.000
0,00%
200.000.000
0,00% 150.000.000
0,00% 100.000.000
0,00% 50.000.000
0,00% 0

% PIB sem recomposição rem Resultado sem reajuste

8.1.2 Com reposição nominal da inflação nas reparações a anistiados políticos militares
(R$)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

1 2023 60.033.562 544.968.055 -484.934.493 0,005%


2 2024 61.616.196 562.492.675 -500.876.480 0,005%
3 2025 61.938.227 568.684.405 -506.746.178 0,004%
4 2026 62.090.368 573.414.911 -511.324.544 0,003%
5 2027 62.055.531 576.494.516 -514.438.985 0,003%
6 2028 61.819.725 577.756.176 -515.936.451 0,003%
7 2029 61.368.605 577.025.872 -515.657.267 0,003%
8 2030 60.690.673 574.152.328 -513.461.655 0,003%
9 2031 59.777.074 569.003.653 -509.226.579 0,003%
10 2032 58.623.550 561.490.560 -502.867.010 0,003%
11 2033 57.229.702 551.559.092 -494.329.390 0,003%
12 2034 55.601.024 539.211.881 -483.610.857 0,003%
13 2035 53.748.077 524.502.155 -470.754.077 0,002%
14 2036 51.687.863 507.549.556 -455.861.693 0,002%
15 2037 49.443.970 488.542.616 -439.098.646 0,002%
16 2038 47.045.477 467.731.723 -420.686.245 0,002%
17 2039 44.526.893 445.428.163 -400.901.270 0,002%
18 2040 41.927.456 421.999.118 -380.071.662 0,002%

- 25 -
(R$)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

19 2041 39.288.949 397.847.006 -358.558.057 0,002%


20 2042 36.654.441 373.396.737 -336.742.296 0,001%
21 2043 34.066.457 349.076.364 -315.009.907 0,001%
22 2044 31.565.506 325.301.837 -293.736.332 0,001%
23 2045 29.186.876 302.444.092 -273.257.216 0,000%
24 2046 26.959.472 280.815.776 -253.856.305 0,000%
25 2047 24.904.749 260.658.221 -235.753.472 0,000%
26 2048 23.036.882 242.141.605 -219.104.723 0,000%
27 2049 21.362.730 225.361.115 -203.998.386 0,000%
28 2050 19.879.537 210.316.161 -190.436.624 0,000%
29 2051 18.578.371 196.941.983 -178.363.612 0,000%
30 2052 17.445.388 185.122.854 -167.677.466 0,000%
31 2053 16.462.953 174.703.806 -158.240.852 0,000%
32 2054 15.611.789 165.509.280 -149.897.491 0,000%
33 2055 14.870.966 157.347.919 -142.476.953 0,000%
34 2056 14.221.088 150.041.153 -135.820.066 0,000%
35 2057 13.643.961 143.422.294 -129.778.333 0,000%
36 2058 13.123.100 137.344.386 -124.221.286 0,000%
37 2059 12.643.677 131.675.523 -119.031.846 0,000%
38 2060 12.196.162 126.336.222 -114.140.060 0,000%
39 2061 11.772.694 121.265.000 -109.492.306 0,000%
40 2062 11.365.042 116.393.411 -105.028.369 0,000%
41 2063 10.968.259 111.684.661 -100.716.402 0,000%
42 2064 10.578.860 107.115.861 -96.537.001 0,000%
43 2065 10.194.377 102.668.915 -92.474.538 0,000%
44 2066 9.813.285 98.333.993 -88.520.708 0,000%
45 2067 9.434.836 94.106.743 -84.671.906 0,000%
46 2068 9.057.797 89.972.535 -80.914.738 0,000%
47 2069 8.682.946 85.936.010 -77.253.064 0,000%
48 2070 8.309.643 81.985.326 -73.675.683 0,000%
49 2071 7.937.555 78.108.017 -70.170.462 0,000%
50 2072 7.567.628 74.305.993 -66.738.365 0,000%
51 2073 7.200.906 70.581.150 -63.380.245 0,000%
52 2074 6.837.829 66.926.696 -60.088.867 0,000%
53 2075 6.480.057 63.353.509 -56.873.452 0,000%
54 2076 6.128.493 59.862.146 -53.733.653 0,000%
55 2077 5.784.645 56.460.886 -50.676.242 0,000%
56 2078 5.450.174 53.161.696 -47.711.522 0,000%
57 2079 5.127.036 49.980.281 -44.853.245 0,000%

- 26 -
(R$)

Ano % Resultado
Ano Receita Despesa Resultado
série PIB

58 2080 4.815.332 46.916.302 -42.100.970 0,000%


59 2081 4.517.187 43.989.007 -39.471.821 0,000%
60 2082 4.232.745 41.198.397 -36.965.652 0,000%
61 2083 3.963.100 38.555.772 -34.592.672 0,000%
62 2084 3.707.815 36.056.495 -32.348.680 0,000%
63 2085 3.467.596 33.708.000 -30.240.404 0,000%
64 2086 3.240.956 31.497.016 -28.256.060 0,000%
65 2087 3.028.085 29.424.544 -26.396.459 0,000%
66 2088 2.827.558 27.476.308 -24.648.750 0,000%
67 2089 2.638.229 25.641.525 -23.003.295 0,000%
68 2090 2.458.248 23.900.421 -21.442.172 0,000%
69 2091 2.287.617 22.254.546 -19.966.929 0,000%
70 2092 2.124.559 20.685.500 -18.560.940 0,000%
71 2093 1.968.036 19.181.689 -17.213.653 0,000%
72 2094 1.816.694 17.728.721 -15.912.027 0,000%
73 2095 1.670.068 16.321.509 -14.651.441 0,000%
74 2096 1.527.175 14.948.885 -13.421.711 0,000%
75 2097 1.388.743 13.617.971 -12.229.228 0,000%

O gráfico a seguir, considerando os dados da tabela anterior, demonstra, para a hipótese com
crescimento dos benefícios, a tendência futura das despesas atinentes às reparações de
anistiados políticos militares e o percentual dessa despesa em relação ao PIB:

- 27 -
ANISTIADOS MILITARES - COM REAJUSTE DOS
BENEFÍCIOS IGUAL À INFLAÇÃO
0,006% 600.000.000

0,005% 500.000.000

Resultado R$ Milhões
% Resultado PIB

0,004% 400.000.000

0,003% 300.000.000

0,002% 200.000.000

0,001% 100.000.000

0,000% 0

% PIB com recomposição rem Resultado com recomposição rem

8.1.3 Análise das projeções com e sem reposição da inflação nas reparações a anistiados
políticos militares
Da análise dos itens 8.1.1 e 8.1.2, nota-se que, independentemente se o cenário é, ou não, de
recomposição dos benefícios pela inflação, a tendência é, ao longo do tempo, de decremento
dos valores e de redução da despesa em proporção do PIB.
O Gráfico a seguir compara, em proporção do PIB, os resultados obtidos nas projeções para
os diferentes cenários de recomposição dos benefícios:

- 28 -
ANISTIADOS MILITARES - COMPARAÇÃO DOS
RESULTADOS COM E SEM REAJUSTE PELA
INFLAÇÃO % PIB
0,006%

0,005%
% Resultado PIB

0,004%

0,003%

0,002%

0,001%

0,000%

% PIB sem recomposição rem % PIB com recomposição rem

O gráfico acima evidencia, de forma mais clara, que ambos os cenários de correção
inflacionária são decrescentes em relação ao PIB e que o percentual máximo estimado é de
0,005%, no ano de 2023, tendendo a zero, na pior hipótese, a partir de 2045. Também
possibilita a afirmação de que as despesas futuras com anistiados políticos militares, em
relação ao PIB, ao longo do tempo, provavelmente se encontrarão no intervalo entre as duas
curvas evidenciadas no Gráfico anterior, pois cada uma delas representa o provável limite
inferior (sem reajuste) e o superior da estimativa (com reajuste pela inflação).

8.2 Reserva matemática das despesas futuras com anistiados políticos militares
Considerando as três Forças Armadas agregadas, a tabela a seguir demonstra o valor presente
atuarial da reserva matemática (provisão) das despesas futuras com reparações a anistiados
políticos militares:

RESERVA MATEMÁTICA R$ 5.450.441.766,37

Resultado de benefícios concedidos R$ 5.450.441.766,37

Despesas R$ 6.042.057.141,34

Receitas R$ 591.615.374,97

- 29 -
8.2.1 Análise da reserva matemática
A análise do valor da reserva matemática, calculada por meio do Valor Presente Atuarial, para
o caso das reparações a anistiados políticos militares, é complexa, pois, em verdade, o cálculo
da reserva matemática foi originalmente desenvolvido e aplicado a fundos previdenciários
capitalizados.
Ressalta-se que, em regra, esses fundos previdenciários destinam-se à cobertura de riscos de
aposentadoria e morte. Assim, surgem grandes diferenças, pois tais benefícios são
reparadores, não vinculados a nenhum dos fatores geradores dos benefícios anteriormente
mencionados.
A interpretação da reserva matemática, além de imprecisa, torna-se mais difícil na medida em
que se constata que as reparações a anistiados políticos militares não possuem nenhum tipo
de capitalização para financiar suas despesas.
Assim, a reserva matemática apresentada neste documento, de forma simplificada, pode
ser interpretada como um valor contábil hipotético que, em 31 de dezembro de 2022, o
Tesouro Nacional deveria possuir em uma provisão rentabilizada, a uma determinada taxa
de juros, o qual seria suficiente para a total liquidação das despesas futuras das atuais
reparações a anistiados políticos militares. Ou seja, representa o valor para a União pagar,
de uma só vez, na data retromencionada, todas as reparações que deveriam ser pagas em
um horizonte temporal de várias décadas.
Assim, tratar essa reserva matemática como espécie de déficit atual, é um equívoco, pois não
há fundo capitalizado para possibilitar tal afirmativa. Também não há lógica em comparar o
valor da reserva matemática com o valor do PIB corrente, pois a reserva matemática soma, a
valor presente, as despesas que serão financiadas pelo Tesouro Nacional em várias décadas.
Dessa forma, a compreensão é de que a projeção atuarial, com a descrição do fluxo futuro de
receitas e despesas, é a melhor ferramenta para análise do Risco Fiscal atinente às reparações
de anistiados políticos militares.

9. PARECER ATUARIAL
Foram realizados os cálculos da reserva matemática das pensões especiais de militares e de
reparações a anistiados políticos militares. Para isso, foi empregada a técnica do valor

- 30 -
presente atuarial, visando o cálculo contábil da provisão dos referidos direitos para
evidenciação no Balanço Geral da União.
A análise desse valor, para o caso das pensões especiais de militares e de reparações a
anistiados políticos militares é complexa, pois, em verdade, o cálculo da reserva matemática
foi originalmente desenvolvido para benefícios acumulados ao longo do tempo, em fundos
previdenciários capitalizados.
Ressalta-se que, em regra, esses fundos previdenciários se destinam à cobertura de riscos de
aposentadoria e morte Assim, surgem grandes diferenças, pois tais benefícios são especiais
ou reparadores, não vinculados a nenhum dos fatores geradores de benefícios anteriormente
mencionados.
A interpretação da reserva matemática, além de imprecisa, torna-se mais difícil na medida em
que se constata que ambos benefícios não possuem nenhum tipo de capitalização para
financiar suas despesas.
Assim, a reserva matemática apresentada neste documento, de forma simplificada, pode
ser interpretada como um valor contábil hipotético que, em 31 de dezembro de 2022, o
Tesouro Nacional deveria possuir em uma provisão rentabilizada, a uma determinada taxa
de juros, o qual seria suficiente para a total liquidação das despesas futuras das atuais
pensões especiais e das atuais reparações a anistiados políticos militares. Ou seja,
representa o valor para a União pagar, de uma só vez, na data retromencionada, todas os
benefícios avaliados que deveriam ser pagos em um horizonte temporal de várias décadas.
Assim, tratar o valor da reserva matemática como espécie de déficit, em tese, é um equívoco,
pois não há ativos garantidores capitalizados para que tal afirmação possa ser feita. Também
parece não haver lógica em comparar o valor hipotético da reserva matemática com o valor
corrente do PIB, pois a reserva matemática soma, a valor presente, as necessidades do
Tesouro Nacional, de várias décadas, sem considerar, no entanto, que nesse mesmo período
haverá a arrecadação de receitas pelo Tesouro decorrentes do produto da economia.
Dessa forma, a compreensão é de que a projeção atuarial, com a descrição do fluxo futuro
de receitas e despesas, é a melhor ferramenta para análise do Risco Fiscal atinente aos
benefícios em análise.
Destarte, a fim de contribuir para o processo orçamentário e ser verificada a possibilidade de
as pensões especiais de militares e as reparações a anistiados militares representarem um
- 31 -
Risco Fiscal para o Tesouro Nacional, o presente trabalho projetou atuarialmente dois cenários
para os direitos avaliados no presente documento: (i) sem recomposição dos valores dos
benefícios pela inflação; e (ii) com recomposição dos valores dos benefícios pela inflação do
período anterior, a partir de 2023.
Sobre a hipótese de reajuste dos benefícios, sem recomposição nominal pela inflação, foi
considerada que a referida condição é válida, pois não há, para as pensões especiais e
reparações a anistiados, uma política de recomposição dos benefícios indexada à inflação,
muito menos de ganhos reais ao longo do tempo. Por outro lado, é pouco provável que não
ocorra nenhum tipo de recomposição dos benefícios no futuro, haja vista que, se isso não
ocorrer, a depreciação provocada pela inflação extinguirá os referidos direitos pecuniários.
Dessa forma, esse cenário, quando aplicado, pode ser considerado o limite hipotético inferior
da estimativa das receitas e despesas futuras de pensões especiais de militares e de
reparações a anistiados políticos militares.
Já a hipótese de recomposição de benefícios pela taxa de inflação do período anterior também
pode ser considerada verdadeira, todavia, pouco exequível em sua plenitude, em razão da
situação fiscal do país desde o final de 2014. Assim, esse cenário, quando aplicado, pode ser
considerado como o limite hipotético superior da estimativa das receitas e despesas. Quanto
à possibilidade de simulação de um cenário com ganhos reais, esse foi descartado em razão
da grave situação fiscal do país, combinado com o fato de não haver nenhuma política de
reajuste para pensões especiais e reparações de anistiados que ao menos preveja a
recomposição indexada à inflação. Ainda assim, caso a inflação seja reposta nas projeções
atuariais: as despesas com pensões especiais de militares decrescem de 0,01%, em 2023, para
0,0% do PIB, a partir de 2057; e as reparações a anistiados políticos militares reduzem de
0,005%, em 2023, para 0,0% do PIB a partir de 2045.
Por todo exposto, a presente avaliação indica que, mesmo ao ser considerado o cenário mais
pessimista para o Tesouro Nacional (projeções atuariais das pensões especiais de militares
e das reparações a anistiados políticos com reposição da inflação) não há Risco Fiscal para a
União decorrente dos benefícios avaliados no presente trabalho.
Por último, ressalva-se que os resultados apresentados neste documento são sensíveis às
variações das premissas, da base normativa e da base de dados utilizada.

- 32 -
ANEXO A
TÁBUAS BIOMÉTRICAS

1. TÁBUAS DE MORTALIDADE
MORTALIDADE SEXO MASCULINO MORTALIDADE SEXO MASCULINO
AT-71 (-47%) AT-71 (-47%)
x qx x qx
0 0,002141 31 0,000566
1 0,000837 32 0,000602
2 0,000470 33 0,000643
3 0,000379 34 0,000687
4 0,000332 35 0,000737
5 0,000300 36 0,000792
6 0,000279 37 0,000852
7 0,000265 38 0,000918
8 0,000258 39 0,000992
9 0,000255 40 0,001073
10 0,000256 41 0,001177
11 0,000261 42 0,001315
12 0,000266 43 0,001486
13 0,000271 44 0,001689
14 0,000278 45 0,001921
15 0,000285 46 0,002181
16 0,000292 47 0,002468
17 0,000301 48 0,002780
18 0,000310 49 0,003116
19 0,000320 50 0,003475
20 0,000331 51 0,003857
21 0,000343 52 0,004260
22 0,000357 53 0,004685
23 0,000372 54 0,005131
24 0,000388 55 0,005599
25 0,000407 56 0,006090
26 0,000427 57 0,006604
27 0,000450 58 0,007142
28 0,000475 59 0,007707
29 0,000502 60 0,008301
30 0,000532 61 0,008941

- 33 -
MORTALIDADE SEXO MASCULINO MORTALIDADE SEXO MASCULINO
AT-71 (-47%) AT-71 (-47%)
X qx x qx
62 0,009645 93 0,142549
63 0,010423 94 0,154823
64 0,011280 95 0,167922
65 0,012225 96 0,181855
66 0,013266 97 0,196616
67 0,014412 98 0,212187
68 0,015676 99 0,228535
69 0,017067 100 0,245610
70 0,018599 101 0,263341
71 0,020284 102 0,281636
72 0,022139 103 0,300381
73 0,024179 104 0,319438
74 0,026422 105 0,338647
75 0,028886 106 0,357826
76 0,031593 107 0,376776
77 0,034564 108 0,395286
78 0,037825 109 0,530000
79 0,041400 110 0,530000
80 0,045317 111 0,530000
81 0,049604 112 0,530000
82 0,054295 113 0,530000
83 0,059420 114 0,530000
84 0,065015 115 0,530000
85 0,071114 116 0,530000
86 0,077756
87 0,084976
88 0,092816
89 0,101310
90 0,110497
91 0,120412
92 0,131086

- 34 -
MORTALIDADE SEXO FEMININO MORTALIDADE SEXO FEMININO
AT 71 (-42%) AT 71 (-42%)
x qx x qx
0 0 31 0,000499
1 0 32 0,000534
2 0 33 0,000568
3 0 34 0,000609
4 0 35 0,00065
5 0,000267 36 0,000696
6 0,000244 37 0,000754
7 0,000232 38 0,000812
8 0,000226 39 0,000876
9 0,000226 40 0,000945
10 0,000226 41 0,001038
11 0,000232 42 0,00116
12 0,000238 43 0,001311
13 0,000238 44 0,001491
14 0,000244 45 0,001694
15 0,000249 46 0,001926
16 0,000255 47 0,002175
17 0,000267 48 0,002453
18 0,000273 49 0,002749
19 0,000284 50 0,003068
20 0,00029 51 0,00341
21 0,000302 52 0,003747
22 0,000313 53 0,004112
23 0,000331 54 0,004489
24 0,000342 55 0,004884
25 0,00036 56 0,00529
26 0,000377 57 0,005713
27 0,000394 58 0,006154
28 0,000418 59 0,006618
29 0,000441 60 0,007105
30 0,00047 61 0,007615

- 35 -
MORTALIDADE SEXO FEMININO MORTALIDADE SEXO FEMININO
AT 71 (-42%) AT 71 (-42%)
x qx x qx
62 0,008161 93 0,1344960
63 0,008746 94 0,1491470
64 0,00939 95 0,1646270
65 0,010098 96 0,1807110
66 0,010887 97 0,1973220
67 0,011768 98 0,2144670
68 0,012754 99 0,2321100
69 0,013856 100 0,2502180
70 0,01508 101 0,2687200
71 0,016437 102 0,2875410
72 0,017939 103 0,3257800
73 0,019604 104 0,3450300
74 0,021448 105 0,3642520
75 0,023484 106 0,3833510
76 0,025746 107 0,4022300
77 0,028258 108 0,4208020
78 0,03103 109 0,5800000
79 0,034098 110 0,5800000
80 0,037468 111 0,5800000
81 0,041122 112 0,5800000
82 0,045049 113 0,5800000
83 0,049265 114 0,5800000
84 0,053865 115 0,5800000
85 0,05898 116 0,5800000
86 0,064757
87 0,071369
88 0,07895
89 0,087621
90 0,097463
91 0,108547
92 0,120907

- 36 -
2. TÁBUA DE COMPOSIÇÃO FAMILIAR (PENSÃO NORMAL)

Probabilidade Probabilidade
Idade esperada Idade esperada
de ter de ter
Idade do beneficiário do beneficiário
beneficiário beneficiário
vitalício temporário
vitalício temporário
0 0,00000 0,00000 0 0
1 0,00000 0,00000 0 0
2 0,00000 0,00000 0 0
3 0,00000 0,00000 0 0
4 0,00000 0,00000 0 0
5 0,00000 0,00000 1 0
6 0,00000 0,00000 2 0
7 0,00000 0,00000 3 0
8 0,00000 0,00000 4 0
9 0,00000 0,00000 5 0
10 0,00000 0,00000 6 0
11 0,00000 0,00000 7 0
12 0,00000 0,00000 8 0
13 0,00000 0,00000 9 0
14 0,00000 0,00000 10 0
15 0,00000 0,00000 11 0
16 0,13330 0,40744 12 0
17 0,16120 0,38232 13 0
18 0,18850 0,35813 14 0
19 0,21520 0,33488 15 0
20 0,24130 0,31252 16 0
21 0,26680 0,29105 17 1
22 0,29170 0,27045 18 2
23 0,31600 0,25070 19 3
24 0,33970 0,23178 20 4
25 0,36280 0,21368 21 5

- 37 -
Probabilidade Probabilidade
Idade esperada Idade esperada
de ter de ter
Idade do beneficiário do beneficiário
beneficiário beneficiário
vitalício temporário
vitalício temporário
26 0,38530 0,19637 22 6
27 0,40720 0,17984 23 7
28 0,42850 0,16406 24 8
29 0,44920 0,14904 25 9
30 0,46930 0,13473 26 10
31 0,48880 0,12113 27 11
32 0,50770 0,10822 28 12
33 0,52600 0,09598 29 13
34 0,54370 0,08439 30 14
35 0,56080 0,07344 31 15
36 0,57730 0,06310 32 16
37 0,59320 0,05336 33 17
38 0,60850 0,04419 34 18
39 0,62320 0,03560 35 19
40 0,63730 0,02754 36 20
41 0,65080 0,02001 37 21
42 0,66370 0,01299 38 22
43 0,67600 0,00646 39 23
44 0,68770 0,00040 40 24
45 0,69880 0,00000 41 24
46 0,70930 0,00000 42 24
47 0,71920 0,00000 43 24
48 0,72850 0,00000 44 24
49 0,73720 0,00000 45 24
50 0,74530 0,00000 46 24
51 0,75280 0,00000 47 24
52 0,75970 0,00000 48 24
53 0,76600 0,00000 49 24

- 38 -
Probabilidade Probabilidade
Idade esperada Idade esperada
de ter de ter
Idade do beneficiário do beneficiário
beneficiário beneficiário
vitalício temporário
vitalício temporário
54 0,77170 0,00000 50 24
55 0,77680 0,00000 51 24
56 0,78130 0,00000 52 24
57 0,78520 0,00000 53 24
58 0,78850 0,00000 54 24
59 0,79120 0,00000 55 24
60 0,79330 0,00000 56 24
61 0,79480 0,00000 57 24
62 0,79570 0,00000 58 24
63 0,79600 0,00000 59 24
64 0,79570 0,00000 60 24
65 0,79480 0,00000 61 24
66 0,79330 0,00000 62 24
67 0,79120 0,00000 63 24
68 0,78850 0,00000 64 24
69 0,78520 0,00000 65 24
70 0,78130 0,00000 66 24
71 0,77680 0,00000 67 24
72 0,77170 0,00000 68 24
73 0,76600 0,00000 69 24
74 0,75970 0,00000 70 24
75 0,75280 0,00000 71 24
76 0,74530 0,00000 72 24
77 0,73720 0,00000 73 24
78 0,72850 0,00000 74 24
79 0,71920 0,00000 75 24
80 0,70930 0,00000 76 24
81 0,69880 0,00000 77 24

- 39 -
Probabilidade Probabilidade
Idade esperada Idade esperada
de ter de ter
Idade do beneficiário do beneficiário
beneficiário beneficiário
vitalício temporário
vitalício temporário
82 0,68770 0,00000 78 24
83 0,67600 0,00000 79 24
84 0,66370 0,00000 80 24
85 0,65080 0,00000 81 24
86 0,63730 0,00000 82 24
87 0,62320 0,00000 83 24
88 0,60850 0,00000 84 24
89 0,59320 0,00000 85 24
90 0,57730 0,00000 86 24
91 0,56080 0,00000 87 24
92 0,54370 0,00000 88 24
93 0,52600 0,00000 89 24
94 0,50770 0,00000 90 24
95 0,48880 0,00000 91 24
96 0,46930 0,00000 92 24
97 0,44920 0,00000 93 24
98 0,42850 0,00000 94 24
99 0,40720 0,00000 95 24
100 0,38530 0,00000 96 24
101 0,36280 0,00000 97 24
102 0,33970 0,00000 98 24
103 0,31600 0,00000 99 24
104 0,29170 0,00000 100 24
105 0,26680 0,00000 101 24
106 0,24130 0,00000 102 24
107 0,21520 0,00000 103 24
108 0,18850 0,00000 104 24
109 0,16120 0,00000 105 24

- 40 -
Probabilidade Probabilidade
Idade esperada Idade esperada
de ter de ter
Idade do beneficiário do beneficiário
beneficiário beneficiário
vitalício temporário
vitalício temporário
110 0,13330 0,00000 106 24
111 0,10480 0,00000 107 24
112 0,07570 0,00000 108 24
113 0,04600 0,00000 109 24
114 0,01570 0,00000 110 24

- 41 -
ANEXO B

CÁLCULO DA DURAÇÃO DOS PASSIVOS E TESTE DE SENSIBILIDADE DA TAXA DE JUROS

1. FÓRMULA DO CÁLCULO DA DURAÇÃO

𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑛
∑𝑛=75
𝑛=1 (( ) ∗ (𝑛 − 0,5))
(1+𝑖)(𝑛−0,5)
𝐷𝑈𝑅𝐴ÇÃ𝑂 = 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑛
∑𝑛=75
𝑛=1 ( )
(1+𝑖)(𝑛−0,5)

2. CÁLCULO DA DURAÇÃO DO PASSIVO PENSÕES ESPECIAIS E REPARAÇÕES DE


ANISTIADOS POLÍTICOS MILITARES

Taxa Anterior i 4,88%

𝑛=75
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑛
∑ (( ) ∗ (𝑛 − 0,5)) R$ 131.376.779.960,15
(1 + 𝑖)(𝑛−0,5)
𝑛=1

𝑛=75
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑛
∑ ( ) R$ 15.360.163.005,69
(1 + 𝑖)(𝑛−0,5)
𝑛=1

DURAÇÃO 8,55

* Como Taxa Anterior i, foi considerada a taxa real de juros da Avaliação Atuarial das
Pensões de Militares do ano anterior.

- 42 -
Detalhamento da Tabela anterior:

Ano 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏


Resultado
série Ano ∗ (𝒏 − 𝟎, 𝟓)
(Despesas -Receitas) (𝟏 + 𝒊)(𝒏−𝟎,𝟓) (𝟏 + 𝒊)(𝒏−𝟎,𝟓)
(n)

1 2023 1.568.087.386,98 765.585.900,39 1.531.171.800,79


2 2024 1.547.516.102,17 2.161.162.472,65 1.440.774.981,77
3 2025 1.461.675.155,14 3.243.838.149,48 1.297.535.259,79
4 2026 1.380.684.412,78 4.090.139.221,15 1.168.611.206,04
5 2027 1.304.392.231,27 4.737.003.038,11 1.052.667.341,80
6 2028 1.232.595.336,19 5.216.431.116,91 948.442.021,26
7 2029 1.164.965.493,78 5.555.510.937,85 854.693.990,44
8 2030 1.101.128.578,04 5.777.024.475,01 770.269.930,00
9 2031 1.040.669.455,23 5.899.890.680,68 694.104.785,96
10 2032 983.179.898,88 5.939.859.174,76 625.248.334,19
11 2033 928.255.884,15 5.909.951.049,84 562.852.480,94
12 2034 875.518.920,32 5.820.999.625,03 506.173.880,44
13 2035 824.676.207,72 5.682.441.777,68 454.595.342,21
14 2036 775.467.154,65 5.502.322.152,04 407.579.418,67
15 2037 727.730.264,90 5.288.038.374,68 364.692.301,70
16 2038 681.373.202,30 5.046.383.223,01 325.573.111,16
17 2039 636.370.701,21 4.783.710.864,50 289.921.870,58
18 2040 592.750.561,47 4.505.968.442,02 257.483.910,97
19 2041 550.608.173,98 4.218.905.786,52 228.048.961,43
20 2042 510.042.522,15 3.927.658.877,81 201.418.403,99
21 2043 471.178.430,83 3.636.966.908,47 177.413.019,93
22 2044 434.145.435,21 3.351.051.538,69 155.862.862,26
23 2045 399.063.884,67 3.073.545.690,62 136.602.030,69
24 2046 366.017.036,89 2.807.315.438,95 119.460.231,44
25 2047 335.065.766,58 2.554.615.337,13 104.270.013,76
26 2048 306.232.473,93 2.317.011.113,67 90.863.180,93
27 2049 279.501.063,75 2.095.430.948,58 79.072.865,98
28 2050 254.819.761,93 1.890.240.811,83 68.736.029,52
29 2051 232.109.221,62 1.701.358.803,87 59.696.800,14
30 2052 211.268.059,22 1.528.346.538,30 51.808.357,23
31 2053 192.184.724,62 1.370.540.915,55 44.935.767,72
32 2054 174.737.761,02 1.227.094.309,00 38.955.374,89
33 2055 158.801.638,86 1.097.049.651,77 33.755.373,90
34 2056 144.255.582,44 979.428.415,56 29.236.669,12
35 2057 130.987.461,76 873.275.763,51 25.312.340,97
36 2058 118.889.241,77 777.643.985,03 21.905.464,37
37 2059 107.864.383,05 691.652.826,99 18.949.392,52
38 2060 97.830.455,57 614.511.327,91 16.386.968,74
39 2061 88.711.562,25 545.472.458,73 14.168.115,81
- 43 -
Ano 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏
Resultado
série Ano ∗ (𝒏 − 𝟎, 𝟓)
(Despesas -Receitas) (𝟏 + 𝒊)(𝒏−𝟎,𝟓) (𝟏 + 𝒊)(𝒏−𝟎,𝟓)
(n)

40 2062 80.430.054,80 483.787.510,40 12.247.785,07


41 2063 72.918.122,58 428.782.463,33 10.587.221,32
42 2064 66.107.901,41 379.800.298,84 9.151.814,43
43 2065 59.944.254,62 336.277.376,34 7.912.408,86
44 2066 54.369.413,30 297.654.450,76 6.842.631,05
45 2067 49.331.122,17 263.424.888,21 5.919.660,41
46 2068 44.777.979,86 233.108.984,96 5.123.274,39
47 2069 40.664.560,86 206.281.120,06 4.436.153,12
48 2070 36.942.957,01 182.525.281,42 3.842.637,50
49 2071 33.575.580,69 161.499.192,45 3.329.880,26
50 2072 30.526.045,16 142.885.495,96 2.886.575,68
51 2073 27.762.603,66 126.407.050,48 2.503.109,91
52 2074 25.254.585,34 111.808.422,24 2.171.037,33
53 2075 22.977.866,22 98.878.841,46 1.883.406,50
54 2076 20.908.057,56 87.419.669,36 1.634.012,51
55 2077 19.027.009,04 77.270.912,08 1.417.814,90
56 2078 17.317.147,53 68.285.056,51 1.230.361,38
57 2079 15.763.295,35 60.333.582,71 1.067.851,02
58 2080 14.349.939,10 53.295.295,97 926.874,71
59 2081 13.065.819,23 47.072.884,19 804.664,69
60 2082 11.898.324,32 41.570.800,44 698.668,92
61 2083 10.837.429,50 36.709.172,91 606.763,19
62 2084 9.872.267,20 32.410.988,62 527.007,95
63 2085 8.993.403,86 28.609.594,08 457.753,51
64 2086 8.190.721,88 25.241.247,11 397.499,95
65 2087 7.456.554,52 22.254.617,66 345.032,83
66 2088 6.782.213,47 19.599.378,57 299.227,15
67 2089 6.161.237,51 17.235.602,26 259.181,99
68 2090 5.586.477,28 15.124.673,16 224.069,23
69 2091 5.053.930,73 13.239.493,39 193.277,28
70 2092 4.558.270,42 11.551.642,04 166.210,68
71 2093 4.095.815,47 10.039.120,14 142.398,87
72 2094 3.663.065,43 8.682.088,16 121.427,81
73 2095 3.258.488,06 7.466.807,18 102.990,44
74 2096 2.880.079,55 6.379.401,54 86.794,58
75 2097 2.527.825,61 5.411.265,21 72.634,43
76 2098 2.201.211,59 4.553.145,23 60.306,56
77 2099 1.899.991,71 3.796.848,10 49.632,00
78 2100 1.624.397,92 3.135.534,12 40.458,50
79 2101 1.374.909,14 2.563.116,69 32.651,17

- 44 -
Ano 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒏
Resultado
série Ano ∗ (𝒏 − 𝟎, 𝟓)
(Despesas -Receitas) (𝟏 + 𝒊)(𝒏−𝟎,𝟓) (𝟏 + 𝒊)(𝒏−𝟎,𝟓)
(n)

80 2102 1.151.350,13 2.072.557,49 26.069,91


81 2103 953.283,21 1.656.750,81 20.580,76
82 2104 780.155,42 1.308.836,58 16.059,34
83 2105 630.624,58 1.021.124,87 12.377,27
84 2106 503.338,73 786.517,07 9.419,37
85 2107 396.635,48 598.021,68 7.077,18
86 2108 308.685,93 449.013,00 5.251,61
87 2109 236.861,92 332.349,20 3.842,19
88 2110 179.383,20 242.761,84 2.774,42
89 2111 134.001,05 174.883,73 1.976,09
90 2112 98.708,84 124.217,95 1.387,91
91 2113 71.681,11 86.969,28 960,99
92 2114 51.374,88 60.088,56 656,71
93 2115 36.128,61 40.730,54 440,33
94 2116 24.934,74 27.092,62 289,76
95 2117 16.912,63 17.708,62 187,39
96 2118 11.297,77 11.398,43 119,36
97 2119 7.383,79 7.177,33 74,38
98 2120 4.727,02 4.426,45 45,40
99 2121 2.940,15 2.652,02 26,92
100 2122 1.749,29 1.519,72 15,27
101 2123 1.027,13 859,36 8,55
102 2124 592,44 477,31 4,70
103 2125 277,89 215,57 2,10
104 2126 128,82 96,21 0,93
105 2127 59,91 43,08 0,41
106 2128 27,06 18,73 0,18
107 2129 12,25 8,16 0,08
108 2130 5,71 3,66 0,03
109 2131 2,62 1,62 0,01
110 2132 0,03 0,02 0,00

3. TESTE DE SENSIBILIDADE DA PREMISSA SIGNIFICATIVA


A combinação dos itens 86 e 146, da NCB TSP 15, permite a compreensão de que a taxa de
juros utilizada como taxa de desconto é a variável significativa na estimação dos passivos
atuariais. Assim, divulga-se, a seguir, o teste de sensibilidade da referida variável para os
benefícios analisados, variando-se as taxas utilizadas em um ponto percentual para cima e um
para baixo:

- 45 -
Para os passivos atinentes às pensões especiais de militares e às reparações a anistiados
políticos militares foi utilizada a taxa de juros 4,36% a.a. Sendo assim, foram simulados
cenários para as taxas de 3,36% e 5,36% para os referidos direitos, conforme a Tabela abaixo:

TAXA DE JUROS

PASSIVO 3,36% 4,36% 5,36%

Pensões Especiais R$ 10.099.052.664,59 R$ 9.285.247.661,34 R$ 8.594.109.977,30

Anistiados Políticos R$ 5.981.544.585,68 R$ 5.450.441.766,37 R$ 5.001.930.716,50

Conforme a Tabela anterior, tem-se:

a) Variando-se a taxa de juros de 4,36% para 3,36%:

- o passivo atuarial das Pensões Especiais das FFAA aumenta de R$ 9.285.247.661,34 para
R$ 10.099.052.664,59, representando um acréscimo de 9,74%; e

- o passivo atuarial das reparações de anistiados políticos militares das FFAA aumenta de
R$ 5.450.441.766,37 para R$ 5.981.544.585,68, representando um acréscimo de 8,76%.

b) Variando-se a taxa de juros de 4,36% para 5,36%:

- o passivo atuarial das Pensões Especiais das FFAA diminui de R$ 9.285.247.661,34 para R$
8.594.109.977,30, representando uma redução de 7,44%; e

- o passivo atuarial das reparações de anistiados políticos militares das FFAA diminui de R$
5.450.441.766,37 para R$ 5.001.930.716,50, representando uma redução de 8,23%.

- 46 -
ANEXO C

NOTA TÉCNICA ATUARIAL DAS PROJEÇÕES ATUARIAIS DE PENSÕES ESPECIAIS DE


MILITARES E REPARAÇÕES DE ANISTIADOS POLÍTICOS MILITARES

1. APRESENTAÇÃO
Este anexo tem como objetivo descrever as formulações atuariais utilizadas na projeção
atuarial das pensões especiais e das reparações de anistiados militares.

2. DESCRIÇÃO DAS VARIÁVEIS

2.1 Variáveis utilizadas em todo cálculo


𝒒𝒙 é a probabilidade de um indivíduo falecer antes de completar a idade x + 1, obtido
conforme a Tábua Biométrica de Mortalidade geral segregada por sexo;

𝟏 𝑻
(𝑪𝑩𝑨)𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓𝒙−𝒕 é o provento projetado para época t, dado pela fórmula:

1 𝑇
(𝐶𝐵𝐴)𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥−𝑡 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥 . (1 + 𝐶𝐵𝐴)𝑡 (1)

𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓𝑩
𝒙 é o salário de benefício na idade x;

𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓𝑪𝒙 é o salário de contribuição na idade x;

𝒆 𝒕
(𝑪𝑺𝑨)𝒗𝒆 é o fator de crescimento salarial da época t descontado financeiramente, dado pela
fórmula:

𝑒 𝑡 (1+𝐶𝑆𝐴)𝑡
(𝐶𝐵𝐴)𝑣𝑒 = (1+𝑖)𝑡
(2)

- 47 -
𝒆 𝒕
(𝑪𝑩𝑨)𝒗𝒆 é o fator de crescimento de proventos da época t descontado financeiramente, dado
pela fórmula:

𝑒 𝑡 (1+𝐶𝐵𝐴)𝑡
(𝐶𝐵𝐴)𝑣𝑒 = (1+𝑖)𝑡
(3)

2.2 Descrição das variáveis do grupo de anistiados militares

As variáveis expostas a seguir são referentes ao ano t da projeção para a população de atuais
inativos:

BC_ANI_APt é o Valor da reparação de um anistiado;

AC1_BC_ANI_APt é o somatório das reparações de um anistiado (BC_ANI_APt) referente a


todos os anistiados;

AC1_BC_ANI_PAPt é o somatório das reversões das reparações (BC_ANI_PAPt) referente a


todos os anistiados militares;

ContribuicaoNormalAnistiadot somatório das contribuições normais dos atuais anistiados; e

ContribuicaoNormalPensaoAnistiadot é o somatório das contribuições de futuras pensões


normais de anistiados militares.

2.3 Descrição das variáveis do grupo de pensões especiais


As variáveis expostas a seguir são referentes ao ano t da projeção para a população de
beneficiários de atuais pensões especiais:

BC_PSE_Pt é o Valor do Benefício Concedido para uma pensão especial;

AC1_BC_PSE_Pt é o somatório de BC_PSE_Pt referente a todas as pensões especiais;

- 48 -
ContribuicaoNormalPensaoEspecialt somatório das contribuições normais dos atuais
anistiados; e

3. EXPRESSÕES DO CÁLCULO DO FLUXO PROJETADO

3.1 Anistiados
3.1.1 Cálculo individual para anistiados

a) BC_ANI_APt+1 = [BC_ANI_APt * (1-qx+t)] * (1+CBA)

b) BC_ANI_PAPt+1 = [BC_ANI_PAPt * (1-qy+t) + BC_ANI_APt * qx+t * máximo(Prob(c); Prob(f))] *


(1+CBA)
- A idade y é dada pela de composição familiar;

a) AC1_BC_ANI_APt+1 = AC1_BC_ANI_APt + BC_ANI_APt

b) AC1_BC_ANI_PAPt+1 = AC1_BC_ANI_PAPt + BC_ANI_PAPt

3.1.2 Cálculo do somatório dos acumulados individuais de anistiados


O cálculo é efetuado com a variável inteira “t” variando de 0 a “n”, sendo “n” o prazo da
projeção em anos.

3.1.2.1 Valores da quantidade de pessoas

a) AC1_QUANT_Anistiados[T] = AC1_QUANT_Anistiados[T - 1] * (1 – qx+t-1),


b) AC1_PensaoAnistiados[T] = AC1_PensaoAnistiados[T - 1] * (1 - qy+t-1)+
AC1_QUANT_Anistiados[T - 1] (1 – qx+t-1)* Probf;
c) AC2_QUANT_Anistiados[T] =AC2_QUANT_Anistiados[T] + AC1_QUANT_Anistiados[T]
d) AC2_PensaoAnistiados[T] = AC2_PensaoAnistiados[T] + AC1_PensaoAnistiados[T];

3.1.2.2 Valores monetários


- 49 -
a) AC2_BC_ANI_APt = AC1_BC_ANI_APt * 13

b) AC2_BC_ANI_PAPt = AC1_BC_ANI_PAPt * 13

c) ContribuicaoNormalAnistiadot = AC1_BC_ANI_APt*12*10,5%

d) AC2_BC_ANI_CP_APt = AC1_BC_ANI_CP_APt * 12

e) ContribuicaoNormalPensaoAnistiadot=AC1_BC_ANI_PAPt * 12 *10,5%

3.2 Pensões Especiais


3.2.1 Cálculo individual para pensionistas especiais

a) BC_PSE_Pt+1 = [BC_PSE_Pt * (1-qx+t)] * (1+CBA)

b) AC1_BC_PSE_Pt+1 = AC1_BC_PSE_Pt + BC_PSE_Pt

3.2.2 Cálculo do somatório dos acumulados individuais de anistiados


O cálculo é efetuado com a variável inteira “t” variando de 0 a “n”, sendo “n” o prazo da
projeção em anos.
3.2.2.1 Valores da quantidade de pessoas

a) AC1_PensoesEspeciais[T] = AC1_PensoesEspeciais[T - 1] * (1 – qx+t-1)


b) AC2_PensoesEspeciais[T] = AC2_PensoesEspeciais[T] + AC1_PensoesEspeciais[T]

3.2.2.2 Valores monetários

a) AC2_BC_PSE_Pt = AC1_BC_ANI_Pt * 13
b) ContribuicaoNormalPensaoEspecialt = AC1_BC_PSE_Pt*12*10,5%

- 50 -
ANEXO D

NOTA TÉCNICA ATUARIAL DO CÁLCULO DO VALOR PRESENTE ATUARIAL DE PENSÕES


ESPECIAIS DE MILITARES E REPARAÇÕES DE ANISTIADOS POLÍTICOS MILITARES

1. CÁLCULO DA RESERVA MATEMÁTICA (PROVISÃO) DE PENSÕES ESPECIAIS DE


PARTICIPANTES E REPARAÇÕES DE ANISTIADOS POLÍTICOS MILITARES
À luz da recomendação contida no item 9.2.2 do Acórdão 1.467/2022/TCU - Plenário, a
reserva matemática foi calculada por meio da técnica do Valor Presente Atuarial para a
população de anistiados participantes e pensionistas especiais de massa fechada (sem
reposição de participantes).

2. DESCRIÇÃO DAS VARIÁVEIS UTILIZADAS


Para a obtenção do valor da reserva matemática, em consonância com a recomendação
retromencionada, as seguintes variáveis, à luz da ciência atuarial, foram consideradas no
cálculo:

x é a idade do participante (ativo e inativo) na data da avaliação;

z é a idade final da tábua de mortalidade;

ln é o número de vivos com a idade n, onde n ∈{x, y, w};

i é a taxa real de juros anual;

t é o tempo medido em anos;

𝒗𝒕 é o fator de desconto financeiro para período t, dado pela fórmula:

1
𝑣𝑡 = (1)
(1 + 𝑖)𝑡
- 51 -
𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 𝑩
𝒙 é o salário na idade x, de acordo com o plano de carreira do participante;

𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 𝑪
𝒙 é o salário de contribuição na idade x, de acordo com o plano de carreira do

participante;

ACN é a alíquota de contribuição normal (10,5%), aplicada a todo militar, ativo ou inativo e
seus pensionistas;

𝒒𝒙 é a probabilidade de um indivíduo válido falecer antes de completar a idade x + 1, obtido


conforme a Tábua Biométrica de Mortalidade;

𝑫𝒙 é uma comutação atuarial dada pela seguinte fórmula:

𝐷𝑥 = 𝑙𝑥 ∗ 𝑣 (2)

𝟏 (𝟏𝟐)
𝒕𝐚𝒙 é a anuidade vitalícia postecipada mensalizada, dada pela seguinte fórmula:

𝑧−𝑥

= ∑[ 1𝑡𝑝𝑥 ∗ 𝑣 𝑡 ] − 13⁄24
(12)
𝑎𝑥 (3)
𝑡=0

(𝟏𝟐)
𝑯𝒙 é o fator atuarial de pensão normal de participante, sem contribuição de 1,5%,
conforme as três situações a seguir descritas:

Anistiado casado com filhos(as) beneficiários(as):

(12) (12) (12) (12)


𝐻𝑥 =[𝑎𝑦+𝑗 + 𝑎𝑤+𝑗 − 𝑎𝑦+𝑗;𝑤+𝑗 ] ∗ 𝑃𝑟𝑜𝑏𝑓 (4)

- 52 -
em que:

𝑧−𝑦

= ∑[ 1𝑡𝑝𝑦+𝑗 ∗ 𝑣 𝑡 ] − 13⁄24
(12)
𝑎𝑦+𝑗 (5)
𝑡=0

𝑧−𝑤

= ∑[ 1𝑡𝑝𝑤+𝑗 ∗ 𝑣 𝑡 ] − 13⁄24
(12)
𝑎𝑤+𝑗 (6)
𝑡=0

𝑧−𝑚

= ∑ [ 1𝑡𝑝𝑦+𝑗 ∗ 1𝑡𝑝𝑤+𝑗 ∗ 𝑣 𝑡 ] − 13⁄24


(12)
𝑎𝑦+𝑗;𝑤+𝑗 (7)
𝑡=0

A variável Probf refere-se ao grupo de anistiados que não contribuí com 1,5%;

j é o tempo em anos após a provável concessão de pensão;

w + j ≤ 21;

(12) (12)
Se w+j > 21, então 𝑎𝑤+𝑗 = 0 𝑒 𝑎𝑦+𝑗;𝑤+𝑗 = 0

m = Máx {y,w}

Anistiado casado sem filhos(as) beneficiários:

(12) (12 )
𝐻𝑥 = 𝑎𝑦+𝑗 ∗ 𝑃𝑟𝑜𝑏𝑓 (8)

- 53 -
em que:

𝑧−𝑦

= ∑[ 1𝑡𝑝𝑦+𝑗 ∗ 𝑣 𝑡 ] − 13⁄24
(12)
𝑎𝑦+𝑗 (9)
𝑡=0

Sendo j o tempo em anos após a provável concessão de pensão.

Anistiado válido sem cônjuge e com filho(a):

12 ( )
𝐻𝑥(12) = 𝑎𝑤+𝑗 ∗ 𝑃𝑟𝑜𝑏𝑓 (10)

em que:
𝑧−𝑤

= ∑[ 1𝑡𝑝𝑤+𝑗 ∗ 𝑣 𝑡 ] − 13⁄24
(12)
𝑎𝑤+𝑗 (11)
𝑡=0

Sendo:

j é o tempo em anos após a provável concessão de pensão e w + j ≤ 21.

3. CÁLCULO DO VALOR PRESENTE DAS PENSÕES ESPECIAIS

3.1 Valor Presente de Benefícios Futuros de Pensões Especiais Concedidas:

(12)
𝑉𝑃𝐵𝐹_𝐵𝐶𝑃𝑒𝑛𝑠ã𝑜𝐸𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑎𝑙 = 13 . 𝐻𝑥 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥𝐵 (12)

- 54 -
3.2 Valor Presente das Contribuições Futuras Normais de Pensões Especiais:

(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝑃𝑒𝑛𝑠ã𝑜𝐸𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑎𝑙𝐶𝑁 = 12. 𝑘1𝐸𝑥𝑎𝑎 . ∑𝑧−𝑥−𝑘 1 𝑡
𝑡=0 [ 𝑡𝑝𝑥+𝑘 . 𝑣 . 𝑞𝑥+𝑘+𝑡 . 𝐻𝑥+𝑘+𝑡 ]. 𝐴𝐶𝑁 (13)

3.3 Cálculo da reserva matemática

𝑷𝑴𝑩𝑪𝑷𝒆𝒏𝒔ã𝒐𝑬𝒔𝒑𝒆𝒄𝒊𝒂𝒍 = 𝑽𝑷𝑩𝑭_𝑩𝑪𝑷𝒆𝒏𝒔ã𝒐𝑬𝒔𝒑𝒆𝒄𝒊𝒂𝒍 − 𝑽𝑷𝑪𝑭𝑷𝒆𝒏𝒔ã𝒐𝑬𝒔𝒑𝒆𝒄𝒊𝒂𝒍𝑪𝑵 (𝟏𝟒)

4. CÁLCULO DO VALOR PRESENTE DAS REPARAÇÕES DE ANISTIADOS

4.1 Valor Presente das Compensações Futuras oriundas dos atuais anistiados militares:

(12)
𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝐶 𝐴𝑛𝑖𝑠𝑡𝑖𝑎𝑑𝑜 = 13. 𝑎𝑥 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥𝐵 (15)

4.2 Cálculo do valor presente das reparações de anistiados revertidas em pensão por morte

𝑧−1−𝑥
(12)
𝑉𝑃𝐵𝐹𝐵𝑎𝐶𝑅𝑒𝑣𝐴𝑛𝑖𝑠𝑡𝑖𝑎𝑑𝑜 = ∑ 13 . 1𝑡𝑝𝑥1 . 𝑣 𝑡 . 𝑞𝑥+𝑡 . 𝐻𝑥+𝑡 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥𝐵 (16)
𝑡=0

4.3 Valor presente das contribuições futuras

a) Valor Presente das Contribuições Futuras dos atuais anistiados sob a alíquota normal:

(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝐴𝑛𝑖𝑠𝑡𝑖𝑎𝑑𝑜𝐶𝑁 = 12. 𝑎𝑥 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥𝐵 . 𝐴𝐶𝑁 (17)

b) Valor Presente das Contribuições Futuras Normais de Pensões Normais oriundas do


falecimento de atuais anistiados militares sob a alíquota normal:

- 55 -
(12)
𝑉𝑃𝐶𝐹𝑅𝑒𝑣𝐴𝑛𝑖𝑠𝑡𝑖𝑎𝑑𝑜𝐶𝑁 = ∑𝑧−1−𝑥
𝑡=0 12 . 1𝑡𝑝𝑥1 . 𝑣 𝑡 . 𝑞𝑥+𝑡 . 𝐻𝑥+𝑡 . 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑥+𝑡
𝐵
. 𝐴𝐶𝑁 (18)

4.4 Cálculo da reserva matemática

𝑹𝑴𝑩𝑭𝑨𝒏𝒊𝒔𝒕𝒊𝒂𝒅𝒐
= 𝑽𝑷𝑩𝑭𝑩𝑪 𝑨𝒏𝒊𝒔𝒕𝒊𝒂𝒅𝒐 + 𝑽𝑷𝑩𝑭𝑩𝒂𝑪𝑹𝒆𝒗𝑨𝒏𝒊𝒔𝒕𝒊𝒂𝒅𝒐 − 𝑽𝑷𝑪𝑭𝑩𝑪𝑨𝒏𝒊𝒔𝒕𝒊𝒂𝒅𝒐𝑪𝑵
− 𝑽𝑷𝑪𝑭𝑩𝒂𝑪𝑹𝒆𝒗𝑨𝒏𝒊𝒔𝒕𝒊𝒂𝒅𝒐 (𝟏𝟗)

- 56 -
Anexo IV

Metas Fiscais
Anexo IV.8 - Avaliação da Situação Financeira e Atuarial dos
Benefícios Assistenciais da Lei Orgânica de Assistência Social –
LOAS
(Art. 4º, § 2º, inciso IV, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000)
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL, FAMÍLIA E COMBATE À
FOME

COORDENAÇÃO-GERAL DE BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS

1. ASSUNTO

Avaliação da situação financeira dos Benefícios Assistenciais da Lei Orgânica de


Assistência Social – LOAS, a fim de integrar os anexos do Projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias para 2024 – PLDO-2024, em face ao disposto no art. 4º da Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.

2. SUMÁRIO EXECUTIVO

Apresenta a projeção de longo prazo das despesas do Benefício de Prestação


Continuada, em atendimento à demanda apresentada pelo Ofício nº 705/2023/MPO
(SEI nº 13699724), referente à avaliação da situação financeira e atuarial dos Benefícios
Assistenciais da Lei Orgânica de Assistência Social – BPC/LOAS e da Renda Mensal
Vitalícia – RMV, a fim de integrar os anexos do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias
para 2024 – PLDO-2024, em face ao disposto no art. 4º da Lei Complementar nº 101, de
4 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.

CONTEXTO

O pagamento dos benefícios que constituem o BPC e a RMV será previsto no Projeto de
Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2024 – PLDO-2024 como despesa obrigatória, cujos
recursos são distribuídos entre as Ações Orçamentárias 00H5 e 00IN, conforme exposto
abaixo:

Ação 00H5 – Pagamento de Benefícios de Prestação Continuada (BPC) e da Renda


Mensal Vitalícia (RMV) à Pessoa Idosa:

• PO 0001 - Benefício de Prestação Continuada à Pessoa Idosa, que assegura uma


renda mensal de 1 salário-mínimo à pessoa idosa com 65 anos ou mais que não
possua meios de prover sua manutenção nem de tê-la provida por sua família;
• PO 0002 - Renda Mensal Vitalícia Idoso, que assegura às pessoas com 70 anos
ou mais o benefício à renda mensal vitalícia instituído pela Lei nº 6.179/1974,
desde que tenham contribuído com a Previdência Social, no mínimo por 12
meses; ou tenham exercido atividade remunerada anteriormente não coberta
pela Previdência Social, por 5 anos no mínimo. Esse benefício foi extinto em
1996.

Ação 00IN – Pagamento de Benefícios de Prestação Continuada (BPC) e da Renda


Mensal Vitalícia (RMV) à Pessoa com Invalidez:
• PO 0001 - Benefício de Prestação Continuada à Pessoa com Deficiência, que
assegura uma renda mensal de 1 salário mínimo à pessoa com deficiência, de
qualquer idade, que tem impedimentos de longo prazo de natureza física,
mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras,
podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas;
• PO 0002 - Renda Mensal Vitalícia por Invalidez, que assegura às pessoas com
invalidez o benefício à renda mensal vitalícia instituído pela Lei nº 6.179/1974,
desde que tenham contribuído com a Previdência Social, no mínimo por 12
meses; ou tenham exercido atividade remunerada anteriormente não coberta
pela Previdência Social, por 5 anos no mínimo. Esse benefício foi extinto em
1996.

O MDS apresenta à SOF, bimestralmente, projeções físicas e financeiras referentes aos


benefícios, com o objetivo de possibilitar o acompanhamento e a avaliação da execução
orçamentária, e subsidiar a elaboração de propostas que integram os Projetos de Lei de
Diretrizes Orçamentárias e Projetos de Lei Orçamentária Anual. As projeções usadas
para este acompanhamento são de curto prazo, para o exercício corrente e os três
seguintes.

No final de 2020, foi firmado compromisso junto ao TCU, em referência ao Acórdão nº


1435/2020, que determinou (...) ao Ministério da Cidadania, com apoio do Ministério da
Economia e sob coordenação da Casa Civil da Presidência da República, com fulcro no
art. 43, inciso I da Lei 8.443/1992 e no art. 250, inciso II, do Regimento Interno do TCU,
que, a partir do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentário referente ao exercício de 2022,
apresente avaliação financeira e atuarial das despesas com o Benefício de Prestação
Continuada, previsto no inciso V do art. 203 da CF/88, considerando as melhores
práticas em projeções de longo prazo e os aspectos econômicos e demográficos,
principalmente em relação às populações alvo da política e às estimativas de pobreza e
informalidade, conforme prescreve a Lei de Responsabilidade Fiscal em seu art. 4º, § 2º,
inciso IV, alínea b.

Seguindo o compromisso firmado, o MDS passou a apresentar projeção de longo prazo


das despesas com pagamento de benefícios do BPC, com abrangência até 2060, em
metodologia desenvolvida com apoio da Secretaria de Previdência (SPREV). Cabe
apontar que esta projeção foi apresentada pela primeira vez em 2021, por meio da Nota
Técnica n° 10/2021 (SEI nº 9877986), ainda em caráter preliminar.

Iniciou-se em 2021 etapa de aprimoramento da metodologia a partir de estudos


analíticos sobre os parâmetros demográficos específicos para público do BPC, em
colaboração com o Departamento de Monitoramento e Avaliação da Secretaria de
Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS (DMA/SAGICAD/MDS), nos
termos do Plano de Trabalho SNAS/SAGI nº 1/2021 (SEI nº 9850930). O trabalho segue
em curso, mas já se observam nesta projeção os impactos do estudo sumarizado na Nota
Técnica nº 2/2021 (SEI nº 11963183), que apresenta uma tábua de cessação específica
aos públicos do BPC, que possibilitou o alcance de resultados mais precisos.
Ressalta-se que, para definição dos valores considerados para a PLDO-2024, seguem
sendo considerados os resultados da projeção de curto prazo, cujos valores mais
recentes foram apresentados na Nota Técnica nº 5/2023 (SEI nº 13682427). O
documento apresenta as projeções referentes à RMV, benefício residual para o qual não
se considera necessária a elaboração de projeções de longo prazo, devido à proximidade
da extinção do benefício.

3. METODOLOGIA

3.1. PROJEÇÕES DE CURTO PRAZO (2023-2027)

As projeções de curto prazo fornecem estimativas mensais de variação do número de


benefícios pagos com base no fluxo recente de concessões e cessações de benefícios,
bem como as informações sobre o estoque de requerimentos pendentes de análise, e
expectativas sobre a análise destes requerimentos. A partir do cálculo de benefícios por
mês, são calculados os valores totais, considerando ainda os valores pagos no caso de
novas concessões, que incluem pagamentos referentes aos meses entre o requerimento
e a concessão. Em relação à RMV, a projeção segue o modelo usado nos anos anteriores,
aplicando uma taxa de variação ao número de benefícios do mês anterior, baseada na
variação média mensal dos doze meses anteriores.

A fórmula usada para calcular o número de benefícios mantidos em cada mês é:

Os valores financeiros, ou preços, são calculados pela fórmula:


Em relação à RMV, a projeção segue o modelo usado nos anos anteriores, aplicando
uma taxa de variação ao número de benefícios do mês anterior, baseada na variação
média mensal dos doze meses anteriores, conforme a fórmula abaixo:

Os valores de benefícios da RMV são determinados pela multiplicação simples do


número de benefícios mantidos pelo valor do salário mínimo vigente, ou seja:

Além dos valores do BPC e da RMV, o DBA tem apresentado valores referentes ao
Auxílio-Inclusão, benefício regulamentado em 2021 que também integra o rol de
benefícios assistenciais previstos na LOAS. Neste caso, os números estimados
consideram o impacto da Lei nº 14.441/2022, pela qual se estima que serão concedidos
4.370 benefícios de forma automática. Para além disso, considerou-se o dobro da
concessão mensal média observada em 2022.

A síntese dos resultados da projeção de curto prazo é apresentada no item 4 deste


documento. A projeção foi detalhada na Nota Técnica nº 5/2023 (SEI nº 13682427),
acompanhada da planilha com a memória de cálculo e resultados (SEI nº 13689864).

3.2. PROJEÇÕES DE LONGO PRAZO (2023-2060)

As projeções de longo prazo são baseadas em parâmetros demográficos e


macroeconômicos, além do histórico do objeto; destinam-se a avaliar a variação em
longo prazo, além de possibilitar o aprimoramento das projeções de curto prazo.
Considerando a disponibilidade de informações demográficas e macroeconômicas para
construção de parâmetros adequados, é possível construir estimativas de pagamento
de benefícios para cada ano, em um horizonte mais longo. Os dados populacionais
disponibilizados atualmente pelo IBGE permitem a construção de estimativas que
alcançam o ano de 2060. Os parâmetros foram construídos nas seguintes etapas:

Identificação das coortes: as denominadas coortes (ou classes anuais) populacionais


promovem o agrupamento de indivíduos nascidos em mesmo momento do tempo e ao
longo do tempo, os quais possuem características demográficas similares. Assim, as
coortes apresentam-se como a unidade demográfica diretamente acima do nível
individual. A partir dessa estrutura de análise, os beneficiários são divididos em grupos
caracterizados pelo tipo de benefício (pessoa com deficiência ou idoso), sexo e idade em
um determinado ano. Por exemplo, uma coorte específica é formada por todas as
beneficiárias pessoas com deficiência, do sexo feminino, com 42 anos de idade no ano
de 2020. Os estoques de beneficiários são identificados dentro destas coortes, e os
parâmetros são aplicados de forma específica à mesma coorte. Observa-se ainda que, a
cada ano, os beneficiários que continuam recebendo o BPC passam a integrar a coorte
um ano acima. No caso exemplificado, a mesma pessoa que ocupa a coorte de pessoas
com deficiência do sexo feminino com 42 anos de idade no ano de 2020, ocupará a
coorte de pessoas com deficiência do sexo feminino com 43 anos de idade no ano de
2021.

Cessação de benefícios: a cessação de benefícios por óbito é estimada a partir de uma


taxa de cessação para cada coorte. As taxas de cessação por óbito e por motivos de não-
óbito permitem identificar a probabilidade de que uma pessoa que integra uma coorte
em um dado ano deixe de integrar a coorte da idade seguinte no ano seguinte. Assim,
pode se conhecer a probabilidade de que a pessoa com deficiência com 42 anos de idade
no ano de 2021 chegue a, de fato, integrar o grupo de pessoas com 43 anos de idade no
ano de 2022, ou se terá seu benefício cessado e deixará de integrar o estoque de
beneficiários. O risco de cessação foi analisado em trabalho que resultou na "Nota
Técnica n° 2/2021 - Insumos metodológicos para o aprimoramento das projeções de
longo prazo da cessação do Benefício de Prestação Continuada (BPC)" (SEI nº 11963183),
elaborada pelo DM/SAGI/MC, no âmbito do Plano de Trabalho SNAS/SAGI nº 1/2021
(SEI nº 9850930). Analisando os instrumentos construídos naquele trabalho, foi
considerado o modelo relacional de Brass para aplicação do risco de óbito, e as taxas de
cessação por motivos "não-óbito" para o risco de cessação por outros motivos.

Concessão de benefícios: o primeiro passo para a estimação do número de novos


benefícios concedidos é a construção de uma taxa de concessão, que estabelece a
relação entre a população que integra uma determinada coorte e a população geral
pertencente àquele grupo. Por exemplo, para estimar quantos homens idosos com 65
anos de idade terão o BPC concedido em 2021, primeiro identificamos as concessões
observadas em anos anteriores para beneficiários da mesma idade, ou seja, para
determinado ano, verifica-se a parcela de idosos da população que teve o BPC
concedido. A hipótese de que as taxas de concessão futuras sejam iguais à média das
taxas de concessão dos anos anteriores (observadas) pode ser utilizada para a estimativa
de concessões futuras. Nesse sentido, a dinâmica das concessões futuras seria
determinada exclusivamente pelo crescimento populacional esperado de cada grupo
etário simples. Uma extensão imediata posterior seria a incorporação da dinâmica de
incidência de vulnerabilidade social na população como novo elemento de análise que
implique mudanças na dinâmica de concessões futuras.

Reunindo os parâmetros citados acima, o estoque de benefícios é multiplicado pela


expectativa de sobrevivência e somado ao número de concessões, obtendo o novo
estoque, conforme o modelo de projeção apresentado abaixo:

A construção das estimativas do número de benefícios permite a conversão em uma


projeção de preços, a partir da determinação de hipótese de projeção dos valores do
salário mínimo ao longo das próximas décadas, considerando valores correntes. Nesse
sentido, o cenário base contempla as projeções de aumento do salário mínimo em uso
pela SPREV para as projeções do Regime Geral da Previdência Social. Entende-se que,
pela proximidade das políticas, é pertinente o uso de um mesmo parâmetro em relação
à mudança do salário mínimo, que permita visualizar a transposição da mudança no
número de beneficiários em correspondente mudança nos valores pagos. Como
cenários alternativos, outras hipóteses de evolução do valor do salário mínimo também
podem ser implementadas e avaliadas.

A síntese dos resultados da projeção de curto prazo é apresentada no item 5 da presente


Nota Técnica. As planilhas com a memória de cálculo e resultados foram anexadas a esta
Nota.

Cabe ressaltar que os parâmetros apresentados se referem ao estágio atual da


construção, podendo ser alterados ou ajustados pelo alinhamento e reavaliação feito de
forma contínua entre o DBA e a SPREV, bem como ao trabalho em curso com o
DMA/SAGICAD/MC, no âmbito do Plano de Trabalho SNAS/SAGI nº 1/2021 (SEI nº
9850930).

Observação: a taxa de concessão calculada para a projeção apresentada ao PLDO-2024


desconsiderou os números de concessão de 2023, que foram muito superiores aos
observados nos anos anteriores. Esse cuidado foi tomado para evitar que fosse
carregada adiante uma taxa fora do normal, que se relaciona a um alto número de
requerimentos novos e um alto número de requerimentos acumulados, que começaram
a ser tratados em 2022 com a intenção de reduzir a espera. Provavelmente esta
tendência de alta de concessões não se manterá neste patamar pelos próximos anos,
mesmo que haja algum aumento na frequência de concessões, até porque o estoque de
requerimentos acumulados já teve uma redução considerável neste período. Deve ser
ressaltado também que, como regra, a projeção de longo prazo não considera o
represamento e desrepresamento de requerimentos, por tratar-se de uma situação
conjuntural, ligada à gestão dos requerimentos, e que não cabe estimar para o futuro
com base em parâmetros demográficos.

4. RESULTADOS

As tabelas apresentam os resultados das projeções elaborados por meio das


metodologias descritas no item 4. As Tabelas 1 e 2 apresentam as metas obtidas pelas
projeções de curto prazo, e devem ser consideradas para preenchimento de valores
para o PLDO-2024. A Tabela 3 apresenta as metas obtidas pelas projeções de longo
prazo, constituindo a avaliação financeira requisitada para os anexos do PLDO-2024. As
projeções foram ajustadas considerando a Grade de Parâmetros divulgada pela
Secretaria de Orçamento Federal em 21 de março de 2023.

Tabela 1 – RESUMO DE METAS FÍSICAS PARA O BPC E RMV DE 2023 A 2027

Açã
Benefício 2023 2024 2025 2026 2027
o
2.503.40 2.641.82 2.773.87 2.900.05 3.020.64
00H BPC Pessoa Idosa
9 9 3 0 6
5
RMV Idade 3.569 2.910 2.445 2.107 1.857
BPC Pessoa com 2.905.86 3.018.12 3.126.09 3.229.83 3.329.52
00IN Deficiência 2 0 3 9 3
RMV Invalidez 56.541 52.219 48.818 46.113 43.943
00TZ Auxílio Inclusão 4.746 5.032 5.296 5.560 5.824

Fontes: Verificar item 3.1 desta Nota.

Tabela 2 – RESUMO DE METAS FINANCEIRAS PARA O BPC E RMV DE 2023 A 2027

Açã
Benefício 2023 2024 2025 2026 2027
o
38.723.78 43.095.08 46.832.52 50.209.26 53.981.01
BPC Pessoa Idosa
00 4.332 8.390 7.279 4.861 3.538
H5 62.203.83 52.481.90 44.945.82 39.500.75 35.518.70
RMV Idade
5 0 4 1 6
00I BPC Pessoa com 46.355.11 50.662.46 54.238.81 56.134.37 59.698.23
N Deficiência 0.273 8.190 2.599 9.839 3.020
922.236.1 889.628.6 854.883.3 829.303.1 811.413.8
RMV Invalidez
39 86 04 50 46
00 30.750.52 40.549.26 44.153.71 47.871.12 51.731.10
Auxílio Inclusão
TZ 5 0 2 6 0

Fontes: Verificar item 3.1 desta Nota.

Tabela 3 – PROJEÇÃO DE METAS ANUAIS (FÍSICAS E FINANCEIRAS) PARA O BPC DE


2023 A 2060

Físico Financeiro
Ano Pessoa Pessoa com
Pessoa idosa Pessoa com deficiência
idosa deficiência
2023 2.389.337 2.822.585 35.736.079.744 42.768.692.742
2024 2.437.238 2.872.622 38.332.470.184 45.815.513.799
2025 2.488.389 2.920.673 40.429.946.333 48.161.248.442
2026 2.542.587 2.966.621 42.604.958.698 50.488.763.510
2027 2.599.769 3.010.470 44.888.727.441 52.828.224.785
2028 2.659.602 3.052.042 49.000.416.932 57.178.678.181
2029 2.721.448 3.091.452 52.730.482.779 60.932.258.855
2030 2.784.536 3.128.799 56.708.342.926 64.832.073.779
2031 2.848.461 3.163.821 60.942.347.625 68.879.858.563
2032 2.913.082 3.197.021 65.441.778.910 73.090.504.187
2033 2.978.051 3.228.004 70.194.830.496 77.435.170.628
2034 3.042.698 3.257.008 75.222.638.805 81.942.809.897
2035 3.106.308 3.284.033 80.516.772.255 86.612.125.009
2036 3.168.477 3.309.221 86.067.413.014 91.443.232.434
2037 3.228.992 3.332.699 91.868.386.838 96.435.180.800
2038 3.288.203 3.354.273 97.910.386.022 101.564.989.144
2039 3.347.534 3.373.946 104.254.920.457 106.859.944.688
2040 3.408.662 3.392.023 110.956.624.124 112.322.817.563
2041 3.472.516 3.408.027 118.071.010.070 117.929.696.666
2042 3.539.330 3.422.417 125.633.738.881 123.687.015.686
2043 3.609.066 3.434.768 133.679.303.816 129.581.120.403
2044 3.681.305 3.445.204 142.239.031.439 135.625.244.102
2045 3.755.412 3.453.766 151.319.428.176 141.816.993.688
2046 3.830.900 3.460.497 160.918.549.030 148.149.595.311
2047 3.907.475 3.465.327 171.035.974.669 154.608.716.838
2048 3.984.508 3.468.273 181.678.638.736 161.193.634.689
2049 4.060.633 3.469.340 192.848.740.150 167.925.065.362
2050 4.134.332 3.468.685 204.482.977.460 174.796.608.407
2051 4.204.577 3.466.388 216.514.606.762 181.799.075.608
2052 4.270.808 3.462.596 228.890.752.912 188.926.016.307
2053 4.332.578 3.457.143 241.587.408.297 196.170.360.066
2054 4.389.523 3.450.273 254.602.868.456 203.564.388.282
2055 4.441.401 3.441.900 267.892.677.481 211.085.536.264
2056 4.487.978 3.432.207 281.413.844.791 218.728.853.896
2057 4.528.891 3.421.344 295.107.526.432 226.482.997.153
2058 4.564.381 3.409.318 309.001.162.683 234.385.219.540
2059 4.595.787 3.396.171 323.139.673.762 242.442.782.187
2060 4.624.716 3.381.993 337.607.752.638 250.654.180.278

Fontes: Verificar item 3.2 desta Nota.

ANEXOS

Planilhas 1 a 4 - Projeções de Longo Prazo


Anexo IV
Metas Fiscais
IV.9 - Avaliação da Situação Financeira e Atuarial do Fundo de Amparo ao
Trabalhador – FAT
(Art. 4º, § 2º, inciso IV, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000)
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
Secretaria-Executiva
Secretaria de Gestão Corporativa
Diretoria de Gestão de Fundos
Coordenação-Geral de Recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador

Nota Técnica SEI nº 1190/2023/MTP

Processo SEI Nº 10080.100450/2023-15


Assunto: Avaliação Financeira do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT – PLDO/2024.

Senhor Diretor de Assuntos Fiscais,

SUMÁRIO EXECUTIVO
1. Trata a presente Nota da avaliação financeira do Fundo de Amparo ao Trabalhador –
FAT, em cumprimento ao disposto no art. 4º, § 2º, inciso IV, alínea “a”, da Lei Complementar nº
101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF), e ao estabelecido no § 2º do art.
4º da Resolução CODEFAT nº 440, de 02 de junho de 2005, para subsidiar a elaboração do Projeto
de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2024 – PLDO/2024.
2. A avaliação financeira do FAT está dividida em duas partes. A primeira apresenta o
desempenho econômico-financeiro do Fundo entre 2018 e 2022, com a apresentação das receitas,
despesas e resultados do Fundo, e evolução de seu Patrimônio, além de apresentar gráficos que
evidenciam os dados de execução do Fundo nos últimos dez anos, de 2013 a 2022. A segunda parte
apresenta as estimativas de receitas e despesas do FAT para os exercícios de 2023 a 2026 e o
Demonstrativo de Resultados do Fundo nos Conceitos Acima e Abaixo da Linha.
3. Ressalta-se que, considerando o vigente arcabouço legal, e alterações do art. 239 da
Constituição Federal (que, em relação à destinação do PIS/PASEP para ações previdenciárias,
necessita ser regulamentado), as projeções elaboradas apontam para novos desequilíbrios
financeiro nas contas do FAT dos exercícios de 2023 a 2026, com sinalização da necessidade de
adoção de medidas imediatas para aumentar os repasses de recursos da Contribuição PIS/PASEP no
exercício de 2023, e incrementar os repasses de recursos nos exercícios de 2025 e 2026, para
atendimento de pagamento de despesas obrigatórias do Fundo.
ANÁLISE
INTRODUÇÃO

4. O Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, fundo de natureza contábil e financeira,


instituído pela Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, é destinado ao custeio do Programa Seguro-
Desemprego, ao pagamento do abono salarial e ao financiamento de programas de educação
profissional e tecnológica, e de desenvolvimento econômico a cargo do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.

2
5. No âmbito do Programa do Seguro-Desemprego são desenvolvidas as ações integradas
de pagamento de benefícios do seguro-desemprego, de intermediação de mão de obra e de
qualificação profissional. Também são custeadas com recursos do FAT as ações de processamento
de dados para pagamento dos benefícios; Cadastro Geral de Empregados e Desempregados –
CAGED; Relação Anual de Informações Sociais - RAIS; emissão da Carteira de Trabalho e Previdência
Social – CTPS; Classificação Brasileira de Ocupações – CBO; estudos de avaliação, campanhas
educativas e informativas; gestão do FAT e de seu Conselho Deliberativo – CODEFAT; e manutenção
de parte das despesas das Superintendências e Agências que executam atividades na área Trabalho,
nas diversas Unidades da Federação.
6. Por determinação constitucional (art. 239 da Constituição Federal), o Fundo repassa 28%
da arrecadação da Contribuição PIS/PASEP ao BNDES, na forma de empréstimos, para financiar
programas de desenvolvimento econômico.
7. As disponibilidades financeiras do FAT são aplicadas em títulos de emissão do Tesouro
Nacional, disponíveis no âmbito do mercado financeiro, atrelados à taxa de juros doméstica, e em
depósitos especiais nas instituições financeiras oficiais federais, conforme estabelecido no art. 9º
da Lei nº 8.019, de 11 de abril de 1990, com redação dada pela Lei nº 8.352, de 28 de dezembro de
1991.
8. Os depósitos especiais são aplicações financeiras do FAT destinadas à concessão de
financiamentos no âmbito de programas de geração de emprego e renda, instituídos ou apoiados
pelo CODEFAT e constituem fontes de recursos de financiamentos para contratação de operações
de crédito, especialmente de empreendimentos de pequeno porte.
9. Passados os efeitos mais adversos da pandemia do Coronavírus Covid-19, o exercício de
2022 apresentou variações em diversos segmentos da economia, em face do surgimento de novas
adversidades, especialmente em razão do estabelecimento do estado de guerra entre Rússia e
Ucrânia, que provocou impactos sobre a economia global, tais como crise energética, relacionada a
combustíveis fósseis, e insegurança alimentar.
10. Mesmo diante das adversidades, com uma inflação anual de 5,9%, em parte fruto dos
elevados preços internacionais do petróleo, e com a elevação da taxa básica de juros, que encerrou
2022 com 13,75%, o Brasil apresentou resultado surpreendente de crescimento econômico em
2022, com registro de aumento de 2,9% no Produto Interno Bruto (PIB), próximo à média das
principais economias mundiais (G20), que cresceu 3,2%, segundo a Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Económico – OCDE.
11. Os resultados apresentados pelo FAT em 2022 indicam que as alocações de recursos do
Fundo geraram positivos resultados à sociedade brasileira, com a sustentação de parte da renda de
muitos trabalhadores que perderam empregos, por meio do pagamento de benefícios do seguro-
desemprego, e pela continuidade da política de distribuição de renda em face do pagamento do
abono salarial; além da disponibilização de recursos para financiamento do desenvolvimento
econômico, que muito contribuíram para geração e/ou manutenção de postos de trabalho.
I - DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO FAT

3
12. Ao longo dos anos, as receitas e despesas do Fundo têm apresentado crescimento,
especialmente as despesas com pagamento de benefícios do seguro-desemprego e do abono
salarial, em face do incremento do número de trabalhadores formais no mercado de trabalho; da
alta taxa de rotatividade de mão de obra; e dos sucessivos aumentos reais do salário mínimo.
13. Nos últimos cinco anos, entre 2018 e 2022, as receitas do FAT apresentaram variação ao
longo do período, com receita média anual de R$ 75,7 bilhões.
14. Nesse período, as receitas do FAT foram constituídas do produto da arrecadação da
Contribuição PIS/PASEP, que representaram 74,03% do total realizado; das receitas financeiras,
com comparticipação de 24,71%; de recursos do Tesouro Nacional (0,71%), e de outras receitas
(multas, restituições, cota-parte de contribuição sindical), com participação de 0,55% da soma das
receitas anuais.
Quadro 1 - Receitas, Obrigações e Resultados do FAT R$ milhões (*)
Var. % Part. %
EXERCÍCIOS 2018 2019 2020 2021 2022
2022/2021 2022
RECEITAS
1. Receita da Contribuição PIS/PASEP 45.176,9 47.999,0 60.911,6 64.392,9 61.613,6 -4,32% 67,45%
2. Receitas Financeiras 18.467,6 18.050,5 13.866,3 15.993,5 27.100,1 69,44% 29,67%
3. Recursos do Tesouro Nacional 31,6 35,4 4,8 303,4 2.326,2 666,76% 2,55%
4. Outras Receitas 750,2 419,3 208,4 412,3 301,9 -26,79% 0,33%
TOTAL DAS RECEITAS (A) 64.426,3 66.504,1 74.991,2 81.102,2 91.341,8 12,63% 100,00%
OBRIGAÇÕES
1. Seguro-Desemprego - Benefício 36.288,6 37.389,0 40.079,1 36.229,5 42.111,7 16,24% 46,65%
2. Abono Salarial - Benefício 17.338,3 17.522,6 19.259,0 10.158,3 24.008,6 136,35% 26,59%
3. Qualificação Profissional 8,1 2,5 16,9 6,9 19,8 186,80% 0,02%
4. Intermediação de Emprego 40,1 38,4 29,6 16,6 8,5 -48,63% 0,01%
5. Outras Despesas 493,9 427,4 331,4 207,1 285,1 37,65% 0,32%
DESPESAS CORRENTES (B) 54.169,0 55.379,9 59.716,0 46.618,4 66.433,8 42,51% 73,59%
RESULTADO ECONÔMICO (A - B) 10.257,4 11.124,2 15.275,2 34.483,8 24.908,0 -27,77% 27,59%
6. Empréstimos ao BNDES ( C) 18.055,0 18.761,6 17.292,8 19.883,1 23.847,1 19,94% 26,41%
TOTAL DAS OBRIGAÇÕES ( D = B + C) 72.224,0 74.141,6 77.008,8 66.501,5 90.280,9 35,76% 100,00%
RESULTADO NOMINAL(A - D) (7.797,6) (7.637,5) (2.017,6) 14.600,7 1.060,9 -92,73%
(*) Valores Nominais – Fonte SIAFI (UO 40901 – FAT)
Obs.: Receitas e despesas registrados de acordo com a Lei nº 4.320/1964.

15. No exercício de 2022, as receitas do FAT aumentaram 12,63%, com destaque para o
incremento de 69,44% nas receitas financeiras. A receita da Contribuição PIS/PASEP, principal fonte
de recursos do FAT, registrou queda de 4,32%, em razão do não ingresso no FAT de parte de sua
receita orçamentária de Contribuição PIS/PASEP, no montante de R$ 17,6 bilhões, cujo valor foi
destinado ao Fundo do Regime Geral da Previdência Social, repassado pela Setorial Financeira do
Ministério do Trabalho e Previdência.
16. As receitas financeiras do FAT são resultantes das aplicações de seus ativos nas
instituições financeiras oficiais federais, que recolhem ao Fundo remunerações relativas aos
empréstimos ao BNDES (FAT Constitucional); aos depósitos especiais; e aos recursos aplicados no
mercado financeiro, em fundos extramercado, que, em face do aumento das taxas de juros da
economia, geraram expressivos ganhos financeiros. Em 2022, essas receitas registraram aumento

4
de R$ 11,1 bilhões, em relação ao ano anterior, com destaque para o crescimento nas receitas
provenientes dos juros do FAT Constitucional e das remunerações das aplicações no mercado
financeiro, que somaram R$ 21,38 bilhões e R$ 4,97 bilhões, respectivamente.
17. De outro giro, entre 2018 e 2022, 99,49% das despesas do Fundo foram executadas no
âmbito de três ações orçamentárias: pagamento dos benefícios do seguro-desemprego, do abono
salarial, e empréstimos ao BNDES, que representaram, respectivamente, 50,53% 23,22% e 25,74%
do total das despesas.
18. Em 2022, das despesas do Fundo, 73,24% foram constituídas de gastos com pagamento
dos benefícios do seguro-desemprego e do abono salarial, no montante de R$ 66,1 bilhões, com
aumento de 42,54% em relação ao exercício de 2021, em razão do aumento nos gastos com
pagamento de benefícios do seguro-desemprego e do abono salarial.
19. No caso do abono, em 2022, ocorreu o pagamento integral aos trabalhadores que
exerceram atividade formal remunerada no exercício de 2020 (ano-base 2020), diferente do
ocorrido no exercício de 2021, quando foi pago apenas a segunda metade do ano base de 2019. Por
necessidade de adequações nos controles de identificação, com ampliação de batimentos de base
de dados para identificação de beneficiários, e razão da incorporação da governança pelo Ministério
do Trabalho e Previdência, quanto ao processo de identificação dos beneficiários, o pagamento do
ano base 2021 está sendo realizado em 2023, a ser concluído no mês de julho do exercício corrente.
20. Em relação às políticas ativas de qualificação profissional e de intermediação de mão de
obra, com média de gastos de R$ 37,5 milhões nos últimos cinco anos, em 2022 foram empenhados
R$ 28,4 milhões, cujo valor representa 0,04% das despesas correntes do FAT (R$ 66,1 bilhões).
21. As despesas de capital, relativas aos repasses ao BNDES para financiamento de
programas de desenvolvimento econômico, apresentaram incremento de 19,94 % em relação a
2021, como resultado direto do crescimento da arrecadação PIS/PASEP, calculado sobre o total da
arrecadação vinculada (cerca de R$ 79,2 bilhões), sem considerar o desconto de R$ 17,6 bilhões
repassados para custeio de ações previdenciárias.
22. Em uma análise mais ampla, nos últimos 10 anos, entre 2013 a 2022, as receitas do FAT
representaram média de 1,02% do PIB e as despesas média de 1,04%. As despesas com pagamentos
de benefícios do seguro-desemprego e abono salarial corresponderam, em média, 0,78% do PIB e
as despesas de capital (empréstimos ao BNDES) 0,26%.

Gráfico 1 - Receitas e Despesas do FAT em Relação ao PIB Nominal

5
Receitas/PIB Despesas/PIB (SD+AS) / PIB SD / PIB BNDES / PIB

1,20% 1,20%
1,16%
1,21% 1,10% 1,08%
1,14% 1,03% 1,01%
1,00%
1,09% 1,10%
1,01% 0,91% 0,91%
0,99%
0,92% 0,90% 0,92%
0,90% 0,89%
0,87% 0,75%
0,80% 0,82%
0,77% 0,78%
0,74%
0,67%
0,63% 0,52%
0,62% 0,60%
0,60% 0,58%
0,52% 0,53%
0,51%

0,41% 0,42%

0,32%
0,29% 0,28%
0,26% 0,25% 0,26% 0,25% 0,24%
0,23% 0,22%
0,1%
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fontes: SIAFI e IBGE

23. Em relação às despesas com pagamento dos benefícios do seguro-desemprego, estas


foram impactadas pelo aumento do salário mínimo e do número médio de parcelas do pagamento
do benefício. Contudo, foi observada no período uma variação média negativa de 2,56% ao ano no
número de beneficiários, tendo como um dos principais fatores a redução na rotatividade de mão
de obra do mercado de trabalho.
Gráfico 2 -Beneficiários e Despesas do Seguro- Gráfico 3 - Beneficiários e Despesas do Abono
desemprego Salarial
50 30

42,1 25,9
40,1 24,8
40 38,1 37,7 38,0 37,4 23,0 22,7 23,0
36,0 36,3 36,2 22,4 22,3
21,3
31,9 24,0
20
30
19,3
18,3
Depesas do Seguro-Desemprego - bilhões 17,3 17,5 12,4
15,9 11,4 16,2
Beneficiários do Seguro-Desemprego - milhões 14,7
20

10
10,1 10,2
9,1 9,3
10 7,8 7,6 7,4 7,1 7,1 7,3 Despesas do Abono Salarial - bilhões
6,5 6,6
Beneficiários do Abono Salarial- milhões

0 0
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fontes: SIAFI e CGGB/SGB/SETRAB/MTE Fonte: SIAFI e CGGB/SGB/SETRAB/MTE

24. No mesmo período, as despesas com pagamento de benefícios do abono salarial foram
impactadas pelo aumento do número de trabalhadores formais na economia com rendimentos de
até dois salários mínimos, que passou de 49,9% do total de trabalhadores formais, para 51,1% entre
2013 e 2022, e pelo aumento no valor do salário mínimo, além da ampliação de 95% para 98,5% do
número de trabalhadores identificados que recebem o benefício.
25. Ressalta-se que nos exercícios de 2015 e 2021, em razão de mudanças no calendário de
pagamento do abono, somente cerca de 50% dos trabalhadores identificados receberam o
benefício no exercício ao ano base (trabalhado), o que resultou em menores valores de despesas
do abono nesses exercícios.

6
26. Apesar do aumento dos gastos com pagamento de benefícios, observa-se relativa
estabilidade entre o número de beneficiários do seguro-desemprego Formal em relação ao número
total de trabalhadores celetistas no final do exercício, com média de 5,9 milhões de beneficiários
entre 2018 e 2022, com leve recuperação em 2022, e um pequeno incremento no número de
beneficiários do abono salarial, considerando o pagamento de um ano calendário.
Gráfico 4 - Evolução do Mercado de Trabalho e beneficiários do seguro-desemprego e do abono salarial
70
Total (Celetistas + Estatutários)
mihões

Total Trab. Celetistas


Beneficiários SD - Formal
Beneficiários Abono Salarial
49,6 50,3
48,9 48,1 48,7
46,1 46,3 46,6 46,7 46,2

40,6 41,6
40,0 39,2 40,3
37,5 37,3 37,8 38,2 37,9

35

25,9
24,8
22,4 23,0 22,7 23,0 22,3
21,3

11,4 12,4

8,3 8,4 7,6 7,0 6,5 6,2 6,2 6,1 5,3 5,6
0
ano 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: CGEET/SEET/SE/MTE e CGGB/SGB/SETRAB/MTE (em 2022, nº total de trabalhadores estimados pelo


DGF/SETRAB/MTE)

27. Por determinação Constitucional, o FAT repassa ao BNDES parte da receita da


arrecadação PIS/PASEP. Em 31 de dezembro de 2022, o saldo dos recursos emprestados ao Banco,
somou R$ 366,9 bilhões, sendo R$ 306,4 bilhões em recursos aplicados em operações de crédito,
sem contar os juros.
Quadro 2 - Recursos Ordinários do FAT Constitucional
Juros
FAT CONSTITUCIONAL Principal TOTAL %
Líquidos
Disponibilidades 55.024,4 2.765,1 57.789,5 15,8%
FAT TJLP 104.373,6 312,9 104.686,4 28,5%
FAT TLP 175.595,7 2.245,9 177.841,6 48,5%
FAT Cambial 26.450,3 91,7 26.542,0 7,2%
Total 361.443,9 5.415,7 366.859,6 100,0%
Fonte: BNDES

28. Dos recursos aplicados, excetuados os juros líquidos, R$ 306,4 bilhões estavam
distribuídos em diversos setores de atividade da economia e em todas as Unidades da Federação.
29. Entre os grandes setores da economia, os da infraestrutura, indústria de transformação
e comércio e serviços apresentaram as maiores participações, respectivamente, de 56,85% e

7
15,14%, e 14,48% do saldo dos recursos aplicados; seguidos pelos setores de agropecuária e pesca
(12,79%) e da indústria de extrativista (0,73%).
Quadro 3 - Recursos Ordinários do FAT Constitucional por Setor de Atividade
Posição 31/12/2022 Em R$ milhões
FAT
Setor de Atividade TJLP TLP Total Distr. %
Cambial
Infraestrutura 90.166,8 84.041,4 - 174.208,2 56,85%
Indústria de Transformação 1.803,6 20.129,3 24.469,0 46.402,0 15,14%
Comércio e Serviços 12.244,7 30.154,9 1.981,3 44.380,8 14,48%
Agropecuária e Pesca 156,2 39.039,3 - 39.195,5 12,79%
Indústria Extrativa 2,3 2.230,8 - 2.233,1 0,73%
Total 104.373,6 175.595,7 26.450,3 306.419,5 100,0%
Fonte: BNDES

30. A distribuição regional do saldo da carteira de recursos ordinários do FAT no BNDES e


sua comparação com o PIB regional, apurado em 2020 (IBGE), reflete a política afirmativa de
distribuição dos recursos do FAT Constitucional para o desenvolvimento regional. Embora a
participação do PIB da Região Sudeste seja de 51,9%, as aplicações do FAT Constitucional na região
representam 34,4%. Ressalta-se o percentual inversamente proporcional dos recursos aplicados na
Região Norte, que representam mais de duas vezes e meia sua participação no PIB nacional,
justificado pelos financiamentos de projetos de infraestrutura desenvolvidos naquela região.
Quadro 4 - Distribuição do saldo aplicado - FAT Constitucional, por Região Geográfica
Posição 31/12/2022 Em R$ milhões
FAT Distr. %
Região FAT TJLP FAT TLP Total Distr. %
Cambial PIB
Sudeste 26.748,1 53.850,9 24.879,6 105.478,6 34,4% 51,9%
Norte 34.008,5 19.098,4 - 53.106,8 17,3% 6,3%
Sul 7.219,9 43.584,5 1.570,7 52.375,1 17,1% 17,2%
Nordeste 17.563,5 23.298,3 - 40.861,8 13,3% 14,2%
Interregional 10.428,1 19.194,0 - 29.622,2 9,7% -
Centro-Oeste 8.405,5 16.569,5 - 24.975,0 8,2% 10,4%
Total 104.373,6 175.595,7 26.450,3 306.419,5 100,0% 100,0%
Fonte: BNDES

31. Dos saldos aplicados por parte de empresa, no final de 2022, 73,41% do saldo estavam
aplicados em financiamentos de grandes empresas e 19,87% em financiamento de micros,
pequenas e médias empresas, e 6,72% em projetos da administração pública direta.
Gráfico 5 - Distribuição do saldo aplicado por porte de empresa.
Posição 31/12/2022 Em R$ milhões
FAT
Modalidade TJLP TLP Total Distr. %
Cambial
Grande 81.392,6 117.169,3 26.387,6 224.949,5 73,41%
Média 2.823,3 27.207,9 60,0 30.091,2 9,82%
Adm Publica Direta 19.541,7 1.051,9 - 20.593,6 6,72%
Pequena 344,2 19.176,1 1,6 19.521,9 6,37%
Micro 271,8 10.990,5 1,1 11.263,4 3,68%
Total 104.373,6 175.595,7 26.450,3 306.419,5 100,0%
Fonte: BNDES

8
32. No exercício de 2022, o BNDES utilizou parte dos recursos provenientes de amortizações
de financiamentos realizados em exercícios anteriores e os aportes de repasses de recursos, no
montante de R$ 23,85 bilhões, para desembolsar R$ 54,76 bilhões em operações de crédito; 36,64%
superior aos R$ 40,08 bilhões desembolsados em 2021, e 10,57% superior ao desembolsado em
2020, distribuídos em diversos setores de atividades.
Gráfico 5 – Distribuição dos Desembolsos por Gráfico 6 – Distribuição dos Desembolsos por
Grandes Setores– 2021 e 2022 Porte de empresa– em 2022 (R$ mil e %)
Adm Publica
Bilhões 2021 Direta 2.161,4
30 2022 ; 3,9%
26,97 Grande ; 36.831,2 ;
Pequena ; 67,3%
25
4.340,9 ; 7,9%

20 18,14 Micro ; 1.973,2 ;


3,6%
15 13,53
12,40

10 7,61
6,08 6,58
Média ; 9.455,3
5 3,19 ; 17,3%
0,27 0,07
0
Infraestrutura Comércio e Indústria de Agropecuária e Industria Total R$ 54.762,1 milhões
Serviços Transformação Pesca Extrativista

Fonte: BNDES Fonte: BNDES

33. Considerando a mensuração de empregos realizada pelo BNDES, com utilização de


modelo de que utiliza a Matriz Insumo-Produto para a economia brasileira, de dados oficiais do
Sistema de Contas Nacionais do IBGE, a quantidade de postos de trabalho (empregos ou ocupações)
gerados ou mantidos durante a execução dos projetos financiados pelo BNDES com recursos do FAT
Constitucional, em relação ao volume dos desembolsos realizados em 2022, implicaram na geração
ou manutenção de 593,5 mil postos de trabalhos na fase de implantação dos investimentos
apoiados. Desse total, 348,2 mil foram gerados diretamente pelos empreendimentos financiados e
245,3 mil empregos gerados indiretamente ao longo das cadeias produtivas.
Gráfico 7 – Geração de Empregos com os desembolsos do FAT Constitucional
1.200.000
1.051.939
Empregos

969.178
1.000.000 944.494

816.311
800.000

593.487
600.000

400.000

200.000

-
2018 2019 2020 2021 2022
Efeito Direto 590.852 554.893 577.911 538.641 348.161
Efeito Indireto 461.087 389.601 391.267 277.670 245.326
TOTAL 1.051.939 944.494 969.178 816.311 593.487

Fonte: BNDES

34. No período de 2013 a 2022, as receitas do FAT apresentaram em vários exercícios valores
inferiores às despesas, que resultaram em déficits nominais, cobertos com parte do Patrimônio do
Fundo.

9
35. O Gráfico 8 – Receitas e Obrigações do FAT apresenta a relação entre as curvas de
receitas e despesas e evidencia os resultados de déficits e superávits que se revezam até o exercício
de 2017, com destaque para o déficit de R$ 10,4 bilhões registrado em 2013. Nos exercícios de 2018
e 2019 o FAT volta a apresentar déficits expressivos, em torno de R$ 7,7 bilhões por ano, voltando
a reduzir o déficit em 2020, para R$ 2,0 bilhões, e geração de superávit de R$ 14,6 bilhões em 2021,
em razão do aumento das receitas e redução das despesas do Fundo.
36. Em 2022, as receitas do Fundo foram suficientes para cobrir os valores empenhados no
exercício, tendo como resultado o superávit de R$ 1,06 bilhão, conforme evidenciado no quadro 1.
Gráfico 8 - Receitas e Obrigações do FAT

90,3
90,0
91,3
77,0
78,0 74,1 81,1
72,2 71,3 72,2
69,3
75,0 66,5
65,7 71,7 72,5
66,0
64,0 70,1
65,2 66,5
64,4

54,0
53,6 Total das Receitas

Total das Despesas


42,0

30,0
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
ano
Fonte: SIAFI

37. Desde sua criação, em 1990, o FAT vem cumprindo suas atribuições legais, pela
promoção do apoio financeiro para pagamento dos benefícios do seguro-desemprego e do abono
salarial, além de disponibilizar recursos para financiamento de programas de desenvolvimento
econômico e de geração de trabalho, emprego e renda, por meio das instituições financeiras oficiais
federais.
38. Em face da realização de receitas e execução de despesas ao longo de 32 anos, o FAT
constituiu um Ativo Patrimonial de R$ 455,18 bilhões, posição de 31 de dezembro de 2022, valor
esse 7,92% superior ao registrado em 2021, sendo a maior parte, 80,6%, constituído de
empréstimos ao BNDES.
39. Nos últimos cinco anos, o Patrimônio do FAT cresceu em média 9,24%, preponderando
a taxa de crescimento dos recursos emprestados ao BNDES (FAT Constitucional). Dos valores
registrados no Ativo Patrimonial do Fundo, 7,41%, no montante de R$ 33,72 bilhões, referem-se a
“Outros Valores”, com registro da maior parte, R$ 33,52 bilhões, relativos a créditos e títulos e
valores a receber, inscritos em créditos tributários a receber e em dívida ativa, relacionados à
Contribuição PIS/PASEP. Esses registros foram efetivados a partir de 2018, em atendimento à
recomendação contida no Acórdão nº 978/2018 – TCU – Plenário.

10
Quadro 6 - Evolução Patrimonial do FAT R$ milhões
% Análise % Análise
PATRIMÔNIO / ANO 2018 2019 2020 2021 2022
Horizontal Vertical

EXTRAMERCADO (a) 31.885,37 27.984,61 27.212,75 42.376,21 48.576,79 14,63% 10,67%


Carteira Fundo Extramercado 31.885,20 27.984,61 27.212,75 42.376,21 48.576,79 14,63% 10,67%
Recursos aplicados OBA 0,18 - - - - - 0,00%
EMPRÉSTIMOS AO BNDES (b) 262.281,80 282.530,06 307.807,30 340.713,93 366.859,58 7,67% 80,60%
DEPÓSITOS ESPECIAIS ( c) 14.091,05 10.297,34 9.100,47 7.406,50 6.023,47 -18,67% 1,32%
BNB 66,15 18,82 14,84 12,20 - -100,00% 0,00%
BB 4.285,11 2.466,60 1.903,49 753,03 459,91 -38,93% 0,10%
BNDES 9.677,52 7.809,57 7.181,87 6.641,26 5.563,56 -16,23% 1,22%
FINEP 56,53 - - - - - 0,00%
BASA 5,73 2,34 0,28 - - - 0,00%
Patrimônio Financeiro do FAT (a+b+c) 308.258,22 320.812,01 344.120,51 390.496,64 421.459,84 7,93% 92,59%

OUTROS VALORES (d) 27.840,96 28.791,87 31.550,72 31.291,78 33.716,68 7,75% 7,41%
IMOBILIZADO/INVESTIMENTOS 254,33 253,27 133,23 127,33 127,72 0,31% 0,03%
EM CAIXA e CRED. A RECEBER 2.839,60 2.542,68 1.881,87 1.487,74 3.486,54 134,35% 0,77%
DIVERSOS RESPONSÁVEIS 0,04 0,04 0,04 0,05 0,05 11,62% 0,00%
ADIANTAMENTOS CONCEDIDOS - 0,01 0,00 0,00 0,00 -98,58% 0,00%
ESTOQUE/INTANGÍVEL 65,23 69,57 70,53 70,42 70,91 0,71% 0,02%
TIT. VALORES + VP DIMINUTIVA 24.681,76 25.926,30 29.465,04 29.606,24 30.031,45 1,44% 6,60%
T O T A L (a+b+c+d) 336.099,18 349.603,88 375.671,23 421.788,42 455.176,52 7,92% 100,00%
Variação Patrimonial / ano 14,53% 4,02% 7,46% 12,28% 7,92%

Fonte SIAFI - Saldos de Final de Exercício

40. Nesse acórdão, o TCU recomendou que a contabilização dos créditos tributários e dívida
ativa relacionados às contribuições do PIS/PASEP fosse revista, de modo que os reflexos contábeis
estivessem evidenciados, respectivamente, no FAT. Sobre o assunto, atualmente os créditos do
PIS/PASEP são apropriados e evidenciados na contabilidade da Receita Federal do Brasil – RFB,
instituição responsável pela arrecadação dos referidos tributos, ao passo que os valores inscritos
em dívida ativa são evidenciados na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN, entidade que
tem por competência apurar a liquidez e certeza da dívida ativa da União de natureza tributária e
não tributária, inscrevendo-a para fins de cobrança, amigável ou judicial.
41. Em termos reais, a preços de dezembro de 2022 (IPCA), o Ativo Patrimonial do Fundo
apresentou crescimento médio anual de 1,86% entre os exercícios de 2013 e 2022, alcançando, no
encerramento do exercício de 2022 o Ativo Patrimonial 24,72% superior ao registrado no final do
exercício de 2013, evidenciado no Gráfico 9.

11
Gráfico 9 - Evolução do Ativo Patrimonial do FAT

Elaborado pela DGF/SETRAB/MTE, com base em dados do SIAFI

II – ESTIMATIVA DE RECEITAS E OBRIGAÇÕES DO FAT PARA OS EXERCÍCIOS DE 2023 a 2026

42. Durante os últimos dez anos, de 2013 a 2022, o FAT registrou taxa média anual de
crescimento de suas receitas nominais de 5,2%, sendo de 5,3% a taxa média de crescimento da
receita da Contribuição PIS/PASEP; e de 5,7% em suas obrigações (despesas correntes e de capital),
com destaque para os gastos com pagamento de benefícios do seguro-desemprego e do abono
salarial, que tiveram incremento médio anual de 6,4%. Nesse período, o FAT contabilizou R$ 715,3
bilhões em receitas; e R$ 722,7 bilhões em obrigações, sendo R$ 181,2 bilhões repassados ao
BNDES, como empréstimo, e R$ 536,9 bilhões relativos aos repasses para pagamentos de benefícios
do seguro-desemprego e abono salarial.
43. Para os exercícios de 2023 a 2026, considerando o vigente normativo legal e os
parâmetros utilizados nos cálculos das projeções, as estimativas apontam que as receitas do FAT
não serão suficientes para atendimento das projeções de suas obrigações legais, com geração de
desequilíbrio financeiro do Fundo.
44. Nas projeções de receitas e despesas a serem apresentadas não foram consideradas
possíveis mudanças na legislação vigente, especialmente quanto à política de desonerações
tributárias, à reforma tributária, e às alterações na legislação trabalhista, que podem gerar impactos
expressivos nas finanças do FAT.
45. Utilizando-se dos dados da grade de parâmetros, disponibilizados pela Secretaria de
Política Econômica do Ministério da Fazenda, projetou-se as receitas e despesas do FAT para os
exercícios de 2023 a 2026.

12
Quadro 7 - Parâmetros para Cálculo das Projeções das Receitas e despesas do FAT
Parâmetros 2023 2024 2025 2026
Taxa de inflação % (IPCA) 5,31 3,52 3,03 3,00
Taxa de Juros % - TJLP 7,47 7,23 6,69 6,16
Taxa de Juros % - TLP 8,81 7,02 6,53 6,50
Taxa SELIC % 13,48 11,08 9,44 8,76
Taxa Extramercado % 13,48 11,08 9,44 8,76
Salário Mínimo (R$) 1.302,00 1.389,00 1.435,00 1.481,00
Taxa de Cresc. do PIB % 1,61 2,34 2,76 2,42
Taxa Pop. Ocupada - Emp. Formal Privado 1,00 3,26 3,54 3,50
Fonte: Secretaria de Política Econômica/MF, de 10/03/2023, exceto quanto as taxas TLP e Extramercado
estimadas pelo DGF/SETRAB/MTE.

46. As projeções foram elaboradas considerando os atuais normativos legais para


pagamentos de benefícios e os efeitos da aprovação da Emenda Constitucional nº 103, de 12 de
novembro de 2019, que retirou a aplicação da Desvinculação de Receitas da União das contribuições
sociais destinadas ao custeio da seguridade social, dentre as quais a arrecadação da Contribuição
PIS/PASEP. Contudo, a mesma medida ampliou a destinação dos recursos da Contribuição
PIS/PASEP, que, na forma da Lei, também podem financiar ações da previdência social.
47. Com a medida, o FAT registrou expressivo superávit em 2021. Porém, a partir de 2022,
com a destinação de R$ 17,6 bilhões da arrecadação da Contribuição PIS/PASEP para ações
previdenciárias, o Fundo registrou equilíbrio em suas contas.
48. Como resultado das alterações legais ocorridas no exercício de 2019, que impactaram
positivamente nas receitas do FAT, e considerando as estimativas de gastos com o programa seguro-
desemprego e abono salarial e os repasses obrigatórios ao BNDES, além do montante previsto na
LOA/2023, de repasses de R$ 22,7 bilhões de recursos da Contribuição PIS/PASEP para gastos
previdenciários, ceteris paribus, as projeções indicam que em 2023 as receitas do Fundo alcancem
o montante de R$ 85,55 bilhões e suas obrigações cheguem a R$ 90,66 bilhões, com a geração de
resultado nominal deficitário de R$ 5,10 bilhões.
49. Para os exercícios de 2023 a 2026, as estimativas indicam que as receitas e as despesas
do FAT crescerão a uma taxa média anual de 7,94% e 10,01%, respectivamente, que resultarão em
déficit nominal de R$ 13,17 bilhões no período. As projeções apontam que a receita da arrecadação
da Contribuição PIS/PASEP, principal fonte do FAT, apresente crescimento nominal de 12,83% ao
ano, em face da expectativa de recuperação do crescimento da economia brasileira e da inflação
no período, e sem descontos da arrecadação PIS/PASEP para gastos previdenciários.
50. Para o exercício de 2023, os valores mensais da receita da Contribuição PIS/PASEP
realizados em 2022 foram atualizados, pro-rata mês, pelas taxas do PIB e IPCA projetadas,
devidamente ajustada pelos valores realizados até o segundo bimestre do mês de março de 2023.
Com base na estimativa da arrecadação de 2023, projetou-se as receitas da Contribuição PIS/PASEP
para os exercícios de 2024 a 2026, ajustadas pelas taxas de inflação (IPCA) e de crescimento da
economia (PIB), projetadas pela SPE/MF.

13
51. As projeções das receitas financeiras do FAT são apuradas com base nas movimentações
financeiras e nos saldos dos recursos do Fundo aplicados: i) em títulos públicos, negociados no
mercado financeiro, remunerados por taxa aplicáveis a carteiras adquiridas; ii) em depósitos
especiais, aplicados nas instituições financeiras oficiais federais; ii) nas contas suprimentos de
pagamento de benefícios do seguro-desemprego e do abono salarial; e iv) nos empréstimos de
recursos ao BNDES, relativos ao FAT Constitucional.
52. No caso dos empréstimos ao BNDES, os recursos disponíveis para desembolsos são
remunerados pela taxa SELIC. Quando aplicados em operações de crédito, os recursos são
remunerados, pro rata die, em três modalidades de aplicação: i) pela TJLP, de acordo com a Lei nº
9.365, de 16 de dezembro de 1996; ii) pela TLP, instituída pela Lei nº 13.483, de 21 de setembro de
2017, para financiamentos recepcionados e contratados a partir de 2018; e iii) por taxas de juros
internacionais: Taxa de Juros para Empréstimo e Financiamento do Mercado Interbancário de
Londres (Libor), ou pela Taxa de Juros dos Títulos do Tesouro dos Estados Unidos da América
(Treasury Bonds), ou, ainda, pela Taxa de Juros de oferta para empréstimos na moeda euro, no
mercado interbancário de Londres, informada pelo Banco Central do Brasil, ou taxa representativa
da remuneração média de títulos de governos de países da zona econômica do euro (Euro área yield
curve), quando aplicada em financiamentos de empreendimentos e projetos destinados à produção
e à comercialização de bens de reconhecida inserção no mercado internacional.
53. Os depósitos especiais são remunerados da mesma forma da remuneração dos
empréstimos ao BNDES, exceto quanto a remunerações por taxas internacionais.
54. Também são fontes de recursos do FAT: i) repasses de recursos da cota-parte da
contribuição sindical; ii) restituições de benefícios não desembolsados, que são valores repassados
às instituições financeiras e não utilizados para pagamento de benefícios do seguro-desemprego e
do abono salarial em exercícios anteriores, devolvidos ao FAT; e iii) outras receitas, tais como:
valores provenientes de aplicação de penalidades por infrações decorrentes do descumprimento
das normas relativas ao preenchimento e à entrega da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS,
pela inobservância das normas: do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, do
seguro desemprego e do abono salarial, do Contrato de Trabalho por Prazo Determinado, do Vale-
Pedágio, e multas, juros ou indenizações decorrentes de decisões do Poder Judiciário destinados ao
FAT, conforme disciplinado no Ato Declaratório Corat nº. 72, de 12 de agosto de 2004, da Secretaria
da Receita Federal do Brasil e outros recursos destinados ao FAT.
55. Para restituições de benefícios não desembolsados foi projetado o retorno de 0,3% dos
valores repassados no exercício anterior para pagamento de benefícios; e para as outras receitas,
tomou-se por base o montante arrecadado no exercício anterior ajustado anualmente pela taxa de
inflação (IPCA).
56. Em relação às despesas, estima-se que entre 2023 e 2026 o FAT execute R$ 446,7 bilhões
em obrigação, com média de R$ 111,7 bilhões por ano. Como despesas correntes, a média de
execução projetada está em R$ 87,55 bilhões; e no caso das despesas de capital, relativas aos
repasses ao BNDES, projeta-se que, no período, o FAT repasse ao Banco 28% da receita da
arrecadação PIS/PASEP, com média anual estimada de R$ 24,11 bilhões.

14
Quadro 8 - Receitas, Obrigações e Resultados do FAT – 2022 a 2026 R$ milhões
Valores Projetados
EXERCÍCIOS
2023 2024 2025 2026
Arrecadação da Contribuição PIS/PASEP 78.922,9 83.612,7 88.523,8 93.381,9
Dedução p/Gastos Previdenciários (22.705,7) 0,0 0,0 0,0
RECEITAS PATRIMONIAIS
1. Receita da Contribuição PIS/PASEP 56.217,2 83.612,7 88.523,8 93.381,9
2. Repasses do Tesouro Nacional 1.597,2 0,0 0,0 0,0
3. Restituição de Benef. não Desembolsados 425,6 203,8 225,7 286,1
4. Repasses da Contribuição Sindical 34,8 36,0 37,1 38,2
5. Outras Receitas 74,2 76,9 79,2 81,6
6. Receitas Financeiras 27.201,7 27.795,8 27.089,0 26.474,9
TOTAL DAS RECEITAS 85.550,8 111.725,2 115.954,9 120.262,7
OBRIGAÇÕES
1. Seguro-Desemprego - Benefício 43.558,5 47.330,0 50.542,7 54.459,5
2. Abono Salarial - Benefício 24.360,6 27.888,5 44.807,4 44.960,4
3. Atendimento ao Trabalhador - SINE 119,9 300,0 310,6 320,0
4. Qualificação Profissional 136,7 2.000,0 3.000,0 4.500,0
5. Outras Despesas 381,3 408,0 432,2 457,6
TOTAL DAS DESPESAS 68.556,9 77.926,5 99.092,8 104.697,5
RESULTADO ECONÔMICO 16.993,8 33.798,7 16.862,0 15.565,2
6. Empréstimos ao BNDES - Art.239/CF 22.098,4 23.411,6 24.786,7 26.146,9
TOTAL DAS OBRIGAÇÕES 90.655,3 101.338,1 123.879,5 130.844,5
RESULTADO NOMINAL (5.104,6) 10.387,1 (7.924,6) (10.581,8)
Elaborado pela DGF/SETRAB/MTE

Seguro-desemprego
57. O benefício do seguro-desemprego está previsto no art. 7º, inciso II, da Constituição
Federal, sendo um garantido aos trabalhadores urbanos e rurais em situação de desemprego
involuntário.
58. O benefício do seguro-desemprego foi regulamentado pela Lei nº 7.998, de 11 de janeiro
de 1990, que garante ao trabalhador assistência financeira temporária ao trabalhador
desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, e ao trabalhador
comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo.
59. Estão também estão incluídos para recebimento do benefício do seguro-desemprego os
trabalhadores que estiverem com o contrato de trabalho suspenso para a participação em curso ou
programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador, conforme Medida Provisória nº
2.164-41; os pescadores artesanais, conforme a Lei nº 10.779, de 2003, o empregado doméstico,
de acordo com a Lei Complementar nº 150, de 2015.
60. Para o cálculo das estimativas do seguro-desemprego – Formal em 2023, a projeção foi
realizada como base o estoque de emprego formal divulgado pela base de dados do Cadastro Geral
de Empregado e Desempregados – CAGED, que no final do exercício de 2022 somava 42,7 milhões
de trabalhadores, em face da estabilidade da informação ao longo do tempo e a sua disponibilização
mensal, possibilitando visão atualizada do cenário trabalhista. Para os anos seguintes, foi
considerado nas projeções o número de beneficiários, o estoque de trabalhadores do ano anterior
corrigido pela taxa de crescimento da população ocupada no setor formal da economia.

15
61. Assim, do estoque de trabalhadores celetistas, 12,65% dos trabalhadores receberão , em
média, 4,23 parcelas do seguro-desemprego de 1,27 salário mínimo.
62. Para a modalidade de seguro-desemprego Pescador Artesanal, dirigida ao pescador
profissional que exerça sua atividade de forma artesanal que teve que interromper a pesca devido
ao período de proibição da pesca para preservação da espécie (defeso), estima-se que o percentual
médio de crescimento para o período (2,84%), como base a quantidade de pescadores que
receberam o seguro-desemprego nessa modalidade no ano anterior, aplicando-se a taxa de
crescimento anual estimada para o benefício para os exercícios seguintes.
63. O valor da parcela fixado na Lei 10.779/2003 corresponde a um salário-mínimo e o
número de parcelas, a partir da Lei n° 13.134/2015, passou a variar entre 3 e 5. Com base no
movimento verificado no último exercício, estima-se que a quantidade média de parcelas a serem
pagas é de 3,87 por pescador beneficiado.
64. O benefício Bolsa de Qualificação Profissional destina-se a subvencionar trabalhadores
com contrato de trabalho suspenso, devidamente matriculado em curso ou programa de
qualificação profissional oferecido pelo empregador, conforme disposto em acordo ou convenção
coletiva que autorizou a suspensão.
65. Segundo informação da CGGB/SETRAB essa modalidade foi bastante procurada nos anos
de 2020 e 2021, como forma utilizada pelos empregadores e empregados para minimizar os efeitos
da diminuição da atividade econômica gerada pela Covid-19. Em razão disso, o número de
trabalhadores beneficiados pela modalidade apresentou expressivo aumento nesse período,
revertendo a tendência de queda verificada até 2019. Entretanto, após finalizado o exercício de
2022, verificou-se que a modalidade voltou a apresentar tendência de queda, inclusive seguindo
novamente a média de redução de 9,45% ao ano verificada desde 2015.
66. Assim, a estimativa de beneficiários dessa modalidade tem como base a quantidade de
trabalhadores atendidos no exercício anterior, aplicado a esse número a expectativa de redução
anual de 9,45%. Após a obtenção desse total, apura-se a despesa anual multiplicando-se o número
de trabalhadores estimado pela média do valor das parcelas pagas por trabalhador (1,45 salário
mínimo), pela quantidade de média de 3,79 parcelas por trabalhador.
67. No caso do seguro-desemprego – Trabalhador Doméstico, a CGGB/SETRAB tomou por
base o estoque de emprego doméstico disponibilizado pela Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua - PDNAD para cálculo da estimativa da quantidade de trabalhadores com direito
ao benefício disponibilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, cuja projeção
é uma proporção da base, apurada no exercício de 2022.
68. Em 2022, a relação entre segurados e estoque resultou no percentual de 11,12% sobre
o estoque de emprego doméstico, a ser, ano a ano, ajustado pela taxa de crescimento da população
ocupada no setor formal da economia, para apuração do número de beneficiários. Para obtenção
do resultado anual da projeção foi considerado o número de beneficiários projetado, multiplicado
por 3 parcelas de um salário mínimo.

16
69. O benefício do seguro-desemprego para o Trabalhador Resgatado decorre das ações de
fiscalização, em consequência da identificação de trabalhadores em condições análogas à de
trabalho escravo. Na projeção da despesa anual com pagamento desses benefícios, tomou-se por
base o número de beneficiários de 2022, a taxa média de variação do número de beneficiários entre
2021 e 2022 (7,98%) e o número de três parcelas de um salário mínimo pagos aos trabalhadores
resgatados.
70. Dessa forma, foram estimados os números de beneficiários do seguro-desemprego para
os exercícios de 2023 a 2026.
Quadro 9 - Projeções do número de beneficiários do seguro-desemprego – modalidades
Ano 2023 2024 2025 2026
PAGAMENTO DO SEGURO DESEMPREGO -
5.456.717 5.577.613 5.772.830 5.976.610
FORMAL
PAGAMENTO DO SEGURO DESEMPREGO -
870.624 837.149 860.924 865.229
PESCADOR ARTESANAL
BOLSA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA
31.825 35.300 31.964 28.943
TRABALHADOR COM CONTR. TRAB. SUSPENSO
PAGAMENTO DO SEGURO DESEMPREGO -
208.314 224.358 232.210 384.265
EMPREGADO DOMÉSTICO
PAGAMENTO DO SEGURO DESEMPREGO -
2.297 2.579 2.785 2.799
TRABALHADOR RESGATADO
TOTAL 6.569.777 6.676.999 6.900.713 7.257.846
Fonte: CGGB/ DGB/SETRAB/MTE

71. Assim, com base na projeção do número de beneficiários e demais paramentos


apresentados, chegou-se às projeções de pagamentos de benefícios do seguro-desemprego para os
exercícios de 2023 a 2026, distribuídos conforme apresentado no quadro 10:
Quadro 10 - Projeções do pagamento dos beneficiários do seguro-desemprego R$1,00
SEGURO-DESMPREGO 2023 2024 2025 2026

PAGAMENTO DO SEGURO DESEMPREGO - FORMAL 38.120.367.373 41.614.104.340 44.497.159.897 47.544.576.409


PAGAMENTO DO SEGURO DESEMPREGO - PESCADOR
ARTESANAL
4.386.611.313 4.500.035.849 4.781.098.388 4.959.034.057
PAGAMENTO DO SEGURO DESEMPREGO - EMPREGADO
813.653.107 934.899.786 999.664.050 1.707.289.395
DOMÉSTICO
BOLSA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA
TRABALHADOR COM CONTR. TRAB. SUSPENSO
228.913.841 270.171.269 252.740.730 236.189.624
PAGAMENTO DO SEGURO DESEMPREGO - TRABALHADOR
RESGATADO
8.969.735 10.746.693 11.989.425 12.435.957

Valor Total (R$) 43.558.515.369 47.329.957.937 50.542.652.490 54.459.525.442

Fonte: CGGB/ DGB/SETRAB/MTE

72. Estima-se que para cada Real de aumento no salário mínimo de 2023 incremente a
despesa do seguro-desemprego em R$ 33,45 milhões.
Abono Salarial
73. O Abono Salarial é um direito assegurado constitucionalmente e concedido aos
trabalhadores que recebem, em média, até dois salários mínimos por mês e exerceram atividade
remunerada em pelo menos 30 dias no ano-base. A previsão legal para o pagamento do Abono está
contida no art. 239, § 3º, da Constituição da República de 1988.

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74. O valor devido a cada trabalhador elegível é calculado na proporção de um doze avos do
valor do salário mínimo vigente na data do respectivo pagamento, multiplicando pelo número de
meses trabalhados no ano correspondente, conforme disposto no § 2º do art. 9º da Lei nº
7.998/1990, com redação dada pela Lei nº 13.134/2015.
75. O número de trabalhadores beneficiários do abono salarial foi estimado a partir do
estoque de emprego obtido pela base de dados da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS e
do eSocial, referente ao ano de 2021. As projeções dos beneficiários para os exercícios de 2023 a
2026 foram elaboradas com base no estoque de trabalhadores formais, ajustado pela taxa de
crescimento de crescimento da população ocupada com emprego formal no setor privado. A
proporção de beneficiários em relação ao estoque de emprego tem se mostrado o parâmetro mais
indicado para a estimativa de beneficiários, em razão da maior estabilidade do indicador ao longo
da série histórica, em relação a outros parâmetros.
76. Ao número de identificados em cada exercício é aplicada a taxa de cobertura média do
benefício para estimar o quantitativo de beneficiários previstos, pois, historicamente, há diferença
no número de identificados em relação ao número de trabalhadores que efetivamente recebem o
benefício. Após encontrar o possível quantitativo de trabalhadores beneficiários do abono salarial,
passou-se à estimativa do valor a ser desembolsado.
Quadro 11 - Projeções do número de beneficiários do abono salarial
Identificados Projeção de
Estoque da
Identificados na na RAIS - Beneficiados -
Ano RAIS
RAIS (54,09%) Ajuste de um 98,4% dos
(ano base)
ano base Identificados
2021 48.728.871
2022 50.297.941
2023 52.058.369 26.357.446 - 25.935.727
2024 53.896.029 27.206.156 - 26.770.858
2025 55.820.117 28.158.372 14.576.181 42.050.800
2026 29.152.362 14.576.181 43.028.886
Fonte: CGGB/ DGB/SETRAB/MTE

77. Para os cálculos dos valores projetados para pagamento do benefício nos exercícios de
2023 a 2026 foi considerado que 54,09% dos identificados na RAIS são os elegíveis para receber o
benefício. Porém, se estima que 98,4% dos identificados serão beneficiados.
78. A projeção da quantidade de beneficiários multiplicada pelo valor médio das parcelas a
serem pagas, correspondente a 75% do salário mínimo, resultou na projeção do pagamento do
benefício do abono no período. Para o exercício de 2025 é projetado o pagamento para os
beneficiários do ano base de 2023 e metade dos beneficiários do ano base de 2024. No exercício de
2026, projeta-se o pagamento da outra metade dos beneficiários do ano base de 2024 e o
pagamento dos beneficiários do ano base de 2025, cumprindo-se, dessa forma, a determinação do
TCU e a recomendação da CGU de “realização dos empenhos do exercício corrente com base no
processo de apuração da RAIS relativa ao exercício anterior”.

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79. Ao avaliar o processo de auditoria financeira realizada com o objetivo de emitir
conclusão sobre os demonstrativos contábeis do Fundo do Regime Geral de Previdência Social
(FRGPS) e do FAT, referentes ao exercício de 2016, o Tribunal de Contas da União – TCU aprovou o
Acórdão nº 2455/2017 – TCU – Plenário, de 08 de novembro de 2017, com a seguinte determinação:
“9.2.2.1. reconheça a despesa patrimonial com abono salarial, de modo que o registro contábil
coincida com o fato gerador da despesa, que é o ano-base do direito adquirido, em obediência ao
que preceitua o inciso II, art. 50, da Lei de Responsabilidade Fiscal (item II.2.1.1)”.
80. Nos relatórios de Auditoria das contas do FAT dos exercícios de 2020 e 2021, a CGU
apontou a necessidade de execução orçamentária das despesas do abono salarial, a ser registrada
pelo regime de competência quando identificada a despesa, com o devido empenho.
81. Assim, tendo em vista os apontamentos dos órgãos de controle, espera-se que no
exercício de 2025 seja possível identificar os beneficiários do abono salarial do ano base do exercício
anterior, criando-se a possibilidade da recuperação do pagamento dos benefícios no ano seguinte
ao ano trabalhado, em um processo de recuperação do pagamento de um ano base.
82. Estima-se que no exercício de 2024 seja necessário para pagamento do abono salarial o
montante de R$ 27,9 bilhões. Estima-se que, em exercício de 2023, o aumento de um Real no valor
do salário mínimo acresça a despesa do abono em R$ 18,7 milhões.
83. Para a ação de Gestão do Sistema Nacional de Emprego – SINE, cujos recursos são
destinados essencialmente à transferência de recursos fundo a fundo a Governos Estaduais e a
Prefeituras Municipais, os quais são os operadores da política de intermediação de mão de obra, a
projeção para 2024 foi estimada em R$ 300,0 milhões, em face da necessidade de reestruturação
do sistema, e para os exercícios de 2025 e 2026, o valor do exercício anterior foi sucessivamente
corrigido pelo IPCA. Para o exercício de 2023 foi considerado o valor de R$ 119,9 milhões, fixado na
LOA/2023.
84. Nas estimativas de gastos com as ações de qualificação profissional foram projetados
valores considerando novos programas a serem apoiados pelo Ministério do Trabalho e Emprego,
com vista a contribuir para ampliação do processo de aumento de produtividade da economia e do
incremento no tempo de manutenção do trabalhador em posto de trabalho. Para o exercício de
2022 foi considerado o valor estabelecido na LOA/2023, de R$ 136,7 milhões, e para os exercícios
de 2024 a 2026, com a perspectiva de implementação de novos projetos, estima-se em 2024 o
orçamento de R$ 2,0 bilhões; valor este sucessivamente aumentado em 1,5 vezes ao valor do
exercício anterior, para os exercícios de 2025 e 2026.
85. Para Outras Despesas, relacionadas a: gastos com a manutenção dos programas (ações
de apoio ao pagamento dos benefícios do seguro-desemprego e do abono salarial), Pesquisas sobre
Emprego e Desemprego – PED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, Relação
Anual de Informações Sociais – RAIS, continuidade da implementação do sistema informatizado de
emissão da Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, confecção e distribuição da CTPS,
melhoria do atendimento ao trabalhador e orientações trabalhistas, estudos de avaliação,
campanhas educativas e informativas, gestão do FAT e do CODEFAT e manutenção das unidades
regionais da Secretarias de Trabalho nas Unidades da Federação, foi estimado para o exercício de

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2023 o valor aprovado na LOA/2023. Para o exercício de 2024 a 2026, o valor do exercício anterior
foi corrigido pela taxa inflação (IPCA) e pela taxa de crescimento da economia (PIB) do exercício
anterior.
RESULTADOS DO FAT NOS CONCEITOS ACIMA e ABAIXO DA LINHA
86. O quadro seguinte apresenta os resultados do FAT segundo os conceitos “acima da
linha” e “abaixo da linha” onde se evidencia que, entre os exercícios de 2023 e 2026, as receitas do
Fundo não serão suficientes para cumprir todas as suas obrigações, exceto em relação ao exercício
de 2024, que apresenta resultado superavitário, no conceito “acima da linha”.
Quadro 12- Demonstração de resultados no conceito acima e abaixo da linha estimada para os
exercícios de 2023 a 2026 R$ milhões
2023 2024 2025 2026
RECEITAS
Projetadas
I. Acima da Linha 56.751,85 83.929,40 88.865,82 93.787,78
Contribuição PIS/PASEP 56.217,19 83.612,74 88.523,85 93.381,93
Cota-Parte da Contribuição Sindical 34,81 36,03 37,13 38,24
Multas e Juros devidas ao FAT 47,98 49,67 51,17 52,71
Restituição de Benef. do Seg.Desemp. e Abono 425,60 203,76 225,66 286,05
Outras Receitas Patrimoniais 0,96 1,00 1,03 1,06
II. Abaixo da Linha 27.201,75 27.795,80 27.089,04 26.474,94
Remuneração de Aplicações no Extramercado 6.264,07 3.913,73 2.796,31 1.537,83
Remuneração de Depósitos Especiais 906,22 1.398,10 1.756,00 2.135,60
Remuneração de Recursos Não Desembolsados 164,79 150,04 161,95 156,84
Remuneração s/ Repasse para BNDES 19.866,67 22.333,94 22.374,78 22.644,67
TOTAL 83.953,60 111.725,20 115.954,86 120.262,72
2023 2024 2025 2026
DESPESAS
Projetadas

III. Acima da Linha 68.556,94 77.926,49 99.092,82 104.697,55


Seguro-Desemprego - Benefício 43.558,52 47.329,96 50.542,65 54.459,53
Abono Salarial - Benefício 24.360,59 27.888,54 44.807,37 44.960,42
Qualificação Profissional 136,66 2.000,00 3.000,00 4.500,00
Atendimento ao Trabalhador 119,89 300,00 310,56 319,97
Outros Despesas 381,28 408,00 432,24 457,63
IV. Abaixo da Linha 22.098,40 23.411,57 24.786,68 26.146,94
Emprestimos ao BNDES 22.098,40 23.411,57 24.786,68 26.146,94
TOTAL 90.655,34 101.338,06 123.879,50 130.844,49
RESULTADO ACIMA DA LINHA ( I - III ) (11.805,09) 6.002,90 (10.227,00) (10.909,77)
RESULTADO ABAIXO DA LINHA ( II - IV ) 5.103,35 4.384,23 2.302,36 328,00
Elaborado pelo DGF/SETRAB/MTE

87. Na análise do conceito “abaixo da linha”, as receitas financeiras do FAT registram valores
maiores que as despesas financeiras, relativas à despesa de capital – repasses ao BNDES, que são
empréstimos do FAT ao Banco. Nesse contexto, as projeções apontam o valor de R$ 3,0 bilhões
como resultado médio anual do superávit do FAT entre os exercícios de 2023 e 2026.
CONCLUSÃO
88. Desde sua criação, o FAT vem cumprindo suas atribuições constitucionais com resultados
econômicos superavitários, com impactos no Patrimônio Total do Fundo, que, ao final de 2022,
chegou ao montante de R$ 455,2 bilhões.

20
89. Nos exercícios de 2020, a crise sanitária do coronavírus Covid-19 trouxe graves impactos
sobre a economia nacional e consequências financeiras sobre as finanças do FAT, que, mesmo
diante do aumento de receitas, como resultado da aprovação da Emenda Constitucional nº 103, de
2019, o aumento nas despesas do Fundo gerou déficit em suas contas anuais. Em 2021, em função
das ações de combate aos efeitos da crise sanitária, a economia apresentou crescimento de 4,6%
no PIB, e em 2022, incremento de 2,9%, com reflexos sobre as receitas do Fundo, que contribuiu
para apresentação de resultados superavitários nas contas do Fundo.
90. Para o exercício de 2023, as projeções apontam para a necessidade de aumento nos
repasses de recursos da arrecadação PIS/PASEP para o FAT, no valor de R$ 5,1 bilhões, para
atendimento de suas obrigações e equilíbrio financeiro do Fundo no exercício.
91. Para o exercício de 2024, estima-se que o FAT execute despesas no valor de R$ 101,3
bilhões, sendo R$ 23,4 bilhões como despesas de capital (repasses ao BNDES) destinado a
programas de desenvolvimento econômico; R$ 75,2 bilhões como despesas de pagamento de
benefícios do seguro-desemprego e do abono salarial, e R$ 2,7 bilhões destinado a outras despesas
do Fundo, que custeiam diversas ações financiadas com recursos do Fundo, tais como as de
qualificação mão de obra, intermediação de emprego, carteira de trabalho, fomento à inclusão
produtiva, estudos e pesquisas, e manutenção de sistemas de informática e processamento de
dados, em apoio operacional ao pagamento de benefícios e a sistemas de informações.
92. Ressalta-se que, diante das propostas de alterações legislativas em análise no Congresso
Nacional, especialmente a relacionada à reforma tributária, são necessárias ações governamentais
para alertar a todos os atores envolvidos no processo de mudança legislativa, sobre a necessidade
da manutenção de fontes de receitas do FAT para sustentação de suas obrigações constitucionais
de custeio do Programa Seguro-Desemprego; do pagamento do abono salarial, de programas de
educação profissional e tecnológica, e de destinar recursos para financiamento de desenvolvimento
econômico; bem como de possibilitar as condições para a manutenção do equilíbrio financeiro do
Fundo.

Documento Assinado eletronicamente


MÁRCIO LEÃO COELHO
Diretor

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Anexo IV
Metas Fiscais
IV.10 - Renúncia de Receita Administrada pela RFB e Previdência
Ano: 2024
(Art. 4o, § 2o, inciso V, da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000)
QUADRO I
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA - REGIONALIZADO
(VALORES NOMINAIS)
UNIDADE: R$ 1,00
FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL
Administração 1.985.956 7.385.010 95.231.730 222.133.929 18.726.950 345.463.575
Agricultura 6.585.356.868 7.049.790.322 13.296.929.381 22.547.294.746 14.714.221.710 64.193.593.027
Assistência Social 804.064.061 3.666.471.369 2.996.156.103 17.159.347.180 5.013.778.322 29.639.817.036
Ciência e Tecnologia 2.072.854.388 605.871.989 312.452.320 12.840.731.689 3.565.717.172 19.397.627.558
Comércio e Serviço 23.628.232.180 15.217.923.008 9.122.152.334 57.371.454.667 22.574.179.421 127.913.941.609
Comunicações 2.808.401 3.862.869 3.803.561 7.602.067 2.889.182 20.966.081
Cultura 88.699.034 305.057.431 94.969.718 3.478.537.847 502.336.508 4.469.600.536
Defesa Nacional 0 0 0 55.320.476 2.758.458 58.078.935
Desporto e Lazer 182.255.680 416.012.730 299.708.866 2.382.999.527 646.020.514 3.926.997.317
Direitos da Cidadania 51.669.279 111.653.869 96.823.449 1.180.300.690 349.900.654 1.790.347.940
Educação 705.541.600 2.739.234.517 1.399.381.917 9.806.132.809 3.355.610.411 18.005.901.253
Encargos Especiais 0 0 0 0 0 0
Energia 89.116.228 705.530.752 115.118.913 1.605.812.028 386.594.488 2.902.172.410
Essencial à Justiça 0 0 0 0 0 0
Gestão Ambiental 8.094.358 15.734.010 13.163.084 210.522.925 70.012.135 317.526.513
Habitação 641.788.549 2.158.797.149 1.600.466.147 12.042.503.484 3.351.659.530 19.795.214.860
Indústria 17.908.862.714 16.585.364.672 2.907.294.772 11.248.616.646 4.284.902.652 52.935.041.456
Judiciária 0 0 0 0 0 0
Legislativa 0 0 0 0 0 0
Não definida 105.151.478 601.350.024 436.327.520 4.836.211.602 1.218.214.902 7.197.255.527
Organização Agrária 3.083.064 29.912.801 1.103.939 9.940.550 16.041.289 60.081.643
Relações Exteriores 0 0 0 0 0 0
Saneamento 4.696.018 2.294.286 6.121.739 25.217.439 11.086.762 49.416.245
Saúde 2.381.673.759 8.039.193.767 9.720.352.902 48.171.136.392 9.292.728.507 77.605.085.327
Segurança Pública 0 0 0 0 0 0
Trabalho 1.501.578.114 6.408.858.251 4.539.381.538 26.500.799.509 7.905.209.016 46.855.826.428
Transporte 251.816.308 798.564.875 425.134.506 6.758.983.266 435.876.991 8.670.375.947
Urbanismo 0 0 0 0 0 0

TOTAL 57.019.328.039 65.468.863.700 47.482.074.440 238.461.599.470 77.718.465.574 486.150.331.224

ARRECADAÇÃO* 67.264.122.200 193.068.629.884 290.190.172.953 1.638.075.365.350 395.089.129.679 2.583.687.420.067


*Exceto CPSS
QUADRO II
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA - REGIONALIZADO
(RAZÕES PERCENTUAIS)
UNIDADE: %
FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL
Administração 0,57 2,14 27,57 64,30 5,42 100,00
Agricultura 10,26 10,98 20,71 35,12 22,92 100,00
Assistência Social 2,71 12,37 10,11 57,89 16,92 100,00
Ciência e Tecnologia 10,69 3,12 1,61 66,20 18,38 100,00
Comércio e Serviço 18,47 11,90 7,13 44,85 17,65 100,00
Comunicações 13,39 18,42 18,14 36,26 13,78 100,00
Cultura 1,98 6,83 2,12 77,83 11,24 100,00
Defesa Nacional 0,00 0,00 0,00 95,25 4,75 100,00
Desporto e Lazer 4,64 10,59 7,63 60,68 16,45 100,00
Direitos da Cidadania 2,89 6,24 5,41 65,93 19,54 100,00
Educação 3,92 15,21 7,77 54,46 18,64 100,00
Encargos Especiais - - - - - -
Energia 3,07 24,31 3,97 55,33 13,32 100,00
Essencial à Justiça - - - - - -
Gestão Ambiental 2,55 4,96 4,15 66,30 22,05 100,00
Habitação 3,24 10,91 8,09 60,84 16,93 100,00
Indústria 33,83 31,33 5,49 21,25 8,09 100,00
Judiciária - - - - - -
Legislativa - - - - - -
Não definida 1,46 8,36 6,06 67,20 16,93 100,00
Organização Agrária 5,13 49,79 1,84 16,55 26,70 100,00
Relações Exteriores - - - - - -
Saneamento 9,50 4,64 12,39 51,03 22,44 100,00
Saúde 3,07 10,36 12,53 62,07 11,97 100,00
Segurança Pública - - - - - -
Trabalho 3,20 13,68 9,69 56,56 16,87 100,00
Transporte 2,90 9,21 4,90 77,95 5,03 100,00
Urbanismo - - - - - -

TOTAL 11,73 13,47 9,77 49,05 15,99 100,00

GASTOS / ARRECADAÇÃO* 84,77 33,91 16,36 14,56 19,67 18,82


*Exceto CPSS
QUADRO III
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E POR MODALIDADE DE GASTO
UNIDADE: R$ 1,00
FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
Administração 345.463.575 0,07%
Rede Arrecadadora 345.463.575 0,07%
Agricultura 64.193.593.027 13,20%
Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 6.235.200.675 1,28%
Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 36.952.294.809 7,60%
Amazônia Ocidental 57.444.457 0,01%
Exportação da Produção Rural 10.533.408.014 2,17%
Fundos Constitucionais 77.192.359 0,02%
Funrural 3.456.879.590 0,71%
Investimentos em Infra-Estrutura 0 0,00%
Mercadorias Norte e Nordeste 86.826.935 0,02%
REIDI 53.762 0,00%
Seguro Rural 711.270.391 0,15%
SUDAM 1.138.079.906 0,23%
SUDENE 1.594.191.006 0,33%
Zona Franca de Manaus 3.309.624.798 0,68%
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0,00%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 41.126.324 0,01%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0,00%
Assistência Social 29.639.817.036 6,10%
Aposentadoria de Declarante com 65 Anos ou Mais 15.096.416.093 3,11%
Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 1.308.028.174 0,27%
Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 1.129.171.414 0,23%
Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 468.248.618 0,10%
Doações de Bens para Entidades Filantrópicas 143.772 0,00%
Dona de Casa 386.665.678 0,08%
Entidades Filantrópicas 2.573.977.762 0,53%
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 4.547.527.092 0,94%
Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 4.129.638.433 0,85%
Ciência e Tecnologia 19.397.627.558 3,99%
Despesas com Pesquisas Científicas e Tecnológicas 3.185.450.206 0,66%
Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 94.418.153 0,02%
Evento Esportivo, Cultural e Científico 756.220 0,00%
Informática e Automação 8.504.686.147 1,75%
Inovação Tecnológica 6.840.506.840 1,41%
Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0,00%
Máquinas e Equipamentos - CNPq 420.794.250 0,09%
PADIS 349.060.400 0,07%
Pesquisas Científicas 1.163.478 0,00%
SUDAM 0 0,00%
SUDENE 0 0,00%
TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Informação e da Comunicação 791.865 0,00%
Comércio e Serviço 127.913.941.609 26,31%
Amazônia Ocidental 838.689.070 0,17%
Áreas de Livre Comércio 613.666.364 0,13%
Fundos Constitucionais 1.157.750.234 0,24%
Mercadorias Norte e Nordeste 1.267.673.256 0,26%
QUADRO III
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E POR MODALIDADE DE GASTO
UNIDADE: R$ 1,00
FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 4.295.492.401 0,88%
Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros 11.267.894 0,00%
Simples Nacional 102.378.361.392 21,06%
Zona Franca de Manaus 15.548.473.692 3,20%
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0,00%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 1.802.567.306 0,37%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0,00%
Comunicações 20.966.081 0,00%
Investimentos em Infra-Estrutura 20.966.081 0,00%
Cultura 4.469.600.536 0,92%
Atividade Audiovisual 256.278.763 0,05%
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 113.917.917 0,02%
Evento Esportivo, Cultural e Científico 756.220 0,00%
Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 20.128.740 0,00%
Livros 1.819.876.956 0,37%
Livros, Jornais e Periódicos 18.579.846 0,00%
Programa Nacional de Apoio à Cultura 2.211.270.338 0,45%
Programação 17.040.956 0,00%
RECINE 11.750.800 0,00%
Defesa Nacional 58.078.935 0,01%
RETID 58.078.935 0,01%
Desporto e Lazer 3.926.997.317 0,81%
Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 490.740.639 0,10%
Evento Esportivo, Cultural e Científico 756.220 0,00%
Incentivo ao Desporto 802.276.931 0,17%
TEF - Tributação Específica do Futebol 2.633.223.528 0,54%
Direitos da Cidadania 1.790.347.940 0,37%
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0,00%
Fundos da Criança e do Adolescente 798.356.532 0,16%
Fundos do Idoso 426.290.171 0,09%
Horário Eleitoral Gratuito 565.701.237 0,12%
Educação 18.005.901.253 3,70%
Despesas com Educação 5.241.356.071 1,08%
Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 75.692.842 0,02%
Entidades Filantrópicas 4.058.459.338 0,83%
Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 5.177.167.801 1,06%
PROUNI 3.402.359.873 0,70%
Transporte Escolar 50.865.328 0,01%
Energia 2.902.172.410 0,60%
Aerogeradores 214.896.719 0,04%
Biodiesel 124.556.040 0,03%
Gás Natural Liquefeito 147.734.290 0,03%
Investimentos em Infra-Estrutura 691.612.039 0,14%
REIDI 991.359.002 0,20%
Termoeletricidade 732.014.320 0,15%
Gestão Ambiental 317.526.513 0,07%
Reciclagem 317.526.513 0,07%
QUADRO III
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E POR MODALIDADE DE GASTO
UNIDADE: R$ 1,00
FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
Habitação 19.795.214.860 4,07%
Associações de Poupança e Empréstimo 41.751.356 0,01%
Financiamentos Habitacionais 7.274.967.415 1,50%
Minha Casa, Minha Vida 286.394.040 0,06%
Poupança 12.192.102.048 2,51%
Indústria 52.935.041.456 10,89%
Amazônia Ocidental 252.755.610 0,05%
Fundos Constitucionais 344.282.780 0,07%
Mercadorias Norte e Nordeste 382.038.516 0,08%
Petroquímica 1.186.690.000 0,24%
Rota 2030 2.850.998.316 0,59%
Setor Automotivo 6.543.573.099 1,35%
Simples Nacional 16.484.377.973 3,39%
SUDAM 5.075.908.025 1,04%
SUDENE 7.110.192.243 1,46%
Zona Franca de Manaus 11.124.108.907 2,29%
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0,00%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 1.580.115.988 0,33%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0,00%
Não definida 7.197.255.527 1,48%
Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio 7.197.255.527 1,48%
Organização Agrária 60.081.643 0,01%
ITR 60.081.643 0,01%
Saneamento 49.416.245 0,01%
Investimentos em Infra-Estrutura 49.416.245 0,01%
REIDI 0 0,00%
Saúde 77.605.085.327 15,96%
Água Mineral 331.259.882 0,07%
Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados 13.046.837.698 2,68%
Despesas Médicas 26.109.460.644 5,37%
Entidades Filantrópicas 10.934.993.707 2,25%
Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 8.049.019.112 1,66%
Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial 25.595.964 0,01%
Medicamentos 9.171.186.811 1,89%
Produtos Químicos e Farmacêuticos 9.936.731.509 2,04%
Trabalho 46.855.826.428 9,64%
Aposentadoria por Moléstia Grave ou Acidente 23.605.747.704 4,86%
Benefícios Previdênciários e FAPI 1.476.510.262 0,30%
Empresa cidadã 316.609.582 0,07%
Indenizações por Rescisão de Contrato de Trabalho 10.363.290.596 2,13%
MEI - Microempreendedor Individual 6.487.391.101 1,33%
PAIT - Planos de Poupança e Investimento 6.151.676 0,00%
Previdência Privada Fechada 293.507.433 0,06%
Programa de Alimentação do Trabalhador 2.230.995.130 0,46%
Seguro ou Pecúlio Pago por Morte ou Invalidez 2.075.622.943 0,43%
Transporte 8.670.375.947 1,78%
Embarcações e Aeronaves 6.230.982.141 1,28%
QUADRO III
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E POR MODALIDADE DE GASTO
UNIDADE: R$ 1,00
FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
Investimentos em Infra-Estrutura 239.005.767 0,05%
Leasing de Aeronaves 334.659.402 0,07%
Motocicletas 275.430.027 0,06%
REIDI 781.403.359 0,16%
TAXI 298.739.961 0,06%
Transporte Coletivo 510.155.290 0,10%
Trem de Alta Velocidade 0 0,00%
TOTAL 486.150.331.224 100%
QUADRO IV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E MODALIDADE DE GASTO - REGIONALIZADO
UNIDADE: R$ 1,00

FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL
Administração 1.985.956 7.385.010 95.231.730 222.133.929 18.726.950 345.463.575
Rede Arrecadadora 1.985.956 7.385.010 95.231.730 222.133.929 18.726.950 345.463.575
Agricultura 6.585.356.868 7.049.790.322 13.296.929.381 22.547.294.746 14.714.221.710 64.193.593.027
Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 280.293.759 495.403.698 2.406.104.068 1.601.912.916 1.451.486.234 6.235.200.675
Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 1.646.633.514 4.215.176.657 9.037.102.978 12.203.099.244 9.850.282.417 36.952.294.809
Amazônia Ocidental 57.444.457 0 0 0 0 57.444.457
Exportação da Produção Rural 146.031.374 345.522.925 924.964.442 6.861.523.433 2.255.365.841 10.533.408.014
Fundos Constitucionais 18.795.322 40.131.167 15.577.863 2.688.007 0 77.192.359
Funrural 112.954.892 288.639.621 506.940.772 1.716.645.562 831.698.743 3.456.879.590
Investimentos em Infra-Estrutura 0 0 0 0 0 0
Mercadorias Norte e Nordeste 46.485.149 40.341.786 0 0 0 86.826.935
REIDI 0 0 0 53.762 0 53.762
Seguro Rural 17.940.268 30.383.461 176.186.365 161.371.823 325.388.474 711.270.391
SUDAM 908.027.012 0 230.052.894 0 0 1.138.079.906
SUDENE 0 1.594.191.006 0 0 0 1.594.191.006
Zona Franca de Manaus 3.309.624.798 0 0 0 0 3.309.624.798
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 41.126.324 0 0 0 0 41.126.324
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadoria 0 0 0 0 0 0
Assistência Social 804.064.061 3.666.471.369 2.996.156.103 17.159.347.180 5.013.778.322 29.639.817.036
Aposentadoria de Declarante com 65 Anos ou Mais 498.657.653 2.243.208.312 1.203.541.865 8.477.127.731 2.673.880.532 15.096.416.093
Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 21.953.020 287.211.612 95.294.357 728.646.175 174.923.009 1.308.028.174
Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 17.381.455 71.436.069 68.729.659 785.865.139 185.759.091 1.129.171.414
Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 5.223.924 28.930.069 13.857.011 357.822.995 62.414.619 468.248.618
Doações de Bens para Entidades Filantrópicas 0 24.656 0 49.075 70.041 143.772
Dona de Casa 12.051.220 95.663.762 37.610.177 178.902.905 62.437.615 386.665.678
Entidades Filantrópicas 20.606.484 162.463.694 179.608.063 1.710.318.464 500.981.057 2.573.977.762
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 130.884.602 310.222.099 1.289.074.745 2.338.692.292 478.653.353 4.547.527.092
Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 97.305.702 467.311.096 108.440.226 2.581.922.404 874.659.005 4.129.638.433
Ciência e Tecnologia 2.072.854.388 605.871.989 312.452.320 12.840.731.689 3.565.717.172 19.397.627.558
Despesas com Pesquisas Científicas e Tecnológicas 97.448.190 63.714.552 77.269.835 2.755.594.324 191.423.305 3.185.450.206
Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 6.080.801 17.510.230 3.976.922 51.867.265 14.982.935 94.418.153
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 613.777 142.442 756.220
Informática e Automação 1.857.791.200 191.206.303 1.473.380 4.328.530.437 2.125.684.828 8.504.686.147
Inovação Tecnológica 80.305.062 301.281.712 216.999.059 5.079.266.917 1.162.654.090 6.840.506.840
Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0 0 0 0 0
Máquinas e Equipamentos - CNPq 4.916.920 32.111.858 12.661.487 336.225.173 34.878.811 420.794.250
PADIS 26.286.810 0 0 287.010.653 35.762.938 349.060.400
Pesquisas Científicas 25.405 47.335 0 1.057.255 33.483 1.163.478
SUDAM 0 0 0 0 0 0
SUDENE 0 0 0 0 0 0
TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Informação e da Comuni 0 0 71.637 565.887 154.340 791.865
Comércio e Serviço 23.628.232.180 15.217.923.008 9.122.152.334 57.371.454.667 22.574.179.421 127.913.941.609
Amazônia Ocidental 838.689.070 0 0 0 0 838.689.070
Áreas de Livre Comércio 613.666.364 0 0 0 0 613.666.364
Fundos Constitucionais 281.896.917 601.897.250 233.640.666 40.315.401 0 1.157.750.234
Mercadorias Norte e Nordeste 678.683.177 588.990.079 0 0 0 1.267.673.256
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 85.959.169 465.833.815 318.397.025 2.838.658.873 586.643.518 4.295.492.401
Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros 23.591 9.999 5.144.217 4.997.674 1.092.414 11.267.894
Simples Nacional 3.778.272.894 13.561.191.864 8.564.970.426 54.487.482.719 21.986.443.490 102.378.361.392
Zona Franca de Manaus 15.548.473.692 0 0 0 0 15.548.473.692
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 1.802.567.306 0 0 0 0 1.802.567.306
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadoria 0 0 0 0 0 0
Comunicações 2.808.401 3.862.869 3.803.561 7.602.067 2.889.182 20.966.081
Investimentos em Infra-Estrutura 2.808.401 3.862.869 3.803.561 7.602.067 2.889.182 20.966.081
Cultura 88.699.034 305.057.431 94.969.718 3.478.537.847 502.336.508 4.469.600.536
Atividade Audiovisual 13.299.623 528.653 2.632.148 228.706.741 11.111.598 256.278.763
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 7.461.577 9.397.516 2.769.876 84.484.815 9.804.133 113.917.917
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 613.777 142.442 756.220
Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 57.447 56.042 1.235.700 12.544.801 6.234.750 20.128.740
Livros 5.398.014 226.367.823 44.299.527 1.396.006.042 147.805.550 1.819.876.956
Livros, Jornais e Periódicos 117.925 485.745 0 15.189.894 2.786.283 18.579.846
Programa Nacional de Apoio à Cultura 59.334.427 67.983.205 43.811.804 1.716.238.290 323.902.612 2.211.270.338
Programação 2.722.741 19.754 220.662 13.671.085 406.715 17.040.956
RECINE 307.279 218.694 0 11.082.402 142.425 11.750.800
Defesa Nacional 0 0 0 55.320.476 2.758.458 58.078.935
RETID 0 0 0 55.320.476 2.758.458 58.078.935
Desporto e Lazer 182.255.680 416.012.730 299.708.866 2.382.999.527 646.020.514 3.926.997.317
Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 7.326.166 16.566.971 7.342.532 363.891.409 95.613.560 490.740.639
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 613.777 142.442 756.220
Incentivo ao Desporto 25.105.351 26.059.215 31.738.845 622.441.995 96.931.526 802.276.931
TEF - Tributação Específica do Futebol 149.824.163 373.386.543 260.627.489 1.396.052.347 453.332.985 2.633.223.528
Direitos da Cidadania 51.669.279 111.653.869 96.823.449 1.180.300.690 349.900.654 1.790.347.940
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0 0 0 0 0
Fundos da Criança e do Adolescente 20.584.832 47.976.130 39.442.942 507.929.534 182.423.093 798.356.532
Fundos do Idoso 12.571.674 9.853.058 10.819.912 320.261.338 72.784.190 426.290.171
Horário Eleitoral Gratuito 18.512.774 53.824.681 46.560.594 352.109.817 94.693.371 565.701.237
Educação 705.541.600 2.739.234.517 1.399.381.917 9.806.132.809 3.355.610.411 18.005.901.253
Despesas com Educação 406.476.507 943.736.389 611.723.362 2.542.692.597 736.727.216 5.241.356.071
Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 982.640 805.605 44.548.599 27.735.344 1.620.654 75.692.842
Entidades Filantrópicas 45.407.747 288.876.384 259.224.745 2.340.414.513 1.124.535.949 4.058.459.338
Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 77.658.921 800.186.669 319.915.650 3.013.541.974 965.864.588 5.177.167.801
PROUNI 174.683.931 696.170.513 162.895.103 1.862.083.492 506.526.835 3.402.359.873
Transporte Escolar 331.855 9.458.957 1.074.458 19.664.889 20.335.169 50.865.328
Energia 89.116.228 705.530.752 115.118.913 1.605.812.028 386.594.488 2.902.172.410
Aerogeradores 355.359 130.920.021 170.973 67.668.407 15.781.959 214.896.719
Biodiesel 23.672.440 1.365.184 24.070.368 40.299.020 35.149.028 124.556.040
Gás Natural Liquefeito 0 115.274.726 0 32.459.564 0 147.734.290
Investimentos em Infra-Estrutura 60.793.524 220.299.660 57.183.082 281.662.134 71.673.638 691.612.039
REIDI 0 186.951.666 32.776.349 605.868.471 165.762.517 991.359.002
Termoeletricidade 4.294.904 50.719.495 918.141 577.854.432 98.227.347 732.014.320
Gestão Ambiental 8.094.358 15.734.010 13.163.084 210.522.925 70.012.135 317.526.513
Reciclagem 8.094.358 15.734.010 13.163.084 210.522.925 70.012.135 317.526.513
Habitação 641.788.549 2.158.797.149 1.600.466.147 12.042.503.484 3.351.659.530 19.795.214.860
QUADRO IV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E MODALIDADE DE GASTO - REGIONALIZADO
UNIDADE: R$ 1,00

FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL
Associações de Poupança e Empréstimo 0 0 41.751.356 0 0 41.751.356
Financiamentos Habitacionais 457.145.543 1.031.867.795 756.455.739 3.778.876.247 1.250.622.091 7.274.967.415
Minha Casa, Minha Vida 6.517.116 108.246.491 63.123.192 71.117.583 37.389.658 286.394.040
Poupança 178.125.890 1.018.682.863 739.135.860 8.192.509.654 2.063.647.781 12.192.102.048
Indústria 17.908.862.714 16.585.364.672 2.907.294.772 11.248.616.646 4.284.902.652 52.935.041.456
Amazônia Ocidental 252.755.610 0 0 0 0 252.755.610
Fundos Constitucionais 83.828.318 178.987.533 69.478.248 11.988.681 0 344.282.780
Mercadorias Norte e Nordeste 204.534.656 177.503.860 0 0 0 382.038.516
Petroquímica 0 448.179.291 0 343.932.375 394.578.334 1.186.690.000
Rota 2030 0 344.777.578 31.191.163 2.163.158.201 311.871.373 2.850.998.316
Setor Automotivo 0 6.143.570.821 400.002.278 0 0 6.543.573.099
Simples Nacional 613.661.600 2.182.153.347 1.380.572.693 8.729.537.389 3.578.452.945 16.484.377.973
SUDAM 4.049.857.635 0 1.026.050.390 0 0 5.075.908.025
SUDENE 0 7.110.192.243 0 0 0 7.110.192.243
Zona Franca de Manaus 11.124.108.907 0 0 0 0 11.124.108.907
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 1.580.115.988 0 0 0 0 1.580.115.988
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadoria 0 0 0 0 0 0
Não definida 105.151.478 601.350.024 436.327.520 4.836.211.602 1.218.214.902 7.197.255.527
Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio 105.151.478 601.350.024 436.327.520 4.836.211.602 1.218.214.902 7.197.255.527
Organização Agrária 3.083.064 29.912.801 1.103.939 9.940.550 16.041.289 60.081.643
ITR 3.083.064 29.912.801 1.103.939 9.940.550 16.041.289 60.081.643
Saneamento 4.696.018 2.294.286 6.121.739 25.217.439 11.086.762 49.416.245
Investimentos em Infra-Estrutura 4.696.018 2.294.286 6.121.739 25.217.439 11.086.762 49.416.245
REIDI 0 0 0 0 0 0
Saúde 2.381.673.759 8.039.193.767 9.720.352.902 48.171.136.392 9.292.728.507 77.605.085.327
Água Mineral 5.748.559 107.719.430 10.811.753 147.394.959 59.585.180 331.259.882
Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados 234.127.726 894.951.098 897.368.677 9.704.758.211 1.315.631.985 13.046.837.698
Despesas Médicas 1.411.472.207 4.443.378.601 3.215.180.241 13.517.208.681 3.522.220.914 26.109.460.644
Entidades Filantrópicas 54.055.526 1.464.357.502 688.529.841 7.052.521.648 1.675.529.190 10.934.993.707
Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 246.463.249 697.837.711 2.681.500.079 3.455.233.110 967.984.962 8.049.019.112
Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial 646.714 6.094.912 1.524.640 14.144.023 3.185.676 25.595.964
Medicamentos 320.592.401 116.236.708 742.935.165 7.541.302.553 450.119.983 9.171.186.811
Produtos Químicos e Farmacêuticos 108.567.376 308.617.805 1.482.502.505 6.738.573.206 1.298.470.617 9.936.731.509
Trabalho 1.501.578.114 6.408.858.251 4.539.381.538 26.500.799.509 7.905.209.016 46.855.826.428
Aposentadoria por Moléstia Grave ou Acidente 877.617.742 4.068.644.174 2.830.746.951 11.798.135.930 4.030.602.907 23.605.747.704
Benefícios Previdênciários e FAPI 35.367.392 20.263.142 150.578.604 1.181.249.929 89.051.195 1.476.510.262
Empresa cidadã 6.505.310 8.471.069 10.804.062 249.661.190 41.167.950 316.609.582
Indenizações por Rescisão de Contrato de Trabalho 217.414.024 854.174.295 684.588.767 6.774.268.787 1.832.844.723 10.363.290.596
MEI - Microempreendedor Individual 239.908.761 1.090.562.782 520.397.300 3.434.736.434 1.201.785.824 6.487.391.101
PAIT - Planos de Poupança e Investimento 488 245.131 35.733 2.971.020 2.899.304 6.151.676
Previdência Privada Fechada 0 33.752.064 102.426.497 123.709.573 33.619.300 293.507.433
Programa de Alimentação do Trabalhador 79.728.429 163.394.407 97.769.187 1.575.128.782 314.974.326 2.230.995.130
Seguro ou Pecúlio Pago por Morte ou Invalidez 45.035.969 169.351.188 142.034.437 1.360.937.863 358.263.487 2.075.622.943
Transporte 251.816.308 798.564.875 425.134.506 6.758.983.266 435.876.991 8.670.375.947
Embarcações e Aeronaves 181.444.257 503.446.277 152.576.319 5.143.654.825 249.860.464 6.230.982.141
Investimentos em Infra-Estrutura 15.371.867 2.503.573 17.325.581 169.775.736 34.029.010 239.005.767
Leasing de Aeronaves 0 0 0 331.968.629 2.690.774 334.659.402
Motocicletas 27.965.766 66.516.013 28.488.989 113.916.658 38.542.601 275.430.027
REIDI 0 10.731.570 176.496.400 590.790.261 3.385.127 781.403.359
TAXI 11.726.744 116.742.812 16.204.582 130.764.934 23.300.889 298.739.961
Transporte Coletivo 15.307.675 98.624.630 34.042.634 278.112.224 84.068.126 510.155.290
Trem de Alta Velocidade 0 0 0 0 0 0
TOTAL 57.019.328.039 65.468.863.700 47.482.074.440 238.461.599.470 77.718.465.574 486.150.331.224
QUADRO V
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024
CONSOLIDAÇÃO POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA
UNIDADE: R$ 1,00
FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA VALOR %
Comércio e Serviço 127.913.941.609 26,31%
Saúde 77.605.085.327 15,96%
Agricultura 64.193.593.027 13,20%
Indústria 52.935.041.456 10,89%
Trabalho 46.855.826.428 9,64%
Assistência Social 29.639.817.036 6,10%
Habitação 19.795.214.860 4,07%
Ciência e Tecnologia 19.397.627.558 3,99%
Educação 18.005.901.253 3,70%
Transporte 8.670.375.947 1,78%
Não definida 7.197.255.527 1,48%
Cultura 4.469.600.536 0,92%
Desporto e Lazer 3.926.997.317 0,81%
Energia 2.902.172.410 0,60%
Direitos da Cidadania 1.790.347.940 0,37%
Administração 345.463.575 0,07%
Gestão Ambiental 317.526.513 0,07%
Organização Agrária 60.081.643 0,01%
Defesa Nacional 58.078.935 0,01%
Saneamento 49.416.245 0,01%
Comunicações 20.966.081 0,00%
TOTAL 486.150.331.224 100%
QUADRO VI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - CONSOLIDAÇÃO POR TIPO DE TRIBUTO
VALORES NOMINAIS E PERCENTUAIS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
TRIBUTO VALOR
PIB ARRECADAÇÃO GASTOS TRIBUTÁRIOS
Imposto sobre Importação - II 6.394.349.966 0,06 0,25 1,32
Imposto sobre a Renda Pessoa Física - IRPF 83.028.955.688 0,72 3,21 17,08
Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica - IRPJ 87.476.614.858 0,76 3,39 17,99
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF 20.262.229.520 0,18 0,78 4,17
Imposto sobre Produtos Industrializados - Operações Internas - IPI-Interno 33.460.250.998 0,29 1,30 6,88
Imposto sobre Produtos Industrializados - Vinculado à Importação - IPI-Vinculado 5.897.413.658 0,05 0,23 1,21
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 10.019.038.178 0,09 0,39 2,06
Imposto sobre Propriedade Territorial Rural - ITR 60.081.643 0,00 0,00 0,01
Contribuição Social para o PIS-PASEP 24.156.060.154 0,21 0,93 4,97
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 24.429.929.013 0,21 0,95 5,03
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 116.353.455.218 1,01 4,50 23,93
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 797.093 0,00 0,00 0,00
Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM 2.905.314.939 0,03 0,11 0,60
Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE 17.040.956 0,00 0,00 0,00
Contribuição para a Previdência Social 71.688.799.341 0,62 2,77 14,75

TOTAL 486.150.331.224 4,23 18,82 100,00

ARRECADAÇÃO* 2.583.687.420.067 22,46 100,00

PIB 11.502.468.943.942 100,00


*Exceto CPSS
QUADRO VII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024
POR TIPO DE TRIBUTO E GASTO TRIBUTÁRIO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR
PIB ARRECADAÇÃO GASTOS TRIBUTÁRIOS
I. Imposto sobre Importação - II 6.394.349.966 0,06 0,25 1,32
1 Áreas de Livre Comércio 18.721.008 0,00 0,00 0,00
2 Embarcações e Aeronaves 540.954.804 0,00 0,02 0,11
3 Evento Esportivo, Cultural e Científico 1.171.905 0,00 0,00 0,00
4 Máquinas e Equipamentos - CNPq 130.266.587 0,00 0,01 0,03
5 PADIS 31.491.478 0,00 0,00 0,01
6 RECINE 396.878 0,00 0,00 0,00
7 Zona Franca de Manaus 5.671.347.306 0,05 0,22 1,17
II. Imposto sobre a Renda Pessoa Física - IRPF 83.028.955.688 0,72 3,21 17,08
1 Aposentadoria de Declarante com 65 Anos ou Mais 15.096.416.093 0,13 0,58 3,11
2 Aposentadoria por Moléstia Grave ou Acidente 23.605.747.704 0,21 0,91 4,86
3 Atividade Audiovisual 1.775.208 0,00 0,00 0,00
4 Despesas com Educação 5.241.356.071 0,05 0,20 1,08
5 Despesas Médicas 26.109.460.644 0,23 1,01 5,37
6 Fundos da Criança e do Adolescente 341.289.726 0,00 0,01 0,07
7 Fundos do Idoso 14.685.143 0,00 0,00 0,00
8 Incentivo ao Desporto 9.039.115 0,00 0,00 0,00
9 Indenizações por Rescisão de Contrato de Trabalho 10.363.290.596 0,09 0,40 2,13
10 Programa Nacional de Apoio à Cultura 59.370.687 0,00 0,00 0,01
11 Reciclagem 110.901.759 0,00 0,00 0,02
12 Seguro ou Pecúlio Pago por Morte ou Invalidez 2.075.622.943 0,02 0,08 0,43
III. Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica - IRPJ 87.476.614.858 0,76 3,39 17,99
1 Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados 9.593.263.013 0,08 0,37 1,97
2 Associações de Poupança e Empréstimo 19.908.677 0,00 0,00 0,00
3 Atividade Audiovisual 79.042.415 0,00 0,00 0,02
4 Benefícios Previdênciários e FAPI 1.085.669.310 0,01 0,04 0,22
5 Despesas com Pesquisas Científicas e Tecnológicas 3.185.450.206 0,03 0,12 0,66
6 Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 344.300.454 0,00 0,01 0,07
7 Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 55.656.502 0,00 0,00 0,01
8 Empresa cidadã 316.609.582 0,00 0,01 0,07
9 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 3.699.446.392 0,03 0,14 0,76
10 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 2.041.991.180 0,02 0,08 0,42
11 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 36.463.336 0,00 0,00 0,01
12 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 49.467.814 0,00 0,00 0,01
13 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 1.870.219.652 0,02 0,07 0,38
14 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 1.050.696.617 0,01 0,04 0,22
15 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 112.931.976 0,00 0,00 0,02
16 Fundos da Criança e do Adolescente 457.066.806 0,00 0,02 0,09
17 Fundos do Idoso 411.605.028 0,00 0,02 0,08
18 Horário Eleitoral Gratuito 565.701.237 0,00 0,02 0,12
19 Incentivo ao Desporto 793.237.816 0,01 0,03 0,16
20 Informática e Automação 6.803.748.918 0,06 0,26 1,40
21 Inovação Tecnológica 5.027.357.622 0,04 0,19 1,03
22 Investimentos em Infra-Estrutura 674.610.053 0,01 0,03 0,14
23 Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0,00 0,00 0,00
24 Minha Casa, Minha Vida 88.782.153 0,00 0,00 0,02
25 PADIS 251.191.736 0,00 0,01 0,05
26 PAIT - Planos de Poupança e Investimento 6.151.676 0,00 0,00 0,00
27 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 1.118.222.212 0,01 0,04 0,23
28 Previdência Privada Fechada 183.442.146 0,00 0,01 0,04
29 Programa de Alimentação do Trabalhador 2.230.995.130 0,02 0,09 0,46
30 Programa Nacional de Apoio à Cultura 2.151.899.652 0,02 0,08 0,44
31 PROUNI 1.680.554.070 0,01 0,07 0,35
32 Reciclagem 206.624.754 0,00 0,01 0,04
33 Simples Nacional 26.175.912.458 0,23 1,01 5,38
34 SUDAM 6.213.987.931 0,05 0,24 1,28
35 SUDENE 8.704.383.249 0,08 0,34 1,79
36 TEF - Tributação Específica do Futebol 189.231.220 0,00 0,01 0,04
37 TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Informação e da Comunicação 791.865 0,00 0,00 0,00
IV. Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF 20.262.229.520 0,18 0,78 4,17
1 Associações de Poupança e Empréstimo 21.842.680 0,00 0,00 0,00
2 Atividade Audiovisual 175.461.140 0,00 0,01 0,04
3 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0,00 0,00 0,00
4 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0,00 0,00 0,00
5 Inovação Tecnológica 3.250.750 0,00 0,00 0,00
6 Investimentos em Infra-Estrutura 326.390.079 0,00 0,01 0,07
7 Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0,00 0,00 0,00
8 Leasing de Aeronaves 334.659.402 0,00 0,01 0,07
9 Poupança 12.192.102.048 0,11 0,47 2,51
10 Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros 11.267.894 0,00 0,00 0,00
11 Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio 7.197.255.527 0,06 0,28 1,48
V. Imposto sobre Produtos Industrializados - Operações Internas - IPI-Interno 33.460.250.998 0,29 1,30 6,88
1 Áreas de Livre Comércio 577.986.509 0,01 0,02 0,12
2 Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 1.169.064.692 0,01 0,05 0,24
3 Embarcações e Aeronaves 11.889.649 0,00 0,00 0,00
4 Inovação Tecnológica 49.724 0,00 0,00 0,00
5 PADIS 0 0,00 0,00 0,00
6 RECINE 131.856 0,00 0,00 0,00
7 RETID 14.847.204 0,00 0,00 0,00
8 Rota 2030 2.850.998.316 0,02 0,11 0,59
9 Setor Automotivo 6.543.573.099 0,06 0,25 1,35
10 Simples Nacional 3.206.065.023 0,03 0,12 0,66
11 TAXI 259.558.470 0,00 0,01 0,05
12 Zona Franca de Manaus 18.826.086.457 0,16 0,73 3,87
VI. Imposto sobre Produtos Industrializados - Vinculado à Importação - IPI-Vinculado 5.897.413.658 0,05 0,23 1,21
1 Áreas de Livre Comércio 16.958.847 0,00 0,00 0,00
2 Embarcações e Aeronaves 328.930.171 0,00 0,01 0,07
3 Evento Esportivo, Cultural e Científico 900.688 0,00 0,00 0,00
4 Máquinas e Equipamentos - CNPq 52.465.832 0,00 0,00 0,01
5 PADIS 54.428 0,00 0,00 0,00
6 RECINE 6.611.336 0,00 0,00 0,00
QUADRO VII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024
POR TIPO DE TRIBUTO E GASTO TRIBUTÁRIO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR
PIB ARRECADAÇÃO GASTOS TRIBUTÁRIOS
7 RETID 6.718.723 0,00 0,00 0,00
8 Zona Franca de Manaus 5.484.773.633 0,05 0,21 1,13
VII. Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 10.019.038.178 0,09 0,39 2,06
1 Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 138.963.482 0,00 0,01 0,03
2 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0,00 0,00 0,00
3 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0,00 0,00 0,00
4 Financiamentos Habitacionais 7.274.967.415 0,06 0,28 1,50
5 Fundos Constitucionais 1.579.225.373 0,01 0,06 0,32
6 Motocicletas 275.430.027 0,00 0,01 0,06
7 Seguro Rural 711.270.391 0,01 0,03 0,15
8 TAXI 39.181.491 0,00 0,00 0,01
VIII. Contribuição Social para o PIS-PASEP 24.156.060.154 0,21 0,93 4,97
1 Aerogeradores 38.403.242 0,00 0,00 0,01
2 Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 1.112.224.985 0,01 0,04 0,23
3 Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 6.593.922.158 0,06 0,26 1,36
4 Água Mineral 59.244.556 0,00 0,00 0,01
5 Biodiesel 22.217.615 0,00 0,00 0,00
6 Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 201.484.853 0,00 0,01 0,04
7 Embarcações e Aeronaves 955.325.795 0,01 0,04 0,20
8 Entidades Filantrópicas 716.205.847 0,01 0,03 0,15
9 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0,00 0,00 0,00
10 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0,00 0,00 0,00
11 Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial 4.563.442 0,00 0,00 0,00
12 Evento Esportivo, Cultural e Científico 35.030 0,00 0,00 0,00
13 Gás Natural Liquefeito 26.403.575 0,00 0,00 0,01
14 Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 3.591.414 0,00 0,00 0,00
15 Livros 324.516.383 0,00 0,01 0,07
16 Máquinas e Equipamentos - CNPq 41.357.911 0,00 0,00 0,01
17 Medicamentos 1.609.966.930 0,01 0,06 0,33
18 Minha Casa, Minha Vida 25.775.464 0,00 0,00 0,01
19 PADIS 2.350.874 0,00 0,00 0,00
20 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 452.910.285 0,00 0,02 0,09
21 Petroquímica 211.916.778 0,00 0,01 0,04
22 Produtos Químicos e Farmacêuticos 1.759.234.453 0,02 0,07 0,36
23 PROUNI 227.480.629 0,00 0,01 0,05
24 RECINE 823.779 0,00 0,00 0,00
25 REIDI 316.291.238 0,00 0,01 0,07
26 RETID 6.514.958 0,00 0,00 0,00
27 Simples Nacional 7.851.400.616 0,07 0,30 1,62
28 TEF - Tributação Específica do Futebol 746.696.164 0,01 0,03 0,15
29 Termoeletricidade 130.575.527 0,00 0,01 0,03
30 Transporte Coletivo 90.849.572 0,00 0,00 0,02
31 Transporte Escolar 9.246.149 0,00 0,00 0,00
32 Trem de Alta Velocidade 0 0,00 0,00 0,00
33 Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0,00 0,00 0,00
34 Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0,00 0,00 0,00
35 Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0,00 0,00 0,00
36 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 614.529.931 0,01 0,02 0,13
37 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0,00 0,00 0,00
IX. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 24.429.929.013 0,21 0,95 5,03
1 Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados 3.453.574.685 0,03 0,13 0,71
2 Benefícios Previdênciários e FAPI 390.840.952 0,00 0,02 0,08
3 Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 123.948.164 0,00 0,00 0,03
4 Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 20.036.341 0,00 0,00 0,00
5 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 1.331.800.701 0,01 0,05 0,27
6 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 735.116.825 0,01 0,03 0,15
7 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 13.126.801 0,00 0,00 0,00
8 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 17.808.413 0,00 0,00 0,00
9 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 673.279.075 0,01 0,03 0,14
10 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 378.250.782 0,00 0,01 0,08
11 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 40.655.511 0,00 0,00 0,01
12 Informática e Automação 1.700.937.229 0,01 0,07 0,35
13 Inovação Tecnológica 1.809.848.744 0,02 0,07 0,37
14 Minha Casa, Minha Vida 45.823.046 0,00 0,00 0,01
15 PADIS 52.346.520 0,00 0,00 0,01
16 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 599.064.187 0,01 0,02 0,12
17 Previdência Privada Fechada 110.065.288 0,00 0,00 0,02
18 PROUNI 444.683.670 0,00 0,02 0,09
19 Simples Nacional 12.406.892.363 0,11 0,48 2,55
20 TEF - Tributação Específica do Futebol 81.829.717 0,00 0,00 0,02
X. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 116.353.455.218 1,01 4,50 23,93
1 Aerogeradores 176.493.477 0,00 0,01 0,04
2 Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 5.122.975.690 0,04 0,20 1,05
3 Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 30.358.372.651 0,26 1,18 6,24
4 Água Mineral 272.015.326 0,00 0,01 0,06
5 Biodiesel 102.338.425 0,00 0,00 0,02
6 Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 927.686.562 0,01 0,04 0,19
7 Embarcações e Aeronaves 4.393.881.721 0,04 0,17 0,90
8 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 3.017.772.019 0,03 0,12 0,62
9 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 1.770.419.087 0,02 0,07 0,36
10 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 44.828.017 0,00 0,00 0,01
11 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 46.641.690 0,00 0,00 0,01
12 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 2.633.669.075 0,02 0,10 0,54
13 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 2.700.691.033 0,02 0,10 0,56
14 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 337.153.151 0,00 0,01 0,07
15 Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial 21.032.522 0,00 0,00 0,00
16 Evento Esportivo, Cultural e Científico 161.035 0,00 0,00 0,00
17 Gás Natural Liquefeito 121.330.715 0,00 0,00 0,02
18 Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 16.537.326 0,00 0,00 0,00
19 Livros 1.495.360.573 0,01 0,06 0,31
20 Máquinas e Equipamentos - CNPq 196.703.921 0,00 0,01 0,04
QUADRO VII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024
POR TIPO DE TRIBUTO E GASTO TRIBUTÁRIO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR
PIB ARRECADAÇÃO GASTOS TRIBUTÁRIOS
21 Medicamentos 7.561.219.880 0,07 0,29 1,56
22 Minha Casa, Minha Vida 126.013.378 0,00 0,00 0,03
23 PADIS 10.828.270 0,00 0,00 0,00
24 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 2.125.295.717 0,02 0,08 0,44
25 Petroquímica 974.773.222 0,01 0,04 0,20
26 Produtos Químicos e Farmacêuticos 8.177.497.056 0,07 0,32 1,68
27 PROUNI 1.049.641.505 0,01 0,04 0,22
28 RECINE 3.786.951 0,00 0,00 0,00
29 Rede Arrecadadora 345.463.575 0,00 0,01 0,07
30 REIDI 1.456.524.886 0,01 0,06 0,30
31 RETID 29.998.050 0,00 0,00 0,01
32 Simples Nacional 36.215.181.961 0,31 1,40 7,45
33 TEF - Tributação Específica do Futebol 649.523.375 0,01 0,03 0,13
34 Termoeletricidade 601.438.793 0,01 0,02 0,12
35 Transporte Coletivo 419.305.717 0,00 0,02 0,09
36 Transporte Escolar 41.619.179 0,00 0,00 0,01
37 Trem de Alta Velocidade 0 0,00 0,00 0,00
38 Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0,00 0,00 0,00
39 Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0,00 0,00 0,00
40 Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0,00 0,00 0,00
41 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 2.809.279.687 0,02 0,11 0,58
42 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0,00 0,00 0,00
XI. Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 797.093 0,00 0,00 0,00
1 Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0,00 0,00 0,00
2 PADIS 797.093 0,00 0,00 0,00
XII. Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM 2.905.314.939 0,03 0,11 0,60
1 Amazônia Ocidental 1.148.889.136 0,01 0,04 0,24
2 Doações de Bens para Entidades Filantrópicas 143.772 0,00 0,00 0,00
3 Livros, Jornais e Periódicos 18.579.846 0,00 0,00 0,00
4 Mercadorias Norte e Nordeste 1.736.538.707 0,02 0,07 0,36
5 Pesquisas Científicas 1.163.478 0,00 0,00 0,00
XIII.Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE 17.040.956 0,00 0,00 0,00
1 Programação 17.040.956 0,00 0,00 0,00
XIV. Contribuição para a Previdência Social 71.688.799.341 0,62 2,77 14,75
1 Dona de Casa 386.665.678 0,00 0,01 0,08
2 Entidades Filantrópicas 16.851.224.960 0,15 0,65 3,47
3 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0,00 0,00 0,00
4 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0,00 0,00 0,00
5 Exportação da Produção Rural 10.533.408.014 0,09 0,41 2,17
6 Funrural 3.456.879.590 0,03 0,13 0,71
7 MEI - Microempreendedor Individual 6.487.391.101 0,06 0,25 1,33
8 Simples Nacional 33.007.286.944 0,29 1,28 6,79
9 TEF - Tributação Específica do Futebol 965.943.053 0,01 0,04 0,20
XV. Imposto sobre Propriedade Territorial Rural - ITR 60.081.643 0,00 0,00 0,01
1 ITR 60.081.643 0,00 0,00 0,01
TOTAL 486.150.331.224 4,23 18,82 100,00
ARRECADAÇÃO* 2.583.687.420.067 22,46 100,00
PIB 11.502.468.943.942 100,00
*Exceto CPSS
QUADRO VII-REGIONAL
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024
POR TIPO DE TRIBUTO E MODALIDADE DE GASTO - REGIONALIZADO
UNIDADE: R$ 1,00
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL
Imposto sobre Importação - II 5.714.107.139 62.508.615 3.163.420 581.084.685 33.486.107 6.394.349.966
Áreas de Livre Comércio 18.721.008 0 0 0 0 18.721.008
Embarcações e Aeronaves 13.620.037 49.776.919 18.961 456.489.616 21.049.271 540.954.804
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 821.776 350.130 1.171.905
Máquinas e Equipamentos - CNPq 1.903.180 12.642.689 3.144.459 102.817.833 9.758.426 130.266.587
PADIS 8.391.378 0 0 20.771.819 2.328.281 31.491.478
RECINE 124.229 89.007 0 183.642 0 396.878
Zona Franca de Manaus 5.671.347.306 0 0 0 0 5.671.347.306
Imposto sobre a Renda Pessoa Física - IRPF 3.465.488.593 12.768.535.126 8.732.049.954 44.751.086.445 13.311.795.569 83.028.955.688
Aposentadoria de Declarante com 65 Anos ou Mais 498.657.653 2.243.208.312 1.203.541.865 8.477.127.731 2.673.880.532 15.096.416.093
Aposentadoria por Moléstia Grave ou Acidente 877.617.742 4.068.644.174 2.830.746.951 11.798.135.930 4.030.602.907 23.605.747.704
Atividade Audiovisual 19.544 168.536 61.572 1.455.990 69.566 1.775.208
Despesas com Educação 406.476.507 943.736.389 611.723.362 2.542.692.597 736.727.216 5.241.356.071
Despesas Médicas 1.411.472.207 4.443.378.601 3.215.180.241 13.517.208.681 3.522.220.914 26.109.460.644
Fundos da Criança e do Adolescente 6.513.657 33.856.770 31.497.377 162.608.570 106.813.352 341.289.726
Fundos do Idoso 82.238 706.722 571.124 7.431.500 5.893.560 14.685.143
Incentivo ao Desporto 96.467 455.400 483.698 6.157.819 1.845.731 9.039.115
Indenizações por Rescisão de Contrato de Trabalho 217.414.024 854.174.295 684.588.767 6.774.268.787 1.832.844.723 10.363.290.596
Programa Nacional de Apoio à Cultura 369.339 1.503.624 2.049.403 48.646.215 6.802.106 59.370.687
Reciclagem 1.733.247 9.351.115 9.571.157 54.414.763 35.831.477 110.901.759
Seguro ou Pecúlio Pago por Morte ou Invalidez 45.035.969 169.351.188 142.034.437 1.360.937.863 358.263.487 2.075.622.943
Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica - IRPJ 8.506.230.214 15.234.954.885 7.501.452.915 43.554.704.617 12.679.272.227 87.476.614.858
Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados 172.152.740 658.052.278 659.829.910 7.135.851.626 967.376.460 9.593.263.013
Associações de Poupança e Empréstimo 0 0 19.908.677 0 0 19.908.677
Atividade Audiovisual 36.369 155.786 1.160.935 69.998.205 7.691.120 79.042.415
Benefícios Previdênciários e FAPI 26.005.435 14.899.369 110.719.561 868.566.124 65.478.820 1.085.669.310
Despesas com Pesquisas Científicas e Tecnológicas 97.448.190 63.714.552 77.269.835 2.755.594.324 191.423.305 3.185.450.206
Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 3.841.121 21.272.109 10.188.978 263.105.143 45.893.102 344.300.454
Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 722.529 592.357 32.756.323 20.393.635 1.191.658 55.656.502
Empresa cidadã 6.505.310 8.471.069 10.804.062 249.661.190 41.167.950 316.609.582
Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 134.662.922 233.720.251 1.646.705.203 1.247.605.785 436.752.232 3.699.446.392
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 57.445.535 110.975.076 612.633.265 1.055.364.726 205.572.578 2.041.991.180
Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 3.248.295 6.654.399 1.661.236 20.142.768 4.756.637 36.463.336
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 2.902.748 4.292.363 1.238.177 38.352.877 2.681.649 49.467.814
Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 23.038.756 426.779.024 96.489.931 1.011.560.989 312.350.952 1.870.219.652
Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 35.364.783 133.544.745 44.835.838 595.639.769 241.311.482 1.050.696.617
Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 2.883.740 4.055.894 2.246.377 77.084.622 26.661.343 112.931.976
Fundos da Criança e do Adolescente 14.071.175 14.119.360 7.945.565 345.320.964 75.609.741 457.066.806
Fundos do Idoso 12.489.436 9.146.336 10.248.788 312.829.838 66.890.630 411.605.028
Horário Eleitoral Gratuito 18.512.774 53.824.681 46.560.594 352.109.817 94.693.371 565.701.237
Incentivo ao Desporto 25.008.883 25.603.814 31.255.147 616.284.176 95.085.795 793.237.816
Informática e Automação 1.486.232.960 152.965.042 1.178.704 3.462.824.350 1.700.547.863 6.803.748.918
Inovação Tecnológica 59.047.840 221.414.930 159.558.131 3.732.476.935 854.859.786 5.027.357.622
Investimentos em Infra-Estrutura 60.612.751 135.451.724 67.298.224 328.438.528 82.808.826 674.610.053
Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0 0 0 0 0
Minha Casa, Minha Vida 2.020.306 33.556.412 19.568.190 22.046.451 11.590.794 88.782.153
PADIS 17.895.432 0 0 208.766.371 24.529.933 251.191.736
PAIT - Planos de Poupança e Investimento 488 245.131 35.733 2.971.020 2.899.304 6.151.676
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 22.377.284 121.267.988 82.886.569 738.972.650 152.717.721 1.118.222.212
Previdência Privada Fechada 0 21.095.040 64.016.561 77.318.483 21.012.063 183.442.146
Programa de Alimentação do Trabalhador 79.728.429 163.394.407 97.769.187 1.575.128.782 314.974.326 2.230.995.130
Programa Nacional de Apoio à Cultura 58.965.088 66.479.581 41.762.401 1.667.592.075 317.100.507 2.151.899.652
PROUNI 91.547.615 337.543.152 60.385.660 930.019.701 261.057.941 1.680.554.070
Reciclagem 6.361.112 6.382.895 3.591.927 156.108.163 34.180.658 206.624.754
Simples Nacional 1.016.448.714 3.454.069.212 2.204.038.841 13.515.684.196 5.985.671.495 26.175.912.458
SUDAM 4.957.884.647 0 1.256.103.285 0 0 6.213.987.931
SUDENE 0 8.704.383.249 0 0 0 8.704.383.249
TEF - Tributação Específica do Futebol 10.766.807 26.832.660 18.729.461 100.324.445 32.577.847 189.231.220
TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Informação e da Comunica 0 0 71.637 565.887 154.340 791.865
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF 319.601.728 1.713.913.288 1.220.995.659 13.681.808.177 3.325.910.668 20.262.229.520
Associações de Poupança e Empréstimo 0 0 21.842.680 0 0 21.842.680
Atividade Audiovisual 13.243.709 204.331 1.409.642 157.252.546 3.350.912 175.461.140
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0 0 0 0 0
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0 0 0 0 0
Inovação Tecnológica 0 157.407 0 3.049.225 44.118 3.250.750
Investimentos em Infra-Estrutura 23.057.060 93.508.664 17.135.740 155.818.848 36.869.767 326.390.079
Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0 0 0 0 0
Leasing de Aeronaves 0 0 0 331.968.629 2.690.774 334.659.402
Poupança 178.125.890 1.018.682.863 739.135.860 8.192.509.654 2.063.647.781 12.192.102.048
Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros 23.591 9.999 5.144.217 4.997.674 1.092.414 11.267.894
Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio 105.151.478 601.350.024 436.327.520 4.836.211.602 1.218.214.902 7.197.255.527
Imposto sobre Produtos Industrializados - Operações Internas - IPI-Interno 19.559.625.572 7.271.781.045 801.136.510 4.602.497.264 1.225.210.607 33.460.250.998
Áreas de Livre Comércio 577.986.509 0 0 0 0 577.986.509
Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 19.624.664 259.917.282 85.788.932 646.681.842 157.051.972 1.169.064.692
Embarcações e Aeronaves 1.366.464 0 0 8.874.970 1.648.215 11.889.649
Inovação Tecnológica 0 0 0 49.061 663 49.724
PADIS 0 0 0 0 0 0
RECINE 719 455 0 104.942 25.740 131.856
RETID 0 0 0 13.544.559 1.302.645 14.847.204
Rota 2030 0 344.777.578 31.191.163 2.163.158.201 311.871.373 2.850.998.316
Setor Automotivo 0 6.143.570.821 400.002.278 0 0 6.543.573.099
Simples Nacional 124.496.163 423.059.578 269.953.983 1.655.421.275 733.134.024 3.206.065.023
TAXI 10.064.596 100.455.331 14.200.153 114.662.413 20.175.977 259.558.470
Zona Franca de Manaus 18.826.086.457 0 0 0 0 18.826.086.457
Imposto sobre Produtos Industrializados - Vinculado à Importação - IPI-Vinculado 5.507.448.202 34.983.848 1.944.047 339.009.841 14.027.719 5.897.413.658
Áreas de Livre Comércio 16.958.847 0 0 0 0 16.958.847
Embarcações e Aeronaves 4.829.955 30.183.212 245.444 283.429.085 10.242.476 328.930.171
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 859.119 41.569 900.688
Máquinas e Equipamentos - CNPq 773.961 4.736.106 1.698.603 41.567.915 3.689.246 52.465.832
PADIS 0 0 0 0 54.428 54.428
RECINE 111.806 64.530 0 6.435.000 0 6.611.336
RETID 0 0 0 6.718.723 0 6.718.723
Zona Franca de Manaus 5.484.773.633 0 0 0 0 5.484.773.633
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 891.562.638 1.993.365.031 1.291.337.723 4.207.223.670 1.635.549.115 10.019.038.178
Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 2.328.357 27.294.330 9.505.425 81.964.333 17.871.037 138.963.482
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0 0 0 0 0
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0 0 0 0 0
Financiamentos Habitacionais 457.145.543 1.031.867.795 756.455.739 3.778.876.247 1.250.622.091 7.274.967.415
Fundos Constitucionais 384.520.557 821.015.951 318.696.776 54.992.089 0 1.579.225.373
QUADRO VII-REGIONAL
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024
POR TIPO DE TRIBUTO E MODALIDADE DE GASTO - REGIONALIZADO
UNIDADE: R$ 1,00
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL
Motocicletas 27.965.766 66.516.013 28.488.989 113.916.658 38.542.601 275.430.027
Seguro Rural 17.940.268 30.383.461 176.186.365 161.371.823 325.388.474 711.270.391
TAXI 1.662.148 16.287.481 2.004.429 16.102.521 3.124.912 39.181.491
Contribuição Social para o PIS-PASEP 1.447.156.348 2.564.954.830 3.360.872.373 12.035.804.520 4.747.272.084 24.156.060.154
Aerogeradores 63.511 23.398.055 30.530 12.090.723 2.820.423 38.403.242
Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 49.998.346 88.369.308 429.196.942 285.746.628 258.913.761 1.112.224.985
Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 293.773.982 754.273.233 1.612.019.875 2.176.811.889 1.757.043.179 6.593.922.158
Água Mineral 1.028.108 19.265.206 1.933.640 26.361.022 10.656.580 59.244.556
Biodiesel 4.221.802 243.521 4.294.516 7.187.477 6.270.300 22.217.615
Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 3.100.560 12.744.025 12.265.445 140.221.778 33.153.044 201.484.853
Embarcações e Aeronaves 28.826.845 75.676.786 27.227.906 784.876.118 38.718.140 955.325.795
Entidades Filantrópicas 5.247.751 62.534.596 38.914.413 468.258.339 141.250.749 716.205.847
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0 0 0 0 0
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0 0 0 0 0
Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial 115.169 1.086.473 271.572 2.522.366 567.861 4.563.442
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 28.674 6.356 35.030
Gás Natural Liquefeito 0 20.602.291 0 5.801.284 0 26.403.575
Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 10.246 9.993 220.466 2.238.975 1.111.734 3.591.414
Livros 962.033 40.365.343 7.897.681 248.937.557 26.353.770 324.516.383
Máquinas e Equipamentos - CNPq 390.958 2.523.238 1.337.999 33.369.569 3.736.146 41.357.911
Medicamentos 56.083.717 20.261.291 129.889.780 1.324.957.859 78.774.283 1.609.966.930
Minha Casa, Minha Vida 586.540 9.742.184 5.681.087 6.400.582 3.365.069 25.775.464
PADIS 0 0 0 1.834.536 516.338 2.350.874
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 9.063.406 49.116.820 33.571.305 299.303.940 61.854.814 452.910.285
Petroquímica 0 80.133.446 0 61.251.920 70.531.412 211.916.778
Produtos Químicos e Farmacêuticos 19.283.866 55.088.924 262.973.036 1.190.667.823 231.220.805 1.759.234.453
PROUNI 8.937.866 44.009.822 14.394.516 130.307.994 29.830.429 227.480.629
RECINE 12.604 11.562 0 778.799 20.814 823.779
REIDI 0 35.250.366 37.329.592 213.539.682 30.171.598 316.291.238
RETID 0 0 0 6.255.258 259.700 6.514.958
Simples Nacional 304.881.294 1.036.039.572 661.096.034 4.053.996.260 1.795.387.455 7.851.400.616
TEF - Tributação Específica do Futebol 42.485.238 105.880.225 73.905.441 395.874.836 128.550.424 746.696.164
Termoeletricidade 766.118 9.047.261 163.777 103.076.737 17.521.635 130.575.527
Transporte Coletivo 2.726.024 17.563.290 6.062.387 49.526.834 14.971.036 90.849.572
Transporte Escolar 60.432 1.717.997 194.431 3.579.061 3.694.227 9.246.149
Trem de Alta Velocidade 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 614.529.931 0 0 0 0 614.529.931
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0 0 0 0 0
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 1.091.653.573 2.554.529.440 2.384.092.846 13.799.814.339 4.599.838.815 24.429.929.013
Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados 61.974.986 236.898.820 237.538.768 2.568.906.585 348.255.525 3.453.574.685
Benefícios Previdênciários e FAPI 9.361.957 5.363.773 39.859.042 312.683.805 23.572.375 390.840.952
Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 1.382.803 7.657.959 3.668.032 94.717.852 16.521.517 123.948.164
Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 260.111 213.248 11.792.276 7.341.709 428.997 20.036.341
Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 48.478.652 84.139.290 592.813.873 449.138.083 157.230.803 1.331.800.701
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 20.680.393 39.951.027 220.547.975 379.931.301 74.006.128 735.116.825
Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 1.169.386 2.395.584 598.045 7.251.397 1.712.389 13.126.801
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 1.044.989 1.545.251 445.744 13.807.036 965.394 17.808.413
Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 8.293.952 153.640.449 34.736.375 364.161.956 112.446.343 673.279.075
Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 12.731.322 48.076.108 16.140.902 214.430.317 86.872.133 378.250.782
Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 1.038.146 1.460.122 808.696 27.750.464 9.598.083 40.655.511
Informática e Automação 371.558.240 38.241.261 294.676 865.706.087 425.136.966 1.700.937.229
Inovação Tecnológica 21.257.222 79.709.375 57.440.927 1.343.691.697 307.749.523 1.809.848.744
Minha Casa, Minha Vida 1.042.739 17.319.439 10.099.711 11.378.813 5.982.345 45.823.046
PADIS 0 0 0 46.568.088 5.778.432 52.346.520
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 11.988.162 64.966.791 44.404.747 395.889.158 81.815.329 599.064.187
Previdência Privada Fechada 0 12.657.024 38.409.936 46.391.090 12.607.238 110.065.288
PROUNI 32.956.939 111.526.478 21.720.754 200.504.130 77.975.370 444.683.670
Simples Nacional 481.777.658 1.637.164.129 1.044.673.140 6.406.181.229 2.837.096.207 12.406.892.363
TEF - Tributação Específica do Futebol 4.655.916 11.603.312 8.099.226 43.383.544 14.087.718 81.829.717
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 6.693.142.132 12.207.288.982 16.293.312.288 58.642.749.597 22.516.962.220 116.353.455.218
Aerogeradores 291.848 107.521.966 140.444 55.577.684 12.961.535 176.493.477
Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 230.295.413 407.034.390 1.976.907.126 1.316.166.288 1.192.572.473 5.122.975.690
Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 1.352.859.532 3.460.903.424 7.425.083.102 10.026.287.354 8.093.239.238 30.358.372.651
Água Mineral 4.720.452 88.454.224 8.878.113 121.033.938 48.928.600 272.015.326
Biodiesel 19.450.638 1.121.663 19.775.851 33.111.543 28.878.728 102.338.425
Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 14.280.895 58.692.044 56.464.214 645.643.361 152.606.048 927.686.562
Embarcações e Aeronaves 132.800.955 347.809.359 125.084.007 3.609.985.036 178.202.363 4.393.881.721
Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 63.321.676 379.978.170 441.981.003 1.758.489.243 374.001.927 3.017.772.019
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 52.758.674 159.295.997 455.893.505 903.396.265 199.074.647 1.770.419.087
Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 1.663.119 8.460.247 1.717.641 24.473.100 8.513.909 44.828.017
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 3.513.840 3.559.903 1.085.955 32.324.902 6.157.090 46.641.690
Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 46.326.213 219.767.196 188.689.344 1.637.819.029 541.067.293 2.633.669.075
Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 49.209.597 285.690.243 47.463.487 1.771.852.318 546.475.389 2.700.691.033
Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 3.404.280 11.050.955 4.287.459 259.056.323 59.354.134 337.153.151
Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial 531.545 5.008.439 1.253.068 11.621.657 2.617.814 21.032.522
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 131.764 29.272 161.035
Gás Natural Liquefeito 0 94.672.435 0 26.658.280 0 121.330.715
Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 47.201 46.049 1.015.234 10.305.826 5.123.015 16.537.326
Livros 4.435.982 186.002.480 36.401.846 1.147.068.485 121.451.780 1.495.360.573
Máquinas e Equipamentos - CNPq 1.848.821 12.209.825 6.480.425 158.469.857 17.694.993 196.703.921
Medicamentos 264.508.684 95.975.418 613.045.384 6.216.344.694 371.345.700 7.561.219.880
Minha Casa, Minha Vida 2.867.531 47.628.456 27.774.205 31.291.737 16.451.449 126.013.378
PADIS 0 0 0 8.449.984 2.378.286 10.828.270
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 42.530.317 230.482.217 157.534.404 1.404.493.125 290.255.654 2.125.295.717
Petroquímica 0 368.045.845 0 282.680.455 324.046.922 974.773.222
Produtos Químicos e Farmacêuticos 89.283.510 253.528.881 1.219.529.469 5.547.905.383 1.067.249.812 8.177.497.056
PROUNI 41.241.510 203.091.060 66.394.172 601.251.667 137.663.095 1.049.641.505
RECINE 57.921 53.139 0 3.580.019 95.871 3.786.951
Rede Arrecadadora 1.985.956 7.385.010 95.231.730 222.133.929 18.726.950 345.463.575
REIDI 0 162.432.869 171.943.157 983.172.812 138.976.047 1.456.524.886
RETID 0 0 0 28.801.936 1.196.114 29.998.050
Simples Nacional 1.406.288.136 4.778.811.253 3.049.355.693 18.699.365.811 8.281.361.068 36.215.181.961
TEF - Tributação Específica do Futebol 36.956.337 92.101.292 64.287.610 344.356.878 111.821.259 649.523.375
Termoeletricidade 3.528.786 41.672.234 754.365 474.777.696 80.705.712 601.438.793
Transporte Coletivo 12.581.651 81.061.340 27.980.247 228.585.390 69.097.090 419.305.717
Transporte Escolar 271.423 7.740.960 880.026 16.085.829 16.640.941 41.619.179
QUADRO VII-REGIONAL
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024
POR TIPO DE TRIBUTO E MODALIDADE DE GASTO - REGIONALIZADO
UNIDADE: R$ 1,00
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL
Trem de Alta Velocidade 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 2.809.279.687 0 0 0 0 2.809.279.687
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0 0 0 0 0
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 0 0 0 619.854 177.239 797.093
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 0 0 0
PADIS 0 0 0 619.854 177.239 797.093
Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM 2.078.735.448 807.393.461 0 16.296.223 2.889.807 2.905.314.939
Amazônia Ocidental 1.148.889.136 0 0 0 0 1.148.889.136
Doações de Bens para Entidades Filantrópicas 0 24.656 0 49.075 70.041 143.772
Livros, Jornais e Periódicos 117.925 485.745 0 15.189.894 2.786.283 18.579.846
Mercadorias Norte e Nordeste 929.702.982 806.835.725 0 0 0 1.736.538.707
Pesquisas Científicas 25.405 47.335 0 1.057.255 33.483 1.163.478
Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE 2.722.741 19.754 220.662 13.671.085 406.715 17.040.956
Programação 2.722.741 19.754 220.662 13.671.085 406.715 17.040.956
Contribuição para a Previdência Social 1.738.770.646 8.224.722.595 5.890.392.105 42.225.288.603 13.609.625.392 71.688.799.341
Dona de Casa 12.051.220 95.663.762 37.610.177 178.902.905 62.437.615 386.665.678
Entidades Filantrópicas 114.822.006 1.853.162.984 1.088.448.237 10.634.996.286 3.159.795.447 16.851.224.960
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0 0 0 0 0
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0 0 0 0 0
Exportação da Produção Rural 146.031.374 345.522.925 924.964.442 6.861.523.433 2.255.365.841 10.533.408.014
Funrural 112.954.892 288.639.621 506.940.772 1.716.645.562 831.698.743 3.456.879.590
MEI - Microempreendedor Individual 239.908.761 1.090.562.782 520.397.300 3.434.736.434 1.201.785.824 6.487.391.101
Simples Nacional 1.058.042.528 4.414.201.467 2.716.425.427 18.886.371.338 5.932.246.184 33.007.286.944
TEF - Tributação Específica do Futebol 54.959.865 136.969.055 95.605.751 512.112.645 166.295.737 965.943.053
Imposto sobre Propriedade Territorial Rural - ITR 3.083.064 29.912.801 1.103.939 9.940.550 16.041.289 60.081.643
ITR 3.083.064 29.912.801 1.103.939 9.940.550 16.041.289 60.081.643
TOTAL 57.019.328.039 65.468.863.700 47.482.074.440 238.461.599.470 77.718.465.574 486.150.331.224
QUADRO VIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REGIONALIZAÇÃO POR TIPO DE TRIBUTO
(VALORES NOMINAIS)
UNIDADE: R$ 1,00

TRIBUTO TOTAL NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL


Imposto sobre Importação - II 6.394.349.966 5.714.107.139 62.508.615 3.163.420 581.084.685 33.486.107
Imposto sobre a Renda Pessoa Física - IRPF 83.028.955.688 3.465.488.593 12.768.535.126 8.732.049.954 44.751.086.445 13.311.795.569
Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica - IRPJ 87.476.614.858 8.506.230.214 15.234.954.885 7.501.452.915 43.554.704.617 12.679.272.227
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF 20.262.229.520 319.601.728 1.713.913.288 1.220.995.659 13.681.808.177 3.325.910.668
Imposto sobre Produtos Industrializados - Operações Internas - IPI-Interno 33.460.250.998 19.559.625.572 7.271.781.045 801.136.510 4.602.497.264 1.225.210.607
Imposto sobre Produtos Industrializados - Vinculado à Importação - IPI-Vinculado 5.897.413.658 5.507.448.202 34.983.848 1.944.047 339.009.841 14.027.719
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 10.019.038.178 891.562.638 1.993.365.031 1.291.337.723 4.207.223.670 1.635.549.115
Imposto sobre Propriedade Territorial Rural - ITR 60.081.643 3.083.064 29.912.801 1.103.939 9.940.550 16.041.289
Contribuição Social para o PIS-PASEP 24.156.060.154 1.447.156.348 2.564.954.830 3.360.872.373 12.035.804.520 4.747.272.084
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 24.429.929.013 1.091.653.573 2.554.529.440 2.384.092.846 13.799.814.339 4.599.838.815
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 116.353.455.218 6.693.142.132 12.207.288.982 16.293.312.288 58.642.749.597 22.516.962.220
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 797.093 0 0 0 619.854 177.239
Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM 2.905.314.939 2.078.735.448 807.393.461 0 16.296.223 2.889.807
Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE 17.040.956 2.722.741 19.754 220.662 13.671.085 406.715
Contribuição para a Previdência Social 71.688.799.341 1.738.770.646 8.224.722.595 5.890.392.105 42.225.288.603 13.609.625.392

TOTAL 486.150.331.224 57.019.328.039 65.468.863.700 47.482.074.440 238.461.599.470 77.718.465.574


QUADRO IX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REGIONALIZAÇÃO POR TIPO DE TRIBUTO
(RAZÕES PERCENTUAIS)
UNIDADE: %

TRIBUTO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL


Imposto sobre Importação - II 70,83 1,55 0,87 23,93 2,82 100,00
Imposto sobre a Renda Pessoa Física - IRPF 4,07 15,30 10,50 54,62 15,51 100,00
Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica - IRPJ 8,47 18,07 8,58 52,13 12,74 100,00
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte -IRRF 1,68 8,17 5,96 67,96 16,23 100,00
Imposto sobre Produtos Industrializados - Operações Internas - IPI-Interno 71,40 14,69 1,48 9,81 2,62 100,00
Imposto sobre Produtos Industrializados - Vinculado à Importação - IPI-Vinculado 90,38 0,68 0,07 8,21 0,66 100,00
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 8,24 21,01 13,50 41,73 15,52 100,00
Imposto sobre Propriedade Territorial Rural - ITR 5,13 49,79 1,84 16,55 26,70 100,00
Contribuição Social para o PIS-PASEP 17,51 8,11 14,60 43,44 16,34 100,00
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 2,94 10,25 9,77 59,71 17,32 100,00
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 13,10 9,38 12,93 46,77 17,82 100,00
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 0,00 0,00 0,00 37,79 62,21 100,00
Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM 63,61 36,05 0,00 0,29 0,05 100,00
Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE 29,53 0,35 2,69 65,87 1,56 100,00
Contribuição para a Previdência Social 2,32 10,54 8,05 59,09 20,00 100,00

TOTAL 15,90 12,43 9,20 47,71 14,76 100,00


QUADRO X
PRINCIPAIS GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024
UNIDADE: R$ 1,00
GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
Simples Nacional 118.862.739.365 24,45%
Agricultura e Agroindústria 57.177.783.089 11,76%
Rendimentos Isentos e Não Tributáveis - IRPF 51.141.077.336 10,52%
Entidades Sem Fins Lucrativos - Imunes / Isentas 40.211.611.310 8,27%
Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio 35.168.572.516 7,23%
Deduções do Rendimento Tributável - IRPF 31.350.816.715 6,45%
Poupança e Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio 19.389.357.575 3,99%
Medicamentos, Produtos Farmacêuticos e Equipamentos Médicos 19.133.514.284 3,94%
Benefícios do Trabalhador 17.370.611.782 3,57%
Desenvolvimento Regional 16.654.909.887 3,43%
Pesquisas Científicas e Inovação Tecnológica 10.027.120.523 2,06%
Setor Automotivo 9.394.571.414 1,93%
Informática e Automação 8.504.686.147 1,75%
Financiamentos Habitacionais 7.274.967.415 1,50%
Embarcações e Aeronaves 6.565.641.543 1,35%
MEI - Microempreendedor Individual 6.487.391.101 1,33%
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 4.295.492.401 0,88%
PROUNI 3.402.359.873 0,70%
TEF - Tributação Específica do Futebol 2.633.223.528 0,54%
Cultura e Audiovisual 2.467.549.101 0,51%
Livros 1.838.456.803 0,38%
REIDI 1.772.816.123 0,36%
Fundos Constitucionais 1.579.225.373 0,32%
Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 1.308.028.174 0,27%
Petroquímica 1.186.690.000 0,24%
Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 1.129.171.414 0,23%
Investimentos em Infra-Estrutura 1.001.000.132 0,21%
Incentivo ao Desporto 802.276.931 0,17%
Fundos da Criança e do Adolescente 798.356.532 0,16%
Termoeletricidade 732.014.320 0,15%
Seguro Rural 711.270.391 0,15%
Horário Eleitoral Gratuito 565.701.237 0,12%
Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa e Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 544.085.232 0,11%
Transporte Coletivo 510.155.290 0,10%
Fundos do Idoso 426.290.171 0,09%
Máquinas e Equipamentos - CNPq 420.794.250 0,09%
Dona de Casa 386.665.678 0,08%
PADIS 349.060.400 0,07%
Rede Arrecadadora 345.463.575 0,07%
Água Mineral 331.259.882 0,07%
Reciclagem 317.526.513 0,07%
TAXI 298.739.961 0,06%
Minha Casa, Minha Vida 286.394.040 0,06%
Motocicletas 275.430.027 0,06%
QUADRO X
PRINCIPAIS GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024
UNIDADE: R$ 1,00
GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
Aerogeradores 214.896.719 0,04%
Gás Natural Liquefeito 147.734.290 0,03%
Biodiesel 124.556.040 0,03%
ITR 60.081.643 0,01%
RETID 58.078.935 0,01%
Transporte Escolar 50.865.328 0,01%
Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 20.128.740 0,00%
Programação 17.040.956 0,00%
RECINE 11.750.800 0,00%
Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros 11.267.894 0,00%
Evento Esportivo, Cultural e Científico 2.268.659 0,00%
TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Informação e da Comunicação 791.865 0,00%
Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0,00%
Trem de Alta Velocidade 0 0,00%
TOTAL 486.150.331.224 100%
QUADRO XI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO - II
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO II
1 Áreas de Livre Comércio 31/12/2050 18.721.008 0,00 0,00 0,02
Tabatinga-AM, Guajará-Mirim-RO, Pacaraima e Bonfim-RR , Macapá/Santana-AP e Brasiléia e
Cruzeiro do Sul-AC. Isenção do imposto na entrada de mercadorias estrangeiras, quando
destinadas a consumo e venda internos, beneficiamento de pescado, recursos minerais e
matérias-primas agrícolas ou florestais, agricultura e piscicultura, a turismo, a estocagem para
exportação, para construção e reparos navais e para internação como bagagem acompanhada,
com exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros,
produtos de perfumaria e cosméticos.

Lei nº 7.965/89, art. 3º; Lei nº 8.210/91, art. 4º; Lei nº 8.256/91, arts. 4º e 14; Lei nº 8.387/91,
art.11, § 2º; Lei nº 9065/95, art. 19; Lei nº 13.023/14, art. 3º.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
2
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção do Imposto de Importação incidente nas importações de bens ou mercadorias para uso
ou consumo exclusivo na organização e realização dos Eventos da Copa do Mundo.

Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16, em específico: art. 3º,§1º,II.

3 Embarcações e Aeronaves indeterminado 540.954.804 0,00 0,02 0,65


Isenção do imposto incidente sobre a importação de partes, peças e componentes destinados
ao reparo, revisão e manutenção de embarcações e aeronaves. Isenção do Imposto sobre
Importação - II e do IPI incidente sobre a importação de partes, peças e componentes
destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de
embarcações registradas no REB, desde que realizadas em estaleiros navais brasileiros.

Lei nº 8.032/90, art. 2º, II, j; Lei nº 8.402/92, art. 1.º, IV; Lei nº 9.493/97, art. 11.

4 Equipamentos Desportivos 31/12/2015 não vigente ... ... ...


Isenção do Imposto de Importação incidente na importação de equipamentos e materiais
destinados, exclusivamente, ao treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para
competições desportivas em jogos olímpicos, paraolímpicos, pan-americanos, parapan-
americanos, nacionais e mundiais.
Lei nº 10.451/02, arts. 8º a 13, em específico:art. 8º; Lei nº 11.827/08, art. 5º; Lei nº
12.649/12, art. 9º.

5 Evento Esportivo, Cultural e Científico indeterminado 1.171.905 0,00 0,00 0,00


Isenção do II incidente na importação de troféus, medalhas, placas, estatuetas, distintivos,
flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em evento cultural, científico
ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos gratuitamente como
premiação em evento esportivo realizado no País; bens dos tipos e em quantidades
normalmente consumidos em evento esportivo oficial; material promocional, impressos,
folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou
utilizados em evento esportivo oficial; bens importados por desportistas, desde que tenham
sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de
prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento.

Lei nº 11.488/07, art. 38.

6 Máquinas e Equipamentos - CNPq indeterminado 130.266.587 0,00 0,01 0,16


Isenção do imposto nas importações de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos,
bem como suas partes e peças de reposição, destinados à pesquisa científica e tecnológica.
Isenção do imposto para importações autorizadas pelo CNPq.

Lei nº 8.010/90, art. 1º; Lei nº 8.032/90, art. 2º, I, e, f e g; Lei nº 10.964/04, arts. 1º e 3º; Lei nº
13.243/16, arts. 8º e 9º; Decreto nº 6.759/09, art. 136; Decreto nº 9.283/2018, art. 71.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
7
Paraolímpicos de 2016
Isenção do Imposto de Importação incidente nas importações de bens ou mercadorias para uso
ou consumo exclusivo na organização e realização dos Jogos.
Lei nº 12.780/13, art. 4º, §1º, II; Decreto n° 8.463/15, art. 7º, § 1º, II.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de 31/12/2026 31.491.478 0,00 0,00 0,04
8
Semicondutores
Redução a zero da alíquota do II incidente sobre máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, ferramentas computacionais (software) para incorporação no ativo imobilizado.
e matéria-prima e insumos importados.
QUADRO XI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO - II
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO II
Lei 11.484/07, arts. 1º a 11, em específico: art. 3º, § 5º; Lei nº 13.159; Lei n° 13.169/15, art. 12,
Lei 14.302/22 e Decreto 10.615/21

PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
9
para a TV Digital
Redução a zero da alíquota do II incidente sobre máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, para incorporação no ativo imobilizado.
Lei nº 11.484/07, arts. 12 a 22 e 66, em específico art. 14, § 5º.

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
10

Suspensão do Imposto de Importação incidente na importação de matérias-primas e produtos


intermediários destinados à fabricação dos equipamentos. A suspensão converte-se em
alíquota zero após a incorporação ou utilização dos bens nos equipamentos.

Lei nº 12.249/10, arts. 6 a 14 e 139, em específico: art. 9º, III; Lei nº 12.715/12, arts. 15 a 23 e
78, em específico: art. 18, III.

RECINE - Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição 31/12/2024 396.878 0,00 0,00 0,00
11
Cinematográfica
Suspensão da exigência do Imposto de Importação incidente na importação de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação no ativo permanente e
utilização em complexos de exibição ou cinemas itinerantes, bem como de materiais para sua
construção. A suspensão do Imposto de Importação aplica-se somente a produtos sem similar
nacional. A suspensão converte-se em isenção após incorporação no ativo permanente e
utilização do bem ou material de construção no complexo de exibição cinematográfica. As
máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos e materiais de construção com o
tratamento tributário de que trata o caput deste artigo serão relacionados em regulamento.

Lei nº 12.599/12, arts.12 a 14; Decreto nº 7.729/12; Lei nº 13.594/18; Lei nº 14.044/2020.

RECOPA - Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou 30/06/2014 não vigente ... ... ...
12
Modernização de Estádios de Futebol
Suspensão do Imposto de Importação incidente sobre máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação no estádio
de futebol da pessoa jurídica beneficiária do RECOPA. A suspensão converte-se em alíquota
zero após a utilização ou incorporação do bem.

Lei nº 12.350/10, arts. 17 a 21, em específico: art. 19, V.

RENUCLEAR - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares 31/12/2020 não vigente ... ... ...
13

Suspensão do Imposto de Importação sobre a importação de máquinas, aparelhos,


instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou
incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado, quando os referidos
bens ou materiais de construção forem importados por pessoa jurídica beneficiária do
RENUCLEAR. A suspensão converte-se em isenção após a utilização ou incorporação do bem ou
material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.431/11, arts. 14 a 17, em específico: art. 16, III.

REPENEC - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da 30/06/2016 não vigente ... ... ...
14 Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Suspensão do Imposto de Importação incidente na importação de máquinas, aparelhos,


instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou
incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado de pessoa jurídica
beneficiária do REPENEC. As suspensões convertem-se em alíquota zero após a utilização ou
incorporação do bem ou material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.249/10, arts. 1º a 5º, em específico: art. 3º, V.

REPORTO - Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura 31/12/2023 não vigente ... ... ...
15
Portuária
QUADRO XI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO - II
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO II
Suspensão do II sobre importações de máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros
bens importados pelos beneficiários do REPORTO e destinados ao seu ativo imobilizado para
utilização exclusiva na execução de serviços de: carga, descarga, armazenagem e
movimentação de mercadorias e produtos; sistemas suplementares de apoio operacional;
proteção ambiental; sistemas de segurança e de monitoramento de fluxo de pessoas,
mercadorias, produtos, veículos e embarcações; dragagens; e treinamento e formação de
trabalhadores, inclusive na implantação de Centros de Treinamento Profissional. São
beneficiários do REPORTO o operador portuário, o concessionário de porto organizado, o
arrendatário de instalação portuária de uso público e a empresa autorizada a explorar
instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo, inclusive aquelas que operam com
embarcações de offshore, o concessionário de transporte ferroviário, empresas de dragagem,
recintos alfandegados de zona secundária e dos Centros de Treinamento Profissional. A
suspensão do Imposto de Importação converte-se em isenção após o decurso do prazo de 5
(cinco) anos, contado da data da ocorrência do respectivo fato gerador.

Lei nº 11.033/04, arts. 13 a 16, em específico: art. 14; Decreto nº 6.582/08; Lei nº 11.774/08,
art. 5º; Lei nº 12.715/12, art. 39; Lei nº 12.688/12, art. 30; Lei n° 13.169, art. 7°, Lei 14.301/22.

16 Rota 2030 31/12/2023 não vigente ... ... ...


Importação de partes, peças, componentes, conjuntos, subconjuntos, acabados e
semiacabados, e pneumáticos, todos novos e sem capacidade de produção nacional
equivalente, destinados à industrialização de produtos automotivos.

MP nº 843/18; Lei nº 13.755/18, art. 21; Decreto nº 9.557/18, art.34.

17 Setor Automotivo 30/04/2011 não vigente ... ... ...


Redução do imposto incidente na importação de partes, peças,componentes, conjuntos e
subconjuntos, acabados e semi-acabados, e pneumáticos, destinadas aos processos produtivos
das empresas montadoras e dos fabricantes de veículos leves, ônibus, caminhões, reboques e
semi-reboques, chassis com motor, carrocerias, tratores rodoviários para semi-reboques,
tratores agrícolas e colheitadeiras, máquinas rodoviárias e auto peças,componentes, conjuntos
e subconjuntos necessários à produção dos veículos aqui listados, incluídos os destinados ao
mercado de reposição. I - 40% até 31 de agosto de 2010; II - 30% até 30 de novembro de 2010;
III - 20% até 30 de maio de 2001; IV - 0% a partir de 1º de junho de 2011.

Lei nº 10.182/01, art. 5º, § 1º; Lei nº 12.350/10, art. 42º.

18 Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental 05/10/2073 5.671.347.306 0,05 0,22 6,76
Isenção do imposto na entrada de mercadorias na ZFM, destinadas a seu consumo interno ou
industrialização em qualquer grau, inclusive beneficiamento, agropecuária, pesca, instalação e
a estocagem para reexportação, com exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas,
automóveis de passageiros, produtos de perfumaria e cosméticos. Redução do imposto na
saída de produtos industrializados na ZFM, para qualquer ponto do território nacional. Bens de
informática - coeficiente de redução resultante da relação entre os valores de matérias-primas
e outros insumos nacionais e da mão-de-obra empregada no processo produtivo, e os valores
de matérias-primas e demais insumos nacionais e estrangeiros e da mão-de-obra empregada.
Automóveis, tratores e outros veículos terrestres - coeficiente de redução acrescido de cinco
pontos percentuais. Demais produtos - redução de 88% (oitenta e oito por cento). Isenção do
imposto, até o limite de compras de US$ 2.000, no caso de bagagem de viajantes procedentes
da ZFM.

Decreto-Lei nº 288/67, art. 3º, § 1º, art. 7º, II; Decreto-Lei nº 356/68, art. 1º; Decreto-Lei nº
2.434/88, art. 1º, II, c; Lei nº 8.032/90, art. 2º, II, d, art. 4º; Lei nº 8.387/91, art. 1º; Constituição
Federal do Brasil, ADCT, arts. 40, 92 e 92-A; Portaria Interministerial MIR/MCT/CICT/MC nº
272/93, art. 1º; Portaria Interministerial MDIC/MCTI nº 309/15, art. 1º; Portaria
Interministerial MDIC/MCTIC nº 50/18, art. 1º.

TOTAL 6.394.349.966 0,06 0,25 7,63


QUADRO XII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA FÍSICA - IRPF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPF
1 Aposentadoria de Declarante com 65 Anos ou Mais indeterminado 15.096.416.093 0,13 0,58 4,20
Isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física, de parcela definida em lei, dos rendimentos
provenientes de aposentadoria e pensão, de transferência para a reserva remunerada ou de
reforma pagos pela Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, por qualquer pessoa jurídica de direito público interno ou por entidade de
previdência privada, a partir do mês em que o contribuinte completar 65 (sessenta e cinco)
anos de idade, sem prejuízo da parcela isenta prevista na tabela de incidência mensal do
imposto.
Lei nº 7.713/88, art. 6º, inciso XV; Lei nº 12.469/11; Lei nº 13.149/15.

2 Aposentadoria por Moléstia Grave ou Acidente indeterminado 23.605.747.704 0,21 0,91 6,56
Isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física incidente sobre rendimentos de aposentadoria
ou reforma motivada por acidente em serviço ou moléstia profissional; aposentadoria, reforma
ou pensão, recebidos por portadores de fibrose cística (mucoviscidose), tuberculose ativa,
alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia
irreversível e incapacitante, hepatopatia grave, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados da doença de Paget
(osteíte deformante), contaminação por radiação e síndrome de imunodeficiência adquirida
(Aids).

Lei nº 7.713/88, art. 6º, inciso XIV; Lei nº 11.052/04.

3 Atividade Audiovisual 31/12/2024 1.775.208 0,00 0,00 0,00


Dedução do imposto de renda devido, de 100% da quantia aplicada em investimentos na
produção de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras de produção independente,
mediante a aquisição de quotas representativas de direitos de comercialização sobre as
referidas obras, desde que esses investimentos sejam realizados no mercado de capitais, em
ativos previstos em lei e autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários, e os projetos de
produção tenham sido previamente aprovados pelo Ministério da Cultura. Dedução do
imposto de renda devido das quantias referentes ao patrocínio à produção de obras
cinematográficas brasileiras de produção independente, cujos projetos tenham sido
previamente aprovados pela Ancine, do imposto de renda devido apurado na declaração de
ajuste anual pelas pessoas físicas. Dedução limitada: a 6% (seis por cento) do imposto devido
pelas pessoas físicas, conjuntamente com as deduções de que trata o art. 22 da Lei nº 9.532/97.
Dedução do imposto de renda devido das quantias aplicadas na aquisição de cotas dos
Funcines.

Lei nº 8.685/93, arts. 1º e 1º-A; Lei nº 9.532/97, art. 22; Lei nº 9.250/95, art. 12; MP nº
2.228/01, art. 44.

4 Despesas com Educação indeterminado 5.241.356.071 0,05 0,20 1,46


Dedução da base de cálculo do IRPF das despesas com instrução do contribuinte e de seus
dependentes, até o limite estabelecido em lei, efetuados a estabelecimentos de ensino,
relativamente à educação infantil, compreendendo as creches e as pré-escolas; ao ensino
fundamental; ao ensino médio; à educação superior, compreendendo os cursos de graduação e
de pós-graduação (mestrado, doutorado e especialização); e à educação profissional,
compreendendo o ensino técnico e o tecnológico.

Lei nº 9.250/95, art. 8º; Lei nº 12.469/11.

5 Despesas Médicas indeterminado 26.109.460.644 0,23 1,01 7,26


Dedução da base de cálculo do IRPF das despesas com médicos, dentistas, psicólogos,
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, hospitais, e com exames
laboratoriais e serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias.

Lei nº 9.250/95, art. 8º, II, a.

6 Fundos de Direitos da Criança e do Adolescente indeterminado 341.289.726 0,00 0,01 0,09


Dedução do imposto de renda devido, das contribuições feitas aos Fundos controlados pelos
Conselhos Municipais, Estaduais e Nacionais dos Direitos da Criança e do Adolescente. Dedução
limitada: a 6% (seis por cento) do imposto devido pelas pessoas físicas, conjuntamente com as
deduções de que trata o art. 22 da Lei nº 9.532/97.

Lei nº 8.069/90, art. 260, II; Lei nº 9.250/95, art. 12, I; Lei nº 9.532/97, art 22.

7 Fundos do Idoso indeterminado 14.685.143 0,00 0,00 0,00


Dedução do Imposto de Renda Devido, das contribuições feitas aos Fundos controlados pelos
Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional do Idoso. Dedução limitada a 6% do IR devido
conjuntamente com as deduções de que trata o art. 22 da Lei nº 9.532/97.

Lei nº 9.250/95, art. 12, I; Lei nº 9.532/97, art. 22.

8 Incentivo à Formalização do Emprego Doméstico 31/12/2018 não vigente ... ... ...
QUADRO XII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA FÍSICA - IRPF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPF
Dedução do IR devido pelas Pessoas Físicas, da contribuição patronal paga à Previdência Social
pelo empregador doméstico incidente sobre o valor da remuneração do empregado. Limitada
ao valor da contribuição patronal calculada sobre um salário mínimo mensal, sobre o 13º salário
e sobre a remuneração adicional de férias, referidos também a um salário mínimo.

Lei nº 9.250/95 art. 12, VII, § 3º.

9 Incentivo à Reciclagem indeterminado 110.901.759 0,00 0,00 0,03


Dedução de 1% do Imposto Devido relativo à quantia efetivamente despendida no apoio direto
aos projetos de que trata o caput do art. 3º da referida Lei, limitado a 6% (seis por cento) do
imposto de renda devido apurado na Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da
Pessoa Física, em conjunto com as deduções de que tratam o art. 22 da Lei nº 9.532, de 10 de
dezembro de 1997, e o inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº 11.438, de 29 de dezembro de 2006.

Lei nº 14.260, de 08 de dezembro de 2021.

10 Incentivo ao Desporto 31/12/2027 9.039.115 0,00 0,00 0,00


Dedução do imposto de renda devido dos valores despendidos a título de patrocínio ou doação
no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo
Ministério do Esporte, limitada a 6% (seis por cento) do IR devido conjuntamente com as
deduções de que trata o art. 22 da Lei nº 9.532/1997.

Lei nº 11.438/06, art. 1º; Lei nº 14.439/22.

11 Indenizações por Rescisão de Contrato de Trabalho indeterminado 10.363.290.596 0,09 0,40 2,88
Isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física de: indenização e aviso prévio não trabalhado
pagos por despedida ou rescisão de contrato de trabalho assalariado, até o limite garantido
pela lei trabalhista ou por dissídio coletivo e convenções trabalhistas homologados pela Justiça
do Trabalho; verbas especiais indenizatórias pagas em decorrência de incentivo à demissão
voluntária (PDV); indenização por acidente de trabalho; e saque de FGTS.

Lei nº 7.713/88, art. 6º, inciso V; Lei nº 8.036/90, art. 28.

12 Programa Nacional de Apoio à Cultura indeterminado 59.370.687 0,00 0,00 0,02


Dedução do imposto de renda devido, de 80% das doações e 60% dos patrocínios, em favor de
projetos culturais, devidamente aprovados. Dedução do imposto de renda devido, de 100% do
valor efetivamente pago, relacionados a produção cultural nos segmentos de artes cênicas,
livros de valor artístico, literário ou humanístico, música erudita ou instrumental, exposições de
artes visuais, doações de acervos para bibliotecas públicas, museus, arquivos públicos e
cinematecas, bem assim treinamento de pessoal e aquisição de equipamentos para a
manutenção desses acervos, produção de obras cinematográficas e videofonográficas de curta
e média metragem e preservação e difusão de acervo audiovisual e preservação do patrimônio
cultural material e imaterial. Dedução imposto de renda devido, de 100% do valor efetivamente
pago, relacionados a produção obras cinematográficas e vídeofonográficas brasileiras de longa ,
média e curta metragens de produção independente, de co-produção de obras
cinematográficas e videofonográficas brasileiras de produção independente, de telefilmes,
minisséries, documentais, ficcionais, animações e de programas de televisão de caráter
educativo e cultural brasileiros de produção independente, aprovados pela Ancine. Dedução
limitada: a 6% (seis por cento) do imposto devido pelas pessoas físicas, conjuntamente com as
deduções de que trata o art. 22 da Lei nº 9.532/97.

Lei nº 8.313/91, art. 18, § 3º e art. 26, I; Lei nº 9.250/95, art. 12, II; Lei nº 9.532/97, art.22; MP
nº 2.228/01, art. 39, X e § 6º; Decreto nº 5.761/06, arts. 28 e 29.

Pronas/PCD - Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência 31/12/2020 não vigente ... ... ...
13

Dedução do imposto de renda devido, das doações e dos patrocínios efetuados em prol de
ações e serviços de reabilitação da pessoa com deficiência, previamente aprovados pelo
Ministério da Saúde e desenvolvidos pelas instituições que se destinam ao tratamento de
deficiências físicas, motoras, auditivas, visuais e intelectuais. Poderá deduzir até cem por cento
das doações e oitenta por cento dos patrocínios. Limitadas a um por cento do IR devido,
individualmente, sem limite conjunto.

Lei nº 12.715/12, arts. 3º e 4º; Lei nº 9250/85, art. 12, VIII; Lei nº 13.169/15, art. 10.

14 Pronon - Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica 31/12/2020 não vigente ... ... ...
Dedução do imposto de renda devido, das doações e dos patrocínios efetuados em prol de
ações e serviços de atenção oncológica, previamente aprovados pelo Ministério da Saúde e
desenvolvidos pelas instituições de prevenção e combate ao câncer. Até cem por cento das
doações e oitenta por cento dos patrocínios. Limitadas a um por cento do IR devido,
individualmente, sem limite conjunto.
Lei nº 12.715/12, arts. 1º a 14; Lei nº 13.169/15, art. 10.
QUADRO XII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA FÍSICA - IRPF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPF

15 Seguro ou Pecúlio Pago por Morte ou Invalidez indeterminado 2.075.622.943 0,02 0,08 0,58
Isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física incidente sobre o capital das apólices de seguro
ou pecúlio pago por morte do segurado e os prêmios de seguro restituídos em qualquer caso;
pecúlio recebido de entidade de previdência complementar, em prestação única, em
decorrência de morte ou invalidez permanente do participante.

Lei nº 7.713/88, art. 6º, incisos VII e XIII.

TOTAL 83.028.955.688 0,72 3,21 23,08


QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
1 Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados indeterminado 9.593.263.013 0,08 0,37 2,50
Dedução, como despesa operacional, dos gastos realizados pelas empresas com serviços de
assistência médica, odontológica, farmacêutica e social, destinados indistintamente a todos os
seus empregados e dirigentes.
Lei nº 9.249/95, art. 13, V.

2 Associações de Poupança e Empréstimo indeterminado 19.908.677 0,00 0,00 0,01


Isenção do imposto às associações, devidamente autorizadas pelo órgão competente,
constituídas sob a forma de sociedade civil, tendo por objetivo propiciar ou facilitar a aquisição
de casa própria aos associados, captar, incentivar e disseminar a poupança, que atendam às
normas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.

Decreto-Lei nº 70/66, arts. 1º e 7º.

3 Atividade Audiovisual - Dedução Despesa Operacional 31/12/2024 745.491 0,00 0,00 0,00
As pessoas jurídicas sujeitas ao lucro real poderão, também, abater o total dos investimentos
efetuados na forma do art. 1º da Lei nº 8.685/93, como despesas operacionais. O abatimento
será efetuado mediante ajuste ao lucro líquido para determinação do lucro real.

Lei nº 8.685/93, art. 1º, § 4º; Decreto nº 3.000/99 art. 372, § único; Lei nº 12.375/10, arts. 12 e
13.

4 Atividade Audiovisual - Dedução IR 31/12/2024 78.296.924 0,00 0,00 0,02


As pessoas jurídicas sujeitas ao lucro real poderão deduzir do imposto devido as quantias
referentes: a investimentos em projetos de produção independente de obras audiovisuais
cinematográficas brasileiras; a investimentos em projetos específicos da área audiovisual,
cinematográfica de exibição, distribuição e infra-estrutura técnica apresentados por empresa
brasileira; a investimentos em projetos de produção de obras cinematográficas e
videofonográficas brasileiras de longa, média e curta metragens de produção independente, de
co-produção de obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de produção
independente, de telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais, animações e de programas
de televisãode caráter educativo e cultural, brasileiros de produção independente; a aquisição
de quotas dos Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional (Funcines); ao
patrocínio à produção de obras cinematográficas brasileiras de produção independente; a
patrocínios aos projetos específicos da área audiovisual, cinematográfica de difusão,
preservação, exibição, distribuição e infra-estrutura técnica apresentados por empresa
brasileira; os patrocínios à projetos de produção de obras cinematográficas e videofonográficas
brasileiras de longa, média e curta metragens de produção independente, de co-produção de
obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de produção independente, de
telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais, animações e de programas de televisãode
caráter educativo e cultural, brasileiros de produção independente. Limite individual de 4% do
IR devido. Limite conjunto Cultura e Audiovisual de 4% do IR devido. O adicional não é
dedutível.

Lei nº 8.685/93, arts. 1º, 1º-A; Lei nº 9.323/96, art. 1º; Lei nº 9.532/97, arts. 5º e 6º; Lei nº
11.437/06, arts. 7º, 8º e 9º; Lei nº 12.375/10, arts. 12 e 13; MP nº 2.228/01, art. 39, § 6º, arts.
44 e 45; Lei 13.594/18, art. 3º.

Benefícios Previdenciários a Empregados e FAPI - Fundo de Aposentadoria Individual indeterminado 1.085.669.310 0,01 0,04 0,28
5

Benefícios Previdênciários, dedução, como despesa operacional, dos gastos realizados com
contribuições, não compulsórias destinada a custear planos de benefícios complementares
assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes da
pessoa jurídica. Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI, dedução, como
despesa operacional, do valor das quotas adquiridas em favor de seus empregados ou
administradores, do FAPI, desde que o plano atinja, no mínimo, 50% dos seus empregados.

Lei nº 9.249/95, art. 13, V; Lei nº 9.477/97, arts. 7º e 10; Lei nº 9.532/97, art. 11, §§2º, 3º e 4º;
Lei nº 10.887/04.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
6
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção do IRPJ à Subsidiária Fifa no Brasil e aos Prestadores de Serviços da Fifa (estabelecidos
no Brasil sob a forma de sociedade com finalidade específica) em relação aos fatos geradores
decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização da
Copa das Confederações e da Copa do Mundo.

Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.


QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
7 Creches e Pré-Escolas 31/12/2018 não vigente ... ... ...
Regime especial de tributação aplicável à construção ou reforma de estabelecimentos de
educação infantil. Pagamento unificado de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS equivalente a 1% (um por
cento) da receita mensal auferida pela construtora em virtude da realização da obra submetida
ao regime especial de tributação. Cabe ao IRPJ 0,31%.

Lei nº 12.715/12, arts. 24 a 27.

Debêntures de sociedades de propósito específico para investimento na área de indeterminado 674.610.053 0,01 0,03 0,18
8
infraestrutura
Os rendimentos auferidos serão tributados, exclusivamente na fonte, à alíquota de 15%
(quinze por cento), quando auferidos por pessoa jurídica. Emissão até 31/12/2030.

Lei nº 12.431/11, arts. 2º e 3º.

Debêntures de sociedades de propósito específico para investimento na Produção indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
9
Econômica Intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
Os rendimentos auferidos serão tributados, exclusivamente na fonte, à alíquota de 15%
(quinze por cento), quando auferidos por pessoa jurídica. Emissão até 31/12/2030.

Lei nº 12.431/11, arts. 2º e 3º.

10 Despesas com Pesquisas Científicas e Tecnológicas indeterminado 3.185.450.206 0,03 0,12 0,83
Dedução, como despesa operacional, das despesas: com pesquisas científicas ou tecnológicas,
inclusive com experimentação para criação ou aperfeiçoamento de produtos, processos
fórmulas e técnicas de produção, administração ou venda; com pesquisa de recursos naturais,
inclusive prospecção de minerais, desde que realizadas na área de atuação da SUDAM, em
projetos por ela aprovados; com pesquisa de recursos pesqueiros, desde que realizada de
acordo com projeto previamente aprovado pelo IBAMA.

Lei nº 4.506/64, art.53; Decreto-Lei nº 756/69, art. 32, a; Lei nº 7.735/89, art. 2º; MP nº 2.216-
37/01.

11 Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos indeterminado 344.300.454 0,00 0,01 0,09
Dedução, como despesa operacional, das doações efetuadas a: Entidades civis, legalmente
constituídas no Brasil, sem fins lucrativos, que prestem serviços gratuitos em benefício de
empregados da pessoa jurídica doadora, e respectivos dependentes, ou em benefício da
comunidade na qual atuem, até o limite de 2%(dois por cento) do lucro operacional;
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), qualificadas segundo as normas
estabelecidas na Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999. Para fins de Dedução na apuração do
lucro real, as referidas doações estão limitadas a 2% (dois por cento) do lucro operacional da
pessoa jurídica, antes de computada a sua Dedução. A dedutibilidade fica condicionada a que a
entidade beneficiária tenha sua condição de utilidade pública ou de OSCIP reconhecida pelo
órgão competente da União.

Lei nº 9.249/95, art. 13, §2º, III; MP nº 2.158-35/01, art. 59.

12 Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa indeterminado 55.656.502 0,00 0,00 0,01


Dedução, como despesa operacional, das doações até o limite de 1,5% (um e meio por cento)
do lucro operacional, efetuadas às instituições de ensino e pesquisa cuja criação tenha sido
autorizada por lei federal e que preencham os requisitos dos incisos I e II do art. 213 da
Constituição Federal, de 1988, que são: a) comprovação de finalidade não-lucrativa e aplicação
dos excedentes financeiros em educação; b) assegurar a destinação do seu patrimônio a outra
escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de
encerramento de suas atividades.

Lei nº 9.249/95, art. 13, §2º II.

13 Empresa cidadã indeterminado 316.609.582 0,00 0,01 0,08


Dedução do imposto devido do total da remuneração integral paga à empregados, durante os
60 dias de prorrogação da licença maternidade ou 15 dias de prorrogação da licença
paternidade.
Lei nº 11.770/08.

14 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde indeterminado 3.699.446.392 0,03 0,14 0,97
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.
QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ

15 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil indeterminado 2.041.991.180 0,02 0,08 0,53
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

16 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica indeterminado 36.463.336 0,00 0,00 0,01
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

17 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural indeterminado 49.467.814 0,00 0,00 0,01
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

18 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação indeterminado 1.870.219.652 0,02 0,07 0,49
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

19 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica indeterminado 1.050.696.617 0,01 0,04 0,27
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

20 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa indeterminado 112.931.976 0,00 0,00 0,03
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

21 FINAM - Fundo de Investimentos da Amazônia 31/12/2017 não vigente ... ... ...
Redução do IRPJ pela opção de aplicação de percentual do imposto devido, pelas pessoas
jurídicas ou grupos de empresas coligadas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991,
alterado pela Medida Provisória nº 2.199-14, de 24 de agosto de 2001, titulares de
empreendimento de setor da economia considerado, em ato do Poder Executivo, prioritário
para o desenvolvimento regional, aprovados ou protocolizados até 2 de maio de 2001 nas
áreas da SUDAM. A redução será de: 18%, a partir de janeiro de 1998 até dezembro de 2003;
12%, a partir de janeiro de 2004 até dezembro de 2008; 6%, a partir de janeiro de 2009 até
dezembro de 2017.
Lei nº 8.167/91, art. 9º; MP nº 2.199-14/01, art. 4º; MP nº 2.156-5/01, art. 32, XVIII; MP nº
2.157-5/01, art. 32, IV; Lei nº 9.532/97, art. 4 º, § 1º; Lei nº 12.995/14, arts. 1º e 2º.

22 FINOR - Fundo de Investimentos do Nordeste 31/12/2017 não vigente ... ... ...
QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
Redução do IRPJ pela opção de aplicação de percentual do imposto devido, pelas pessoas
jurídicas ou grupos de empresas coligadas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991,
alterado pela Medida Provisória nº 2.199-14, de 24 de agosto de 2001, titulares de
empreendimento de setor da economia considerado, em ato do Poder Executivo, prioritário
para o desenvolvimento regional, aprovados ou protocolizados até 2 de maio de 2001 nas
áreas da SUDENE. A redução será de: 18%, a partir de janeiro de 1998 até dezembro de 2003;
12%, a partir de janeiro de 2004 até dezembro de 2008; 6%, a partir de janeiro de 2009 até
dezembro de 2017.
Lei nº 8.167/91, art. 9º; MP nº 2.199-14/01, art. 4º; MP nº 2.156-5/01, art. 32, XVIII; MP nº
2.157-5/01, art. 32, IV; Lei nº 9.532/97, art. 4 º, § 1º; Lei nº 12.995/14, arts. 1º e 2º.

23 FIP-IE - Fundo de Investimento em Participações em Infra-Estrutura indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Os rendimentos auferidos serão tributados como ganho líquido, à alíquota de 15% (quinze por
cento), quando auferidos por pessoa jurídica. Áreas de energia, transporte, água e saneamento
básico, irrigação e outros considerados prioritários pelo poder executivo.

Lei nº 11.478/07, art. 2º, § 1º, I; Lei nº 12.431/11, art. 4º.

FIP-PD&I - Fundo de Investimento em Participação na Produção Econômica Intensiva em indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
24
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e Debêntures
Os rendimentos auferidos serão tributados como ganho líquido, à alíquota de 15% (quinze por
cento), quando auferidos por pessoa jurídica.
Lei nº 11.478/07, art. 2º, § 1º, I; Lei nº 12.431/11, art. 4º.

25 Fundos de Direitos da Criança e do Adolescente indeterminado 457.066.806 0,00 0,02 0,12


Dedução do imposto de renda devido, das contribuições feitas aos Fundos controlados pelos
Conselhos Municipais, Estaduais e Nacionais dos Direitos da Criança e do Adolescente. Limite
individual de 1% do IR devido. Limite conjunto FCA e F. Idoso de 1% do IR devido. O adicional
não é dedutível.
Lei nº 8.069/90, art. 260; Lei nº 12.594/12, art. 87.

26 Fundos do Idoso indeterminado 411.605.028 0,00 0,02 0,11


Dedução do IR devido do total das doações feitas aos Fundos Nacional, Estaduais ou
Municipais do Idoso devidamente comprovadas, vedada a dedução como despesa operacional.
Limite individual de 1% do IR devido.
Lei nº 12.213/10; Lei nº 12.594/12, art. 88.

27 FUNRES - Fundo de Recuperação Econômica do Espírito Santo 31/12/2013 não vigente ... ... ...
Redução do IRPJ pela opção de aplicação de percentual do imposto devido, pelas pessoas
jurídicas ou grupos de empresas coligadas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991,
alterado pela Medida Provisória nº 2.199-14, de 24 de agosto de 2001, titulares de
empreendimento de setor da economia considerado, em ato do Poder Executivo, prioritário
para o desenvolvimento regional, aprovados ou protocolizados até 2 de maio de 2001 nas
áreas do extinto Grupo Executivo para Recuperação Econômica do Estado do Espírito Santo
(Geres). A redução será de: 25%, a partir de janeiro de 1998 até dezembro de 2003; 17%, a
partir de janeiro de 2004 até dezembro de 2008; 9%, a partir de janeiro de 2009 até dezembro
de 2013.
Lei nº 8.167/91, art. 9º; MP nº 2.199-14/01, art. 4º; MP nº 2.156-5/01, art. 32, XVIII; MP nº
2.157-5/01, art. 32, IV; Lei nº 9.532/97, art. 4 º, § 1º.

28 Horário Eleitoral Gratuito indeterminado 565.701.237 0,00 0,02 0,15


As emissoras de rádio e televisão obrigadas à divulgação gratuita da propaganda partidária e
eleitoral, de plebiscitos e referendos poderão efetuar a compensação compensação fiscal pela
cedência do horário gratuito. O valor da compensação será apurado de acordo com os critérios
dispostos no art. 2º do Decreto 7.791/2012 e poderá ser excluido do lucro líquido para
determinação do lucro real; ou da base de cálculo dos recolhimentos mensais; ou da base de
cálculo do IRPJ incidente sobre o lucro presumido. Aplica-se também às empresas
concessionárias de serviços públicos de telecomunicações, obrigadas ao tráfego gratuito de
sinais de televisão e rádio. Aplica-se também aos comunicados, às instruções e a outras
requisições da Justiça Eleitoral, relativos aos programas partidários e eleitorais.

Lei nº 9.096/95, art. 52, parágrafo único; Lei nº 9.504/ 97, art. 99; Decreto nº 7.791/2012.

29 Incentivo à Reciclagem indeterminado 206.624.754 0,00 0,01 0,05


Dedução no valor de 1% (um por cento) do imposto devido em cada período de apuração
trimestral ou anual, em conjunto com as deduções de que trata o inciso I do § 1º do art. 1º da
Lei nº 11.438, de 29 de dezembro de 2006, observado o disposto no § 4º do art. 3º da Lei nº
9.249, de 26 de dezembro de 1995.
QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
Lei nº 14.260, de 08 de dezembro de 2021.

30 Incentivo ao Desporto 31/12/2027 793.237.816 0,01 0,03 0,21


Dedução do IR devido dos valores despendidos a título de patrocínio ou doação, no apoio
direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do
Esporte. Limite individual de 1% do IR devido. O adicional não é dedutível.

Lei nº 11.438/06; Lei n° 13.155/15, art. 43; Lei nº 14.439/22.

31 Informática e Automação 31/12/2029 6.803.748.918 0,06 0,26 1,78


Crédito financeiro a título de IRPJ concedido para as pessoas jurídicas habilitadas fabricantes
de bens de tecnologias da informação e comunicação que investirem em atividades de
pesquisa, desenvolvimento e inovação. O valor do crédito financeiro é calculado com base no
dispêndio em P&D e no faturamento no mercado interno.

Lei nº 8.248/91, art. 4º; Lei nº 10.176/01, art. 11; Lei nº 11.077/04, Lei nº 13.023/14; Lei n°
13.969/19; e Decreto nº 5.906/06.

32 Inovação Tecnológica indeterminado 5.027.357.622 0,04 0,19 1,31


A pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na determinação do lucro real e da base de
cálculo da CSLL, o valor correspondente a até 60% da soma dos dispêndios realizados no
período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica.
Poderá chegar a até 80% dos dispêndios em função do número de empregados pesquisadores
contratados pela pessoa jurídica. A pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na
determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL o valor correspondente a até 20% da
soma dos dispêndios ou pagamentos vinculados à pesquisa tecnológica e desenvolvimento de
inovação tecnológica objeto de patente concedida ou cultivar registrado. A pessoa jurídica
poderá excluir do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da
CSLL, os dispêndios efetivados em projeto de pesquisa científica e tecnológica e de inovação
tecnológica a ser executado por Instituição Científica e Tecnológica – ICT e por entidades
científicas e tecnológicas privadas, sem fins lucrativos. A exclusão corresponderá, à opção da
pessoa jurídica, a no mínimo a metade e no máximo duas vezes e meia o valor dos dispêndios
efetuados. Exclusão do lucro real e da base de cálculo da CSLL de até 160% dos dispêndios
realizados com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica para as
pessoas jurídicas que utilizarem os benefícios das Leis de capacitação e competitividade do
setor de informática e automação (Leis nº 8.248/1991, 8.387/1991, e 10.176/2001).

Lei nº 11.196/05, arts. 19, 19-A, 26; Lei nº 11.487/07; Lei nº 12.546/11, art. 13; Lei nº
11.774/08, art. 4º.

33 Minha Casa, Minha Vida indeterminado 88.782.153 0,00 0,00 0,02


Redução para 1% da alíquota do regime especial de tributação (RET) incidente sobre as
receitas decorrentes dos projetos de incorporação de imóveis residenciais de interesse social,
no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, com valor comercial até limite estabelecido
em lei. Cabe ao IRPJ 0,31%.
Lei nº 10.931/04, art. 4º, § 6º; Lei nº 12.024/09, art. 2º, Lei nº 13.097/15, arts. 4º e 6º.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
34
Paraolímpicos de 2016
Isenção do IRPJ incidente sobre receitas, lucros e rendimentos auferidos pelas Empresas
vinculadas ao CIO, domiciliadas no País, e pelo RIO 2016 em relação aos fatos geradores
decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização dos
Eventos.
Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de indeterminado 41.805.656 0,00 0,00 0,01
35
Semicondutores
Redução em 100% das alíquotas do IR e adicional incidentes sobre o lucro da exploração, nas
vendas dos dispositivos efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do PADIS.

Lei nº 11.484/07, art. 1º a 11; Lei n° 13.169/15.


Crédito financeiro a título de IRPJ concedido para empresas habilitadas no PADIS. O valor do indeterminado 209.386.080 0,00 0,01 0,05
crédito financeiro é calculado com base no investimento em pesquisa e desenvolvimento e
no faturamento no mercado interno.
Lei nº 11.484/07, art. 1º a 11; Lei n° 13.169/15; Lei n° 13.969/19, Lei 14.302/22

36 PAIT - Planos de Poupança e Investimento indeterminado 6.151.676 0,00 0,00 0,00


QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
Dedução, como despesa operacional, das contribuições pagas pela pessoa jurídica a plano PAIT
por ela instituído, desde que obedeçam a critérios gerais e beneficiem no mínimo 50% dos
empregados.
Decreto-Lei nº 2.292/86, art. 5º, § 2º.

37 PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador indeterminado 2.230.995.130 0,02 0,09 0,58


Dedução do imposto devido de valor equivalente à aplicação da alíquota cabível sobre a soma
das despesas de custeio realizadas, no período-base, em Programas de Alimentação do
Trabalhador, previamente aprovados pelo Ministério do Trabalho. Limite individual de 4% do
IR devido. Limite conjunto PAT e PDTI/PDTA de 4% do IR devido. O adicional não é dedutível.

Lei nº 6.321/76, art. 1º; Lei nº 9.532/97, arts. 5º, 6º, inciso I.

38 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 04/05/2026 1.118.222.212 0,01 0,04 0,29
Reduz para 0% (zero por cento), pelo prazo de 60 (sessenta) meses, contado do início da
produção de efeitos desta Lei, as alíquotas das contribuições PIS, COFINS e CSLL e do IRPJ
incidentes sobre o resultado auferido pelas pessoas jurídicas pertencentes ao setor de
eventos.
Lei nº 14.148, de 03 de maio de 2021.

39 Previdência Privada Fechada indeterminado 183.442.146 0,00 0,01 0,05


Isenção do Imposto de Renda e da CSLL para as entidades de previdência complementar sem
fins lucrativos.
Decreto-Lei 2.065/83, art. 6º; IN SRF nº 588/05, art. 17.

40 PRONAC - Programa Nacional de Apoio à Cultura - Dedução Despesa Operacional indeterminado 255.645.699 0,00 0,01 0,07
Dedução, como despesa operacional, do total do somatório das doações e dos patrocínios no
apoio direto a projetos culturais aprovados na forma da regulamentação do Pronac.

Lei nº 8.313/91, art. 26, § 1º, II; Lei nº 9.249/95, art.13, § 2º, I; Decreto nº 5.761/06, art. 30, §
1º.

41 PRONAC - Programa Nacional de Apoio à Cultura - Dedução IR indeterminado 1.896.253.953 0,02 0,07 0,49
A pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido 40% do somatório das doações e 30% do
somatório dos patrocínios, tanto mediante contribuições ao Fundo Nacional de Cultura (FNC)
na forma de doações, quanto mediante apoio direto a projetos culturais aprovados na forma
da regulamentação do Pronac. A pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido 100% do
somatório das doações e 100% do somatório dos patrocínios, relacionados à produção
cultural, nos segmentos de: Artes cênicas; Livros de valor artístico, literário ou humanístico;
Música erudita ou instrumental; Exposições de artes visuais; Doações de acervos para
bibliotecas públicas, museus, arquivos públicos e cinematecas, bem assim treinamento de
pessoal e aquisição de equipamentos para a manutenção desses acervos; Produção de obras
cinematográficas e videofonográficas de curta e média metragem e preservação e difusão do
acervo audiovisual; e Preservação do patrimônio cultural material e imaterial; Construção e
manutenção de salas de cinema e teatro, que poderão funcionar também como centros
culturais comunitários, em Municípios com menos de 100.000 (cem mil) habitantes. A pessoa
jurídica poderá deduzir do imposto devido 100% do somatório das doações e 100% do
somatório dos patrocínios, relativos à produção de obras cinematográficas e videofonográficas
brasileiras de longa, média e curta metragens de produção independente, de co-produção de
obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de produção independente, de
telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais, animações e de programas de televisão de
caráter educativo e cultural, brasileiros de produção independente, aprovados pela Agência
Nacional do Cinema (Ancine). Limite individual de 4% do IR devido. Limite conjunto Cultura e
Audiovisual de 4% do IR devido. O adicional não é dedutível.

Lei nº 8.313/91, art. 26, §1º; Lei nº 9.249/95, art. 13, §2º, I; Decreto nº 5.761/06, arts. 28 e 30;
Lei nº 8.313/91, art. 18, caput e §§ 1º e 3º; MP nº 2.228/01, art. 39, § 6º e inciso X, art. 53.

42 Pronas/PCD - Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência 31/12/2021 não vigente ... ... ...
QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
Dedução do imposto de renda devido, das doações e dos patrocínios efetuados em prol de
ações e serviços de reabilitação da pessoa com deficiência, previamente aprovados pelo
Ministério da Saúde e desenvolvidos pelas instituições que se destinam ao tratamento de
deficiências físicas, motoras, auditivas, visuais e intelectuais. Até cinquenta por cento das
doações e quarenta por cento dos patrocínios, vedada a dedução como despesa operacional.
Limitadas a um por cento do IR devido, individualmente, sem limite conjunto. Adicional não
dedutível.

Lei nº 12.715/12, arts. 1º a 14; Lei nº 12.844/13, art. 28; Lei n° 13.169/15, art. 10.

43 Pronon - Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica 31/12/2021 não vigente ... ... ...
Dedução do imposto de renda devido, das doações e dos patrocínios efetuados em prol de
ações e serviços de atenção oncológica, previamente aprovados pelo Ministério da Saúde e
desenvolvidos pelas instituições de prevenção e combate ao câncer. Até cinquenta por cento
das doações e quarenta por cento dos patrocínios, vedada a dedução como despesa
operacional. Limitadas a um por cento do IR devido, individualmente, sem limite conjunto.
Adicional não dedutível.

Lei nº 12.715/12, arts. 1º a 14; Lei nº 12.844/13, art. 28; Lei n° 13.169/15, art. 10.

44 PROUNI - Programa Universidade para Todos indeterminado 1.680.554.070 0,01 0,07 0,44
Isenção do imposto à instituição privada de ensino superior, com ou sem fins lucrativo, que
aderir ao PROUNI. A isenção recairá sobre o valor do lucro e será calculada na proporção da
ocupação efetiva das bolsas devidas
Lei nº 11.096/05.

45 Rota 2030 31/07/2023 não vigente ... ... ...


Dedução do IRPJ devido, o valor correspondente à aplicação da alíquota e adicional do IRPJ
sobre até 30% dos dispêndios realizados no País, desde que sejam classificáveis como
despesas operacionais aplicados em pesquisa e desenvolvimento.

MP 843/2018; Lei 13.755/18, art. 11; Decreto nº 9.557/18, art.19.

Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 26.175.912.458 0,23 1,01 6,83
46
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/14.

47 SUDAM - Isenção Projeto Industrial / Agrícola indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção do IRPJ para empreendimento industrial ou agrícola que tenha sido instalado,
ampliado, modernizado ou diversificado, até 31 de dezembro de 1997 ou cujo projeto tenha
sido aprovado ou protocolizado até 14 de novembro de 1997.

Lei nº 9.532/97, art. 3º; Lei nº 9.808/99, art. 13.

48 SUDAM - Isenção Projeto Tecnologia Digital 31/12/2033 0 0,00 0,00 0,00


Isenção do IRPJ para fabricantes de máquinas, equipamentos, instrumentos e dispositivos,
baseados em tecnologia digital, voltados para o programa de inclusão digital, com projetos
aprovados na região da SUDAM e SUDENE. Aprovação até 31/12/2018 e uso por dez anos.

Lei nº 12.546/12, art. 11; MP nº 2.199-14/01, art. 1º, § 1-A; Lei nº 12.715/12, art. 69, Lei nº
12.995/14, art. 10.

49 SUDAM - Redução 75% Projeto Setor Prioritário 31/12/2033 6.213.987.931 0,05 0,24 1,62
Redução de 75% do IRPJ para empreendimentos, com projetos protocolizados e aprovados
após 23 de agosto de 2000, enquadrados em setores da economia considerados, em ato do
Poder Executivo, prioritários para o desenvolvimento regional. Aprovação até 31/12/2018 e
uso por dez anos.
MP nº 2.199-14/01, art. 1º; Lei nº 12.715/12, art. 69, Lei nº 12.995/14, art. 10; Lei nº
13.799/19, art. 1º; Decreto nº 9.682/19.

50 SUDAM - Redução Escalonada Projeto Industrial / Agrícola 31/12/2013 não vigente ... ... ...
QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
Redução escalonada do IRPJ para empreendimentos industriais ou agrícolas instalados a partir
de 1º de janeiro de 1998 ou cujo projeto tenha sido aprovado ou protocolizado após 14 de
novembro de 1997 e até 23 de agosto de 2000. A redução será de: 75% a partir de 1º de
janeiro de 1998 até 31 de dezembro de 2003; 50%, a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de
dezembro de 2008; 25%, a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.

Lei nº 9.532/97, art. 3º, I, II, III e § 1º; Lei nº 9.808/99, art. 13.

51 SUDAM - Redução Escalonada Projeto Setor Prioritário 31/12/2013 não vigente ... ... ...
Redução escalonada do IRPJ para os empreendimentos industriais ou agrícolas enquadrados
em setores da economia considerados, em ato do Poder Executivo, prioritários para o
desenvolvimento regional, mantidos em operação nas áreas de atuação da Sudam e da
Sudene, ou sediados na Zona Franca de Manaus, reconhecidos como de interesse para o
desenvolvimento da região. A redução será de: 37,5%, a partir de 1º de janeiro de 1998 até 31
de dezembro de 2003; 25%, a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008;
12,5%, a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.

Lei nº 9.532/97, art. 3 º, § 2º; MP nº 2.199-14/01, art. 2º.

52 SUDAM - Redução por Reinvestimento 31/12/2023 não vigente ... ... ...
Redução de 30% do IRPJ para os empreendimentos considerados, em ato do Poder Executivo,
prioritários para o desenvolvimento regional, que depositarem no Banco do Nordeste do Brasil
S/A, para reinvestimento, 30% do valor do imposto devido, exceto adicional, calculado sobre o
lucro da exploração, acrescido de 50% de recursos próprios, ficando, porém, a liberação desses
recursos condicionada à aprovação, pela SUDENE, dos respectivos projetos técnico-
econômicos de modernização ou complementação de equipamento.

Lei nº 8.167/91, art. 19; Lei nº 8.191/91, art. 4º; Lei nº 9.532/97, art. 2 º; MP nº 2.199-14/01,
art. 3º; Lei nº 12.715/2012, art. 69; Lei nº13.799/19, art. 1º; Decreto nº 9.682/19.

53 SUDENE - Isenção Projeto Industrial / Agrícola indeterminado 3.428.308 0,00 0,00 0,00
Isenção do IRPJ para empreendimento industrial ou agrícola que tenha sido instalado,
ampliado, modernizado ou diversificado, até 31 de dezembro de 1997 ou cujo projeto tenha
sido aprovado ou protocolizado até 14 de novembro de 1997.

Lei nº 9.532/97, art. 3º; Lei nº 9.808/99, art. 13.

54 SUDENE - Isenção Projeto Tecnologia Digital 31/12/2033 0 0,00 0,00 0,00


Isenção do IRPJ para fabricantes de máquinas, equipamentos, instrumentos e dispositivos,
baseados em tecnologia digital, voltados para o programa de inclusão digital, com projetos
aprovados na região da SUDAM e SUDENE. Aprovação até 31/12/2018 e uso por dez anos.

Lei nº 12.546/12, art. 11; MP nº 2.199-14/01, art. 1º, § 1-A; Lei nº 12.715/12, art. 69; Lei nº
12.995/14, art. 10.

55 SUDENE - Redução 75% Projeto Setor Prioritário 31/12/2033 8.700.954.941 0,08 0,34 2,27
Redução de 75% do IRPJ para empreendimentos, com projetos protocolizados e aprovados
após 23 de agosto de 2000, enquadrados em setores da economia considerados, em ato do
Poder Executivo, prioritários para o desenvolvimento regional. Aprovação até 31/12/2018 e
uso por dez anos.
MP nº 2.199-14/01, art. 1º; Lei nº 12.715/12, art. 69; Lei nº 12.995/14, art. 10; Lei nº
13.799/19, art. 1º; Decreto nº 9.682/19.

56 SUDENE - Redução Escalonada Projeto Industrial / Agrícola 31/12/2013 não vigente ... ... ...
Redução escalonada do IRPJ para empreendimentos industriais ou agrícolas instalados a partir
de 1º de janeiro de 1998 ou cujo projeto tenha sido aprovado ou protocolizado após 14 de
novembro de 1997 e até 23 de agosto de 2000. A redução será de: 75% a partir de 1º de
janeiro de 1998 até 31 de dezembro de 2003; 50%, a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de
dezembro de 2008; 25%, a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.

Lei nº 9.532/97, art. 3º, I, II, III e § 1º; Lei nº 9.808/99, art. 13.

57 SUDENE - Redução Escalonada Projeto Setor Prioritário 31/12/2013 não vigente ... ... ...
QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
Redução escalonada do IRPJ para os empreendimentos industriais ou agrícolas enquadrados
em setores da economia considerados, em ato do Poder Executivo, prioritários para o
desenvolvimento regional, mantidos em operação nas áreas de atuação da Sudam e da
Sudene, ou sediados na Zona Franca de Manaus, reconhecidos como de interesse para o
desenvolvimento da região. A redução será de: 37,5%, a partir de 1º de janeiro de 1998 até 31
de dezembro de 2003; 25%, a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008;
12,5%, a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.

Lei nº 9.532/97, art. 3º, § 2º; MP nº 2.199-14/01, art. 2º.

58 SUDENE - Redução por Reinvestimento 31/12/2023 não vigente ... ... ...
Redução de 30% do IRPJ para os empreendimentos considerados, em ato do Poder Executivo,
prioritários para o desenvolvimento regional, que depositarem no Banco do Nordeste do Brasil
S/A, para reinvestimento, 30% do valor do imposto devido, exceto adicional, calculado sobre o
lucro da exploração, acrescido de 50% de recursos próprios, ficando, porém, a liberação desses
recursos condicionada à aprovação, pela SUDENE, dos respectivos projetos técnico-
econômicos de modernização ou complementação de equipamento.

Lei nº 8.167/91, art. 19; Lei nº 8.191/91, art. 4º; Lei nº 9.532/97, art. 2º; MP nº 2.199-14/01,
art. 3º; Lei nº 12.715/12, art. 69; Lei nº 13.799/19, art. 1º; Decreto nº 9.682/19.

59 TEF - Tributação Específica do Futebol indeterminado 189.231.220 0,00 0,01 0,05


Regime de tributação específico para as Sociedades Anônimas do Futebol que unifica o
recolhimento do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e Contribuição Previdenciária (artigos I, II e III do caput
e no §6º do art. 22 da Lei n° 8.212/91). O regime consiste na tributação das receitas mensais
com a aplicação de uma alíquota de 5%, nos 5 primeiros anos-calendário da constituição da
sociedade, e de 4%, a partir do 6º ano calendário.

Lei n° 14.193/2021 , atrs. 31 e 32.

60 TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Informação e da Comunicação indeterminado 791.865 0,00 0,00 0,00
Exclusão do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real, dos custos e despesas com
capacitação de pessoal que atua no desenvolvimento de programas de computador (software)
das empresas dos setores de tecnologia de informação - TI e de tecnologia da informação e da
comunicação – TIC, sem prejuízo da dedução normal.

Lei nº 11.908/09, art. 11; Lei nº 11.774/08, art. 13-A.

61 Vale-Cultura 31/12/2016 não vigente ... ... ...


Dedução do IRPJ devido do valor despendido a título de aquisição do vale-cultura pela pessoa
jurídica beneficiária tributada com base no lucro real. A dedução é limitada a 1% do IR Devido.
Adicional não dedutível. Dedução como despesa operacional do valor despendido a título de
aquisição do vale-cultura para fins de apuração do imposto sobre a renda.

Lei nº 12.761/12, art. 10.

TOTAL 87.476.614.858 0,76 3,39 22,83


QUADRO XIV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - IRRF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRRF
1 Academia Brasileira de Letras - ABL indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 2º; Lei nº 9532/97, art. 15.

2 Associação Brasileira de Imprensa - ABI indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 2º; Lei nº 9532/97, art. 15.

3 Associações de Poupança e Empréstimo indeterminado 21.842.680 0,00 0,00 0,01


Redução da base de cálculo do imposto. As associações pagarão o imposto devido,
correspondente aos rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, à
alíquota de 15%, calculado sobre 28% do valor dos referidos rendimentos e ganhos líquidos.

Lei nº 9.430/96, art. 57.

4 Atividade Audiovisual indeterminado 175.461.140 0,00 0,01 0,09


Redução de 70% do imposto de renda retido na fonte sobre as importâncias pagas, creditadas,
empregadas, remetidas ou entregues aos produtores, distribuidores ou intermediários no
exterior, como rendimentos decorrentes da exploração de obras audiovisuais estrangeiras em
todo território nacional, ou por sua aquisição ou importação a preço fixo, desde que invistam
no desenvolvimento de projetos de produção de obras cinematográficas brasileiras de longa-
metragem de produção independente, e na coprodução de telefilmes e minisséries brasileiros
de produção independente e de obras cinematográficas brasileiras de produção independente.
Redução de 70% do imposto de renda retido na fonte sobre o crédito, emprego, remessa,
entrega ou pagamento pela aquisição ou remuneração, a qualquer título, de direitos, relativos
à transmissão, por meio de radiodifusão de sons e imagens e serviço de comunicação
eletrônica de massa por assinatura, de quaisquer obras audiovisuais ou eventos, mesmo os de
competições desportivas das quais faça parte representação brasileira, desde que invistam no
desenvolvimento de projetos de produção de obras cinematográficas brasileira de longa-
metragem de produção independente e na coprodução de obras cinematográficas e
videofonográficas brasileiras de produção independente de curta, média e longas-metragens,
documentários, telefilmes e minisséries.

Lei nº 8.685/93, arts. 3º e 3º-A; Decreto-Lei nº 1.089/70; Lei nº 9.430/96, art. 72.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
5
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção do IRRF para Fifa e a Subsidiária Fifa no Brasil em relação aos fatos geradores
decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização dos
Eventos.
Lei nº 12.350/10, art. 7º, I, a; art. 8º, I, b.

Debêntures de sociedades de propósito específico para investimento na área de indeterminado 326.390.079 0,00 0,01 0,17
6
infraestrutura
Os rendimentos auferidos por pessoa física ficam sujeitos à incidência do imposto sobre a
renda, exclusivamente na fonte à alíquota zero. Emissão até 31/12/2030.
Lei nº 12.431/11, art. 2º, § 1º e 3º; Lei nº 13.043/14, art. 20.

Debêntures de sociedades de propósito específico para investimento na Produção indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
7
Econômica Intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
Os rendimentos auferidos por pessoa física ficam sujeitos à incidência do imposto sobre a
renda, exclusivamente na fonte à alíquota zero. Emissão até 31/12/2030.
Lei nº 12.431/11, art. 2º, § 1º e 3º; Lei nº 13.043/14, art. 20.

8 FIP-IE - Fundo de Investimento em Participações em Infra-Estrutura indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Os rendimentos distribuídos à pessoa física ficam isentos do imposto de renda na fonte e na
declaração de ajuste anual das pessoas físicas. Áreas de energia, transporte, água e
saneamento básico, irrigação e outros considerados prioritários pelo poder executivo.

Lei nº 11.478/07, art. 2º, §3º; Lei nº 12.431/11, art. 4º.


QUADRO XIV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - IRRF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRRF

FIP-PD&I - Fundo de Investimento em Participação na Produção Econômica Intensiva em indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
9
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e Debêntures
Os rendimentos distribuídos à pessoa física ficam isentos do imposto de renda na fonte e na
declaração de ajuste anual das pessoas físicas.
Lei nº 11.478/07, art. 2º, §3º; Lei nº 12.431/11, art. 4º.

10 Inovação Tecnológica indeterminado 3.250.750 0,00 0,00 0,00


Redução a zero da alíquota do imposto de renda retido na fonte nas remessas efetuadas para
o exterior destinadas ao registro e manutenção de marcas, patentes e cultivares.

Lei nº 11.196/05, art. 17, inciso VI.

Crédito de IRRF sobre os valores pagos, remetidos ou creditados a beneficiários residentes ou 27/07/2010 não vigente ... ... ...
domiciliados no exterior, a título de royalties, de assistência técnica ou científica e de serviços
especializados. Revogado pela Lei 12.350/10, art. 63, I.
Lei nº 11.196/05, art. 17, inciso V, § 5º.

11 Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 2º; Lei nº 9532/1997, art. 15.

12 Leasing de Aeronaves 31/12/2026 334.659.402 0,00 0,01 0,17


Redução a zero da alíquota do imposto de renda retido na fonte incidentesobre crédito,
entrega, emprego ou remessa, por fonte situada no País, a pessoa jurídica domiciliada no
exterior, a título de contraprestação de contrato de arrendamento mercantil de aeronave ou
dos motores a ela destinados, celebrado por empresa de transporte aéreo público regular, de
passageiros ou de cargas, até 31 de dezembro de 2023. Redução para 1% em 2024, 2% em
2025 e 3% em 2026. A MPV 1049 que dispõe sobre redução de alíquotas de 01/01/22 a
31/12/24 ainda está em tramitação.

Lei nº 11.371/06, art. 16; Lei nº 9.481/97, art. 1º, V; Lei nº 13.043/14, art. 89, Lei 14.002/20,
MP 1094/21 e Lei 14.355/22.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
13
Paraolímpicos de 2016
Isenção do IRRF incidente sobre os rendimentos pagos, creditados, entregues, empregados ou
remetidos, em espécie, pelo CIO, por Empresas vinculadas, ou pelo RIO 2016, ou recebidos por
esses sujeitos, em relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e
diretamente vinculadas à organização ou realização dos Eventos.

Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

14 Poupança indeterminado 12.192.102.048 0,11 0,47 6,33


Isenção do imposto de renda sobre os os rendimentos auferidos por pessoa física em contas
de depósitos de poupança
Lei nº 8.981/95, art. 68, III.

15 Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros indeterminado 11.267.894 0,00 0,00 0,01


Redução a zero da alíquota do IRRF incidente sobre valores pagos, creditados, entregues,
empregados ou remetidos para o exterior, em decorrência de despesas com pesquisas de
mercado, aluguéis e arrendamentos de stands e locais para exposições, feiras e conclaves
semelhantes, promoção e propaganda no eventos, para produtos e serviços brasileiros e para
promoção de destinos turísticos brasileiros e por órgãos do Poder Executivo Federal, relativos
à contratação de serviços destinados à promoção do Brasil no exterior. Redução a zero da
alíquota do IRRF sobre remessas, para o exterior, destinadas ao pagamento de despesas com
pesquisa de mercado para produtos brasileiros de exportação, participação em exposições,
feiras e eventos, aluguéis e arrendamentos de estandes e locais de exposição, propaganda nos
eventos, vinculadas à promoção de produtos brasileiros.

Lei nº 9.481/97, art. 1º, III; Decreto nº 6.761/09; MP nº 2.159/01, art. 9º.

16 Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio indeterminado 7.197.255.527 0,06 0,28 3,73
QUADRO XIV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - IRRF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRRF
Isenção de IRPF sobre rendimentos de letras hipotecárias, letras de crédito do agronegócio e
imobiliário (LCA e LCI) e certificados de recebíveis do agronegócio e imobiliários (CRA e CRI).

Lei nº 13.097/15, art. 90, I; Lei nº 11.033/2004, art. 3º, II a V.

TOTAL 20.262.229.520 0,18 0,78 10,51


QUADRO XV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - OPERAÇÕES INTERNAS - IPI-INTERNO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI
1 Áreas de Livre Comércio 31/12/2050 577.986.509 0,01 0,02 1,42
Tabatinga-AM, Guajará-Mirim-RO, Pacaraima e Bonfim-RR , Macapá/Santana-AP e Brasiléia e
Cruzeiro do Sul-AC. Isenção do imposto na entrada de produtos nacionais ou nacionalizados,
quando destinados a consumo beneficiamento, estocagem ou industrialização com exceção de
armas e munições, veículos de passageiros, bebidas alcoólicas, produtos de perfumaria e
toucador , fumo e derivados. Isenção do imposto incidente sobre os produtos industrializados
nas Áreas de Livre Comércio, destinados a consumo interno ou comercialização para outros
pontos do território nacional, desde que os produtos tenham em sua composição final
preponderância de matérias-primas de origem regional, provenientes dos segmentos animal,
vegetal, mineral, exceto os minérios do Capítulo 26 da Nomenclatura Comum do Mercosul -
NCM, ou agrossilvopastoril, observada a legislação ambiental pertinente e conforme definido
em regulamento.

Lei nº 7.965/89, arts. 4º, 6º e 13; Lei nº 8.210/91, arts. 6º e 13; Lei nº 8.256/91, arts. 7º e 14;
Lei nº 8.387/91, art. 11, § 2º; Lei nº 8.857/94, art. 7º; Lei nº 8.981/95, arts. 108, 109 e 110; Lei
nº 13.023/14, art. 3º; Lei nº 11.898/09; Decreto nº 8.597/15.

2 Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 31/12/2026 1.169.064.692 0,01 0,05 2,86


Isenção do IPI na aquisição de automóveis por pessoas portadoras de deficiência física, visual,
mental severa ou profunda, ou autistas.
Lei nº 8.989/95; Lei nº 12.767/12, art. 29; Lei nº 13.146/2015, art. 126, Lei 14.183/21 e Lei
14.287/21

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
3
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção de IPI para os produtos nacionais adquiridos pela Fifa, por Subsidiária Fifa no Brasil e
pela Emissora Fonte da Fifa, diretamente de estabelecimento industrial fabricante, para uso ou
consumo na organização e realização dos Eventos.

Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

4 Embarcações indeterminado 11.889.649 0,00 0,00 0,03


Suspensão da incidência de IPI na aquisição, realizada por estaleiros navais brasileiros, de
materiais e equipamentos, incluindo partes, peças e componentes, destinados ao emprego na
construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações pré-registradas
ou registradas no REB. A suspensão converte-se em alíquota 0 (zero) após a incorporação ou
utilização dos bens adquiridos.

Lei nº 9.493/97, art. 10; Lei nº 11.774/08, art. 15; Decreto nº 6.704/08.

5 Equipamentos Desportivos 31/12/2015 não vigente ... ... ...


Isenção do IPI incidente sobre equipamentos e materiais destinados, exclusivamente, ao
treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para competições desportivas em
jogos olímpicos, paraolímpicos, pan-americanos, parapan-americanos, nacionais e mundiais.

Lei nº 10.451/02, arts. 8º a 13; Lei nº 11.827/08, art. 5º; Lei nº 12.649/12, art. 9º.

6 Informática e Automação 31/03/2020 não vigente ... ... ...


As empresas de desenvolvimento ou produção de bens e serviços de informática e automação
farão jus aos benefícios de isenção/redução do imposto: de 80% até 2024; 75% até 2026; 70%
até 2029. Para os bens de informática e automação produzidos nas regiões Centro-Oeste,
Sudam e Sudene - isenção/redução do imposto: de 95% até 2024; 90% até 2026; 85% até
2029. Para microcomputadores portáteis - isenção/redução do imposto: de 95% até 2024; 90%
até 2026; 70% até 2029. Para microcomputadores portáteis produzidos nas regiões Centro-
Oeste, Sudam e Sudene - isenção/redução do imposto: isenção até 2024; 95% até 2026; 85%
2029. Para os bens de informática e automação desenvolvidos no país - isenção/redução do
imposto: de 100% até 2024; 95% até 2026; 90% 2029. Para os bens de informática e
automação desenvolvidos no país e produzidos nas regiões Centro-Oeste, Sudam e Sudene -
isenção/redução do imposto: isenção até 2024; 95% até 2026; 85% 2029.

Lei nº 8.248/91, art. 4º; Lei nº 10.176/01, art. 11; Lei nº 11.077/04, Lei nº 13.023/14; Decreto
nº 5.906/06.

7 Inovação Tecnológica indeterminado 49.724 0,00 0,00 0,00


Redução de 50% do IPI sobre equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos, bem como
os acessórios sobressalentes e ferramentas que acompanhem esses bens, destinados à
pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico.
Lei nº 11.196/05, art. 17; Decreto nº 5.798/06.
QUADRO XV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - OPERAÇÕES INTERNAS - IPI-INTERNO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI

Inovar-Auto - Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia 31/12/2017 não vigente ... ... ...
8
Produtiva de Veículos Automotores
Crédito Presumido de IPI para as empresas habilitadas, relativo aos dispêndios em pesquisa;
desenvolvimento tecnológico; inovação tecnológica; recolhimentos FNDCT; capacitação de
fornecedores; engenharia e tecnologia industrial básica. Limitado a 2,75% da receita bruta total
de venda de bens e serviços.
Lei nº 12.715/12, arts. 40 a 44; Decreto nº 7.819/12.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
9
Paraolímpicos de 2016
Isenção de IPI para os produtos nacionais adquiridos diretamente de estabelecimento
industrial fabricante, para uso ou consumo na organização ou realização dos Eventos.

Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de 31/12/2026 0 0,00 0,00 0,00
10
Semicondutores
Redução a zero das alíquotas do IPI na importação ou compra no mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, softwares e insumos para incorporação ao
ativo imobilizado.
Lei nº 11.484/07, arts. 1º a 11; Lei n° 13.169/15, Lei 14.302/22 e Decreto 10.615/21

PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
11
para a TV Digital
Redução a zero das alíquotas do IPI, na importação ou venda no mercado interno de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação ao ativo imobilizado,
softwares e insumos. Redução a zero das alíquotas do IPI nas vendas dos equipamentos
transmissores efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do PATVD.

Lei nº 11.484/07, art. 12 ao 22 e 66.

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
12

Suspensão do IPI incidente na aquisição no mercado interno de matérias-primas, e produtos


intermediários destinados à fabricação dos equipamentos. A suspensão converte-se em
alíquota zero após a incorporação ou utilização dos bens nos equipamentos. Isenção de IPI na
venda dos equipamentos de informática por pessoa jurídica beneficiária do REICOMP para
escolas.
Lei nº 12.249/10, art. 6 a 14 e 139; Lei nº 12.715/12, art. 15 a 23 e 78.

RECINE - Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição 31/12/2024 131.856 0,00 0,00 0,00
13
Cinematográfica
Suspensão da exigência do IPI incidente nas aquisições no mercado interno de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação no ativo permanente e
utilização em complexos de exibição ou cinemas itinerantes, bem como de materiais para sua
construção. A suspensão converte-se em isenção após incorporação no ativo permanente e
utilização do bem ou material de construção no complexo de exibição cinematográfica.

Lei nº 12.599/12, arts.12 a 14; Decreto nº 7.729/12; Lei nº 13.594/18; Lei nº 14.044/2020.

RECOPA - Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou 30/06/2014 não vigente ... ... ...
14
Modernização de Estádios de Futebol
Suspensão do IPI incidente sobre a aquisição de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação no estádio
de futebol da pessoa jurídica beneficiária do RECOPA. A suspensão converte-se em alíquota
zero após a utilização ou incorporação do bem.

Lei nº 12.350/10, arts. 17 a 21.

REIF - Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria de 20/09/2017 não vigente ... ... ...
15
Fertilizantes
Suspensão do IPI incidente na saída do estabelecimento industrial ou equiparado de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização
ou incorporação no projeto aprovado.
Lei nº 12.794/13, arts. 5º a 11.
QUADRO XV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - OPERAÇÕES INTERNAS - IPI-INTERNO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI
RENUCLEAR - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares 31/12/2020 não vigente ... ... ...
16

Suspensão do IPI na venda no mercado interno de máquinas, aparelhos, instrumentos e


equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação em obras
de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado, quando a aquisição for efetuada por pessoa
jurídica beneficiária do RENUCLEAR. A suspensão converte-se em isenção após a utilização ou
incorporação do bem ou material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.431/11, arts. 14 a 17.

REPENEC - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da 30/06/2016 não vigente ... ... ...
17 Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Suspensão do IPI interno incidente na aquisição no mercado interno de máquinas, aparelhos,


instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou
incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado de pessoa jurídica
beneficiária do REPENEC. As suspensões convertem-se em alíquota zero após a utilização ou
incorporação do bem ou material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.249/10, arts. 1º a 5º.

REPNBL-Redes - Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para 31/12/2016 não vigente ... ... ...
18
Implantação de Redes de Telecomunicações
Suspensão do IPI sobre venda no mercado interno de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos novos e de materiais de construção para utilização ou incorporação nas obras
civis dos projetos aprovados para implantação, ampliação ou modernização de redes de
telecomunicações que suportam acesso à Internet em banda larga. A suspensão converte-se
em alíquota zero após a incorporação do bem.
Lei nº 12.715/12, arts. 28 a 33.

REPORTO - Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura 31/12/2023 não vigente ... ... ...
19
Portuária
Suspensão do IPI sobre aquisições no mercado interno de máquinas, equipamentos, peças de
reposição e outros bens importados pelos beneficiários do REPORTO e destinados ao seu ativo
imobilizado para utilização exclusiva na execução de serviços de: carga, descarga,
armazenagem e movimentação de mercadorias e produtos; sistemas suplementares de apoio
operacional; proteção ambiental; sistemas de segurança e de monitoramento de fluxo de
pessoas, mercadorias, produtos, veículos e embarcações; dragagens; e treinamento e
formação de trabalhadores, inclusive na implantação de Centros de Treinamento Profissional.
São beneficiários do REPORTO o operador portuário, o concessionário de porto organizado, o
arrendatário de instalação portuária de uso público e a empresa autorizada a explorar
instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo, inclusive aquelas que operam com
embarcações de offshore, o concessionário de transporte ferroviário, empresas de dragagem,
recintos alfandegados de zona secundária e dos Centros de Treinamento Profissional. A
suspensão converte-se em isenção após o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data
da ocorrência do respectivo fato gerador.

Lei nº 11.033/04, arts. 13 a 16, em específico: art. 14; Decreto nº 6.582/08; Lei nº 11.774/08,
art. 5º; Lei nº 12.715/12, art. 39; Lei nº 12.688/12, art. 30; Lei n° 13.169, art. 7°, Lei 14.301/22.

20 Resíduos Sólidos 31/12/2018 não vigente ... ... ...


Crédito presumido do IPI para os estabelecimentos industriais na aquisição de resíduos sólidos
utilizados como matérias-primas ou produtos intermediários na fabricação de seus produtos.

Lei nº 12.375/10, art. 5º; Lei nº 13.097/15, art. 7º; Decreto nº 7.619/2011.

RETAERO - Regime Especial de Incentivos Tributários para a Indústria Aeroespacial Brasileira 11/06/2020 não vigente ... ... ...
21

Suspensão de IPI incidente na venda no mercado interno de partes, peças, ferramentas,


componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas a serem
empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização dos produtos classificados na posição 88.02 da NCM. A suspensão converte-se
em alíquota zero após o emprego, utilização ou incorporação dos referidos bens.

Lei nº 12.249/10, arts. 29 a 33; Lei nº 12.598/12, art. 16.

22 RETID - Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa 22/03/2032 14.847.204 0,00 0,00 0,04
QUADRO XV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - OPERAÇÕES INTERNAS - IPI-INTERNO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI
Suspensão do IPI incidente na aquisição no mercado interno de partes, peças, ferramentas,
componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas a serem
empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização de bens de defesa nacional, quando a aquisição for efetuada por
estabelecimento industrial de pessoa jurídica beneficiária do RETID. Conversão em alíquota
zero após o emprego ou utilização dos bens. Isenção de IPI incidente sobre os bens de defesa
nacional, definidos em ato do Poder Executivo, saídos do estabelecimento industrial ou
equiparado de pessoa jurídica beneficiária do RETID, quando adquiridos pela União, para uso
privativo das Forças Armadas, exceto para uso pessoal e administrativo.

Lei nº 12.598/12, arts. 7º a 11; Decreto nº 8.122/2013.

23 Rota 2030 31/12/2027 2.850.998.316 0,02 0,11 6,98


Redução das alíquotas do IPI para veículos novos produzidos no País e para a importação de
veículos novos classificados nos códigos 87.01 a 87.06 da Tabela TIPI em:
I - até 2% para os veículos que atenderem a requisitos específicos de eficiência energética; e
II - até 1%para os veículos que atenderem a requisitos específicos de desempenho estrutural
associado a tecnologias assistivas à direção.
O somatório das reduções fica limitado

MP nº 843/18, art. 2°; Lei nº 13.755/18, art. 2; Decreto nº 9.557/18, art.42.

24 Setor Automotivo - Empreendimento industriais Norte, Nordeste, Centro-Oeste 31/12/2015 não vigente ... ... ...
As empresas montadoras e fabricantes de veículos automotores, instaladas nas regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, poderão apurar crédito presumido do IPI como ressarcimento do
PIS/PASEP e da COFINS, no montante do valor das contribuições devidas, em cada mês,
decorrente das vendas no mercado interno, multiplicado por: 2 no período de 1º de janeiro a
31 de dezembro de 2011; 1,9 no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2012; 1,8 no
período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2013; 1,7 no período de 1º de janeiro a 31 de
dezembro de 2014; e 1,5 no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2015.
Empreendimentos habilitados até 31 de maio de 1997.

Lei nº 9.440/97, art. 11-A; Lei nº 12.218/10; Decreto nº 7.422/10.

25 Setor Automotivo - Empreendimento industriais Sudam, Sudene, Centro-Oeste 31/12/2025 400.002.278 0,00 0,02 0,98
Os empreendimentos industriais instalados nas áreas de atuação da Sudam, Sudene e na
região Centro-Oeste, exceto no Distrito Federal, farão jus a crédito presumido de 32% do IPI
incidente nas saídas dos produtos classificados nas posições 8702 a 8704 da TIPI. Projetos
apresentados até 31/10/1999.
Lei nº 9.826/99; Lei nº 12.218/10; Lei nº 12.973/14; Lei nº 13.043/14; Lei nº 14.076/20;
Decreto nº 7.422/10.

Setor Automotivo - Novos Projetos empreendimento industriais Norte, Nordeste, Centro- 31/12/2025 6.143.570.821 0,05 0,24 15,05
26
Oeste
As empresas montadoras e fabricantes de veículos automotores, instaladas nas regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, habilitadas até 31/05/1997, farão jus a crédito presumido do IPI
como ressarcimento do PIS/PASEP e da COFINS, desde que apresentem projetos que
contemplem novos investimentos e a pesquisa para o desenvolvimento de novos produtos ou
novos modelos de produtos já existentes, até o dia 30 de junho de 2020. O crédito presumido
será equivalente ao resultado da aplicação das alíquotas previstas no art. 1º da Lei 10.485/02,
sobre o valor das vendas no mercado interno, em cada mês, dos produtos dos projetos,
multiplicado por: 1,25 até 0 12º mês; 1,0 do 13º ao 48º mês e 0,75 do 49º ao 60º mês.

Lei nº 12.407/11; Lei nº 13.755/18; Decreto nº 10.457/2020.

Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 3.206.065.023 0,03 0,12 7,85
27
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/14.

28 TAXI - Transporte Autonômo de Passageiros 31/12/2026 259.558.470 0,00 0,01 0,64


Isenção do IPI na aquisição de automóveis destinados ao transporte autônomo de passageiros
(TAXI).
Lei nº 8.989/95; Lei nº 12.767/12, art. 29; Lei nº 13.146/2015, art. 126, Lei 14.183/21 e Lei
14.287/21
QUADRO XV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - OPERAÇÕES INTERNAS - IPI-INTERNO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI
29 Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental 05/10/2073 18.826.086.457 0,16 0,73 46,12
Isenção do imposto para todas as mercadorias produzidas na ZFM, quer se destinem ao seu
consumo interno, quer à comercialização em qualquer ponto do território nacional, com
exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros, produtos
de perfumaria e cosméticos. Equivalência a uma exportação brasileira para o estrangeiro na
remessa de mercadorias de origem nacional para consumo, ou industrialização na ZFM, ou
reexportação para o estrangeiro, ou ainda para serem remetidas à Amazônia Ocidental.
Isenção do imposto para os produtos elaborados com matérias-primas agrícolas e extrativas
vegetais de produção regional, exclusive a de origem pecuária, por estabelecimentos
localizados na Amazônia Ocidental.

Decreto-Lei nº 288/67, arts. 4º, 9º, § 1º; Lei nº 8.387/91, art. 1º; Constituição Federal do Brasil,
ADCT, arts. 40, 92 e 92-A; Decreto-Lei nº 356/68, art. 1º; Decreto nº 1.435/75, art. 6º.

TOTAL 33.460.250.998 0,29 1,30 81,97


QUADRO XVI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - VINCULADO À IMPORTAÇÃO - IPI-VINCULADO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI-V
1 Áreas de Livre Comércio 31/12/2050 16.958.847 0,00 0,00 0,05
Tabatinga-AM, Guajará-Mirim-RO, Pacaraima e Bonfim-RR , Macapá/Santana-AP e Brasiléia e
Cruzeiro do Sul-AC. Isenção do imposto na entrada de mercadorias estrangeiras, quando
destinadas a consumo e venda internos, beneficiamento de pescado, recursos minerais e
matérias-primas agrícolas ou florestais, agricultura e piscicultura, a turismo, a estocagem para
exportação, para construção e reparos navais e para internação como bagagem acompanhada,
com exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros,
produtos de perfumaria e cosméticos.

Lei nº 7.965/89, art. 3º; Lei nº 8.210/91, art. 4º; Lei nº 8.256/91, arts. 4º e 14; Lei nº 8.387/91,
art. 11, § 2º; Lei nº 9.065/95, art. 19; Lei nº 13.023/14, art. 3º.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
2
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção do IPI-Vinculado incidente nas importações de bens ou mercadorias para uso ou
consumo exclusivo na organização e realização dos Eventos da Copa do Mundo

Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16, em específico art 3º, §1º, I.

3 Embarcações e Aeronaves indeterminado 328.930.171 0,00 0,01 1,05


Isenção do imposto incidente sobre a importação de partes, peças e componentes destinados
ao reparo, revisão e manutenção de embarcações e aeronaves. Isenção do Imposto sobre
Importação - II e do IPI incidente sobre a importação de partes, peças e componentes
destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de
embarcações registradas no REB, desde que realizadas em estaleiros navais brasileiros.

Lei nº 8.032/90, art. 2º, II, j e art. 3º, I; Lei nº 8.402/92, art. 1º, IV; Lei nº 9.493/97, art. 11.

4 Equipamentos Desportivos 31/12/2015 não vigente ... ... ...


Isenção do IPI-Vinculado incidente na importação de equipamentos e materiais destinados,
exclusivamente, ao treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para
competições desportivas em jogos olímpicos, paraolímpicos, pan-americanos, parapan-
americanos, nacionais e mundiais.
Lei nº 10.451/02, arts. 8º a 13, em específico: art. 8º; Lei nº 11.827/08, art. 5º; Lei nº
12.649/12, art. 9º.

5 Evento Esportivo, Cultural e Científico indeterminado 900.688 0,00 0,00 0,00


Isenção do IPI-Vinculado incidente na importação de troféus, medalhas, placas, estatuetas,
distintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em evento cultural,
científico ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos gratuitamente
como premiação em evento esportivo realizado no País; bens dos tipos e em quantidades
normalmente consumidos em evento esportivo oficial; material promocional, impressos,
folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou
utilizados em evento esportivo oficial; bens importados por desportistas, desde que tenham
sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de
prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento.

Lei nº 11.488/07, art. 38.

6 Máquinas e Equipamentos - CNPq indeterminado 52.465.832 0,00 0,00 0,17


Isenção do imposto nas importações de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos,
bem como suas partes e peças de reposição, destinados à pesquisa científica e tecnológica.
Isenção do imposto para importações autorizadas pelo CNPq.

Lei nº 8.010/90, art. 1º; Lei nº 8.032/90, art. 2º, I, e e f, art. 3º, I; Lei nº 10.964/04, arts. 1º e 3º;
Lei nº 13.243/16, arts. 8º e 9º.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
7
Paraolímpicos de 2016
Isenção do IPI-Vinculadao incidente nas importações de bens ou mercadorias para uso ou
consumo exclusivo na organização e realização dos Jogos.
Lei nº 12.780/13, art. 4º, §1º, I; Decreto n° 8.463/15, art. 7º, § 1º, I.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de 31/12/2026 54.428 0,00 0,00 0,00
8
Semicondutores
Redução a zero das alíquotas do IPI-vinculado, incidente na importação efetuada por pessoa
jurídica beneficiária do PADIS, de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos,
softwares e insumos para incorporação ao ativo imobilizado.
QUADRO XVI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - VINCULADO À IMPORTAÇÃO - IPI-VINCULADO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI-V
Lei nº 11.484/07, arts. 1º a 11, 64 e 65, em específico: art. 3º, III, art. 4º , II, art. 5º ; Lei nº
13.159/15; Lei n° 13.169/15, art. 12, Lei 14.302/22 e Decreto 10.615/21

PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
9
para a TV Digital
Redução a zero das alíquotas do IPI-vinculado, incidente na importação efetuada por pessoa
jurídica beneficiária do PATVD de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos,
softwares e insumos para incorporação ao ativo imobilizado.
Lei nº 11.484/07, arts. 12 a 22 e 66, em específico: art. 14, III, art. 15, II .

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
10

Suspensão do IPI-Vinculado incidente na importação de matérias-primas e produtos


intermediários destinados à fabricação dos equipamentos. A suspensão converte-se em
alíquota zero após a incorporação ou utilização dos bens nos equipamentos.

Lei nº 12.249/10, arts. 6 a 14 e 139, em específico: art. 9º, III; Lei nº 12.715/12, arts. 15 a 23 e
78, em específico: art. 18, III .

RECINE - Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição 31/12/2024 6.611.336 0,00 0,00 0,02
11
Cinematográfica
Suspensão do IPI-Vinculado incidente na importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, para incorporação no ativo permanente e utilização em complexos de
exibição ou cinemas itinerantes, bem como de materiais para sua construção. A suspensão do
Imposto de Importação aplica-se somente a produtos sem similar nacional. A suspensão
converte-se em isenção após incorporação no ativo permanente e utilização do bem ou
material de construção no complexo de exibição cinematográfica. As máquinas, aparelhos,
instrumentos, equipamentos e materiais de construção com o tratamento tributário de que
trata o caput deste artigo serão relacionados em regulamento.

Lei nº 12.599/12, arts.12 a 14; Decreto nº 7.729/12; Lei nº 13.594/18; Lei nº 14.044/2020.

RECOPA - Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou 30/06/2014 não vigente ... ... ...
12
Modernização de Estádios de Futebol
Suspensão do IPI-Vinculado incidente sobre a importação de máquinas, aparelhos,
instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou
incorporação no estádio de futebol da pessoa jurídica beneficiária do RECOPA. A suspensão
converte-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do bem.

Lei nº 12.350/10, arts. 17 a 21, em específico: art. 19, IV.

REIF - Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria de 20/09/2017 não vigente ... ... ...
13
Fertilizantes
Suspensão do IPI-V incidente sobre a importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação no projeto
aprovado.
Lei nº 12.794/13, arts. 5º a 11, em específico: art. 8º, IV.

RENUCLEAR - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares 31/12/2020 não vigente ... ... ...
14

Suspensão do IPI-Vinculado nas importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e


equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação em obras
de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado, quando a importação for efetuada por
pessoa jurídica beneficiária do RENUCLEAR. A suspensão converte-se em isenção após a
utilização ou incorporação do bem ou material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.431/11, arts. 14 a 17, em específico: art. 16, II; Lei nº 13.043/14, art. 86.

REPENEC - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da 30/06/2016 não vigente ... ... ...
15 Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Suspensão do IPI - Vinculado incidente na importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e


equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação em obras
de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado de pessoa jurídica beneficiária do REPENEC.
As suspensões convertem-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do bem ou
material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.249/10, arts. 1º a 5º, em específico: art. 3º, IV.


QUADRO XVI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - VINCULADO À IMPORTAÇÃO - IPI-VINCULADO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI-V

REPORTO - Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura 31/12/2023 não vigente ... ... ...
16
Portuária
Suspensão do IPI-Vinculado sobre importações de máquinas, equipamentos, peças de
reposição e outros bens importados pelos beneficiários do REPORTO e destinados ao seu ativo
imobilizado para utilização exclusiva na execução de serviços de: carga, descarga,
armazenagem e movimentação de mercadorias e produtos; sistemas suplementares de apoio
operacional; proteção ambiental; sistemas de segurança e de monitoramento de fluxo de
pessoas, mercadorias, produtos, veículos e embarcações; dragagens; e treinamento e
formação de trabalhadores, inclusive na implantação de Centros de Treinamento Profissional.
São beneficiários do REPORTO o operador portuário, o concessionário de porto organizado, o
arrendatário de instalação portuária de uso público e a empresa autorizada a explorar
instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo, inclusive aquelas que operam com
embarcações de offshore, o concessionário de transporte ferroviário, empresas de dragagem,
recintos alfandegados de zona secundária e dos Centros de Treinamento Profissional. A
suspensão converte-se em isenção após o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data
da ocorrência do respectivo fato gerador.

Lei nº 11.033/04, arts. 13 a 16, em específico: art. 14; Decreto nº 6.582/08; Lei nº 11.774/08,
art. 5º; Lei nº 12.715/12, art. 39; Lei nº 12.688/12, art. 30; Lei n° 13.169, art. 7°, Lei 14.301/22.

RETAERO - Regime Especial de Incentivos Tributários para a Indústria Aeroespacial Brasileira 11/06/2020 não vigente ... ... ...
17

Suspensão de IPI-vinculado incidente na importação de partes, peças, ferramentas,


componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas a serem
empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização dos produtos classificados na posição 88.02 da NCM. A suspensão converte-se
em alíquota zero após o emprego, utilização ou incorporação dos referidos bens.

Lei nº 12.249/10, arts. 29 a 33; Lei nº 12.598/12, art. 16.

18 RETID - Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa 22/03/2032 6.718.723 0,00 0,00 0,02
Suspensão do IPI-Vinculado incidente na importação de partes, peças, ferramentas,
componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas a serem
empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização de bens de defesa nacional, quando a aquisição for efetuada por
estabelecimento industrial de pessoa jurídica beneficiária do RETID. Conversão em alíquota
zero após o emprego ou utilização dos bens.
Lei nº 12.598/12, arts. 7º a 11, em específico: art. 9º, IV; Decreto nº 8.122/2013.

19 Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental 05/10/2073 5.484.773.633 0,05 0,21 17,54
Isenção do imposto na entrada de mercadorias na ZFM, destinadas a seu consumo interno,
industrialização em qualquer grau, inclusive beneficiamento, agropecuária, pesca, instalação e
a estocagem para reexportação, com exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas,
automóveis de passageiros, produtos de perfumaria e cosméticos.

Decreto-Lei nº 288/67, art. 3º, § 1º, art. 7º, II; Decreto-Lei nº 356/68, art. 1º; Decreto-Lei nº
2.434/88, art. 1º, II, c; Lei nº 8.032/90, art. 2º, II, d, art. 4º; Lei nº 8.387/91, art. 1º; Constituição
Federal do Brasil, ADCT, arts. 40, 92 e 92-A; Portaria Interministerial MIR/MCT/CICT/MC nº
272/93, art. 1º; Portaria Interministerial MDIC/MCTI nº 309/15, art. 1º; Portaria
Interministerial MDIC/MCTIC nº 50/18, art. 1º.

TOTAL 5.897.413.658 0,05 0,23 18,86


QUADRO XVII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS - IOF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IOF
1 Academia Brasileira de Letras - ABL indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 3º; Lei nº 8.894/94, art. 6-A.

2 Associação Brasileira de Imprensa - ABI indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 3º; Lei nº 8.894/94, art. 6-A.

3 Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência indeterminado 138.963.482 0,00 0,01 0,21


Isenção do imposto na operação de crédito para a aquisição de automóveis por pessoas
portadoras de deficiência física.
Lei nº 8.383/91, art. 72, IV; Decreto nº 6.306/07, art. 9º, VI.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
4
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção de IOF para Fifa, Subsidiária Fifa no Brasil e Prestadores de Serviços da Fifa,
estabelecidos no País sob a forma de sociedade com finalidade específica, em relação aos fatos
geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou
realização das Copas das Confederações (2013) e do Mundo (2014). Isenção do IOF sobre
operações de contrato de câmbio as pessoas físicas não residentes no País, empregadas ou de
outra forma contratadas para trabalhar na organização e realização dos Eventos, que
ingressarem no Brasil com visto temporário.

Lei nº 12.350/10, art. 7º, I, b, art. 8º, I, c, art. 9º, I, b, e art. 12.

5 Desenvolvimento Regional 31/12/2010 não vigente ... ... ...


Isenção do imposto nas operações de câmbio realizadas para pagamento de bens importados
aos empreendimentos que se implantarem, modernizarem, ampliarem no Nordeste e na
Amazônia e que sejam considerados de interesse para o desenvolvimento desta região.

Lei nº 9.808/99, art. 4º, II; MP nº 517/10; Lei nº 12.431/2011, art. 22.

6 Financiamentos Habitacionais indeterminado 7.274.967.415 0,06 0,28 10,92


Isenção do imposto para operação de crédito para fins habitacionais, inclusive a destinada à
infra-estrutura e saneamento básico relativos a programas ou projetos que tenham a mesma
finalidade.
Decreto-Lei nº 2.407/88; Decreto nº 6.306/07, art. 9º, I.

7 Fundos Constitucionais indeterminado 1.579.225.373 0,01 0,06 2,37


Isenção do imposto para a operação de crédito com recursos dos Fundos Constitucionais de
Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE), e do Centro-Oeste (FCO).

Lei nº 7.827/89, art. 8º; Decreto nº 6.306/07, art. 9º, III.

8 Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 3º; Lei nº 8.894/1994, art. 6-A.

9 Motocicletas indeterminado 275.430.027 0,00 0,01 0,41


Redução a zero da alíquota incidente na operação de crédito relativa a financiamento para
aquisição de motocicleta, motoneta e ciclomotor, em que o mutuário seja pessoa física.

Decreto nº 6.306/07, art. 8, XXVI; Decreto nº 9.017/17.


QUADRO XVII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS - IOF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IOF

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
10
Paraolímpicos de 2016
Isenção de IOF incidente sobre as operações de câmbio e seguro realizadas pelo CIO ou por
empresas a ele vinculadas, e sobre as operações de crédito, câmbio e seguro realizadas pelo
RIO 2016.
Lei nº 12.780/13, art. 8°, I, b, § 1º , art. 9º, I, c, § 1º e art. 10, I, c, § 1º; Decreto n° 8.463/15, art.
11, b, § 1º, art. 12, I, c, § 1º, art. 13, I, c, § 1º.

11 Seguro Rural indeterminado 711.270.391 0,01 0,03 1,07


Isenção irrestrita, de quaisquer impostos ou tributos federais, às operações de seguro rural.

Decreto-Lei nº 73/66, art. 19; Decreto nº 6.306/07, art. 23, III; Lei Complementar nº 137/10 ,
art. 22, III.

12 TAXI - Transporte Autonômo de Passageiros indeterminado 39.181.491 0,00 0,00 0,06


Isenção do imposto na operação de crédito para a aquisição de automóvel de passageiros, de
fabricação nacional, com até 127 HP de potência bruta (SAE), quando adquiridos por
motoristas profissionais ou cooperativas de trabalho que destinem o automóvel à utilização na
categoria de aluguel (taxi).
Lei nº 8.383/91, art. 72; Decreto nº 6.306/07, art. 9º, VI.

TOTAL 10.019.038.178 0,09 0,39 15,04


QUADRO XVIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL - ITR
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO ITR
1 ITR indeterminado 60.081.643 0,00 0,00 1,89
Isenção do ITR para o imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária,
caracterizado pelas autoridades competentes como assentamento, que, cumulativamente,
atenda aos seguintes requisitos: a) seja explorado por associação ou cooperativa de produção;
b) a fração ideal por família assentada não ultrapasse os limites estabelecidos; c) o assentado
não possua outro imóvel. Isenção do ITR para o conjunto de imóveis rurais de um mesmo
proprietário, cuja área total observe o limite de 30, 50 ou 100 ha, dependendo da localização
do imóvel, desde que, cumulativamente, o proprietário: a) o explore só ou com sua família,
admitida ajuda eventual de terceiros; b) não possua imóvel urbano. Isenção do ITR para
imóveis rurais oficialmente reconhecidos como áreas ocupadas por remanescentes de
comunidades de quilombos que estejam sob a ocupação direta e sejam explorados, individual
ou coletivamente, pelos membros destas comunidades.

Lei nº 9.393/96, art. 3º, I e II, art. 3º-A.

TOTAL 60.081.643 0,00 0,00 1,89


QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP
1 Academia Brasileira de Letras - ABL indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 4º; MP nº 2158-35/2001, art. 13-A.

2 Aerogeradores indeterminado 38.403.242 0,00 0,00 0,03


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre receita decorrente da venda no
mercado interno e importação de partes de aerogeradores (NCM 8503.00.90 EX01).

Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, XL e art. 28, XXXVII; Lei nº 13.097/15, art. 1º; Lei nº 13.169/15,
art. 15.

3 Agricultura e Agroindústria - crédito presumido indeterminado 608.252.137 0,01 0,02 0,53


Crédito presumido para agroindústria na compra de insumos de produtor pessoa física,
cooperativas, produtor pessoa jurídica.
Lei n° 10.925/04, art. 8°.

4 Agricultura e Agroindústria - Defensivos agropecuários indeterminado 1.112.224.985 0,01 0,04 0,97


Redução a zero das alíquotas do PIS e COFINS sobre importação ou venda no mercado interno
de defensivos agropecuários classificados na posição 38.08 da TIPI e suas matérias-primas.

Lei nº 10.925/04, art. 1º, inciso II.

5 Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica indeterminado 5.985.670.022 0,05 0,23 5,23
Redução a zero das alíquotas do PIS e COFINS sobre importação ou venda no mercado interno
de: adubos, fertilizantes e suas matérias-primas; sementes e mudas; corretivo de solo; feijão,
arroz, farinha de mandioca e batata-doce; inoculantes agrícolas; vacina veterinária; milho;
pintos de 1 (um) dia; leite, bebidas lácteas; queijos; soro de leite; farinha de trigo; trigo; pão;
produtos hortículas, frutas e ovos; sementes e embriões; acetona; massas alimentícias; carne
bovina, suína, ovina, caprina, ave, peixe; café; açúcar; óleo de soja; manteiga; margarina;
sabão; pasta de dente; fio dental; papel higiênico.

Lei nº 10.925/04, arts. 1º, 8º, 9º; Decreto nº 5.630/05; Lei nº 10.865/04, art. 28 e art. 8º § 12;
Lei nº 11.727/08, art. 25; Lei nº 12.839/13.

6 Água Mineral indeterminado 59.244.556 0,00 0,00 0,05


Redução a zero das alíquotas de PIS/COFINS sobre a receita de venda de águas minerais
comercializadas em recipientes com capacidade nominal inferior a 10 (dez) litros ou igual ou
superior a 10 (dez) litros classificadas no código 2201.10.00 Ex 01 e Ex 02 da Tipi.

Lei nº 12.715/12, art. 76.

7 Álcool 31/12/2016 não vigente ... ... ...


Crédito presumido de PIS/COFINS para as pessoas jurídicas importadora ou produtora de
álcool, inclusive pra fins carburantes.
Lei nº 12.859/13, arts. 1º a 4º, Decreto nº 7.997/13.

8 Associação Brasileira de Imprensa - ABI indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 4º; MP nº 2158-35/01, art. 13-A.

9 Biodiesel indeterminado 22.217.615 0,00 0,00 0,02


Redução das alíquotas do PIS/COFINS sobre a venda de biodiesel pela aplicação de coeficientes
de redução definidos pelo Poder Executivo. Crédito presumido de PIS/COFINS calculado sobre
o valor das matérias-primas adquiridas de pessoa física, de cooperado pessoa física, de pessoa
jurídica que exerça atividade agropecuária, de cooperativa de produção agropecuária ou de
cerealista e utilizados como insumo na produção de biodiesel. Suspensão do PIS/COFINS sobre
a venda de matéria-prima in natura de origem vegetal, destinada à produção de biodiesel.

Lei nº 11.116/05, arts. 1º a 13; Decreto nº 5.297/04, art. 4º.


QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP
10 Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos indeterminado 201.484.853 0,00 0,01 0,18
Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação ou venda no mercado interno de
cadeiras de rodas classificados na posição 87.13; artigos e aparelhos ortopédicos ou para
fraturas classificados no código 90.21.10; artigos e aparelhos de próteses classificados no
código 90.21.3; almofadas antiescaras classificadas nos Capítulos 39, 40, 63 e 94, da NCM;
produtos classificados nos códigos 8443.32.22, 8469.00.39 Ex 01, 8714.20.00, 9021.40.00,
9021.90.82 e 9021.90.92, todos da Tipi; calculadoras equipadas com sintetizador de voz;
teclados e mouse com adaptações específicas para uso por pessoas com deficiência; linhas
braile classificadas; scanners equipados com sintetizador de voz; duplicadores braile;
acionadores de pressão; lupas eletrônicas; implantes cocleares; próteses oculares; aparelhos e
softwares de leitores de tela; neuroestimuladores para tremor essencial/Parkinson.

Lei nº 10.865/04, arts. 8º e 28.

11 Combustíveis 31/12/2023 não vigente ... ... ...


Redução das alíquotas da Contribuição para o Programa de Integração Social e o Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/Pasep e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - Cofins incidentes sobre operações realizadas com óleo
diesel, biodiesel, gás liquefeito de petróleo, álcool, querosene de aviação, gás natural veicular e
gasolina.
Decreto nº 10.638/2021; Lei Complementar nº 194/22; Medida Provisória nº 1.157/2023 e
Medida Provisória nº 1.163/2023.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
12
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção de PIS/Cofins para Subsidiária Fifa no Brasil e Prestadores de Serviços da Fifa
(estabelecidos no País sob a forma de sociedade com finalidade específica) em relação aos
fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou
realização da Copa das Confederações e Copa do Mundo Fifa. Suspensão de PIS/Cofins sobre
vendas realizadas no mercado interno para a Fifa, para Subsidiária Fifa no Brasil ou para a
Emissora Fonte da Fifa, de mercadorias destinadas a uso ou consumo exclusivo na organização
e realização dos Eventos. A suspensão converter-se-á em isenção após comprovação da
utilização ou consumo do bem nas finalidades previstas na Lei. Isenção de PIS/Cofins-
Importação em relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente
vinculadas à organização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo a Fifa e sua
Subsidiária no Brasil.

Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

13 Creches e Pré-Escolas 31/12/2018 não vigente ... ... ...


Regime especial de tributação aplicável à construção ou reforma de estabelecimentos de
educação infantil. Pagamento unificado de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS equivalente a 1% (um por
cento) da receita mensal auferida pela construtora em virtude da realização da obra submetida
ao regime especial de tributação. Cabe ao PIS 0,09%.

Lei nº 12.715/12, arts. 24 a 27.

14 Embarcações e Aeronaves indeterminado 955.325.795 0,01 0,04 0,83


Isenção do PIS/Cofins sobre a receita auferida pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades
de construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações pré-
registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro - REB. Redução a zero das alíquotas da
contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da
venda no mercado interno ou a importação de materiais e equipamentos, partes, peças e
componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização e conversão
de embarcações registradas ou pré-registradas no REB. Redução a zero das alíquotas do
PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a venda ou importação de aeronaves classificadas na
posição 88.02 da Tipi, suas partes, peças, ferramentais, componentes, insumos, fluidos
hidráulicos, tintas, anticorrosivos, lubrificantes, equipamentos, serviços e matérias-primas a
serem empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização das aeronaves, seus motores, partes, componentes, ferramentais e
equipamentos.

MP 2.158-35/01, art. 14, VI e § 1º; Lei 10.865/04, art. 8º, § 12, I, VI e VII, art. 28, IV e X; Lei nº
10.925/04, art. 6º; Lei nº 11.727/08, art. 26; Lei nº 13.137/15, art. 1º.

15 Entidades Filantrópicas indeterminado 716.205.847 0,01 0,03 0,63


Isenção da Contribuição Social para o PIS-PASEP para as entidades beneficentes de assistência
social.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 195, § 7º; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.
QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP
16 Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial indeterminado 4.563.442 0,00 0,00 0,00
Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita decorrente da venda de
equipamentos ou materiais destinados a uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial,
quando adquiridos: I - pela União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, bem como pelas
suas autarquias e fundações; ou II - por entidades beneficentes de assistência social.

Lei nº 13.043/14, art. 70.

17 Evento Esportivo, Cultural e Científico indeterminado 35.030 0,00 0,00 0,00


Isenção do PIS/Cofins incidente na importação de troféus, medalhas, placas, estatuetas,
distintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em evento cultural,
científico ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos gratuitamente
como premiação em evento esportivo realizado no País; bens dos tipos e em quantidades
normalmente consumidos em evento esportivo oficial; material promocional, impressos,
folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou
utilizados em evento esportivo oficial; bens importados por desportistas, desde que tenham
sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de
prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento.

Lei nº 11.488/07, art. 38.

18 Gás Natural Liquefeito indeterminado 26.403.575 0,00 0,00 0,02


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação de Gás Natural Liquefeito - GNL.

Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, XVI.

19 Indústria Cinematográfica e Radiodifusão indeterminado 3.591.414 0,00 0,00 0,00


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação de máquinas, equipamentos,
aparelhos, instrumentos, suas partes e peças de reposição, e películas cinematográficas
virgens, sem similar nacional, destinados à indústria cinematográfica e audiovisual, e de
radiodifusão. Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na venda no mercado interno ou
importação de projetores para exibição cinematográfica, classificados no código 9007.2 da
NCM, e suas partes e acessórios, classificados no código 9007.9 da NCM.

Lei nº 10.865/04, art. 8º, §12, V, XXIII e art. 28, XXI.

20 Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 4º; MP nº 2158-35/01, art. 13-A.

21 Livros indeterminado 324.516.383 0,00 0,01 0,28


Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins incidentes sobre a importação e venda interna de
livros em geral.
Lei nº 11.033/04, art. 6º.

22 Máquinas e Equipamentos - CNPq indeterminado 41.357.911 0,00 0,00 0,04


Isenção do PIS/Cofins nas importações de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos,
bem como suas partes e peças de reposição, destinados à pesquisa científica e tecnológica.

Lei nº 8.010/90; Lei nº 10.865/04, art. 9º, II, h.

23 Medicamentos indeterminado 1.609.966.930 0,01 0,06 1,41


Crédito presumido de PIS/COFINS para as pessoas jurídicas que procedam à industrialização ou
à importação de medicamentos.
Lei nº 10.147/00.

24 Minha Casa, Minha Vida indeterminado 25.775.464 0,00 0,00 0,02


Redução para 1% da alíquota do regime especial de tributação (RET) incidente sobre as receitas
decorrentes dos projetos de incorporação de imóveis residenciais de interesse social, no
âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, com valor comercial até limite estabelecido em
lei. Cabe ao PIS 0,09%.
Lei nº 10.931/04, art. 4º, § 6º; Lei nº 12.024/09, art. 2º, Lei nº 13.097/15, arts. 4º e 6º.
QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP
Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
25
Paraolímpicos de 2016
Isenção do PIS/Cofins incidente nas importações de bens, mercadorias ou serviços para uso ou
consumo exclusivo na organização e realização dos Jogos. Suspensão do PIS/Cofins incidente
sobre as vendas de mercadorias e a prestação de serviços para o CIO, empresa vinculada ao
CIO, Comitês Olímpicos Nacionais, federações desportivas internacionais, WADA, CAS,
entidades nacionais e regionais de administração de desporto olímpico, RIO 2016,
patrocinadores dos Jogos, prestadores de serviços do CIO, prestadores de serviços do RIO 2016,
empresas de mídia e transmissores credenciados, adquiridos diretamente de pessoa jurídica
previamente licenciada ou nomeada pelo CIO ou pelo RIO 2016.

Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de 31/12/2026 2.350.874 0,00 0,00 0,00
26
Semicondutores
Redução a zero das alíquotas do PIS/PASEP e COFINS na importação ou venda no mercado
interno de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, softwares e insumos para
incorporação ao ativo imobilizado.
Lei nº 11.484/07, arts. 1º a 11; Lei n° 13.169/15, Lei 14.302/22 e Decreto 10.615/21

27 Papel - Jornais e Periódicos 30/04/2016 não vigente ... ... ...


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da
venda no mercado interno e importação de papel destinado à impressão de jornais e à
impressão de periódicos.
Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, III e IV, art. 28, I e II; Lei nº 11.727/08, art. 18; Lei nº 12.649/12,
art. 3º.

PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
28
para a TV Digital
Redução a zero das alíquotas do PIS/PASEP e COFINS na importação ou venda no mercado
interno de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, softwares e insumos para
incorporação ao ativo imobilizado. Redução a zero as alíquotas da Contribuição para o
PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a venda da pessoa jurídica beneficiária do PATVD.

Lei nº 11.484/07, arts. 12 a 22 e 66.

29 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 04/05/2026 452.910.285 0,00 0,02 0,40
Reduz para 0% (zero por cento), pelo prazo de 60 (sessenta) meses, contado do início da
produção de efeitos desta Lei, as alíquotas das contribuições PIS, COFINS e CSLL e do IRPJ
incidentes sobre o resultado auferido pelas pessoas jurídicas pertencentes ao setor de eventos.

Lei nº 14.148, de 03 de maio de 2021.

30 Petroquímica 31/12/2027 211.916.778 0,00 0,01 0,19


Redução das alíquotas na importação ou venda no merco interno de: etano, propano, butano,
nafta petroquímica, condensado e correntes gasosas de refinaria - HLR - hidrocarbonetos leves
destinado a centrais petroquímicas; eteno, propeno, buteno, butadieno, orto-xileno, benzeno,
tolueno, isopreno e paraxileno para indústrias químicas para serem utilizados como insumo.
Para 2012 e períodos anteriores 1% e 4,6%. (i) 0,18% e 0,82% para os anos de 2013, 2014 e
2015; (II) 0,54% e 2,46% para o ano de 2016; (III) 0,90% e 4,10% para o ano de 2017; e (IV) 1% e
4,6% a partir do ano de 2018. Desconto de créditos na apuração não-cumulativa a 1,65% e
7,6%.

Lei nº 11.196/05, arts. 56, 57 e 57-A; Lei nº 10.865/04, art. 8º, §15; Lei nº 12.895/13.

31 Produtos Químicos e Farmacêuticos indeterminado 1.759.234.453 0,02 0,07 1,54


Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins na importação e venda no mercado interno dos
produtos químicos e intemediários de síntese classificados no Capítulo 29 da NCM; produtos
destinados ao uso em hospitais, clínicas e consultórios médicos e odontológicos, campanhas de
saúde realizadas pelo poder público, laboratório de anatomia patológica, citológica ou de
análises clínicas, classificados nas posições 30.02, 30.06, 39.26, 40.15 e 90.18, da NCM.
Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins-Importação sobre produtos farmacêuticos
classificados posição 30.01; nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3, 3002.20.1 e 3002.20.2;
nos códigos 3002.90.20, 3002.90.92, 3002.90.99; na posição 30.03, exceto no código
3003.90.56; na posição 30.04, exceto no código 3004.90.46; no código 3005.10.10; nos itens
3006.30.1 e 3006.30.2; no código 3006.60.00 da NCM.

Lei nº 10.637/02, art. 2º, § 3º; Lei nº 10.833/03, art. 2º, § 3º; Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 11;
Decreto nº 6.426/08.

32 Programa de Inclusão Digital 31/12/2015 não vigente ... ... ...


QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP
Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins sobre a venda a varejo de computadores desktops
e notebooks, monitores, teclados, mouse, modems, tablets, smartphones, roteadores.
Também se aplica às aquisições realizadas por pessoas jurídicas de direito privado, órgãos e
entidades da Administração Pública e sociedades de arrendamento mercantil leasing.
Revogado pela MP 690/15.
Lei nº 11.196/05, arts. 28 a 30; Decreto nº 5.602/05, Lei nº 13.097/15, art. 5º, MP nº 690/15,
art. 9º; Lei nº 13.241/15, art. 9º.

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
33

Suspensão de PIS/COFINS incidente na importação ou aquisição no mercado interno de


matérias-primas, produtos intermediários e prestação de serviços destinados à fabricação dos
equipamentos. A suspensão converte-se em alíquota zero após a incorporação ou utilização
dos bens ou dos serviços nos equipamentos.

Lei nº 12.249/10, arts. 6 a 14 e 139; Lei nº 12.715/12, arts. 15 a 23 e 78.

34 PROUNI - Programa Universidade para Todos indeterminado 227.480.629 0,00 0,01 0,20
Isenção do tributo à instituição privada de ensino superior, com ou sem fins lucrativo, que
aderir ao PROUNI. A isenção recairá sobre a receita auferida e será calculada na proporção da
ocupação efetiva das bolsas devidas
Lei nº 11.096/05, art. 8º.

RECINE - Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição 31/12/2024 823.779 0,00 0,00 0,00
35
Cinematográfica
Suspensão do PIS/COFINS na importação e aquisição no mercado interno de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação no ativo permanente e
utilização em complexos de exibição ou cinemas itinerantes, bem como de materiais para sua
construção. A suspensão converte-se em alíquota zero após incorporação no ativo permanente
e utilização do bem ou material de construção no complexo de exibição cinematográfica.

Lei nº 12.599/12, arts.12 a 14; Decreto nº 7.729/12; Lei nº 13.594/18; Lei nº 14.044/2020.

RECOPA - Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou 30/06/2014 não vigente ... ... ...
36
Modernização de Estádios de Futebol
Suspensão do PIS/COFINS incidente na importação e aquisição do mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para
utilização ou incorporação no estádio de futebol da pessoa jurídica beneficiária do RECOPA,
bem como a prestação de serviços e aluguel de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos destinadas à obra. A suspensão converte-se em alíquota zero após a utilização
ou incorporação do bem ou serviço.

Lei nº 12.350/10, arts. 17 a 21.

37 REIDI - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infra-Estrutura indeterminado 316.291.238 0,00 0,01 0,28
Suspensão do PIS/PASEP e da COFINS na importação ou venda no mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, materiais de construção, serviços e
aluguel para utilização ou incorporação em obras de infra-estrutura destinadas ao ativo
imobilizado.
Lei nº 11.488/07, arts. 1º a 5º.

REIF - Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria de 20/09/2017 não vigente ... ... ...
38
Fertilizantes
Suspensão do PIS e COFINS incidente sobre a importação ou venda no mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, de materiais de construção e
serviços e aluguel para utilização ou incorporação no projeto aprovado.

Lei nº 12.794/13, arts. 5º a 11.

RENUCLEAR - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares 31/12/2020 não vigente ... ... ...
39

Suspensão do PIS/COFINS nas importação ou vendas no mercado interno de máquinas,


aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, de materiais de construção, serviços ou
aluguel para utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo
imobilizado, quando a importação/aquisição for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do
RENUCLEAR. A suspensão converte-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do
bem ou material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.431/11, arts. 14 a 17.


QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP

REPENEC - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da 30/06/2016 não vigente ... ... ...
40 Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Suspensão do PIS/COFINS incidente na importação ou aquisição no mercado interno de


máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para
utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado de
pessoa jurídica beneficiária do REPENEC. Aplica-se também ao aluguel. As suspensões
convertem-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do bem ou material de
construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.249/10, arts. 1º a 5º.

REPNBL-Redes - Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para 31/12/2016 não vigente ... ... ...
41
Implantação de Redes de Telecomunicações
Suspensão do PIS/COFINS sobre receita de venda no mercado interno de máquinas, aparelhos,
instrumentos e equipamentos novos, de materiais de construção, serviços e aluguel para
utilização ou incorporação nas obras civis dos projetos aprovados para implantação, ampliação
ou modernização de redes de telecomunicações que suportam acesso à Internet em banda
larga. A suspensão converte-se em alíquota zero após a incorporação do bem.

Lei nº 12.715/12, arts. 28 a 33.

REPORTO - Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura 31/12/2023 não vigente ... ... ...
42
Portuária
Suspensão do PIS/Cofins na importação ou venda no mercado interno de máquinas,
equipamentos, peças de reposição e outros bens importados pelos beneficiários do REPORTO e
destinados ao seu ativo imobilizado para utilização exclusiva na execução de serviços de: carga,
descarga, armazenagem e movimentação de mercadorias e produtos; sistemas suplementares
de apoio operacional; proteção ambiental; sistemas de segurança e de monitoramento de
fluxo de pessoas, mercadorias, produtos, veículos e embarcações; dragagens; e treinamento e
formação de trabalhadores, inclusive na implantação de Centros de Treinamento Profissional.
São beneficiários do REPORTO o operador portuário, o concessionário de porto organizado, o
arrendatário de instalação portuária de uso público e a empresa autorizada a explorar
instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo, inclusive aquelas que operam com
embarcações de offshore, o concessionário de transporte ferroviário, empresas de dragagem,
recintos alfandegados de zona secundária e dos Centros de Treinamento Profissional. A
suspensão converte-se em isenção após o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data
da ocorrência do respectivo fato gerador.

Lei nº 11.033/04, arts. 13 a 16, em específico: art. 14; Decreto nº 6.582/08; Lei nº 11.774/08,
art. 5º; Lei nº 12.715/12, art. 39; Lei nº 12.688/12, art. 30; Lei n° 13.169, art. 7°, Lei 14.301/22.

RETAERO - Regime Especial de Incentivos Tributários para a Indústria Aeroespacial Brasileira 11/06/2020 não vigente ... ... ...
43

Suspensão de PIS/Cofins na importação ou venda no mercado interno de partes, peças,


ferramentas, componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas,
a serem empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão
e industrialização dos produtos classificados na posição 88.02 da NCM. Suspensão de
PIS/Cofins na importação ou venda no mercado de serviços de tecnologia industrial básica,
desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência técnica e transferência de tecnologia. A
suspensão converte-se em alíquota zero após o emprego, utilização ou incorporação dos
referidos bens.

Lei nº 12.249/10, arts. 29 a 33; Lei nº 12.598/12, art. 16.

44 RETID - Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa 22/03/2032 6.514.958 0,00 0,00 0,01
Suspensão do PIS/COFINS sobre a venda no mercado interno ou importação de partes, peças,
ferramentas, componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos, matérias-primas,
serviços de tecnologia industrial básica, desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência
técnica e transferência de tecnologia a serem empregados na manutenção, conservação,
modernização, reparo, revisão, conversão, industrialização de bens de defesa nacional, quando
a aquisição for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do RETID. A suspensão também aplica-
se à receita de aluguel de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos. Conversão em
alíquota zero após o emprego ou utilização dos bens e serviços. Suspensão de PIS e COFINS
incidente sobre a receita decorrente da venda dos bens de defesa nacional, definidos em ato
do Poder Executivo, e a prestação de serviços de tecnologia industrial básica, projetos,
pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência técnica e transferência de
tecnologia, efetuada por pessoa jurídica beneficiária do RETID à União, para uso privativo das
Forças Armadas, exceto para uso pessoal e administrativo.
QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP
Lei nº 12.598/12, arts. 7º a 11; Decreto nº 8.122/2013.

Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 7.851.400.616 0,07 0,30 6,86
45
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/2014.

46 TEF - Tributação Específica do Futebol indeterminado 746.696.164 0,01 0,03 0,65


Regime de tributação específico para as Sociedades Anônimas do Futebol que unifica o
recolhimento do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e Contribuição Previdenciária (artigos I, II e III do caput
e no §6º do art. 22 da Lei n° 8.212/91). O regime consiste na tributação das receitas mensais
com a aplicação de uma alíquota de 5%, nos 5 primeiros anos-calendário da constituição da
sociedade, e de 4%, a partir do 6º ano calendário.

Lei n° 14.193/2021 , atrs. 31 e 32.

47 Telecomunicações em Áreas Rurais e Regiões Remotas 31/12/2018 não vigente ... ... ...
Isenção de tributos federais incidentes sobre o faturamento dos serviços de telecomunicações
prestados por meio das subfaixas de radiofrequência de 451 MHz a 458 MHz e de 461 MHz a
468 MHz, assim como por meio de estações terrenas satelitais de pequeno porte que
contribuam com os objetivos de implantação do PNBL. Isenção de tributos federais incidentes
sobre a receita bruta de venda a varejo dos componentes e equipamentos de rede, terminais e
transceptores definidos em regulamento que sejam dedicados aos serviços de
telecomunicações prestados por meio das subfaixas de radiofrequência de 451 MHz a 458 MHz
e de 461 MHz a 468 MHz, assim como por meio de estações terrenas satelitais de pequeno
porte que contribuam com os objetivos de implantação do PNBL.

Lei nº 12.715/12, arts. 35 e 37.

48 Termoeletricidade indeterminado 130.575.527 0,00 0,01 0,11


Redução a zero da alíquota do PIS/COFINS incidente sobre a venda de gás natural e carvão
mineral destinada à produção de energia elétrica.
Lei nº 10.312/01, arts. 1º e 2º.

49 Transporte Coletivo indeterminado 90.849.572 0,00 0,00 0,08


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS sobre o transporte público coletivo municipal de
passageiros, por meio rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário. Aplica-se também ao
transporte público coletivo intermunicipal, interestadual e internacional de caráter urbano.

Lei nº 12.860/13.

50 Transporte Escolar indeterminado 9.246.149 0,00 0,00 0,01


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da
venda, no mercado interno, de veículos e embarcações destinados ao transporte escolar para a
educação básica na zona rural, quando adquiridos pela União, Estados, Municípios e pelo
Distrito Federal.
Lei nº 10.865/04, art. 28, VIII e IX.

51 Trem de Alta Velocidade indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a
receita bruta decorrente da venda, no mercado interno, de serviços de transporte ferroviário
em sistema de trens de alta velocidade - TAV.

Lei nº 10.865/04, art. 28, XX.

52 Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00


Suspensão do PIS/PASEP-importação e COFINS-importação nas importações efetuadas por
empresas localizadas na Zona Franca de Manaus de matérias-primas, produtos intermediários
e materiais de embalagem, para emprego em processo de industrialização por
estabelecimentos industriais instalados na ZFM com projetos aprovados pela SUFRAMA.

Lei nº 10.865/04, art. 14-A.

53 Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00
QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP
Suspensão da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação incidentes
sobre importações de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para
incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica importadora estabelecida na Zona Franca
de Manaus. A suspensão converte-se em alíquota 0 (zero) após decorridos 18 meses da
incorporação do bem ao ativo imobilizado.

Lei nº 11.196/05, art. 50; Lei nº 10.865/04, art. 14, § 1º; Decreto nº 5.691/06.

54 Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00
Redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre
as receitas decorrentes da comercialização de matérias-primas, produtos intermediários e
materiais de embalagem, produzidos na Zona Franca de Manaus, para emprego em processo
de industrialização por estabelecimentos industriais instalados na própria ZFM com projetos
Lei nº 10.637/02, art. 5º-A; Decreto nº 5.310/04.

54 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 05/10/2073 614.529.931 0,01 0,02 0,54
Alíquotas diferenciadas para as Contribuições PIS/Pasep e Cofins incidentes sobre a receita
bruta auferida por pessoa jurídica industrial estabelecida na Zona Franca de Manaus e na Área
de Livre Comércio, decorrente da venda de produção própria, consoante projeto aprovado pela
SUFRAMA. I) 0,65% e 3%, no caso de venda efetuada a pessoa jurídica estabelecida: a) na Zona
Franca de Manaus e na Área de Livre Comércio; b) fora da Zona Franca de Manaus e da Área
de Livre Comércio, que apure PIS/COFINS no regime de não-cumulatividade; II) 1,3% e 6%, no
caso de venda efetuada a: a)pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e da
Área de Livre Comércio, que apure o imposto de renda com base no lucro presumido; b)
pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e da Área de Livre Comércio, que
apure o imposto de renda com base no lucro real e que tenha sua receita, total ou
parcialmente, excluída do regime de incidência não-cumulativa do PIS/COFINS; c) pessoa
jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e da Área de Livre Comércio e que seja
optante pelo SIMPLES; d) órgãos da administração federal, estadual, distrital e municipal.
Crédito na aquisição de mercadoria produzida por pessoa jurídica estabelecida na ZFM e na
ALC, consoante projeto aprovado pela SUFRAMA, determinado mediante a aplicação da
alíquota de 1% e 4,6% e, na situação "II b", mediante a aplicação da alíquota de 1,65% e 7,60%.
Redução a zero das alíquotas na venda de pneus e camaras de ar para bicicletas, quando
produzidas na Zona Franca de Manaus.

Lei nº 10.637/02, art. 2º, § 4º e art. 3º § 12; Lei nº 10.833/03, art. 2º, § 5º e art. 3º § 17;
Decreto nº 5.310/04; Lei nº 10.996/04, arts. 3º e 4º; Lei nº 13.097/15, art. 147.

TOTAL 24.156.060.154 0,21 0,93 21,11


QUADRO XX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO CSLL
1 Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados indeterminado 3.453.574.685 0,03 0,13 1,82
Dedução, como despesa operacional, dos gastos realizados pelas empresas com serviços de
assistência médica, odontológica, farmacêutica e social, destinados indistintamente a todos os
seus empregados e dirigentes.
Lei nº 9.249/95, art. 13, V.

Benefícios Previdenciários a Empregados e FAPI - Fundo de Aposentadoria Individual indeterminado 390.840.952 0,00 0,02 0,21
2

Benefícios Previdênciários, dedução, como despesa operacional, dos gastos realizados com
contribuições, não compulsórias destinada a custear planos de benefícios complementares
assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes da
pessoa jurídica. Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI, dedução, como
despesa operacional, do valor das quotas adquiridas em favor de seus empregados ou
administradores, do FAPI, desde que o plano atinja, no mínimo, 50% dos seus empregados.

Lei nº 9.249/95, art. 13, V; Lei nº 9.477/97, arts. 7º e 10; Lei nº 9.532/97, art. 11, §§2º, 3º e 4º;
Lei nº 10.887/04.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
3
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção da CSLL à Subsidiária Fifa no Brasil e aos Prestadores de Serviços da Fifa (estabelecidos
no Brasil sob a forma de sociedade com finalidade específica) em relação aos fatos geradores
decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização da
Copa das Confederações e da Copa do Mundo.

Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

4 Creches e Pré-Escolas 31/12/2018 não vigente ... ... ...


Regime especial de tributação aplicável à construção ou reforma de estabelecimentos de
educação infantil. Pagamento unificado de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS equivalente a 1% (um por
cento) da receita mensal auferida pela construtora em virtude da realização da obra submetida
ao regime especial de tributação. Cabe a CSLL 0,16%.

Lei nº 12.715/12, arts. 24 a 27.

5 Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos indeterminado 123.948.164 0,00 0,00 0,07
Dedução, como despesa operacional, das doações efetuadas a: Entidades civis, legalmente
constituídas no Brasil, sem fins lucrativos, que prestem serviços gratuitos em benefício de
empregados da pessoa jurídica doadora, e respectivos dependentes, ou em benefício da
comunidade na qual atuem, até o limite de 2%(dois por cento) do lucro operacional;
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), qualificadas segundo as normas
estabelecidas na Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999. Para fins de Dedução na apuração do
lucro real, as referidas doações estão limitadas a 2% (dois por cento) do lucro operacional da
pessoa jurídica, antes de computada a sua Dedução. A dedutibilidade fica condicionada a que a
entidade beneficiária tenha sua condição de utilidade pública ou de OSCIP reconhecida pelo
órgão competente da União.

Lei nº 9.249/95, art. 13, §2º, III; MP nº 2.158-35/01, art. 59.

6 Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa indeterminado 20.036.341 0,00 0,00 0,01


Dedução, como despesa operacional, das doações até o limite de 1,5% (um e meio por cento)
do lucro operacional, efetuadas às instituições de ensino e pesquisa cuja criação tenha sido
autorizada por lei federal e que preencham os requisitos dos incisos I e II do art. 213 da
Constituição Federal, de 1988, que são: a) comprovação de finalidade não-lucrativa e aplicação
dos excedentes financeiros em educação; b) assegurar a destinação do seu patrimônio a outra
escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de
encerramento de suas atividades.

Lei nº 9.249/95, art. 13, §2º, II.

7 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde indeterminado 1.331.800.701 0,01 0,05 0,70
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

8 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil indeterminado 735.116.825 0,01 0,03 0,39
QUADRO XX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO CSLL
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

9 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica indeterminado 13.126.801 0,00 0,00 0,01
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

10 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural indeterminado 17.808.413 0,00 0,00 0,01
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

11 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação indeterminado 673.279.075 0,01 0,03 0,36
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

12 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica indeterminado 378.250.782 0,00 0,01 0,20
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

13 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa indeterminado 40.655.511 0,00 0,00 0,02
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

14 Informática e Automação 31/12/2029 1.700.937.229 0,01 0,07 0,90


Crédito financeiro a título de CSLL concedido para as pessoas jurídicas habilitadas fabricantes
de bens de tecnologias da informação e comunicação que investirem em atividades de
pesquisa, desenvolvimento e inovação. O valor do crédito financeiro é calculado com base no
dispêndio em P&D e no faturamento no mercado interno.

Lei nº 8.248/91, art. 4º; Lei nº 10.176/01, art. 11; Lei nº 11.077/04, Lei nº 13.023/14; Lei n°
13.969/19; e Decreto nº 5.906/06.

15 Inovação Tecnológica indeterminado 1.809.848.744 0,02 0,07 0,96


QUADRO XX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO CSLL
A pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na determinação do lucro real e da base de
cálculo da CSLL, o valor correspondente a até 60% da soma dos dispêndios realizados no
período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica.
Poderá chegar a até 80% dos dispêndios em função do número de empregados pesquisadores
contratados pela pessoa jurídica. A pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na
determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL o valor correspondente a até 20% da
soma dos dispêndios ou pagamentos vinculados à pesquisa tecnológica e desenvolvimento de
inovação tecnológica objeto de patente concedida ou cultivar registrado. A pessoa jurídica
poderá excluir do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da
CSLL, os dispêndios efetivados em projeto de pesquisa científica e tecnológica e de inovação
tecnológica a ser executado por Instituição Científica e Tecnológica – ICT e por entidades
científicas e tecnológicas privadas, sem fins lucrativos. A exclusão corresponderá, à opção da
pessoa jurídica, a no mínimo a metade e no máximo duas vezes e meia o valor dos dispêndios
efetuados. Exclusão do lucro real e da base de cálculo da CSLL de até 160% dos dispêndios
realizados com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica para as
pessoas jurídicas que utilizarem os benefícios das Leis de capacitação e competitividade do
setor de informática e automação (Leis nº 8.248/1991, 8.387/1991, e 10.176/2001).

Lei nº 11.196/05, arts. 19, 19-A, 26; Lei nº 11.487/07; Lei nº 12.546/11, art. 13; Lei nº
11.774/08, art. 4º.

16 Minha Casa, Minha Vida indeterminado 45.823.046 0,00 0,00 0,02


Redução para 1% da alíquota do regime especial de tributação (RET) incidente sobre as
receitas decorrentes dos projetos de incorporação de imóveis residenciais de interesse social,
no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, com valor comercial até limite estabelecido
em lei. Cabe a CSLL 0,16%.
Lei nº 10.931/04, art. 4º, § 6º; Lei nº 12.024/09, art. 2º; Lei nº 13.097/15, arts. 4º e 6º.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
17
Paraolímpicos de 2016
Isenção da CSLL incidente sobre receitas, lucros e rendimentos auferidos pelas Empresas
vinculadas ao CIO, domiciliadas no País, e pelo RIO 2016 em relação aos fatos geradores
decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização dos
Eventos.
Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de indeterminado 52.346.520 0,00 0,00 0,03
18
Semicondutores
Crédito financeiro a título de CSLL concedido para empresas habilitadas no PADIS. O valor do
crédito financeiro é calculado com base no investimento em pesquisa e desenvolvimento e no
faturamento no mercado interno.
Lei nº 11.484/07, art. 1º a 11; Lei n° 13.169/15; Lei n° 13.969/19, Lei 14.302/22

19 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 04/05/2026 599.064.187 0,01 0,02 0,32
Reduz para 0% (zero por cento), pelo prazo de 60 (sessenta) meses, contado do início da
produção de efeitos desta Lei, as alíquotas das contribuições PIS, COFINS e CSLL e do IRPJ
incidentes sobre o resultado auferido pelas pessoas jurídicas pertencentes ao setor de
eventos.
Lei nº 14.148, de 03 de maio de 2021.

20 Previdência Privada Fechada indeterminado 110.065.288 0,00 0,00 0,06


Isenção do Imposto de Renda e da CSLL para as entidades de previdência complementar sem
fins lucrativos.
Decreto-Lei nº 2.065/83, art. 6º; IN SRF 588/05, art. 17.

21 PROUNI - Programa Universidade para Todos indeterminado 444.683.670 0,00 0,02 0,23
Isenção do imposto à instituição privada de ensino superior, com ou sem fins lucrativo, que
aderir ao PROUNI. A isenção recairá sobre o valor do lucro e será calculada na proporção da
ocupação efetiva das bolsas devidas
Lei nº 11.096/05.

22 Rota 2030 31/07/2023 não vigente ... ... ...


Dedução da CSLL devida, o valor correspondente à aplicação da alíquota da CSLL sobre até 30%
dos dispêndios realizados no País, desde que sejam classificáveis como despesas operacionais
aplicados em pesquisa e desenvolvimento.
MP nº 843/18; Lei nº 13755/18, art. 11; Decreto nº 9.557/18, art. 19.
QUADRO XX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO CSLL
Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 12.406.892.363 0,11 0,48 6,55
23
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/14.

24 TEF - Tributação Específica do Futebol indeterminado 81.829.717 0,00 0,00 0,04


Regime de tributação específico para as Sociedades Anônimas do Futebol que unifica o
recolhimento do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e Contribuição Previdenciária (artigos I, II e III do caput
e no §6º do art. 22 da Lei n° 8.212/91). O regime consiste na tributação das receitas mensais
com a aplicação de uma alíquota de 5%, nos 5 primeiros anos-calendário da constituição da
sociedade, e de 4%, a partir do 6º ano calendário.

Lei n° 14.193/2021 , atrs. 31 e 32.

TOTAL 24.429.929.013 0,21 0,95 12,89


QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
1 Aerogeradores indeterminado 176.493.477 0,00 0,01 0,04
Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre receita decorrente da venda no
mercado interno e importação de partes de aerogeradores (NCM 8503.00.90 EX01, exceto pás
eólicas).
Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, XL e art. 28, XXXVII; Lei nº 13.097/15, art. 1º; Lei nº 13.169/15,
art. 15.

2 Agricultura e Agroindústria - crédito presumido indeterminado 2.788.013.764 0,02 0,11 0,65


Crédito presumido para agroindústria na compra de insumos de produtor pessoa física,
cooperativas, produtor pessoa jurídica.
Lei n° 10.925/2004, art. 8°.

3 Agricultura e Agroindústria - Defensivos agropecuários indeterminado 5.122.975.690 0,04 0,20 1,20


Redução a zero das alíquotas do PIS e COFINS sobre importação ou venda no mercado interno
de defensivos agropecuários classificados na posição 38.08 da TIPI e suas matérias-primas.

Lei nº 10.925/04, art. 1º, II.

4 Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica indeterminado 27.570.358.887 0,24 1,07 6,47
Redução a zero das alíquotas do PIS e COFINS sobre importação ou venda no mercado interno
de: adubos, fertilizantes e suas matérias-primas; sementes e mudas; corretivo de solo; feijão,
arroz, farinha de mandioca e batata-doce; inoculantes agrícolas; vacina veterinária; milho;
pintos de 1 (um) dia; leite, bebidas lácteas; queijos; soro de leite; farinha de trigo; trigo; pão;
produtos hortículas, frutas e ovos; sementes e embriões; acetona; massas alimentícias; carne
bovina, suína, ovina, caprina, ave, peixe; café; açúcar; óleo de soja; manteiga; margarina;
sabão; pasta de dente; fio dental; papel higiênico.

Lei nº 10.925/04, arts. 1º, 8º, 9º; Decreto nº 5.630/05; Lei nº 10.865/04, art. 28 e art. 8º § 12;
Lei nº 11.727/08, art. 25; Lei nº 12.839/13.

5 Água Mineral indeterminado 272.015.326 0,00 0,01 0,06


Redução a zero das alíquotas de PIS/COFINS sobre a receita de venda de águas minerais
comercializadas em recipientes com capacidade nominal inferior a 10 (dez) litros ou igual ou
superior a 10 (dez) litros classificadas no código 2201.10.00 Ex 01 e Ex 02 da Tipi.

Lei nº 12.715/12, art. 76.

6 Álcool 31/12/2016 não vigente ... ... ...


Crédito presumido de PIS/COFINS para as pessoas jurídicas importadora ou produtora de
álcool, inclusive pra fins carburantes.
Lei nº 12.859/13, arts. 1º a 4º; Lei nº 12.995/14, art. 6º; Decreto nº 7.997/13.

7 Biodiesel indeterminado 102.338.425 0,00 0,00 0,02


Redução das alíquotas do PIS/COFINS sobre a venda de biodiesel pela aplicação de coeficientes
de redução definidos pelo Poder Executivo. Crédito presumido de PIS/COFINS calculado sobre
o valor das matérias-primas adquiridas de pessoa física, de cooperado pessoa física, de pessoa
jurídica que exerça atividade agropecuária, de cooperativa de produção agropecuária ou de
cerealista e utilizados como insumo na produção de biodiesel. Suspensão do PIS/COFINS sobre
a venda de matéria-prima in natura de origem vegetal, destinada à produção de biodiesel.

Lei 11.116/05, arts. 1º a 13; Decreto 5.297/04, art. 4º; Decreto nº 6.458/08; Decreto nº
7.768/12.

8 Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos indeterminado 927.686.562 0,01 0,04 0,22


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação ou venda no mercado interno de
cadeiras de rodas classificados na posição 87.13; artigos e aparelhos ortopédicos ou para
fraturas classificados no código 90.21.10; artigos e aparelhos de próteses classificados no
código 90.21.3; almofadas antiescaras classificadas nos Capítulos 39, 40, 63 e 94, da NCM;
produtos classificados nos códigos 8443.32.22, 8469.00.39 Ex 01, 8714.20.00, 9021.40.00,
9021.90.82 e 9021.90.92, todos da Tipi; calculadoras equipadas com sintetizador de voz;
teclados e mouse com adaptações específicas para uso por pessoas com deficiência; linhas
braile classificadas; scanners equipados com sintetizador de voz; duplicadores braile;
acionadores de pressão; lupas eletrônicas; implantes cocleares; próteses oculares; aparelhos e
softwares de leitores de tela; neuroestimuladores para tremor essencial/Parkinson.

Lei nº 10.865/04, arts. 8º e 28.

9 Combustíveis 31/12/2023 não vigente ... ... ...


QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
Redução das alíquotas da Contribuição para o Programa de Integração Social e o Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/Pasep e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - Cofins incidentes sobre operações realizadas com óleo
diesel, biodiesel, gás liquefeito de petróleo, álcool, querosene de aviação, gás natural veicular e
gasolina.
Decreto nº 10.638/2021; Lei Complementar nº 194/22; Medida Provisória nº 1.157/2023 e
Medida Provisória nº 1.163/2023.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
10
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção de PIS/Cofins para Subsidiária Fifa no Brasil e Prestadores de Serviços da Fifa
(estabelecidos no País sob a forma de sociedade com finalidade específica) em relação aos
fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou
realização da Copa das Confederações e Copa do Mundo Fifa. Suspensão de PIS/Cofins sobre
vendas realizadas no mercado interno para a Fifa, para Subsidiária Fifa no Brasil ou para a
Emissora Fonte da Fifa, de mercadorias destinadas a uso ou consumo exclusivo na organização
e realização dos Eventos. A suspensão converter-se-á em isenção após comprovação da
utilização ou consumo do bem nas finalidades previstas na Lei. Isenção de PIS/Cofins-
Importação em relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente
vinculadas à organização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo a Fifa e sua
Subsidiária no Brasil.

Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

11 Creches e Pré-Escolas 31/12/2018 não vigente ... ... ...


Regime especial de tributação aplicável à construção ou reforma de estabelecimentos de
educação infantil. Pagamento unificado de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS equivalente a 1% (um por
cento) da receita mensal auferida pela construtora em virtude da realização da obra submetida
ao regime especial de tributação. Cabe à COFINS 0,44%.

Lei nº 12.715/12, arts. 24 a 27.

12 Embarcações e Aeronaves indeterminado 4.393.881.721 0,04 0,17 1,03


Isenção do PIS/Cofins sobre a receita auferida pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades
de construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações pré-
registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro - REB.

Redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a
receita bruta decorrente da venda no mercado interno ou a importação de materiais e
equipamentos, partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção,
conservação, modernização e conversão de embarcações registradas ou pré-registradas no
REB.

Redução a zero das alíquotas do PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a venda ou


importação de aeronaves classificadas na posição 88.02 da Tipi, suas partes, peças,
ferramentais, componentes, insumos, fluidos hidráulicos, tintas, anticorrosivos, lubrificantes,
equipamentos, serviços e matérias-primas a serem empregados na manutenção, conservação,
modernização, reparo, revisão, conversão e industrialização das aeronaves, seus motores,
partes, componentes, ferramentais e equipamentos.

MP nº 2.158-35/01, art. 14, VI e § 1º; Lei 10.865/04, art. 8º, § 12, I, VI e VII, art. 28, IV e X; Lei
nº 10.925/04, art. 6º; Lei nº 11.727/08, art. 26; Lei nº 13.137/15, art. 1º.

13 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde indeterminado 3.017.772.019 0,03 0,12 0,71
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

14 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil indeterminado 1.770.419.087 0,02 0,07 0,42
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

15 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica indeterminado 44.828.017 0,00 0,00 0,01
QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

16 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural indeterminado 46.641.690 0,00 0,00 0,01
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

17 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação indeterminado 2.633.669.075 0,02 0,10 0,62
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

18 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica indeterminado 2.700.691.033 0,02 0,10 0,63
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

19 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa indeterminado 337.153.151 0,00 0,01 0,08
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

20 Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial indeterminado 21.032.522 0,00 0,00 0,00
Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita decorrente da venda de
equipamentos ou materiais destinados a uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial,
quando adquiridos: I - pela União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, bem como pelas
suas autarquias e fundações; ou II - por entidades beneficentes de assistência social.

Lei nº 13.043/14, art. 70.

21 Evento Esportivo, Cultural e Científico indeterminado 161.035 0,00 0,00 0,00


Isenção do PIS/Cofins incidente na importação de troféus, medalhas, placas, estatuetas,
distintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em evento cultural,
científico ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos gratuitamente
como premiação em evento esportivo realizado no País; bens dos tipos e em quantidades
normalmente consumidos em evento esportivo oficial; material promocional, impressos,
folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou
utilizados em evento esportivo oficial; bens importados por desportistas, desde que tenham
sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de
prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento.

Lei nº 11.488/07, art. 38.

22 Gás Natural Liquefeito indeterminado 121.330.715 0,00 0,00 0,03


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação de Gás Natural Liquefeito - GNL.

Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, XVI; Lei nº 11.727/08.

23 Indústria Cinematográfica e Radiodifusão indeterminado 16.537.326 0,00 0,00 0,00


QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação de máquinas, equipamentos,
aparelhos, instrumentos, suas partes e peças de reposição, e películas cinematográficas
virgens, sem similar nacional, destinados à indústria cinematográfica e audiovisual, e de
radiodifusão. Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na venda no mercado interno ou
importação de projetores para exibição cinematográfica, classificados no código 9007.2 da
NCM, e suas partes e acessórios, classificados no código 9007.9 da NCM.

Lei nº 10.865/04, art. 8º, §12, V, XXIII e art. 28, XXI; Lei nº 12.599/12.

24 Livros indeterminado 1.495.360.573 0,01 0,06 0,35


Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins incidentes sobre a importação e venda interna de
livros em geral.
Lei nº 10.865/04, arts. 8º, §12, XII e 28, VI; Lei nº 11.033/04, art. 6º.

25 Máquinas e Equipamentos - CNPq indeterminado 196.703.921 0,00 0,01 0,05


Isenção do PIS/Cofins nas importações de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos,
bem como suas partes e peças de reposição, destinados à pesquisa científica e tecnológica.

Lei nº 8.010/90; Lei nº 10.865/04, art. 9º, II, h.

26 Medicamentos indeterminado 7.561.219.880 0,07 0,29 1,77


Crédito presumido de PIS/COFINS para as pessoas jurídicas que procedam à industrialização ou
à importação de medicamentos.
Lei nº 10.147/00.

27 Minha Casa, Minha Vida indeterminado 126.013.378 0,00 0,00 0,03


Redução para 1% da alíquota do regime especial de tributação (RET) incidente sobre as receitas
decorrentes dos projetos de incorporação de imóveis residenciais de interesse social, no
âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, com valor comercial até limite estabelecido em
lei. Cabe a COFINS 0,44%.
Lei nº 10.931/04, art. 4º, § 6º; Lei nº 12.024/09, art. 2º; Lei nº 12.844/13, art. 16; Lei nº
13.097/15, arts. 4º e 6º.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
28
Paraolímpicos de 2016
Isenção do PIS/Cofins incidente nas importações de bens, mercadorias ou serviços para uso ou
consumo exclusivo na organização e realização dos Jogos. Suspensão do PIS/Cofins incidente
sobre as vendas de mercadorias e a prestação de serviços para o CIO, empresa vinculada ao
CIO, Comitês Olímpicos Nacionais, federações desportivas internacionais, WADA, CAS,
entidades nacionais e regionais de administração de desporto olímpico, RIO 2016,
patrocinadores dos Jogos, prestadores de serviços do CIO, prestadores de serviços do RIO 2016,
empresas de mídia e transmissores credenciados, adquiridos diretamente de pessoa jurídica
previamente licenciada ou nomeada pelo CIO ou pelo RIO 2016.

Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de 31/12/2026 10.828.270 0,00 0,00 0,00
29
Semicondutores
Redução a zero das alíquotas do PIS/PASEP e COFINS na importação ou venda no mercado
interno de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, softwares e insumos para
incorporação ao ativo imobilizado.
Lei nº 11.484/07, arts. 1º a 11; Lei n° 13.169/15, Lei 14.302/22 e Decreto 10.615/21

30 Papel - Jornais e Periódicos 30/04/2016 não vigente ... ... ...


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da
venda no mercado interno e importação de papel destinado à impressão de jornais e à
impressão de periódicos.
Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, III e IV, art. 28, I e II; Lei nº 11.727/08, art. 18; Lei nº 12.649/12,
art. 3º.

PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
31
para a TV Digital
Redução a zero das alíquotas do PIS/PASEP e COFINS na importação ou venda no mercado
interno de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, softwares e insumos para
incorporação ao ativo imobilizado. Redução a zero as alíquotas da Contribuição para o
PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a venda da pessoa jurídica beneficiária do PATVD.

Lei nº 11.484/07, arts. 12 a 22 e 66.


QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
32 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 04/05/2026 2.125.295.717 0,02 0,08 0,50
Reduz para 0% (zero por cento), pelo prazo de 60 (sessenta) meses, contado do início da
produção de efeitos desta Lei, as alíquotas das contribuições PIS, COFINS e CSLL e do IRPJ
incidentes sobre o resultado auferido pelas pessoas jurídicas pertencentes ao setor de eventos.

Lei nº 14.148, de 03 de maio de 2021.

33 Petroquímica 31/12/2027 974.773.222 0,01 0,04 0,23


Redução das alíquotas na importação ou venda no merco interno de: etano, propano, butano,
nafta petroquímica, condensado e correntes gasosas de refinaria - HLR - hidrocarbonetos leves
destinado a centrais petroquímicas; eteno, propeno, buteno, butadieno, orto-xileno, benzeno,
tolueno, isopreno e paraxileno para indústrias químicas para serem utilizados como insumo.
Para 2012 e períodos anteriores 1% e 4,6%. (i) 0,18% e 0,82% para os anos de 2013, 2014 e
2015; (II) 0,54% e 2,46% para o ano de 2016; (III) 0,90% e 4,10% para o ano de 2017; e (IV) 1% e
4,6% a partir do ano de 2018. Desconto de créditos na apuração não-cumulativa a 1,65% e
7,6%.

Lei nº 11.196/05, arts. 56, 57 e 57-A; Lei nº 10.865/04, art. 8º, §15; Lei nº 12.895/13.

34 Produtos Químicos e Farmacêuticos indeterminado 8.177.497.056 0,07 0,32 1,92


Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins na importação e venda no mercado interno dos
produtos químicos e intemediários de síntese classificados no Capítulo 29 da NCM; produtos
destinados ao uso em hospitais, clínicas e consultórios médicos e odontológicos, campanhas de
saúde realizadas pelo poder público, laboratório de anatomia patológica, citológica ou de
análises clínicas, classificados nas posições 30.02, 30.06, 39.26, 40.15 e 90.18, da NCM.
Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins-Importação sobre produtos farmacêuticos
classificados posição 30.01; nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3, 3002.20.1 e 3002.20.2;
nos códigos 3002.90.20, 3002.90.92, 3002.90.99; na posição 30.03, exceto no código
3003.90.56; na posição 30.04, exceto no código 3004.90.46; no código 3005.10.10; nos itens
3006.30.1 e 3006.30.2; no código 3006.60.00 da NCM.

Lei nº 10.637/02, art. 2º, § 3º; Lei nº 10.833/03, art. 2º, § 3º; Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 11;
Decreto nº 6.426/08.

35 Programa de Inclusão Digital 31/12/2015 não vigente ... ... ...


Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins sobre a venda a varejo de computadores desktops
e notebooks, monitores, teclados, mouse, modems, tablets, smartphones, roteadores.
Também se aplica às aquisições realizadas por pessoas jurídicas de direito privado, órgãos e
entidades da Administração Pública e sociedades de arrendamento mercantil leasing.
Revogado pela MP 690/15.
Lei nº 11.196/05, arts. 28 a 30; Decreto nº 5.602/05, Lei nº 13.097/15, art. 5º, MP nº 690, art.
9º.

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
36

Suspensão de PIS/COFINS incidente na importação ou aquisição no mercado interno de


matérias-primas, produtos intermediários e prestação de serviços destinados à fabricação dos
equipamentos. A suspensão converte-se em alíquota zero após a incorporação ou utilização
dos bens ou dos serviços nos equipamentos.

Lei nº 12.249/10, arts. 6 a 14 e 139; Lei nº 12.715/12, arts. 15 a 23 e 78.

37 PROUNI - Programa Universidade para Todos indeterminado 1.049.641.505 0,01 0,04 0,25
Isenção do tributo à instituição privada de ensino superior, com ou sem fins lucrativo, que
aderir ao PROUNI. A isenção recairá sobre a receita auferida e será calculada na proporção da
ocupação efetiva das bolsas devidas
Lei nº 11.096/05, art. 8º.

RECINE - Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição 31/12/2024 3.786.951 0,00 0,00 0,00
38
Cinematográfica
Suspensão do PIS/COFINS na importação e aquisição no mercado interno de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação no ativo permanente e
utilização em complexos de exibição ou cinemas itinerantes, bem como de materiais para sua
construção. A suspensão converte-se em alíquota zero após incorporação no ativo permanente
e utilização do bem ou material de construção no complexo de exibição cinematográfica.

Lei nº 12.599/12, arts.12 a 14; Decreto nº 7.729/12; Lei nº 13.594/18; Lei nº 14.044/2020.

RECOPA - Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou 30/06/2014 não vigente ... ... ...
39
Modernização de Estádios de Futebol
QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
Suspensão do PIS/COFINS incidente na importação e aquisição do mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para
utilização ou incorporação no estádio de futebol da pessoa jurídica beneficiária do RECOPA,
bem como a prestação de serviços e aluguel de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos destinadas à obra. A suspensão converte-se em alíquota zero após a utilização
ou incorporação do bem ou serviço.

Lei nº 12.350/10, arts. 17 a 21.

40 Rede Arrecadadora indeterminado 345.463.575 0,00 0,01 0,08


Exclusão da base de cálculo da Cofins dos valores auferidos como remuneração dos serviços de
arrecadação de receitas federais, dividido pela alíquota da Cofins-Financeiras (4%).

Lei nº 12.844/13, art. 36.

41 REIDI - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infra-Estrutura indeterminado 1.456.524.886 0,01 0,06 0,34
Suspensão do PIS/PASEP e da COFINS na importação ou venda no mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, materiais de construção, serviços e
aluguel para utilização ou incorporação em obras de infra-estrutura destinadas ao ativo
imobilizado.
Lei nº 11.488/07, arts. 1º a 5º.

REIF - Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria de 20/09/2017 não vigente ... ... ...
42
Fertilizantes
Suspensão do PIS e COFINS incidente sobre a importação ou venda no mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, de materiais de construção e
serviços e aluguel para utilização ou incorporação no projeto aprovado.

Lei nº 12.794/13, arts. 5º a 11.

RENUCLEAR - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares 31/12/2020 não vigente ... ... ...
43

Suspensão do PIS/COFINS nas importação ou vendas no mercado interno de máquinas,


aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, de materiais de construção, serviços ou
aluguel para utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo
imobilizado, quando a importação/aquisição for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do
RENUCLEAR. A suspensão converte-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do
bem ou material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.431/11, arts. 14 a 17.

REPENEC - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da 30/06/2016 não vigente ... ... ...
44 Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Suspensão do PIS/COFINS incidente na importação ou aquisição no mercado interno de


máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para
utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado de
pessoa jurídica beneficiária do REPENEC. Aplica-se também ao aluguel. As suspensões
convertem-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do bem ou material de
construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.249/10, arts. 1º a 5º.

REPNBL-Redes - Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para 31/12/2016 não vigente ... ... ...
45
Implantação de Redes de Telecomunicações
Suspensão do PIS/COFINS sobre receita de venda no mercado interno de máquinas, aparelhos,
instrumentos e equipamentos novos, de materiais de construção, serviços e aluguel para
utilização ou incorporação nas obras civis dos projetos aprovados para implantação, ampliação
ou modernização de redes de telecomunicações que suportam acesso à Internet em banda
larga. A suspensão converte-se em alíquota zero após a incorporação do bem.

Lei nº 12.715/12, arts. 28 a 33.

REPORTO - Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura 31/12/2023 não vigente ... ... ...
46
Portuária
QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
Suspensão do PIS/Cofins na importação ou venda no mercado interno de máquinas,
equipamentos, peças de reposição e outros bens importados pelos beneficiários do REPORTO e
destinados ao seu ativo imobilizado para utilização exclusiva na execução de serviços de: carga,
descarga, armazenagem e movimentação de mercadorias e produtos; sistemas suplementares
de apoio operacional; proteção ambiental; sistemas de segurança e de monitoramento de
fluxo de pessoas, mercadorias, produtos, veículos e embarcações; dragagens; e treinamento e
formação de trabalhadores, inclusive na implantação de Centros de Treinamento Profissional.
São beneficiários do REPORTO o operador portuário, o concessionário de porto organizado, o
arrendatário de instalação portuária de uso público e a empresa autorizada a explorar
instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo, inclusive aquelas que operam com
embarcações de offshore, o concessionário de transporte ferroviário, empresas de dragagem,
recintos alfandegados de zona secundária e dos Centros de Treinamento Profissional. A
suspensão converte-se em isenção após o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data
da ocorrência do respectivo fato gerador.

Lei nº 11.033/04, arts. 13 a 16, em específico: art. 14; Decreto nº 6.582/08; Lei nº 11.774/08,
art. 5º; Lei nº 12.715/12, art. 39; Lei nº 12.688/12, art. 30; Lei n° 13.169, art. 7°; Lei 14.301/22.

RETAERO - Regime Especial de Incentivos Tributários para a Indústria Aeroespacial Brasileira 11/06/2020 não vigente ... ... ...
47

Suspensão de PIS/Cofins na importação ou venda no mercado interno de partes, peças,


ferramentas, componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas,
a serem empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão
e industrialização dos produtos classificados na posição 88.02 da NCM. Suspensão de
PIS/Cofins na importação ou venda no mercado de serviços de tecnologia industrial básica,
desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência técnica e transferência de tecnologia. A
suspensão converte-se em alíquota zero após o emprego, utilização ou incorporação dos
referidos bens.

Lei nº 12.249/10, arts. 29 a 33; Lei nº 12.598/12, art. 16.

48 RETID - Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa 22/03/2032 29.998.050 0,00 0,00 0,01
Suspensão do PIS/COFINS sobre a venda no mercado interno ou importação de partes, peças,
ferramentas, componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos, matérias-primas,
serviços de tecnologia industrial básica, desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência
técnica e transferência de tecnologia a serem empregados na manutenção, conservação,
modernização, reparo, revisão, conversão, industrialização de bens de defesa nacional, quando
a aquisição for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do RETID. A suspensão também aplica-
se à receita de aluguel de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos. Conversão em
alíquota zero após o emprego ou utilização dos bens e serviços. Suspensão de PIS e COFINS
incidente sobre a receita decorrente da venda dos bens de defesa nacional, definidos em ato
do Poder Executivo, e a prestação de serviços de tecnologia industrial básica, projetos,
pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência técnica e transferência de
tecnologia, efetuada por pessoa jurídica beneficiária do RETID à União, para uso privativo das
Forças Armadas, exceto para uso pessoal e administrativo.

Lei nº 12.598/12, arts. 7º a 11; Decreto nº 8.122/13.

Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 36.215.181.961 0,31 1,40 8,49
49
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/14.

50 TEF - Tributação Específica do Futebol indeterminado 649.523.375 0,01 0,03 0,15


Regime de tributação específico para as Sociedades Anônimas do Futebol que unifica o
recolhimento do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e Contribuição Previdenciária (artigos I, II e III do caput
e no §6º do art. 22 da Lei n° 8.212/91). O regime consiste na tributação das receitas mensais
com a aplicação de uma alíquota de 5%, nos 5 primeiros anos-calendário da constituição da
sociedade, e de 4%, a partir do 6º ano calendário.

Lei n° 14.193/2021 , atrs. 31 e 32.

51 Telecomunicações em Áreas Rurais e Regiões Remotas 31/12/2018 não vigente ... ... ...
QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
Isenção de tributos federais incidentes sobre o faturamento dos serviços de telecomunicações
prestados por meio das subfaixas de radiofrequência de 451 MHz a 458 MHz e de 461 MHz a
468 MHz, assim como por meio de estações terrenas satelitais de pequeno porte que
contribuam com os objetivos de implantação do PNBL. Isenção de tributos federais incidentes
sobre a receita bruta de venda a varejo dos componentes e equipamentos de rede, terminais e
transceptores definidos em regulamento que sejam dedicados aos serviços de
telecomunicações prestados por meio das subfaixas de radiofrequência de 451 MHz a 458 MHz
e de 461 MHz a 468 MHz, assim como por meio de estações terrenas satelitais de pequeno
porte que contribuam com os objetivos de implantação do PNBL.

Lei nº 12.715/12, arts. 35 e 37.

52 Termoeletricidade indeterminado 601.438.793 0,01 0,02 0,14


Redução a zero da alíquota do PIS/COFINS incidente sobre a venda de gás natural e carvão
mineral destinada à produção de energia elétrica.
Lei nº 10.312/01, arts. 1º e 2º.

53 Transporte Coletivo indeterminado 419.305.717 0,00 0,02 0,10


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS sobre o transporte público coletivo municipal de
passageiros, por meio rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário. Aplica-se também ao
transporte público coletivo intermunicipal, interestadual e internacional de caráter urbano.

Lei nº 12.860/13.

54 Transporte Escolar indeterminado 41.619.179 0,00 0,00 0,01


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da
venda, no mercado interno, de veículos e embarcações destinados ao transporte escolar para a
educação básica na zona rural, quando adquiridos pela União, Estados, Municípios e pelo
Distrito Federal.
Lei nº 10.865/04, art. 28, VIII e IX.

55 Trem de Alta Velocidade indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a
receita bruta decorrente da venda, no mercado interno, de serviços de transporte ferroviário
em sistema de trens de alta velocidade - TAV.
Lei nº 10.865/04, art. 28, XX.

56 Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00


Suspensão do PIS/PASEP-importação e COFINS-importação nas importações efetuadas por
empresas localizadas na Zona Franca de Manaus de matérias-primas, produtos intermediários
e materiais de embalagem, para emprego em processo de industrialização por
estabelecimentos industriais instalados na ZFM com projetos aprovados pela SUFRAMA.

Lei nº 10.865/04, art. 14-A.

57 Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00
Suspensão da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação incidentes
sobre importações de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para
incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica importadora estabelecida na Zona Franca
de Manaus. A suspensão converte-se em alíquota 0 (zero) após decorridos 18 meses da
incorporação do bem ao ativo imobilizado.

Lei nº 11.196/05, art. 50; Lei nº 10.865/04, art. 14, § 1º; Decreto nº 5.691/06.

58 Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00
Redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre
as receitas decorrentes da comercialização de matérias-primas, produtos intermediários e
materiais de embalagem, produzidos na Zona Franca de Manaus, para emprego em processo
de industrialização por estabelecimentos industriais instalados na própria ZFM com projetos
aprovados pela SUFRAMA.
Lei nº 10.637/02, art. 5º-A; Decreto nº 5.310/04.

59 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 05/10/2073 2.809.279.687 0,02 0,11 0,66
QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
Alíquotas diferenciadas para as Contribuições PIS/Pasep e Cofins incidentes sobre a receita
bruta auferida por pessoa jurídica industrial estabelecida na Zona Franca de Manaus e na Área
de Livre Comércio, decorrente da venda de produção própria, consoante projeto aprovado pela
SUFRAMA. I) 0,65% e 3%, no caso de venda efetuada a pessoa jurídica estabelecida: a) na Zona
Franca de Manaus e na Área de Livre Comércio; b) fora da Zona Franca de Manaus e da Área
de Livre Comércio, que apure PIS/COFINS no regime de não-cumulatividade; II) 1,3% e 6%, no
caso de venda efetuada a: a)pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e da
Área de Livre Comércio, que apure o imposto de renda com base no lucro presumido; b)
pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e da Área de Livre Comércio, que
apure o imposto de renda com base no lucro real e que tenha sua receita, total ou
parcialmente, excluída do regime de incidência não-cumulativa do PIS/COFINS; c) pessoa
jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e da Área de Livre Comércio e que seja
optante pelo SIMPLES; d) órgãos da administração federal, estadual, distrital e municipal.
Crédito na aquisição de mercadoria produzida por pessoa jurídica estabelecida na ZFM e na
ALC, consoante projeto aprovado pela SUFRAMA, determinado mediante a aplicação da
alíquota de 1% e 4,6% e, na situação "II b", mediante a aplicação da alíquota de 1,65% e 7,60%.
Redução a zero das alíquotas na venda de pneus e camaras de ar para bicicletas, quando
produzidas na Zona Franca de Manaus.

Lei nº 10.996/04, arts. 3º e 4º; Lei nº 10.637/02, art. 2º, § 4º e art. 3º § 12; Lei nº 10.833/03,
art. 2º, § 5º e art. 3º § 17; Decreto nº 5.310/04; Lei nº 13.097/15, art. 147.

TOTAL 116.353.455.218 1,01 4,50 27,29


QUADRO XXII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO - CIDE
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO CIDE
Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
1
Copa do Mundo Fifa (2014)
isenção da CIDE-Combustível na importação de combustíveis para uso ou consumo exclusivo
na organização e realização da Copa das Confederações e/ou Copa do Mundo Fifa. Isenção da
CIDE-Tecnologia para a Fifa e a Subsidiária Fifa no Brasil.
Lei nº 12.350/10, art. 3º, §1º, VIII e art. 7º, III, a.

2 Evento Esportivo, Cultural e Científico indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção da CIDE-Combustíveis incidente na importação de troféus, medalhas, placas,
estatuetas, distintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em
evento cultural, científico ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos
gratuitamente como premiação em evento esportivo realizado no País; bens dos tipos e em
quantidades normalmente consumidos em evento esportivo oficial; material promocional,
impressos, folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos
gratuitamente ou utilizados em evento esportivo oficial; bens importados por desportistas,
desde que tenham sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação
de entidade de prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento.

Lei nº 11.488/07, art. 38.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
3
Paraolímpicos de 2016
Isenção da CIDE-Combustível sobre a importação de combustíveis. Isenção da CIDE-Tecnologia
incidente sobre a importação de serviços.
Lei nº 12.780/13, art. 4º, §1º, VIII e IX; Decreto n° 8.463/15, art. 7º, § 1º, VIII e IX.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de indeterminado 797.093 0,00 0,00 0,02
4
Semicondutores
Redução a zero da alíquota da CIDE-Tecnologia nas remessas ao exterior para pagamento de
patentes ou uso de marcas e fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica,
quando efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do PADIS.

Lei nº 11.484/07, art. 3º, § 3º , arts. 5º e 65; Lei n° 13.169/15, art. 12.

PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
5
para a TV Digital
Redução a zero da alíquota da CIDE-Tecnologia nas remessas ao exterior para pagamento de
patentes ou uso de marcas e fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica,
quando efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do PATVD.
Lei nº 11.484/07, art. 14, § 3º e art. 66.

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
6

Suspensão de CIDE-Tecnologia incidente na importação serviços destinados à fabricação dos


equipamentos. A suspensão converte-se em alíquota zero após a incorporação ou utilização
dos serviços nos equipamentos.
Lei nº 12.249/10, art. 9º,III e art. 139; Lei nº 12.715/12, arts. 15 a 23 e 78, em específico art. 18.

TOTAL 797.093 0,00 0,00 0,02


QUADRO XXIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
ADICIONAL AO FRETE PARA A RENOVAÇÃO DA MARINHA MERCANTE - AFRMM
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO AFRMM
1 Amazônia Ocidental indeterminado 1.148.889.136 0,01 0,04 12,06
Isenção do AFRMM para mercadorias que sejam destinadas ao consumo ou industrialização na
Amazônia Ocidental, excluídas armas, munições, fumo, bebidas alcoólicas, perfumes, veículos
de carga, automóveis de passageiros e granéis líquidos.

Lei nº 10.893/04, art. 14, V, g.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
2
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção do AFRMM nas importações de bens ou mercadorias para uso ou consumo na
organização e realização dos Eventos.
Lei nº 12.350/10, art. 3º, § 1º, VII.

3 Doações de Bens para Entidades Filantrópicas indeterminado 143.772 0,00 0,00 0,00
Isenção do AFRMM para bens sem interesse comercial, doados a entidades filantrópicas, desde
que o donatário os destine, total e exclusivamente, a obras sociais e assistenciais
gratuitamente prestadas.
Lei nº 10.893/04, art. 14, IV, a.

4 Livros, Jornais e Periódicos indeterminado 18.579.846 0,00 0,00 0,19


Isenção de AFRMM sobre livros, jornais e periódicos, bem como o papel destinado a sua
impressão.
Lei nº 10.893/04, art. 14, II.

5 Mercadorias Norte e Nordeste indeterminado 1.736.538.707 0,02 0,07 18,22


Não incidência do AFRMM sobre as mercadorias transportadas por meio fluvial e lacustre,
exceto graneis liquidos, transportados no âmbito das Regiões Norte e Nordeste. Não incidência
sobre mercadorias cuja origem ou destino final seja porto localizado na Região Norte ou
Nordeste do País, nas navegações de cabotagem, quando o descarregamento tiver início até 08
de janeiro de 2022. Não incidência sobre mercadorias cuja origem ou destino seja porto
localizado na Região Norte ou Nordeste do país, nas navegações realizadas em casco com
fundo duplo, destinadas ao transporte de combustíveis quando o descarregamento tiver início
até 08 de janeiro de 2022.

Lei nº 9.432/97, art. 17; Lei nº 10.893/04, art. 4º, Parágrafo único, inciso I; Lei nº 11.033/04,
art. 18; Lei nº 11.482/07, art. 11; Lei nº 12.507/11, art. 3º; Lei nº 13.458/17; Decreto nº
8.257/14, art. 4º, incisos II, III e IV e Parágrafo único.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
6
Paraolímpicos de 2016
Isenção do AFRMM incidente nas importações de bens ou mercadorias para uso ou consumo
exclusivo na organização e realização dos Jogos.
Lei nº 12.780/13, art. 4º, § 1º, VII; Decreto nº 8.463/15, art. 7º, § 1º, VII.

7 Pesquisas Científicas indeterminado 1.163.478 0,00 0,00 0,01


Isenção do AFRMM para bens destinados à pesquisa científica e tecnológica, conforme
disposto em lei.
Lei nº 10.893/04, art. 14, IV, e; Lei nº 12.599/12, art. 1º.

8 SUDAM/SUDENE - Isenção AFRMM 31/12/2015 não vigente ... ... ...


Isenção do AFRMM para os empreendimentos que se implantarem, modernizarem, ampliarem
ou diversificarem no Nordeste e na Amazônia e que sejam considerados de interesse para o
desenvolvimento destas regiões, segundo avaliações técnicas específicas das respectivas
Superintendências de Desenvolvimento.

Lei nº 9.808/99, art. 4º; Lei nº 12.431/11, art. 22.

TOTAL 2.905.314.939 0,03 0,11 30,49


QUADRO XXIV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA CINEMATOGRÁFICA NACIONAL - CONDECINE
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO CONDECINE
Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
1
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção da CONDECINE incidente nas importações da FIFA.
Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
2
Paraolímpicos de 2016
Isenção da CONDECINE em relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e
diretamente vinculadas à organização ou realização dos Eventos.
Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

3 Programação indeterminado 17.040.956 0,00 0,00 0,18


Isenção da CONDECINE, referente à programação internacional de que trata o inciso XIV do art.
1º, incidente sobre as remessas para o exterior, relativas a rendimentos ou remuneração
decorrentes da exploração de obras cinematográficas ou videofonográficas ou por sua
aquisição ou importação a preço fixo, bem como qualquer montante referente a aquisição ou
licenciamento de qualquer forma de direitos, desde que a programadora beneficiária desta
isenção opte por aplicar o valor correspondente a 3% (três por cento) em projetos de produção
de obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de longa, média e curta metragens
de produção independente, de co-produção de obras cinematográficas e videofonográficas
brasileiras de produção independente, de telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais,
animações e de programas de televisão de caráter educativo e cultural, brasileiros de produção
independente, aprovados pela ANCINE. Isenção da CONDECINE, referente à programação de
que trata o inciso XV do art. 1º, incidente sobre as remessas para o exterior, relativas a
rendimentos ou remuneração decorrentes da exploração de obras cinematográficas ou
videofonográficas ou por sua aquisição ou importação a preço fixo, bem como qualquer
montante referente a aquisição ou licenciamento de qualquer forma de direitos.

MP nº 2.228-1/01, art. 39, VII, X; Lei nº 10.454/02.

TOTAL 17.040.956 0,00 0,00 0,18


QUADRO XXV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO C. PREVI
1 Academia Brasileira de Letras - ABL indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art 1º; Lei Complementar nº 70/91, art 6º.

2 Associação Brasileira de Imprensa - ABI indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 1º; Lei Complementar nº 70/91, art. 6º.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
3
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção da contribuição previdenciária patronal destinada à FIFA e entidades organizadoras da
Copa do Mundo.
Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

4 Desoneração da Folha de Salários 31/12/2023 não vigente ... ... ...


Contribuição Previdenciária Patronal incidente sobre o faturamento, com alíquota de 1,0%,
1,5%, 2,0%, 2,5%, 3,0% ou 4,5%, em substituição a incidência sobre a folha de salários.

Lei nº 12.546/12, arts. 7º a 11; Lei nº 12.715/12, arts. 55 e 56; Lei nº 12.794/13, arts. 1º e 2º;
MP nº 601/12; MP nº 612/13, arts. 25 e 26; Lei nº 12.844/13; Lei nº 13.043/14, art. 53; Lei n°
13.161/15; Lei n° 13.202/15, Lei 14.288/21 art. 2°.

5 Dona de Casa indeterminado 386.665.678 0,00 0,01 0,06


Redução da alíquota (5%) da contribuição previdenciária do segurado facultativo sem renda
própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência,
desde que pertencente a família de baixa renda.
Lei nº 12.470/11; Lei nº 8.212/91, art. 21, § 2º, II, b.

6 Entidades Filantrópicas indeterminado 16.851.224.960 0,15 0,65 2,55


Isenção da Contribuição Previdenciária Patronal para as entidades beneficentes de assistência
social.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 195, § 7º; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

7 Exportação da Produção Rural indeterminado 10.533.408.014 0,09 0,41 1,59


Não incidência da contribuição social sobre receitas de exportações do setor rural
(agroindústria e produtor rural pessoa jurídica).
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 149, § 2º, I; Lei nº 8.870/94, art. 25.

8 Funrural indeterminado 3.456.879.590 0,03 0,13 0,52


Redução para 1,2% da Contribuição destinada à Seguridade Social Rural de que trata o artigo
25 da Lei n° 8.212/1991.
Lei n° 13.606/18.

9 Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 1º; Lei Complementar nº 70/91, art. 6º.

10 MEI - Microempreendedor Individual indeterminado 6.487.391.101 0,06 0,25 0,98


Redução da alíquota (5%) da contribuição previdenciária do segurado microempreendedor
individual.
Lei complementar nº 123/06, art. 18-A, § 3º, V, a e § 11; Lei nº 12.470/11; Lei nº 8.212/91, art.
21, § 2º, II, a.
QUADRO XXV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO C. PREVI
Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
11
Paraolímpicos de 2016
Isenção da contribuição previdenciária patronal destinada ao Comite Organizador dos Jogos
Olímpicos - RIO 2016.
Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 33.007.286.944 0,29 1,28 4,99
12
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/14.

13 TEF - Tributação Específica do Futebol indeterminado 965.943.053 0,01 0,04 0,15


Regime de tributação específico para as Sociedades Anônimas do Futebol que unifica o
recolhimento do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e Contribuição Previdenciária (artigos I, II e III do caput
e no §6º do art. 22 da Lei n° 8.212/91). O regime consiste na tributação das receitas mensais
com a aplicação de uma alíquota de 5%, nos 5 primeiros anos-calendário da constituição da
sociedade, e de 4%, a partir do 6º ano calendário.

Lei n° 14.193/2021 , atrs. 31 e 32.

TOTAL 71.688.799.341 0,62 2,77 10,83


Anexo IV
Metas Fiscais
IV.10 - Renúncia de Receita Administrada pela RFB e Previdência
Ano: 2025
(Art. 4o, § 2o, inciso V, da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000)
QUADRO I
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA - REGIONALIZADO

(VALORES NOMINAIS)
UNIDADE: R$ 1,00

FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL

Administração 2.105.172 7.828.326 100.948.416 235.468.454 19.851.114 366.201.482


Agricultura 7.081.407.621 7.456.060.216 14.054.977.764 23.642.505.745 15.507.425.986 67.742.377.332
Assistência Social 844.204.906 3.866.804.465 3.157.960.165 18.059.979.079 5.269.374.719 31.198.323.333
Ciência e Tecnologia 2.198.151.563 643.595.549 331.587.226 13.624.386.756 3.781.004.970 20.578.726.064
Comércio e Serviço 25.540.549.778 16.056.039.262 9.623.177.290 60.492.637.159 23.827.919.234 135.540.322.724
Comunicações 2.963.082 4.068.125 3.978.905 7.778.861 3.011.036 21.800.009
Cultura 93.107.785 322.757.698 99.281.612 3.593.356.350 523.869.043 4.632.372.488
Defesa Nacional 0 0 0 59.241.132 2.931.214 62.172.346
Desporto e Lazer 192.129.744 438.323.335 315.838.622 2.516.052.514 681.553.436 4.143.897.650
Direitos da Cidadania 57.241.141 124.416.786 141.755.152 1.349.892.594 370.140.216 2.043.445.889
Educação 739.140.394 2.879.789.313 1.466.512.912 10.300.187.250 3.520.986.979 18.906.616.849
Encargos Especiais 0 0 0 0 0 0
Energia 92.302.714 735.991.426 120.507.314 1.689.889.226 407.502.374 3.046.193.055
Essencial à Justiça 0 0 0 0 0 0
Gestão Ambiental 8.546.678 16.497.352 13.767.832 222.106.279 73.520.749 334.438.890
Habitação 680.314.612 2.288.388.046 1.693.737.038 12.765.405.509 3.552.857.019 20.980.702.225
Indústria 19.344.222.007 18.287.585.120 3.124.685.136 12.127.036.632 4.565.289.872 57.448.818.768
Judiciária 0 0 0 0 0 0
Legislativa 0 0 0 0 0 0
Não definida 97.965.874 560.256.324 406.510.755 4.505.725.489 1.134.967.281 6.705.425.723
Organização Agrária 3.180.233 30.855.562 1.138.732 10.253.846 16.546.862 61.975.235
Relações Exteriores 0 0 0 0 0 0
Saneamento 4.965.951 2.356.935 6.380.808 25.692.913 11.522.949 50.919.556
Saúde 2.496.252.223 8.407.330.198 10.228.231.816 50.664.316.279 9.749.868.140 81.545.998.656
Segurança Pública 0 0 0 0 0 0
Trabalho 1.564.982.504 6.673.799.441 4.730.941.521 27.638.913.928 8.235.937.744 48.844.575.139
Transporte 268.723.025 863.834.413 451.727.282 7.218.023.215 464.484.328 9.266.792.264
Urbanismo 0 0 0 0 0 0

TOTAL 61.312.457.009 69.666.577.891 50.073.646.300 250.748.849.211 81.720.565.265 513.522.095.676

ARRECADAÇÃO* 72.192.441.433 207.214.415.347 311.451.876.278 1.758.094.151.950 424.036.587.742 2.772.989.472.750

*Exceto CPSS
QUADRO II
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA - REGIONALIZADO
(RAZÕES PERCENTUAIS)
UNIDADE: %

FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL

Administração 0,57 2,14 27,57 64,30 5,42 100,00


Agricultura 10,45 11,01 20,75 34,90 22,89 100,00
Assistência Social 2,71 12,39 10,12 57,89 16,89 100,00
Ciência e Tecnologia 10,68 3,13 1,61 66,21 18,37 100,00
Comércio e Serviço 18,84 11,85 7,10 44,63 17,58 100,00
Comunicações 13,59 18,66 18,25 35,68 13,81 100,00
Cultura 2,01 6,97 2,14 77,57 11,31 100,00
Defesa Nacional 0,00 0,00 0,00 95,29 4,71 100,00
Desporto e Lazer 4,64 10,58 7,62 60,72 16,45 100,00
Direitos da Cidadania 2,80 6,09 6,94 66,06 18,11 100,00
Educação 3,91 15,23 7,76 54,48 18,62 100,00
Encargos Especiais - - - - - -
Energia 3,03 24,16 3,96 55,48 13,38 100,00
Essencial à Justiça - - - - - -
Gestão Ambiental 2,56 4,93 4,12 66,41 21,98 100,00
Habitação 3,24 10,91 8,07 60,84 16,93 100,00
Indústria 33,67 31,83 5,44 21,11 7,95 100,00
Judiciária - - - - - -
Legislativa - - - - - -
Não definida 1,46 8,36 6,06 67,20 16,93 100,00
Organização Agrária 5,13 49,79 1,84 16,55 26,70 100,00
Relações Exteriores - - - - - -
Saneamento 9,75 4,63 12,53 50,46 22,63 100,00
Saúde 3,06 10,31 12,54 62,13 11,96 100,00
Segurança Pública - - - - - -
Trabalho 3,20 13,66 9,69 56,59 16,86 100,00
Transporte 2,90 9,32 4,87 77,89 5,01 100,00
Urbanismo - - - - - -

TOTAL 11,94 13,57 9,75 48,83 15,91 100,00

GASTOS / ARRECADAÇÃO* 84,93 33,62 16,08 14,26 19,27 18,52

*Exceto CPSS
QUADRO III
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E POR MODALIDADE DE GASTO
UNIDADE: R$ 1,00
FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
Administração 366.201.482 0,07%
Rede Arrecadadora 366.201.482 0,07%
Agricultura 67.742.377.332 13,19%
Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 6.609.494.875 1,29%
Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 39.170.512.042 7,63%
Amazônia Ocidental 60.892.802 0,01%
Exportação da Produção Rural 10.820.268.957 2,11%
Fundos Constitucionais 81.826.156 0,02%
Funrural 3.597.423.529 0,70%
Investimentos em Infra-Estrutura 0 0,00%
Mercadorias Norte e Nordeste 92.039.088 0,02%
REIDI 56.990 0,00%
Seguro Rural 753.967.394 0,15%
SUDAM 1.206.397.949 0,23%
SUDENE 1.689.889.040 0,33%
Zona Franca de Manaus 3.616.013.405 0,70%
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0,00%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 43.595.105 0,01%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0,00%
Assistência Social 31.198.323.333 6,08%
Aposentadoria de Declarante com 65 Anos ou Mais 15.710.180.539 3,06%
Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 1.515.617.281 0,30%
Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 1.196.954.687 0,23%
Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 496.357.215 0,10%
Doações de Bens para Entidades Filantrópicas 152.402 0,00%
Dona de Casa 402.386.075 0,08%
Entidades Filantrópicas 2.678.626.178 0,52%
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 4.820.511.572 0,94%
Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 4.377.537.384 0,85%
Ciência e Tecnologia 20.578.726.064 4,01%
Despesas com Pesquisas Científicas e Tecnológicas 3.376.670.280 0,66%
Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 100.086.001 0,02%
Evento Esportivo, Cultural e Científico 855.628 0,00%
Informática e Automação 9.015.215.777 1,76%
Inovação Tecnológica 7.251.030.755 1,41%
Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0,00%
Máquinas e Equipamentos - CNPq 460.340.514 0,09%
PADIS 372.454.390 0,07%
Pesquisas Científicas 1.233.320 0,00%
SUDAM 0 0,00%
SUDENE 0 0,00%
TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Informação e da Comunicação 839.400 0,00%
Comércio e Serviço 135.540.322.724 26,39%
Amazônia Ocidental 889.034.916 0,17%
Áreas de Livre Comércio 656.474.192 0,13%
Fundos Constitucionais 1.227.249.071 0,24%
QUADRO III
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E POR MODALIDADE DE GASTO
UNIDADE: R$ 1,00
FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
Mercadorias Norte e Nordeste 1.343.770.686 0,26%
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 4.553.347.436 0,89%
Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros 11.574.758 0,00%
Simples Nacional 107.960.223.589 21,02%
Zona Franca de Manaus 16.987.874.071 3,31%
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0,00%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 1.910.774.005 0,37%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0,00%
Comunicações 21.800.009 0,00%
Investimentos em Infra-Estrutura 21.800.009 0,00%
Cultura 4.632.372.488 0,90%
Atividade Audiovisual 180.239.551 0,04%
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 120.756.320 0,02%
Evento Esportivo, Cultural e Científico 855.628 0,00%
Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 21.337.053 0,00%
Livros 1.929.122.741 0,38%
Livros, Jornais e Periódicos 19.695.180 0,00%
Programa Nacional de Apoio à Cultura 2.342.860.977 0,46%
Programação 17.505.040 0,00%
Defesa Nacional 62.172.346 0,01%
RETID 62.172.346 0,01%
Desporto e Lazer 4.143.897.650 0,81%
Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 520.199.414 0,10%
Evento Esportivo, Cultural e Científico 855.628 0,00%
Incentivo ao Desporto 850.261.871 0,17%
TEF - Tributação Específica do Futebol 2.772.580.737 0,54%
Direitos da Cidadania 2.043.445.889 0,40%
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0,00%
Fundos da Criança e do Adolescente 839.669.471 0,16%
Fundos do Idoso 451.595.542 0,09%
Horário Eleitoral Gratuito 752.180.877 0,15%
Educação 18.906.616.849 3,68%
Despesas com Educação 5.454.450.224 1,06%
Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 80.236.624 0,02%
Entidades Filantrópicas 4.223.461.285 0,82%
Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 5.487.949.118 1,07%
PROUNI 3.606.600.864 0,70%
Transporte Escolar 53.918.734 0,01%
Energia 3.046.193.055 0,59%
Aerogeradores 227.796.800 0,04%
Biodiesel 132.033.041 0,03%
Gás Natural Liquefeito 156.602.663 0,03%
Investimentos em Infra-Estrutura 702.934.481 0,14%
REIDI 1.050.869.504 0,20%
Termoeletricidade 775.956.565 0,15%
Gestão Ambiental 334.438.890 0,07%
QUADRO III
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E POR MODALIDADE DE GASTO
UNIDADE: R$ 1,00
FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
Reciclagem 334.438.890 0,07%
Habitação 20.980.702.225 4,09%
Associações de Poupança e Empréstimo 41.453.823 0,01%
Financiamentos Habitacionais 7.711.677.994 1,50%
Minha Casa, Minha Vida 303.586.050 0,06%
Poupança 12.923.984.358 2,52%
Indústria 57.448.818.768 11,19%
Amazônia Ocidental 267.928.331 0,05%
Fundos Constitucionais 364.949.805 0,07%
Mercadorias Norte e Nordeste 404.971.988 0,08%
Petroquímica 1.252.790.000 0,24%
Rota 2030 3.336.902.600 0,65%
Setor Automotivo 7.658.814.096 1,49%
Simples Nacional 17.415.946.948 3,39%
SUDAM 5.380.610.797 1,05%
SUDENE 7.537.011.499 1,47%
Zona Franca de Manaus 12.153.923.595 2,37%
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0,00%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 1.674.969.110 0,33%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0,00%
Não definida 6.705.425.723 1,31%
Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio 6.705.425.723 1,31%
Organização Agrária 61.975.235 0,01%
ITR 61.975.235 0,01%
Saneamento 50.919.556 0,01%
Investimentos em Infra-Estrutura 50.919.556 0,01%
REIDI 0 0,00%
Saúde 81.545.998.656 15,88%
Água Mineral 351.145.152 0,07%
Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados 13.830.029.117 2,69%
Despesas Médicas 27.170.974.751 5,29%
Entidades Filantrópicas 11.379.570.109 2,22%
Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 8.532.195.408 1,66%
Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial 27.132.470 0,01%
Medicamentos 9.721.725.951 1,89%
Produtos Químicos e Farmacêuticos 10.533.225.697 2,05%
Trabalho 48.844.575.139 9,51%
Aposentadoria por Moléstia Grave ou Acidente 24.565.470.102 4,78%
Benefícios Previdênciários e FAPI 1.565.144.013 0,30%
Empresa cidadã 335.615.406 0,07%
Indenizações por Rescisão de Contrato de Trabalho 10.784.623.664 2,10%
MEI - Microempreendedor Individual 6.751.144.431 1,31%
PAIT - Planos de Poupança e Investimento 6.520.957 0,00%
Previdência Privada Fechada 311.126.454 0,06%
Programa de Alimentação do Trabalhador 2.364.920.016 0,46%
Seguro ou Pecúlio Pago por Morte ou Invalidez 2.160.010.096 0,42%
QUADRO III
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E POR MODALIDADE DE GASTO
UNIDADE: R$ 1,00
FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
Transporte 9.266.792.264 1,80%
Embarcações e Aeronaves 6.673.097.538 1,30%
Investimentos em Infra-Estrutura 243.538.289 0,05%
Leasing de Aeronaves 343.773.329 0,07%
Motocicletas 291.963.876 0,06%
REIDI 828.310.389 0,16%
TAXI 345.329.332 0,07%
Transporte Coletivo 540.779.511 0,11%
Trem de Alta Velocidade 0 0,00%
TOTAL 513.522.095.676 100%
QUADRO IV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E MODALIDADE DE GASTO - REGIONALIZADO
UNIDADE: R$ 1,00

FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL

Administração 2.105.172 7.828.326 100.948.416 235.468.454 19.851.114 366.201.482


Rede Arrecadadora 2.105.172 7.828.326 100.948.416 235.468.454 19.851.114 366.201.482
Agricultura 7.081.407.621 7.456.060.216 14.054.977.764 23.642.505.745 15.507.425.986 67.742.377.332
Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 297.119.573 525.142.393 2.550.540.606 1.698.074.490 1.538.617.813 6.609.494.875
Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 1.745.479.630 4.468.210.401 9.579.593.171 12.935.641.706 10.441.587.134 39.170.512.042
Amazônia Ocidental 60.892.802 0 0 0 0 60.892.802
Exportação da Produção Rural 150.008.310 354.932.703 950.154.406 7.048.386.325 2.316.787.213 10.820.268.957
Fundos Constitucionais 19.923.590 42.540.210 16.512.989 2.849.366 0 81.826.156
Funrural 117.547.220 300.374.641 527.551.109 1.786.438.022 865.512.538 3.597.423.529
Investimentos em Infra-Estrutura 0 0 0 0 0 0
Mercadorias Norte e Nordeste 49.275.616 42.763.472 0 0 0 92.039.088
REIDI 0 0 0 56.990 0 56.990
Seguro Rural 19.017.208 32.207.357 186.762.694 171.058.846 344.921.289 753.967.394
SUDAM 962.535.160 0 243.862.789 0 0 1.206.397.949
SUDENE 0 1.689.889.040 0 0 0 1.689.889.040
Zona Franca de Manaus 3.616.013.405 0 0 0 0 3.616.013.405
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquot 43.595.105 0 0 0 0 43.595.105
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisiç 0 0 0 0 0 0
Assistência Social 844.204.906 3.866.804.465 3.157.960.165 18.059.979.079 5.269.374.719 31.198.323.333
Aposentadoria de Declarante com 65 Anos ou Mais 518.931.229 2.334.408.866 1.252.473.426 8.821.776.393 2.782.590.625 15.710.180.539
Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 25.437.481 333.148.559 110.486.228 843.782.376 202.762.637 1.515.617.281
Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 18.424.851 75.724.320 72.855.446 833.040.007 196.910.064 1.196.954.687
Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 5.537.512 30.666.718 14.688.836 379.302.829 66.161.320 496.357.215
Doações de Bens para Entidades Filantrópicas 0 26.137 0 52.021 74.245 152.402
Dona de Casa 12.541.178 99.553.097 39.139.267 186.176.436 64.976.097 402.386.075
Entidades Filantrópicas 21.444.267 169.068.867 186.910.263 1.779.853.687 521.349.094 2.678.626.178
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 138.741.502 328.844.488 1.366.456.890 2.479.082.154 507.386.538 4.820.511.572
Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 103.146.887 495.363.414 114.949.808 2.736.913.178 927.164.098 4.377.537.384
Ciência e Tecnologia 2.198.151.563 643.595.549 331.587.226 13.624.386.756 3.781.004.970 20.578.726.064
Despesas com Pesquisas Científicas e Tecnológicas 103.297.928 67.539.287 81.908.283 2.921.010.487 202.914.295 3.376.670.280
Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 6.445.826 18.561.355 4.215.654 54.980.816 15.882.349 100.086.001
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 694.427 161.201 855.628
Informática e Automação 1.969.312.946 202.684.267 1.561.826 4.588.368.719 2.253.288.019 9.015.215.777
Inovação Tecnológica 85.125.712 319.362.254 230.025.342 5.384.071.589 1.232.445.859 7.251.030.755
Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0 0 0 0 0
Máquinas e Equipamentos - CNPq 5.421.382 35.398.210 13.800.184 367.696.817 38.023.920 460.340.514
PADIS 28.520.838 0 0 305.843.322 38.090.230 372.454.390
Pesquisas Científicas 26.930 50.176 0 1.120.721 35.493 1.233.320
SUDAM 0 0 0 0 0 0
SUDENE 0 0 0 0 0 0
TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Inform 0 0 75.937 599.857 163.605 839.400
Comércio e Serviço 25.540.549.778 16.056.039.262 9.623.177.290 60.492.637.159 23.827.919.234 135.540.322.724
Amazônia Ocidental 889.034.916 0 0 0 0 889.034.916
Áreas de Livre Comércio 656.474.192 0 0 0 0 656.474.192
Fundos Constitucionais 298.818.968 638.028.669 247.665.931 42.735.502 0 1.227.249.071
Mercadorias Norte e Nordeste 719.423.995 624.346.691 0 0 0 1.343.770.686
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de E 91.119.231 493.797.453 337.510.149 3.009.061.336 621.859.267 4.553.347.436
Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros 24.233 10.272 5.284.312 5.133.778 1.122.164 11.574.758
Simples Nacional 3.987.006.167 14.299.856.177 9.032.716.899 57.435.706.543 23.204.937.803 107.960.223.589
Zona Franca de Manaus 16.987.874.071 0 0 0 0 16.987.874.071
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquot 1.910.774.005 0 0 0 0 1.910.774.005
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisiç 0 0 0 0 0 0
Comunicações 2.963.082 4.068.125 3.978.905 7.778.861 3.011.036 21.800.009
Investimentos em Infra-Estrutura 2.963.082 4.068.125 3.978.905 7.778.861 3.011.036 21.800.009
Cultura 93.107.785 322.757.698 99.281.612 3.593.356.350 523.869.043 4.632.372.488
Atividade Audiovisual 13.604.381 209.896 1.448.031 161.535.074 3.442.169 180.239.551
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 7.909.490 9.961.641 2.936.149 89.556.372 10.392.667 120.756.320
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 694.427 161.201 855.628
Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 60.896 59.406 1.309.878 13.297.856 6.609.017 21.337.053
Livros 5.722.053 239.956.506 46.958.793 1.479.807.188 156.678.201 1.929.122.741
Livros, Jornais e Periódicos 125.004 514.904 0 16.101.731 2.953.541 19.695.180
Programa Nacional de Apoio à Cultura 62.889.071 72.035.054 46.402.089 1.818.320.307 343.214.455 2.342.860.977
Programação 2.796.890 20.292 226.671 14.043.395 417.791 17.505.040
Defesa Nacional 0 0 0 59.241.132 2.931.214 62.172.346
RETID 0 0 0 59.241.132 2.931.214 62.172.346
Desporto e Lazer 192.129.744 438.323.335 315.838.622 2.516.052.514 681.553.436 4.143.897.650
Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 7.765.950 17.561.474 7.783.298 385.735.524 101.353.167 520.199.414
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 694.427 161.201 855.628
Incentivo ao Desporto 26.610.536 27.614.707 33.634.732 659.687.404 102.714.492 850.261.871
TEF - Tributação Específica do Futebol 157.753.257 393.147.155 274.420.591 1.469.935.159 477.324.576 2.772.580.737
Direitos da Cidadania 57.241.141 124.416.786 141.755.152 1.349.892.594 370.140.216 2.043.445.889
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0 0 0 0 0
Fundos da Criança e do Adolescente 21.694.335 50.200.195 41.200.475 535.269.944 191.304.523 839.669.471
Fundos do Idoso 13.324.748 10.430.838 11.458.359 339.342.405 77.039.192 451.595.542
Horário Eleitoral Gratuito 22.222.058 63.785.752 89.096.318 475.280.246 101.796.502 752.180.877
Educação 739.140.394 2.879.789.313 1.466.512.912 10.300.187.250 3.520.986.979 18.906.616.849
Despesas com Educação 423.002.338 982.105.221 636.593.772 2.646.069.074 766.679.819 5.454.450.224
Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 1.041.627 853.965 47.222.817 29.400.275 1.717.941 80.236.624
Entidades Filantrópicas 47.253.858 300.621.029 269.763.865 2.435.567.112 1.170.255.421 4.223.461.285
Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 82.320.725 848.221.246 339.119.935 3.194.442.531 1.023.844.681 5.487.949.118
PROUNI 185.170.070 737.961.082 172.673.568 1.973.862.902 536.933.243 3.606.600.864
Transporte Escolar 351.776 10.026.771 1.138.956 20.845.357 21.555.873 53.918.734
Energia 92.302.714 735.991.426 120.507.314 1.689.889.226 407.502.374 3.046.193.055
Aerogeradores 376.691 138.779.047 181.237 71.730.489 16.729.337 227.796.800
Biodiesel 25.093.478 1.447.135 25.515.293 42.718.139 37.258.997 132.033.041
Gás Natural Liquefeito 0 122.194.577 0 34.408.086 0 156.602.663
Investimentos em Infra-Estrutura 62.279.821 221.632.293 59.093.641 286.251.653 73.677.073 702.934.481
REIDI 0 198.174.227 34.743.887 642.238.279 175.713.111 1.050.869.504
Termoeletricidade 4.552.724 53.764.147 973.257 612.542.580 104.123.857 775.956.565
Gestão Ambiental 8.546.678 16.497.352 13.767.832 222.106.279 73.520.749 334.438.890
QUADRO IV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E MODALIDADE DE GASTO - REGIONALIZADO
UNIDADE: R$ 1,00

FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL

Reciclagem 8.546.678 16.497.352 13.767.832 222.106.279 73.520.749 334.438.890


Habitação 680.314.612 2.288.388.046 1.693.737.038 12.765.405.509 3.552.857.019 20.980.702.225
Associações de Poupança e Empréstimo 0 0 41.453.823 0 0 41.453.823
Financiamentos Habitacionais 484.587.630 1.093.810.008 801.865.183 4.005.719.220 1.325.695.953 7.711.677.994
Minha Casa, Minha Vida 6.908.334 114.744.443 66.912.428 75.386.716 39.634.129 303.586.050
Poupança 188.818.648 1.079.833.595 783.505.605 8.684.299.573 2.187.526.937 12.923.984.358
Indústria 19.344.222.007 18.287.585.120 3.124.685.136 12.127.036.632 4.565.289.872 57.448.818.768
Amazônia Ocidental 267.928.331 0 0 0 0 267.928.331
Fundos Constitucionais 88.860.466 189.732.014 73.648.973 12.708.352 0 364.949.805
Mercadorias Norte e Nordeste 216.812.711 188.159.277 0 0 0 404.971.988
Petroquímica 0 473.143.394 0 363.089.805 416.556.802 1.252.790.000
Rota 2030 0 403.539.066 36.507.167 2.531.831.810 365.024.557 3.336.902.600
Setor Automotivo 0 7.190.638.217 468.175.879 0 0 7.658.814.096
Simples Nacional 648.760.387 2.305.361.653 1.458.709.728 9.219.406.665 3.783.708.514 17.415.946.948
SUDAM 4.292.967.408 0 1.087.643.389 0 0 5.380.610.797
SUDENE 0 7.537.011.499 0 0 0 7.537.011.499
Zona Franca de Manaus 12.153.923.595 0 0 0 0 12.153.923.595
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquot 1.674.969.110 0 0 0 0 1.674.969.110
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisiç 0 0 0 0 0 0
Não definida 97.965.874 560.256.324 406.510.755 4.505.725.489 1.134.967.281 6.705.425.723
Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio 97.965.874 560.256.324 406.510.755 4.505.725.489 1.134.967.281 6.705.425.723
Organização Agrária 3.180.233 30.855.562 1.138.732 10.253.846 16.546.862 61.975.235
ITR 3.180.233 30.855.562 1.138.732 10.253.846 16.546.862 61.975.235
Saneamento 4.965.951 2.356.935 6.380.808 25.692.913 11.522.949 50.919.556
Investimentos em Infra-Estrutura 4.965.951 2.356.935 6.380.808 25.692.913 11.522.949 50.919.556
REIDI 0 0 0 0 0 0
Saúde 2.496.252.223 8.407.330.198 10.228.231.816 50.664.316.279 9.749.868.140 81.545.998.656
Água Mineral 6.093.641 114.185.743 11.460.774 156.242.963 63.162.031 351.145.152
Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empre 248.182.230 948.674.309 951.237.014 10.287.327.224 1.394.608.340 13.830.029.117
Despesas Médicas 1.468.857.447 4.624.029.942 3.345.897.579 14.066.768.394 3.665.421.389 27.170.974.751
Entidades Filantrópicas 56.253.223 1.523.892.862 716.522.918 7.339.251.095 1.743.650.010 11.379.570.109
Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 261.258.245 739.728.361 2.842.468.423 3.662.648.040 1.026.092.339 8.532.195.408
Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou labo 685.536 6.460.785 1.616.163 14.993.077 3.376.909 27.132.470
Medicamentos 339.837.311 123.214.307 787.532.979 7.994.001.022 477.140.333 9.721.725.951
Produtos Químicos e Farmacêuticos 115.084.591 327.143.889 1.571.495.966 7.143.084.463 1.376.416.788 10.533.225.697
Trabalho 1.564.982.504 6.673.799.441 4.730.941.521 27.638.913.928 8.235.937.744 48.844.575.139
Aposentadoria por Moléstia Grave ou Acidente 913.298.433 4.234.060.199 2.945.834.653 12.277.804.503 4.194.472.315 24.565.470.102
Benefícios Previdênciários e FAPI 37.490.469 21.479.523 159.617.719 1.252.159.434 94.396.868 1.565.144.013
Empresa cidadã 6.895.818 8.979.580 11.452.622 264.648.155 43.639.230 335.615.406
Indenizações por Rescisão de Contrato de Trabalho 226.253.274 888.901.862 712.421.614 7.049.685.503 1.907.361.410 10.784.623.664
MEI - Microempreendedor Individual 249.662.564 1.134.901.031 541.554.730 3.574.380.114 1.250.645.991 6.751.144.431
PAIT - Planos de Poupança e Investimento 517 259.846 37.878 3.149.368 3.073.347 6.520.957
Previdência Privada Fechada 0 35.778.173 108.575.079 131.135.761 35.637.440 311.126.454
Programa de Alimentação do Trabalhador 84.514.464 173.202.845 103.638.194 1.669.682.526 333.881.987 2.364.920.016
Seguro ou Pecúlio Pago por Morte ou Invalidez 46.866.965 176.236.381 147.809.032 1.416.268.563 372.829.155 2.160.010.096
Transporte 268.723.025 863.834.413 451.727.282 7.218.023.215 464.484.328 9.266.792.264
Embarcações e Aeronaves 193.786.182 539.919.173 161.756.027 5.510.321.256 267.314.900 6.673.097.538
Investimentos em Infra-Estrutura 15.523.871 2.644.112 17.849.485 173.601.860 33.918.961 243.538.289
Leasing de Aeronaves 0 0 0 341.009.276 2.764.053 343.773.329
Motocicletas 29.644.529 70.508.917 30.199.161 120.754.985 40.856.283 291.963.876
REIDI 0 11.375.778 187.091.341 626.254.936 3.588.334 828.310.389
TAXI 13.541.861 134.841.444 18.745.082 151.273.818 26.927.128 345.329.332
Transporte Coletivo 16.226.583 104.544.989 36.086.187 294.807.082 89.114.670 540.779.511
Trem de Alta Velocidade 0 0 0 0 0 0
TOTAL 61.312.457.009 69.666.577.891 50.073.646.300 250.748.849.211 81.720.565.265 513.522.095.676
QUADRO V
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025
CONSOLIDAÇÃO POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA
UNIDADE: R$ 1,00
FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA VALOR %
Comércio e Serviço 135.540.322.724 26,39%
Saúde 81.545.998.656 15,88%
Agricultura 67.742.377.332 13,19%
Indústria 57.448.818.768 11,19%
Trabalho 48.844.575.139 9,51%
Assistência Social 31.198.323.333 6,08%
Habitação 20.980.702.225 4,09%
Ciência e Tecnologia 20.578.726.064 4,01%
Educação 18.906.616.849 3,68%
Transporte 9.266.792.264 1,80%
Não definida 6.705.425.723 1,31%
Cultura 4.632.372.488 0,90%
Desporto e Lazer 4.143.897.650 0,81%
Energia 3.046.193.055 0,59%
Direitos da Cidadania 2.043.445.889 0,40%
Administração 366.201.482 0,07%
Gestão Ambiental 334.438.890 0,07%
Defesa Nacional 62.172.346 0,01%
Organização Agrária 61.975.235 0,01%
Saneamento 50.919.556 0,01%
Comunicações 21.800.009 0,00%
TOTAL 513.522.095.676 100%
QUADRO VI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - CONSOLIDAÇÃO POR TIPO DE TRIBUTO
VALORES NOMINAIS E PERCENTUAIS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
TRIBUTO VALOR GASTOS
PIB ARRECADAÇÃO
TRIBUTÁRIOS
Imposto sobre Importação - II 7.277.666.635 0,06 0,26 1,42
Imposto sobre a Renda Pessoa Física - IRPF 86.402.758.572 0,70 3,12 16,83
Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica - IRPJ 92.796.501.109 0,75 3,35 18,07
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF 20.492.773.012 0,17 0,74 3,99
Imposto sobre Produtos Industrializados - Operações Internas - IPI-Interno 36.788.186.976 0,30 1,33 7,16
Imposto sobre Produtos Industrializados - Vinculado à Importação - IPI-Vinculado 6.704.974.985 0,05 0,24 1,31
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 10.620.473.170 0,09 0,38 2,07
Imposto sobre Propriedade Territorial Rural - ITR 61.975.235 0,00 0,00 0,01
Contribuição Social para o PIS-PASEP 25.590.464.059 0,21 0,92 4,98
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 25.896.438.464 0,21 0,93 5,04
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 123.329.828.588 1,00 4,45 24,02
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 818.801 0,00 0,00 0,00
Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM 3.079.718.713 0,02 0,11 0,60
Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE 17.505.040 0,00 0,00 0,00
Contribuição para a Previdência Social 74.462.012.319 0,60 2,69 14,50

TOTAL 513.522.095.676 4,17 18,52 100,00

ARRECADAÇÃO* 2.772.989.472.750 22,50 100,00

PIB 12.322.019.060.329 100,00

*Exceto CPSS
QUADRO VII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025
POR TIPO DE TRIBUTO E GASTO TRIBUTÁRIO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR
PIB ARRECADAÇÃO GASTOS TRIBUTÁRIOS
I. Imposto sobre Importação - II 7.277.666.635 0,06 0,26 1,42
1 Áreas de Livre Comércio 21.308.454 0,00 0,00 0,00
2 Embarcações e Aeronaves 615.720.615 0,00 0,02 0,12
3 Evento Esportivo, Cultural e Científico 1.333.875 0,00 0,00 0,00
4 Máquinas e Equipamentos - CNPq 148.270.839 0,00 0,01 0,03
5 PADIS 35.843.941 0,00 0,00 0,01
6 Zona Franca de Manaus 6.455.188.910 0,05 0,23 1,26
II. Imposto sobre a Renda Pessoa Física - IRPF 86.402.758.572 0,70 3,12 16,83
1 Aposentadoria de Declarante com 65 Anos ou Mais 15.710.180.539 0,13 0,57 3,06
2 Aposentadoria por Moléstia Grave ou Acidente 24.565.470.102 0,20 0,89 4,78
3 Despesas com Educação 5.454.450.224 0,04 0,20 1,06
4 Despesas Médicas 27.170.974.751 0,22 0,98 5,29
5 Fundos da Criança e do Adolescente 355.165.304 0,00 0,01 0,07
6 Fundos do Idoso 15.282.187 0,00 0,00 0,00
7 Incentivo ao Desporto 9.406.612 0,00 0,00 0,00
8 Indenizações por Rescisão de Contrato de Trabalho 10.784.623.664 0,09 0,39 2,10
9 Programa Nacional de Apoio à Cultura 61.784.479 0,00 0,00 0,01
10 Reciclagem 115.410.614 0,00 0,00 0,02
11 Seguro ou Pecúlio Pago por Morte ou Invalidez 2.160.010.096 0,02 0,08 0,42
III. Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica - IRPJ 92.796.501.109 0,75 3,35 18,07
1 Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados 10.169.139.057 0,08 0,37 1,98
2 Associações de Poupança e Empréstimo 21.103.779 0,00 0,00 0,00
3 Benefícios Previdênciários e FAPI 1.150.841.186 0,01 0,04 0,22
4 Despesas com Pesquisas Científicas e Tecnológicas 3.376.670.280 0,03 0,12 0,66
5 Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 364.968.540 0,00 0,01 0,07
6 Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 58.997.518 0,00 0,00 0,01
7 Empresa cidadã 335.615.406 0,00 0,01 0,07
8 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 3.921.521.253 0,03 0,14 0,76
9 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 2.164.570.307 0,02 0,08 0,42
10 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 38.652.201 0,00 0,00 0,01
11 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 52.437.328 0,00 0,00 0,01
12 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 1.982.487.469 0,02 0,07 0,39
13 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 1.113.769.110 0,01 0,04 0,22
14 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 119.711.194 0,00 0,00 0,02
15 Fundos da Criança e do Adolescente 484.504.167 0,00 0,02 0,09
16 Fundos do Idoso 436.313.355 0,00 0,02 0,08
17 Horário Eleitoral Gratuito 752.180.877 0,01 0,03 0,15
18 Incentivo ao Desporto 840.855.259 0,01 0,03 0,16
19 Informática e Automação 7.212.172.622 0,06 0,26 1,40
20 Inovação Tecnológica 5.329.145.952 0,04 0,19 1,04
21 Investimentos em Infra-Estrutura 715.106.365 0,01 0,03 0,14
22 Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0,00 0,00 0,00
23 Minha Casa, Minha Vida 94.111.675 0,00 0,00 0,02
24 PADIS 266.270.579 0,00 0,01 0,05
25 PAIT - Planos de Poupança e Investimento 6.520.957 0,00 0,00 0,00
26 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 1.185.348.213 0,01 0,04 0,23
27 Previdência Privada Fechada 194.454.034 0,00 0,01 0,04
28 Programa de Alimentação do Trabalhador 2.364.920.016 0,02 0,09 0,46
29 Programa Nacional de Apoio à Cultura 2.281.076.497 0,02 0,08 0,44
30 PROUNI 1.781.436.411 0,01 0,06 0,35
31 Reciclagem 219.028.276 0,00 0,01 0,04
32 Simples Nacional 27.747.231.923 0,23 1,00 5,40
33 SUDAM 6.587.008.746 0,05 0,24 1,28
34 SUDENE 9.226.900.538 0,07 0,33 1,80
35 TEF - Tributação Específica do Futebol 200.590.621 0,00 0,01 0,04
36 TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Informação e da Comunicação 839.400 0,00 0,00 0,00
IV. Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF 20.492.773.012 0,17 0,74 3,99
1 Associações de Poupança e Empréstimo 20.350.044 0,00 0,00 0,00
2 Atividade Audiovisual 180.239.551 0,00 0,01 0,04
3 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0,00 0,00 0,00
4 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0,00 0,00 0,00
5 Inovação Tecnológica 3.339.279 0,00 0,00 0,00
6 Investimentos em Infra-Estrutura 304.085.970 0,00 0,01 0,06
7 Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0,00 0,00 0,00
8 Leasing de Aeronaves 343.773.329 0,00 0,01 0,07
9 Poupança 12.923.984.358 0,10 0,47 2,52
10 Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros 11.574.758 0,00 0,00 0,00
11 Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio 6.705.425.723 0,05 0,24 1,31
V. Imposto sobre Produtos Industrializados - Operações Internas - IPI-Interno 36.788.186.976 0,30 1,33 7,16
1 Áreas de Livre Comércio 615.862.994 0,00 0,02 0,12
2 Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 1.368.311.931 0,01 0,05 0,27
3 Embarcações e Aeronaves 12.668.799 0,00 0,00 0,00
4 Inovação Tecnológica 52.982 0,00 0,00 0,00
5 PADIS 0 0,00 0,00 0,00
6 RETID 15.820.167 0,00 0,00 0,00
7 Rota 2030 3.336.902.600 0,03 0,12 0,65
8 Setor Automotivo 7.658.814.096 0,06 0,28 1,49
9 Simples Nacional 3.416.164.173 0,03 0,12 0,67
10 TAXI 303.795.807 0,00 0,01 0,06
11 Zona Franca de Manaus 20.059.793.426 0,16 0,72 3,91
VI. Imposto sobre Produtos Industrializados - Vinculado à Importação - IPI-Vinculado 6.704.974.985 0,05 0,24 1,31
1 Áreas de Livre Comércio 19.302.744 0,00 0,00 0,00
2 Embarcações e Aeronaves 374.391.883 0,00 0,01 0,07
3 Evento Esportivo, Cultural e Científico 1.025.173 0,00 0,00 0,00
4 Máquinas e Equipamentos - CNPq 59.717.178 0,00 0,00 0,01
5 PADIS 61.950 0,00 0,00 0,00
6 RETID 7.647.323 0,00 0,00 0,00
7 Zona Franca de Manaus 6.242.828.735 0,05 0,23 1,22
VII. Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 10.620.473.170 0,09 0,38 2,07
1 Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 147.305.350 0,00 0,01 0,03
2 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0,00 0,00 0,00
3 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0,00 0,00 0,00
4 Financiamentos Habitacionais 7.711.677.994 0,06 0,28 1,50
5 Fundos Constitucionais 1.674.025.032 0,01 0,06 0,33
6 Motocicletas 291.963.876 0,00 0,01 0,06
7 Seguro Rural 753.967.394 0,01 0,03 0,15
8 TAXI 41.533.525 0,00 0,00 0,01
VIII. Contribuição Social para o PIS-PASEP 25.590.464.059 0,21 0,92 4,98
1 Aerogeradores 40.708.558 0,00 0,00 0,01
2 Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 1.178.990.978 0,01 0,04 0,23
3 Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 6.989.750.126 0,06 0,25 1,36
4 Água Mineral 62.800.960 0,00 0,00 0,01
5 Biodiesel 23.551.321 0,00 0,00 0,00
6 Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 213.579.830 0,00 0,01 0,04
7 Embarcações e Aeronaves 1.012.673.252 0,01 0,04 0,20
QUADRO VII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025
POR TIPO DE TRIBUTO E GASTO TRIBUTÁRIO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR
PIB ARRECADAÇÃO GASTOS TRIBUTÁRIOS
8 Entidades Filantrópicas 745.324.128 0,01 0,03 0,15
9 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0,00 0,00 0,00
10 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0,00 0,00 0,00
11 Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial 4.837.382 0,00 0,00 0,00
12 Evento Esportivo, Cultural e Científico 37.133 0,00 0,00 0,00
13 Gás Natural Liquefeito 27.988.561 0,00 0,00 0,01
14 Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 3.807.004 0,00 0,00 0,00
15 Livros 343.996.847 0,00 0,01 0,07
16 Máquinas e Equipamentos - CNPq 43.840.594 0,00 0,00 0,01
17 Medicamentos 1.706.611.981 0,01 0,06 0,33
18 Minha Casa, Minha Vida 27.322.744 0,00 0,00 0,01
19 PADIS 2.491.996 0,00 0,00 0,00
20 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 480.098.134 0,00 0,02 0,09
21 Petroquímica 223.720.787 0,00 0,01 0,04
22 Produtos Químicos e Farmacêuticos 1.864.839.915 0,02 0,07 0,36
23 PROUNI 241.136.112 0,00 0,01 0,05
24 REIDI 335.277.952 0,00 0,01 0,07
25 RETID 6.906.046 0,00 0,00 0,00
26 Simples Nacional 8.322.714.028 0,07 0,30 1,62
27 TEF - Tributação Específica do Futebol 791.519.748 0,01 0,03 0,15
28 Termoeletricidade 138.413.874 0,00 0,00 0,03
29 Transporte Coletivo 96.303.201 0,00 0,00 0,02
30 Transporte Escolar 9.801.188 0,00 0,00 0,00
31 Trem de Alta Velocidade 0 0,00 0,00 0,00
32 Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0,00 0,00 0,00
33 Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0,00 0,00 0,00
34 Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0,00 0,00 0,00
35 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 651.419.681 0,01 0,02 0,13
36 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0,00 0,00 0,00
IX. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 25.896.438.464 0,21 0,93 5,04
1 Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados 3.660.890.060 0,03 0,13 0,71
2 Benefícios Previdênciários e FAPI 414.302.827 0,00 0,01 0,08
3 Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 131.388.674 0,00 0,00 0,03
4 Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 21.239.106 0,00 0,00 0,00
5 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 1.411.747.651 0,01 0,05 0,27
6 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 779.245.310 0,01 0,03 0,15
7 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 13.914.792 0,00 0,00 0,00
8 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 18.877.438 0,00 0,00 0,00
9 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 713.695.489 0,01 0,03 0,14
10 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 400.956.880 0,00 0,01 0,08
11 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 43.096.030 0,00 0,00 0,01
12 Informática e Automação 1.803.043.155 0,01 0,07 0,35
13 Inovação Tecnológica 1.918.492.543 0,02 0,07 0,37
14 Minha Casa, Minha Vida 48.573.768 0,00 0,00 0,01
15 PADIS 55.488.841 0,00 0,00 0,01
16 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 635.025.540 0,01 0,02 0,12
17 Previdência Privada Fechada 116.672.420 0,00 0,00 0,02
18 PROUNI 471.377.682 0,00 0,02 0,09
19 Simples Nacional 13.151.668.367 0,11 0,47 2,56
20 TEF - Tributação Específica do Futebol 86.741.890 0,00 0,00 0,02
X. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 123.329.828.588 1,00 4,45 24,02
1 Aerogeradores 187.088.242 0,00 0,01 0,04
2 Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 5.430.503.897 0,04 0,20 1,06
3 Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 32.180.761.916 0,26 1,16 6,27
4 Água Mineral 288.344.192 0,00 0,01 0,06
5 Biodiesel 108.481.720 0,00 0,00 0,02
6 Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 983.374.857 0,01 0,04 0,19
7 Embarcações e Aeronaves 4.657.642.990 0,04 0,17 0,91
8 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 3.198.926.503 0,03 0,12 0,62
9 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 1.876.695.955 0,02 0,07 0,37
10 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 47.519.007 0,00 0,00 0,01
11 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 49.441.554 0,00 0,00 0,01
12 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 2.791.766.160 0,02 0,10 0,54
13 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 2.862.811.395 0,02 0,10 0,56
14 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 357.392.190 0,00 0,01 0,07
15 Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial 22.295.088 0,00 0,00 0,00
16 Evento Esportivo, Cultural e Científico 170.702 0,00 0,00 0,00
17 Gás Natural Liquefeito 128.614.102 0,00 0,00 0,03
18 Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 17.530.049 0,00 0,00 0,00
19 Livros 1.585.125.894 0,01 0,06 0,31
20 Máquinas e Equipamentos - CNPq 208.511.903 0,00 0,01 0,04
21 Medicamentos 8.015.113.971 0,07 0,29 1,56
22 Minha Casa, Minha Vida 133.577.862 0,00 0,00 0,03
23 PADIS 11.478.283 0,00 0,00 0,00
24 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 2.252.875.549 0,02 0,08 0,44
25 Petroquímica 1.029.069.213 0,01 0,04 0,20
26 Produtos Químicos e Farmacêuticos 8.668.385.782 0,07 0,31 1,69
27 PROUNI 1.112.650.660 0,01 0,04 0,22
28 Rede Arrecadadora 366.201.482 0,00 0,01 0,07
29 REIDI 1.543.958.930 0,01 0,06 0,30
30 RETID 31.798.810 0,00 0,00 0,01
31 Simples Nacional 38.389.150.889 0,31 1,38 7,48
32 TEF - Tributação Específica do Futebol 688.513.753 0,01 0,02 0,13
33 Termoeletricidade 637.542.691 0,01 0,02 0,12
34 Transporte Coletivo 444.476.310 0,00 0,02 0,09
35 Transporte Escolar 44.117.546 0,00 0,00 0,01
36 Trem de Alta Velocidade 0 0,00 0,00 0,00
37 Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0,00 0,00 0,00
38 Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0,00 0,00 0,00
39 Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0,00 0,00 0,00
40 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 2.977.918.540 0,02 0,11 0,58
41 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0,00 0,00 0,00
XI. Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 818.801 0,00 0,00 0,00
1 Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0,00 0,00 0,00
2 PADIS 818.801 0,00 0,00 0,00
XII. Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM 3.079.718.713 0,02 0,11 0,60
1 Amazônia Ocidental 1.217.856.049 0,01 0,04 0,24
2 Doações de Bens para Entidades Filantrópicas 152.402 0,00 0,00 0,00
3 Livros, Jornais e Periódicos 19.695.180 0,00 0,00 0,00
4 Mercadorias Norte e Nordeste 1.840.781.761 0,01 0,07 0,36
5 Pesquisas Científicas 1.233.320 0,00 0,00 0,00
XIII. Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE 17.505.040 0,00 0,00 0,00
1 Programação 17.505.040 0,00 0,00 0,00
XIV. Contribuição para a Previdência Social 74.462.012.319 0,60 2,69 14,50
1 Dona de Casa 402.386.075 0,00 0,01 0,08
QUADRO VII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025
POR TIPO DE TRIBUTO E GASTO TRIBUTÁRIO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR
PIB ARRECADAÇÃO GASTOS TRIBUTÁRIOS
2 Entidades Filantrópicas 17.536.333.445 0,14 0,63 3,41
3 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0,00 0,00 0,00
4 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0,00 0,00 0,00
5 Exportação da Produção Rural 10.820.268.957 0,09 0,39 2,11
6 Funrural 3.597.423.529 0,03 0,13 0,70
7 MEI - Microempreendedor Individual 6.751.144.431 0,05 0,24 1,31
8 Simples Nacional 34.349.241.157 0,28 1,24 6,69
9 TEF - Tributação Específica do Futebol 1.005.214.725 0,01 0,04 0,20
XV. Imposto sobre Propriedade Territorial Rural - ITR 61.975.235 0,00 0,00 0,01
1 ITR 61.975.235 0,00 0,00 0,01
TOTAL 513.522.095.676 4,17 18,52 100,00
ARRECADAÇÃO* 2.772.989.472.750 22,50 100,00
PIB 12.322.019.060.329 100,00
*Exceto CPSS
QUADRO VII-REGIONAL
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025
POR TIPO DE TRIBUTO E MODALIDADE DE GASTO - REGIONALIZADO
UNIDADE: R$ 1,00
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL
Imposto sobre Importação - II 6.503.717.216 71.046.674 3.600.639 661.187.857 38.114.249 7.277.666.635
Áreas de Livre Comércio 21.308.454 0 0 0 0 21.308.454
Embarcações e Aeronaves 15.502.474 56.656.629 21.581 519.581.423 23.958.508 615.720.615
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 935.354 398.521 1.333.875
Máquinas e Equipamentos - CNPq 2.166.220 14.390.045 3.579.058 117.028.370 11.107.146 148.270.839
PADIS 9.551.157 0 0 23.642.709 2.650.074 35.843.941
Zona Franca de Manaus 6.455.188.910 0 0 0 0 6.455.188.910
Imposto sobre a Renda Pessoa Física - IRPF 3.606.362.204 13.287.481.153 9.086.998.736 46.568.984.928 13.852.931.550 86.402.758.572
Aposentadoria de Declarante com 65 Anos ou Mais 518.931.229 2.334.408.866 1.252.473.426 8.821.776.393 2.782.590.625 15.710.180.539
Aposentadoria por Moléstia Grave ou Acidente 913.298.433 4.234.060.199 2.945.834.653 12.277.804.503 4.194.472.315 24.565.470.102
Despesas com Educação 423.002.338 982.105.221 636.593.772 2.646.069.074 766.679.819 5.454.450.224
Despesas Médicas 1.468.857.447 4.624.029.942 3.345.897.579 14.066.768.394 3.665.421.389 27.170.974.751
Fundos da Criança e do Adolescente 6.778.478 35.233.261 32.777.944 169.219.633 111.155.988 355.165.304
Fundos do Idoso 85.581 735.454 594.344 7.733.637 6.133.170 15.282.187
Incentivo ao Desporto 100.389 473.915 503.363 6.408.173 1.920.771 9.406.612
Indenizações por Rescisão de Contrato de Trabalho 226.253.274 888.901.862 712.421.614 7.049.685.503 1.907.361.410 10.784.623.664
Programa Nacional de Apoio à Cultura 384.355 1.564.756 2.132.724 50.623.990 7.078.654 61.784.479
Reciclagem 1.803.714 9.731.297 9.960.285 56.627.066 37.288.253 115.410.614
Seguro ou Pecúlio Pago por Morte ou Invalidez 46.866.965 176.236.381 147.809.032 1.416.268.563 372.829.155 2.160.010.096
Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica - IRPJ 9.019.411.957 16.156.062.141 7.990.269.344 46.197.092.736 13.433.664.931 92.796.501.109
Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados 182.486.934 697.554.639 699.438.981 7.564.211.194 1.025.447.309 10.169.139.057
Associações de Poupança e Empréstimo 0 0 21.103.779 0 0 21.103.779
Benefícios Previdênciários e FAPI 27.566.521 15.793.767 117.365.970 920.705.466 69.409.462 1.150.841.186
Despesas com Pesquisas Científicas e Tecnológicas 103.297.928 67.539.287 81.908.283 2.921.010.487 202.914.295 3.376.670.280
Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 4.071.700 22.549.057 10.800.615 278.899.139 48.648.029 364.968.540
Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 765.902 627.916 34.722.659 21.617.849 1.263.192 58.997.518
Empresa cidadã 6.895.818 8.979.580 11.452.622 264.648.155 43.639.230 335.615.406
Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 142.746.631 247.750.294 1.745.555.622 1.322.498.580 462.970.125 3.921.521.253
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 60.893.946 117.636.822 649.409.159 1.118.717.442 217.912.938 2.164.570.307
Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 3.443.288 7.053.858 1.760.959 21.351.923 5.042.174 38.652.201
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 3.076.997 4.550.030 1.312.504 40.655.170 2.842.627 52.437.328
Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 24.421.754 452.398.234 102.282.146 1.072.284.201 331.101.135 1.982.487.469
Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 37.487.704 141.561.331 47.527.298 631.395.557 255.797.220 1.113.769.110
Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 3.056.848 4.299.367 2.381.226 81.711.951 28.261.802 119.711.194
Fundos da Criança e do Adolescente 14.915.857 14.966.934 8.422.531 366.050.310 80.148.534 484.504.167
Fundos do Idoso 13.239.167 9.695.383 10.864.015 331.608.768 70.906.022 436.313.355
Horário Eleitoral Gratuito 22.222.058 63.785.752 89.096.318 475.280.246 101.796.502 752.180.877
Incentivo ao Desporto 26.510.147 27.140.791 33.131.369 653.279.231 100.793.721 840.855.259
Informática e Automação 1.575.450.357 162.147.413 1.249.461 3.670.694.975 1.802.630.415 7.212.172.622
Inovação Tecnológica 62.592.435 234.706.294 169.136.281 3.956.534.594 906.176.348 5.329.145.952
Investimentos em Infra-Estrutura 64.251.287 143.582.784 71.338.084 348.154.435 87.779.774 715.106.365
Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0 0 0 0 0
Minha Casa, Minha Vida 2.141.584 35.570.777 20.742.853 23.369.882 12.286.580 94.111.675
PADIS 18.969.681 0 0 221.298.452 26.002.446 266.270.579
PAIT - Planos de Poupança e Investimento 517 259.846 37.878 3.149.368 3.073.347 6.520.957
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 23.720.575 128.547.610 87.862.184 783.332.598 161.885.246 1.185.348.213
Previdência Privada Fechada 0 22.361.358 67.859.424 81.959.851 22.273.400 194.454.034
Programa de Alimentação do Trabalhador 84.514.464 173.202.845 103.638.194 1.669.682.526 333.881.987 2.364.920.016
Programa Nacional de Apoio à Cultura 62.504.716 70.470.298 44.269.365 1.767.696.317 336.135.801 2.281.076.497
PROUNI 97.043.147 357.805.602 64.010.564 985.848.053 276.729.044 1.781.436.411
Reciclagem 6.742.965 6.766.055 3.807.547 165.479.213 36.232.496 219.028.276
Simples Nacional 1.077.465.332 3.661.414.273 2.336.345.561 14.327.020.102 6.344.986.654 27.747.231.923
SUDAM 5.255.502.568 0 1.331.506.178 0 0 6.587.008.746
SUDENE 0 9.226.900.538 0 0 0 9.226.900.538
TEF - Tributação Específica do Futebol 11.413.130 28.443.403 19.853.776 106.346.842 34.533.470 200.590.621
TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Informação e da Comunicaçã 0 0 75.937 599.857 163.605 839.400
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF 321.894.574 1.727.590.459 1.233.063.503 13.846.006.308 3.364.218.168 20.492.773.012
Associações de Poupança e Empréstimo 0 0 20.350.044 0 0 20.350.044
Atividade Audiovisual 13.604.381 209.896 1.448.031 161.535.074 3.442.169 180.239.551
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0 0 0 0 0
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0 0 0 0 0
Inovação Tecnológica 0 161.694 0 3.132.266 45.320 3.339.279
Investimentos em Infra-Estrutura 21.481.439 87.118.680 15.964.756 145.170.851 34.350.244 304.085.970
Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0 0 0 0 0
Leasing de Aeronaves 0 0 0 341.009.276 2.764.053 343.773.329
Poupança 188.818.648 1.079.833.595 783.505.605 8.684.299.573 2.187.526.937 12.923.984.358
Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros 24.233 10.272 5.284.312 5.133.778 1.122.164 11.574.758
Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio 97.965.874 560.256.324 406.510.755 4.505.725.489 1.134.967.281 6.705.425.723
Imposto sobre Produtos Industrializados - Operações Internas - IPI-Interno 20.844.516.339 8.466.752.719 909.358.123 5.210.779.250 1.356.780.544 36.788.186.976
Áreas de Livre Comércio 615.862.994 0 0 0 0 615.862.994
Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 22.969.355 304.215.772 100.410.200 756.897.788 183.818.816 1.368.311.931
Embarcações e Aeronaves 1.456.011 0 0 9.456.563 1.756.225 12.668.799
Inovação Tecnológica 0 0 0 52.276 706 52.982
PADIS 0 0 0 0 0 0
RETID 0 0 0 14.432.158 1.388.009 15.820.167
Rota 2030 0 403.539.066 36.507.167 2.531.831.810 365.024.557 3.336.902.600
Setor Automotivo 0 7.190.638.217 468.175.879 0 0 7.658.814.096
Simples Nacional 132.654.619 450.783.426 287.644.549 1.763.903.979 781.177.602 3.416.164.173
TAXI 11.779.935 117.576.238 16.620.329 134.204.676 23.614.630 303.795.807
Zona Franca de Manaus 20.059.793.426 0 0 0 0 20.059.793.426
Imposto sobre Produtos Industrializados - Vinculado à Importação - IPI-Vinculado 6.268.509.917 39.745.546 2.212.736 378.540.285 15.966.502 6.704.974.985
Áreas de Livre Comércio 19.302.744 0 0 0 0 19.302.744
Embarcações e Aeronaves 5.497.507 34.354.858 279.367 322.602.053 11.658.097 374.391.883
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 977.858 47.314 1.025.173
Máquinas e Equipamentos - CNPq 880.931 5.390.687 1.933.368 47.313.051 4.199.140 59.717.178
PADIS 0 0 0 0 61.950 61.950
RETID 0 0 0 7.647.323 0 7.647.323
Zona Franca de Manaus 6.242.828.735 0 0 0 0 6.242.828.735
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 945.082.443 2.113.025.168 1.368.855.712 4.459.780.003 1.733.729.844 10.620.473.170
Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 2.468.126 28.932.787 10.076.028 86.884.588 18.943.821 147.305.350
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0 0 0 0 0
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0 0 0 0 0
Financiamentos Habitacionais 484.587.630 1.093.810.008 801.865.183 4.005.719.220 1.325.695.953 7.711.677.994
Fundos Constitucionais 407.603.024 870.300.894 337.827.894 58.293.221 0 1.674.025.032
Motocicletas 29.644.529 70.508.917 30.199.161 120.754.985 40.856.283 291.963.876
Seguro Rural 19.017.208 32.207.357 186.762.694 171.058.846 344.921.289 753.967.394
TAXI 1.761.925 17.265.206 2.124.753 17.069.142 3.312.498 41.533.525
Contribuição Social para o PIS-PASEP 1.533.912.982 2.717.356.497 3.561.869.016 12.748.142.232 5.029.183.332 25.590.464.059
Aerogeradores 67.323 24.802.622 32.362 12.816.520 2.989.731 40.708.558
QUADRO VII-REGIONAL
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025
POR TIPO DE TRIBUTO E MODALIDADE DE GASTO - REGIONALIZADO
UNIDADE: R$ 1,00
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL
Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 52.999.708 93.674.049 454.961.297 302.899.774 274.456.150 1.178.990.978
Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 311.409.003 799.551.663 1.708.788.162 2.307.484.197 1.862.517.101 6.989.750.126
Água Mineral 1.089.824 20.421.681 2.049.715 27.943.453 11.296.286 62.800.960
Biodiesel 4.475.233 258.139 4.552.313 7.618.936 6.646.701 23.551.321
Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 3.286.684 13.509.039 13.001.730 148.639.181 35.143.195 213.579.830
Embarcações e Aeronaves 30.557.298 80.219.604 28.862.376 831.991.614 41.042.359 1.012.673.252
Entidades Filantrópicas 5.461.105 65.077.021 40.496.529 487.295.991 146.993.482 745.324.128
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0 0 0 0 0
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0 0 0 0 0
Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial 122.083 1.151.693 287.874 2.673.782 601.950 4.837.382
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 30.395 6.738 37.133
Gás Natural Liquefeito 0 21.839.031 0 6.149.530 0 27.988.561
Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 10.861 10.593 233.700 2.373.379 1.178.471 3.807.004
Livros 1.019.783 42.788.443 8.371.772 263.881.083 27.935.766 343.996.847
Máquinas e Equipamentos - CNPq 414.427 2.674.706 1.418.318 35.372.718 3.960.424 43.840.594
Medicamentos 59.450.379 21.477.560 137.686.962 1.404.494.039 83.503.041 1.706.611.981
Minha Casa, Minha Vida 621.750 10.327.000 6.022.118 6.784.804 3.567.072 27.322.744
PADIS 0 0 0 1.944.662 547.334 2.491.996
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 9.607.475 52.065.264 35.586.565 317.270.920 65.567.910 480.098.134
Petroquímica 0 84.596.971 0 64.663.723 74.460.093 223.720.787
Produtos Químicos e Farmacêuticos 20.441.461 58.395.868 278.759.100 1.262.142.677 245.100.808 1.864.839.915
PROUNI 9.474.400 46.651.697 15.258.608 138.130.281 31.621.126 241.136.112
REIDI 0 37.366.418 39.570.458 226.358.302 31.982.775 335.277.952
RETID 0 0 0 6.630.756 275.289 6.906.046
Simples Nacional 323.183.079 1.098.232.214 700.781.110 4.297.354.472 1.903.163.154 8.322.714.028
TEF - Tributação Específica do Futebol 45.035.593 112.236.132 78.341.927 419.638.891 136.267.205 791.519.748
Termoeletricidade 812.108 9.590.361 173.608 109.264.352 18.573.445 138.413.874
Transporte Coletivo 2.889.665 18.617.601 6.426.307 52.499.891 15.869.736 96.303.201
Transporte Escolar 64.060 1.821.127 206.103 3.793.909 3.915.989 9.801.188
Trem de Alta Velocidade 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 651.419.681 0 0 0 0 651.419.681
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0 0 0 0 0
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 1.157.184.680 2.707.875.836 2.527.208.067 14.628.206.355 4.875.963.527 25.896.438.464
Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados 65.695.296 251.119.670 251.798.033 2.723.116.030 369.161.031 3.660.890.060
Benefícios Previdênciários e FAPI 9.923.948 5.685.756 42.251.749 331.453.968 24.987.406 414.302.827
Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 1.465.812 8.117.661 3.888.221 100.403.690 17.513.291 131.388.674
Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 275.725 226.050 12.500.157 7.782.426 454.749 21.239.106
Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 51.388.787 89.190.106 628.400.024 476.099.489 166.669.245 1.411.747.651
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 21.921.820 42.349.256 233.787.297 402.738.279 78.448.658 779.245.310
Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 1.239.584 2.539.389 633.945 7.686.692 1.815.183 13.914.792
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 1.107.719 1.638.011 472.501 14.635.861 1.023.346 18.877.438
Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 8.791.832 162.863.364 36.821.572 386.022.312 119.196.408 713.695.489
Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 13.495.573 50.962.079 17.109.827 227.302.400 92.086.999 400.956.880
Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 1.100.465 1.547.772 857.241 29.416.302 10.174.249 43.096.030
Informática e Automação 393.862.589 40.536.853 312.365 917.673.744 450.657.604 1.803.043.155
Inovação Tecnológica 22.533.277 84.494.266 60.889.061 1.424.352.454 326.223.485 1.918.492.543
Minha Casa, Minha Vida 1.105.333 18.359.111 10.705.988 12.061.874 6.341.461 48.573.768
PADIS 0 0 0 49.363.534 6.125.307 55.488.841
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 12.707.802 68.866.696 47.070.330 419.654.073 86.726.638 635.025.540
Previdência Privada Fechada 0 13.416.815 40.715.655 49.175.910 13.364.040 116.672.420
PROUNI 34.935.318 118.221.325 23.024.633 212.540.235 82.656.170 471.377.682
Simples Nacional 510.698.392 1.735.441.806 1.107.384.048 6.790.739.256 3.007.404.864 13.151.668.367
TEF - Tributação Específica do Futebol 4.935.407 12.299.850 8.585.417 45.987.824 14.933.392 86.741.890
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 7.094.864.798 12.938.433.697 17.271.387.027 62.158.009.411 23.867.133.655 123.329.828.588
Aerogeradores 309.367 113.976.425 148.875 58.913.969 13.739.606 187.088.242
Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 244.119.865 431.468.345 2.095.579.308 1.395.174.716 1.264.161.662 5.430.503.897
Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 1.434.070.627 3.668.658.738 7.870.805.009 10.628.157.509 8.579.070.033 32.180.761.916
Água Mineral 5.003.817 93.764.062 9.411.059 128.299.510 51.865.745 288.344.192
Biodiesel 20.618.245 1.188.996 20.962.980 35.099.203 30.612.296 108.481.720
Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 15.138.166 62.215.281 59.853.716 684.400.825 161.766.869 983.374.857
Embarcações e Aeronaves 140.772.892 368.688.082 132.592.702 3.826.689.603 188.899.711 4.657.642.990
Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 67.122.826 402.787.961 468.512.776 1.864.049.971 396.452.969 3.198.926.503
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 55.925.736 168.858.410 483.260.434 957.626.433 211.024.942 1.876.695.955
Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 1.762.955 8.968.109 1.820.750 25.942.201 9.024.993 47.519.007
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 3.724.773 3.773.601 1.151.144 34.265.341 6.526.695 49.441.554
Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 49.107.139 232.959.648 200.016.217 1.736.136.018 573.547.138 2.791.766.160
Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 52.163.610 302.840.004 50.312.682 1.878.215.221 579.279.878 2.862.811.395
Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 3.608.637 11.714.335 4.544.832 274.607.271 62.917.116 357.392.190
Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial 563.453 5.309.091 1.328.289 12.319.296 2.774.960 22.295.088
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 139.673 31.029 170.702
Gás Natural Liquefeito 0 100.355.547 0 28.258.556 0 128.614.102
Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 50.035 48.813 1.076.178 10.924.477 5.430.546 17.530.049
Livros 4.702.270 197.168.063 38.587.021 1.215.926.105 128.742.435 1.585.125.894
Máquinas e Equipamentos - CNPq 1.959.804 12.942.771 6.869.440 167.982.678 18.757.210 208.511.903
Medicamentos 280.386.932 101.736.747 649.846.017 6.589.506.983 393.637.291 8.015.113.971
Minha Casa, Minha Vida 3.039.667 50.487.555 29.441.468 33.170.155 17.439.017 133.577.862
PADIS 0 0 0 8.957.230 2.521.053 11.478.283
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 45.083.379 244.317.884 166.991.070 1.488.803.744 307.679.473 2.252.875.549
Petroquímica 0 388.546.423 0 298.426.082 342.096.708 1.029.069.213
Produtos Químicos e Farmacêuticos 94.643.129 268.748.021 1.292.736.866 5.880.941.786 1.131.315.980 8.668.385.782
PROUNI 43.717.206 215.282.457 70.379.762 637.344.332 145.926.902 1.112.650.660
Rede Arrecadadora 2.105.172 7.828.326 100.948.416 235.468.454 19.851.114 366.201.482
REIDI 0 172.183.587 182.264.770 1.042.191.904 147.318.670 1.543.958.930
RETID 0 0 0 30.530.894 1.267.916 31.798.810
Simples Nacional 1.490.706.509 5.065.679.539 3.232.406.120 19.821.874.053 8.778.484.669 38.389.150.889
TEF - Tributação Específica do Futebol 39.174.797 97.630.060 68.146.744 365.028.351 118.533.802 688.513.753
Termoeletricidade 3.740.617 44.173.785 799.649 503.278.228 85.550.413 637.542.691
Transporte Coletivo 13.336.917 85.927.389 29.659.880 242.307.191 73.244.934 444.476.310
Transporte Escolar 287.716 8.205.644 932.853 17.051.449 17.639.884 44.117.546
Trem de Alta Velocidade 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 2.977.918.540 0 0 0 0 2.977.918.540
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0 0 0 0 0
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 0 0 0 636.735 182.066 818.801
QUADRO VII-REGIONAL
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025
POR TIPO DE TRIBUTO E MODALIDADE DE GASTO - REGIONALIZADO
UNIDADE: R$ 1,00
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 0 0 0
PADIS 0 0 0 636.735 182.066 818.801
Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM 2.203.520.305 855.860.656 0 17.274.473 3.063.279 3.079.718.713
Amazônia Ocidental 1.217.856.049 0 0 0 0 1.217.856.049
Doações de Bens para Entidades Filantrópicas 0 26.137 0 52.021 74.245 152.402
Livros, Jornais e Periódicos 125.004 514.904 0 16.101.731 2.953.541 19.695.180
Mercadorias Norte e Nordeste 985.512.322 855.269.440 0 0 0 1.840.781.761
Pesquisas Científicas 26.930 50.176 0 1.120.721 35.493 1.233.320
Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE 2.796.890 20.292 226.671 14.043.395 417.791 17.505.040
Programação 2.796.890 20.292 226.671 14.043.395 417.791 17.505.040
Contribuição para a Previdência Social 1.807.502.471 8.554.471.491 6.117.457.994 43.849.911.398 14.132.668.965 74.462.012.319
Dona de Casa 12.541.178 99.553.097 39.139.267 186.176.436 64.976.097 402.386.075
Entidades Filantrópicas 119.490.244 1.928.505.737 1.132.700.517 11.067.375.903 3.288.261.044 17.536.333.445
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0 0 0 0 0
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0 0 0 0 0
Exportação da Produção Rural 150.008.310 354.932.703 950.154.406 7.048.386.325 2.316.787.213 10.820.268.957
Funrural 117.547.220 300.374.641 527.551.109 1.786.438.022 865.512.538 3.597.423.529
MEI - Microempreendedor Individual 249.662.564 1.134.901.031 541.554.730 3.574.380.114 1.250.645.991 6.751.144.431
Simples Nacional 1.101.058.624 4.593.666.573 2.826.865.239 19.654.221.347 6.173.429.375 34.349.241.157
TEF - Tributação Específica do Futebol 57.194.330 142.537.710 99.492.727 532.933.251 173.056.707 1.005.214.725
Imposto sobre Propriedade Territorial Rural - ITR 3.180.233 30.855.562 1.138.732 10.253.846 16.546.862 61.975.235
ITR 3.180.233 30.855.562 1.138.732 10.253.846 16.546.862 61.975.235
TOTAL 61.312.457.009 69.666.577.891 50.073.646.300 250.748.849.211 81.720.565.265 513.522.095.676
QUADRO VIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - REGIONALIZAÇÃO POR TIPO DE TRIBUTO
(VALORES NOMINAIS)
UNIDADE: R$ 1,00

TRIBUTO TOTAL NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL

Imposto sobre Importação - II 7.277.666.635 6.503.717.216 71.046.674 3.600.639 661.187.857 38.114.249


Imposto sobre a Renda Pessoa Física - IRPF 86.402.758.572 3.606.362.204 13.287.481.153 9.086.998.736 46.568.984.928 13.852.931.550
Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica - IRPJ 92.796.501.109 9.019.411.957 16.156.062.141 7.990.269.344 46.197.092.736 13.433.664.931
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF 20.492.773.012 321.894.574 1.727.590.459 1.233.063.503 13.846.006.308 3.364.218.168
Imposto sobre Produtos Industrializados - Operações Internas - IPI-Interno 36.788.186.976 20.844.516.339 8.466.752.719 909.358.123 5.210.779.250 1.356.780.544
Imposto sobre Produtos Industrializados - Vinculado à Importação - IPI-Vinculado 6.704.974.985 6.268.509.917 39.745.546 2.212.736 378.540.285 15.966.502
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 10.620.473.170 945.082.443 2.113.025.168 1.368.855.712 4.459.780.003 1.733.729.844
Imposto sobre Propriedade Territorial Rural - ITR 61.975.235 3.180.233 30.855.562 1.138.732 10.253.846 16.546.862
Contribuição Social para o PIS-PASEP 25.590.464.059 1.533.912.982 2.717.356.497 3.561.869.016 12.748.142.232 5.029.183.332
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 25.896.438.464 1.157.184.680 2.707.875.836 2.527.208.067 14.628.206.355 4.875.963.527
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 123.329.828.588 7.094.864.798 12.938.433.697 17.271.387.027 62.158.009.411 23.867.133.655
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 818.801 0 0 0 636.735 182.066
Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM 3.079.718.713 2.203.520.305 855.860.656 0 17.274.473 3.063.279
Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE 17.505.040 2.796.890 20.292 226.671 14.043.395 417.791
Contribuição para a Previdência Social 74.462.012.319 1.807.502.471 8.554.471.491 6.117.457.994 43.849.911.398 14.132.668.965

TOTAL 513.522.095.676 61.312.457.009 69.666.577.891 50.073.646.300 250.748.849.211 81.720.565.265


QUADRO IX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - REGIONALIZAÇÃO POR TIPO DE TRIBUTO
(RAZÕES PERCENTUAIS)
UNIDADE: %

TRIBUTO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL


Imposto sobre Importação - II 70,83 1,55 0,87 23,93 2,82 100,00
Imposto sobre a Renda Pessoa Física - IRPF 4,07 15,30 10,50 54,62 15,51 100,00
Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica - IRPJ 8,47 18,07 8,58 52,13 12,74 100,00
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte -IRRF 1,68 8,17 5,96 67,96 16,23 100,00
Imposto sobre Produtos Industrializados - Operações Internas - IPI-Interno 71,40 14,69 1,48 9,81 2,62 100,00
Imposto sobre Produtos Industrializados - Vinculado à Importação - IPI-Vinculado 90,38 0,68 0,07 8,21 0,66 100,00
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 8,24 21,01 13,50 41,73 15,52 100,00
Imposto sobre Propriedade Territorial Rural - ITR 5,13 49,79 1,84 16,55 26,70 100,00
Contribuição Social para o PIS-PASEP 17,51 8,11 14,60 43,44 16,34 100,00
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 2,94 10,25 9,77 59,71 17,32 100,00
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 13,10 9,38 12,93 46,77 17,82 100,00
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 0,00 0,00 0,00 37,79 62,21 100,00
Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM 63,61 36,05 0,00 0,29 0,05 100,00
Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE 29,53 0,35 2,69 65,87 1,56 100,00
Contribuição para a Previdência Social 2,32 10,54 8,05 59,09 20,00 100,00

TOTAL 15,90 12,43 9,20 47,71 14,76 100,00


QUADRO X
PRINCIPAIS GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025
UNIDADE: R$ 1,00
GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
Simples Nacional 125.376.170.537 24,41%
Agricultura e Agroindústria 60.197.699.404 11,72%
Rendimentos Isentos e Não Tributáveis - IRPF 53.220.284.401 10,36%
Entidades Sem Fins Lucrativos - Imunes / Isentas 42.282.346.611 8,23%
Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio 38.261.479.532 7,45%
Deduções do Rendimento Tributável - IRPF 32.625.424.975 6,35%
Medicamentos, Produtos Farmacêuticos e Equipamentos Médicos 20.282.084.118 3,95%
Poupança e Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio 19.629.410.081 3,82%
Benefícios do Trabalhador 18.413.355.963 3,59%
Desenvolvimento Regional 17.654.691.046 3,44%
Setor Automotivo 10.995.716.696 2,14%
Pesquisas Científicas e Inovação Tecnológica 10.628.934.355 2,07%
Informática e Automação 9.015.215.777 1,76%
Financiamentos Habitacionais 7.711.677.994 1,50%
Embarcações e Aeronaves 7.016.870.868 1,37%
MEI - Microempreendedor Individual 6.751.144.431 1,31%
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 4.553.347.436 0,89%
PROUNI 3.606.600.864 0,70%
TEF - Tributação Específica do Futebol 2.772.580.737 0,54%
Cultura e Audiovisual 2.523.100.527 0,49%
Livros 1.948.817.921 0,38%
REIDI 1.879.236.883 0,37%
Fundos Constitucionais 1.674.025.032 0,33%
Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 1.515.617.281 0,30%
Petroquímica 1.252.790.000 0,24%
Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 1.196.954.687 0,23%
Investimentos em Infra-Estrutura 1.019.192.335 0,20%
Incentivo ao Desporto 850.261.871 0,17%
Fundos da Criança e do Adolescente 839.669.471 0,16%
Termoeletricidade 775.956.565 0,15%
Seguro Rural 753.967.394 0,15%
Horário Eleitoral Gratuito 752.180.877 0,15%
Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa e Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 576.746.241 0,11%
Transporte Coletivo 540.779.511 0,11%
Máquinas e Equipamentos - CNPq 460.340.514 0,09%
Fundos do Idoso 451.595.542 0,09%
Dona de Casa 402.386.075 0,08%
PADIS 372.454.390 0,07%
Rede Arrecadadora 366.201.482 0,07%
Água Mineral 351.145.152 0,07%
TAXI 345.329.332 0,07%
Reciclagem 334.438.890 0,07%
Minha Casa, Minha Vida 303.586.050 0,06%
Motocicletas 291.963.876 0,06%
QUADRO X
PRINCIPAIS GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025
UNIDADE: R$ 1,00
GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
Aerogeradores 227.796.800 0,04%
Gás Natural Liquefeito 156.602.663 0,03%
Biodiesel 132.033.041 0,03%
RETID 62.172.346 0,01%
ITR 61.975.235 0,01%
Transporte Escolar 53.918.734 0,01%
Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 21.337.053 0,00%
Programação 17.505.040 0,00%
Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros 11.574.758 0,00%
Evento Esportivo, Cultural e Científico 2.566.883 0,00%
TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Informação e da Comunicação 839.400 0,00%
Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0,00%
Trem de Alta Velocidade 0 0,00%
TOTAL 513.522.095.676 100%
QUADRO XI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO - II
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO II
1 Áreas de Livre Comércio 31/12/2050 21.308.454 0,00 0,00 0,02
Tabatinga-AM, Guajará-Mirim-RO, Pacaraima e Bonfim-RR , Macapá/Santana-AP e Brasiléia e
Cruzeiro do Sul-AC. Isenção do imposto na entrada de mercadorias estrangeiras, quando
destinadas a consumo e venda internos, beneficiamento de pescado, recursos minerais e
matérias-primas agrícolas ou florestais, agricultura e piscicultura, a turismo, a estocagem para
exportação, para construção e reparos navais e para internação como bagagem acompanhada,
com exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros,
produtos de perfumaria e cosméticos.
Lei nº 7.965/89, art. 3º; Lei nº 8.210/91, art. 4º; Lei nº 8.256/91, arts. 4º e 14; Lei nº 8.387/91,
art.11, § 2º; Lei nº 9065/95, art. 19; Lei nº 13.023/14, art. 3º.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
2
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção do Imposto de Importação incidente nas importações de bens ou mercadorias para uso
ou consumo exclusivo na organização e realização dos Eventos da Copa do Mundo.

Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16, em específico: art. 3º,§1º,II.

3 Embarcações e Aeronaves indeterminado 615.720.615 0,00 0,02 0,59


Isenção do imposto incidente sobre a importação de partes, peças e componentes destinados
ao reparo, revisão e manutenção de embarcações e aeronaves. Isenção do Imposto sobre
Importação - II e do IPI incidente sobre a importação de partes, peças e componentes
destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de
embarcações registradas no REB, desde que realizadas em estaleiros navais brasileiros.

Lei nº 8.032/90, art. 2º, II, j; Lei nº 8.402/92, art. 1.º, IV; Lei nº 9.493/97, art. 11.

4 Equipamentos Desportivos 31/12/2015 não vigente ... ... ...


Isenção do Imposto de Importação incidente na importação de equipamentos e materiais
destinados, exclusivamente, ao treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para
competições desportivas em jogos olímpicos, paraolímpicos, pan-americanos, parapan-
americanos, nacionais e mundiais.
Lei nº 10.451/02, arts. 8º a 13, em específico:art. 8º; Lei nº 11.827/08, art. 5º; Lei nº
12.649/12, art. 9º.

5 Evento Esportivo, Cultural e Científico indeterminado 1.333.875 0,00 0,00 0,00


Isenção do II incidente na importação de troféus, medalhas, placas, estatuetas, distintivos,
flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em evento cultural, científico
ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos gratuitamente como
premiação em evento esportivo realizado no País; bens dos tipos e em quantidades
normalmente consumidos em evento esportivo oficial; material promocional, impressos,
folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou
utilizados em evento esportivo oficial; bens importados por desportistas, desde que tenham
sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de
prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento.

Lei nº 11.488/07, art. 38.

6 Máquinas e Equipamentos - CNPq indeterminado 148.270.839 0,00 0,01 0,14


Isenção do imposto nas importações de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos,
bem como suas partes e peças de reposição, destinados à pesquisa científica e tecnológica.
Isenção do imposto para importações autorizadas pelo CNPq.
Lei nº 8.010/90, art. 1º; Lei nº 8.032/90, art. 2º, I, e, f e g; Lei nº 10.964/04, arts. 1º e 3º; Lei nº
13.243/16, arts. 8º e 9º; Decreto nº 6.759/09, art. 136; Decreto nº 9.283/2018, art. 71.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
7
de 2016
Isenção do Imposto de Importação incidente nas importações de bens ou mercadorias para uso
ou consumo exclusivo na organização e realização dos Jogos.
Lei nº 12.780/13, art. 4º, §1º, II; Decreto n° 8.463/15, art. 7º, § 1º, II.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores 31/12/2026 35.843.941 0,00 0,00 0,03
8

Redução a zero da alíquota do II incidente sobre máquinas, aparelhos, instrumentos e


equipamentos, ferramentas computacionais (software) para incorporação no ativo imobilizado.
e matéria-prima e insumos importados.
Lei 11.484/07, arts. 1º a 11, em específico: art. 3º, § 5º; Lei nº 13.159; Lei n° 13.169/15, art. 12,
Lei 14.302/22 e Decreto 10.615/21

PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
9
para a TV Digital
Redução a zero da alíquota do II incidente sobre máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, para incorporação no ativo imobilizado.
Lei nº 11.484/07, arts. 12 a 22 e 66, em específico art. 14, § 5º.

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
10

Suspensão do Imposto de Importação incidente na importação de matérias-primas e produtos


intermediários destinados à fabricação dos equipamentos. A suspensão converte-se em
alíquota zero após a incorporação ou utilização dos bens nos equipamentos.

Lei nº 12.249/10, arts. 6 a 14 e 139, em específico: art. 9º, III; Lei nº 12.715/12, arts. 15 a 23 e
78, em específico: art. 18, III.

RECINE - Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição 31/12/2024 não vigente ... ... ...
11 Cinematográfica
Suspensão da exigência do Imposto de Importação incidente na importação de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação no ativo permanente e
utilização em complexos de exibição ou cinemas itinerantes, bem como de materiais para sua
construção. A suspensão do Imposto de Importação aplica-se somente a produtos sem similar
nacional. A suspensão converte-se em isenção após incorporação no ativo permanente e
utilização do bem ou material de construção no complexo de exibição cinematográfica. As
máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos e materiais de construção com o
tratamento tributário de que trata o caput deste artigo serão relacionados em regulamento.

Lei nº 12.599/12, arts.12 a 14; Decreto nº 7.729/12; Lei nº 13.594/18; Lei nº 14.044/2020.
QUADRO XI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO - II
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO II

RECOPA - Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou 30/06/2014 não vigente ... ... ...
12 Modernização de Estádios de Futebol
Suspensão do Imposto de Importação incidente sobre máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação no estádio
de futebol da pessoa jurídica beneficiária do RECOPA. A suspensão converte-se em alíquota
zero após a utilização ou incorporação do bem.
Lei nº 12.350/10, arts. 17 a 21, em específico: art. 19, V.

RENUCLEAR - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares 31/12/2020 não vigente ... ... ...
13

Suspensão do Imposto de Importação sobre a importação de máquinas, aparelhos,


instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou
incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado, quando os referidos
bens ou materiais de construção forem importados por pessoa jurídica beneficiária do
RENUCLEAR. A suspensão converte-se em isenção após a utilização ou incorporação do bem ou
material de construção na obra de infraestrutura.
Lei nº 12.431/11, arts. 14 a 17, em específico: art. 16, III.

REPENEC - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da 30/06/2016 não vigente ... ... ...
14 Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
Suspensão do Imposto de Importação incidente na importação de máquinas, aparelhos,
instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou
incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado de pessoa jurídica
beneficiária do REPENEC. As suspensões convertem-se em alíquota zero após a utilização ou
incorporação do bem ou material de construção na obra de infraestrutura.
Lei nº 12.249/10, arts. 1º a 5º, em específico: art. 3º, V.

REPORTO - Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura


15 Portuária 31/12/2023 não vigente ... ... ...
Suspensão do II sobre importações de máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros
bens importados pelos beneficiários do REPORTO e destinados ao seu ativo imobilizado para
utilização exclusiva na execução de serviços de: carga, descarga, armazenagem e
movimentação de mercadorias e produtos; sistemas suplementares de apoio operacional;
proteção ambiental; sistemas de segurança e de monitoramento de fluxo de pessoas,
mercadorias, produtos, veículos e embarcações; dragagens; e treinamento e formação de
trabalhadores, inclusive na implantação de Centros de Treinamento Profissional. São
beneficiários do REPORTO o operador portuário, o concessionário de porto organizado, o
arrendatário de instalação portuária de uso público e a empresa autorizada a explorar
instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo, inclusive aquelas que operam com
embarcações de offshore, o concessionário de transporte ferroviário, empresas de dragagem,
recintos alfandegados de zona secundária e dos Centros de Treinamento Profissional. A
suspensão do Imposto de Importação converte-se em isenção após o decurso do prazo de 5
(cinco) anos, contado da data da ocorrência do respectivo fato gerador.

Lei nº 11.033/04, arts. 13 a 16, em específico: art. 14; Decreto nº 6.582/08; Lei nº 11.774/08,
art. 5º; Lei nº 12.715/12, art. 39; Lei nº 12.688/12, art. 30; Lei n° 13.169, art. 7°, Lei 14.301/22.

16 Rota 2030 31/12/2023 não vigente ... ... ...


Importação de partes, peças, componentes, conjuntos, subconjuntos, acabados e
semiacabados, e pneumáticos, todos novos e sem capacidade de produção nacional
equivalente, destinados à industrialização de produtos automotivos.

MP nº 843/18; Lei nº 13.755/18, art. 21; Decreto nº 9.557/18, art.34.

17 Setor Automotivo 30/04/2011 não vigente ... ... ...


Redução do imposto incidente na importação de partes, peças,componentes, conjuntos e
subconjuntos, acabados e semi-acabados, e pneumáticos, destinadas aos processos produtivos
das empresas montadoras e dos fabricantes de veículos leves, ônibus, caminhões, reboques e
semi-reboques, chassis com motor, carrocerias, tratores rodoviários para semi-reboques,
tratores agrícolas e colheitadeiras, máquinas rodoviárias e auto peças,componentes, conjuntos
e subconjuntos necessários à produção dos veículos aqui listados, incluídos os destinados ao
mercado de reposição. I - 40% até 31 de agosto de 2010; II - 30% até 30 de novembro de 2010;
III - 20% até 30 de maio de 2001; IV - 0% a partir de 1º de junho de 2011.

Lei nº 10.182/01, art. 5º, § 1º; Lei nº 12.350/10, art. 42º.

18 Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental 05/10/2073 6.455.188.910 0,05 0,23 6,23
Isenção do imposto na entrada de mercadorias na ZFM, destinadas a seu consumo interno ou
industrialização em qualquer grau, inclusive beneficiamento, agropecuária, pesca, instalação e
a estocagem para reexportação, com exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas,
automóveis de passageiros, produtos de perfumaria e cosméticos. Redução do imposto na
saída de produtos industrializados na ZFM, para qualquer ponto do território nacional. Bens de
informática - coeficiente de redução resultante da relação entre os valores de matérias-primas
e outros insumos nacionais e da mão-de-obra empregada no processo produtivo, e os valores
de matérias-primas e demais insumos nacionais e estrangeiros e da mão-de-obra empregada.
Automóveis, tratores e outros veículos terrestres - coeficiente de redução acrescido de cinco
pontos percentuais. Demais produtos - redução de 88% (oitenta e oito por cento). Isenção do
imposto, até o limite de compras de US$ 2.000, no caso de bagagem de viajantes procedentes
da ZFM.

Decreto-Lei nº 288/67, art. 3º, § 1º, art. 7º, II; Decreto-Lei nº 356/68, art. 1º; Decreto-Lei nº
2.434/88, art. 1º, II, c; Lei nº 8.032/90, art. 2º, II, d, art. 4º; Lei nº 8.387/91, art. 1º; Constituição
Federal do Brasil, ADCT, arts. 40, 92 e 92-A; Portaria Interministerial MIR/MCT/CICT/MC nº
272/93, art. 1º; Portaria Interministerial MDIC/MCTI nº 309/15, art. 1º; Portaria
Interministerial MDIC/MCTIC nº 50/18, art. 1º.

TOTAL 7.277.666.635 0,06 0,26 7,02


QUADRO XII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA FÍSICA - IRPF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPF
1 Aposentadoria de Declarante com 65 Anos ou Mais indeterminado 15.710.180.539 0,13 0,57 4,08
Isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física, de parcela definida em lei, dos rendimentos
provenientes de aposentadoria e pensão, de transferência para a reserva remunerada ou de
reforma pagos pela Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, por qualquer pessoa jurídica de direito público interno ou por entidade de
previdência privada, a partir do mês em que o contribuinte completar 65 (sessenta e cinco)
anos de idade, sem prejuízo da parcela isenta prevista na tabela de incidência mensal do
imposto.
Lei nº 7.713/88, art. 6º, inciso XV; Lei nº 12.469/11; Lei nº 13.149/15.

2 Aposentadoria por Moléstia Grave ou Acidente indeterminado 24.565.470.102 0,20 0,89 6,39
Isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física incidente sobre rendimentos de aposentadoria
ou reforma motivada por acidente em serviço ou moléstia profissional; aposentadoria, reforma
ou pensão, recebidos por portadores de fibrose cística (mucoviscidose), tuberculose ativa,
alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia
irreversível e incapacitante, hepatopatia grave, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados da doença de Paget
(osteíte deformante), contaminação por radiação e síndrome de imunodeficiência adquirida
(Aids).
Lei nº 7.713/88, art. 6º, inciso XIV; Lei nº 11.052/04.

3 Atividade Audiovisual 31/12/2024 não vigente ... ... ...


Dedução do imposto de renda devido, de 100% da quantia aplicada em investimentos na
produção de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras de produção independente,
mediante a aquisição de quotas representativas de direitos de comercialização sobre as
referidas obras, desde que esses investimentos sejam realizados no mercado de capitais, em
ativos previstos em lei e autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários, e os projetos de
produção tenham sido previamente aprovados pelo Ministério da Cultura. Dedução do
imposto de renda devido das quantias referentes ao patrocínio à produção de obras
cinematográficas brasileiras de produção independente, cujos projetos tenham sido
previamente aprovados pela Ancine, do imposto de renda devido apurado na declaração de
ajuste anual pelas pessoas físicas. Dedução limitada: a 6% (seis por cento) do imposto devido
pelas pessoas físicas, conjuntamente com as deduções de que trata o art. 22 da Lei nº
9.532/97. Dedução do imposto de renda devido das quantias aplicadas na aquisição de cotas
dos Funcines.
Lei nº 8.685/93, arts. 1º e 1º-A; Lei nº 9.532/97, art. 22; Lei nº 9.250/95, art. 12; MP nº
2.228/01, art. 44.

4 Despesas com Educação indeterminado 5.454.450.224 0,04 0,20 1,42


Dedução da base de cálculo do IRPF das despesas com instrução do contribuinte e de seus
dependentes, até o limite estabelecido em lei, efetuados a estabelecimentos de ensino,
relativamente à educação infantil, compreendendo as creches e as pré-escolas; ao ensino
fundamental; ao ensino médio; à educação superior, compreendendo os cursos de graduação e
de pós-graduação (mestrado, doutorado e especialização); e à educação profissional,
compreendendo o ensino técnico e o tecnológico.
Lei nº 9.250/95, art. 8º; Lei nº 12.469/11.

5 Despesas Médicas indeterminado 27.170.974.751 0,22 0,98 7,06


Dedução da base de cálculo do IRPF das despesas com médicos, dentistas, psicólogos,
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, hospitais, e com exames
laboratoriais e serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias.

Lei nº 9.250/95, art. 8º, II, a.

6 Fundos de Direitos da Criança e do Adolescente indeterminado 355.165.304 0,00 0,01 0,09


Dedução do imposto de renda devido, das contribuições feitas aos Fundos controlados pelos
Conselhos Municipais, Estaduais e Nacionais dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Dedução limitada: a 6% (seis por cento) do imposto devido pelas pessoas físicas,
conjuntamente com as deduções de que trata o art. 22 da Lei nº 9.532/97.
Lei nº 8.069/90, art. 260, II; Lei nº 9.250/95, art. 12, I; Lei nº 9.532/97, art 22.

7 Fundos do Idoso indeterminado 15.282.187 0,00 0,00 0,00


Dedução do Imposto de Renda Devido, das contribuições feitas aos Fundos controlados pelos
Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional do Idoso. Dedução limitada a 6% do IR devido
conjuntamente com as deduções de que trata o art. 22 da Lei nº 9.532/97.
Lei nº 9.250/95, art. 12, I; Lei nº 9.532/97, art. 22.

8 Incentivo à Formalização do Emprego Doméstico 31/12/2018 não vigente ... ... ...
Dedução do IR devido pelas Pessoas Físicas, da contribuição patronal paga à Previdência Social
pelo empregador doméstico incidente sobre o valor da remuneração do empregado. Limitada
ao valor da contribuição patronal calculada sobre um salário mínimo mensal, sobre o 13º
salário e sobre a remuneração adicional de férias, referidos também a um salário mínimo.

Lei nº 9.250/95 art. 12, VII, § 3º.

9 Incentivo à Reciclagem indeterminado 115.410.614 0,00 0,00 0,03


Dedução de 1% do Imposto Devido relativo à quantia efetivamente despendida no apoio direto
aos projetos de que trata o caput do art. 3º da referida Lei, limitado a 6% (seis por cento) do
imposto de renda devido apurado na Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da
Pessoa Física, em conjunto com as deduções de que tratam o art. 22 da Lei nº 9.532, de 10 de
dezembro de 1997, e o inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº 11.438, de 29 de dezembro de 2006.

Lei nº 14.260, de 08 de dezembro de 2021.

10 Incentivo ao Desporto 31/12/2027 9.406.612 0,00 0,00 0,00


Dedução do imposto de renda devido dos valores despendidos a título de patrocínio ou doação
no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo
Ministério do Esporte, limitada a 6% (seis por cento) do IR devido conjuntamente com as
deduções de que trata o art. 22 da Lei nº 9.532/1997.
Lei nº 11.438/06, art. 1º; Lei nº 14.439/22.

11 Indenizações por Rescisão de Contrato de Trabalho indeterminado 10.784.623.664 0,09 0,39 2,80
Isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física de: indenização e aviso prévio não trabalhado
pagos por despedida ou rescisão de contrato de trabalho assalariado, até o limite garantido
pela lei trabalhista ou por dissídio coletivo e convenções trabalhistas homologados pela Justiça
do Trabalho; verbas especiais indenizatórias pagas em decorrência de incentivo à demissão
voluntária (PDV); indenização por acidente de trabalho; e saque de FGTS.
QUADRO XII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA FÍSICA - IRPF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPF
Lei nº 7.713/88, art. 6º, inciso V; Lei nº 8.036/90, art. 28.

12 Programa Nacional de Apoio à Cultura indeterminado 61.784.479 0,00 0,00 0,02


Dedução do imposto de renda devido, de 80% das doações e 60% dos patrocínios, em favor de
projetos culturais, devidamente aprovados. Dedução do imposto de renda devido, de 100% do
valor efetivamente pago, relacionados a produção cultural nos segmentos de artes cênicas,
livros de valor artístico, literário ou humanístico, música erudita ou instrumental, exposições
de artes visuais, doações de acervos para bibliotecas públicas, museus, arquivos públicos e
cinematecas, bem assim treinamento de pessoal e aquisição de equipamentos para a
manutenção desses acervos, produção de obras cinematográficas e videofonográficas de curta
e média metragem e preservação e difusão de acervo audiovisual e preservação do patrimônio
cultural material e imaterial. Dedução imposto de renda devido, de 100% do valor
efetivamente pago, relacionados a produção obras cinematográficas e vídeofonográficas
brasileiras de longa , média e curta metragens de produção independente, de co-produção de
obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de produção independente, de
telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais, animações e de programas de televisão de
caráter educativo e cultural brasileiros de produção independente, aprovados pela Ancine.
Dedução limitada: a 6% (seis por cento) do imposto devido pelas pessoas físicas,
conjuntamente com as deduções de que trata o art. 22 da Lei nº 9.532/97.

Lei nº 8.313/91, art. 18, § 3º e art. 26, I; Lei nº 9.250/95, art. 12, II; Lei nº 9.532/97, art.22; MP
nº 2.228/01, art. 39, X e § 6º; Decreto nº 5.761/06, arts. 28 e 29.

13 Pronas/PCD - Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência 31/12/2020 não vigente ... ... ...

Dedução do imposto de renda devido, das doações e dos patrocínios efetuados em prol de
ações e serviços de reabilitação da pessoa com deficiência, previamente aprovados pelo
Ministério da Saúde e desenvolvidos pelas instituições que se destinam ao tratamento de
deficiências físicas, motoras, auditivas, visuais e intelectuais. Poderá deduzir até cem por cento
das doações e oitenta por cento dos patrocínios. Limitadas a um por cento do IR devido,
individualmente, sem limite conjunto.
Lei nº 12.715/12, arts. 3º e 4º; Lei nº 9250/85, art. 12, VIII; Lei nº 13.169/15, art. 10.

14 Pronon - Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica 31/12/2020 não vigente ... ... ...
Dedução do imposto de renda devido, das doações e dos patrocínios efetuados em prol de
ações e serviços de atenção oncológica, previamente aprovados pelo Ministério da Saúde e
desenvolvidos pelas instituições de prevenção e combate ao câncer. Até cem por cento das
doações e oitenta por cento dos patrocínios. Limitadas a um por cento do IR devido,
individualmente, sem limite conjunto.
Lei nº 12.715/12, arts. 1º a 14; Lei nº 13.169/15, art. 10.

15 Seguro ou Pecúlio Pago por Morte ou Invalidez indeterminado 2.160.010.096 0,02 0,08 0,56
Isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física incidente sobre o capital das apólices de seguro
ou pecúlio pago por morte do segurado e os prêmios de seguro restituídos em qualquer caso;
pecúlio recebido de entidade de previdência complementar, em prestação única, em
decorrência de morte ou invalidez permanente do participante.
Lei nº 7.713/88, art. 6º, incisos VII e XIII.

TOTAL 86.402.758.572 0,70 3,12 22,47


QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
1 Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados indeterminado 10.169.139.057 0,08 0,37 2,44
Dedução, como despesa operacional, dos gastos realizados pelas empresas com serviços de
assistência médica, odontológica, farmacêutica e social, destinados indistintamente a todos os
seus empregados e dirigentes.
Lei nº 9.249/95, art. 13, V.

2 Associações de Poupança e Empréstimo indeterminado 21.103.779 0,00 0,00 0,01


Isenção do imposto às associações, devidamente autorizadas pelo órgão competente,
constituídas sob a forma de sociedade civil, tendo por objetivo propiciar ou facilitar a aquisição
de casa própria aos associados, captar, incentivar e disseminar a poupança, que atendam às
normas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.
Decreto-Lei nº 70/66, arts. 1º e 7º.

3 Atividade Audiovisual - Dedução Despesa Operacional 31/12/2024 não vigente ... ... ...
As pessoas jurídicas sujeitas ao lucro real poderão, também, abater o total dos investimentos
efetuados na forma do art. 1º da Lei nº 8.685/93, como despesas operacionais. O abatimento
será efetuado mediante ajuste ao lucro líquido para determinação do lucro real.

Lei nº 8.685/93, art. 1º, § 4º; Decreto nº 3.000/99 art. 372, § único; Lei nº 12.375/10, arts. 12 e
13.

4 Atividade Audiovisual - Dedução IR 31/12/2024 não vigente ... ... ...


As pessoas jurídicas sujeitas ao lucro real poderão deduzir do imposto devido as quantias
referentes: a investimentos em projetos de produção independente de obras audiovisuais
cinematográficas brasileiras; a investimentos em projetos específicos da área audiovisual,
cinematográfica de exibição, distribuição e infra-estrutura técnica apresentados por empresa
brasileira; a investimentos em projetos de produção de obras cinematográficas e
videofonográficas brasileiras de longa, média e curta metragens de produção independente, de
co-produção de obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de produção
independente, de telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais, animações e de programas
de televisãode caráter educativo e cultural, brasileiros de produção independente; a aquisição
de quotas dos Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional (Funcines); ao
patrocínio à produção de obras cinematográficas brasileiras de produção independente; a
patrocínios aos projetos específicos da área audiovisual, cinematográfica de difusão,
preservação, exibição, distribuição e infra-estrutura técnica apresentados por empresa
brasileira; os patrocínios à projetos de produção de obras cinematográficas e videofonográficas
brasileiras de longa, média e curta metragens de produção independente, de co-produção de
obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de produção independente, de
telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais, animações e de programas de televisãode
caráter educativo e cultural, brasileiros de produção independente. Limite individual de 4% do
IR devido. Limite conjunto Cultura e Audiovisual de 4% do IR devido. O adicional não é
dedutível.

Lei nº 8.685/93, arts. 1º, 1º-A; Lei nº 9.323/96, art. 1º; Lei nº 9.532/97, arts. 5º e 6º; Lei nº
11.437/06, arts. 7º, 8º e 9º; Lei nº 12.375/10, arts. 12 e 13; MP nº 2.228/01, art. 39, § 6º, arts.
44 e 45; Lei 13.594/18, art. 3º.

5 Benefícios Previdenciários a Empregados e FAPI - Fundo de Aposentadoria Individual indeterminado 1.150.841.186 0,01 0,04 0,28
Benefícios Previdênciários, dedução, como despesa operacional, dos gastos realizados com
contribuições, não compulsórias destinada a custear planos de benefícios complementares
assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes da
pessoa jurídica. Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI, dedução, como despesa
operacional, do valor das quotas adquiridas em favor de seus empregados ou administradores,
do FAPI, desde que o plano atinja, no mínimo, 50% dos seus empregados.

Lei nº 9.249/95, art. 13, V; Lei nº 9.477/97, arts. 7º e 10; Lei nº 9.532/97, art. 11, §§2º, 3º e 4º;
Lei nº 10.887/04.

6 Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção do IRPJ à Subsidiária Fifa no Brasil e aos Prestadores de Serviços da Fifa (estabelecidos
no Brasil sob a forma de sociedade com finalidade específica) em relação aos fatos geradores
decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização da
Copa das Confederações e da Copa do Mundo.
Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

7 Creches e Pré-Escolas 31/12/2018 não vigente ... ... ...


Regime especial de tributação aplicável à construção ou reforma de estabelecimentos de
educação infantil. Pagamento unificado de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS equivalente a 1% (um por
cento) da receita mensal auferida pela construtora em virtude da realização da obra submetida
ao regime especial de tributação. Cabe ao IRPJ 0,31%.
Lei nº 12.715/12, arts. 24 a 27.

8 Debêntures de sociedades de propósito específico para investimento na área de indeterminado 715.106.365 0,01 0,03 0,17
infraestrutura
Os rendimentos auferidos serão tributados, exclusivamente na fonte, à alíquota de 15%
(quinze por cento), quando auferidos por pessoa jurídica. Emissão até 31/12/2030.
Lei nº 12.431/11, arts. 2º e 3º.

9 Debêntures de sociedades de propósito específico para investimento na Produção Econômica


Intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
Os rendimentos auferidos serão tributados, exclusivamente na fonte, à alíquota de 15%
(quinze por cento), quando auferidos por pessoa jurídica. Emissão até 31/12/2030.
Lei nº 12.431/11, arts. 2º e 3º.

10 Despesas com Pesquisas Científicas e Tecnológicas indeterminado 3.376.670.280 0,03 0,12 0,81
Dedução, como despesa operacional, das despesas: com pesquisas científicas ou tecnológicas,
inclusive com experimentação para criação ou aperfeiçoamento de produtos, processos
fórmulas e técnicas de produção, administração ou venda; com pesquisa de recursos naturais,
inclusive prospecção de minerais, desde que realizadas na área de atuação da SUDAM, em
projetos por ela aprovados; com pesquisa de recursos pesqueiros, desde que realizada de
acordo com projeto previamente aprovado pelo IBAMA.

Lei nº 4.506/64, art.53; Decreto-Lei nº 756/69, art. 32, a; Lei nº 7.735/89, art. 2º; MP nº 2.216-
37/01.

11 Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos indeterminado 364.968.540 0,00 0,01 0,09
QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
Dedução, como despesa operacional, das doações efetuadas a: Entidades civis, legalmente
constituídas no Brasil, sem fins lucrativos, que prestem serviços gratuitos em benefício de
empregados da pessoa jurídica doadora, e respectivos dependentes, ou em benefício da
comunidade na qual atuem, até o limite de 2%(dois por cento) do lucro operacional;
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), qualificadas segundo as normas
estabelecidas na Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999. Para fins de Dedução na apuração do
lucro real, as referidas doações estão limitadas a 2% (dois por cento) do lucro operacional da
pessoa jurídica, antes de computada a sua Dedução. A dedutibilidade fica condicionada a que a
entidade beneficiária tenha sua condição de utilidade pública ou de OSCIP reconhecida pelo
órgão competente da União.
Lei nº 9.249/95, art. 13, §2º, III; MP nº 2.158-35/01, art. 59.

12 Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa indeterminado 58.997.518 0,00 0,00 0,01


Dedução, como despesa operacional, das doações até o limite de 1,5% (um e meio por cento)
do lucro operacional, efetuadas às instituições de ensino e pesquisa cuja criação tenha sido
autorizada por lei federal e que preencham os requisitos dos incisos I e II do art. 213 da
Constituição Federal, de 1988, que são: a) comprovação de finalidade não-lucrativa e aplicação
dos excedentes financeiros em educação; b) assegurar a destinação do seu patrimônio a outra
escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de
encerramento de suas atividades.
Lei nº 9.249/95, art. 13, §2º II.

13 Empresa cidadã indeterminado 335.615.406 0,00 0,01 0,08


Dedução do imposto devido do total da remuneração integral paga à empregados, durante os
60 dias de prorrogação da licença maternidade ou 15 dias de prorrogação da licença
paternidade.
Lei nº 11.770/08.

14 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde indeterminado 3.921.521.253 0,03 0,14 0,94
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

15 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil indeterminado 2.164.570.307 0,02 0,08 0,52
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

16 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica indeterminado 38.652.201 0,00 0,00 0,01
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

17 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural indeterminado 52.437.328 0,00 0,00 0,01
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

18 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação indeterminado 1.982.487.469 0,02 0,07 0,47
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

19 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica indeterminado 1.113.769.110 0,01 0,04 0,27
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

20 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa indeterminado 119.711.194 0,00 0,00 0,03
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

21 FINAM - Fundo de Investimentos da Amazônia 31/12/2017 não vigente ... ... ...
Redução do IRPJ pela opção de aplicação de percentual do imposto devido, pelas pessoas
jurídicas ou grupos de empresas coligadas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991,
alterado pela Medida Provisória nº 2.199-14, de 24 de agosto de 2001, titulares de
empreendimento de setor da economia considerado, em ato do Poder Executivo, prioritário
para o desenvolvimento regional, aprovados ou protocolizados até 2 de maio de 2001 nas
áreas da SUDAM. A redução será de: 18%, a partir de janeiro de 1998 até dezembro de 2003;
12%, a partir de janeiro de 2004 até dezembro de 2008; 6%, a partir de janeiro de 2009 até
dezembro de 2017.
Lei nº 8.167/91, art. 9º; MP nº 2.199-14/01, art. 4º; MP nº 2.156-5/01, art. 32, XVIII; MP nº
2.157-5/01, art. 32, IV; Lei nº 9.532/97, art. 4 º, § 1º; Lei nº 12.995/14, arts. 1º e 2º.

22 FINOR - Fundo de Investimentos do Nordeste 31/12/2017 não vigente ... ... ...
QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
Redução do IRPJ pela opção de aplicação de percentual do imposto devido, pelas pessoas
jurídicas ou grupos de empresas coligadas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991,
alterado pela Medida Provisória nº 2.199-14, de 24 de agosto de 2001, titulares de
empreendimento de setor da economia considerado, em ato do Poder Executivo, prioritário
para o desenvolvimento regional, aprovados ou protocolizados até 2 de maio de 2001 nas
áreas da SUDENE. A redução será de: 18%, a partir de janeiro de 1998 até dezembro de 2003;
12%, a partir de janeiro de 2004 até dezembro de 2008; 6%, a partir de janeiro de 2009 até
dezembro de 2017.
Lei nº 8.167/91, art. 9º; MP nº 2.199-14/01, art. 4º; MP nº 2.156-5/01, art. 32, XVIII; MP nº
2.157-5/01, art. 32, IV; Lei nº 9.532/97, art. 4 º, § 1º; Lei nº 12.995/14, arts. 1º e 2º.

23 FIP-IE - Fundo de Investimento em Participações em Infra-Estrutura indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Os rendimentos auferidos serão tributados como ganho líquido, à alíquota de 15% (quinze por
cento), quando auferidos por pessoa jurídica. Áreas de energia, transporte, água e saneamento
básico, irrigação e outros considerados prioritários pelo poder executivo.
Lei nº 11.478/07, art. 2º, § 1º, I; Lei nº 12.431/11, art. 4º.

FIP-PD&I - Fundo de Investimento em Participação na Produção Econômica Intensiva em indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
24
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e Debêntures
Os rendimentos auferidos serão tributados como ganho líquido, à alíquota de 15% (quinze por
cento), quando auferidos por pessoa jurídica.
Lei nº 11.478/07, art. 2º, § 1º, I; Lei nº 12.431/11, art. 4º.

25 Fundos de Direitos da Criança e do Adolescente indeterminado 484.504.167 0,00 0,02 0,12


Dedução do imposto de renda devido, das contribuições feitas aos Fundos controlados pelos
Conselhos Municipais, Estaduais e Nacionais dos Direitos da Criança e do Adolescente. Limite
individual de 1% do IR devido. Limite conjunto FCA e F. Idoso de 1% do IR devido. O adicional
não é dedutível.
Lei nº 8.069/90, art. 260; Lei nº 12.594/12, art. 87.

26 Fundos do Idoso indeterminado 436.313.355 0,00 0,02 0,10


Dedução do IR devido do total das doações feitas aos Fundos Nacional, Estaduais ou
Municipais do Idoso devidamente comprovadas, vedada a dedução como despesa operacional.
Limite individual de 1% do IR devido.
Lei nº 12.213/10; Lei nº 12.594/12, art. 88.

27 FUNRES - Fundo de Recuperação Econômica do Espírito Santo 31/12/2013 não vigente ... ... ...
Redução do IRPJ pela opção de aplicação de percentual do imposto devido, pelas pessoas
jurídicas ou grupos de empresas coligadas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991,
alterado pela Medida Provisória nº 2.199-14, de 24 de agosto de 2001, titulares de
empreendimento de setor da economia considerado, em ato do Poder Executivo, prioritário
para o desenvolvimento regional, aprovados ou protocolizados até 2 de maio de 2001 nas
áreas do extinto Grupo Executivo para Recuperação Econômica do Estado do Espírito Santo
(Geres). A redução será de: 25%, a partir de janeiro de 1998 até dezembro de 2003; 17%, a
partir de janeiro de 2004 até dezembro de 2008; 9%, a partir de janeiro de 2009 até dezembro
de 2013.
Lei nº 8.167/91, art. 9º; MP nº 2.199-14/01, art. 4º; MP nº 2.156-5/01, art. 32, XVIII; MP nº
2.157-5/01, art. 32, IV; Lei nº 9.532/97, art. 4 º, § 1º.

28 Horário Eleitoral Gratuito indeterminado 752.180.877 0,01 0,03 0,18


As emissoras de rádio e televisão obrigadas à divulgação gratuita da propaganda partidária e
eleitoral, de plebiscitos e referendos poderão efetuar a compensação compensação fiscal pela
cedência do horário gratuito. O valor da compensação será apurado de acordo com os critérios
dispostos no art. 2º do Decreto 7.791/2012 e poderá ser excluido do lucro líquido para
determinação do lucro real; ou da base de cálculo dos recolhimentos mensais; ou da base de
cálculo do IRPJ incidente sobre o lucro presumido. Aplica-se também às empresas
concessionárias de serviços públicos de telecomunicações, obrigadas ao tráfego gratuito de
sinais de televisão e rádio. Aplica-se também aos comunicados, às instruções e a outras
requisições da Justiça Eleitoral, relativos aos programas partidários e eleitorais.

Lei nº 9.096/95, art. 52, parágrafo único; Lei nº 9.504/ 97, art. 99; Decreto nº 7.791/2012.

29 Incentivo à Reciclagem indeterminado 219.028.276 0,00 0,01 0,05


Dedução no valor de 1% (um por cento) do imposto devido em cada período de apuração
trimestral ou anual, em conjunto com as deduções de que trata o inciso I do § 1º do art. 1º da
Lei nº 11.438, de 29 de dezembro de 2006, observado o disposto no § 4º do art. 3º da Lei nº
9.249, de 26 de dezembro de 1995.
Lei nº 14.260, de 08 de dezembro de 2021.

30 Incentivo ao Desporto 31/12/2027 840.855.259 0,01 0,03 0,20


Dedução do IR devido dos valores despendidos a título de patrocínio ou doação, no apoio
direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do
Esporte. Limite individual de 1% do IR devido. O adicional não é dedutível.
Lei nº 11.438/06; Lei n° 13.155/15, art. 43; Lei nº 14.439/22.

31 Informática e Automação 31/12/2029 7.212.172.622 0,06 0,26 1,73


Crédito financeiro a título de IRPJ concedido para as pessoas jurídicas habilitadas fabricantes
de bens de tecnologias da informação e comunicação que investirem em atividades de
pesquisa, desenvolvimento e inovação. O valor do crédito financeiro é calculado com base no
dispêndio em P&D e no faturamento no mercado interno.
Lei nº 8.248/91, art. 4º; Lei nº 10.176/01, art. 11; Lei nº 11.077/04, Lei nº 13.023/14; Lei n°
13.969/19; e Decreto nº 5.906/06.

32 Inovação Tecnológica indeterminado 5.329.145.952 0,04 0,19 1,28


QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
A pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na determinação do lucro real e da base de
cálculo da CSLL, o valor correspondente a até 60% da soma dos dispêndios realizados no
período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica.
Poderá chegar a até 80% dos dispêndios em função do número de empregados pesquisadores
contratados pela pessoa jurídica. A pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na
determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL o valor correspondente a até 20% da
soma dos dispêndios ou pagamentos vinculados à pesquisa tecnológica e desenvolvimento de
inovação tecnológica objeto de patente concedida ou cultivar registrado. A pessoa jurídica
poderá excluir do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da
CSLL, os dispêndios efetivados em projeto de pesquisa científica e tecnológica e de inovação
tecnológica a ser executado por Instituição Científica e Tecnológica – ICT e por entidades
científicas e tecnológicas privadas, sem fins lucrativos. A exclusão corresponderá, à opção da
pessoa jurídica, a no mínimo a metade e no máximo duas vezes e meia o valor dos dispêndios
efetuados. Exclusão do lucro real e da base de cálculo da CSLL de até 160% dos dispêndios
realizados com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica para as
pessoas jurídicas que utilizarem os benefícios das Leis de capacitação e competitividade do
setor de informática e automação (Leis nº 8.248/1991, 8.387/1991, e 10.176/2001).

Lei nº 11.196/05, arts. 19, 19-A, 26; Lei nº 11.487/07; Lei nº 12.546/11, art. 13; Lei nº
11.774/08, art. 4º.

33 Minha Casa, Minha Vida indeterminado 94.111.675 0,00 0,00 0,02


Redução para 1% da alíquota do regime especial de tributação (RET) incidente sobre as
receitas decorrentes dos projetos de incorporação de imóveis residenciais de interesse social,
no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, com valor comercial até limite estabelecido
em lei. Cabe ao IRPJ 0,31%.
Lei nº 10.931/04, art. 4º, § 6º; Lei nº 12.024/09, art. 2º, Lei nº 13.097/15, arts. 4º e 6º.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
34
de 2016
Isenção do IRPJ incidente sobre receitas, lucros e rendimentos auferidos pelas Empresas
vinculadas ao CIO, domiciliadas no País, e pelo RIO 2016 em relação aos fatos geradores
decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização dos
Eventos.
Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores indeterminado 44.315.217 0,00 0,00 0,01
35

Redução em 100% das alíquotas do IR e adicional incidentes sobre o lucro da exploração, nas
vendas dos dispositivos efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do PADIS.
Lei nº 11.484/07, art. 1º a 11; Lei n° 13.169/15.
Crédito financeiro a título de IRPJ concedido para empresas habilitadas no PADIS. O valor do indeterminado 221.955.362 0,00 0,01 0,05
crédito financeiro é calculado com base no investimento em pesquisa e desenvolvimento e no
faturamento no mercado interno.
Lei nº 11.484/07, art. 1º a 11; Lei n° 13.169/15; Lei n° 13.969/19, Lei 14.302/22

36 PAIT - Planos de Poupança e Investimento indeterminado 6.520.957 0,00 0,00 0,00


Dedução, como despesa operacional, das contribuições pagas pela pessoa jurídica a plano PAIT
por ela instituído, desde que obedeçam a critérios gerais e beneficiem no mínimo 50% dos
empregados.
Decreto-Lei nº 2.292/86, art. 5º, § 2º.

37 PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador indeterminado 2.364.920.016 0,02 0,09 0,57


Dedução do imposto devido de valor equivalente à aplicação da alíquota cabível sobre a soma
das despesas de custeio realizadas, no período-base, em Programas de Alimentação do
Trabalhador, previamente aprovados pelo Ministério do Trabalho. Limite individual de 4% do
IR devido. Limite conjunto PAT e PDTI/PDTA de 4% do IR devido. O adicional não é dedutível.

Lei nº 6.321/76, art. 1º; Lei nº 9.532/97, arts. 5º, 6º, inciso I.

38 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 04/05/2026 1.185.348.213 0,01 0,04 0,28
Reduz para 0% (zero por cento), pelo prazo de 60 (sessenta) meses, contado do início da
produção de efeitos desta Lei, as alíquotas das contribuições PIS, COFINS e CSLL e do IRPJ
incidentes sobre o resultado auferido pelas pessoas jurídicas pertencentes ao setor de
eventos.
Lei nº 14.148, de 03 de maio de 2021.

39 Previdência Privada Fechada indeterminado 194.454.034 0,00 0,01 0,05


Isenção do Imposto de Renda e da CSLL para as entidades de previdência complementar sem
fins lucrativos.
Decreto-Lei 2.065/83, art. 6º; IN SRF nº 588/05, art. 17.

40 PRONAC - Programa Nacional de Apoio à Cultura - Dedução Despesa Operacional indeterminado 270.991.909 0,00 0,01 0,06
Dedução, como despesa operacional, do total do somatório das doações e dos patrocínios no
apoio direto a projetos culturais aprovados na forma da regulamentação do Pronac.

Lei nº 8.313/91, art. 26, § 1º, II; Lei nº 9.249/95, art.13, § 2º, I; Decreto nº 5.761/06, art. 30, §
1º.

41 PRONAC - Programa Nacional de Apoio à Cultura - Dedução IR indeterminado 2.010.084.588 0,02 0,07 0,48
QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
A pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido 40% do somatório das doações e 30% do
somatório dos patrocínios, tanto mediante contribuições ao Fundo Nacional de Cultura (FNC)
na forma de doações, quanto mediante apoio direto a projetos culturais aprovados na forma
da regulamentação do Pronac. A pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido 100% do
somatório das doações e 100% do somatório dos patrocínios, relacionados à produção cultural,
nos segmentos de: Artes cênicas; Livros de valor artístico, literário ou humanístico; Música
erudita ou instrumental; Exposições de artes visuais; Doações de acervos para bibliotecas
públicas, museus, arquivos públicos e cinematecas, bem assim treinamento de pessoal e
aquisição de equipamentos para a manutenção desses acervos; Produção de obras
cinematográficas e videofonográficas de curta e média metragem e preservação e difusão do
acervo audiovisual; e Preservação do patrimônio cultural material e imaterial; Construção e
manutenção de salas de cinema e teatro, que poderão funcionar também como centros
culturais comunitários, em Municípios com menos de 100.000 (cem mil) habitantes. A pessoa
jurídica poderá deduzir do imposto devido 100% do somatório das doações e 100% do
somatório dos patrocínios, relativos à produção de obras cinematográficas e videofonográficas
brasileiras de longa, média e curta metragens de produção independente, de co-produção de
obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de produção independente, de
telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais, animações e de programas de televisão de
caráter educativo e cultural, brasileiros de produção independente, aprovados pela Agência
Nacional do Cinema (Ancine). Limite individual de 4% do IR devido. Limite conjunto Cultura e
Audiovisual de 4% do IR devido. O adicional não é dedutível.

Lei nº 8.313/91, art. 26, §1º; Lei nº 9.249/95, art. 13, §2º, I; Decreto nº 5.761/06, arts. 28 e 30;
Lei nº 8.313/91, art. 18, caput e §§ 1º e 3º; MP nº 2.228/01, art. 39, § 6º e inciso X, art. 53.

Pronas/PCD - Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência 31/12/2021 não vigente ... ... ...
42

Dedução do imposto de renda devido, das doações e dos patrocínios efetuados em prol de
ações e serviços de reabilitação da pessoa com deficiência, previamente aprovados pelo
Ministério da Saúde e desenvolvidos pelas instituições que se destinam ao tratamento de
deficiências físicas, motoras, auditivas, visuais e intelectuais. Até cinquenta por cento das
doações e quarenta por cento dos patrocínios, vedada a dedução como despesa operacional.
Limitadas a um por cento do IR devido, individualmente, sem limite conjunto. Adicional não
dedutível.
Lei nº 12.715/12, arts. 1º a 14; Lei nº 12.844/13, art. 28; Lei n° 13.169/15, art. 10.

43 Pronon - Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica 31/12/2021 não vigente ... ... ...
Dedução do imposto de renda devido, das doações e dos patrocínios efetuados em prol de
ações e serviços de atenção oncológica, previamente aprovados pelo Ministério da Saúde e
desenvolvidos pelas instituições de prevenção e combate ao câncer. Até cinquenta por cento
das doações e quarenta por cento dos patrocínios, vedada a dedução como despesa
operacional. Limitadas a um por cento do IR devido, individualmente, sem limite conjunto.
Adicional não dedutível.
Lei nº 12.715/12, arts. 1º a 14; Lei nº 12.844/13, art. 28; Lei n° 13.169/15, art. 10.

44 PROUNI - Programa Universidade para Todos indeterminado 1.781.436.411 0,01 0,06 0,43
Isenção do imposto à instituição privada de ensino superior, com ou sem fins lucrativo, que
aderir ao PROUNI. A isenção recairá sobre o valor do lucro e será calculada na proporção da
ocupação efetiva das bolsas devidas
Lei nº 11.096/05.

45 Rota 2030 31/07/2023 não vigente ... ... ...


Dedução do IRPJ devido, o valor correspondente à aplicação da alíquota e adicional do IRPJ
sobre até 30% dos dispêndios realizados no País, desde que sejam classificáveis como
despesas operacionais aplicados em pesquisa e desenvolvimento.
MP 843/2018; Lei 13.755/18, art. 11; Decreto nº 9.557/18, art.19.

Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 27.747.231.923 0,23 1,00 6,64
46
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/14.

47 SUDAM - Isenção Projeto Industrial / Agrícola indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção do IRPJ para empreendimento industrial ou agrícola que tenha sido instalado,
ampliado, modernizado ou diversificado, até 31 de dezembro de 1997 ou cujo projeto tenha
sido aprovado ou protocolizado até 14 de novembro de 1997.
Lei nº 9.532/97, art. 3º; Lei nº 9.808/99, art. 13.

48 SUDAM - Isenção Projeto Tecnologia Digital 31/12/2033 0 0,00 0,00 0,00


Isenção do IRPJ para fabricantes de máquinas, equipamentos, instrumentos e dispositivos,
baseados em tecnologia digital, voltados para o programa de inclusão digital, com projetos
aprovados na região da SUDAM e SUDENE. Aprovação até 31/12/2018 e uso por dez anos.

Lei nº 12.546/12, art. 11; MP nº 2.199-14/01, art. 1º, § 1-A; Lei nº 12.715/12, art. 69, Lei nº
12.995/14, art. 10.

49 SUDAM - Redução 75% Projeto Setor Prioritário 31/12/2033 6.587.008.746 0,05 0,24 1,58
Redução de 75% do IRPJ para empreendimentos, com projetos protocolizados e aprovados
após 23 de agosto de 2000, enquadrados em setores da economia considerados, em ato do
Poder Executivo, prioritários para o desenvolvimento regional. Aprovação até 31/12/2018 e
uso por dez anos.
MP nº 2.199-14/01, art. 1º; Lei nº 12.715/12, art. 69, Lei nº 12.995/14, art. 10; Lei nº
13.799/19, art. 1º; Decreto nº 9.682/19.

50 SUDAM - Redução Escalonada Projeto Industrial / Agrícola 31/12/2013 não vigente ... ... ...
Redução escalonada do IRPJ para empreendimentos industriais ou agrícolas instalados a partir
de 1º de janeiro de 1998 ou cujo projeto tenha sido aprovado ou protocolizado após 14 de
novembro de 1997 e até 23 de agosto de 2000. A redução será de: 75% a partir de 1º de
janeiro de 1998 até 31 de dezembro de 2003; 50%, a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de
dezembro de 2008; 25%, a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.

Lei nº 9.532/97, art. 3º, I, II, III e § 1º; Lei nº 9.808/99, art. 13.

51 SUDAM - Redução Escalonada Projeto Setor Prioritário 31/12/2013 não vigente ... ... ...
QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
Redução escalonada do IRPJ para os empreendimentos industriais ou agrícolas enquadrados
em setores da economia considerados, em ato do Poder Executivo, prioritários para o
desenvolvimento regional, mantidos em operação nas áreas de atuação da Sudam e da Sudene,
ou sediados na Zona Franca de Manaus, reconhecidos como de interesse para o
desenvolvimento da região. A redução será de: 37,5%, a partir de 1º de janeiro de 1998 até 31
de dezembro de 2003; 25%, a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008;
12,5%, a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.

Lei nº 9.532/97, art. 3 º, § 2º; MP nº 2.199-14/01, art. 2º.

52 SUDAM - Redução por Reinvestimento 31/12/2023 não vigente ... ... ...
Redução de 30% do IRPJ para os empreendimentos considerados, em ato do Poder Executivo,
prioritários para o desenvolvimento regional, que depositarem no Banco do Nordeste do Brasil
S/A, para reinvestimento, 30% do valor do imposto devido, exceto adicional, calculado sobre o
lucro da exploração, acrescido de 50% de recursos próprios, ficando, porém, a liberação desses
recursos condicionada à aprovação, pela SUDENE, dos respectivos projetos técnico-econômicos
de modernização ou complementação de equipamento.

Lei nº 8.167/91, art. 19; Lei nº 8.191/91, art. 4º; Lei nº 9.532/97, art. 2 º; MP nº 2.199-14/01,
art. 3º; Lei nº 12.715/2012, art. 69; Lei nº13.799/19, art. 1º; Decreto nº 9.682/19.

53 SUDENE - Isenção Projeto Industrial / Agrícola indeterminado 3.634.106 0,00 0,00 0,00
Isenção do IRPJ para empreendimento industrial ou agrícola que tenha sido instalado,
ampliado, modernizado ou diversificado, até 31 de dezembro de 1997 ou cujo projeto tenha
sido aprovado ou protocolizado até 14 de novembro de 1997.
Lei nº 9.532/97, art. 3º; Lei nº 9.808/99, art. 13.

54 SUDENE - Isenção Projeto Tecnologia Digital 31/12/2033 0 0,00 0,00 0,00


Isenção do IRPJ para fabricantes de máquinas, equipamentos, instrumentos e dispositivos,
baseados em tecnologia digital, voltados para o programa de inclusão digital, com projetos
aprovados na região da SUDAM e SUDENE. Aprovação até 31/12/2018 e uso por dez anos.

Lei nº 12.546/12, art. 11; MP nº 2.199-14/01, art. 1º, § 1-A; Lei nº 12.715/12, art. 69; Lei nº
12.995/14, art. 10.

55 SUDENE - Redução 75% Projeto Setor Prioritário 31/12/2033 9.223.266.432 0,07 0,33 2,21
Redução de 75% do IRPJ para empreendimentos, com projetos protocolizados e aprovados
após 23 de agosto de 2000, enquadrados em setores da economia considerados, em ato do
Poder Executivo, prioritários para o desenvolvimento regional. Aprovação até 31/12/2018 e
uso por dez anos.
MP nº 2.199-14/01, art. 1º; Lei nº 12.715/12, art. 69; Lei nº 12.995/14, art. 10; Lei nº
13.799/19, art. 1º; Decreto nº 9.682/19.

56 SUDENE - Redução Escalonada Projeto Industrial / Agrícola 31/12/2013 não vigente ... ... ...
Redução escalonada do IRPJ para empreendimentos industriais ou agrícolas instalados a partir
de 1º de janeiro de 1998 ou cujo projeto tenha sido aprovado ou protocolizado após 14 de
novembro de 1997 e até 23 de agosto de 2000. A redução será de: 75% a partir de 1º de
janeiro de 1998 até 31 de dezembro de 2003; 50%, a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de
dezembro de 2008; 25%, a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.

Lei nº 9.532/97, art. 3º, I, II, III e § 1º; Lei nº 9.808/99, art. 13.

57 SUDENE - Redução Escalonada Projeto Setor Prioritário 31/12/2013 não vigente ... ... ...
Redução escalonada do IRPJ para os empreendimentos industriais ou agrícolas enquadrados
em setores da economia considerados, em ato do Poder Executivo, prioritários para o
desenvolvimento regional, mantidos em operação nas áreas de atuação da Sudam e da Sudene,
ou sediados na Zona Franca de Manaus, reconhecidos como de interesse para o
desenvolvimento da região. A redução será de: 37,5%, a partir de 1º de janeiro de 1998 até 31
de dezembro de 2003; 25%, a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008;
12,5%, a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.

Lei nº 9.532/97, art. 3º, § 2º; MP nº 2.199-14/01, art. 2º.

58 SUDENE - Redução por Reinvestimento 31/12/2023 não vigente ... ... ...
Redução de 30% do IRPJ para os empreendimentos considerados, em ato do Poder Executivo,
prioritários para o desenvolvimento regional, que depositarem no Banco do Nordeste do Brasil
S/A, para reinvestimento, 30% do valor do imposto devido, exceto adicional, calculado sobre o
lucro da exploração, acrescido de 50% de recursos próprios, ficando, porém, a liberação desses
recursos condicionada à aprovação, pela SUDENE, dos respectivos projetos técnico-econômicos
de modernização ou complementação de equipamento.

Lei nº 8.167/91, art. 19; Lei nº 8.191/91, art. 4º; Lei nº 9.532/97, art. 2º; MP nº 2.199-14/01,
art. 3º; Lei nº 12.715/12, art. 69; Lei nº 13.799/19, art. 1º; Decreto nº 9.682/19.

59 TEF - Tributação Específica do Futebol indeterminado 200.590.621 0,00 0,01 0,05


Regime de tributação específico para as Sociedades Anônimas do Futebol que unifica o
recolhimento do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e Contribuição Previdenciária (artigos I, II e III do caput
e no §6º do art. 22 da Lei n° 8.212/91). O regime consiste na tributação das receitas mensais
com a aplicação de uma alíquota de 5%, nos 5 primeiros anos-calendário da constituição da
sociedade, e de 4%, a partir do 6º ano calendário.
Lei n° 14.193/2021 , atrs. 31 e 32.

60 TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Informação e da Comunicação indeterminado 839.400 0,00 0,00 0,00
Exclusão do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real, dos custos e despesas com
capacitação de pessoal que atua no desenvolvimento de programas de computador (software)
das empresas dos setores de tecnologia de informação - TI e de tecnologia da informação e da
comunicação – TIC, sem prejuízo da dedução normal.
Lei nº 11.908/09, art. 11; Lei nº 11.774/08, art. 13-A.

61 Vale-Cultura 31/12/2016 não vigente ... ... ...


Dedução do IRPJ devido do valor despendido a título de aquisição do vale-cultura pela pessoa
jurídica beneficiária tributada com base no lucro real. A dedução é limitada a 1% do IR Devido.
Adicional não dedutível. Dedução como despesa operacional do valor despendido a título de
aquisição do vale-cultura para fins de apuração do imposto sobre a renda.

Lei nº 12.761/12, art. 10.


QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ

TOTAL 92.796.501.109 0,75 3,35 22,22


QUADRO XIV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - IRRF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRRF
1 Academia Brasileira de Letras - ABL indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 2º; Lei nº 9532/97, art. 15.

2 Associação Brasileira de Imprensa - ABI indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 2º; Lei nº 9532/97, art. 15.

3 Associações de Poupança e Empréstimo indeterminado 20.350.044 0,00 0,00 0,01


Redução da base de cálculo do imposto. As associações pagarão o imposto devido,
correspondente aos rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, à
alíquota de 15%, calculado sobre 28% do valor dos referidos rendimentos e ganhos líquidos.

Lei nº 9.430/96, art. 57.

4 Atividade Audiovisual indeterminado 180.239.551 0,00 0,01 0,09


Redução de 70% do imposto de renda retido na fonte sobre as importâncias pagas, creditadas,
empregadas, remetidas ou entregues aos produtores, distribuidores ou intermediários no
exterior, como rendimentos decorrentes da exploração de obras audiovisuais estrangeiras em
todo território nacional, ou por sua aquisição ou importação a preço fixo, desde que invistam
no desenvolvimento de projetos de produção de obras cinematográficas brasileiras de longa-
metragem de produção independente, e na coprodução de telefilmes e minisséries brasileiros
de produção independente e de obras cinematográficas brasileiras de produção independente.
Redução de 70% do imposto de renda retido na fonte sobre o crédito, emprego, remessa,
entrega ou pagamento pela aquisição ou remuneração, a qualquer título, de direitos, relativos
à transmissão, por meio de radiodifusão de sons e imagens e serviço de comunicação
eletrônica de massa por assinatura, de quaisquer obras audiovisuais ou eventos, mesmo os de
competições desportivas das quais faça parte representação brasileira, desde que invistam no
desenvolvimento de projetos de produção de obras cinematográficas brasileira de longa-
metragem de produção independente e na coprodução de obras cinematográficas e
videofonográficas brasileiras de produção independente de curta, média e longas-metragens,
documentários, telefilmes e minisséries.

Lei nº 8.685/93, arts. 3º e 3º-A; Decreto-Lei nº 1.089/70; Lei nº 9.430/96, art. 72.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
5 Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção do IRRF para Fifa e a Subsidiária Fifa no Brasil em relação aos fatos geradores
decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização dos
Eventos.
Lei nº 12.350/10, art. 7º, I, a; art. 8º, I, b.

Debêntures de sociedades de propósito específico para investimento na área de


6 infraestrutura indeterminado 304.085.970 0,00 0,01 0,15
Os rendimentos auferidos por pessoa física ficam sujeitos à incidência do imposto sobre a
renda, exclusivamente na fonte à alíquota zero. Emissão até 31/12/2030.
Lei nº 12.431/11, art. 2º, § 1º e 3º; Lei nº 13.043/14, art. 20.

Debêntures de sociedades de propósito específico para investimento na Produção Econômica


7 Intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
Os rendimentos auferidos por pessoa física ficam sujeitos à incidência do imposto sobre a
renda, exclusivamente na fonte à alíquota zero. Emissão até 31/12/2030.
Lei nº 12.431/11, art. 2º, § 1º e 3º; Lei nº 13.043/14, art. 20.

8 FIP-IE - Fundo de Investimento em Participações em Infra-Estrutura indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Os rendimentos distribuídos à pessoa física ficam isentos do imposto de renda na fonte e na
declaração de ajuste anual das pessoas físicas. Áreas de energia, transporte, água e
saneamento básico, irrigação e outros considerados prioritários pelo poder executivo.
Lei nº 11.478/07, art. 2º, §3º; Lei nº 12.431/11, art. 4º.

FIP-PD&I - Fundo de Investimento em Participação na Produção Econômica Intensiva em indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
9
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e Debêntures
Os rendimentos distribuídos à pessoa física ficam isentos do imposto de renda na fonte e na
declaração de ajuste anual das pessoas físicas.
Lei nº 11.478/07, art. 2º, §3º; Lei nº 12.431/11, art. 4º.

10 Inovação Tecnológica indeterminado 3.339.279 0,00 0,00 0,00


Redução a zero da alíquota do imposto de renda retido na fonte nas remessas efetuadas para
o exterior destinadas ao registro e manutenção de marcas, patentes e cultivares.
Lei nº 11.196/05, art. 17, inciso VI.

Crédito de IRRF sobre os valores pagos, remetidos ou creditados a beneficiários residentes ou 27/07/2010 não vigente ... ... ...
domiciliados no exterior, a título de royalties, de assistência técnica ou científica e de serviços
especializados. Revogado pela Lei 12.350/10, art. 63, I.
Lei nº 11.196/05, art. 17, inciso V, § 5º.

11 Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 2º; Lei nº 9532/1997, art. 15.

12 Leasing de Aeronaves 31/12/2026 343.773.329 0,00 0,01 0,17


QUADRO XIV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - IRRF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRRF
Redução a zero da alíquota do imposto de renda retido na fonte incidentesobre crédito,
entrega, emprego ou remessa, por fonte situada no País, a pessoa jurídica domiciliada no
exterior, a título de contraprestação de contrato de arrendamento mercantil de aeronave ou
dos motores a ela destinados, celebrado por empresa de transporte aéreo público regular, de
passageiros ou de cargas, até 31 de dezembro de 2023. Redução para 1% em 2024, 2% em
2025 e 3% em 2026. A MPV 1049 que dispõe sobre redução de alíquotas de 01/01/22 a
31/12/24 ainda está em tramitação.
Lei nº 11.371/06, art. 16; Lei nº 9.481/97, art. 1º, V; Lei nº 13.043/14, art. 89, Lei 14.002/20,
MP 1094/21 e Lei 14.355/22.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
13
de 2016
Isenção do IRRF incidente sobre os rendimentos pagos, creditados, entregues, empregados ou
remetidos, em espécie, pelo CIO, por Empresas vinculadas, ou pelo RIO 2016, ou recebidos por
esses sujeitos, em relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e
diretamente vinculadas à organização ou realização dos Eventos.
Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

14 Poupança indeterminado 12.923.984.358 0,10 0,47 6,39


Isenção do imposto de renda sobre os os rendimentos auferidos por pessoa física em contas de
depósitos de poupança
Lei nº 8.981/95, art. 68, III.

15 Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros indeterminado 11.574.758 0,00 0,00 0,01


Redução a zero da alíquota do IRRF incidente sobre valores pagos, creditados, entregues,
empregados ou remetidos para o exterior, em decorrência de despesas com pesquisas de
mercado, aluguéis e arrendamentos de stands e locais para exposições, feiras e conclaves
semelhantes, promoção e propaganda no eventos, para produtos e serviços brasileiros e para
promoção de destinos turísticos brasileiros e por órgãos do Poder Executivo Federal, relativos à
contratação de serviços destinados à promoção do Brasil no exterior. Redução a zero da
alíquota do IRRF sobre remessas, para o exterior, destinadas ao pagamento de despesas com
pesquisa de mercado para produtos brasileiros de exportação, participação em exposições,
feiras e eventos, aluguéis e arrendamentos de estandes e locais de exposição, propaganda nos
eventos, vinculadas à promoção de produtos brasileiros.
Lei nº 9.481/97, art. 1º, III; Decreto nº 6.761/09; MP nº 2.159/01, art. 9º.

16 Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio indeterminado 6.705.425.723 0,05 0,24 3,32
Isenção de IRPF sobre rendimentos de letras hipotecárias, letras de crédito do agronegócio e
imobiliário (LCA e LCI) e certificados de recebíveis do agronegócio e imobiliários (CRA e CRI).

Lei nº 13.097/15, art. 90, I; Lei nº 11.033/2004, art. 3º, II a V.

TOTAL 20.492.773.012 0,17 0,74 10,14


QUADRO XV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - OPERAÇÕES INTERNAS - IPI-INTERNO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI
1 Áreas de Livre Comércio 31/12/2050 615.862.994 0,00 0,02 1,33
Tabatinga-AM, Guajará-Mirim-RO, Pacaraima e Bonfim-RR , Macapá/Santana-AP e Brasiléia e
Cruzeiro do Sul-AC. Isenção do imposto na entrada de produtos nacionais ou nacionalizados,
quando destinados a consumo beneficiamento, estocagem ou industrialização com exceção de
armas e munições, veículos de passageiros, bebidas alcoólicas, produtos de perfumaria e
toucador , fumo e derivados. Isenção do imposto incidente sobre os produtos industrializados
nas Áreas de Livre Comércio, destinados a consumo interno ou comercialização para outros
pontos do território nacional, desde que os produtos tenham em sua composição final
preponderância de matérias-primas de origem regional, provenientes dos segmentos animal,
vegetal, mineral, exceto os minérios do Capítulo 26 da Nomenclatura Comum do Mercosul -
NCM, ou agrossilvopastoril, observada a legislação ambiental pertinente e conforme definido
em regulamento.
Lei nº 7.965/89, arts. 4º, 6º e 13; Lei nº 8.210/91, arts. 6º e 13; Lei nº 8.256/91, arts. 7º e 14;
Lei nº 8.387/91, art. 11, § 2º; Lei nº 8.857/94, art. 7º; Lei nº 8.981/95, arts. 108, 109 e 110; Lei
nº 13.023/14, art. 3º; Lei nº 11.898/09; Decreto nº 8.597/15.

2 Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 31/12/2026 1.368.311.931 0,01 0,05 2,96


Isenção do IPI na aquisição de automóveis por pessoas portadoras de deficiência física, visual,
mental severa ou profunda, ou autistas.
Lei nº 8.989/95; Lei nº 12.767/12, art. 29; Lei nº 13.146/2015, art. 126, Lei 14.183/21 e Lei
14.287/21

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
3
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção de IPI para os produtos nacionais adquiridos pela Fifa, por Subsidiária Fifa no Brasil e
pela Emissora Fonte da Fifa, diretamente de estabelecimento industrial fabricante, para uso ou
consumo na organização e realização dos Eventos.

Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

4 Embarcações indeterminado 12.668.799 0,00 0,00 0,03


Suspensão da incidência de IPI na aquisição, realizada por estaleiros navais brasileiros, de
materiais e equipamentos, incluindo partes, peças e componentes, destinados ao emprego na
construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações pré-registradas
ou registradas no REB. A suspensão converte-se em alíquota 0 (zero) após a incorporação ou
utilização dos bens adquiridos.
Lei nº 9.493/97, art. 10; Lei nº 11.774/08, art. 15; Decreto nº 6.704/08.

5 Equipamentos Desportivos 31/12/2015 não vigente ... ... ...


Isenção do IPI incidente sobre equipamentos e materiais destinados, exclusivamente, ao
treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para competições desportivas em
jogos olímpicos, paraolímpicos, pan-americanos, parapan-americanos, nacionais e mundiais.

Lei nº 10.451/02, arts. 8º a 13; Lei nº 11.827/08, art. 5º; Lei nº 12.649/12, art. 9º.

6 Informática e Automação 31/03/2020 não vigente ... ... ...


As empresas de desenvolvimento ou produção de bens e serviços de informática e automação
farão jus aos benefícios de isenção/redução do imposto: de 80% até 2024; 75% até 2026; 70%
até 2029. Para os bens de informática e automação produzidos nas regiões Centro-Oeste,
Sudam e Sudene - isenção/redução do imposto: de 95% até 2024; 90% até 2026; 85% até 2029.
Para microcomputadores portáteis - isenção/redução do imposto: de 95% até 2024; 90% até
2026; 70% até 2029. Para microcomputadores portáteis produzidos nas regiões Centro-Oeste,
Sudam e Sudene - isenção/redução do imposto: isenção até 2024; 95% até 2026; 85% 2029.
Para os bens de informática e automação desenvolvidos no país - isenção/redução do imposto:
de 100% até 2024; 95% até 2026; 90% 2029. Para os bens de informática e automação
desenvolvidos no país e produzidos nas regiões Centro-Oeste, Sudam e Sudene -
isenção/redução do imposto: isenção até 2024; 95% até 2026; 85% 2029.

Lei nº 8.248/91, art. 4º; Lei nº 10.176/01, art. 11; Lei nº 11.077/04, Lei nº 13.023/14; Decreto
nº 5.906/06.

7 Inovação Tecnológica indeterminado 52.982 0,00 0,00 0,00


Redução de 50% do IPI sobre equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos, bem como
os acessórios sobressalentes e ferramentas que acompanhem esses bens, destinados à
pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico.
Lei nº 11.196/05, art. 17; Decreto nº 5.798/06.

Inovar-Auto - Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia 31/12/2017 não vigente ... ... ...
8
Produtiva de Veículos Automotores
Crédito Presumido de IPI para as empresas habilitadas, relativo aos dispêndios em pesquisa;
desenvolvimento tecnológico; inovação tecnológica; recolhimentos FNDCT; capacitação de
fornecedores; engenharia e tecnologia industrial básica. Limitado a 2,75% da receita bruta total
de venda de bens e serviços.
Lei nº 12.715/12, arts. 40 a 44; Decreto nº 7.819/12.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
9
de 2016
Isenção de IPI para os produtos nacionais adquiridos diretamente de estabelecimento
industrial fabricante, para uso ou consumo na organização ou realização dos Eventos.
Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores 31/12/2026 0 0,00 0,00 0,00
10

Redução a zero das alíquotas do IPI na importação ou compra no mercado interno de


máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, softwares e insumos para incorporação ao
ativo imobilizado.
Lei nº 11.484/07, arts. 1º a 11; Lei n° 13.169/15, Lei 14.302/22 e Decreto 10.615/21

PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
11
para a TV Digital
Redução a zero das alíquotas do IPI, na importação ou venda no mercado interno de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação ao ativo imobilizado,
softwares e insumos. Redução a zero das alíquotas do IPI nas vendas dos equipamentos
transmissores efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do PATVD.
Lei nº 11.484/07, art. 12 ao 22 e 66.

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
12
QUADRO XV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - OPERAÇÕES INTERNAS - IPI-INTERNO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI
Suspensão do IPI incidente na aquisição no mercado interno de matérias-primas, e produtos
intermediários destinados à fabricação dos equipamentos. A suspensão converte-se em
alíquota zero após a incorporação ou utilização dos bens nos equipamentos. Isenção de IPI na
venda dos equipamentos de informática por pessoa jurídica beneficiária do REICOMP para
escolas.
Lei nº 12.249/10, art. 6 a 14 e 139; Lei nº 12.715/12, art. 15 a 23 e 78.

RECINE - Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição 31/12/2024 não vigente ... ... ...
13 Cinematográfica
Suspensão da exigência do IPI incidente nas aquisições no mercado interno de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação no ativo permanente e
utilização em complexos de exibição ou cinemas itinerantes, bem como de materiais para sua
construção. A suspensão converte-se em isenção após incorporação no ativo permanente e
utilização do bem ou material de construção no complexo de exibição cinematográfica.

Lei nº 12.599/12, arts.12 a 14; Decreto nº 7.729/12; Lei nº 13.594/18; Lei nº 14.044/2020.

RECOPA - Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou


14 Modernização de Estádios de Futebol 30/06/2014 não vigente ... ... ...
Suspensão do IPI incidente sobre a aquisição de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação no estádio
de futebol da pessoa jurídica beneficiária do RECOPA. A suspensão converte-se em alíquota
zero após a utilização ou incorporação do bem.
Lei nº 12.350/10, arts. 17 a 21.

REIF - Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria de


15 Fertilizantes
20/09/2017 não vigente ... ... ...
Suspensão do IPI incidente na saída do estabelecimento industrial ou equiparado de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização
ou incorporação no projeto aprovado.
Lei nº 12.794/13, arts. 5º a 11.

RENUCLEAR - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares 31/12/2020 não vigente ... ... ...
16

Suspensão do IPI na venda no mercado interno de máquinas, aparelhos, instrumentos e


equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação em obras
de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado, quando a aquisição for efetuada por pessoa
jurídica beneficiária do RENUCLEAR. A suspensão converte-se em isenção após a utilização ou
incorporação do bem ou material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.431/11, arts. 14 a 17.

REPENEC - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da 30/06/2016 não vigente ... ... ...
17 Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
Suspensão do IPI interno incidente na aquisição no mercado interno de máquinas, aparelhos,
instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou
incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado de pessoa jurídica
beneficiária do REPENEC. As suspensões convertem-se em alíquota zero após a utilização ou
incorporação do bem ou material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.249/10, arts. 1º a 5º.

REPNBL-Redes - Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para


18 Implantação de Redes de Telecomunicações 31/12/2016 não vigente ... ... ...
Suspensão do IPI sobre venda no mercado interno de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos novos e de materiais de construção para utilização ou incorporação nas obras
civis dos projetos aprovados para implantação, ampliação ou modernização de redes de
telecomunicações que suportam acesso à Internet em banda larga. A suspensão converte-se
em alíquota zero após a incorporação do bem.

Lei nº 12.715/12, arts. 28 a 33.

REPORTO - Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura


19 Portuária
31/12/2023 não vigente ... ... ...
Suspensão do IPI sobre aquisições no mercado interno de máquinas, equipamentos, peças de
reposição e outros bens importados pelos beneficiários do REPORTO e destinados ao seu ativo
imobilizado para utilização exclusiva na execução de serviços de: carga, descarga,
armazenagem e movimentação de mercadorias e produtos; sistemas suplementares de apoio
operacional; proteção ambiental; sistemas de segurança e de monitoramento de fluxo de
pessoas, mercadorias, produtos, veículos e embarcações; dragagens; e treinamento e formação
de trabalhadores, inclusive na implantação de Centros de Treinamento Profissional. São
beneficiários do REPORTO o operador portuário, o concessionário de porto organizado, o
arrendatário de instalação portuária de uso público e a empresa autorizada a explorar
instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo, inclusive aquelas que operam com
embarcações de offshore, o concessionário de transporte ferroviário, empresas de dragagem,
recintos alfandegados de zona secundária e dos Centros de Treinamento Profissional. A
suspensão converte-se em isenção após o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data
da ocorrência do respectivo fato gerador.

Lei nº 11.033/04, arts. 13 a 16, em específico: art. 14; Decreto nº 6.582/08; Lei nº 11.774/08,
art. 5º; Lei nº 12.715/12, art. 39; Lei nº 12.688/12, art. 30; Lei n° 13.169, art. 7°, Lei 14.301/22.

20 Resíduos Sólidos 31/12/2018 não vigente ... ... ...


Crédito presumido do IPI para os estabelecimentos industriais na aquisição de resíduos sólidos
utilizados como matérias-primas ou produtos intermediários na fabricação de seus produtos.

Lei nº 12.375/10, art. 5º; Lei nº 13.097/15, art. 7º; Decreto nº 7.619/2011.

RETAERO - Regime Especial de Incentivos Tributários para a Indústria Aeroespacial Brasileira 11/06/2020 não vigente ... ... ...
21

Suspensão de IPI incidente na venda no mercado interno de partes, peças, ferramentas,


componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas a serem
empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização dos produtos classificados na posição 88.02 da NCM. A suspensão converte-se
em alíquota zero após o emprego, utilização ou incorporação dos referidos bens.

Lei nº 12.249/10, arts. 29 a 33; Lei nº 12.598/12, art. 16.


QUADRO XV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - OPERAÇÕES INTERNAS - IPI-INTERNO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI
22 RETID - Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa 22/03/2032 15.820.167 0,00 0,00 0,03
Suspensão do IPI incidente na aquisição no mercado interno de partes, peças, ferramentas,
componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas a serem
empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização de bens de defesa nacional, quando a aquisição for efetuada por
estabelecimento industrial de pessoa jurídica beneficiária do RETID. Conversão em alíquota
zero após o emprego ou utilização dos bens. Isenção de IPI incidente sobre os bens de defesa
nacional, definidos em ato do Poder Executivo, saídos do estabelecimento industrial ou
equiparado de pessoa jurídica beneficiária do RETID, quando adquiridos pela União, para uso
privativo das Forças Armadas, exceto para uso pessoal e administrativo.

Lei nº 12.598/12, arts. 7º a 11; Decreto nº 8.122/2013.

23 Rota 2030 31/12/2027 3.336.902.600 0,03 0,12 7,22


Redução das alíquotas do IPI para veículos novos produzidos no País e para a importação de
veículos novos classificados nos códigos 87.01 a 87.06 da Tabela TIPI em:
I - até 2% para os veículos que atenderem a requisitos específicos de eficiência energética; e
II - até 1%para os veículos que atenderem a requisitos específicos de desempenho estrutural
associado a tecnologias assistivas à direção.
O somatório das reduções fica limitado

MP nº 843/18, art. 2°; Lei nº 13.755/18, art. 2; Decreto nº 9.557/18, art.42.

24 Setor Automotivo - Empreendimento industriais Norte, Nordeste, Centro-Oeste 31/12/2015 não vigente ... ... ...
As empresas montadoras e fabricantes de veículos automotores, instaladas nas regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, poderão apurar crédito presumido do IPI como ressarcimento do
PIS/PASEP e da COFINS, no montante do valor das contribuições devidas, em cada mês,
decorrente das vendas no mercado interno, multiplicado por: 2 no período de 1º de janeiro a
31 de dezembro de 2011; 1,9 no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2012; 1,8 no
período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2013; 1,7 no período de 1º de janeiro a 31 de
dezembro de 2014; e 1,5 no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2015.
Empreendimentos habilitados até 31 de maio de 1997.
Lei nº 9.440/97, art. 11-A; Lei nº 12.218/10; Decreto nº 7.422/10.

25 Setor Automotivo - Empreendimento industriais Sudam, Sudene, Centro-Oeste 31/12/2025 468.175.879 0,00 0,02 1,01
Os empreendimentos industriais instalados nas áreas de atuação da Sudam, Sudene e na
região Centro-Oeste, exceto no Distrito Federal, farão jus a crédito presumido de 32% do IPI
incidente nas saídas dos produtos classificados nas posições 8702 a 8704 da TIPI. Projetos
apresentados até 31/10/1999.
Lei nº 9.826/99; Lei nº 12.218/10; Lei nº 12.973/14; Lei nº 13.043/14; Lei nº 14.076/20; Decreto
nº 7.422/10.

Setor Automotivo - Novos Projetos empreendimento industriais Norte, Nordeste, Centro- 31/12/2025 7.190.638.217 0,06 0,26 15,55
26
Oeste
As empresas montadoras e fabricantes de veículos automotores, instaladas nas regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, habilitadas até 31/05/1997, farão jus a crédito presumido do IPI
como ressarcimento do PIS/PASEP e da COFINS, desde que apresentem projetos que
contemplem novos investimentos e a pesquisa para o desenvolvimento de novos produtos ou
novos modelos de produtos já existentes, até o dia 30 de junho de 2020. O crédito presumido
será equivalente ao resultado da aplicação das alíquotas previstas no art. 1º da Lei 10.485/02,
sobre o valor das vendas no mercado interno, em cada mês, dos produtos dos projetos,
multiplicado por: 1,25 até 0 12º mês; 1,0 do 13º ao 48º mês e 0,75 do 49º ao 60º mês.

Lei nº 12.407/11; Lei nº 13.755/18; Decreto nº 10.457/2020.

Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 3.416.164.173 0,03 0,12 7,39
27
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/14.

28 TAXI - Transporte Autonômo de Passageiros 31/12/2026 303.795.807 0,00 0,01 0,66


Isenção do IPI na aquisição de automóveis destinados ao transporte autônomo de passageiros
(TAXI).
Lei nº 8.989/95; Lei nº 12.767/12, art. 29; Lei nº 13.146/2015, art. 126, Lei 14.183/21 e Lei
14.287/21

29 Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental 05/10/2073 20.059.793.426 0,16 0,72 43,38
Isenção do imposto para todas as mercadorias produzidas na ZFM, quer se destinem ao seu
consumo interno, quer à comercialização em qualquer ponto do território nacional, com
exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros, produtos
de perfumaria e cosméticos. Equivalência a uma exportação brasileira para o estrangeiro na
remessa de mercadorias de origem nacional para consumo, ou industrialização na ZFM, ou
reexportação para o estrangeiro, ou ainda para serem remetidas à Amazônia Ocidental.
Isenção do imposto para os produtos elaborados com matérias-primas agrícolas e extrativas
vegetais de produção regional, exclusive a de origem pecuária, por estabelecimentos
localizados na Amazônia Ocidental.
Decreto-Lei nº 288/67, arts. 4º, 9º, § 1º; Lei nº 8.387/91, art. 1º; Constituição Federal do Brasil,
ADCT, arts. 40, 92 e 92-A; Decreto-Lei nº 356/68, art. 1º; Decreto nº 1.435/75, art. 6º.

TOTAL 36.788.186.976 0,30 1,33 79,56


QUADRO XVI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - VINCULADO À IMPORTAÇÃO - IPI-VINCULADO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI-V
1 Áreas de Livre Comércio 31/12/2050 19.302.744 0,00 0,00 0,05
Tabatinga-AM, Guajará-Mirim-RO, Pacaraima e Bonfim-RR , Macapá/Santana-AP e Brasiléia e
Cruzeiro do Sul-AC. Isenção do imposto na entrada de mercadorias estrangeiras, quando
destinadas a consumo e venda internos, beneficiamento de pescado, recursos minerais e
matérias-primas agrícolas ou florestais, agricultura e piscicultura, a turismo, a estocagem para
exportação, para construção e reparos navais e para internação como bagagem acompanhada,
com exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros,
produtos de perfumaria e cosméticos.
Lei nº 7.965/89, art. 3º; Lei nº 8.210/91, art. 4º; Lei nº 8.256/91, arts. 4º e 14; Lei nº 8.387/91,
art. 11, § 2º; Lei nº 9.065/95, art. 19; Lei nº 13.023/14, art. 3º.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
2 Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção do IPI-Vinculado incidente nas importações de bens ou mercadorias para uso ou
consumo exclusivo na organização e realização dos Eventos da Copa do Mundo
Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16, em específico art 3º, §1º, I.

Embarcações e Aeronaves indeterminado 374.391.883 0,00 0,01 1,03


3
Isenção do imposto incidente sobre a importação de partes, peças e componentes destinados
ao reparo, revisão e manutenção de embarcações e aeronaves. Isenção do Imposto sobre
Importação - II e do IPI incidente sobre a importação de partes, peças e componentes
destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de
embarcações registradas no REB, desde que realizadas em estaleiros navais brasileiros.

Lei nº 8.032/90, art. 2º, II, j e art. 3º, I; Lei nº 8.402/92, art. 1º, IV; Lei nº 9.493/97, art. 11.

4 Equipamentos Desportivos 31/12/2015 não vigente ... ... ...


Isenção do IPI-Vinculado incidente na importação de equipamentos e materiais destinados,
exclusivamente, ao treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para
competições desportivas em jogos olímpicos, paraolímpicos, pan-americanos, parapan-
americanos, nacionais e mundiais.
Lei nº 10.451/02, arts. 8º a 13, em específico: art. 8º; Lei nº 11.827/08, art. 5º; Lei nº
12.649/12, art. 9º.

5 Evento Esportivo, Cultural e Científico indeterminado 1.025.173 0,00 0,00 0,00


Isenção do IPI-Vinculado incidente na importação de troféus, medalhas, placas, estatuetas,
distintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em evento cultural,
científico ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos gratuitamente
como premiação em evento esportivo realizado no País; bens dos tipos e em quantidades
normalmente consumidos em evento esportivo oficial; material promocional, impressos,
folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou
utilizados em evento esportivo oficial; bens importados por desportistas, desde que tenham
sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de
prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento.

Lei nº 11.488/07, art. 38.

6 Máquinas e Equipamentos - CNPq indeterminado 59.717.178 0,00 0,00 0,16


Isenção do imposto nas importações de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos,
bem como suas partes e peças de reposição, destinados à pesquisa científica e tecnológica.
Isenção do imposto para importações autorizadas pelo CNPq.
Lei nº 8.010/90, art. 1º; Lei nº 8.032/90, art. 2º, I, e e f, art. 3º, I; Lei nº 10.964/04, arts. 1º e 3º;
Lei nº 13.243/16, arts. 8º e 9º.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
7
de 2016
Isenção do IPI-Vinculadao incidente nas importações de bens ou mercadorias para uso ou
consumo exclusivo na organização e realização dos Jogos.
Lei nº 12.780/13, art. 4º, §1º, I; Decreto n° 8.463/15, art. 7º, § 1º, I.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores 31/12/2026 61.950 0,00 0,00 0,00
8

Redução a zero das alíquotas do IPI-vinculado, incidente na importação efetuada por pessoa
jurídica beneficiária do PADIS, de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, softwares
e insumos para incorporação ao ativo imobilizado.
Lei nº 11.484/07, arts. 1º a 11, 64 e 65, em específico: art. 3º, III, art. 4º , II, art. 5º ; Lei nº
13.159/15; Lei n° 13.169/15, art. 12, Lei 14.302/22 e Decreto 10.615/21

PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
9
para a TV Digital
Redução a zero das alíquotas do IPI-vinculado, incidente na importação efetuada por pessoa
jurídica beneficiária do PATVD de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos,
softwares e insumos para incorporação ao ativo imobilizado.
Lei nº 11.484/07, arts. 12 a 22 e 66, em específico: art. 14, III, art. 15, II .

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
10

Suspensão do IPI-Vinculado incidente na importação de matérias-primas e produtos


intermediários destinados à fabricação dos equipamentos. A suspensão converte-se em
alíquota zero após a incorporação ou utilização dos bens nos equipamentos.
Lei nº 12.249/10, arts. 6 a 14 e 139, em específico: art. 9º, III; Lei nº 12.715/12, arts. 15 a 23 e
78, em específico: art. 18, III .

RECINE - Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição 31/12/2024 não vigente ... ... ...
11
Cinematográfica
Suspensão do IPI-Vinculado incidente na importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, para incorporação no ativo permanente e utilização em complexos de
exibição ou cinemas itinerantes, bem como de materiais para sua construção. A suspensão do
Imposto de Importação aplica-se somente a produtos sem similar nacional. A suspensão
converte-se em isenção após incorporação no ativo permanente e utilização do bem ou
material de construção no complexo de exibição cinematográfica. As máquinas, aparelhos,
instrumentos, equipamentos e materiais de construção com o tratamento tributário de que
trata o caput deste artigo serão relacionados em regulamento.

Lei nº 12.599/12, arts.12 a 14; Decreto nº 7.729/12; Lei nº 13.594/18; Lei nº 14.044/2020.
QUADRO XVI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - VINCULADO À IMPORTAÇÃO - IPI-VINCULADO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI-V
RECOPA - Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou 30/06/2014 não vigente ... ... ...
12 Modernização de Estádios de Futebol
Suspensão do IPI-Vinculado incidente sobre a importação de máquinas, aparelhos,
instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou
incorporação no estádio de futebol da pessoa jurídica beneficiária do RECOPA. A suspensão
converte-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do bem.
Lei nº 12.350/10, arts. 17 a 21, em específico: art. 19, IV.

REIF - Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria de


13 Fertilizantes 20/09/2017 não vigente ... ... ...
Suspensão do IPI-V incidente sobre a importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação no projeto
aprovado.
Lei nº 12.794/13, arts. 5º a 11, em específico: art. 8º, IV.

RENUCLEAR - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares 31/12/2020 não vigente ... ... ...
14

Suspensão do IPI-Vinculado nas importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e


equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação em obras
de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado, quando a importação for efetuada por
pessoa jurídica beneficiária do RENUCLEAR. A suspensão converte-se em isenção após a
utilização ou incorporação do bem ou material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.431/11, arts. 14 a 17, em específico: art. 16, II; Lei nº 13.043/14, art. 86.

REPENEC - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da 30/06/2016 não vigente ... ... ...
15 Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
Suspensão do IPI - Vinculado incidente na importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação em obras
de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado de pessoa jurídica beneficiária do REPENEC.
As suspensões convertem-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do bem ou
material de construção na obra de infraestrutura.
Lei nº 12.249/10, arts. 1º a 5º, em específico: art. 3º, IV.

REPORTO - Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura


16 Portuária 31/12/2023 não vigente ... ... ...
Suspensão do IPI-Vinculado sobre importações de máquinas, equipamentos, peças de
reposição e outros bens importados pelos beneficiários do REPORTO e destinados ao seu ativo
imobilizado para utilização exclusiva na execução de serviços de: carga, descarga,
armazenagem e movimentação de mercadorias e produtos; sistemas suplementares de apoio
operacional; proteção ambiental; sistemas de segurança e de monitoramento de fluxo de
pessoas, mercadorias, produtos, veículos e embarcações; dragagens; e treinamento e formação
de trabalhadores, inclusive na implantação de Centros de Treinamento Profissional. São
beneficiários do REPORTO o operador portuário, o concessionário de porto organizado, o
arrendatário de instalação portuária de uso público e a empresa autorizada a explorar
instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo, inclusive aquelas que operam com
embarcações de offshore, o concessionário de transporte ferroviário, empresas de dragagem,
recintos alfandegados de zona secundária e dos Centros de Treinamento Profissional. A
suspensão converte-se em isenção após o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data
da ocorrência do respectivo fato gerador.

Lei nº 11.033/04, arts. 13 a 16, em específico: art. 14; Decreto nº 6.582/08; Lei nº 11.774/08,
art. 5º; Lei nº 12.715/12, art. 39; Lei nº 12.688/12, art. 30; Lei n° 13.169, art. 7°, Lei 14.301/22.

RETAERO - Regime Especial de Incentivos Tributários para a Indústria Aeroespacial Brasileira 11/06/2020 não vigente ... ... ...
17

Suspensão de IPI-vinculado incidente na importação de partes, peças, ferramentas,


componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas a serem
empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização dos produtos classificados na posição 88.02 da NCM. A suspensão converte-se
em alíquota zero após o emprego, utilização ou incorporação dos referidos bens.

Lei nº 12.249/10, arts. 29 a 33; Lei nº 12.598/12, art. 16.

18 RETID - Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa 22/03/2032 7.647.323 0,00 0,00 0,02
Suspensão do IPI-Vinculado incidente na importação de partes, peças, ferramentas,
componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas a serem
empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização de bens de defesa nacional, quando a aquisição for efetuada por
estabelecimento industrial de pessoa jurídica beneficiária do RETID. Conversão em alíquota
zero após o emprego ou utilização dos bens.

Lei nº 12.598/12, arts. 7º a 11, em específico: art. 9º, IV; Decreto nº 8.122/2013.

19 Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental 05/10/2073 6.242.828.735 0,05 0,23 17,24
Isenção do imposto na entrada de mercadorias na ZFM, destinadas a seu consumo interno,
industrialização em qualquer grau, inclusive beneficiamento, agropecuária, pesca, instalação e
a estocagem para reexportação, com exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas,
automóveis de passageiros, produtos de perfumaria e cosméticos.
Decreto-Lei nº 288/67, art. 3º, § 1º, art. 7º, II; Decreto-Lei nº 356/68, art. 1º; Decreto-Lei nº
2.434/88, art. 1º, II, c; Lei nº 8.032/90, art. 2º, II, d, art. 4º; Lei nº 8.387/91, art. 1º; Constituição
Federal do Brasil, ADCT, arts. 40, 92 e 92-A; Portaria Interministerial MIR/MCT/CICT/MC nº
272/93, art. 1º; Portaria Interministerial MDIC/MCTI nº 309/15, art. 1º; Portaria
Interministerial MDIC/MCTIC nº 50/18, art. 1º.

TOTAL 6.704.974.985 0,05 0,24 18,51


QUADRO XVII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS - IOF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IOF
1 Academia Brasileira de Letras - ABL indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 3º; Lei nº 8.894/94, art. 6-A.

2 Associação Brasileira de Imprensa - ABI indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 3º; Lei nº 8.894/94, art. 6-A.

3 Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência indeterminado 147.305.350 0,00 0,01 0,21


Isenção do imposto na operação de crédito para a aquisição de automóveis por pessoas
portadoras de deficiência física.
Lei nº 8.383/91, art. 72, IV; Decreto nº 6.306/07, art. 9º, VI.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
4
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção de IOF para Fifa, Subsidiária Fifa no Brasil e Prestadores de Serviços da Fifa,
estabelecidos no País sob a forma de sociedade com finalidade específica, em relação aos fatos
geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou
realização das Copas das Confederações (2013) e do Mundo (2014). Isenção do IOF sobre
operações de contrato de câmbio as pessoas físicas não residentes no País, empregadas ou de
outra forma contratadas para trabalhar na organização e realização dos Eventos, que
ingressarem no Brasil com visto temporário.

Lei nº 12.350/10, art. 7º, I, b, art. 8º, I, c, art. 9º, I, b, e art. 12.

5 Desenvolvimento Regional 31/12/2010 não vigente ... ... ...


Isenção do imposto nas operações de câmbio realizadas para pagamento de bens importados
aos empreendimentos que se implantarem, modernizarem, ampliarem no Nordeste e na
Amazônia e que sejam considerados de interesse para o desenvolvimento desta região.

Lei nº 9.808/99, art. 4º, II; MP nº 517/10; Lei nº 12.431/2011, art. 22.

6 Financiamentos Habitacionais indeterminado 7.711.677.994 0,06 0,28 10,88


Isenção do imposto para operação de crédito para fins habitacionais, inclusive a destinada à
infra-estrutura e saneamento básico relativos a programas ou projetos que tenham a mesma
finalidade.
Decreto-Lei nº 2.407/88; Decreto nº 6.306/07, art. 9º, I.

7 Fundos Constitucionais indeterminado 1.674.025.032 0,01 0,06 2,36


Isenção do imposto para a operação de crédito com recursos dos Fundos Constitucionais de
Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE), e do Centro-Oeste (FCO).
Lei nº 7.827/89, art. 8º; Decreto nº 6.306/07, art. 9º, III.

8 Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 3º; Lei nº 8.894/1994, art. 6-A.

9 Motocicletas indeterminado 291.963.876 0,00 0,01 0,41


Redução a zero da alíquota incidente na operação de crédito relativa a financiamento para
aquisição de motocicleta, motoneta e ciclomotor, em que o mutuário seja pessoa física.

Decreto nº 6.306/07, art. 8, XXVI; Decreto nº 9.017/17.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
10
de 2016
Isenção de IOF incidente sobre as operações de câmbio e seguro realizadas pelo CIO ou por
empresas a ele vinculadas, e sobre as operações de crédito, câmbio e seguro realizadas pelo
RIO 2016.
Lei nº 12.780/13, art. 8°, I, b, § 1º , art. 9º, I, c, § 1º e art. 10, I, c, § 1º; Decreto n° 8.463/15, art.
11, b, § 1º, art. 12, I, c, § 1º, art. 13, I, c, § 1º.

11 Seguro Rural indeterminado 753.967.394 0,01 0,03 1,06


Isenção irrestrita, de quaisquer impostos ou tributos federais, às operações de seguro rural.

Decreto-Lei nº 73/66, art. 19; Decreto nº 6.306/07, art. 23, III; Lei Complementar nº 137/10 ,
art. 22, III.

12 TAXI - Transporte Autonômo de Passageiros indeterminado 41.533.525 0,00 0,00 0,06


Isenção do imposto na operação de crédito para a aquisição de automóvel de passageiros, de
fabricação nacional, com até 127 HP de potência bruta (SAE), quando adquiridos por
motoristas profissionais ou cooperativas de trabalho que destinem o automóvel à utilização na
categoria de aluguel (taxi).
Lei nº 8.383/91, art. 72; Decreto nº 6.306/07, art. 9º, VI.

TOTAL 10.620.473.170 0,09 0,38 14,99


QUADRO XVIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL - ITR
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO ITR
1 ITR indeterminado 61.975.235 0,00 0,00 1,86
Isenção do ITR para o imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária,
caracterizado pelas autoridades competentes como assentamento, que, cumulativamente,
atenda aos seguintes requisitos: a) seja explorado por associação ou cooperativa de produção;
b) a fração ideal por família assentada não ultrapasse os limites estabelecidos; c) o assentado
não possua outro imóvel. Isenção do ITR para o conjunto de imóveis rurais de um mesmo
proprietário, cuja área total observe o limite de 30, 50 ou 100 ha, dependendo da localização
do imóvel, desde que, cumulativamente, o proprietário: a) o explore só ou com sua família,
admitida ajuda eventual de terceiros; b) não possua imóvel urbano. Isenção do ITR para
imóveis rurais oficialmente reconhecidos como áreas ocupadas por remanescentes de
comunidades de quilombos que estejam sob a ocupação direta e sejam explorados, individual
ou coletivamente, pelos membros destas comunidades.

Lei nº 9.393/96, art. 3º, I e II, art. 3º-A.

TOTAL 61.975.235 0,00 0,00 1,86


QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP
1 Academia Brasileira de Letras - ABL indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 4º; MP nº 2158-35/2001, art. 13-A.

2 Aerogeradores indeterminado 40.708.558 0,00 0,00 0,03


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre receita decorrente da venda no
mercado interno e importação de partes de aerogeradores (NCM 8503.00.90 EX01).

Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, XL e art. 28, XXXVII; Lei nº 13.097/15, art. 1º; Lei nº 13.169/15,
art. 15.

3 Agricultura e Agroindústria - crédito presumido indeterminado 644.765.035 0,01 0,02 0,53


Crédito presumido para agroindústria na compra de insumos de produtor pessoa física,
cooperativas, produtor pessoa jurídica.
Lei n° 10.925/04, art. 8°.

4 Agricultura e Agroindústria - Defensivos agropecuários indeterminado 1.178.990.978 0,01 0,04 0,96


Redução a zero das alíquotas do PIS e COFINS sobre importação ou venda no mercado interno
de defensivos agropecuários classificados na posição 38.08 da TIPI e suas matérias-primas.

Lei nº 10.925/04, art. 1º, inciso II.

5 Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica indeterminado 6.344.985.091 0,05 0,23 5,18
Redução a zero das alíquotas do PIS e COFINS sobre importação ou venda no mercado interno
de: adubos, fertilizantes e suas matérias-primas; sementes e mudas; corretivo de solo; feijão,
arroz, farinha de mandioca e batata-doce; inoculantes agrícolas; vacina veterinária; milho;
pintos de 1 (um) dia; leite, bebidas lácteas; queijos; soro de leite; farinha de trigo; trigo; pão;
produtos hortículas, frutas e ovos; sementes e embriões; acetona; massas alimentícias; carne
bovina, suína, ovina, caprina, ave, peixe; café; açúcar; óleo de soja; manteiga; margarina;
sabão; pasta de dente; fio dental; papel higiênico.

Lei nº 10.925/04, arts. 1º, 8º, 9º; Decreto nº 5.630/05; Lei nº 10.865/04, art. 28 e art. 8º § 12;
Lei nº 11.727/08, art. 25; Lei nº 12.839/13.

6 Água Mineral indeterminado 62.800.960 0,00 0,00 0,05


Redução a zero das alíquotas de PIS/COFINS sobre a receita de venda de águas minerais
comercializadas em recipientes com capacidade nominal inferior a 10 (dez) litros ou igual ou
superior a 10 (dez) litros classificadas no código 2201.10.00 Ex 01 e Ex 02 da Tipi.
Lei nº 12.715/12, art. 76.

7 Álcool 31/12/2016 não vigente ... ... ...


Crédito presumido de PIS/COFINS para as pessoas jurídicas importadora ou produtora de
álcool, inclusive pra fins carburantes.
Lei nº 12.859/13, arts. 1º a 4º, Decreto nº 7.997/13.

8 Associação Brasileira de Imprensa - ABI indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 4º; MP nº 2158-35/01, art. 13-A.

9 Biodiesel indeterminado 23.551.321 0,00 0,00 0,02


Redução das alíquotas do PIS/COFINS sobre a venda de biodiesel pela aplicação de coeficientes
de redução definidos pelo Poder Executivo. Crédito presumido de PIS/COFINS calculado sobre
o valor das matérias-primas adquiridas de pessoa física, de cooperado pessoa física, de pessoa
jurídica que exerça atividade agropecuária, de cooperativa de produção agropecuária ou de
cerealista e utilizados como insumo na produção de biodiesel. Suspensão do PIS/COFINS sobre
a venda de matéria-prima in natura de origem vegetal, destinada à produção de biodiesel.

Lei nº 11.116/05, arts. 1º a 13; Decreto nº 5.297/04, art. 4º.

10 Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos indeterminado 213.579.830 0,00 0,01 0,17


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação ou venda no mercado interno de
cadeiras de rodas classificados na posição 87.13; artigos e aparelhos ortopédicos ou para
fraturas classificados no código 90.21.10; artigos e aparelhos de próteses classificados no
código 90.21.3; almofadas antiescaras classificadas nos Capítulos 39, 40, 63 e 94, da NCM;
produtos classificados nos códigos 8443.32.22, 8469.00.39 Ex 01, 8714.20.00, 9021.40.00,
9021.90.82 e 9021.90.92, todos da Tipi; calculadoras equipadas com sintetizador de voz;
teclados e mouse com adaptações específicas para uso por pessoas com deficiência; linhas
braile classificadas; scanners equipados com sintetizador de voz; duplicadores braile;
acionadores de pressão; lupas eletrônicas; implantes cocleares; próteses oculares; aparelhos e
softwares de leitores de tela; neuroestimuladores para tremor essencial/Parkinson.

Lei nº 10.865/04, arts. 8º e 28.

11 Combustíveis 31/12/2023 não vigente ... ... ...


Redução das alíquotas da Contribuição para o Programa de Integração Social e o Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/Pasep e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - Cofins incidentes sobre operações realizadas com óleo
diesel, biodiesel, gás liquefeito de petróleo, álcool, querosene de aviação, gás natural veicular
e gasolina.
Decreto nº 10.638/2021; Lei Complementar nº 194/22; Medida Provisória nº 1.157/2023 e
Medida Provisória nº 1.163/2023.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
12
Copa do Mundo Fifa (2014)
QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP
Isenção de PIS/Cofins para Subsidiária Fifa no Brasil e Prestadores de Serviços da Fifa
(estabelecidos no País sob a forma de sociedade com finalidade específica) em relação aos
fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou
realização da Copa das Confederações e Copa do Mundo Fifa. Suspensão de PIS/Cofins sobre
vendas realizadas no mercado interno para a Fifa, para Subsidiária Fifa no Brasil ou para a
Emissora Fonte da Fifa, de mercadorias destinadas a uso ou consumo exclusivo na organização
e realização dos Eventos. A suspensão converter-se-á em isenção após comprovação da
utilização ou consumo do bem nas finalidades previstas na Lei. Isenção de PIS/Cofins-
Importação em relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente
vinculadas à organização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo a Fifa e sua
Subsidiária no Brasil.
Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

13 Creches e Pré-Escolas 31/12/2018 não vigente ... ... ...


Regime especial de tributação aplicável à construção ou reforma de estabelecimentos de
educação infantil. Pagamento unificado de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS equivalente a 1% (um por
cento) da receita mensal auferida pela construtora em virtude da realização da obra submetida
ao regime especial de tributação. Cabe ao PIS 0,09%.
Lei nº 12.715/12, arts. 24 a 27.

14 Embarcações e Aeronaves indeterminado 1.012.673.252 0,01 0,04 0,83


Isenção do PIS/Cofins sobre a receita auferida pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades
de construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações pré-
registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro - REB. Redução a zero das alíquotas
da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da
venda no mercado interno ou a importação de materiais e equipamentos, partes, peças e
componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização e conversão
de embarcações registradas ou pré-registradas no REB. Redução a zero das alíquotas do
PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a venda ou importação de aeronaves classificadas na
posição 88.02 da Tipi, suas partes, peças, ferramentais, componentes, insumos, fluidos
hidráulicos, tintas, anticorrosivos, lubrificantes, equipamentos, serviços e matérias-primas a
serem empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização das aeronaves, seus motores, partes, componentes, ferramentais e
equipamentos.

MP 2.158-35/01, art. 14, VI e § 1º; Lei 10.865/04, art. 8º, § 12, I, VI e VII, art. 28, IV e X; Lei nº
10.925/04, art. 6º; Lei nº 11.727/08, art. 26; Lei nº 13.137/15, art. 1º.

15 Entidades Filantrópicas indeterminado 745.324.128 0,01 0,03 0,61


Isenção da Contribuição Social para o PIS-PASEP para as entidades beneficentes de assistência
social.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 195, § 7º; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

16 Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial indeterminado 4.837.382 0,00 0,00 0,00
Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita decorrente da venda de
equipamentos ou materiais destinados a uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial,
quando adquiridos: I - pela União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, bem como pelas
suas autarquias e fundações; ou II - por entidades beneficentes de assistência social.

Lei nº 13.043/14, art. 70.

17 Evento Esportivo, Cultural e Científico indeterminado 37.133 0,00 0,00 0,00


Isenção do PIS/Cofins incidente na importação de troféus, medalhas, placas, estatuetas,
distintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em evento cultural,
científico ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos gratuitamente
como premiação em evento esportivo realizado no País; bens dos tipos e em quantidades
normalmente consumidos em evento esportivo oficial; material promocional, impressos,
folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou
utilizados em evento esportivo oficial; bens importados por desportistas, desde que tenham
sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de
prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento.

Lei nº 11.488/07, art. 38.

18 Gás Natural Liquefeito indeterminado 27.988.561 0,00 0,00 0,02


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação de Gás Natural Liquefeito - GNL.

Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, XVI.

19 Indústria Cinematográfica e Radiodifusão indeterminado 3.807.004 0,00 0,00 0,00


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação de máquinas, equipamentos,
aparelhos, instrumentos, suas partes e peças de reposição, e películas cinematográficas
virgens, sem similar nacional, destinados à indústria cinematográfica e audiovisual, e de
radiodifusão. Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na venda no mercado interno ou
importação de projetores para exibição cinematográfica, classificados no código 9007.2 da
NCM, e suas partes e acessórios, classificados no código 9007.9 da NCM.
Lei nº 10.865/04, art. 8º, §12, V, XXIII e art. 28, XXI.

20 Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 4º; MP nº 2158-35/01, art. 13-A.

21 Livros indeterminado 343.996.847 0,00 0,01 0,28


Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins incidentes sobre a importação e venda interna de
livros em geral.
Lei nº 11.033/04, art. 6º.

22 Máquinas e Equipamentos - CNPq indeterminado 43.840.594 0,00 0,00 0,04


Isenção do PIS/Cofins nas importações de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos,
bem como suas partes e peças de reposição, destinados à pesquisa científica e tecnológica.

Lei nº 8.010/90; Lei nº 10.865/04, art. 9º, II, h.

23 Medicamentos indeterminado 1.706.611.981 0,01 0,06 1,39


QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP
Crédito presumido de PIS/COFINS para as pessoas jurídicas que procedam à industrialização ou
à importação de medicamentos.
Lei nº 10.147/00.

24 Minha Casa, Minha Vida indeterminado 27.322.744 0,00 0,00 0,02


Redução para 1% da alíquota do regime especial de tributação (RET) incidente sobre as
receitas decorrentes dos projetos de incorporação de imóveis residenciais de interesse social,
no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, com valor comercial até limite estabelecido
em lei. Cabe ao PIS 0,09%.
Lei nº 10.931/04, art. 4º, § 6º; Lei nº 12.024/09, art. 2º, Lei nº 13.097/15, arts. 4º e 6º.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
25
de 2016
Isenção do PIS/Cofins incidente nas importações de bens, mercadorias ou serviços para uso ou
consumo exclusivo na organização e realização dos Jogos. Suspensão do PIS/Cofins incidente
sobre as vendas de mercadorias e a prestação de serviços para o CIO, empresa vinculada ao
CIO, Comitês Olímpicos Nacionais, federações desportivas internacionais, WADA, CAS,
entidades nacionais e regionais de administração de desporto olímpico, RIO 2016,
patrocinadores dos Jogos, prestadores de serviços do CIO, prestadores de serviços do RIO
2016, empresas de mídia e transmissores credenciados, adquiridos diretamente de pessoa
jurídica previamente licenciada ou nomeada pelo CIO ou pelo RIO 2016.

Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores 31/12/2026 2.491.996 0,00 0,00 0,00
26

Redução a zero das alíquotas do PIS/PASEP e COFINS na importação ou venda no mercado


interno de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, softwares e insumos para
incorporação ao ativo imobilizado.
Lei nº 11.484/07, arts. 1º a 11; Lei n° 13.169/15, Lei 14.302/22 e Decreto 10.615/21

27 Papel - Jornais e Periódicos 30/04/2016 não vigente ... ... ...


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da
venda no mercado interno e importação de papel destinado à impressão de jornais e à
impressão de periódicos.
Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, III e IV, art. 28, I e II; Lei nº 11.727/08, art. 18; Lei nº 12.649/12,
art. 3º.

28 PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
para a TV Digital
Redução a zero das alíquotas do PIS/PASEP e COFINS na importação ou venda no mercado
interno de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, softwares e insumos para
incorporação ao ativo imobilizado. Redução a zero as alíquotas da Contribuição para o
PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a venda da pessoa jurídica beneficiária do PATVD.

Lei nº 11.484/07, arts. 12 a 22 e 66.

29 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 04/05/2026 480.098.134 0,00 0,02 0,39
Reduz para 0% (zero por cento), pelo prazo de 60 (sessenta) meses, contado do início da
produção de efeitos desta Lei, as alíquotas das contribuições PIS, COFINS e CSLL e do IRPJ
incidentes sobre o resultado auferido pelas pessoas jurídicas pertencentes ao setor de
eventos.
Lei nº 14.148, de 03 de maio de 2021.

30 Petroquímica 31/12/2027 223.720.787 0,00 0,01 0,18


Redução das alíquotas na importação ou venda no merco interno de: etano, propano, butano,
nafta petroquímica, condensado e correntes gasosas de refinaria - HLR - hidrocarbonetos leves
destinado a centrais petroquímicas; eteno, propeno, buteno, butadieno, orto-xileno, benzeno,
tolueno, isopreno e paraxileno para indústrias químicas para serem utilizados como insumo.
Para 2012 e períodos anteriores 1% e 4,6%. (i) 0,18% e 0,82% para os anos de 2013, 2014 e
2015; (II) 0,54% e 2,46% para o ano de 2016; (III) 0,90% e 4,10% para o ano de 2017; e (IV) 1% e
4,6% a partir do ano de 2018. Desconto de créditos na apuração não-cumulativa a 1,65% e
7,6%.
Lei nº 11.196/05, arts. 56, 57 e 57-A; Lei nº 10.865/04, art. 8º, §15; Lei nº 12.895/13.

31 Produtos Químicos e Farmacêuticos indeterminado 1.864.839.915 0,02 0,07 1,52


Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins na importação e venda no mercado interno dos
produtos químicos e intemediários de síntese classificados no Capítulo 29 da NCM; produtos
destinados ao uso em hospitais, clínicas e consultórios médicos e odontológicos, campanhas de
saúde realizadas pelo poder público, laboratório de anatomia patológica, citológica ou de
análises clínicas, classificados nas posições 30.02, 30.06, 39.26, 40.15 e 90.18, da NCM.
Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins-Importação sobre produtos farmacêuticos
classificados posição 30.01; nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3, 3002.20.1 e 3002.20.2;
nos códigos 3002.90.20, 3002.90.92, 3002.90.99; na posição 30.03, exceto no código
3003.90.56; na posição 30.04, exceto no código 3004.90.46; no código 3005.10.10; nos itens
3006.30.1 e 3006.30.2; no código 3006.60.00 da NCM.

Lei nº 10.637/02, art. 2º, § 3º; Lei nº 10.833/03, art. 2º, § 3º; Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 11;
Decreto nº 6.426/08.

32 Programa de Inclusão Digital 31/12/2015 não vigente ... ... ...


Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins sobre a venda a varejo de computadores desktops
e notebooks, monitores, teclados, mouse, modems, tablets, smartphones, roteadores.
Também se aplica às aquisições realizadas por pessoas jurídicas de direito privado, órgãos e
entidades da Administração Pública e sociedades de arrendamento mercantil leasing.
Revogado pela MP 690/15.
Lei nº 11.196/05, arts. 28 a 30; Decreto nº 5.602/05, Lei nº 13.097/15, art. 5º, MP nº 690/15,
art. 9º; Lei nº 13.241/15, art. 9º.

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
33
Suspensão de PIS/COFINS incidente na importação ou aquisição no mercado interno de
matérias-primas, produtos intermediários e prestação de serviços destinados à fabricação dos
equipamentos. A suspensão converte-se em alíquota zero após a incorporação ou utilização
dos bens ou dos serviços nos equipamentos.
Lei nº 12.249/10, arts. 6 a 14 e 139; Lei nº 12.715/12, arts. 15 a 23 e 78.

PROUNI - Programa Universidade para Todos indeterminado 241.136.112 0,00 0,01 0,20
34
QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP
Isenção do tributo à instituição privada de ensino superior, com ou sem fins lucrativo, que
aderir ao PROUNI. A isenção recairá sobre a receita auferida e será calculada na proporção da
ocupação efetiva das bolsas devidas
Lei nº 11.096/05, art. 8º.

RECINE - Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição 31/12/2024 não vigente ... ... ...
35 Cinematográfica
Suspensão do PIS/COFINS na importação e aquisição no mercado interno de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação no ativo permanente e
utilização em complexos de exibição ou cinemas itinerantes, bem como de materiais para sua
construção. A suspensão converte-se em alíquota zero após incorporação no ativo permanente
e utilização do bem ou material de construção no complexo de exibição cinematográfica.

Lei nº 12.599/12, arts.12 a 14; Decreto nº 7.729/12; Lei nº 13.594/18; Lei nº 14.044/2020.

RECOPA - Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou


36 Modernização de Estádios de Futebol 30/06/2014 não vigente ... ... ...
Suspensão do PIS/COFINS incidente na importação e aquisição do mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para
utilização ou incorporação no estádio de futebol da pessoa jurídica beneficiária do RECOPA,
bem como a prestação de serviços e aluguel de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos destinadas à obra. A suspensão converte-se em alíquota zero após a utilização
ou incorporação do bem ou serviço.
Lei nº 12.350/10, arts. 17 a 21.

REIDI - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infra-Estrutura indeterminado 335.277.952 0,00 0,01 0,27
37
Suspensão do PIS/PASEP e da COFINS na importação ou venda no mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, materiais de construção, serviços e
aluguel para utilização ou incorporação em obras de infra-estrutura destinadas ao ativo
imobilizado.
Lei nº 11.488/07, arts. 1º a 5º.

REIF - Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria de 20/09/2017 não vigente ... ... ...
38 Fertilizantes
Suspensão do PIS e COFINS incidente sobre a importação ou venda no mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, de materiais de construção e
serviços e aluguel para utilização ou incorporação no projeto aprovado.
Lei nº 12.794/13, arts. 5º a 11.

RENUCLEAR - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares 31/12/2020 não vigente ... ... ...
39
Suspensão do PIS/COFINS nas importação ou vendas no mercado interno de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, de materiais de construção, serviços ou
aluguel para utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo
imobilizado, quando a importação/aquisição for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do
RENUCLEAR. A suspensão converte-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do
bem ou material de construção na obra de infraestrutura.
Lei nº 12.431/11, arts. 14 a 17.

REPENEC - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da 30/06/2016 não vigente ... ... ...
40 Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
Suspensão do PIS/COFINS incidente na importação ou aquisição no mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para
utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado de
pessoa jurídica beneficiária do REPENEC. Aplica-se também ao aluguel. As suspensões
convertem-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do bem ou material de
construção na obra de infraestrutura.
Lei nº 12.249/10, arts. 1º a 5º.

REPNBL-Redes - Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para


41 Implantação de Redes de Telecomunicações 31/12/2016 não vigente ... ... ...
Suspensão do PIS/COFINS sobre receita de venda no mercado interno de máquinas, aparelhos,
instrumentos e equipamentos novos, de materiais de construção, serviços e aluguel para
utilização ou incorporação nas obras civis dos projetos aprovados para implantação, ampliação
ou modernização de redes de telecomunicações que suportam acesso à Internet em banda
larga. A suspensão converte-se em alíquota zero após a incorporação do bem.

Lei nº 12.715/12, arts. 28 a 33.

REPORTO - Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura


42 Portuária
31/12/2023 não vigente ... ... ...
Suspensão do PIS/Cofins na importação ou venda no mercado interno de máquinas,
equipamentos, peças de reposição e outros bens importados pelos beneficiários do REPORTO
e destinados ao seu ativo imobilizado para utilização exclusiva na execução de serviços de:
carga, descarga, armazenagem e movimentação de mercadorias e produtos; sistemas
suplementares de apoio operacional; proteção ambiental; sistemas de segurança e de
monitoramento de fluxo de pessoas, mercadorias, produtos, veículos e embarcações;
dragagens; e treinamento e formação de trabalhadores, inclusive na implantação de Centros
de Treinamento Profissional. São beneficiários do REPORTO o operador portuário, o
concessionário de porto organizado, o arrendatário de instalação portuária de uso público e a
empresa autorizada a explorar instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo,
inclusive aquelas que operam com embarcações de offshore, o concessionário de transporte
ferroviário, empresas de dragagem, recintos alfandegados de zona secundária e dos Centros de
Treinamento Profissional. A suspensão converte-se em isenção após o decurso do prazo de 5
(cinco) anos, contado da data da ocorrência do respectivo fato gerador.

Lei nº 11.033/04, arts. 13 a 16, em específico: art. 14; Decreto nº 6.582/08; Lei nº 11.774/08,
art. 5º; Lei nº 12.715/12, art. 39; Lei nº 12.688/12, art. 30; Lei n° 13.169, art. 7°, Lei 14.301/22.

RETAERO - Regime Especial de Incentivos Tributários para a Indústria Aeroespacial Brasileira 11/06/2020 não vigente ... ... ...
43
QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP
Suspensão de PIS/Cofins na importação ou venda no mercado interno de partes, peças,
ferramentas, componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas,
a serem empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização dos produtos classificados na posição 88.02 da NCM. Suspensão de PIS/Cofins
na importação ou venda no mercado de serviços de tecnologia industrial básica,
desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência técnica e transferência de tecnologia. A
suspensão converte-se em alíquota zero após o emprego, utilização ou incorporação dos
referidos bens.
Lei nº 12.249/10, arts. 29 a 33; Lei nº 12.598/12, art. 16.

44 RETID - Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa 22/03/2032 6.906.046 0,00 0,00 0,01
Suspensão do PIS/COFINS sobre a venda no mercado interno ou importação de partes, peças,
ferramentas, componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos, matérias-primas,
serviços de tecnologia industrial básica, desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência
técnica e transferência de tecnologia a serem empregados na manutenção, conservação,
modernização, reparo, revisão, conversão, industrialização de bens de defesa nacional, quando
a aquisição for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do RETID. A suspensão também aplica-
se à receita de aluguel de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos. Conversão em
alíquota zero após o emprego ou utilização dos bens e serviços. Suspensão de PIS e COFINS
incidente sobre a receita decorrente da venda dos bens de defesa nacional, definidos em ato
do Poder Executivo, e a prestação de serviços de tecnologia industrial básica, projetos,
pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência técnica e transferência de
tecnologia, efetuada por pessoa jurídica beneficiária do RETID à União, para uso privativo das
Forças Armadas, exceto para uso pessoal e administrativo.

Lei nº 12.598/12, arts. 7º a 11; Decreto nº 8.122/2013.

Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 8.322.714.028 0,07 0,30 6,79
45
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/2014.

46 TEF - Tributação Específica do Futebol indeterminado 791.519.748 0,01 0,03 0,65


Regime de tributação específico para as Sociedades Anônimas do Futebol que unifica o
recolhimento do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e Contribuição Previdenciária (artigos I, II e III do caput
e no §6º do art. 22 da Lei n° 8.212/91). O regime consiste na tributação das receitas mensais
com a aplicação de uma alíquota de 5%, nos 5 primeiros anos-calendário da constituição da
sociedade, e de 4%, a partir do 6º ano calendário.
Lei n° 14.193/2021 , atrs. 31 e 32.

47 Telecomunicações em Áreas Rurais e Regiões Remotas 31/12/2018 não vigente ... ... ...
Isenção de tributos federais incidentes sobre o faturamento dos serviços de telecomunicações
prestados por meio das subfaixas de radiofrequência de 451 MHz a 458 MHz e de 461 MHz a
468 MHz, assim como por meio de estações terrenas satelitais de pequeno porte que
contribuam com os objetivos de implantação do PNBL. Isenção de tributos federais incidentes
sobre a receita bruta de venda a varejo dos componentes e equipamentos de rede, terminais e
transceptores definidos em regulamento que sejam dedicados aos serviços de
telecomunicações prestados por meio das subfaixas de radiofrequência de 451 MHz a 458 MHz
e de 461 MHz a 468 MHz, assim como por meio de estações terrenas satelitais de pequeno
porte que contribuam com os objetivos de implantação do PNBL.

Lei nº 12.715/12, arts. 35 e 37.

48 Termoeletricidade indeterminado 138.413.874 0,00 0,00 0,11


Redução a zero da alíquota do PIS/COFINS incidente sobre a venda de gás natural e carvão
mineral destinada à produção de energia elétrica.
Lei nº 10.312/01, arts. 1º e 2º.

49 Transporte Coletivo indeterminado 96.303.201 0,00 0,00 0,08


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS sobre o transporte público coletivo municipal de
passageiros, por meio rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário. Aplica-se também ao
transporte público coletivo intermunicipal, interestadual e internacional de caráter urbano.

Lei nº 12.860/13.

50 Transporte Escolar indeterminado 9.801.188 0,00 0,00 0,01


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da
venda, no mercado interno, de veículos e embarcações destinados ao transporte escolar para a
educação básica na zona rural, quando adquiridos pela União, Estados, Municípios e pelo
Distrito Federal.
Lei nº 10.865/04, art. 28, VIII e IX.

51 Trem de Alta Velocidade indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a
receita bruta decorrente da venda, no mercado interno, de serviços de transporte ferroviário
em sistema de trens de alta velocidade - TAV.

Lei nº 10.865/04, art. 28, XX.

52 Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00


Suspensão do PIS/PASEP-importação e COFINS-importação nas importações efetuadas por
empresas localizadas na Zona Franca de Manaus de matérias-primas, produtos intermediários
e materiais de embalagem, para emprego em processo de industrialização por
estabelecimentos industriais instalados na ZFM com projetos aprovados pela SUFRAMA.

Lei nº 10.865/04, art. 14-A.

53 Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00
Suspensão da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação incidentes
sobre importações de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para
incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica importadora estabelecida na Zona Franca
de Manaus. A suspensão converte-se em alíquota 0 (zero) após decorridos 18 meses da
incorporação do bem ao ativo imobilizado.
Lei nº 11.196/05, art. 50; Lei nº 10.865/04, art. 14, § 1º; Decreto nº 5.691/06.
QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP

54 Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00
Redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre
as receitas decorrentes da comercialização de matérias-primas, produtos intermediários e
materiais de embalagem, produzidos na Zona Franca de Manaus, para emprego em processo
de industrialização por estabelecimentos industriais instalados na própria ZFM com projetos
Lei nº 10.637/02, art. 5º-A; Decreto nº 5.310/04.

54 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 05/10/2073 651.419.681 0,01 0,02 0,53
Alíquotas diferenciadas para as Contribuições PIS/Pasep e Cofins incidentes sobre a receita
bruta auferida por pessoa jurídica industrial estabelecida na Zona Franca de Manaus e na Área
de Livre Comércio, decorrente da venda de produção própria, consoante projeto aprovado pela
SUFRAMA. I) 0,65% e 3%, no caso de venda efetuada a pessoa jurídica estabelecida: a) na Zona
Franca de Manaus e na Área de Livre Comércio; b) fora da Zona Franca de Manaus e da Área de
Livre Comércio, que apure PIS/COFINS no regime de não-cumulatividade; II) 1,3% e 6%, no caso
de venda efetuada a: a)pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e da Área
de Livre Comércio, que apure o imposto de renda com base no lucro presumido; b) pessoa
jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e da Área de Livre Comércio, que apure o
imposto de renda com base no lucro real e que tenha sua receita, total ou parcialmente,
excluída do regime de incidência não-cumulativa do PIS/COFINS; c) pessoa jurídica estabelecida
fora da Zona Franca de Manaus e da Área de Livre Comércio e que seja optante pelo SIMPLES;
d) órgãos da administração federal, estadual, distrital e municipal. Crédito na aquisição de
mercadoria produzida por pessoa jurídica estabelecida na ZFM e na ALC, consoante projeto
aprovado pela SUFRAMA, determinado mediante a aplicação da alíquota de 1% e 4,6% e, na
situação "II b", mediante a aplicação da alíquota de 1,65% e 7,60%. Redução a zero das
alíquotas na venda de pneus e camaras de ar para bicicletas, quando produzidas na Zona
Franca de Manaus.

Lei nº 10.637/02, art. 2º, § 4º e art. 3º § 12; Lei nº 10.833/03, art. 2º, § 5º e art. 3º § 17;
Decreto nº 5.310/04; Lei nº 10.996/04, arts. 3º e 4º; Lei nº 13.097/15, art. 147.

TOTAL 25.590.464.059 0,21 0,92 20,87


QUADRO XX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO CSLL
1 Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados indeterminado 3.660.890.060 0,03 0,13 1,78
Dedução, como despesa operacional, dos gastos realizados pelas empresas com serviços de
assistência médica, odontológica, farmacêutica e social, destinados indistintamente a todos os
seus empregados e dirigentes.
Lei nº 9.249/95, art. 13, V.

2 Benefícios Previdenciários a Empregados e FAPI - Fundo de Aposentadoria Individual indeterminado 414.302.827 0,00 0,01 0,20
Benefícios Previdênciários, dedução, como despesa operacional, dos gastos realizados com
contribuições, não compulsórias destinada a custear planos de benefícios complementares
assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes da
pessoa jurídica. Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI, dedução, como despesa
operacional, do valor das quotas adquiridas em favor de seus empregados ou administradores,
do FAPI, desde que o plano atinja, no mínimo, 50% dos seus empregados.

Lei nº 9.249/95, art. 13, V; Lei nº 9.477/97, arts. 7º e 10; Lei nº 9.532/97, art. 11, §§2º, 3º e 4º;
Lei nº 10.887/04.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
3
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção da CSLL à Subsidiária Fifa no Brasil e aos Prestadores de Serviços da Fifa (estabelecidos
no Brasil sob a forma de sociedade com finalidade específica) em relação aos fatos geradores
decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização da
Copa das Confederações e da Copa do Mundo.
Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

4 Creches e Pré-Escolas 31/12/2018 não vigente ... ... ...


Regime especial de tributação aplicável à construção ou reforma de estabelecimentos de
educação infantil. Pagamento unificado de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS equivalente a 1% (um por
cento) da receita mensal auferida pela construtora em virtude da realização da obra submetida
ao regime especial de tributação. Cabe a CSLL 0,16%.
Lei nº 12.715/12, arts. 24 a 27.

5 Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos indeterminado 131.388.674 0,00 0,00 0,06
Dedução, como despesa operacional, das doações efetuadas a: Entidades civis, legalmente
constituídas no Brasil, sem fins lucrativos, que prestem serviços gratuitos em benefício de
empregados da pessoa jurídica doadora, e respectivos dependentes, ou em benefício da
comunidade na qual atuem, até o limite de 2%(dois por cento) do lucro operacional;
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), qualificadas segundo as normas
estabelecidas na Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999. Para fins de Dedução na apuração do
lucro real, as referidas doações estão limitadas a 2% (dois por cento) do lucro operacional da
pessoa jurídica, antes de computada a sua Dedução. A dedutibilidade fica condicionada a que a
entidade beneficiária tenha sua condição de utilidade pública ou de OSCIP reconhecida pelo
órgão competente da União.
Lei nº 9.249/95, art. 13, §2º, III; MP nº 2.158-35/01, art. 59.

6 Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa indeterminado 21.239.106 0,00 0,00 0,01


Dedução, como despesa operacional, das doações até o limite de 1,5% (um e meio por cento)
do lucro operacional, efetuadas às instituições de ensino e pesquisa cuja criação tenha sido
autorizada por lei federal e que preencham os requisitos dos incisos I e II do art. 213 da
Constituição Federal, de 1988, que são: a) comprovação de finalidade não-lucrativa e aplicação
dos excedentes financeiros em educação; b) assegurar a destinação do seu patrimônio a outra
escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de
encerramento de suas atividades.
Lei nº 9.249/95, art. 13, §2º, II.

7 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde indeterminado 1.411.747.651 0,01 0,05 0,69
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

8 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil indeterminado 779.245.310 0,01 0,03 0,38
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

9 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica indeterminado 13.914.792 0,00 0,00 0,01
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

10 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural indeterminado 18.877.438 0,00 0,00 0,01
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

11 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação indeterminado 713.695.489 0,01 0,03 0,35
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

12 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica indeterminado 400.956.880 0,00 0,01 0,20
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.
QUADRO XX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO CSLL
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

13 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa indeterminado 43.096.030 0,00 0,00 0,02
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

14 Informática e Automação 31/12/2029 1.803.043.155 0,01 0,07 0,88


Crédito financeiro a título de CSLL concedido para as pessoas jurídicas habilitadas fabricantes
de bens de tecnologias da informação e comunicação que investirem em atividades de
pesquisa, desenvolvimento e inovação. O valor do crédito financeiro é calculado com base no
dispêndio em P&D e no faturamento no mercado interno.
Lei nº 8.248/91, art. 4º; Lei nº 10.176/01, art. 11; Lei nº 11.077/04, Lei nº 13.023/14; Lei n°
13.969/19; e Decreto nº 5.906/06.

15 Inovação Tecnológica indeterminado 1.918.492.543 0,02 0,07 0,93


A pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na determinação do lucro real e da base de
cálculo da CSLL, o valor correspondente a até 60% da soma dos dispêndios realizados no
período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica.
Poderá chegar a até 80% dos dispêndios em função do número de empregados pesquisadores
contratados pela pessoa jurídica. A pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na
determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL o valor correspondente a até 20% da
soma dos dispêndios ou pagamentos vinculados à pesquisa tecnológica e desenvolvimento de
inovação tecnológica objeto de patente concedida ou cultivar registrado. A pessoa jurídica
poderá excluir do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da
CSLL, os dispêndios efetivados em projeto de pesquisa científica e tecnológica e de inovação
tecnológica a ser executado por Instituição Científica e Tecnológica – ICT e por entidades
científicas e tecnológicas privadas, sem fins lucrativos. A exclusão corresponderá, à opção da
pessoa jurídica, a no mínimo a metade e no máximo duas vezes e meia o valor dos dispêndios
efetuados. Exclusão do lucro real e da base de cálculo da CSLL de até 160% dos dispêndios
realizados com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica para as
pessoas jurídicas que utilizarem os benefícios das Leis de capacitação e competitividade do
setor de informática e automação (Leis nº 8.248/1991, 8.387/1991, e 10.176/2001).

Lei nº 11.196/05, arts. 19, 19-A, 26; Lei nº 11.487/07; Lei nº 12.546/11, art. 13; Lei nº
11.774/08, art. 4º.

16 Minha Casa, Minha Vida indeterminado 48.573.768 0,00 0,00 0,02


Redução para 1% da alíquota do regime especial de tributação (RET) incidente sobre as
receitas decorrentes dos projetos de incorporação de imóveis residenciais de interesse social,
no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, com valor comercial até limite estabelecido
em lei. Cabe a CSLL 0,16%.
Lei nº 10.931/04, art. 4º, § 6º; Lei nº 12.024/09, art. 2º; Lei nº 13.097/15, arts. 4º e 6º.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
17
de 2016
Isenção da CSLL incidente sobre receitas, lucros e rendimentos auferidos pelas Empresas
vinculadas ao CIO, domiciliadas no País, e pelo RIO 2016 em relação aos fatos geradores
decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização dos
Eventos.
Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores indeterminado 55.488.841 0,00 0,00 0,03
18

Crédito financeiro a título de CSLL concedido para empresas habilitadas no PADIS. O valor do
crédito financeiro é calculado com base no investimento em pesquisa e desenvolvimento e no
faturamento no mercado interno.
Lei nº 11.484/07, art. 1º a 11; Lei n° 13.169/15; Lei n° 13.969/19, Lei 14.302/22

19 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 04/05/2026 635.025.540 0,01 0,02 0,31
Reduz para 0% (zero por cento), pelo prazo de 60 (sessenta) meses, contado do início da
produção de efeitos desta Lei, as alíquotas das contribuições PIS, COFINS e CSLL e do IRPJ
incidentes sobre o resultado auferido pelas pessoas jurídicas pertencentes ao setor de
eventos.
Lei nº 14.148, de 03 de maio de 2021.

20 Previdência Privada Fechada indeterminado 116.672.420 0,00 0,00 0,06


Isenção do Imposto de Renda e da CSLL para as entidades de previdência complementar sem
fins lucrativos.
Decreto-Lei nº 2.065/83, art. 6º; IN SRF 588/05, art. 17.

21 PROUNI - Programa Universidade para Todos indeterminado 471.377.682 0,00 0,02 0,23
Isenção do imposto à instituição privada de ensino superior, com ou sem fins lucrativo, que
aderir ao PROUNI. A isenção recairá sobre o valor do lucro e será calculada na proporção da
ocupação efetiva das bolsas devidas
Lei nº 11.096/05.

22 Rota 2030 31/07/2023 não vigente ... ... ...


Dedução da CSLL devida, o valor correspondente à aplicação da alíquota da CSLL sobre até 30%
dos dispêndios realizados no País, desde que sejam classificáveis como despesas operacionais
aplicados em pesquisa e desenvolvimento.
MP nº 843/18; Lei nº 13755/18, art. 11; Decreto nº 9.557/18, art. 19.

Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 13.151.668.367 0,11 0,47 6,40
23
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/14.

24 TEF - Tributação Específica do Futebol indeterminado 86.741.890 0,00 0,00 0,04


QUADRO XX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO CSLL
Regime de tributação específico para as Sociedades Anônimas do Futebol que unifica o
recolhimento do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e Contribuição Previdenciária (artigos I, II e III do caput
e no §6º do art. 22 da Lei n° 8.212/91). O regime consiste na tributação das receitas mensais
com a aplicação de uma alíquota de 5%, nos 5 primeiros anos-calendário da constituição da
sociedade, e de 4%, a partir do 6º ano calendário.
Lei n° 14.193/2021 , atrs. 31 e 32.

TOTAL 25.896.438.464 0,21 0,93 12,60


QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
1 Aerogeradores indeterminado 187.088.242 0,00 0,01 0,04
Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre receita decorrente da venda no
mercado interno e importação de partes de aerogeradores (NCM 8503.00.90 EX01, exceto pás
eólicas).
Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, XL e art. 28, XXXVII; Lei nº 13.097/15, art. 1º; Lei nº 13.169/15,
art. 15.

2 Agricultura e Agroindústria - crédito presumido indeterminado 2.955.376.040 0,02 0,11 0,65


Crédito presumido para agroindústria na compra de insumos de produtor pessoa física,
cooperativas, produtor pessoa jurídica.
Lei n° 10.925/2004, art. 8°.

3 Agricultura e Agroindústria - Defensivos agropecuários indeterminado 5.430.503.897 0,04 0,20 1,19


Redução a zero das alíquotas do PIS e COFINS sobre importação ou venda no mercado interno
de defensivos agropecuários classificados na posição 38.08 da TIPI e suas matérias-primas.

Lei nº 10.925/04, art. 1º, II.

4 Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica indeterminado 29.225.385.876 0,24 1,05 6,40
Redução a zero das alíquotas do PIS e COFINS sobre importação ou venda no mercado interno
de: adubos, fertilizantes e suas matérias-primas; sementes e mudas; corretivo de solo; feijão,
arroz, farinha de mandioca e batata-doce; inoculantes agrícolas; vacina veterinária; milho;
pintos de 1 (um) dia; leite, bebidas lácteas; queijos; soro de leite; farinha de trigo; trigo; pão;
produtos hortículas, frutas e ovos; sementes e embriões; acetona; massas alimentícias; carne
bovina, suína, ovina, caprina, ave, peixe; café; açúcar; óleo de soja; manteiga; margarina;
sabão; pasta de dente; fio dental; papel higiênico.

Lei nº 10.925/04, arts. 1º, 8º, 9º; Decreto nº 5.630/05; Lei nº 10.865/04, art. 28 e art. 8º § 12;
Lei nº 11.727/08, art. 25; Lei nº 12.839/13.

5 Água Mineral indeterminado 288.344.192 0,00 0,01 0,06


Redução a zero das alíquotas de PIS/COFINS sobre a receita de venda de águas minerais
comercializadas em recipientes com capacidade nominal inferior a 10 (dez) litros ou igual ou
superior a 10 (dez) litros classificadas no código 2201.10.00 Ex 01 e Ex 02 da Tipi.
Lei nº 12.715/12, art. 76.

6 Álcool 31/12/2016 não vigente ... ... ...


Crédito presumido de PIS/COFINS para as pessoas jurídicas importadora ou produtora de
álcool, inclusive pra fins carburantes.
Lei nº 12.859/13, arts. 1º a 4º; Lei nº 12.995/14, art. 6º; Decreto nº 7.997/13.

7 Biodiesel indeterminado 108.481.720 0,00 0,00 0,02


Redução das alíquotas do PIS/COFINS sobre a venda de biodiesel pela aplicação de coeficientes
de redução definidos pelo Poder Executivo. Crédito presumido de PIS/COFINS calculado sobre
o valor das matérias-primas adquiridas de pessoa física, de cooperado pessoa física, de pessoa
jurídica que exerça atividade agropecuária, de cooperativa de produção agropecuária ou de
cerealista e utilizados como insumo na produção de biodiesel. Suspensão do PIS/COFINS sobre
a venda de matéria-prima in natura de origem vegetal, destinada à produção de biodiesel.

Lei 11.116/05, arts. 1º a 13; Decreto 5.297/04, art. 4º; Decreto nº 6.458/08; Decreto nº
7.768/12.

8 Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos indeterminado 983.374.857 0,01 0,04 0,22


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação ou venda no mercado interno de
cadeiras de rodas classificados na posição 87.13; artigos e aparelhos ortopédicos ou para
fraturas classificados no código 90.21.10; artigos e aparelhos de próteses classificados no
código 90.21.3; almofadas antiescaras classificadas nos Capítulos 39, 40, 63 e 94, da NCM;
produtos classificados nos códigos 8443.32.22, 8469.00.39 Ex 01, 8714.20.00, 9021.40.00,
9021.90.82 e 9021.90.92, todos da Tipi; calculadoras equipadas com sintetizador de voz;
teclados e mouse com adaptações específicas para uso por pessoas com deficiência; linhas
braile classificadas; scanners equipados com sintetizador de voz; duplicadores braile;
acionadores de pressão; lupas eletrônicas; implantes cocleares; próteses oculares; aparelhos e
softwares de leitores de tela; neuroestimuladores para tremor essencial/Parkinson.

Lei nº 10.865/04, arts. 8º e 28.

9 Combustíveis 31/12/2023 não vigente ... ... ...


Redução das alíquotas da Contribuição para o Programa de Integração Social e o Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/Pasep e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - Cofins incidentes sobre operações realizadas com óleo
diesel, biodiesel, gás liquefeito de petróleo, álcool, querosene de aviação, gás natural veicular
e gasolina.
Decreto nº 10.638/2021; Lei Complementar nº 194/22; Medida Provisória nº 1.157/2023 e
Medida Provisória nº 1.163/2023.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
10
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção de PIS/Cofins para Subsidiária Fifa no Brasil e Prestadores de Serviços da Fifa
(estabelecidos no País sob a forma de sociedade com finalidade específica) em relação aos
fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou
realização da Copa das Confederações e Copa do Mundo Fifa. Suspensão de PIS/Cofins sobre
vendas realizadas no mercado interno para a Fifa, para Subsidiária Fifa no Brasil ou para a
Emissora Fonte da Fifa, de mercadorias destinadas a uso ou consumo exclusivo na organização
e realização dos Eventos. A suspensão converter-se-á em isenção após comprovação da
utilização ou consumo do bem nas finalidades previstas na Lei. Isenção de PIS/Cofins-
Importação em relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente
vinculadas à organização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo a Fifa e sua
Subsidiária no Brasil.
Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

11 Creches e Pré-Escolas 31/12/2018 não vigente ... ... ...


Regime especial de tributação aplicável à construção ou reforma de estabelecimentos de
educação infantil. Pagamento unificado de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS equivalente a 1% (um por
cento) da receita mensal auferida pela construtora em virtude da realização da obra submetida
ao regime especial de tributação. Cabe à COFINS 0,44%.
Lei nº 12.715/12, arts. 24 a 27.

12 Embarcações e Aeronaves indeterminado 4.657.642.990 0,04 0,17 1,02


QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
Isenção do PIS/Cofins sobre a receita auferida pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades
de construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações pré-
registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro - REB.

Redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a
receita bruta decorrente da venda no mercado interno ou a importação de materiais e
equipamentos, partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção,
conservação, modernização e conversão de embarcações registradas ou pré-registradas no
REB.

Redução a zero das alíquotas do PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a venda ou


importação de aeronaves classificadas na posição 88.02 da Tipi, suas partes, peças,
ferramentais, componentes, insumos, fluidos hidráulicos, tintas, anticorrosivos, lubrificantes,
equipamentos, serviços e matérias-primas a serem empregados na manutenção, conservação,
modernização, reparo, revisão, conversão e industrialização das aeronaves, seus motores,
partes, componentes, ferramentais e equipamentos.
MP nº 2.158-35/01, art. 14, VI e § 1º; Lei 10.865/04, art. 8º, § 12, I, VI e VII, art. 28, IV e X; Lei
nº 10.925/04, art. 6º; Lei nº 11.727/08, art. 26; Lei nº 13.137/15, art. 1º.

13 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde indeterminado 3.198.926.503 0,03 0,12 0,70
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

14 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil indeterminado 1.876.695.955 0,02 0,07 0,41
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

15 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica indeterminado 47.519.007 0,00 0,00 0,01
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

16 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural indeterminado 49.441.554 0,00 0,00 0,01
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

17 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação indeterminado 2.791.766.160 0,02 0,10 0,61
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

18 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica indeterminado 2.862.811.395 0,02 0,10 0,63
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

19 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa indeterminado 357.392.190 0,00 0,01 0,08
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

20 Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial indeterminado 22.295.088 0,00 0,00 0,00
Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita decorrente da venda de
equipamentos ou materiais destinados a uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial,
quando adquiridos: I - pela União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, bem como pelas
suas autarquias e fundações; ou II - por entidades beneficentes de assistência social.

Lei nº 13.043/14, art. 70.

21 Evento Esportivo, Cultural e Científico indeterminado 170.702 0,00 0,00 0,00


Isenção do PIS/Cofins incidente na importação de troféus, medalhas, placas, estatuetas,
distintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em evento cultural,
científico ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos gratuitamente
como premiação em evento esportivo realizado no País; bens dos tipos e em quantidades
normalmente consumidos em evento esportivo oficial; material promocional, impressos,
folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou
utilizados em evento esportivo oficial; bens importados por desportistas, desde que tenham
sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de
prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento.

Lei nº 11.488/07, art. 38.

22 Gás Natural Liquefeito indeterminado 128.614.102 0,00 0,00 0,03


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação de Gás Natural Liquefeito - GNL.

Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, XVI; Lei nº 11.727/08.


QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS

23 Indústria Cinematográfica e Radiodifusão indeterminado 17.530.049 0,00 0,00 0,00


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação de máquinas, equipamentos,
aparelhos, instrumentos, suas partes e peças de reposição, e películas cinematográficas
virgens, sem similar nacional, destinados à indústria cinematográfica e audiovisual, e de
radiodifusão. Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na venda no mercado interno ou
importação de projetores para exibição cinematográfica, classificados no código 9007.2 da
NCM, e suas partes e acessórios, classificados no código 9007.9 da NCM.
Lei nº 10.865/04, art. 8º, §12, V, XXIII e art. 28, XXI; Lei nº 12.599/12.

24 Livros indeterminado 1.585.125.894 0,01 0,06 0,35


Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins incidentes sobre a importação e venda interna de
livros em geral.
Lei nº 10.865/04, arts. 8º, §12, XII e 28, VI; Lei nº 11.033/04, art. 6º.

25 Máquinas e Equipamentos - CNPq indeterminado 208.511.903 0,00 0,01 0,05


Isenção do PIS/Cofins nas importações de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos,
bem como suas partes e peças de reposição, destinados à pesquisa científica e tecnológica.

Lei nº 8.010/90; Lei nº 10.865/04, art. 9º, II, h.

26 Medicamentos indeterminado 8.015.113.971 0,07 0,29 1,75


Crédito presumido de PIS/COFINS para as pessoas jurídicas que procedam à industrialização ou
à importação de medicamentos.
Lei nº 10.147/00.

27 Minha Casa, Minha Vida indeterminado 133.577.862 0,00 0,00 0,03


Redução para 1% da alíquota do regime especial de tributação (RET) incidente sobre as
receitas decorrentes dos projetos de incorporação de imóveis residenciais de interesse social,
no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, com valor comercial até limite estabelecido
em lei. Cabe a COFINS 0,44%.
Lei nº 10.931/04, art. 4º, § 6º; Lei nº 12.024/09, art. 2º; Lei nº 12.844/13, art. 16; Lei nº
13.097/15, arts. 4º e 6º.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
28
de 2016
Isenção do PIS/Cofins incidente nas importações de bens, mercadorias ou serviços para uso ou
consumo exclusivo na organização e realização dos Jogos. Suspensão do PIS/Cofins incidente
sobre as vendas de mercadorias e a prestação de serviços para o CIO, empresa vinculada ao
CIO, Comitês Olímpicos Nacionais, federações desportivas internacionais, WADA, CAS,
entidades nacionais e regionais de administração de desporto olímpico, RIO 2016,
patrocinadores dos Jogos, prestadores de serviços do CIO, prestadores de serviços do RIO
2016, empresas de mídia e transmissores credenciados, adquiridos diretamente de pessoa
jurídica previamente licenciada ou nomeada pelo CIO ou pelo RIO 2016.

Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores 31/12/2026 11.478.283 0,00 0,00 0,00
29

Redução a zero das alíquotas do PIS/PASEP e COFINS na importação ou venda no mercado


interno de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, softwares e insumos para
incorporação ao ativo imobilizado.
Lei nº 11.484/07, arts. 1º a 11; Lei n° 13.169/15, Lei 14.302/22 e Decreto 10.615/21

30 Papel - Jornais e Periódicos 30/04/2016 não vigente ... ... ...


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da
venda no mercado interno e importação de papel destinado à impressão de jornais e à
impressão de periódicos.
Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, III e IV, art. 28, I e II; Lei nº 11.727/08, art. 18; Lei nº 12.649/12,
art. 3º.

PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
31
para a TV Digital
Redução a zero das alíquotas do PIS/PASEP e COFINS na importação ou venda no mercado
interno de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, softwares e insumos para
incorporação ao ativo imobilizado. Redução a zero as alíquotas da Contribuição para o
PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a venda da pessoa jurídica beneficiária do PATVD.

Lei nº 11.484/07, arts. 12 a 22 e 66.

32 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 04/05/2026 2.252.875.549 0,02 0,08 0,49
Reduz para 0% (zero por cento), pelo prazo de 60 (sessenta) meses, contado do início da
produção de efeitos desta Lei, as alíquotas das contribuições PIS, COFINS e CSLL e do IRPJ
incidentes sobre o resultado auferido pelas pessoas jurídicas pertencentes ao setor de
eventos.
Lei nº 14.148, de 03 de maio de 2021.

33 Petroquímica 31/12/2027 1.029.069.213 0,01 0,04 0,23


Redução das alíquotas na importação ou venda no merco interno de: etano, propano, butano,
nafta petroquímica, condensado e correntes gasosas de refinaria - HLR - hidrocarbonetos leves
destinado a centrais petroquímicas; eteno, propeno, buteno, butadieno, orto-xileno, benzeno,
tolueno, isopreno e paraxileno para indústrias químicas para serem utilizados como insumo.
Para 2012 e períodos anteriores 1% e 4,6%. (i) 0,18% e 0,82% para os anos de 2013, 2014 e
2015; (II) 0,54% e 2,46% para o ano de 2016; (III) 0,90% e 4,10% para o ano de 2017; e (IV) 1% e
4,6% a partir do ano de 2018. Desconto de créditos na apuração não-cumulativa a 1,65% e
7,6%.
Lei nº 11.196/05, arts. 56, 57 e 57-A; Lei nº 10.865/04, art. 8º, §15; Lei nº 12.895/13.

34 Produtos Químicos e Farmacêuticos indeterminado 8.668.385.782 0,07 0,31 1,90


QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins na importação e venda no mercado interno dos
produtos químicos e intemediários de síntese classificados no Capítulo 29 da NCM; produtos
destinados ao uso em hospitais, clínicas e consultórios médicos e odontológicos, campanhas de
saúde realizadas pelo poder público, laboratório de anatomia patológica, citológica ou de
análises clínicas, classificados nas posições 30.02, 30.06, 39.26, 40.15 e 90.18, da NCM.
Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins-Importação sobre produtos farmacêuticos
classificados posição 30.01; nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3, 3002.20.1 e 3002.20.2;
nos códigos 3002.90.20, 3002.90.92, 3002.90.99; na posição 30.03, exceto no código
3003.90.56; na posição 30.04, exceto no código 3004.90.46; no código 3005.10.10; nos itens
3006.30.1 e 3006.30.2; no código 3006.60.00 da NCM.

Lei nº 10.637/02, art. 2º, § 3º; Lei nº 10.833/03, art. 2º, § 3º; Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 11;
Decreto nº 6.426/08.

35 Programa de Inclusão Digital 31/12/2015 não vigente ... ... ...


Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins sobre a venda a varejo de computadores desktops
e notebooks, monitores, teclados, mouse, modems, tablets, smartphones, roteadores.
Também se aplica às aquisições realizadas por pessoas jurídicas de direito privado, órgãos e
entidades da Administração Pública e sociedades de arrendamento mercantil leasing.
Revogado pela MP 690/15.
Lei nº 11.196/05, arts. 28 a 30; Decreto nº 5.602/05, Lei nº 13.097/15, art. 5º, MP nº 690, art.
9º.

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
36

Suspensão de PIS/COFINS incidente na importação ou aquisição no mercado interno de


matérias-primas, produtos intermediários e prestação de serviços destinados à fabricação dos
equipamentos. A suspensão converte-se em alíquota zero após a incorporação ou utilização
dos bens ou dos serviços nos equipamentos.
Lei nº 12.249/10, arts. 6 a 14 e 139; Lei nº 12.715/12, arts. 15 a 23 e 78.

37 PROUNI - Programa Universidade para Todos indeterminado 1.112.650.660 0,01 0,04 0,24
Isenção do tributo à instituição privada de ensino superior, com ou sem fins lucrativo, que
aderir ao PROUNI. A isenção recairá sobre a receita auferida e será calculada na proporção da
ocupação efetiva das bolsas devidas
Lei nº 11.096/05, art. 8º.

RECINE - Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição 31/12/2024 não vigente ... ... ...
38
Cinematográfica
Suspensão do PIS/COFINS na importação e aquisição no mercado interno de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação no ativo permanente e
utilização em complexos de exibição ou cinemas itinerantes, bem como de materiais para sua
construção. A suspensão converte-se em alíquota zero após incorporação no ativo permanente
e utilização do bem ou material de construção no complexo de exibição cinematográfica.

Lei nº 12.599/12, arts.12 a 14; Decreto nº 7.729/12; Lei nº 13.594/18; Lei nº 14.044/2020.

RECOPA - Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou 30/06/2014 não vigente ... ... ...
39 Modernização de Estádios de Futebol
Suspensão do PIS/COFINS incidente na importação e aquisição do mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para
utilização ou incorporação no estádio de futebol da pessoa jurídica beneficiária do RECOPA,
bem como a prestação de serviços e aluguel de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos destinadas à obra. A suspensão converte-se em alíquota zero após a utilização
ou incorporação do bem ou serviço.
Lei nº 12.350/10, arts. 17 a 21.

Rede Arrecadadora indeterminado 366.201.482 0,00 0,01 0,08


40
Exclusão da base de cálculo da Cofins dos valores auferidos como remuneração dos serviços de
arrecadação de receitas federais, dividido pela alíquota da Cofins-Financeiras (4%).

Lei nº 12.844/13, art. 36.

REIDI - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infra-Estrutura indeterminado 1.543.958.930 0,01 0,06 0,34
41
Suspensão do PIS/PASEP e da COFINS na importação ou venda no mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, materiais de construção, serviços e
aluguel para utilização ou incorporação em obras de infra-estrutura destinadas ao ativo
imobilizado.
Lei nº 11.488/07, arts. 1º a 5º.

REIF - Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria de 20/09/2017 não vigente ... ... ...
42 Fertilizantes
Suspensão do PIS e COFINS incidente sobre a importação ou venda no mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, de materiais de construção e
serviços e aluguel para utilização ou incorporação no projeto aprovado.
Lei nº 12.794/13, arts. 5º a 11.

RENUCLEAR - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares 31/12/2020 não vigente ... ... ...
43
Suspensão do PIS/COFINS nas importação ou vendas no mercado interno de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, de materiais de construção, serviços ou
aluguel para utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo
imobilizado, quando a importação/aquisição for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do
RENUCLEAR. A suspensão converte-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do
bem ou material de construção na obra de infraestrutura.
Lei nº 12.431/11, arts. 14 a 17.

REPENEC - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da 30/06/2016 não vigente ... ... ...
44 Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
Suspensão do PIS/COFINS incidente na importação ou aquisição no mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para
utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado de
pessoa jurídica beneficiária do REPENEC. Aplica-se também ao aluguel. As suspensões
convertem-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do bem ou material de
construção na obra de infraestrutura.
Lei nº 12.249/10, arts. 1º a 5º.
QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
REPNBL-Redes - Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para 31/12/2016 não vigente ... ... ...
45 Implantação de Redes de Telecomunicações
Suspensão do PIS/COFINS sobre receita de venda no mercado interno de máquinas, aparelhos,
instrumentos e equipamentos novos, de materiais de construção, serviços e aluguel para
utilização ou incorporação nas obras civis dos projetos aprovados para implantação, ampliação
ou modernização de redes de telecomunicações que suportam acesso à Internet em banda
larga. A suspensão converte-se em alíquota zero após a incorporação do bem.

Lei nº 12.715/12, arts. 28 a 33.

REPORTO - Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura


46 Portuária 31/12/2023 não vigente ... ... ...
Suspensão do PIS/Cofins na importação ou venda no mercado interno de máquinas,
equipamentos, peças de reposição e outros bens importados pelos beneficiários do REPORTO
e destinados ao seu ativo imobilizado para utilização exclusiva na execução de serviços de:
carga, descarga, armazenagem e movimentação de mercadorias e produtos; sistemas
suplementares de apoio operacional; proteção ambiental; sistemas de segurança e de
monitoramento de fluxo de pessoas, mercadorias, produtos, veículos e embarcações;
dragagens; e treinamento e formação de trabalhadores, inclusive na implantação de Centros
de Treinamento Profissional. São beneficiários do REPORTO o operador portuário, o
concessionário de porto organizado, o arrendatário de instalação portuária de uso público e a
empresa autorizada a explorar instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo,
inclusive aquelas que operam com embarcações de offshore, o concessionário de transporte
ferroviário, empresas de dragagem, recintos alfandegados de zona secundária e dos Centros de
Treinamento Profissional. A suspensão converte-se em isenção após o decurso do prazo de 5
(cinco) anos, contado da data da ocorrência do respectivo fato gerador.

Lei nº 11.033/04, arts. 13 a 16, em específico: art. 14; Decreto nº 6.582/08; Lei nº 11.774/08,
art. 5º; Lei nº 12.715/12, art. 39; Lei nº 12.688/12, art. 30; Lei n° 13.169, art. 7°; Lei 14.301/22.

RETAERO - Regime Especial de Incentivos Tributários para a Indústria Aeroespacial Brasileira 11/06/2020 não vigente ... ... ...
47
Suspensão de PIS/Cofins na importação ou venda no mercado interno de partes, peças,
ferramentas, componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas,
a serem empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização dos produtos classificados na posição 88.02 da NCM. Suspensão de PIS/Cofins
na importação ou venda no mercado de serviços de tecnologia industrial básica,
desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência técnica e transferência de tecnologia. A
suspensão converte-se em alíquota zero após o emprego, utilização ou incorporação dos
referidos bens.
Lei nº 12.249/10, arts. 29 a 33; Lei nº 12.598/12, art. 16.

48 RETID - Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa 22/03/2032 31.798.810 0,00 0,00 0,01
Suspensão do PIS/COFINS sobre a venda no mercado interno ou importação de partes, peças,
ferramentas, componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos, matérias-primas,
serviços de tecnologia industrial básica, desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência
técnica e transferência de tecnologia a serem empregados na manutenção, conservação,
modernização, reparo, revisão, conversão, industrialização de bens de defesa nacional, quando
a aquisição for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do RETID. A suspensão também aplica-
se à receita de aluguel de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos. Conversão em
alíquota zero após o emprego ou utilização dos bens e serviços. Suspensão de PIS e COFINS
incidente sobre a receita decorrente da venda dos bens de defesa nacional, definidos em ato
do Poder Executivo, e a prestação de serviços de tecnologia industrial básica, projetos,
pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência técnica e transferência de
tecnologia, efetuada por pessoa jurídica beneficiária do RETID à União, para uso privativo das
Forças Armadas, exceto para uso pessoal e administrativo.

Lei nº 12.598/12, arts. 7º a 11; Decreto nº 8.122/13.

Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 38.389.150.889 0,31 1,38 8,41
49
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/14.

50 TEF - Tributação Específica do Futebol indeterminado 688.513.753 0,01 0,02 0,15


Regime de tributação específico para as Sociedades Anônimas do Futebol que unifica o
recolhimento do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e Contribuição Previdenciária (artigos I, II e III do caput
e no §6º do art. 22 da Lei n° 8.212/91). O regime consiste na tributação das receitas mensais
com a aplicação de uma alíquota de 5%, nos 5 primeiros anos-calendário da constituição da
sociedade, e de 4%, a partir do 6º ano calendário.
Lei n° 14.193/2021 , atrs. 31 e 32.

51 Telecomunicações em Áreas Rurais e Regiões Remotas 31/12/2018 não vigente ... ... ...
Isenção de tributos federais incidentes sobre o faturamento dos serviços de telecomunicações
prestados por meio das subfaixas de radiofrequência de 451 MHz a 458 MHz e de 461 MHz a
468 MHz, assim como por meio de estações terrenas satelitais de pequeno porte que
contribuam com os objetivos de implantação do PNBL. Isenção de tributos federais incidentes
sobre a receita bruta de venda a varejo dos componentes e equipamentos de rede, terminais e
transceptores definidos em regulamento que sejam dedicados aos serviços de
telecomunicações prestados por meio das subfaixas de radiofrequência de 451 MHz a 458 MHz
e de 461 MHz a 468 MHz, assim como por meio de estações terrenas satelitais de pequeno
porte que contribuam com os objetivos de implantação do PNBL.

Lei nº 12.715/12, arts. 35 e 37.

52 Termoeletricidade indeterminado 637.542.691 0,01 0,02 0,14


Redução a zero da alíquota do PIS/COFINS incidente sobre a venda de gás natural e carvão
mineral destinada à produção de energia elétrica.
Lei nº 10.312/01, arts. 1º e 2º.

53 Transporte Coletivo indeterminado 444.476.310 0,00 0,02 0,10


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS sobre o transporte público coletivo municipal de
passageiros, por meio rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário. Aplica-se também ao
transporte público coletivo intermunicipal, interestadual e internacional de caráter urbano.

Lei nº 12.860/13.
QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
54 Transporte Escolar indeterminado 44.117.546 0,00 0,00 0,01
Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da
venda, no mercado interno, de veículos e embarcações destinados ao transporte escolar para a
educação básica na zona rural, quando adquiridos pela União, Estados, Municípios e pelo
Distrito Federal.
Lei nº 10.865/04, art. 28, VIII e IX.

55 Trem de Alta Velocidade indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a
receita bruta decorrente da venda, no mercado interno, de serviços de transporte ferroviário
em sistema de trens de alta velocidade - TAV.
Lei nº 10.865/04, art. 28, XX.

56 Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00


Suspensão do PIS/PASEP-importação e COFINS-importação nas importações efetuadas por
empresas localizadas na Zona Franca de Manaus de matérias-primas, produtos intermediários
e materiais de embalagem, para emprego em processo de industrialização por
estabelecimentos industriais instalados na ZFM com projetos aprovados pela SUFRAMA.

Lei nº 10.865/04, art. 14-A.

57 Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00
Suspensão da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação incidentes
sobre importações de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para
incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica importadora estabelecida na Zona Franca
de Manaus. A suspensão converte-se em alíquota 0 (zero) após decorridos 18 meses da
incorporação do bem ao ativo imobilizado.
Lei nº 11.196/05, art. 50; Lei nº 10.865/04, art. 14, § 1º; Decreto nº 5.691/06.

58 Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00
Redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre
as receitas decorrentes da comercialização de matérias-primas, produtos intermediários e
materiais de embalagem, produzidos na Zona Franca de Manaus, para emprego em processo
de industrialização por estabelecimentos industriais instalados na própria ZFM com projetos
aprovados pela SUFRAMA.
Lei nº 10.637/02, art. 5º-A; Decreto nº 5.310/04.

59 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 05/10/2073 2.977.918.540 0,02 0,11 0,65
Alíquotas diferenciadas para as Contribuições PIS/Pasep e Cofins incidentes sobre a receita
bruta auferida por pessoa jurídica industrial estabelecida na Zona Franca de Manaus e na Área
de Livre Comércio, decorrente da venda de produção própria, consoante projeto aprovado pela
SUFRAMA. I) 0,65% e 3%, no caso de venda efetuada a pessoa jurídica estabelecida: a) na Zona
Franca de Manaus e na Área de Livre Comércio; b) fora da Zona Franca de Manaus e da Área de
Livre Comércio, que apure PIS/COFINS no regime de não-cumulatividade; II) 1,3% e 6%, no caso
de venda efetuada a: a)pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e da Área
de Livre Comércio, que apure o imposto de renda com base no lucro presumido; b) pessoa
jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e da Área de Livre Comércio, que apure o
imposto de renda com base no lucro real e que tenha sua receita, total ou parcialmente,
excluída do regime de incidência não-cumulativa do PIS/COFINS; c) pessoa jurídica estabelecida
fora da Zona Franca de Manaus e da Área de Livre Comércio e que seja optante pelo SIMPLES;
d) órgãos da administração federal, estadual, distrital e municipal. Crédito na aquisição de
mercadoria produzida por pessoa jurídica estabelecida na ZFM e na ALC, consoante projeto
aprovado pela SUFRAMA, determinado mediante a aplicação da alíquota de 1% e 4,6% e, na
situação "II b", mediante a aplicação da alíquota de 1,65% e 7,60%. Redução a zero das
alíquotas na venda de pneus e camaras de ar para bicicletas, quando produzidas na Zona
Franca de Manaus.

Lei nº 10.996/04, arts. 3º e 4º; Lei nº 10.637/02, art. 2º, § 4º e art. 3º § 12; Lei nº 10.833/03,
art. 2º, § 5º e art. 3º § 17; Decreto nº 5.310/04; Lei nº 13.097/15, art. 147.

TOTAL 123.329.828.588 1,00 4,45 27,00


QUADRO XXII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO - CIDE
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO CIDE
Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
1
Copa do Mundo Fifa (2014)
isenção da CIDE-Combustível na importação de combustíveis para uso ou consumo exclusivo
na organização e realização da Copa das Confederações e/ou Copa do Mundo Fifa. Isenção da
CIDE-Tecnologia para a Fifa e a Subsidiária Fifa no Brasil.
Lei nº 12.350/10, art. 3º, §1º, VIII e art. 7º, III, a.

2 Evento Esportivo, Cultural e Científico indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção da CIDE-Combustíveis incidente na importação de troféus, medalhas, placas,
estatuetas, distintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em
evento cultural, científico ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos
gratuitamente como premiação em evento esportivo realizado no País; bens dos tipos e em
quantidades normalmente consumidos em evento esportivo oficial; material promocional,
impressos, folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos
gratuitamente ou utilizados em evento esportivo oficial; bens importados por desportistas,
desde que tenham sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação
de entidade de prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento.

Lei nº 11.488/07, art. 38.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
3
de 2016
Isenção da CIDE-Combustível sobre a importação de combustíveis. Isenção da CIDE-Tecnologia
incidente sobre a importação de serviços.
Lei nº 12.780/13, art. 4º, §1º, VIII e IX; Decreto n° 8.463/15, art. 7º, § 1º, VIII e IX.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores indeterminado 818.801 0,00 0,00 0,02
4

Redução a zero da alíquota da CIDE-Tecnologia nas remessas ao exterior para pagamento de


patentes ou uso de marcas e fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica,
quando efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do PADIS.
Lei nº 11.484/07, art. 3º, § 3º , arts. 5º e 65; Lei n° 13.169/15, art. 12.

PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
5
para a TV Digital
Redução a zero da alíquota da CIDE-Tecnologia nas remessas ao exterior para pagamento de
patentes ou uso de marcas e fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica,
quando efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do PATVD.
Lei nº 11.484/07, art. 14, § 3º e art. 66.

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
6

Suspensão de CIDE-Tecnologia incidente na importação serviços destinados à fabricação dos


equipamentos. A suspensão converte-se em alíquota zero após a incorporação ou utilização
dos serviços nos equipamentos.
Lei nº 12.249/10, art. 9º,III e art. 139; Lei nº 12.715/12, arts. 15 a 23 e 78, em específico art. 18.

TOTAL 818.801 0,00 0,00 0,02


QUADRO XXIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
ADICIONAL AO FRETE PARA A RENOVAÇÃO DA MARINHA MERCANTE - AFRMM
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO AFRMM
1 Amazônia Ocidental indeterminado 1.217.856.049 0,01 0,04 11,80
Isenção do AFRMM para mercadorias que sejam destinadas ao consumo ou industrialização na
Amazônia Ocidental, excluídas armas, munições, fumo, bebidas alcoólicas, perfumes, veículos
de carga, automóveis de passageiros e granéis líquidos.
Lei nº 10.893/04, art. 14, V, g.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
2
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção do AFRMM nas importações de bens ou mercadorias para uso ou consumo na
organização e realização dos Eventos.
Lei nº 12.350/10, art. 3º, § 1º, VII.

3 Doações de Bens para Entidades Filantrópicas indeterminado 152.402 0,00 0,00 0,00
Isenção do AFRMM para bens sem interesse comercial, doados a entidades filantrópicas, desde
que o donatário os destine, total e exclusivamente, a obras sociais e assistenciais
gratuitamente prestadas.
Lei nº 10.893/04, art. 14, IV, a.

4 Livros, Jornais e Periódicos indeterminado 19.695.180 0,00 0,00 0,19


Isenção de AFRMM sobre livros, jornais e periódicos, bem como o papel destinado a sua
impressão.
Lei nº 10.893/04, art. 14, II.

5 Mercadorias Norte e Nordeste indeterminado 1.840.781.761 0,01 0,07 17,84


Não incidência do AFRMM sobre as mercadorias transportadas por meio fluvial e lacustre,
exceto graneis liquidos, transportados no âmbito das Regiões Norte e Nordeste. Não incidência
sobre mercadorias cuja origem ou destino final seja porto localizado na Região Norte ou
Nordeste do País, nas navegações de cabotagem, quando o descarregamento tiver início até 08
de janeiro de 2022. Não incidência sobre mercadorias cuja origem ou destino seja porto
localizado na Região Norte ou Nordeste do país, nas navegações realizadas em casco com
fundo duplo, destinadas ao transporte de combustíveis quando o descarregamento tiver início
até 08 de janeiro de 2022.
Lei nº 9.432/97, art. 17; Lei nº 10.893/04, art. 4º, Parágrafo único, inciso I; Lei nº 11.033/04,
art. 18; Lei nº 11.482/07, art. 11; Lei nº 12.507/11, art. 3º; Lei nº 13.458/17; Decreto nº
8.257/14, art. 4º, incisos II, III e IV e Parágrafo único.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
6
de 2016
Isenção do AFRMM incidente nas importações de bens ou mercadorias para uso ou consumo
exclusivo na organização e realização dos Jogos.
Lei nº 12.780/13, art. 4º, § 1º, VII; Decreto nº 8.463/15, art. 7º, § 1º, VII.

7 Pesquisas Científicas indeterminado 1.233.320 0,00 0,00 0,01


Isenção do AFRMM para bens destinados à pesquisa científica e tecnológica, conforme
disposto em lei.
Lei nº 10.893/04, art. 14, IV, e; Lei nº 12.599/12, art. 1º.

8 SUDAM/SUDENE - Isenção AFRMM 31/12/2015 não vigente ... ... ...


Isenção do AFRMM para os empreendimentos que se implantarem, modernizarem, ampliarem
ou diversificarem no Nordeste e na Amazônia e que sejam considerados de interesse para o
desenvolvimento destas regiões, segundo avaliações técnicas específicas das respectivas
Superintendências de Desenvolvimento.
Lei nº 9.808/99, art. 4º; Lei nº 12.431/11, art. 22.

TOTAL 3.079.718.713 0,02 0,11 29,84


QUADRO XXIV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA CINEMATOGRÁFICA NACIONAL - CONDECINE
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO CONDECINE
Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
1 Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção da CONDECINE incidente nas importações da FIFA.
Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos
2 de 2016 31/12/2017 não vigente ... ... ...
Isenção da CONDECINE em relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e
diretamente vinculadas à organização ou realização dos Eventos.
Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

Programação indeterminado 17.505.040 0,00 0,00 0,17


3
Isenção da CONDECINE, referente à programação internacional de que trata o inciso XIV do art.
1º, incidente sobre as remessas para o exterior, relativas a rendimentos ou remuneração
decorrentes da exploração de obras cinematográficas ou videofonográficas ou por sua
aquisição ou importação a preço fixo, bem como qualquer montante referente a aquisição ou
licenciamento de qualquer forma de direitos, desde que a programadora beneficiária desta
isenção opte por aplicar o valor correspondente a 3% (três por cento) em projetos de produção
de obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de longa, média e curta metragens
de produção independente, de co-produção de obras cinematográficas e videofonográficas
brasileiras de produção independente, de telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais,
animações e de programas de televisão de caráter educativo e cultural, brasileiros de produção
independente, aprovados pela ANCINE. Isenção da CONDECINE, referente à programação de
que trata o inciso XV do art. 1º, incidente sobre as remessas para o exterior, relativas a
rendimentos ou remuneração decorrentes da exploração de obras cinematográficas ou
videofonográficas ou por sua aquisição ou importação a preço fixo, bem como qualquer
montante referente a aquisição ou licenciamento de qualquer forma de direitos.

MP nº 2.228-1/01, art. 39, VII, X; Lei nº 10.454/02.

TOTAL 17.505.040 0,00 0,00 0,17


QUADRO XXV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2025 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO C. PREVI
1 Academia Brasileira de Letras - ABL indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art 1º; Lei Complementar nº 70/91, art 6º.

2 Associação Brasileira de Imprensa - ABI indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 1º; Lei Complementar nº 70/91, art. 6º.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
3
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção da contribuição previdenciária patronal destinada à FIFA e entidades organizadoras da
Copa do Mundo.
Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

4 Desoneração da Folha de Salários 31/12/2023 não vigente ... ... ...


Contribuição Previdenciária Patronal incidente sobre o faturamento, com alíquota de 1,0%,
1,5%, 2,0%, 2,5%, 3,0% ou 4,5%, em substituição a incidência sobre a folha de salários.

Lei nº 12.546/12, arts. 7º a 11; Lei nº 12.715/12, arts. 55 e 56; Lei nº 12.794/13, arts. 1º e 2º;
MP nº 601/12; MP nº 612/13, arts. 25 e 26; Lei nº 12.844/13; Lei nº 13.043/14, art. 53; Lei n°
13.161/15; Lei n° 13.202/15, Lei 14.288/21 art. 2°.

5 Dona de Casa indeterminado 402.386.075 0,00 0,01 0,06


Redução da alíquota (5%) da contribuição previdenciária do segurado facultativo sem renda
própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência,
desde que pertencente a família de baixa renda.
Lei nº 12.470/11; Lei nº 8.212/91, art. 21, § 2º, II, b.

6 Entidades Filantrópicas indeterminado 17.536.333.445 0,14 0,63 2,53


Isenção da Contribuição Previdenciária Patronal para as entidades beneficentes de assistência
social.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 195, § 7º; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

7 Exportação da Produção Rural indeterminado 10.820.268.957 0,09 0,39 1,56


Não incidência da contribuição social sobre receitas de exportações do setor rural
(agroindústria e produtor rural pessoa jurídica).
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 149, § 2º, I; Lei nº 8.870/94, art. 25.

8 Funrural indeterminado 3.597.423.529 0,03 0,13 0,52


Redução para 1,2% da Contribuição destinada à Seguridade Social Rural de que trata o artigo
25 da Lei n° 8.212/1991.
Lei n° 13.606/18.

9 Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 1º; Lei Complementar nº 70/91, art. 6º.

10 MEI - Microempreendedor Individual indeterminado 6.751.144.431 0,05 0,24 0,98


Redução da alíquota (5%) da contribuição previdenciária do segurado microempreendedor
individual.
Lei complementar nº 123/06, art. 18-A, § 3º, V, a e § 11; Lei nº 12.470/11; Lei nº 8.212/91, art.
21, § 2º, II, a.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
11
de 2016
Isenção da contribuição previdenciária patronal destinada ao Comite Organizador dos Jogos
Olímpicos - RIO 2016.
Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 34.349.241.157 0,28 1,24 4,96
12
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/14.

13 TEF - Tributação Específica do Futebol indeterminado 1.005.214.725 0,01 0,04 0,15


Regime de tributação específico para as Sociedades Anônimas do Futebol que unifica o
recolhimento do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e Contribuição Previdenciária (artigos I, II e III do caput
e no §6º do art. 22 da Lei n° 8.212/91). O regime consiste na tributação das receitas mensais
com a aplicação de uma alíquota de 5%, nos 5 primeiros anos-calendário da constituição da
sociedade, e de 4%, a partir do 6º ano calendário.
Lei n° 14.193/2021 , atrs. 31 e 32.

TOTAL 74.462.012.319 0,60 2,69 10,76


Anexo IV
Metas Fiscais
IV.10 - Renúncia de Receita Administrada pela RFB e Previdência
Ano: 2026
(Art. 4o, § 2o, inciso V, da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000)
QUADRO I

GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA - REGIONALIZADO
(VALORES NOMINAIS)
UNIDADE: R$ 1,00

FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL

Administração 2.220.251 8.256.263 106.466.781 248.340.384 20.936.279 386.219.958


Agricultura 7.587.692.274 7.853.090.541 14.799.578.772 24.793.932.707 16.304.225.628 71.338.519.921
Assistência Social 883.269.439 4.061.898.307 3.315.040.725 18.935.885.928 5.518.080.522 32.714.174.921
Ciência e Tecnologia 2.319.361.260 680.419.656 350.171.760 14.384.787.316 3.989.200.984 21.723.940.976
Comércio e Serviço 27.506.220.624 16.867.206.322 10.108.199.284 63.514.706.087 25.041.037.143 143.037.369.460
Comunicações 3.120.374 4.281.537 4.178.561 8.109.895 3.158.254 22.848.620
Cultura 97.931.426 340.371.960 104.647.298 3.786.228.056 552.341.373 4.881.520.112
Defesa Nacional 0 0 0 63.160.663 3.095.813 66.256.476
Desporto e Lazer 201.691.337 459.935.023 331.461.302 2.644.785.929 715.948.576 4.353.822.167
Direitos da Cidadania 92.382.657 143.808.332 111.214.863 1.600.960.498 410.659.359 2.359.025.709
Educação 771.820.450 3.016.141.399 1.531.790.813 10.779.769.727 3.681.643.151 19.781.165.540
Encargos Especiais 0 0 0 0 0 0
Energia 96.619.582 772.217.468 126.581.982 1.778.116.512 429.003.871 3.202.539.415
Essencial à Justiça 0 0 0 0 0 0
Gestão Ambiental 8.984.254 17.239.321 14.356.830 233.317.513 76.927.217 350.825.134
Habitação 717.504.144 2.413.483.229 1.785.380.722 13.463.228.913 3.747.074.647 22.126.671.655
Indústria 20.815.007.100 11.730.352.276 2.800.317.873 12.977.040.375 4.836.357.519 53.159.075.144
Judiciária 0 0 0 0 0 0
Legislativa 0 0 0 0 0 0
Não definida 98.772.969 564.872.014 409.859.808 4.542.846.061 1.144.317.748 6.760.668.599
Organização Agrária 3.274.851 31.773.570 1.172.611 10.558.916 17.039.161 63.819.109
Relações Exteriores 0 0 0 0 0 0
Saneamento 5.233.384 2.460.479 6.693.085 26.747.551 12.075.573 53.210.073
Saúde 2.607.656.374 8.765.922.699 10.720.624.142 53.082.240.731 10.193.988.327 85.370.432.274
Segurança Pública 0 0 0 0 0 0
Trabalho 1.626.941.156 6.932.926.936 4.918.138.237 28.750.310.987 8.559.248.314 50.787.565.630
Transporte 285.928.639 928.851.325 477.718.608 7.686.772.367 494.127.809 9.873.398.747
Urbanismo 0 0 0 0 0 0

TOTAL 65.731.632.544 65.595.508.655 52.023.594.057 263.311.847.116 85.750.487.268 532.413.069.642

ARRECADAÇÃO* 76.748.001.198 220.290.266.981 331.105.424.601 1.869.035.170.465 450.794.569.321 2.947.973.432.567


*Exceto CPSS
QUADRO II

GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA - REGIONALIZADO
(RAZÕES PERCENTUAIS)
UNIDADE: %

FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL

Administração 0,57 2,14 27,57 64,30 5,42 100,00


Agricultura 10,64 11,01 20,75 34,76 22,85 100,00
Assistência Social 2,70 12,42 10,13 57,88 16,87 100,00
Ciência e Tecnologia 10,68 3,13 1,61 66,22 18,36 100,00
Comércio e Serviço 19,23 11,79 7,07 44,40 17,51 100,00
Comunicações 13,66 18,74 18,29 35,49 13,82 100,00
Cultura 2,01 6,97 2,14 77,56 11,31 100,00
Defesa Nacional 0,00 0,00 0,00 95,33 4,67 100,00
Desporto e Lazer 4,63 10,56 7,61 60,75 16,44 100,00
Direitos da Cidadania 3,92 6,10 4,71 67,87 17,41 100,00
Educação 3,90 15,25 7,74 54,50 18,61 100,00
Encargos Especiais - - - - - -
Energia 3,02 24,11 3,95 55,52 13,40 100,00
Essencial à Justiça - - - - - -
Gestão Ambiental 2,56 4,91 4,09 66,51 21,93 100,00
Habitação 3,24 10,91 8,07 60,85 16,93 100,00
Indústria 39,16 22,07 5,27 24,41 9,10 100,00
Judiciária - - - - - -
Legislativa - - - - - -
Não definida 1,46 8,36 6,06 67,20 16,93 100,00
Organização Agrária 5,13 49,79 1,84 16,55 26,70 100,00
Relações Exteriores - - - - - -
Saneamento 9,84 4,62 12,58 50,27 22,69 100,00
Saúde 3,05 10,27 12,56 62,18 11,94 100,00
Segurança Pública - - - - - -
Trabalho 3,20 13,65 9,68 56,61 16,85 100,00
Transporte 2,90 9,41 4,84 77,85 5,00 100,00
Urbanismo - - - - - -

TOTAL 12,35 12,32 9,77 49,46 16,11 100,00

GASTOS / ARRECADAÇÃO* 85,65 29,78 15,71 14,09 19,02 18,06

*Exceto CPSS
QUADRO III
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E POR MODALIDADE DE GASTO
UNIDADE: R$ 1,00
FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
Administração 386.219.958 0,07%
Rede Arrecadadora 386.219.958 0,07%
Agricultura 71.338.519.921 13,40%
Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 6.970.804.212 1,31%
Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 41.311.775.790 7,76%
Amazônia Ocidental 64.221.519 0,01%
Exportação da Produção Rural 11.240.365.162 2,11%
Fundos Constitucionais 86.299.198 0,02%
Funrural 3.734.980.218 0,70%
Investimentos em Infra-Estrutura 0 0,00%
Mercadorias Norte e Nordeste 97.070.423 0,02%
REIDI 60.105 0,00%
Seguro Rural 795.183.170 0,15%
SUDAM 1.272.345.930 0,24%
SUDENE 1.782.267.157 0,33%
Zona Franca de Manaus 3.937.168.796 0,74%
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0,00%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 45.978.240 0,01%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0,00%
Assistência Social 32.714.174.921 6,14%
Aposentadoria de Declarante com 65 Anos ou Mais 16.310.899.471 3,06%
Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 1.717.552.838 0,32%
Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 1.262.386.451 0,24%
Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 523.490.679 0,10%
Doações de Bens para Entidades Filantrópicas 160.734 0,00%
Dona de Casa 417.772.336 0,08%
Entidades Filantrópicas 2.781.050.301 0,52%
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 5.084.025.785 0,95%
Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 4.616.836.327 0,87%
Ciência e Tecnologia 21.723.940.976 4,08%
Despesas com Pesquisas Científicas e Tecnológicas 3.561.256.625 0,67%
Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 105.557.222 0,02%
Evento Esportivo, Cultural e Científico 967.771 0,00%
Informática e Automação 9.508.034.321 1,79%
Inovação Tecnológica 7.647.357.050 1,44%
Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0,00%
Máquinas e Equipamentos - CNPq 502.795.359 0,09%
PADIS 395.786.603 0,07%
Pesquisas Científicas 1.300.740 0,00%
SUDAM 0 0,00%
SUDENE 0 0,00%
TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Informação e da Comunicação 885.285 0,00%
Comércio e Serviço 143.037.369.460 26,87%
Amazônia Ocidental 937.634.184 0,18%
Áreas de Livre Comércio 697.672.772 0,13%
Fundos Constitucionais 1.294.336.883 0,24%
Mercadorias Norte e Nordeste 1.417.228.175 0,27%
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 4.802.257.069 0,90%
QUADRO III
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E POR MODALIDADE DE GASTO
UNIDADE: R$ 1,00
FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros 12.024.147 0,00%
Simples Nacional 113.364.341.227 21,29%
Zona Franca de Manaus 18.496.648.161 3,47%
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0,00%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 2.015.226.842 0,38%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0,00%
Comunicações 22.848.620 0,00%
Investimentos em Infra-Estrutura 22.848.620 0,00%
Cultura 4.881.520.112 0,92%
Atividade Audiovisual 187.237.339 0,04%
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 127.357.488 0,02%
Evento Esportivo, Cultural e Científico 967.771 0,00%
Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 22.503.447 0,00%
Livros 2.034.578.615 0,38%
Livros, Jornais e Periódicos 20.771.821 0,00%
Programa Nacional de Apoio à Cultura 2.469.918.960 0,46%
Programação 18.184.671 0,00%
Defesa Nacional 66.256.476 0,01%
RETID 66.256.476 0,01%
Desporto e Lazer 4.353.822.167 0,82%
Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 548.636.217 0,10%
Evento Esportivo, Cultural e Científico 967.771 0,00%
Incentivo ao Desporto 896.587.075 0,17%
TEF - Tributação Específica do Futebol 2.907.631.104 0,55%
Direitos da Cidadania 2.359.025.709 0,44%
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0,00%
Fundos da Criança e do Adolescente 879.735.641 0,17%
Fundos do Idoso 476.031.050 0,09%
Horário Eleitoral Gratuito 1.003.259.018 0,19%
Educação 19.781.165.540 3,72%
Despesas com Educação 5.663.015.078 1,06%
Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 84.622.775 0,02%
Entidades Filantrópicas 4.384.956.128 0,82%
Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 5.787.948.936 1,09%
PROUNI 3.803.756.410 0,71%
Transporte Escolar 56.866.212 0,01%
Energia 3.202.539.415 0,60%
Aerogeradores 240.249.357 0,05%
Biodiesel 139.250.653 0,03%
Gás Natural Liquefeito 165.163.379 0,03%
Investimentos em Infra-Estrutura 731.186.150 0,14%
REIDI 1.108.315.493 0,21%
Termoeletricidade 818.374.383 0,15%
Gestão Ambiental 350.825.134 0,07%
Reciclagem 350.825.134 0,07%
Habitação 22.126.671.655 4,16%
Associações de Poupança e Empréstimo 42.775.119 0,01%
Financiamentos Habitacionais 8.133.238.389 1,53%
QUADRO III
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E POR MODALIDADE DE GASTO
UNIDADE: R$ 1,00
FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
Minha Casa, Minha Vida 320.181.641 0,06%
Poupança 13.630.476.506 2,56%
Indústria 53.159.075.144 9,98%
Amazônia Ocidental 282.574.686 0,05%
Fundos Constitucionais 384.899.858 0,07%
Mercadorias Norte e Nordeste 427.109.861 0,08%
Petroquímica 1.319.090.000 0,25%
Rota 2030 3.809.725.311 0,72%
Simples Nacional 18.312.005.647 3,44%
SUDAM 5.674.742.945 1,07%
SUDENE 7.949.023.715 1,49%
Zona Franca de Manaus 13.233.371.495 2,49%
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0,00%
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0,00%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 1.766.531.626 0,33%
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0,00%
Não definida 6.760.668.599 1,27%
Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio 6.760.668.599 1,27%
Organização Agrária 63.819.109 0,01%
ITR 63.819.109 0,01%
Saneamento 53.210.073 0,01%
Investimentos em Infra-Estrutura 53.210.073 0,01%
REIDI 0 0,00%
Saúde 85.370.432.274 16,03%
Água Mineral 370.340.571 0,07%
Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados 14.586.050.380 2,74%
Despesas Médicas 28.209.926.461 5,30%
Entidades Filantrópicas 11.814.697.076 2,22%
Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 8.998.609.548 1,69%
Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial 28.615.672 0,01%
Medicamentos 10.253.166.013 1,93%
Produtos Químicos e Farmacêuticos 11.109.026.552 2,09%
Trabalho 50.787.565.630 9,54%
Aposentadoria por Moléstia Grave ou Acidente 25.504.793.678 4,79%
Benefícios Previdênciários e FAPI 1.650.702.919 0,31%
Empresa cidadã 353.961.888 0,07%
Indenizações por Rescisão de Contrato de Trabalho 11.197.001.331 2,10%
MEI - Microempreendedor Individual 7.009.291.704 1,32%
PAIT - Planos de Poupança e Investimento 6.877.426 0,00%
Previdência Privada Fechada 328.134.243 0,06%
Programa de Alimentação do Trabalhador 2.494.198.834 0,47%
Seguro ou Pecúlio Pago por Morte ou Invalidez 2.242.603.606 0,42%
Transporte 9.873.398.747 1,85%
Embarcações e Aeronaves 7.120.232.547 1,34%
Investimentos em Infra-Estrutura 253.544.144 0,05%
Leasing de Aeronaves 357.120.306 0,07%
Motocicletas 307.924.138 0,06%
REIDI 873.590.139 0,16%
TAXI 390.646.144 0,07%
QUADRO III
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E POR MODALIDADE DE GASTO
UNIDADE: R$ 1,00
FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
Transporte Coletivo 570.341.329 0,11%
Trem de Alta Velocidade 0 0,00%
TOTAL 532.413.069.642 100%
QUADRO IV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E MODALIDADE DE GASTO - REGIONALIZADO
UNIDADE: R$ 1,00

FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL
Administração 2.220.251 8.256.263 106.466.781 248.340.384 20.936.279 386.219.958
Rede Arrecadadora 2.220.251 8.256.263 106.466.781 248.340.384 20.936.279 386.219.958
Agricultura 7.587.692.274 7.853.090.541 14.799.578.772 24.793.932.707 16.304.225.628 71.338.519.921
Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 313.361.673 553.849.406 2.689.966.410 1.790.900.066 1.622.726.658 6.970.804.212
Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 1.840.896.617 4.712.466.002 10.103.263.517 13.642.771.105 11.012.378.549 41.311.775.790
Amazônia Ocidental 64.221.519 0 0 0 0 64.221.519
Exportação da Produção Rural 155.832.373 368.712.941 987.044.086 7.322.039.443 2.406.736.319 11.240.365.162
Fundos Constitucionais 21.012.717 44.865.679 17.415.675 3.005.127 0 86.299.198
Funrural 122.041.939 311.860.233 547.723.375 1.854.747.049 898.607.623 3.734.980.218
Investimentos em Infra-Estrutura 0 0 0 0 0 0
Mercadorias Norte e Nordeste 51.969.277 45.101.146 0 0 0 97.070.423
REIDI 0 0 0 60.105 0 60.105
Seguro Rural 20.056.788 33.967.978 196.972.113 180.409.812 363.776.479 795.183.170
SUDAM 1.015.152.334 0 257.193.596 0 0 1.272.345.930
SUDENE 0 1.782.267.157 0 0 0 1.782.267.157
Zona Franca de Manaus 3.937.168.796 0 0 0 0 3.937.168.796
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 45.978.240 0 0 0 0 45.978.240
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadoria 0 0 0 0 0 0
Assistência Social 883.269.439 4.061.898.307 3.315.040.725 18.935.885.928 5.518.080.522 32.714.174.921
Aposentadoria de Declarante com 65 Anos ou Mais 538.773.892 2.423.670.959 1.300.364.951 9.159.099.575 2.888.990.095 16.310.899.471
Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 28.827.046 377.836.056 125.264.668 955.780.639 229.844.428 1.717.552.838
Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 19.432.049 79.863.805 76.838.104 878.578.302 207.674.191 1.262.386.451
Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 5.840.222 32.343.120 15.491.804 400.037.492 69.778.042 523.490.679
Doações de Bens para Entidades Filantrópicas 0 27.565 0 54.864 78.304 160.734
Dona de Casa 13.020.722 103.359.764 40.635.857 193.295.368 67.460.624 417.772.336
Entidades Filantrópicas 22.264.244 175.533.648 194.057.255 1.847.910.945 541.284.210 2.781.050.301
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 146.325.833 346.820.837 1.441.154.525 2.614.601.667 535.122.923 5.084.025.785
Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 108.785.432 522.442.552 121.233.562 2.886.527.075 977.847.706 4.616.836.327
Ciência e Tecnologia 2.319.361.260 680.419.656 350.171.760 14.384.787.316 3.989.200.984 21.723.940.976
Despesas com Pesquisas Científicas e Tecnológicas 108.944.729 71.231.335 86.385.815 3.080.688.100 214.006.645 3.561.256.625
Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 6.798.189 19.576.016 4.446.104 57.986.353 16.750.561 105.557.222
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 785.403 182.367 967.771
Informática e Automação 2.076.965.826 213.764.042 1.647.203 4.839.192.798 2.376.464.452 9.508.034.321
Inovação Tecnológica 89.779.126 336.817.693 242.599.722 5.678.343.470 1.299.817.038 7.647.357.050
Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0 0 0 0 0
Máquinas e Equipamentos - CNPq 5.971.056 38.977.651 15.012.827 401.458.894 41.374.931 502.795.359
PADIS 30.873.932 0 0 324.517.662 40.395.009 395.786.603
Pesquisas Científicas 28.403 52.919 0 1.181.985 37.433 1.300.740
SUDAM 0 0 0 0 0 0
SUDENE 0 0 0 0 0 0
TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Informação e da Comuni 0 0 80.089 632.649 172.548 885.285
Comércio e Serviço 27.506.220.624 16.867.206.322 10.108.199.284 63.514.706.087 25.041.037.143 143.037.369.460
Amazônia Ocidental 937.634.184 0 0 0 0 937.634.184
Áreas de Livre Comércio 697.672.772 0 0 0 0 697.672.772
Fundos Constitucionais 315.153.966 672.906.632 261.204.638 45.071.647 0 1.294.336.883
Mercadorias Norte e Nordeste 758.751.449 658.476.726 0 0 0 1.417.228.175
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 96.100.282 520.790.988 355.960.207 3.173.552.266 655.853.326 4.802.257.069
Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros 25.174 10.670 5.489.475 5.333.096 1.165.732 12.024.147
Simples Nacional 4.189.007.795 15.015.021.306 9.485.544.964 60.290.749.078 24.384.018.085 113.364.341.227
Zona Franca de Manaus 18.496.648.161 0 0 0 0 18.496.648.161
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 2.015.226.842 0 0 0 0 2.015.226.842
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadoria 0 0 0 0 0 0
Comunicações 3.120.374 4.281.537 4.178.561 8.109.895 3.158.254 22.848.620
Investimentos em Infra-Estrutura 3.120.374 4.281.537 4.178.561 8.109.895 3.158.254 22.848.620
Cultura 97.931.426 340.371.960 104.647.298 3.786.228.056 552.341.373 4.881.520.112
Atividade Audiovisual 14.132.570 218.045 1.504.251 167.806.662 3.575.811 187.237.339
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 8.341.864 10.506.197 3.096.654 94.451.989 10.960.785 127.357.488
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 785.403 182.367 967.771
Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 64.225 62.653 1.381.483 14.024.786 6.970.300 22.503.447
Livros 6.034.850 253.073.775 49.525.804 1.560.701.139 165.243.046 2.034.578.615
Livros, Jornais e Periódicos 131.837 543.051 0 16.981.936 3.114.997 20.771.821
Programa Nacional de Apoio à Cultura 66.320.601 75.947.159 48.903.633 1.916.887.512 361.860.055 2.469.918.960
Programação 2.905.479 21.079 235.472 14.588.629 434.011 18.184.671
Defesa Nacional 0 0 0 63.160.663 3.095.813 66.256.476
RETID 0 0 0 63.160.663 3.095.813 66.256.476
Desporto e Lazer 201.691.337 459.935.023 331.461.302 2.644.785.929 715.948.576 4.353.822.167
Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 8.190.477 18.521.475 8.208.774 406.821.833 106.893.658 548.636.217
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 785.403 182.367 967.771
Incentivo ao Desporto 28.063.557 29.116.485 35.465.112 695.644.074 108.297.847 896.587.075
TEF - Tributação Específica do Futebol 165.437.302 412.297.063 287.787.416 1.541.534.618 500.574.704 2.907.631.104
Direitos da Cidadania 92.382.657 143.808.332 111.214.863 1.600.960.498 410.659.359 2.359.025.709
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0 0 0 0 0
Fundos da Criança e do Adolescente 22.768.905 52.365.600 42.914.243 561.750.701 199.936.191 879.735.641
Fundos do Idoso 14.051.742 10.988.960 12.074.969 357.765.579 81.149.801 476.031.050
Horário Eleitoral Gratuito 55.562.010 80.453.773 56.225.652 681.444.218 129.573.366 1.003.259.018
Educação 771.820.450 3.016.141.399 1.531.790.813 10.779.769.727 3.681.643.151 19.781.165.540
Despesas com Educação 439.176.915 1.019.658.525 660.935.563 2.747.248.292 795.995.783 5.663.015.078
Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 1.098.568 900.647 49.804.261 31.007.446 1.811.852 84.622.775
Entidades Filantrópicas 49.060.730 312.116.043 280.078.976 2.528.697.249 1.215.003.130 4.384.956.128
Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 86.820.804 894.589.427 357.657.993 3.369.067.361 1.079.813.352 5.787.948.936
PROUNI 195.292.428 778.301.869 182.112.802 2.081.764.505 566.284.805 3.803.756.410
Transporte Escolar 371.006 10.574.886 1.201.218 21.984.873 22.734.229 56.866.212
Energia 96.619.582 772.217.468 126.581.982 1.778.116.512 429.003.871 3.202.539.415
Aerogeradores 397.283 146.365.431 191.144 75.651.650 17.643.850 240.249.357
Biodiesel 26.465.218 1.526.243 26.910.091 45.053.334 39.295.767 139.250.653
Gás Natural Liquefeito 0 128.874.368 0 36.289.011 0 165.163.379
Investimentos em Infra-Estrutura 64.955.481 229.740.792 61.811.118 297.748.816 76.929.943 731.186.150
REIDI 0 209.007.461 36.643.168 677.346.361 185.318.502 1.108.315.493
Termoeletricidade 4.801.600 56.703.174 1.026.460 646.027.340 109.815.809 818.374.383
Gestão Ambiental 8.984.254 17.239.321 14.356.830 233.317.513 76.927.217 350.825.134
Reciclagem 8.984.254 17.239.321 14.356.830 233.317.513 76.927.217 350.825.134
Habitação 717.504.144 2.413.483.229 1.785.380.722 13.463.228.913 3.747.074.647 22.126.671.655
Associações de Poupança e Empréstimo 0 0 42.775.119 0 0 42.775.119
QUADRO IV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026
POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA E MODALIDADE DE GASTO - REGIONALIZADO
UNIDADE: R$ 1,00

FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA / GASTO TRIBUTÁRIO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL
Financiamentos Habitacionais 511.077.709 1.153.603.348 845.699.301 4.224.692.650 1.398.165.383 8.133.238.389
Minha Casa, Minha Vida 7.285.979 121.016.971 70.570.209 79.507.745 41.800.737 320.181.641
Poupança 199.140.456 1.138.862.911 826.336.093 9.159.028.518 2.307.108.527 13.630.476.506
Indústria 20.815.007.100 11.730.352.276 2.800.317.873 12.977.040.375 4.836.357.519 53.159.075.144
Amazônia Ocidental 282.574.686 0 0 0 0 282.574.686
Fundos Constitucionais 93.718.041 200.103.752 77.675.008 13.403.057 0 384.899.858
Mercadorias Norte e Nordeste 228.664.820 198.445.041 0 0 0 427.109.861
Petroquímica 0 498.183.031 0 382.305.199 438.601.770 1.319.090.000
Rota 2030 0 460.718.569 41.680.054 2.890.579.944 416.746.744 3.809.725.311
Simples Nacional 682.503.116 2.423.878.168 1.533.863.182 9.690.752.176 3.981.009.005 18.312.005.647
SUDAM 4.527.643.316 0 1.147.099.629 0 0 5.674.742.945
SUDENE 0 7.949.023.715 0 0 0 7.949.023.715
Zona Franca de Manaus 13.233.371.495 0 0 0 0 13.233.371.495
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 1.766.531.626 0 0 0 0 1.766.531.626
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadoria 0 0 0 0 0 0
Não definida 98.772.969 564.872.014 409.859.808 4.542.846.061 1.144.317.748 6.760.668.599
Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio 98.772.969 564.872.014 409.859.808 4.542.846.061 1.144.317.748 6.760.668.599
Organização Agrária 3.274.851 31.773.570 1.172.611 10.558.916 17.039.161 63.819.109
ITR 3.274.851 31.773.570 1.172.611 10.558.916 17.039.161 63.819.109
Saneamento 5.233.384 2.460.479 6.693.085 26.747.551 12.075.573 53.210.073
Investimentos em Infra-Estrutura 5.233.384 2.460.479 6.693.085 26.747.551 12.075.573 53.210.073
REIDI 0 0 0 0 0 0
Saúde 2.607.656.374 8.765.922.699 10.720.624.142 53.082.240.731 10.193.988.327 85.370.432.274
Água Mineral 6.426.751 120.427.729 12.087.280 164.784.015 66.614.796 370.340.571
Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados 261.749.160 1.000.533.777 1.003.236.573 10.849.685.991 1.470.844.879 14.586.050.380
Despesas Médicas 1.525.022.968 4.800.841.553 3.473.836.530 14.604.647.260 3.805.578.151 28.209.926.461
Entidades Filantrópicas 58.404.209 1.582.162.803 743.921.004 7.619.886.131 1.810.322.928 11.814.697.076
Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 275.539.978 780.165.757 2.997.852.518 3.862.867.416 1.082.183.879 8.998.609.548
Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial 723.011 6.813.965 1.704.511 15.812.677 3.561.509 28.615.672
Medicamentos 358.414.584 129.949.841 830.583.624 8.430.994.661 503.223.303 10.253.166.013
Produtos Químicos e Farmacêuticos 121.375.712 345.027.274 1.657.402.102 7.533.562.581 1.451.658.882 11.109.026.552
Trabalho 1.626.941.156 6.932.926.936 4.918.138.237 28.750.310.987 8.559.248.314 50.787.565.630
Aposentadoria por Moléstia Grave ou Acidente 948.220.735 4.395.960.319 3.058.476.175 12.747.277.759 4.354.858.691 25.504.793.678
Benefícios Previdênciários e FAPI 39.539.893 22.653.705 168.343.253 1.320.608.976 99.557.092 1.650.702.919
Empresa cidadã 7.272.780 9.470.451 12.078.682 279.115.199 46.024.777 353.961.888
Indenizações por Rescisão de Contrato de Trabalho 234.904.647 922.891.298 739.662.877 7.319.248.257 1.980.294.252 11.197.001.331
MEI - Microempreendedor Individual 259.209.051 1.178.296.874 562.262.460 3.711.055.680 1.298.467.639 7.009.291.704
PAIT - Planos de Poupança e Investimento 545 274.051 39.949 3.321.529 3.241.352 6.877.426
Previdência Privada Fechada 0 37.733.994 114.510.357 138.304.324 37.585.568 328.134.243
Programa de Alimentação do Trabalhador 89.134.463 182.671.013 109.303.597 1.760.956.049 352.133.712 2.494.198.834
Seguro ou Pecúlio Pago por Morte ou Invalidez 48.659.043 182.975.229 153.460.888 1.470.423.214 387.085.231 2.242.603.606
Transporte 285.928.639 928.851.325 477.718.608 7.686.772.367 494.127.809 9.873.398.747
Embarcações e Aeronaves 206.129.868 576.999.832 170.623.470 5.881.585.292 284.894.085 7.120.232.547
Investimentos em Infra-Estrutura 16.112.771 2.785.368 18.651.313 180.946.951 35.047.742 253.544.144
Leasing de Aeronaves 0 0 0 354.248.938 2.871.367 357.120.306
Motocicletas 31.265.053 74.363.301 31.850.004 127.356.080 43.089.700 307.924.138
REIDI 0 11.997.637 197.318.726 660.489.286 3.784.491 873.590.139
TAXI 15.307.336 152.445.225 21.216.251 171.223.050 30.454.283 390.646.144
Transporte Coletivo 17.113.612 110.259.962 38.058.845 310.922.770 93.986.141 570.341.329
Trem de Alta Velocidade 0 0 0 0 0 0
TOTAL 65.731.632.544 65.595.508.655 52.023.594.057 263.311.847.116 85.750.487.268 532.413.069.642
QUADRO V

GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026


CONSOLIDAÇÃO POR FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA
UNIDADE: R$ 1,00
FUNÇÃO ORÇAMENTÁRIA VALOR %
Comércio e Serviço 143.037.369.460 26,87%
Saúde 85.370.432.274 16,03%
Agricultura 71.338.519.921 13,40%
Indústria 53.159.075.144 9,98%
Trabalho 50.787.565.630 9,54%
Assistência Social 32.714.174.921 6,14%
Habitação 22.126.671.655 4,16%
Ciência e Tecnologia 21.723.940.976 4,08%
Educação 19.781.165.540 3,72%
Transporte 9.873.398.747 1,85%
Não definida 6.760.668.599 1,27%
Cultura 4.881.520.112 0,92%
Desporto e Lazer 4.353.822.167 0,82%
Energia 3.202.539.415 0,60%
Direitos da Cidadania 2.359.025.709 0,44%
Administração 386.219.958 0,07%
Gestão Ambiental 350.825.134 0,07%
Defesa Nacional 66.256.476 0,01%
Organização Agrária 63.819.109 0,01%
Saneamento 53.210.073 0,01%
Comunicações 22.848.620 0,00%
TOTAL 532.413.069.642 100%
QUADRO VI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - CONSOLIDAÇÃO POR TIPO DE TRIBUTO
VALORES NOMINAIS E PERCENTUAIS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
TRIBUTO VALOR GASTOS
PIB ARRECADAÇÃO
TRIBUTÁRIOS
Imposto sobre Importação - II 8.280.501.025 0,06 0,28 1,56
Imposto sobre a Renda Pessoa Física - IRPF 89.706.589.022 0,69 3,04 16,85
Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica - IRPJ 98.079.200.127 0,75 3,33 18,42
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF 21.278.104.714 0,16 0,72 4,00
Imposto sobre Produtos Industrializados - Operações Internas - IPI-Interno 31.233.502.607 0,24 1,06 5,87
Imposto sobre Produtos Industrializados - Vinculado à Importação - IPI-Vinculado 7.628.894.675 0,06 0,26 1,43
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 11.201.043.426 0,09 0,38 2,10
Imposto sobre Propriedade Territorial Rural - ITR 63.819.109 0,00 0,00 0,01
Contribuição Social para o PIS-PASEP 26.976.737.880 0,21 0,92 5,07
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 27.312.072.368 0,21 0,93 5,13
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 130.069.883.938 0,99 4,41 24,43
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 850.591 0,00 0,00 0,00
Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM 3.248.072.142 0,02 0,11 0,61
Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE 18.184.671 0,00 0,00 0,00
Contribuição para a Previdência Social 77.315.613.346 0,59 2,62 14,52

TOTAL 532.413.069.642 4,07 18,06 100,00

ARRECADAÇÃO* 2.947.973.432.567 22,53 100,00

PIB 13.083.005.522.948 100,00

*Exceto CPSS
QUADRO VII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026
POR TIPO DE TRIBUTO E GASTO TRIBUTÁRIO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR
PIB ARRECADAÇÃO GASTOS TRIBUTÁRIOS
I. Imposto sobre Importação - II 8.280.501.025 0,06 0,28 1,56
1 Áreas de Livre Comércio 24.244.677 0,00 0,00 0,00
2 Embarcações e Aeronaves 700.564.540 0,01 0,02 0,13
3 Evento Esportivo, Cultural e Científico 1.517.678 0,00 0,00 0,00
4 Máquinas e Equipamentos - CNPq 168.701.989 0,00 0,01 0,03
5 PADIS 40.783.098 0,00 0,00 0,01
6 Zona Franca de Manaus 7.344.689.042 0,06 0,25 1,38
II. Imposto sobre a Renda Pessoa Física - IRPF 89.706.589.022 0,69 3,04 16,85
1 Aposentadoria de Declarante com 65 Anos ou Mais 16.310.899.471 0,12 0,55 3,06
2 Aposentadoria por Moléstia Grave ou Acidente 25.504.793.678 0,19 0,87 4,79
3 Despesas com Educação 5.663.015.078 0,04 0,19 1,06
4 Despesas Médicas 28.209.926.461 0,22 0,96 5,30
5 Fundos da Criança e do Adolescente 368.745.958 0,00 0,01 0,07
6 Fundos do Idoso 15.866.540 0,00 0,00 0,00
7 Incentivo ao Desporto 9.766.298 0,00 0,00 0,00
8 Indenizações por Rescisão de Contrato de Trabalho 11.197.001.331 0,09 0,38 2,10
9 Programa Nacional de Apoio à Cultura 64.146.967 0,00 0,00 0,01
10 Reciclagem 119.823.634 0,00 0,00 0,02
11 Seguro ou Pecúlio Pago por Morte ou Invalidez 2.242.603.606 0,02 0,08 0,42
III. Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica - IRPJ 98.079.200.127 0,75 3,33 18,42
1 Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados 10.725.037.044 0,08 0,36 2,01
2 Associações de Poupança e Empréstimo 22.257.421 0,00 0,00 0,00
3 Benefícios Previdênciários e FAPI 1.213.752.146 0,01 0,04 0,23
4 Despesas com Pesquisas Científicas e Tecnológicas 3.561.256.625 0,03 0,12 0,67
5 Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 384.919.617 0,00 0,01 0,07
6 Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 62.222.629 0,00 0,00 0,01
7 Empresa cidadã 353.961.888 0,00 0,01 0,07
8 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 4.135.891.984 0,03 0,14 0,78
9 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 2.282.896.969 0,02 0,08 0,43
10 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 40.765.131 0,00 0,00 0,01
11 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 55.303.825 0,00 0,00 0,01
12 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 2.090.860.536 0,02 0,07 0,39
13 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 1.174.653.518 0,01 0,04 0,22
14 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 126.255.230 0,00 0,00 0,02
15 Fundos da Criança e do Adolescente 510.989.683 0,00 0,02 0,10
16 Fundos do Idoso 460.164.510 0,00 0,02 0,09
17 Horário Eleitoral Gratuito 1.003.259.018 0,01 0,03 0,19
18 Incentivo ao Desporto 886.820.778 0,01 0,03 0,17
19 Informática e Automação 7.606.427.457 0,06 0,26 1,43
20 Inovação Tecnológica 5.620.464.764 0,04 0,19 1,06
21 Investimentos em Infra-Estrutura 754.197.795 0,01 0,03 0,14
22 Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0,00 0,00 0,00
23 Minha Casa, Minha Vida 99.256.309 0,00 0,00 0,02
24 PADIS 280.826.312 0,00 0,01 0,05
25 PAIT - Planos de Poupança e Investimento 6.877.426 0,00 0,00 0,00
26 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 1.250.145.506 0,01 0,04 0,23
27 Previdência Privada Fechada 205.083.902 0,00 0,01 0,04
28 Programa de Alimentação do Trabalhador 2.494.198.834 0,02 0,08 0,47
29 Programa Nacional de Apoio à Cultura 2.405.771.993 0,02 0,08 0,45
30 PROUNI 1.878.818.982 0,01 0,06 0,35
31 Reciclagem 231.001.500 0,00 0,01 0,04
32 Simples Nacional 29.264.039.816 0,22 0,99 5,50
33 SUDAM 6.947.088.875 0,05 0,24 1,30
34 SUDENE 9.731.290.872 0,07 0,33 1,83
35 TEF - Tributação Específica do Futebol 211.555.947 0,00 0,01 0,04
36 TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Informação e da Comunicação 885.285 0,00 0,00 0,00
IV. Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF 21.278.104.714 0,16 0,72 4,00
1 Associações de Poupança e Empréstimo 20.517.698 0,00 0,00 0,00
2 Atividade Audiovisual 187.237.339 0,00 0,01 0,04
3 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0,00 0,00 0,00
4 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0,00 0,00 0,00
5 Inovação Tecnológica 3.468.926 0,00 0,00 0,00
6 Investimentos em Infra-Estrutura 306.591.193 0,00 0,01 0,06
7 Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0,00 0,00 0,00
8 Leasing de Aeronaves 357.120.306 0,00 0,01 0,07
9 Poupança 13.630.476.506 0,10 0,46 2,56
10 Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros 12.024.147 0,00 0,00 0,00
11 Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio 6.760.668.599 0,05 0,23 1,27
V. Imposto sobre Produtos Industrializados - Operações Internas - IPI-Interno 31.233.502.607 0,24 1,06 5,87
1 Áreas de Livre Comércio 651.465.507 0,00 0,02 0,12
2 Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 1.562.195.011 0,01 0,05 0,29
3 Embarcações e Aeronaves 13.401.172 0,00 0,00 0,00
4 Inovação Tecnológica 56.045 0,00 0,00 0,00
5 PADIS 0 0,00 0,00 0,00
6 RETID 16.734.718 0,00 0,00 0,00
7 Rota 2030 3.809.725.311 0,03 0,13 0,72
8 Simples Nacional 3.613.649.707 0,03 0,12 0,68
9 TAXI 346.842.181 0,00 0,01 0,07
10 Zona Franca de Manaus 21.219.432.955 0,16 0,72 3,99
VI. Imposto sobre Produtos Industrializados - Vinculado à Importação - IPI-Vinculado 7.628.894.675 0,06 0,26 1,43
1 Áreas de Livre Comércio 21.962.587 0,00 0,00 0,00
2 Embarcações e Aeronaves 425.981.640 0,00 0,01 0,08
3 Evento Esportivo, Cultural e Científico 1.166.437 0,00 0,00 0,00
4 Máquinas e Equipamentos - CNPq 67.945.975 0,00 0,00 0,01
5 PADIS 70.487 0,00 0,00 0,00
6 RETID 8.701.095 0,00 0,00 0,00
7 Zona Franca de Manaus 7.103.066.454 0,05 0,24 1,33
VII. Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 11.201.043.426 0,09 0,38 2,10
1 Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 155.357.826 0,00 0,01 0,03
2 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0,00 0,00 0,00
3 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0,00 0,00 0,00
4 Financiamentos Habitacionais 8.133.238.389 0,06 0,28 1,53
5 Fundos Constitucionais 1.765.535.939 0,01 0,06 0,33
6 Motocicletas 307.924.138 0,00 0,01 0,06
7 Seguro Rural 795.183.170 0,01 0,03 0,15
QUADRO VII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026
POR TIPO DE TRIBUTO E GASTO TRIBUTÁRIO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR
PIB ARRECADAÇÃO GASTOS TRIBUTÁRIOS
8 TAXI 43.803.963 0,00 0,00 0,01
VIII. Contribuição Social para o PIS-PASEP 26.976.737.880 0,21 0,92 5,07
1 Aerogeradores 42.933.900 0,00 0,00 0,01
2 Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 1.243.440.751 0,01 0,04 0,23
3 Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 7.371.846.192 0,06 0,25 1,38
4 Água Mineral 66.233.987 0,00 0,00 0,01
5 Biodiesel 24.838.759 0,00 0,00 0,00
6 Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 225.255.213 0,00 0,01 0,04
7 Embarcações e Aeronaves 1.068.031.235 0,01 0,04 0,20
8 Entidades Filantrópicas 773.823.502 0,01 0,03 0,15
9 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0,00 0,00 0,00
10 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0,00 0,00 0,00
11 Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial 5.101.818 0,00 0,00 0,00
12 Evento Esportivo, Cultural e Científico 39.163 0,00 0,00 0,00
13 Gás Natural Liquefeito 29.518.561 0,00 0,00 0,01
14 Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 4.015.115 0,00 0,00 0,00
15 Livros 362.801.502 0,00 0,01 0,07
16 Máquinas e Equipamentos - CNPq 46.237.149 0,00 0,00 0,01
17 Medicamentos 1.799.904.260 0,01 0,06 0,34
18 Minha Casa, Minha Vida 28.816.348 0,00 0,00 0,01
19 PADIS 2.628.221 0,00 0,00 0,00
20 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 506.342.793 0,00 0,02 0,10
21 Petroquímica 235.560.511 0,00 0,01 0,04
22 Produtos Químicos e Farmacêuticos 1.966.781.756 0,02 0,07 0,37
23 PROUNI 254.317.865 0,00 0,01 0,05
24 REIDI 353.605.988 0,00 0,01 0,07
25 RETID 7.283.566 0,00 0,00 0,00
26 Simples Nacional 8.777.676.828 0,07 0,30 1,65
27 TEF - Tributação Específica do Futebol 834.788.331 0,01 0,03 0,16
28 Termoeletricidade 145.980.295 0,00 0,00 0,03
29 Transporte Coletivo 101.567.634 0,00 0,00 0,02
30 Transporte Escolar 10.336.972 0,00 0,00 0,00
31 Trem de Alta Velocidade 0 0,00 0,00 0,00
32 Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0,00 0,00 0,00
33 Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0,00 0,00 0,00
34 Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0,00 0,00 0,00
35 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 687.029.666 0,01 0,02 0,13
36 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0,00 0,00 0,00
IX. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 27.312.072.368 0,21 0,93 5,13
1 Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados 3.861.013.336 0,03 0,13 0,73
2 Benefícios Previdênciários e FAPI 436.950.773 0,00 0,01 0,08
3 Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 138.571.062 0,00 0,00 0,03
4 Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 22.400.146 0,00 0,00 0,00
5 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 1.488.921.114 0,01 0,05 0,28
6 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 821.842.909 0,01 0,03 0,15
7 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 14.675.447 0,00 0,00 0,00
8 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 19.909.377 0,00 0,00 0,00
9 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 752.709.793 0,01 0,03 0,14
10 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 422.875.266 0,00 0,01 0,08
11 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 45.451.883 0,00 0,00 0,01
12 Informática e Automação 1.901.606.864 0,01 0,06 0,36
13 Inovação Tecnológica 2.023.367.315 0,02 0,07 0,38
14 Minha Casa, Minha Vida 51.229.063 0,00 0,00 0,01
15 PADIS 58.522.149 0,00 0,00 0,01
16 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 669.739.336 0,01 0,02 0,13
17 Previdência Privada Fechada 123.050.341 0,00 0,00 0,02
18 PROUNI 497.145.636 0,00 0,02 0,09
19 Simples Nacional 13.870.606.906 0,11 0,47 2,61
20 TEF - Tributação Específica do Futebol 91.483.653 0,00 0,00 0,02
X. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 130.069.883.938 0,99 4,41 24,43
1 Aerogeradores 197.315.457 0,00 0,01 0,04
2 Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 5.727.363.461 0,04 0,19 1,08
3 Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 33.939.929.598 0,26 1,15 6,37
4 Água Mineral 304.106.584 0,00 0,01 0,06
5 Biodiesel 114.411.894 0,00 0,00 0,02
6 Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 1.037.131.237 0,01 0,04 0,19
7 Embarcações e Aeronaves 4.912.253.960 0,04 0,17 0,92
8 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 3.373.796.450 0,03 0,11 0,63
9 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 1.979.285.908 0,02 0,07 0,37
10 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 50.116.643 0,00 0,00 0,01
11 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 52.144.287 0,00 0,00 0,01
12 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 2.944.378.607 0,02 0,10 0,55
13 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 3.019.307.543 0,02 0,10 0,57
14 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 376.929.105 0,00 0,01 0,07
15 Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial 23.513.854 0,00 0,00 0,00
16 Evento Esportivo, Cultural e Científico 180.033 0,00 0,00 0,00
17 Gás Natural Liquefeito 135.644.818 0,00 0,00 0,03
18 Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 18.488.332 0,00 0,00 0,00
19 Livros 1.671.777.113 0,01 0,06 0,31
20 Máquinas e Equipamentos - CNPq 219.910.247 0,00 0,01 0,04
21 Medicamentos 8.453.261.753 0,06 0,29 1,59
22 Minha Casa, Minha Vida 140.879.922 0,00 0,00 0,03
23 PADIS 12.105.746 0,00 0,00 0,00
24 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 2.376.029.435 0,02 0,08 0,45
25 Petroquímica 1.083.529.489 0,01 0,04 0,20
26 Produtos Químicos e Farmacêuticos 9.142.244.796 0,07 0,31 1,72
27 PROUNI 1.173.473.927 0,01 0,04 0,22
28 Rede Arrecadadora 386.219.958 0,00 0,01 0,07
29 REIDI 1.628.359.749 0,01 0,06 0,31
30 RETID 33.537.098 0,00 0,00 0,01
31 Simples Nacional 40.487.701.376 0,31 1,37 7,60
32 TEF - Tributação Específica do Futebol 726.151.493 0,01 0,02 0,14
33 Termoeletricidade 672.394.088 0,01 0,02 0,13
34 Transporte Coletivo 468.773.695 0,00 0,02 0,09
35 Transporte Escolar 46.529.240 0,00 0,00 0,01
QUADRO VII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026
POR TIPO DE TRIBUTO E GASTO TRIBUTÁRIO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO VALOR
PIB ARRECADAÇÃO GASTOS TRIBUTÁRIOS
36 Trem de Alta Velocidade 0 0,00 0,00 0,00
37 Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0,00 0,00 0,00
38 Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0,00 0,00 0,00
39 Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0,00 0,00 0,00
40 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 3.140.707.043 0,02 0,11 0,59
41 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0,00 0,00 0,00
XI. Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 850.591 0,00 0,00 0,00
1 Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0,00 0,00 0,00
2 PADIS 850.591 0,00 0,00 0,00
XII. Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM 3.248.072.142 0,02 0,11 0,61
1 Amazônia Ocidental 1.284.430.389 0,01 0,04 0,24
2 Doações de Bens para Entidades Filantrópicas 160.734 0,00 0,00 0,00
3 Livros, Jornais e Periódicos 20.771.821 0,00 0,00 0,00
4 Mercadorias Norte e Nordeste 1.941.408.459 0,01 0,07 0,36
5 Pesquisas Científicas 1.300.740 0,00 0,00 0,00
XIII.Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE 18.184.671 0,00 0,00 0,00
1 Programação 18.184.671 0,00 0,00 0,00
XIV. Contribuição para a Previdência Social 77.315.613.346 0,59 2,62 14,52
1 Dona de Casa 417.772.336 0,00 0,01 0,08
2 Entidades Filantrópicas 18.206.880.003 0,14 0,62 3,42
3 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0,00 0,00 0,00
4 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0,00 0,00 0,00
5 Exportação da Produção Rural 11.240.365.162 0,09 0,38 2,11
6 Funrural 3.734.980.218 0,03 0,13 0,70
7 MEI - Microempreendedor Individual 7.009.291.704 0,05 0,24 1,32
8 Simples Nacional 35.662.672.242 0,27 1,21 6,70
9 TEF - Tributação Específica do Futebol 1.043.651.681 0,01 0,04 0,20
XV. Imposto sobre Propriedade Territorial Rural - ITR 63.819.109 0,00 0,00 0,01
1 ITR 63.819.109 0,00 0,00 0,01
TOTAL 532.413.069.642 4,07 18,06 100,00
ARRECADAÇÃO* 2.947.973.432.567 22,53 100,00
PIB 13.083.005.522.948 100,00
*Exceto CPSS
QUADRO VII-REGIONAL
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026
POR TIPO DE TRIBUTO E MODALIDADE DE GASTO - REGIONALIZADO
UNIDADE: R$ 1,00
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL
Imposto sobre Importação - II 7.399.904.361 80.836.631 4.096.793 752.296.993 43.366.246 8.280.501.025
Áreas de Livre Comércio 24.244.677 0 0 0 0 24.244.677
Embarcações e Aeronaves 17.638.655 64.463.693 24.555 591.177.739 27.259.898 700.564.540
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 1.064.242 453.436 1.517.678
Máquinas e Equipamentos - CNPq 2.464.717 16.372.938 4.072.238 133.154.429 12.637.668 168.701.989
PADIS 10.867.270 0 0 26.900.583 3.015.244 40.783.098
Zona Franca de Manaus 7.344.689.042 0 0 0 0 7.344.689.042
Imposto sobre a Renda Pessoa Física - IRPF 3.744.260.686 13.795.561.978 9.434.463.373 48.349.669.168 14.382.633.817 89.706.589.022
Aposentadoria de Declarante com 65 Anos ou Mais 538.773.892 2.423.670.959 1.300.364.951 9.159.099.575 2.888.990.095 16.310.899.471
Aposentadoria por Moléstia Grave ou Acidente 948.220.735 4.395.960.319 3.058.476.175 12.747.277.759 4.354.858.691 25.504.793.678
Despesas com Educação 439.176.915 1.019.658.525 660.935.563 2.747.248.292 795.995.783 5.663.015.078
Despesas Médicas 1.525.022.968 4.800.841.553 3.473.836.530 14.604.647.260 3.805.578.151 28.209.926.461
Fundos da Criança e do Adolescente 7.037.670 36.580.495 34.031.292 175.690.179 115.406.321 368.745.958
Fundos do Idoso 88.854 763.576 617.070 8.029.353 6.367.687 15.866.540
Incentivo ao Desporto 104.228 492.037 522.610 6.653.206 1.994.217 9.766.298
Indenizações por Rescisão de Contrato de Trabalho 234.904.647 922.891.298 739.662.877 7.319.248.257 1.980.294.252 11.197.001.331
Programa Nacional de Apoio à Cultura 399.052 1.624.588 2.214.275 52.559.728 7.349.324 64.146.967
Reciclagem 1.872.684 10.103.398 10.341.142 58.792.346 38.714.064 119.823.634
Seguro ou Pecúlio Pago por Morte ou Invalidez 48.659.043 182.975.229 153.460.888 1.470.423.214 387.085.231 2.242.603.606
Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica - IRPJ 9.544.585.065 17.052.417.617 8.389.317.855 48.902.648.584 14.190.231.006 98.079.200.127
Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados 192.462.618 735.686.601 737.673.951 7.977.710.288 1.081.503.588 10.725.037.044
Associações de Poupança e Empréstimo 0 0 22.257.421 0 0 22.257.421
Benefícios Previdênciários e FAPI 29.073.451 16.657.136 123.781.804 971.036.012 73.203.744 1.213.752.146
Despesas com Pesquisas Científicas e Tecnológicas 108.944.729 71.231.335 86.385.815 3.080.688.100 214.006.645 3.561.256.625
Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 4.294.281 23.781.706 11.391.032 294.145.215 51.307.383 384.919.617
Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 807.770 662.241 36.620.780 22.799.593 1.332.244 62.222.629
Empresa cidadã 7.272.780 9.470.451 12.078.682 279.115.199 46.024.777 353.961.888
Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 150.549.904 261.293.612 1.840.976.764 1.394.793.225 488.278.478 4.135.891.984
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 64.222.725 124.067.462 684.909.238 1.179.872.351 229.825.192 2.282.896.969
Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 3.631.516 7.439.458 1.857.222 22.519.130 5.317.805 40.765.131
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 3.245.202 4.798.758 1.384.252 42.877.593 2.998.019 55.303.825
Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 25.756.774 477.128.672 107.873.419 1.130.900.827 349.200.843 2.090.860.536
Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 39.536.976 149.299.809 50.125.387 665.910.919 269.780.426 1.174.653.518
Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 3.223.951 4.534.392 2.511.396 86.178.751 29.806.739 126.255.230
Fundos da Criança e do Adolescente 15.731.235 15.785.105 8.882.951 386.060.522 84.529.870 510.989.683
Fundos do Idoso 13.962.888 10.225.383 11.457.899 349.736.226 74.782.114 460.164.510
Horário Eleitoral Gratuito 55.562.010 80.453.773 56.225.652 681.444.218 129.573.366 1.003.259.018
Incentivo ao Desporto 27.959.330 28.624.448 34.942.502 688.990.868 106.303.629 886.820.778
Informática e Automação 1.661.572.661 171.011.234 1.317.763 3.871.354.239 1.901.171.562 7.606.427.457
Inovação Tecnológica 66.014.063 247.536.560 178.382.149 4.172.819.336 955.712.656 5.620.464.764
Investimentos em Infra-Estrutura 67.763.597 151.431.765 75.237.794 367.186.366 92.578.273 754.197.795
Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0 0 0 0 0
Minha Casa, Minha Vida 2.258.654 37.515.261 21.876.765 24.647.401 12.958.228 99.256.309
PADIS 20.006.662 0 0 233.395.776 27.423.875 280.826.312
PAIT - Planos de Poupança e Investimento 545 274.051 39.949 3.321.529 3.241.352 6.877.426
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 25.017.264 135.574.690 92.665.188 826.153.629 170.734.735 1.250.145.506
Previdência Privada Fechada 0 23.583.746 71.568.973 86.440.202 23.490.980 205.083.902
Programa de Alimentação do Trabalhador 89.134.463 182.671.013 109.303.597 1.760.956.049 352.133.712 2.494.198.834
Programa Nacional de Apoio à Cultura 65.921.549 74.322.571 46.689.359 1.864.327.784 354.510.731 2.405.771.993
PROUNI 102.348.030 377.365.116 67.509.714 1.039.739.631 291.856.492 1.878.818.982
Reciclagem 7.111.570 7.135.923 4.015.688 174.525.167 38.213.153 231.001.500
Simples Nacional 1.136.365.187 3.861.566.205 2.464.062.351 15.110.209.475 6.691.836.597 29.264.039.816
SUDAM 5.542.795.650 0 1.404.293.225 0 0 6.947.088.875
SUDENE 0 9.731.290.872 0 0 0 9.731.290.872
TEF - Tributação Específica do Futebol 12.037.031 29.998.267 20.939.087 112.160.313 36.421.249 211.555.947
TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Informação e da Comunicação 0 0 80.089 632.649 172.548 885.285
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF 333.729.583 1.791.968.022 1.279.803.607 14.378.883.998 3.493.719.504 21.278.104.714
Associações de Poupança e Empréstimo 0 0 20.517.698 0 0 20.517.698
Atividade Audiovisual 14.132.570 218.045 1.504.251 167.806.662 3.575.811 187.237.339
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0 0 0 0 0
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0 0 0 0 0
Inovação Tecnológica 0 167.971 0 3.253.876 47.079 3.468.926
Investimentos em Infra-Estrutura 21.658.414 87.836.410 16.096.282 146.366.846 34.633.240 306.591.193
Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0 0 0 0 0
Leasing de Aeronaves 0 0 0 354.248.938 2.871.367 357.120.306
Poupança 199.140.456 1.138.862.911 826.336.093 9.159.028.518 2.307.108.527 13.630.476.506
Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros 25.174 10.670 5.489.475 5.333.096 1.165.732 12.024.147
Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio 98.772.969 564.872.014 409.859.808 4.542.846.061 1.144.317.748 6.760.668.599
Imposto sobre Produtos Industrializados - Operações Internas - IPI-Interno 22.052.435.007 1.419.119.266 479.566.268 5.799.146.018 1.483.236.048 31.233.502.607
Áreas de Livre Comércio 651.465.507 0 0 0 0 651.465.507
Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 26.223.999 347.321.653 114.637.832 864.146.488 209.865.039 1.562.195.011
Embarcações e Aeronaves 1.540.182 0 0 10.003.239 1.857.751 13.401.172
Inovação Tecnológica 0 0 0 55.298 747 56.045
PADIS 0 0 0 0 0 0
RETID 0 0 0 15.266.469 1.468.249 16.734.718
Rota 2030 0 460.718.569 41.680.054 2.890.579.944 416.746.744 3.809.725.311
Simples Nacional 140.323.269 476.842.831 304.273.034 1.865.873.761 826.336.812 3.613.649.707
TAXI 13.449.094 134.236.213 18.975.348 153.220.820 26.960.707 346.842.181
Zona Franca de Manaus 21.219.432.955 0 0 0 0 21.219.432.955
Imposto sobre Produtos Industrializados - Vinculado à Importação - IPI-Vinculado 7.132.286.404 45.222.329 2.517.642 430.701.677 18.166.624 7.628.894.675
QUADRO VII-REGIONAL
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026
POR TIPO DE TRIBUTO E MODALIDADE DE GASTO - REGIONALIZADO
UNIDADE: R$ 1,00
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL
Áreas de Livre Comércio 21.962.587 0 0 0 0 21.962.587
Embarcações e Aeronaves 6.255.042 39.088.825 317.863 367.055.372 13.264.538 425.981.640
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 1.112.603 53.834 1.166.437
Máquinas e Equipamentos - CNPq 1.002.320 6.133.503 2.199.779 53.832.606 4.777.765 67.945.975
PADIS 0 0 0 0 70.487 70.487
RETID 0 0 0 8.701.095 0 8.701.095
Zona Franca de Manaus 7.103.066.454 0 0 0 0 7.103.066.454
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 996.745.561 2.228.534.105 1.443.684.479 4.703.574.754 1.828.504.527 11.201.043.426
Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 2.603.047 30.514.403 10.626.836 91.634.151 19.979.389 155.357.826
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0 0 0 0 0
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0 0 0 0 0
Financiamentos Habitacionais 511.077.709 1.153.603.348 845.699.301 4.224.692.650 1.398.165.383 8.133.238.389
Fundos Constitucionais 429.884.723 917.876.063 356.295.322 61.479.831 0 1.765.535.939
Motocicletas 31.265.053 74.363.301 31.850.004 127.356.080 43.089.700 307.924.138
Seguro Rural 20.056.788 33.967.978 196.972.113 180.409.812 363.776.479 795.183.170
TAXI 1.858.241 18.209.012 2.240.903 18.002.230 3.493.576 43.803.963
Contribuição Social para o PIS-PASEP 1.617.674.924 2.864.684.784 3.755.914.024 13.436.904.083 5.301.560.065 26.976.737.880
Aerogeradores 71.004 26.158.462 34.131 13.517.137 3.153.165 42.933.900
Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 55.896.947 98.794.759 479.831.846 319.457.850 289.459.350 1.243.440.751
Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 328.432.237 843.259.312 1.802.199.404 2.433.623.275 1.964.331.965 7.371.846.192
Água Mineral 1.149.400 21.538.036 2.161.764 29.470.987 11.913.800 66.233.987
Biodiesel 4.719.872 272.250 4.801.166 8.035.426 7.010.044 24.838.759
Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 3.466.351 14.247.513 13.712.472 156.764.572 37.064.305 225.255.213
Embarcações e Aeronaves 32.227.719 84.604.825 30.440.144 877.472.600 43.285.948 1.068.031.235
Entidades Filantrópicas 5.669.924 67.565.407 42.045.017 505.929.000 152.614.154 773.823.502
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0 0 0 0 0
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0 0 0 0 0
Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial 128.756 1.214.651 303.611 2.819.944 634.855 5.101.818
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 32.057 7.106 39.163
Gás Natural Liquefeito 0 23.032.866 0 6.485.696 0 29.518.561
Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 11.455 11.172 246.475 2.503.120 1.242.892 4.015.115
Livros 1.075.529 45.127.482 8.829.417 278.306.194 29.462.880 362.801.502
Máquinas e Equipamentos - CNPq 437.082 2.820.920 1.495.851 37.306.374 4.176.922 46.237.149
Medicamentos 62.700.245 22.651.635 145.213.647 1.481.270.982 88.067.752 1.799.904.260
Minha Casa, Minha Vida 655.738 10.891.527 6.351.319 7.155.697 3.762.066 28.816.348
PADIS 0 0 0 2.050.967 577.254 2.628.221
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 10.132.670 54.911.422 37.531.911 334.614.598 69.152.192 506.342.793
Petroquímica 0 89.074.002 0 68.085.848 78.400.661 235.560.511
Produtos Químicos e Farmacêuticos 21.558.898 61.588.090 293.997.521 1.331.137.955 258.499.292 1.966.781.756
PROUNI 9.992.320 49.201.921 16.092.723 145.681.200 33.349.701 254.317.865
REIDI 0 39.409.061 41.733.584 238.732.223 33.731.120 353.605.988
RETID 0 0 0 6.993.228 290.338 7.283.566
Simples Nacional 340.849.945 1.158.267.294 739.089.447 4.532.270.199 2.007.199.942 8.777.676.828
TEF - Tributação Específica do Futebol 47.497.473 118.371.542 82.624.504 442.578.534 143.716.279 834.788.331
Termoeletricidade 856.502 10.114.620 183.098 115.237.309 19.588.766 145.980.295
Transporte Coletivo 3.047.630 19.635.336 6.777.603 55.369.808 16.737.258 101.567.634
Transporte Escolar 67.562 1.920.679 217.370 4.001.304 4.130.057 10.336.972
Trem de Alta Velocidade 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 687.029.666 0 0 0 0 687.029.666
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0 0 0 0 0
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 1.220.442.408 2.855.902.401 2.665.358.393 15.427.860.133 5.142.509.032 27.312.072.368
Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados 69.286.542 264.847.176 265.562.622 2.871.975.704 389.341.292 3.861.013.336
Benefícios Previdênciários e FAPI 10.466.442 5.996.569 44.561.449 349.572.964 26.353.348 436.950.773
Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 1.545.941 8.561.414 4.100.772 105.892.277 18.470.658 138.571.062
Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa 290.797 238.407 13.183.481 8.207.853 479.608 22.400.146
Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 54.197.965 94.065.700 662.751.635 502.125.561 175.780.252 1.488.921.114
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 23.120.181 44.664.286 246.567.326 424.754.046 82.737.069 821.842.909
Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 1.307.346 2.678.205 668.600 8.106.887 1.914.410 14.675.447
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 1.168.273 1.727.553 498.331 15.435.933 1.079.287 19.909.377
Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 9.272.439 171.766.322 38.834.431 407.124.298 125.712.304 752.709.793
Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 14.233.311 53.747.931 18.045.139 239.727.931 97.120.953 422.875.266
Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 1.160.623 1.632.381 904.102 31.024.350 10.730.426 45.451.883
Informática e Automação 415.393.165 42.752.808 329.441 967.838.560 475.292.890 1.901.606.864
Inovação Tecnológica 23.765.063 89.113.162 64.217.574 1.502.214.961 344.056.556 2.023.367.315
Minha Casa, Minha Vida 1.165.757 19.362.715 11.291.233 12.721.239 6.688.118 51.229.063
PADIS 0 0 0 52.062.001 6.460.148 58.522.149
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 13.402.477 72.631.308 49.643.438 442.594.546 91.467.567 669.739.336
Previdência Privada Fechada 0 14.150.248 42.941.384 51.864.121 14.094.588 123.050.341
PROUNI 36.845.064 124.683.917 24.283.279 224.158.789 87.174.586 497.145.636
Simples Nacional 538.615.820 1.830.310.074 1.167.919.415 7.161.956.354 3.171.805.243 13.870.606.906
TEF - Tributação Específica do Futebol 5.205.203 12.972.224 9.054.740 48.501.757 15.749.729 91.483.653
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 7.482.706.978 13.645.038.361 18.215.530.797 65.555.368.974 25.171.238.828 130.069.883.938
Aerogeradores 326.279 120.206.969 157.013 62.134.512 14.490.684 197.315.457
Agricultura e Agroindústria - Defensivos agrícolas 257.464.726 455.054.647 2.210.134.564 1.471.442.216 1.333.267.308 5.727.363.461
Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica 1.512.464.380 3.869.206.690 8.301.064.113 11.209.147.831 9.048.046.584 33.939.929.598
Água Mineral 5.277.351 98.889.693 9.925.516 135.313.028 54.700.996 304.106.584
Biodiesel 21.745.345 1.253.992 22.108.925 37.017.908 32.285.723 114.411.894
QUADRO VII-REGIONAL
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026
POR TIPO DE TRIBUTO E MODALIDADE DE GASTO - REGIONALIZADO
UNIDADE: R$ 1,00
TRIBUTO / GASTO TRIBUTÁRIO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL
Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 15.965.697 65.616.292 63.125.631 721.813.731 170.609.886 1.037.131.237
Embarcações e Aeronaves 148.468.270 388.842.489 139.840.908 4.035.876.343 199.225.950 4.912.253.960
Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde 70.792.109 424.806.445 494.124.119 1.965.948.630 418.125.148 3.373.796.450
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 58.982.927 178.089.088 509.677.961 1.009.975.270 222.560.662 1.979.285.908
Entidades sem Fins Lucrativos - Científica 1.859.328 9.458.352 1.920.281 27.360.337 9.518.345 50.116.643
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 3.928.389 3.979.885 1.214.072 36.138.462 6.883.478 52.144.287
Entidades sem Fins Lucrativos - Educação 51.791.591 245.694.433 210.950.143 1.831.042.236 604.900.205 2.944.378.607
Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica 55.015.144 319.394.812 53.063.035 1.980.888.225 610.946.326 3.019.307.543
Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa 3.805.904 12.354.702 4.793.276 289.618.731 66.356.493 376.929.105
Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial 594.254 5.599.314 1.400.900 12.992.733 2.926.653 23.513.854
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 147.308 32.725 180.033
Gás Natural Liquefeito 0 105.841.502 0 29.803.315 0 135.644.818
Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 52.770 51.481 1.135.008 11.521.665 5.727.408 18.488.332
Livros 4.959.321 207.946.293 40.696.388 1.282.394.945 135.780.166 1.671.777.113
Máquinas e Equipamentos - CNPq 2.066.937 13.650.290 7.244.959 177.165.484 19.782.576 219.910.247
Medicamentos 295.714.339 107.298.206 685.369.978 6.949.723.679 415.155.551 8.453.261.753
Minha Casa, Minha Vida 3.205.831 53.247.467 31.050.892 34.983.408 18.392.324 140.879.922
PADIS 0 0 0 9.446.879 2.658.867 12.105.746
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 47.547.871 257.673.569 176.119.670 1.570.189.494 324.498.832 2.376.029.435
Petroquímica 0 409.109.029 0 314.219.351 360.201.109 1.083.529.489
Produtos Químicos e Farmacêuticos 99.816.815 283.439.184 1.363.404.581 6.202.424.626 1.193.159.590 9.142.244.796
PROUNI 46.107.015 227.050.915 74.227.086 672.184.886 153.904.025 1.173.473.927
Rede Arrecadadora 2.220.251 8.256.263 106.466.781 248.340.384 20.936.279 386.219.958
REIDI 0 181.596.036 192.228.310 1.099.163.529 155.371.874 1.628.359.749
RETID 0 0 0 32.199.871 1.337.226 33.537.098
Simples Nacional 1.572.196.273 5.342.595.907 3.409.106.237 20.905.440.698 9.258.362.260 40.487.701.376
TEF - Tributação Específica do Futebol 41.316.295 102.967.026 71.872.000 384.982.697 125.013.475 726.151.493
Termoeletricidade 3.945.098 46.588.554 843.362 530.790.031 90.227.043 672.394.088
Transporte Coletivo 14.065.982 90.624.626 31.281.243 255.552.961 77.248.883 468.773.695
Transporte Escolar 303.444 8.654.207 983.848 17.983.569 18.604.172 46.529.240
Trem de Alta Velocidade 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 0 0 0 0 0 0
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 3.140.707.043 0 0 0 0 3.140.707.043
Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Aquisição de Mercadorias 0 0 0 0 0 0
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 0 0 0 661.456 189.135 850.591
Evento Esportivo, Cultural e Científico 0 0 0 0 0 0
PADIS 0 0 0 661.456 189.135 850.591
Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM 2.323.976.176 902.646.448 0 18.218.785 3.230.734 3.248.072.142
Amazônia Ocidental 1.284.430.389 0 0 0 0 1.284.430.389
Doações de Bens para Entidades Filantrópicas 0 27.565 0 54.864 78.304 160.734
Livros, Jornais e Periódicos 131.837 543.051 0 16.981.936 3.114.997 20.771.821
Mercadorias Norte e Nordeste 1.039.385.547 902.022.912 0 0 0 1.941.408.459
Pesquisas Científicas 28.403 52.919 0 1.181.985 37.433 1.300.740
Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE 2.905.479 21.079 235.472 14.588.629 434.011 18.184.671
Programação 2.905.479 21.079 235.472 14.588.629 434.011 18.184.671
Contribuição para a Previdência Social 1.876.705.062 8.881.782.065 6.351.932.742 45.530.764.948 14.674.428.529 77.315.613.346
Dona de Casa 13.020.722 103.359.764 40.635.857 193.295.368 67.460.624 417.772.336
Entidades Filantrópicas 124.059.259 2.002.247.086 1.176.012.218 11.490.565.325 3.413.996.115 18.206.880.003
Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil 0 0 0 0 0 0
Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural 0 0 0 0 0 0
Exportação da Produção Rural 155.832.373 368.712.941 987.044.086 7.322.039.443 2.406.736.319 11.240.365.162
Funrural 122.041.939 311.860.233 547.723.375 1.854.747.049 898.607.623 3.734.980.218
MEI - Microempreendedor Individual 259.209.051 1.178.296.874 562.262.460 3.711.055.680 1.298.467.639 7.009.291.704
Simples Nacional 1.143.160.417 4.769.317.163 2.934.957.661 20.405.750.766 6.409.486.235 35.662.672.242
TEF - Tributação Específica do Futebol 59.381.301 147.988.004 103.297.086 553.311.317 179.673.973 1.043.651.681
Imposto sobre Propriedade Territorial Rural - ITR 3.274.851 31.773.570 1.172.611 10.558.916 17.039.161 63.819.109
ITR 3.274.851 31.773.570 1.172.611 10.558.916 17.039.161 63.819.109
TOTAL 65.731.632.544 65.595.508.655 52.023.594.057 263.311.847.116 85.750.487.268 532.413.069.642
QUADRO VIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - REGIONALIZAÇÃO POR TIPO DE TRIBUTO
(VALORES NOMINAIS)
UNIDADE: R$ 1,00

TRIBUTO TOTAL NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL


Imposto sobre Importação - II 8.280.501.025 7.399.904.361 80.836.631 4.096.793 752.296.993 43.366.246
Imposto sobre a Renda Pessoa Física - IRPF 89.706.589.022 3.744.260.686 13.795.561.978 9.434.463.373 48.349.669.168 14.382.633.817
Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica - IRPJ 98.079.200.127 9.544.585.065 17.052.417.617 8.389.317.855 48.902.648.584 14.190.231.006
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF 21.278.104.714 333.729.583 1.791.968.022 1.279.803.607 14.378.883.998 3.493.719.504
Imposto sobre Produtos Industrializados - Operações Internas - IPI-Interno 31.233.502.607 22.052.435.007 1.419.119.266 479.566.268 5.799.146.018 1.483.236.048
Imposto sobre Produtos Industrializados - Vinculado à Importação - IPI-Vinculado 7.628.894.675 7.132.286.404 45.222.329 2.517.642 430.701.677 18.166.624
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 11.201.043.426 996.745.561 2.228.534.105 1.443.684.479 4.703.574.754 1.828.504.527
Imposto sobre Propriedade Territorial Rural - ITR 63.819.109 3.274.851 31.773.570 1.172.611 10.558.916 17.039.161
Contribuição Social para o PIS-PASEP 26.976.737.880 1.617.674.924 2.864.684.784 3.755.914.024 13.436.904.083 5.301.560.065
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 27.312.072.368 1.220.442.408 2.855.902.401 2.665.358.393 15.427.860.133 5.142.509.032
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 130.069.883.938 7.482.706.978 13.645.038.361 18.215.530.797 65.555.368.974 25.171.238.828
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 850.591 0 0 0 661.456 189.135
Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM 3.248.072.142 2.323.976.176 902.646.448 0 18.218.785 3.230.734
Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE 18.184.671 2.905.479 21.079 235.472 14.588.629 434.011
Contribuição para a Previdência Social 77.315.613.346 1.876.705.062 8.881.782.065 6.351.932.742 45.530.764.948 14.674.428.529

TOTAL 532.413.069.642 65.731.632.544 65.595.508.655 52.023.594.057 263.311.847.116 85.750.487.268


QUADRO IX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - REGIONALIZAÇÃO POR TIPO DE TRIBUTO
(RAZÕES PERCENTUAIS)
UNIDADE: %

TRIBUTO NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL TOTAL

Imposto sobre Importação - II 70,83 1,55 0,87 23,93 2,82 100,00


Imposto sobre a Renda Pessoa Física - IRPF 4,07 15,30 10,50 54,62 15,51 100,00
Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica - IRPJ 8,47 18,07 8,58 52,13 12,74 100,00
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte -IRRF 1,68 8,17 5,96 67,96 16,23 100,00
Imposto sobre Produtos Industrializados - Operações Internas - IPI-Interno 71,40 14,69 1,48 9,81 2,62 100,00
Imposto sobre Produtos Industrializados - Vinculado à Importação - IPI-Vinculado 90,38 0,68 0,07 8,21 0,66 100,00
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 8,24 21,01 13,50 41,73 15,52 100,00
Imposto sobre Propriedade Territorial Rural - ITR 5,13 49,79 1,84 16,55 26,70 100,00
Contribuição Social para o PIS-PASEP 17,51 8,11 14,60 43,44 16,34 100,00
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 2,94 10,25 9,77 59,71 17,32 100,00
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 13,10 9,38 12,93 46,77 17,82 100,00
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 0,00 0,00 0,00 37,79 62,21 100,00
Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM 63,61 36,05 0,00 0,29 0,05 100,00
Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE 29,53 0,35 2,69 65,87 1,56 100,00
Contribuição para a Previdência Social 2,32 10,54 8,05 59,09 20,00 100,00

TOTAL 15,90 12,43 9,20 47,71 14,76 100,00


QUADRO X
PRINCIPAIS GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026
UNIDADE: R$ 1,00
GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
Simples Nacional 131.676.346.874 24,73%
Agricultura e Agroindústria 63.257.925.383 11,88%
Rendimentos Isentos e Não Tributáveis - IRPF 55.255.298.087 10,38%
Entidades Sem Fins Lucrativos - Imunes / Isentas 44.292.450.148 8,32%
Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio 41.477.028.321 7,79%
Deduções do Rendimento Tributável - IRPF 33.872.941.539 6,36%
Medicamentos, Produtos Farmacêuticos e Equipamentos Médicos 21.390.808.237 4,02%
Poupança e Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio 20.391.145.105 3,83%
Benefícios do Trabalhador 19.419.925.690 3,65%
Desenvolvimento Regional 18.619.788.206 3,50%
Pesquisas Científicas e Inovação Tecnológica 11.209.914.414 2,11%
Informática e Automação 9.508.034.321 1,79%
Financiamentos Habitacionais 8.133.238.389 1,53%
Embarcações e Aeronaves 7.477.352.852 1,40%
MEI - Microempreendedor Individual 7.009.291.704 1,32%
PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 4.802.257.069 0,90%
Setor Automotivo 3.809.725.311 0,72%
PROUNI 3.803.756.410 0,71%
TEF - Tributação Específica do Futebol 2.907.631.104 0,55%
Cultura e Audiovisual 2.657.156.299 0,50%
Livros 2.055.350.436 0,39%
REIDI 1.981.965.737 0,37%
Fundos Constitucionais 1.765.535.939 0,33%
Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 1.717.552.838 0,32%
Petroquímica 1.319.090.000 0,25%
Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos 1.262.386.451 0,24%
Investimentos em Infra-Estrutura 1.060.788.988 0,20%
Horário Eleitoral Gratuito 1.003.259.018 0,19%
Incentivo ao Desporto 896.587.075 0,17%
Fundos da Criança e do Adolescente 879.735.641 0,17%
Termoeletricidade 818.374.383 0,15%
Seguro Rural 795.183.170 0,15%
Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa e Entidades Civis Sem Fins Lucrativos 608.274.188 0,11%
Transporte Coletivo 570.341.329 0,11%
Máquinas e Equipamentos - CNPq 502.795.359 0,09%
Fundos do Idoso 476.031.050 0,09%
Dona de Casa 417.772.336 0,08%
PADIS 395.786.603 0,07%
TAXI 390.646.144 0,07%
Rede Arrecadadora 386.219.958 0,07%
Água Mineral 370.340.571 0,07%
Reciclagem 350.825.134 0,07%
Minha Casa, Minha Vida 320.181.641 0,06%
QUADRO X
PRINCIPAIS GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026
UNIDADE: R$ 1,00
GASTO TRIBUTÁRIO VALOR %
Motocicletas 307.924.138 0,06%
Aerogeradores 240.249.357 0,05%
Gás Natural Liquefeito 165.163.379 0,03%
Biodiesel 139.250.653 0,03%
RETID 66.256.476 0,01%
ITR 63.819.109 0,01%
Transporte Escolar 56.866.212 0,01%
Indústria Cinematográfica e Radiodifusão 22.503.447 0,00%
Programação 18.184.671 0,00%
Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros 12.024.147 0,00%
Evento Esportivo, Cultural e Científico 2.903.312 0,00%
TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Informação e da Comunicação 885.285 0,00%
Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 0 0,00%
Trem de Alta Velocidade 0 0,00%
TOTAL 532.413.069.642 100%
QUADRO XI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO - II
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO II
1 Áreas de Livre Comércio 31/12/2050 24.244.677 0,00 0,00 0,02
Tabatinga-AM, Guajará-Mirim-RO, Pacaraima e Bonfim-RR , Macapá/Santana-AP e Brasiléia e
Cruzeiro do Sul-AC. Isenção do imposto na entrada de mercadorias estrangeiras, quando
destinadas a consumo e venda internos, beneficiamento de pescado, recursos minerais e
matérias-primas agrícolas ou florestais, agricultura e piscicultura, a turismo, a estocagem para
exportação, para construção e reparos navais e para internação como bagagem acompanhada,
com exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros,
produtos de perfumaria e cosméticos.

Lei nº 7.965/89, art. 3º; Lei nº 8.210/91, art. 4º; Lei nº 8.256/91, arts. 4º e 14; Lei nº 8.387/91,
art.11, § 2º; Lei nº 9065/95, art. 19; Lei nº 13.023/14, art. 3º.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
2
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção do Imposto de Importação incidente nas importações de bens ou mercadorias para
uso ou consumo exclusivo na organização e realização dos Eventos da Copa do Mundo.

Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16, em específico: art. 3º,§1º,II.

3 Embarcações e Aeronaves indeterminado 700.564.540 0,01 0,02 0,54


Isenção do imposto incidente sobre a importação de partes, peças e componentes destinados
ao reparo, revisão e manutenção de embarcações e aeronaves. Isenção do Imposto sobre
Importação - II e do IPI incidente sobre a importação de partes, peças e componentes
destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de
embarcações registradas no REB, desde que realizadas em estaleiros navais brasileiros.

Lei nº 8.032/90, art. 2º, II, j; Lei nº 8.402/92, art. 1.º, IV; Lei nº 9.493/97, art. 11.

4 Equipamentos Desportivos 31/12/2015 não vigente ... ... ...


Isenção do Imposto de Importação incidente na importação de equipamentos e materiais
destinados, exclusivamente, ao treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para
competições desportivas em jogos olímpicos, paraolímpicos, pan-americanos, parapan-
americanos, nacionais e mundiais.
Lei nº 10.451/02, arts. 8º a 13, em específico:art. 8º; Lei nº 11.827/08, art. 5º; Lei nº
12.649/12, art. 9º.

5 Evento Esportivo, Cultural e Científico indeterminado 1.517.678 0,00 0,00 0,00


Isenção do II incidente na importação de troféus, medalhas, placas, estatuetas, distintivos,
flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em evento cultural, científico
ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos gratuitamente como
premiação em evento esportivo realizado no País; bens dos tipos e em quantidades
normalmente consumidos em evento esportivo oficial; material promocional, impressos,
folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou
utilizados em evento esportivo oficial; bens importados por desportistas, desde que tenham
sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de
prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento.

Lei nº 11.488/07, art. 38.

6 Máquinas e Equipamentos - CNPq indeterminado 168.701.989 0,00 0,01 0,13


Isenção do imposto nas importações de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos,
bem como suas partes e peças de reposição, destinados à pesquisa científica e tecnológica.
Isenção do imposto para importações autorizadas pelo CNPq.

Lei nº 8.010/90, art. 1º; Lei nº 8.032/90, art. 2º, I, e, f e g; Lei nº 10.964/04, arts. 1º e 3º; Lei nº
13.243/16, arts. 8º e 9º; Decreto nº 6.759/09, art. 136; Decreto nº 9.283/2018, art. 71.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
7
Paraolímpicos de 2016
Isenção do Imposto de Importação incidente nas importações de bens ou mercadorias para
uso ou consumo exclusivo na organização e realização dos Jogos.
Lei nº 12.780/13, art. 4º, §1º, II; Decreto n° 8.463/15, art. 7º, § 1º, II.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de 31/12/2026 40.783.098 0,00 0,00 0,03
8
Semicondutores
Redução a zero da alíquota do II incidente sobre máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, ferramentas computacionais (software) para incorporação no ativo
imobilizado. e matéria-prima e insumos importados.
QUADRO XI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO - II
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO II
Lei 11.484/07, arts. 1º a 11, em específico: art. 3º, § 5º; Lei nº 13.159; Lei n° 13.169/15, art. 12,
Lei 14.302/22 e Decreto 10.615/21

PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
9
para a TV Digital
Redução a zero da alíquota do II incidente sobre máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, para incorporação no ativo imobilizado.
Lei nº 11.484/07, arts. 12 a 22 e 66, em específico art. 14, § 5º.

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
10

Suspensão do Imposto de Importação incidente na importação de matérias-primas e produtos


intermediários destinados à fabricação dos equipamentos. A suspensão converte-se em
alíquota zero após a incorporação ou utilização dos bens nos equipamentos.

Lei nº 12.249/10, arts. 6 a 14 e 139, em específico: art. 9º, III; Lei nº 12.715/12, arts. 15 a 23 e
78, em específico: art. 18, III.

RECINE - Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição 31/12/2024 não vigente ... ... ...
11
Cinematográfica
Suspensão da exigência do Imposto de Importação incidente na importação de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação no ativo permanente e
utilização em complexos de exibição ou cinemas itinerantes, bem como de materiais para sua
construção. A suspensão do Imposto de Importação aplica-se somente a produtos sem similar
nacional. A suspensão converte-se em isenção após incorporação no ativo permanente e
utilização do bem ou material de construção no complexo de exibição cinematográfica. As
máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos e materiais de construção com o
tratamento tributário de que trata o caput deste artigo serão relacionados em regulamento.

Lei nº 12.599/12, arts.12 a 14; Decreto nº 7.729/12; Lei nº 13.594/18; Lei nº 14.044/2020.

RECOPA - Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou 30/06/2014 não vigente ... ... ...
12
Modernização de Estádios de Futebol
Suspensão do Imposto de Importação incidente sobre máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação no estádio
de futebol da pessoa jurídica beneficiária do RECOPA. A suspensão converte-se em alíquota
zero após a utilização ou incorporação do bem.

Lei nº 12.350/10, arts. 17 a 21, em específico: art. 19, V.

RENUCLEAR - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares 31/12/2020 não vigente ... ... ...
13

Suspensão do Imposto de Importação sobre a importação de máquinas, aparelhos,


instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou
incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado, quando os referidos
bens ou materiais de construção forem importados por pessoa jurídica beneficiária do
RENUCLEAR. A suspensão converte-se em isenção após a utilização ou incorporação do bem ou
material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.431/11, arts. 14 a 17, em específico: art. 16, III.

REPENEC - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da 30/06/2016 não vigente ... ... ...
14 Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Suspensão do Imposto de Importação incidente na importação de máquinas, aparelhos,


instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou
incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado de pessoa jurídica
beneficiária do REPENEC. As suspensões convertem-se em alíquota zero após a utilização ou
incorporação do bem ou material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.249/10, arts. 1º a 5º, em específico: art. 3º, V.

REPORTO - Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura 31/12/2023 não vigente ... ... ...
15
Portuária
QUADRO XI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO - II
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO II
Suspensão do II sobre importações de máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros
bens importados pelos beneficiários do REPORTO e destinados ao seu ativo imobilizado para
utilização exclusiva na execução de serviços de: carga, descarga, armazenagem e
movimentação de mercadorias e produtos; sistemas suplementares de apoio operacional;
proteção ambiental; sistemas de segurança e de monitoramento de fluxo de pessoas,
mercadorias, produtos, veículos e embarcações; dragagens; e treinamento e formação de
trabalhadores, inclusive na implantação de Centros de Treinamento Profissional. São
beneficiários do REPORTO o operador portuário, o concessionário de porto organizado, o
arrendatário de instalação portuária de uso público e a empresa autorizada a explorar
instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo, inclusive aquelas que operam com
embarcações de offshore, o concessionário de transporte ferroviário, empresas de dragagem,
recintos alfandegados de zona secundária e dos Centros de Treinamento Profissional. A
suspensão do Imposto de Importação converte-se em isenção após o decurso do prazo de 5
(cinco) anos, contado da data da ocorrência do respectivo fato gerador.

Lei nº 11.033/04, arts. 13 a 16, em específico: art. 14; Decreto nº 6.582/08; Lei nº 11.774/08,
art. 5º; Lei nº 12.715/12, art. 39; Lei nº 12.688/12, art. 30; Lei n° 13.169, art. 7°, Lei 14.301/22.

16 Rota 2030 31/12/2023 não vigente ... ... ...


Importação de partes, peças, componentes, conjuntos, subconjuntos, acabados e
semiacabados, e pneumáticos, todos novos e sem capacidade de produção nacional
equivalente, destinados à industrialização de produtos automotivos.

MP nº 843/18; Lei nº 13.755/18, art. 21; Decreto nº 9.557/18, art.34.

17 Setor Automotivo 30/04/2011 não vigente ... ... ...


Redução do imposto incidente na importação de partes, peças,componentes, conjuntos e
subconjuntos, acabados e semi-acabados, e pneumáticos, destinadas aos processos produtivos
das empresas montadoras e dos fabricantes de veículos leves, ônibus, caminhões, reboques e
semi-reboques, chassis com motor, carrocerias, tratores rodoviários para semi-reboques,
tratores agrícolas e colheitadeiras, máquinas rodoviárias e auto peças,componentes, conjuntos
e subconjuntos necessários à produção dos veículos aqui listados, incluídos os destinados ao
mercado de reposição. I - 40% até 31 de agosto de 2010; II - 30% até 30 de novembro de 2010;
III - 20% até 30 de maio de 2001; IV - 0% a partir de 1º de junho de 2011.

Lei nº 10.182/01, art. 5º, § 1º; Lei nº 12.350/10, art. 42º.

18 Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental 05/10/2073 7.344.689.042 0,06 0,25 5,71
Isenção do imposto na entrada de mercadorias na ZFM, destinadas a seu consumo interno ou
industrialização em qualquer grau, inclusive beneficiamento, agropecuária, pesca, instalação e
a estocagem para reexportação, com exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas,
automóveis de passageiros, produtos de perfumaria e cosméticos. Redução do imposto na
saída de produtos industrializados na ZFM, para qualquer ponto do território nacional. Bens de
informática - coeficiente de redução resultante da relação entre os valores de matérias-primas
e outros insumos nacionais e da mão-de-obra empregada no processo produtivo, e os valores
de matérias-primas e demais insumos nacionais e estrangeiros e da mão-de-obra empregada.
Automóveis, tratores e outros veículos terrestres - coeficiente de redução acrescido de cinco
pontos percentuais. Demais produtos - redução de 88% (oitenta e oito por cento). Isenção do
imposto, até o limite de compras de US$ 2.000, no caso de bagagem de viajantes procedentes
da ZFM.

Decreto-Lei nº 288/67, art. 3º, § 1º, art. 7º, II; Decreto-Lei nº 356/68, art. 1º; Decreto-Lei nº
2.434/88, art. 1º, II, c; Lei nº 8.032/90, art. 2º, II, d, art. 4º; Lei nº 8.387/91, art. 1º; Constituição
Federal do Brasil, ADCT, arts. 40, 92 e 92-A; Portaria Interministerial MIR/MCT/CICT/MC nº
272/93, art. 1º; Portaria Interministerial MDIC/MCTI nº 309/15, art. 1º; Portaria
Interministerial MDIC/MCTIC nº 50/18, art. 1º.

TOTAL 8.280.501.025 0,06 0,28 6,43


QUADRO XII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA FÍSICA - IRPF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPF
1 Aposentadoria de Declarante com 65 Anos ou Mais indeterminado 16.310.899.471 0,12 0,55 4,04
Isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física, de parcela definida em lei, dos rendimentos
provenientes de aposentadoria e pensão, de transferência para a reserva remunerada ou de
reforma pagos pela Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, por qualquer pessoa jurídica de direito público interno ou por entidade de
previdência privada, a partir do mês em que o contribuinte completar 65 (sessenta e cinco)
anos de idade, sem prejuízo da parcela isenta prevista na tabela de incidência mensal do
imposto.
Lei nº 7.713/88, art. 6º, inciso XV; Lei nº 12.469/11; Lei nº 13.149/15.

2 Aposentadoria por Moléstia Grave ou Acidente indeterminado 25.504.793.678 0,19 0,87 6,32
Isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física incidente sobre rendimentos de aposentadoria
ou reforma motivada por acidente em serviço ou moléstia profissional; aposentadoria, reforma
ou pensão, recebidos por portadores de fibrose cística (mucoviscidose), tuberculose ativa,
alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia
irreversível e incapacitante, hepatopatia grave, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados da doença de Paget
(osteíte deformante), contaminação por radiação e síndrome de imunodeficiência adquirida
(Aids).

Lei nº 7.713/88, art. 6º, inciso XIV; Lei nº 11.052/04.

3 Atividade Audiovisual 31/12/2024 não vigente ... ... ...


Dedução do imposto de renda devido, de 100% da quantia aplicada em investimentos na
produção de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras de produção independente,
mediante a aquisição de quotas representativas de direitos de comercialização sobre as
referidas obras, desde que esses investimentos sejam realizados no mercado de capitais, em
ativos previstos em lei e autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários, e os projetos de
produção tenham sido previamente aprovados pelo Ministério da Cultura. Dedução do
imposto de renda devido das quantias referentes ao patrocínio à produção de obras
cinematográficas brasileiras de produção independente, cujos projetos tenham sido
previamente aprovados pela Ancine, do imposto de renda devido apurado na declaração de
ajuste anual pelas pessoas físicas. Dedução limitada: a 6% (seis por cento) do imposto devido
pelas pessoas físicas, conjuntamente com as deduções de que trata o art. 22 da Lei nº
9.532/97. Dedução do imposto de renda devido das quantias aplicadas na aquisição de cotas
dos Funcines.

Lei nº 8.685/93, arts. 1º e 1º-A; Lei nº 9.532/97, art. 22; Lei nº 9.250/95, art. 12; MP nº
2.228/01, art. 44.

4 Despesas com Educação indeterminado 5.663.015.078 0,04 0,19 1,40


Dedução da base de cálculo do IRPF das despesas com instrução do contribuinte e de seus
dependentes, até o limite estabelecido em lei, efetuados a estabelecimentos de ensino,
relativamente à educação infantil, compreendendo as creches e as pré-escolas; ao ensino
fundamental; ao ensino médio; à educação superior, compreendendo os cursos de graduação
e de pós-graduação (mestrado, doutorado e especialização); e à educação profissional,
compreendendo o ensino técnico e o tecnológico.

Lei nº 9.250/95, art. 8º; Lei nº 12.469/11.

5 Despesas Médicas indeterminado 28.209.926.461 0,22 0,96 6,99


Dedução da base de cálculo do IRPF das despesas com médicos, dentistas, psicólogos,
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, hospitais, e com exames
laboratoriais e serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias.

Lei nº 9.250/95, art. 8º, II, a.

6 Fundos de Direitos da Criança e do Adolescente indeterminado 368.745.958 0,00 0,01 0,09


Dedução do imposto de renda devido, das contribuições feitas aos Fundos controlados pelos
Conselhos Municipais, Estaduais e Nacionais dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Dedução limitada: a 6% (seis por cento) do imposto devido pelas pessoas físicas,
conjuntamente com as deduções de que trata o art. 22 da Lei nº 9.532/97.

Lei nº 8.069/90, art. 260, II; Lei nº 9.250/95, art. 12, I; Lei nº 9.532/97, art 22.

7 Fundos do Idoso indeterminado 15.866.540 0,00 0,00 0,00


Dedução do Imposto de Renda Devido, das contribuições feitas aos Fundos controlados pelos
Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional do Idoso. Dedução limitada a 6% do IR devido
conjuntamente com as deduções de que trata o art. 22 da Lei nº 9.532/97.

Lei nº 9.250/95, art. 12, I; Lei nº 9.532/97, art. 22.


QUADRO XII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA FÍSICA - IRPF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPF

8 Incentivo à Formalização do Emprego Doméstico 31/12/2018 não vigente ... ... ...
Dedução do IR devido pelas Pessoas Físicas, da contribuição patronal paga à Previdência Social
pelo empregador doméstico incidente sobre o valor da remuneração do empregado. Limitada
ao valor da contribuição patronal calculada sobre um salário mínimo mensal, sobre o 13º
salário e sobre a remuneração adicional de férias, referidos também a um salário mínimo.

Lei nº 9.250/95 art. 12, VII, § 3º.

9 Incentivo à Reciclagem indeterminado 119.823.634 0,00 0,00 0,03


Dedução de 1% do Imposto Devido relativo à quantia efetivamente despendida no apoio
direto aos projetos de que trata o caput do art. 3º da referida Lei, limitado a 6% (seis por
cento) do imposto de renda devido apurado na Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a
Renda da Pessoa Física, em conjunto com as deduções de que tratam o art. 22 da Lei nº 9.532,
de 10 de dezembro de 1997, e o inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº 11.438, de 29 de
dezembro de 2006.
Lei nº 14.260, de 08 de dezembro de 2021.

10 Incentivo ao Desporto 31/12/2027 9.766.298 0,00 0,00 0,00


Dedução do imposto de renda devido dos valores despendidos a título de patrocínio ou
doação no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo
Ministério do Esporte, limitada a 6% (seis por cento) do IR devido conjuntamente com as
deduções de que trata o art. 22 da Lei nº 9.532/1997.

Lei nº 11.438/06, art. 1º; Lei nº 14.439/22.

11 Indenizações por Rescisão de Contrato de Trabalho indeterminado 11.197.001.331 0,09 0,38 2,77
Isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física de: indenização e aviso prévio não trabalhado
pagos por despedida ou rescisão de contrato de trabalho assalariado, até o limite garantido
pela lei trabalhista ou por dissídio coletivo e convenções trabalhistas homologados pela Justiça
do Trabalho; verbas especiais indenizatórias pagas em decorrência de incentivo à demissão
voluntária (PDV); indenização por acidente de trabalho; e saque de FGTS.

Lei nº 7.713/88, art. 6º, inciso V; Lei nº 8.036/90, art. 28.

12 Programa Nacional de Apoio à Cultura indeterminado 64.146.967 0,00 0,00 0,02


Dedução do imposto de renda devido, de 80% das doações e 60% dos patrocínios, em favor de
projetos culturais, devidamente aprovados. Dedução do imposto de renda devido, de 100% do
valor efetivamente pago, relacionados a produção cultural nos segmentos de artes cênicas,
livros de valor artístico, literário ou humanístico, música erudita ou instrumental, exposições
de artes visuais, doações de acervos para bibliotecas públicas, museus, arquivos públicos e
cinematecas, bem assim treinamento de pessoal e aquisição de equipamentos para a
manutenção desses acervos, produção de obras cinematográficas e videofonográficas de curta
e média metragem e preservação e difusão de acervo audiovisual e preservação do patrimônio
cultural material e imaterial. Dedução imposto de renda devido, de 100% do valor
efetivamente pago, relacionados a produção obras cinematográficas e vídeofonográficas
brasileiras de longa , média e curta metragens de produção independente, de co-produção de
obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de produção independente, de
telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais, animações e de programas de televisão de
caráter educativo e cultural brasileiros de produção independente, aprovados pela Ancine.
Dedução limitada: a 6% (seis por cento) do imposto devido pelas pessoas físicas,
conjuntamente com as deduções de que trata o art. 22 da Lei nº 9.532/97.

Lei nº 8.313/91, art. 18, § 3º e art. 26, I; Lei nº 9.250/95, art. 12, II; Lei nº 9.532/97, art.22; MP
nº 2.228/01, art. 39, X e § 6º; Decreto nº 5.761/06, arts. 28 e 29.

Pronas/PCD - Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência 31/12/2020 não vigente ... ... ...
13

Dedução do imposto de renda devido, das doações e dos patrocínios efetuados em prol de
ações e serviços de reabilitação da pessoa com deficiência, previamente aprovados pelo
Ministério da Saúde e desenvolvidos pelas instituições que se destinam ao tratamento de
deficiências físicas, motoras, auditivas, visuais e intelectuais. Poderá deduzir até cem por cento
das doações e oitenta por cento dos patrocínios. Limitadas a um por cento do IR devido,
individualmente, sem limite conjunto.

Lei nº 12.715/12, arts. 3º e 4º; Lei nº 9250/85, art. 12, VIII; Lei nº 13.169/15, art. 10.
QUADRO XII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA FÍSICA - IRPF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPF
14 Pronon - Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica 31/12/2020 não vigente ... ... ...
Dedução do imposto de renda devido, das doações e dos patrocínios efetuados em prol de
ações e serviços de atenção oncológica, previamente aprovados pelo Ministério da Saúde e
desenvolvidos pelas instituições de prevenção e combate ao câncer. Até cem por cento das
doações e oitenta por cento dos patrocínios. Limitadas a um por cento do IR devido,
individualmente, sem limite conjunto.
Lei nº 12.715/12, arts. 1º a 14; Lei nº 13.169/15, art. 10.

15 Seguro ou Pecúlio Pago por Morte ou Invalidez indeterminado 2.242.603.606 0,02 0,08 0,56
Isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física incidente sobre o capital das apólices de seguro
ou pecúlio pago por morte do segurado e os prêmios de seguro restituídos em qualquer caso;
pecúlio recebido de entidade de previdência complementar, em prestação única, em
decorrência de morte ou invalidez permanente do participante.

Lei nº 7.713/88, art. 6º, incisos VII e XIII.

TOTAL 89.706.589.022 0,69 3,04 22,22


QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
1 Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados indeterminado 10.725.037.044 0,08 0,36 2,43
Dedução, como despesa operacional, dos gastos realizados pelas empresas com serviços de
assistência médica, odontológica, farmacêutica e social, destinados indistintamente a todos os
seus empregados e dirigentes.
Lei nº 9.249/95, art. 13, V.

2 Associações de Poupança e Empréstimo indeterminado 22.257.421 0,00 0,00 0,01


Isenção do imposto às associações, devidamente autorizadas pelo órgão competente,
constituídas sob a forma de sociedade civil, tendo por objetivo propiciar ou facilitar a aquisição
de casa própria aos associados, captar, incentivar e disseminar a poupança, que atendam às
normas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.

Decreto-Lei nº 70/66, arts. 1º e 7º.

3 Atividade Audiovisual - Dedução Despesa Operacional 31/12/2024 não vigente ... ... ...
As pessoas jurídicas sujeitas ao lucro real poderão, também, abater o total dos investimentos
efetuados na forma do art. 1º da Lei nº 8.685/93, como despesas operacionais. O abatimento
será efetuado mediante ajuste ao lucro líquido para determinação do lucro real.

Lei nº 8.685/93, art. 1º, § 4º; Decreto nº 3.000/99 art. 372, § único; Lei nº 12.375/10, arts. 12 e
13.

4 Atividade Audiovisual - Dedução IR 31/12/2024 não vigente ... ... ...


As pessoas jurídicas sujeitas ao lucro real poderão deduzir do imposto devido as quantias
referentes: a investimentos em projetos de produção independente de obras audiovisuais
cinematográficas brasileiras; a investimentos em projetos específicos da área audiovisual,
cinematográfica de exibição, distribuição e infra-estrutura técnica apresentados por empresa
brasileira; a investimentos em projetos de produção de obras cinematográficas e
videofonográficas brasileiras de longa, média e curta metragens de produção independente, de
co-produção de obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de produção
independente, de telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais, animações e de programas
de televisãode caráter educativo e cultural, brasileiros de produção independente; a aquisição
de quotas dos Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional (Funcines); ao
patrocínio à produção de obras cinematográficas brasileiras de produção independente; a
patrocínios aos projetos específicos da área audiovisual, cinematográfica de difusão,
preservação, exibição, distribuição e infra-estrutura técnica apresentados por empresa
brasileira; os patrocínios à projetos de produção de obras cinematográficas e videofonográficas
brasileiras de longa, média e curta metragens de produção independente, de co-produção de
obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de produção independente, de
telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais, animações e de programas de televisãode
caráter educativo e cultural, brasileiros de produção independente. Limite individual de 4% do
IR devido. Limite conjunto Cultura e Audiovisual de 4% do IR devido. O adicional não é
dedutível.

Lei nº 8.685/93, arts. 1º, 1º-A; Lei nº 9.323/96, art. 1º; Lei nº 9.532/97, arts. 5º e 6º; Lei nº
11.437/06, arts. 7º, 8º e 9º; Lei nº 12.375/10, arts. 12 e 13; MP nº 2.228/01, art. 39, § 6º, arts.
44 e 45; Lei 13.594/18, art. 3º.

Benefícios Previdenciários a Empregados e FAPI - Fundo de Aposentadoria Individual indeterminado 1.213.752.146 0,01 0,04 0,28
5

Benefícios Previdênciários, dedução, como despesa operacional, dos gastos realizados com
contribuições, não compulsórias destinada a custear planos de benefícios complementares
assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes da
pessoa jurídica. Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI, dedução, como
despesa operacional, do valor das quotas adquiridas em favor de seus empregados ou
administradores, do FAPI, desde que o plano atinja, no mínimo, 50% dos seus empregados.

Lei nº 9.249/95, art. 13, V; Lei nº 9.477/97, arts. 7º e 10; Lei nº 9.532/97, art. 11, §§2º, 3º e 4º;
Lei nº 10.887/04.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
6
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção do IRPJ à Subsidiária Fifa no Brasil e aos Prestadores de Serviços da Fifa (estabelecidos
no Brasil sob a forma de sociedade com finalidade específica) em relação aos fatos geradores
decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização da
Copa das Confederações e da Copa do Mundo.

Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.


QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
7 Creches e Pré-Escolas 31/12/2018 não vigente ... ... ...
Regime especial de tributação aplicável à construção ou reforma de estabelecimentos de
educação infantil. Pagamento unificado de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS equivalente a 1% (um por
cento) da receita mensal auferida pela construtora em virtude da realização da obra submetida
ao regime especial de tributação. Cabe ao IRPJ 0,31%.

Lei nº 12.715/12, arts. 24 a 27.

Debêntures de sociedades de propósito específico para investimento na área de indeterminado 754.197.795 0,01 0,03 0,17
8
infraestrutura
Os rendimentos auferidos serão tributados, exclusivamente na fonte, à alíquota de 15%
(quinze por cento), quando auferidos por pessoa jurídica. Emissão até 31/12/2030.

Lei nº 12.431/11, arts. 2º e 3º.

Debêntures de sociedades de propósito específico para investimento na Produção indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
9
Econômica Intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
Os rendimentos auferidos serão tributados, exclusivamente na fonte, à alíquota de 15%
(quinze por cento), quando auferidos por pessoa jurídica. Emissão até 31/12/2030.

Lei nº 12.431/11, arts. 2º e 3º.

10 Despesas com Pesquisas Científicas e Tecnológicas indeterminado 3.561.256.625 0,03 0,12 0,81
Dedução, como despesa operacional, das despesas: com pesquisas científicas ou tecnológicas,
inclusive com experimentação para criação ou aperfeiçoamento de produtos, processos
fórmulas e técnicas de produção, administração ou venda; com pesquisa de recursos naturais,
inclusive prospecção de minerais, desde que realizadas na área de atuação da SUDAM, em
projetos por ela aprovados; com pesquisa de recursos pesqueiros, desde que realizada de
acordo com projeto previamente aprovado pelo IBAMA.

Lei nº 4.506/64, art.53; Decreto-Lei nº 756/69, art. 32, a; Lei nº 7.735/89, art. 2º; MP nº 2.216-
37/01.

11 Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos indeterminado 384.919.617 0,00 0,01 0,09
Dedução, como despesa operacional, das doações efetuadas a: Entidades civis, legalmente
constituídas no Brasil, sem fins lucrativos, que prestem serviços gratuitos em benefício de
empregados da pessoa jurídica doadora, e respectivos dependentes, ou em benefício da
comunidade na qual atuem, até o limite de 2%(dois por cento) do lucro operacional;
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), qualificadas segundo as normas
estabelecidas na Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999. Para fins de Dedução na apuração do
lucro real, as referidas doações estão limitadas a 2% (dois por cento) do lucro operacional da
pessoa jurídica, antes de computada a sua Dedução. A dedutibilidade fica condicionada a que a
entidade beneficiária tenha sua condição de utilidade pública ou de OSCIP reconhecida pelo
órgão competente da União.

Lei nº 9.249/95, art. 13, §2º, III; MP nº 2.158-35/01, art. 59.

12 Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa indeterminado 62.222.629 0,00 0,00 0,01


Dedução, como despesa operacional, das doações até o limite de 1,5% (um e meio por cento)
do lucro operacional, efetuadas às instituições de ensino e pesquisa cuja criação tenha sido
autorizada por lei federal e que preencham os requisitos dos incisos I e II do art. 213 da
Constituição Federal, de 1988, que são: a) comprovação de finalidade não-lucrativa e aplicação
dos excedentes financeiros em educação; b) assegurar a destinação do seu patrimônio a outra
escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de
encerramento de suas atividades.

Lei nº 9.249/95, art. 13, §2º II.

13 Empresa cidadã indeterminado 353.961.888 0,00 0,01 0,08


Dedução do imposto devido do total da remuneração integral paga à empregados, durante os
60 dias de prorrogação da licença maternidade ou 15 dias de prorrogação da licença
paternidade.
Lei nº 11.770/08.

14 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde indeterminado 4.135.891.984 0,03 0,14 0,94
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.
QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ

15 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil indeterminado 2.282.896.969 0,02 0,08 0,52
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

16 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica indeterminado 40.765.131 0,00 0,00 0,01
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

17 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural indeterminado 55.303.825 0,00 0,00 0,01
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

18 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação indeterminado 2.090.860.536 0,02 0,07 0,47
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

19 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica indeterminado 1.174.653.518 0,01 0,04 0,27
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

20 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa indeterminado 126.255.230 0,00 0,00 0,03
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

21 FINAM - Fundo de Investimentos da Amazônia 31/12/2017 não vigente ... ... ...
Redução do IRPJ pela opção de aplicação de percentual do imposto devido, pelas pessoas
jurídicas ou grupos de empresas coligadas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991,
alterado pela Medida Provisória nº 2.199-14, de 24 de agosto de 2001, titulares de
empreendimento de setor da economia considerado, em ato do Poder Executivo, prioritário
para o desenvolvimento regional, aprovados ou protocolizados até 2 de maio de 2001 nas
áreas da SUDAM. A redução será de: 18%, a partir de janeiro de 1998 até dezembro de 2003;
12%, a partir de janeiro de 2004 até dezembro de 2008; 6%, a partir de janeiro de 2009 até
dezembro de 2017.
Lei nº 8.167/91, art. 9º; MP nº 2.199-14/01, art. 4º; MP nº 2.156-5/01, art. 32, XVIII; MP nº
2.157-5/01, art. 32, IV; Lei nº 9.532/97, art. 4 º, § 1º; Lei nº 12.995/14, arts. 1º e 2º.

22 FINOR - Fundo de Investimentos do Nordeste 31/12/2017 não vigente ... ... ...
QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
Redução do IRPJ pela opção de aplicação de percentual do imposto devido, pelas pessoas
jurídicas ou grupos de empresas coligadas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991,
alterado pela Medida Provisória nº 2.199-14, de 24 de agosto de 2001, titulares de
empreendimento de setor da economia considerado, em ato do Poder Executivo, prioritário
para o desenvolvimento regional, aprovados ou protocolizados até 2 de maio de 2001 nas
áreas da SUDENE. A redução será de: 18%, a partir de janeiro de 1998 até dezembro de 2003;
12%, a partir de janeiro de 2004 até dezembro de 2008; 6%, a partir de janeiro de 2009 até
dezembro de 2017.
Lei nº 8.167/91, art. 9º; MP nº 2.199-14/01, art. 4º; MP nº 2.156-5/01, art. 32, XVIII; MP nº
2.157-5/01, art. 32, IV; Lei nº 9.532/97, art. 4 º, § 1º; Lei nº 12.995/14, arts. 1º e 2º.

23 FIP-IE - Fundo de Investimento em Participações em Infra-Estrutura indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Os rendimentos auferidos serão tributados como ganho líquido, à alíquota de 15% (quinze por
cento), quando auferidos por pessoa jurídica. Áreas de energia, transporte, água e saneamento
básico, irrigação e outros considerados prioritários pelo poder executivo.

Lei nº 11.478/07, art. 2º, § 1º, I; Lei nº 12.431/11, art. 4º.

FIP-PD&I - Fundo de Investimento em Participação na Produção Econômica Intensiva em indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
24
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e Debêntures
Os rendimentos auferidos serão tributados como ganho líquido, à alíquota de 15% (quinze por
cento), quando auferidos por pessoa jurídica.
Lei nº 11.478/07, art. 2º, § 1º, I; Lei nº 12.431/11, art. 4º.

25 Fundos de Direitos da Criança e do Adolescente indeterminado 510.989.683 0,00 0,02 0,12


Dedução do imposto de renda devido, das contribuições feitas aos Fundos controlados pelos
Conselhos Municipais, Estaduais e Nacionais dos Direitos da Criança e do Adolescente. Limite
individual de 1% do IR devido. Limite conjunto FCA e F. Idoso de 1% do IR devido. O adicional
não é dedutível.
Lei nº 8.069/90, art. 260; Lei nº 12.594/12, art. 87.

26 Fundos do Idoso indeterminado 460.164.510 0,00 0,02 0,10


Dedução do IR devido do total das doações feitas aos Fundos Nacional, Estaduais ou
Municipais do Idoso devidamente comprovadas, vedada a dedução como despesa operacional.
Limite individual de 1% do IR devido.
Lei nº 12.213/10; Lei nº 12.594/12, art. 88.

27 FUNRES - Fundo de Recuperação Econômica do Espírito Santo 31/12/2013 não vigente ... ... ...
Redução do IRPJ pela opção de aplicação de percentual do imposto devido, pelas pessoas
jurídicas ou grupos de empresas coligadas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991,
alterado pela Medida Provisória nº 2.199-14, de 24 de agosto de 2001, titulares de
empreendimento de setor da economia considerado, em ato do Poder Executivo, prioritário
para o desenvolvimento regional, aprovados ou protocolizados até 2 de maio de 2001 nas
áreas do extinto Grupo Executivo para Recuperação Econômica do Estado do Espírito Santo
(Geres). A redução será de: 25%, a partir de janeiro de 1998 até dezembro de 2003; 17%, a
partir de janeiro de 2004 até dezembro de 2008; 9%, a partir de janeiro de 2009 até dezembro
de 2013.
Lei nº 8.167/91, art. 9º; MP nº 2.199-14/01, art. 4º; MP nº 2.156-5/01, art. 32, XVIII; MP nº
2.157-5/01, art. 32, IV; Lei nº 9.532/97, art. 4 º, § 1º.

28 Horário Eleitoral Gratuito indeterminado 1.003.259.018 0,01 0,03 0,23


As emissoras de rádio e televisão obrigadas à divulgação gratuita da propaganda partidária e
eleitoral, de plebiscitos e referendos poderão efetuar a compensação compensação fiscal pela
cedência do horário gratuito. O valor da compensação será apurado de acordo com os critérios
dispostos no art. 2º do Decreto 7.791/2012 e poderá ser excluido do lucro líquido para
determinação do lucro real; ou da base de cálculo dos recolhimentos mensais; ou da base de
cálculo do IRPJ incidente sobre o lucro presumido. Aplica-se também às empresas
concessionárias de serviços públicos de telecomunicações, obrigadas ao tráfego gratuito de
sinais de televisão e rádio. Aplica-se também aos comunicados, às instruções e a outras
requisições da Justiça Eleitoral, relativos aos programas partidários e eleitorais.

Lei nº 9.096/95, art. 52, parágrafo único; Lei nº 9.504/ 97, art. 99; Decreto nº 7.791/2012.

29 Incentivo à Reciclagem indeterminado 231.001.500 0,00 0,01 0,05


Dedução no valor de 1% (um por cento) do imposto devido em cada período de apuração
trimestral ou anual, em conjunto com as deduções de que trata o inciso I do § 1º do art. 1º da
Lei nº 11.438, de 29 de dezembro de 2006, observado o disposto no § 4º do art. 3º da Lei nº
9.249, de 26 de dezembro de 1995.
QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
Lei nº 14.260, de 08 de dezembro de 2021.

30 Incentivo ao Desporto 31/12/2027 886.820.778 0,01 0,03 0,20


Dedução do IR devido dos valores despendidos a título de patrocínio ou doação, no apoio
direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do
Esporte. Limite individual de 1% do IR devido. O adicional não é dedutível.

Lei nº 11.438/06; Lei n° 13.155/15, art. 43; Lei nº 14.439/22.

31 Informática e Automação 31/12/2029 7.606.427.457 0,06 0,26 1,73


Crédito financeiro a título de IRPJ concedido para as pessoas jurídicas habilitadas fabricantes
de bens de tecnologias da informação e comunicação que investirem em atividades de
pesquisa, desenvolvimento e inovação. O valor do crédito financeiro é calculado com base no
dispêndio em P&D e no faturamento no mercado interno.

Lei nº 8.248/91, art. 4º; Lei nº 10.176/01, art. 11; Lei nº 11.077/04, Lei nº 13.023/14; Lei n°
13.969/19; e Decreto nº 5.906/06.

32 Inovação Tecnológica indeterminado 5.620.464.764 0,04 0,19 1,28


A pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na determinação do lucro real e da base de
cálculo da CSLL, o valor correspondente a até 60% da soma dos dispêndios realizados no
período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica.
Poderá chegar a até 80% dos dispêndios em função do número de empregados pesquisadores
contratados pela pessoa jurídica. A pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na
determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL o valor correspondente a até 20% da
soma dos dispêndios ou pagamentos vinculados à pesquisa tecnológica e desenvolvimento de
inovação tecnológica objeto de patente concedida ou cultivar registrado. A pessoa jurídica
poderá excluir do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da
CSLL, os dispêndios efetivados em projeto de pesquisa científica e tecnológica e de inovação
tecnológica a ser executado por Instituição Científica e Tecnológica – ICT e por entidades
científicas e tecnológicas privadas, sem fins lucrativos. A exclusão corresponderá, à opção da
pessoa jurídica, a no mínimo a metade e no máximo duas vezes e meia o valor dos dispêndios
efetuados. Exclusão do lucro real e da base de cálculo da CSLL de até 160% dos dispêndios
realizados com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica para as
pessoas jurídicas que utilizarem os benefícios das Leis de capacitação e competitividade do
setor de informática e automação (Leis nº 8.248/1991, 8.387/1991, e 10.176/2001).

Lei nº 11.196/05, arts. 19, 19-A, 26; Lei nº 11.487/07; Lei nº 12.546/11, art. 13; Lei nº
11.774/08, art. 4º.

33 Minha Casa, Minha Vida indeterminado 99.256.309 0,00 0,00 0,02


Redução para 1% da alíquota do regime especial de tributação (RET) incidente sobre as
receitas decorrentes dos projetos de incorporação de imóveis residenciais de interesse social,
no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, com valor comercial até limite estabelecido
em lei. Cabe ao IRPJ 0,31%.
Lei nº 10.931/04, art. 4º, § 6º; Lei nº 12.024/09, art. 2º, Lei nº 13.097/15, arts. 4º e 6º.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
34
Paraolímpicos de 2016
Isenção do IRPJ incidente sobre receitas, lucros e rendimentos auferidos pelas Empresas
vinculadas ao CIO, domiciliadas no País, e pelo RIO 2016 em relação aos fatos geradores
decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização dos
Eventos.
Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de indeterminado 46.737.717 0,00 0,00 0,01
35
Semicondutores
Redução em 100% das alíquotas do IR e adicional incidentes sobre o lucro da exploração, nas
vendas dos dispositivos efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do PADIS.

Lei nº 11.484/07, art. 1º a 11; Lei n° 13.169/15.


Crédito financeiro a título de IRPJ concedido para empresas habilitadas no PADIS. O valor do indeterminado 234.088.596 0,00 0,01 0,05
crédito financeiro é calculado com base no investimento em pesquisa e desenvolvimento e
no faturamento no mercado interno.
Lei nº 11.484/07, art. 1º a 11; Lei n° 13.169/15; Lei n° 13.969/19, Lei 14.302/22

36 PAIT - Planos de Poupança e Investimento indeterminado 6.877.426 0,00 0,00 0,00


QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
Dedução, como despesa operacional, das contribuições pagas pela pessoa jurídica a plano PAIT
por ela instituído, desde que obedeçam a critérios gerais e beneficiem no mínimo 50% dos
empregados.
Decreto-Lei nº 2.292/86, art. 5º, § 2º.

37 PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador indeterminado 2.494.198.834 0,02 0,08 0,57


Dedução do imposto devido de valor equivalente à aplicação da alíquota cabível sobre a soma
das despesas de custeio realizadas, no período-base, em Programas de Alimentação do
Trabalhador, previamente aprovados pelo Ministério do Trabalho. Limite individual de 4% do
IR devido. Limite conjunto PAT e PDTI/PDTA de 4% do IR devido. O adicional não é dedutível.

Lei nº 6.321/76, art. 1º; Lei nº 9.532/97, arts. 5º, 6º, inciso I.

38 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 04/05/2026 1.250.145.506 0,01 0,04 0,28
Reduz para 0% (zero por cento), pelo prazo de 60 (sessenta) meses, contado do início da
produção de efeitos desta Lei, as alíquotas das contribuições PIS, COFINS e CSLL e do IRPJ
incidentes sobre o resultado auferido pelas pessoas jurídicas pertencentes ao setor de
eventos.
Lei nº 14.148, de 03 de maio de 2021.

39 Previdência Privada Fechada indeterminado 205.083.902 0,00 0,01 0,05


Isenção do Imposto de Renda e da CSLL para as entidades de previdência complementar sem
fins lucrativos.
Decreto-Lei 2.065/83, art. 6º; IN SRF nº 588/05, art. 17.

40 PRONAC - Programa Nacional de Apoio à Cultura - Dedução Despesa Operacional indeterminado 285.805.735 0,00 0,01 0,06
Dedução, como despesa operacional, do total do somatório das doações e dos patrocínios no
apoio direto a projetos culturais aprovados na forma da regulamentação do Pronac.

Lei nº 8.313/91, art. 26, § 1º, II; Lei nº 9.249/95, art.13, § 2º, I; Decreto nº 5.761/06, art. 30, §
1º.

41 PRONAC - Programa Nacional de Apoio à Cultura - Dedução IR indeterminado 2.119.966.258 0,02 0,07 0,48
A pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido 40% do somatório das doações e 30% do
somatório dos patrocínios, tanto mediante contribuições ao Fundo Nacional de Cultura (FNC)
na forma de doações, quanto mediante apoio direto a projetos culturais aprovados na forma
da regulamentação do Pronac. A pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido 100% do
somatório das doações e 100% do somatório dos patrocínios, relacionados à produção
cultural, nos segmentos de: Artes cênicas; Livros de valor artístico, literário ou humanístico;
Música erudita ou instrumental; Exposições de artes visuais; Doações de acervos para
bibliotecas públicas, museus, arquivos públicos e cinematecas, bem assim treinamento de
pessoal e aquisição de equipamentos para a manutenção desses acervos; Produção de obras
cinematográficas e videofonográficas de curta e média metragem e preservação e difusão do
acervo audiovisual; e Preservação do patrimônio cultural material e imaterial; Construção e
manutenção de salas de cinema e teatro, que poderão funcionar também como centros
culturais comunitários, em Municípios com menos de 100.000 (cem mil) habitantes. A pessoa
jurídica poderá deduzir do imposto devido 100% do somatório das doações e 100% do
somatório dos patrocínios, relativos à produção de obras cinematográficas e videofonográficas
brasileiras de longa, média e curta metragens de produção independente, de co-produção de
obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de produção independente, de
telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais, animações e de programas de televisão de
caráter educativo e cultural, brasileiros de produção independente, aprovados pela Agência
Nacional do Cinema (Ancine). Limite individual de 4% do IR devido. Limite conjunto Cultura e
Audiovisual de 4% do IR devido. O adicional não é dedutível.

Lei nº 8.313/91, art. 26, §1º; Lei nº 9.249/95, art. 13, §2º, I; Decreto nº 5.761/06, arts. 28 e 30;
Lei nº 8.313/91, art. 18, caput e §§ 1º e 3º; MP nº 2.228/01, art. 39, § 6º e inciso X, art. 53.

42 Pronas/PCD - Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência 31/12/2021 não vigente ... ... ...
QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
Dedução do imposto de renda devido, das doações e dos patrocínios efetuados em prol de
ações e serviços de reabilitação da pessoa com deficiência, previamente aprovados pelo
Ministério da Saúde e desenvolvidos pelas instituições que se destinam ao tratamento de
deficiências físicas, motoras, auditivas, visuais e intelectuais. Até cinquenta por cento das
doações e quarenta por cento dos patrocínios, vedada a dedução como despesa operacional.
Limitadas a um por cento do IR devido, individualmente, sem limite conjunto. Adicional não
dedutível.

Lei nº 12.715/12, arts. 1º a 14; Lei nº 12.844/13, art. 28; Lei n° 13.169/15, art. 10.

43 Pronon - Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica 31/12/2021 não vigente ... ... ...
Dedução do imposto de renda devido, das doações e dos patrocínios efetuados em prol de
ações e serviços de atenção oncológica, previamente aprovados pelo Ministério da Saúde e
desenvolvidos pelas instituições de prevenção e combate ao câncer. Até cinquenta por cento
das doações e quarenta por cento dos patrocínios, vedada a dedução como despesa
operacional. Limitadas a um por cento do IR devido, individualmente, sem limite conjunto.
Adicional não dedutível.

Lei nº 12.715/12, arts. 1º a 14; Lei nº 12.844/13, art. 28; Lei n° 13.169/15, art. 10.

44 PROUNI - Programa Universidade para Todos indeterminado 1.878.818.982 0,01 0,06 0,43
Isenção do imposto à instituição privada de ensino superior, com ou sem fins lucrativo, que
aderir ao PROUNI. A isenção recairá sobre o valor do lucro e será calculada na proporção da
ocupação efetiva das bolsas devidas
Lei nº 11.096/05.

45 Rota 2030 31/07/2023 não vigente ... ... ...


Dedução do IRPJ devido, o valor correspondente à aplicação da alíquota e adicional do IRPJ
sobre até 30% dos dispêndios realizados no País, desde que sejam classificáveis como
despesas operacionais aplicados em pesquisa e desenvolvimento.

MP 843/2018; Lei 13.755/18, art. 11; Decreto nº 9.557/18, art.19.

Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 29.264.039.816 0,22 0,99 6,64
46
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/14.

47 SUDAM - Isenção Projeto Industrial / Agrícola indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção do IRPJ para empreendimento industrial ou agrícola que tenha sido instalado,
ampliado, modernizado ou diversificado, até 31 de dezembro de 1997 ou cujo projeto tenha
sido aprovado ou protocolizado até 14 de novembro de 1997.

Lei nº 9.532/97, art. 3º; Lei nº 9.808/99, art. 13.

48 SUDAM - Isenção Projeto Tecnologia Digital 31/12/2033 0 0,00 0,00 0,00


Isenção do IRPJ para fabricantes de máquinas, equipamentos, instrumentos e dispositivos,
baseados em tecnologia digital, voltados para o programa de inclusão digital, com projetos
aprovados na região da SUDAM e SUDENE. Aprovação até 31/12/2018 e uso por dez anos.

Lei nº 12.546/12, art. 11; MP nº 2.199-14/01, art. 1º, § 1-A; Lei nº 12.715/12, art. 69, Lei nº
12.995/14, art. 10.

49 SUDAM - Redução 75% Projeto Setor Prioritário 31/12/2033 6.947.088.875 0,05 0,24 1,58
Redução de 75% do IRPJ para empreendimentos, com projetos protocolizados e aprovados
após 23 de agosto de 2000, enquadrados em setores da economia considerados, em ato do
Poder Executivo, prioritários para o desenvolvimento regional. Aprovação até 31/12/2018 e
uso por dez anos.
MP nº 2.199-14/01, art. 1º; Lei nº 12.715/12, art. 69, Lei nº 12.995/14, art. 10; Lei nº
13.799/19, art. 1º; Decreto nº 9.682/19.

50 SUDAM - Redução Escalonada Projeto Industrial / Agrícola 31/12/2013 não vigente ... ... ...
QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
Redução escalonada do IRPJ para empreendimentos industriais ou agrícolas instalados a partir
de 1º de janeiro de 1998 ou cujo projeto tenha sido aprovado ou protocolizado após 14 de
novembro de 1997 e até 23 de agosto de 2000. A redução será de: 75% a partir de 1º de
janeiro de 1998 até 31 de dezembro de 2003; 50%, a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de
dezembro de 2008; 25%, a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.

Lei nº 9.532/97, art. 3º, I, II, III e § 1º; Lei nº 9.808/99, art. 13.

51 SUDAM - Redução Escalonada Projeto Setor Prioritário 31/12/2013 não vigente ... ... ...
Redução escalonada do IRPJ para os empreendimentos industriais ou agrícolas enquadrados
em setores da economia considerados, em ato do Poder Executivo, prioritários para o
desenvolvimento regional, mantidos em operação nas áreas de atuação da Sudam e da
Sudene, ou sediados na Zona Franca de Manaus, reconhecidos como de interesse para o
desenvolvimento da região. A redução será de: 37,5%, a partir de 1º de janeiro de 1998 até 31
de dezembro de 2003; 25%, a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008;
12,5%, a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.

Lei nº 9.532/97, art. 3 º, § 2º; MP nº 2.199-14/01, art. 2º.

52 SUDAM - Redução por Reinvestimento 31/12/2023 não vigente ... ... ...
Redução de 30% do IRPJ para os empreendimentos considerados, em ato do Poder Executivo,
prioritários para o desenvolvimento regional, que depositarem no Banco do Nordeste do Brasil
S/A, para reinvestimento, 30% do valor do imposto devido, exceto adicional, calculado sobre o
lucro da exploração, acrescido de 50% de recursos próprios, ficando, porém, a liberação desses
recursos condicionada à aprovação, pela SUDENE, dos respectivos projetos técnico-
econômicos de modernização ou complementação de equipamento.

Lei nº 8.167/91, art. 19; Lei nº 8.191/91, art. 4º; Lei nº 9.532/97, art. 2 º; MP nº 2.199-14/01,
art. 3º; Lei nº 12.715/2012, art. 69; Lei nº13.799/19, art. 1º; Decreto nº 9.682/19.

53 SUDENE - Isenção Projeto Industrial / Agrícola indeterminado 3.832.765 0,00 0,00 0,00
Isenção do IRPJ para empreendimento industrial ou agrícola que tenha sido instalado,
ampliado, modernizado ou diversificado, até 31 de dezembro de 1997 ou cujo projeto tenha
sido aprovado ou protocolizado até 14 de novembro de 1997.

Lei nº 9.532/97, art. 3º; Lei nº 9.808/99, art. 13.

54 SUDENE - Isenção Projeto Tecnologia Digital 31/12/2033 0 0,00 0,00 0,00


Isenção do IRPJ para fabricantes de máquinas, equipamentos, instrumentos e dispositivos,
baseados em tecnologia digital, voltados para o programa de inclusão digital, com projetos
aprovados na região da SUDAM e SUDENE. Aprovação até 31/12/2018 e uso por dez anos.

Lei nº 12.546/12, art. 11; MP nº 2.199-14/01, art. 1º, § 1-A; Lei nº 12.715/12, art. 69; Lei nº
12.995/14, art. 10.

55 SUDENE - Redução 75% Projeto Setor Prioritário 31/12/2033 9.727.458.106 0,07 0,33 2,21
Redução de 75% do IRPJ para empreendimentos, com projetos protocolizados e aprovados
após 23 de agosto de 2000, enquadrados em setores da economia considerados, em ato do
Poder Executivo, prioritários para o desenvolvimento regional. Aprovação até 31/12/2018 e
uso por dez anos.
MP nº 2.199-14/01, art. 1º; Lei nº 12.715/12, art. 69; Lei nº 12.995/14, art. 10; Lei nº
13.799/19, art. 1º; Decreto nº 9.682/19.

56 SUDENE - Redução Escalonada Projeto Industrial / Agrícola 31/12/2013 não vigente ... ... ...
Redução escalonada do IRPJ para empreendimentos industriais ou agrícolas instalados a partir
de 1º de janeiro de 1998 ou cujo projeto tenha sido aprovado ou protocolizado após 14 de
novembro de 1997 e até 23 de agosto de 2000. A redução será de: 75% a partir de 1º de
janeiro de 1998 até 31 de dezembro de 2003; 50%, a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de
dezembro de 2008; 25%, a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.

Lei nº 9.532/97, art. 3º, I, II, III e § 1º; Lei nº 9.808/99, art. 13.

57 SUDENE - Redução Escalonada Projeto Setor Prioritário 31/12/2013 não vigente ... ... ...
QUADRO XIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA PESSOA JURÍDICA - IRPJ
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRPJ
Redução escalonada do IRPJ para os empreendimentos industriais ou agrícolas enquadrados
em setores da economia considerados, em ato do Poder Executivo, prioritários para o
desenvolvimento regional, mantidos em operação nas áreas de atuação da Sudam e da
Sudene, ou sediados na Zona Franca de Manaus, reconhecidos como de interesse para o
desenvolvimento da região. A redução será de: 37,5%, a partir de 1º de janeiro de 1998 até 31
de dezembro de 2003; 25%, a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008;
12,5%, a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.

Lei nº 9.532/97, art. 3º, § 2º; MP nº 2.199-14/01, art. 2º.

58 SUDENE - Redução por Reinvestimento 31/12/2023 não vigente ... ... ...
Redução de 30% do IRPJ para os empreendimentos considerados, em ato do Poder Executivo,
prioritários para o desenvolvimento regional, que depositarem no Banco do Nordeste do Brasil
S/A, para reinvestimento, 30% do valor do imposto devido, exceto adicional, calculado sobre o
lucro da exploração, acrescido de 50% de recursos próprios, ficando, porém, a liberação desses
recursos condicionada à aprovação, pela SUDENE, dos respectivos projetos técnico-
econômicos de modernização ou complementação de equipamento.

Lei nº 8.167/91, art. 19; Lei nº 8.191/91, art. 4º; Lei nº 9.532/97, art. 2º; MP nº 2.199-14/01,
art. 3º; Lei nº 12.715/12, art. 69; Lei nº 13.799/19, art. 1º; Decreto nº 9.682/19.

59 TEF - Tributação Específica do Futebol indeterminado 211.555.947 0,00 0,01 0,05


Regime de tributação específico para as Sociedades Anônimas do Futebol que unifica o
recolhimento do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e Contribuição Previdenciária (artigos I, II e III do caput
e no §6º do art. 22 da Lei n° 8.212/91). O regime consiste na tributação das receitas mensais
com a aplicação de uma alíquota de 5%, nos 5 primeiros anos-calendário da constituição da
sociedade, e de 4%, a partir do 6º ano calendário.

Lei n° 14.193/2021 , atrs. 31 e 32.

60 TI e TIC - Tecnologia de Informação e Tecnologia da Informação e da Comunicação indeterminado 885.285 0,00 0,00 0,00
Exclusão do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real, dos custos e despesas com
capacitação de pessoal que atua no desenvolvimento de programas de computador (software)
das empresas dos setores de tecnologia de informação - TI e de tecnologia da informação e da
comunicação – TIC, sem prejuízo da dedução normal.

Lei nº 11.908/09, art. 11; Lei nº 11.774/08, art. 13-A.

61 Vale-Cultura 31/12/2016 não vigente ... ... ...


Dedução do IRPJ devido do valor despendido a título de aquisição do vale-cultura pela pessoa
jurídica beneficiária tributada com base no lucro real. A dedução é limitada a 1% do IR Devido.
Adicional não dedutível. Dedução como despesa operacional do valor despendido a título de
aquisição do vale-cultura para fins de apuração do imposto sobre a renda.

Lei nº 12.761/12, art. 10.

TOTAL 98.079.200.127 0,75 3,33 22,25


QUADRO XIV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - IRRF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRRF
1 Academia Brasileira de Letras - ABL indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 2º; Lei nº 9532/97, art. 15.

2 Associação Brasileira de Imprensa - ABI indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 2º; Lei nº 9532/97, art. 15.

3 Associações de Poupança e Empréstimo indeterminado 20.517.698 0,00 0,00 0,01


Redução da base de cálculo do imposto. As associações pagarão o imposto devido,
correspondente aos rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, à
alíquota de 15%, calculado sobre 28% do valor dos referidos rendimentos e ganhos líquidos.

Lei nº 9.430/96, art. 57.

4 Atividade Audiovisual indeterminado 187.237.339 0,00 0,01 0,09


Redução de 70% do imposto de renda retido na fonte sobre as importâncias pagas, creditadas,
empregadas, remetidas ou entregues aos produtores, distribuidores ou intermediários no
exterior, como rendimentos decorrentes da exploração de obras audiovisuais estrangeiras em
todo território nacional, ou por sua aquisição ou importação a preço fixo, desde que invistam
no desenvolvimento de projetos de produção de obras cinematográficas brasileiras de longa-
metragem de produção independente, e na coprodução de telefilmes e minisséries brasileiros
de produção independente e de obras cinematográficas brasileiras de produção independente.
Redução de 70% do imposto de renda retido na fonte sobre o crédito, emprego, remessa,
entrega ou pagamento pela aquisição ou remuneração, a qualquer título, de direitos, relativos
à transmissão, por meio de radiodifusão de sons e imagens e serviço de comunicação
eletrônica de massa por assinatura, de quaisquer obras audiovisuais ou eventos, mesmo os de
competições desportivas das quais faça parte representação brasileira, desde que invistam no
desenvolvimento de projetos de produção de obras cinematográficas brasileira de longa-
metragem de produção independente e na coprodução de obras cinematográficas e
videofonográficas brasileiras de produção independente de curta, média e longas-metragens,
documentários, telefilmes e minisséries.

Lei nº 8.685/93, arts. 3º e 3º-A; Decreto-Lei nº 1.089/70; Lei nº 9.430/96, art. 72.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
5
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção do IRRF para Fifa e a Subsidiária Fifa no Brasil em relação aos fatos geradores
decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização dos
Eventos.
Lei nº 12.350/10, art. 7º, I, a; art. 8º, I, b.

Debêntures de sociedades de propósito específico para investimento na área de indeterminado 306.591.193 0,00 0,01 0,14
6
infraestrutura
Os rendimentos auferidos por pessoa física ficam sujeitos à incidência do imposto sobre a
renda, exclusivamente na fonte à alíquota zero. Emissão até 31/12/2030.
Lei nº 12.431/11, art. 2º, § 1º e 3º; Lei nº 13.043/14, art. 20.

Debêntures de sociedades de propósito específico para investimento na Produção indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
7
Econômica Intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
Os rendimentos auferidos por pessoa física ficam sujeitos à incidência do imposto sobre a
renda, exclusivamente na fonte à alíquota zero. Emissão até 31/12/2030.
Lei nº 12.431/11, art. 2º, § 1º e 3º; Lei nº 13.043/14, art. 20.

8 FIP-IE - Fundo de Investimento em Participações em Infra-Estrutura indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Os rendimentos distribuídos à pessoa física ficam isentos do imposto de renda na fonte e na
declaração de ajuste anual das pessoas físicas. Áreas de energia, transporte, água e
saneamento básico, irrigação e outros considerados prioritários pelo poder executivo.

Lei nº 11.478/07, art. 2º, §3º; Lei nº 12.431/11, art. 4º.


QUADRO XIV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - IRRF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRRF

FIP-PD&I - Fundo de Investimento em Participação na Produção Econômica Intensiva em indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
9
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e Debêntures
Os rendimentos distribuídos à pessoa física ficam isentos do imposto de renda na fonte e na
declaração de ajuste anual das pessoas físicas.
Lei nº 11.478/07, art. 2º, §3º; Lei nº 12.431/11, art. 4º.

10 Inovação Tecnológica indeterminado 3.468.926 0,00 0,00 0,00


Redução a zero da alíquota do imposto de renda retido na fonte nas remessas efetuadas para
o exterior destinadas ao registro e manutenção de marcas, patentes e cultivares.

Lei nº 11.196/05, art. 17, inciso VI.

Crédito de IRRF sobre os valores pagos, remetidos ou creditados a beneficiários residentes ou 27/07/2010 não vigente ... ... ...
domiciliados no exterior, a título de royalties, de assistência técnica ou científica e de serviços
especializados. Revogado pela Lei 12.350/10, art. 63, I.
Lei nº 11.196/05, art. 17, inciso V, § 5º.

11 Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 2º; Lei nº 9532/1997, art. 15.

12 Leasing de Aeronaves 31/12/2026 357.120.306 0,00 0,01 0,17


Redução a zero da alíquota do imposto de renda retido na fonte incidentesobre crédito,
entrega, emprego ou remessa, por fonte situada no País, a pessoa jurídica domiciliada no
exterior, a título de contraprestação de contrato de arrendamento mercantil de aeronave ou
dos motores a ela destinados, celebrado por empresa de transporte aéreo público regular, de
passageiros ou de cargas, até 31 de dezembro de 2023. Redução para 1% em 2024, 2% em
2025 e 3% em 2026. A MPV 1049 que dispõe sobre redução de alíquotas de 01/01/22 a
31/12/24 ainda está em tramitação.

Lei nº 11.371/06, art. 16; Lei nº 9.481/97, art. 1º, V; Lei nº 13.043/14, art. 89, Lei 14.002/20,
MP 1094/21 e Lei 14.355/22.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
13
Paraolímpicos de 2016
Isenção do IRRF incidente sobre os rendimentos pagos, creditados, entregues, empregados ou
remetidos, em espécie, pelo CIO, por Empresas vinculadas, ou pelo RIO 2016, ou recebidos por
esses sujeitos, em relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e
diretamente vinculadas à organização ou realização dos Eventos.

Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

14 Poupança indeterminado 13.630.476.506 0,10 0,46 6,40


Isenção do imposto de renda sobre os os rendimentos auferidos por pessoa física em contas
de depósitos de poupança
Lei nº 8.981/95, art. 68, III.

15 Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros indeterminado 12.024.147 0,00 0,00 0,01


Redução a zero da alíquota do IRRF incidente sobre valores pagos, creditados, entregues,
empregados ou remetidos para o exterior, em decorrência de despesas com pesquisas de
mercado, aluguéis e arrendamentos de stands e locais para exposições, feiras e conclaves
semelhantes, promoção e propaganda no eventos, para produtos e serviços brasileiros e para
promoção de destinos turísticos brasileiros e por órgãos do Poder Executivo Federal, relativos
à contratação de serviços destinados à promoção do Brasil no exterior. Redução a zero da
alíquota do IRRF sobre remessas, para o exterior, destinadas ao pagamento de despesas com
pesquisa de mercado para produtos brasileiros de exportação, participação em exposições,
feiras e eventos, aluguéis e arrendamentos de estandes e locais de exposição, propaganda nos
eventos, vinculadas à promoção de produtos brasileiros.

Lei nº 9.481/97, art. 1º, III; Decreto nº 6.761/09; MP nº 2.159/01, art. 9º.

16 Títulos de Crédito - Setor Imobiliário e do Agronegócio indeterminado 6.760.668.599 0,05 0,23 3,17
QUADRO XIV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - IRRF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IRRF
Isenção de IRPF sobre rendimentos de letras hipotecárias, letras de crédito do agronegócio e
imobiliário (LCA e LCI) e certificados de recebíveis do agronegócio e imobiliários (CRA e CRI).

Lei nº 13.097/15, art. 90, I; Lei nº 11.033/2004, art. 3º, II a V.

TOTAL 21.278.104.714 0,16 0,72 9,99


QUADRO XV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - OPERAÇÕES INTERNAS - IPI-INTERNO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI
1 Áreas de Livre Comércio 31/12/2050 651.465.507 0,00 0,02 1,26
Tabatinga-AM, Guajará-Mirim-RO, Pacaraima e Bonfim-RR , Macapá/Santana-AP e Brasiléia e
Cruzeiro do Sul-AC. Isenção do imposto na entrada de produtos nacionais ou nacionalizados,
quando destinados a consumo beneficiamento, estocagem ou industrialização com exceção de
armas e munições, veículos de passageiros, bebidas alcoólicas, produtos de perfumaria e
toucador , fumo e derivados. Isenção do imposto incidente sobre os produtos industrializados
nas Áreas de Livre Comércio, destinados a consumo interno ou comercialização para outros
pontos do território nacional, desde que os produtos tenham em sua composição final
preponderância de matérias-primas de origem regional, provenientes dos segmentos animal,
vegetal, mineral, exceto os minérios do Capítulo 26 da Nomenclatura Comum do Mercosul -
NCM, ou agrossilvopastoril, observada a legislação ambiental pertinente e conforme definido
em regulamento.

Lei nº 7.965/89, arts. 4º, 6º e 13; Lei nº 8.210/91, arts. 6º e 13; Lei nº 8.256/91, arts. 7º e 14;
Lei nº 8.387/91, art. 11, § 2º; Lei nº 8.857/94, art. 7º; Lei nº 8.981/95, arts. 108, 109 e 110; Lei
nº 13.023/14, art. 3º; Lei nº 11.898/09; Decreto nº 8.597/15.

2 Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência 31/12/2026 1.562.195.011 0,01 0,05 3,01


Isenção do IPI na aquisição de automóveis por pessoas portadoras de deficiência física, visual,
mental severa ou profunda, ou autistas.
Lei nº 8.989/95; Lei nº 12.767/12, art. 29; Lei nº 13.146/2015, art. 126, Lei 14.183/21 e Lei
14.287/21

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
3
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção de IPI para os produtos nacionais adquiridos pela Fifa, por Subsidiária Fifa no Brasil e
pela Emissora Fonte da Fifa, diretamente de estabelecimento industrial fabricante, para uso ou
consumo na organização e realização dos Eventos.

Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

4 Embarcações indeterminado 13.401.172 0,00 0,00 0,03


Suspensão da incidência de IPI na aquisição, realizada por estaleiros navais brasileiros, de
materiais e equipamentos, incluindo partes, peças e componentes, destinados ao emprego na
construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações pré-registradas
ou registradas no REB. A suspensão converte-se em alíquota 0 (zero) após a incorporação ou
utilização dos bens adquiridos.

Lei nº 9.493/97, art. 10; Lei nº 11.774/08, art. 15; Decreto nº 6.704/08.

5 Equipamentos Desportivos 31/12/2015 não vigente ... ... ...


Isenção do IPI incidente sobre equipamentos e materiais destinados, exclusivamente, ao
treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para competições desportivas em
jogos olímpicos, paraolímpicos, pan-americanos, parapan-americanos, nacionais e mundiais.

Lei nº 10.451/02, arts. 8º a 13; Lei nº 11.827/08, art. 5º; Lei nº 12.649/12, art. 9º.

6 Informática e Automação 31/03/2020 não vigente ... ... ...


As empresas de desenvolvimento ou produção de bens e serviços de informática e automação
farão jus aos benefícios de isenção/redução do imposto: de 80% até 2024; 75% até 2026; 70%
até 2029. Para os bens de informática e automação produzidos nas regiões Centro-Oeste,
Sudam e Sudene - isenção/redução do imposto: de 95% até 2024; 90% até 2026; 85% até
2029. Para microcomputadores portáteis - isenção/redução do imposto: de 95% até 2024; 90%
até 2026; 70% até 2029. Para microcomputadores portáteis produzidos nas regiões Centro-
Oeste, Sudam e Sudene - isenção/redução do imposto: isenção até 2024; 95% até 2026; 85%
2029. Para os bens de informática e automação desenvolvidos no país - isenção/redução do
imposto: de 100% até 2024; 95% até 2026; 90% 2029. Para os bens de informática e
automação desenvolvidos no país e produzidos nas regiões Centro-Oeste, Sudam e Sudene -
isenção/redução do imposto: isenção até 2024; 95% até 2026; 85% 2029.

Lei nº 8.248/91, art. 4º; Lei nº 10.176/01, art. 11; Lei nº 11.077/04, Lei nº 13.023/14; Decreto
nº 5.906/06.

7 Inovação Tecnológica indeterminado 56.045 0,00 0,00 0,00


Redução de 50% do IPI sobre equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos, bem como
os acessórios sobressalentes e ferramentas que acompanhem esses bens, destinados à
pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico.
Lei nº 11.196/05, art. 17; Decreto nº 5.798/06.
QUADRO XV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - OPERAÇÕES INTERNAS - IPI-INTERNO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI

Inovar-Auto - Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia 31/12/2017 não vigente ... ... ...
8
Produtiva de Veículos Automotores
Crédito Presumido de IPI para as empresas habilitadas, relativo aos dispêndios em pesquisa;
desenvolvimento tecnológico; inovação tecnológica; recolhimentos FNDCT; capacitação de
fornecedores; engenharia e tecnologia industrial básica. Limitado a 2,75% da receita bruta total
de venda de bens e serviços.
Lei nº 12.715/12, arts. 40 a 44; Decreto nº 7.819/12.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
9
Paraolímpicos de 2016
Isenção de IPI para os produtos nacionais adquiridos diretamente de estabelecimento
industrial fabricante, para uso ou consumo na organização ou realização dos Eventos.

Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de 31/12/2026 0 0,00 0,00 0,00
10
Semicondutores
Redução a zero das alíquotas do IPI na importação ou compra no mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, softwares e insumos para incorporação ao
ativo imobilizado.
Lei nº 11.484/07, arts. 1º a 11; Lei n° 13.169/15, Lei 14.302/22 e Decreto 10.615/21

PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
11
para a TV Digital
Redução a zero das alíquotas do IPI, na importação ou venda no mercado interno de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação ao ativo imobilizado,
softwares e insumos. Redução a zero das alíquotas do IPI nas vendas dos equipamentos
transmissores efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do PATVD.

Lei nº 11.484/07, art. 12 ao 22 e 66.

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
12

Suspensão do IPI incidente na aquisição no mercado interno de matérias-primas, e produtos


intermediários destinados à fabricação dos equipamentos. A suspensão converte-se em
alíquota zero após a incorporação ou utilização dos bens nos equipamentos. Isenção de IPI na
venda dos equipamentos de informática por pessoa jurídica beneficiária do REICOMP para
escolas.
Lei nº 12.249/10, art. 6 a 14 e 139; Lei nº 12.715/12, art. 15 a 23 e 78.

RECINE - Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição 31/12/2024 não vigente ... ... ...
13
Cinematográfica
Suspensão da exigência do IPI incidente nas aquisições no mercado interno de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação no ativo permanente e
utilização em complexos de exibição ou cinemas itinerantes, bem como de materiais para sua
construção. A suspensão converte-se em isenção após incorporação no ativo permanente e
utilização do bem ou material de construção no complexo de exibição cinematográfica.

Lei nº 12.599/12, arts.12 a 14; Decreto nº 7.729/12; Lei nº 13.594/18; Lei nº 14.044/2020.

RECOPA - Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou 30/06/2014 não vigente ... ... ...
14
Modernização de Estádios de Futebol
Suspensão do IPI incidente sobre a aquisição de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação no estádio
de futebol da pessoa jurídica beneficiária do RECOPA. A suspensão converte-se em alíquota
zero após a utilização ou incorporação do bem.

Lei nº 12.350/10, arts. 17 a 21.

REIF - Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria de 20/09/2017 não vigente ... ... ...
15
Fertilizantes
Suspensão do IPI incidente na saída do estabelecimento industrial ou equiparado de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização
ou incorporação no projeto aprovado.
Lei nº 12.794/13, arts. 5º a 11.
QUADRO XV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - OPERAÇÕES INTERNAS - IPI-INTERNO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI
RENUCLEAR - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares 31/12/2020 não vigente ... ... ...
16

Suspensão do IPI na venda no mercado interno de máquinas, aparelhos, instrumentos e


equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação em obras
de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado, quando a aquisição for efetuada por pessoa
jurídica beneficiária do RENUCLEAR. A suspensão converte-se em isenção após a utilização ou
incorporação do bem ou material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.431/11, arts. 14 a 17.

REPENEC - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da 30/06/2016 não vigente ... ... ...
17 Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Suspensão do IPI interno incidente na aquisição no mercado interno de máquinas, aparelhos,


instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou
incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado de pessoa jurídica
beneficiária do REPENEC. As suspensões convertem-se em alíquota zero após a utilização ou
incorporação do bem ou material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.249/10, arts. 1º a 5º.

REPNBL-Redes - Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para 31/12/2016 não vigente ... ... ...
18
Implantação de Redes de Telecomunicações
Suspensão do IPI sobre venda no mercado interno de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos novos e de materiais de construção para utilização ou incorporação nas obras
civis dos projetos aprovados para implantação, ampliação ou modernização de redes de
telecomunicações que suportam acesso à Internet em banda larga. A suspensão converte-se
em alíquota zero após a incorporação do bem.
Lei nº 12.715/12, arts. 28 a 33.

REPORTO - Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura 31/12/2023 não vigente ... ... ...
19
Portuária
Suspensão do IPI sobre aquisições no mercado interno de máquinas, equipamentos, peças de
reposição e outros bens importados pelos beneficiários do REPORTO e destinados ao seu ativo
imobilizado para utilização exclusiva na execução de serviços de: carga, descarga,
armazenagem e movimentação de mercadorias e produtos; sistemas suplementares de apoio
operacional; proteção ambiental; sistemas de segurança e de monitoramento de fluxo de
pessoas, mercadorias, produtos, veículos e embarcações; dragagens; e treinamento e
formação de trabalhadores, inclusive na implantação de Centros de Treinamento Profissional.
São beneficiários do REPORTO o operador portuário, o concessionário de porto organizado, o
arrendatário de instalação portuária de uso público e a empresa autorizada a explorar
instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo, inclusive aquelas que operam com
embarcações de offshore, o concessionário de transporte ferroviário, empresas de dragagem,
recintos alfandegados de zona secundária e dos Centros de Treinamento Profissional. A
suspensão converte-se em isenção após o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data
da ocorrência do respectivo fato gerador.

Lei nº 11.033/04, arts. 13 a 16, em específico: art. 14; Decreto nº 6.582/08; Lei nº 11.774/08,
art. 5º; Lei nº 12.715/12, art. 39; Lei nº 12.688/12, art. 30; Lei n° 13.169, art. 7°, Lei 14.301/22.

20 Resíduos Sólidos 31/12/2018 não vigente ... ... ...


Crédito presumido do IPI para os estabelecimentos industriais na aquisição de resíduos sólidos
utilizados como matérias-primas ou produtos intermediários na fabricação de seus produtos.

Lei nº 12.375/10, art. 5º; Lei nº 13.097/15, art. 7º; Decreto nº 7.619/2011.

RETAERO - Regime Especial de Incentivos Tributários para a Indústria Aeroespacial Brasileira 11/06/2020 não vigente ... ... ...
21

Suspensão de IPI incidente na venda no mercado interno de partes, peças, ferramentas,


componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas a serem
empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização dos produtos classificados na posição 88.02 da NCM. A suspensão converte-se
em alíquota zero após o emprego, utilização ou incorporação dos referidos bens.

Lei nº 12.249/10, arts. 29 a 33; Lei nº 12.598/12, art. 16.

22 RETID - Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa 22/03/2032 16.734.718 0,00 0,00 0,03
QUADRO XV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - OPERAÇÕES INTERNAS - IPI-INTERNO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI
Suspensão do IPI incidente na aquisição no mercado interno de partes, peças, ferramentas,
componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas a serem
empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização de bens de defesa nacional, quando a aquisição for efetuada por
estabelecimento industrial de pessoa jurídica beneficiária do RETID. Conversão em alíquota
zero após o emprego ou utilização dos bens. Isenção de IPI incidente sobre os bens de defesa
nacional, definidos em ato do Poder Executivo, saídos do estabelecimento industrial ou
equiparado de pessoa jurídica beneficiária do RETID, quando adquiridos pela União, para uso
privativo das Forças Armadas, exceto para uso pessoal e administrativo.

Lei nº 12.598/12, arts. 7º a 11; Decreto nº 8.122/2013.

23 Rota 2030 31/12/2027 3.809.725.311 0,03 0,13 7,35


Redução das alíquotas do IPI para veículos novos produzidos no País e para a importação de
veículos novos classificados nos códigos 87.01 a 87.06 da Tabela TIPI em:
I - até 2% para os veículos que atenderem a requisitos específicos de eficiência energética; e
II - até 1%para os veículos que atenderem a requisitos específicos de desempenho estrutural
associado a tecnologias assistivas à direção.
O somatório das reduções fica limitado

MP nº 843/18, art. 2°; Lei nº 13.755/18, art. 2; Decreto nº 9.557/18, art.42.

24 Setor Automotivo - Empreendimento industriais Norte, Nordeste, Centro-Oeste 31/12/2015 não vigente ... ... ...
As empresas montadoras e fabricantes de veículos automotores, instaladas nas regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, poderão apurar crédito presumido do IPI como ressarcimento do
PIS/PASEP e da COFINS, no montante do valor das contribuições devidas, em cada mês,
decorrente das vendas no mercado interno, multiplicado por: 2 no período de 1º de janeiro a
31 de dezembro de 2011; 1,9 no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2012; 1,8 no
período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2013; 1,7 no período de 1º de janeiro a 31 de
dezembro de 2014; e 1,5 no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2015.
Empreendimentos habilitados até 31 de maio de 1997.

Lei nº 9.440/97, art. 11-A; Lei nº 12.218/10; Decreto nº 7.422/10.

25 Setor Automotivo - Empreendimento industriais Sudam, Sudene, Centro-Oeste 31/12/2025 não vigente ... ... ...
Os empreendimentos industriais instalados nas áreas de atuação da Sudam, Sudene e na
região Centro-Oeste, exceto no Distrito Federal, farão jus a crédito presumido de 32% do IPI
incidente nas saídas dos produtos classificados nas posições 8702 a 8704 da TIPI. Projetos
apresentados até 31/10/1999.
Lei nº 9.826/99; Lei nº 12.218/10; Lei nº 12.973/14; Lei nº 13.043/14; Lei nº 14.076/20;
Decreto nº 7.422/10.

Setor Automotivo - Novos Projetos empreendimento industriais Norte, Nordeste, Centro- 31/12/2025 não vigente ... ... ...
26
Oeste
As empresas montadoras e fabricantes de veículos automotores, instaladas nas regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, habilitadas até 31/05/1997, farão jus a crédito presumido do IPI
como ressarcimento do PIS/PASEP e da COFINS, desde que apresentem projetos que
contemplem novos investimentos e a pesquisa para o desenvolvimento de novos produtos ou
novos modelos de produtos já existentes, até o dia 30 de junho de 2020. O crédito presumido
será equivalente ao resultado da aplicação das alíquotas previstas no art. 1º da Lei 10.485/02,
sobre o valor das vendas no mercado interno, em cada mês, dos produtos dos projetos,
multiplicado por: 1,25 até 0 12º mês; 1,0 do 13º ao 48º mês e 0,75 do 49º ao 60º mês.

Lei nº 12.407/11; Lei nº 13.755/18; Decreto nº 10.457/2020.

Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 3.613.649.707 0,03 0,12 6,97
27
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/14.

28 TAXI - Transporte Autonômo de Passageiros 31/12/2026 346.842.181 0,00 0,01 0,67


Isenção do IPI na aquisição de automóveis destinados ao transporte autônomo de passageiros
(TAXI).
Lei nº 8.989/95; Lei nº 12.767/12, art. 29; Lei nº 13.146/2015, art. 126, Lei 14.183/21 e Lei
14.287/21
QUADRO XV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - OPERAÇÕES INTERNAS - IPI-INTERNO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI
29 Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental 05/10/2073 21.219.432.955 0,16 0,72 40,92
Isenção do imposto para todas as mercadorias produzidas na ZFM, quer se destinem ao seu
consumo interno, quer à comercialização em qualquer ponto do território nacional, com
exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros, produtos
de perfumaria e cosméticos. Equivalência a uma exportação brasileira para o estrangeiro na
remessa de mercadorias de origem nacional para consumo, ou industrialização na ZFM, ou
reexportação para o estrangeiro, ou ainda para serem remetidas à Amazônia Ocidental.
Isenção do imposto para os produtos elaborados com matérias-primas agrícolas e extrativas
vegetais de produção regional, exclusive a de origem pecuária, por estabelecimentos
localizados na Amazônia Ocidental.

Decreto-Lei nº 288/67, arts. 4º, 9º, § 1º; Lei nº 8.387/91, art. 1º; Constituição Federal do Brasil,
ADCT, arts. 40, 92 e 92-A; Decreto-Lei nº 356/68, art. 1º; Decreto nº 1.435/75, art. 6º.

TOTAL 31.233.502.607 0,24 1,06 60,24


QUADRO XVI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - VINCULADO À IMPORTAÇÃO - IPI-VINCULADO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI-V
1 Áreas de Livre Comércio 31/12/2050 21.962.587 0,00 0,00 0,05
Tabatinga-AM, Guajará-Mirim-RO, Pacaraima e Bonfim-RR , Macapá/Santana-AP e Brasiléia e
Cruzeiro do Sul-AC. Isenção do imposto na entrada de mercadorias estrangeiras, quando
destinadas a consumo e venda internos, beneficiamento de pescado, recursos minerais e
matérias-primas agrícolas ou florestais, agricultura e piscicultura, a turismo, a estocagem para
exportação, para construção e reparos navais e para internação como bagagem acompanhada,
com exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros,
produtos de perfumaria e cosméticos.

Lei nº 7.965/89, art. 3º; Lei nº 8.210/91, art. 4º; Lei nº 8.256/91, arts. 4º e 14; Lei nº 8.387/91,
art. 11, § 2º; Lei nº 9.065/95, art. 19; Lei nº 13.023/14, art. 3º.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
2
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção do IPI-Vinculado incidente nas importações de bens ou mercadorias para uso ou
consumo exclusivo na organização e realização dos Eventos da Copa do Mundo

Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16, em específico art 3º, §1º, I.

3 Embarcações e Aeronaves indeterminado 425.981.640 0,00 0,01 1,01


Isenção do imposto incidente sobre a importação de partes, peças e componentes destinados
ao reparo, revisão e manutenção de embarcações e aeronaves. Isenção do Imposto sobre
Importação - II e do IPI incidente sobre a importação de partes, peças e componentes
destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de
embarcações registradas no REB, desde que realizadas em estaleiros navais brasileiros.

Lei nº 8.032/90, art. 2º, II, j e art. 3º, I; Lei nº 8.402/92, art. 1º, IV; Lei nº 9.493/97, art. 11.

4 Equipamentos Desportivos 31/12/2015 não vigente ... ... ...


Isenção do IPI-Vinculado incidente na importação de equipamentos e materiais destinados,
exclusivamente, ao treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para
competições desportivas em jogos olímpicos, paraolímpicos, pan-americanos, parapan-
americanos, nacionais e mundiais.
Lei nº 10.451/02, arts. 8º a 13, em específico: art. 8º; Lei nº 11.827/08, art. 5º; Lei nº
12.649/12, art. 9º.

5 Evento Esportivo, Cultural e Científico indeterminado 1.166.437 0,00 0,00 0,00


Isenção do IPI-Vinculado incidente na importação de troféus, medalhas, placas, estatuetas,
distintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em evento cultural,
científico ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos gratuitamente
como premiação em evento esportivo realizado no País; bens dos tipos e em quantidades
normalmente consumidos em evento esportivo oficial; material promocional, impressos,
folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou
utilizados em evento esportivo oficial; bens importados por desportistas, desde que tenham
sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de
prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento.

Lei nº 11.488/07, art. 38.

6 Máquinas e Equipamentos - CNPq indeterminado 67.945.975 0,00 0,00 0,16


Isenção do imposto nas importações de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos,
bem como suas partes e peças de reposição, destinados à pesquisa científica e tecnológica.
Isenção do imposto para importações autorizadas pelo CNPq.

Lei nº 8.010/90, art. 1º; Lei nº 8.032/90, art. 2º, I, e e f, art. 3º, I; Lei nº 10.964/04, arts. 1º e 3º;
Lei nº 13.243/16, arts. 8º e 9º.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
7
Paraolímpicos de 2016
Isenção do IPI-Vinculadao incidente nas importações de bens ou mercadorias para uso ou
consumo exclusivo na organização e realização dos Jogos.
Lei nº 12.780/13, art. 4º, §1º, I; Decreto n° 8.463/15, art. 7º, § 1º, I.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de 31/12/2026 70.487 0,00 0,00 0,00
8
Semicondutores
Redução a zero das alíquotas do IPI-vinculado, incidente na importação efetuada por pessoa
jurídica beneficiária do PADIS, de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos,
softwares e insumos para incorporação ao ativo imobilizado.
QUADRO XVI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - VINCULADO À IMPORTAÇÃO - IPI-VINCULADO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI-V
Lei nº 11.484/07, arts. 1º a 11, 64 e 65, em específico: art. 3º, III, art. 4º , II, art. 5º ; Lei nº
13.159/15; Lei n° 13.169/15, art. 12, Lei 14.302/22 e Decreto 10.615/21

PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
9
para a TV Digital
Redução a zero das alíquotas do IPI-vinculado, incidente na importação efetuada por pessoa
jurídica beneficiária do PATVD de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos,
softwares e insumos para incorporação ao ativo imobilizado.
Lei nº 11.484/07, arts. 12 a 22 e 66, em específico: art. 14, III, art. 15, II .

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
10

Suspensão do IPI-Vinculado incidente na importação de matérias-primas e produtos


intermediários destinados à fabricação dos equipamentos. A suspensão converte-se em
alíquota zero após a incorporação ou utilização dos bens nos equipamentos.

Lei nº 12.249/10, arts. 6 a 14 e 139, em específico: art. 9º, III; Lei nº 12.715/12, arts. 15 a 23 e
78, em específico: art. 18, III .

RECINE - Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição 31/12/2024 não vigente ... ... ...
11
Cinematográfica
Suspensão do IPI-Vinculado incidente na importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, para incorporação no ativo permanente e utilização em complexos de
exibição ou cinemas itinerantes, bem como de materiais para sua construção. A suspensão do
Imposto de Importação aplica-se somente a produtos sem similar nacional. A suspensão
converte-se em isenção após incorporação no ativo permanente e utilização do bem ou
material de construção no complexo de exibição cinematográfica. As máquinas, aparelhos,
instrumentos, equipamentos e materiais de construção com o tratamento tributário de que
trata o caput deste artigo serão relacionados em regulamento.

Lei nº 12.599/12, arts.12 a 14; Decreto nº 7.729/12; Lei nº 13.594/18; Lei nº 14.044/2020.

RECOPA - Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou 30/06/2014 não vigente ... ... ...
12
Modernização de Estádios de Futebol
Suspensão do IPI-Vinculado incidente sobre a importação de máquinas, aparelhos,
instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou
incorporação no estádio de futebol da pessoa jurídica beneficiária do RECOPA. A suspensão
converte-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do bem.

Lei nº 12.350/10, arts. 17 a 21, em específico: art. 19, IV.

REIF - Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria de 20/09/2017 não vigente ... ... ...
13
Fertilizantes
Suspensão do IPI-V incidente sobre a importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação no projeto
aprovado.
Lei nº 12.794/13, arts. 5º a 11, em específico: art. 8º, IV.

RENUCLEAR - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares 31/12/2020 não vigente ... ... ...
14

Suspensão do IPI-Vinculado nas importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e


equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação em obras
de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado, quando a importação for efetuada por
pessoa jurídica beneficiária do RENUCLEAR. A suspensão converte-se em isenção após a
utilização ou incorporação do bem ou material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.431/11, arts. 14 a 17, em específico: art. 16, II; Lei nº 13.043/14, art. 86.

REPENEC - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da 30/06/2016 não vigente ... ... ...
15 Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Suspensão do IPI - Vinculado incidente na importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e


equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação em obras
de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado de pessoa jurídica beneficiária do REPENEC.
As suspensões convertem-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do bem ou
material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.249/10, arts. 1º a 5º, em específico: art. 3º, IV.


QUADRO XVI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - VINCULADO À IMPORTAÇÃO - IPI-VINCULADO
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IPI-V

REPORTO - Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura 31/12/2023 não vigente ... ... ...
16
Portuária
Suspensão do IPI-Vinculado sobre importações de máquinas, equipamentos, peças de
reposição e outros bens importados pelos beneficiários do REPORTO e destinados ao seu ativo
imobilizado para utilização exclusiva na execução de serviços de: carga, descarga,
armazenagem e movimentação de mercadorias e produtos; sistemas suplementares de apoio
operacional; proteção ambiental; sistemas de segurança e de monitoramento de fluxo de
pessoas, mercadorias, produtos, veículos e embarcações; dragagens; e treinamento e
formação de trabalhadores, inclusive na implantação de Centros de Treinamento Profissional.
São beneficiários do REPORTO o operador portuário, o concessionário de porto organizado, o
arrendatário de instalação portuária de uso público e a empresa autorizada a explorar
instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo, inclusive aquelas que operam com
embarcações de offshore, o concessionário de transporte ferroviário, empresas de dragagem,
recintos alfandegados de zona secundária e dos Centros de Treinamento Profissional. A
suspensão converte-se em isenção após o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data
da ocorrência do respectivo fato gerador.

Lei nº 11.033/04, arts. 13 a 16, em específico: art. 14; Decreto nº 6.582/08; Lei nº 11.774/08,
art. 5º; Lei nº 12.715/12, art. 39; Lei nº 12.688/12, art. 30; Lei n° 13.169, art. 7°, Lei 14.301/22.

RETAERO - Regime Especial de Incentivos Tributários para a Indústria Aeroespacial Brasileira 11/06/2020 não vigente ... ... ...
17

Suspensão de IPI-vinculado incidente na importação de partes, peças, ferramentas,


componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas a serem
empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização dos produtos classificados na posição 88.02 da NCM. A suspensão converte-se
em alíquota zero após o emprego, utilização ou incorporação dos referidos bens.

Lei nº 12.249/10, arts. 29 a 33; Lei nº 12.598/12, art. 16.

18 RETID - Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa 22/03/2032 8.701.095 0,00 0,00 0,02
Suspensão do IPI-Vinculado incidente na importação de partes, peças, ferramentas,
componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas a serem
empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização de bens de defesa nacional, quando a aquisição for efetuada por
estabelecimento industrial de pessoa jurídica beneficiária do RETID. Conversão em alíquota
zero após o emprego ou utilização dos bens.
Lei nº 12.598/12, arts. 7º a 11, em específico: art. 9º, IV; Decreto nº 8.122/2013.

19 Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental 05/10/2073 7.103.066.454 0,05 0,24 16,85
Isenção do imposto na entrada de mercadorias na ZFM, destinadas a seu consumo interno,
industrialização em qualquer grau, inclusive beneficiamento, agropecuária, pesca, instalação e
a estocagem para reexportação, com exceção de armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas,
automóveis de passageiros, produtos de perfumaria e cosméticos.

Decreto-Lei nº 288/67, art. 3º, § 1º, art. 7º, II; Decreto-Lei nº 356/68, art. 1º; Decreto-Lei nº
2.434/88, art. 1º, II, c; Lei nº 8.032/90, art. 2º, II, d, art. 4º; Lei nº 8.387/91, art. 1º; Constituição
Federal do Brasil, ADCT, arts. 40, 92 e 92-A; Portaria Interministerial MIR/MCT/CICT/MC nº
272/93, art. 1º; Portaria Interministerial MDIC/MCTI nº 309/15, art. 1º; Portaria
Interministerial MDIC/MCTIC nº 50/18, art. 1º.

TOTAL 7.628.894.675 0,06 0,26 18,09


QUADRO XVII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS - IOF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IOF
1 Academia Brasileira de Letras - ABL indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 3º; Lei nº 8.894/94, art. 6-A.

2 Associação Brasileira de Imprensa - ABI indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 3º; Lei nº 8.894/94, art. 6-A.

3 Automóveis - Pessoas Portadoras de Deficiência indeterminado 155.357.826 0,00 0,01 0,21


Isenção do imposto na operação de crédito para a aquisição de automóveis por pessoas
portadoras de deficiência física.
Lei nº 8.383/91, art. 72, IV; Decreto nº 6.306/07, art. 9º, VI.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
4
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção de IOF para Fifa, Subsidiária Fifa no Brasil e Prestadores de Serviços da Fifa,
estabelecidos no País sob a forma de sociedade com finalidade específica, em relação aos fatos
geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou
realização das Copas das Confederações (2013) e do Mundo (2014). Isenção do IOF sobre
operações de contrato de câmbio as pessoas físicas não residentes no País, empregadas ou de
outra forma contratadas para trabalhar na organização e realização dos Eventos, que
ingressarem no Brasil com visto temporário.

Lei nº 12.350/10, art. 7º, I, b, art. 8º, I, c, art. 9º, I, b, e art. 12.

5 Desenvolvimento Regional 31/12/2010 não vigente ... ... ...


Isenção do imposto nas operações de câmbio realizadas para pagamento de bens importados
aos empreendimentos que se implantarem, modernizarem, ampliarem no Nordeste e na
Amazônia e que sejam considerados de interesse para o desenvolvimento desta região.

Lei nº 9.808/99, art. 4º, II; MP nº 517/10; Lei nº 12.431/2011, art. 22.

6 Financiamentos Habitacionais indeterminado 8.133.238.389 0,06 0,28 10,84


Isenção do imposto para operação de crédito para fins habitacionais, inclusive a destinada à
infra-estrutura e saneamento básico relativos a programas ou projetos que tenham a mesma
finalidade.
Decreto-Lei nº 2.407/88; Decreto nº 6.306/07, art. 9º, I.

7 Fundos Constitucionais indeterminado 1.765.535.939 0,01 0,06 2,35


Isenção do imposto para a operação de crédito com recursos dos Fundos Constitucionais de
Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE), e do Centro-Oeste (FCO).

Lei nº 7.827/89, art. 8º; Decreto nº 6.306/07, art. 9º, III.

8 Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 3º; Lei nº 8.894/1994, art. 6-A.

9 Motocicletas indeterminado 307.924.138 0,00 0,01 0,41


Redução a zero da alíquota incidente na operação de crédito relativa a financiamento para
aquisição de motocicleta, motoneta e ciclomotor, em que o mutuário seja pessoa física.

Decreto nº 6.306/07, art. 8, XXVI; Decreto nº 9.017/17.


QUADRO XVII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS - IOF
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO IOF

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
10
Paraolímpicos de 2016
Isenção de IOF incidente sobre as operações de câmbio e seguro realizadas pelo CIO ou por
empresas a ele vinculadas, e sobre as operações de crédito, câmbio e seguro realizadas pelo
RIO 2016.
Lei nº 12.780/13, art. 8°, I, b, § 1º , art. 9º, I, c, § 1º e art. 10, I, c, § 1º; Decreto n° 8.463/15, art.
11, b, § 1º, art. 12, I, c, § 1º, art. 13, I, c, § 1º.

11 Seguro Rural indeterminado 795.183.170 0,01 0,03 1,06


Isenção irrestrita, de quaisquer impostos ou tributos federais, às operações de seguro rural.

Decreto-Lei nº 73/66, art. 19; Decreto nº 6.306/07, art. 23, III; Lei Complementar nº 137/10 ,
art. 22, III.

12 TAXI - Transporte Autonômo de Passageiros indeterminado 43.803.963 0,00 0,00 0,06


Isenção do imposto na operação de crédito para a aquisição de automóvel de passageiros, de
fabricação nacional, com até 127 HP de potência bruta (SAE), quando adquiridos por
motoristas profissionais ou cooperativas de trabalho que destinem o automóvel à utilização na
categoria de aluguel (taxi).
Lei nº 8.383/91, art. 72; Decreto nº 6.306/07, art. 9º, VI.

TOTAL 11.201.043.426 0,09 0,38 14,93


QUADRO XVIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL - ITR
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO ITR
1 ITR indeterminado 63.819.109 0,00 0,00 1,84
Isenção do ITR para o imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária,
caracterizado pelas autoridades competentes como assentamento, que, cumulativamente,
atenda aos seguintes requisitos: a) seja explorado por associação ou cooperativa de produção;
b) a fração ideal por família assentada não ultrapasse os limites estabelecidos; c) o assentado
não possua outro imóvel. Isenção do ITR para o conjunto de imóveis rurais de um mesmo
proprietário, cuja área total observe o limite de 30, 50 ou 100 ha, dependendo da localização
do imóvel, desde que, cumulativamente, o proprietário: a) o explore só ou com sua família,
admitida ajuda eventual de terceiros; b) não possua imóvel urbano. Isenção do ITR para
imóveis rurais oficialmente reconhecidos como áreas ocupadas por remanescentes de
comunidades de quilombos que estejam sob a ocupação direta e sejam explorados, individual
ou coletivamente, pelos membros destas comunidades.

Lei nº 9.393/96, art. 3º, I e II, art. 3º-A.

TOTAL 63.819.109 0,00 0,00 1,84


QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP
1 Academia Brasileira de Letras - ABL indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 4º; MP nº 2158-35/2001, art. 13-A.

2 Aerogeradores indeterminado 42.933.900 0,00 0,00 0,03


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre receita decorrente da venda no
mercado interno e importação de partes de aerogeradores (NCM 8503.00.90 EX01).

Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, XL e art. 28, XXXVII; Lei nº 13.097/15, art. 1º; Lei nº 13.169/15,
art. 15.

3 Agricultura e Agroindústria - crédito presumido indeterminado 680.011.242 0,01 0,02 0,52


Crédito presumido para agroindústria na compra de insumos de produtor pessoa física,
cooperativas, produtor pessoa jurídica.
Lei n° 10.925/04, art. 8°.

4 Agricultura e Agroindústria - Defensivos agropecuários indeterminado 1.243.440.751 0,01 0,04 0,95


Redução a zero das alíquotas do PIS e COFINS sobre importação ou venda no mercado interno
de defensivos agropecuários classificados na posição 38.08 da TIPI e suas matérias-primas.

Lei nº 10.925/04, art. 1º, inciso II.

5 Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica indeterminado 6.691.834.950 0,05 0,23 5,12
Redução a zero das alíquotas do PIS e COFINS sobre importação ou venda no mercado interno
de: adubos, fertilizantes e suas matérias-primas; sementes e mudas; corretivo de solo; feijão,
arroz, farinha de mandioca e batata-doce; inoculantes agrícolas; vacina veterinária; milho;
pintos de 1 (um) dia; leite, bebidas lácteas; queijos; soro de leite; farinha de trigo; trigo; pão;
produtos hortículas, frutas e ovos; sementes e embriões; acetona; massas alimentícias; carne
bovina, suína, ovina, caprina, ave, peixe; café; açúcar; óleo de soja; manteiga; margarina;
sabão; pasta de dente; fio dental; papel higiênico.

Lei nº 10.925/04, arts. 1º, 8º, 9º; Decreto nº 5.630/05; Lei nº 10.865/04, art. 28 e art. 8º § 12;
Lei nº 11.727/08, art. 25; Lei nº 12.839/13.

6 Água Mineral indeterminado 66.233.987 0,00 0,00 0,05


Redução a zero das alíquotas de PIS/COFINS sobre a receita de venda de águas minerais
comercializadas em recipientes com capacidade nominal inferior a 10 (dez) litros ou igual ou
superior a 10 (dez) litros classificadas no código 2201.10.00 Ex 01 e Ex 02 da Tipi.

Lei nº 12.715/12, art. 76.

7 Álcool 31/12/2016 não vigente ... ... ...


Crédito presumido de PIS/COFINS para as pessoas jurídicas importadora ou produtora de
álcool, inclusive pra fins carburantes.
Lei nº 12.859/13, arts. 1º a 4º, Decreto nº 7.997/13.

8 Associação Brasileira de Imprensa - ABI indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 4º; MP nº 2158-35/01, art. 13-A.

9 Biodiesel indeterminado 24.838.759 0,00 0,00 0,02


Redução das alíquotas do PIS/COFINS sobre a venda de biodiesel pela aplicação de coeficientes
de redução definidos pelo Poder Executivo. Crédito presumido de PIS/COFINS calculado sobre
o valor das matérias-primas adquiridas de pessoa física, de cooperado pessoa física, de pessoa
jurídica que exerça atividade agropecuária, de cooperativa de produção agropecuária ou de
cerealista e utilizados como insumo na produção de biodiesel. Suspensão do PIS/COFINS sobre
a venda de matéria-prima in natura de origem vegetal, destinada à produção de biodiesel.

Lei nº 11.116/05, arts. 1º a 13; Decreto nº 5.297/04, art. 4º.


QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP

10 Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos indeterminado 225.255.213 0,00 0,01 0,17


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação ou venda no mercado interno de
cadeiras de rodas classificados na posição 87.13; artigos e aparelhos ortopédicos ou para
fraturas classificados no código 90.21.10; artigos e aparelhos de próteses classificados no
código 90.21.3; almofadas antiescaras classificadas nos Capítulos 39, 40, 63 e 94, da NCM;
produtos classificados nos códigos 8443.32.22, 8469.00.39 Ex 01, 8714.20.00, 9021.40.00,
9021.90.82 e 9021.90.92, todos da Tipi; calculadoras equipadas com sintetizador de voz;
teclados e mouse com adaptações específicas para uso por pessoas com deficiência; linhas
braile classificadas; scanners equipados com sintetizador de voz; duplicadores braile;
acionadores de pressão; lupas eletrônicas; implantes cocleares; próteses oculares; aparelhos e
softwares de leitores de tela; neuroestimuladores para tremor essencial/Parkinson.

Lei nº 10.865/04, arts. 8º e 28.

11 Combustíveis 31/12/2023 não vigente ... ... ...


Redução das alíquotas da Contribuição para o Programa de Integração Social e o Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/Pasep e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - Cofins incidentes sobre operações realizadas com óleo
diesel, biodiesel, gás liquefeito de petróleo, álcool, querosene de aviação, gás natural veicular e
gasolina.
Decreto nº 10.638/2021; Lei Complementar nº 194/22; Medida Provisória nº 1.157/2023 e
Medida Provisória nº 1.163/2023.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
12
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção de PIS/Cofins para Subsidiária Fifa no Brasil e Prestadores de Serviços da Fifa
(estabelecidos no País sob a forma de sociedade com finalidade específica) em relação aos
fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou
realização da Copa das Confederações e Copa do Mundo Fifa. Suspensão de PIS/Cofins sobre
vendas realizadas no mercado interno para a Fifa, para Subsidiária Fifa no Brasil ou para a
Emissora Fonte da Fifa, de mercadorias destinadas a uso ou consumo exclusivo na organização
e realização dos Eventos. A suspensão converter-se-á em isenção após comprovação da
utilização ou consumo do bem nas finalidades previstas na Lei. Isenção de PIS/Cofins-
Importação em relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente
vinculadas à organização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo a Fifa e sua
Subsidiária no Brasil.

Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

13 Creches e Pré-Escolas 31/12/2018 não vigente ... ... ...


Regime especial de tributação aplicável à construção ou reforma de estabelecimentos de
educação infantil. Pagamento unificado de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS equivalente a 1% (um por
cento) da receita mensal auferida pela construtora em virtude da realização da obra submetida
ao regime especial de tributação. Cabe ao PIS 0,09%.

Lei nº 12.715/12, arts. 24 a 27.

14 Embarcações e Aeronaves indeterminado 1.068.031.235 0,01 0,04 0,82


Isenção do PIS/Cofins sobre a receita auferida pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades
de construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações pré-
registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro - REB. Redução a zero das alíquotas
da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da
venda no mercado interno ou a importação de materiais e equipamentos, partes, peças e
componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização e conversão
de embarcações registradas ou pré-registradas no REB. Redução a zero das alíquotas do
PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a venda ou importação de aeronaves classificadas na
posição 88.02 da Tipi, suas partes, peças, ferramentais, componentes, insumos, fluidos
hidráulicos, tintas, anticorrosivos, lubrificantes, equipamentos, serviços e matérias-primas a
serem empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão e
industrialização das aeronaves, seus motores, partes, componentes, ferramentais e
equipamentos.

MP 2.158-35/01, art. 14, VI e § 1º; Lei 10.865/04, art. 8º, § 12, I, VI e VII, art. 28, IV e X; Lei nº
10.925/04, art. 6º; Lei nº 11.727/08, art. 26; Lei nº 13.137/15, art. 1º.

15 Entidades Filantrópicas indeterminado 773.823.502 0,01 0,03 0,59


Isenção da Contribuição Social para o PIS-PASEP para as entidades beneficentes de assistência
social.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 195, § 7º; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.
QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP

16 Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial indeterminado 5.101.818 0,00 0,00 0,00
Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita decorrente da venda de
equipamentos ou materiais destinados a uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial,
quando adquiridos: I - pela União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, bem como pelas
suas autarquias e fundações; ou II - por entidades beneficentes de assistência social.

Lei nº 13.043/14, art. 70.

17 Evento Esportivo, Cultural e Científico indeterminado 39.163 0,00 0,00 0,00


Isenção do PIS/Cofins incidente na importação de troféus, medalhas, placas, estatuetas,
distintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em evento cultural,
científico ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos gratuitamente
como premiação em evento esportivo realizado no País; bens dos tipos e em quantidades
normalmente consumidos em evento esportivo oficial; material promocional, impressos,
folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou
utilizados em evento esportivo oficial; bens importados por desportistas, desde que tenham
sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de
prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento.

Lei nº 11.488/07, art. 38.

18 Gás Natural Liquefeito indeterminado 29.518.561 0,00 0,00 0,02


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação de Gás Natural Liquefeito - GNL.

Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, XVI.

19 Indústria Cinematográfica e Radiodifusão indeterminado 4.015.115 0,00 0,00 0,00


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação de máquinas, equipamentos,
aparelhos, instrumentos, suas partes e peças de reposição, e películas cinematográficas
virgens, sem similar nacional, destinados à indústria cinematográfica e audiovisual, e de
radiodifusão. Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na venda no mercado interno ou
importação de projetores para exibição cinematográfica, classificados no código 9007.2 da
NCM, e suas partes e acessórios, classificados no código 9007.9 da NCM.

Lei nº 10.865/04, art. 8º, §12, V, XXIII e art. 28, XXI.

20 Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 4º; MP nº 2158-35/01, art. 13-A.

21 Livros indeterminado 362.801.502 0,00 0,01 0,28


Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins incidentes sobre a importação e venda interna de
livros em geral.
Lei nº 11.033/04, art. 6º.

22 Máquinas e Equipamentos - CNPq indeterminado 46.237.149 0,00 0,00 0,04


Isenção do PIS/Cofins nas importações de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos,
bem como suas partes e peças de reposição, destinados à pesquisa científica e tecnológica.

Lei nº 8.010/90; Lei nº 10.865/04, art. 9º, II, h.

23 Medicamentos indeterminado 1.799.904.260 0,01 0,06 1,38


Crédito presumido de PIS/COFINS para as pessoas jurídicas que procedam à industrialização ou
à importação de medicamentos.
Lei nº 10.147/00.

24 Minha Casa, Minha Vida indeterminado 28.816.348 0,00 0,00 0,02


Redução para 1% da alíquota do regime especial de tributação (RET) incidente sobre as
receitas decorrentes dos projetos de incorporação de imóveis residenciais de interesse social,
no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, com valor comercial até limite estabelecido
em lei. Cabe ao PIS 0,09%.
Lei nº 10.931/04, art. 4º, § 6º; Lei nº 12.024/09, art. 2º, Lei nº 13.097/15, arts. 4º e 6º.
QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
25
Paraolímpicos de 2016
Isenção do PIS/Cofins incidente nas importações de bens, mercadorias ou serviços para uso ou
consumo exclusivo na organização e realização dos Jogos. Suspensão do PIS/Cofins incidente
sobre as vendas de mercadorias e a prestação de serviços para o CIO, empresa vinculada ao
CIO, Comitês Olímpicos Nacionais, federações desportivas internacionais, WADA, CAS,
entidades nacionais e regionais de administração de desporto olímpico, RIO 2016,
patrocinadores dos Jogos, prestadores de serviços do CIO, prestadores de serviços do RIO
2016, empresas de mídia e transmissores credenciados, adquiridos diretamente de pessoa
jurídica previamente licenciada ou nomeada pelo CIO ou pelo RIO 2016.

Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de 31/12/2026 2.628.221 0,00 0,00 0,00
26
Semicondutores
Redução a zero das alíquotas do PIS/PASEP e COFINS na importação ou venda no mercado
interno de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, softwares e insumos para
incorporação ao ativo imobilizado.
Lei nº 11.484/07, arts. 1º a 11; Lei n° 13.169/15, Lei 14.302/22 e Decreto 10.615/21

27 Papel - Jornais e Periódicos 30/04/2016 não vigente ... ... ...


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da
venda no mercado interno e importação de papel destinado à impressão de jornais e à
impressão de periódicos.
Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, III e IV, art. 28, I e II; Lei nº 11.727/08, art. 18; Lei nº 12.649/12,
art. 3º.

PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
28
para a TV Digital
Redução a zero das alíquotas do PIS/PASEP e COFINS na importação ou venda no mercado
interno de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, softwares e insumos para
incorporação ao ativo imobilizado. Redução a zero as alíquotas da Contribuição para o
PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a venda da pessoa jurídica beneficiária do PATVD.

Lei nº 11.484/07, arts. 12 a 22 e 66.

29 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 04/05/2026 506.342.793 0,00 0,02 0,39
Reduz para 0% (zero por cento), pelo prazo de 60 (sessenta) meses, contado do início da
produção de efeitos desta Lei, as alíquotas das contribuições PIS, COFINS e CSLL e do IRPJ
incidentes sobre o resultado auferido pelas pessoas jurídicas pertencentes ao setor de
eventos.
Lei nº 14.148, de 03 de maio de 2021.

30 Petroquímica 31/12/2027 235.560.511 0,00 0,01 0,18


Redução das alíquotas na importação ou venda no merco interno de: etano, propano, butano,
nafta petroquímica, condensado e correntes gasosas de refinaria - HLR - hidrocarbonetos leves
destinado a centrais petroquímicas; eteno, propeno, buteno, butadieno, orto-xileno, benzeno,
tolueno, isopreno e paraxileno para indústrias químicas para serem utilizados como insumo.
Para 2012 e períodos anteriores 1% e 4,6%. (i) 0,18% e 0,82% para os anos de 2013, 2014 e
2015; (II) 0,54% e 2,46% para o ano de 2016; (III) 0,90% e 4,10% para o ano de 2017; e (IV) 1%
e 4,6% a partir do ano de 2018. Desconto de créditos na apuração não-cumulativa a 1,65% e
7,6%.

Lei nº 11.196/05, arts. 56, 57 e 57-A; Lei nº 10.865/04, art. 8º, §15; Lei nº 12.895/13.

31 Produtos Químicos e Farmacêuticos indeterminado 1.966.781.756 0,02 0,07 1,51


Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins na importação e venda no mercado interno dos
produtos químicos e intemediários de síntese classificados no Capítulo 29 da NCM; produtos
destinados ao uso em hospitais, clínicas e consultórios médicos e odontológicos, campanhas
de saúde realizadas pelo poder público, laboratório de anatomia patológica, citológica ou de
análises clínicas, classificados nas posições 30.02, 30.06, 39.26, 40.15 e 90.18, da NCM.
Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins-Importação sobre produtos farmacêuticos
classificados posição 30.01; nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3, 3002.20.1 e 3002.20.2;
nos códigos 3002.90.20, 3002.90.92, 3002.90.99; na posição 30.03, exceto no código
3003.90.56; na posição 30.04, exceto no código 3004.90.46; no código 3005.10.10; nos itens
3006.30.1 e 3006.30.2; no código 3006.60.00 da NCM.

Lei nº 10.637/02, art. 2º, § 3º; Lei nº 10.833/03, art. 2º, § 3º; Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 11;
Decreto nº 6.426/08.
QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP

32 Programa de Inclusão Digital 31/12/2015 não vigente ... ... ...


Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins sobre a venda a varejo de computadores desktops
e notebooks, monitores, teclados, mouse, modems, tablets, smartphones, roteadores.
Também se aplica às aquisições realizadas por pessoas jurídicas de direito privado, órgãos e
entidades da Administração Pública e sociedades de arrendamento mercantil leasing.
Revogado pela MP 690/15.
Lei nº 11.196/05, arts. 28 a 30; Decreto nº 5.602/05, Lei nº 13.097/15, art. 5º, MP nº 690/15,
art. 9º; Lei nº 13.241/15, art. 9º.

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
33

Suspensão de PIS/COFINS incidente na importação ou aquisição no mercado interno de


matérias-primas, produtos intermediários e prestação de serviços destinados à fabricação dos
equipamentos. A suspensão converte-se em alíquota zero após a incorporação ou utilização
dos bens ou dos serviços nos equipamentos.

Lei nº 12.249/10, arts. 6 a 14 e 139; Lei nº 12.715/12, arts. 15 a 23 e 78.

34 PROUNI - Programa Universidade para Todos indeterminado 254.317.865 0,00 0,01 0,19
Isenção do tributo à instituição privada de ensino superior, com ou sem fins lucrativo, que
aderir ao PROUNI. A isenção recairá sobre a receita auferida e será calculada na proporção da
ocupação efetiva das bolsas devidas
Lei nº 11.096/05, art. 8º.

RECINE - Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição 31/12/2024 não vigente ... ... ...
35
Cinematográfica
Suspensão do PIS/COFINS na importação e aquisição no mercado interno de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação no ativo permanente e
utilização em complexos de exibição ou cinemas itinerantes, bem como de materiais para sua
construção. A suspensão converte-se em alíquota zero após incorporação no ativo permanente
e utilização do bem ou material de construção no complexo de exibição cinematográfica.

Lei nº 12.599/12, arts.12 a 14; Decreto nº 7.729/12; Lei nº 13.594/18; Lei nº 14.044/2020.

RECOPA - Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou 30/06/2014 não vigente ... ... ...
36
Modernização de Estádios de Futebol
Suspensão do PIS/COFINS incidente na importação e aquisição do mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para
utilização ou incorporação no estádio de futebol da pessoa jurídica beneficiária do RECOPA,
bem como a prestação de serviços e aluguel de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos destinadas à obra. A suspensão converte-se em alíquota zero após a utilização
ou incorporação do bem ou serviço.

Lei nº 12.350/10, arts. 17 a 21.

37 REIDI - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infra-Estrutura indeterminado 353.605.988 0,00 0,01 0,27
Suspensão do PIS/PASEP e da COFINS na importação ou venda no mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, materiais de construção, serviços
e aluguel para utilização ou incorporação em obras de infra-estrutura destinadas ao ativo
imobilizado.
Lei nº 11.488/07, arts. 1º a 5º.

REIF - Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria de 20/09/2017 não vigente ... ... ...
38
Fertilizantes
Suspensão do PIS e COFINS incidente sobre a importação ou venda no mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, de materiais de construção e
serviços e aluguel para utilização ou incorporação no projeto aprovado.

Lei nº 12.794/13, arts. 5º a 11.

39 RENUCLEAR - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares 31/12/2020 não vigente ... ... ...
QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP
Suspensão do PIS/COFINS nas importação ou vendas no mercado interno de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, de materiais de construção, serviços ou
aluguel para utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo
imobilizado, quando a importação/aquisição for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do
RENUCLEAR. A suspensão converte-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do
bem ou material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.431/11, arts. 14 a 17.

REPENEC - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da 30/06/2016 não vigente ... ... ...
40 Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Suspensão do PIS/COFINS incidente na importação ou aquisição no mercado interno de


máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para
utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado de
pessoa jurídica beneficiária do REPENEC. Aplica-se também ao aluguel. As suspensões
convertem-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do bem ou material de
construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.249/10, arts. 1º a 5º.

REPNBL-Redes - Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para 31/12/2016 não vigente ... ... ...
41
Implantação de Redes de Telecomunicações
Suspensão do PIS/COFINS sobre receita de venda no mercado interno de máquinas, aparelhos,
instrumentos e equipamentos novos, de materiais de construção, serviços e aluguel para
utilização ou incorporação nas obras civis dos projetos aprovados para implantação, ampliação
ou modernização de redes de telecomunicações que suportam acesso à Internet em banda
larga. A suspensão converte-se em alíquota zero após a incorporação do bem.

Lei nº 12.715/12, arts. 28 a 33.

REPORTO - Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura 31/12/2023 não vigente ... ... ...
42
Portuária
Suspensão do PIS/Cofins na importação ou venda no mercado interno de máquinas,
equipamentos, peças de reposição e outros bens importados pelos beneficiários do REPORTO
e destinados ao seu ativo imobilizado para utilização exclusiva na execução de serviços de:
carga, descarga, armazenagem e movimentação de mercadorias e produtos; sistemas
suplementares de apoio operacional; proteção ambiental; sistemas de segurança e de
monitoramento de fluxo de pessoas, mercadorias, produtos, veículos e embarcações;
dragagens; e treinamento e formação de trabalhadores, inclusive na implantação de Centros
de Treinamento Profissional. São beneficiários do REPORTO o operador portuário, o
concessionário de porto organizado, o arrendatário de instalação portuária de uso público e a
empresa autorizada a explorar instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo,
inclusive aquelas que operam com embarcações de offshore, o concessionário de transporte
ferroviário, empresas de dragagem, recintos alfandegados de zona secundária e dos Centros de
Treinamento Profissional. A suspensão converte-se em isenção após o decurso do prazo de 5
(cinco) anos, contado da data da ocorrência do respectivo fato gerador.

Lei nº 11.033/04, arts. 13 a 16, em específico: art. 14; Decreto nº 6.582/08; Lei nº 11.774/08,
art. 5º; Lei nº 12.715/12, art. 39; Lei nº 12.688/12, art. 30; Lei n° 13.169, art. 7°, Lei 14.301/22.

RETAERO - Regime Especial de Incentivos Tributários para a Indústria Aeroespacial Brasileira 11/06/2020 não vigente ... ... ...
43

Suspensão de PIS/Cofins na importação ou venda no mercado interno de partes, peças,


ferramentas, componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas,
a serem empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão
e industrialização dos produtos classificados na posição 88.02 da NCM. Suspensão de
PIS/Cofins na importação ou venda no mercado de serviços de tecnologia industrial básica,
desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência técnica e transferência de tecnologia. A
suspensão converte-se em alíquota zero após o emprego, utilização ou incorporação dos
referidos bens.

Lei nº 12.249/10, arts. 29 a 33; Lei nº 12.598/12, art. 16.

44 RETID - Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa 22/03/2032 7.283.566 0,00 0,00 0,01
QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP
Suspensão do PIS/COFINS sobre a venda no mercado interno ou importação de partes, peças,
ferramentas, componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos, matérias-primas,
serviços de tecnologia industrial básica, desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência
técnica e transferência de tecnologia a serem empregados na manutenção, conservação,
modernização, reparo, revisão, conversão, industrialização de bens de defesa nacional, quando
a aquisição for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do RETID. A suspensão também aplica-
se à receita de aluguel de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos. Conversão em
alíquota zero após o emprego ou utilização dos bens e serviços. Suspensão de PIS e COFINS
incidente sobre a receita decorrente da venda dos bens de defesa nacional, definidos em ato
do Poder Executivo, e a prestação de serviços de tecnologia industrial básica, projetos,
pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência técnica e transferência de
tecnologia, efetuada por pessoa jurídica beneficiária do RETID à União, para uso privativo das
Forças Armadas, exceto para uso pessoal e administrativo.

Lei nº 12.598/12, arts. 7º a 11; Decreto nº 8.122/2013.

Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 8.777.676.828 0,07 0,30 6,72
45
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/2014.

46 TEF - Tributação Específica do Futebol indeterminado 834.788.331 0,01 0,03 0,64


Regime de tributação específico para as Sociedades Anônimas do Futebol que unifica o
recolhimento do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e Contribuição Previdenciária (artigos I, II e III do caput
e no §6º do art. 22 da Lei n° 8.212/91). O regime consiste na tributação das receitas mensais
com a aplicação de uma alíquota de 5%, nos 5 primeiros anos-calendário da constituição da
sociedade, e de 4%, a partir do 6º ano calendário.

Lei n° 14.193/2021 , atrs. 31 e 32.

47 Telecomunicações em Áreas Rurais e Regiões Remotas 31/12/2018 não vigente ... ... ...
Isenção de tributos federais incidentes sobre o faturamento dos serviços de telecomunicações
prestados por meio das subfaixas de radiofrequência de 451 MHz a 458 MHz e de 461 MHz a
468 MHz, assim como por meio de estações terrenas satelitais de pequeno porte que
contribuam com os objetivos de implantação do PNBL. Isenção de tributos federais incidentes
sobre a receita bruta de venda a varejo dos componentes e equipamentos de rede, terminais e
transceptores definidos em regulamento que sejam dedicados aos serviços de
telecomunicações prestados por meio das subfaixas de radiofrequência de 451 MHz a 458 MHz
e de 461 MHz a 468 MHz, assim como por meio de estações terrenas satelitais de pequeno
porte que contribuam com os objetivos de implantação do PNBL.

Lei nº 12.715/12, arts. 35 e 37.

48 Termoeletricidade indeterminado 145.980.295 0,00 0,00 0,11


Redução a zero da alíquota do PIS/COFINS incidente sobre a venda de gás natural e carvão
mineral destinada à produção de energia elétrica.
Lei nº 10.312/01, arts. 1º e 2º.

49 Transporte Coletivo indeterminado 101.567.634 0,00 0,00 0,08


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS sobre o transporte público coletivo municipal de
passageiros, por meio rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário. Aplica-se também ao
transporte público coletivo intermunicipal, interestadual e internacional de caráter urbano.

Lei nº 12.860/13.

50 Transporte Escolar indeterminado 10.336.972 0,00 0,00 0,01


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da
venda, no mercado interno, de veículos e embarcações destinados ao transporte escolar para a
educação básica na zona rural, quando adquiridos pela União, Estados, Municípios e pelo
Distrito Federal.
Lei nº 10.865/04, art. 28, VIII e IX.

51 Trem de Alta Velocidade indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


QUADRO XIX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O PIS-PASEP
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO PIS/PASEP
Redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a
receita bruta decorrente da venda, no mercado interno, de serviços de transporte ferroviário
em sistema de trens de alta velocidade - TAV.

Lei nº 10.865/04, art. 28, XX.

52 Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00


Suspensão do PIS/PASEP-importação e COFINS-importação nas importações efetuadas por
empresas localizadas na Zona Franca de Manaus de matérias-primas, produtos intermediários
e materiais de embalagem, para emprego em processo de industrialização por
estabelecimentos industriais instalados na ZFM com projetos aprovados pela SUFRAMA.

Lei nº 10.865/04, art. 14-A.

53 Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00
Suspensão da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação incidentes
sobre importações de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para
incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica importadora estabelecida na Zona Franca
de Manaus. A suspensão converte-se em alíquota 0 (zero) após decorridos 18 meses da
incorporação do bem ao ativo imobilizado.

Lei nº 11.196/05, art. 50; Lei nº 10.865/04, art. 14, § 1º; Decreto nº 5.691/06.

54 Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00
Redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre
as receitas decorrentes da comercialização de matérias-primas, produtos intermediários e
materiais de embalagem, produzidos na Zona Franca de Manaus, para emprego em processo
de industrialização por estabelecimentos industriais instalados na própria ZFM com projetos
Lei nº 10.637/02, art. 5º-A; Decreto nº 5.310/04.

54 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 05/10/2073 687.029.666 0,01 0,02 0,53
Alíquotas diferenciadas para as Contribuições PIS/Pasep e Cofins incidentes sobre a receita
bruta auferida por pessoa jurídica industrial estabelecida na Zona Franca de Manaus e na Área
de Livre Comércio, decorrente da venda de produção própria, consoante projeto aprovado
pela SUFRAMA. I) 0,65% e 3%, no caso de venda efetuada a pessoa jurídica estabelecida: a) na
Zona Franca de Manaus e na Área de Livre Comércio; b) fora da Zona Franca de Manaus e da
Área de Livre Comércio, que apure PIS/COFINS no regime de não-cumulatividade; II) 1,3% e 6%,
no caso de venda efetuada a: a)pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e
da Área de Livre Comércio, que apure o imposto de renda com base no lucro presumido; b)
pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e da Área de Livre Comércio, que
apure o imposto de renda com base no lucro real e que tenha sua receita, total ou
parcialmente, excluída do regime de incidência não-cumulativa do PIS/COFINS; c) pessoa
jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e da Área de Livre Comércio e que seja
optante pelo SIMPLES; d) órgãos da administração federal, estadual, distrital e municipal.
Crédito na aquisição de mercadoria produzida por pessoa jurídica estabelecida na ZFM e na
ALC, consoante projeto aprovado pela SUFRAMA, determinado mediante a aplicação da
alíquota de 1% e 4,6% e, na situação "II b", mediante a aplicação da alíquota de 1,65% e 7,60%.
Redução a zero das alíquotas na venda de pneus e camaras de ar para bicicletas, quando
produzidas na Zona Franca de Manaus.

Lei nº 10.637/02, art. 2º, § 4º e art. 3º § 12; Lei nº 10.833/03, art. 2º, § 5º e art. 3º § 17;
Decreto nº 5.310/04; Lei nº 10.996/04, arts. 3º e 4º; Lei nº 13.097/15, art. 147.

TOTAL 26.976.737.880 0,21 0,92 20,64


QUADRO XX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO CSLL
1 Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica a Empregados indeterminado 3.861.013.336 0,03 0,13 1,77
Dedução, como despesa operacional, dos gastos realizados pelas empresas com serviços de
assistência médica, odontológica, farmacêutica e social, destinados indistintamente a todos os
seus empregados e dirigentes.
Lei nº 9.249/95, art. 13, V.

Benefícios Previdenciários a Empregados e FAPI - Fundo de Aposentadoria Individual indeterminado 436.950.773 0,00 0,01 0,20
2

Benefícios Previdênciários, dedução, como despesa operacional, dos gastos realizados com
contribuições, não compulsórias destinada a custear planos de benefícios complementares
assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes da
pessoa jurídica. Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI, dedução, como
despesa operacional, do valor das quotas adquiridas em favor de seus empregados ou
administradores, do FAPI, desde que o plano atinja, no mínimo, 50% dos seus empregados.

Lei nº 9.249/95, art. 13, V; Lei nº 9.477/97, arts. 7º e 10; Lei nº 9.532/97, art. 11, §§2º, 3º e 4º;
Lei nº 10.887/04.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
3
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção da CSLL à Subsidiária Fifa no Brasil e aos Prestadores de Serviços da Fifa (estabelecidos
no Brasil sob a forma de sociedade com finalidade específica) em relação aos fatos geradores
decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização da
Copa das Confederações e da Copa do Mundo.

Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

4 Creches e Pré-Escolas 31/12/2018 não vigente ... ... ...


Regime especial de tributação aplicável à construção ou reforma de estabelecimentos de
educação infantil. Pagamento unificado de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS equivalente a 1% (um por
cento) da receita mensal auferida pela construtora em virtude da realização da obra submetida
ao regime especial de tributação. Cabe a CSLL 0,16%.

Lei nº 12.715/12, arts. 24 a 27.

5 Doações a Entidades Civis Sem Fins Lucrativos indeterminado 138.571.062 0,00 0,00 0,06
Dedução, como despesa operacional, das doações efetuadas a: Entidades civis, legalmente
constituídas no Brasil, sem fins lucrativos, que prestem serviços gratuitos em benefício de
empregados da pessoa jurídica doadora, e respectivos dependentes, ou em benefício da
comunidade na qual atuem, até o limite de 2%(dois por cento) do lucro operacional;
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), qualificadas segundo as normas
estabelecidas na Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999. Para fins de Dedução na apuração do
lucro real, as referidas doações estão limitadas a 2% (dois por cento) do lucro operacional da
pessoa jurídica, antes de computada a sua Dedução. A dedutibilidade fica condicionada a que a
entidade beneficiária tenha sua condição de utilidade pública ou de OSCIP reconhecida pelo
órgão competente da União.

Lei nº 9.249/95, art. 13, §2º, III; MP nº 2.158-35/01, art. 59.

6 Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa indeterminado 22.400.146 0,00 0,00 0,01


Dedução, como despesa operacional, das doações até o limite de 1,5% (um e meio por cento)
do lucro operacional, efetuadas às instituições de ensino e pesquisa cuja criação tenha sido
autorizada por lei federal e que preencham os requisitos dos incisos I e II do art. 213 da
Constituição Federal, de 1988, que são: a) comprovação de finalidade não-lucrativa e aplicação
dos excedentes financeiros em educação; b) assegurar a destinação do seu patrimônio a outra
escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de
encerramento de suas atividades.

Lei nº 9.249/95, art. 13, §2º, II.

7 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde indeterminado 1.488.921.114 0,01 0,05 0,68
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

8 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil indeterminado 821.842.909 0,01 0,03 0,38
QUADRO XX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO CSLL
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

9 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica indeterminado 14.675.447 0,00 0,00 0,01
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

10 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural indeterminado 19.909.377 0,00 0,00 0,01
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

11 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação indeterminado 752.709.793 0,01 0,03 0,35
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

12 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica indeterminado 422.875.266 0,00 0,01 0,19
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

13 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa indeterminado 45.451.883 0,00 0,00 0,02
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

14 Informática e Automação 31/12/2029 1.901.606.864 0,01 0,06 0,87


Crédito financeiro a título de CSLL concedido para as pessoas jurídicas habilitadas fabricantes
de bens de tecnologias da informação e comunicação que investirem em atividades de
pesquisa, desenvolvimento e inovação. O valor do crédito financeiro é calculado com base no
dispêndio em P&D e no faturamento no mercado interno.

Lei nº 8.248/91, art. 4º; Lei nº 10.176/01, art. 11; Lei nº 11.077/04, Lei nº 13.023/14; Lei n°
13.969/19; e Decreto nº 5.906/06.

15 Inovação Tecnológica indeterminado 2.023.367.315 0,02 0,07 0,93


QUADRO XX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO CSLL
A pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na determinação do lucro real e da base de
cálculo da CSLL, o valor correspondente a até 60% da soma dos dispêndios realizados no
período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica.
Poderá chegar a até 80% dos dispêndios em função do número de empregados pesquisadores
contratados pela pessoa jurídica. A pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, na
determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL o valor correspondente a até 20% da
soma dos dispêndios ou pagamentos vinculados à pesquisa tecnológica e desenvolvimento de
inovação tecnológica objeto de patente concedida ou cultivar registrado. A pessoa jurídica
poderá excluir do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da
CSLL, os dispêndios efetivados em projeto de pesquisa científica e tecnológica e de inovação
tecnológica a ser executado por Instituição Científica e Tecnológica – ICT e por entidades
científicas e tecnológicas privadas, sem fins lucrativos. A exclusão corresponderá, à opção da
pessoa jurídica, a no mínimo a metade e no máximo duas vezes e meia o valor dos dispêndios
efetuados. Exclusão do lucro real e da base de cálculo da CSLL de até 160% dos dispêndios
realizados com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica para as
pessoas jurídicas que utilizarem os benefícios das Leis de capacitação e competitividade do
setor de informática e automação (Leis nº 8.248/1991, 8.387/1991, e 10.176/2001).

Lei nº 11.196/05, arts. 19, 19-A, 26; Lei nº 11.487/07; Lei nº 12.546/11, art. 13; Lei nº
11.774/08, art. 4º.

16 Minha Casa, Minha Vida indeterminado 51.229.063 0,00 0,00 0,02


Redução para 1% da alíquota do regime especial de tributação (RET) incidente sobre as
receitas decorrentes dos projetos de incorporação de imóveis residenciais de interesse social,
no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, com valor comercial até limite estabelecido
em lei. Cabe a CSLL 0,16%.
Lei nº 10.931/04, art. 4º, § 6º; Lei nº 12.024/09, art. 2º; Lei nº 13.097/15, arts. 4º e 6º.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
17
Paraolímpicos de 2016
Isenção da CSLL incidente sobre receitas, lucros e rendimentos auferidos pelas Empresas
vinculadas ao CIO, domiciliadas no País, e pelo RIO 2016 em relação aos fatos geradores
decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização dos
Eventos.
Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de indeterminado 58.522.149 0,00 0,00 0,03
18
Semicondutores
Crédito financeiro a título de CSLL concedido para empresas habilitadas no PADIS. O valor do
crédito financeiro é calculado com base no investimento em pesquisa e desenvolvimento e no
faturamento no mercado interno.
Lei nº 11.484/07, art. 1º a 11; Lei n° 13.169/15; Lei n° 13.969/19, Lei 14.302/22

19 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 04/05/2026 669.739.336 0,01 0,02 0,31
Reduz para 0% (zero por cento), pelo prazo de 60 (sessenta) meses, contado do início da
produção de efeitos desta Lei, as alíquotas das contribuições PIS, COFINS e CSLL e do IRPJ
incidentes sobre o resultado auferido pelas pessoas jurídicas pertencentes ao setor de
eventos.
Lei nº 14.148, de 03 de maio de 2021.

20 Previdência Privada Fechada indeterminado 123.050.341 0,00 0,00 0,06


Isenção do Imposto de Renda e da CSLL para as entidades de previdência complementar sem
fins lucrativos.
Decreto-Lei nº 2.065/83, art. 6º; IN SRF 588/05, art. 17.

21 PROUNI - Programa Universidade para Todos indeterminado 497.145.636 0,00 0,02 0,23
Isenção do imposto à instituição privada de ensino superior, com ou sem fins lucrativo, que
aderir ao PROUNI. A isenção recairá sobre o valor do lucro e será calculada na proporção da
ocupação efetiva das bolsas devidas
Lei nº 11.096/05.

22 Rota 2030 31/07/2023 não vigente ... ... ...


Dedução da CSLL devida, o valor correspondente à aplicação da alíquota da CSLL sobre até 30%
dos dispêndios realizados no País, desde que sejam classificáveis como despesas operacionais
aplicados em pesquisa e desenvolvimento.
MP nº 843/18; Lei nº 13755/18, art. 11; Decreto nº 9.557/18, art. 19.
QUADRO XX
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO CSLL
Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 13.870.606.906 0,11 0,47 6,37
23
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/14.

24 TEF - Tributação Específica do Futebol indeterminado 91.483.653 0,00 0,00 0,04


Regime de tributação específico para as Sociedades Anônimas do Futebol que unifica o
recolhimento do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e Contribuição Previdenciária (artigos I, II e III do caput
e no §6º do art. 22 da Lei n° 8.212/91). O regime consiste na tributação das receitas mensais
com a aplicação de uma alíquota de 5%, nos 5 primeiros anos-calendário da constituição da
sociedade, e de 4%, a partir do 6º ano calendário.

Lei n° 14.193/2021 , atrs. 31 e 32.

TOTAL 27.312.072.368 0,21 0,93 12,54


QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
1 Aerogeradores indeterminado 197.315.457 0,00 0,01 0,04
Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre receita decorrente da venda no
mercado interno e importação de partes de aerogeradores (NCM 8503.00.90 EX01, exceto pás
eólicas).
Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, XL e art. 28, XXXVII; Lei nº 13.097/15, art. 1º; Lei nº 13.169/15,
art. 15.

2 Agricultura e Agroindústria - crédito presumido indeterminado 3.116.932.253 0,02 0,11 0,64


Crédito presumido para agroindústria na compra de insumos de produtor pessoa física,
cooperativas, produtor pessoa jurídica.
Lei n° 10.925/2004, art. 8°.

3 Agricultura e Agroindústria - Defensivos agropecuários indeterminado 5.727.363.461 0,04 0,19 1,18


Redução a zero das alíquotas do PIS e COFINS sobre importação ou venda no mercado interno
de defensivos agropecuários classificados na posição 38.08 da TIPI e suas matérias-primas.

Lei nº 10.925/04, art. 1º, II.

4 Agricultura e Agroindústria - Desoneração Cesta Básica indeterminado 30.822.997.345 0,24 1,05 6,33
Redução a zero das alíquotas do PIS e COFINS sobre importação ou venda no mercado interno
de: adubos, fertilizantes e suas matérias-primas; sementes e mudas; corretivo de solo; feijão,
arroz, farinha de mandioca e batata-doce; inoculantes agrícolas; vacina veterinária; milho;
pintos de 1 (um) dia; leite, bebidas lácteas; queijos; soro de leite; farinha de trigo; trigo; pão;
produtos hortículas, frutas e ovos; sementes e embriões; acetona; massas alimentícias; carne
bovina, suína, ovina, caprina, ave, peixe; café; açúcar; óleo de soja; manteiga; margarina;
sabão; pasta de dente; fio dental; papel higiênico.

Lei nº 10.925/04, arts. 1º, 8º, 9º; Decreto nº 5.630/05; Lei nº 10.865/04, art. 28 e art. 8º § 12;
Lei nº 11.727/08, art. 25; Lei nº 12.839/13.

5 Água Mineral indeterminado 304.106.584 0,00 0,01 0,06


Redução a zero das alíquotas de PIS/COFINS sobre a receita de venda de águas minerais
comercializadas em recipientes com capacidade nominal inferior a 10 (dez) litros ou igual ou
superior a 10 (dez) litros classificadas no código 2201.10.00 Ex 01 e Ex 02 da Tipi.

Lei nº 12.715/12, art. 76.

6 Álcool 31/12/2016 não vigente ... ... ...


Crédito presumido de PIS/COFINS para as pessoas jurídicas importadora ou produtora de
álcool, inclusive pra fins carburantes.
Lei nº 12.859/13, arts. 1º a 4º; Lei nº 12.995/14, art. 6º; Decreto nº 7.997/13.

7 Biodiesel indeterminado 114.411.894 0,00 0,00 0,02


Redução das alíquotas do PIS/COFINS sobre a venda de biodiesel pela aplicação de coeficientes
de redução definidos pelo Poder Executivo. Crédito presumido de PIS/COFINS calculado sobre
o valor das matérias-primas adquiridas de pessoa física, de cooperado pessoa física, de pessoa
jurídica que exerça atividade agropecuária, de cooperativa de produção agropecuária ou de
cerealista e utilizados como insumo na produção de biodiesel. Suspensão do PIS/COFINS sobre
a venda de matéria-prima in natura de origem vegetal, destinada à produção de biodiesel.

Lei 11.116/05, arts. 1º a 13; Decreto 5.297/04, art. 4º; Decreto nº 6.458/08; Decreto nº
7.768/12.

8 Cadeira de Rodas e Aparelhos Assistivos indeterminado 1.037.131.237 0,01 0,04 0,21


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação ou venda no mercado interno de
cadeiras de rodas classificados na posição 87.13; artigos e aparelhos ortopédicos ou para
fraturas classificados no código 90.21.10; artigos e aparelhos de próteses classificados no
código 90.21.3; almofadas antiescaras classificadas nos Capítulos 39, 40, 63 e 94, da NCM;
produtos classificados nos códigos 8443.32.22, 8469.00.39 Ex 01, 8714.20.00, 9021.40.00,
9021.90.82 e 9021.90.92, todos da Tipi; calculadoras equipadas com sintetizador de voz;
teclados e mouse com adaptações específicas para uso por pessoas com deficiência; linhas
braile classificadas; scanners equipados com sintetizador de voz; duplicadores braile;
acionadores de pressão; lupas eletrônicas; implantes cocleares; próteses oculares; aparelhos e
softwares de leitores de tela; neuroestimuladores para tremor essencial/Parkinson.

Lei nº 10.865/04, arts. 8º e 28.


QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
9 Combustíveis 31/12/2023 não vigente ... ... ...
Redução das alíquotas da Contribuição para o Programa de Integração Social e o Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/Pasep e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - Cofins incidentes sobre operações realizadas com óleo
diesel, biodiesel, gás liquefeito de petróleo, álcool, querosene de aviação, gás natural veicular e
gasolina.
Decreto nº 10.638/2021; Lei Complementar nº 194/22; Medida Provisória nº 1.157/2023 e
Medida Provisória nº 1.163/2023.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
10
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção de PIS/Cofins para Subsidiária Fifa no Brasil e Prestadores de Serviços da Fifa
(estabelecidos no País sob a forma de sociedade com finalidade específica) em relação aos
fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou
realização da Copa das Confederações e Copa do Mundo Fifa. Suspensão de PIS/Cofins sobre
vendas realizadas no mercado interno para a Fifa, para Subsidiária Fifa no Brasil ou para a
Emissora Fonte da Fifa, de mercadorias destinadas a uso ou consumo exclusivo na organização
e realização dos Eventos. A suspensão converter-se-á em isenção após comprovação da
utilização ou consumo do bem nas finalidades previstas na Lei. Isenção de PIS/Cofins-
Importação em relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente
vinculadas à organização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo a Fifa e sua
Subsidiária no Brasil.

Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

11 Creches e Pré-Escolas 31/12/2018 não vigente ... ... ...


Regime especial de tributação aplicável à construção ou reforma de estabelecimentos de
educação infantil. Pagamento unificado de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS equivalente a 1% (um por
cento) da receita mensal auferida pela construtora em virtude da realização da obra submetida
ao regime especial de tributação. Cabe à COFINS 0,44%.

Lei nº 12.715/12, arts. 24 a 27.

12 Embarcações e Aeronaves indeterminado 4.912.253.960 0,04 0,17 1,01


Isenção do PIS/Cofins sobre a receita auferida pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades
de construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações pré-
registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro - REB.

Redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a
receita bruta decorrente da venda no mercado interno ou a importação de materiais e
equipamentos, partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção,
conservação, modernização e conversão de embarcações registradas ou pré-registradas no
REB.

Redução a zero das alíquotas do PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a venda ou


importação de aeronaves classificadas na posição 88.02 da Tipi, suas partes, peças,
ferramentais, componentes, insumos, fluidos hidráulicos, tintas, anticorrosivos, lubrificantes,
equipamentos, serviços e matérias-primas a serem empregados na manutenção, conservação,
modernização, reparo, revisão, conversão e industrialização das aeronaves, seus motores,
partes, componentes, ferramentais e equipamentos.

MP nº 2.158-35/01, art. 14, VI e § 1º; Lei 10.865/04, art. 8º, § 12, I, VI e VII, art. 28, IV e X; Lei
nº 10.925/04, art. 6º; Lei nº 11.727/08, art. 26; Lei nº 13.137/15, art. 1º.

13 Entidades sem Fins Lucrativos - Assistência Social e Saúde indeterminado 3.373.796.450 0,03 0,11 0,69
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

14 Entidades sem Fins Lucrativos - Associação Civil indeterminado 1.979.285.908 0,02 0,07 0,41
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

15 Entidades sem Fins Lucrativos - Científica indeterminado 50.116.643 0,00 0,00 0,01
QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

16 Entidades sem Fins Lucrativos - Cultural indeterminado 52.144.287 0,00 0,00 0,01
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

17 Entidades sem Fins Lucrativos - Educação indeterminado 2.944.378.607 0,02 0,10 0,60
Imunidade do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS da Contribuição Previdenciária Patronal
para as entidades beneficentes de assistencia social, sem fins lucrativos, que atendam às
exigências estabelecidas em lei.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

18 Entidades sem Fins Lucrativos - Filantrópica indeterminado 3.019.307.543 0,02 0,10 0,62
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

19 Entidades sem Fins Lucrativos - Recreativa indeterminado 376.929.105 0,00 0,01 0,08
Isenção do Imposto de Renda, da CSLL, da COFINS para as instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Constituição Federal do Brasil 1988, art. 150, VI, c e art. 195, § 7º; Lei nº 9.532/97, arts. 12 e
15; MP nº 2.158-35/01, art. 14, X; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

20 Equipamentos para uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial indeterminado 23.513.854 0,00 0,00 0,00
Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita decorrente da venda de
equipamentos ou materiais destinados a uso médico, hospitalar, clínico ou laboratorial,
quando adquiridos: I - pela União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, bem como pelas
suas autarquias e fundações; ou II - por entidades beneficentes de assistência social.

Lei nº 13.043/14, art. 70.

21 Evento Esportivo, Cultural e Científico indeterminado 180.033 0,00 0,00 0,00


Isenção do PIS/Cofins incidente na importação de troféus, medalhas, placas, estatuetas,
distintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em evento cultural,
científico ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos gratuitamente
como premiação em evento esportivo realizado no País; bens dos tipos e em quantidades
normalmente consumidos em evento esportivo oficial; material promocional, impressos,
folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou
utilizados em evento esportivo oficial; bens importados por desportistas, desde que tenham
sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de
prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento.

Lei nº 11.488/07, art. 38.

22 Gás Natural Liquefeito indeterminado 135.644.818 0,00 0,00 0,03


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação de Gás Natural Liquefeito - GNL.

Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, XVI; Lei nº 11.727/08.


QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
23 Indústria Cinematográfica e Radiodifusão indeterminado 18.488.332 0,00 0,00 0,00
Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na importação de máquinas, equipamentos,
aparelhos, instrumentos, suas partes e peças de reposição, e películas cinematográficas
virgens, sem similar nacional, destinados à indústria cinematográfica e audiovisual, e de
radiodifusão. Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS na venda no mercado interno ou
importação de projetores para exibição cinematográfica, classificados no código 9007.2 da
NCM, e suas partes e acessórios, classificados no código 9007.9 da NCM.

Lei nº 10.865/04, art. 8º, §12, V, XXIII e art. 28, XXI; Lei nº 12.599/12.

24 Livros indeterminado 1.671.777.113 0,01 0,06 0,34


Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins incidentes sobre a importação e venda interna de
livros em geral.
Lei nº 10.865/04, arts. 8º, §12, XII e 28, VI; Lei nº 11.033/04, art. 6º.

25 Máquinas e Equipamentos - CNPq indeterminado 219.910.247 0,00 0,01 0,05


Isenção do PIS/Cofins nas importações de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos,
bem como suas partes e peças de reposição, destinados à pesquisa científica e tecnológica.

Lei nº 8.010/90; Lei nº 10.865/04, art. 9º, II, h.

26 Medicamentos indeterminado 8.453.261.753 0,06 0,29 1,74


Crédito presumido de PIS/COFINS para as pessoas jurídicas que procedam à industrialização ou
à importação de medicamentos.
Lei nº 10.147/00.

27 Minha Casa, Minha Vida indeterminado 140.879.922 0,00 0,00 0,03


Redução para 1% da alíquota do regime especial de tributação (RET) incidente sobre as
receitas decorrentes dos projetos de incorporação de imóveis residenciais de interesse social,
no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, com valor comercial até limite estabelecido
em lei. Cabe a COFINS 0,44%.
Lei nº 10.931/04, art. 4º, § 6º; Lei nº 12.024/09, art. 2º; Lei nº 12.844/13, art. 16; Lei nº
13.097/15, arts. 4º e 6º.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
28
Paraolímpicos de 2016
Isenção do PIS/Cofins incidente nas importações de bens, mercadorias ou serviços para uso ou
consumo exclusivo na organização e realização dos Jogos. Suspensão do PIS/Cofins incidente
sobre as vendas de mercadorias e a prestação de serviços para o CIO, empresa vinculada ao
CIO, Comitês Olímpicos Nacionais, federações desportivas internacionais, WADA, CAS,
entidades nacionais e regionais de administração de desporto olímpico, RIO 2016,
patrocinadores dos Jogos, prestadores de serviços do CIO, prestadores de serviços do RIO
2016, empresas de mídia e transmissores credenciados, adquiridos diretamente de pessoa
jurídica previamente licenciada ou nomeada pelo CIO ou pelo RIO 2016.

Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de 31/12/2026 12.105.746 0,00 0,00 0,00
29
Semicondutores
Redução a zero das alíquotas do PIS/PASEP e COFINS na importação ou venda no mercado
interno de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, softwares e insumos para
incorporação ao ativo imobilizado.
Lei nº 11.484/07, arts. 1º a 11; Lei n° 13.169/15, Lei 14.302/22 e Decreto 10.615/21

30 Papel - Jornais e Periódicos 30/04/2016 não vigente ... ... ...


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da
venda no mercado interno e importação de papel destinado à impressão de jornais e à
impressão de periódicos.
Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 12, III e IV, art. 28, I e II; Lei nº 11.727/08, art. 18; Lei nº 12.649/12,
art. 3º.

PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
31
para a TV Digital
Redução a zero das alíquotas do PIS/PASEP e COFINS na importação ou venda no mercado
interno de máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, softwares e insumos para
incorporação ao ativo imobilizado. Redução a zero as alíquotas da Contribuição para o
PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a venda da pessoa jurídica beneficiária do PATVD.

Lei nº 11.484/07, arts. 12 a 22 e 66.


QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS

32 PERSE - Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos 04/05/2026 2.376.029.435 0,02 0,08 0,49
Reduz para 0% (zero por cento), pelo prazo de 60 (sessenta) meses, contado do início da
produção de efeitos desta Lei, as alíquotas das contribuições PIS, COFINS e CSLL e do IRPJ
incidentes sobre o resultado auferido pelas pessoas jurídicas pertencentes ao setor de
eventos.
Lei nº 14.148, de 03 de maio de 2021.

33 Petroquímica 31/12/2027 1.083.529.489 0,01 0,04 0,22


Redução das alíquotas na importação ou venda no merco interno de: etano, propano, butano,
nafta petroquímica, condensado e correntes gasosas de refinaria - HLR - hidrocarbonetos leves
destinado a centrais petroquímicas; eteno, propeno, buteno, butadieno, orto-xileno, benzeno,
tolueno, isopreno e paraxileno para indústrias químicas para serem utilizados como insumo.
Para 2012 e períodos anteriores 1% e 4,6%. (i) 0,18% e 0,82% para os anos de 2013, 2014 e
2015; (II) 0,54% e 2,46% para o ano de 2016; (III) 0,90% e 4,10% para o ano de 2017; e (IV) 1%
e 4,6% a partir do ano de 2018. Desconto de créditos na apuração não-cumulativa a 1,65% e
7,6%.

Lei nº 11.196/05, arts. 56, 57 e 57-A; Lei nº 10.865/04, art. 8º, §15; Lei nº 12.895/13.

34 Produtos Químicos e Farmacêuticos indeterminado 9.142.244.796 0,07 0,31 1,88


Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins na importação e venda no mercado interno dos
produtos químicos e intemediários de síntese classificados no Capítulo 29 da NCM; produtos
destinados ao uso em hospitais, clínicas e consultórios médicos e odontológicos, campanhas
de saúde realizadas pelo poder público, laboratório de anatomia patológica, citológica ou de
análises clínicas, classificados nas posições 30.02, 30.06, 39.26, 40.15 e 90.18, da NCM.
Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins-Importação sobre produtos farmacêuticos
classificados posição 30.01; nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3, 3002.20.1 e 3002.20.2;
nos códigos 3002.90.20, 3002.90.92, 3002.90.99; na posição 30.03, exceto no código
3003.90.56; na posição 30.04, exceto no código 3004.90.46; no código 3005.10.10; nos itens
3006.30.1 e 3006.30.2; no código 3006.60.00 da NCM.

Lei nº 10.637/02, art. 2º, § 3º; Lei nº 10.833/03, art. 2º, § 3º; Lei nº 10.865/04, art. 8º, § 11;
Decreto nº 6.426/08.

35 Programa de Inclusão Digital 31/12/2015 não vigente ... ... ...


Redução a zero das alíquotas do PIS/Cofins sobre a venda a varejo de computadores desktops
e notebooks, monitores, teclados, mouse, modems, tablets, smartphones, roteadores.
Também se aplica às aquisições realizadas por pessoas jurídicas de direito privado, órgãos e
entidades da Administração Pública e sociedades de arrendamento mercantil leasing.
Revogado pela MP 690/15.
Lei nº 11.196/05, arts. 28 a 30; Decreto nº 5.602/05, Lei nº 13.097/15, art. 5º, MP nº 690, art.
9º.

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
36

Suspensão de PIS/COFINS incidente na importação ou aquisição no mercado interno de


matérias-primas, produtos intermediários e prestação de serviços destinados à fabricação dos
equipamentos. A suspensão converte-se em alíquota zero após a incorporação ou utilização
dos bens ou dos serviços nos equipamentos.

Lei nº 12.249/10, arts. 6 a 14 e 139; Lei nº 12.715/12, arts. 15 a 23 e 78.

37 PROUNI - Programa Universidade para Todos indeterminado 1.173.473.927 0,01 0,04 0,24
Isenção do tributo à instituição privada de ensino superior, com ou sem fins lucrativo, que
aderir ao PROUNI. A isenção recairá sobre a receita auferida e será calculada na proporção da
ocupação efetiva das bolsas devidas
Lei nº 11.096/05, art. 8º.

RECINE - Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição 31/12/2024 não vigente ... ... ...
38
Cinematográfica
Suspensão do PIS/COFINS na importação e aquisição no mercado interno de máquinas,
aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporação no ativo permanente e
utilização em complexos de exibição ou cinemas itinerantes, bem como de materiais para sua
construção. A suspensão converte-se em alíquota zero após incorporação no ativo permanente
e utilização do bem ou material de construção no complexo de exibição cinematográfica.

Lei nº 12.599/12, arts.12 a 14; Decreto nº 7.729/12; Lei nº 13.594/18; Lei nº 14.044/2020.
QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS

RECOPA - Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou 30/06/2014 não vigente ... ... ...
39
Modernização de Estádios de Futebol
Suspensão do PIS/COFINS incidente na importação e aquisição do mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para
utilização ou incorporação no estádio de futebol da pessoa jurídica beneficiária do RECOPA,
bem como a prestação de serviços e aluguel de máquinas, aparelhos, instrumentos e
equipamentos destinadas à obra. A suspensão converte-se em alíquota zero após a utilização
ou incorporação do bem ou serviço.

Lei nº 12.350/10, arts. 17 a 21.

40 Rede Arrecadadora indeterminado 386.219.958 0,00 0,01 0,08


Exclusão da base de cálculo da Cofins dos valores auferidos como remuneração dos serviços de
arrecadação de receitas federais, dividido pela alíquota da Cofins-Financeiras (4%).

Lei nº 12.844/13, art. 36.

41 REIDI - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infra-Estrutura indeterminado 1.628.359.749 0,01 0,06 0,33
Suspensão do PIS/PASEP e da COFINS na importação ou venda no mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, materiais de construção, serviços
e aluguel para utilização ou incorporação em obras de infra-estrutura destinadas ao ativo
imobilizado.
Lei nº 11.488/07, arts. 1º a 5º.

REIF - Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria de 20/09/2017 não vigente ... ... ...
42
Fertilizantes
Suspensão do PIS e COFINS incidente sobre a importação ou venda no mercado interno de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, de materiais de construção e
serviços e aluguel para utilização ou incorporação no projeto aprovado.

Lei nº 12.794/13, arts. 5º a 11.

RENUCLEAR - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares 31/12/2020 não vigente ... ... ...
43

Suspensão do PIS/COFINS nas importação ou vendas no mercado interno de máquinas,


aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, de materiais de construção, serviços ou
aluguel para utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo
imobilizado, quando a importação/aquisição for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do
RENUCLEAR. A suspensão converte-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do
bem ou material de construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.431/11, arts. 14 a 17.

REPENEC - Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da 30/06/2016 não vigente ... ... ...
44 Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Suspensão do PIS/COFINS incidente na importação ou aquisição no mercado interno de


máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para
utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado de
pessoa jurídica beneficiária do REPENEC. Aplica-se também ao aluguel. As suspensões
convertem-se em alíquota zero após a utilização ou incorporação do bem ou material de
construção na obra de infraestrutura.

Lei nº 12.249/10, arts. 1º a 5º.

REPNBL-Redes - Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para 31/12/2016 não vigente ... ... ...
45
Implantação de Redes de Telecomunicações
Suspensão do PIS/COFINS sobre receita de venda no mercado interno de máquinas, aparelhos,
instrumentos e equipamentos novos, de materiais de construção, serviços e aluguel para
utilização ou incorporação nas obras civis dos projetos aprovados para implantação, ampliação
ou modernização de redes de telecomunicações que suportam acesso à Internet em banda
larga. A suspensão converte-se em alíquota zero após a incorporação do bem.

Lei nº 12.715/12, arts. 28 a 33.

REPORTO - Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura 31/12/2023 não vigente ... ... ...
46
Portuária
QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
Suspensão do PIS/Cofins na importação ou venda no mercado interno de máquinas,
equipamentos, peças de reposição e outros bens importados pelos beneficiários do REPORTO
e destinados ao seu ativo imobilizado para utilização exclusiva na execução de serviços de:
carga, descarga, armazenagem e movimentação de mercadorias e produtos; sistemas
suplementares de apoio operacional; proteção ambiental; sistemas de segurança e de
monitoramento de fluxo de pessoas, mercadorias, produtos, veículos e embarcações;
dragagens; e treinamento e formação de trabalhadores, inclusive na implantação de Centros
de Treinamento Profissional. São beneficiários do REPORTO o operador portuário, o
concessionário de porto organizado, o arrendatário de instalação portuária de uso público e a
empresa autorizada a explorar instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo,
inclusive aquelas que operam com embarcações de offshore, o concessionário de transporte
ferroviário, empresas de dragagem, recintos alfandegados de zona secundária e dos Centros de
Treinamento Profissional. A suspensão converte-se em isenção após o decurso do prazo de 5
(cinco) anos, contado da data da ocorrência do respectivo fato gerador.

Lei nº 11.033/04, arts. 13 a 16, em específico: art. 14; Decreto nº 6.582/08; Lei nº 11.774/08,
art. 5º; Lei nº 12.715/12, art. 39; Lei nº 12.688/12, art. 30; Lei n° 13.169, art. 7°; Lei 14.301/22.

RETAERO - Regime Especial de Incentivos Tributários para a Indústria Aeroespacial Brasileira 11/06/2020 não vigente ... ... ...
47

Suspensão de PIS/Cofins na importação ou venda no mercado interno de partes, peças,


ferramentas, componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas,
a serem empregados na manutenção, conservação, modernização, reparo, revisão, conversão
e industrialização dos produtos classificados na posição 88.02 da NCM. Suspensão de
PIS/Cofins na importação ou venda no mercado de serviços de tecnologia industrial básica,
desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência técnica e transferência de tecnologia. A
suspensão converte-se em alíquota zero após o emprego, utilização ou incorporação dos
referidos bens.

Lei nº 12.249/10, arts. 29 a 33; Lei nº 12.598/12, art. 16.

48 RETID - Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa 22/03/2032 33.537.098 0,00 0,00 0,01
Suspensão do PIS/COFINS sobre a venda no mercado interno ou importação de partes, peças,
ferramentas, componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos, matérias-primas,
serviços de tecnologia industrial básica, desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência
técnica e transferência de tecnologia a serem empregados na manutenção, conservação,
modernização, reparo, revisão, conversão, industrialização de bens de defesa nacional, quando
a aquisição for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do RETID. A suspensão também aplica-
se à receita de aluguel de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos. Conversão em
alíquota zero após o emprego ou utilização dos bens e serviços. Suspensão de PIS e COFINS
incidente sobre a receita decorrente da venda dos bens de defesa nacional, definidos em ato
do Poder Executivo, e a prestação de serviços de tecnologia industrial básica, projetos,
pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, assistência técnica e transferência de
tecnologia, efetuada por pessoa jurídica beneficiária do RETID à União, para uso privativo das
Forças Armadas, exceto para uso pessoal e administrativo.

Lei nº 12.598/12, arts. 7º a 11; Decreto nº 8.122/13.

Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 40.487.701.376 0,31 1,37 8,32
49
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/14.

50 TEF - Tributação Específica do Futebol indeterminado 726.151.493 0,01 0,02 0,15


Regime de tributação específico para as Sociedades Anônimas do Futebol que unifica o
recolhimento do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e Contribuição Previdenciária (artigos I, II e III do caput
e no §6º do art. 22 da Lei n° 8.212/91). O regime consiste na tributação das receitas mensais
com a aplicação de uma alíquota de 5%, nos 5 primeiros anos-calendário da constituição da
sociedade, e de 4%, a partir do 6º ano calendário.

Lei n° 14.193/2021 , atrs. 31 e 32.

51 Telecomunicações em Áreas Rurais e Regiões Remotas 31/12/2018 não vigente ... ... ...
QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
Isenção de tributos federais incidentes sobre o faturamento dos serviços de telecomunicações
prestados por meio das subfaixas de radiofrequência de 451 MHz a 458 MHz e de 461 MHz a
468 MHz, assim como por meio de estações terrenas satelitais de pequeno porte que
contribuam com os objetivos de implantação do PNBL. Isenção de tributos federais incidentes
sobre a receita bruta de venda a varejo dos componentes e equipamentos de rede, terminais e
transceptores definidos em regulamento que sejam dedicados aos serviços de
telecomunicações prestados por meio das subfaixas de radiofrequência de 451 MHz a 458 MHz
e de 461 MHz a 468 MHz, assim como por meio de estações terrenas satelitais de pequeno
porte que contribuam com os objetivos de implantação do PNBL.

Lei nº 12.715/12, arts. 35 e 37.

52 Termoeletricidade indeterminado 672.394.088 0,01 0,02 0,14


Redução a zero da alíquota do PIS/COFINS incidente sobre a venda de gás natural e carvão
mineral destinada à produção de energia elétrica.
Lei nº 10.312/01, arts. 1º e 2º.

53 Transporte Coletivo indeterminado 468.773.695 0,00 0,02 0,10


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS sobre o transporte público coletivo municipal de
passageiros, por meio rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário. Aplica-se também ao
transporte público coletivo intermunicipal, interestadual e internacional de caráter urbano.

Lei nº 12.860/13.

54 Transporte Escolar indeterminado 46.529.240 0,00 0,00 0,01


Redução a zero das alíquotas do PIS/COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da
venda, no mercado interno, de veículos e embarcações destinados ao transporte escolar para a
educação básica na zona rural, quando adquiridos pela União, Estados, Municípios e pelo
Distrito Federal.
Lei nº 10.865/04, art. 28, VIII e IX.

55 Trem de Alta Velocidade indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a
receita bruta decorrente da venda, no mercado interno, de serviços de transporte ferroviário
em sistema de trens de alta velocidade - TAV.
Lei nº 10.865/04, art. 28, XX.

56 Zona Franca de Manaus - Importação de Matéria-Prima 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00


Suspensão do PIS/PASEP-importação e COFINS-importação nas importações efetuadas por
empresas localizadas na Zona Franca de Manaus de matérias-primas, produtos intermediários
e materiais de embalagem, para emprego em processo de industrialização por
estabelecimentos industriais instalados na ZFM com projetos aprovados pela SUFRAMA.

Lei nº 10.865/04, art. 14-A.

57 Zona Franca de Manaus - Importação de Bens de Capital 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00
Suspensão da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação incidentes
sobre importações de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para
incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica importadora estabelecida na Zona Franca
de Manaus. A suspensão converte-se em alíquota 0 (zero) após decorridos 18 meses da
incorporação do bem ao ativo imobilizado.

Lei nº 11.196/05, art. 50; Lei nº 10.865/04, art. 14, § 1º; Decreto nº 5.691/06.

58 Zona Franca de Manaus - Matéria-Prima Produzida na ZFM 05/10/2073 0 0,00 0,00 0,00
Redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre
as receitas decorrentes da comercialização de matérias-primas, produtos intermediários e
materiais de embalagem, produzidos na Zona Franca de Manaus, para emprego em processo
de industrialização por estabelecimentos industriais instalados na própria ZFM com projetos
aprovados pela SUFRAMA.
Lei nº 10.637/02, art. 5º-A; Decreto nº 5.310/04.

59 Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio - Alíquotas Diferenciadas 05/10/2073 3.140.707.043 0,02 0,11 0,65
QUADRO XXI
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO COFINS
Alíquotas diferenciadas para as Contribuições PIS/Pasep e Cofins incidentes sobre a receita
bruta auferida por pessoa jurídica industrial estabelecida na Zona Franca de Manaus e na Área
de Livre Comércio, decorrente da venda de produção própria, consoante projeto aprovado
pela SUFRAMA. I) 0,65% e 3%, no caso de venda efetuada a pessoa jurídica estabelecida: a) na
Zona Franca de Manaus e na Área de Livre Comércio; b) fora da Zona Franca de Manaus e da
Área de Livre Comércio, que apure PIS/COFINS no regime de não-cumulatividade; II) 1,3% e 6%,
no caso de venda efetuada a: a)pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e
da Área de Livre Comércio, que apure o imposto de renda com base no lucro presumido; b)
pessoa jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e da Área de Livre Comércio, que
apure o imposto de renda com base no lucro real e que tenha sua receita, total ou
parcialmente, excluída do regime de incidência não-cumulativa do PIS/COFINS; c) pessoa
jurídica estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e da Área de Livre Comércio e que seja
optante pelo SIMPLES; d) órgãos da administração federal, estadual, distrital e municipal.
Crédito na aquisição de mercadoria produzida por pessoa jurídica estabelecida na ZFM e na
ALC, consoante projeto aprovado pela SUFRAMA, determinado mediante a aplicação da
alíquota de 1% e 4,6% e, na situação "II b", mediante a aplicação da alíquota de 1,65% e 7,60%.
Redução a zero das alíquotas na venda de pneus e camaras de ar para bicicletas, quando
produzidas na Zona Franca de Manaus.

Lei nº 10.996/04, arts. 3º e 4º; Lei nº 10.637/02, art. 2º, § 4º e art. 3º § 12; Lei nº 10.833/03,
art. 2º, § 5º e art. 3º § 17; Decreto nº 5.310/04; Lei nº 13.097/15, art. 147.

TOTAL 130.069.883.938 0,99 4,41 26,72


QUADRO XXII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO - CIDE
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO CIDE
Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
1
Copa do Mundo Fifa (2014)
isenção da CIDE-Combustível na importação de combustíveis para uso ou consumo exclusivo
na organização e realização da Copa das Confederações e/ou Copa do Mundo Fifa. Isenção da
CIDE-Tecnologia para a Fifa e a Subsidiária Fifa no Brasil.
Lei nº 12.350/10, art. 3º, §1º, VIII e art. 7º, III, a.

2 Evento Esportivo, Cultural e Científico indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção da CIDE-Combustíveis incidente na importação de troféus, medalhas, placas,
estatuetas, distintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em
evento cultural, científico ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos
gratuitamente como premiação em evento esportivo realizado no País; bens dos tipos e em
quantidades normalmente consumidos em evento esportivo oficial; material promocional,
impressos, folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos
gratuitamente ou utilizados em evento esportivo oficial; bens importados por desportistas,
desde que tenham sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação
de entidade de prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento.

Lei nº 11.488/07, art. 38.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
3
Paraolímpicos de 2016
Isenção da CIDE-Combustível sobre a importação de combustíveis. Isenção da CIDE-Tecnologia
incidente sobre a importação de serviços.
Lei nº 12.780/13, art. 4º, §1º, VIII e IX; Decreto n° 8.463/15, art. 7º, § 1º, VIII e IX.

PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de indeterminado 850.591 0,00 0,00 0,02
4
Semicondutores
Redução a zero da alíquota da CIDE-Tecnologia nas remessas ao exterior para pagamento de
patentes ou uso de marcas e fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica,
quando efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do PADIS.

Lei nº 11.484/07, art. 3º, § 3º , arts. 5º e 65; Lei n° 13.169/15, art. 12.

PATVD - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos 22/01/2017 não vigente ... ... ...
5
para a TV Digital
Redução a zero da alíquota da CIDE-Tecnologia nas remessas ao exterior para pagamento de
patentes ou uso de marcas e fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica,
quando efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do PATVD.
Lei nº 11.484/07, art. 14, § 3º e art. 66.

PROUCA - REICOMP - Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional 31/12/2015 não vigente ... ... ...
6

Suspensão de CIDE-Tecnologia incidente na importação serviços destinados à fabricação dos


equipamentos. A suspensão converte-se em alíquota zero após a incorporação ou utilização
dos serviços nos equipamentos.
Lei nº 12.249/10, art. 9º,III e art. 139; Lei nº 12.715/12, arts. 15 a 23 e 78, em específico art. 18.

TOTAL 850.591 0,00 0,00 0,02


QUADRO XXIII
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
ADICIONAL AO FRETE PARA A RENOVAÇÃO DA MARINHA MERCANTE - AFRMM
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO AFRMM
1 Amazônia Ocidental indeterminado 1.284.430.389 0,01 0,04 11,53
Isenção do AFRMM para mercadorias que sejam destinadas ao consumo ou industrialização na
Amazônia Ocidental, excluídas armas, munições, fumo, bebidas alcoólicas, perfumes, veículos
de carga, automóveis de passageiros e granéis líquidos.

Lei nº 10.893/04, art. 14, V, g.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
2
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção do AFRMM nas importações de bens ou mercadorias para uso ou consumo na
organização e realização dos Eventos.
Lei nº 12.350/10, art. 3º, § 1º, VII.

3 Doações de Bens para Entidades Filantrópicas indeterminado 160.734 0,00 0,00 0,00
Isenção do AFRMM para bens sem interesse comercial, doados a entidades filantrópicas, desde
que o donatário os destine, total e exclusivamente, a obras sociais e assistenciais
gratuitamente prestadas.
Lei nº 10.893/04, art. 14, IV, a.

4 Livros, Jornais e Periódicos indeterminado 20.771.821 0,00 0,00 0,19


Isenção de AFRMM sobre livros, jornais e periódicos, bem como o papel destinado a sua
impressão.
Lei nº 10.893/04, art. 14, II.

5 Mercadorias Norte e Nordeste indeterminado 1.941.408.459 0,01 0,07 17,43


Não incidência do AFRMM sobre as mercadorias transportadas por meio fluvial e lacustre,
exceto graneis liquidos, transportados no âmbito das Regiões Norte e Nordeste. Não incidência
sobre mercadorias cuja origem ou destino final seja porto localizado na Região Norte ou
Nordeste do País, nas navegações de cabotagem, quando o descarregamento tiver início até 08
de janeiro de 2022. Não incidência sobre mercadorias cuja origem ou destino seja porto
localizado na Região Norte ou Nordeste do país, nas navegações realizadas em casco com
fundo duplo, destinadas ao transporte de combustíveis quando o descarregamento tiver início
até 08 de janeiro de 2022.

Lei nº 9.432/97, art. 17; Lei nº 10.893/04, art. 4º, Parágrafo único, inciso I; Lei nº 11.033/04,
art. 18; Lei nº 11.482/07, art. 11; Lei nº 12.507/11, art. 3º; Lei nº 13.458/17; Decreto nº
8.257/14, art. 4º, incisos II, III e IV e Parágrafo único.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
6
Paraolímpicos de 2016
Isenção do AFRMM incidente nas importações de bens ou mercadorias para uso ou consumo
exclusivo na organização e realização dos Jogos.
Lei nº 12.780/13, art. 4º, § 1º, VII; Decreto nº 8.463/15, art. 7º, § 1º, VII.

7 Pesquisas Científicas indeterminado 1.300.740 0,00 0,00 0,01


Isenção do AFRMM para bens destinados à pesquisa científica e tecnológica, conforme
disposto em lei.
Lei nº 10.893/04, art. 14, IV, e; Lei nº 12.599/12, art. 1º.

8 SUDAM/SUDENE - Isenção AFRMM 31/12/2015 não vigente ... ... ...


Isenção do AFRMM para os empreendimentos que se implantarem, modernizarem, ampliarem
ou diversificarem no Nordeste e na Amazônia e que sejam considerados de interesse para o
desenvolvimento destas regiões, segundo avaliações técnicas específicas das respectivas
Superintendências de Desenvolvimento.

Lei nº 9.808/99, art. 4º; Lei nº 12.431/11, art. 22.

TOTAL 3.248.072.142 0,02 0,11 29,16


QUADRO XXIV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA CINEMATOGRÁFICA NACIONAL - CONDECINE
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO CONDECINE
Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
1
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção da CONDECINE incidente nas importações da FIFA.
Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
2
Paraolímpicos de 2016
Isenção da CONDECINE em relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e
diretamente vinculadas à organização ou realização dos Eventos.
Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

3 Programação indeterminado 18.184.671 0,00 0,00 0,16


Isenção da CONDECINE, referente à programação internacional de que trata o inciso XIV do art.
1º, incidente sobre as remessas para o exterior, relativas a rendimentos ou remuneração
decorrentes da exploração de obras cinematográficas ou videofonográficas ou por sua
aquisição ou importação a preço fixo, bem como qualquer montante referente a aquisição ou
licenciamento de qualquer forma de direitos, desde que a programadora beneficiária desta
isenção opte por aplicar o valor correspondente a 3% (três por cento) em projetos de produção
de obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de longa, média e curta metragens
de produção independente, de co-produção de obras cinematográficas e videofonográficas
brasileiras de produção independente, de telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais,
animações e de programas de televisão de caráter educativo e cultural, brasileiros de produção
independente, aprovados pela ANCINE. Isenção da CONDECINE, referente à programação de
que trata o inciso XV do art. 1º, incidente sobre as remessas para o exterior, relativas a
rendimentos ou remuneração decorrentes da exploração de obras cinematográficas ou
videofonográficas ou por sua aquisição ou importação a preço fixo, bem como qualquer
montante referente a aquisição ou licenciamento de qualquer forma de direitos.

MP nº 2.228-1/01, art. 39, VII, X; Lei nº 10.454/02.

TOTAL 18.184.671 0,00 0,00 0,16


QUADRO XXV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO C. PREVI
1 Academia Brasileira de Letras - ABL indeterminado 0 0,00 0,00 0,00
Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art 1º; Lei Complementar nº 70/91, art 6º.

2 Associação Brasileira de Imprensa - ABI indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 1º; Lei Complementar nº 70/91, art. 6º.

Copa do Mundo - Organização e Operacionalização da Copa das Confederações (2013) e da 31/12/2015 não vigente ... ... ...
3
Copa do Mundo Fifa (2014)
Isenção da contribuição previdenciária patronal destinada à FIFA e entidades organizadoras da
Copa do Mundo.
Lei nº 12.350/10, arts. 2º a 16.

4 Desoneração da Folha de Salários 31/12/2023 não vigente ... ... ...


Contribuição Previdenciária Patronal incidente sobre o faturamento, com alíquota de 1,0%,
1,5%, 2,0%, 2,5%, 3,0% ou 4,5%, em substituição a incidência sobre a folha de salários.

Lei nº 12.546/12, arts. 7º a 11; Lei nº 12.715/12, arts. 55 e 56; Lei nº 12.794/13, arts. 1º e 2º;
MP nº 601/12; MP nº 612/13, arts. 25 e 26; Lei nº 12.844/13; Lei nº 13.043/14, art. 53; Lei n°
13.161/15; Lei n° 13.202/15, Lei 14.288/21 art. 2°.

5 Dona de Casa indeterminado 417.772.336 0,00 0,01 0,06


Redução da alíquota (5%) da contribuição previdenciária do segurado facultativo sem renda
própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência,
desde que pertencente a família de baixa renda.
Lei nº 12.470/11; Lei nº 8.212/91, art. 21, § 2º, II, b.

6 Entidades Filantrópicas indeterminado 18.206.880.003 0,14 0,62 2,53


Isenção da Contribuição Previdenciária Patronal para as entidades beneficentes de assistência
social.
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 195, § 7º; Lei nº 12.101/09; Decreto nº 8.242/14.

7 Exportação da Produção Rural indeterminado 11.240.365.162 0,09 0,38 1,56


Não incidência da contribuição social sobre receitas de exportações do setor rural
(agroindústria e produtor rural pessoa jurídica).
Constituição Federal do Brasil 1988, art. 149, § 2º, I; Lei nº 8.870/94, art. 25.

8 Funrural indeterminado 3.734.980.218 0,03 0,13 0,52


Redução para 1,2% da Contribuição destinada à Seguridade Social Rural de que trata o artigo
25 da Lei n° 8.212/1991.
Lei n° 13.606/18.

9 Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB indeterminado 0 0,00 0,00 0,00


Isenção de IOF, PIS sobre folha de salários, do imposto de renda sobre rendimentos e ganhos
de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pela Academia
Brasileira de Letras, pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.(efeitos a partir do 1º dia do exercício seguinte à inclusão no PLOA)

Lei nº 13.353/16, art. 1º; Lei Complementar nº 70/91, art. 6º.

10 MEI - Microempreendedor Individual indeterminado 7.009.291.704 0,05 0,24 0,97


Redução da alíquota (5%) da contribuição previdenciária do segurado microempreendedor
individual.
Lei complementar nº 123/06, art. 18-A, § 3º, V, a e § 11; Lei nº 12.470/11; Lei nº 8.212/91, art.
21, § 2º, II, a.
QUADRO XXV
GASTOS TRIBUTÁRIOS - PROJEÇÕES LDO 2024 - REF 2026 - DESCRIÇÃO LEGAL POR TRIBUTO
CONTRIBUIÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL
UNIDADE: R$ 1,00
PART. %
GASTO TRIBUTÁRIO PRAZO VIGÊNCIA VALOR
PIB ARRECADAÇÃO C. PREVI
Olimpíadas - Organização e Realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos 31/12/2017 não vigente ... ... ...
11
Paraolímpicos de 2016
Isenção da contribuição previdenciária patronal destinada ao Comite Organizador dos Jogos
Olímpicos - RIO 2016.
Lei nº 12.780/13; Decreto n° 8.463/15.

Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições indeterminado 35.662.672.242 0,27 1,21 4,95
12
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Redução da base de cálculo e modificação da alíquotas para as Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, que optaram pelo Simples Nacional.
Lei Complementar nº 123/06; Lei Complementar nº 127/07; Lei Complementar nº 139/11; Lei
Complementar nº 147/14.

13 TEF - Tributação Específica do Futebol indeterminado 1.043.651.681 0,01 0,04 0,14


Regime de tributação específico para as Sociedades Anônimas do Futebol que unifica o
recolhimento do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e Contribuição Previdenciária (artigos I, II e III do caput
e no §6º do art. 22 da Lei n° 8.212/91). O regime consiste na tributação das receitas mensais
com a aplicação de uma alíquota de 5%, nos 5 primeiros anos-calendário da constituição da
sociedade, e de 4%, a partir do 6º ano calendário.

Lei n° 14.193/2021 , atrs. 31 e 32.

TOTAL 77.315.613.346 0,59 2,62 10,73


Anexo IV Metas Fiscais
IV.11 – Demonstrativo da Compensação da Renúncia de Receita
(Art. 4o, § 2o, inciso V, da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000)
Desonerações Instituídas em 2023

R$ milhões
Estimativa****
Nº Data Legislação Tributo(s) Descrição Prazo Gasto Tributário** Medida de Compensação Fonte
2023 2024 2025 2026
Reduz as alíquotas da Contribuição para o Programa de Integração Social e o Programa de
Medida
Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/Pasep e da Contribuição para o
Provisória nº EM nº 1 /2023 -
1 01/01/2023 PIS e COFINS Financiamento da Seguridade Social - Cofins incidentes sobre operações realizadas com 31/12/2023 Não 25.000,00 - - - *
1.157, de 1 de MF
óleo diesel , biodiesel , gás liquefeito de petróleo, álcool, querosene de aviação, gás natural
janeiro de 2023
veicular e gasolina.
Medida
Provisória nº PIS, COFINS e
Reduz alíquotas de contribuições incidentes sobre operações realizadas com gasolina, EM nº 00026/2023
2 28/02/2023 1.163, de 28 de CIDE- 31/12/2023 Não 6.610,00 - - - *
álcool, gás natural veicular e querosene de aviação. MF
fevereiro de combustíveis
2023

Altera o art. 60 da Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010, para dispor sobre a redução da
alíquota do imposto sobre a renda retido na fonte incidente sobre os valores pagos,
Lei nº 14.537 de creditados, entregues, empregados ou remetidos para pessoa física ou jurídica residente ou
EM nº 00333/2022
3 28/02/2023 28 de fevereiro IRRF domiciliada no exterior, destinados à cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas Indeterminado Sim 1.077,00 1.524,00 1.688,00 ***** *
ME MTur
de 2023 físicas residentes no País, em viagens de turismo, de negócios, de serviço ou de
treinamento ou em missões oficiais, até o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) ao mês,
nos termos, nos limites e nas condições estabelecidos em ato do Poder Executivo federal.

TOTAL GERAL 32.687,00 1.524,00 1.688,00 0,00


"-" medida não teve efeito ou vigência no período / Não aplicável.
"*" Não há informações sobre a necessidade e/ou medidas de compensação adotadas.
"**" Enquadramento da renúncia fiscal como Gasto Tributário. Em caso afirmativo, o seu acompanhamento é feito por meio dos Demonstrativos de Gastos Tributários - DGTs.
"***" Data da última atualização: 20/03/2023
Anexo IV
Metas Fiscais
IV.12 – Demonstrativo da Margem de Expansão das Despesas Obrigatórias
de Caráter Continuado
(Art. 4o, § 2o, inciso V, da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000)

A estimativa da margem de expansão das despesas obrigatórias de


caráter continuado é um requisito introduzido pelo art. 4º, § 2º, inciso V, da Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF. A
metodologia utilizada pela Secretaria de Orçamento Federal para seu cálculo envolve
deduzir do aumento permanente de receita, após descontadas as transferências, o
aumento de despesas permanentes de caráter obrigatório.

O aumento permanente de receita é definido como aquele proveniente


de elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo ou majoração ou criação de
tributo ou contribuição (§ 3º do art. 17 da LRF). Considera-se ampliação da base de
cálculo, por sua vez, o aumento na base econômica da receita derivado de medidas
legislativas ou de mudanças macroeconômicas.

Desse modo, para estimar o aumento permanente de receita derivado


do crescimento real da atividade econômica, consideraram-se os seguintes fatores: a)
acréscimo resultante da variação real do Produto Interno Bruto – PIB, estimado em
2,34% para o período em pauta; b) crescimento nas vendas de veículos de 12,79%; c)
crescimento do volume de importações de 11,90%; d) crescimento do volume de
aplicações financeiras de 10,62%; e) crescimento nas vendas de bebidas de 3,25%; f)
outras variáveis com menor impacto no conjunto das receitas. A aplicação desses
fatores na arrecadação passada resultou em aumento de R$ 50,45 bilhões na receita
prevista para 2024.

Por sua vez, o efeito legislação teve impacto positivo de R$ 65,19


bilhões na arrecadação prevista, resultante de alterações normativas na legislação do
PIS/PASEP, contribuições do RGPS, CIDE-Combustíveis, AFRMM, Cide-Combustíveis e,
principalmente, COFINS. Além disso, houve um efeito legislativo negativo incidente na
arrecadação de IPI e II.

Desse modo, prevê-se o aumento permanente de receita total de R$


103,24 bilhões, descontadas as transferências aos entes federados e ao Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais
da Educação – Fundeb.

Adicionalmente, foi calculado o aumento de despesas permanentes de


caráter obrigatório que terão impacto em 2024. Tal aumento será provocado pelo
crescimento vegetativo dos benefícios previdenciários, do seguro-desemprego, do
abono salarial e dos benefícios concedidos com base na Lei Orgânica da Assistência
Social - LOAS, responsável pela ampliação em R$ 15,89 bilhões. Nesta estimativa não
haverá impacto, em 2024, de variação real do valor do salário mínimo.
2

Por outro lado, foi contabilizada também a redução permanente de


despesa, o que eleva a margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter
continuado para 2024. Essa redução permanente de despesa, no montante de R$
112,48 milhões, corresponde ao decréscimo vegetativo dos benefícios da renda
mensal vitalícia, uma vez que esse tipo de benefício, não tendo mais novas concessões,
vai sendo reduzido à medida que os beneficiários vão a óbito.

Importante ressaltar que o aumento nominal do salário mínimo,


correspondente à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC
acumulada nos últimos doze meses que antecedem o pagamento do salário-mínimo,
feito de forma a manter o poder de compra do salário em questão, conforme previsto
no art. 7º, Inciso IV, da Constituição Federal, não é considerado como aumento
permanente de despesa obrigatória. Isso ocorre por analogia à não consideração da
inflação como aumento permanente de receita.

Dessa maneira, o saldo da margem de expansão é estimado em,


aproximadamente, R$ 87,47 bilhões, conforme demonstrado no quadro a seguir:
3

PROJETO DE LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS


ANEXO DE METAS FISCAIS
MARGEM DE EXPANSÃO DAS DESPESAS OBRIGATÓRIAS DE CARÁTER
CONTINUADO - DOCC

Valor Previsto
Eventos para 2024
(R$ milhões)
Aumento de Receita Permanente 115.644
I. Crescimento Real da Atividade Econômica 50.449
I.1. Receita Administrada pela RFB 42.022
I.2. Arrecadação Líquida para o RGPS 2.152
I.3. AFRMM 346
I.4. Demais Receitas 5.930
II. Situações descritas no § 3º do art. 17 da LRF* 65.195
II.1. II (20)
II.2. IPI (4)
II.3. COFINS 42.528
II.4. PIS/PASEP 9.214
II.5. RGPS 9.131
II.6. CIDE-COMBUSTÍVEIS 1.777
II.7. AFRMM 2.570
Deduções da Receita 12.400
Transferências Constitucionais e Legais 10.370
Transferências ao FUNDEB 1.706
Complementação da União ao FUNDEB 324
Saldo Final do Aumento Permanente de Receita 103.244
Redução Permanente de Despesa (II) 112
Margem Bruta (III) = (I) + (II) 103.356
Saldo Utilizado da Margem Bruta (IV) 15.886
Crescimento vegetativo dos gastos sociais 15.886
RGPS 9.189
LOAS/RMV 4.016
Abono e Seguro-Desemprego 2.682

Margem Líquida de Expansão de DOCC (V) = (III) - (IV) 87.470


* Elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo ou majoração ou criação de tributo ou contribuição.

Em que pese ter sido identificada margem para a expansão de despesas


obrigatórias de caráter continuado em 2024, o § 2º do art. 17 da LRF exige que a
criação ou aumento de despesa obrigatória de caráter continuado seja acompanhado
de comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de
resultados fiscais, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser
compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de
despesa, enquanto o § 5º do mesmo artigo dispõe que a despesa criada ou majorada
não será executada antes da implementação das medidas de compensação, as quais
integrarão o instrumento que a criar ou aumentar. Desse modo, embora o cálculo
4

acima apresentado possa funcionar como subsídio para as decisões que impactam o
lado fiscal do orçamento público, a margem de expansão não serve, em si mesma,
como medida de compensação, nos moldes do que exige o art. 17 da LRF.

Registre-se, por fim, que durante a vigência do chamado Teto de Gastos


(Novo Regime Fiscal – NRF, disposto no art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, introduzido pela Emenda Constitucional nº 95, de 15 de dezembro de
2016), o limite para as despesas primárias tornou-se uma restrição adicional à
expansão de despesas primárias obrigatórias a ele sujeitas, sendo necessária, para a
majoração de despesas sujeitas ao teto de gastos, a apresentação de cancelamentos
de despesas, independentemente da ampliação de receitas. Todavia, a partir da
revisão que será apresentada pelo Poder Executivo para o arcabouço fiscal, conforme
exigência do art. 6º da Emenda Constitucional nº 126, de 21 de dezembro de 2022,
essa restrição adicional também deverá ser revista.
Anexo V
Riscos Fiscais
(Art. 4o, § 3o, da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000)

Sumário
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................7
2 SUMÁRIO EXECUTIVO .......................................................................................................................9
3 ANÁLISE DOS RISCOS MACROECONÔMICOS (GERAIS)..................................................................14
3.1 SENSIBILIDADE DAS RECEITAS ADMINISTRADAS PELA RFB .....................................................14
3.1.1 Receitas Administradas pela RFB.....................................................................................14
3.1.2 Sensibilidade da Receita Administrada pela RFB aos Parâmetros Macroeconômicos..15
3.2 SENSIBILIDADE DA DESPESA PRIMÁRIA ...................................................................................18
3.2.1 Sensibilidade da Despesa Primária Geral ........................................................................18
3.2.2 Sensibilidade da Despesa com Subsídios e Subvenções .................................................20
3.3 SENSIBILIDADE DA DÍVIDA PÚBLICA .........................................................................................21
3.3.1 Riscos de Mercado............................................................................................................21
3.3.2 Risco de Refinanciamento ................................................................................................27
3.4 ESTRESSE DOS PARÂMETROS MACROECONÔMICOS E SIMULAÇÕES .....................................29
3.4.1 Receitas .............................................................................................................................30
3.4.2 Despesas ...........................................................................................................................31
3.4.3 Resultado Primário ...........................................................................................................32
3.4.4 Dívida Pública ...................................................................................................................33
4 ANÁLISE DOS RISCOS ESPECÍFICOS .................................................................................................39
4.1 PASSIVOS CONTINGENTES........................................................................................................39
4.1.1 Demandas Judiciais ..........................................................................................................40
4.1.2 Passivos Contingentes em Fase de Reconhecimento .....................................................61
4.1.3 Garantias Prestadas pelo Tesouro Nacional....................................................................64
4.1.4 Fundos Constitucionais de Financiamento ......................................................................68
4.1.5 Seguro de Crédito à Exportação - Fundo de Garantia à Exportação ..............................69
4.1.6 Fundos Garantidores ........................................................................................................72
4.2 RISCOS FISCAIS ASSOCIADOS AOS ATIVOS ...............................................................................75
4.2.3 Dívida Ativa da União (DAU) ............................................................................................75
4.2.4 Depósitos Judiciais da União............................................................................................78
4.2.5 Haveres Financeiros Não Relacionados a Entes Federativos..........................................79
4.3 OUTROS RISCOS ESPECÍFICOS ..................................................................................................84
4.3.3 Entes Subnacionais ...........................................................................................................84
4.3.4 Parcerias Público-Privadas e as Concessões Públicas ...................................................111
4.3.5 Estatais Federais .............................................................................................................118

1
3.1.2 Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) ....................................................................131
3.1.3 Riscos do Sistema Financeiro .........................................................................................140
3.1.4 Mudanças Demográficas ................................................................................................143
3.1.5 Riscos Ambientais...........................................................................................................145
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................................................147

2
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Base de atuação dos Riscos Fiscais Específicos Consolidados ...............................................13
Tabela 2 - Previsão das Receitas Administradas pela RFB em 2022 .......................................................14
Tabela 3 - Receitas Atípicas de 2022 .......................................................................................................15
Tabela 4 - Receitas Primárias do Governo Central Indexadas a Parâmetros Macroeconômicos ..........15
Tabela 5 - Receita Administrada pela RFB em 2024 – Impacto da variação de 1 p.p. em cada
parâmetro ...............................................................................................................................................16
Tabela 6 - Receitas - Impacto da Variação de 1 p.p. nas Variáveis Macroeconômicas ..........................17
Tabela 7 - Despesas Primárias do Governo Central Indexadas a Parâmetros Macroeconômicos .........18
Tabela 8 - Despesas Primárias – Impacto % da variação de 1 p.p. no INPC ...........................................19
Tabela 9 - Despesas Primárias Selecionadas – Efeito do INPC e do Salário-Mínimo..............................19
Tabela 10 - Efeito da variação de 0,1 p.p. no IPCA no limite das despesas sujeitas à EC nº 95 .............20
Tabela 11 - Previsões de sensibilidade da despesa orçamentária da dívida a choques de 1 pp. ...........25
Tabela 12 - Sensibilidade da dívida aos juros, ao crescimento real do PIB e ao resultado primário .....26
Tabela 13 - Limites e Condições para a realização de operações de crédito .........................................37
Tabela 14 - Projeção da margem de suficiência da Regra de Ouro ........................................................38
Tabela 15 - Demandas Judiciais no âmbito da PGU ................................................................................43
Tabela 16 - Ações judiciais de natureza tributária no STF ......................................................................45
Tabela 17 - Ações judiciais de natureza tributária no STJ .......................................................................46
Tabela 18 - Ações judiciais no âmbito da PGF ........................................................................................48
Tabela 19 - Demandas Judiciais das Empresas Estatais Federais Dependentes – Risco Possível ..........49
Tabela 20 - Passivo Contingente do BCB por instância ...........................................................................51
Tabela 21- Estimativas de impacto das ações judiciais de Risco Provável dos órgãos da AGU .............52
Tabela 22- Demandas judiciais de Risco Provável no âmbito da PGU ....................................................53
Tabela 23 - Demandas judiciais de Risco Provável de natureza tributária .............................................55
Tabela 24 - Ações judiciais de Risco Provável no âmbito da PGF ...........................................................55
Tabela 25 - Demandas Judiciais de Risco Provável das Empresas Estatais Federais Dependentes .......56
Tabela 26 - Ações judiciais de Risco Provável do BCB por instância.......................................................57
Tabela 27 - Ações judiciais de entes subnacionais contra a União - Risco Possível ...............................58
Tabela 28 - Ações judiciais de entes subnacionais contra a União - Risco Provável .........................59
Tabela 29 - Demandas Judiciais de Risco Possível e Risco Provável .......................................................60
Tabela 30 - Despesas Judiciais em relação à Despesa Primária..............................................................60
Tabela 31 - Evolução dos passivos contingentes administrados pela STN .............................................63
Tabela 32 - Valores provisionados no BGU e estimado na LOA, por tipo de Passivo .............................63
Tabela 33 - Obrigações oriundas de passivos contingentes a regularizar ..............................................64
Tabela 34 - Saldo devedor das Dívidas Garantidas em Operações de Crédito .......................................65
Tabela 35 - Estimativas: Saldo Devedor e Honras de Garantias de Operações de Crédito ....................66
Tabela 36 - Garantias honradas pela União ............................................................................................66
Tabela 37 - Garantias prestadas pelo TN a fundos e programas ............................................................68
Tabela 38 - Fundos Constitucionais: previsão de despesas com provisão para devedores duvidosos ..68
Tabela 39 - Recuperação e estoque de créditos dos fundos constitucionais baixados como prejuízo .69
Tabela 40 - Indicadores de Solvência do FGE .........................................................................................70
Tabela 41 - Estimativa de impacto da manutenção do Seguro de Crédito à Exportação ......................72
Tabela 42 - Fundos garantidores com participação da União – Dezembro de 2022..............................74
Tabela 43 - Créditos da DAU, por exercício, segundo o tipo de crédito e classe (rating) ......................76
Tabela 44 - Expectativa de Perdas e Recuperação de Créditos da DAU .................................................77
Tabela 45 - Fluxos da arrecadação dos créditos da DAU, estimados e realizados, por exercício ..........78

3
Tabela 46 - Estimativa de arrecadação dos créditos da DAU, por exercício ..........................................78
Tabela 47 - Evolução do fluxo dos depósitos judiciais por exercício, segundo movimentação .............79
Tabela 48 - Fluxos estimados de depósitos judiciais por exercício ........................................................79
Tabela 49 - Evolução do estoque, segundo haver financeiro sob gestão da STN, por exercício............80
Tabela 50 - Fluxos estimados e realizados segundo haver financeiro ....................................................81
Tabela 51 - Fluxos estimados, segundo haver financeiro sob gestão da STN, por exercício .................83
Tabela 52 - Estimativas dos riscos fiscais por haver financeiro ..............................................................83
Tabela 53 - Riscos Fiscais Decorrentes dos Haveres e das Garantias Junto aos Estados e Municípios..85
Tabela 54 - Riscos Fiscais Decorrentes de Relações Intergovernamentais ............................................86
Tabela 55 - Estoque de haveres e créditos, segundo ativo/programa sob gestão da STN, por ano ......90
Tabela 56 - Fluxos de haveres e créditos, estimados e realizados, segundo ativo/programa ...............92
Tabela 57 - Fluxos estimados de haveres e créditos, segundo Ativo/Programa, por exercício .............93
Tabela 58 - Incertezas Decorrentes de Propostas Legislativas relativa aos Entes Subnacionais ...........97
Tabela 59 - Estimativas dos impactos da adesão dos entes subnacionais ao RRF, por exercício ..........97
Tabela 60 - Impactos estimados da LC nº 173/2020, segundo Ativo /Programa, por exercício ............98
Tabela 61 - Impactos estimados da LC nº 178/2021, segundo cenário, por exercício .........................101
Tabela 62 - Ajustes de perdas para os empréstimos concedidos a Estados e Municípios, por ano ....102
Tabela 63- Saldo devedor das Dívidas Garantidas em Operações de Crédito - Estados e Municípios 105
Tabela 64 - Evolução do estoque das contragarantias não executadas, segundo as motivações .......108
Tabela 65 - Impactos das honras de garantias nas contas públicas, por ano .......................................108
Tabela 66 - Estimativa de ressarcimento de honras realizadas pela União em decorrência do RRF ...109
Tabela 67 - Valores de ajustes de perdas para os créditos sub-rogados (avais honrados) ..................109
Tabela 68 - Valores Receitas de Concessões de Serviço Público, segundo exercício ...........................113
Tabela 69 - Riscos fiscais em demandas administrativas .....................................................................114
Tabela 70 - Concessões de Serviço Público Vigentes ............................................................................115
Tabela 71 - Escopo da Análise de Riscos de Empresas Estatais Não Dependentes ..............................119
Tabela 72 - Comparação entre os fluxos estimados e realizados - Estatais .........................................123
Tabela 73 - Fluxos estimados - Estatais ................................................................................................124
Tabela 74 - Impactos estimados (Estatais Não Dependentes) .............................................................126
Tabela 75 - Projeção de dividendos/JCP1..............................................................................................127
Tabela 76 - Matriz de Risco ...................................................................................................................127
Tabela 77 - Índices de Capital Observados x Requerimentos Mínimos ................................................127
Tabela 78 - Risco 2 - Aportes emergenciais em empresas não dependentes ......................................129
Tabela 79 - Estimativa de materialização do risco de aportes emergenciais .......................................130
Tabela 80 - Estimativa de materialização do risco de esforço fiscal adicional .....................................131
Tabela 81 - Valores da dívida do Fies, segundo safra de concessão de crédito ...................................132
Tabela 82 - Exposição ao risco de crédito do Fies, por ano ..................................................................133
Tabela 83 - Situação dos contratos concedidos do Fies entre 2010 e 2017 .........................................133
Tabela 84 - Situação dos contratos do Fies concedidos até 2009 ........................................................134
Tabela 85 - Ajuste para perdas estimadas do Fies, segundo rating .....................................................135
Tabela 86 - Contratos de crédito do Fies e valor da dívida, segundo modalidade de garantia ...........136
Tabela 87 - Estimativa de desembolso do Fies de 2023 a 2025, segundo ano do contrato ................138
Tabela 88 - Comparação entre receitas estimadas e realizadas do Fies, segundo natureza, por ano .139
Tabela 89 - Comparação entre o desembolso estimado e realizado do Fies, por ano.........................139
Tabela 90 - Estimativa de impacto primário do Fies, segundo programa, por exercício .....................140
Tabela 91 - Estimativa de subsídio implícito do Fies, segundo programa, por exercício .....................140
Tabela 92 - Evolução dos créditos do BCB originados de liquidação extrajudicial ...............................140

4
Tabela 93 - Variação dos saldos dos créditos do BCB entre 2020 e 2022 ............................................142
Tabela 94 - Estimativas de fluxo de caixa, segundo instituição financeira, por ano ............................142
Tabela 95 - Execução orçamentária do Programa 2218 - Gestão de Riscos de Desastres ...................145
Tabela 96 - Gastos da União referentes ao programa Mudança do Clima (Programa 1058) ..............146
Tabela 97 - Gastos da União no Combate à COVID-19 .........................................................................147

5
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Riscos Fiscais - classificação e fonte ..........................................................................................7
Figura 2 - Composição do estoque da DPF .............................................................................................22
Figura 3 - Risco de repactuação da DPF ..................................................................................................23
Figura 4 - Estimativa da sensibilidade do estoque da DPF a choque de 1% nas variáveis
macroeconômicas ...................................................................................................................................24
Figura 5 - Teste de estresse de juros e câmbio sobre a DPF...................................................................25
Figura 6 - Perfil de Vencimentos do Estoque da DPF..............................................................................27
Figura 7 – Evolução do prazo médio (meses) .........................................................................................28
Figura 8 - Reserva de Liquidez.................................................................................................................29
Figura 9 - Espectro de cenários alternativos para Receitas Líquidas (R$ bilhões) ..................................30
Figura 10 - Espectro de cenários alternativos para Despesas Totais (R$ bilhões) .................................31
Figura 11 - Espectro de cenários alternativos para Resultado Primário (R$ bilhões) ............................32
Figura 12 - Teste de estresse primário/PIB, PIB e Selic - DBGG (% PIB) .................................................33
Figura 13 - Teste de estresse primário/PIB, PIB e Selic - DLSP (% PIB) ...................................................33
Figura 14 - Teste de estresse Selic - DBGG (% PIB) .................................................................................34
Figura 15 - Teste de estresse Selic - DLSP (% PIB) ...................................................................................34
Figura 16 - Cenários estocásticos para DBGG/PIB ..................................................................................35
Figura 17 - Cenários estocásticos para DLSP/PIB ....................................................................................36
Figura 18 - Cenários estocásticos assimétricos – DBGG (% PIB) .............................................................36
Figura 19 - Cenários estocásticos assimétricos – DLSP (% PIB)...............................................................37
Figura 20 - Matriz de Risco - Dividendos...............................................................................................120
Figura 21 - Evolução do número de contratos inadimplentes do Fies, em fase de amortização 1.......135
Figura 22 - Impacto demográfico sobre despesas selecionadas de saúde e educação .......................144

6
1 INTRODUÇÃO
O Anexo de Riscos Fiscais tem por objetivo, conforme estabelecido pelo § 3º do art. 4º
da Lei Complementar nº 101, de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF), avaliar os passivos
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem
tomadas caso os riscos se concretizem. Dessa forma, é apresentada uma visão geral sobre os principais
eventos mapeados que podem afetar as metas e objetivos fiscais do Governo.
Ao longo deste documento, os riscos fiscais serão agrupados em duas categorias: riscos
gerais (macroeconômicos) e riscos específicos. Os riscos gerais estão relacionados à vulnerabilidade
fiscal decorrente de desvios de previsão das variáveis econômicas. Nesse sentido, a análise dos riscos
gerais busca avaliar os efeitos nas contas públicas resultantes de variações nos parâmetros econômicos
utilizados para a produção das previsões fiscais. Nesta categoria de risco, serão examinados os
impactos nos agregados fiscais de oscilações em parâmetros como crescimento do PIB, taxa de juros,
taxa de câmbio, índices de inflação, preços de commodities, indicadores do mercado de trabalho etc.
As análises desenvolvidas procuram identificar choques ou pressões específicas que possam distanciar
as finanças públicas das projeções fiscais divulgadas no Anexo de Metas Fiscais desta Lei.
Os riscos específicos, por sua vez, dizem respeito aos ativos e aos passivos contingentes
do governo e se relacionam a eventos que ocorrem de maneira irregular. Os riscos específicos incluem
aqueles gerados por demandas judiciais, garantias dadas a governos subnacionais, suporte financeiro
a bancos e empresas estatais, riscos assumidos pela União enquanto Poder Concedente nos processos
de concessões e Parcerias Público-Privadas – PPPs, fatores demográficos, entre outros. A análise dos
riscos específicos envolve avaliação qualitativa das particularidades de cada tema, buscando identificar
a materialização do risco no curto prazo, bem como mensurar seu custo.
Figura 1 - Riscos Fiscais - classificação e fonte

Elaboração: STN/MF

7
A Figura 1 demonstra, sinteticamente, a organização dos riscos fiscais apresentados
nesse documento, segundo a sua classificação e fonte.
Os riscos fiscais tratados neste documento possuem naturezas diversas e estão
associados a diferentes processos relacionados à sua identificação, mensuração e gestão. No contexto
brasileiro, os riscos, em grande parte, estão submetidos a um arcabouço institucional e normativo que
já estabelece que sua administração se dê no âmbito do desempenho das atribuições de órgãos
específicos. Nesse ambiente, que reúne um elevado número de interlocutores que tratam de temas
distintos a partir de metodologias diversas, a consolidação das informações deve se pautar pela
harmonização de conceitos e padronização dos impactos fiscais. Nesse sentido, nas diferentes análises
apresentadas, busca-se distinguir, em cada caso, os impactos primários dos impactos financeiros, os
valores de fluxos dos valores de estoques, os exercícios financeiros, bem como apresentar a
explicitação dos critérios utilizados para a mensuração dos riscos e para a construção de projeções.
O presente Anexo de Riscos Fiscais segue estruturado em quatro seções, além desta
Introdução: i) Sumário Executivo; ii) Análise dos Riscos Macroeconômicos (Gerais); iii) Análise dos
Riscos Específicos; e iv) Considerações Finais.

8
2 SUMÁRIO EXECUTIVO
As principais mensagens das supramencionadas seções de riscos gerais e de riscos
específicos estão resumidas nos pontos abaixo. Adicionalmente, para os riscos específicos é
apresentada uma tabela resumo com a indicação da base de atuação dos principais riscos
quantificados.

Riscos Fiscais Gerais


• A sensibilidade da receita administrada pela Receita Federal do Brasil (RFB) revela que a variação
de 1 p.p. do PIB tem um impacto de 0,16% na receita previdenciária e 0,64% nas demais receitas
administradas, o que se traduz em um risco fiscal de R$ 12,5 bilhões em 2024.
• O efeito do choque de 1 p.p. na Inflação (IER)1 tem um impacto de 0,15% na receita previdenciária
e 0,60% nas demais receitas administradas, o que se traduz em um risco fiscal de R$ 11,7 bilhões
em 2024.
• O efeito do choque de 1 p.p. na Massa Salarial tem um impacto de 0,79% na receita previdenciária
e 0,07% nas demais receitas administradas, o que se traduz em um risco fiscal de R$ 6,3 bilhões.
• O efeito do choque de 1 p.p. do Câmbio e dos Juros tem um impacto de 0,09% e 0,01%,
respectivamente, nas demais receitas administradas, o que se traduz em um risco fiscal de R$ 1,8
bilhão.
• A análise de risco aplicada à despesa primária mostra que cada um real de aumento no salário-
mínimo gera um incremento de R$ 374,8 milhões ao ano nas despesas do governo;
• O choque de 1 p.p. da inflação (INPC) gera um acréscimo de R$ 9,7 bilhões nas despesas,
especialmente pelas despesas com benefícios previdenciários.
• O efeito do choque de 1 p.p. da inflação (IPCA) causa uma variação de R$ 17,8 bilhões no limite
das despesas a que se refere o art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
• Considerando os vencimentos de dívida previstos para os anos de 2023 a 2026, destaca-se que a
sensibilidade quanto à elevação/redução de 1 p.p. da taxa de juros elevaria/reduziria a despesa
esperada com estes títulos em R$ 16,8 bilhões em 2026.
• Para a DPF, no período de 2023 a 2026 espera-se uma tendência de reversão de aumento,
atingindo em média 11,92% do PIB. Apesar da tendência de queda dos últimos dois anos, o
patamar ainda se encontra acima da média histórica registrada entre 2008 e 2019, de 9,9%, reflexo
do aumento da relação dívida PIB ao longo dos últimos anos.
• Os cenários de estresse apresentados para as trajetórias de resultado primário mostram que, no
ano de 2024, os cenários identificados com baixa probabilidade podem ser em torno de R$ 89
bilhões acima ou abaixo da meta estabelecida para o Governo Central (R$ 0).

1
O Índice de Estimativa da Receita (IER) é composto por uma média ponderada que atribui 55% à taxa média do IPCA e
45% à taxa média do IGP-DI

9
• Já para os anos de 2025 e 2026, os resultados das simulações relacionados mostram uma possível
melhora ou piora de R$ 135 bilhões e 174 bilhões, decorrentes da incerteza macroeconômica.

Riscos Fiscais Específicos


• O risco fiscal das demandas judiciais de risco possível aumentou de R$ 1.260,4 bilhões em 2021
para R$ 2.741,8 bilhões em 2022, o que corresponde a uma elevação de 117,5%. Em relação às
demandas judiciais de risco provável, o valor passou de R$ 871,9 bilhões em 2021 para R$ 1.016,9
bilhões em 2022, um acréscimo de 16,7%. Por sua vez, as demandas de natureza tributária
reduziram sua participação no total das demandas judiciais, correspondendo a 32,5% do risco
possível, ante 66,9% em 2021, e a 28,9% do risco provável, ante 70,4% em 2021.
• Os valores efetivamente pagos associados à execução de demandas judiciais contra a União
continuam sua trajetória de elevação, em números absolutos. Em 2022, o montante alcançou R$
58,7 bilhões, correspondente a 3,3% da despesa primária total.
• A estimativa dos pagamentos dos passivos em reconhecimento apresenta uma previsão na ordem
de R$ 31,4 bilhões para 2023 e R$ 25,0 bilhões para 2024, com um estoque de R$ 104,8 bilhões
registrado ao final de 2022.
• As garantias concedidas pela União totalizam R$ 280,4 bilhões (dez/22). Esse valor inclui R$ 276,8
bilhões referentes ao saldo devedor das operações de crédito garantidas pela União e R$ 3,6
bilhões referentes às garantias prestadas pela União a Fundos e Programas. Com o agravamento
da situação fiscal dos entes subnacionais, no período de 2016 a 2022, a União foi instada a honrar
garantias em operações de crédito concedidas aos entes, o que não havia ocorrido no período de
2005 a 2015. O total de honras pagas pela União em 2022 foi de R$ 9,7 bilhões, representando
aumento de cerca de 7,7% em relação ao pagamento de honras de 2021 (R$ 9,0 bilhões). A
previsão dos valores a serem honrados em 2023 e 2024 é de R$ 15,1 bilhões e R$ 14,5 bilhões,
respectivamente.
• Os bancos administradores dos Fundos Constitucionais (FNO, FNE e FCO) estimam valores de
despesas com provisão para devedores duvidosos da ordem de R$ 1,1 bilhão e R$ 1,2 bilhão para
2023 e 2024, respectivamente. O valor de estoque baixado como prejuízo relativo a operações
com risco dos fundos alcançou, em dezembro de 2022, R$ 15,9 bilhões. Em 2022, foi recuperado
R$ 1,05 bilhão, o que equivale a aproximadamente 6,60% do estoque de créditos baixados como
prejuízo até 2022.
• A exposição total das operações no âmbito do Seguro de Crédito à Exportação (SCE), com risco de
acionamento do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), é de US$ 6,4 bilhões, que corresponde a
R$ 32,7 bilhões, na posição de 31/01/2023. A estimativa de impacto da manutenção do SCE para
2024 e 2025 é R$ 0,6 bilhão e R$ 0,5 bilhão, respectivamente. Como o Fundo apresenta
sustentabilidade atuarial e adequado provisionamento de liquidez, seu principal risco é de
natureza orçamentária e cambial.
• Ao final de dezembro de 2022, a União possuía R$ 71,2 bilhões de participação em cotas nos
fundos garantidores privados, destinados a oferecer garantias no âmbito de políticas públicas e
programas de governo. Apesar de não impactar as receitas e despesas da União, eventos de

10
acionamento de garantias concedidas geram a obrigação de pagamento de honras por parte dos
fundos, o que implica redução de seu patrimônio e, por conseguinte, perda de recursos da União.
• O estoque da Dívida Ativa da União alcançou o valor de R$ 2,7 trilhões, representando um
crescimento de 2,2% em relação ao exercício anterior. Desse valor, aproximadamente 79% (R$ 2,2
bilhões) são tratados como perdas. Há uma expectativa de recuperação/arrecadação de R$ 575,4
bilhões dentro dos próximos 15 anos, com impacto, predominantemente, primário.
• O fluxo dos depósitos judiciais, que impactam o resultado primário da União, fechou o exercício
de 2022 com saldo positivo de R$ 15,7 bilhões, tendo os volumes de recolhimento e levantamento
(devoluções) de depósitos de R$ 24,4 bilhões e R$ 8,7 bilhões, respectivamente.
• O estoque dos haveres financeiros da União não relacionados aos entes federativos reduziu de R$
194,0 bilhões em 2021 para R$ 107,5 bilhões em 2022. A expectativa de valores a receber, segundo
haver financeiro sob gestão da STN, em 2023 e 2024 é de R$ 40,9 bilhões e R$ 5,1 bilhões,
respectivamente.
• A exposição da União a riscos decorrentes de inadimplência do pagamento de dívidas e ao
pagamento de honras em garantias concedidas aos entes subnacionais totalizou R$ 938 bilhões
em 2022, sendo R$ 693 bilhões relacionados aos haveres financeiros da União com os entes
subnacionais e R$ 245 bilhões em operações de crédito garantidas pelo Governo Federal aos
estados e municípios. O fluxo esperado de pagamentos à União, isto é, valores a receber, somando
haveres e garantias a entes subnacionais, é de R$ 65,9 bilhões em 2023 e de R$ 78,7 bilhões em
2024. Os principais riscos que atuam sobre esses valores dizem respeito a ações judiciais e ao não
cumprimento de estimativas, além do cenário de incertezas legislativas que existe no
relacionamento da União com os entes.
• As contragarantias de operações de crédito não executadas acumulam um estoque de R$ 1,7
bilhão (dez/2022), decorrentes de ações judiciais contra a União impetradas pelos Estados e de
avais a recuperar sob o Regime de Recuperação Fiscal.
• No que diz respeito às concessões, o risco fiscal pode se manifestar sob dois aspectos: pela ótica
das despesas, na possibilidade de eventos extraordinários que venham a ser reconhecidos como
caso fortuito, força maior ou fato do príncipe, acarretando ônus para a União; e pela ótica das
receitas, na possibilidade de inadimplência de concessionários em contratos vigentes, ou mesmo
na possibilidade de não celebração de novos contratos previstos para o período.
• No que se refere às estatais federais não dependentes, foi classificado como remoto o risco de
frustração de receita de dividendos e JCP em 2023, assim se mantendo para os próximos
exercícios. O risco de aporte emergencial da União para empresas com dificuldades é considerado
possível ou remoto, e o risco de necessidade de esforço fiscal adicional para compensar o resultado
primário das estatais é considerado remoto.
• O valor da exposição ao risco de crédito relativo às operações do Fies, ao final de 2022, era de R$
106,0 bilhões. O saldo devedor integral dos contratos considerados inadimplentes celebrados
entre 2010 e 2017 e a partir de 2018, no âmbito do Novo Fies, alcançou, respectivamente, R$ 57,1
bilhões (55,6% do valor total da dívida na fase de amortização) e R$ 0,913 bilhão (57,3% do valor
total da dívida na fase de amortização).

11
• Os riscos do sistema financeiro relacionados aos créditos do Banco Central do Brasil com
instituições em liquidação extrajudicial e com liquidação extrajudicial encerrada, originários de
operações do Proer, foram avaliados em R$ 13,9 bilhões ao final de 2022, já considerando R$ 3,4
bilhões relativos ao ajuste a valor recuperável. As implicações de risco fiscal relativo à estabilidade
do Sistema Financeiro Nacional são consideradas muito baixas, segundo o Banco Central do Brasil.
• Com respeito aos riscos fiscais de médio prazo, identifica-se que a mudança demográfica prevista
nos próximos anos eleva a pressão por expansão nos serviços de saúde e diminui a pressão por
gastos na educação. No período 2023-2032, estima-se uma demanda líquida acumulada por
despesas da União em saúde e educação no montante de R$ 39,5 bilhões, em valores de 2022,
considerando-se a demanda acumulada por gastos em saúde (+ R$ 48,2 bilhões) e educação (- R$
8,7 bilhões).
• Os riscos fiscais ambientais, provenientes de desastres e fenômenos da natureza, normalmente
estão associados às mudanças climáticas ou causados e originados pela atividade humana, como
no caso da Covid-19. Entre os anos de 2014 e 2022, foram gastos entre 0,01% e 0,06% do PIB, ao
ano, nas ações voltadas à gestão de riscos e de desastres, incluindo o planejamento e o controle
dos riscos associados (Programa 2218 da LOA). Por sua vez, as ações de mitigação da mudança do
clima apresentam uma tendência de elevação gradual a partir de 2020 (Programa 1058 da LOA),
alcançando cerca de R$ 458,0 milhões em 2022. Por sua vez, em 2022, os gastos para o combate
dos efeitos da pandemia da COVID-19 foram de R$ 20,8 bilhões.
Cumpre ressaltar que o monitoramento dos riscos fiscais no exercício de 2023 se
realizará ao longo da execução financeira do orçamento, em alinhamento ao disposto no Art. 9º da Lei
Complementar nº 101, de 2000, que disciplina o processo de revisões bimestrais de receitas e despesas
e estabelece que os Poderes e o Ministério Público devem promover, por ato próprio, limitação de
empenho e movimentação financeira no montante necessário compatível com o cumprimento das
metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais.
Destaca-se também a instituição do Conselho de Acompanhamento e Monitoramento
de Riscos Fiscais Judiciais, criado pelo Decreto nº 11.379, de 12 de janeiro de 2023. Colegiado de caráter
consultivo, foi criado no âmbito da Advocacia-Geral da União (AGU) para propor medidas de
aprimoramento da governança de riscos fiscais judiciais da União, das suas autarquias e das suas
fundações. Outro objetivo do Conselho é criar soluções para fortalecer e subsidiar as atividades desses
órgãos em representações judiciais e no acompanhamento de eventos judiciais que possam afetar as
contas públicas, ampliando a previsibilidade e a segurança na condução da gestão fiscal da União.
A Tabela 1 consolida a base de atuação dos Riscos Fiscais Específicos, elencando os
valores de estoque e de fluxo, classificados quanto ao tipo de impacto na despesa ou na receita e,
ainda, apontando se o referido impacto será financeiro ou primário.

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Tabela 1 - Base de atuação dos Riscos Fiscais Específicos Consolidados
Em R$ bilhões
% Fluxos
Tipo Estoque
Item Estoque Estimados Referência
Impacto
2021 2022 2022 2023 2024
Passivos Contingentes em Tabela 32
↑ despesa 112,3 104,8 1,8% 31,4 25,0
Reconhecimento Tabela 33
Tabela 34
Garantias da União ↑ despesa 303,4 280,4 4,8% 15,1 14,5 Tabela 35
Impacto Financeiro

Tabela 37
Haveres Finan. Não
Tabela 49
Relacionados a Entes ↓ receita 194,0 107,6 1,8% 40,9 5,1
Tabela 50
Federativos
Haveres Finan. Relacionados a Tabela 55
↓ receita 638,2 692,7 11,8% 26,9 40,8
Entes Federativos Tabela 57
Tabela 64
Contragarantias Não Executadas ↑ despesa 41,0 1,7 0,0% 10,4 10,4
Tabela 65
Tabela 93
Créditos do BCB ↓ receita 19,2 13,9 0,2% 4,7 4,9
Tabela 94
Subtotal Financeiro 1.308,1 1.201,1 20,5%
Passivos relacionados a
Demandas Judiciais (Riscos ↑ despesa 1.260,4 2.741,8 47,6% n.d. n.d. Tabela 29
Possíveis)
Passivos relacionados a
Demandas Judiciais (Riscos ↑ despesa 871,9 1.016,9 17,7% n.d. n.d. Tabela 29
Prováveis)1
Impacto Primário

Passivos relacionados aos Tabela 38


↑ despesa 16,5 15,9 0,3% 1,1 1,2
Fundos Constitucionais Tabela 39
Tabela 40
Seguro de Crédito à Exportação 2 ↑ despesa 38,4 32,7 0,6% 0,9 0,6
Tabela 41
Fundos Garantidores n.a.3 70,2 71,2 1,2% n.a. n.a. Tabela 42
Tabela 44
Dívida Ativa4 ↓ receita 524,3 575,4 10,0% 31,9 30,6
Tabela 46
Concessões e PPPs ↓ receita n.a. n.a. - 1,4 0,0 Tabela 69
Dividendos das Estatais ↓ receita n.a. n.a. - 47,6 21,4 Tabela 73
Fundo de Financiamento
↓ receita 107,6 106,0 1,8% n.d. n.d. Tabela 82
Estudantil – Fies4
Subtotal Primário 2.889,3 4.559,9 79,2%
↑ despesa 2.643,9 4.194,2 72,8%
Subtotal por Tipo de Impacto ↓ receita 1.483,3 1.495,6 26,0%
n.a. 70,2 71,2 1,2%
Total Geral 4.197,4 5.761,0 100,0%
n.a. (não aplicável ou não se aplica) e n.d. (informação não disponível).
1 Para fins de alinhamento com o Balanço Geral da União – BGU 2021 e 2022, vide nota explicativa contida na pág.35, Tabela 16 do ARF LDO 2023.
2 O valor do Seguro de Crédito à Exportação está referenciado em dólar e foi convertido para reais pela cotação Ptax do último dia do mês para

venda.
3 Perdas em fundos garantidores privados nos quais a União é cotista não afetam diretamente o resultado primário do Tesouro Nacional. Não

obstante, a redução no patrimônio da União reduz o montante de recursos que pode ser resgatado pela União. O resgate desses recursos para a
Conta Única da União gera receita primária.
4
Impacto predominantemente primário.
Elaboração: STN/MF.

13
3 ANÁLISE DOS RISCOS MACROECONÔMICOS (GERAIS)
Nesta seção são analisados os riscos fiscais gerados a partir da variabilidade dos
parâmetros macroeconômicos utilizados para as previsões de receitas administradas pela RFB,
despesas primárias e resultado primário do governo, assim como da dívida pública federal. Observa-se
a sensibilidade de cada um destes itens das contas públicas às variações da taxa de crescimento do PIB,
da inflação, da taxa de câmbio, da massa salarial e da taxa de juros da economia. Na subseção que trata
da dívida pública, também são abordados os riscos de mercado que afetam o perfil de maturação da
dívida e os riscos de refinanciamento.

3.1 SENSIBILIDADE DAS RECEITAS ADMINISTRADAS PELA RFB


Esse item está subdividido em duas partes. A subseção 3.1.1 tem o objetivo de
apresentar a diferença entre os valores previstos das receitas administradas pela RFB para 2022 e os
valores efetivamente arrecadados. Já a subseção 3.1.2 apresenta a análise de sensibilidade das receitas
administradas pela RFB em relação aos parâmetros macroeconômicos usados para a elaboração da Lei
Orçamentária Anual (LOA).

3.1.1 Receitas Administradas pela RFB


Como referência para a projeção das receitas do governo, considera-se o cenário base
de parâmetros macroeconômicos estimados apresentado no Anexo de Metas Fiscais e as receitas
realizadas no exercício anterior. Note-se, no entanto, que as projeções de receitas experimentam
variações entre a elaboração da lei orçamentária e o início do exercício fiscal, bem como durante o
próprio exercício. Essas variações decorrem de alterações no cenário macroeconômico, que pode ser
significativamente diferente entre uma projeção e outra, além de fatores que não são conhecidos no
momento das estimativas, como alterações da legislação tributária e eventos econômicos
extraordinários.

No ano de 2022, verificou-se significativa melhora nas receitas, em continuidade ao


movimento de recuperação observado em 2021. Destaca-se o comportamento da Receita
Administrada, que apresentou resultados recordes no IRPJ e na CSLL: receitas vinculadas ao resultado
das empresas, que apresentaram um aumento substancial de seus lucros em 2022. Também contribuiu
para esse resultado a combinação de uma inflação maior com uma estrutura inalterada de alíquotas
progressivas da tributação sobre a renda, o que, tudo o mais constante, resulta em uma tributação real
proporcionalmente maior.

Tabela 2 - Previsão das Receitas Administradas pela RFB em 2022


Em R$ milhões
Legislativo Executivo Arrecadação
Receitas LOA DEC. Nº DEC. Nº DEC. Nº DEC. Nº DEC. Nº Efetiva
2022 11.019/22 11.086/22 11.154/22 11.216/22 11.269/22 2022
Imposto sobre a Importação 60.883 60.807 57.754 55.647 58.712 59.587 59.079
Imposto sobre Produtos Industrializados 83.678 55.459 59.299 61.763 61.046 61.293 59.894
Imposto sobre a Renda 546.713 595.565 630.931 649.166 677.316 667.149 667.223
Imposto s/ Operações Financeiras (IOF) 51.805 56.271 63.280 62.552 60.430 60.001 59.091
Contribuição Seguridade Social (COFINS) 313.948 278.683 266.530 257.329 265.067 273.949 276.748
Contribuição para o PIS/PASEP 86.392 79.697 80.511 78.374 79.465 79.941 80.009
Contribuição Social s/ Lucro Líquido (CSLL) 111.082 127.086 143.358 147.239 161.884 158.323 158.497
CIDE - Combustíveis 1.903 3.061 3.566 1.939 1.840 1.752 1.674

14
Em R$ milhões
Legislativo Executivo Arrecadação
Receitas LOA DEC. Nº DEC. Nº DEC. Nº DEC. Nº DEC. Nº Efetiva
2022 11.019/22 11.086/22 11.154/22 11.216/22 11.269/22 2022
Outras administradas pela RFB 32.499 29.094 26.979 28.614 27.962 28.173 27.787
Subtotal (a) 1.288.902 1.285.723 1.332.208 1.342.622 1.393.722 1.390.167 1.390.000
Previdenciária (b) 496.160 524.039 528.360 533.622 535.520 538.796 532.614
Total (a)+(b) 1.785.062 1.809.761 1.860.568 1.876.244 1.929.242 1.928.964 1.922.614
Fonte e Elaboração: RFB/MF.

Ainda tomando como exemplo a arrecadação federal para o ano de 2022, a Tabela 3
elenca eventos e riscos de caráter não macroeconômico que afetaram as receitas, sem os quais seu
valor teria sido R$ 44,8 bilhões menor.

Tabela 3 - Receitas Atípicas de 2022


Em R$ milhões
Receitas Valor Principais Fatores Originários

Arrecadações extraordinárias em razão, principalmente,


de valorização de commodities, no exterior. Esse efeito
foi observado tanto na arrecadação do ajuste anual que
I.R. - PESSOA JURÍDICA 30.060,0
decorre de apurações do ano anterior quanto nos
recolhimentos efetuados na modalidade paga por
estimativa, em 2022.
Arrecadações extraordinárias de pagamentos referentes a
I.R.R.F. - RENDIMENTOS DE RESIDENTES NO EXTERIOR 2.800,0 royalties e assistência técnica e trabalho assalariado no
exterior.
Arrecadações extraordinárias em razão, principalmente,
de valorização de commodities, no exterior. Esse efeito
foi observado tanto na arrecadação do ajuste anual que
CSLL - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL S/ LUCRO LÍQUIDO 11.940,0
decorre de apurações do ano anterior quanto nos
recolhimentos efetuados na modalidade paga por
estimativa, em 2022.
Total 44.800,0
Fonte e elaboração: RFB/MF.

3.1.2 Sensibilidade da Receita Administrada pela RFB aos Parâmetros Macroeconômicos


A avaliação da sensibilidade da receita compreende, inicialmente, a identificação das
linhas que possuem alguma relação com os ciclos econômicos. No âmbito do orçamento, as receitas
são apresentadas em três grandes grupos: Receitas Administradas pela RFB, líquidas de restituições;
Arrecadação Líquida para o RGPS; e Receitas não administradas pela RFB. A Tabela 4 mostra a
participação de cada grupo na receita primária total de 2022.

Tabela 4 - Receitas Primárias do Governo Central Indexadas a Parâmetros Macroeconômicos


Receita
Itens de Receitas relacionados Participação na
em 2022 Indexadores
a parâmetros macroeconômicos Receita Primária Total
(R$ milhões)
Receitas Administradas pela RFB 1.390.000,0 60,1% PIB, Inflação, Câmbio, Massa Salarial, Juros (Over)
Receitas Previdenciárias 535.710,0 23,9% PIB, Inflação, Massa Salarial
Receitas Não Administradas pela RFB
Contribuição do Salário Educação 27.292,0 1,2% PIB, Inflação
Exploração de Recursos Naturais 132.482,0 5,7% Preços de Petróleo, Minério de Ferro, Câmbio

15
Receita
Itens de Receitas relacionados Participação na
em 2022 Indexadores
a parâmetros macroeconômicos Receita Primária Total
(R$ milhões)
Total dos Itens 2.085.484,0 90,2%
Fonte: RFB/MF. Elaboração: STN/MF.

As Receitas Administradas pela RFB constituem o principal grupo dentro do conjunto de


receitas (60,1%), e incluem os principais impostos e contribuições do sistema tributário nacional. Pela
natureza tributária de sua base é direto presumir a existência de uma alta correlação da arrecadação
dessas receitas com o ciclo econômico.
De forma semelhante, a base tributária das receitas previdenciárias é a folha salarial,
sendo também ligada ao ciclo econômico na medida em que a elevação dos salários e do nível de
emprego tende a ocorrer nas expansões, e o comportamento oposto nas recessões.
As Receitas não Administradas pela RFB, por outro lado, constituem um grupo bastante
heterogêneo que inclui, por exemplo, receitas de Concessões e Permissões, Contribuição ao Plano de
Seguridade do Servidor (CPSS), Receitas Próprias e de Convênios, entre outras. Na análise dos itens
deste grupo que se relacionam ao ciclo econômico, apenas a Contribuição ao Salário Educação e a
Exploração de Recursos Naturais se mostraram significativos, sendo que, neste último item, as variáveis
explicativas estão mais relacionadas aos preços de commodities específicas (petróleo, minério de
ferro) e à taxa de câmbio.
A Tabela 5 a seguir mostra o efeito individual da variação de 1 ponto percentual de cada
um dos principais parâmetros sobre o conjunto de tributos que compõe as receitas administradas pela
RFB. Essa análise de sensibilidade mostra que as taxas de crescimento econômico e de inflação são os
parâmetros que mais afetam a receita total administrada pela RFB. É importante destacar que os
tributos são afetados ao mesmo tempo por mais de um parâmetro e, portanto, o efeito da variação
desses parâmetros na receita é resultado da combinação de dois fatores: preço e quantidade.

Tabela 5 - Receita Administrada pela RFB em 2024 – Impacto da variação de 1 p.p. em cada parâmetro
Impacto sobre a Receita Administrada pela RFB
Parâmetro
Exceto Previdenciária Previdenciária

PIB 0,64% 0,16%


Inflação (IER) (1) 0,60% 0,15%
Câmbio 0,09% -
Massa Salarial 0,07% 0,79%
Juros (Over) 0,01% -
1O Índice de Estimativa da Receita (IER) é composto por uma média ponderada que atribui 55% à taxa
média do IPCA e 45% à taxa média do IGP-DI
Fonte: RFB/MF.

Como se percebe, as Receitas Administradas pela RFB, exceto previdenciárias, são mais
afetadas pela taxa de crescimento real do PIB e pela inflação, que incidem sobre os principais tributos
arrecadados, como a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), Contribuição
para o Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Programa de Formação do Patrimônio
do Servidor Público (PASEP) e Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR),
particularmente o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ).

16
Por outro lado, a taxa de câmbio tem impacto menor, pois a sua variação influencia mais
diretamente apenas o Imposto de Importação (II), o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI)
vinculado à importação, e o IR incidente sobre as remessas ao exterior. Da mesma forma, a taxa de
juros também tem impacto reduzido, pois afeta diretamente a arrecadação do IR sobre aplicações
financeiras e os impostos arrecadados com atraso, sobre os quais incidem juros.
No que se refere às receitas previdenciárias, há uma forte relação com a massa salarial,
variável que compõe a maior parte da base tributária dessa contribuição.
Em termos nominais, o PIB é a variável que produz o maior impacto nas receitas
primárias. Uma elevação de 1 p.p. do PIB provoca, ceteris paribus, um aumento de R$ 12,5 bilhões na
arrecadação, sendo a maior parte concentrada nas receitas administradas pela RFB (R$ 11,4 bilhões).
Da mesma forma, uma alta na inflação, com tudo o mais constante, resulta em uma elevação de R$
11,7 bilhões na receita total. No agregado, considerando-se uma elevação conjunta de todas as
variáveis em 1 p.p., ter-se-ia um aumento da receita de R$ 32,2 bilhões.

Tabela 6 - Receitas - Impacto da Variação de 1 p.p. nas Variáveis Macroeconômicas


Em R$ Milhões
Variáveis
Itens de receitas
PIB Inflação (IER) (1) Câmbio Massa Salarial Juros (Over)
Receitas Administradas pela RFB 11.439,0 10.724,0 1.609,0 1.251,0 179,0
Receitas Previdenciárias 1.018,0 955,0 - 5.027,0 -
Total 12.458,0 11.679,0 1.609,0 6.278,0 179,0
1
O Índice de Estimativa da Receita (IER) é composto por uma média ponderada que atribui 55% à taxa média do IPCA e 45% à taxa média do IGP-
DI.
Fonte: RFB/MF. Elaboração: STN/MF.

É necessário ponderar que as variáveis macroeconômicas possuem correlação entre si,


de forma que supor que apenas uma variável se moverá, enquanto as outras permanecem estáticas, é
uma simplificação necessária para a realização deste exercício hipotético. Adicionalmente, a
metodologia utilizada pela RFB considera um conjunto maior de variáveis em sua projeção, de modo
que pode haver divergência de valores entre o estimado neste exercício e os números oficiais.
Além dos riscos relacionados a parâmetros macroeconômicos, existem riscos potenciais
no médio e no longo prazo que podem afetar a relação receita/PIB, os quais não são plenamente
quantificáveis:
a) Mudanças na composição do PIB, que podem fazer com que bases tributárias
específicas cresçam mais ou menos rapidamente do que a economia como um todo;
b) Alterações na alíquota de imposto efetivamente paga em cada base de imposto
devido a políticas públicas, gastos tributários ou outros fatores;
c) Perda de receita proveniente de mudanças comportamentais e tecnológicas, como
o aumento da eficiência de combustível, a substituição dos carros a combustão por
carros elétricos, a tendência de queda do consumo de tabaco, etc.;
d) Queda das taxas de imposto efetivas decorrente de mudanças nos padrões de
emprego, em particular da mudança do status de emprego formal para trabalho
autônomo, ou desse para emprego informal.

17
3.2 SENSIBILIDADE DA DESPESA PRIMÁRIA

3.2.1 Sensibilidade da Despesa Primária Geral


Em relação às despesas, os riscos de previsão2 decorrem, em geral, de variações nos
parâmetros macroeconômicos e nos quantitativos estimados. Dessa forma, é apresentada a análise de
sensibilidade das despesas primárias do Governo Central em relação aos parâmetros
macroeconômicos usados para a elaboração da Lei Orçamentária Anual.

A análise de sensibilidade nesta seção foi realizada com base nos agregados de despesa
cuja variação está diretamente relacionada a dois dos principais parâmetros constantes do cenário
base desta Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o
salário mínimo (SM). As despesas diretamente impactadas por esses parâmetros são os benefícios
previdenciários e assistenciais, o abono salarial e o seguro-desemprego, que, juntos, corresponderam
a 52,2% das despesas primárias do Governo Central em 2022.

A Tabela 7, apresenta, ainda, as despesas com Pessoal e Encargos Sociais. No entanto,


para esta rubrica, o risco de índice de preço é mínimo, uma vez que este índice é parâmetro de correção
apenas das aposentadorias e pensões dos servidores que migraram para a inatividade sem direito à
paridade. Desta forma, essas despesas são majoritariamente afetadas pelos reajustes salariais
acordados que, indiretamente, podem ser afetados pelas projeções de inflação. O conjunto de
despesas indexadas somado às despesas de pessoal representa 70,9% de despesas primárias do
Governo Central.

Tabela 7 - Despesas Primárias do Governo Central Indexadas a Parâmetros Macroeconômicos


Em R$ milhões
Itens de Despesa com Indexação Despesa Participação na
Indexador
a Parâmetros Macroeconômicos em 2022 Despesa Primária Total
Pessoal e Encargos Sociais 337.942,01 18,8% Reajustes Acordados e INPC
Benefícios Previdenciários 796.976,56 44,2% Salário Mínimo e INPC
Benefícios Assistenciais (LOAS e RMV) 78.826,64 4,4% Salário Mínimo
Seguro Desemprego 40.706,80 2,3% Salário Mínimo e INPC
Abono Salarial 23.564,06 1,3% Salário Mínimo
Total dos itens selecionados 1.278.016,06 70,9%
Fonte e Elaboração: STN/MF.

As despesas e receitas previdenciárias são afetadas diretamente pelo INPC e SM, sendo
este último o piso dos benefícios previdenciários e da remuneração no mercado de trabalho formal,
que baseia os salários de contribuição. Por sua vez, a variação do INPC é o fator de reajuste dos
benefícios previdenciários acima do salário mínimo e das faixas de contribuição e, dessa forma, seu
valor impacta as despesas e as receitas previdenciárias. Os benefícios assistenciais (Renda Mensal
Vitalícia – RMV e Benefício de Prestação Continuada – BPC) e o abono salarial são afetados diretamente
pelo SM e indiretamente pelo INPC, uma vez que este índice compõe o índice de correção do salário
mínimo. Já o seguro-desemprego é afetado diretamente pelos dois índices, uma vez que o piso para o
pagamento do benefício é definido no valor de um SM e o teto é reajustado pela variação do INPC. A
Tabela 8 apresenta os impactos nas despesas primárias selecionadas decorrentes da variação no INPC.

2
Os desvios em relação às projeções também podem se originar do resultado do julgamento de ações judiciais em
andamento, assunto tratado na Seção 4.1.1 deste documento, que apresenta análise de riscos de passivos contingentes.

18
Tabela 8 - Despesas Primárias – Impacto % da variação de 1 p.p. no INPC
Impacto decorrente
Despesa Primária
da variação de 1 p. p. no INPC
Benefícios Previdenciários 1,00%
RMV 1,00%
BPC/LOAS 1,00%
Abono Salarial 1,00%
Seguro-Desemprego 0,75%
Fonte e elaboração: STN/MF.

Na Tabela 9, a sensibilidade das despesas é mostrada em resposta à variação de R$ 1,00


no salário-mínimo ou de 0,1 p.p. no INPC3. Conforme pode-se observar, cada um real de aumento no
salário mínimo gera um incremento, em 2024, de R$ 374,8 milhões nas despesas do Governo Central
e um aumento de R$ 6,3 milhões na arrecadação previdenciária, resultando em redução líquida de R$
368,5 milhões no resultado primário do Governo Central de 2024. Por seu turno, a inflação medida
pelo INPC afeta o reajuste de um número maior de beneficiários, gerando um acréscimo, em 2024, de
R$ 969,4 milhões nas despesas do Governo Central e um acréscimo de R$ 8,2 milhões na arrecadação
previdenciária, resultando em diminuição líquida de R$ 961,1 milhões no resultado do Governo Central
de 2024. Para avaliar o impacto sobre o espaço para as Despesas Discricionárias e cumprimento do
Teto de Gastos, deve-se observar a linha “Total de Despesas”, enquanto para avaliar o impacto para
cumprimento da meta de resultado primário observa-se a linha “Total de Resultado”.

Tabela 9 - Despesas Primárias Selecionadas – Efeito do INPC e do Salário-Mínimo


Em R$ milhões
Aumento
Aumento
de R$ 1,00
de 0,1 p.p. no INPC (1)
no SM
Despesa Primária
Benefícios
Benefícios Benefícios
acima Total
de 1 SM de até 1 SM
de 1 SM
I. Arrecadação do RGPS(2) 6,3 - - 8,2
II.Benefícios Previdenciários 266,0 343,5 488,7 832,2
III.
Déficit do RGPS (II - I) 259,7 - - 823,9
IV.Benefícios Assistenciais 68,8 68,9 0,0 68,9
IV.1 RMV 0,7 0,7 0,0 0,7
IV.2 BPC/LOAS 68,1 68,2 0,0 68,2
V. FAT 40,0 51,9 16,4 68,3
V.1 Abono Salarial 19,5 25,3 0,0 25,3
V.2 Seguro-Desemprego 20,5 26,6 16,4 43,0
Total de Receitas (I) 6,3 - - 8,2
Total de Despesas (II + IV + V) 374,8 464,3 505,1 969,4
Total de Resultado (III + IV + V) 368,5 - - 961,1
1A variação no INPC impacta diretamente as despesas cujo reajuste é associado à sua variação e, de forma indireta, a
partir de seu impacto sobre o reajuste do salário mínimo. Dado seu impacto no salário mínimo e a diferença nas
métricas de variação, não devem ser somadas a primeira e a última coluna da tabela acima.
2 Devido à atualização na metodologia de cálculo do impacto do salário mínimo e do INPC na Arrecadação do RGPS que

considera o impacto global dessas variáveis, não é possível segregar o impacto em faixas de salário-mínimo e, por isso,
essas informações não são apresentadas na tabela acima.
Fonte e elaboração: STN/MF.

3
Equivalente a um aumento de R$ 1,302 nos benefícios de até um Salário-Mínimo.

19
Outra análise possível em relação à variação dos parâmetros macroeconômicos é a do
impacto do IPCA no limite das despesas sujeitas à Emenda Constitucional nº 954, uma vez que o limite
é corrigido pela variação do IPCA apurada no exercício anterior a que se refere a lei orçamentária. Para
2024, como demonstra a Tabela 10, o desvio de 0,1 p.p. da variação estimada do IPCA causa uma
variação de R$ 1.776,60 milhões no limite de despesas.

Tabela 10 - Efeito da variação de 0,1 p.p. no IPCA no limite das despesas sujeitas à EC nº 95
Em R$ milhões
2023 2024
Variação de 0,1 p.p. Projeção
Poder / Órgão Limite de despesas
do IPCA no do limite de despesas
sujeitas à EC nº 95 (1)
Limite (2) sujeitas à EC nº 95
Poder Executivo 1.867.413,49 1.699,76 1.790.015,80
Poder Legislativo 15.538,14 15,33 16.147,99
Poder Judiciário 53.485,09 52,78 55.584,30
Defensoria Pública da União 677,13 0,67 703,71
Ministério Público da União 8.166,23 8,06 8.486,74
Total 1.945.280,09 1.776,60 1.870.938,54
1
Projeção com base no valor estimado para a variação do IPCA para 2023 (5,31%) presente na grade de parâmetros da SPE que embasou a elaboração
do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024. Para determinar a base de cálculo da projeção, descontou-se do limite de despesas de 2024 a
variação do IPCA adotada para efeito da LOA 2023 (7,20%) e aplicou-se ao resultado dessa operação a variação efetiva daquele índice para 2022 (5,79%),
procedimento determinado pelo § 14 do art. 107 do ADCT, incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021.
2 Para fins de cômputo do Teto de Gastos de 2024, além do ajuste devido à diferença entre o IPCA efetivamente observado em 2022 e o considerado

para cálculo do Teto de 2023, é necessário descontar a ampliação de R$ 145,0 bilhões no Teto do Poder Executivo em decorrência do disposto no art.
3º da EC 126. Apesar da ampliação do Teto em 2023, tal valor não é incorporado à base de cálculo para o limite de 2024.
Fonte e elaboração: STN/MF.

3.2.2 Sensibilidade da Despesa com Subsídios e Subvenções


Grande parte dos pagamentos de subvenção econômica realizados pela STN com impacto
primário são na modalidade equalização de taxas de juros e são sensíveis a variações nas taxas do mercado
interno, como Selic, TJLP e TLP, bem como variações do IPCA, no caso das contratadas com TLP. Em 2022, esses
pagamentos representaram 63,2% do total de despesas com impacto primário da STN (R$ 12,4 bilhões de um
total de R$ 19,6 bilhões).
Basicamente, essa modalidade de subvenção garante à instituição financeira o recebimento de
uma taxa de mercado (como a TLP) além de um spread, ao mesmo tempo em que garante ao mutuário uma
taxa fixa pelo empréstimo definida nos programas subvencionados (como Plano Safra ou Programa de
Sustentação do Investimento - PSI). A diferença entre essas taxas é equalizada pelo Tesouro Nacional no
decorrer do fluxo de amortização desses empréstimos por meio das ações orçamentárias de subvenção
econômica. Dessa forma, o pagamento dessa subvenção econômica está diretamente relacionado com as taxas
de juros. Uma elevação das taxas de mercado aumenta a diferença a ser equalizada pelo Tesouro, o que,
consequentemente, aumenta a subvenção econômica a ser paga às instituições financeiras.
Foram realizadas simulações com os atuais saldos das operações e taxas de juros para
estimar o efeito de variações nas taxas de juros sobre essa modalidade de subvenção econômica.
Considerando somente o atual estoque de operações já contratadas até 31 de janeiro de 2023, e que
representam compromissos já assumidos pela União, uma elevação de apenas 0,5 ponto percentual
nos parâmetros macroeconômicos (IPCA, TLP, SELIC e RDP) representa um impacto sob a forma de
aumento de despesas com impacto primário na ordem aproximada de R$ 475 milhões, o que indica

4
A EC nº 95, de 2016, instituiu o Teto de Gastos, que vigorará por vinte exercícios financeiros. Para o exercício de 2024, o
Teto de 2023 será corrigido pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o período de doze
meses encerrado em dezembro de 2023.

20
que elevações nessas taxas impactarão necessariamente e diretamente as dotações de recursos
necessários para esta finalidade e podem ensejar pedidos de crédito suplementar para que a União
possa honrar os compromissos já assumidos.

3.3 SENSIBILIDADE DA DÍVIDA PÚBLICA


A Dívida Pública Federal (DPF) corresponde à soma da Dívida Pública Mobiliária Federal
interna (DPMFi) com a Dívida Pública Federal externa (DPFe), sendo esta última subdividida em
mobiliária e contratual. A estratégia de financiamento da DPF é estruturada com o objetivo de redução
de custos no longo prazo, concomitantemente à manutenção de níveis prudentes de risco e ao bom
funcionamento do mercado brasileiro de títulos públicos. Neste sentido, o gerenciamento de riscos
constitui-se em instrumento fundamental na administração da DPF. Dentre os riscos aos quais está
sujeita a DPF cumpre destacar os riscos de refinanciamento e o de mercado.

3.3.1 Riscos de Mercado


O risco de mercado é o aumento do estoque nominal da dívida decorrente de alterações
de mercado que afetem o custo de emissão dos títulos públicos, seja por variação na taxa básica de
juros, nas taxas de câmbio ou de inflação. Tais variações acarretam efeitos adversos no orçamento
anual, pois alteram o volume de recursos necessários para o pagamento do serviço da dívida, com
consequências, inclusive, para os orçamentos dos anos posteriores. O risco de mercado é também
especialmente relevante por alterar a relação entra Dívida Líquida do Setor Público/Produto Interno
Bruto (DLSP/PIB) e Dívida Bruta do Governo Geral/Produto Interno Bruto (DBGG/PIB).
A composição da DPF é o indicador mais imediato do risco de mercado, pois o estoque
da dívida é composto por títulos com diferentes características, de acordo com o tipo de remuneração
a que estão condicionados. Em anos recentes, a composição da DPF registrou o aumento da
participação de títulos remunerados por taxas de juros flutuantes, o que significa maior exposição ao
risco de elevação da taxa de juros. As variações do indexador da LFT – a taxa Selic – provocam
mudanças no custo médio diretamente proporcionais à participação desse título na DPF.
Este crescimento na participação de flutuantes está diretamente relacionado à
sequência de déficits fiscais primários no orçamento, uma vez que a incerteza sobre a efetivação da
consolidação fiscal torna mais difícil a emissão de títulos prefixados e remunerados por índice de
preços de longo prazo. Some-se a isso a redução estrutural na demanda pelos títulos mais longos nos
últimos anos, como a NTN-F, cujo principal demandante é o grupo de investidores não-residentes,
sobretudo após a perda do grau de investimento pelo país.
A Figura 2 apresenta a evolução das parcelas da dívida mais expostas a riscos de
mercado, composta pela dívida atrelada à taxa Selic e pela dívida cambial, sensíveis a choques na taxa
de juros e câmbio. Após um período de redução, de 2010 a 2015, a parte da dívida exposta a variações
de juros voltou a crescer a partir de 2016 e encontra-se atualmente em nível mais elevado aos
observados nos últimos 15 anos. O risco associado à variação da taxa de câmbio, por sua vez, vem se
mantendo estável, em decorrência da manutenção de patamares inferiores a 5% da parcela da dívida

21
pública atrelada a moedas estrangeiras desde 2011. Em contrapartida, as parcelas de dívida prefixada
e indexada a índice de preços, que são menos suscetíveis a esses choques, perderam espaço na
composição da DPF. A parcela de dívida prefixada deve atingir 24,9% da DPF em 2023, patamar abaixo
de todos os valores históricos observados no período analisado. A parcela da dívida indexada por índice
de preços apresentou uma leve recuperação a partir de 2021, após um período de quedas sucessivas
entre 2015 e 2020, mas o seu patamar atual e dos anos seguintes (previsão de 30,8% em média) ainda
ficam abaixo do valor de 2014 (34,9%), valor mais alto da série.

Figura 2 - Composição do estoque da DPF

* Projeções com base na estratégia de médio prazo elaborada no âmbito do PAF 2023.
Fonte e elaboração: STN/MF.

Além da dívida com remuneração pela Selic, também a dívida que vence no curto prazo precisa ser
refinanciada e, portanto, também está exposta ao risco de taxa de juros. O percentual da DPF sensível
à alteração de juros de curto prazo compreende, além da dívida flutuante, a parcela da DPF que vence
em até 12 meses, e que terá seu custo redefinido no curto prazo, quando do seu refinanciamento. A
soma dessas duas parcelas corresponde ao percentual da DPF que terá seu custo definido nos próximos
12 meses, o que constitui um indicador do risco de taxas de juros da dívida. O indicador conjuga os
efeitos de mudanças na composição (parcela de títulos com juros flutuante) e na estrutura de
vencimentos (dívida de curto prazo) na DPF.
A

Figura 3 mostra que esse indicador também apresentou piora nos anos recentes e reforça a mensagem
de que a melhora do perfil da dívida demanda a substituição gradual de títulos indexados à Selic e de
prefixados de curto prazo por títulos indexados pelo IPCA e títulos com taxa prefixada com prazos de
vencimento mais longos.

22
Figura 3 - Risco de repactuação da DPF

* Projeções com base na estratégia de médio prazo elaborada no âmbito do PAF 2023.
Fonte e elaboração: STN/MF.

Todavia, a reversão da trajetória de risco de mercado requer um ambiente mais


favorável à consolidação fiscal e emissões com custo menor. Esta condição macroeconômica favorável
é essencial para criar um ambiente propício à redução do endividamento e à melhora no perfil de risco
da dívida.

3.3.1.1 Sensibilidade da Dívida Pública aos Parâmetros Macroeconômicos

3.3.1.1.1 Riscos da Dívida Pública Federal (DPF)


Particularmente importante para este Anexo de Riscos Fiscais é a análise de
sensibilidade da dívida, que mensura o potencial aumento nos valores de pagamento ou de estoque
da dívida pública ao longo do ano, decorrente da flutuação nos parâmetros macroeconômicos.
Uma forma de se avaliar o risco de mercado da dívida é estimar a sensibilidade do valor
de seu estoque a alterações marginais de variáveis macroeconômicas5. Para esta avaliação, com o
objetivo de uma análise adequada, tomou-se como parâmetro a o indicador de dívida em relação ao
PIB (DPF/PIB) e os efeitos de um choque de 1% nas taxas de câmbio (Real/Dólar) e de juros (Selic) sobre
este indicador. A magnitude desses efeitos pode ser observada na Figura 4.

5
Trata-se de uma análise estática, onde analisa-se o efeito isolado da variação de apenas uma variável (taxa de câmbio ou
taxa de juros) sobre os indicadores desejados (DPF, Despesa Orçamentária e DLSP). Dessa forma, não são levados em conta
os efeitos da alteração de uma variável sobre as outras variáveis. Também não são levados em conta os efeitos da alteração
de uma variável sobre outros fatores da economia que poderiam também afetar os indicadores desejados, tais como
resultado fiscal, PIB e necessidade líquida de financiamento do setor público.

23
Figura 4 - Estimativa da sensibilidade do estoque da DPF a choque de 1% nas variáveis macroeconômicas

* Projeções com base na estratégia de médio prazo elaborada no âmbito do PAF 2023.
** A nova metodologia para juros inclui títulos flutuantes e de curto prazo. Os resultados apresentados podem ser diferentes de valores de anos
anteriores em razão da nova metodologia.
Fonte e elaboração: STN/MF.

A Figura 4 mostra a elevada sensibilidade da DPF a alterações nos juros de curto prazo
e a baixa sensibilidade da dívida pública com relação a alterações na taxa de câmbio. Este cenário
reflete o incremento de títulos com taxas de juros flutuantes na composição da dívida, devido à
persistência de desequilíbrios fiscais, e a reduzida participação de títulos denominados em moeda de
outras nacionalidades na DPF.
A respeito da sensibilidade da dívida pública à variação na inflação, há um hedge natural
da parcela de dívida corrigida por índice de preços, e esta parcela é majoritariamente indexada pelo
IPCA. Este hedge decorre do fato de as receitas do governo apresentarem correlação positiva com a
taxa de inflação, o que reduz a relevância desse fator de risco. Adicionalmente, o PIB nominal
(denominador da análise) também é alterado com a inflação. Por isso, a sensibilidade à inflação não
foi apresentada aqui.
Por sua vez, o risco associado à variação da taxa de câmbio encontra-se em patamar
aderente a estrutura de dívida proposta pelo portfólio de benchmark. Ademais, o efeito de
transbordamento no caso de uma crise cambial seria amortecido diante do atual volume de reservas
internacionais administradas pelo Banco Central do Brasil (BCB) 6.
Na Figura 5 temos o resultado do teste de estresse para a evolução do estoque da DPF
frente a choques reais nos juros e no câmbio, de forma a evidenciar o efeito dessas variáveis em

6
A posição das reservas em dezembro de 2022 é da ordem de US$ 324,7 bilhões.

24
situações de grande e persistente volatilidade7. Considerando o estoque de dívida em final de período,
o impacto de um cenário de estresse corresponderia a um incremento total na dívida de 4,8% do PIB
em 2023.
Figura 5 - Teste de estresse de juros e câmbio sobre a DPF

* Projeções com base na estratégia de médio prazo elaborada no âmbito do PAF 2023.
Fonte e elaboração: STN/MF.

Além da análise de impactos no estoque, é relevante avaliar o cronograma de maturação


e a sensibilidade da despesa orçamentária da dívida às variáveis macroeconômicas. Tendo como
referência projeções baseadas na estratégia de médio prazo elaborada no âmbito do PAF 2023 e
considerando os vencimentos de dívida previstos entre 2023 e 2026, os efeitos de um aumento
(redução) imediato e permanente de um ponto percentual nas taxas de inflação e de juros e na variação
cambial podem ser observados na Tabela 11.
Tabela 11 - Previsões de sensibilidade da despesa orçamentária da dívida a choques de 1 pp.
Variáveis 2023* 2024* 2025* 2026*
Macroeconômicas % PIB Milhões R$ % PIB Milhões R$ % PIB Milhões R$ % PIB Milhões R$
Câmbio 0,005 543 0,005 599 0,010 1.220 0,009 1.080
Inflação 0,006 596 0,043 4.853 0,051 5.993 0,104 12.993
Juros 0,014 1.481 0,048 5.424 0,084 9.960 0,134 16.832
* Projeções com base na estratégia de médio prazo elaborada no âmbito do PAF 2023. Choques nas variáveis macroeconômicas são permanentes e
seus efeito são analisados isoladamente, ou seja, pressupõe-se, por exemplo, que o aumento de um ponto percentual na taxa de juros não afeta as
demais variáveis macroeconômicas. Os efeitos de choques combinados não foram analisados.

Fonte e elaboração: STN/MF.

7
O teste é composto pela simulação do impacto de um choque de três desvios-padrão sobre a média da taxa de juros Selic
real e da desvalorização cambial real acumuladas em 12 meses. Este choque é aplicado sobre as parcelas do estoque da
DPF remuneradas por taxas de juros flutuantes ou pela variação cambial. Por se tratar de uma avaliação do impacto de
choques reais, diferentemente da análise de sensibilidade marginal, este teste não se aplica à dívida indexada à inflação.

25
A sensibilidade apresentada na Tabela 11 varia conforme o cronograma de maturação
dos títulos da DPF e será mais acentuada com relação a uma das variáveis econômicas naqueles anos
em que houver maior concentração de vencimentos de títulos indexados àquela mesma variável. A
sensibilidade da despesa orçamentária é menor que aquela correspondente ao estoque da DPF, pois
considera apenas o montante da dívida que será resgatada em determinado exercício. Não obstante,
trata-se de um efeito relevante por estar relacionado ao impacto de curto prazo na despesa
orçamentária para o pagamento da dívida. Como esperado, o choque na taxa de juros é o fator de
maior efeito na evolução da despesa orçamentária da dívida, seguido pelo choque na taxa de inflação.
Especificamente em relação ao risco de taxa de juros para a despesa orçamentária, note-se que, devido
ao efeito cumulativo do choque nas taxas de juros, o aumento da despesa orçamentária com resgates
de títulos indexados à SELIC teria o potencial de atingir R$ 16,8 bilhões ao final do próximo triênio, em
2026.

3.3.1.1.2 Riscos da DLSP e da DBGG


A DBGG tem se tornado a principal referência para a elaboração de políticas econômicas
e para sinalizar a solvência do Estado brasileiro. Este indicador abrange a DPF, as dívidas dos governos
estaduais e municipais com o setor privado e as operações compromissadas do BCB.
A DPF e a DBGG são métricas que só incluem passivos e, portanto, não medem a
acumulação de ativos pelo governo. Assim, é útil avançar para o conceito de endividamento líquido,
que traz um balanço entre débitos e créditos do governo frente aos agentes privados. Essa
característica está presente na DLSP. Para além do Governo Geral, o Setor Público abrange ainda as
empresas estatais não financeiras e o BCB.
Inicialmente, foi gerado um cenário base para a projeção da DLSP/PIB e DBGG/PIB para
o período de 2023 a 2026. Sobre este cenário foram feitas análises de risco de taxa de juros, da taxa
de crescimento do PIB e de variações no resultado primário. A Tabela 12 mostra uma análise nas
projeções, sempre em relação ao cenário base, para mostrar o aumento na dívida/PIB decorrente de
uma variação persistente de 1 ponto percentual na taxa SELIC para cima, uma variação persistente da
taxa de crescimento PIB de 1 ponto percentual para baixo, e de um déficit primário persistentemente
pior em 1% do PIB. Os impactos são computados isoladamente para cada um desses choques e,
posteriormente, assumindo-se um choque combinado nessas variáveis.

Tabela 12 - Sensibilidade da dívida aos juros, ao crescimento real do PIB e ao resultado primário
DLSP DBGG
Choques simulados
2023 2024 2025 2026 2023 2024 2025 2026
PIB – 1 p.p. 1,0% 2,3% 4,1% 6,3% 1,1% 2,7% 4,6% 6,9%
Primário/PIB – 1 p. p. 1,1% 2,2% 3,3% 4,4% 1,1% 2,2% 3,3% 4,4%
SELIC + 1 p.p 0,2% 0,7% 1,2% 1,9% 0,2% 0,7% 1,2% 1,8%
Choques combinados 2,3% 5,2% 8,7% 12,8% 2,4% 5,5% 9,2% 13,3%
Diferença em relação ao Cenário Base.
Fonte e elaboração: STN/MF.

O impacto da variação do PIB é via denominador e também por meio da correlação com
o primário – uma alteração no PIB tem impacto sobre o primário. O efeito de um primário menor é via
numerador, sem diferença em relação aos indicadores de DLSP e DBGG. A sensibilidade da Selic é
captada tanto pela parcela de LFT na composição da DPF quanto pelo volume de operações

26
compromissadas do BCB e pelas parcelas indexadas à Selic dos demais passivos e ativos das diferentes
esferas de governo. Ressalte-se que a combinação de choques não consiste na soma dos choques
individualizados, mas considera a dinâmica de choques simultâneos.

3.3.2 Risco de Refinanciamento


O risco de refinanciamento representa a possibilidade de o Tesouro Nacional ter de
suportar o aumento de custo para se financiar no curto prazo ou, no limite, não conseguir captar
recursos suficientes para honrar seus vencimentos. Os principais indicadores de risco de
refinanciamento da DPF são o percentual vincendo em 12 meses, que reflete a concentração de dívida
no curto prazo, e o prazo médio do estoque, que considera a média de tempo restante para os
pagamentos de dívida.
Em 2022 foi possível observar a reversão da trajetória de crescimento do percentual em
12 meses que, em decorrência dos efeitos da pandemia, havia ficado acima da média dos anos
anteriores, de 2016 a 2019. A Figura 5 mostra com mais detalhes o histórico do perfil de vencimentos
da DPF, bem como os valores esperados para 2023 e anos seguintes. Em suma, espera-se que as
condições de mercado permitam o alongamento dos prazos de emissões, ajudando na manutenção da
melhora do percentual vincendo em 12 meses e no aumento da parcela da dívida vincenda acima de 3
anos.

Figura 6 - Perfil de Vencimentos do Estoque da DPF

* Projeções com base na estratégia de médio prazo elaborada no âmbito do PAF 2023.
Fonte e elaboração: STN/MF.

O risco de refinanciamento também pode ser avaliado considerando-se a parcela da DPF


que vence em até 12 meses como proporção do PIB. Essa relação aumentou abruptamente ao final de
2020, atingindo 18,15% do PIB. Já a partir de 2021, observa-se uma tendência de reversão deste

27
aumento, que deve se sustentar no período de 2023 a 2026, atingindo em média 11,92% do PIB.
Apesar da tendência de queda dos últimos dois anos, o patamar ainda se encontra acima da média
histórica registrada entre 2008 e 2019, de 9,9%, reflexo do aumento da relação dívida PIB ao longo dos
últimos anos.
O prazo médio da DPF apresentou leve melhora nos últimos dois anos, aumentando de
3,6 anos ao final de 2020 para 3,9 anos ao final de 2022. A expectativa para os anos seguintes, como
pode ser visto na Figura 7, é de evolução progressiva deste indicador, que deve atingir em média 4,4
anos no próximo triênio.
Embora o aumento recente das emissões de LFT em substituição aos títulos prefixados
curtos (LTN de 6 e 12 meses) tenha contribuído para dilatar os prazos de vencimento, o prazo médio
da LFT é menor do que o referencial de longo prazo para DPF. Assim, o aumento do prazo médio deve
priorizar a emissão de títulos com prazos mais longos, preferencialmente acima de 5 anos. Em suma, o
alongamento sustentável da dívida requer uma mudança estrutural da demanda por títulos públicos,
que favoreça a colocação de títulos como a NTN-F, cujo principal demandante são investidores não-
residentes, e de NTN-B com prazos acima de 10 anos, cujos principais demandantes são fundos de
pensão.

Figura 7 – Evolução do prazo médio (meses)

* 2023: Projeção com base no ponto médio do PAF 2023. De 2024 a 2026: Simulações STN.
Fonte e elaboração: STN/MF.

Por fim, destaca-se que o Tesouro Nacional mantém uma reserva de liquidez para
pagamento da dívida, o que mitiga o risco de inadimplência no curto prazo. Trata-se de disponibilidade
financeira na Conta Única, dedicada à finalidade de honrar os compromissos da DPF. Esse colchão de
liquidez permite ao Tesouro Nacional se antecipar a períodos de maior concentração dos vencimentos,
reduzir o risco de refinanciamento da DPF e efetivar o pagamento de eventuais passivos contingentes.
Essa reserva assegura flexibilidade à gestão da dívida para atuar em condições adversas e de elevada
volatilidade no mercado de títulos públicos.

28
Figura 8 - Reserva de Liquidez

Fonte e Elaboração: STN/MF.

Em dezembro de 2022, a reserva de liquidez alcançou o montante de R$ 1.175,8 bilhões.


Um volume significativo diante do aumento dos vencimentos da DPF no curto prazo nos últimos anos
e da maior necessidade de mitigar o risco de refinanciamento neste cenário.

3.4 ESTRESSE DOS PARÂMETROS MACROECONÔMICOS E SIMULAÇÕES


A avaliação de estresse de parâmetros macroeconômicos consiste em um conjunto de
simulações nas quais os parâmetros macroeconômicos que possuam influência sobre o nível de
receitas e despesas – tais como PIB, inflação, juros etc. – são sujeitos a choques e, assim, assumem
diversos valores, de acordo com uma distribuição probabilística construída a partir de seus
comportamentos históricos, o que, por sua vez, resulta em um resultado fiscal alternativo para cada
choque empregado.
O cálculo dos cenários de estresse dos parâmetros macroeconômicos utiliza o método
de simulação de Monte Carlo, construída a partir de uma distribuição normal multivariada, na qual o
vetor de médias dos parâmetros são os valores projetados na Grade de Parâmetros fornecida pela
SPE/ME8 e a matriz de variância-covariância é estimada por meio do histórico de dados dos parâmetros
macroeconômicos9. É importante ressaltar que este método permite a construção de cenários
economicamente consistentes, ou seja, as relações diretas e inversas entre as variáveis são
adequadamente refletidas nos resultados, considerando suas correlações históricas. Por exemplo,

8
É importante destacar que esta é a mesma grade de parâmetros utilizada para elaboração do cenário base constante no
Anexo de Metas Fiscais da PLDO, de forma que o cenário central de receitas e despesas deste exercício é o mesmo que
compõe o anexo de metas.
9
A metodologia utilizada nesta análise está descrita em maiores detalhes na Nota Técnica SEI nº
1/2017/GEMAF/COPEF/SUPEF/STN-MF, de 29 de dezembro de 2017.

29
nota-se que cenários em que as taxas de juros são maiores estão, em geral, associadas a menores níveis
de crescimento.
Foram realizados quinhentos choques com base na metodologia apresentada, os quais
geraram quinhentas trajetórias distintas para as variáveis macroeconômicas. Os cenários fiscais
alternativos, oriundos desses choques, permitiram extrair nuvens de probabilidade, variáveis no
tempo, para os principais indicadores fiscais. Essas nuvens de probabilidade, por sua vez, são
apresentadas na forma de um gráfico de leque (fan chart), em que o cenário central é envolto por dois
leques. O mais interno, de cor azul escuro, possui como limites os percentis 25 e 75. O leque mais
externo possui como limites os percentis 10 e 90.

3.4.1 Receitas
Os cenários macroeconômicos alternativos foram aplicados para o cálculo das Receitas
Administradas pela RFB, das Receitas Previdenciárias, das receitas de Contribuição do Salário Educação
e, por fim, das receitas de Exploração de Recursos Naturais. As premissas utilizadas para o cenário
central seguem as mesmas detalhadas no Anexo de Metas Fiscais.

Figura 9 - Espectro de cenários alternativos para Receitas Líquidas (R$ bilhões)

Fonte e Elaboração: STN/MF.

As simulações realizadas evidenciam que a receita líquida pode variar significativamente


ao longo do tempo, refletindo a alta variância relacionada às variáveis macroeconômicas e seu
impacto sobre as receitas. Com efeito, a arrecadação é o componente mais sujeito às mudanças no
ciclo econômico e/ou de preços no âmbito do orçamento. Como pode ser observado, nos períodos
mais distantes do ponto inicial, as nuvens de probabilidades se expandem, refletindo a incerteza
crescente com o tempo.
Para o ano de 2024, as estimativas constantes no Anexo de Metas Fiscais apontam uma
receita líquida no montante de R$ 2.150,0 bilhões. A amplitude do leque mais interno (percentil 75 e

30
25), indicado no gráfico em azul escuro, é de R$ 51 bilhões. Já o leque externo (percentil 90 e 10) possui
amplitude de R$ 103,0 bilhões. Para os anos de 2025 e 2026, a projeção central é de R$ 2.294,0 bilhões
e R$ 2.443,0 bilhões, respectivamente. A amplitude do leque interno, para os anos de 2025 e 2026, é
de mais ou menos R$ 70 bilhões e de mais ou menos R$ 93 bilhões, respectivamente.

3.4.2 Despesas

As trajetórias de despesas foram construídas aplicando-se os diferentes cenários


macroeconômicos às despesas, com destaque para o peso da inflação nas regras legais que
determinam os valores dos benefícios pagos. Cabe também mencionar que algumas despesas, como
Complementação da União para o Fundeb e despesas com o Fundo Constitucional do Distrito Federal
também são impactadas por variações nas receitas primárias. As premissas utilizadas para o cenário
central seguem as mesmas detalhadas no Anexo de Metas Fiscais.

Figura 10 - Espectro de cenários alternativos para Despesas Totais (R$ bilhões)

Fonte e Elaboração: STN/MF.

As simulações comprovam o fenômeno já amplamente conhecido de que as receitas são


sensivelmente mais suscetíveis à volatilidade dos parâmetros macroeconômicos em comparação com
as despesas. Este fato se traduz, graficamente, em um leque de menor amplitude, conforme pode ser
observado na figura acima. Em linhas gerais, a explicação para este fenômeno é que as receitas
possuem uma forte dependência à trajetória futura tanto da inflação quanto do PIB real, enquanto as
despesas possuem uma dependência maior à inflação e a fatores demográficos, que são relativamente
estáveis, sendo que este último componente não é incluído nesta análise, uma vez que aqui tratamos
da sensibilidade aos parâmetros macroeconômicos.
Pelas razões expostas, espera-se que em casos extremos, cuja probabilidade associada
é pequena (percentis 10 e 90), haja uma variação nas despesas, para mais ou para menos, em torno de

31
R$ 51 bilhões em 2024 e 2025 e cerca de R$ 52 bilhões em 2026. Esses valores não incluem eventuais
cortes ou aumentos de despesas discricionárias, que podem ampliar ou reduzir os valores
apresentados e estão sob o controle do governo.
3.4.3 Resultado Primário
O resultado primário decorre da combinação das curvas de receita e despesa geradas
em cada cenário econômico alternativo. Note-se que parâmetros macroeconômicos que geram
receitas maiores podem gerar também despesas maiores e, portanto, o ordenamento dos cenários de
resultado primário difere daqueles de receitas e despesas considerados separadamente.

Figura 11 - Espectro de cenários alternativos para Resultado Primário (R$ bilhões)

Fonte e Elaboração: STN/ MF.

As trajetórias de resultado primário apresentadas mostram que, no ano de 2024, os


cenários extremos superior e inferior (percentis 10 e 90) se encontram em torno de R$ 89 bilhões acima
ou abaixo da meta estabelecida para o Governo Central (R$ 0,0). Já para os anos de 2025 e 2026, os
resultados relacionados aos mesmos cenários mostram uma melhora ou piora de cerca de R$ 135,0
bilhões e R$ 174,0 bilhões. Interessante notar que o nível da volatilidade mensurada para o resultado
primário em 2024 (R$ 89,0 bilhões) é menor que a soma das volatilidades da receita (R$ 103,0 bilhões)
e da despesa (R$ 50,0 bilhões), pela razão já explicitada de que parâmetros macroeconômicos que
geram receitas maiores podem gerar também despesas maiores ou vice-versa.
Em geral, espera-se que cenários macroeconômicos com maior crescimento da
atividade econômica e da massa salarial estejam entre aqueles que possibilitem o atingimento de
superávits ao final do período, uma vez que uma maior atividade econômica tende a afetar a
positivamente a receita, sem uma contrapartida de aumento em despesas. O mesmo efeito líquido não
ocorre com a mesma intensidade quando se tem um aumento de inflação, pois neste caso tem-se um
aumento de receita e de despesas concomitantemente.

32
3.4.4 Dívida Pública
Na sequência são apresentados alguns testes de estresse, de forma a avaliar os efeitos
potenciais sobre os indicadores de endividamento bruto e líquido. A trajetória futura da dívida é
sensível a alterações nos parâmetros macroeconômicos. O exercício na Figura 12 mostra o impacto na
DBGG de estresses de 100 pontos base sobre o crescimento do PIB, o resultado fiscal primário e a taxa
Selic subjacentes ao cenário PLDO 2024. Além disso, o exercício apresenta o impacto sobre a trajetória
da DBGG de um choque negativo simultâneo nas três variáveis: ao fim do horizonte de projeções, a
DBGG atingiria 92,6% do PIB em um cenário mais adverso.

Figura 12 - Teste de estresse primário/PIB, PIB e Selic - DBGG (% PIB)

Fonte: Realizado, BCB. Projeções, STN. Elaboração: STN/MF.

A Figura 13 traz o resultado deste exercício para a DLSP, que ao final de 2026
apresentaria um endividamento líquido superior ao cenário PLDO 2024, atingindo 76% do PIB em
decorrência de eventual estresse combinado no resultado primário, no PIB e na taxa Selic.

Figura 13 - Teste de estresse primário/PIB, PIB e Selic - DLSP (% PIB)

33
Fonte: Realizado, BCB. Projeções, STN/MF. Elaboração: STN/MF

Alterações na taxa de juros sensibilizam o custo da dívida e a transmissão de mudanças


na taxa Selic para o custo da dívida tende a ser rápida, uma vez que existe elevada proporção de
instrumentos de financiamento expostos às mudanças nos juros de curto prazo. A Figura 14 e a Figura
15 apresentam como seriam as projeções de DBGG e de DLSP face a uma trajetória de juros que se
desviasse em 1 ou 2 p.p., para cima ou para baixo, da trajetória prevista no cenário base. Um choque
de +2 p.p. na Selic, por exemplo, teria o potencial de elevar a DBGG em 3,5 p.p. do PIB e a DLSP em 3,7
p.p. do PIB ao final de 2026.

Figura 14 - Teste de estresse Selic - DBGG (% PIB)

Fonte: Realizado, BCB. Projeções, STN/MF. Elaboração: STN/MF

Figura 15 - Teste de estresse Selic - DLSP (% PIB)

34
Fonte: Realizado, BCB. Projeções, STN/MF. Elaboração: STN/MF

Na Figura 16 e na

Figura 17 são mostrados os resultados estocásticos das simulações de DLSP e DBGG. As


linhas sólidas representam o cenário PLDO 2024 (Tabela 3 do Anexo de Metas Fiscais) e são muito
próximas àquelas das medianas das distribuições. Estas figuras são conhecidas como fan charts e
mostram o intervalo de confiança para as possíveis trajetórias da DBGG/PIB e DLSP/PIB diante de
choques estocásticos no PIB e no resultado fiscal primário ao longo do tempo, mantendo-se constantes
as demais variáveis, inclusive juros.

Figura 16 - Cenários estocásticos para DBGG/PIB

Fonte: Realizado, BCB. Projeções, STN/ME. Elaboração: STN/MF

35
Figura 17 - Cenários estocásticos para DLSP/PIB

Fonte: Realizado, BCB. Projeções, STN/MF. Elaboração: STN/MF

De forma complementar, são apresentados na Figura 18 e na

Figura 19 fan charts da DBGG e DLSP assimétricos, em decorrência de uma taxa de Selic
estressada em 100 pontos base a partir de maio de 2023. Trata-se de um exercício de avaliação de
downside risk. Em um contexto de taxa Selic estressada, torna-se maior o risco de a DBGG e a DLSP
superarem as projeções do cenário PLDO 2024 ao final de 2026 na presença de choques desfavoráveis
à atividade e na ausência de consolidação fiscal.
Figura 18 - Cenários estocásticos assimétricos – DBGG (% PIB)

36
Fonte: Realizado, BCB. Projeções, STN/MF. Elaboração: STN/MF

Figura 19 - Cenários estocásticos assimétricos – DLSP (% PIB)

Fonte: Realizado, BCB. Projeções, STN/MF. Elaboração: STN/MF

Se por um lado, cenários com taxas de juros mais altas conduzem a dívida para uma
trajetória de crescimento mais acentuado, por outro lado, as medidas em curso para a instituição de
um novo marco fiscal e obtenção de superávits fiscais primários nos próximos anos pode levar a um
cenário de redução nas taxas de juros e, consequentemente, no custo do endividamento público,
favorecendo cenários onde a dívida/PIB seja mais baixa no médio horizonte.

3.4.4.1 Riscos Legais


Para fins desta seção, consideramos como riscos legais para a gestão da Dívida Pública
Federal aqueles decorrentes de eventual descumprimento de algum limite ou condição para a
realização de operações de crédito, estabelecido pelo atual arcabouço legal. Nesse caso, ficaria vedada

37
a realização de operações de crédito pelo governo, podendo impedir, em algumas situações, até
mesmo as emissões de títulos no âmbito da dívida pública mobiliária federal.
Portanto, em um cenário de descumprimento de algum desses limites e condições, não
seria possível a utilização de recursos de emissão de títulos para o pagamento de nenhuma despesa
orçamentária, exceto a amortização do principal da dívida mobiliária. Essa restrição, principalmente
em um cenário de déficit primário, implica possibilidade de interrupção de serviços públicos,
impactando não só as despesas discricionárias, como possivelmente as obrigatórias. Também limitaria
a execução no âmbito de programas públicos voltados à educação, benefícios sociais, agricultura, entre
outros.
Na Tabela 13, destacamos os limites e condições, com a indicação do respectivo
dispositivo legal, que devem ser verificados para a realização de operações de crédito.

Tabela 13 - Limites e Condições para a realização de operações de crédito


Limites e Condições Norma
Publicação do RREO até 30 dias após encerramento do bimestre Art. 165, § 3º, da CF; e art. 52, caput e § 2º, da LRF
Regra de Ouro Art. 167, III, da CF; art. 32, da LRF; e art. 6º, da RSF 48
Autorização, no texto da lei orçamentária, para contratação de
Art. 32, I, da LRF
operação de crédito
Limite de Operações de Crédito Art. 32, § 1º, III, da LRF; e art. 7º, I, da RSF 48
Limite de despesas de pessoal da União (Poder Executivo) Arts. 19, 20, 22 e 23 da LRF
Ausência de operações nulas e/ou vedadas Arts. 33, 35, 36 e 37 da LRF
Consolidação pelo Poder Executivo das Contas Anuais Art. 51, § 2º, da LRF
Publicação do RGF até 30 dias após encerramento do quadrimestre Art. 54, caput, e art. 55, §§ 2º e 3º, da LRF
Transparência da Gestão Fiscal Art. 48, §§ 2º, 3º e 4º, da LRF
Fonte e Elaboração: STN/MF.

Dentre esses riscos, destaca-se aquele relativo ao descumprimento da regra de ouro, estabelecida pelo
inciso III do art. 167 da Constituição Federal, que veda a realização de operações de crédito que
excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria
absoluta. Isso porque as projeções apontam que, dado o cenário fiscal esperado, há a necessidade de
um monitoramento constante, estimando-se a obtenção de baixas margens para o período de 2024 a
2026.

Tabela 14 - Projeção da margem de suficiência da Regra de Ouro


Em R$ milhões
Cenário 2024 2025 2026
Cenário base 21.532,8 21.573,3 22.379,0
O Cenário Base contempla estimativas preliminares, com base em hipóteses simplificadas. O mesmo
deve ser atualizado quando da elaboração do Projeto de Lei Orçamentária, momento em que serão
definidas com maior exatidão a necessidade de operações de crédito para o financiamento das
despesas orçamentárias, bem como serão atualizados os parâmetros macroeconômicos que afetam as
projeções de despesas de capital.
Fonte e Elaboração: STN/MF.

Em 2022 as dotações iniciais da Lei Orçamentária indicavam operações de crédito excedentes e


despesas a serem pagas com recursos da dívida condicionadas à aprovação de crédito suplementar ou
especial, pois tais operações de crédito estariam acima do montante previsto para as despesas de
capital do exercício. No entanto, após a apuração do superávit financeiro do exercício anterior foi

38
possível efetuar o remanejamento daquelas fontes condicionadas e cumprir, com razoável margem,
este mandamento constitucional.
Para 2023, as dotações iniciais do orçamento também indicavam um excesso de operações de crédito
sobre as despesas de capital e outro possível descumprimento da regra de ouro neste exercício.
Novamente, com a apuração do superávit financeiro do exercício anterior e o remanejamento das
fontes condicionadas foi possível projetar, no cenário atual, a eliminação daquele descumprimento.
Para os próximos exercícios vislumbra-se os mesmos desafios dos anos recentes. Portanto, para que
esse cenário não implique em um descumprimento da Constituição Federal e, consequentemente, uma
vedação à realização de novas operações de crédito, deve-se buscar a constante administração
eficiente das fontes disponíveis para gestão da dívida pública, principalmente as fontes não
decorrentes de operações de crédito, e, eventualmente, autorização junto ao Poder Legislativo para a
realização dessas operações de crédito que estariam em excesso nos termos estabelecidos no próprio
dispositivo legal. Nesse sentido, caso o Poder Legislativo não aprove tais créditos suplementares ou
especiais, não seria possível realizar as respectivas despesas, cuja fonte de recursos seriam emissão de
títulos da dívida pública, o que levaria a um dos cenários descritos acima, com a possibilidade de
interrupção de serviços públicos ou risco de não pagamento de alguma despesa obrigatória.
Além da regra de ouro, a observação dos demais limites e condições, em particular dos limites de
pessoal, é essencial. O não atendimento de algum item pode acarretar riscos caso tal situação venha a
restringir a emissão de títulos da dívida pública mobiliária.

4 ANÁLISE DOS RISCOS ESPECÍFICOS


Os riscos específicos caracterizam-se por passivos contingentes do governo e por
riscos associados aos ativos, e se relacionam a eventos que ocorrem de maneira irregular. Sua
análise envolve avaliação qualitativa das particularidades de cada tema, buscando identificar a
materialização do risco no curto prazo, bem como mensurar seu custo.
A análise dos riscos específicos está, em grande parte, submetida a um arcabouço
institucional e normativo cuja gestão se dá no desempenho das atribuições de órgãos
competentes. Nesse sentido, a consolidação das informações neste documento pauta-se pela
harmonização de conceitos e padronização dos impactos fiscais. Busca-se distinguir, em cada caso,
os impactos primários dos impactos financeiros, os valores de fluxos dos valores de estoques, os
exercícios financeiros de incidência, bem como apresentar a explicitação dos critérios utilizados
para a mensuração dos riscos e para a construção de projeções.
A seguir serão apresentadas análises dos riscos específicos nas subseções de
Passivos Contingentes, Riscos Associados a Ativos e Outros Riscos Específicos.

4.1 PASSIVOS CONTINGENTES


Os passivos contingentes referem-se a possíveis novas obrigações cuja confirmação
depende da ocorrência de um ou mais eventos futuros, ou cuja probabilidade de ocorrência e
magnitude dependam de condições exógenas imprevisíveis. São também considerados passivos

39
contingentes as obrigações que surgem de eventos passados, mas que ainda não são reconhecidas
no corpo das demonstrações contábeis por ser improvável a necessidade de liquidação ou porque
o valor ainda não pode ser mensurado com suficiente segurança.
São espécies de passivos contingentes tratados neste documento: (1) Demandas
Judiciais; (2) Passivos Contingentes em Fase de Reconhecimento; (3) Garantias Prestadas pelo
Tesouro Nacional; (4) Contragarantias da União; (5) Fundos Constitucionais de Financiamento do
Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste; (6) Seguro de Crédito à Exportação - Fundo de Garantia à
Exportação; e (7) Fundos Garantidores.
Ressalta-se que os passivos contingentes não são mensuráveis com suficiente
segurança em razão de ainda não terem sido apurados, auditados ou periciados, por restarem
dúvidas sobre sua exigibilidade total ou parcial, ou por envolverem análises e decisões que não se
podem prever. Por isso, conforme recomenda a Norma Brasileira de Contabilidade NBC TSP 03
(Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes), editada pelo Conselho Federal de
Contabilidade, e o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, editado pela Secretaria do
Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, são incluídas no presente Anexo de Riscos Fiscais
informações adicionais acerca dos passivos contingentes disponibilizadas segundo respectiva
temática, como objeto da ação, natureza da ação ou passivo e instância judicial.

4.1.1 Demandas Judiciais


Os passivos contingentes relacionados aos riscos fiscais das demandas judiciais são
aqueles em que a Advocacia Geral da União (AGU) desempenha representação judicial, e são
divididos segundo atuação dos seguintes órgãos:
I. Advogado-Geral da União: representa a União junto ao Supremo Tribunal Federal
(art. 4º, III, da Lei Complementar nº 73/1993), em que é assistido pela Secretaria-
Geral de Contencioso (SGCT), (art. 9º do Decreto nº 11.174/2022);
II. Procuradoria-Geral da União (PGU): representa a União junto ao Poder Judiciário nas
suas diferentes instâncias, com exceção do STF (art. 9º da Lei Complementar nº
73/1993);
III. Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN): apura a liquidez e certeza da dívida
ativa da União e realiza a sua inscrição para fins de cobrança, amigável ou judicial e
representa judicialmente a União nas causas de natureza fiscal (art. 12 da Lei
Complementar nº 73/1993);
IV. Procuradoria-Geral Federal (PGF): representa as autarquias e fundações públicas
junto ao Poder Judiciário (art. 10 da Lei nº 10.480, de 02 de julho de 2002); e
V. Procuradoria-Geral do Banco Central do Brasil (PGBC): representa o Banco Central
do Brasil junto ao Poder Judiciário (art. 4º da Lei nº 9.650, de 27 de maio de 1998).

Vale evidenciar que os órgãos do Poder Judiciário são os responsáveis pela


tramitação e julgamento das ações judiciais (art. 102 e seguintes da Constituição Federal de 1988).
Nesse sentido, o evento "pagamento judicial" pode ser classificado como um "risco", na medida
em que ele é um evento futuro e incerto. É de responsabilidade da AGU atuar perante os órgãos

40
judiciários para obter decisões judiciais que sejam favoráveis à Fazenda Pública no sentido de
evitar a realização de pagamentos judiciais.
Normativamente, a análise e classificação das demandas judiciais em relação ao
risco fiscal, tem como fundamento a Portaria Normativa AGU nº 68/2022 10, que define critérios e
procedimentos na prestação de informações sobre ações judiciais que possam representar riscos
fiscais à União, suas autarquias ou fundações públicas 11.

Além das demandas judiciais cuja gestão é de competência da AGU, considera-se,


ainda, na análise dos riscos fiscais relacionados a passivos contingentes, as ações judiciais das
Empresas Estatais Dependentes da União e contra o Banco Central do Brasil (BCB). Enquanto esta
é administrada pela própria área jurídica do BCB, que avalia as demandas judiciais levando em
consideração o valor em discussão, a fase processual e o risco de perda, calculado com base em
decisões ocorridas no processo, na jurisprudência aplicável e em precedentes para casos similares,
aquela é analisada pela SEST, que provê informações das demandas judiciais de natureza
trabalhista, tributária, previdenciária e cível das empresas federais dependentes.

4.1.1.1 Critérios e Procedimentos na prestação de informações sobre Demandas Judiciais


Conforme citado anteriormente, a classificação das ações judiciais ajuizadas contra a
União, suas autarquias e fundações públicas, que possam representar riscos fiscais, é estabelecida pela
Portaria Normativa AGU nº 68/2022. As principais regras estabelecidas por este normativo e que
afetam a classificação das ações judiciais que possam representar riscos fiscais à União são:
a) O artigo 2º da nova portaria delimita a abrangência das ações: (i) em tramitação nos
tribunais superiores; (ii) em tramitação na Turma Nacional de Uniformização; (iii) na
fase de conhecimento; ou (iv) na fase de cumprimento de sentença. Além disso,
atualiza as hipóteses da multiplicidade de ações judiciais que tratem de questões
idênticas de direito;
b) O artigo 3º atualiza critérios com relação à probabilidade de perda:
“Art. 3º A classificação das ações judiciais quanto à probabilidade de perda
observará os seguintes critérios:
I - risco provável, que abrange:
a) ação de conhecimento, ação de controle concentrado de constitucionalidade ou
recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida, com decisão do
Supremo Tribunal Federal desfavorável à Fazenda Pública;
b) ação de conhecimento ou recurso repetitivo com decisão do Superior Tribunal
de Justiça ou do Tribunal Superior do Trabalho desfavorável à Fazenda Pública, que
não tenha matéria passível de apreciação pelo Supremo Tribunal Federal;

10
A Portaria Normativa AGU nº 68/2022, revogou a Portaria AGU nº 40/2015 e a Portaria AGU nº 318/2018.
11
Com exceção da Procuradoria-Geral do Banco Central (PGBC), que utiliza critérios próprios de classificação das ações
judiciais que possuem risco fiscal.

41
c) ação de conhecimento contra a Fazenda Pública, cuja questão de direito tenha
sido julgada desfavorável à Fazenda Pública nos termos das alíneas “a” e “b” deste
inciso; e
d) ações judiciais que se encontrem em fase de cumprimento de sentença, cuja
questão de direito tenha sido julgada desfavorável à Fazenda Pública nos termos
das alíneas “a” e “b” deste inciso.
II - risco possível, que abrange:
a) ação de conhecimento, ação de controle concentrado de constitucionalidade,
desde a publicação da pauta, ou recurso extraordinário desde o reconhecimento
da repercussão geral, até que seja proferida decisão por órgão do Supremo
Tribunal Federal;
b) recurso repetitivo desde a sua afetação por órgão do Superior Tribunal de Justiça
ou do Tribunal Superior do Trabalho; e
c) ação de conhecimento com decisão de órgão colegiado do Superior Tribunal de
Justiça ou do Tribunal Superior do Trabalho, desfavorável à Fazenda Pública, que
tenha matéria passível de apreciação pelo Supremo Tribunal Federal;
III - risco remoto, que abrange as ações judiciais que não se enquadrem nas
classificações previstas nos incisos I e II deste artigo.
§ 1º As ações judiciais referidas nas alíneas “c” e “d” do inciso I do caput, somente
serão classificadas como risco provável após a exclusão das ações judiciais e
recursos previstos nas alíneas “a” e “b” do inciso I do caput, que possuam a mesma
questão de direito.
§ 2º Excepcionalmente, desde que devidamente justificado, poderão ser incluídas
na classificação dos incisos I ou II do caput outras ações judiciais ou recursos não
abrangidos pelos critérios ali fixados.
c) O artigo 6º atualiza os parâmetros referentes ao impacto financeiro dos riscos:
“Art. 6º A composição do impacto financeiro dos riscos será:
I - nas condenações da Fazenda Pública para pagamento, o resultado da soma dos
valores estimados:
a) de pagamentos judiciais constituídos pelas parcelas vencidas constantes na
condenação judicial transitada em julgado como obrigação de pagar; e
b) de pagamentos administrativos constituídos pelas parcelas vincendas na
hipótese em que forem previstas pela decisão judicial transitada em julgado como
obrigação de fazer;
II - nas condenações da Fazenda Pública que resultem em perda de arrecadação, o
resultado da soma dos valores estimados de redução da arrecadação em virtude
do cumprimento de decisão judicial, assim considerados o equivalente à estimativa
de arrecadação de 1 (um) ano para o futuro e de 5 (cinco) anos de parcelas
pretéritas; ou

42
III - nas ações de controle concentrado de constitucionalidade, as consequências
jurídicas diretamente decorrentes do resultado do processo que impliquem a
nulidade ou suspensão de normas arrecadatórias, a extensão de normas
desonerativas ou que imponham despesas públicas de caráter continuado que
possam ser quantificadas pelos órgãos públicos responsáveis pela implementação.
Parágrafo único. Para composição do impacto financeiro no caso do inciso III do
caput, deve ser considerado o equivalente à estimativa de arrecadação de 1 (um)
ano para o futuro e de 5 (cinco) anos de parcelas pretéritas, devendo-se proceder
aos ajustes necessários em caso de modulação dos efeitos da decisão.
Nesse contexto, cabe destacar que serão avaliados nesta subseção, primeiramente, os
processos com probabilidade de perda classificada como possível (risco possível), conforme
metodologia de classificação indicada anteriormente e, em seguida, as ações judiciais classificadas
como de risco provável (em continuidade às ações de transparência na divulgação das informações
acerca das Demandas Judiciais).
Também serão detalhadas as ações, tanto de risco provável quanto possível, ajuizadas
pelos entes subnacionais contra a União. As informações a respeito das demandas judiciais no âmbito
da AGU têm por base a Nota Técnica nº 12/2023/SGE/AGU, de 3/3/2023, que possui atualizações em
relação às informações apresentadas no Balanço Geral da União (BGU), posição de dezembro de 2022.
Ressalta-se que, em se tratando de demandas judiciais, nem sempre é possível estimar
com clareza o montante real envolvido nas causas, visto que se tratam de eventos imprevistos e
incertos. Nas ações listadas, as fontes para informação no que se refere aos impactos fiscais são: os
valores pedidos pelas partes, as estimativas dos órgãos públicos federais envolvidos nas causas ou
grupos de causas semelhantes e as estimativas da área técnica responsável pelos cálculos na AGU.
Destaca-se que, para algumas ações judiciais, não há informações disponíveis sobre o impacto fiscal
estimado para a União, o qual deduz-se que o impacto real pode ser maior que o apresentado nos
demonstrativos.
Além do caráter probabilístico da natureza dessas ações judiciais, há de se considerar as
características próprias dos trâmites jurídicos, como, por exemplo, pendências de julgamento final,
possibilidade de recursos em instâncias superiores, dificuldade de previsão de tempo e valor das
causas. Essas características impõem uma avaliação e interpretação cautelosa dos valores apontados
como passivos contingentes de ações judiciais. De qualquer forma, o elevado montante relacionado às
ações judiciais revela a necessidade de uma especial atenção ao tema.
É importante ressaltar, ainda, que as informações apresentadas neste Anexo não
implicam qualquer reconhecimento pela União quanto à efetiva sucumbência ou mesmo acerca das
teses em debate, mas apenas eventual risco que tais demandas possam oferecer ao orçamento federal,
em face de seu elevado valor, caso a União não logre êxito. Cumpre enfatizar que neste Anexo não são
consideradas as ações judiciais para as quais já exista inscrição em precatório ou já tenha havido o
pagamento judicial ou administrativo.

4.1.1.2 Demandas Judiciais Contra a Administração Direta da União


Compete à AGU, por intermédio da PGU, a representação judicial e extrajudicial da
Administração Direta da União. Observa-se, conforme exposto na Tabela 15, que o risco fiscal relativo

43
a demandas judiciais contra a Administração Direta da União12 é estimado em R$ 1.161,8 bilhões (R$
276,6 bilhões na atualização do ARF de 2023). Destaca-se que, devido às alterações recentes da
Portaria Normativa AGU nº 68/2022, houve reclassificação de diversas ações judiciais que passaram a
ser incluídas na tabela a seguir:

Tabela 15 - Demandas Judiciais no âmbito da PGU


Em R$ bilhões
Estimativa
Processo de impacto
Ações Judiciais
de referência LDO PLDO
2023 2024
Reforma da Previdência EC nº 103/2019 (SGCT) ADIs 6254, 6255, 6256, 6258, 6271, 6279, 6289, 6309, - 621,0
6336, 6361, 6367, 6384, 6385, 6731, 6916
FGTS correção monetária (SGCT) ADI 5090 - 295,9
Intervenção do Estado no domínio econômico (SGCT)1 ARE 1.265.503 95,0 -
Setor Sucroalcooleiro - Responsabilidade civil do Estado RESP 1347136/DF (2012/0207039-3) 0025517- 79,6 79,6
61.1999.4.01.3400. No STF, ARE 884325.
ACP - Devolução das diferenças pagas pelos mutuários ERESP 1.319.232/DF 79,0 79,0
de Cédulas. de Crédito Rural- Plano Collor I
Fator Previdenciário (SGCT) ADI 2110 e ADI 2111 - 54,6
Fornecimento Medicamento pelo Poder Público (SGCT) RE 566471, RE 657718, RE 855178, RESP 1.657.156/RJ 14,0 14,0
(Tema 106 do STJ)
Reforma da Previdência e Magistratura (SGCT) ADIs 3308 3363 3998 4802 4803 - 4,3
Reajuste e pensões no RPPS (SGCT) RE 1372723 - 4,3
Indenização em pecúnia por férias não gozadas por ARE 721001 3,9 4,1
servidor ativo (SGCT)
Trem-bala Rio de Janeiro-São Paulo Decreto Injuntivo 47/2012 2,1 2,0
Liquidação de Sentença - Indenização por Restrição 5033010-49.2020.4.04.7000 (TRF4_1_PR) 1,0 1,0
Ambiental
Ação de Desapropriação REsp 1505733; REsp 1522030; REsp 1505700; REsp 1,0 1,0
1505696 - 0003108-05.2011.4.04.0000
Ação Declaratória - Estado do Paraná 5018638-71.2015.4.04.7000 1,0 1,0
Equiparação do valor das diárias devidas a membros do RE 968646 n.d. n.d.
Ministério Público e do Poder Judiciário (SGCT)
Isonomia entre Magistratura e Ministério Público para RE 1059466 n.d. n.d.
licença prêmio (SGCT)
Responsabilidade da União pelo pagamento dos Sem referência n.d. n.d.
honorários das perícias requeridas pelo MPF
Anistia – Aeronáutica (SGCT) ADPF 777 - n.d.
Reestruturação da carreira auditoria do Tesouro ADI 4151 e ADI 4616 n.d.
-
Nacional (SGCT)
Total 276,6 1.161,8
n.d. (informação não disponível).
1 Conforme nota retificadora n. 00199/2023/SGCT/AGU, de 10 de abril de 2023, o valor do impacto potencial deve ser alterado de R$

95 bi para R$ 9,52 bi. A partir do PLDO 2024 este risco foi reclassificado e passou a ser risco provável.
Fonte: AGU. Elaboração: STN/ MF.

4.1.1.3 Demandas Judiciais Contra a União de Natureza Tributária


Compete à PGFN representar a União nas ações judiciais relativas à tributação federal,
inclusive aquelas referentes às contribuições previdenciárias ao Regime Geral de Previdência Social
(RGPS).

12
Na Tabela 15 são apresentadas também as ações judiciais que se encontram na Secretaria-Geral de Contencioso (SGCT),
quando não relacionadas a tema tributário.

44
No âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a PGFN atua nas ações judiciais de
natureza tributária em que a União é parte, bem como nas ações de seu interesse. Já no âmbito do
Supremo Tribunal Federal (STF), a PGFN atua nos recursos extraordinários e agravos que tratam de
matéria tributária, além de acompanhar as ações originárias representadas judicialmente pelo
Advogado Geral da União. Cumpre esclarecer que, no STF, com o instituto de repercussão geral, são
eleitos recursos extraordinários relativos a temas tributários, cujo julgamento poderá afetar a
arrecadação da União.
As discussões no STJ se referem aos questionamentos sob o enfoque da legislação
infraconstitucional, enquanto no STF as ações versam sobre questões constitucionais, algumas delas
podem ser discutidas simultaneamente nas duas casas, porém sob enfoques distintos.
As estimativas de impacto fiscal destas demandas judiciais são fornecidas pela Receita
Federal do Brasil (RFB) e levam em consideração, na maioria dos casos, a perda total de arrecadação
anual e uma estimativa de impacto de devolução, considerados os últimos cinco anos e a totalidade
dos contribuintes, de modo que representa o máximo de impacto ao erário, que pode não se
concretizar em sua totalidade. Assim, como no item anterior, ressalta-se a inclusão de novas ações
judiciais, em razão de alterações recentes da Portaria Normativa AGU nº 68/2022.
Estima-se que o impacto das ações judiciais de natureza tributária, no âmbito do STF,
seja de aproximadamente de R$ 812,4 bilhões (R$ 1.412,7 bilhões na atualização do ARF de 2023),
conforme a Tabela 16.

Tabela 16 - Ações judiciais de natureza tributária no STF


Em R$ bilhões
Estimativa
Processo de impacto
Ações Judiciais
de referência LDO PLDO
2023 2024
PIS e COFINS. Validade de critérios de aplicação da não-cumulatividade. RE 841.979 472,7 -
COFINS/PIS. Importação. Exigência de lei complementar para a disciplina de PIS e COFINS RE 565.886 325,0 325,0
sobre a importação. Lei nº 10.865/2004.
Fundo de participação de estados (FPE) e Municípios (FPM). RE 1.288.634 279,0 -
PIS/COFINS das instituições financeiras. Discussão a respeito da possibilidade de incidência de RE 609.096 e 115,2 115,2
PIS/COFINS sobre as receitas de instituições financeiras que decorrem de seu objeto social e 880.143
incluiriam, portanto, as receitas de natureza financeiras, com fulcro na Lei 9.718/98.
Imposto de Renda pessoa Física - dedução de despesas com educação. ADI 4927 - 105,0
Inclusão do PIS e da Cofins nas suas próprias bases de cálculo. RE 1.233.096 65,7 65,7
Reintegra - devolução de resíduo tributário remanescentes na cadeia de produção de bens ADIs 6055 e - 49,9
exportados no Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas 6040
Exportadoras.
PIS e COFINS. Base de cálculo, inclusão do ISS. Questiona-se a inclusão da parcela relativa ao RE 592.616 35,4 35,4
ISS na base de cálculo da contribuição para o PIS e COFINS (sistemática da tributação por
dentro).
Funrural ADI 4395 - 20,9
PIS E COFINS. Incidência sobre as receitas decorrentes da locação de bens móveis. RE 659.412 20,2 20,2
CIDE sobre remessas ao exterior. Discussão a respeito da incidência da CIDE criada pela Lei nº RE 928.943 19,6 19,6
10.168/2000, destinada a financiar o Programa de Estímulo à Interação Universidade-
Empresa para o Apoio à Inovação.
Possibilidade de exclusão da base de cálculo do PIS e do COFINS dos valores correspondentes RE 835.818 16,5 16,5
a créditos presumidos de ICMS decorrentes de incentivos fiscais concedidos pelos Estados e
pelo Distrito Federal.
PIS sobre locação de bens imóveis. Discussão sobre a incidência de PIS sobre as receitas RE 599.658 16,0 16,0
decorrentes da locação de bens imóveis, inclusive no que se refere às empresas que alugam
imóveis esporádica ou eventualmente.

45
Em R$ bilhões
Estimativa
Processo de impacto
Ações Judiciais
de referência LDO PLDO
2023 2024
FUNRURAL PJ - Contribuições devidas à seguridade social pelo empregador, pessoa jurídica, RE 700.922 12,2 -
que se dedique à produção rural, incidentes sobre a receita bruta proveniente da
comercialização da sua produção. Art. 25, I e II, e § 1º, da Lei 8.870/1994.
Contribuição da Agroindústria. Discussão sobre a constitucionalidade da contribuição para a RE 611.601 12,0 -
seguridade social a cargo das agroindústrias sobre a receita bruta prevista na Lei n.º
10.256/2001.
PIS/COFINS e CSLL sobre atos cooperativos. Discussão sobre a incidência do PIS, COFINS e RE 672.215 9,1 9,1
CSLL sobre os valores resultantes dos atos cooperativos próprios das sociedades
cooperativas.
Constitucionalidade do artigo 11, § 1º, incisos V a VIII, da Emenda Constitucional 103/2019, RE 1.384.562 - 5,8
ante a previsão de alíquotas progressivas às contribuições previdenciárias dos servidores
públicos federais.
Contribuição ao SENAR. Discussão sobre a constitucionalidade da incidência da contribuição RE 816.830 5,2 -
destinada ao SENAR sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural,
nos termos do art. 2º da Lei 8.540/1992, com as alterações posteriores do art. 6º da Lei
9.528/1997 e do art. 3º da Lei 10.256/2001.
Aplicabilidade do princípio da anterioridade geral (anual ou de exercício) em face das RE 1.285.177 4,0 4,0
reduções de benefícios fiscais previstos no Regime Especial de Reintegração de Valores
Tributários.
Multa por indeferimento administrativo de pedidos de ressarcimento, compensação e RE 796.939 3,7 2,8
restituição. Discussão sobre a aplicação das multas de 50% dos §§ 15 e 17 do art. 74 da Lei nº
9.430/1996, na redação que lhes foi conferida pelo art. 62 da Lei nº 12.249/2010, em caso de
indeferimento de pedidos de ressarcimento de compensação já efetuados (ou que venham a
ser efetuados), ressalvando-se a possibilidade da incidência de multa em caso de má-fé do
contribuinte.

Exclusão dos valores relativos ao PIS e à COFINS da base de cálculo da Contribuição RE 1.341.464 1,3 1,3
Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB).
IOF. Fato gerador. Incidência nos contratos de mútuo onde não participem instituições RE 590.186 n.d. n.d.
financeiras. Factoring. Artigo 13 da Lei nº 9.779/99.
IRPJ. Demonstrações financeiras. Correção monetária. Julho e agosto de 1994. RE 595.107 n.d. n.d.
Constitucionalidade. Art. 38 da Lei 8880/94.
Imposto de importação. Comércio internacional. Direitos Antidumping. Retroatividade. RE 632.250 n.d. n.d.
Diversidade de estágios da operação de importação.
Crédito presumido de IPI na base de cálculo do PIS e da COFINS. RE 593.544 n.d. -
Contribuição Previdenciária. Cooperativas. LC 84/96, artigo 1º, inciso II. Alegação de RE 597.315 n.d. n.d.
cobrança de alíquotas superiores às das empresas em geral.
CSL e IRPJ sobre rendimentos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável e superávits RE 612.686 n.d. -
das entidades fechadas de previdência complementar. Ausência de finalidade lucrativa.
Constitucionalidade da inclusão dos expurgos inflacionários na correção monetária incidente RE 1.141.156 n.d. n.d.
sobre valores depositados em juízo.
Alcance da imunidade tributária prevista no artigo 150, inciso VI, alínea e, da Constituição ARE 1.244.302 n.d. n.d.
Federal, em relação a suportes materiais importados e produzidos fora do Brasil que
contenham obras musicais de artistas brasileiros.
Equiparação de Caixa de Assistência de grupo profissional a entidades beneficentes de RE 600.010 n.d. n.d.
assistência social para fins de imunidade tributária.
Imunidade tributária recíproca em favor de sociedade de economia mista prestadora de ARE 1.289.782 n.d. n.d.
serviço público relativo à construção de moradias para famílias de baixa renda.
Incidência da alíquota de 25% (vinte e cinco por cento) do imposto de renda exclusivamente ARE 1.327.491 n.d. n.d.
na fonte, sobre as pensões e os proventos de fontes situadas no País, percebidos por pessoas
físicas residentes no exterior.
Aplicabilidade do prazo bienal, previsto no artigo 7º, XXIX, da Constituição Federal, para RE 1.336.848 n.d. n.d.
cobrança dos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), por nulidade de
contratações temporárias efetuadas pelo Poder Público.
Total 1.412,7 812,4
n.d. (informação não disponível).
Fonte: AGU. Elaboração: STN/ MF.

46
Por sua vez, as ações judiciais de natureza tributária em trâmite no Superior Tribunal de
Justiça (STJ), representam um risco possível estimado da ordem de R$ 80,4 bilhões (R$ 35,2 bilhões na
atualização do ARF de 2023), consoante o exposto na Tabela 17.

Tabela 17 - Ações judiciais de natureza tributária no STJ


Em R$ bilhões
Estimativa
Processo de impacto
Ações Judiciais
de referência LDO PLDO
2023 2024
Excluir os benefícios fiscais relacionados ao ICMS, - tais como redução de base de REsp's: 2010095/RS, - 47,0
cálculo, redução de alíquota, isenção, imunidade, diferimento, entre outros - da base 2010089/RS,
de cálculo do IRPJ e da CSLL (extensão do entendimento firmado no ERESP 1945110/RS, 1987158/SC
1.517.492/PR
Creditamento de PIS/Cofins na revenda de produtos submetidos à tributação REsp´s 1.894.741/RS e - 31,0
monofásica dessas Contribuições, realizada à alíquota zero, no regime não cumulativo. 1.895.255/RS (Tema -
1.093 RR)
CSSL e IRPJ sobre ganhos de entidades fechadas de previdência complementar. Julgar- RESP 1.419.370 30,2 -
se-á a legitimidade da incidência da CSLL e do IRPJ sobre os ganhos das entidades
fechadas de previdência complementar – equiparadas por lei a instituições financeiras
– a partir de mandado de segurança coletivo impetrado por associação que representa
diversas dessas entidades.
Aproveitamento de crédito de PIS e COFINS. Julgar-se-á acerca do aproveitamento de RESP 1.492.526 e 5,0 -
créditos de PIS e COFINS apurados no regime não cumulativo (decorrente da venda 1.655.706
‘facilitada’ de aparelhos celulares) aos débitos existentes no regime cumulativo de
apuração daqueles tributos (decorrente da prestação de serviços de telecomunicação).
Possibilidade de inclusão de valores de ICMS nas bases de cálculo do Imposto sobre a REsp 1767631/SC ; REsp - 2,4
Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, 1772634/RS e REsp
quando apurados pela sistemática do lucro presumido 1772470/RS (Tema -
1.008 RR)
Limitação a 20 (vinte) salários mínimos na apuração da base de cálculo de REsp 1.898.532/CE e n.d. n.d.
contribuições a terceiros. REsp 1.905.870/PR (tema
1079)
Total 35,2 80,4
n.d. (informação não disponível).
Fonte: AGU. Elaboração: STN/MF.

4.1.1.4 Demandas Judiciais Contra as Autarquias e Fundações - PGF


Compete à Procuradoria-Geral Federal (PGF) exercer a representação judicial e
extrajudicial, a consultoria e o assessoramento jurídicos das autarquias e fundações públicas federais,
bem como a apuração da liquidez e da certeza dos créditos, de qualquer natureza, inerentes às suas
atividades, inscrevendo-os em dívida ativa, para fins de cobrança amigável ou judicial, incluindo as
ações que discutem os benefícios previdenciários pagos pelo RGPS/INSS.
O impacto financeiro dessas ações é estimado em R$ 675,9 bilhões (R$ 631 bilhões na
atualização do ARF de 2023), como demonstrado na

47
Tabela 18, e revela a expectativa da repercussão econômica em caso de decisão judicial
desfavorável, seja pela criação de despesa ou pela redução de receita. Quando não especificado de
forma contrária, os custos estimados computam não só as despesas iniciais com o pagamento de
atrasados, mas, também, o impacto futuro nas contas públicas. Assim, os impactos referidos podem
ser diluídos ao longo do tempo, não sendo necessariamente realizados em um único exercício fiscal.
Ressalta-se a inclusão de novas ações judiciais no âmbito da PGF, em razão de alterações
recentes da Portaria Normativa AGU nº 68/2022.

Tabela 18 - Ações judiciais no âmbito da PGF


Em R$ bilhões
Estimativa
Processo de impacto
Ações Judiciais
de referência LDO PLDO
2023 2024
1Reconhecimento aos segurados que ingressaram na Previdência Social REsp 1554596/SC e REsp 1596203/PR 480,0 -
até o dia anterior à publicação da Lei nº 9.876/99 o direito de opção, na (TEMA 999, STJ) e RE nº 1276976/DF
apuração do seu salário-de-benefício, entre a regra “de transição” e RE nº 1276977/DF (TEMA 1102)
estabelecida no art. 3º da Lei nº 9.876/99. (Revisão da Vida Toda)
Auxílio-alimentação, pago em espécie e com habitualidade, por meio de RE 1413882 e PEDILEF n. 5002880- - 419,4
vale-alimentação ou na forma de tickets, tem natureza salarial e integra o 91.2016.4.04.7105
salário de contribuição para fins de cálculo da renda mensal inicial (RMI).
Aposentadoria especial do vigilante. RESP 1830508 (TEMA 1031) 151,0 165,0
Exclusão do fator previdenciário da base de cálculo das aposentadorias RE 639856 (TEMA 616) - 89,0
por tempo de contribuição
Juros Compensatórios da Desapropriação para Fins de Reforma Agrária ADI 2332 - 2,5
Cálculo do salário-de-contribuição. Atividades concomitantes. RESP 1870891 (TEMA 1070) n.d. -
Termo inicial de auxílio-acidente decorrente de cessação de auxílio- RE 1382897 (TEMA 1225) e RESP n.d. -
doença. 1729555 (TEMA 862)
Cumprimento de sentença. Recebimento de parcelas pretéritas de RESP 1767789 (TEMA 1018) n.d. -
aposentadoria concedida judicialmente até a data da aposentadoria
concedida administrativamente.
Servidor. Aposentadoria. Reconhecimento e cômputo, nos proventos, de RESP 1783975(TEMA 1017) n.d. n.d.
direito não concedido enquanto o servidor estava em atividade.
Honorários advocatícios em cumprimento de sentença RESP 1883715 (RRC) - n.d.
Majoração de verba honorária contra o INSS RESP 1864633 (TEMA 1059) - n.d.
Revisão do Tema 692/STJ. Devolução de valores recebidos a título de RESP 1734627 (TEMA 51) e PET - n.d.
concessão de benefício previdenciário por decisão judicial precária 12482
Revisão de benefício previdenciário por erro administrativo. Decadência RE 699535 (TEMA 632) - n.d.
Cumulação de benefícios previdenciários RE 687813 (TEMA 599) - n.d.
Eficácia do EPI. Agentes nocivos à saúde. REsp 1828606/RS (Tema RR 1090) - n.d.
Total 631,0 675,9
n.d. (informação não disponível).
1 A partir do PLDO 2024 foi reclassificado e passou a ser risco provável.
Fonte: AGU. Elaboração: STN/ MF.

48
4.1.1.5 Demandas Judiciais das Empresas Estatais Dependentes da União
Segundo as informações prestadas pela Secretaria de Coordenação e Governança das
Empresas Estatais (SEST), órgão responsável pela supervisão e controle das empresas estatais federais,
as ações judiciais das empresas dependentes em que o risco de perda é considerado possível,
configurando passivos contingentes, totalizam cerca de R$ 3,6 bilhões, sendo constituídas por
demandas judiciais de natureza trabalhista, tributária, previdenciária e cível, conforme demonstrado
na Tabela 19.
As reclamações trabalhistas totalizam aproximadamente R$ 1,2 bilhão. Em geral, estas
ações advêm de litígios por reivindicação de atualização salarial ou recomposição de perdas
decorrentes de índices utilizados por ocasião dos Planos Econômicos. Também estão incluídas neste
grupo as demais ações relativas aos empregados como solicitações de pagamento de horas-extras,
descumprimento de dissídio coletivo, pagamento de diárias, adicional noturno, adicional de
periculosidade e insalubridade e incorporação de gratificação.
As ações cíveis se referem a pleitos de direito de natureza civil, ou seja, não-criminal,
podendo se tratar de conflitos nas áreas familiar, sucessória, obrigacional ou real. No caso das
empresas estatais federais dependentes, as ações se referem a uma diversidade de questionamentos,
como indenizações por danos materiais, acidentes, desapropriação, garantia de participação do
impetrante em contratos de opção e leilões eletrônicos, ação de cobrança, protesto de títulos,
suspensão dos efeitos dos atos administrativos, suspensão de multa, dentre outros. As ações cíveis das
Estatais Federais Dependentes somaram aproximadamente R$ 2,3 bilhões.
As demandas previdenciárias totalizaram cerca de R$ 20,8 milhões e correspondem
àquelas em que as Empresas são acionadas pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) pelo
não recolhimento das contribuições previdenciárias de seus empregados. As lides de ordem tributária
somaram R$ 89,5 milhões e derivam de não recolhimento de impostos pelas Empresas, notadamente
os devidos aos estados e municípios.

Tabela 19 - Demandas Judiciais das Empresas Estatais Federais Dependentes – Risco Possível
Em R$ milhões
Empresa Tipo de Demanda/Estimativa de Impacto
Trabalhista Cível Previdenciário Tributário Total
LDO PLDO LDO PLDO LDO PLDO LDO PLDO LDO 2023 PLDO 2024
2023 2024 2023 2024 2023 2024 2023 2024
(*) Engenharia, 70,4 - 1.091,3 - 8,9 - 8,2 - 1.178,8 -
Construções e
Ferrovias - VALEC
Cia 6,5 33,4 1.113,3 425,1 - - 0,2 20,9 1.120,0 479,4
Desenvolvimento
V. S. Francisco e
Parnaíba -
CODEVASF
Empresa 314,5 277,9 154,6 191,4 - - - - 469,1 469,2
Brasileira de
serviços
hospitalares -
EBSERH
Cia Brasileira De 304 270,8 75,5 83,0 - - 6 1,2 385,5 354,9
Trens Urbanos -
CBTU

49
Em R$ milhões
Empresa Tipo de Demanda/Estimativa de Impacto
Trabalhista Cível Previdenciário Tributário Total
LDO PLDO LDO PLDO LDO PLDO LDO PLDO LDO 2023 PLDO 2024
2023 2024 2023 2024 2023 2024 2023 2024
Empresa 146,7 159,2 14 9,5 1 - 0,2 1,9 161,9 170,6
Brasileira de
Pesquisa
Agropecuária -
Embrapa
Grupo Hospitalar 56,5 198,8 63,6 109,5 - - - 120,1 308,3
Conceição - GHC
Telecomunicaçõe 0,6 0,6 93,5 95,6 - - 23,3 24,0 117,4 120,1
s Brasileiras S.A -
TELEBRAS
Empresa Brasil de 58,7 62,8 7,2 5,4 12,1 12,2 2 2,1 80,0 82,5
Comunicação -
EBC
Cia Nacional de 40,2 42,9 5,2 7,8 - - 15,2 31,2 60,6 81,9
Abastecimento -
CONAB
(*) Empresa de 0,3 - 48,7 - - - - - 49,0 -
Planejamento e
Logística - EPL
Empresa de Trens 9,5 15,5 23,2 21,3 - - - - 32,7 36,8
Urbanos de Porto
Alegre S.A -
TRENSURB
Nuclebras 11,5 11,0 17,7 51,9 - - - 29,2 62,9
Equipamentos
Pesados S/A -
NUCLEP
(1) Infra S.A. - 64,2 - 1.288,2 8,6 8,3 - 1.369,4
(2) Indústrias 9,6 - 7,3 - - - 5,4 - 22,3 -
Nucleares do
Brasil S.A. - INB
Indústria de 17 18,2 2,7 2,5 - - - - 19,7 20,7
Material Bélico do
Brasil - IMBEL
Centro Nac. de 5,3 5,1 2,1 2,1 - - - - 7,4 7,1
Tecnologia
Eletrônica
Avançada S.A -
CEITEC
Amazônia Azul 6,5 4,8 - 0,0 - - - - 6,5 4,8
Tecnologias de
Defesa S.A -
AMAZUL
Cia de Pesquisa 3,4 1,0 1,2 2,2 - - - - 4,6 3,2
de Recursos
Minerais - CPRM
Empresa Pesquisa - 0,3 - 0,0 - - - - 0 0,4
Energética - EPE
Hospital de - 0,0 - 0,0 - - - - 0 -
Clínicas de Porto
Alegre - HCPA
Total 1.061,2 1.166,3 2.720,9 2.295,5 22,0 20,8 60,5 89,5 3.864,6 3.572,1
Obs.: ARF LDO 2023, Posição: 30/6/2022. ARF PLDO 2024, Posição: 31/12/2022. Valores das colunas LDO 2023 referem-se à atualização do ARF de
2023.
1 A Infra S.A. empresa pública que nasce da junção da (*) Valec Eng., Const. e Ferrovias S.A. com a (*) Empresa de Planejamento e Logística (EPL).
2 INB se tornou estatal não dependente em 2022, o que faz com que as demandas judiciais deixem de constar nesse quadro de risco possível, a partir

deste ARF PLDO 2024.


Fonte: SEST/MGI. Elaboração: STN/MF.

50
4.1.1.6 Demandas Judiciais Contra o Banco Central do Brasil (BCB)
O Banco Central do Brasil (BCB), em 31 de dezembro de 2022, era parte em 8.969 ações,
sendo 2.509 no polo ativo, 6.179 no polo passivo e 281 tendo o BCB como parte interessada.
As ações judiciais nas quais o BCB era parte em 31 de dezembro de 2022 referem-se a
diversos assuntos, entre os quais planos econômicos, reclamações trabalhistas, liquidações de
instituições financeiras e privatizações.
Em atenção ao disposto no art. 35 da Lei nº 14.436, de 9 de agosto de 2022 (Lei de
Diretrizes Orçamentárias – LDO 2023), as dotações aprovadas na lei orçamentária anual destinadas ao
pagamento de débitos oriundos de decisões judiciais transitadas em julgado serão descentralizadas
aos tribunais requisitantes dos precatórios, aos quais competirá efetuar os pagamentos aos
beneficiários. Em virtude disso, os recursos orçamentários e financeiros não transitarão pelo BCB
(entidade devedora).
As ações judiciais em que o risco de perda foi considerado menor que provável e maior
que remoto foram classificadas como passivos contingentes e assim não foram provisionadas. Em 31
de dezembro de 2022, havia 778 ações nessa situação, totalizando R$ 7,7 bilhões. A maior parte desse
valor refere-se a regimes especiais de resolução para instituições financeiras, no montante de R$ 6,9
bilhões.
A área jurídica avalia todas as ações judiciais levando em consideração o valor em
discussão, a fase processual e o risco de perda, que é calculado com base em decisões ocorridas no
processo, na jurisprudência aplicável e em precedentes para casos similares.
O Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) era parte em 553 ações
judiciais em 31 de dezembro de 2022, sendo 3 no polo ativo, 547 no polo passivo e 3 tendo o Proagro
como parte interessada. As ações judiciais estão relacionadas, principalmente, a contestação das
decisões sobre os pedidos de cobertura dos produtores rurais.
As ações judiciais em que o risco de perda foi considerado menor que provável e maior
que remoto foram consideradas como passivos contingentes e assim não foram provisionadas. Em 31
de dezembro de 2022, havia 129 ações nessa situação, totalizando R$ 48,0 milhões.
A distribuição dos valores do passivo contingente do BCB de acordo com a instância está
discriminada na Tabela 20, a seguir:
Tabela 20 - Passivo Contingente do BCB por instância
Em R$ milhões
Estimativa de Impacto
Instância LDO 2023 PLDO 2024
BCB Proagro Total BCB Proagro Total
STF - - - 30,0 - 30,0
STJ 167,0 - 167,0 147,0 - 147,0
TST 6,0 - 6,0 7,0 - 7,0
Turmas Recursais 2,0 - 2,0 2,0 - 2,0
Juizado Especial 1,0 1,0 2,0 1,0 1,0 2,0
1º Grau 7.121,0 24,0 7.145,0 7.266,0 26,0 7.292,0
2º Grau 248,0 21,0 269,0 183,0 21,0 204,0

51
Em R$ milhões
Estimativa de Impacto
Instância LDO 2023 PLDO 2024
BCB Proagro Total BCB Proagro Total
Total 7.545,0 46,0 7.591,0 7.636,0 48,0 7.684,0
Posição: 31/12/2022. Valores das colunas LDO 2023 referem-se à atualização do ARF de 2023.
Fonte: BCB. Elaboração: STN/MF.

4.1.1.7 Demandas Judiciais classificadas como de Risco Provável


A Portaria Normativa AGU nº 68/2022, conforme mencionado anteriormente, atualizou
a classificação das ações judiciais quanto à probabilidade de perda, estabelecendo para este tipo de
risco:
“Art. 3º A classificação das ações judiciais quanto à probabilidade de perda observará os
seguintes critérios:
I - risco provável, que abrange:
a) ação de conhecimento, ação de controle concentrado de constitucionalidade ou
recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida, com decisão do Supremo
Tribunal Federal desfavorável à Fazenda Pública;
b) ação de conhecimento ou recurso repetitivo com decisão do Superior Tribunal de
Justiça ou do Tribunal Superior do Trabalho desfavorável à Fazenda Pública, que não
tenha matéria passível de apreciação pelo Supremo Tribunal Federal;
c) ação de conhecimento contra a Fazenda Pública, cuja questão de direito tenha sido
julgada desfavorável à Fazenda Pública nos termos das alíneas “a” e “b” deste inciso; e
d) ações judiciais que se encontrem em fase de cumprimento de sentença, cuja questão
de direito tenha sido julgada desfavorável à Fazenda Pública nos termos das alíneas “a”
e “b” deste inciso.

O conjunto de normativos utilizado pela AGU na classificação das demandas judiciais


quanto à probabilidade, e, exaustivamente mencionados ao longo desta seção, auxilia a estimativa do
risco e a composição do impacto financeiro das respectivas ações judiciais acompanhadas pela
instituição. Nas tabelas a seguir, estão listadas as ações judiciais classificadas como de risco provável,
no âmbito da AGU, e, portanto, incluem as ações de responsabilidade dos seguintes órgãos:
Procuradoria-Geral da União (PGU), Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e Procuradoria-
Geral Federal (PGF), além das ações judiciais de risco provável a cargo da Secretaria de Coordenação e
Governança das Empresas Estatais (SEST) e do Banco Central do Brasil (BCB).
A PGF representa as autarquias e fundações públicas junto ao Poder Judiciário e, dentre
as instituições consideradas no escopo da AGU, foi a de maior representatividade acerca das ações
com risco provável, com cerca de R$ 482,5 bilhões (R$ 2,5 bilhões na atualização do ARF de 2023),
montante este significativamente alterado em razão da Portaria Normativa AGU nº 68/2022.

52
No âmbito da PGU13, que representa a União junto ao Poder Judiciário em suas diversas
instâncias, as ações com risco provável somam cerca de R$ 227,4 bilhões (R$ 188,0 bilhões na
atualização do ARF de 2023), com destaque para as ações que têm como tema o Fundo de Manutenção
e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF.
No âmbito da PGFN, que representa a União nas ações judiciais relativas à tributação
federal, as ações desta natureza de risco provável alcançaram o montante de R$ 293,9 bilhões (R$
324,7 bilhões na atualização do ARF de 2023).

Tabela 21- Estimativas de impacto das ações judiciais de Risco Provável dos órgãos da AGU
Em R$ bilhões
Estimativa de impacto
Órgão Responsável
LDO 2023 PLDO 2024
Procuradoria-Geral Federal (PGF) 2,5 482,5
Procuradoria-Geral da União (PGU) 188,0 227,4
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) 324,7 293,9
Total 515,2 1.003,8
Fonte: AGU. Elaboração: STN/MF. Valores da coluna LDO 2023 referem-se à atualização do ARF de
2023.

Tabela 22- Demandas judiciais de Risco Provável no âmbito da PGU


Em R$ bilhões
Estimativa
Processo de impacto
Ações Judiciais
de referência LDO PLDO
2023 2024
FUNDEF - ACP 0050616-27.1999.4.03.6100. Diversas Ações. Exemplos: 1000943-94.2017.4.01.3700 90,0 90,0
(municípios do Estado do Maranhão)1022241-74.2019.4.01.3700
(Estado do Maranhão) 0802946-41.2018.4.05.8200 (Estado da
Paraíba)
FUNDEF. ACOs 648 (Bahia), 660 (Amazonas), 661 (Maranhão), 669 22,5 24,4
(Sergipe), 683 (Ceará), 700 (Rio Grande do Norte), 701 (Alagoas),
722 (Minas Gerais), 718 (Pará) e 658 (Pernambuco)
Compensação de ICMS dos Estados. LC 192 e ACO 3586; ACO 3587; ACO 3590; ACO 3591; ACO 3592; ACO 3594; - 19,6
LC 194 ACO 3595; ACO 3596; ACO 3601; ACO 3605; ACO 3607; ACO 3611;
ACO 3614; ACO 3615; ACO 3620
FUNDEF - Ações movidas diretamente pelos Execuções apuradas no DCP da PGU (08003527320174058108) 18,6 18,6
entes federados.
1 Intervenção do Estado no domínio ARE 1265503 - 9,5
econômico. Fixação de tarifas pelo ente
central no período compreendido entre 1987
a 1992. Manutenção da equação financeira
original do contrato de concessão.
Auditores fiscais. Reajuste de 28,86% sobre a RESP Nº 1318315/AL (Número de origem: 0004027- 7,1 7,1
RAV. Incidência na forma integral. 64.2011.4.05.0000) e demais ações relacionadas ao tema
Diferenças salariais. Vários processos como por exemplo: ASPOMETRON – 5,8 4,8
306745320154013400/17710820154013400 :R$
15.250.787,97,03/2015 - AO 0020877-34.2007.4.01.3400

13
Na Tabela 22 são apresentadas também as ações judiciais que se encontram na Secretaria Geral de Contencioso (SGCT),
quando não relacionadas a tema tributário

53
Em R$ bilhões
Estimativa
Processo de impacto
Ações Judiciais
de referência LDO PLDO
2023 2024
Gratificações de desempenho – GDAT. Diversos, como exemplo o 0005097-39.2016.4.01.3400 - MS 4,3 4,3
COLETIVO 0028427-61.1999.4.01.3400 / MS COLETIVO 0006246-
61.2002.4.01.3400
Correção de expurgos inflacionários. 0002243-78.1993.4.01.3400 3,8 3,8
Equiparação dos aposentados e pensionistas RESP nº 1244632/CE (Número de origem: 0016386- 3,1 3,1
do extinto DNER com os servidores do DNIT. 69.2006.4.05.8100) e demais ações relacionadas ao tema
Ação Ordinária - 28,86% s/RAV. "AO 97.3486-0, AO 97.6372-0 e AO 98.0008-9" 3,0 -
Incorporação de GAT ao VB. 0000423-33.2007.4.01.3400 3,0 3,0
ASDNER - PEC DNIT - Reenquadramento dos 0006542-44.2006.4.01.3400 - 2,9
aposentados e pensionistas do DNER no
DNIT.
Servidor Público - Pagamento de GIFA. AR 5549/DF (2015/0015867-0) - 0015867-54.2015.3.00.0000 2,6 2,6
Desapropriação. Algumas ações :0020878-23.2001.4.03.6100 (SC ADM consorcio 2,3 2,3
Almeida Prado) 0216425-57.1900.4.02.5101(Americo da Costa -
espolio) 50170449120194036100 (Arnaldo e Angelo Poci - espolio
)
Indenização por dano material. Aeroporto 0002042-15.1999.4.01.3000 2,0 2,0
internacional de Rio Branco/AC.
Reajuste de 28,86% incidentes sobre a RAV. 0400291-47.1994.4.03.6103 e demais ações relacionadas ao tema 2,0 2,0
Anistia política. Possibilidade de acumulação EREsp nº 1467148 / SP (2014/0151681-2) 0004263- 1,8 1,8
de reparação econômica com indenização 64.2007.4.03.6126 e demais ações relacionadas a todos os
por danos morais. anistiados e herdeiros dos anistiados pela Lei n. 10.559/02
Pagamento de GIFA aos substituídos da 0039117-76.2004.4.01.3400 - 1,8
ANFIP (Auditores Previdenciários)
aposentados ou pensionistas em paridade
com os ativos
Reenquadramento de TFC para AFC 0016612-14.1992.4.01.3400 - 1,8
Indenização por Dano Material 0045939-32.2014.4.01.3400 (TRF1_1) - 1,7
Ação Ordinária – Sucroalcooleiro. 0021305-84.2005.4.01.3400 1,6 1,6
Reajuste 3,17%. 0003632-22.1997.4.05.8000 1,5 1,5
Ação Ordinária - Fundos de Pensão. 0008839-79.1999.4.02.5101 (0000690-59.2020.4.02.5101/RJ) 1,2 1,2
Ação Coletiva - SUS - Recomposição de Ação Coletiva NR 0006409-12.2000.4.01.3400 1,1 1,1
Diárias.
Restitução de Valores / Indenização por dano 00227832719944025101 / 0003843-28.2005.4.02.5101 / 1,1 1,1
material. 1030855-27.2021.4.01.3400
Adiantamento PCCS (47,12%) e URPs de abril RT 3126/1995 (0312600-79.1995.5.02.0064) 1,1 1,1
a maio de 1988.
Auditores fiscais. Reajuste de 28,86% sobre a RESP Nº 1478439/RS (Número de origem: 200571000235728) e 1,0 1,0
GEFA. Incidência de forma integral. demais ações relacionadas ao tema
Ação Ordinária – Sucroalcooleiro. 0022411-76.2008.4.01.3400 1,0 1,0
Ação Ordinária - Indenização – Fibrasa. 0086241-05.1995.8.17.0001 (001.1995.086241-0/00) 1,0 1,0
Ação Ordinária – SUCRO. 0000627-09.1990.4.05.8300 1,0 1,0
Ação Trabalhista - Diferenças Salariais. MS 0737165-73.2001.5.55.5555- 1055745-37.2020.4.01.3700 1,0 1,0
(TRF1_1) -
Desapropriação por Interesse Social - 0015826-09.1997.4.01.0000 e REsp 1179444 1,0 1,0

Pagamento de RAV aos Técnicos do Tesouro 0002767-94.2001.4.01.3400 - 1,0


Nacional no teto de 8x maior vencimento da
carreira.
Pagamento de GIFA aos substituídos do 6ª VARA FEDERAL CÍVEL DA SJDF (TRF1) - 1,0
SINDIRECEITA

Títulos da Dívida Pública 0027424-66.2002.4.01.3400 - 1,0

54
Em R$ bilhões
Estimativa
Processo de impacto
Ações Judiciais
de referência LDO PLDO
2023 2024
Reenquadramento de Servidores – PUCRCE O processo gerou diversos pedidos de liquidação: 1008139- - 1,0
67.2020.4.01.3100, 1008204-62.2020.4.01.3100, 1008648-
95.2020.4.01.3100, dentre outros.
Reajuste de Remuneração - ASPOMETRON Mandado de Segurança 10.438/DF (0023175-61.2005.3.00.0000) - 1,0
e Reclamação nº 22.536/DF (0321657-77.2014.3.00.0000)
Reequilíbrio do contrato de antecipação de ACO 2178 - 1,0
recursos financeiros decorrentes do
recebimento futuro de royalties de petróleo
e gás natural
2 Ação Execução – FUNDEF. 0006119-05.2015.4.05.8300 1,0 -
Reenquadramento de servidores. 0010391-24.00.010510-0 0,8 -
Fundo Constitucional do Distrito Federal e ACO 3455 0,7 0,7
Imposto de Renda Retido na Fonte das forças
de segurança pública do DF.
Licença maternidade e salário maternidade. ADI 6327 n.d. -
Refinanciamento das dívidas dos Estados ACO 3091 (AP); n.d. n.d.
Suspensão de execução de garantia e AO 1726 (AL); ACO 3438 (MA); ACO 3485 (SC) - n.d.
contragarantia da União em relação aos
Estados
Total 188,0 227,4
1
Conforme nota retificadora n. 00199/2023/SGCT/AGU, de 10 de abril de 2023, o valor do impacto potencial deve ser alterado de R$ 95 bi
para R$ 9,52 bi. Mencionado risco sofreu reclassificação.
2 Risco sofreu reclassificação.

Valores da coluna LDO 2023 referem-se à atualização do ARF de 2023.


Fonte: AGU. Elaboração: STN/MF.

Tabela 23 - Demandas judiciais de Risco Provável de natureza tributária14


Em R$ bilhões
Estimativa
Processo de de impacto
Ações Judiciais
referência LDO PLDO
2023 2024
1 Cofins/PIS. Base de Cálculo, inclusão do ICMS RE 574.706 - Tema de Repercussão Geral nº 236,8 236,8
0069
Cebas - Lei 12.101/2009 ADI 4480 e ADI 4891 29,4 -
Crédito-Prêmio de IPI. 000280-45.1987.4.01.3400 13,2 13,3
Tema 304 - Cofins/PIS. Não-cumulatividade. Vedação à RE 607.109 9,4 9,4
apropriação de créditos na aquisição de resíduos,
desperdícios ou aparas.
Lei do Bem. Revogação antecipada da alíquota zero de REsp 1.725.452/RS, REsp 1.640.493/PE, REsp 6,7 -
PIS/COFINS para os varejistas dos produtos da Lei de 1.674.821/PR, REsp 1.691.578/RS, REsp
Informática (MP 690/15) 1.726.347/RS e REsp 1.809.906/CE
Imposto de renda sobre pensões alimentícias ADI 5422 6,5 -
Índice de Correção de Balanço de Instituições Financeiras 0004181-63.2006.4.01.3300 6,4 6,4
em Liquidação Extrajudicial em Débitos com o PROER.
Alíquota zero PIS-Cofins combustíveis ADI 7181 n.d. 5,7
Imunidade Recíproca 1074228-74.2022.4.01.3400 (ação originária: - 4,7
0008066-96.1994.4.01.3400)
Crédito-Prêmio de IPI. 1998.34.00.023369-3 / 1998.34.00.091966-4 4,0 4,0

14
Ações judiciais de risco provável de natureza tributária no âmbito da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e da
Secretaria-Geral de Contencioso.

55
Crédito-Prêmio de IPI. 2000.01.00.103398-8,1998.34.00.016686-2 e 3,0 3,0
0012458-40.1998.4.01.3400
Alargamento da base de cálculo do PIS/COFINS – Art. 3º, 2005.51.01.011297-9 (0011297-59.2005.4.02.5101) 2,4 2,4
§ 1º da Lei n. 9.718/98.
Imunidade quanto ao IRPJ e ao ITR, para sociedade de 5075103-52.2019.4.04.7100 1,3 1,4
economia mista.
Crédito-Prêmio de IPI. 0703143-93.1993.4.03.6106 1,3 1,3
Crédito-Prêmio de IPI. 0015993-50.1993.4.01.3400 1,2 1,2
IPI nas saídas de produtos importados 5006109-31.2022.4.04.7208 - 1,2
Crédito-Prêmio de IPI. 0008307-07.1993.4.01.3400 1,1 1,1
Crédito-Prêmio de IPI. 5020376-80.2018.4.04.7100 1,0 -
Contribuição previdenciária patronal, RAT e para 5017076-13.2018.4.04.7100 1,0 1,0
terceiros (INCRA, SEBRAE-APEX-ABDI, SESC e SENAC).
IPI nas saídas de produtos importados 5006106-76.2022.4.04.7208 - 1,0
Produto da arrecadação do IRRF - Bens e serviços. ACO 2866; ACO 2847; ACO 2897; ACO 3296; ACO n.d. n.d.
2864; ACO 2970; ACO 2929; ACO 2881; ACO 2854;
ACO 2930
Imunidade. Imposto Importação. Caracterização de RE 630.790 n.d. -
atividade filantrópica (Tema 336).
Precatórios ADI 5755 n.d. n.d.
Total 324,7 293,9
1Alinhamento com o BGU 2021 e 2022, vide explicação contida na pág 35, Tabela 16, da Atualização do ARF LDO 2023.
Valores da coluna LDO 2023 referem-se à atualização do ARF de 2023.
Fonte: AGU. Elaboração: STN/MF.

Tabela 24 - Ações judiciais de Risco Provável no âmbito da PGF


Em R$ bilhões
Ações Judiciais Processo de referência Estimativa
de impacto
LDO PLDO
2023 2024
1Reconhecimento aos segurados que ingressaram na Previdência Social até o REsp 1554596/SC e REsp - 480,0
dia anterior à publicação da Lei nº 9.876/99 o direito de opção, na apuração 1596203/PR (TEMA 999, STJ) e RE
do seu salário-de-benefício, entre a regra “de transição” estabelecida no art. nº 1276976/DF e RE nº
3º da Lei nº 9.876/99. (Revisão da Vida Toda) 1276977/DF (TEMA 1102)
Ação de desapropriação n° 0000232-92.1993.4.01.4300 RESP 1179444 e RESP 1179444 1,5 1,5
(Fazenda Araguaia)
Agência Nacional de Transportes Terrestres - Pretensão indenizatória AR 6151 1,0 1,0
formulada pela empresa EUCATUR.
Índice de atualização de precatórios e pagamentos judiciais. Correção ADIs 4425 e 4357 n.d. n.d.
monetária nas condenações.
Aposentadoria especial. "Pico de ruído" RESP 1886795 (Tema RR 1083) n.d. -
Cobrança de valores recebidos indevidamente a título de benefício RE 1371095 (TEMA 1222) RESP n.d. -
previdenciário 1852691 (TEMA 1064)
Total 2,5 482,5
1 Riscossofreram reclassificação.
Valores da coluna LDO 2023 referem-se à atualização do ARF de 2023.
Fonte: AGU. Elaboração: STN/MF.

O montante do valor das demandas judiciais sob responsabilidade da SEST, que eram
classificadas como de risco provável, em 31/12/2022, somava R$ 3,3 bilhões. As reclamações
trabalhistas e as ações de natureza cível, destacaram-se como as demandas de maior importância em
termos de valor de ações provisionado, totalizando, em conjunto, R$ 3,2 bilhões.

Tabela 25 - Demandas Judiciais de Risco Provável das Empresas Estatais Federais Dependentes

56
Em R$ milhões
Tipo de Demanda/Estimativa de Impacto
Trabalhista Cível Previdenciário Tributário Total
Empresa
LDO PLDO LDO PLDO LDO PLDO LDO PLDO LDO PLDO
2023 2024 2023 2024 2023 2024 2023 2024 2023 2024
(*) Engenharia, Construções e Ferrovias 56,8 - 421,6 - 0,9 - 0,1 - 479,4 -
- VALEC
Cia Desenvolvimento V. S. Francisco e 30,4 7,9 141,6 160,9 - - - - 172,0 168,8
Parnaíba - CODEVASF
Empresa Brasileira de serviços 245,4 400,8 32,6 47,9 - - - - 278,0 448,8
hospitalares - EBSERH
Cia Brasileira De Trens Urbanos - CBTU 170,6 133,9 703,9 281,9 - - 322 37,1 1196,5 453,0
Empresa Brasileira de Pesquisa 85,3 87,7 2,2 2,0 19,5 20,5 1 0,1 108,0 110,3
Agropecuária - Embrapa
Grupo Hospitalar Conceição - GHC 440,3 823,3 8,6 40,6 - - - - 448,9 863,9

Telecomunicações Brasileiras S.A - 13,8 13,3 50,8 49,0 - - 0,1 0,8 64,7 63,1
TELEBRAS
Empresa Brasil de Comunicação - EBC 21,4 21,1 15,3 16,3 - - - 36,7 37,4
Cia Nacional de Abastecimento - 253,3 249,2 51,3 39,3 - - 31,3 15,1 335,9 303,6
CONAB
(*) Empresa de Planejamento e 1,5 - 1,2 - - - - - 2,7 -
Logística - EPL
Empresa de Trens Urbanos de Porto 104 97,0 19,9 31,0 - - - - 123,9 128,0
Alegre S.A - TRENSURB
Nuclebras Equipamentos Pesados S/A - 20 28,0 55,1 17,6 - - - - 75,1 45,6
NUCLEP
(1) Infra S.A. - 83,5 - 436,3 - 0,9 - 0,1 - 520,8

(2) Indústrias Nucleares do Brasil S.A. - 72,1 - 13,8 - - - 19,3 - 105,2 0,0
INB
Indústria de Material Bélico do Brasil - 20,3 16,6 13,9 5,9 - - - - 34,2 22,6
IMBEL
Centro Nac. de Tecnologia Eletrônica 2,6 3,4 - 0,0 - - - - 2,6 3,4
Avançada S.A - CEITEC

Amazônia Azul Tecnologias de Defesa 1,3 4,3 0,1 0,1 - - - - 1,4 4,4
S.A - AMAZUL
Cia de Pesquisa de Recursos Minerais - 2,4 2,4 4,7 4,7 - - - - 7,1 7,1
CPRM
Empresa Pesquisa Energética - EPE 3,1 4,3 - 0,0 - - 2,5 6,6 5,6 10,9
Hospital de Clínicas de Porto Alegre - 60,4 57,1 1,9 3,4 - - - - 62,3 60,6
HCPA
Total 1.605,0 2.034,2 1.538,5 1.136,9 20,4 21,3 376,3 59,9 3.540,2 3.252,3
ARF LDO 2023, Posição: 30/6/2022. ARF PLDO 2024, Posição: 31/12/2022. . Valores da coluna LDO
2023 referem-se à atualização do ARF de 2023.
1 A Infra S.A. é a empresa pública que nasce da junção da (*) Valec Engenharia, Construções e

Ferrovias S.A. com a (*) Empresa de Planejamento e Logística (EPL).


2
Excluída, tendo em vista que essa empresa se tornou estatal não dependente no exercício de 2022.
Fonte: SEST/MGI. Elaboração: STN/MF.

De acordo com as informações prestadas pela Procuradoria-Geral do Banco Central,


as provisões são contabilizadas em 100% do valor em risco (incluindo uma estimativa de
honorários de sucumbência) para todas as ações em que o risco de perda seja classificado como
provável, ou seja, em que o risco de perda seja avaliado como maior do que 50%, segundo a
metodologia própria de classificação de risco desta Procuradoria. Em 31 de dezembro de 2022,

57
foram contabilizadas provisões para 813 ações nas quais o BCB era parte, em um montante da
ordem de R$ 9,5 bilhões. Em relação às ações com risco de perda provável ao Proagro, foram
contabilizadas provisões para 192 ações, totalizando R$ 398,0 milhões. Conforme descrito na
Tabela 26, o valor total de ações judiciais de risco provável sob responsabilidade do Banco Central
é de R$ 9,9 bilhões.

Tabela 26 - Ações judiciais de Risco Provável do BCB por instância


Em R$ milhões
Estimativa de impacto
Instância LDO 2023 PLDO 2024
BCB Proagro Total BCB Proagro Total
STF 1.551,0 - 1.551,0 1.035,0 - 1.035,0
STJ 1.119,0 3,0 1.122,0 2.635,0 9,0 2.644,0
TST 5,0 - 5,0 6,0 - 6,0
Turmas Recursais 1,0 - 1,0 1,0 - 1,0
Juizado Especial - 2,0 2,0 - 1,0 1,0
1º Grau 5.008,0 331,0 5.339,0 4.360,0 355,0 4.715,0
2º Grau 1.675,0 28,0 1.703,0 1.497,0 33,0 1.530,0
Total 9.359,0 364,0 9.723,0 9.534,0 398,0 9.932,0
Posição LDO 2023: 30/06/2022. Posição PLDO 2024: 31/12/2022.
Valores da coluna LDO 2023 referem-se à atualização do ARF de 2023.
Fonte: BCB. Elaboração: STN/MF.

4.1.1.8 Demandas Judiciais dos entes subnacionais contra a União15


As ações judiciais de entes subnacionais contra a União, de risco possível e de risco
provável, sofreram uma expressiva redução em relação ao último Anexo de Riscos Fiscais e foram
estimadas na ordem de R$ 250,3 bilhões (R$ 507,8 bilhões na atualização do ARF de 2023). Desse
montante, as ações relacionadas ao FUNDEF, que envolvem diversos processos e entes
subnacionais, representam R$ 133,5 bilhões, cerca de 53% do total. Ressalta-se que tais ações
estão incluídas nas tabelas anteriores, sendo apresentadas nesta seção para fins de detalhamento
dos riscos de ações que envolvem os entes subnacionais.
Segundo informações da AGU, existe elevada probabilidade da emissão de
precatórios no montante de R$ 6,4 bilhões, no exercício de 2024, relacionada às seguintes ações
cíveis originárias (ACOs) do FUNDEF: 648 (Bahia), 660 (Amazonas), 661 (Maranhão), 669 (Sergipe),
683 (Ceará), 700 (Rio Grande do Norte), 701 (Alagoas), 722 (Minas Gerais), 718 (Pará) e 658
(Pernambuco).

Tabela 27 - Ações judiciais de entes subnacionais contra a União - Risco Possível


Em R$ bilhões
Estimativa
Processo de impacto
Ações Judiciais
de Referência LDO PLDO
2023 2024
Fundo de participação de estados (FPE) e Municípios (FPM) RE 1288634 279,0 -

15
As ações judiciais apresentadas nessa subseção apresentam, apenas, um recorte distinto ao tratamento do tema Entes
Subnacionais, sendo que tais demandas já foram retratadas ao longo da seção de Demandas Judiciais.

58
Em R$ bilhões
Estimativa
Processo de impacto
Ações Judiciais
de Referência LDO PLDO
2023 2024
1Intervenção do Estado no domínio econômico. Fixação de tarifas pelo ente central no ARE 1265503 95,0 -
período compreendido entre 1987 e 1992. Manutenção da equação financeira original do
contrato de concessão.
Ação Declaratória - Estado do Paraná 5018638- 1,0 1,0
71.2015.4.04.7000
Tema 254 - Equiparação de Caixa de Assistência de grupo profissional a entidades RE 600.010 n.d. n.d.
beneficentes de assistência social para fins de imunidade tributária.
Tema 1122 - Imunidade tributária recíproca em favor de sociedade de economia mista ARE 1.289.782 n.d. n.d.
prestadora de serviço público relativo à construção de moradias para famílias de baixa
renda.
Tema 1189 - Aplicabilidade do prazo bienal, previsto no artigo 7º, XXIX, da Constituição RE 1336848 n.d. n.d.
Federal, para cobrança dos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),
por nulidade de contratações temporárias efetuadas pelo Poder Público.
Total 375,0 1,0
1Conforme nota retificadora n. 00199/2023/SGCT/AGU, de 10 de abril de 2023, o valor do impacto potencial deve ser alterado de R$ 95 bi
para R$ 9,52 bi. Mencionado risco sofreu reclassificação.
Valores da coluna LDO 2023 referem-se à atualização do ARF de 2023.
Fonte: AGU. Elaboração: STN/MF.

Tabela 28 - Ações judiciais de entes subnacionais contra a União - Risco Provável


Em R$ bilhões
Estimativa
Processo de impacto
Ações Judiciais
de Referência LDO PLDO
2023 2024
FUNDEF - ACP 0050616- Diversas Ações. Exemplos: 1000943-94.2017.4.01.3700 (municípios do 90,0 90,0
27.1999.4.03.6100. Estado do Maranhão)022241-74.2019.4.01.3700 (Estado do Maranhão)
0802946-41.2018.4.05.8200 (Estado da Paraíba
FUNDEF ACOs 648 (Bahia), 660 (Amazonas), 661 (Maranhão), 669 (Sergipe), 683 22,5 24,4
(Ceará), 700 (Rio Grande do Norte), 701 (Alagoas), 722 (Minas Gerais),
718 (Pará) e 658 (Pernambuco).
Compensação de ICMS dos Estados. LC ACO 3586; ACO 3587; ACO 3590; ACO 3591; ACO 3592; ACO 3594; ACO - 19,6
192 e LC 194 3595; ACO 3596; ACO 3601; ACO 3605; ACO 3607; ACO 3611; ACO
3614; ACO 3615; ACO 3620
FUNDEF - Ações movidas diretamente Execuções apuradas no DCP :08003527320174058108 / 18,6 18,6
pelos entes federados 100189118.2017401.3900 / 5513-45.2005.401.3900/02478-
6.2017.401.3907 / 08087754620174058100 /
100017802.2017.4013902 / 08002097120184058101 /
08002097120184058101 / 00373 - Informações PRU5 :EXECUÇÕES
decorrentes da coletiva da AMA 0011204-19.2003.4.05.8000, da
coletiva da AMUPE 0000001-28.2006.4.05.8300, algumas de coletiva da
APRECE e individuais.
1 Intervenção do Estado no domínio ARE 1265503 - 9,5
econômico. Fixação de tarifas pelo ente
central no período compreendido entre
1987 a 1992. Manutenção da equação

59
Em R$ bilhões
Estimativa
Processo de impacto
Ações Judiciais
de Referência LDO PLDO
2023 2024
financeira original do contrato de
concessão.
Ação Execução – FUNDEF 0006119-05.2015.4.05.8300 1,0 -
Fundo Constitucional do Distrito ACO 3455 0,7 0,7
Federal e Imposto de Renda Retido na
Fonte das forças de segurança pública
do DF.
Reequilíbrio do contrato de ACO 2178 - 1,0
antecipação de recursos financeiros
decorrentes do recebimento futuro de
royalties de petróleo e gás natural
Refinanciamento das dívidas dos ACO 3091 (AP) n.d. n.d.
Estados
Produto da arrecadação do IRRF - Bens ACO 2866; ACO 2847; ACO 2897; ACO 2881; ACO 2854; n.d. n.d.
e serviços.
Suspensão de execução de garantia e AO 1726 (AL); ACO 3438 (MA); ACO 3485 (SC) (*) n.d.
contragarantia da União em relação aos
Estados
Total 132,8 163,8
1
Conforme nota retificadora n. 00199/2023/SGCT/AGU, de 10 de abril de 2023, o valor do impacto potencial deve ser alterado de R$ 95 bi
para R$ 9,52 bi. Risco sofreu reclassificação.
Valores da coluna LDO 2023 referem-se à atualização do ARF de 2023.
Fonte: AGU. Elaboração: STN/MF.

4.1.1.9 Avaliação de Risco das Demandas Judiciais


Conforme explicitado ao longo da seção, as demandas judiciais de risco provável, ainda
que provisionadas no BGU, passaram a ser apresentadas com maior detalhamento neste Anexo V
desde a divulgação do Anexo de Riscos Fiscais do PLDO 2023 (exercício de 2022), devido à elevada
possibilidade de que parte desse risco se transforme em precatórios no curto prazo, impactando as
despesas previstas no orçamento da União. Desse modo, observa-se que o risco total de demandas
judiciais, somando o risco provável e o possível, alcançou R$ 3.758,7 bilhões, um aumento de R$
1.626,4 bilhões em relação ao observado em 2021, o que representa um acréscimo de 76,3%.
As ações classificadas como de risco possível alcançaram o valor de R$ 2.741,8 bilhões
em 2022, um acréscimo nominal de R$ 1.481,4 bilhões em relação ao observado em 2021,
representando um aumento de 175,3%. Já as ações de risco provável totalizaram o montante de R$
1.016,9 bilhões, um aumento de R$ 145 bilhões, ou 16,7% em relação a 2021.
Nos grupos de ações acima referidas, o principal motivo para a elevação expressiva nos
impactos projetados foi a reclassificação de ações judiciais promovida pela nova Portaria Normativa
AGU nº 68/2022.
Conforme apresentado na Tabela 29, destacam-se nas ações classificadas como de risco
possível, as demandas referentes à Administração Direta, que representam 42,3% do total das ações
deste grupo. Já para as ações de risco provável, sobressaem-se as demandas judiciais referentes as
autarquias e fundações que representam 47,4% do total das ações de risco provável.

Tabela 29 - Demandas Judiciais de Risco Possível e Risco Provável


Em R$ bilhões

60
Ano Base
Demandas Judiciais
2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Risco Possível 565,1 884,0 1.195,1 1.528,0 1.540,1 1.316,1 1.260,4 2.741,8
Tributário 327,0 828,3 1.139,5 1.512,8 1.342,1 862,9 842,6 892,8
Demais 238,1 55,6 55,6 15,2 198,0 453,2 417,8 1.849,0
Administração Direta 1,0 4,0 3,1 3,7 171,6 230,6 209,3 1.161,8
Autarquias e Fundações 194,7 8,3 8,3 3,5 16,0 211,6 198,9 675,9
Estatais Dependentes 2,0 2,0 2,1 2,0 4,0 4,9 3,7 3,6
Banco Central 40,4 41,3 42,1 6,0 6,4 6,1 5,9 7,7
Risco Provável 181,7 269,7 162,6 117,6 659,7 707,2 871,9 1.016,9
Tributário 65,8 152,5 56,3 60,3 500,0 384,7 614,2 293,9
Demais 116,0 117,2 106,3 57,3 159,8 322,5 257,7 723,0
Administração Direta 84,5 98,9 87,9 42,7 136,9 306,3 240,5 227,4
Autarquias e Fundações 22,0 8,5 7,0 2,5 8,2 1,0 5,2 482,5
Estatais Dependentes 3,5 2,9 2,7 3,1 5,4 5,4 3,0 3,2
Banco Central 6,0 6,9 8,7 9,0 9,3 9,8 9,1 9,9
Total 746,8 1.153,7 1.357,7 1.645,6 2.199,8 2.023,3 2.132,3 3.758,7
Fonte: AGU, SEST e BCB. Elaboração: STN/MF.

A Tabela 30 mostra que as despesas decorrentes de demandas judiciais contra a União


apresentam, de maneira geral, comportamento crescente, como percentual da despesa primária,
desde 2014. No ano de 2022, tais despesas alcançaram o montante de R$ 58,7 bilhões, em termos
nominais, correspondendo a 3,3% da despesa primária total do ano.

Tabela 30 - Despesas Judiciais em relação à Despesa Primária


Em R$ bilhões
Despesa 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Ações Judiciais (Valores pagos)¹ 18,8 26,1 30,3 31,7 36,5 41,3 50,3 54,9 58,7
Despesa Primária Total 1.046,5 1.164,5 1.249,4 1.279,0 1.351,8 1.441,8 1.947,2 1.614,7 1.802,0
Percentual da Despesa Primária Total 1,8% 2,2% 2,4% 2,5% 2,7% 2,9% 2,6% 3,4% 3,3%
¹ Valores pagos referem-se a todas as Despesas da União em cumprimento a sentenças judiciais.
Fonte: AGU, PGFN, SEST, BCB. Elaboração: STN/MF.

4.1.2 Passivos Contingentes em Fase de Reconhecimento


Para melhor compreensão do que são e da situação em que se encontram os passivos
contingentes em fase de reconhecimento, optou-se por dividi-los em três grupos, sendo eles:
1. Dívidas decorrentes da extinção/dissolução de entidades da Administração
Federal;
2. Dívidas diretas da União; e
3. Dívidas decorrentes do Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS.

Dívidas Decorrentes da Extinção/Dissolução de Entidades da Administração Pública Federal


Por força da Lei nº 8.029, de 12 de abril de 1990, e de outras leis específicas que
extinguiram entidades da Administração Pública Federal, a União sucedeu tais entidades em seus
direitos e obrigações decorrentes de norma legal, ato administrativo ou contrato. Dessa forma, neste
grupo, encontram-se os compromissos assumidos pela União em virtude da extinção/dissolução de
autarquias/empresas, como, por exemplo: Empresas Nucleares Brasileiras S/A – Nuclebrás, Rede

61
Ferroviária Federal S/A – RFFSA, Centrais de Abastecimento do Amazonas – CEASA/AM e Petrobrás
Mineração S/A – Petromisa.
Dívidas Diretas da União
As dívidas de responsabilidade direta da União originam-se de variados eventos. Dentre
esses, podem-se destacar dois: (i) a Constituição de 1988 que determinou a criação dos Estados de
Roraima, Amapá e Tocantins, livres dos compromissos decorrentes dos investimentos feitos nos
respectivos territórios, que foram atribuídos à União; e (ii) dispositivos legais que autorizaram as
instituições financeiras federais a prestar auxílio financeiro, ou participar de alguma política pública,
com o compromisso de posterior ressarcimento, pela União.
Dívidas Decorrentes do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS)
O Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS é um fundo público criado em
1967, como elemento importante do então recém estruturado Sistema Financeiro de Habitação – SFH,
gerido pelo Banco Nacional da Habitação – BNH. O FCVS foi criado com a finalidade de cobrir os saldos
residuais eventualmente existentes no encerramento dos contratos de financiamento habitacional
celebrados no âmbito do SFH. Sua finalidade declarada foi a de “dar tranquilidade aos tomadores dos
financiamentos habitacionais”. As receitas destinadas ao Fundo consistiram/consistem em um aporte
inicial da União, mais as contribuições periódicas dos agentes financeiros e dos mutuários. A Caixa
Econômica Federal - CAIXA é a administradora do FCVS, desde a extinção do BNH, em 1986.
Cerca de 3,4 milhões de contratos de financiamento foram celebrados entre os
mutuários e os diversos agentes financeiros do setor de habitação, contendo a cláusula de cobertura
pelo FCVS, bem como da chamada ‘equivalência salarial’, especialmente nas décadas de 1970/80.
Contudo, nos anos 1980, a combinação de espiral inflacionária, achatamento salarial e decisões
governamentais que ampliaram os subsídios aos mutuários levou ao colapso do sistema, pois o FCVS
não teve/teria fluxo de receitas suficiente para fazer frente aos vultosos saldos devedores reais que
resultaram daqueles fatores.
Com a finalidade de equacionar esse passivo, foi editada a Medida Provisória nº 1.520,
de 24 de setembro de 1996 (convertida na Lei nº 10.150, de 21 de dezembro de 2000), mediante a qual
a União foi autorizada a celebrar, com os agentes financeiros credores do FCVS, contratos de novação
de dívida, os quais estabelecem o pagamento mediante a emissão direta de títulos de longo prazo,
denominados CVS, emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
Devido à circunstância de que outras dívidas (derivadas dos saldos residuais) vieram a
ser legalmente atribuídas à União, houve a segregação operacional dessas importâncias em quatro
Valores de Avaliação de Financiamento – VAFs, a saber:
a) Os saldos residuais dos contratos de financiamento habitacional (encerrados)
constituem o VAF 1, se o recurso não provém do FGTS, e o VAF 2, se a origem do recurso é o FGTS. Eles
são objeto do art. 1º da MP nº 1.520/1996 - Lei nº 10.150/2000.
b) Os créditos denominados “VAFs 3 e 4” não faziam parte da MP original, e foram
posteriormente introduzidos na legislação, contemplando aspectos específicos das operações de
financiamento com recursos do FGTS:

62
i) VAF 3, previsto no art. 15 da Lei nº 10.150/2000, que autorizou o Tesouro Nacional a
assumir e ressarcir o valor das parcelas do pro rata correspondente à diferença entre os
valores do saldo devedor contábil da operação de financiamento habitacional e o saldo
devedor residual de responsabilidade do FCVS;
ii) VAF 4, incorporado no art. 44 da Medida Provisória nº 2.181-45, de 24 de agosto de
2001, que autorizou a União a assumir a diferença entre a taxa de juros dos contratos
de financiamento do Sistema Financeiro da Habitação – SFH, celebrados até dezembro
de 1987 com mutuários finais, lastreados com recursos do FGTS, e a taxa efetiva de
3,12% a.a., referente ao período de 1º/1/1997 a 31/12/2001.
Assim, os VAFs 3 e 4 são créditos adicionais (ou derivados, ou complementares) aos VAFs
1 e 2, que são os saldos residuais de responsabilidade do FCVS referidos no art. 1º da Lei nº
10.150/2000. Por essa razão, a formalização da assunção dos VAFs 3 e 4 (quando existentes) relativos
a determinado lote de contratos ocorre em processo administrativo próprio e, necessariamente, após
a conclusão da novação dos VAFs 1 e 2 daquele lote. O contrato de assunção é celebrado entre a União
e o FGTS (representado pelo seu agente operador, a CAIXA), com a interveniência do agente financeiro.
O controle e a evidenciação dos dois tipos de dívidas originados do FCVS passaram a ser
feitos de forma segregada: (i) no BGU, a partir de 2018; e, (ii) no Anexo de Riscos Fiscais a partir da LDO
de 2019.
O passivo da União decorrente do FCVS vem sendo progressivamente liquidado
mediante a celebração de sucessivos contratos entre a União e os agentes financeiros (ou seus
cessionários, ou o FGTS). De fato, desde 1998 foram celebrados 563 contratos de novação (dos VAFs 1
e 2) ou de assunção (dos VAFs 3 e 4), totalizando R$ 223,0 bilhões, em valores posicionados em
fevereiro/2023. Os contratos estabelecem o pagamento mediante títulos de longo prazo denominados
CVS, com vencimento em 1º de janeiro de 2027, com pagamento de parcelas mensais de juros desde
1º de janeiro de 2005, e de parcelas mensais do principal desde 1º de janeiro de 2009.
Trata-se, assim, do maior passivo contingente da União em regularização. A estimativa
do estoque a ser ainda pago resulta: (i) da apuração dos saldos nos contratos já apresentados à
habilitação (pelos agentes à Caixa); e (ii) das avaliações atuariais periódicas efetuadas por empresa
contratada pela Caixa, e que inclui a parcela de contratos não apresentados à habilitação.
Adicionalmente, a MP nº 513/2010, convertida na Lei nº 12.409/2011, autorizou o FCVS
a assumir, na forma disciplinada em ato do seu Conselho Curador - CCFCVS, direitos e obrigações do
Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação - SH/SFH e oferecer cobertura direta a
contratos de financiamento habitacional averbados na Apólice do SH/SFH.
A Tabela 31 demonstra a evolução da regularização dos passivos contingentes nos
últimos três exercícios, segregados conforme os agrupamentos indicados no início desta seção.
Tabela 31 - Evolução dos passivos contingentes administrados pela STN
Em R$ milhões
2020 2021 2022
Classificação
LOA Empenhado Pago LOA Empenhado Pago LOA Empenhado Pago
Extinção de
- 0 - 0 0
entidades 5.670,90 5.670,00 6.220,70
Dívida direta - 0 - 0 24,4 24,4

63
FCVS 15.857,10 3.816,00 2.623,00 25.000,00 11.923,40 6.541,00 25.000,00 11.359,80 5.097,10
Total 21.528,00 3.816,00 2.623,00 30.670,00 11.923,40 6.541,00 31.220,70 11.384,20 5.121,50
Obs.: Inclui pagamentos relativos a restos a pagar
Fonte e Elaboração: STN/MF

Até o Anexo de Riscos Fiscais do exercício anterior, os valores apresentados nesta


tabela referiam-se aos valores contratados no ano civil. Contudo, a partir de 2021, passou-se a
inscrever os processos de FCVS que se encontravam em estágio avançado de contratação em
restos a pagar. Com isso, passou a existir uma divergência significativa entre o que foi contratado
no ano civil e a execução orçamentária do exercício. Desse modo, a partir deste ARF, passou-se a
adotar a execução orçamentária (sob a lógica da Lei nº 4.320/67) como forma de segregação dos
exercícios. Isso significa que novos pagamentos relativos a empenhos de 2021 e 2022 ainda devem
ser realizados neste ano, quando se aproximarão dos valores que foram efetivamente
empenhados.
Além disso, vale destacar no que tange ao FCVS que as publicações das Leis nº
13.932, de 11 de dezembro de 2019, e, posteriormente, da nº 14.257, de 1º de dezembro de 2021
(que promoveram alterações na Lei nº 10.150/2000) trouxeram um aumento significativo nos
valores empenhados e pagos, como pode-se verificar na tabela ao se comparar o exercício de 2020
com 2021 e 2022, ainda que a execução esteja em um patamar aquém do necessário para a
liquidação do passivo até 31/12/2026.
A Tabela 32 traz a posição do estoque conforme registrado no balanço das unidades
gestoras 170700 e 170381, bem como o estimado na LOA do exercício corrente.

Tabela 32 - Valores provisionados no BGU e estimado na LOA, por tipo de Passivo


Em R$ milhões
Valor do estoque no BGU Valor LOA
Passivo
2020 2021 2022 2023
Extinção de entidades 259,4 288,0 280,1
6.905,0
Dívida direta 1 5.372,8 5.911,0 6.105,0
FCVS VAFs 1 e 2 2 100.566,2 98.643,8 90.537,2
25.000,0
FCVS VAFs 3 e 4 3 7.415,1 7.415,1 7.908,2
Total 113.613,5 112.257,9 104.830,5 31.905,0
1 Refere-se, predominantemente, a passivos contingentes da União com a Caixa, pendentes de
pleno reconhecimento que possibilite o andamento dos respectivos processos administrativos de
regularização. No BGU, esse passivo compõem a categoria “Riscos Fiscais”.
2 Estimativa a partir de informações do balanço do FCVS registrado no SIAFI.
3 Estimativas a partir de informações apresentadas pela CAIXA, administradora do FCVS.

Fonte: STN/ MF e CAIXA. Elaboração: STN/MF.

A Tabela 33 apresenta a estimativa de pagamentos dos passivos em reconhecimento


para o exercício de 2023 e para os três subsequentes, bem como demonstra o impacto fiscal para
cada um deles.

Tabela 33 - Obrigações oriundas de passivos contingentes a regularizar


Em R$ milhões
Fluxo Estimado Impacto
Passivo Credores Financeiro (F)
2023 1 2024 2025 2026
Primário (P)
Extinção de entidades Diversos 280,1 - - - F
Dívida direta CAIXA 2 6.105,0 - - - F

64
Em R$ milhões
Fluxo Estimado Impacto
Passivo Credores Financeiro (F)
2023 1
2024 2025 2026
Primário (P)
FCVS VAFs 1 e 2 Agentes do SFH ou seus cessionários 23.000,0 23.000,0 23.000,0 21.562,0 F
FGTS, com eventual repasse aos
FCVS VAFs 3 e 4 2.000,0 2.000,0 2.000,0 1.883,2 F
agentes do SFH ou seus cessionários
Total 31.385,1 25.000,0 25.000,0 23.445,2
1
Dentro dos limites estabelecidos no LOA 2023 - ações 00Q3 e 00QE.
2 Posiçãoem 31/12/2022.
Fonte: STN / MF e CAIXA. Elaboração: STN/MF.

Destaca-se que as potenciais obrigações atinentes à dívida direta, conforme


demonstrado no BGU, referem-se a dois passivos junto à CAIXA. O processo de reconhecimento e
liquidação de tais obrigações está a cargo da comissão de que trata o Decreto nº 10.802, de 17 de
setembro de 2021.
Há que se ressaltar que estas obrigações geram impacto fiscal no endividamento
público via emissão de títulos, mas não impactam a apuração do resultado primário, pois são
objeto do correspondente ajuste patrimonial pelo Banco Central do Brasil.

4.1.3 Garantias Prestadas pelo Tesouro Nacional


O Sistema de Garantias da União é um dos pilares do regramento fiscal do Brasil,
estruturado para assegurar o equilíbrio das contas públicas e a responsabilidade dos agentes na
condução da política fiscal, assim como garantir o enquadramento legal quanto à natureza do
endividamento dos entes públicos, incluídos os da esfera federal e subnacional.
Tendo em vista a missão da Secretaria do Tesouro Nacional – STN de gerir as contas
públicas de forma eficiente e transparente, o fluxo de trabalho referente às concessões de
garantia pela União no âmbito da STN engloba a concessão de garantias, mas também o controle
e execução de garantias e contragarantias. 16

4.1.3.1 Garantias de Operações de Crédito

Esta classe de passivos contingentes inclui as garantias prestadas pela União a


operações de crédito, nos termos do inciso IV do art. 29 e do art. 40 da LRF. Trata-se dos avais
concedidos pela União aos entes federados e aos entes da administração indireta, das três esferas
de governo, para a concessão de crédito, nos termos da lei. As garantias a operações de crédito
podem ser internas ou externas, conforme a origem do financiamento que é objeto da garantia.
A STN monitora os eventuais atrasos no pagamento de operações de crédito
garantidas, estabelecendo prazos para regularização das pendências e alertando os devedores
quanto às sanções, penalidades e consequências previstas nos contratos e na legislação
pertinente.

16
Relatório Quadrimestral de Operações de Crédito Garantidas (RQG):
https://www.tesourotransparente.gov.br/publicacoes/relatorio-quadrimestral-de-operacoes-de-credito-garantidas-
rqg/2022/29

65
A Tabela 34 sintetiza a evolução do saldo devedor das operações de crédito
garantidas pela União conforme Relatório Quadrimestral de Operações de Crédito Garantidas do
terceiro quadrimestre de 2022, segundo as diferentes naturezas das operações.

Tabela 34 - Saldo devedor das Dívidas Garantidas em Operações de Crédito


Em R$ bilhões
Saldo Devedor
Garantias em
Valor Realizado ($) 1
Operações de Crédito
2017 2018 2019 2020 2021 2022
Garantias Internas 111,5 114,3 109,3 114,1 112,9 105,4
Estados 84,7 91,4 90,9 97,3 96,7 90,1
Municípios 3,9 3,9 4,9 6,9 8,2 9,2
Bancos Federais 6,5 6,1 5,4 4,7 4,1 3,2
Estatais Federais 16,0 12,7 8,2 5,1 3,9 2,9
Entidades Controladas 0,4 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0
Garantias Externas 121,9 143,9 146,6 181,9 190,5 171,5
Estados 91,2 107,7 109,6 135,2 137,4 123,8
Municípios 11,1 13,4 14,6 20,0 22,4 21,7
Bancos Federais 12,6 13,1 12,3 14,4 18,7 15,9
Estatais Federais 1,4 2,2 2,4 2,9 2,9 2,5
Entidades Controladas 5,6 7,5 7,7 9,5 9,2 7,6
Total 233,4 258,2 255,9 296,0 303,4 276,8
1 Utilizada
PTAX de venda do fechamento de 31/12/2022 para apuração de valores em reais.
Fonte e elaboração: STN/MF.

Ao final do 3º quadrimestre de 2022, o saldo da dívida garantida em operações de


crédito alcançou R$ 276,85 bilhões, com a dívida garantida em operações de crédito externas
respondendo por R$ 171,48 bilhões, equivalente a 61,94% do total, enquanto a dívida garantida em
operações de crédito internas representa R$ 105,37 bilhões, 38,06% do total. O saldo devedor das
operações de crédito garantidas pela União apresenta um crescimento de aproximadamente 18,64%
no período entre 2017 e 2022.
A Tabela 35 demonstra as estimativas de saldo devedor das garantias em operações
de crédito e, também, de honras de garantias para o atual e os próximos três exercícios. A previsão
de honras apresenta os valores projetados de pagamentos de garantias da União em obrigações
de entes abrigados pelo Regime de Recuperação Fiscal (RRF) ou em condições de adesão, e de
entes que possuem seus compromissos honrados pela União e que se encontram amparados por
liminares expedidas pelo STF impedindo a regular execução de contragarantias.

Tabela 35 - Estimativas: Saldo Devedor e Honras de Garantias de Operações de Crédito


Em R$ bilhões
Estimativas 2023 2024 2025 2026
Saldo Dev. das Garantias de Op. Cred. (estoque) 279,1 266,4 247,8 226,6
Honras de Garantias a Op. Cred. (fluxo) 15,1 14,5 14,1 13,8
Fonte e elaboração: STN/MF.

A Tabela 36 apresenta o histórico de honras ocorridas entre 1999 e 2022.

Tabela 36 - Garantias honradas pela União

66
Em R$ milhões
Valor Valor
Anos
Estimado Realizado
1999/2000 - 187,3
2001 - 15,3
2002 - 28,0
2003 - 6,5
2004 - 36,1
2005 a 2015 - -
2016 - 2.377,7
2017 - 4.059,8
2018 4.436,1 4.823,1
2019 8.426,3 8.353,7
2020 11.804,1 13.331,4
2021 9.490,3 8.964,8
2022 9.952,8 9.782,9
Fonte e Elaboração: STN/MF.

No que concerne à natureza do impacto, o pagamento de garantias pela União em


operações de crédito é exclusivamente financeiro. As fontes utilizadas para a honra de garantias são
1443 e 1444, ambas alimentadas por receitas de emissões de títulos, sendo a 1443 para amortização
de principal e a 1444 para juros.

4.1.3.1.1 Medidas de mitigação de riscos


As medidas de mitigação para a prevenção de ocorrência do risco contemplam a análise
de oportunidade e conveniência para a concessão da garantia da União nas operações de crédito, o
que implica avaliar a capacidade de pagamento do mutuário e as contragarantias por ele oferecidas
para mitigar os riscos para o Tesouro Nacional.
A materialização desse risco ocorre no pagamento das honras de garantias realizado
pelo Tesouro Nacional advindo do inadimplemento das operações de crédito garantidas. Dessa forma,
o Tesouro Nacional mitiga esse risco ao incorporar a previsão orçamentária para honras de garantias
na necessidade de financiamento bruta do governo federal.
Cabe informar que a concessão de garantias pela União em operações de crédito tem
como contrapartida a vinculação, pelo tomador de crédito, de contragarantias em valor suficiente para
cobertura dos compromissos financeiros assumidos, conforme previsto em lei. Dessa forma, sempre
que a União honra compromissos de outrem em decorrência de garantias por ela oferecidas, são
acionadas as contragarantias correspondentes visando a recuperação dos valores dispendidos na
operação. Além do valor original devido, são incluídos juros de mora, multas e outros encargos
eventualmente previstos nos contratos de financiamento. As contragarantias vinculadas, previstas nos
contratos de contragarantia, podem ser, entre outras: Cotas do Fundo de Participação dos Estados –
FPE; Fundo de Participação dos Municípios – FPM; além do fluxo de outras receitas próprias do ente
da federação.
É importante destacar que a União está impedida de executar as contragarantias de
diversos estados que obtiveram liminares no Supremo Tribunal Federal (STF) suspendendo a execução
das referidas contragarantias e também as relativas aos Estados de Goiás, Rio Grande do Sul e Rio de
Janeiro, que estão sob o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) instituído pela Lei Complementar nº 159,
de 19 de maio de 2017 (alterada pela Lei Complementar nº 178, de 13 janeiro de 2021).

67
4.1.3.1.2 Valores provisionados na LOA referentes aos riscos apresentados
Foram consignadas na Lei Orçamentária Anual – LOA de 2023 dotações orçamentárias
para fazer face aos pagamentos de honras de garantias no valor de R$ 13,17 bilhões. Tal montante
refere-se aos valores projetados de pagamentos de garantias da União em obrigações de estados no
RRF, ou em condições de adesão, e de entes que vem tendo seus compromissos honrados devido a
liminares judiciais.
Tendo em vista as mais recentes inadimplências em operações de crédito garantidas de
estados devido a liminares judiciais advindas da Lei Complementar nº 194/2022, foi solicitada
suplementação nas dotações orçamentárias de honras de garantias constantes da LOA 2023.

4.1.3.1 Garantias de Fundos e Programas


O estoque de garantias prestadas pelo Tesouro Nacional a Fundos e Programas é de R$
3.662,2 milhões, com posição de 31/12/2022. Cerca de 72% desse valor decorre da Lei nº 8.036, de 11
de maio de 1990, referente ao risco de operações ativas junto ao Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS), enquanto os demais valores são referentes à Assunção de Riscos das Operações do
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura – Pronaf e do Programa de Recuperação da
Lavoura Cacaueira Baiana.
Em 2022, a STN realizou o pagamento de R$ 30,9 milhões no âmbito do Programa de
Recuperação da Lavoura Cacaueira Baiana (ação orçamentária 00QM). Destaca-se que esse valor já
estava previsto na LOA 2022 e em RAP com dotação orçamentária específica. Da mesma forma, foi
previsto na LOA 2023 o valor de R$ 100 milhões para a mesma finalidade no âmbito do Programa de
Recuperação da Lavoura Cacaueira Baiana.
A Tabela 37 mostra a evolução do estoque de garantias prestadas a Fundos e Programas
e dos pagamentos realizados nos últimos 3 exercícios.

Tabela 37 - Garantias prestadas pelo TN a fundos e programas

Em R$ milhões
Garantias a fundos e programas 2018 2019 2020 2021 2022
Saldo de garantias (estoque) 22.862,3 23.674,6 5.631,3 3.651,3 3.662,2
Honras de garantias realizadas (fluxo) - 153,7 25,1 185,4 30,9
Fonte e elaboração: STN/MF.

4.1.4 Fundos Constitucionais de Financiamento


A Constituição Federal de 1988 destinou 3% do produto da arrecadação dos
impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR) e sobre produtos industrializados
(IPI) para aplicação em programas de financiamento aos setores produtivos das Regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste. Com isso, foram criados os Fundos Constitucionais de Financiamento
do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO), para os quais são transferidos
aqueles recursos.

68
Tendo em vista que os Fundos têm natureza pública e compõem o patrimônio da
União, as provisões reduzem, indiretamente, o patrimônio da União. Por esta razão, estão
contidos neste Anexo de Riscos Fiscais.
A Portaria Interministerial nº 11, de 28/12/2005, editada pelos Ministérios da
Integração Nacional – MI e da Fazenda – MF, estabelece as normas de contabilização e de
estruturação dos balanços dos fundos FNO, FNE e FCO, bem como os critérios para provisões e
registro de prejuízos. De acordo com os critérios estabelecidos em seu artigo 3º, nas operações
em que os Fundos assumam risco integral ou compartilhado, o banco administrador de cada
Fundo deve constituir provisão para créditos de liquidação duvidosa referentes às parcelas do
principal e encargos vencidos há mais de cento e oitenta dias. Tais provisionamentos resultam em
déficit primário no momento de sua ocorrência.
Com base no balanço dos Fundos Constitucionais de 31/12/2022 para o FCO, o FNE e o
FNO, constata-se que as despesas com provisões para devedores duvidosos somaram,
respectivamente, R$ 13,5 milhões, R$ 919,6 milhões e R$ 173,6 milhões, totalizando R$ 1.106,7
milhões. Tais valores estão apresentados nas contas de resultado dos balanços dos respectivos fundos.
Adicionalmente, os bancos administradores desses fundos projetam os valores de provisão esperados
para os anos futuros. A Tabela 38 consolida essas informações.

Tabela 38 - Fundos Constitucionais: previsão de despesas com provisão para devedores duvidosos
Em R$ milhões
Realizado Estimativa
Fundos
2022 1 2023 2024 2025 2026
FCO 13,5 12,2 11,0 9,9 8,9
FNE 919,6 862,8 944,9 1.035,5 1.123,6
FNO 173,6 226,9 198,7 169,2 133,7
Total 1.106,7 1.101,9 1.154,5 1.214,5 1.266,2
1 Valoresefetivamente realizados (31/12/2022).
A despesa com provisão para devedores duvidosos afeta a rubrica de resultado dos fundos constitucionais que,
por sua vez, impacta o resultado primário do Governo Central.
Fonte: Bancos Administradores dos Fundos Constitucionais. Elaboração: STN/MF.

Por outro lado, os créditos baixados como prejuízo e registrados em contas de


compensação podem ser futuramente recuperados, mesmo que em pequena fração. Esses créditos,
que outrora geraram impacto fiscal negativo no momento da provisão, poderão afetar positivamente
o resultado primário na eventualidade de recuperação. Com base nos balanços de 31/12/2022, para o
FCO, o FNE e o FNO, os valores baixados como prejuízo e não recuperados até a referida data, relativos
a operações com risco dos fundos, foram de R$ 728,2 milhões para o FCO, R$ 11.096,2 milhões para o
FNE e R$ 4.096,1 milhões para o FNO, totalizando R$ 15.920,6 milhões, conforme Tabela 39. Os
valores constantes da coluna A correspondem a créditos outrora baixados em prejuízo que foram
recuperados no decorrer de 2022.

Tabela 39 - Recuperação e estoque de créditos dos fundos constitucionais baixados como prejuízo
Em R$ milhões
Recuperação de créditos Estoque de créditos
Quociente de recuperação
Fundos1 baixados como prejuízo baixados como prejuízo
(A/B)
(A) (B)
FCO 6,5 728,2 0,90%
FNE 791,2 11.096,2 7,13%

69
Em R$ milhões
Recuperação de créditos Estoque de créditos
Quociente de recuperação
Fundos1 baixados como prejuízo baixados como prejuízo
(A/B)
(A) (B)
FNO 253,6 4.096,1 6,19%
Total 1.051,3 15.920,6 6,60%
1Posição:31/12/2022
Fonte: Balanços Patrimoniais dos Fundos Constitucionais e informações enviadas pelos bancos administradores.
Elaboração: STN/MF.

O impacto dessas operações nas estatísticas fiscais, seja de provisão ou de


recuperação de créditos, se dá na rubrica de resultado dos fundos constitucionais e afeta o
resultado primário do Governo Central.

4.1.5 Seguro de Crédito à Exportação - Fundo de Garantia à Exportação


O Seguro de Crédito à Exportação (SCE) é o instrumento público da União para cobertura
contra riscos comerciais, políticos e extraordinários, com lastro no Fundo de Garantia à Exportação
(FGE), que possam afetar operações de crédito às exportações brasileiras. O SCE pode cobrir
financiamento concedido por qualquer banco, público ou privado, brasileiro ou estrangeiro, a
exportações brasileiras, sem restrições de bens ou serviços ou quanto ao país do importador.
A garantia da União para operações de crédito à exportação cobre: a) riscos comerciais
para prazos de financiamento superiores a 2 anos; b) riscos políticos e extraordinários para qualquer
prazo de financiamento; c) riscos comerciais, políticos e extraordinários para micro, pequenas e médias
empresas (MPME) em operações de até 2 anos (este tipo de operação está suspenso, no momento); e
d) risco de adiantamento de recursos e de performance para o setor de defesa e para produtos
agrícolas beneficiados por cotas tarifárias para mercados preferenciais.
As principais informações atuariais do FGE são apresentadas a seguir, com destaque
para os valores de exposição total do fundo, que totalizam US$ 6,4 bilhões (posição de jan/2023).
Em relação à solvência, que é a capacidade do fundo de fazer frente às suas
obrigações correntes, além da capacidade de reter novas obrigações, as métricas para o seu
cálculo encontram-se na Tabela 40.

Tabela 40 - Indicadores de Solvência do FGE


Em milhões (R$/US$)
Indicadores de Solvência FGE jan/2023 dez/2022 △%
Patrimônio Líquido do FGE (Contábil) (R$) 40.842,2 40.676,6 0,4%
Patrimônio Líquido do FGE (Contábil) (US$) 8.009,4 7.795,9 2,7%
PPNG (Provisão de Prêmios não ganhos) (US$) 394,6 416,3 -5,2%
Exposição Vigente Total (Cobertura Total Atual) (A) (US$) 6.410,5 6.620,9 -3,2%
Capital Requerido (k%) (B) 10,01% 10,05% -0,4%
Margem de Solvência (Patrimônio Líquido Exigido - PLE) = (A)*(B) US$ 641,6 665,4 -3,6%
*Cotação Ptax do último dia do mês para venda.
Fonte: ABGF.
Elaboração: CAMEX/SE/MDIC.

70
4.1.5.1 Riscos fiscais mapeados relacionados a operações do FGE
Com relação aos riscos fiscais mapeados relacionados às operações do FGE, embora haja
sustentabilidade atuarial e provisionamento de liquidez adequado do Fundo, seu limite operacional se
dá por meio de sua capacidade de indenização e, por conseguinte, pela dotação orçamentária
consignada. Dessa forma, a incerteza na obtenção da dotação orçamentária necessária à operação do
SCE/FGE gera risco ao pagamento de garantias.
Isso ocorre porque se trata de fundo especial de natureza contábil, nos termos do §1º
do art. 71 do Decreto nº 93.872/1986, constituído por disponibilidades financeiras evidenciadas em
registros contábeis, destinadas a atender a saques efetuados diretamente contra o caixa do Tesouro
Nacional. Os recursos da arrecadação de prêmios e seu patrimônio, portanto, destinam-se à Conta
Única do Tesouro, e, sem autorização orçamentária, não podem ser livremente utilizados para eventual
honra de garantias ou dispêndio com outras atividades necessárias à operação do Fundo, como a
contratação de advogados para a recuperação de créditos e a devolução de prêmios. Segundo o art.
72 do decreto já mencionado, a “aplicação de receitas vinculadas a fundos especiais far-se-á através
de dotação consignada na Lei de Orçamento ou em crédito adicional.”
No que tange à natureza das despesas do FGE, essas se enquadram na categoria das
despesas discricionárias e, no caso de limitações de empenho e movimentação financeira para
cumprimento da meta fiscal, no transcorrer da execução orçamentária, há impactos em tal categoria
de despesa, de acordo com o que estabelece o art. 9º da LRF.
Há ainda o risco cambial associado às operações do FGE, uma vez que as suas despesas
são lastreadas em dólar estadunidense, enquanto o orçamento é estabelecido em moeda nacional. A
variação cambial entre o momento da elaboração do orçamento para um exercício até o momento do
pagamento da indenização gera incerteza quanto à adequação orçamentária do Fundo. Ressalta-se
que o período entre a elaboração do orçamento e o efetivo pagamento de indenização pode durar até
dois anos.
Os últimos exercícios vêm consolidando tendência de queda acentuada na exposição
brasileira relacionada ao uso da ferramenta de seguro de crédito à exportação, principalmente em
virtude de:
• O Fundo de Garantia à Exportação – FGE, que dá lastro ao Seguro, passou a enfrentar
restrições orçamentárias mais significativas a partir de 2017, quando o volume de
sinistros nas operações cobertas pelo SCE aumentou de maneira importante devido aos
defaults soberanos de Moçambique, Venezuela e Cuba;
• Como efeito secundário, o aumento nas constrições orçamentárias enfrentadas pelo
Fundo levou à adoção de mecanismos internos prudenciais adicionais para a aprovação
de novas operações, como por exemplo a impossibilidade de avaliação nos comitês de
operações com potencial impacto financeiro no mesmo exercício da aprovação quando
não há adequação entre a dotação orçamentária e os compromissos já assumidos;
• Registra-se que entendimento da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (Parecer no
4.392/2022/ME, de 4 de abril de 2022), esclareceu não haver necessidade de dotação
orçamentária específica para aprovação de novas operações dado que não implica
dispêndio. Logo, novas operações são esperadas nos próximos meses;
• Como resultado secundário das punições oriundas de processos judiciais envolvendo
empresas que detinham fatia significativa da exposição na política pública, com

71
destaque para o setor de infraestrutura, uma parte das operações aprovadas tiveram
seus saldos cancelados e excluídos da exposição nacional;
• Ademais, número significativo de operações de exportação com cobertura do SCE foram
concluídas, consequentemente tendo seus saldos removidos da referida exposição.
Em janeiro de 2023, a exposição total do FGE estava em US$ 6,4 bilhões com a seguinte
distribuição por setor do devedor: 45,6% em Transporte Aéreo de Passageiros, 43,7% em
Administração Pública, 5,3% em Energia Elétrica, 4,8% em Defesa e 0,5% em outros setores. Quanto à
exposição do FGE por agente financeiro, em janeiro de 2023, 91,3% do total da carteira corresponde
às operações financiadas pelo BNDES.

4.1.5.2 Possíveis consequências de insuficiência de orçamento do FGE


Na hipótese de a União não honrar sua obrigação em um contrato regularmente
constituído, o Garantido poderá procurar a execução da dívida via processo judicial e a União terá que
pagar juros de mora em razão do atraso, conforme determinado pelo Artigo 5º da Lei n° 11.960, de 29
de junho de 2009:
“Art. 5º Nas condenações impostas à Fazenda Pública,
independentemente de sua natureza e para fins de atualização
monetária, remuneração do capital e compensação da mora, haverá a
incidência uma única vez, até o efetivo pagamento, dos índices oficiais de
remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança”.
No entanto, as consequências do não pagamento das obrigações do SCE/FGE podem ter
maior abrangência. A fim de detalhar essa perspectiva tem-se que, até o momento, as indenizações
dos sinistros que já estão em curso têm como beneficiário o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social e o Banco do Brasil. A inadimplência com esses Garantidos pode configurar
operação de crédito com instituição financeira controlada pela União, prática vedada pelo Artigo 36 da
Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal):
“Artigo 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição
financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de
beneficiário do empréstimo”.
Ainda, é importante alertar que, caso o Garantido seja uma instituição financeira
internacional, existe a possibilidade de declaração do Cross-Default (inadimplência cruzada) do Brasil,
que vincula contratos de dívida não relacionados, implicando a possibilidade de declaração do default
do Brasil em todos os contratos em que o país figura como devedor. Esse cenário traria consequências
inestimáveis sobre a confiança no Governo e na economia nacional como um todo.

4.1.5.3 Mensuração dos impactos da manutenção do SCE - FGE

A estimativa do impacto nas contas públicas da manutenção do SCE, com lastro no FGE,
considerando atual carteira do fundo, em 2023 e nos três anos subsequentes, é apresentada na Tabela
41.

Tabela 41 - Estimativa de impacto da manutenção do Seguro de Crédito à


Exportação

72
Em R$ milhões
2023 2024 2025 2026
Estimativa de pagamentos do FGE (R$)1 868,0 633,0 493,0 415,0
¹ As estimativas foram obtidas a partir da estimativa de impacto orçamentário em 2024,
ponderada pelo Run-Off dos exercícios seguintes, fornecido pela ABGF.
Fonte: CAMEX/SE/MDIC.

4.1.6 Fundos Garantidores


Os Fundos Garantidores tratados neste Anexo de Riscos Fiscais possuem natureza
privada e patrimônio próprio separado do patrimônio dos cotistas, estando sujeitos a direitos e
obrigações próprios. O patrimônio dos fundos é formado pelos aportes de bens e direitos
realizados pelos cotistas, por meio da integralização de cotas, e pelos rendimentos obtidos com
sua administração. A responsabilidade dos cotistas é limitada ao valor aportado. Além disso, são
cobradas taxas e comissões dos beneficiários das garantias, que complementam as receitas do
fundo e contribuem para a remuneração do administrador, de forma a buscar sua
sustentabilidade a longo prazo.
A União pode ser cotista única ou participar dos fundos juntamente com outros
cotistas. A participação se dá conforme autorização em lei específica, que define a finalidade do
fundo e estabelece parâmetros para a sua atuação. Os fundos são normalmente administrados
por instituição financeira federal ou empresa pública, conforme previsto no seu estatuto, que os
representam judicial e extrajudicialmente, recebendo remuneração pelos serviços. Atualmente, a
União participa como cotista dos seguintes fundos garantidores privados:
a) Fundo de Garantia para a Construção Naval (FGCN): criado pela Lei nº 11.786/2008,
tem por finalidade garantir o risco de crédito das operações de financiamento à
construção ou à produção de embarcações e o risco decorrente de performance de
estaleiro brasileiro. O FGCN é administrado pela Caixa Econômica Federal – CAIXA;
b) Fundo Garantidor da Habitação Popular (FGHab): criado pela Lei nº 11.977/2009, o
fundo visa prestar garantias a contratos de financiamento habitacional firmados no
âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), quando da ocorrência dos
eventos de Morte e Invalidez Permanente (MIP), Danos Físicos ao Imóvel (DFI) e
Redução Temporária da Capacidade de Pagamento (RTCP)/desemprego). O fundo
tinha orginalmente um limite de 2 milhões de contratos, que foi atingido em 2016. Em
2022, a Lei nº 14.462/2022 ampliou o objetivo do fundo para garantir parte do risco
em operações contratadas a partir de 1º de junho de 2022, deixando o fundo apto a
retomar as concessões de garantia no âmbito dos programas habitacionais do governo
federal. Em complemento, a Medida Provisória nº 1.162, de 14 de fevereiro de 2023,
que dispõe sobre o Programa Minha Casa Minha Vida, promoveu novas alterações na
Lei nº 11.977/2009, em especial no art. 20 que autoriza a participação da União no
FGHab, retirando o limite financeiro de participação da União no fundo. O FGHab é
administrado pela CAIXA, conforme definido em seu Estatuto.
c) Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC): criado pela Lei nº
12.087/2009, o FGEDUC tem por finalidade garantir o risco em operações de crédito
educativo, no âmbito do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior

73
(Fies) para operações de financiamento estudantil contratadas até o final de 2017. O
FGEDUC é administrado pela CAIXA.
d) Fundo Garantidor do Fundo de Financiamento Estudantil (FG-Fies): instituído pela Lei
nº 13.530/2017, sua finalidade é garantir o crédito do financiamento a estudantes no
âmbito do Fies a partir do primeiro semestre de 2018. Assim como o FGEDUC, o FG-
Fies é administrado pela CAIXA, que também exerce o papel de agente operador do
Fies para as operações contratadas a partir de 2018.
e) Fundo Garantidor para Investimentos (FGI): o FGI foi criado pela Lei nº 12.087/2009,
com a finalidade de garantir financiamentos para micro, pequenas e médias empresas
para a aquisição de bens de capital. O FGI tradicional consiste em um produto perene,
enquanto o FGI PEAC consiste em um programa de garantias de crédito com vigência
determinada por Lei (Lei nº 14.042/2020), com o objetivo de possibilitar a ampliação
ao acesso ao crédito para Microempresários Individuais (MEIs), micro, pequenas e
médias empresas (MPMEs), permitindo a manutenção do emprego e da renda, por
meio da concessão de garantias em financiamentos a esse público. Atualmente a
vigência do programa é até 31 de dezembro de 2023. O FGI é administrado pelo Banco
Nacional de Desenvolvimento – BNDES.
f) Fundo de Garantia de Operações (FGO): criado a partir da Lei nº 12.087/2009 (que
autorizou a participação da União em fundos garantidores de risco de crédito) tem por
finalidade garantir parte do risco dos empréstimos e financiamentos concedidos pelas
instituições financeiras cotistas do Fundo e instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil, para micro, pequenas e médias empresas,
microempreendedor individual, profissionais liberais, e autônomos transportadores
rodoviários de carga, na aquisição de bens de capital inerentes a sua atividade. A Lei
nº 13.999/2020 instituiu o FGO PRONAMPE, tendo como objeto o desenvolvimento e
fortalecimento dos pequenos negócios, por meio da concessão de crédito para o
financiamento da atividade empresarial nas suas diversas dimensões, podendo ser
utilizado para investimentos e para capital de giro. O FGO é administrado pelo Banco
do Brasil.
Conforme pode ser observado na Tabela 42, ao final de dezembro de 2022 a União
possuía R$ 71,2 bilhões de participação em cotas nos fundos garantidores privados listados acima.

Tabela 42 - Fundos garantidores com participação da União – Dezembro de 2022


Em R$ milhões
Fundo Administrador Participação Valor Cotas Patrimônio
Garantidor da União da União Líquido
FGI Tradicional BNDES 78,27% 1.041,6 1.330,7
FGI PEAC BNDES 100% 18.241,7 18.241,7
FGO Original BB 20,19% 985,3 4.879,9
FGO PRONAMPE BB 100% 38.784,1 38.784,1
FGEDUC CAIXA 100% 8.096,8 8.096,8
FG-Fies CAIXA 63,41% 2.194,9 3.461,6
FGCN CAIXA 98,3% 54,2 55,2
FGHab CAIXA 60,05% 1.782,8 2.968,9
Total 71.181,4 77.818,9
Fonte: Administradores. Dados não auditados. Elaboração: STN/MF.

74
Os riscos fiscais relacionados aos fundos garantidores privados estão associados a
eventos que possam diminuir o patrimônio líquido dos fundos, reduzindo, em decorrência, os
valores das respectivas cotas da União. Eventos de acionamento de garantias concedidas geram a
obrigação de pagamento de honras por parte dos fundos e a consequente sub-rogação dos
direitos de crédito sobre a parte inadimplida. Caso não se verifique a recuperação dos créditos,
incorre-se em situação de redução do patrimônio dos fundos e, por conseguinte, em perda de
recursos da União. Nesse sentido, os montantes expostos a risco correspondem aos valores das
cotas da União em cada fundo.
Do ponto de vista fiscal, o aporte e o resgate em fundos garantidores com
participação da União implicam, respectivamente, despesa e receita primárias, sempre que
houver saída ou entrada de recursos da Conta Única da União – CTU. Já as receitas de fundos de
investimento ou o pagamento de honras dos fundos garantidores privados não impactam
diretamente as receitas ou despesas da União, uma vez que não há fluxo de entrada ou saída de
recursos na CTU. As variações observadas nas respectivas cotas da União nos fundos garantidores
são registradas no Balanço Geral da União-BGU.
Destaca-se que, no caso do FGEDUC, o pagamento de honras em favor do Fundo de
Financiamento Estudantil – Fies gera uma receita primária, em detrimento do patrimônio da União
integralizado no fundo. A tendência é de continuidade no pagamento de honras, mas há limitação do
pagamento devido ao stop loss, medida de proteção ao fundo definida em seu estatuto.
No caso do FG-Fies, a União integralizou cotas no Fundo no montante de R$ 500
milhões em 2022, em conformidade com o Plano Trienal 2022-2024 (Resolução CG-Fies nº
48/2021). Como foram realizados aportes pelas mantenedoras, a participação da União foi
reduzida de 67,3% em 2021 para 63,41% em 2022, com a ampliação da participação das
mantenedoras, atendendo o objetivo de compartilhar riscos e incentivar as instituições de ensino
a aprimorar a seleção de alunos com maior potencial de aprendizagem e oferecer cursos de
qualidade. Em janeiro, foi publicada a Portaria MF nº 16, de 27 de janeiro de 2023, que autoriza
nova integralização de R$ 500 milhões, atingindo o limite R$ 3 bilhões autorizados pelo Decreto
nº 9.305, de 2018.
Em relação ao FGHab, a partir de 2023, não há vedação para novos aportes da União,
observadas suas disponibilidades orçamentárias e financeiras consignadas nas dotações anuais,
em função da edição da Medida Provisória nº 1.162, de 14 de fevereiro de 2023, que dispõe sobre
o Programa Minha Casa Minha Vida, e altera o art. 20 da Lei nº 11.977/2009, dentre outros. Não
há perspectiva de perda do patrimônio já aportado, uma vez que, historicamente, o fundo vem se
mantendo sustentável, e portanto, com baixa exposição a risco.

4.2 RISCOS FISCAIS ASSOCIADOS AOS ATIVOS


Há um outro grupo de riscos fiscais, associados aos ativos da União, cujo risco está em
não receber o retorno do ativo ou não o reaver em prazo aceitável (IFI, 2018) 17. Nesse contexto,
existem os ativos contingentes que são possíveis direitos que são cobrados, judicial ou

17
Nota Técnica nº 24, de 1/11/2018, da Instituição Fiscal Independente (IFI).

75
administrativamente, os quais somente são confirmados após a ocorrência de um evento incerto que
não está sob o controle das entidades envolvidas (por exemplo, o julgamento da lide). Esses direitos,
quando confirmada a sua exigibilidade, são reconhecidos como ativos e passam a integrar as
demonstrações contábeis e, neste caso geram receitas. Os riscos associados aos ativos da União, suas
autarquias e fundações, são apresentados a seguir e estimados segundo as seguintes categorias:
1 Dívida Ativa da União;
2 Depósitos Judiciais da União;
3 Haveres financeiros da União administrados pelo Tesouro Nacional.
No Brasil, os Haveres financeiros da União administrados pelo Tesouro Nacional
podem ser divididos entre aqueles relacionados aos entes federativos e aqueles não relacionados
a entes federativos. Importante mencionar que os Haveres Financeiros Não Relacionados a Entes
Federativos constam nesta seção de Riscos Fiscais Associados aos Ativos. Já os Haveres Financeiros
Relacionados aos Entes Federativos estão agregados com demais riscos fiscais associados aos Entes
Subnacionais, na Seção 4.3 Outros Riscos Específicos.
Além do aperfeiçoamento que cria uma subseção específica para tratar de Entes
Subnacionais, a partir desta edição do Anexo de Riscos Fiscais, os Créditos do Banco Central do Brasil
estão agregados no item de Riscos do Sistema Financeiro, conforme pode-se conferir também na Seção
4.3 Outros Riscos Específicos.

4.2.3 Dívida Ativa da União (DAU)


A Dívida Ativa da União (DAU) constitui-se em um conjunto de créditos de várias
naturezas, em favor da Fazenda Pública, vencidos e não pagos pelos devedores, cobrados pela
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). A PGFN gerencia a DAU, no valor de R$ 2,7 trilhões,
referentes a 21,7 milhões de débitos, titularizados por 6,4 milhões de devedores. Após efetuar o
controle de legalidade, a PGFN inscreve os débitos e efetua sua cobrança administrativa ou judicial.
A inscrição de créditos em dívida ativa gera um ativo para a União, sujeito a juros, multa
e atualização monetária que, segundo a Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, será escriturado como
receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias.
Segundo esta mesma lei, existem 2 tipos de dívida ativa: a) tributária, em que o crédito
da Fazenda Pública é proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e
multas e; b) não tributária, o qual se refere aos demais créditos da Fazenda Pública. Estes últimos são,
em geral, multas de natureza não tributária, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas
processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições,
restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes
de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de
contratos em geral ou de outras obrigações legais.
Ainda este mesmo normativo estabelece que compete à PGFN, após análise de
regularidade – liquidez, certeza e exigibilidade – proceder à inscrição em dívida ativa da União - DAU
dos créditos tributários – previdenciários ou não – ou não tributários, encaminhados pelos diversos
órgãos de origem, bem como efetuar a sua respectiva cobrança amigável ou judicial.

76
No tocante aos riscos fiscais, a Portaria MF nº 293/2017, estabelece a metodologia de
classificação (rating) do estoque dos créditos tributários inscritos em Dívida Ativa, sob gestão da PGFN.
Segundo a metodologia, esses créditos são classificados em quatro classes, a depender do grau de
recuperabilidade:
• Classe “A”: créditos com alta perspectiva de recuperação;
• Classe “B”: créditos com média perspectiva de recuperação;
• Classe “C”: créditos com baixa perspectiva de recuperação;
• Classe “D”: créditos irrecuperáveis.
Conforme a referida Portaria, os créditos classificados com rating “C” e “D” são
registrados como ativos contingentes, em contas de controle, até a sua extinção ou reclassificação. A
Tabela 43 apresenta os créditos por exercício segundo o tipo de crédito e classe (rating).

Tabela 43 - Créditos da DAU, por exercício, segundo o tipo de crédito e classe (rating)
Em R$ milhões
2020 2021 2022 Impacto
Tipo de Crédito Rating Valor ($) Valor ($) Valor ($) Financeiro (F)
Variação 1 (%) Variação 1 (%) Variação 1 (%) Primário (P)
214.126,0 227.872,6 236.680,6
A P
13,2 6,4 3,9
425.340,0 464.701,1 528.362,0
B P
7,7 9,3 13,7
Crédito Tributário 227.043,0 222.380,2 238.581,6
C P
Não Previdenciário 2,9 -2,1 7,3
990.578,0 1.038.775,3 969.020,7
D P
2,0 4,9 -6,7
1.857.087,0 1.953.729,2 R$ 1.972.644,9
Subtotal P
4,6 5,2 1,0
47.236,0 47.851,9 47.328,8
A P
10,7 1,3 -11,1
162.178,0 181.231,5 206.608,2
B P
10,4 11,7 14,0
Crédito Tributário 110.543,0 118.945,5 126.561,0
C P
Previdenciário 6,3 7,6 6,4
252.725,0 286.199,6 293.279,6
D P
1,4 13,2 2,5
572.682,0 634.228,6 673.777,6
Subtotal P
5,5 10,7 6,2
4.104,0 3.576,3 3.899,4 -
A
-1,3 -12,9 9,0
10.758,0 11.585,7 12.823,2 -
B
-0,7 7,7 10,7
7.671 7.005,6 7.361,5 -
Crédito Não Tributário 2 C
-14,5 -8,7 5,1
72.669,0 73.450,5 72.585,5 -
D
1,8 1,1 -1,2
95.202,0 95.618,1 96.670,0 -
Subtotal
-0,2 0,4 1,1
2.524.970,0 2.683.575,9 2.743.092,1
Total
4,6 6,3 2,2
1Variação em relação ao exercício imediatamente anterior.
2Não apresenta o tipo de impacto, pois os valores estão agregados, podendo o impacto ser primário e/ou financeiro.
Fontes: BGU e PGFN/MF. Elaboração: STN/MF

77
Segundo a PGFN, a partir do histórico de adimplemento, por classe, as expectativas de
recuperação dos créditos das classes “A” e “B” nos próximos quinze anos são, respectivamente, 70% e
50%. Por conseguinte, os ajustes para perdas são, respectivamente, 30% e 50%. Assim, do saldo de
2022 de R$ 2,74 trilhões18, aproximadamente 79% (R$ 2,2 trilhões) são tratados como perdas, ou seja,
há uma expectativa de recuperação/arrecadação de R$ 575 bilhões dentro dos próximos 15 anos. A
Tabela 44 apresenta a expectativa de perdas e de recuperação de créditos da DAU.

Tabela 44 - Expectativa de Perdas e Recuperação de Créditos da DAU


Em R$ milhões
Expectativa Recuperação
2022
Tipo de Crédito de Perdas de Créditos
Valor ($)
Valor ($) Valor ($)
Crédito Tributário Não Previdenciário 1.972.644,9 1.542.787,5 429.857,4
Crédito Tributário Previdenciário 673.777,6 537.343,3 136.434,2
Crédito Não Tributário 96.669,7 87.528,5 9.141,2
Total 2.743.092,1 2.167.659,3 575.432,9
Fontes: PGFN/MF. Elaboração: STN/MF

A Tabela 45 e a Tabela 46 apresentam, respectivamente, a comparação entre os fluxos


da arrecadação dos créditos, estimados e realizados, e a estimativa de arrecadação dos créditos da
DAU para os próximos exercícios. As estimativas de fluxo de crédito da Tabela 46 utilizaram a
metodologia de suavização exponencial19, tomando por base série histórica iniciada em 2015.

Tabela 45 - Fluxos da arrecadação dos créditos da DAU, estimados e realizados, por exercício
Em R$ milhões
Arrecadação dos Créditos
Valor 2020 2020 2021 2022
(estimativa pré-pandemia) (reestimativa após pandemia)
Estimado 23.993,2 20.639,5 27.464,2 29.373,6
Realizado 25.360,2 25.360,2 31.256,6 38.540,6
Variação1 (%) 5,7% 22,9% 13,8% 31,2%
1
Variação entre os valores estimados e realizados.
Fonte: PGFN/MF. Elaboração: STN/ MF.

Tabela 46 - Estimativa de arrecadação dos créditos da DAU, por exercício


Em R$ milhões
Arrecadação dos Créditos
Valor Estimado ($)
2023 2024 2025 2026
31.865,1 30.623,2 30.360,6 29.455,6
Fonte: PGFN/MF. Elaboração: STN/MF.

4.2.4 Depósitos Judiciais da União

18
Esse montante se refere à soma dos créditos do último exercício, classificados por rating, bem como dos créditos ainda
aguardando classificação.
19
Métodos de suavização exponencial podem produzir previsões a partir de médias ponderadas de observações anteriores,
onde o peso associado a cada observação declina a medida em que se recua no tempo. Assim, quanto mais recente a
observação, maior será seu peso no modelo preditivo.

78
Os depósitos judiciais, de natureza tributária, são recolhimentos efetuados pelos
contribuintes ao longo do trâmite de processo de natureza judicial em que a interpretação da legislação
que cria a obrigação tributária é diversa daquela da União, ou seja, em situações em que há lide de
natureza tributária. De acordo com o Código Tributário Nacional, em seu artigo 151, o depósito judicial
suspende a exigibilidade do crédito tributário.
De acordo com a Lei nº 9.703, de 13 de novembro de 1998, os depósitos judiciais são
efetuados em conta corrente da Caixa Econômica Federal (CAIXA) e seus recursos repassados à Conta
Única do Tesouro Nacional. Em a decisão da lide sendo favorável ao contribuinte, a devolução do
depósito deve ser feita em até vinte e quatro horas. O levantamento de depósito possui natureza
semelhante à restituição de tributos. Em a decisão sendo contrária ao contribuinte, há a conversão do
depósito em renda transformando-se, assim, em pagamento definitivo.
Como estes depósitos ingressaram na conta única do Tesouro Nacional, a sua variação
líquida, de um exercício para o outro, afeta a apuração do resultado primário. No tocante à evolução
do fluxo dos depósitos judiciais, a Tabela 47 apresenta o histórico dos valores realizados por exercício,
segundo a movimentação.
Vale ressaltar que, a cada ano dentro da execução orçamentária, a estimação dos fluxos
pertinentes aos depósitos judiciais é revisada bimestralmente no âmbito dos Relatórios de Avaliação
de Despesas e Receitas Primárias, momento no qual eventuais desvios em relação à programação
orçamentária-financeira são reorganizados.

Tabela 47 - Evolução do fluxo dos depósitos judiciais por exercício, segundo movimentação
Em R$ milhões
Fluxo
Impacto
Valor Realizado ($)
Movimentação Financeiro (F)
Variação 1 (%) Primário (P)
2018 2019 2020 2021 2022
17.317,6 18.553,0 21.284,1 23.650,6 24.376,7
Recolhimento P
22,0% 7,1% 14,7% 11,1% 3,1%
6.881,1 8.864,2 11.313,1 10.869,3 8.695,6
Devolução ao depositante P
48,6% 28,8% 27,6% -3,9% -20,0%
10.436,5 9.688,8 9.971,0 12.781,3 15.681,1
Saldo P
7,4% -7,2% 2,9% 28,3% 28,7%
1 Variaçãoem relação ao exercício imediatamente anterior.
Fonte: RFB/ME. Elaboração: STN/MF.

Os valores dos fluxos estimados das devoluções de depósitos judiciais por exercício são
apresentados na Tabela 48, conforme revisão das estimativas de receita, com base nos parâmetros da
SPE/MF, de 27/03/23, e do comportamento dos levantamentos de depósitos nos últimos doze meses.

Tabela 48 - Fluxos estimados de depósitos judiciais por exercício


Em R$ bilhões
Impacto
Valor Estimado
Item Financeiro (F)
20231 2024 2025 2026 Primário (P)
Devolução de Depósitos Judiciais 7,8 9,6 10,2 10,8 P
1 Dado de 2023 foi extraído da publicação da Atualização do ARF LDO 2023.
Fonte: RFB/ME. Elaboração: STN/MF.

79
4.2.5 Haveres Financeiros Não Relacionados a Entes Federativos
Os haveres financeiros da União não relacionados a entes federativos, sob a gestão da
STN, são atualmente classificados em seis categorias, conforme a norma ou ato que lhes deu origem,
sendo elas:
I. Haveres Originários de Empréstimos concedidos às Instituições Financeiras
Este grupo é composto pelos haveres oriundos da concessão de empréstimos às
Instituições Financeiras Federais. O volume de recursos nos contratos aqui incluídos corresponde a
grande parte do total dos haveres da União não Relacionados aos Entes Federativos sob a gestão da
STN, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aparecendo como a
principal contraparte. O restante dos contratos encontra-se pulverizado entre Banco do Brasil (BB),
Caixa Econômica Federal (CAIXA), Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Banco da Amazônia (BASA).
II. Haveres Originários de Operações de Crédito Rural
Estão compreendidos neste grupo os haveres oriundos de programas de crédito rural,
dentre os quais destacamos: Securitização, Programa Especial de Saneamento de Ativos (PESA), Pronaf,
Estoques de produtos agrícolas operacionalizados pela CONAB (Programa de Garantia de Preço
Mínimo ao Produtor – PGPM), Programa de Recuperação da Lavoura Cacaueira Baiana – PRLCB e
outros.
III. Haveres Originários de Operações de Cessões de Créditos
São os haveres decorrentes de operações realizadas entre a União e Entidades públicas
envolvendo a aquisição de créditos, como a realizada com a empresa Centrais Elétricas Brasileiras S.A.
(Eletrobras), e da extinção de empresas públicas, a exemplo da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA).
IV. Haveres Originários de Operações de Crédito à Exportação
Neste grupo encontram-se os haveres decorrentes do crédito à exportação, atualmente
aqueles relativos ao Programa de Financiamento às Exportações (Proex).
V. Haveres Originários de Empréstimos a Entidades Não Financeiras
Este grupo de haveres é composto por operações em que a contraparte é a
Administração Nacional de Eletricidade do Paraguai (ANDE).
VI. Programa Emergencial de Suporte ao Emprego - PESE/FOPAG
Este grupo de haveres se refere à ação orçamentária criada em 2020 para concessão de
financiamentos para pagamento de folha salarial no âmbito do Programa Especial de Suporte a
Empregos (MP 944/2020, convertida na Lei nº 14.043, de 19 de agosto de 2020), devido à pandemia
do COVID-19.

4.2.5.1 Evolução dos haveres e créditos


No tocante à evolução dos haveres e créditos, a Tabela 49 apresenta o histórico dos
valores do estoque, por exercício, segundo haver financeiro sob gestão da STN.

80
Tabela 49 - Evolução do estoque, segundo haver financeiro sob gestão da STN, por exercício
Em R$ milhões
Estoque
Valor Realizado ($)
Haver Financeiro
Variação 1 (%)
2018 2019 2020 2021 2022
Empréstimos às Instituições Financeiras 361.683,2 241.183,7 235.726,3 171.234,2 89.729,5
-22,2% -33,3% -2,3% -27,4% -47,6%
Operações de Crédito Rural 14.290,4 10.478,5 6.632,3 4.579,1 3.902,3
-38,6% -26,7% -36,7% -31,0% -14,7%
Operações de Cessões de Crédito (ou estruturadas) 15.367,5 11.565,1 10.799,1 7.370,0 5.822,1
-16,0% -24,7% -6,6% -31,8% -21,0%
Operações de Crédito à Exportação 3.701,6 4.029,9 5.236,3 6.024,8 5.775,2
-1,3% 8,9% 29,9% 15,1% -4,1%
Empréstimos a Entidades Não Financeiras 89,7 73,9 66,5 42,3 10,6
1,8% -17,6% -9,9% -36,5% -74,9%
Programa Emergencial de Suporte ao Emprego - PESE/FOPAG - - 6.895,3 4.774,2 2.343,0
- - - -30,8% -50,1%
Total 395.132,4 267.331,1 265.355,8 194.024,5 107.582,7
-22,5% -32,3% -0,73% -26,8% -44,5%
1
Variação em relação ao exercício imediatamente anterior.
Fonte e elaboração: STN/MF.

4.2.5.2 Evolução e estimativas dos fluxos


Quanto à evolução dos fluxos, a Tabela 50 apresenta uma comparação entre os fluxos,
estimados e realizados, por exercício, segundo haver financeiro sob gestão da STN.

Tabela 50 - Fluxos estimados e realizados segundo haver financeiro


Em R$ milhões
Fluxo
Valor Estimado (E)
Haver Financeiro Valor Realizado (R)
Variação 1 (%)
2018 2019 2020 2021 2022
Empréstimos às Instituições Financeiras E 3.806,0 25.759,8 24.478,4 14.488,3 68.928,7
R 131.694,0 136.654,0 18.604,5 76.541,5 87.241,9
% 3.360,2% 430,5% -24,0% 428,3% 26,6%
Operações de Crédito Rural E 1.058,2 5.695,1 4.420,5 2.176,2 661,8
R 6.302,2 6.964,8 4.593,5 2.818,7 456,7
% 495,6% 22,3% 3,9% 29,5% -31,0%
Operações de Cessões de Crédito (ou estruturadas) E 5.130,9 5.625,8 2.269,4 2.339,0 2.021,4
R 6.100,4 7.222,0 5.286,6 4.750,7 4.769,9
% 18,9% 28,4% 133,0% 103,1% 136,0%
Operações de Crédito à Exportação E 1.278,8 1.279,6 882,2 734,9 813,0
R 1.523,6 1.254,8 1.328,6 667,5 798,5
% 19,1% -1,9% 50,6% -9,2% -1,8%
Empréstimos a Entidades Não Financeiras E 17,7 21,9 21,9 25,2 32,4
R 23,4 23,1 29,8 30,3 29,2
% 32,2% 5,6% 36,1% 20,4% -9,8%
Programa Emergencial de Suporte ao Emprego - PESE/FOPAG E - - - 0,0 2.538,8
R - - 22,9 2.344,1 2.574,2
% - - - - 1,4%
Total E 11.291,6 38.382,2 32.072,4 19.763,6 74.996,1
R 145.643,6 152.118,8 29.866,0 87.152,9 95.870,5
% 1.189,8% 296,3% -6,87% 340,9% 27,8%
1Variação entre os valores estimados e realizados.
Fonte e elaboração: STN/MF.

81
No que tange às diferenças percebidas entre os valores previstos e realizados nos
empréstimos concedidos às instituições financeiras em 2018 e 2019, essas decorrem das liquidações
antecipadas realizadas pelo BNDES em seus contratos junto à STN. As amortizações antecipadas
totalizaram em 2018 e 2019, respectivamente, R$ 130 bilhões e R$ 100 bilhões. Em 2019, ainda houve
amortizações de contratos do BNB e da CEF que totalizaram R$ 11,6 bilhões. Uma vez que a decisão de
amortizar extraordinariamente um empréstimo cabe ao tomador, não é possível à União projetar esses
eventos financeiros com uma razoável confiança. Assim, essas liquidações, em geral, não compõem a
previsão de receita realizada.
Já no caso das Operações de Cessões de Crédito (ou Estruturadas), o § 11º do art. 100
da Constituição Federal, alterado pela Emenda Constitucional nº 113/2021, facultou aos credores de
precatórios a oferta de créditos líquidos e certos, próprios ou adquiridos de terceiros, para quitação de
débitos com a União. Com base nesse dispositivo, há concessionárias da RFFSA que têm apresentado
reiteradamente requerimentos de quitação das parcelas de arrendamento e concessão por meio de
uso de créditos dessa natureza. De acordo com os normativos que regulamentam o tema, caso
deferidos os pleitos, tais valores apenas serão recebidos pela União em exercícios subsequentes ao do
PLDO.
A variação observada, em 2018, nas operações de crédito rural, essa deriva basicamente
de dois processos: o primeiro deles foi a regularização da dívida rural securitizada iniciada no final de
2017, mas que obteve seus principais resultados em 2018. Tal procedimento buscou junto aos bancos
e cooperativas resgatar valores inadimplidos desde a década de 1990. Com a evolução do processo,
houve uma recuperação significativa desses ativos que não estava inicialmente prevista. O segundo
deles foi a liquidação de títulos CTNs no montante de R$ 4,5 bilhões. Esses títulos foram emitidos
inicialmente pela União como Garantia do principal das operações de PESA e depositados na CETIP em
nome das instituições financeiras beneficiadas. Contudo, no caso das operações conduzidas pelo Banco
do Brasil, com o advento da MP nº 2.196-3/2001, elas foram adquiridas pela União. Assim, na medida
em que os títulos vencem, esses retornam ao Tesouro em um novo fluxo que não foi inicialmente
previsto.
Em 2020, se observou uma queda nas receitas referentes a empréstimos concedidos a
instituições financeiras quando comparadas ao que havia sido previsto inicialmente, resultante da forte
redução das taxas de juros que remuneram os contratos de financiamento do BNDES, bem como das
amortizações antecipadas no final do exercício de 2019, as quais reduziram a base sobre a qual as
parcelas de principal e juros são calculadas.
Em 2021, porém, as receitas referentes a empréstimos concedidos a instituições
financeiras voltaram a apresentar valores realizados acima dos valores previstos, por conta,
principalmente, do Acórdão TCU nº 56/2021-Plenário, que firmou entendimento de que são irregulares
os contratos de concessão de crédito firmados entre a União e suas instituições financeiras controladas
realizados por meio da emissão direta de títulos da dívida pública. O referido Acórdão também
determinou a definição de um cronograma para a devolução desses valores a União, o que resultou
em amortizações antecipadas do BNDES que totalizaram R$ 63 bilhões em 2021.
Quanto às diferenças entre as receitas previstas e executadas de operações
estruturadas em 2020, 2021 e 2022, as mesmas dizem respeito, em sua maior parte, ao Contrato nº

82
808/PGFN/CAF, de 28/12/2012, cujas receitas não eram estimadas em razão do grau de incerteza
percebido à época em que foram realizadas as projeções. Parte menos significativa da diferença é
devida à variação nos índices de correção dos contratos, tais como o IGP-M, IPCA e o câmbio do dólar
americano, que tiveram relevante aumento durante o período.
Em 2021, ainda pode ser observada diferença entre os valores previstos e realizados
referentes ao Programa Emergencial de Suporte ao Emprego – Pese/Fopag, programa que prevê linha
de crédito especial para pequenas e médias empresas pagarem salários, bem como algumas verbas
trabalhistas, durante o estado de calamidade pública decorrente do novo coronavírus. Essa diferença
ocorreu porque se trata de um programa novo, criado em 2020, cujas receitas só foram estimadas após
o fim do prazo para contratações – posterior à estimativa inicial de receitas para 2021.
Em relação às estimativas de fluxo, a Tabela 51 apresenta os respectivos valores a
receber, por exercício, segundo haver financeiro sob gestão da STN, bem como a categorização do
impacto gerado em financeiro ou primário.

Tabela 51 - Fluxos estimados, segundo haver financeiro sob gestão da STN, por exercício
Em R$ milhões
Estoque
Fluxo Impacto
Valor
Haver Financeiro Valor Estimado 2 Financeiro (F)
Realizado
Primário (P)
20221 2023 2024 2025 2026
Empréstimos às Instituições Financeiras 89.729,5 35.945,1 2.825,7 8.917,0 9.344,5 F
Operações de Crédito Rural 3.902,3 177,4 109,3 127,8 55,3 F
Operações de Cessões de Crédito (ou estruturadas) 5.822,1 2.169,8 1.326,7 1.647,2 1.100,0 F
Operações de Crédito à Exportação 5.775,2 850,3 837,6 839,2 847,4 P
Empréstimos a Entidades Não Financeiras 10,6 12,2 - - - F
Programa Emergencial de Suporte ao Emprego - 2.343,0 1.705,9 - - - P
PESE/FOPAG
Total 107.582,7 40.860,6 5.099,2 11.531,2 11.347,2
1
Posição em 31/12/2022.
2No caso das receitas referentes ao PESE, PROEX, Securitização e PRONAF, a metodologia de projeção das receitas já considera as inadimplências

históricas ou informadas pelos gestores dos programas. Dessa forma, não se vislumbram outras prováveis frustrações de receita, e, consequentemente,
riscos fiscais. Na estimativa de receitas do PROEX foram consideradas aquelas decorrentes de novas contratações. Tais operações podem vir a não se
concretizar. Nesse caso, entretanto, também não haverá despesa para a União com a disponibilização dos recursos para sua contratação. Ou seja, uma
possível frustração dessas receitas é acompanhada da correspondente redução das despesas, mantendo o equilíbrio e afastando o risco fiscal.
Fonte e elaboração: STN/MF.

4.2.5.3 Riscos fiscais mapeados e mensurados


No que tange à gestão de riscos da carteira sob a gestão da STN, entende-se que os
riscos fiscais decorrentes desses haveres são reflexos dos riscos de crédito e liquidez inerentes às
operações supramencionadas. As estimativas de impacto estão disponíveis na Tabela 52.

Tabela 52 - Estimativas dos riscos fiscais por haver financeiro


Em R$ milhões
Riscos fiscais
Haver Financeiro Valor Estimado ($)
2023 2024 2025 2026
Empréstimos às Instituições Financeiras 0,0 0,0 0,0 0,0
Operações de Crédito Rural 0,0 0,0 0,0 0,0
Operações de Cessões de Crédito (ou estruturadas) 283,0 307,5 333,9 303,0

83
Em R$ milhões
Riscos fiscais
Haver Financeiro Valor Estimado ($)
2023 2024 2025 2026
Operações de Crédito à Exportação 0,0 0,0 0,0 0,0
Empréstimos a Entidades Não Financeiras 0,0 0,0 0,0 -
Programa Emergencial de Suporte ao Emprego - PESE/FOPAG 0,0 0,0 - -
Total 283,0 307,5 333,9 303,0
Fonte e elaboração: STN/MF.

No acompanhamento dos haveres financeiros da União não relacionados a entes


federativos, sob a gestão da STN, há operações em que o risco de inadimplência é garantido por parte
relacionada e, por outro lado, há casos em que o risco de não recebimento dos recursos é
responsabilidade da União, conforme a norma ou ato que lhes deu origem. Quando configurada
inadimplência, sendo o garantidor parte relacionada da União, a STN inicia processo de conciliação e
cobrança dos valores devidos, com o próprio garantidor. Já no segundo caso, são adotadas as medidas
de cobrança dos valores inadimplidos e, caso não pagas, promove-se a inscrição dos débitos em Dívida
Ativa da União - DAU para que a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - PGFN possa realizar a
cobrança e execução.
Cumpre destacar o registro no SIAFI do valor de R$ 5,34 bilhões, posição de 31/12/2022,
referente a ajustes para perdas. Nas operações referentes a PROEX, PRONAF, Cacau, Securitização,
PESA e PESE, essa conta contém os registros de ajustes de perdas que são apurados junto às instituições
financeiras que possuem saldo na carteira das operações de crédito. A constituição do Ajuste para
Perdas em Créditos, bem como as atualizações posteriores (acréscimos ou decréscimos), são realizadas
após circularização com as instituições financeiras, que informam os valores e a metodologia utilizada
para a constituição das prováveis perdas. Para os ajustes de perdas relacionados à CDRJ e à extinta
RFFSA, utiliza-se metodologia baseada no histórico de créditos com inadimplência, bem como a
projeção de inadimplência sobre o saldo dos haveres em situação de normalidade, nos casos em que
há histórico de inadimplência.

4.3 OUTROS RISCOS ESPECÍFICOS


Nesta seção serão analisados os riscos fiscais que, por sua especificidade ou para fins
didáticos, não foram incorporados nas categorias avaliadas anteriormente, seja de Ativos ou Passivos
Contingentes. Serão apresentados os riscos fiscais relacionados aos Entes Subnacionais, às Parcerias
Público Privadas e Concessões, às Empresas Estatais, ao Fundo de Financiamento Estudantil – Fies, aos
Riscos do Sistema Financeiro, as estimativas de impactos fiscais decorrentes da mudança demográfica
e, por fim, aos Riscos Ambientais.

4.3.3 Entes Subnacionais


A exposição da União a riscos fiscais decorrentes de entes subnacionais resulta de duas
fontes principais: (i) incumprimentos de pagamentos relacionados a créditos financeiros da União junto
aos entes subnacionais; (ii) honras de garantias pela União em empréstimos contraídos pelos entes
subnacionais. Os créditos financeiros da União perante Estados e Municípios decorrem de programas
de financiamento e refinanciamento de dívidas, implementados de acordo com legislações específicas

84
e formalizados mediante a celebração de contratos entre as partes. Por sua vez, as garantias
outorgadas pela União aos entes subnacionais se aplicam a empréstimos externos, na maior parte
tomados junto a organismos multilaterais, e a empréstimos internos contraídos perante instituições
financeiras federais. Já as contragarantias, são as contrapartidas das concessões de garantias pela
União em operações de crédito, em valor suficiente para cobertura dos compromissos financeiros
assumidos, conforme previsto em lei.
A Tabela 53 apresenta o estoque dos créditos da União perante os entes subnacionais e
o fluxo esperado de pagamentos à União, já considerando a inadimplência dos Estados do Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás e Minas Gerais em virtude de suas adesões ao novo formato do
Regime de Recuperação Fiscal - RRF. Adicionalmente, ao final da tabela, apresenta-se o fluxo de
pagamentos esperado para as operações de crédito de entes subnacionais garantidas pelo Governo
Federal, que potencialmente podem vir a requerer quitação por parte da União com restrições judiciais
à execução das contragarantias.
Cabe ressaltar que os valores da Tabela 53 foram impactados por alterações legais
ocorridas ao longo do ano de 2022. Destacam-se, por exemplo, as alterações recentes nos fluxos das
dívidas da Lei Complementar - LC nº 159/2017 – Art. 9º-A e da LC nº 178/2021 – Art. 23. Ainda, com a
efetiva homologação do RRF dos estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, foi possível
determinar exatamente o saldo inicial da conta prevista pelo Art. 9º-A da LC nº 159/2017.
Por sua vez, o fluxo de recebimentos decorrentes da Lei nº 9.496/97 tem sofrido
alterações em função de efeitos de decisões liminares do STF em favor dos estados para a
compensação ou suspensão de suas dívidas com a União em virtude da perda de arrecadação do ICMS.
Ainda, os valores de estoque e fluxo da dívida previstos pela MP nº 2.185/2001 foram impactados pela
baixa de dívida do município de São Paulo, decorrente da conciliação do Campo de Marte.
Tabela 53 - Riscos Fiscais Decorrentes dos Haveres e das Garantias Junto aos Estados e Municípios
Em R$ bilhões
Fluxo de Recebimentos / Pagamentos
Haveres/Passivos Estoque 1
2023 5 2024 2025 2026
Haveres 692,7 27,8 38,4 44,2 49,5
Lei nº 9.496/1997 2 555,5 19,4 26,0 29,0 31,8
Lei nº 8.727/1993 3 6,6 0,1 0,1 0,2 0,2
Carteira de Saneamento 0,3 0,1 0,1 0,1 0,1
DMLP 4 4,1 0,2 0,1 0,0 0,0
MP nº 2.185/2001 4,0 0,3 0,3 0,4 0,4
RRF - Ressarcimento de honras 5 0,0 0,7 1,8 2,9 4,0
LC nº 159/2017 – Art. 9º A 83,7 6,3 9,9 11,5 12,9
LC nº 178/2021 – Art. 23 38,5 0,8 0,1 0,1 0,1
Passivos Contingentes 244,8 38,1 40,3 39,1 37,7
Garantias a Estados - Internas 90,1 15,9 16,7 15,5 14,5
Garantias a Estados - Externas 123,8 16,3 16,8 16,9 16,6
Garantias a Municípios - Internas 9,2 2,8 3,0 2,7 2,4
Garantias a Municípios - Externas 21,7 3,2 3,8 4,1 4,0
Total 937,5 65,9 78,7 83,3 87,3
1 Posições das dívidas administradas: 01/01/2023. Posição das garantias: 31/12/2022.
2 Lei nº 9.496/1997 considerando a aplicação do RRF aos estados de Goiás (a partir de jan/2022), Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro
(a partir de jun/2022), além de Minas Gerais (a partir de jul/2023).
3 Lei 8.727/1993 considerando a aplicação do RRF ao estado de Goiás (a partir de jan/2022).
4 Os valores de DMLP consideram apenas os juros, porque a amortização em 2024 não vai ser paga à União.
5 O fluxo de 2023 considera a suspensão de pagamentos até março, em virtude de liminares obtidas pelos estados

de MA, AL, SP, MG, AC, RN e PE em decorrência da LC nº 194/2022.


Fonte e Elaboração: STN/MF.

85
Pelo lado das garantias, em 2021 a União, por meio da STN, honrou aproximadamente
R$ 9,0 bilhões em pagamentos inadimplidos dos serviços dessas dívidas contratadas por estados e
municípios. Em 2022, foram honrados R$ 9,8 bilhões e outros R$ 2,3 bilhões foram honrados até
fevereiro de 2023.
Adicionalmente, deve ser ressaltado que a EC nº 109/2021 revogou dispositivo da EC nº
99/2017 que obrigava a União a financiar, diretamente ou por intermédio das instituições financeiras
sob o seu controle, o pagamento dos saldos remanescentes de precatórios vencidos e não pagos de
estados e municípios ao final de 2024. Ocorre, entretanto, que se encontra em tramitação na justiça
ação para reverter esse cancelamento. O estoque atual de precatórios de estados e municípios é de R$
139,3 bilhões (posição de 8/3/2023). Uma estimativa do impacto financeiro potencial desta Emenda,
caso a União fosse obrigada a fornecer uma linha de crédito no valor do saldo constante na dívida
consolidada, seria igual a este valor.

Tabela 54 - Riscos Fiscais Decorrentes de Relações Intergovernamentais


Em R$ bilhões
Estoque1
Riscos Fiscais Valor ($)
% do PIB
692,7
Decorrentes de Haveres
7,1%
244,8
Decorrentes de Garantias
2,5%
139,3
Liminares à EC nº 109/2021
1,4%
1.076,8
Total
10,9%
1Posição de 31/12/22
Fonte e Elaboração: STN/MF.

A Tabela 54 consolida os riscos fiscais mencionados, decorrentes das relações


intergovernamentais. A exposição da União a riscos decorrentes de inadimplência do pagamento de
dívidas e ao pagamento de honras em garantias concedidas chega ao montante de R$ 937,5 bilhões, o
que corresponde a 9,6% do PIB.
Ponto relevante a ser destacado é a aprovação da LC nº 194/2022, regulamentada pela
Portaria ME nº 7.889, de 02 de setembro de 2022, alterada pela Portaria MF nº 43, de 28 de fevereiro
de 2023, que limita a cobrança do ICMS para combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte
coletivo e prevê a compensação, pela União, das perdas de arrecadação dos Estados ou do Distrito
Federal. Acordo fechado em março de 2023 entre Governo Federal e estados prevê o valor de R$ 26,9

86
bilhões em compensações advindas das renúncias de ICMS (perdas originárias das Leis
Complementares nº 192 e 194/22)20.
Outro risco fiscal que se apresenta para a União decorre dos benefícios tributários de
IPI que a União concedeu em 2022. O IPI é um imposto que compõe os repasses do FPE, FPM e IPI-
Exportação, fazendo com que quase 60% de sua arrecadação seja destinada a governos estaduais e
municipais. Configura-se, portanto, um risco fiscal a possibilidade de a União ser instada judicialmente
a arcar unilateralmente com a perda de arrecadação, uma vez que os incentivos foram concedidos sem
consulta aos entes subnacionais, havendo precedente quanto a isso em nível estadual. Quanto aos
valores envolvidos, tendo-se em conta que a União deverá apurar uma renúncia tributária de IPI de R$
23,1 bilhões em 2022, e prevê que esses gastos tributários somem R$ 33,9 bilhões em 2023 e R$ 35,4
bilhões em 2024, a perda de receita de IPI para financiar o FPE, o FPM e o IPI-Exportação equivalerá a
R$ 20,4 bilhões em 2023 e R$ 21,2 bilhões em 2024. Os instrumentos normativos que instituíram esses
benefícios foram as leis nº 11.087/22, 14.301/22 e 14.302/22 e os decretos nº 10.979/22, 10.985/22,
11.021/22, 11.055/22, 11.087/22, 11.090/22, 11.158/22 e 11.182/22.
Por fim, cumpre ressaltar que os episódios de incumprimentos de pagamentos por
parte dos entes federativos e os eventos de resgates e honras de garantias por parte da União
decorrem de uma situação de desequilíbrio das contas públicas dos entes subnacionais envolvidos.
Com o objetivo de definir condições para concessão de operações de crédito e mitigar riscos fiscais
decorrentes das relações com os demais entes federativos, a União, por meio da STN, realiza
monitoramento das finanças públicas dos entes. O acompanhamento de indicadores de desempenho
e do panorama das finanças públicas dos estados e das capitais estaduais é apresentado no Boletim de
Finanças dos Entes Subnacionais, publicado anualmente pela Secretaria do Tesouro Nacional.
Nas subseções a seguir serão conceituados e detalhados os haveres financeiros
relacionados aos entes subnacionais. Nela, os haveres financeiros da União serão fundamentados de
acordo com as normas e atos que lhes deram origem e serão acompanhados dos demonstrativos da
evolução nos últimos 4 anos e estimativas de fluxos futuros para os próximos 4 exercícios, além das
estimativas de impacto nas contas públicas. Na sequência, serão detalhadas as informações de
garantias prestadas aos entes subnacionais e as contragarantias em operações de crédito garantidas
pela União, fazendo-se o mapeamento dos diversos riscos fiscais agrupando-os de acordo com sua
natureza (ações judiciais, frustração de receitas e incertezas legislativas). Apresenta-se, também, a
evolução do estoque de contragarantias não executadas e a mensuração do impacto nas contas
públicas. Por fim, é exposta a estimativa de ressarcimento das honras realizadas pela União.

4.3.3.1 Haveres Financeiros Relacionados aos Entes Subnacionais


Os créditos financeiros da União perante Estados e Municípios decorrem de programas
de financiamento e refinanciamento de dívidas, implementados de acordo com legislações específicas
e formalizados mediante a celebração de contratos entre as partes.

20
https://www.gov.br/fazenda/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/2023/marco/governo-federal-
fecha-acordo-com-todos-os-estados-para-reposicao-do-icms-perdas-originarias-das-leis-complementares-192-e-194-22

87
Ao longo deste tópico utiliza-se a denominação “programa” para cada conjunto de
contratos firmados com entes subnacionais ao amparo de uma mesma norma, sendo que tais contratos
apresentam aspectos contratuais e financeiros em comum. Por exemplo, ao se referir ao programa
“Lei nº 9.496/1997”, faz-se referência aos contratos de entes subnacionais firmados sob a égide da Lei
em questão.
Os haveres financeiros da União relacionados aos entes federativos são categorizados
segundo as normas ou atos que lhe deram origem em:
I. Retorno de Operações de Financiamento e de Refinanciamento de Dívidas
Tratam-se de operações de financiamento e refinanciamento de dívidas internas
efetuadas ao longo do período de 1993 a 2000, amparadas por Leis e Medidas Provisórias, e que
correspondem aos principais créditos relacionados aos entes federativos sob gestão da STN:
a) Lei nº 8.727/1993 e alterações posteriores (Leis Complementares - LCs nºs
148/2014, 178/2021 e 181/2021) - Refinanciamento, pela União, de dívidas internas
de origem contratual, de responsabilidade das administrações direta e indireta dos
Estados e dos Municípios com a União e sua administração indireta;
b) Lei nº 9.496/1997 e alterações posteriores (LCs nºs 148/2014, 156/2016, 173/2020
e 178/2021) - Consolidação, assunção e refinanciamento, pela União, da dívida
pública mobiliária e da dívida decorrente de operações de crédito de natureza
interna, de responsabilidade dos Estados e do Distrito Federal;
c) MP nº 2.185/2001 e alterações posteriores (LCs nºs 148/2014, 173/2020 e
178/2021) - Consolidação, assunção e refinanciamento, pela União, da dívida pública
mobiliária e da dívida decorrente de operações de crédito com instituições
financeiras, de natureza interna, de responsabilidade dos Municípios;
d) MP nº 2.179/2001 - Crédito do Banco Central do Brasil adquirido pela União em
29/7/2002, originário de empréstimo concedido pela Autarquia ao Banco do Estado
do Rio de Janeiro S.A. – contrato BACEN-BANERJ, cujo saldo devedor foi assumido
pelo Estado do Rio de Janeiro em 16/7/1998.
e) MP nº 2.192/2001 - Estabelece mecanismos objetivando incentivar a redução da
presença do setor público estadual na atividade financeira bancária (PROES).
II. Renegociação da Dívida Externa do Setor Público
Acordo que reestruturou a dívida de médio e longo prazos - parcelas vencidas e
vincendas de principal e juros devidos e não pagos no período de 1/1/1991 a 15/4/1994 - do setor
público brasileiro junto a credores privados estrangeiros (Dívida de Médio e Longo Prazos - DMLP).
III. Retorno de Repasses de Recursos Externos
Financiamento a diversas entidades nacionais com recursos externos captados ou
garantidos pela União perante a República da França, mediante Protocolos Financeiros, para a
importação de equipamentos e serviços (Acordo Brasil-França). Esse crédito foi integralmente quitado
em dezembro/2021.
IV. Saneamento de Instituições Financeiras Federais

88
Créditos adquiridos pela União no âmbito do Programa de Fortalecimento das
Instituições Financeiras Federais, conforme disposto na MP nº 2.196/2001, originários de contratos de
financiamento celebrados entre a Caixa Econômica Federal e Estados, Prefeituras e Companhias
Estaduais e Municipais de Saneamento (Carteira de Saneamento).
V. Aquisição de Créditos Relativos a Participações Governamentais
Créditos originários de participações governamentais devidas ao Estado do Rio de
Janeiro (originárias da exploração de petróleo e gás natural), e aos Estados do Paraná e do Mato Grosso
do Sul (decorrentes da exploração de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica). Em
2021, esses créditos foram integralmente quitados pelos devedores.
VI. Refinanciamentos autorizados pela LC nº 178/2021
Créditos pendentes de recuperação originários de dívidas refinanciadas ou
reestruturadas e, ainda, de avais honrados externos e internos (crédito sub-rogados) honrados pela
União, visando compor novo ativo a ser diferido, mediante celebração de novos contratos de
refinanciamento, para pagamento nas condições previstas nos Artigos 17 e 23 da LC nº 178/2021.
VII. Regime de Recuperação Fiscal (RRF)
Valores a receber decorrentes das obrigações não pagas por Estados ou Distrito Federal
no âmbito do Regime de Recuperação Fiscal, conforme disciplinado pela LC nº 159/2017:
a) Versão original do RRF: a LC nº 159/2017, implementou o Regime de Recuperação
Fiscal, determinando que os Estados que viessem a aderir às condições da referida
LC permaneceriam, por até 36 meses, sem efetuar pagamentos relativos às dívidas
contratuais refinanciadas pela União ou que a União venha a honrar como
garantidora, podendo esse prazo ser prorrogado por igual período. Estes valores
foram registrados em “Contas Gráficas” nos termos do normativo mencionado. No
caso, somente o Estado do Rio de Janeiro aderiu a esse Regime.
b) Novo RRF – decorre das alterações na LC nº 159/2017 promovidas pela LC nº
178/2021: pelo novo modelo, o Estado, cujo pedido de adesão ao Regime de
Recuperação Fiscal tenha sido aprovado, nos termos do art. 4º da LC nº 159/2017,
celebra, conforme autorizado pelo Art. 9º-A, contrato para refinanciar os valores não
pagos em decorrência da aplicação do art. 9º, com prazo de 360 meses para o
pagamento, caso o Plano de Recuperação Fiscal seja homologado. Durante os 10
anos iniciais do RRF, as dívidas junto à União e as operações de crédito serão pagas
parcialmente pela União e pelo Estado em regime progressivo, sendo que o Estado
pagará zero por cento no primeiro ano e chegando a 100% ao final do período. Os
valores não pagos pelo Estado nesta fase inicial serão acumulados no Contrato do
Art. 9º-A e pagos conforme as condições financeiras do Contrato. Os valores
acumulados poderão ser compostos pelos seguintes saldos, a depender dos créditos
originalmente devidos pelo mutuário:
i) Parcelas vencidas e não pagas das dívidas refinanciadas, tais como das Leis
nºs 8.727/1993 e da 9.496/1997, desde a adesão do Estado ao disposto na LC
nº 178/2021 – Art. 23, até a homologação do novo RRF, visando compor o
saldo de partida do contrato;

89
ii) Parcelas vencidas das dívidas refinanciadas, tais como Leis nºs 8.727/1993 e
9.496/1997, a partir da celebração do Contrato do Art. 9º-A: no ano em que
ocorrer a homologação do RRF, o valor total das parcelas será incorporado
ao saldo do Art. 9º- A, e a partir de janeiro do ano subsequente, o Estado
ficará responsável pela quitação de 11,11% da parcela devida, sendo a
diferença incorporada ao novo contrato, com o acréscimo de ao menos
11,11% para cada ano subsequente, de acordo com o mecanismo de
benefício decrescente do novo RRF. Além disso, poderão ser acumuladas as
parcelas vencidas entre a celebração do Contrato do Art.9º-A e a
homologação do RRF;
iii) Avais honrados pela União desde a adesão do Estado ao disposto na LC nº
178 – Art. 23, até a homologação do novo RRF, visando compor o saldo de
partida do contrato;
iv) Novos avais que venham a ser honrados após a homologação do RRF: no
primeiro ano em que ocorreu a homologação, os respectivos saldos serão
integralmente honrados pela STN. A partir de janeiro do ano subsequente, o
Estado passará a pagar à União, mediante GRU informada pelo agente
financeiro Banco do Brasil S/A, o montante correspondente a 11,11% dos
avais que venham a ser honrados, sendo acrescidos ao menos 11,11% a cada
ano subsequente, de acordo com o mecanismo de benefício decrescente.
Além disso, poderão ser acumuladas as parcelas honradas pela União entre
a celebração do Contrato do Art.9º-A e a homologação do RRF; e
v) Saldo da LC nº 178/2021 – art. 23: o valor integral do contrato será
incorporado ao saldo de partida do contrato da LC nº 159/2017 – Art. 9º A,
caso o RRF do Estado seja homologado.

VIII. Dedução de parcelas de dívidas administradas pela União


A recém aprovada Lei Complementar nº 194/2022 traz em seu art. 3º a possibilidade de
a União deduzir do valor das parcelas dos contratos de dívida de Estados e Distrito Federal parte das
perdas de arrecadação destes entes em decorrência da redução de alíquota do ICMS sobre
combustíveis. Este mecanismo de dedução está disciplinado pela Portaria ME nº 7.889/2022, alterada
pela Portaria MF nº 043/2023 e demais acordos21.

4.3.3.1.1 Evolução dos haveres e créditos


No tocante à evolução dos haveres e créditos, a Tabela 55 apresenta o histórico dos
valores do estoque, por exercício, segundo ativo/programa sob gestão da STN.

Tabela 55 - Estoque de haveres e créditos, segundo ativo/programa sob gestão da STN, por ano

21
https://www.gov.br/fazenda/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/2023/marco/governo-federal-
fecha-acordo-com-todos-os-estados-para-reposicao-do-icms-perdas-originarias-das-leis-complementares-192-e-194-22

90
Em R$ milhões
Estoque
Valor (R$ milhões)
Ativo / Programa
Variação (%)1
2019 2020 2021 2022
Ac. Brasil-França 5,3 1,1 - -
-44,8% -78,4% -100,0% -
Carteira de Saneamento 387,5 346,1 310,3 281,8
-10,6% -10,7% -10,3% -9,2%
DMLP 6.090,2 5.142,6 4.663,1 4.120,9
3,8% -15,6% -9,3% -11,6%
Contratos de Cessão – Royalties 352,8 10,2 - -
-70,9% -97,1% -100,0% -
Lei nº 8.727/1993 - Receitas da União 5.332,3 6.335,0 4.617,5 4.154,1
2,4% 18,1% -27,1% -10,0%
Lei nº 8.727/1993 - Demais Credores 2.679,9 2.754,1 2.725,7 2.397,0
-3,2% 2,8% -1,0% -12,1%
Lei nº 9.496/1997 536.327,8 567.786,8 553.961,6 555.511,9
1,5% 5,9% -2,4% 0,3%
MP nº 2.185/2001 30.084,5 30.523,7 28.200,5 4.011,7
-3,9% 1,5% -7,6% -85,8%
Contrato BACEN-BANERJ 14.634,3 27.188,4 31.195,1 -
-2,0% 85,8% 14,7% -100,0%
Regime de Recuperação Fiscal - Lei nº 19.974,4 6.065,8 4.567,3 -
9.496/1997 61,5% -69,6% -24,7% -100,0%
Regime de Recuperação Fiscal – Contrato 6.866,6 1.397,7 3.438,0 -
BACEN-BANERJ 68,0% -79,6% 146,0% -100,0%
LC nº 159/2017 - art. 9º A - - 879,9 83.665,9
- - - 9.408,6%
LC nº 178/2021 – art. 23 - - 3.626,8 38.537,2
- - - 962,6%
Total 622.735,6 647.551,4 638.185,9 692.680,4
2,7% 4,0% -1,5% 8,5%
1
Variação em relação ao exercício imediatamente anterior.
Fonte e elaboração: STN/MF.

A principal variação de 2022 em relação a 2021 ocorreu nas contas que foram afetadas
pelo Regime de Recuperação Fiscal – RRF e nas novas contas dos entes que celebraram o art. 23 da LC
nº 178/2021. Assim, as contas referentes a Bacen-Banerj e Regime de Recuperação Fiscal (que se
referia ao regime antes das alterações trazidas pela LC nº 178/2021) foram zeradas e houve robusto
incremento das contas LC nº 159/2017 – Art. 9º-A e LC nº 178/2021.
Observa-se também variação negativa no estoque da DMLP, de 11,6%. Esse
comportamento se deve à proximidade do encerramento desse programa, previsto para abril de 2024,
o que faz com que o montante das garantias caucionadas em depósito, as quais são corrigidas ao longo
do tempo, se aproxime atualmente do montante devido pelos mutuários, o que vem estimulando os
devedores a usarem tais garantias para realizar quitações antecipadas, procedimento verificado a
partir de 2021.
Por seu turno, a redução no saldo da Lei nº 8.727/1993 (10% para receitas da União),
decorre do refinanciamento dos valores de pendência jurídica do município de Maringá, que assinou o
contrato do art. 17 da LC nº 178/21. Para os demais contratos, as variações apresentadas decorrem do
fluxo normal de pagamentos de suas dívidas, isto é, amortização do principal da dívida, que faz com
que o seu montante se reduza, principalmente pela proximidade de encerramento de vários dos
contratos.

91
Uma última questão se refere ao programa da MP nº 2.185/2001. O município de São
Paulo, ente com maior dívida deste programa, obteve decisão judicial reconhecendo o domínio do
imóvel conhecido como “Campo de Marte” (RE 668869, no Processo Judicial nº 0068278-
78.1974.403.6100 da Justiça de São Paulo). Dessa maneira, por meio de uma conciliação entre União
e o referido município, houve a baixa da dívida do ente, no valor aproximado de R$ 24 bilhões, sendo
esse o motivo para a diferença do saldo devedor de 2022 frente aos demais anos.

4.3.3.1.2 Evolução e estimativas dos fluxos de haveres e créditos


Quanto à evolução dos fluxos, a Tabela 56 apresenta uma comparação entre os fluxos,
estimados e realizados, por exercício, segundo ativo/programa sob gestão da STN.

Tabela 56 - Fluxos de haveres e créditos, estimados e realizados, segundo ativo/programa


Em R$ milhões
Fluxo
Valor Estimado (E)
Ativo / Programa Valor Realizado (R)
Variação (%)1
2019 2020 2021 2022
Ac. Brasil-França E 4,1 5,9 1,1 -
R 4,6 6,3 1,1 -
% 10,6 7,7 -1,3 -
Carteira de Saneamento E 78,6 71,5 62,6 57,1
R 79,7 71,8 63,0 57,5
% 1,4 0,4 0,6 0,8
DMLP E 256,5 338,4 253,5 163,4
R 271,8 437,5 186,0 128,1
% 6,0 29,3 -26,6 -21,6
Contratos de Cessão – Royalties E 1.158,3 607,0 8,4 -
R 995,8 334,8 10,2 -
% -14,0 -44,8 21,9 -
Lei nº 8.727/1993 - Receitas da União E 452,3 - - -
R 310,7 - - -
% -31,3 - - -
Lei nº 8.727/1993 - Demais Credores E 505,0 237,8 131,7 45,2
R 330,2 177,0 115,2 42,8
% -34,6 -25,5 -12,6 -5,3
Lei nº 9.496/1997 E 18.249,5 4.611,4 17.854,7 15.815,4
R 18.225,2 3.153,0 17.993,7 16.218,1
% -0,1 -31,6 0,8 2,5
MP nº 2.185/2001 E 3.209,0 1.344,3 2.890,0 24.496,9
R 3.248,4 853,2 2.911,5 2.585,8
% 1,2 -36,5 0,7 -89,4
Aval Honrado – Conta A E - - - -
R - - - -
% - - - -
Avais Honrados e Recuperados E - - - -
R 15,8 861,7 1,6 29,4
% - - - -

92
Em R$ milhões
Fluxo
Valor Estimado (E)
Ativo / Programa Valor Realizado (R)
Variação (%)1
2019 2020 2021 2022
RRF - Avais Honrados E - - - -
R - 100,8 467,4 -
% - - - -
RRF – Contrato BACEN-BANERJ (encerrado) E - 95,6 44,1 -
R - 98,9 279,2 -
% - 3,5 533,8 -
LC nº 159/2017 - Art. 9º A E - - - 2.619,0
R - - - 1.902,3
% - - - -
LC nº 178/2021 E - - - 812,3
R - - - 611,9
% - - - -
E 23.913,4 7.311,8 21.246,1 44.009,3
Total R 23.482,1 6.095,1 22.028,8 21.575,9
% -1,8 -16,6 3,7 -50,9
1
Variação entre os valores estimados e realizados.
Fonte e elaboração: STN/MF

No tocante aos contratos de Ac. Brasil-França e de Cessão de Créditos - royalties, cabe


explicar que eles foram encerrados pelo decurso natural de tempo, com todo o saldo devedor sendo
quitado. Em relação aos contratos Aval Honrado - Conta A, Regime de Recuperação Fiscal - Avais
Honrados e Regime de Recuperação Fiscal - Contrato BACEN-BANERJ, não existe mais perspectiva de
recebimentos, uma vez que com a homologação do RRF do Rio de Janeiro, o saldo de estoque dessas
dívidas foi incorporado aos contratos do art. 9º-A e art. 23.

Ainda, o contrato Lei nº 8.727/1993 - Receitas da União, não teve nenhum recebimento
em 2022 em decorrência do período de suspensão de pagamentos do estado de Goiás, dentro do
estabelecido pelo RRF. Em relação à Lei Complementar nº 159/2017 - Art. 9º-A, os valores realizados
estão bem menores que os previstos porque a homologação do Regime de Recuperação Fiscal do Rio
de Janeiro e do Rio Grande do Sul demorou mais do que previsto, uma vez que só ocorreu em junho
de 2022, o que implicou em menos entradas no primeiro semestre do ano.

Em relação ao programa da MP nº 2.185/2001, cabe relembrar que houve a baixa da


dívida do município de São Paulo em decorrência de conciliação pelo terreno do “Campo de Marte”,
conforme citado anteriormente. Assim, o recebimento por parte do Tesouro foi prejudicado, o que
impactou negativamente no montante total recebido. Não há diferenças não previstas nos demais
programas.

Tabela 57 - Fluxos estimados de haveres e créditos, segundo Ativo/Programa, por exercício


Em R$ milhões
Estoque Impacto
Valor1 Estimativa de Recebimento Financeiro (F)
Ativo/ Programa
($) ou
2022 2023 2024 2025 2026 Primário (P)
Ac. Brasil-França (encerrado) - - - - - F
Carteira de Saneamento 281,8 53,1 53,1 49,8 48,9 F
DMLP 4.120,9 152,6 4.331,3 - - F
Contratos de Cessão - Royalties - - - - - F

93
Em R$ milhões
Estoque Impacto
Valor1 Estimativa de Recebimento Financeiro (F)
Ativo/ Programa
($) ou
2022 2023 2024 2025 2026 Primário (P)
Lei nº 8.727/1993 - Receitas da União 4.617,5 52,3 117,6 180,0 243,8 F
Lei nº 8.727/1993 - Demais Credores 2.397,0 8,9 0,8 0,4 - F
Lei nº 9.496/1997 555.511,9 19.122, 25.937,8 29.025,2 31.843,5 F
MP nº 2.185/2001 4.011,7 320,1 340,4 355,3 365,6 F
Lei Complementar nº 159/2017 - Art. 9º A 83.665,9 6.328,7 9.896,6 11.538,3 12.903,0 F
Lei Complementar nº 178/2021 38.537,2 819,0 98,9 103,3 106,3 F
Total 693.143,9 26.857,2 40.774,7 41.252,2 45.511,1  
1Posição em 31/12/2022.
Fonte e elaboração: STN/MF.

No caso do refinanciamento ao amparo da Lei nº 9.496/1997 - Estados, as receitas


estimadas já incorporam as novas condições da LC nº 159/2017, concernente ao RRF, para os Estados
do RJ, GO, MG e RS. Foram considerados também os efeitos da LC nº 173/2020 para as dívidas
amparadas pela Lei nº 9.496/1997 e pela MP nº 2.185/2001. O detalhamento a respeito dos
dispositivos trazidos pelo referido normativo é apresentado no item “4.3.1.1.5 Impacto nas Contas
Públicas”.
A entrada em vigor da LC nº 178/2021 trouxe alterações ao Regime de Recuperação
Fiscal (RRF), impactando ainda as dívidas provenientes das Leis nºs 9.496/1997 e 8.727/1993. A
primeira alteração relevante foi a inclusão do art. 4º-A à LC nº 156/2016, trazendo a possibilidade de
se postergar a comprovação do cumprimento da limitação de despesas estabelecida no art. 4º da
mesma lei, e de se suspender a aplicação das sanções previstas. Assim, houve recálculo e foram
retiradas as penalidades para os Estados que haviam descumprido o teto de despesas.
Em adição, a inclusão do art. 1º-B à mesma LC nº 156/2016 permitiu ao Estado do Rio
de Janeiro incorporar o saldo devedor do contrato BACEN-BANERJ ao saldo da Lei nº 9.496/1997, com
efeitos retroativos a julho de 2016.
Ainda, a linha referente à Lei nº 9.496/1997 passou a considerar o recebimento
escalonado de valores por parte de Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás, nos moldes
estabelecidos pela nova redação do art. 9º da LC nº 159/2017. O mesmo ocorre no caso da linha
concernente à Lei nº 8.727/1993 – Receitas da União, relativamente ao Estado de Goiás.
A inclusão do Art. 9º-A na LC nº 159/2017 trouxe a necessidade de se criar novo
programa para tratar do RRF (até o momento denominou-se “Lei Complementar nº 159/2017 – Art.
9º-A”). O saldo inicial desta conta são os valores renegociados de dívidas que estavam suspensas,
notadamente as provenientes da Lei nº 9.496/1997 e de avais honrados, mas também da Lei nº
8.727/1993, DMLP, Conta A, do próprio art. 23 da LC nº 178/2021, dentre outras. Até o momento, três
estados tiveram a homologação do RRF: Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O Estado de Minas
Gerais já assinou o contrato do art. 9º-A em dezembro de 2022 e é esperado que tenha seu pedido de
adesão ao RRF homologado em 2023. Prevê-se que esta dívida terá rápido aumento de saldo devedor,
pois nela são incorporadas todas as parcelas de outras dívidas suspensas pelo RRF, motivo pelo qual se
observa um aumento da projeção de recebimentos com o passar do tempo.
A diferença no fluxo da dívida da Lei Complementar nº 178/2021 de 2023 para os demais
anos se deve justamente pela premissa de que o Estado de Minas Gerais terá seu RRF homologado

94
ainda em 2023. Assim, parte substancial do estoque dessa dívida será transferido para a conta do art.
9º-A, o que provoca a diminuição do fluxo projetado da LC nº 178/2021 (ao mesmo tempo que
aumenta o da dívida do art. 9º-A).
Paralelamente ao art. 9º-A, tem-se o programa do art. 23 da LC nº 178/2021, nos
mesmos moldes, que refinanciou dívidas que estavam suspensas em virtude de decisões judiciais. Os
estados de Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul celebraram contratos baseados nesse artigo, no
entanto o saldo devedor já foi incorporado à dívida do art. 9º-A por ocasião da homologação do RRF.
Atualmente, são quatro contratos ativos dentro do programa: Amapá, Maranhão, Rio Grande do Norte
e Minas Gerais. Esse último pode ter seu saldo incorporado também ao art. 9º-A caso venha a ter seu
RRF homologado. Para os demais, não existe expectativa de adesão ao RRF, motivo pelo qual é
esperado que os saldos permaneçam nessa conta. Cabe destacar, por fim, que ainda há um
refinanciamento do município de Maringá, que apresentava pendência jurídica no âmbito da Lei nº
8.727/1993. Apesar de fazer parte do programa da LC nº 178/2021, ela foi renegociada pelo art. 17 da
referida LC.

4.3.3.1.3 Riscos Fiscais mapeados relacionados a Estados e Municípios


No tocante aos riscos fiscais relativos aos haveres e créditos relacionados aos entes
federativos sob gestão da STN, duas situações são identificadas e descritas a seguir:
I. Riscos relativos às ações judiciais
Estes riscos decorrem de ações impetradas pelos mutuários contra a União em diversas
instâncias da Justiça referentes aos haveres originários de operações de crédito (empréstimos)
contratadas com a União antes da vigência da LC nº 101, de 4/5/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF), bem como àqueles decorrentes de avais honrados pela União, ou integrantes do Regime de
Recuperação Fiscal (RRF).
No que tange à carteira supracitada, composta por 232 contratos celebrados pelos entes
e pelas entidades das administrações indiretas com a União, atualmente há 99 ações judiciais, com
impacto financeiro de R$ 13,5 bilhões (posição de 31/12/2022). Desse total, R$ 7,4 bilhões
correspondem a valores suspensos em decorrência de liminares obtidas pelos estados em ações que
questionam a compensação das perdas de arrecadação do ICMS em decorrência da Lei Complementar
nº 194/2022.
Em condições de normalidade, a recuperação desses haveres – prazos, periodicidade,
encargos, garantias, etc., atende estritamente ao que a legislação específica determina, e está
claramente definida nos instrumentos contratuais. Alterações dessas condições são atualmente
vedadas pelo art. 35 da LC nº 101, de 4/5/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Esses créditos contam com garantias dos devedores constituídas por receitas próprias e
cotas dos Fundos de Participação, no caso de Estados, Municípios e Distrito Federal. No que se refere
às administrações indiretas desses entes, as operações com a União são garantidas pelas respectivas
receitas próprias complementadas pelas garantias do ente controlador – Estado, Distrito Federal ou
Município.
No que se refere à avaliação quanto à possibilidade de recuperação dos valores
pendentes de recebimento, cabe considerar que tal processo mostra-se, algumas vezes, de difícil

95
implementação, em especial diante das diversas situações existentes e do fato da representação
judicial estar a cargo de outro órgão, a Advocacia-Geral da União - AGU. A experiência mostra que há
ações que persistem por décadas sem decisão de mérito, e outras que, a despeito da renúncia por
parte do devedor, continuam ativas, sem pronunciamento final.
Com a vigência da LC nº 178/2021, contudo, parte razoável das pendências jurídicas
acumuladas foi equacionada, com perspectiva do início do recebimento dos valores não pagos. No
entanto, após a vigência da LC nº 194/2022 passou-se a observar novo aumento de decisões judiciais
contrárias à União, implicando um aumento de pendência jurídica. Atualmente, as tratativas para
tentar solucionar a lide estão em andamento, inclusive com discussões avançadas no Grupo de
Trabalho criado no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 7.191.
II. Riscos relativos ao não cumprimento das previsões de receitas para o exercício
Estes riscos se referem às receitas no âmbito da Ação 20Z6 - Gestão de Políticas
Econômicas e Fiscais, Plano Orçamentário PO 004 - Gestão de Haveres da União, e decorrem de
variações nos indexadores das dívidas. As receitas previstas para os exercícios subsequentes são
estimadas pela STN de acordo com premissas conservadoras, utilizando cenários de indexadores
fornecidos pela própria STN e pela Secretaria de Política Econômica (SPE), encaminhadas anualmente
para a Diretoria de Finanças e Contabilidade (DFC), do Ministério da Fazenda (MF), para compor o
Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), do ano subsequente. Cabe ressaltar não ser possível a
mensuração dos impactos desses riscos sobre os fluxos de pagamentos, uma vez que não dispomos de
cenários alternativos estimados.
Outro risco concernente à frustração de receitas se refere ao RRF, instituído pela Lei
Complementar nº 159/2017, aplicável às dívidas estaduais a serem incluídas no âmbito do referido
Regime. A adesão de Estados ao RRF pode suspender e postergar o pagamento de valores devidos à
União durante o seu período de vigência. Até o momento, os estados de Goiás, do Rio de Janeiro e do
Rio Grande do Sul obtiveram a homologação de seus Regimes de Recuperação Fiscal. É alta a
probabilidade de que o estado de Minas Gerais também venha a ter seu RRF homologado ainda este
ano.
É importante considerar também que o processo de adesão ao RRF pode não ocorrer de
acordo com o cronograma desejável, sofrendo atrasos que, eventualmente, terão reflexos nos fluxos
de recebimento estimados.

4.3.3.1.4 Incertezas legislativas relacionadas aos Entes Subnacionais


Outra fonte de risco, dados os seus desdobramentos fiscais, é a atividade legislativa, que
tradicional e frequentemente aborda temas que podem interferir nas relações financeiras entre a
União e entes subnacionais.
As receitas previstas apresentam risco de redução, parcial ou total, em determinados
períodos, em decorrência de novas legislações que se traduzam em carências de pagamento aos
mutuários ou abatimentos nos estoques dos ativos junto aos Estados e Municípios.
Novas alterações legais podem ser implementadas, contudo os impactos associados
ainda não seriam passíveis de estimativa consistente ante o desconhecimento acerca da plena
abrangência das medidas que estariam sendo avaliadas.

96
Ademais, com a edição da LC nº 194/2022, existe a perspectiva de que parte dos
pagamentos de dívidas de Estados e Distrito Federal para com a União venha a sofrer abatimentos para
compensar a redução da alíquota do ICMS sobre combustíveis. A forma como essa compensação será
realizada, foi regulamentada pela Portaria ME nº 7.889/2022, alterada pela Portaria MF nº 43/2023, e
teve como desfecho a realização de acordo firmado em março de 2023 entre Governo Federal e
estados o qual prevê o valor de R$ 26,9 bilhões em compensações advindas das renúncias de ICMS
(perdas originárias das Leis Complementares nº 192 e 194/22). Como o acordo ainda depende de
homologação, não se mostra cabível, até o momento, realizar uma estimativa confiável do impacto.
No âmbito da ADI 7.191 e da ADPF 984 impetradas junto ao Supremo Tribunal Federal,
foi instituído um Grupo de Trabalho com representantes da União e dos Estados, com prazo de atuação
de 120 dias a contar de 02/12/2022, cuja finalidade é se discutir os critérios de compensação
estabelecidos na LC nº 194/2022. O resultado dos trabalhos poderá implicar mudanças na metodologia
estabelecida pela Portaria ME nº 7.889/2022, o que torna difícil, por enquanto, realizar estimativas de
impacto minimamente confiáveis.
Tramita, também, no legislativo federal, projeto de emenda à Constituição Federal, PEC
nº 51/2019, que prevê um aumento de 1% a cada ano para o Fundo de Participação dos Estados (FPE)
a contar do 2º ano após o da sua aprovação até o do 4º ano e depois mais um aumento da ordem de
1,5% no 5º ano, para que o FPE atinja então um percentual final de 26% sobre o produto da
arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Atualmente
esse percentual corresponde a 21,5%. A Tabela 58 apresenta as estimativas de impactos, imediatos e
para um período de dez anos, dessas propostas legislativas para União.
Tabela 58 - Incertezas Decorrentes de Propostas Legislativas relativa aos Entes Subnacionais
Em R$ bilhões
Impacto sobre o fluxo
de caixa da União
Proposta Analisada
Próximos
2023
10 anos
PEC nº 51/2019 (FPE) 0,0 403,4
PEC nº 51/2019 (FPE + Fundeb) 0,0 421,9
Total 0,0 825,3
Fonte e Elaboração: STN/MF.

4.3.3.1.5 Impacto nas contas públicas dos riscos relacionados aos Entes Subnacionais
A Tabela 59 apresenta os impactos nas contas públicas dos riscos relativos às ações
judiciais e à frustração de receitas em decorrência da aplicação de dispositivos legais, para o atual e os
próximos três exercícios subsequentes, quando mensurável com suficiente segurança. Cabe ressaltar
que os impactos apontados se referem somente aos contratos celebrados com a União, não
contemplando, dessa forma, riscos relativos às dívidas dos entes garantidas pela União. Cabe ressaltar
que o valor materializado no exercício de 2021 teve pequena variação negativa, uma vez que houve
alguns recebimentos não previstos anteriormente, principalmente relacionados à assinatura do
contrato do artigo 23 da Lei Complementar nº 178/21 por parte do Estado de Minas Gerais, conjugado
com o atraso do mesmo Estado em assinar o contrato do art. 9º-A da LC nº 159/17 (ato que só ocorreu
em dezembro/2022).

97
Com a efetiva homologação do RRF por parte dos estados de GO, RJ e RS, além da
perspectiva de adesão por MG em breve, passou-se a considerar apenas o cenário em que tais entes
estão no RRF e não mais a possibilidade de ter valores suspensos em virtude de liminares judiciais,
como em relatórios anteriores. Cabe destacar, no entanto, que essa homologação ocorreu mais
tardiamente do que originalmente previsto, o que impactou o fluxo projetado de recebimento por
parte desses entes, motivo pelo qual houve incremento do impacto realizado em 2022 e uma
reestimativa do impacto para os próximos anos.

Tabela 59 - Estimativas dos impactos da adesão dos entes subnacionais ao RRF, por exercício
Em R$ milhões
Impacto
Valor Estimado (E)
Natureza do Risco 1 Valor Realizado (R)
Variação (%)
2020 2021 2022 2023 2024 2025
E 9.247,7 13.361,6 9.922,9 8.242,2 5.230,1 2.466,2
Adesão dos entes ao RRF 2 R 12.363,0 12.590,9 11.458,3
% 33,7 -5,8 15,5
1 Impacto da adesão dos entes ao RRF: houve a homologação do RRF dos estados de GO (jan/22), RJ e RS (jun/22). Além disso,
trabalhou-se com a projeção de que MG irá ter seu pedido homologado em jun/23. As comparações foram efetuadas em relação
ao cenário em que esses estados pagariam normalmente suas dívidas, conforme fluxo esperado.
2 O valor projetado previa o início do RRF em data anterior ao efetivamente ocorrido, o que impactou a diferença Estimado/Realizado.

Fonte e elaboração: STN/MF.

Quanto aos riscos de frustração de receitas em decorrência da aplicação de dispositivos


legais aos haveres sob gestão da STN, tem-se:

I. Lei Complementar nº 173/2020 - Regime de Recuperação Fiscal (RRF), aplicável às dívidas


estaduais a serem incluídos no âmbito do referido Regime.
A Lei Complementar nº 173, de 27/5/2020 - LC nº 173/2020, instituiu o Programa
Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus SARS-CoV-2 (Covid-19). Nesse sentido, em linha com o
disposto no Art. 2º da referida LC, para os Estados, Distrito Federal e Municípios que aderiram ao
referido Programa, no período de 1º de março a 31 de dezembro de 2020, a União ficou impedida de
executar as garantias das dívidas decorrentes dos contratos de refinanciamento de dívidas celebrados
com os Estados e com o Distrito Federal com base na Lei nº 9.496/1997, dos contratos de abertura de
crédito firmados com os Estados ao amparo da Medida Provisória nº 2.192-70/2001, e as garantias das
dívidas decorrentes dos contratos de refinanciamento celebrados com os Municípios com base na
Medida Provisória nº 2.185-35/2001.
Ainda, de acordo com o Art. 2º, § 1º, Inciso I da referida LC, para o Estado, Distrito
Federal ou Município que tenha suspendido o pagamento das dívidas acima no período considerado,
os valores não pagos serão apartados e incorporados aos respectivos saldos devedores em 1º de
janeiro de 2022, devidamente atualizados pelos encargos financeiros contratuais de adimplência, para
pagamento pelo prazo remanescente de amortização dos contratos.
Por fim, conforme o Art. 2º, § 4º, do normativo em tela, os valores eventualmente pagos
entre 1º de março de 2020 e 31 de dezembro de 2020 foram apartados do saldo devedor e
devidamente atualizados pelos encargos financeiros contratuais de adimplência, com destinação
exclusiva para o pagamento das parcelas vincendas a partir de 1º de janeiro de 2021.

98
A Tabela 60 contempla os impactos estimados e os materializados da mencionada LC
para os créditos ao amparo da Lei nº 9.496/1997 e MP nº 2.185/2001 para os exercícios de 2020 a
2022.
Cabe ressaltar que tais impactos abrangem as parcelas mensais das dívidas
refinanciadas, bem como os valores devidos mensalmente em decorrência do descumprimento do teto
de gastos e do RRF – Estado do Rio de Janeiro. Contudo, o impacto da referida LC não ocorreu para os
Estados de Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, visto que as parcelas mensais das dívidas desses
entes já estavam suspensas por decisões liminares.

Tabela 60 - Impactos estimados da LC nº 173/2020, segundo Ativo /Programa, por exercício


Em R$ milhões
Impacto 1
Valor Estimado (E)
Ativo/Programa Valor Realizado (R)
Variação (%)
2020 2021 20222
Lei nº 9.496/1997 E -15.069,2 -68,3 977,4
R -18.892,3 -53,9 2.294,2
% 25,4 -21,1 134,72
MP nº 2.185/2001 E -2.675,6 -300,4 385,5
R -2.828,5 -308,8 183,82
% 5,7 2,8 -109,7
Total E -17.744,8 -368,7 1.362,9
R -21.720,8 -362,7 2.478,0
% 22,4 -1,6 81,82
1 Impactos decorrentes da adesão de Estados e Municípios à LC nº 173/2020, conforme
dispositivos: Art. 2º, § 1º, Inciso I da LC nº 173/2020, e Art. 2º, § 4º, da LC nº 173/2020.
2.Posição de 31/12/2022.

Fonte e elaboração: STN/MF.

Cabe destacar que no caso dos contratos sob amparo da Lei nº 9.496/97 o impacto da
LC nº 173/2020 foi isolado, de modo a não contabilizar efeitos de outras Leis Complementares editadas
posteriormente, nem liminares obtidas pelos entes na justiça. Assim, embora seja uma medida de
impacto realizado para a LC nº 173/2020, não representa efetivamente o impacto total agregado de
todos os fatores que afetam o fluxo de dívidas esperado.
Já no caso dos fluxos da MP nº 2.185/2001 não foi possível isolar os efeitos da LC nº
173/2020, uma vez que que com a conciliação realizada entre o munícipio de São Paulo e a União, no
já citado caso do “Campo de Marte”, a dívida do município foi baixada, havendo queda de arrecadação
e impedindo a comparação com o projetado anteriormente.

II. Lei Complementar nº 178/2021 – Estabelece o Programa de Acompanhamento e Transparência


Fiscal e o Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal, alterando dispositivos das Leis
Complementares nºs 156/16, 159/17, 173/21, da Lei nº 9.496/1997 e da MP nº 2.185/2001,
entre outras providências e Lei Complementar nº 181/2021 – Altera dispositivos das Leis
Complementares nºs 156/16, 159/17, 172/20 e 178/21 e Lei nº 14.029/20.
A LC nº 178/2021 instituiu Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal, o qual
tem por objetivo reforçar a transparência fiscal dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e
compatibilizar as respectivas políticas fiscais com a da União. No caso, o Programa poderá estabelecer

99
metas e compromissos para os Estados, Municípios e Distrito Federal, sendo que os entes que
efetuarem sua adesão deverão firmar o compromisso de contrair novas dívidas exclusivamente em
conformidade com os termos do referido Programa. Ademais, a adesão dos entes ao Programa de
Acompanhamento e Transparência Fiscal será condição para a pactuação de Plano de Promoção do
Equilíbrio Fiscal com a União.
Por sua vez, o Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal conterá conjunto de metas e de
compromissos pactuados entre a União e cada Estado, o Distrito Federal ou cada Município, com o
objetivo de promover o equilíbrio fiscal e a melhoria das respectivas capacidades de pagamento. O
mencionado Plano terá vigência temporária, devendo conter, no mínimo, as metas de compromissos
pactuados, e autorização para contratações de operações de crédito com garantia da União e as
condições para liberação dos recursos financeiros.
Dentre as principais inovações trazidas pela referida Lei Complementar, no tocante aos
haveres da União junto a entes subnacionais, destacamos as alterações no mecanismo do RRF,
alterando dessa forma dispositivos contidos na LC nº 159/2017. Nesse sentido, o novo prazo de
vigência do RRF será de até 9 (nove) exercícios financeiros, observadas as hipóteses de encerramento
e de extinção do referido Regime, apresentadas no texto da própria LC.
Durante a vigência do RRF, desde que assinado o contrato previsto no âmbito da referida
LC e de acordo com o disposto em seu Art. 9º, a União:
a) Concederá redução extraordinária das prestações relativas aos contratos de dívidas
administrados pela Secretaria do Tesouro Nacional contratados em data anterior ao
protocolo do pedido de adesão ao RRF. Esse benefício será aplicado regressivamente no
tempo, de tal forma que a relação entre os pagamentos do serviço das dívidas estaduais
e os valores originalmente devidos das prestações dessas mesmas dívidas será zero no
primeiro exercício e aumentará pelo menos 11,11 % a cada exercício financeiro;
b) Poderá pagar em nome do Estado, na data de seu vencimento, as prestações de
operações de crédito com o sistema financeiro e instituições multilaterais, garantidas
pela União, contempladas no pedido de adesão ao RRF e contratadas em data anterior
ao protocolo do referido pedido, sem executar as contragarantias correspondentes. Por
sua vez, esse benefício será aplicado regressivamente no tempo, de tal forma que a
União pagará integralmente as parcelas devidas durante a vigência do Regime, mas a
relação entre os valores recuperados por ela dos Estados e os valores originalmente
devidos das prestações daquelas dívidas será zero no primeiro exercício e aumentará
pelo menos 11,11 % a cada exercício financeiro.
A Lei Complementar nº 181/2021 trouxe algumas mudanças pontuais às citadas leis,
como a proibição, até 31/12/2021, de a União aplicar penalidades pelo descumprimento do teto de
despesas previsto na LC nº 156/2016, a alteração do prazo para Estados celebrarem o contrato previsto
no art. 23 da LC nº 178/2021, e a possibilidade de se trocar os encargos dos contratos previstos no art.
12-A da LC nº 156/2016.
Os efeitos das LCs nº 178/2021 e 181/2021 podem ser sintetizados da seguinte forma:
1) Impactos decorrentes da adesão de Estados ao Regime de Recuperação Fiscal ao
amparo das LC's nº 178/2021 e 181/2021, conforme Art. 9º da LC nº 173/2021.

100
2) Modificações trazidas pela LC nº 178/2021, por meio da inclusão dos Arts. 1º, 1º A e
1º B ao texto da LC nº 156/2016.
3) Modificação trazida pela LC nº 178/2021, por meio da inclusão do Inciso VI do Art. 8º
ao texto da MP nº 2.185/2001.
4) Introdução dos arts. 4º-A, 4º-B e 4º-C à Lei Complementar nº 156/2016.
Embora em um primeiro momento tenha sido feito uma estimativa em separado para
cada um dos efeitos, não é possível medir o impacto de cada um de forma separada, posto que afetam
as dívidas dos mutuários de forma simultânea. Dessa forma, temos o impacto das medidas avaliadas
sobre duas bases: na primeira, consideramos os Estados que estão no RRF pagando normalmente suas
dívidas, como se elas não estivessem suspensas antes da adesão. Na segunda, consideramos essas
mesmas dívidas suspensas, de modo que o impacto se dá no cenário de que os entes do RRF, ao não
aderirem ao regime, manteriam suas dívidas suspensas por meio de decisões judiciais.
É necessário ressaltar que o impacto foi estimado de acordo com o fluxo de
recebimentos realizado ou previsto para cada conta impactada pela LC nº 178/21. Dessa forma, foram
estabelecidos dois cenários: no primeiro, considerou-se que os estados de Goiás, Minas Gerais, Rio de
Janeiro e Rio Grande do Sul estariam pagando suas obrigações normalmente, sem qualquer suspensão.
No segundo cenário, considerou-se que Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul ainda estariam
amparados por liminares que suspenderiam a cobrança de suas dívidas, ao passo que o Rio de Janeiro
ainda estaria no RRF pelos moldes antigos.
Sobre o fluxo esperado de recebimentos destes dois cenários é que se determinou o
valor do impacto sobre a arrecadação, por meio da subtração dos valores previstos mensalmente sem
a LC nº 178/21 pelos valores com a referida Lei Complementar. Para valores realizados até jun/22,
considerou-se tudo que foi arrecadado nas contas da Lei nº 9.496, Art. 9º-A, Art. 23, Bacen-Banerj (RJ)
e 8.727/93 (GO), além de recebimentos de contratos renegociados dos municípios de Bauru, Campina
Grande e Juazeiro. Para os valores projetados a partir de julho, considerou-se o funcionamento do RRF
da forma como foi apresentado acima, considerando ainda os recebimentos provenientes do art. 9º-A
e do art. 23.
Cabe ressaltar novamente que o impacto foi estimado sobre o fluxo de recebimento.
Dessa forma, os números a serem apresentados pela Tabela 61 não apresentam o gasto da União com
honra de novos avais previstos pelos moldes do RRF. Esse dado pode ser verificado na seção de
contragarantias, onde se estimou o impacto da União com essas novas honras.
Conforme explicado anteriormente, os efeitos da LC nº 178/21 são diversos, e não é
possível estimar com precisão o impacto de cada medida individualmente, posto que há diversos
pontos de interconexão entre as alterações trazidas. A título de ilustração, temos o caso do Rio de
Janeiro, que foi beneficiado com a suspensão e renegociação do teto de gastos, adesão ao novo RRF e
incorporação da conta de Bacen-Banerj ao saldo principal da dívida da Lei nº 9.496/97. Como todos
esses fatores alteram o saldo das dívidas do ente, é impossível determinar qual o montante se refere
a cada alteração.

Tabela 61 - Impactos estimados da LC nº 178/2021, segundo cenário, por exercício

101
Em R$ milhões
Impacto1
Valor Estimado (E)
Cenário Valor Realizado (R)
Variação (%)
2021 2022 2023
Entes RRF pagando suas dívidas E -8.537,3 -22.965,7 -16.024,0
R -29.723,6 -22.691,9 -
% 248,16 -1,19 -
Entes RRF com dívidas permanecendo suspensas E -8.537,3 -7.171,2 -6.959,4
R -7.605,3 -6.897,4 -
% -10,9 -3,82 -
1Impactos decorrentes de: (i) adesão ao RRF pelos estados de Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e
Rio de Janeiro; (ii) inclusão dos arts. 1º-A, 1º-B e 1º-C à LC nº 156/16, além do inciso VI ao art. 8º da
MP nº; e (iii) inclusão dos arts. 4º-A, 4º-B e 4º-C à LC nº 156/16.
Fonte e elaboração: STN/MF

4.3.3.1.6 Medidas de mitigação ou providências


As medidas de mitigação ou providências a serem tomadas tanto para prevenção de
ocorrência do risco (redução da probabilidade de efetivação) quanto para o caso de materialização
deste (minimização do impacto gerado):
a) Riscos relativos às ações judiciais: a principal medida de mitigação é a intensificação do
relacionamento com a AGU e suas procuradorias regionais e seccionais, com vistas à reversão das
decisões tomadas, o que tem ocorrido. Ressalta-se que essas operações são financeiras e o impacto
fiscal da ocorrência dos riscos se dá sobre o endividamento público;
b) Riscos de frustração de receitas em decorrência da aplicação de dispositivos legais aos haveres sob
gestão da STN: não há medidas de mitigação plenamente eficazes, contudo, a STN busca, sempre
que possível, atuar junto às instâncias pertinentes com o objetivo de evitar ou minimizar impactos
sobre as dívidas subnacionais;
c) Riscos relativos ao não cumprimento das previsões de receitas para o exercício: a principal medida
de mitigação é o encaminhamento de projeções conservadoras para as receitas, para compor o
PLOA. Por sua vez, a ocorrência de inadimplementos pontuais é mitigada por meio do mecanismo
de execução de garantias previstas em contrato.

4.3.3.1.7 Valores provisionados no BGU ou na LOA referentes aos riscos apresentados


Os valores relativos às ações judiciais incidentes sobre empréstimos da União estão
contabilizados nas contas de ajuste 1.2.1.1.1.99.04 (Ajuste de Perdas – Empréstimos Concedidos),
1.2.1.1.4.99.04 (Ajuste de Perdas – Empréstimos Concedidos – Estados) e 1.2.1.1.5.99.04 (Ajuste de
Perdas – Empréstimos Concedidos – Municípios), e são apresentados na Tabela 62. Trata-se de contas
redutoras do ativo da STN.

Tabela 62 - Ajustes de perdas para os empréstimos concedidos a Estados e Municípios, por ano
Em R$ milhões
Ajuste de Perdas
Curto Prazo ($) e Longo Prazo ($)
Item
Variação (%)1
2019 2020 2021 2022
LC nº 148/2014 Estados 22,6 - - -

102
Em R$ milhões
Ajuste de Perdas
Curto Prazo ($) e Longo Prazo ($)
Item
Variação (%)1
2019 2020 2021 2022
-94,4 -100,0 - -
Municípios 400,9 465,0 273,9 -
-26,8 16,0 -41,1 -100,0
Subtotal 423,5 465,0 273,9 -
-55,6 9,8 -41,1 -100,0
Perda estimada dos Estados 30.410,7 341.312,7 318.323,8 121.593,4
créditos com liquidação duvidosa 55,3 1.022,3 -41,1 -61,8
Municípios 2.256,7 5.451,4 4.619,2 1.731,2
17,9 141,6 -15,3 -62,5
Administração 2.042,7 3.175,8 2.891,8 1.568,7
direta e indireta 33,3 55,5 -8,9 -45,8
Subtotal 34.710,1 349.939,9 325.834,8 124.893,3
50,7 908,2 -6,9 -67,7
Total 35.133,6 350.404,9 326.108,7 124.893,3
46,5 897,4 -6,9 -61,7
1Variação em relação ao período anterior.
Fonte e elaboração: STN/MF.

A redução de 62% no total de ajustes de perdas pode ser explicada, principalmente, pela
implementação, em novembro de 2022, da nova metodologia MAPHEM (Modelo de Ajuste de Perdas
junto a Haveres de Estados e Municípios) para cálculo de ajustes de perdas. Na nova metodologia,
dentre várias alterações, destaca-se pela adoção do valor da ação judicial como base para cálculo do
ajuste, e não mais o saldo do contrato, bem como é considerada na análise a avalição de risco de perda
elaborada pela Advocacia-Geral da União. Essa alteração metodológica proporcionou reversão de
ajuste de perdas de um valor próximo a R$ 97 bilhões.
Além disso, e anterior à implementação da nova metodologia MAPHEM, ocorreu a
adesão dos Estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal – RRF, ao
amparo da LC nº 159/2017 - art. 9º-A, e a adesão dos Estados do Amapá, Maranhão, Minas Gerais e
Rio Grande do Norte ao disposto na LC nº 178/2021. Como consequência, foi realizada a reversão de
ajustes de perdas em mais de R$ 100 bilhões.

a) LC nº 148/2014
O ajuste para perdas de créditos ao amparo da LC nº 148/2014 corresponde aos valores
integrais referentes aos ajustes previstos para os saldos dos entes federados (Estados ou Municípios)
que ainda não aderiram às condições da referida norma. No caso, a LC nº 148/2014 previu a alteração
retroativa de indexadores das dívidas de Estados e Municípios com a União, no âmbito da Lei nº
9.496/1997 e da Medida Provisória nº 2.185/2001, de forma que parte dos estoques de ativos geridos
pela STN sofreria redução na medida em que os entes beneficiários assinassem os respectivos aditivos
contratuais e após satisfeitas todas as condições e procedimentos apresentados no Decreto nº
8.616/2015, que regulamentou a referida Lei. Os valores de ajuste previstos para os saldos dos entes
que ainda não aderiram às condições da LC nº 148/2014 eram informados mensalmente pelo agente
financeiro Banco do Brasil.
Entretanto, juntamente com a implementação do novo modelo MAPHEM, observou-se
não haver necessidade de registro de ajuste para perdas específico para os contratos que estão ao

103
amparo da LC nº 148/2014, conforme Nota Técnica SEI nº 53292/2022/ME, de 13 de novembro de
2022. Desta forma, em novembro de 2022 foi realizada a reversão no valor integral dos ajustes
relacionados à LC nº 148/2014.
b) Créditos de Liquidação Duvidosa
Cabe destacar que o item “Perda estimada dos créditos com liquidação duvidosa”
seguiu, até outubro de 2022, as regras do modelo de ajuste de perdas denominado “CAPAG PLUS”,
implementado ao final de 2020.
Os créditos de liquidação duvidosa podem ser divididos da seguinte forma:
i. Ajuste de perda de créditos de devedores duvidosos para dívidas contratuais geridas
originalmente pela STN: Trata-se de ajuste de perdas aplicável às dívidas decorrentes, em sua
maior parte, de refinanciamentos realizados no período de 1993 a 2000.
ii. Ajuste de perda de créditos de devedores duvidosos para montantes oriundos de avais
honrados pela União e com recuperação não permitida em virtude de liminares judiciais: No
caso específico dos avais honrados, os entes ajuízam ação para impedir que o Tesouro Nacional
execute as contragarantias oferecidas em contrato para fins de recuperação dos valores
honrados pela União.
iii. Ajuste de perda de créditos de devedores duvidosos para avais honrados no âmbito do Regime
de Recuperação Fiscal – RRF, ao amparo da LC nº 159/17, e ao amparo da LC nº 178/2021: trata-
se de valores de ajustes de perdas reconhecidos com relação aos contratos inclusos no âmbito
do RRF, e de acordo com as condições dos arts. 17 e 23 da LC nº 178/2021, permitindo o
parcelamento de valores até então vinculados a liminares ajuizadas contra a União.
Quanto ao ajuste de perdas de créditos de devedores duvidosos decorrentes de
empréstimos e financiamentos, foi observada redução de 46% do valor registrado para o grupo
Entidades, 62% para Inter Estados e 63% para Inter Municípios. As reduções se devem principalmente
à implementação, em novembro de 2022, da nova metodologia MAPHEM, para o cálculo dos ajustes
de perdas.
Além disso, variações negativas observadas nos ajustes de perdas também foram
influenciadas pela adesão do Município de Maringá à LC nº 178/2021 (nos termos do art.17), pela
adesão dos Estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal – RRF, ao
amparo da LC nº 159/2017- art. 9º-A, pela adesão dos Estados do Maranhão, Minas Gerais e Rio Grande
do Norte ao disposto na LC nº 178/2021, bem como pela melhoria de ratings de Estados e Municípios
no período analisado.
Conforme já mencionado, a partir das informações relativas ao mês de novembro/2022,
foi implementado novo modelo de ajuste de perdas, denominado “Modelo de Ajuste de Perdas junto
a Haveres de Estados e Municípios – MAPHEM”, o qual corresponde à evolução do Modelo vigente
denominado “CAPAG PLUS”, que vinha sendo aplicado na carteira de créditos gerida pela STN desde o
final do exercício de 2020. A atualização decorre: a) das recomendações exaradas por meio do Acórdão
nº 1833/2022 – TCU – Plenário; b) da incorporação de informações fornecidas pela Advocacia-Geral da
União - AGU; c) das sugestões oferecidas por áreas internas da STN.

104
Cabe destacar alguns aspectos que foram modificados, de forma a se obter a evolução
do “Modelo CAPAG PLUS”. Na prática, trata-se de mudanças de paradigmas de um modelo para o
outro, ou de ajustes que acarretaram mudança significativa no volume do ajuste de perdas.
O primeiro aspecto modificado na comparação de um Modelo com o outro foi o maior
enfoque na Nota CAPAG do ente, pois mesmo quando há entes envolvidos no RRF, ou contratos
vinculados a Pendências Jurídicas (PJ), deve sempre ser efetuada a validação acerca do fato de que o
ajuste calculado pela Nota CAPAG apresenta informação mais relevante que aquela calculada mediante
as regras específicas dispensadas aos contratos do RRF ou com PJ.
Ainda, no que diz respeito à utilização da Nota CAPAG no modelo, foi realizado ajuste
na tabela de correlação com os ratings, uma vez que as notas "C" e "D" da CAPAG, equivaliam,
respectivamente, aos ratings "F" e "H", os quais, por sua vez, acarretavam ajuste de perdas com
percentuais de 50% e 100%, respectivamente. Após avaliação dos resultados do modelo “CAPAG PLUS”
durante o período em que foi utilizado, observou-se que correspondiam a percentuais extremos para
as informações prospectivas, de forma que se efetuou o ajuste, para que as Notas "C" e "D" sejam
equivalentes aos ratings "D" e "E" no âmbito do novo Modelo, acarretando ajustes da ordem de 10%
e 30%, respectivamente.
Mais uma modificação relevante na comparação de um modelo com o outro é a
participação da AGU, na avaliação do risco de contratos envolvidos em pendência jurídica. Nesse
contexto a AGU passou a informar a classificação de risco para ações judiciais em que a União é parte,
nos termos da Portaria AGU nº 68/2022.
Outra mudança significativa se deu na estimativa do ajuste de perdas de contratos
vinculados a PJ. A primeira, já comentada, foi a participação da AGU no processo. A segunda mudança
corresponde ao fato de que o percentual de ajuste não mais incidirá sobre o saldo devedor do contrato
com PJ, mas sim sobre o que será chamado de “Valor Objeto da Ação (VA)”, concernente ao valor de
fato questionado no âmbito da ação. Esse valor pode estar informado na própria ação judicial ou,
alternativamente, ser obtido por meio de uma projeção do impacto da ação. Ainda, em último caso,
esse valor pode corresponder ao próprio saldo da pendência jurídica do contrato, registrado no
Sistema de Acompanhamento de Haveres Financeiros junto a Estados e Municípios - SAHEM.

4.3.3.2 Garantias Prestadas pelo Tesouro Nacional aos Entes Subnacionais22


Esta classe de passivos contingentes inclui as garantias prestadas pela União a operações
de crédito, nos termos do art. 29, IV e do art. 40 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Trata-se dos avais
concedidos pela União aos entes federados e aos entes da administração indireta, das três esferas de
governo, para a concessão de crédito, nos termos da lei. As garantias a operações de crédito podem
ser internas ou externas, conforme a origem do financiamento que é objeto da garantia.

22
As garantias prestadas pela STN aos entes subnacionais apresentadas nessa subseção apresentam, apenas, um recorte
distinto ao tratamento do tema Entes Subnacionais, sendo que tais garantias já foram retratadas ao longo da seção de
Garantias Prestadas pelo Tesouro Nacional.

105
A Tabela 63 sintetiza a evolução do saldo devedor das operações de crédito
garantidas pela União aos entes subnacionais, conforme Relatório Quadrimestral de Operações
de Crédito Garantidas do terceiro quadrimestre de 2022, segundo as diferentes naturezas das
operações.
Ao final do 3º quadrimestre de 2022, o saldo da dívida garantida em operações de
crédito para Estados e Municípios alcançou R$ 244,8 bilhões, com a dívida garantida em operações de
crédito externas respondendo por R$ 145,5 bilhões, equivalente a 59,43% do total, enquanto a dívida
garantida em operações de crédito internas representa R$ 99,3 bilhões, 40,57% do total.
Tabela 63- Saldo devedor das Dívidas Garantidas em Operações de Crédito - Estados e Municípios
Em R$ bilhões
Saldo Devedor
Garantias em
Valor Realizado ($) 1
Operações de Crédito
2017 2018 2019 2020 2021 2022
Garantias Internas 88,6 95,3 95,8 104,2 104,9 99,3
Estados 84,7 91,4 90,9 97,3 96,7 90,1
Municípios 3,9 3,9 4,9 6,9 8,2 9,2
Garantias Externas 102,3 121,1 124,2 155,2 159,8 145,5
Estados 91,2 107,7 109,6 135,2 137,4 123,8
Municípios 11,1 13,4 14,6 20,0 22,4 21,7
Total 190,9 216,4 220,0 259,4 264,7 244,8
1
Utilizada PTAX de venda do fechamento de 31/12/2022 para apuração de valores em reais.
Fonte e elaboração: STN/MF.

4.3.3.3 Contragarantias de Operações de Crédito


A concessão de garantias pela União em operações de crédito tem como contrapartida
a vinculação, pelo tomador de crédito, de contragarantias em valor suficiente para cobertura dos
compromissos financeiros assumidos, conforme previsto em lei. Dessa forma, sempre que a União
honra compromissos de outrem em decorrência de garantias por ela oferecidas, são acionadas as
contragarantias correspondentes visando a recuperação dos valores despendidos na operação. Além
do valor original devido, são incluídos juros de mora, multas e outros encargos eventualmente
previstos nos contratos de financiamento.
No momento em que um ente efetua a contratação de empréstimo dessa categoria, são
firmados três contratos: 1) um contrato de financiamento entre o ente e a instituição financeira que
será credora do empréstimo; 2) um contrato de garantia entre a instituição financeira e a União, na
condição de garantidora do financiamento; e 3) um contrato de contragarantia entre o ente e a União,
mediante o qual a União pode utilizar contragarantias para cobertura dos valores eventualmente
honrados por conta de inadimplências do ente beneficiado pelo empréstimo.
Os saldos das contragarantias relacionadas aos contratos financeiros firmados por
entes junto às instituições financeiras com o aval da União não são registrados no SIAFI, mas
apenas os valores honrados pela União e os respectivos recebimentos decorrentes de
contragarantias recuperadas pelo agente financeiro. Estas recuperações são efetuadas a pedido
da STN, visando quitar os montantes de avais por ela honrados em decorrência dos
inadimplementos dos entes em empréstimos firmados junto a instituições financeiras e nos quais
a União tem parte como garantidora. Os respectivos recebimentos são registrados no SIAFI pelo
agente financeiro Banco do Brasil S.A., por meio de Guias de Recolhimento da União (GRU).

106
Dentre os ativos dos entes que podem ser utilizados como contragarantias,
destacamos, por exemplo, o Fundo de Participação dos Estados (FPE), e o Fundo de Participação
dos Municípios (FPM), além das receitas próprias. A STN não possui gestão sobre as
contragarantias, as quais correspondem a ativos dos entes.

4.3.3.3.1 Riscos Fiscais mapeados, agrupados de acordo com a natureza


Os riscos fiscais relativos à execução de contragarantias sob gestão da STN são de três
naturezas: (i) riscos relativos às ações judiciais; (ii) riscos de frustração de receitas em decorrência da
aplicação de dispositivos legais; e (iii) riscos decorrentes de incertezas legislativas.
Os riscos relativos às ações judiciais decorrem de liminares em ações impetradas pelos
mutuários contra a União em diversas instâncias da Justiça concernentes aos haveres originários de
avais honrados pela União, as quais impedem temporariamente a recuperação dos valores. No que
tange à carteira supracitada, atualmente há 7 ações judiciais com impacto financeiro de R$ 1,7 bilhão
(posição de 31/12/2022).
A possibilidade de recuperação dos valores pendentes por decisão judicial mostra-
se, algumas vezes, de difícil implementação. É importante destacar que a AGU possui a
governança dessas ações judiciais, que por sua vez define as estratégias a serem adotadas em
cada caso.
Os riscos de frustração de receitas em decorrência da aplicação de dispositivos
legais, por sua vez, estão atualmente, e em grande parte, relacionados à nova versão da Lei
Complementar nº 159, de 19/5/2017 – LC nº 159/2017, Art. 9º A – Regime de Recuperação Fiscal
(RRF), aplicável às dívidas estaduais a serem incluídas no âmbito do referido Regime. A adesão de
Estados ao RRF pode suspender e postergar o pagamento de valores devidos à União durante o
seu período de vigência.
Até o momento, os Estados de Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul obtiveram
a homologação do novo RRF, celebrando os contratos do Art. 9º A da LC nº 159/17 e o Art.23 da
LC nº 178/21. Cabe ressaltar que o Estado de Minas Gerais celebrou o contrato dos artigos
retromencionados em dezembro de 2022, mas ainda não obteve a homologação de seu RRF, o
que deve ocorrer ainda neste ano.
Com a adesão à LC nº 178/2021, os avais honrados pela União até aquele momento
foram incorporados ao saldo do contrato do Art. 23. Para os estados que tiveram a homologação
de seu RRF, tanto os saldos dos avais honrados pela União como o saldo do próprio Art. 23 foram
incorporados ao saldo do novo contrato ao amparo do Art. 9º A da LC nº 159/2017.
Em consonância com o mecanismo de benefício decrescente do novo RRF, os
valores de avais honrados pela STN no 1º ano em que ocorrer sua homologação serão
integralmente incorporados ao saldo do Art. 9º-A, ao passo que, a partir de janeiro do ano
subsequente, os avais honrados integralmente terão 11,11% de seus montantes devolvidos pelo
Estado à STN mediante pagamentos mensais por meio de GRUs emitidas pelo agente financeiro
Banco do Brasil S/A, sendo as diferenças não pagas incorporadas ao saldo do Art. 9º-A. Na
sequência, a cada 12 meses adicionais de pagamentos, serão acrescidos de pelo menos 11,11%

107
aos valores a serem pagos pelo Estado, até o momento em que os entes voltam a pagar o valor
integral das parcelas das operações de crédito.
Com as novas regras do RRF estabelecidas a partir da edição da LC nº 178/21, há
perspectiva de que ocorra a retomada de pagamentos por parte dos Estados mencionados, uma vez
que os contratos do Art. 9º-A e do Art. 23 passem a ser cobrados no primeiro dia do segundo mês
subsequente à homologação do RRF (Art. 9º-A) ou da assinatura do contrato (art. 23). Esse fato que
pode compensar em parte a perda de receita decorrente desse regime diferenciado.
Cabe ressaltar, ainda, que outros entes que possuíam avais honrados pela União sem
possibilidade de execução das contragarantias acabaram por refinanciar suas pendências por meio da
celebração do art. 23 da LC nº 178/21. Tratam-se dos estados do Amapá, do Maranhão e do Rio Grande
do Norte. Diferentemente do que ocorre com o estado de Minas Gerais, para esses entes não é
esperada a adesão ao RRF.
A Tabela 64 demonstra a evolução do estoque do ativo nos últimos exercícios. Durante
o ano de 2022, com assinatura dos arts. 9º-A e 23, todo o estoque de avais a recuperar, inclusive sob
o Regime de Recuperação Fiscal, foi zerado, uma vez que todo o saldo foi renegociado. No entanto,
nos últimos meses do ano esse saldo voltou a crescer em virtude de novas ações judiciais impetradas
por estados. Essas ações questionam a forma como se dará a compensação da perda de arrecadação
de ICMS por parte dos estados em decorrência da diminuição das alíquotas incidentes sobre certos
produtos trazida pela Lei Complementar nº 194/2022. Até o final de 2022, foram concedidas liminares
aos estados de Alagoas, do Maranhão, de Pernambuco e do Piauí impedindo que a União execute a
contragarantia desses entes em caso de honra de suas dívidas garantidas pela União. No ano de 2023,
novas liminares têm sido concedidas impedindo a execução de contragarantias, a exemplo dos estados
do Espírito Santo e Sergipe.
A baixa dos valores de avais a recuperar ocorre concomitantemente com a
incorporação de tais valores (recalculados nos moldes da LC nº 178/21) às contas do art. 9º-A e
do art. 23, ou seja, continua a expectativa de recebimento desses montantes. Agora eles fazem
parte da dívida administrada pela União e por isso são contabilizadas em suas contas próprias.
Tabela 64 - Evolução do estoque das contragarantias não executadas, segundo as motivações
Em R$ milhões
Valores a Recuperar ($)
Ativo/Programa Variação (%) 1
2017 2018 2019 2020 2021 2022
Avais a Recuperar 2 508,3 594,8 5.047,0 9.473,2 12.039,5 1.663,2
37,2 17,0 748,6 87,7 27,0 -86,2
Avais a Recuperar sob o Regime de Recuperação Fiscal - 3.090,1 7.782,5 12.665,3 24.070,1 28.926,0 0,0
RRF 3 - 151,9 62,8 90,1 20,0 100,0
Total 3.598,4 8.377,3 17.712,3 33.543,3 40.965,5 1.663,2
871,0 132,8 111,4 89,4 22,1 -100,0
1
Variação em relação ao exercício imediatamente anterior.
2 A União esteve impedida de receber avais honrados em decorrência das ACOs/STF nos 2.981, 3.045, 3.215, 3.225, 3.233, 3.235. 3.244, 3.252, 3.262,
3.270, 3.280, 3.285, 3.286, 3.431, 3.438, 3.457, 3.586, 3.587, 3.590, 3.591, 3.594, 3.595, 3.596, 3.601 e Ação Civil Pública nº 1038641-
32.2020.4.01.3700 Justiça Federal do Maranhão.
3 Valor a Recuperar (RRF): Valores registrados em Conta Gráfica a serem pagos nos prazos e condições estabelecidos pela Lei Complementar nº 159,

de 2017 (RRF), atualizados até a data de referência da coluna.


Fonte e elaboração: STN/MF.

108
A Tabela 65 apresenta as estimativas de impacto no atual e nos próximos três
exercícios, tendo como base os riscos das contragarantias mapeados pela STN e as previsões de avais
a serem honrados pela União. Ressalta-se que essas operações são financeiras e o impacto fiscal da
ocorrência dos riscos se dá sobre o endividamento público.
Tabela 65 - Impactos das honras de garantias nas contas públicas, por ano
Em R$ milhões
Honras de Garantias 2020 2021 2022 2023 2024 2025
Previsto 4.598,8 4.599,4 9.008,3 10.395,9 10.395,1 10.125,2
Realizado 8.608,8 6.202,2 9.750,9 - - -
Variação (%) 87,2 34,8 8,2 - - -
Fonte e elaboração: STN/MF.

Cabe ressaltar que o impacto realizado em 2020 foi retificado, posto que não havia sido
contabilizada até então uma honra ocorrida junto ao BNP – Paribas, relativa a uma operação de crédito
contratada pelo Estado do Rio de Janeiro - RJ (CEDAE). A honra foi realizada em 30 de dezembro 2020,
mas a suspensão da execução de contragarantia – concedida pelo STF na ACO 3.457, ocorreu apenas
em 2021, sendo este o motivo para não ter sido adequadamente considerado anteriormente.
A Tabela 6523 não leva em consideração as honras que podem ocorrer em 2023 relativas
às ações da LC nº 194/22, visto que existe alto grau de incerteza quanto aos valores – existem
negociações entre União e estados visando solucionar a lide. Assim, não é possível determinar por
quanto tempo perdurará a situação em que a União se encontra, de ter que honrar as dívidas de alguns
estados sem poder executar as contragarantias. Cabe ressaltar que atualmente existe um grupo de
trabalho determinado pelo STF, com representantes de estados e da União, em decorrência das ADI
7.191 e ADPF 984, que questionam a metodologia adotada pela União na Portaria ME nº 7.889/22.
Esse grupo possui o prazo de 120 dias a contar de 02/12/2022 para apresentar seus resultados, o que
pode implicar em mudanças metodológicas trazidas na portaria, não sendo cabível realizar estimativas
de impacto minimamente confiáveis.
Os valores previstos para 2023, 2024 e 2025 foram reestimados para se adequar às
novas condições trazidas pela LC nº 178/21. Dessa forma, esses valores se referem à expectativa de
honra dos avais de entes que aderiram ao RRF. Assim, segundo o mecanismo do Regime, existe a
expectativa de que parte desses valores sejam devolvidos pelos estados, conforme disposto na Tabela
66.
Tabela 66 - Estimativa de ressarcimento de honras realizadas pela União em decorrência do RRF
Em R$ milhões
Ressarcimento de Honras 2022 2023 2024 2025
Previsto 0,00 761,79 1.930,15 3.009,47
Fonte e elaboração: STN/MF.

A principal medida de mitigação para os riscos relativos às contragarantias é a


intensificação do relacionamento com a AGU e suas procuradorias regionais e seccionais, com vistas à
reversão das decisões judiciais. Em relação à aplicação de dispositivos legais, entretanto, não há

23
Os valores apresentados não consideram os efeitos do acordo realizado entre o MF e os Estados realizado no início de
2023.

109
medidas de mitigação plenamente eficazes. A STN, contudo, busca, sempre que possível, atuar junto
às instâncias pertinentes com o objetivo de evitar ou minimizar impactos sobre as dívidas subnacionais.

4.3.3.3.2 Valores provisionados no BGU ou na LOA referentes aos riscos apresentados


Os valores relativos às ações judiciais incidentes sobre avais honrados pela União estão
contabilizados nas contas de ajuste 1.1.3.9.4.0.1.0.1 - ajuste para perdas - subgrupo 113 (Conta
Corrente 1.1.3.8.4.4.2.0.0) e 1.2.1.2.4.99.03 - ajuste de perdas de outros créditos (Conta Corrente
1.2.1.2.4.98.18, e são apresentados na Tabela 67. Trata-se de contas redutoras do ativo da STN.

Tabela 67 - Valores de ajustes de perdas para os créditos sub-rogados (avais honrados)


Em R$ milhões
Ajuste de Perdas para Avais Honrados 1
Item
2018 2019 2020 2021 2022 2
Avais Honrados - 4.196,6 31.386,0 40.275,4 1.663,2
Conta A 3 - 627,9 660,3 690,1 -
Total - 4.824,5 32.046,3 40.965,5 1.663,2
Variação - - 564,2 27,8 -95,9
1 Os ajustes de perdas de créditos de devedores duvidosos para montantes oriundos de avais honrados pela União e
com recuperação não permitida em virtude de liminares judiciais estão registrados na Conta Contábil 1.2.1.2.4.99.03
- ajuste de perdas de outros créditos (Conta Corrente 1.2.1.2.4.98.18) e Conta Contábil 1.1.3.9.4.0.1.0.1
- ajuste para perdas - subgrupo 113 (Conta Corrente 1.1.3.8.4.4.2.0.0).
2 Avais honrados pela União referentes aos Estados de Alagoas, Maranhão, Pernambuco, Piauí e com recuperação

não permitida em virtude de liminares judiciais.


3 Aval honrado pela União referente à Conta A do Estado do Rio de Janeiro e com recuperação não permitida em

virtude de liminar judicial. Seu saldo foi incorporado ao saldo do art. 9º-A da LC nº 159/17 quando da entrada
do estado no RRF.
Fonte e elaboração: STN/MF.

A grande baixa do ajuste de perdas para Avais Honrados se deu pela adesão ao RRF pelos
estados de Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, além da assinatura do contrato de
refinanciamento do art. 23 da LC nº 178/21 por parte dos estados do Amapá, do Maranhão, de Minas
Gerais e do Rio Grande do Sul. No entanto, por outro lado, surgiram novas ações judiciais impedindo
que a União execute a contragarantia em caso de honra de avais de determinados estados, todas se
baseando nas aplicações do disposto na LC nº 194/22. Desse modo, parte considerável do saldo de
ajuste apresentado em 2022 se deve a essas ações dos estados de Alagoas, do Maranhão, de
Pernambuco e do Piauí. Uma outra pequena parte do saldo decorre da ação judicial do município de
Taubaté.
Cabe destacar a implementação, em novembro de 2022, da nova metodologia MAPHEM
(Modelo de Ajuste de Perdas junto a Haveres de Estados e Municípios) para cálculo de ajustes de
perdas. O MAPHEM corresponde à evolução do Modelo vigente denominado “CAPAG PLUS”, que vinha
sendo aplicado na carteira de créditos gerida pela STN desde o final do exercício de 2020. A atualização
decorre: a) das recomendações exaradas pelo Tribunal de Contas da União - TCU, por meio do Acórdão
nº 1833/2022 – TCU – Plenário; b) da incorporação de informações fornecidas pela Advocacia-Geral da
União - AGU; c) das sugestões oferecidas pela Subsecretaria de Contabilidade da STN; e d) da análise
da equipe da STN.
Alguns aspectos foram modificados, de forma a se obter a evolução do “Modelo CAPAG
PLUS”. Na prática, tratam-se de mudanças de paradigmas de um modelo para o outro, ou de ajustes
que acarretaram mudança significativa no volume do ajuste de perdas.

110
O primeiro aspecto modificado na comparação de um modelo com o outro foi o maior
enfoque na Nota CAPAG do ente, pois mesmo quando há entes envolvidos no Regime de Recuperação
Fiscal – RRF, ou contratos vinculados a Pendências Jurídicas (PJ), deve sempre ser efetuada a validação
acerca do fato de que o ajuste calculado pela Nota CAPAG apresenta informação mais relevante que
aquela calculada mediante as regras específicas dispensadas aos contratos do RRF ou com PJ.
Ainda, no que diz respeito à utilização da Nota CAPAG no modelo, foi realizado ajuste
na tabela de correlação com os ratings, uma vez que as notas "C" e "D" da CAPAG, equivaliam,
respectivamente, aos ratings "F" e "H", os quais, por sua vez, acarretavam ajuste de perdas com
percentuais de 50% e 100%, respectivamente. Após avaliação dos resultados do modelo “CAPAG PLUS”
durante o período em que foi utilizado, observou-se que correspondiam a percentuais extremos para
as informações prospectivas, de forma que se efetuou o ajuste, para que as Notas "C" e "D" sejam
equivalentes aos ratings "D" e "E" no âmbito do novo Modelo, acarretando ajustes da ordem de 10%
e 30%, respectivamente.
Mais uma modificação relevante na comparação de um modelo com o outro é a
participação da AGU na avaliação do risco de contratos envolvidos em pendência jurídica. Nesse
contexto, a AGU passou a informar a classificação de risco para ações judiciais em que a União é parte,
nos termos da Portaria AGU nº 68/2022.
Outra mudança significativa se deu na estimativa do ajuste de perdas de contratos
vinculados a PJ. A primeira, já comentada, foi a participação da AGU no processo. A segunda mudança
corresponde ao fato de que o percentual de ajuste não mais incidirá sobre o saldo devedor do contrato
com PJ, mas sim sobre o que será chamado de “Valor Objeto da Ação (VA)”, concernente ao valor de
fato questionado no âmbito da ação. Esse valor pode estar informado na própria ação judicial ou,
alternativamente, ser obtido por meio de uma projeção do impacto da ação. Ainda, em último caso,
esse valor pode corresponder ao próprio saldo da pendência jurídica do contrato, registrado no
Sistema de Acompanhamento de Haveres Financeiros junto a Estados e Municípios - SAHEM.

4.3.4 Parcerias Público-Privadas e as Concessões Públicas

4.3.4.1 Parcerias Público Privadas


As Parcerias Público-Privadas (PPP’s) no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios são regidas pela Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004. A referida
Lei define, em seu art. 4º, que dentre as diretrizes a serem observadas na contratação de parceria
público-privada, deve constar a repartição objetiva de riscos entre as partes.
Nesse sentido, no que se refere às PPP’s Federais, cabe mencionar que a União,
considerando sua administração direta e indireta, possui atualmente um único contrato de PPP, que é
o Complexo Data Center contratado por um consórcio formado por Banco do Brasil e Caixa Econômica
Federal junto à GBT S/A. Entretanto, como as empresas estatais envolvidas não são dependentes e os
contratos não preveem qualquer tipo de garantia do poder concedente ao concessionário, não existem
riscos alocados à União.

4.3.4.2 Riscos Fiscais em Concessões de Serviço Público


As Concessões de Serviço público são regidas pela Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de
1995. Essa Lei define, no inciso II do seu art. 2º, concessão de serviço público como sendo “a delegação

111
de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência ou
diálogo competitivo, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado”.

a) Ótica das Despesas


A prática da União nos contratos de concessão atualmente em vigor tem sido a de
transferência dos riscos mais relevantes para o concessionário, como é o caso dos riscos de construção
e de demanda. Sobre a União recai a responsabilidade sobre eventos extraordinários, que venham a
ser reconhecidos como caso fortuito, força maior ou fato do príncipe.
Há contratos que preveem a possibilidade de reequilíbrio econômico-financeiro, o que
poderia eventualmente acarretar ônus à União. Ocorre que, mesmo nos casos em que se enseja o
reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, o Poder Concedente dispõe de alguns mecanismos de
compensação que não implicam desembolso financeiro por parte da União, como por exemplo, revisão
tarifária ou prorrogação do prazo contratual.
Há ainda a possibilidade de extinção, antecipada ou não, dos contratos. Nesses casos, é
possível que tenham sido efetuados investimentos em bens reversíveis que ainda não tenham sido
completamente amortizados ou depreciados, sendo que a União poderá ter que fazer frente a eventual
pagamento ao concessionário, a depender de como será definida a forma de indenização.
Ocorre que, inclusive nesses casos, o risco de a União ter que fazer frente a eventual
pagamento ao concessionário pode ser mitigado, pois existe a possibilidade de que o bem seja
relicitado e as indenizações sejam arcadas pelos futuros contratados, conforme previsto no § 1º do art.
15, da Lei nº 13.448, de 2017, que trata da relicitação dos contratos de parceria nos setores rodoviário,
ferroviário e aeroportuário.

b) Ótica das Receitas


No que tange às projeções de receitas de concessões, os valores arrecadados provêm
da obrigação de pagamento de outorga por parte do concessionário, definida em contrato. Parte das
receitas advém de contratos vigentes e parte da celebração de novos contratos. Nesse contexto, os
principais riscos fiscais decorrem, por um lado, da possibilidade de inadimplência de concessionários
com contratos vigentes, e, por outro lado, da não celebração dos novos contratos previstos para aquele
período. Além disso, há o risco de demanda que pode impactar o recebimento de outorga variável, ou
seja, outorga proporcional à receita da concessionária.
Em termos de possibilidade de não pagamento de outorgas de concessões vigentes, os
fatores de riscos estão relacionados a questionamentos judiciais, alterações legislativas, pedidos de
reequilíbrio econômico–financeiros, procedimentos arbitrais ou mesmo insolvência do concessionário.
Ademais, em razão da promulgação da Emenda Constitucional nº 113, de 08 de dezembro de 2021,
que estabelece o novo regime de pagamentos de precatórios, e da subsequente regulamentação de
oferta desses créditos por meio do Decreto nº 11.249, de 09 de novembro de 2022, parte das receitas
de concessões estimadas como receitas primárias podem ser impactadas por pedidos, feitos pelas
concessionárias, de pagamentos das outorgas por meio de precatórios, podendo representar risco
fiscal pela possibilidade de frustração de receitas primárias.
Já em termos da possibilidade de não celebração de novos contratos, os principais
fatores de risco a serem considerados para a elaboração da Lei Orçamentária Anual são a
exequibilidade do cronograma dos leilões que precedem esses contratos e a ausência de propostas de
interessados (“leilão deserto”).

112
Adicionalmente, há o risco de conversão de receitas de outorga em investimentos
cruzados da concessionária, em decorrência de novos processos licitatórios ou de prorrogação de
contratos de concessão de ferrovias e rodovias no âmbito da Lei nº 13.448, de 2017, o que reduz o
potencial de novas receitas da União, bem como a sua previsibilidade. As projeções de receitas de
novos contratos também podem ser afetadas por práticas recentemente observadas de
direcionamento de recursos da concessionária diretamente para empresas estatais, obras diversas e
contas vinculadas conforme previsão em editais de licitação. Eventuais alterações legislativas que
vinculem o benefício econômico da outorga para investimentos ou setores específicos também podem
ter impacto negativo sobre as receitas potenciais da União.
Para mitigar tanto o risco de cronograma como outros riscos que afetem as receitas
previstas é feito monitoramento dos processos, e qualquer alteração de estimativa é refletida nos
relatórios de avaliações bimestrais de receitas e despesas primárias. Com relação ao risco de leilão
deserto, sua mitigação por parte do poder concedente passa por garantir que haja aderência entre o
modelo econômico desenhado e a expectativa do mercado, assim como garantir que a condução do
processo licitatório seja feita de maneira a minimizar as incertezas, favorecendo a previsibilidade e
transparência.
A Tabela 68 apresenta o histórico recente de receitas de concessões e permissões,
segregadas entre receitas de contratos vigentes e de novos leilões realizados no período. O
comparativo entre a projeção constante da Lei Orçamentária e o valor efetivamente arrecadado a cada
ano mostra a importância de uma adequada avaliação de riscos de realização dessas receitas, tendo
em vista que as variações entre valor previsto e realizado tem ocorrido inclusive nos contratos de
concessões vigentes.
Tabela 68 - Valores Receitas de Concessões de Serviço Público, segundo exercício
Em R$ milhões
Receita de Concessões
Categorias
Exercício Variação 1
de Concessões PLOA LOA Realizado
(%)
Vigentes 3.841 3.841 2.976 -23%
2014 Novas 5.910 9.610 5.077 -47%
Total 9.751 13.451 8.053 -40%
Vigentes 6.223 6.223 5.885 -5%
2015 Novas 7.081 9.238 0 -100%
Total 13.304 15.461 5.885 -62%
Vigentes 5.007 22.007 21.931 0%
2016 Novas 5.000 6.500 0 -100%
Total 10.007 28.507 21.931 -23%
Vigentes 4.735 4.735 8.508 80%
2017 Novas 19.228 19.228 23.598 23%
Total 23.963 23.963 32.106 34%
Vigentes 5.097 5.097 3.850 -24%
2018 Novas 13.797 13.797 18.080 31%
Total 18.894 18.894 21.930 16%
Vigentes 3.067 3.067 4.998 63%
2019 Novas 12.563 12.563 88.277 603%
Total 15.631 15.631 93.275 497%
Vigentes 4.622 4.622 5.133 11%
2020 Novas 16.442 16.442 3.016 -82%
Total 21.063 21.063 8.150 -61%
Vigentes 5.131 5.131 3.282 -36%
2021 Novas 109 109 6.573 5.930%
Total 5.240 5.240 9.855 88%
2022 Vigentes 5.137 5.137 6.347 23%

113
Em R$ milhões
Receita de Concessões
Categorias
Exercício Variação 1
de Concessões PLOA LOA Realizado
(%)
Novas 0 0 40.436 n/a
Total 5.137 5.137 46.783 811%
1Variação entre a receita realizada e a estimada na Lei Orçamentária Anual.
Fonte: PLOA; LOA; SIAFI. Elaboração: STN/MF.

O comparativo entre a projeção constante da Lei Orçamentária e o valor efetivamente


arrecadado a cada ano mostra a importância de uma adequada avaliação de riscos de realização dessas
receitas, tendo em vista que as variações entre valor previsto e realizado tem ocorrido inclusive nos
contratos de concessões vigentes. Cabe esclarecer que o encaminhamento das projeções para fins de
elaboração do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) ocorre entre os meses de junho e julho do ano
anterior ao exercício a que se refere, sendo que é comum a divulgação de novos processos licitatórios
após esse prazo, o que contribui para verificação de diferenças entre os valores previstos nas peças
orçamentárias e os valores efetivamente realizados.
Além disso, as projeções mencionadas não consideram eventuais ágios que possam
ocorrer nos processos licitatórios, o que também contribui para diferenças entre os valores previstos
nas peças orçamentárias e os valores efetivamente realizados.
Dessa forma, os fatores de risco aqui citados devem ser observados de forma
abrangente pelas agências reguladoras e órgãos setoriais no processo de projeções de receitas de
concessões e permissões para fins da elaboração do PLOA.
Em relação à Tabela 68 cabe mencionar que, em 2020, a diferença entre valor previsto
e realizado ocorreu principalmente em função da não realização de receitas de concessões de geração
de usinas hidrelétricas associadas ao processo de desestatização da Eletrobras, previstas inicialmente
na LOA. Em 2021, a diferença foi devida majoritariamente ao ingresso de recursos de novas concessões
no setor de telecomunicações, rodoviário e aeroportuário, não previstos inicialmente na LOA. Em 2022,
a receita realizada de novas concessões foi maior que a prevista e essa diferença pode ser explicada,
majoritariamente, por não terem sido previstos inicialmente na LOA o ingresso do bônus de assinatura
do Segundo Leilão dos Volumes Excedentes da Cessão Onerosa (LVECO), bem como o bônus de outorga
de concessões associadas a processos de desestatização, a saber: a) novos contratos de concessão de
geração de usinas hidrelétricas, processo associado à desestatização da Eletrobras; e b) concessão de
geração de energia elétrica associada à desestatização da Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT).

4.3.4.3 Riscos Fiscais em Demandas Administrativas


A supervisão dos riscos fiscais de concessões e PPP’s é da competência dos ministérios
setoriais e das agências reguladoras, os quais são responsáveis pela gestão, monitoramento e
fiscalização dos contratos vigentes, bem como registro de ativos e passivos contingentes.
Ademais, as agências reguladoras e ministérios setoriais são responsáveis pela
estruturação e implementação de processos licitatórios para projetos de concessões e PPP’s, sendo
esses os órgãos responsáveis por definir a alocação de riscos entre setor público e setor privado de
cada contrato.

114
A Tabela 69 é baseada em informações fornecidas pelas agências reguladoras e reproduz
o somatório de estimativas de impacto fiscal para a União decorrentes de pleitos administrativos de
reequilíbrio econômico-financeiro classificados como de risco provável de concretização pelas agências
reguladoras.
Observa-se que o risco relativo a demandas na via administrativa com impacto fiscal
para a União é estimado em R$ 1.379,4 milhões em 2023, R$ 45,5 milhões em 2024, R$ 44,1 milhões
em 2025 e R$ 42,4 milhões em 2026. Destaca-se, porém, que algumas demandas apresentam
estimativa de impacto não disponível, e que a lista abaixo possui rol não exaustivo, não esgotando a
possibilidade de surgimento de novos pleitos não informados quando da elaboração da tabela abaixo.
Dessa forma, o valor de impacto potencial pode ser mais elevado que os valores mencionados.

Tabela 69 - Riscos fiscais em demandas administrativas


Em R$ milhões
Reequilíbrio Econômico e Financeiro
Agência Reguladora (classificados como prováveis pelas Agências)
2023 2024 2025 2026
Reequilíbrio de contratos – ótica das Receitas 1.379,4 45,5 44,1 42,4
Reequilíbrio de contratos – ótica das Despesas 1 0,0 0,0 0,0 0,0
Total 1.379,4 45,5 44,1 42,4
1
Não houve reportes de riscos prováveis pelas agências reguladoras para esses anos.
Fonte: Agências reguladoras. Elaboração: STN/MF.

Cabe aqui destacar que os reequilíbrios de contrato previstos para 2023 são, em grande
parte, devidos aos impactos da pandemia da Covid-19 no Orçamento de 2022, risco considerado como
força maior e alocado para a União. Esses reequilíbrios de efeitos da Covid-19 aprovados em 2022
ainda poderão acarretar abatimentos nas contribuições do setor aeroportuário devidas em 2023.
A Tabela 70 apresenta a lista atualizada contendo informações relativas às concessões,
baseadas em informações fornecidas pelas agências reguladoras.

Tabela 70 - Concessões de Serviço Público Vigentes


Agência Objeto do contrato de
Setor da Início da Vencimento da
Reguladora concessão ou do ato de Dimensão
Concessão Concessão/Autorização Concessão/Autorização
Responsável autorização
BR 040/MG/RJ - trecho Juiz de 179,9 km 01/03/1996 15/02/2023
Fora/MG - Rio de Janeiro/RJ
BR-116/392/RS 457,3 km 30/11/1998 29/11/2026
BR-381/MG/SP - Belo 562,1 km 18/02/2008 17/02/2033
Horizonte - São Paulo
BR-101/RJ – Divisa RJ/ES – 320,1 km 18/02/2008 17/02/2033
Ponte Presidente Costa e Silva
BR-116/SP/PR – São Paulo – 401,6 km 18/02/2008 17/02/2033
Curitiba
Transporte
ANTT BR-116/376/PR e BR-101/SC – 405,9 km 18/02/2008 17/02/2033
Rodoviário Trecho Curitiba – Palhoça
BR-116/PR/SC – Curitiba – 412,7 km 18/02/2008 17/02/2033
Divisa SC/RS
BR-393/RJ – Divisa MG/RJ – 200,4 km 28/03/2008 27/03/2033
Entroncamento BR-116
(DUTRA)
BR-153/SP – Divisa MG/SP – 321,6 km 18/02/2008 17/02/2033
Divisa SP/PR
BR 116/324/BA e BA 526/528 680,6 km 20/10/2009 19/10/2034

115
Agência Objeto do contrato de
Setor da Início da Vencimento da
Reguladora concessão ou do ato de Dimensão
Concessão Concessão/Autorização Concessão/Autorização
Responsável autorização
BR 101/ES/BA - Entroncamento 475,9 km 10/05/2013 09/05/2038
BA-698 (acesso a Mucuri) -
Divisa ES/RJ
BR-060/153/262/DF/GO/MG 1176,5 km 05/03/2014 04/03/2044
BR-040/DF/GO/MG - Trecho 936,8 km 22/04/2014 21/04/2044
Brasília-DF - Juiz de Fora-MG
BR-101/RJ - trecho acesso à 13,2 km 01/06/2015 31/05/2045
Ponte Presidente Costa e Silva
(Niterói) - Entr. RJ-071 (Linha
Vermelha)
BR-050/GO/MG 436,6 km 08/01/2014 07/01/2044
BR-163/MS - Início na divisa 847,2 km 11/04/2014 10/04/2044
com o estado do MT e término
na divisa com o PR
BR-163/MT - BR-163 e MT-407 850,9 km 21/03/2014 20/03/2044
do MS até o entroncamento
com a MT-220
Concessão da BR- 850,7 km 08/10/2021 07/10/2056
080/153/414/GO/TO
BR-364/365/GO/MG 437 km 19/12/2019 18/12/2049
BR-101/290/448/386/RS 473,4 km 15/02/2019 14/02/2049
BR-101/SC 220,42 km 07/08/2020 06/08/2050
BR-116/101/SP/RJ (Rod. 625,8 km 01/03/2022 01/03/2052
Presidente Dutra)
BR-163/230/MT/PA 1009,53 km 04/05/2022 03/05/2032
BR-116/465/493/RJ/MG 726,9 km 22/09/2022 21/09/2052
BR-116/RJ, trecho Além 142,5 Km 22/03/1996 22/09/2022
Paraíba - Teresópolis –
Entroncamento c/ a BR 040/RJ
Malha Sul RS/SC/PR 7223,4 km 01/03/1997 01/03/2027
Malha Nordeste 4295,1 km 30/12/1997 30/12/2027
EFC - Estrada de Ferro Carajás - 996,7 km 01/07/1997 01/07/2057
Vale - Sistema Norte
(PA/TO/MA)
Malha Oeste PR 248,1 km 03/10/1988 03/10/2078
Estrada de Ferro Vitória a 894,2 km 01/07/1997 01/07/2057
Minas
Ferrovia Centro-Atlântica S.A. 7856,8 km 26/08/1996 26/08/2026
Malha Norte 735,3 km 12/05/1989 12/05/2079
MS/MG/GO/MT/RO/PA
Transporte Ferrovia Norte Sul Tramo Norte 744,5 km 20/12/2007 20/12/2037
ANTT
Ferroviário Malha Oeste MS/SP 1973,1 km 01/07/1996 01/07/2026
Trecho Minas SC - Porto 164 km 24/01/1997 24/01/2027
Tubarão SC
Malha Paulista SP 2199,2 km 01/01/1999 01/01/2059
MRS Logística - Malha Sudeste 1821,3 km 26/11/1996 26/11/2056
RJ/MG/SP
Ferrovia Norte Sul Tramo 1.544 km 31/07/2019 31/07/2049
Central
Malha Nordeste 1728 km 22/01/2014 31/12/2057
Ferrovia de Integração Oeste- 537 km 03/09/2021 02/09/2056
Leste - Ilheus/BA a Caetité/BA
32 autorizações de ferrovias 10.963,26 km 22/12/2021 17/11/2121
Transporte Quotas de Exploração do Lote - 2015 2030
Rodoviário ANTT 4 - região do Distrito Federal e
Interestadual1 entorno

116
Agência Objeto do contrato de
Setor da Início da Vencimento da
Reguladora concessão ou do ato de Dimensão
Concessão Concessão/Autorização Concessão/Autorização
Responsável autorização
Aeroporto de São Gonçalo do 2012 24/01/2040
Amarante S.A. 15.291.381,99

Aeroporto de Brasília S. A. 9.947.560 m² 2012 24/07/2037
Aeroporto Viracopos S.A. 8.579.300 m² 2012 11/07/2042
Aeroporto Internacional de 2012 11/07/2032
Guarulhos S.A. 11.905.056,52

Aeroporto Internacional de 2014 07/05/2044
Confins S.A. 15.175.129,34

Aeroporto Rio de Janeiro S.A. 2014 07/05/2039
14.462.076,82

Aeroporto Internacional de 4.796.332,01 2017 31/08/2047
Florianópolis S.A. m²
Aeroporto de Fortaleza 4.550.951,27 2017 29/08/2047

Aeroportuário ANAC
Aeroporto de Porto Alegre 4.820.662,91 2017 29/08/2042

Aeroporto de Salvador S.A. 8.248.488,25 2017 31/08/2047

Aeroportos do Bloco Nordeste 16.964.710,9 2019 09/10/2049

Aeroportos do Bloco Centro- 14.412.631,4 2019 04/10/2049
Oeste m²
Aeroportos do Bloco Sudeste 7.661.213,21 2019 03/10/2049

Aeroportos do Bloco Sul 2021 29/11/2051
22.448.010,61

Aeroportos do Bloco Norte 2021 22/10/2051
35.673.640,46

Aeroportos do Bloco Central 25.819.911,1 2022 24/11/2051

Serviço Local e Longa Distância - 1998 2025
Nacional - Região I (Setores
1,2, 4 a 17)
Serviço Local e Longa Distância - 1998 2025
Nacional - Região I (Setor 3)
Serviço Local e Longa Distância - 1998 2025
Nacional - Região II (18, 19, 21,
23, 24, 26 a 29)
Serviço Serviço Local e Longa Distância - 1998 2025
Telefônico Nacional - Região II ( Setor 20)
Fixo ANATEL Serviço Local e Longa Distância - 1998 2025
Comutado- Nacional - Região II (Setores 22
STFC e 25)
Serviço Local e Longa Distância - 1998 2025
Nacional - Região III (Setor 31)
Serviço Local e Longa Distância - 1998 2025
Nacional - Região III (Setor 33)
Serviço Longa Distância - 1998 2025
Nacional e Longa Distância
Internacional - Região IV
(Setores 1 a 33)
ANA Paraíba do Sul (488 contratos) 56.500 km² 04/12/2020 04/12/2025

117
Agência Objeto do contrato de
Setor da Início da Vencimento da
Reguladora concessão ou do ato de Dimensão
Concessão Concessão/Autorização Concessão/Autorização
Responsável autorização
Piracicaba, Capivari, Jundiaí - 14.178 km² 21/12/2020 21/12/2025
Direitos de PCJ (144 contratos)
Uso de São Francisco (6077 contratos) 641.000 km² 04/12/2020 04/12/2025
Recursos Doce (321 contratos) 83.400 km² 21/12/2020 21/12/2025
Hídricos Paranaíba (937 contratos) 34.400 km ² 21/12/2020 21/12/2025
Verde Grande (163 contratos) 30.420 km ² 29/12/2017 29/12/2023
Cessão 184 contratos 13.987.090,28 - -
onerosa de m²
área dentro ANTAQ
do porto
organizado
Exploração e 729 contratos 218.060 km ² - -
Produção de
ANP
Petróleo e
Gás Natural
Concessão 22 contratos 1.307.676,59 - -
SFB
Florestal ha
Transmissão 365 contratos > 97.605,95 - -
de Energia ANEEL km
Elétrica
Distribuição 105 Contratos - - -
de Energia ANEEL
Elétrica2
284 contratos de concessão e 105.148.911 - -
4845 atos de autorização kW
Geração de (concessões)
Energia ANEEL e 198.327.856
Elétrica kW
(autorizações)
3

36.558 títulos de alvará de 43.845.273,43 30/10/1998 14/02/2026


Exploração e
pesquisa ha
Pesquisa ANM
12.841 títulos de concessão de 4.313.060,14 17/04/1935 indeterminado
Mineral4
lavra ha
1Dados de 2021.
2Dados de 2022.
3Potência do ato de outorga em kW.
4
Foi considerado o prazo mais longo existente para o vencimento.
Fonte: Agências Reguladoras. Elaboração: STN/MF.

4.3.5 Estatais Federais


Esta seção engloba os riscos fiscais relacionados às empresas estatais federais não
dependentes controladas diretamente pela União. Tais empresas integram o Orçamento de
Investimentos das Empresas Estatais (OI) e o Programa de Dispêndios Globais (PDG)24. Refere-se a um
conjunto de 29 empresas, sendo 24 empresas públicas e 5 sociedades de economia mista, conforme
Tabela 7125. A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) e a Eletrobras foram privatizadas em 2022.
A VDMG foi privatizada em março de 2023.

24
As empresas dependentes, por sua vez, integram o Orçamento Fiscal da União e estão inseridas nas análises do conjunto
dos órgãos e entidades que integram esta peça orçamentária, inclusive a subseção 4.1.1.5 (Demandas Judiciais das
Empresas Estatais Dependentes da União) integrante da seção 4.1 (Passivos Contingentes).
25
Não abrange as empresas controladas indiretamente.

118
As empresas estatais federais em liquidação, que também não fazem parte desta seção,
não integram o Orçamento Fiscal nem o Orçamento de Investimento, mas integram o Programa de
Dispêndios Globais (PDG). É adotado o rito de liquidação da Lei nº 8.029, de 1990, em que o Estado
coordena e assume, de forma subsidiária, na condição de sucessor (art. 23 da Lei nº 8.029/1990), os
ativos e passivos remanescentes, mediante atuação do liquidante indicado pela administração pública
federal. É um processo que tende a conferir maior celeridade em relação à liquidação nos termos da
legislação societária, mas pode imputar maiores riscos fiscais para o ente controlador, pois os passivos
poderão ser transferidos sem a realização de todos os ativos existentes. Atualmente não há empresa
não dependente controlada pela União em processo de liquidação.
Quanto ao resultado fiscal das empresas estatais não dependentes, vale lembrar que as
Instituições Financeiras Federais (IFF), incluída a FINEP pela natureza de sua atividade, não compõem
o setor público consolidado conforme metodologia vigente. A Petrobras e suas subsidiárias, por outro
lado, foram excluídas do escopo da metodologia do Banco Central, considerando, à época, suas
características operacionais e de governança corporativa. Não obstante, essas empresas, como estatais
não dependentes, podem oferecer riscos fiscais ao acionista controlador como se verá adiante.
Para a análise de risco foram incluídas a Eletronuclear e a INB, hoje subsidiárias da
ENBPar. A ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional S.A.) foi criada
no processo de desestatização da Eletrobras e viabilizou a transferência para a União do controle da
Eletronuclear e da participação no capital de Itaipu Binacional.26

Tabela 71 - Escopo da Análise de Riscos de Empresas Estatais Não Dependentes


Empresa Natureza Participação 1
ABGF Empresa Pública Não Dependente 100,00%
BNDES Empresa Pública Não Dependente 100,00%
CAIXA Empresa Pública Não Dependente 100,00%
CASA DA MOEDA Empresa Pública Não Dependente 100,00%
DATAPREV Empresa Pública Não Dependente 51,00%
CORREIOS Empresa Pública Não Dependente 100,00%
EMGEA Empresa Pública Não Dependente 100,00%
EMGEPRON Empresa Pública Não Dependente 100,00%
FINEP Empresa Pública Não Dependente 100,00%
HEMOBRAS Empresa Pública Não Dependente 100,00%
INB Empresa Pública Não Dependente 100,00%
INFRAERO Empresa Pública Não Dependente 100,00%
PPSA Empresa Pública Não Dependente 100,00%
SERPRO Empresa Pública Não Dependente 100,00%
CEAGESP Empresa Pública Não Dependente 99,70%
CDC Empresa Pública Não Dependente 99,90%
CDP Empresa Pública Não Dependente 100,00%
CDRJ Empresa Pública Não Dependente 100,00%
CODEBA Empresa Pública Não Dependente 98,40%
CODERN Empresa Pública Não Dependente 100,00%
SPA (CODESP) Empresa Pública Não Dependente 100,00%
NAVBRASIL2 Empresa Pública Não Dependente 100,00%
ENBPAR3 Empresa Pública Não Dependente 100,00%

26
Não está incluída no PDG a empresa Itaipu Binacional, subsidiária da ENBPAR. Em out/22 foi aprovado em assembléia
geral dos acionistas o aumento de capital social da ENBPAR por meio do aporte de todas as ações que a União detinha no
capital da INB. Com essa operação, a ENBPAR assumiu o controle acionário da INB, deixando de ser uma estatal dependente
de recursos do Tesouro Nacional. Autorização feita por meio do Decreto nº 11.235/2022.

119
Empresa Natureza Participação 1
ELETRONUCLEAR Empresa Pública Não Dependente 100,00%
BANCO DO BRASIL Sociedade de Economia Mista Não Dependente – Capital Aberto 50,00%
PETROBRAS 4 Sociedade de Economia Mista Não Dependente – Capital Aberto 28,67%
BASA 5 Sociedade de Economia Mista Não Dependente – Capital Aberto 73,31%
BNB Sociedade de Economia Mista Não Dependente – Capital Aberto 55,45%
CEASAMINAS Sociedade de Economia Mista Não Dependente – Capital Fechado 99,60%
1 Posição em 31/12/2022.
2 Decreto nº 10.589, de 24 de dezembro de 2020.
3 Decreto nº 10.791, de 10 de setembro de 2021.
4
Controle por meio das ações ordinárias.
5 Decreto no 10.955/22 autorizou o aumento de capital social do Banco da Amazônia S.A (BASA) no valor de até R$ 1 bilhão.

Fonte e elaboração: STN/MF.

A avaliação de riscos das empresas estatais não dependentes, na maioria dos elementos
de risco mapeados, demanda a separação da categoria das Instituições Financeiras Federais em relação
às demais empresas estatais exploradoras de atividades econômicas ou prestadoras de serviço público.
Isto em razão da especificidade do setor financeiro, com uma regulamentação própria, sobretudo
quanto ao cumprimento de indicadores de capitalização.

3.1.1.1 Descrição dos riscos fiscais mapeados, agrupados de acordo com a natureza
Os riscos fiscais relacionados a empresas estatais não dependentes referem-se à
possibilidade da ocorrência dos seguintes eventos, conforme a sua natureza:
a) Risco 1: Frustração de receita - receita de dividendos e ou juros sobre capital
próprio (JCP) menor do que a receita estimada na composição do resultado fiscal do
Governo Central;
b) Risco 2: Aporte emergencial - aporte de capital ou subvenção econômica em
caráter de emergência para o atendimento da necessidade de recursos ou de capital
de determinada empresa estatal; e
c) Risco 3: Esforço fiscal adicional (compensação de primário) - Necessidade de
compensação pelo Tesouro Nacional de um eventual resultado primário menor do
que o estimado para o conjunto dos resultados primários das Empresas Estatais
Federais (por força da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO: § 2º do art. 3º da Lei
nº 14.436, de 2022).

3.1.1.2 Metodologia de avaliação dos riscos


Risco 1 - frustração da receita de dividendos e JCP
A metodologia identifica, em relação à receita de dividendos, os seguintes elementos
que podem contribuir para a arrecadação vir a ser inferior à prevista: a) fatores inerentes à atividade
empresarial das companhias, que podem afetar o lucro líquido estimado; b) alterações na composição
do capital social reduzindo a participação relativa da União; c) mudança da política de distribuição de
dividendos afetando, sobretudo, o percentual de distribuição do lucro; e, d) fatores que possam gerar
direito ou obrigação de retenção de lucros por parte da empresa.

120
Como forma de avaliar a exposição ao risco frente à não realização da receita de
dividendos, considera-se a Matriz de Risco (Figura 20), em que o eixo horizontal apresenta o percentual
de distribuição de dividendo/JCP em relação ao lucro líquido ajustado (distribuições de 25%, de 25% a
50% e de 50% a 100%) e o eixo vertical apresenta o valor monetário do pagamento, segmentado em
valores abaixo e acima de R$1 bilhão.
Figura 20 - Matriz de Risco - Dividendos

A exposição ao risco pode ser considerada muito baixa nas previsões de dividendos de
25% do lucro líquido ajustado (mínimo legal), pois, nesta hipótese, não incidem os eventos de mudança
na política de dividendos. Podem, contudo, ocorrer eventos que afetem a lucratividade. Assim, para
valores superiores a R$ 1 bilhão considera-se uma situação de baixa exposição (em contraponto a uma
muito baixa exposição), ou seja, com um risco ligeiramente superior.
A partir de 25% do lucro líquido, na faixa até 50%, essa exposição eleva-se em razão dos
fatores que podem restringir essa distribuição, não somente eventual mudança da política de
dividendos, mas também a necessidade de enquadramento nos limites operacionais no caso das
instituições financeiras. Esta situação, em valores inferiores a R$1 bilhão, é considerada como de baixa
exposição.
Considerando-se a elevação do risco, naturalmente, em função dos montantes
envolvidos, a partir de R$ 1 bilhão, considera-se uma situação de média exposição (para a faixa entre
25% e 50% do lucro líquido). Deve-se ressaltar que é possível uma exceção nessa faixa enquadrada
como de baixo risco: quando a política de dividendos admite, formalmente e com regularidade,
distribuição variável de até 50%.
Finalmente, o risco se eleva na distribuição acima de 50% do lucro líquido. Para valores
abaixo de R$ 1 bilhão considera-se média exposição e acima uma situação de alta exposição.
Recomenda-se não se incluir na programação financeira as parcelas de dividendos com exposição a
alto risco.
Com base em tais critérios, a metodologia distribui a exposição (valores previstos de
dividendos) nas quatro categorias de risco: de Muito Baixa Exposição (quadrante 1), de Baixa Exposição
(quadrantes 2 e 4), de Média Exposição (quadrantes 3 e 5) e de Alta Exposição (quadrante 6).
Deve-se levar em consideração que as estimativas do lucro líquido das principais
empresas para cálculo dos dividendos são obtidas de avaliações de mercado, no caso das empresas

121
estatais de capital aberto, ou com base em informações da própria administração, no caso das
empresas públicas de capital fechado. Na impossibilidade de acesso a tais informações, os dividendos
são estimados com base no histórico de pagamento atualizado monetariamente, procedimento que já
é utilizado para estimar os dividendos das participações societárias de menor relevância em relação ao
total. As participações incluídas no Programa Nacional de Desestatização - PND não fazem parte das
estimativas da receita de dividendos.
A alteração ou perda da participação relativa da União no capital social afeta a parcela
a que tem direito na distribuição dos dividendos, podendo ocorrer na alienação de participações ou
renúncia do direito de participar em aumento de capital.
Finalmente, sobre o risco de retenção de dividendos, cabe lembrar que o lucro das
empresas, que é a base da distribuição ao acionista, é calculado pelo critério de competência. Contudo,
a lei prevê situações em que eventuais dificuldades de caixa podem se constituir razão para a sua
retenção, devendo ficar indisponíveis aos acionistas até que a empresa tenha condições de efetivar o
pagamento (constituição de reserva de lucros a realizar ou de reserva especial). Há outras situações
específicas em que os dividendos podem ser retidos de acordo com regulamento próprio. É o caso das
instituições financeiras quando não cumprirem os seus limites operacionais. Não se vislumbram
hipóteses de retenção pelas instituições financeiras para os exercícios incluídos na LDO.
Risco 2 - aportes emergenciais
A metodologia prevê tratamento diferenciado para as instituições financeiras e para as
demais empresas estatais não dependentes (não financeiras).
O risco de aportes emergenciais associado às instituições financeiras, em geral, não está
relacionado à escassez de caixa (liquidez), mas à insuficiência de capital regulatório para cumprir os
índices de requerimento de capital (Basileia, Capital Nível I e Capital Principal).
Os requerimentos mínimos de capital, baseados no Acordo de Basileia III, conforme
definidos na Resolução CMN nº 4.995, de 21 de outubro de 2021, devem ser apurados pelas
instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BCB, nos termos da
Resolução BCB nº 4.958, de 21 de outubro de 2021, e são definidos por uma relação entre um conjunto
de ativos que compõem o capital da instituição financeira e outros ativos selecionados (classificados
em diversos níveis conforme sua qualidade e liquidez) e os ativos do balanço (créditos concedidos e
outros) ponderados pelo risco a que estão expostos.
Assim, quanto maior a relação, menor a exposição ao risco de insolvência, ou seja, há
uma maior disponibilidade de ativos de boa qualidade e liquidez para fazer frente aos riscos
devidamente apurados. A expressão genérica das fórmulas pode ser apresentada da seguinte forma:
Capital e Ativos de boa qualidade e liquidez / Ativos Ponderados pelo Risco (RWA27).
Os requerimentos de capital são os seguintes: Requerimento de Capital Principal (4,5%
do RWA); Requerimento Mínimo Nível I (6% do RWA); Requerimento Mínimo do Patrimônio de
Referência (PR) ou Basileia (8% do RWA). Devem ser acrescidos alguns adicionais ao Capital Principal,
para amortecer riscos específicos, que são intitulados de Adicional do Capital Principal (ACP) e seguem

27
RWA ou Risk-Weighted Asset é um cálculo de mensuração de riscos relacionados a negociações de ativos. É realizado,
em geral, por instituições financeiras.

122
determinadas classificações: ACP Conservação, de 2,5%, único aplicável a todas as instituições
financeiras; ACP contracíclico, máximo de 2,5%, conforme metodologia estabelecida pelo Banco
Central, sendo, no momento, o ACP contracíclico equivalente a 0%; ACP sistêmico, com limite máximo
de 2%, sendo o valor de 1% aplicável aos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento
e caixas econômicas com Exposição Total/PIB superior a 10% e inferior a 50% (caso aplicável ao Banco
do Brasil e Caixa Econômica Federal).
Assim, todos os limites operacionais acabam acrescidos dos correspondentes adicionais
(ACP). Os limites totais a cada uma das instituições federais serão: a) capital principal: 7% para BNDES,
BASA e BNB e 8% para BB e CAIXA; b) Capital Nível I: 8,5% para BNDES, BASA e BNB e 9,5% para BB e
CAIXA; e c) Basileia ou Patrimônio de Referência: 10,5% para BNDES, BASA e BNB e 11,5% para BB e
CAIXA.
Já o risco associado às demais empresas (não financeiras) refere-se à necessidade de
aporte de capital eventual e não programado que visa a suprir o financiamento de investimentos, ou à
cobertura de outras despesas em caráter pontual.

Risco 3 - esforço fiscal adicional (compensação de primário)


A metodologia consiste em monitorar mensalmente o desempenho fiscal nos conceitos
de apuração da SEST (critério “acima da linha”) e do BCB (“abaixo da linha”), bem como as reestimativas
de resultado produzidas por meio do sistema de acompanhamento do Programa de Dispêndios Globais
- PDG pela SEST, tendo por parâmetro as estimativas ou metas definidas no Anexo de Metas Fiscais da
LDO para o conjunto das empresas estatais não dependentes.
O critério oficial para efeito de demonstração do cumprimento de metas é o da apuração
pelo BCB. O risco de esforço fiscal adicional (compensação entre metas) é identificado quando as
estimativas de resultado das estatais evidenciam que as metas definidas na LDO podem não ser
atingidas.

3.1.1.3 Comparação entre os fluxos estimados e realizados, nos últimos três exercícios
A Tabela 72 apresenta a comparação entre os valores estimados e os realizados dos
fluxos atinentes aos riscos mapeados. Foi considerado como valor para o item Transferências para
aumento de capital as dotações do exercício acrescidas dos restos a pagar abrangendo somente as
empresas estatais não dependentes28.

Tabela 72 - Comparação entre os fluxos estimados e realizados - Estatais

28
O valor de recursos destinados a adiantamento para aumento de capital (AFAC) apresentados no Boletim das
Participações Societárias da União abrange todo o conjunto das empresas estatais, incluindo as empresas estatais
dependentes. Além disso, os dados do boletim são oriundos das demonstrações financeiras das empresas (fluxo de caixa),
enquanto os dados aqui apresentados são da execução financeira (pagamento) registrada no SIAFI.

123
Em R$ milhões
Fluxo
Valor Estimado (E)
Natureza do Fluxo Valor Realizado (R)
Variação 1 (%)
20204 2021 2022
E 6.521,8 9.736,9 26.284,9
Receita de Dividendos e JCP R 6.605,1 43.528,40 87.003,6
% 12% 347,0% 231%
E 671,9 7.842,3 1.219,7
Transferências para Aumento de Capital2 R 23,7 7.998,0 1.219,7
% -96,5% 19,7% 0.0%
E -3.810,0 -3.970,0 -4.417,5
Resultado Primário das Empresas Estatais3 R -614,0 3.030,0 4.753,9
% 83,9% 176,3% 207,6%
1 Variação entre os valores estimados no PLOA e os realizados.
2
Variações entre Dotações Orçamentárias para AFAC e Restos a Pagar Inscritos e os pagamentos realizados.
3 Variações entre Meta de Primário definida no PLDO e Resultado Primário apurado pelo Bacen (abaixo da linha).
4 Em 2020, o Congresso incluiu na LOA a previsão de R$ 13.521,8 milhões enquanto a previsão do PLOA era de R$ 6.521,8 milhões.

Obs: Ajuste Emgea consiste na Discrepância reconhecida (justificada). Inclui as despesas consideradas na metodologia do BACEN (abaixo da linha)
que não são captadas pelo PDG (acima da linha), como descontos concedidos e reversão de provisão com efeito caixa.
Fonte e elaboração: STN: dividendos (PLOA) e aumento de capital (Tesouro Transparente). Resultado primário estimado SEST (estimativa de primário
com ajuste EMGEA) e BACEN (realizado).

3.1.1.4 Estimativas de fluxos para o atual e próximos três exercícios subsequentes


São apresentados na Tabela 73 os fluxos que constituem a base para a apuração dos
riscos fiscais acima mencionados. Tratam-se de fluxos de naturezas diversas, sendo: a) ingresso de
receitas; b) realização de despesa; e c) resultado primário. O valor da previsão das transferências para
aumento de capital (valores a serem pagos) inclui dotação orçamentária anual acrescida dos restos a
pagar (RAP).

Tabela 73 - Fluxos estimados - Estatais


Em R$ milhões
Fluxo Impacto
Natureza do Fluxo Valor Estimado Financeiro (F)
2023 2024 2025 2026 2027 Primário (P)
Receita de Dividendos e JCP 1 47.578,6 21.433,7 21.600,5 22.631,9 25.748,0 FeP
Transferências para Aumento de Capital 2 2,6 n.d. n.d. n.d. n.d. FeP
Resultado Primário das Empresas Estatais3 -3.002,9 7.312,1 5.659,3 6.663,2 6.684,2 P
n.d. - informação não disponível.
1 Dividendos previstos no PLDO 2024.
2
Transferências para aumento de capital da LOA 2023 + restos a pagar inscritos
3
Metas fiscais previstas no PLDO 2024
Fonte: Dividendos (STN); resultado primário (LDO); e transferências para aumento de capital (SEST e STN). Elaboração: STN/MF.

3.1.1.5 Comparação entre os impactos estimados e os riscos efetivamente materializados


Em 2020, apesar de estar aproximadamente em linha com o estimado, a arrecadação
de dividendos foi mais baixa em comparação com os anos posteriores em razão do menor desempenho
de algumas empresas e devido à definição do Banco Central do Brasil, em face da Pandemia de Covid-
19, que restringiu a distribuição de remuneração aos acionistas pelas instituições financeiras frente ao
cenário de incertezas. Assim, os bancos federais ficaram vedados de destinar dividendos acima do
mínimo obrigatório, sem contar a recomendação de não realizar pagamentos por resultados no mesmo
exercício (antecipações). Em 2021 e 2022, as arrecadações foram significativamente maiores em

124
relação aos valores estimados inicialmente. Estes resultados decorreram principalmente do
excepcional desempenho da Petrobras nesses últimos dois anos e dos pagamentos pelo BNDES de
dividendos intermediários e complementares. O crescimento do lucro do BNDES é explicado pelo maior
produto da intermediação financeira e maior resultado de participações societárias.
Em relação às transferências para aumento de capital, não houve acréscimos aos valores
orçados inicialmente em todos os anos em análise (suplementação orçamentária), o que corrobora,
em boa medida, a avaliação de que não havia riscos prováveis no período (riscos estimados). Contudo,
em 2021, ocorreu a materialização do risco de capitalização do BASA, de R$ 1 bilhão, considerado como
remoto, para reforço do capital social em função, especificamente, de decisão do TCU para devolução
obrigatória dos recursos de Instrumento Especial de Capital Próprio - IECP aportados pela União29. O
BASA era a única instituição que não possuía margens mais amplas nos seus índices operacionais,
conforme relatado no anexo de riscos fiscais da LDO 2022.
No ano de 2021, também ocorreram aportes especiais em valores importantes, nas
empresas ENBPAR e VDMG, para o capital social inicial nos valores de R$ 4 bilhões e R$ 2,8 bilhões,
respectivamente. Em 2022, a ENBPAR recebeu o aporte de R$ 1,2 bilhão. Quanto às demais empresas,
o período representou uma redução relativa dos montantes de aumento de capital recebidos
anualmente devido, em grande medida, a regras restritivas previstas na lei de diretrizes
orçamentárias.30
A análise da execução financeira (pagamentos) relativa ao orçamento do ano acrescido
dos restos a pagar indica um nível de desempenho fraco somente em 2020, que foi o ano de maior
impacto da pandemia da Covid-19, com baixa execução física. De toda forma, a despeito dos aportes
não previstos do BASA, os valores realizados praticamente mantiveram-se dentro dos valores previstos
inicialmente, para os quais não foram estimados riscos.
Quanto ao resultado primário das empresas estatais, os últimos três exercícios
confirmaram a avaliação de risco remoto quanto à probabilidade de compensação de um esforço fiscal
negativo das empresas pelo Tesouro Nacional. Os resultados foram muito superiores àqueles
estimados. O exercício de 2020 foi afetado pelos efeitos da Pandemia de Covid-19, com projetos
postergados, empresas com resultados deficitários, como Infraero, e empresas com resultados
melhores que o programado, como a ECT, o Serpro e a Dataprev. O resultado consolidado foi um déficit
muito abaixo do esperado.
Novamente verificou-se um significativo superávit das empresas em 2021, decorrente,
principalmente, dos resultados positivos da ECT e da execução físico-financeira de alguns
investimentos abaixo do previsto, principalmente da Emgepron. Destaca-se, em 2021, a constituição
da empresa NAV Brasil, que recebeu aporte de capital inicial no mês de dezembro.

29
O TCU considerou irregulares os contratos de concessão de crédito firmados entre a União e suas instituições financeiras
controladas, realizados por meio da emissão direta de títulos públicos (IECPs), seja para a realização de políticas públicas
setoriais ou para o aumento de capital. O TCU acompanha os cronogramas de devolução, à União, dos IECPs.
30
Restrições previstas nas últimas leis de diretrizes orçamentárias: “as empresas públicas e as de sociedades de economia
mista somente poderão receber aportes da União para futuro aumento de capital se estiverem incluídas no Programa
Nacional de Desestatização, instituído pela Lei nº 9.491, de 1997, exceto se: I - tratar de aporte inicial para constituição do
capital inicial de empresa criada por lei; e II - envolver empresas financeiras para enquadramento nas regras do Acordo de
Basileia.”

125
Em 2022, a não execução de determinadas despesas de investimentos em algumas
empresas, com destaque para a Eletronuclear e SPA, além de resultados positivos da ENBPar, Infraero
e Dataprev, permitiram a realização de superávit de R$ 4.753,9 milhões31. Vale ressaltar que em 2022
foram incorporadas as empresas ENBPar e suas subsidiárias Eletronuclear e INB, além da VDMG,
empresas que não constavam na LDO 2023.

3.1.1.6 Estimativa dos impactos nas contas públicas dos riscos fiscais mapeados
O risco 1 - frustração da receita de dividendos e JCP, foi considerado como risco remoto
para os próximos exercícios. Portanto, não há previsão de frustração de receita. Importante ressaltar
que a metodologia de estimativa de dividendos se apoia em critérios conservadores, evitando a adoção
de distribuições de resultado acima dos percentuais tradicionalmente distribuídos e utilizando
estimativas de lucro baseadas em previsões de mercado no caso das empresas de capital aberto ou
avaliações da administração no caso das empresas públicas. Assim, o risco tende a ser, ao contrário,
de maior recebimento de dividendos, especialmente em casos de distribuições complementares de
remuneração ao acionista. Não se vislumbram, neste momento, cenários que possam afetar
significativamente o resultado esperado das empresas.
O risco 2 - aporte emergencial para empresas estatais federais foi considerado como
risco possível ou remoto para algumas empresas que enfrentam dificuldades há alguns anos. Assim, no
presente momento, não há previsão de aportes emergenciais no período de 2023 a 2026. Vale ressaltar
ainda que, além das medidas mitigadoras em andamento, a lei de diretrizes orçamentárias tem
definido condições restritivas para que uma empresa receba aumento de capital. Não existe uma
previsão dos montantes de aporte para os anos de 2023 a 2024, de acordo com as práticas
orçamentárias. Em 2022, o montante para aumento de capital foi extremamente reduzido
comparativamente aos exercícios anteriores em função das restrições da LDO e do andamento dos
processos de privatização no âmbito do PND.
Em relação ao risco 3 - esforço fiscal adicional (compensação de primário), as
estimativas indicam uma perspectiva de déficit primário superior às metas estabelecidas nos três
últimos períodos. Por isso, com o estabelecimento de valores em patamares superiores ao que vinha
sendo fixado nos últimos exercícios, não se vislumbra, no momento, a perspectiva de esforço fiscal
complementar pelo Tesouro Nacional. Na ocorrência de um déficit menor das empresas estatais, ou
mesmo um superávit, o Tesouro Nacional pode optar por reduzir o seu resultado.
A Tabela 74 consolida os impactos apurados a partir de elementos de risco considerados.
Tabela 74 - Impactos estimados (Estatais Não Dependentes)
Em R$ milhões
Fluxo Impacto
Impactos Estimados Valor Estimado Financeiro (F)
2023 2024 2025 2026 2027 Primário (P)
Estimativa de Dividendos e JCP 1 (a) 47.578,6 21.433,7 21.600,5 22.631,9 25.748,0
FeP
Risco 1 - Frustração da Receita de Dividendos e JCP (b) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

31
O resultado primário abaixo da linha, apurado pelo Banco Central, foi de superávit de R$ 4,754 bilhões em 2022. A SEST
registrou superávit de R$ 1,815 bilhão. A discrepância da ordem de R$ 3 bilhões, se explica pelo aporte de R$ 2,8 bilhões
da VDMG, que foi contabilizado pela empresa em 2021, não impactando o resultado primário acima da linha (SEST), uma
vez que o PDG não captou a operação em 2022, ao contrário do BACEN, que a considerou neste exercício.

126
Em R$ milhões
Fluxo Impacto
Impactos Estimados Valor Estimado Financeiro (F)
2023 2024 2025 2026 2027 Primário (P)
Reestimativa (c) = (a) + (b) 47.578,6 21.433,7 21.600,5 22.631,9 25.748,0
Estimativa de Transferência para Aumento de Capital 2 2,6 n.d. n.d. n.d. n.d.
(d)
FeP
Risco 2 - Aporte Emergencial (e) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Reestimativa (f) = (d) + (e) - - - - -
Estimativa de Resultado Primário das Estatais (g) -3.002,9 -7.312,1 -5.659,3 -6.663,2 -6.684,2
Reestimativa SEST (h)3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
P
Risco 3 - Esforço Fiscal Adicional4 (compensação) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
(i) = (h) - (g), sendo (i) = 0, SE (h) - (g) > 0
1 Dividendos e Resultado Primário = PLDO 2024.
2
Transferências para aumento de capital 2023 = Tesouro Transparente: Dotações para aumento de capital + restos a pagar inscritos.
3 A reestimativa corresponde à reprogramação do Siest acrescida de ajustes de discrepância estatística estimados (ajuste Emgea e outros).
4 Somente haverá expectativa de esforço fiscal adicional se o resultado reestimado (SEST) for pior do que a Estimativa de Resultado (Meta LDO).

Fonte: dividendos (STN); resultado primário (SEST) ; e transferências para aumento de capital (STN).
Elaboração: STN/MF.

3.1.1.7 Análise e classificação dos riscos


Risco 1 - frustração da receita de dividendos e JCP
A Tabela 75 apresenta as projeções de dividendos/JCP para os próximos exercícios:

Tabela 75 - Projeção de dividendos/JCP1


Em R$ milhões
Empresas 2023 2024 2025 2026 2027
Total 47.578,6 21.433,7 21.600,5 22.631,9 25.748,0
1Previsão do PLDO 2024
Fonte e elaboração: STN/MF.

A exposição ao risco, de acordo com a metodologia de previsão de dividendos, seria no


quadrante 1 (muito baixa exposição), no quadrante 4 (baixa exposição) e no quadrante 5 (média
exposição) 32, conforme demonstrado a seguir:

Tabela 76 - Matriz de Risco

Impacto Exposição

Matriz A Baixa Exposição (Quadrante 4) Média Exposição (Quadrante 5) Alta Exposição (Quadrante 6)
ALTO (acima de R$ 1bi) CAIXA/BNDES PETROBRAS 2
Exceção Metodologia BB 1 - -
Matriz A Muito Baixa Exposição (Quadrante 1) Baixa Exposição (Quadrante 2) Média Exposição (Quadrante 3)
Baixo (abaixo de R$ 1bi) DEMAIS PARTICIPAÇÕES - -
Exceção Metodologia - - -

32
Veja a Figura 18 – Matriz de Risco.

127
A Tabela 77 apresenta os dados das IFFs referente aos últimos índices divulgados e
comparados com o índice mínimo regulatório dos três indicadores de capital de Basileia III vigentes
(incluídos os adicionais de capital principal de conservação e sistêmico, e não incluído o adicional
contracíclico). Os índices de requerimento mínimo do BB e da CAIXA são maiores porque incluem o
adicional de capital principal de risco sistêmico (de 1 ponto percentual), aplicável apenas para
instituições cuja exposição total é superior a 10% do PIB.

Tabela 77 - Índices de Capital Observados x Requerimentos Mínimos


IFF (4T22) Capital Principal Capital Nível I Basileia
BB 12,01% 14,74% 16,65%
CAIXA 14,94% 15,18% 18,41%
Requerimento Mínimo 1 8,00% 9,50% 11,50%
IFF (4T22) Capital Principal Capital Nível I Basileia
BNDES 27,31% 27,31% 34,57%
BASA 12,60% 12,60% 12,60%
BNB 10,75% 11,73% 12,93%
Requerimento Mínimo 2 7,00% 8,50% 10,50%
1 Inclui
ACP conservação e ACP sistêmico.
2 Inclui
ACP conservação.
Fonte: Informações Trimestrais (ITR) – 3º e 4º Trimestres 2022; Resolução CMN nº 4.193; e regulamentações.
Elaboração: STN/MF.

Ressalta-se que todas as instituições apresentam os índices de capital acima dos


mínimos regulatórios em pelo menos 1,0 ponto percentual, o que pode ser considerada uma margem
razoável. É importante ressaltar que as instituições devem manter uma margem de segurança de forma
a mitigar eventuais choques ao longo do ano. Destaque apenas para o índice de Basileia do Banco da
Amazônia que vem se mantendo próximo de 12% ao longo dos últimos trimestres, bastante inferior a
seus pares. Embora tal situação não represente risco significativo para a União em termos de perda de
arrecadação de dividendos, uma vez que se trata da instituição de menor porte, a trajetória desse
indicador ensejou um aporte em 2021, mediante adiantamento para futuro aumento de capital (AFAC),
cuja capitalização foi autorizada pelo Decreto nº 10.555/22, homologada ao longo de 2022, de forma
a manter o cumprimento dos requerimentos mínimos de capital.
Cabe destacar a situação especial do BNB em razão do Acórdão nº 1325 TCU - Plenário,
de 27/05/2020, que julga como irregulares as contas do Banco e determina a reposição de valores ao
Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste - FNE. Trata-se de um montante relacionado a
não constituição de provisões para empréstimos operacionalizados pelo Banco Federal com recursos
oriundos do Fundo Constitucional entre os anos de 2000 e 2005. De acordo com o BNB, caso o valor
venha a ser reconhecido pelo Banco, o Índice de Capital Nível I diminuirá, podendo ficar abaixo do
percentual mínimo determinado pela Autoridade Monetária de 8,5%. A participação dos dividendos
do BNB no contexto da arrecadação de dividendos é da ordem de 0,3% do total da arrecadação dessa
receita. Embora o risco de não pagamento de dividendos pelo BNB seja um risco possível, não se pode
descartar a possibilidade de alternativas no âmbito da administração do Banco de gerenciamento dos
impactos, além de que, os dividendos do BNB não são relevantes no conjunto das receitas globais do
Tesouro Nacional. Adicionalmente, o processo ainda se encontra em fase recursal.
Em relação às demais empresas (não financeiras), o total de dividendos para o ano de
2023 está bem superior aos demais anos, devido ao impacto da Petrobras, que informou pagamentos

128
de dividendos complementares, referentes ao resultado de 2022, em consonância com a Política de
Remuneração aos Acionistas vigente.
Dessa forma, o risco de que a União venha a sofrer perda na arrecadação de receita de
dividendos/JCP, inclusive por parte das instituições financeiras, para que possam cumprir, com
segurança, os seus limites operacionais, pode ser considerado como um risco remoto.

Risco 2 - aporte emergencial


Em relação às Instituições Financeiras Federais, a mesma análise sobre o risco de
frustração de dividendos se aplica ao risco de aporte emergencial, de forma que se considera um risco
remoto para a maioria dessas empresas. O risco de que o BNB possa se desenquadrar no índice de
capital Nível I, em decorrência do ressarcimento ao FNE determinado pelo Acórdão nº 1325 TCU -
Plenário, de 27/05/2020, ou de decisões desfavoráveis em outros processos, pode ser compensado
com retenção de lucros (dividendos) ou outras medidas de ajuste ou gerenciamento dos impactos,
caso venha a se materializar, sendo considerado, contudo, um risco possível de materialização de
aporte.
Em relação às empresas estatais não financeiras, permanece a expectativa de que
algumas enfrentem dificuldades financeiras, mas houve melhoria de desempenho na maioria dessas
empresas, em alguns casos afastando riscos no curto prazo ou médio prazos: Infraero, Emgea, ECT,
Casa da Moeda e as companhias docas (CDC, CDP, Codeba, CDRJ, Codern, SPA-Codesp). Essas empresas
vêm adotando medidas de saneamento de seus planos de previdência complementar, reestruturação
de planos de saúde, programas de demissão voluntária, reestruturações societárias, inclusive
processos de desestatização. As demonstrações financeiras anuais de 2021 e as demonstrações
intermediárias de 2022 indicam tendências de melhoria em algumas empresas, mas possível
agravamento da situação em outras, o que mantém a necessidade de acompanhamento de seu
desempenho, que está sujeito a fatores econômicos, de mercado, de legislação, dentre outros. Dentre
as empresas que podem apresentar algum agravamento de sua situação financeira ou econômica estão
a Emgea e a Codern. Não foi identificada previsão para aumento de capital na LOA 2023 e o valor de
restos a pagar inscritos é de R$ 2,6 milhões, o que representa um valor anual muitíssimo aquém do
histórico dessa despesa.

Tabela 78 - Risco 2 - Aportes emergenciais em empresas não dependentes


Empresa 1 Contexto Principais Causas Indicadores Ações Mitigadoras Incluso Modelo de
no PND Desestatização
BNB Risco de não Decisão do TCU Índices medidas de ajuste Não Não
atingimento sobre pagamento operacionais ou gerenciamento
de de ressarcimentos de Basilea III de impactos
indicadores ao FNE
de capital

129
Empresa 1 Contexto Principais Causas Indicadores Ações Mitigadoras Incluso Modelo de
no PND Desestatização
Correios Capacidade Queda de Receita Melhoria da Sim Despacho do
operacional receita/demanda, Líquida, gestão, redução de Presidente da
e solvência inserção resultado custos, República de
mercadológica e operacional, desligamento 01.01.2023
estratégica resultado do voluntário, determinou adoção
exercício, melhoria de de providências
despesas processos, pelos Ministérios
operacionais, racionalização da envolvidos para
obrigações estrutura, inclusão revogar os atos que
atuariais, grau PPI dão andamento à
de dívida privatização da
empresa. O Decreto
nº 11.478, de 6 de
abril de 2023,
excluiu a ECT do
PND e revogou a sua
qualificação no PPI.
Emgea Fluxo de Dificuldade de Fluxo de caixa, Renegociação de Sim Ainda não definido.
caixa realização de ativos resultado dívidas para Inclusão no PND
(novação de operacional, compatibilização (Res. CPPI nº
créditos FCVS) para resultado do de fluxos 65/2019 e Decreto
pagamento de exercício nº 10.008/2019).
obrigações estudos de
(principalmente desestatização
com o FGTS)
Casa da Capacidade Queda de receita, Receita líquida, Redução de Não Excluída do PND e
Moeda operacional inserção resultado despesas, do PPI pelo Decreto
e solvência mercadológica e operacional e desligamento nº 10.885/2021.
estratégica resultado do voluntário.
exercício, grau
de dívida
Companhias Fluxo de Passivos de Resultado Defesa judicial, Sim - SPA Codesp – Decreto
Docas (CDC, caixa previdência operacional, monitoramento Codeba e 10.138/2019.
CDP, complementar resultado do dos riscos. Codesp. Não Resolução CPPI nº
Codeba, exercício, fluxo Equacionamento as demais. 246/2022 aprovou a
CDRJ, de caixa, de pendências de modelagem e as
Codern, SPA- obrigações planos de condições de
Codesp) atuariais previdência desestatização.
complementar Codeba – Resolução
CPPI 145/2020 e
Decreto
10.635/2021.
Infraero Capacidade Queda de receita Receita Revisão Sim Implantada a
operacional inserção Líquida, estratégica, (aeroportos) concessão dos
e solvência estratégica resultado redução de principais
insatisfatória operacional, despesas aeroportos.
necessidade de resultado do Participação
aportes para exercício, minoritária em
inversões inversões consórcios
financeiras financeiras,
retorno de
participações
Fonte e elaboração: STN/MF.

Tabela 79 - Estimativa de materialização do risco de aportes emergenciais


Materialização do Risco
Empresa 1
2023 2024 2025 2026
BNB Possível Possível Remoto Remoto
ECT Remoto Remoto Remoto Remoto

130
Materialização do Risco
Empresa 1
2023 2024 2025 2026
ENBPar Possível Possível Possível Possível
Emgea Possível Possível Remoto Remoto
Casa da Moeda Remoto Possível Possível Possível
Companhias Docas Possível Possível Remoto Remoto
(CDC, CDP, Codeba, CDRJ, Codern, SPA-Codesp) (Codern) (Codern)
Infraero Remoto Possível Possível Possível
1Asempresas são mantidas em acompanhamento de risco até a existência de um cronograma formal de privatização.
Fonte e elaboração: STN/MF.

Devido a um recente agravamento da situação de fluxo de caixa da Emgea, com elevação do


risco de inadimplência de obrigações financeiras perante o FGTS, especialmente em decorrência de
características e dificuldades inerentes ao processo de reconhecimento e novação de créditos do FCVS,
a avaliação de risco do Tesouro Nacional de realizar aportes é possível para os anos de 2023 e 2024.
São várias as razões para essa avaliação. Primeiramente, encontram-se em curso tratativas para a
renegociação dos prazos de vencimento das dívidas, procedimento já realizado em outras ocasiões. As
obrigações da Emgea com o FGTS são garantidas pela própria União, mas a situação de inadimplência
pode gerar ainda maiores restrições para a empresa, que depende desse tipo de repactuação
ocasionalmente. Os ativos da empresa superam, em valor, suas obrigações e a Emgea já se encontra
em processo de desestatização, devendo qualquer pretensão de aumento de capital estar em
consonância como o modelo de desestatização a ser adotado, restando, em situação de emergência, a
transferência de subvenção econômica.
Tem se verificado igualmente um risco de agravamento da situação econômica da Codern,
razão pela qual a avaliação de risco de aportes emergenciais se alterou de remoto para possível em
2023 e 2024. O arrendamento do Terminal Salineiro de Areia Branca, promovido pela Agência Nacional
de Transportes Aquaviários – Antaq, na bolsa de valores de São Paulo, paralelamente à ampliação de
investimento diretos de infraestrutura na área portuária, deverá representar, por outro lado, redução
de despesas, mas também de receitas da empresa a partir do exercício de 2022.
A ENBPar, como controladora da Eletronuclear, está exposta ao risco de necessitar de um
aporte emergencial, já que existe a possibilidade de a empresa ter que investir recursos adicionais na
Eletronuclear, em função dos elevados investimentos previstos para a implantação da Usina Angra III.
Risco 3 - esforço fiscal adicional (compensação de primário)
A Tabela 80 apresenta as metas de resultado primário referente ao agregado das
empresas estatais federais definidas na LDO 2024.

Tabela 80 - Estimativa de materialização do risco de esforço fiscal adicional


Em R$ milhões
Resultado Materialização
Ano Meta LDO
Estimado do Risco
2023 -3.002,9 -2.394,1 Possível
2024 -7.312,1 -7.312,1 Possível
2025 -5.659,3 -5.659,3 Possível
2026 -6.663,2 -6.663,2 Possível
2027 -6.684,2 -6.684,2 Possível
Fonte e elaboração: STN/MF.

131
As metas de resultado primário para as empresas estatais federais, para o período entre
2024 e 2027, indicam um aumento do déficit em relação à meta fixada para o exercício de 2023, e
também quando é feita a comparação com os valores executados dos três exercícios anteriores. Apesar
da fixação de metas com maior déficit para os próximos anos afetar negativamente as contas públicas,
o redimensionamento dos valores pode apontar para um cenário mais realista, próximo do que
efetivamente vai ser observado, diminuindo a probabilidade da ocorrência de um esforço fiscal
adicional com compensação de resultado primário pelo Tesouro Nacional, embora a materialização do
risco ainda seja considerada possível.
As empresas estatais dependem de sua performance para o atingimento das
expectativas de resultado primário. Eventuais mudanças no cenário econômico, ao longo dos exercícios
financeiros seguintes, podem alterar os resultados pela conjugação de outras variáveis e das
estratégias de atuação.

3.1.2 Fundo de Financiamento Estudantil (Fies)


O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) tem como objetivo financiar a graduação de
estudantes em instituições privadas de ensino superior e foi instituído pela Medida Provisória (MP) nº
1.827, de 27 de maio de 1999, transformada na Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001.
A partir do ano de 2018, é instituído o novo Fies33, que incorpora aprimoramentos em
relação ao programa original e caracteriza-se por ser um modelo de financiamento estudantil
segmentado em diferentes modalidades e com uma escala de financiamentos que varia conforme a
renda familiar do candidato. O novo programa traz melhorias na gestão do fundo, com maior
sustentabilidade financeira, a fim de garantir seu avanço econômico e social e viabilizar um acesso mais
amplo ao ensino superior.
Nesse contexto, cabe mencionar que para os contratos realizados com o FIES depois de
segundo semestre de 2017, a garantia é feita por meio do Fundo Garantidor do Fundo de
Financiamento Estudantil (FG-FIES). Já para os contratos até o segundo semestre de 2017, a garantia é
realizada por meio do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC).
Em 2020, em função da pandemia de Covid-19, foi publicada a Lei nº 14.024, de 9 de
julho de 2020, regulamentada pela Resolução MEC/FNDE/CG-Fies nº 39, de 27 de julho de 2020, que
versa sobre a suspensão das parcelas referentes aos contratos do Fies e estabelece o momento de
retornar à obrigação de pagar as parcelas suspensas.
Em razão da conversão da MP nº 1.090/2021 na Lei nº 14.375, de 21 de junho de 2022,
os estudantes que contrataram o Fies até o segundo semestre de 2017, e estavam com parcelas
atrasadas, podiam renegociar suas dívidas. Tal normativo permitiu o abatimento de até 99% das dívidas
de estudantes com o Fies e o seu prazo de validade foi até 31 de dezembro de 2022.

33
Disciplinado pelas Portaria MEC nº 209, de 07/03/2018, e Portaria MEC nº 1.209, de 19/11/2018.

132
3.1.2.1 Evolução dos financiamentos e sustentabilidade fiscal
O Programa concedeu aproximadamente 3,4 milhões de financiamentos em todo o
Brasil, desde a sua criação, sendo que 2,8 milhões foram formalizados a partir do ano de 2010.
Em 2022, o Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC) realizou a
honra de R$ 1,6 bilhão referentes aos contratos inadimplentes acima de 360 dias, totalizando R$ 6,8
bilhões de honra da inadimplência contratual, ao somar os anos de 2020 a 2022, gerando mais
arrecadação do programa aos cofres públicos.
Conforme a Exposição de Motivos Interministerial EMI nº 37/2017, elaborada por
ocasião do envio da MP nº 785/2017, foram destacadas as três principais causas que poderiam levar à
insustentabilidade fiscal do Fies, conforme segue: (i) risco de crédito, (ii) subsídio implícito e (iii)
governança do programa.
A concessão de crédito aos estudantes expõe a União ao risco de crédito do Fies,
indicador que é monitorado mensalmente. O valor da exposição relativa às operações do Fies, ao final
de 2022, era de R$ 104,3 bilhões, sendo que R$ 102,6 bilhões são referentes aos contratos formalizados
a partir de 2010. A Tabela 81 apresenta a evolução da carteira segundo a safra de concessão de crédito.

Tabela 81 - Valores da dívida do Fies, segundo safra de concessão de crédito


Em R$ milhões
Ano Valor da Dívida 1
Até 2009 1.673,2
2010 2.041,6
2011 4.347,7
2012 11.157,2
2013 19.423,4
2014 30.887,4
2015 16.097,8
2016 9.996,9
2017 8.684,4
Total 104.309,6
1 Posição31/12/2022
Fonte e Elaboração: FNDE.

Os contratos de crédito do Fies possuem a particularidade de preverem desembolsos


mensais para as instituições de ensino e renovações semestrais mediante os processos de aditamento,
na medida em que o estudante avança na conclusão do curso. Em decorrência desse fato,
relativamente aos contratos formalizados até 2017, a União submete-se a uma exposição total de R$
106 bilhões ao final de 2022, conforme mostra a Tabela 82.

Tabela 82 - Exposição ao risco de crédito do Fies, por ano


Em R$ milhões
Exposição 2021 2022
Contratos Legados (até 2010) (a) 1.935,6 1.673,2
Contratos Atuais (b) 105.561,6 104.309,7
Exposição por Valores já liberados (c) = (a) + (b) 107.497,2 105.982,9
Valores a Liberar (estimativa) (d) 82,9 14,7
Exposição Total (c) + (d) 107.580,0 105.997,6
Fonte e Elaboração: FNDE.

133
3.1.2.2 Situação de adimplência
Com o objetivo de definir os critérios para caracterização de inadimplência, risco de
crédito e ajustes para perdas estimadas no âmbito do Fies, o Comitê Gestor do Fies (CG-Fies)34, por
meio da Resolução MEC/FNDE/CG-Fies nº 27, de 10 de setembro de 2018, estabeleceu que os
contratos em atraso são aqueles com prestações não pagas a partir do primeiro dia após o vencimento
e que os inadimplentes são aqueles com prestações não pagas a partir do nonagésimo dia após o
vencimento da prestação, observados na fase de amortização do financiamento. O saldo devedor
integral dos contratos (celebrados entre 2010 e 2017) considerados inadimplentes alcançou o valor de
R$ 57,1 bilhões, representando 55,6% do valor total da dívida na fase de amortização. No caso dos
contratos celebrados a partir de 2018 (Novo Fies), o saldo devedor integral dos contratos considerados
inadimplentes alcançou o valor de R$ 913,3 milhões, equivalendo a 57,3% do valor total da dívida na
fase de amortização.
O atraso nos pagamentos35 por parte dos estudantes dos financiamentos concedidos
entre 2010 e 2017, contados a partir de um dia, foram observados em 71,2% dos contratos (1.664.110).
Juntos, se considerado o saldo devedor integral desses contratos, respondem por um valor total de R$
102,6 bilhões, equivalente a 69,1% do total da carteira. Conforme observado, na Tabela 83, o maior
volume de operações em atraso se concentra na faixa acima de 360 dias de atraso.

Tabela 83 - Situação dos contratos concedidos do Fies entre 2010 e 2017


Em R$ milhões
Quantidade Valor da Dívida Atraso Médio
Situação do Contrato 1
de Contratos 2 (Em R$ milhões) (Em dias)
Adimplente 672.540 31.697,2 0,0
1 a 14 dias de atraso 148.088 5.279,7 1,2
15 a 30 dias de atraso 81.990 3.616,9 20,2
31 a 60 dias de atraso 79.286 4.010,3 37,7
61 a 90 dias de atraso 29.310 917,3 72,2
91 a 120 dias de atraso 28.553 1.241,1 105,1
121 a 150 dias de atraso 30.422 1.482,1 131,4
151 a 180 dias de atraso 23.385 1.029,9 167,0
181 a 360 dias de atraso 147.360 7.729,9 269,9
> 360 dias de atraso 1.095.716 45.632,1 1.551,3
Total 2.336.650 102.636,5 2.356,0
1 Posiçãoem 31/12/2022.
2 Contratosassinados a partir de 15/1/2010.
Fonte e Elaboração: FNDE.

No caso dos contratos formalizados até 2009, os atrasos nos pagamentos, contados a
partir de um dia, foram observados em 74,1% dos contratos (88.953). O saldo devedor integral desses
contratos era de R$ 1,2 bilhão, equivalente a 70,2% do total da carteira. Segundo a Tabela 84, o maior
volume de operações em atraso se concentra na faixa acima de 360 dias de atraso.

Tabela 84 - Situação dos contratos do Fies concedidos até 2009

34
O Comitê Gestor do Fies – CG-Fies, instituído pelo Decreto s/n de 19 de setembro de 2017, tem competência para definir
as diretrizes e prioridades da política de financiamento estudantil, assim como definir os requisitos de concessão, as
condições técnicas e operacionais e aprovar o Plano Trienal do Fundo e seus ajustes anuais.
35
Posição em 31/12/2022.

134
Em R$ milhões
Quantidade Valor da Dívida Atraso Médio
Situação do Contrato 1
de Contratos2 (Em R$ milhões) (Em dias)
Adimplente 31.078 498,0 0,0
1 a 14 dias de atraso 5.249 86,6 3,4
15 a 30 dias de atraso 4.016 58,7 23,4
31 a 60 dias de atraso 3.387 41,3 46,1
61 a 90 dias de atraso 1.738 19,8 77,7
91 a 120 dias de atraso 1.217 15,1 108,8
121 a 150 dias de atraso 984 10,4 139,9
151 a 180 dias de atraso 925 9,9 170,3
181 a 360 dias de atraso 3.540 48,9 266,4
> 360 dias de atraso 67.897 884,5 4.027,0
Total 120.031 1.673,2 4.863,0
1 Contratosassinados até 15/1/2010.
2 Posiçãoem 31/12/2022.
Fonte e Elaboração: FNDE.

O índice de crescimento dos valores a receber dos contratos que passaram a ser
classificados como inadimplentes – prestações não pagas a partir do nonagésimo dia após o
vencimento da prestação, alcançou 24% comparado a dezembro de 2021.
A evolução da inadimplência dos financiamentos concedidos entre 2010 e 2017 tem
apresentado tendência crescente, caracterizando um risco possível de ocorrer, principalmente em
virtude de a maior parte da safra de contratos formalizados nesse período encontrar-se na fase de
amortização, conforme observa-se na Figura 21.

Figura 21 - Evolução do número de contratos inadimplentes do Fies, em fase de amortização 1

135
1Contratos concedidos entre 2010 e 2017.
Fonte e Elaboração: FNDE.

3.1.2.3 Classificação de risco dos financiamentos


A Resolução supracitada definiu que a classificação do nível de risco dos financiamentos
do Fies, para fins de realização de ajustes para perdas, deve ser efetuada em função da inadimplência
verificada no pagamento das prestações durante a fase de amortização do contrato. Assim, não
compõem o cálculo do ajuste as parcelas devidas pelos estudantes nas fases de utilização e carência
que estão restritas ao pagamento trimestral dos juros contratuais e limitados a R$ 50,00, para os
contratos firmados de 2010 até o 1º semestre de 2015, ou a R$ 150,00, no caso dos contratos firmados
do 2º semestre de 2015 ao 2º semestre de 2017.
Desconsiderando o impacto de eventuais instrumentos mitigadores de risco, ao final do
exercício de 2022, o valor do ajuste para perdas estimadas, para fins contábeis, alcançou R$ 40,8
bilhões, sendo R$ 40,6 bilhões no longo prazo e R$ 0,237 bilhão no curto prazo, que passou a ser
segregado em atendimento a disposto no Acórdão 1331/2019-TCU-Plenário. A Tabela 85 apresenta o
ajuste para perdas estimadas por rating.

Tabela 85 - Ajuste para perdas estimadas do Fies, segundo rating


Em R$ milhões
Fator de Quantidade Saldo devedor Valor do ajuste para
Rating
Provisão (%) de Contratos2 dos contratos perdas estimadas 1
A 0,5 872.317 34.712,0 173,6
B 1,0 59.691 1.709,3 17,1
C 3,0 59.203 2.036,8 61,1
D 10,0 46.310 1.903,0 190,3
E 30,0 42.877 1.697,2 509,2
F 50,0 40.971 2.076,9 1.038,4
G 70,0 47.439 2.575,9 1.803,1
H 100,0 912.993 37.070,2 37.070,2

136
Em R$ milhões
Fator de Quantidade Saldo devedor Valor do ajuste para
Rating
Provisão (%) de Contratos2 dos contratos perdas estimadas 1
Total 2.081.801 83.781,3 40.863,0
1 Posiçãoem 31/12/2022.
2 Contratos de 2010 a 2017.

Fonte e Elaboração: FNDE.

O valor do ajuste para perdas foi impactado pela elevação da quantidade de contratos
que passaram da fase de carência para a fase de amortização no exercício. Assim, 2,1 milhões de
contratos, ao final de 2022, estavam em amortização, com saldo devedor total de R$ 83,7 bilhões.

3.1.2.4 Medidas de mitigação do risco de crédito


Os contratos de crédito do Fies contam com instrumentos mitigadores do risco, como
fiança convencional, fiança solidária e o Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo
(FGEDUC). Do total de contratos por modalidades de garantias, observa-se que 68% da carteira de
contratos do Fies é garantida exclusivamente pelo FGEDUC. Se considerada a cobertura concomitante
com fiança, esse percentual garantido pelo Fundo de Garantia representa 79% da carteira de
financiamentos concedidos a partir de 2010. A Tabela 86 apresenta os contratos e o valor da dívida
segundo modalidade de garantia.

Tabela 86 - Contratos de crédito do Fies e valor da dívida, segundo modalidade de garantia


Em R$ milhões
Quantidade
Tipo de Garantia Valor da Dívida 2
de Contratos 1
FGEDUC 1.592.105 66.839,0
FGEDUC + FIANÇA 246.158 15.252,0
FIANÇA 92.079 20.191,0
Total 2.330.342 102.282,0
1 Contratosassinados a partir de 15/1/2010.
2 Posiçãoem 31/12/2022.
Fonte e Elaboração: FNDE.

Os contratos de financiamento formalizados até 2009 não contam com cobertura de


fundo garantidor e, portanto, são garantidos exclusivamente por fiança convencional ou por fiança
solidária.
Dentre as medidas adotadas com vistas a mitigar o risco fiscal e enfrentar a situação de
emergência decorrente da pandemia, foi sancionada a Lei nº 13.998, de 14 de maio de 2020, que
promoveu mudanças no auxílio emergencial instituído pela Lei nº 13.982, de 2 de abril de 2020, e que
também permitiu a suspensão das parcelas de empréstimos contratados referentes ao Fies. A norma
previa a suspensão do pagamento de 2 (duas) parcelas dos contratos em fase de utilização ou carência,
ou de 4 (quatro) parcelas de contratos em fase de amortização. Além disso, as suspensões das parcelas
eram aplicadas aos contratos de financiamento adimplentes, ao pagamento de juros devido a cada
trimestre e das parcelas vencidas e não quitadas antes da vigência do estado de calamidade pública
reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020.
Posteriormente, foi publicada a Lei nº 14.024, de 9 de julho de 2020, para suspender
temporariamente as obrigações financeiras dos estudantes beneficiários do Fies, tendo como
diferencial em relação à Lei nº 13.998, de 2020, o prazo de abrangência, que passou a alcançar todo o

137
período de vigência do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de
2020. Ficou estabelecida, ainda, a possibilidade de estudantes inadimplentes com até 180 (cento e
oitenta) dias contados de 20/3/2020 também solicitarem a suspensão do pagamento das parcelas
relativas ao período da calamidade pública, além de vedar o registro dos estudantes em cadastros
restritivos, vedação aplicada somente àqueles que aderirem à suspensão, conforme novas disposições
contidas na Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001. A Resolução MEC/FNDE/CG-Fies nº 39, de 27 de
julho de 2020, regulamenta a Lei nº 14.024/2020 sobre a suspensão das parcelas referentes aos
contratos do Fundo de Financiamento Estudantil em decorrência da pandemia e estabelece o
momento de retornar à obrigação de pagar as parcelas suspensas.
A Lei nº 14.024/2020, também atualiza o Programa Especial de Regularização do Fies.
No caso de quitação integral do saldo devedor até 31 de dezembro de 2020, houve a redução de 100%
dos encargos moratórios. Também poderia ser feita a liquidação em quatro parcelas semestrais, até
31 de dezembro de 2022, ou 24 parcelas mensais, com redução de 60% dos encargos e pagamento a
partir de 31 de março de 2021. Já os parcelamentos feitos em 145 ou 175 parcelas mensais receberiam
redução de 40% e 25%, respectivamente, e os pagamentos começavam a partir de janeiro de 2021.
Nesses casos, o valor de entrada foi a primeira parcela mensal a ser paga. Cabe lembrar que a
renegociação, prevista na Lei nº 14.024/2020, foi regulamentada pela Resolução MEC/FNDE/CG-Fies
nº 42, de 21 de outubro de 2020, no sentido de estabelecer os parâmetros e condições operacionais
para a sua implementação pelos agentes financeiros. Houve ainda a prorrogação do prazo, por meio
da Resolução MEC/FNDE/CG-Fies nº 43, de 29 de dezembro de 2020.
Em relação ao risco moral do estudante, inserido no contexto do risco de crédito, a
concessão do financiamento com recursos do Fies passou a exigir uma participação mínima do
estudante no pagamento dos encargos educacionais, proporcional à renda mensal per capita do grupo
familiar. Com isso, não há mais a possibilidade de financiamento de 100% do valor da semestralidade
do curso e, assim, o estudante tem condições de compreender desde a contratação que se trata de um
programa de financiamento estudantil e não de uma bolsa de estudo. Adicionalmente, essa medida
induz o estudante a ficar mais atento às variações promovidas pela instituição de ensino no valor das
mensalidades, uma vez que o valor não financiado deve ser pago com recursos próprios do grupo
familiar.
A partir de 2018, a oferta de novos financiamentos foi condicionada à adesão das
entidades mantenedoras de instituições de ensino ao novo modelo do financiamento estudantil (Novo
Fies) e ao Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies), pois a oferta de vagas anuais passou a ser fixada pelo
CG-Fies, de acordo com o Plano Trienal elaborado pelo Grupo Técnico do Comitê, condicionada à
realização dos aportes da União previstos na Lei do Fies.
Nesse contexto, até o final de 2022 foram realizados cinco aportes de R$ 500 milhões
por parte do Governo Federal ao FG-Fies, que conta também com a contribuição das instituições de
ensino, na condição de cotistas do Fundo. O saldo devedor dos contratos formalizados no âmbito do
Novo Fies, a partir de 2018, alcançou, em dezembro de 2022, o valor de R$ 12 bilhões.
Foram implementadas medidas que contribuirão para mitigar o risco fiscal ocasionado
até então pelo Fies, notadamente relacionadas ao compartilhamento do risco do crédito com as
entidades mantenedoras e a mecanismos para garantir o retorno do financiamento, como:
• Contribuições para o FG-Fies em percentual proporcional à inadimplência observada

138
na carteira de cada instituição de ensino;
• Ausência de carência após a conclusão do curso;
• Pagamento consignado em folha e vinculado à renda do estudante financiado;
• Possibilidade de renegociação do saldo devedor;
• Coparticipação paga pelo estudante diretamente ao Agente Financeiro; e
• Seguro prestamista para assegurar a liquidação do financiamento no caso de
falecimento ou invalidez permanente do estudante financiado.

Esse conjunto de alterações visa atender ao primado da sustentabilidade do Fundo em


obediência aos princípios e normativos sobre responsabilidade fiscal, conforme recomendado pelo
Tribunal de Contas da União, como também contribuir para o atingimento das metas relativas à
educação superior do Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024.

Por fim, entrou em vigor a Lei nº 14.375 de 21 de junho de 2022, que autorizou a
renegociação de débitos de estudantes com o Fies em contratos firmados até 2017. O normativo
estabelece que estudantes com débitos vencidos e não pagos há mais de 90 dias na data da publicação
da MP 1.090/2021 de 30 de dezembro de 2021 (MP que originou a Lei n º 14.375/2022), podem ter
desconto de 12% no pagamento à vista, ou parcelar o débito em 150 meses, com perdão dos juros e
das multas. Quando o débito passar de 360 dias, podem-se aplicar descontos a partir de 77%. Esse
percentual pode chegar a 99% para os devedores inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais
do Governo Federal (CadÚnico).

3.1.2.5 Aspectos fiscais e orçamentários


A despesa específica com a oferta de novos financiamentos no âmbito do Fies, incluindo
o aditamento de renovação semestral dos contratos, corre à conta da Ação 00IG - Concessão de
Financiamento Estudantil e está estimada para o período de 2023 a 2025, conforme Tabela 87.

Tabela 87 - Estimativa de desembolso do Fies de 2023 a 2025, segundo ano do contrato


Em R$ milhões
Ano do contrato 2023 2024 2025
2010-2017 482,1 289,0 154,0
2018-2023 4.317,0 5.250,0 6.200,0
Total 4.799,1 5.539,0 6.354,0
Fonte e elaboração: FNDE.

O decréscimo observado na estimativa dos recursos para fazer frente aos dispêndios
relacionados aos aditamentos de renovação semestral (contratos de 2010 a 2017) é motivado pela
redução da quantidade de contratos na fase de utilização, o que gera desembolsos do Fies para
pagamento dos encargos educacionais financiados às instituições de ensino. Por outro lado, os
recursos orçamentários estimados para fazer frente aos dispêndios relacionados às contratações do
Novo Fies (contratos de 2018 a 2023) apresentam crescimento constante ao longo dos anos, dada a
oferta equânime de vagas a cada ano, como também a previsão de recuperação econômica,
aumentando o percentual de adesão de novas vagas.
Em 2022, as receitas arrecadadas do Fies relativas ao capital (amortização) e aos juros
do financiamento estudantil alcançaram R$ 6,3 bilhões frente a R$ 9,4 bilhões em 2021, representando
redução de 33,4%, conforme discriminado na Tabela 88.

139
Tabela 88 - Comparação entre receitas estimadas e realizadas do Fies, segundo natureza, por ano
Em R$ milhões
Receita
Estimada (E)
Natureza da Receita
Realizada (R)
2021 2022
E 654,2 2.252,6
Retorno de operações, juros e encargos financeiros
R 1.976,7 2.323,1
E 4.727,9 4.200,1
Amortização de financiamento
R 7.427,6 3.941,9
E 5.381,8 6.452,7
Total
R 9.404,3 6.265,0
Fonte e elaboração: FNDE.

Cabe registrar que a redução da arrecadação no comparativo de 2021 e 2022 se deve à


elevada efetivação das honras contratuais em 2021, por parte da administradora do FGEDUC, dos
financiamentos concedidos inadimplentes. Somente para essa natureza de receita, houve a
amortização para o FNDE no valor de R$ 5,2 bilhões, em 2021, e em 2022, R$ 1,56 bilhão.
A Tabela 89 apresenta a comparação entre os valores estimados na Lei Orçamentária
Anual (LOA) e aqueles efetivamente realizados (desembolso) no âmbito da Ação 00IG (Concessão de
Financiamento Estudantil - FIES) nos últimos três exercícios.
Tabela 89 - Comparação entre o desembolso estimado e realizado do Fies, por ano
Em R$ milhões
Ano 2020 2021 2022
Estimado 8.860,5 8.481,5 5.529,2
Realizado 5.087,6 4.393,2 3.993,3
Percentual de execução 57% 52% 72%
Obs.: Não inclui restos a pagar.
Fonte e elaboração: FNDE.

O impacto primário total do Fies antigo é composto pelas despesas administrativas,


pelos aportes ao fundo garantidor e pelo resultado primário do programa. A despesa administrativa
resulta do produto entre a remuneração paga ao agente financeiro – de R$ 25 por contrato em
utilização ou carência e R$ 35 por contrato em amortização – pela projeção do número de contratos
em cada fase, realizada a partir dos microdados do SisFIES36. A Tabela 90 apresentada as estimativas
do impacto primário associados ao Fies.

Tabela 90 - Estimativa de impacto primário do Fies, segundo programa, por exercício


Em R$ milhões
Programa Despesa 2023 2024 2025
Fies antigo Despesa administrativa 696,8 126,8 63,4
Fies antigo Impacto primário 908,0 -1.810,5 -3.074,7
Fies novo Aporte FG-Fies 500,0 500,0 500,0
Total 2.104,8 -1.183,7 -2.511,3
Fonte e elaboração: FNDE.

36
Sistema Informatizado do FIES, disponível em: www.sisfies.mec.gov.br

140
O subsídio implícito (benefício creditício) refere-se ao impacto nas contas públicas
decorrente da diferença entre a taxa de juros que remunera os títulos do Tesouro Nacional (custo de
oportunidade) e a taxa de juros cobrada nos financiamentos aos estudantes. O cálculo foi realizado
conforme metodologia descrita na Portaria ME nº 57, de 27/2/2013, que considera a diferença entre
o saldo devedor efetivo e o saldo devedor que seria obtido caso a taxa de juros do programa fosse
semelhante ao custo de oportunidade do Tesouro Nacional. A Tabela 91 apresenta as estimativas do
subsídio implícito associados ao Fies.

Tabela 91 - Estimativa de subsídio implícito do Fies, segundo programa, por exercício


Em R$ milhões
Programa 2023 2024 2025
Fies antigo 21.335,1 11.831,6 10.080,4
Fies novo -1.097,0 -4.436,3 -4.272,2
Total 20.238,1 7.395,3 5.808,2
Obs.: Projeções preliminares.
Fonte e elaboração: FNDE.

3.1.3 Riscos do Sistema Financeiro


Os riscos associados aos ativos contingentes do Banco Central do Brasil, originados de
liquidação extrajudicial e de outras operações, bem como os riscos relativos à estabilidade do Sistema
Financeiro Nacional são apresentados nesta seção.

3.1.3.1 Créditos do Banco Central do Brasil


Os ativos contingentes do Banco Central do Brasil podem constituir risco de crédito
significativo, com potencial de afetar as contas públicas da União. A despeito de não constituírem risco
fiscal a priori, serão apresentados os ativos que apresentam evidências objetivas de perdas, que já
tenham sido originados com problemas de recuperação de crédito ou que tiveram aumento
significativo no risco de crédito desde o reconhecimento inicial.
São classificados nesse grupo os créditos do Banco Central do Brasil (BCB) relacionados
com liquidação extrajudicial e com liquidação extrajudicial encerrada, originários de operações de
assistência financeira (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema
Financeiro Nacional - Proer) e de outras operações, como saques a descoberto na conta de Reservas
Bancárias.
Tabela 92 - Evolução dos créditos do BCB originados de liquidação extrajudicial
Em R$ milhões
Instituições Crédito 2020 2021 2022
Custo Amortizado (R$)1 20.986,0  19.198,0  16.167,0 
Banco Nacional - Em Liquidação
Ajuste a Valor Recuperável (R$) -2.306,0  -4.935,0  -3.112,0 
Extrajudicial
Saldo (R$) 18.680,0  14.263,0  13.055,0 
Custo Amortizado (R$)1 6.928,0  6.154,0  1.075,0 
Banco Econômico - Em Liquidação
Ajuste a Valor Recuperável (R$) -2.240,0  -1.339,0  -251,0 
Extrajudicial  / Banco BESA S.A.2
Saldo (R$) 4.688,0  4.815,0  824,0 
Custo Amortizado (R$)1 194,0  156,0  0,0 
Banco Banorte - Em Liquidação
Ajuste a Valor Recuperável (R$) -14,0  -14,0  0,0 
Extrajudicial 3  
Saldo (R$) 180,0  142,0  0,0 
Total Custo Amortizado (R$)1 28.108,0  25.508,0  17.242,0 

141
Em R$ milhões
Instituições Crédito 2020 2021 2022
Ajuste a Valor Recuperável (R$) -4.560,0  -6.288,0  -3.363,0 
Saldo (R$) 23.548,0  19.220,0  13.879,0 
1 Dívidaoriunda de liquidação extrajudicial com o BCB.
2 Com a aprovação da transferência do controle acionário do Banco Econômico – em Liquidação Extrajudicial para o
grupo BTG Pactual em out/2022, houve o encerramento da liquidação extrajudicial e a retomada de suas atividades
econômicas, com alteração da denominação social para Banco BESA S.A.
3 Em 27 de janeiro de 2022, o Banco Banorte – em liquidação extrajudicial, liquidou antecipadamente o saldo do

parcelamento em vigor, no montante de R$ 158,0 milhões, com desconto de R$ 14,0 milhões, conforme previsão
contratual, levando ao encerramento do regime de resolução.
Fonte: BCB. Elaboração: STN/MF.

Com base na Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010, os créditos do BCB com as


instituições em liquidação foram objeto de pagamento à vista ou parcelado, mediante requerimento
do devedor, com descontos de 25% a 45% incidentes sobre os encargos.
Para os contratos originários do Proer, o valor das prestações pactuadas é atualizado
mediante a incidência dos encargos contratuais, na forma da legislação de regência do Programa. De
acordo com o previsto nos contratos, esses encargos correspondem ao custo médio dos títulos e
direitos creditórios dados em garantia, acrescidos de 2% ao ano. No caso dos contratos relativos ao
saque a descoberto na conta Reservas Bancárias, o valor de cada prestação mensal é atualizado
exclusivamente mediante a aplicação da TR acumulada mensalmente, conforme dispõe o art. 9º, caput,
da Lei nº 8.177, de 1 de março de 1991, com a redação dada pela Lei nº 8.218, de 29 de agosto de
1991. Caso seja cessado o regime de liquidação extrajudicial, seja caracterizada massa superavitária ou
haja outro fundamento legal para afastar a incidência da TR, as prestações mensais passarão a ser
atualizadas pela taxa Selic.
O termo de parcelamento firmado não implica novação da dívida, cabendo destacar que
a inadimplência do devedor pode ensejar a rescisão do termo, com a dívida retornando à situação
original. A efetivação do parcelamento também não implica automático encerramento da liquidação
extrajudicial, que pode ser avaliado em momento oportuno, se for o caso, de acordo com as condições
estabelecidas na Lei nº 6.024, de 13 de março de 1974.
Considerando as características dessas operações, as perdas desses créditos são
mensuradas como perdas permanentes de crédito esperadas, e suas receitas financeiras são calculadas
aplicando-se a taxa de juros efetiva sobre o valor líquido do ativo, isto é, deduzido das perdas de
crédito.
A metodologia de avaliação do valor recuperável desses créditos contempla a estimativa
de inadimplência no fluxo do contrato de parcelamento, considerando o valor presente dos fluxos de
caixa, apurado com base nas taxas referenciais dos swaps DI x TR disponibilizados pela B3 para o prazo
do parcelamento, ajustadas para incorporar um prêmio de risco que reflita o preço da incerteza
inerente aos fluxos de caixa. O prêmio de risco é apurado pelo diferencial da taxa de juros que iguala
o valor presente do fluxo de caixa contratado com o fluxo de caixa ajustado pela capacidade de
pagamento da instituição em liquidação extrajudicial, sendo estimado a partir de modelos de
precificação internos, os quais não refletem parâmetros objetivos de mercado tendo em vista as
características de excepcionalidade da contraparte. O modelo ainda prevê a utilização de cenários
alternativos, ponderados pela probabilidade de ocorrência, que possam afetar a capacidade de
pagamento das instituições.

142
A variação dos saldos observada, entre 2020 e 2022, decorre das liquidações
antecipadas, dos descontos por liquidação antecipada, do recebimento das parcelas, do
reconhecimento de encargos e de ajustes no valor recuperável desses créditos, conforme
evidenciado na Tabela 93.
Tabela 93 - Variação dos saldos dos créditos do BCB entre 2020 e 2022
Em R$ milhões
Lançamentos 2020 2021 2022
Saldo inicial 24.658,0 23.548,0 19.220,0
Movimentação -1.110,0 -4.328,0 -8.267,0
Recebimentos -4.036,0 -4.329,0 -5.378,0
Juros 1.982,0 1.637,0 2.791,0
Multa de mora - 92,0 156,0
Liquidação antecipada - - -5.165,0
Descontos por liquidação antecipada - - -671,0
Ajuste a valor recuperável 944,0 -1.728,0 2.926,0
Saldo final 23.548,0 19.220,0 13.879,0
Fonte: BCB. Elaboração: STN/MF

Em 27 de janeiro de 2022, o Banco Banorte – em liquidação extrajudicial, liquidou


antecipadamente o saldo do parcelamento em vigor, no montante de R$ 158,0 milhões, com desconto
de R$ 14,0 milhões, conforme previsão contratual, levando ao encerramento do regime de resolução.
O Banco Econômico – em liquidação extrajudicial, em 25 de fevereiro de 2022, liquidou
antecipadamente parte da dívida, no montante de R$ 5,0 bilhões, com desconto de R$ 657,0 milhões.
Em 6 de outubro de 2022, foi aprovada a transferência do controle acionário do Banco Econômico –
em Liquidação Extrajudicial para o grupo BTG Pactual, propiciando o encerramento da liquidação
extrajudicial e a retomada de suas atividades econômicas, com alteração da denominação social para
Banco BESA S.A. A Tabela 94 apresenta as estimativas de fluxo de caixa para os exercícios de 2023 a
2026.
Tabela 94 - Estimativas de fluxo de caixa, segundo instituição financeira, por ano
Em R$ milhões
Instituições 2023 2024 2025 2026
Banco Nacional – em liquidação 3.877,0 4.140,0 4.423,0 4.730,0
extrajudicial
Banco BESA 805,0 795,0 - -
Total dos créditos originados 4.682,0 4.935,0 4.423,0 4.730,0
de liquidação extrajudicial
Fonte: BCB. Elaboração: STN/MF.

3.1.3.2 Sistema Financeiro Nacional (SFN)


Os riscos fiscais que teriam como origem o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e que
ainda não foram abordados neste documento poderiam advir de um potencial uso de recursos públicos
em uma instituição sistêmica de controle privado.
Segundo o Banco Central do Brasil (BCB), não há previsão legal de socorro a bancos com
problemas de solvência. Para acompanhar o tema, o BCB publica semestralmente no Relatório de

143
Estabilidade Financeira (REF)37 diversas análises que atestam a estabilidade do Sistema Financeiro.
Entre essas análises, destacam-se os rigorosos testes de estresse, cujos resultados atestam a
capacidade do SFN para enfrentar condições adversas simuladas.
A avaliação da resiliência do SFN publicada regularmente nas atas de reunião do Comitê
de Estabilidade Financeira (COMEF) do BCB38 destaca que as Instituições Financeiras têm mantido
provisões adequadas, acima das estimativas de perdas esperadas. Além disso, os níveis de capitalização
e de liquidez do SFN mantiveram-se superiores aos requerimentos prudenciais. Os resultados dos
testes de estresse mostram que o sistema está resiliente. A avaliação de cenários de estresse
macroeconômico indica que o sistema não apresentaria desenquadramento relevante, caso os
cenários considerados se concretizassem.

Assim, conforme destacado na última ata do Comef, o BCB está atento às implicações
do risco fiscal para a estabilidade financeira. Até o momento, os testes de estresse continuam
demonstrando a resiliência do SFN para absorver choques, inclusive originados do risco fiscal. Não são
encontrados problemas de solvência em bancos sistêmicos, mesmo nas condições severas a que foram
simuladas. Sendo assim, o risco fiscal proveniente do SFN pode ser considerado muito baixo.

3.1.4 Mudanças Demográficas


Embora o uso do crescimento vegetativo dos benefícios sociais para estimação das
despesas seja razoavelmente confiável para as análises de curto prazo, há riscos não negligenciáveis
de médio prazo decorrentes do aumento das despesas associados a elementos institucionais e
estruturais que nem sempre estão sob controle do Governo. Nas próximas décadas, o Brasil passará
por uma profunda modificação de sua estrutura etária, com aumento do número de idosos na
população e redução do número de jovens. Tal transformação demográfica impõe desafios às políticas
públicas, na medida em que influi diretamente sobre a demanda por diferentes formas de atuação
estatal.
O caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC) é ilustrativo. Nele, os potenciais
efeitos nos gastos oriundos da transformação demográfica, por exemplo, são significativos, o que
sugere a necessidade de maior atenção para esse aspecto. O envelhecimento da população brasileira
e o aumento da expectativa de sobrevida, aliados ao aumento anual do salário-mínimo superior ao
aumento da renda média, sugerem que as despesas com o BPC deverão aumentar substancialmente
no futuro próximo.
Outra análise significativa pode ser feita em relação aos gastos com Educação e Saúde.
Com relação à Educação, tal dinâmica atua de maneira favorável, no sentido de gerar uma menor
pressão sobre os gastos, dado que o tamanho da população jovem tem caído não apenas em termos
relativos, mas também em termos absolutos. No setor de Saúde, por outro lado, há uma forte pressão
para elevação das despesas em decorrência do processo de envelhecimento da população, dado que
a população de maior idade demanda proporcionalmente mais serviços de saúde.
Para estimar o impacto da evolução demográfica nas despesas com saúde, foram
considerados os blocos de Assistência Farmacêutica, inclusive Farmácia Popular, e da Atenção de

37
Disponível em https://www.bcb.gov.br/publicacoes/ref.
38
As atas das reuniões do Comitê de Estabilidade Financeira (COMEF), publicadas trimestralmente pelo BCB, estão
disponíveis em https://www.bcb.gov.br/publicacoes/atascomef.

144
Média e Alta Complexidade (atendimento hospitalares e ambulatoriais). Nas despesas com educação,
foram consideradas as chamadas despesas com controle de fluxo, que correspondem, grosso modo, a
todas as despesas da área, exceto pessoal ativo e inativo, Fundeb, Salário-Educação e o impacto
primário do FIES. Somadas, as despesas analisadas alcançaram R$ 99,6 bilhões em 2022, sendo R$ 70,3
bilhões referentes à saúde e R$ 29,3 bilhões referentes à educação.
A Figura 22 apresenta estimativa de impacto da evolução demográfica sobre as despesas
selecionadas de saúde e educação no período 2023-2032. O referido impacto foi mensurado como a
diferença entre a projeção das despesas considerando a evolução demográfica da população
(crescimento e mudança de composição etária), conforme projeções do IBGE39, relativamente a um
cenário contrafactual em que tamanho e composição da população permanecessem constantes aos
níveis de 2022. Tais cenários também assumem como constantes a cobertura atual dos serviços
prestados e o nível atual de eficiência na provisão dos serviços.
Figura 22 - Impacto demográfico sobre despesas selecionadas de saúde e educação

10 9,3

8,2
8
R$ bilhões (preços de 2022)

7,1

6,1
6 5,2
4,2
4 3,3
2,4

2 1,6
0,8

0
-0,1
-0,4 -0,6 -0,8 -0,9 -1,0 -1,1 -1,2 -1,2 -1,3
-2
2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032

Educação Saúde

Fonte e elaboração: STN/MF

Observa-se que no caso da saúde há uma pressão por expansão das despesas (+ R$ 9,3
bilhões em 2032) decorrente da evolução demográfica (crescimento e envelhecimento populacionais).
Por sua vez, a evolução demográfica diminui a pressão por gastos na educação (- R$ 1,3 bilhão em
2032). Como consequência, observa-se, apenas para as despesas consideradas, uma demanda
adicional por despesas públicas que alcançaria, em 2032, aproximadamente R$ 8,0 bilhões a preços de
2022. Tal cifra representa 8,0% do valor despendido em 2022 nos mesmos programas.

No período 2023-2032, estima-se uma demanda líquida acumulada por despesas da


União em saúde e educação, decorrente da evolução demográfica, no montante de R$ 39,5 bilhões,
em valores de 2022, considerando-se a demanda acumulada por gastos em saúde (+ R$ 48,2 bilhões)
e educação (- R$ 8,7 bilhões).

39
IBGE. Projeções da população: Brasil e Unidades da Federação: revisão 2018, 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018.

145
3.1.5 Riscos Ambientais

3.1.5.1 Desastres e Fenômenos Naturais


Desastres podem ser entendidos como “uma grave interrupção do funcionamento de
uma comunidade ou sociedade, em qualquer escala, devido a eventos perigosos que interagem com
condições de exposição, vulnerabilidade e capacidade, levando a perdas e/ou impactos humanos,
materiais, econômicos e ambientais”40.
Os passivos contingentes de desastres podem ser explícitos, baseados em contratos ou
leis, em que há uma previsão legal para o pagamento associado à ocorrência de seus riscos, ou
implícitos, quando os gastos são realizados em decorrência de expectativa moral da sociedade de que
o governo atue, por pressões políticas ou tentativas de acelerar a recuperação econômica da localidade
afetada.
No Brasil, os eventos associados a desastres e fenômenos naturais são,
preponderantemente, secas ou excesso de chuvas regionalizadas, principalmente nas regiões Nordeste
e Sul. Historicamente, a ocorrência da maioria de tais eventos caracteriza-se por sua sazonalidade e
pelo seu baixo potencial de constituir impactos fiscais desfavoráveis, embora haja, muitas vezes,
perdas irreparáveis de vidas. Entre os anos de 2014 e 2022, foram gastos entre 0,01% e 0,06% do PIB,
ao ano, no Programa 2218 (antigo 2040) com ações voltadas a esses eventos, incluindo o planejamento
e o controle dos riscos associados, conforme Tabela 95.

Tabela 95 - Execução orçamentária do Programa 2218 - Gestão de Riscos de Desastres


Em R$ milhões
Programa 2218 (antigo 2040) 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Dotação Inicial 2.921,8 1.721,0 345,0 1.058,5 787,6 1.103,4 783,6 671,7 653,8
Dotação Atualizada 4.398,4 2.928,4 1.801,4 2.072,6 1.777,3 1.161,3 1.886,0 1.229,9 1.941,4
Pagamento Total 1 3.038,9 1.757,5 1.938,4 1.898,3 1.623,9 1.247,7 1.005,9 1.131,6 1.277,3
Porcentagem do PIB 0,05% 0,03% 0,03% 0,03% 0,02% 0,02% 0,01% 0,01% 0,01%
1Inclui os pagamentos relativos a Restos a Pagar.
Fonte: Tesouro Gerencial. Elaboração: STN/MF.

O Programa 2218, Gestão de Riscos de Desastres, constante da LOA, é voltado


essencialmente para ações de prevenção e controle, bem como ações de resposta aos desastres. Esse
programa tem como objetivo investir na compreensão e redução do risco, ampliar a preparação e
reduzir os efeitos dos desastres. Os desafios fundamentais, problemas, objetivos, indicadores, metas e
programas relacionados à Gestão de Riscos de Desastres podem ser encontrados no Plano Estratégico
MDR 2020-2023 – Proteção e Defesa Civil41.

40
Escritório da Organização das Nações Unidas para Redução de Risco de Desastres. Disponível em:
https://www.undrr.org/terminology/disaster
41
https://www.gov.br/mdr/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/planejamento-estrategico-institucional/Cad.Estrate-
gicoProtecaoeDefesaCivil.pdf

146
Além da previsão orçamentária de recursos na ação de proteção e defesa civil no
programa de Gestão de Riscos de Desastres, é possível ao poder público viabilizar recursos via créditos
extraordinários em situações que demandem ação célere e específica.

3.1.5.2 Mudanças Climáticas


As mudanças climáticas podem representar importantes impactos ao crescimento e à
prosperidade de longo prazo e têm um impacto direto no bem-estar econômico dos países, de acordo
com a literatura. Além disso, as medidas adotadas, ao redor do mundo, para enfrentar tais mudanças
estão relacionadas à mitigação, adaptação e transição para uma economia de baixo carbono.
No Brasil, a Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009, instituiu a Política Nacional sobre
Mudança do Clima – PNMC, que apresenta como diretrizes , dentre outras, as ações de mitigação da
mudança do clima em consonância com o desenvolvimento sustentável, que sejam, sempre que
possível, mensuráveis para sua adequada quantificação e verificação a posteriori; as medidas de
adaptação para reduzir os efeitos adversos da mudança do clima e a vulnerabilidade dos sistemas
ambiental, social e econômico; o apoio e o fomento às atividades que efetivamente reduzam as
emissões ou promovam as remoções por sumidouros de gases de efeito estufa; e, a promoção da
disseminação de informações, a educação, a capacitação e a conscientização pública sobre mudança
do clima.
Determinados instrumentos compreendidos na Política Nacional sobre Mudança do
Clima, previstos no artigo 6ª da Lei nº 12.187/2009, materializam diversas medidas para lidar com o
tema, sob o prisma da União. Neste sentido, o programa Mudança do Clima (Programa 1058),
compreende as ações:
a) Iniciativas para Implementação e Monitoramento da Política Nacional Sobre
Mudança do Clima e da Contribuição Nacionalmente Determinada;
b) Redução da Vulnerabilidade aos Efeitos da Desertificação; e
c) Fomento a Estudos e Projetos para Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima.
A seguir, na Tabela 96 são detalhados os valores pagos referentes ao programa Mudança
do Clima, desde o ano de 2014.

Tabela 96 - Gastos da União referentes ao programa Mudança do Clima (Programa 1058)


Em R$ milhões
Programa 1058 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Dotação Inicial 437,2 413,5 461,2 131,8 283,5 436,5 259,4 340,2 462,0
Dotação Atualizada 437,3 413,1 473,9 112,9 458,1 620,2 257,9 340,2 462,6
Pagamento Total 1 37,8 35,6 73,4 80,6 448,5 62,1 603,7 346,1 458,0
1Inclui os pagamentos relativos a Restos a Pagar.
Fonte: Tesouro Gerencial: Elaboração: STN/MF.

3.1.5.3 Combate aos Efeitos da Pandemia da COVID-19


O Governo Federal prosseguiu nas medidas de combate aos efeitos da pandemia da
COVID-19 e para tal enfrentamento, no ano de 2022, dispendeu R$ 20,8 bilhões, conforme se
apresenta na Tabela 97. Os gastos se concentraram em despesas gerais adicionais a cargo
principalmente do Ministério da Saúde, aquisição de vacinas e outros insumos para prevenção e

147
controle da pandemia, além de pagamentos referentes a auxílio emergencial concedido a pessoas em
situação de vulnerabilidade.

Tabela 97 - Gastos da União no Combate à COVID-19


Em R$ bilhões
Gastos com COVID-19 2020 2021 2022
Dotação Atualizada 604,8 150,2 27,2
Pagamento Total1 524,0 121,4 20,8
1Inclui
os pagamentos relativos a restos a pagar.
Fonte: Tesouro Gerencial (anos 2020 e 2021), Tesouro Transparente (2022).
Elaboração: STN/MF.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o objetivo de prover maior previsibilidade e transparência no planejamento e
apuração dos resultados fiscais e dar cumprimento ao estabelecido no art. 4º, § 3º da Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, o Anexo de Riscos Fiscais do PLDO 2024 elencou as
principais fontes de riscos fiscais para consecução do cenário base determinado no Anexo de Metas do
mencionado projeto de lei.
Este Anexo de Riscos Fiscais, como as edições anteriores, visa promover maior alcance,
clareza, funcionalidade e efetividade no mapeamento de riscos fiscais, com a convergência para a
adoção de padrões internacionais de publicação de riscos fiscais, considerando as características
específicas do país.

148
Anexo VI
Objetivos das Políticas Monetária, Creditícia e Cambial
(Art. 4º, § 4º, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000)

Anexo à Mensagem da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2024, em cumprimento


ao disposto no art. 4º, § 4º da Lei Complementar nº 101, de 2000: “A mensagem que
encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objetivos das
políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções
para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o
exercício seguinte. ”

As políticas monetária, creditícia e cambial têm como objetivos o alcance, pelo Banco
Central do Brasil (BCB), da meta para a inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional
(CMN); a manutenção das condições prudenciais e regulamentares para que a expansão
do mercado de crédito ocorra em ambiente que assegure a estabilidade do Sistema
Financeiro Nacional (SFN); e a preservação do regime de taxas de câmbio flutuante,
respectivamente. O alcance desses objetivos deve observar a evolução da economia
brasileira, em linha com as medidas conjunturais implementadas.

A eclosão da pandemia da Covid-19 e seus fortes efeitos desinflacionários levaram o BC


a reduzir a taxa Selic de 4,25% a.a. para o mínimo histórico de 2,00% a.a. ainda em 2020.
Entretanto, ainda naquele ano, observou-se uma sequência de surpresas altistas nos
dados de inflação. As surpresas inflacionárias, que se mostraram mais persistentes do
que o esperado inicialmente, ensejaram uma mudança na comunicação do Comitê de
Política Monetária do Banco Central (Copom), que culminou com o início de ciclo de
aperto monetário no primeiro trimestre de 2021. Ao longo daquele ano, a inflação
corrente, as projeções condicionais para o horizonte relevante e o balanço de riscos
foram se deteriorando

Tendo em vista o aumento nas projeções e expectativas de inflação para o horizonte


relevante de política monetária e o balanço de riscos, o processo de ajuste da meta para
a taxa Selic se estendeu ao longo de 2022, embora em ritmo decrescente, até atingir o
valor de 13,75% na reunião de agosto (Tabela 1). Durante esse ajuste, o Copom
enfatizou a necessidade de o ciclo de aperto monetário avançar significativamente em
território contracionista. Na reunião de fevereiro de 2022, foi mantido o aumento em
1,50 p.p. e, na reunião de março, o ritmo caiu para 1,0 p.p., com o Comitê indicando que
o ciclo de juros nos cenários avaliados seria suficiente para a convergência da inflação
para patamar em torno da meta ao longo do horizonte relevante. Na reunião de maio,
o Comitê destacou que, para a próxima reunião, antevia como provável uma extensão
do ciclo com um ajuste de menor magnitude, o que acabou se efetivando, com nova
queda no ritmo de aumentos, para 0,50 p.p., nas reuniões de junho e agosto. Na reunião
de setembro, o Copom manteve a meta para a taxa Selic, encerrando assim o ciclo de
alta. Desde então, a taxa Selic se manteve constante nas últimas quatro reuniões.

Tabela 1 - Decisões do Copom

Reunião Data da decisão Taxa Selic (% a.a.) Variação (p.p.)

244ª 02/02/2022 10,75 1,50


245ª 16/03/2022 11,75 1,00
246ª 04/05/2022 12,75 1,00
247ª 15/06/2022 13,25 0,50
248ª 03/08/2022 13,75 0,50
249ª 21/09/2022 13,75 0,00
250ª 26/10/2022 13,75 0,00
251ª 07/12/2022 13,75 0,00
252ª 01/02/2023 13,75 0,00
253ª 22/03/2023 13,75 0,00
Fonte: BCB

Para o ano de 2024, a política monetária continuará a ser pautada de forma coerente
com o sistema de metas para a inflação, tendo como objetivo a manutenção da
estabilidade monetária. A meta para a inflação fixada para 2024 é de 3,0%, com intervalo
de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.), conforme estabelecido pela Resolução
CMN nº 4.918, de 24 de junho de 2021. Para 2025, a meta para a inflação foi fixada
também em 3,0%, com o mesmo intervalo de tolerância de 2024 (Resolução CMN nº
5.018, de 23 de junho de 2022).

As projeções condicionais do Banco Central apontam que a inflação acumulada em


quatro trimestres prossiga a trajetória de queda ao longo de 2023As mais recentes
projeções, anunciadas em março por ocasião da 253ª reunião do Copom, indicavam no
cenário de referência1, inflação em 5,8% em 2023 e 3,6% em 2024. O Comitê optou
novamente por dar ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente, referente ao terceiro
trimestre de 2024, cuja projeção de inflação acumulada em doze meses situa-se em
3,8%. Em cenário alternativo, no qual a taxa Selic é mantida constante ao longo de todo
o horizonte relevante, as projeções de inflação situam-se em 5,7% para 2023, 3,3% para
o terceiro trimestre de 2024 e 3,0% para 2024. O Comitê julga que a incerteza em torno
das suas premissas e projeções atualmente é maior do que o usual.

Na sua última reunião, realizada em março de 2023, o Copom ressaltou que, em seus
cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. Entre os
riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i)
uma maior persistência das pressões inflacionárias globais; (ii) a incerteza sobre o
arcabouço fiscal e seus impactos sobre as expectativas para a trajetória da dívida
pública; e (iii) uma desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de
inflação para prazos mais longos. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma queda
adicional dos preços das commodities internacionais em moeda local; (ii) uma
desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada, em
particular em função de condições adversas no sistema financeiro global; e (iii) uma
desaceleração na concessão doméstica de crédito maior do que seria compatível com o
atual estágio do ciclo de política monetária.

De acordo com comunicado divulgado pelo Copom, a decisão de manter a taxa de juros
em 13,75% a.a. é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor
da meta ao longo horizonte relevante que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de
2024. Adicionalmente, o Comitê afirma que, considerando a incerteza ao redor de seus
cenários, segue avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por
período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação.

1
No cenário de referência, a trajetória para a taxa de juros é extraída da pesquisa Focus e a taxa de câmbio parte de
USD/BRL 5,25, evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC). O preço do petróleo segue aproximadamente
a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Além disso, adota-se a
hipótese de bandeira tarifária "amarela" em dezembro de 2023 e de 2024. O valor para o câmbio é obtido pelo
procedimento usual de arredondar a cotação média da taxa de câmbio USD/BRL observada nos cinco dias úteis
encerrados no último dia da semana anterior à da reunião do Copom.
O ano de 2022 foi marcado pela continuidade da recuperação da atividade econômica
iniciada em 2021. No primeiro semestre, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou
elevação robusta, refletindo reabertura plena do setor de serviços e expansão do
consumo das famílias, em ambiente de recuperação do mercado de trabalho. Houve
desaceleração da atividade no segundo semestre na medida em que o ciclo de aperto
da política monetária se traduziu em condições de crédito mais restritivas e a
recuperação do mercado de trabalho perdeu impulso.

Como fatores positivos para o crescimento destacam-se o papel de estímulos fiscais e o


fim das medidas de distanciamento social que favoreceram a recuperação do setor de
serviços, com impactos positivos também sobre o mercado de trabalho. Por outro lado,
o ciclo de elevação na taxa de juros tem atuado de forma crescente no sentido contrário,
encontrando-se em território significativamente contracionista, o que agiu para
moderar o ritmo de atividade econômica. De fato, no 4º trimestre de 2022, o PIB
registrou recuo comparativamente ao 3º trimestre, dados com ajuste sazonal.

No ano, o PIB cresceu 2,9%, ante 5,0% no anterior. Em 2022, destacou-se a recuperação
do setor de serviços, em ambiente de encerramento das medidas de restrição de
mobilidade adotadas durante a pandemia de Covid-19. Houve crescimento em todos os
componentes da demanda, com destaque para expressiva expansão do consumo das
famílias, em contexto de recuperação do mercado de trabalho e da renda. Em relação
aos componentes do setor externo, as exportações tiveram mais um ano de crescimento
expressivo, enquanto as importações apresentaram expansão modesta.

O ambiente externo se deteriorou recentemente. Episódios de turbulência no mercado


bancário nos EUA e na Europa elevaram a incerteza e a volatilidade dos mercados e
requerem monitoramento. Em paralelo, dados recentes de atividade e inflação globais
se mantêm resilientes e a política monetária nas economias centrais segue avançando
em trajetória contracionista.
Em 2022, o ritmo de crescimento do saldo das operações de crédito do Sistema
Financeiro Nacional (SFN) desacelerou em relação a 2021, refletindo o impacto da
política monetária mais restritiva implementada no período, principalmente no
segmento de crédito livre. O saldo dos financiamentos alcançou R$5,3 trilhões em 2022,
com variação nominal de 14,0%, inferior à registrada em 2021 (16,4%). O crédito às
famílias atingiu R$3,2 trilhões, apresentando expansão de 17,7% no ano (21,0% em
2021) enquanto o crédito às empresas totalizou R$2,1 trilhões, com alta de 9,0% (10,6%
em 2021). A relação crédito/PIB atingiu 54,2%, registrando acréscimo de 1,6 p.p. no ano.

O crescimento dos empréstimos às famílias foi impulsionado, em grande parte, pelas


modalidades de financiamento imobiliário e crédito rural, no segmento de crédito
direcionado, e crédito consignado e cartão de crédito à vista no de recursos livres. Há
que se destacar também o aumento nos saldos do cartão de crédito rotativo e do crédito
renegociado, evidenciando dificuldade das famílias com os compromissos financeiros ao
longo do ano. A desaceleração no ritmo de crescimento em relação a 2021, por sua vez,
decorreu principalmente do arrefecimento na expansão do crédito pessoal não
consignado e do cartão de crédito à vista.

A expansão do crédito às empresas em 2022 foi marcada pela desaceleração no crédito


livre e pelo crescimento no direcionado. Nesse sentido, destaca-se o arrefecimento na
expansão das operações de desconto de recebíveis, nas operações com recursos livres,
e o crescimento dos financiamentos do crédito rural e do BNDES, assim como a
retomada das operações de Pronampe e PEAC no crédito direcionado. O saldo dos
empréstimos a micro, pequenas e médias empresas cresceu 15,6%, ligeiramente inferior
ao registrado em 2021 (17,5%), enquanto o voltado para grandes empresas aumentou
3,6% (variação de 5,1% em 2021).

O Indicador de Custo de Crédito (ICC), média do custo de toda a carteira do sistema


financeiro, situou-se em 21,5% a.a. ao final de 2022, o que significou aumento de 3,2
p.p. no ano, após alta de 1,6 p.p. em 2021.
As taxas de juros das novas operações de crédito mantiveram a trajetória de alta iniciada
em 2021, seguindo o ciclo de aperto da política monetária, que elevou a Meta Selic de
2,0% a.a. em fev/21 para 13,75% a.a. em ago/22. A taxa média de juros terminou o ano
de 2022 em 30,1% a.a., avanço interanual de 5,5 p.p., após variação de 6,2 p.p. em 2021.
Considerando apenas operações com recursos livres, a taxa média de juros cresceu 7,9
p.p. para 41,7%, reflexo do crescimento de 10,4 p.p. nas taxas dos empréstimos para as
famílias e de 3,4 p.p. nos empréstimos para as empresas. O spread das taxas de juros
das concessões de crédito situou-se em 19,3 p.p., apresentando incremento de 3,3 p.p.
em 2022. As operações com recursos livres, por sua vez, viram o spread aumentar 5,1
p.p. para 28,7 p.p., resultado do crescimento do spread das operações PF (+ 7,5 p.p.) e
PJ (+ 0,6 p.p.)

A inadimplência da carteira de crédito do SFN subiu ao longo do ano, majoritariamente


explicada pelo aumento nos atrasos no crédito livre a pessoas físicas. Ao final do ano
observou-se alguma deterioração na carteira de crédito livre às empresas. A taxa de
inadimplência atingiu 3,0% ao final de 2022, com variação interanual de 0,7 p.p.. No ano,
ocorrem aumentos nos níveis de inadimplência dos empréstimos a pessoas físicas (+0,9
p.p.), principalmente nas modalidades de cartão de crédito rotativo e crédito pessoal
não consignado, e a pessoas jurídicas (+0,4 p.p.), destacando-se as operações de capital
de giro e financiamento a exportações.

No Relatório de Inflação de dezembro de 2022, apresentou-se projeção de crescimento


de 8,3% do saldo total das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional, com
expansão de 8,6% no segmento de crédito livre e de 8,0% no segmento de crédito
direcionado. Cabe notar que a projeção deve ser atualizada no próximo Relatório de
Inflação, a ser divulgado na última semana de março.

Os indicadores do setor externo em 2022 refletiram preços de exportações e


importações em patamar ainda alto, apesar da queda no segundo semestre, e a conta
de transportes ainda afetada pelo alto preço do petróleo. Como percentual do PIB, o
deficit em transações correntes atingiu, em 2022, 2,9%, correspondente a US$56
bilhões, ligeiramente maior que os 2,8% de 2021. Em linhas gerais, a aparente
estabilidade do deficit se deve ao aumento das despesas com serviços parcialmente
compensado por maior superavit da balança comercial.
As exportações tiveram em 2022 o melhor desempenho da história, em um ambiente
internacional de preços de commodities em patamar ainda alto, que contribuíram para
os expressivos aumentos nos valores exportados de petróleo, soja e milho. O destino
principal dos produtos brasileiros continuou sendo a China, com participação de 27%
nas exportações brasileiras.

As importações também registraram o maior valor da história em 2022, superando em


49% o valor de 2019, último ano do período anterior à pandemia da Covid-19. O
aumento se mostrou disseminado nas categorias de uso, em especial os bens
intermediários e combustíveis, impactados pelas altas nos preços internacionais de
fertilizantes e dos combustíveis gerados pela invasão russa da Ucrânia.

A necessidade de financiamento externo – soma do resultado em transações correntes


e dos fluxos líquidos de investimentos diretos no país (IDP) – registrou excedentes de
financiamento de US$35 bilhões, equivalentes a 1,8% do PIB, indicando que a situação
prossegue favorável em termos de financiamento do deficit do setor externo.

O ingresso líquido de investimento direto no país (IDP), principal fonte de financiamento


das contas externas brasileira, alcançou US$91 bilhões em 2022, ante US$46 bilhões em
2021.

Ao final de 2022, o estoque de reservas internacionais atingiu US$325 bilhões, redução


de US$37 bilhões em comparação ao final de 2021, com forte contribuição negativa das
variações por preço dos ativos de reserva de US$24 bilhões, resultado principalmente
da queda de valor dos títulos soberanos em um cenário de aumento de taxas básicas. O
estoque de reservas, equivalente a 17,5% do PIB ou 13 meses de importação de bens,
permanece em patamar confortável.

Para 2023, espera-se redução do deficit em conta corrente em relação a 2022, para
US$49 bilhões (2,5% do PIB), em decorrência da melhora esperada para o saldo da
balança comercial. Em geral, as projeções continuam indicando cenário favorável para
as contas externas, com deficit em conta corrente inferior às entradas líquidas de
investimento direto que devem atingir US$75 bilhões em 2023. Essas projeções, assim
como todo cenário macroeconômico, devem ser atualizadas na divulgação de março.

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) e a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP)
alcançaram, em 2022, 73,4% e 57,5% do PIB, respectivamente. O comportamento da
dívida pública foi influenciado pela redução das despesas relacionadas ao combate da
Covid-19, pela recuperação das receitas associadas ao crescimento da economia e ao
preço das commodities em reais, pelo pagamento elevado de dividendos por parte da
Petrobras e do BNDES e pelas devoluções antecipadas de recursos pelas instituições
financeiras oficiais.

No ano, o setor público consolidado apresentou superavit primário de R$126,0 bilhões


(1,3% do PIB). O Governo Central registrou resultado primário superavitário de R$54,9
bilhões, enquanto os governos regionais e as empresas estatais contribuíram com
superavits de R$64,9 bilhões e R$6,1 bilhões, respectivamente. O superavit do setor
público consolidado ficou acima da meta (deficit de R$170,5 bilhões) aprovada na Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022 (Lei 14.194/2021). Vale ressaltar que a Emenda
Constitucional nº 123, de 14 de julho de 2022 abriu crédito extraordinário (R$41,2
bilhões) para enfrentamento decorrente de estado de emergência, os quais não são
contabilizados para fins de meta de resultado primário.

No âmbito do resultado do Governo Central, as despesas primárias totalizaram


R$1.802,0 bilhões, ante R$1.614,2 bilhões no ano anterior. A redução foi concentrada
nos gastos de combate à Covid-19. Por sua vez, as receitas primárias totais atingiram
R$2.313,3 bilhões, ante R$1.932,6 em 2021.

A incerteza ao redor das projeções de crescimento para 2023 é maior do que o usual,
devido tanto a fatores externos como domésticos. No cenário externo, permanecem
desafios para o desempenho da atividade econômica global, decorrentes de aperto da
política monetária em diversos países, da evolução da guerra na Ucrânia, da reação da
economia chinesa e, mais recentemente, de incertezas no setor bancário nos Estados
Unidos e Europa. No âmbito doméstico, há incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal
e da magnitude dos estímulos fiscais em 2023 e sua transmissão para a atividade
econômica. Nesse contexto, o Banco Central estima crescimento de 1% no ano, com
perspectiva de arrefecimento na demanda interna e nos componentes mais cíclicos da
oferta.

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