República de Moçambique
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
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Moçambicanas e Moçambicanos;
Compatriotas!
Transcorridos 30 dias desde a nossa última comunicação à Nação, o país continua a registar uma
tendência favorável da pandemia, com melhoria em todos os indicadores epidemiológicos.
A nível global, observa-se uma tendência de estabilização do número de novas infecções, embora a
média diária de novos casos na última semana, seja ainda superior a 1 milhão.
Em relação ao número de mortes, a nível do mundo ainda não se regista uma tendência de
abrandamento. Na última semana, a média diária de óbitos por COVID-19 foi superior a 10 mil.
Estes dados indicam que a pandemia continua a causar dor e luto em diversas partes do mundo.
No continente africano, o número de casos regista uma tendência de redução progressiva nas
últimas 5 semanas, tendo sido registada uma redução do número médio de 46 mil para 15 mil
casos por dia.
No nosso país, nas últimas 4 semanas, a taxa de positividade passou de 29% para os actuais 3%. A
média diária de casos reduziu de 1300 para 50. A taxa de ocupação de camas reduziu de 17% para
2%.
Nas últimas 24 horas, apenas 15 doentes estavam internados nos centros de isolamentos em todo o
país.
Nestes 2 anos de vigência da pandemia da COVID-19, houve registo de mais de 400 milhões de
casos e mais de 5 milhões de mortes em todo o mundo.
Em Moçambique, neste mesmo período, foram notificados mais de 220 mil casos e mais de 2 mil
mortes.
Compatriotas!
Estes dados colocam a pandemia da COVID-19 entre as mais graves emergências de saúde pública
das últimas décadas.
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No entanto, graças às vacinas, hoje o mundo enfrenta este mal com maior optimismo sanitário e
socio-económico. A título de exemplo, alguns países que já alcançaram elevadas coberturas
vacinais estão a aliviar as medidas de restrição de forma relativamente acelerada.
No nosso país também, o alcance de elevadas coberturas de vacinação será fundamental para
avançarmos de forma segura para o maior alívio de restrições. Por isso, o nosso Governo já
adquiriu quantidades de vacinas suficientes para imunizar todo o grupo-alvo elegível no nosso
país.
Desde que iniciámos a Campanha de Vacinação contra a COVID-19, em Março de 2021, foram já
vacinados cerca de 12 milhões de pessoas. Destas, mais de 10 milhões estão completamente
vacinadas, isto é, não precisam de mais nenhuma dose, o que corresponde a 68% de cobertura
vacinal em pessoas com, pelo menos, 18 anos de idade.
Em relação ao continente, os nossos níveis não são maus. Daí que, apelamos a todas as pessoas
elegíveis à vacinação primária ou à dose de reforço, para que se dirijam imediatamente ao posto de
vacinação mais próximo. As vacinas são gratuitas e estão disponíveis em todos os distritos do país.
Moçambicanas e Moçambicanos!
Desde o início da pandemia, o nosso Governo adoptou uma gestão informada por evidência
científica para promover o melhor equilíbrio entre a saúde e a economia e fomos comunicando à
Nação de uma forma regular.
iii) A evolução favorável da pandemia no nosso país e a transição dos indicadores de monitoria
do nível 3 para o nível 1 de alerta;
iv) A cobertura vacinal actual de 68% para pessoas completamente vacinadas em relação ao
grupo-alvo no nosso país;
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v) A necessidade de manter o país com níveis controlados de transmissão por um período
prolongado;
Mais uma vez, ouvida a Comissão Técnico-Científica para a Prevenção e Resposta à Pandemia da
COVID-19 e outras sensibilidades de interesse nacional, decidimos reajustar as medidas constantes
do Decreto n.º 02/2022, de 19 de Janeiro.
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50% da capacidade máxima nos locais onde a lotação é menor que os números
anteriormente indicados;
11. É autorizado o funcionamento dos bares, desde que tenham áreas devidamente
ventiladas, obedecendo a sua capacidade e respeitando o distanciamento físico.
12. É alargado o número máximo de alunos, por cada sala de aulas, de 20 para 30;
i) teatros;
17. É alargada a presença de espectadores nos jogos dos campeonatos nacionais de todas
as modalidades, em competições das equipas de alta competição e de formação de
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todas as modalidades de 25% para 75%, obedecendo igualmente e com rigor o
protocolo sanitário;
18. É alargada a lotação máxima permitida em piscinas públicas de 50% para 75%;
19. É alargado o horário de frequência às praias das 5:00 horas às 18:00 horas, contra as
actuais 5:00 horas às 16:00 horas. Neste capítulo, o nosso pedido é que haja maior
consciência de todos nós.
21. É alargado o número máximo de visitas nos estabelecimentos hospitalares de duas para
três pessoas por dia por cada doente internado.
Compatriotas!
Todas as medidas que acabámos de anunciar devem ser implementadas em estrita observância do
protocolo sanitário e das medidas de prevenção e combate à pandemia da COVID-19 que são do
conhecimento de todos nós.
A nossa decisão de anunciar as medidas de alívio por um período de 60 dias visa garantir maior
estabilidade dos sectores socio-económicos e toma em consideração a tendência favorável da
pandemia nas últimas semanas.
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Apelamos ao sector privado para explorar esta janela de oportunidade para promover a produção,
reanimando a economia, pois a doença é imprevisível, pode obrigar-nos, a qualquer momento, a
reverter as decisões tomadas e a queixarmo-nos novamente por causa das medidas.
O comportamento individual e colectivo, durante os próximos dois meses, será fundamental para
que não voltemos a enfrentar cenários dramáticos vividos em vagas anteriores, pois a batalha ainda
está longe de ser vencida.
É importante que não se confunda este alívio de medidas de restrição com o fim da pandemia.
Queremos recordar que, embora o nosso país e o continente africano vivam um cenário favorável,
em várias regiões do mundo, o número de casos e óbitos ainda é preocupante.
Queremos reiterar que poderemos reverter as medidas hoje anunciadas, se verificarmos que as
medidas de prevenção da COVID-19 não estão a ser adequadamente cumpridas. Estas medidas
também poderão ser ajustadas, se houver um agravamento da situação epidemiológica ou geração
de novo conhecimento científico que o justifique.
Por isso, queremos apelar a toda a sociedade para assumirmos este alívio de medidas de restrição
com muita responsabilidade para que possamos desempenhar as nossas actividades diárias sem
muitas restrições e por mais tempo.
Um factor chave que permitiu esta reabertura socio-económica que há instantes anunciei, foi o
bom comportamento da maior parte dos moçambicanos e dos residentes no país, bem como dos
agentes e funcionários da Linha da Frente e a boa cobertura vacinal que alcançámos. No entanto,
persistem desafios porque cerca de 3 milhões de moçambicanos do grupo-alvo ainda não foram
vacinados.
Precisamos que estes nossos compatriotas adiram, de forma voluntária e exemplar, à vacinação
contra COVID-19. A vacina protege contra a doença grave e morte por COVID-19, e contribui
para que o nosso país continue a progredir no alívio gradual de restrições.
O controlo da pandemia da COVID-19 está nas nossas mãos e Moçambique tem sido referência
nesta batalha de constantes surpresas. E, nós, Moçambicanos, juntos podemos e vamos vencer a
COVID-19.
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Por isso, mais uma vez reafirmamos: Contra a COVID-19, Vacinar Sim, Prevenir Sempre!