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Universidade Aberta - Unisced Faculdade de Saúde Licenciatura em Nutrição

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UNIVERSIDADE ABERTA - UniSCED

FACULDADE DE SAÚDE
LICENCIATURA EM NUTRIÇÃO

Suplementos Dietéticos

Teresa Francisco Namacurra

Quelimane, Março de 2023


1. Introdução

De acordo com Almeida, Ribeiro & Freitas (2018), a suplementação alimentar é um


mecanismo muito empregado por praticantes de exercícios físicos, acima de tudo, por aqueles
que querem praticar atividades de alta intensidade. Porém, existem diversos fatores que
podem contribuir para a adesão da prática da suplementação.

Em muitas situações, o uso de suplementos nutricionais é considerado estratégia nutricional


para indivíduos que não conseguem suprir as suas necessidades energéticas; no entanto, sua
utilização vem sendo realizada de forma indiscriminada e há pouco conhecimento na
literatura sobre seus efeitos (Moretti et. al., 2018).

Com isso, há a preocupação dos profissionais da saúde, sendo válido analisar o perfil de
consumo de suplementos nutricionais pelos frequentadores de academias e adeptos ou não da
prática de exercícios físicos. Visualiza-se, também, a oportunidade para identificar e avaliar as
orientações advindas por parte dos profissionais qualificados dentro de pontos de vendas e
distribuição desses produtos, para que, assim, o público consumidor entenda quando é
necessário o uso, os melhores horários e a maneira correta de inserir no cotidiano os
suplementos nutricionais, sem colocar a saúde em risco (Botelho et. al., 2019).
2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Suplementos Dietéticos

Suplementos alimentares podem conter vitaminas, minerais, ervas, aminoácidos ou outras


sustâncias, ou um concentrado, metabólito, constituinte, extrato ou combinação de qualquer
desses ingredientes, para suplementar a dieta por aumento da ingestão total (Santos; Albert &
Leandro, 2019).

O seu uso é explicado pela reposição dos nutrientes gastos durante a prática de exercícios
físicos, aumentando a quantidade de macronutrientes como as proteínas e aminoácidos para
suportar os níveis ideais devido ao gasto de energia e a supercompensação que ocorre após o
exercício (Pereira; Lajolo & Hirschebruch, 2018).

Silva et al. (2017) referem que a suplementação pode agir para beneficiar pessoas praticantes
de musculação e os atletas onde a demanda alimentar é superior, entretanto a ciência
alimentar e a medicina esportiva têm conhecimento dos benefícios e malefícios trazidos com
o uso de suplementos não apenas para atletas mas também para pessoas que praticam
exercícios físicos regularmente. Porém, os suplementos são essenciais para aqueles que
aspiram vencer as competições, pois os suplementos estão provando serem importantes para
que os atletas aumentarem o seu desempenho.

Nesta perspectiva, os suplementos alimentares são substâncias usadas para adicionar


nutrientes à sua dieta ou diminuir o risco de problemas de saúde. Os suplementos alimentares
são disponibilizados na forma de comprimidos, cápsulas, pós, tabletes de gel, extratos ou
líquidos. Podendo conter vitaminas, minerais, fibras, aminoácidos, ervas ou outras plantas ou
enzimas.

2.2. Tipos de Suplementos Dietéticos

A creatina é uma substância que age no corpo principalmente na produção de energia para as
células musculares, ou seja, a suplementação deste elemento estimula a capacidade dos
músculos em desempenhar suas 22 funções, aumentando sua força e seu potencial para
atividades físicas (Oliveira, Novais & Silva, 2018).
Estudos de Silva et al. (2017) mostram que uma suplementação adequada, se somada a uma
dieta equilibrada e a uma frequência de treino de força, pode trazer grandes benefícios para
atletas profissionais e iniciantes.

Os suplementos alimentares (em cápsulas, cápsulas, comprimidos, ampolas, etc.) ajudam a


evitar certas deficiências ou a satisfazer necessidades específicas, o enriquecimento de certos
alimentos pode também ajudar a compensar deficiências. Sendo assim, os suplementos são
um grande aliado para quem necessita de maiores quantidades de creatina no corpo, como
atletas, praticantes de musculação ou de desporto que exigem um grande esforço e uma rápida
recuperação dos músculos (Silva et al., 2017).

A proteína derivada do leite comercializada como Whey Protein é considerada um


suplemento alimentar e possui diversos benefícios para saúde. Os principais componentes
biológicos do Whey são lactoferrina, betalactoglobulina, alpha-lactalbumina,
glicomacropeptídeos e imunoglobulinas; ele também possui grande concentração de proteína
de alto valor biológico, podendo ser utilizado não só na melhoria da performance esportiva
como também no auxilio terapêutico de algumas doenças (Pinheiro et al., 2021).

A proteína isolada do soro do leite (Whey Protein) é utilizada como suplementação em


pacientes com imunossupressão, idosos, crianças, e em outras situações de aporte calórico e
proteico inadequado, situações relacionadas a piora do estado nutricional e consequentemente
da resposta imunológica. As proteínas do soro do leite teriam atividades contra diferentes
tipos de vírus: HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), rotavírus, H1N1(Influenza A),
influenza, hantavírus, hepatite C, e está atividade seria de prevenção de infecções ocasionadas
por esses patógenos (Bomfim & Gonçalves, 2020).

Suplementação Vitamínica Medicamentosa Feita de Modo Alternativo

Em alguns casos, o acréscimo dessas vitaminas aos preparados alimentares pode alterar o
sabor prejudicando a aceitação pela criança. Nesse caso recomenda-se a administração direta
da suplementação de vitaminas hidrossolúveis e lipossolúveis disponíveis no comércio, por
via oral.

A suplementação com zinco reduz a incidência de diarreia e pneumonia e melhora o


crescimento. A suplementação com vitamina A tem demonstrado impacto positivo na redução
da morbidade e mortalidade por diarreia e sarampo. A suplementação com ferro
previne/corrige a deficiência deste micronutriente e melhora a cognição e o crescimento
da criança, mas não é recomendada na fase de estabilização inicial de tratamento da
criança com desnutrição grave, porque piora a infecção que ocorre neste período.

a) O ácido fólico deve também ser administrado na dose de 5 mg, no 1° dia e, a partir
daí, administrar 1 mg/dia por, no mínimo, duas semanas.
b) Cereal desidratado para alimentação infantil: é um alimento à base de cereais com ou
sem leguminosa com baixo teor de humidade, fragmentado para permitir a diluição
com água, leite e outros líquidos convenientes para a alimentação.
c) Biscoito para alimentação infatil: é um alimento obtido pela mistura de farinhas de
cereais e outros ingredientes permitidos por regulamento.

Massas alimentícias ou macarrão: é um alimento preparado com farinhas de cereais podendo


ser adicionados outros ingredientes permitidos por regulamento.

2.3. Benefícios Do Uso De Suplementos Dietéticos.


A suplementação pode agir para beneficiar pessoas praticantes musculação e os atletas
quando a demanda alimentar é superior, entretanto a ciência alimentar e a medicina esportiva
têm conhecimento dos benefícios e malefícios trazidos com o uso de suplementos não apenas
para atletas como também para pessoas que praticam exercícios físicos regularmente. Porém,
estão sendo essenciais para aqueles que aspiram vencer competições, pois os suplementos
estão cada vez mais provando serem importantes para que os atletas aumentarem o seu
desempenho (Cruz Júnior et al., 2019).

De acordo com Maximiniano, Santos (2017) os indivíduos buscam aumentar a prática de


atividade física nas academias e consumir suplementos, muitas vezes sem ter conhecimento
de sua real aplicação, riscos, malefícios ou benefícios de seu uso e sem a devida
recomendação de um profissional capacitado. Ainda afirmam que ao invés de ajudar no
desenvolvimento do músculo, o excesso de suplementação a base de proteína pode ser
estocado em forma de gordura, além disso, desencadear problemas na tireoide, bem como,
ocasionar doenças hepáticas, cardíacas, renais e até levar a morte.

2.4. Riscos Associados Aos Suplementos Dietéticos


Em outro estudo, os autores percebem que o consumo de suplementos alimentares sem
prescrição médica pode ser considerado problema de saúde pública. Estudos apontam o uso
abusivo desses suplementos e drogas com efeito ergogênico em ambientes de prática de
atividade física, principalmente entre usuários jovens incentivados pelo apelo do marketing e
pela pressão da mídia por um corpo esteticamente inatingível no curto prazo, tornando-os
vulneráveis à orientação de colegas e treinadores, quase sempre despreparados (Neves et al.,
2017).

Estudos de Silva et al. (2018) reforçam o conceito de que o uso de suplementos alimentares,
apesar da falta de conhecimento sobre seus efeitos, 33 pode vir a representar um problema de
saúde pública. Somado a isso, a falta de estudos conclusivos sobre suplementação dietética e
o uso extensivo desses produtos entre frequentadores de academias de ginástica são
suficientes para justificar estudos mais detalhados.
3. Conclusão

A suplementação nutricional é um tema ainda de muita controvérsia. Existe, por grande parte
dos profissionais médicos, um receio muito grande quanto ao uso dessas substâncias; algumas
vezes por falta de domínio do assunto, outras por não acreditarem nos benefícios desses
produtos. Porém, deve ser de conhecimento de toda a população médica que existem trabalhos
científicos muito bem elaborados sobre o tema. O problema maior ainda enfrentado pela
suplementação é a falta de controle sobre esses produtos. Como são considerados alimentos, e
não medicamentos, a fiscalização não costuma ser rígida. Existem trabalhos que demonstram
a adição de substâncias proibidas como esteroides em suplementos, fato que, logicamente, não
aparecem nos rótulos.

A suplementação nutricional deve ser encarada como um algo a mais. Primeiramente, sempre
deve ser avaliado se a base nutricional está adequada, se existe um treinamento adequado
(com tempos corretos de repouso e treinos intercalados). Deve, também, ser dada atenção para
o momento certo da suplementação e a real necessidade. Porém, a principal limitação ainda é
a falta de incentivo para pesquisas científicas nessa área. Suplementos nutricionais são
ignorados pela forte indústria farmacêutica por não se enquadrarem na categoria
“medicamentos”. Além disso, pairam sobre todos os suplementos alimentares as impressões
de fraude e charlatanismo, sustentadas por um comércio crescente de produtos sem benefícios
e sem respaldo científico. Certamente, isso contribui para que a investigação de suplementos
alimentares como agentes ergogênicos e terapêuticos seja prejudicada. Neste sentido, ocorre a
necessidade de maior incentivo visto que diversos trabalhos demonstram benefícios em
diversas variáveis analisadas.
4. Bibliografia

SETSAN. (2007). Estratégia e plano de acção de segurança alimentar e nutricional:


Segurança Alimentar e Nutricional, um Direito para um Moçambique Sem Fome e
Saudável.

Sitoe, N. D. (2012). Determinação do teor de proteínas, Fosforo e Humidade em Alimentos:


“Verduras e Leguminosas” da Provincia de Nampula; Trabalho de licenciatura-
Departamento de Quimica, UEM-Maputo, pp 46.

Suplementos Alimentar. Disponível em Suplementos-alimentares.info/. Acesso no dia


7/11/2013 as 19: 35minutos.

Vanessa, V. A; Canesin, E. A; Suzuki, R. M; Palioto, G. F. (2001). Análise Qualitativa de


Proteínas em Alimentos Por Meio de Reação de Complexação do Ião Cúprico.

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