Resumo - Capítulo 4 Macro
Resumo - Capítulo 4 Macro
Resumo - Capítulo 4 Macro
1 INTRODUÇÃO
Sendo assim, logo de cara nos deparamos com um desafio: A nossa ERU, ou melhor
dizendo, a ERU de um dado país não pode ser uma constante, ou ser considerada
estática em qualquer modelo que se planeje utilizar – ela deve ser dinâmica, e flutuar
no tempo de acordo com a WS e a PS, que por sua vez, são as ferramentas dos
policymakers para deslocar a ERU (de maneira semelhante ao que ocorre com inflação
e taxa de juros: um policymaker não “aumenta a inflação” a seu bel prazer, mas sim
utiliza-se de ferramentas como a taxa de juros buscando a inflação que considera
adequada para um dado contexto).
O gráfico a seguir (Figura 1 do capítulo) busca explicar o que chama de “mecânicas das
curvas”, e emula quais seriam os efeitos de um deslocamento (ou choque) nas curvas
WS ou PS no lado da oferta:
Os gráficos buscam mostrar como o deslocamento gera um efeito cascata que, partindo
do deslocamento das curvas de Phillips no segundo plano mostra que: surge um gap
entre o salário real e o ponto B’; a inflação cai para 2%; Economia vai do ponto A ao
ponto B; salários sobem menos que a inflação; custos da firma sobe menos que no
passado; preços sobem menos. A queda na inflação gera um efeito em cadeia que faz o
Banco Central cortar a taxa de juros – e é esse ajuste na taxa de juros que vai levar a
eonomia do ponto C ao ponto Z, assim deslocando também a curva de Phillips.
- salário produto real: custo total do trabalho para as empresas / o preço que a empresa
recebe por seu produto
- preço do produtor: o preço que a empresa recebe por seu produto
- cunha fiscal: salário de consumo real - salário de produto real
Com isso, deriva-se a curva PS com uma equação que agora inclui a cunha:
Importante notar:
- ↓ cunha = ↑ PS, pois menos impostos aumentam o salário real
- ↓ cunha = WS e PS se cruzam em empregos mais altos = ↓ ERU
P.S.: O termo “cunha fiscal” foi o mais próximo que encontrei para “tax wedge”, mas ainda
não estou certo de que é o termo mais adequado.
Agora escrevendo a equação da PS incluindo a cunha fiscal, temos que W/Pc = λ · f(µ,
zp), onde cada uma das variáveis expressa uma possibilidade da PS se deslocar pra cima.
Pode ser por...
- queda na cunha (zp)
- queda no mark-up (µ)
- aumento da produtividade λ
Por outro lado na equação da WS temos W/Pc = b(E, zw), dessa vez com zw sendo as
possibilidades de pressão salarial
- menos benefícios de seguridade para desempregados
- menos força sindical
Os autores ainda destacam 3 fatores importantes aqui, sendo eles...
...e o gráfico a seguir mostra como a ERU pode ser baixa no caso de um cenário sindical
centralizado ou descentralizado e alto quando os sindicatos se organizam a nível
industrial – esse sim seria o caso mais aprazível aos trabalhadores:
4 HISTERESE
Os autores introduzem o conceito de histerese ao afirmar que se o desemprego real ficar
muito tempo acima do desemprego de equilíbrio, pode aumentar a ERU e prejudicar a
economia. Isso aconteceria através de dois fenômenos:
O efeito insider-out: Nesse caso, haveria uma certa “taxa de egoísmo” partindo dos
trabalhadores atualmente empregados em relação aos desempregados. Com uma posição
de barganha forte, os empregados querem apenas manter seus empregos e aumentar
seus próprios salários. Isso aconteceria num momento em que o Banco Central não
poderia “dar um boost” na economia após queda na demanda agregada, forçando a
curva WS a ficar vertical, e qualquer aumento na demanda agregada será refletido em
salário real (produzindo inflação).
5 A “BEVERIDGE CURVE”
Os autores nos dão a equação ao lado e nos pedem para assumir que a
taxa de separação dos empregos é uma constante exógena. Com base na taxa de
desemprego (u ≡ U/E) e de vagas disponíveis (v ≡ V/E), finalmente plotamos a
“Beveridge curve”:
Por razões evidentes ela é negativamente inclinada, e qualquer declínio no α desloca a
curva para a direita.
Agora inclui-se tal linha, positivamente inclinada, na nossa “Beveridge curve” anterior;
observa-se que o equilíbrio total no mercado de trabalho é mostrado pela interseção da
“Beveridge curve” e com a linha WS = PS.
Importante notar que...
- ↑ desemprego (u*) , se a “taxa de casamentos” for pior (instintivo)
- pior “taxa de casamentos” = ↑ vagas = ↑ curva WS = ↑ pressão inflacionária
- aumento de salários = não muda a “Beveridge curve” = WS se iguala a PS se
deslocando para a direita = ↑ desemprego de equilíbrio com ↓taxa de vagas
- Se desemprego de equilíbrio sobre com pouca mudanças de vagas, WS ou PS se
deslocaram e a “Beveridge curve” também.
6 CONCLUSÃO
O capítulo focou principalmente em mudanças na ERU sob uma ótica laborial, ou seja,
onde salários são o tópico mais decisivo. Como o presente resumo começou elencando
“bússolas” do que fora aprendido até então, novas “bússolas” nos foram apresentadas e
precisam estar em destaque. São elas...
- Se a curva WS for empurrada para cima ou a curva PS for empurrada para baixo, a
ERU aumenta
- Se a ERU cai, há queda em WS ou uma subida em PS
- Se a oferta cai, a inflação sobe e o BC aumenta a taxa de juros.
- PS cai com...
*aumento da cunha fiscal
• um aumento no mark-up
• uma queda na produtividade
• mais regulamentação trabalhista
- WS sobe com...
• aumento da taxa de substituição
• os sindicatos ganham poder
• os sindicatos exercem menos restrições salariais
• mudam as estruturas de fixação salarial