Exmo. (A) Sr. (A) Dr. (A) Juiz (A) de Direito Da - Vara Do Juizado Especial Cível Da Comarca de Santa Quitéria, Estado Do Ceará
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1. DA COMPETÊNCIA DO FORO
Trata-se de relação de consumo, com base no artigo 3º da Lei 8.078 de 1990, sendo,
portanto, aplicável o artigo 101, inciso I, do CDC, que autoriza a propositura da presente ação
no foro do domicilio do Requerente.
2. DOS FATOS
O veículo foi um produto de muito esforço do autor e de sua esposa, onde os mesmos
passaram anos fazendo economia para que pudesse adquirir esse carro. E agora, mesmo
possuindo-o, não pode de forma alguma utilizá-lo, estando o mesmo guardando na garagem
a mais de 06 meses, visto que pela ausência de documentos o mesmo não pode circular.
Pelo exposto, busca a tutela jurisdicional para tornar efetivo seu legitimo direito.
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3. DO DIREITO
Antes de qualquer coisa é preciso deixar claro que o Código de Defesa do Consumidor
se aplica às operações comerciais. A Lei n° 8.078/90 é uma lei de ordem pública e de interesse
social, como se extrai do art. 1º do Instituto Consumerista.
O art. 7º, parágrafo único, CDC, por sua vez, estabelece que “tendo mais de um autor
a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas
de consumo.”
Neste sentido:
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Nesse diapasão, rezam os artigos do Código de Defesa do Consumidor que tratam da
matéria em comento:
Art. 2º - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final.”
O Autor encontra-se até hoje sem poder desfrutar de seu veículo, que foi conquistado
através do suor de seu trabalho, tudo isso por causa da imensa irresponsabilidade e atraso
no fornecimento dos documentos por parte dos Requeridos, atraso esse que nunca teve
nenhuma justificativa.
Nesse seguimento, os artigos 186 e 927 do Código Civil, possuem relação com a
presente ação, reforçando o dever de indenizar, posto que os fatos apresentados demonstram
a prática de atos ilícitos, passíveis de reparação, verbis:
Desta forma, diante dos fatos expostos, bem como a legislação pertinente, não deixam
dúvidas acerca do dever de indenizar.
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Não é necessário de longas, para comprovar o enorme prejuízo moral que as
Requeridas fizeram ao Autor, causando um grande abalo emocional e deixando-a
profundamente afetado com a situação. Diz o art. 5º, inciso X, da CF/88 que:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou
moral decorrente de sua violação;
Em se tratando de reparação por danos morais, o único critério razoável para avaliar
o quantum devido é o arbítrio judicial, devendo o magistrado atender à dupla finalidade da
indenização pretendida: PUNIR o ofensor, de modo a desestimular a repetição da prática
lesiva, bem como COMPENSAR a vítima pelo dano sofrido, eis que se trata de dano
extrapatrimonial, o qual não pode ser ressarcido.
Ante o exposto, como base nas leis e legislações citadas e pôr as empresas
Promovidas terem causados danos, deve a mesmo ser condenada no pagamento de
indenização pelos danos morais causados, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
3. DA TUTELA DE URGÊNCIA
O CPC/15 em seu art. 300 estabelece que:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.
§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso,
exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra
parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após
justificação prévia.
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A probabilidade do direito está perfeitamente configurada, a partir da análise do
comprovante de venda e dos e-mails anexados. Ou seja, existe uma razão muito consistente
para acreditar que os Requeridos descumpriram suas obrigações e, por consequência,
geraram uma série de transtornos ao Requerente.
O perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo funda-se no fato de que uma
das pretensões do Autor desta demanda é a condenação dos Requeridos na obrigação de
fazer/dar o documento do veículo adquirido no leilão. O automóvel já foi quitado, mas o
Demandante não pode gozar de todos os poderes inerentes à sua propriedade, uma vez que
não foi feito a transferência.
4. DOS PEDIDOS
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4. A condenação das Rés em honorários advocatícios, sendo estes na
base de 20% (vinte por cento), bem como no ressarcimento das
custas e taxa judiciária;
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
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