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em face de CASAS BAHIA VIA VAREJO S/A, na pessoa de seu representante legal
(nome, endereço, devidamente inscrita no CNPJ 33.041.260/0001-34, com endereço à
Rua Uruguaiana, número 5, Centro, Rio de Janeiro/RJ – CEP 20.050-093, e em face
de CONSUL ELETRODOMÉSTICOS LTDA na pessoa de seu representante legal
(nome, endereço, devidamente inscrita no CNPJ 22.260.490/0001-40, com endereço à
Rua César Augusto, número 255, Centro, Rio de Janeiro/RJ – CEP 20.030-020, pelas
razões de fato e fundamentos de direito que passa a expor.
I. - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O Requerente comprou uma máquina de lavar no dia 20/03/2020 nas Casas Bahia –
Via Varejo S/A, fabricada pela empresa Cônsul, para dar de presente à sua mãe, uma
vez que o equipamento seria utilizado para uso de seu trabalho, uma vez que presta
serviços de lavagem de roupas para fora. O autor adquiriu o produto e efetuou o
pagamento no valor de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais). O prazo indicado para a
entrega foi de 10 dias úteis.
Entretanto, o Autor acionou as Rés por diversas vezes, por contato telefônico, mas não
obtiveram qualquer resposta plausível, por não poder contar com a reposição imediata
do produto/serviço, nem dinheiro para buscar outro, teve que sofrer o desgaste de ter
que procurar por conta os contatos do fabricante, sem que tivesse igualmente qualquer
êxito.
Ao sentir-se lesado, sem qualquer posicionamento das empresas Rés, o Autor buscou
ajuda no PROCON, porém, até o momento nada foi resolvido, razão pela qual intenta a
presente demanda ao adquirir um produto ou serviço, o consumidor tem a legitima
expectativa de receber adequado ao uso de acordo com as expectativas geradas na
compra, ou seja, sem a necessidade de qualquer adaptação ou algum vício que lhe
diminua o valor ou que impossibilite de utiliza-lo normalmente.
III – DO DIREITO
Por consequência, a presente lide deverá ser observada à luz da lei n. 8078/90 (Código de
Defesa do Consumidor).
É evidente o dever das Requeridas em Reparar os danos causados ao autor. Sua atitude lesiva e
total descomprometimento com o consumidor não deve ser tratada como mero aborrecimento
ou simples quebra contratual.
Art. 927º - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente
de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.
Vejamos:
Ainda:
Se não bastasse a total falta de respeito e toda angustia infligida ao Autor, o qual pagou por um
produto que tanto desejava e não pôde usufrurir, além de todo o tempo que já esperou, a
Requerida ainda informou que o Autor deveria esperar até 15 dias úteis para o recebimento da
mercadoria, gerando uma espera que extrapola os limites da razoabilidade.
A inteligência do Art 6 do mencionado código deixa claro que o consumidor lesado deverá ser
reparado pelos danos que lhes forem causados. E em art. 14 que o fornecedor de serviços
responde pela reparação dos danos causados aos consumidores. Logo, restando apenas que
Vossa Excelência apure o grau da lesão sofrida, com base nas provas levantadas.
V – DA TUTELA PROVISÓRIA
VI – DAS PROVAS
f. Requer que sejam acolhidas suas razões para que se condenem as Rés ao
pagamento de indenização, à título de dano moral, no valor de até 40 salários mínimos,
permitido por Lei 9099/95, considerados os danos provocados, bem como a situação
dos Réus, e sobretudo, a condição do Autor, sendo certo que, de outra forma restaria
inócua a decisão deferida, permitindo-se a continuidade do comportamento condenável
dos Réus;
g. Para fins de eventual recurso, afirma sob as penas da Lei e de acordo com
art. 20 do Código de Defesa do Consumidor da Lei 8078/90.
V. – VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 41.800,00 (quarenta e um mil e oitocentos
reais) para efeitos do artigo 259, inciso VI, Código de Processo Civil.
Nestes Termos.
P. Deferimento.
DÁRCIO ROBERTO DE O.
CAETANO OAB/RJ 124.028