AFEs, Desenvolvimento Humano e Esporte de Alto Rendimento
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Larissa Galatti
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INTRODUÇÃO
1
Disponível em: <http://www2.esporte.gov.br/snear/departamentos.jsp>. Acesso em: 2 out. 2016.
tenham capacidades e oportunidades para ser aquilo que desejam ser. “As pessoas
são a verdadeira riqueza da nação” (ONU); o atleta é a verdadeira riqueza do esporte.
A partir desse autor, observamos que, embora ampliado para outros grupos
sociais, o esporte moderno ao longo do século XX teve como manifestação mais
valorizada o EAR, sendo uma prática majoritariamente masculina e orientada à busca
do máximo desempenho esportivo, no eixo denominado poder e performance. No
entanto, já nas últimas décadas do mesmo século, os dois eixos paradoxais foram
se fortalecendo em relação dialética (na perspectiva de Berger e Luckmann, 1994):
de um lado, o avanço do EAR com a crescente especialização e profissionalização
dos atletas e demais envolvidos, sendo assim reconhecidos até pelo tradicional e
relutante COI; de outro lado, a expansão de outras formas de convívio com o esporte,
como praticante, espectador ou consumidor, foi se estabelecendo, fortalecendo e
ampliando para novos públicos – como as mulheres, ainda que a passos mais lentos
(GALATTI et al., 2014; GALATTI et al., 2010; MARQUES , 2015).
Uma vez que se mostra apta e opta pelo EAR, a pessoa deveria assumir as
responsabilidades inerentes à profissão de atleta, como o enfrentamento de cargas
intensas de treinamento para o alcance de (obrigatório) rendimento máximo, o que
pode conduzir a aspectos negativos por vezes associados a escolhas questionáveis
– que contrapõem a ética profissional – e que geram barreiras a um desenvolvimento
humano positivo, tais como o não respeito às individualidades, o doping e a
corrupção (GOELLNER, 2005; MARQUES et al., 2009). Já no final do século XIX, o
atleta profissional começou a ser alvo de uma espécie de estigma, que lhe foi
atribuído inclusive pelo Movimento Olímpico por meio de seu fundador, Pierre de
Coubertin, que pretendia manter elitizado seu movimento esportivo; portanto, restrito
à aristocracia masculina que o fundou (GUTMANN, 2002). No entanto, da mesma
maneira como estão expostos às consequências negativas do EAR, atletas também
estão expostos a seus benefícios.
A estrutura esportiva do EAR, até a década de 1980, tinha seu foco voltado
para a formação de atletas de elite, na consagrada estrutura piramidal, com uma
base extensa de muitas pessoas praticando diferentes modalidades esportivas para
que se selecionassem, ao longo dos anos, os melhores jogadores. Aqueles que não
chegassem ao nível de elite deixavam de compor o quadro de esportistas ou
praticantes das modalidades. Na contemporaneidade, o esporte tem entre suas
funções gerar receitas, negócios e empreendimentos, sendo desejoso manter o
maior número possível de pessoas envolvidas com o fenômeno, emergindo
diferentes manifestações esportivas com distintos significados. Para tal, analisar e
qualificar o EAR passa por complexos e variados elementos.
Figura 2 – Modelo do SPLISS. Modelo teórico dos nove pilares da estrutura esportiva
que influenciam o sucesso internacional
2
Cada pilar será mais bem explicado ao tratarmos do EAR no Brasil.
importante para o EAR: afinal, o número de atletas de elite é muito reduzido; de fato,
ser um atleta de EAR não é para todos; no entanto, o suporte social para essa prática
por meio dos atletas de participação a legitima (GALATTI et al., 2016a). Da mesma
forma, o fomento à prática esportiva entre jovens atletas pode ter um valor
educacional importante nessa etapa da vida (pilar 4), assim como na própria carreira
e pós-carreira do atleta adulto (pilar 5); ou, ao tornarem-se atletas, homens e
mulheres perdem sua humanidade? Ao contrário, o esporte (inclusive o de alto
rendimento) pode ser um caminho para o pleno desenvolvimento humano?
A exemplo do que foi feito nos outros 14 países analisados pelo SPLISS, o
levantamento no Brasil foi executado em duas partes: “Políticas para o Esporte de
3
Disponível em: <http://www.brasil2016.gov.br/pt-br/noticias/confira-os-numeros-da-delegacao-brasileira-nos-
jogos-rio-2016>. Acesso em: 14 nov. 2016.
4
PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Disponível em: <http://atlasbrasil.org.br/2013/consulta>.
Acesso em: 12 nov. 2016.
todos os estados investigados. É dessa pequena fatia que são extraídos recursos
para o EAR, não sendo verificado financiamento direto dos governos centrais para o
desenvolvimento do esporte em federações, ligas e clubes esportivos, apenas
algumas ações pontuais de cooperação ou convênio em poucos estados (BASTOS
et al., 2015).
Por sua vez, Amaral e Bastos (2015) abordam as interações entre ciência,
inovação e o EAR. No Brasil, foi um marco a consolidação dos cursos de pós-
graduação a partir da década de 1970, com a formação de muitos mestres e doutores
no exterior, agregando novas concepções à Educação Física brasileira. Pode-se
destacar, em 1978, a formação do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. Quanto
ao EAR, o governo federal acenou com algumas possibilidades, mas sem
continuidade, como a Rede Cenesp, criada em 1998 (Centro de Excelência
Esportiva), e editais específicos, em 2006, pela Finep (Financiadora de Estudos e
Projeto) do Ministério da Cultura. Diante dessas poucas iniciativas, é evidente a
desconexão entre pesquisa/universidades e o EAR no Brasil, havendo pouco
estímulo para pesquisas aplicadas e em rede, ainda que seja reconhecido o
primordial papel das ciências do esporte no EAR (AMARAL e BASTOS, 2015). Esse
cenário contribuiu para que os atletas participantes da pesquisa SPLISS, em sua
maioria, avaliassem como baixa ou razoável a aplicabilidade da pesquisa, de novas
tecnologias e da inovação em sua modalidade.
5
Disponível em: <https://agenciaprefixo.com/2016/09/06/jogos-olimpicos-faz-crescer-procura-por-esportes-na-
regiao/>. Acesso em: 18 nov. 2016.
6
Disponível em: <http://www.portaldomarcossantos.com.br/2016/09/08/procura/>. Acesso em: 18 nov. 2016.
7
Disponível em: <http://www.abcdmaior.com.br/materias/esportes/apos-rio-2016-aumenta-a-procura-por-esportes-
olimpicos-no-abcd>. Acesso em: 18 nov. 2016.
Em 2010, um ano após o Brasil ser selecionado como país sede dos Jogos
Olímpicos, o Tribunal de Contas da União (TCU), em Relatórios Operacionais sobre
o Esporte de Rendimento e o Sistema Esportivo no Brasil (BRASIL, 2010), identificou
que o caminho para o país avançar na direção de ser uma potência olímpica deveria
passar por investimentos na organização de um sistema de detecção, formação,
desenvolvimento e aperfeiçoamento de atletas. Ainda que muitos estudos associem
o volume de praticantes nas primeiras categorias com bons resultados no EAR
(BOJIKIAN e BÖHME, 2015), vale ressaltar que possuir uma base ampla de jovens
envolvidos com esporte pode ou não estar associado com a quantidade de resultados
obtidos por um país em competições internacionais. No Brasil, podemos ver
exemplos de modalidades com amplo número de praticantes e sucesso internacional
(o futebol é o exemplo mais claro, o judô é outro exemplo importante); por outro lado,
o handebol é uma modalidade com número mais restrito de participantes, mas que,
na categoria feminina, optou por inserir atletas em clubes na Europa e, com número
muito reduzido de atletas de EAR, chegou ao campeonato mundial em 2013, entre
outras colocações importantes em eventos internacionais8. Ainda que os dois
8
No cenário do handebol, o número total de atletas federados que participam de competições estaduais e
nacionais é de apenas 39.477 atletas, dos quais 16.098 são mulheres no handebol indoor (informações cedidas
pela Confederação Brasileira de Handebol, via telefone). A conquista do mundial feminino na modalidade, em
2013, pode ser atribuída a uma preferência de exportação de jogadoras para Europa: naquele ano, a maioria das
caminhos possam levar a bons resultados, o primeiro tende a oferecer maior valor
cultural às conquistas de equipes ou atletas de EAR.
atletas estava na Europa, e seis delas, jogando na mesma equipe que o treinador da seleção nacional, o
dinamarquês Morten Soubak. Isso aconteceu por meio de um convênio realizado entre a CBHB e o Clube Hypo
NÖ, da Áustria (UEZU, 2014). É inegável a importância de competir na Europa, continente que reúne as melhores
equipes, atletas e mais fortes competições, o que elevou o nível tático-técnico das atletas brasileiras. No entanto,
esse processo não veio acompanhado de ações que fortalecessem o handebol internamente no Brasil, fazendo
falta uma política que garanta o acesso à modalidade e potencialize as competições internas, elevando a qualidade
dos torneios desenvolvidos no país. Assim, além da possibilidade de maior volume de atletas brasileiras de alto
nível no handebol, poderia se potencializar o número de praticantes de participação, espectadores e até
consumidores da modalidade, tornando-a mais sustentável e independente (atualmente, essa modalidade está
entre as que dependem diretamente de patrocínio de estatais nas seleções nacionais).
dificuldade de ser estudante e jovem atleta: 45% dos atletas revelam ter recebido
algum tratamento especial no ensino fundamental e médio e 33% o tiveram no
superior; somente 20% dos atletas atribuíram bom ou suficiente ao apoio geral
recebido para conciliar as atividades esportivas e o EAR no ensino fundamental e
superior, e 40%, no ensino médio. Esses números são alarmantes, visto que foi
justamente nos primeiros anos de escolaridade que os atletas de EAR sentiram
menor apoio e suporte para conciliar estudos e treinos. Isso pode estar fortemente
associado com volumes altos de treinos já nessa faixa etária, como visto no futebol
(DAMO, 2005), na ginástica (SCHIAVON et al., 2013) e na natação (FERREIRA e
MORAES, 2012). Esse fato também evidencia pouca preocupação com o
desenvolvimento geral de crianças e jovens considerados talentosos, assim como
com o pós-carreira, visto que, na maioria das modalidades esportivas, mesmo que
se chegue a ser um atleta de EAR profissional, essa é uma carreira normalmente de
curta duração.
com a educação formal de seus jovens atletas que vislumbram o EAR. Evidência
está no formato do processo de treinamento de jovens da modalidade, que é muito
próximo do atleta adulto: o tempo de treinamento e dedicação aos estudos desde
atletas menores de 13 anos até daqueles com 20 anos se aproxima de 25 horas
semanais de treinamento e as mesmas 25 horas semanais para a escola (somando
frequência nas aulas e deslocamento). Podemos identificar dois problemas
evidentes: (1) pensando na formação em longo prazo do atleta, esse volume nas
primeiras idades em modalidades como o futebol não é indicado, pois tende a
aproximar o jovem dos efeitos indesejados da especialização precoce e afastá-lo do
caminho rumo ao EAR (CÔTÉ et al., 2007); e (2) a ausência de uma preocupação
com um contexto de prática esportiva que favoreça o desenvolvimento do jovem
também na escola, ampliando suas experiências de conhecimento e convivência,
logo, de favorecer o desenvolvimento humano (GALATTI et al., 2016c). Reforçam
esse cenário negativo ajudas de custo entre 200 e 400 dólares entre as categorias
infantil e juniores, como evidenciado em pesquisa em clube brasileiro (DAMO, 2005),
o que pode representar renda superior à dos familiares responsáveis pelo garoto,
que tendem a incentivar mais a tentativa de ser jogador de futebol do que os estudos
(RIAL, 2006).
Existem leis no Brasil que buscam proteger jovens até 16 anos do trabalho
infantil no esporte, proibindo contratos até essa idade. Mas denunciam Soares et al.
(2011) que os empresários do futebol (agenciadores) viabilizam facilidades aos pais
(como emprego e residência) de modo que os filhos fiquem vinculados a clubes de
seu interesse; ou mesmo assinam com o jovem contratos sem valor legal, mas de
eficácia simbólica, como cunham os autores. Aliciar jovens antes dos 16 anos é uma
tentativa de mantê-los sob controle até poderem assinar o primeiro contrato: a venda
de jovens jogadores é receita importante para clubes grandes e, especialmente, para
Por outro lado, dada a carência de uma estrutura de suporte, esse tipo de
subsídio tem se mostrado essencial para a manutenção de atletas de EAR na
carreira, visto que, entre os investigados por Nogueira e Santos (2015), 48% dos
atletas afirmam ter renda mensal bruta entre um a cinco salários mínimos, e 6% têm
renda de até um salário mínimo. Outros 11% recebem entre cinco e 10 salários
Quanto ao pós-carreira, esse tema ganha força no mundo nos anos 2000,
ao se observar a dificuldade de reajustamento de vida ao final da carreira esportiva,
sendo ainda adultos jovens. Pesquisa com 379 ex-atletas brasileiros revela que
43,2% deles indicam que ter se dedicado ao EAR prejudicou sua preocupação com
o próprio futuro, 74,7% consideram insuficiente o apoio para seu desenvolvimento
pós-carreira e 78,3% consideram as perspectivas de uma carreira depois de ser
atleta de EAR um problema grave (SANTOS et al., 2016). Logo, são necessários
programas de suporte ao ex-atleta de EAR no país. O Comitê Olímpico Internacional
lançou seu programa em 2005 e, até 2012, atuava em 30 países, tendo atendido
mais de 11 mil atletas. No Brasil, de forma efetiva, foi identificado somente o
programa Instituto Olímpico Brasileiro (IOB), do COB, que oferece suporte na
transição de atleta para o pós-carreira. No entanto, o programa atende pouquíssimos
atletas. Lançado em 2009, somente duas edições foram realizadas até 2015,
assessorando poucos atletas e que alcançaram relevante resultado no EAR. Não
foram identificados programas sólidos de pós-carreira em nível estadual ou municipal
(NOGUEIRA e SANTOS, 2015).
9
Informação enviada por equipe SPLISS para seu mailing de e-mails, sob o título “How did the 15 SPLISS 2.0
nations do in Rio?”, recebida em 31 ago. 2016.
Para Bruner et al. (2010), tais investigações são complexas, haja vista as
contínuas mudanças de comportamento do atleta ao longo da vida e os diversos
elementos que influenciam seu percurso pessoal e esportivo. São variadas as
perspectivas dessas pesquisas: há estudos tratando de elementos do contexto
específico de treino, como a adaptação individual aos desafios e o nível de
satisfação, ou o ganho de experiência por meio do treinamento, da prática, de
coaching e da competição (BAKER et al., 2003; CÔTÉ et al., 2008; HENRIKSEN et
al., 2010); outros, de aspectos estruturais, como estrutura de treino e alimentação,
acesso a centros de excelência e apoio financeiro (SILVA e FLEITH, 2010). Sobre o
contexto esportivo e avançando para os relacionamentos do atleta dentro e fora do
esporte, são destacados os treinadores e companheiros de equipe e a família (CÔTÉ,
1999; DURAND-BUSH e SALMELA, 2002; FERREIRA e MORAIS, 2012; HOLT e
DUNN, 2004; MORGAN e GIACOBBI, 2006; PHILLIPS et al., 2010; SILVA e FLEITH,
2010). A mensagem em comum importante é a necessidade de um olhar complexo
sobre o desenvolvimento do atleta rumo ao EAR.
Nessa pauta, o treinador tem papel de grande relevância, já que, por vezes,
ao lado dos companheiros de equipe/treino, é quem mais convive com o atleta, sendo
destaque também no seu desenvolvimento pessoal. Côté et al. (2007) consideram
que treinadores de EAR são aqueles que estimulam o talento e maximizam os níveis
de desempenho de atletas aspirantes e de elite, sendo figuras de confiança e
referência essenciais para o alcance de sucesso por parte dos atletas. Para Côté e
Gilbert (2009), o treinador eficaz é aquele que aplica coerentemente o conhecimento
profissional, interpessoal e intrapessoal de forma integrada para estimular, em seus
atletas, competência, confiança, conexão e caráter em contextos específicos. No
âmbito do EAR, cabe-nos a reflexão: a competência está associada a uma visão
positiva de suas ações no esporte, a manifestar habilidades específicas, a competir
e a desempenhá-las; confiança é compreendida como uma sensação positiva de
autoestima no esporte; a conexão se liga a vínculos positivos com pessoas e
instituições no esporte; já o caráter está associado ao respeito pelas regras, à
integridade e à empatia com os demais.
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