Escola Cidadã Integral Técnica José Luiz Neto Área de Ciências Da Natureza E Matemática Professor: Marcos Antonio Xavier Almeida
Escola Cidadã Integral Técnica José Luiz Neto Área de Ciências Da Natureza E Matemática Professor: Marcos Antonio Xavier Almeida
Escola Cidadã Integral Técnica José Luiz Neto Área de Ciências Da Natureza E Matemática Professor: Marcos Antonio Xavier Almeida
O Professor
Metal ................................................................................................................ 15
Plástico ........................................................................................................... 19
O Laboratório
O Laboratório de Ciências da ECIT José Luiz Neto (Figura 1) é o local onde se ministram
aulas teórico-práticas referentes ao conteúdo programático das disciplinas de Biologia, Química,
Física e Matemática. Não se pode descartar a possibilidade, mesmo se tratando de Unidade de
Ensino, de se efetuar, quando a critério dos professores das referidas disciplinas, a execução
também de atividades pedagógicas voltadas para a pesquisa científica.
FIGURA 1. Vista interna do Laboratório de Ciências, ECIT José Luiz Neto, Barra de Santa Rosa, PB.
Na prática é muito difícil dispor de um laboratório ideal. Contudo, alguns itens referentes
ao projeto do laboratório (além é claro dos equipamentos, por ora aqui não relacionados) são
considerados como necessários para que se possam conduzir aulas teórico-práticas de maneira a
mais didática e segura possível.
QUADRO-NEGRO: fundamental antes de iniciar uma aula prática e mesmo no seu decorrer,
pois são necessárias explicações escritas, além das verbais, sobre sua fundamentação
teórica, além de orientações de como executar o experimento.
BANCADA CENTRAL: o seu número depende do espaço físico disponível. Em todo caso,
deverá ter uma largura adequada que permita o trabalho de um número suficiente de
alunos em pé, já que esta é a posição que melhor permite o uso das mãos. No seu centro
há uma parte mais elevada, destinada a colocação do material em uso, como frascos de
reagentes, vidraria, etc., além de ser o local onde estão instaladas torneiras de água, de gás
e tomadas elétricas, com estas últimas afastadas das torneiras de gás.
BANCADAS LATERAIS: são construídas acompanhando as paredes, e revestidas em
cerâmica, a exemplo das bancadas centrais. Possuem compartimentos que servem para
guardar o material e as soluções preparadas para uso durante as aulas.
PIAS: fundamentais, pois são destinadas à lavagem do material antes e após o uso. Na
própria bancada central há também uma pia com a mesma função, onde são inseridos na
torneira os tubos de saída de água dos condensadores, ao se efetuar destilações.
DESTILADORES: embora seja equipamento, deve-se dimensionar, nas bancadas centrais ou
laterais, as instalações necessárias para sua utilização, como pias e saídas de gás, uma vez
que quase todos os trabalhos no laboratório exigem o uso de água destilada. Devem estar
acompanhados de um reservatório de vidro, de capacidade suficiente para a demanda
exigida no laboratório, e munido de torneira e tampa com furo para introdução do tubo de
borracha responsável pelo escoamento da água destilada oriunda do destilador.
ARMÁRIO PARA REAGENTES QUÍMICOS: construído em aço, possui portas de preferência
munidas de chaves, pois muitos reagentes (substâncias que participam da reação química)
são tóxicos e/ou corrosivos.
LOCAL PARA MATERIAL DE PRIMEIROS SOCORROS: é na prática uma minifarmácia,
podendo ser utilizado um armário desses utilizados em banheiro, com a clássica cruz
vermelha no espelho e números de telefone necessários em caso de emergência (hospital
de pronto socorro, por exemplo). Além dos comumente utilizados em casa (água
oxigenada, elixir sanativo, leite de magnésia, mertiolate, algodão, gaze, esparadrapo,
tesoura, etc) são necessários também outros mais específicos, como solução de
bicarbonato de sódio a 1%, vinagre, carvão ativado, amido, sulfato de magnésio, etc.
CHUVEIRO: queimaduras provocadas pelo contato com substâncias corrosivas devem em
muitos casos ser submetidas à lavagem com muita água, sendo o chuveiro a forma mais
prática para tal finalidade.
AERAÇÃO ADEQUADA: por ser um local onde existem substâncias tóxicas e/ou voláteis,
deve constar no laboratório a presença de janelas ou outros que tornem o ambiente o
mais arejado possível.
EXTINTOR DE INCÊNDIO: pessoas que trabalham no laboratório devem estar devidamente
orientadas em como usar este equipamento. Não deixe para aprender na hora, como
comumente acontece.
1) Manter atitude e ter sempre em mente de que o laboratório é um local de trabalho sério e
de risco potencial, mesmo quando a atividade envolve materiais simples e/ou caseiros. No
entanto, essa realidade não deve se transformar em empecilhos para uma aprendizagem
plena que leve à verdadeira descoberta em Ciências e Biologia.
2) Nunca trabalhar sozinho no laboratório.
3) Fazer um planejamento cuidadoso do experimento antes de iniciá-lo, verificando a
viabilidade do mesmo e as precauções necessárias para evitar acidentes.
4) Usar sapatos fechados e avental. O avental, além de proteger o próprio corpo, evita que
substâncias corrosivas estraguem ou manchem a roupa, devendo ser de algodão, de
comprimento até os joelhos e ter mangas compridas. Além disso, pode ser necessário usar
óculos de proteção, máscara e luvas apropriadas sempre que a situação assim o exigir.
5) Manter os cabelos, quando compridos, devidamente presos.
6) Em nenhuma hipótese não comer, não beber e não fumar no laboratório devido à
presença de substâncias tóxicas e/ou inflamáveis (risco de incêndios); o laboratório é um
ambiente de trabalho e de ensino, portanto deve-se atentar para a boa educação.
7) Antes do experimento, estar ciente das propriedades físicas, químicas e toxidez das
substâncias que serão utilizadas.
8) Criar o hábito de ler atentamente a etiqueta de identificação (rótulo) dos frascos de
reagentes antes de utilizá-los. Procure preservar os rótulos: ao entornar o líquido de um
frasco de reagente em outro recipiente, procure sempre segurá-lo deixando o rótulo
voltado para a palma da mão, evitando assim que o líquido estrague o rótulo, caso escorra.
9) Evitar atitudes impulsivas e que não sejam autorizadas pelo professor ou pelo orientador
da atividade. É comum por curiosidade o aluno misturar reagentes para “ver o que
acontece”: isto deve ser evitado, pois poderão ocorrer reações violentas com
desprendimento de calor, projeção de substâncias, etc.
10) Não permitir qualquer contato das substâncias utilizadas com a pele.
Além da vidraria, compõem os chamados equipamentos auxiliares outros materiais tais como
porcelana, metal ou plástico, além da borracha (utilizada em rolhas, mangueira e peras), da cortiça
(em rolhas) e da madeira (pinças e suportes).
Porcelana: é resistente ao choque térmico, suporta temperaturas elevadas, possui boa
resistência química. É atacada apenas por bases fortes em fusão.
Metais e ligas metálicas: apresentam ponto de fusão elevado, são de fácil limpeza e
resistentes ao ataque químico e mecânico. Os mais utilizados em laboratório são o ferro, o
alumínio, a platina, o cobre, o níquel, o aço e o aço inox (liga de ferro e carbono com 18%
de crômio e 8% de níquel).
Plásticos: suas propriedades dependem do tipo utilizado; por exemplo, o
politetrafluoretileno (teflon) possui elevada resistência química, o policarbonato possui
alta resistência ao impacto, o isopor (poliestireno) é um ótimo isolante térmico e assim por
diante. Além disso, os plásticos podem ser rígidos ou maleáveis, transparentes ou opacos e
normalmente possuem baixa densidade (são leves) e custo baixo.
1. VIDRARIA.
1.1. BÉQUER: usado para dissolver uma substância em outra, preparar soluções em geral,
inclusive soluções exotérmicas, aquecer líquidos sobre tela de amianto e realizar reações,
inclusive de precipitação.
1.2. BALÃO VOLUMÉTRICO: Possui colo longo, com um traço de aferição situado no gargalo. É
usado para preparar e diluir soluções com volume preciso e prefixado que varia de 50 a 2.000 mL.
1.3. BALÃO DE FUNDO CHATO: é usado para aquecer brandamente líquidos puros ou de soluções
e fazer reações com desprendimento gasoso. Pode ser aquecido sobre o tripé em tela de amianto.
1.4. BALÃO DE FUNDO REDONDO: usado para aquecer líquidos ou soluções, fazer reações com
desprendimento gasoso, (o mesmo uso do balão de fundo chato) e em montagens de refluxo.
1.5. ERLENMEYER: devido a seu gargalo estreito, é usado para dissolver substâncias e agitar
soluções, no aquecimento de líquidos sobre a tela de amianto e realização de reações, e em
várias montagens, como filtrações, destilações e titulações.
1.7. BURETA: tubo de vidro calibrado com graduação em décimos de mililitro para medida
rigorosa e transferência precisa de volume de líquidos em análises volumétricas. Permite o
escoamento controlado do líquido através da torneira e é utilizado especificamente em titulações.
Não deve ser aquecida.
1.9. TUBO DE ENSAIO: usados para a realização de reações químicas em pequena escala (com
pequena quantidade de reagentes), como testes qualitativos, ou seja, feitos para identificar as
substâncias que compõem determinada amostra. Em vidro pode ser aquecido diretamente na
chama do Bico de Bunsen. Encontrado também em plástico. No laboratório normalmente são
dispostos em suportes em madeira ou em metal, cuja função é dar sustentação aos tubos de
ensaio na posição vertical.
1.10. PIPETA GRADUADA: mede volumes variáveis de líquido com boa precisão, dentro de
determinada escala.
1.11. PIPETA VOLUMÉTRICA: fabricada e calibrada para medir com grande precisão um volume
único e fixo de líquido, em geral abaixo de 100 mL.
1.12. PROVETA: aparelho, normalmente graduado, usado para medir e transferir volumes
variáveis de líquido, dentro de sua escala, sem grande precisão. Não deve ser aquecida.
1.13. FUNIL DE DECANTAÇÃO: usado para separar líquidos não miscíveis entre si. Também é
conhecido como funil de bromo, devido à cor vermelha do vidro de alguns deles.
1.14. FUNIL COMUM: usado na filtração comum para a retenção de partículas sólidas em
misturas com o auxílio do papel de filtro em seu interior, ou para transferir líquidos de um
recipiente para outro. Encontrado em vidro ou plástico. Não deve ser aquecido.
1.15. PAPEL DE FILTRO: utilizado nas filtrações comuns e a vácuo. É encontrado com vários
diâmetros diferentes, cuja medida deve ser escolhida em função do sólido que será retido e não
do líquido filtrado.
1.16. KITASSATO: possui paredes reforçadas sendo usado em “filtrações à vácuo” em conjunto
com o funil de Buchner, nas quais é provocado um vácuo parcial dentro do recipiente para
acelerar o processo de filtração, evitando a contaminação do resíduo sólido.
1.17. BAQUETAS: é utilizada para agitar facilitando a dissolução de soluções ou para transferir
líquidos de um recipiente para outro.
1.18. PLACA DE PETRI: recipiente raso de vidro com tampa utilizado para secagem de substâncias.
Em Biologia é usado para o desenvolvimento de culturas de microorganismos.
1.20. DESSECADOR: aparelho que contém em seu interior substâncias higroscópicas (que
absorvem a umidade do meio), como o cloreto de cálcio ou a sílica gel. É feito de vidro ou
porcelana, possui a tampa engraxada (com graxa de silicone para que se feche de forma
hermética) e usado quando é necessário esfriar ou preservar algum material ou reagente sem
que haja absorção de umidade.
2. EQUIPAMENTOS AUXILIARES
2.1. PORCELANA.
2.1.1. FUNIL DE BUCHNER: indicado para filtrações à vácuo em conjunto com o kitassato. É
recomendado quando as partículas sólidas dissolvidas são muito pequenas e formam uma pasta
“entupindo” os poros de papel de filtro.
2.1.2. CÁPSULA: pode ser feita também de metal. É usada para dissolver sólidos em líquidos, e
concentrar soluções por evaporação do solvente (evaporação de líquidos das soluções) já que
pode ser aquecida diretamente na chama.
2.1.3. CADINHO: recipiente que também pode ser feito de ferro, prata ou platina. Pode ou não ter
tampa. Resiste a elevadas temperaturas, podendo ser levado diretamente ao Bico de Bunsen
apoiado no tripé ou na tela de amianto, sendo utilizado em calcinações (processo de
decomposição de substâncias sem oxidação, ou seja, aquecimento a seco muito intenso).
2.2. METAL.
2.2.1. BICO DE BUNSEN: aparelho ligado ao gás, que serve para o aquecimento de materiais não
inflamáveis. Possui em sua base um regulador de entrada de ar para controlar o tipo de chama.
De forma geral, impedindo a entrada de ar, a chama torna-se amarela e com temperatura mais
baixa (a combustão é incompleta); aumentando a entrada de ar, a chama torna-se azul, mais
quente (na região externa), e forma um cone distinto interior, mais frio.
2.2.2. TELA DE AMIANTO: suporte para as peças a serem aquecidas feito de tela metálica (de aço)
com o centro recoberto de amianto ou cerâmica e utilizado para distribuir uniformemente o calor
recebido do Bico de Bunsen para todo o recipiente durante um aquecimento indireto.
2.2.3. TRIPÉ DE FERRO: usado para dar sustentação à tela de amianto durante o aquecimento
indireto de soluções em vidrarias diversas. É feito de ferro fundido.
2.2.4. SUPORTE UNIVERSAL: é usado para dar sustentação aos equipamentos em diversas
montagens, como filtração, destilação e refluxo.
2.2.5. GARRA METÁLICA: serve para fixar diversos equipamentos no suporte universal, tais como
condensador, erlenmeyer, balão de fundo redondo e béquer, mantendo a montagem estável.
2.2.6. MUFA: usada para a fixação de garras metálicas ao suporte universal em diversos ângulos.
2.2.7. ARGOLA ou ANEL METÁLICO: suporte para funil de vidro em montagem de filtração simples,
e do funil de decantação e de telas de amianto, no caso de aquecimentos.
2.2.8. PINÇA PARA VIDRARIA: pode ser de ferro ou madeira. É usada para segurar vidrarias, tais
como tubos de ensaio, béquer e erlenmeyer, durante o aquecimento.
2.2.9. ESPÁTULA: comumente encontrada em aço inoxidável, mas pode ser feita também de
plástico, níquel, porcelana ou madeira. É utilizada para transferência de sólidos ou como
elemento cortante.
2.3. PLÁSTICO.
2.3.1. TERMÔMETRO: de vidro ou plástico, é utilizado para o controle e a medida de temperatura
de fluidos. É encontrado em diversas graduações.
2.3.2. PISSETA ou FRASCO LAVADOR: recipiente plástico que é usado para a lavagem da vidraria e
de precipitados, geralmente com jatos de água destilada.