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Material Complementar Disc 23 Manejo e Tratamento de Dejetos de Animais PPTX 1681219172

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MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS)

CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE (CONASEMS)


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS)

MANEJO E TRATAMENTO DE
DEJETOS DE ANIMAIS
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
MATERIAL COMPLEMENTAR – DISCIPLINA 23 ACE

Brasília (DF)
2023 
Legislação básica e
impactos ambientais
do manejo incorreto
de dejetos

Sabe-se que a produção animal é uma área com um grande


potencial de poluição ambiental, pois produz grandes
quantidades de resíduos potencialmente poluentes, sendo a
cultura de suínos uma das atividades mais preocupantes no
contexto da poluição ambiental por dejetos de animais.

A Lei 6.938, de 1981, que trata sobre a Política Nacional do Meio


Ambiente, já apontava a capacidade poluidora dos dejetos,
que está associada principalmente à suinocultura. Em razão
disso, alternativas devem ser consideradas para o manejo e
tratamento desses dejetos.

A Lei de Crimes Ambientais, Nº 9.605, de 1998, aponta que o


produtor pode ser responsabilizado criminalmente por danos
causados ao meio ambiente e à saúde dos homens e animais.

A poluição provocada pelo manejo inadequado dos dejetos


ocorre principalmente pelo lançamento direto e sem
tratamento nos cursos d’água. Isso pode provocar além de
desequilíbrio ecológico, poluição e contaminação da água e
disseminação de patógenos, que impactam na saúde humana.
Por isso, veremos um pouco sobre o manejo e tratamento de
dejetos no território.

1
Manejo e tratamento de dejetos de animais

A escolha do sistema de manejo de dejetos deve considerar vários fatores,


como o risco de poluição, a área disponível, a legislação, a confiabilidade, a
mão de obra disponível para a execução e os custos. O objetivo principal do
manejo é controlar doenças e parasitas nos animais, e tratamento dos
dejetos.

Portanto, a prioridade é que os dejetos sejam utilizados como adubo


orgânico, considerando as limitações do solo, da água e das plantas.
Quando não for possível a utilização como adubo, é necessário tratar os
dejetos adequadamente, para que não se tornem riscos de poluição quando
retornarem à natureza.

Assim, o manejo dos dejetos de animais pode ser


realizado de duas formas: armazenagem ou
tratamento.

Na armazenagem coloca-se os dejetos em depósitos durante um tempo


específico, buscando fazer o processo de fermentação da biomassa e
reduzir os patógenos. Já o tratamento, são procedimentos que tem o
objetivo de reaproveitar os dejetos, para reduzir os riscos de poluição
ambiental, geralmente fazendo o aproveitamento dos nutrientes para
adubação agrícola.

O tipo mais comum de manejo de dejetos usado no Brasil é o tratamento por


meio de esterqueiras e em lagoas de decantação, por ser de custo menor e
de fácil operacionalização. Esse dejeto, após tratamento, é utilizado na
lavoura como fertilizante.

Existem também outras formas mais modernas e tecnológicas de manejo e


tratamento de dejetos utilizados por grandes empresas produtoras, que
geralmente utilizam processos químicos, físicos ou biológicos para a
produção de alguma forma de energia.
2
Quadro 3- Síntese dos principais sistemas de tratamento de
dejetos de diferentes tipos de produção

Tipo de Tratamento
dejetos
Aves Compostagem
Bovino Métodos biológicos: lagoas aeróbias, lagoas anaeróbias,
digestão anaeróbia.
Compostagem.
Suínos Lagoas de decantação.
Esterquias e bioesterquias.
Biodigestores.
Cama sobreposta.
Compostagem.

Fonte: EMBRAPA, 2003.

Com isso, o melhor sistema de tratamento de dejetos é aquele que é


capaz de reduzir o impacto ambiental, que permite a recuperação dos
recursos energéticos para a natureza, e que aumenta a sustentabilidade
desse tipo de produção.

A segurança sanitária também deve ser levada em consideração na


reutilização dos dejetos. Além dos cuidados sanitários voltados para os
rebanhos, é aconselhado garantir um tempo mínimo de retenção de 30
dias para a decomposição dos dejetos em sistemas, antes de utilizá-los
como fertilizante.

Na prática diária de investigação de focos endêmicos realizada pelo (a)


ACE, é possível se deparar com situações de manejo inadequado de
dejetos animais, como por exemplo de suínos. Nesses casos, o (a) ACE
precisa orientar as pessoas e acionar as vigilâncias necessárias para
evitar, por exemplo, a proliferação de insetos e de bactérias resistentes aos
antibióticos, que são consequências deste manejo incorreto dos dejetos
suínos.

A preservação ambiental deve ser uma prioridade em qualquer sistema


de produção, e precisa estar presente em qualquer atividade,
especialmente no caso de resíduos e para o manejo dos dejetos e rejeitos
de animais.
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BIBLIOGRAFIA
 
BRASIL. Ministério da Saúde, Ministério da Educação. Caderno
temático do Programa Saúde na Escola: Saúde Ambiental [recurso
eletrônico]. Brasília, 2022.

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Federativa do Brasil, Brasília, 2018.

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– 2021). Brasília, 2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.


Departamento de Saúde Ambiental, do Trabalhador e Vigilância das
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Brasília, 2019.
 
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4
CARRAPATO, P; Correia P; Garcia B. Determinante da saúde no
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Disponível em:
https://www.scielo.br/j/sausoc/a/PyjhWH9gBP96Wqsr9M5TxJs/abstr
act/?lang=pt#ModalHowcite. Acesso em 10/04/2023.

LUCCHESE, G. A. Vigilância Sanitária no Sistema Único de Saúde. In:


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da Conferência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília, 2001, p.
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PAPINI, S. Vigilância em Saúde Ambiental: Uma Nova Área da


Ecologia. Atheneu: 2 edição. Rio de Janeiro, 2012.
 
RADICCHI, A. L. A; LEMOS, A. F. Saúde ambiental. Nescon/UFMG,
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VON SPERLING, M. Princípios básicos do tratamento de esgoto.


Editora UFMG, Belo Horizonte, 2006.

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