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ACÓRDÃO
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EDcl no RECURSO ESPECIAL Nº 1.280.825 - RJ (2011/0190397-7)
RELATÓRIO
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de indentidade entre ambas;
(f) Ausência de debate sobre a natureza de inadimplemento
contratual à pretensão reparatória ajuizada pelos demandantes ora
recorridos.
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EDcl no RECURSO ESPECIAL Nº 1.280.825 - RJ (2011/0190397-7)
VOTO
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II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de
decadência ou prescrição;
(...)
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1o do art. 332, a
prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes
seja dada às partes oportunidade de manifestar-se.
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Assim, pouco importa que as partes não tenham aventado a incidência do
prazo decenal ou mesmo que estivessem de acordo com a incidência do prazo trienal.
Houve ampla discussão sobre a prescrição ao longo da demanda e o tema foi objeto de
recurso, tendo essa Turma, no julgamento da causa, aplicado o prazo que entendeu
correto, à luz da legislação em vigor, conforme interpretada pela jurisprudência
predominante na época para ações de responsabilidade civil por descumprimento
contratual.
A propósito do tema, lembro o seguinte enunciado da Escola Nacional de
Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados:
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curia), mas de todos os sujeitos ao império da lei, conforme presunção jure et de jure
(art. 3º da LINDB).
A subsunção dos fatos à lei deve ser feita pelo juiz no ato do julgamento e
não previamente, mediante a pretendida submissão à parte, pelo magistrado, dos
dispositivos legais que possam ser cogitados para a decisão do caso concreto. Da
sentença, que subsumiu os fatos a este ou àquele artigo de lei, caberá toda a sequência
de recursos prevista no novo Código de Processo Civil.
A aventada exigência de que o juiz submetesse a prévio contraditório das
partes não apenas os fundamentos jurídicos, mas também os dispositivos legais
(fundamento legal) que vislumbrasse de possível incidência, sucessivamente, em
relação aos pressupostos processuais, condições da ação, prejudiciais de mérito e ao
próprio mérito, inclusive pedidos sucessivos ou alternativos, entravaria o andamento
dos processos, conduzindo ao oposto da eficiência e celeridade desejáveis. Seria
necessário exame prévio da causa pelo juiz, para que imaginasse todos os possíveis
dispositivos legais em tese aplicáveis, cogitados ou não pelas partes, e a prolação de
despacho submetendo artigos de lei - cujo desconhecimento não pode ser alegado
sequer pelos leigos - ao contraditório, sob pena de a lei vigente não poder ser aplicada
aos fatos objeto de debate na causa.
A discussão em colegiado, com diversos juízes pensando a mesma
causa, teria que ser paralisada a cada dispositivo legal aventado por um dos vogais, a
fim de que fosse dada vista às partes. Grave seria o entrave a marcha dos processos,
além de fértil campo de nulidades.
O absurdo da conclusão revela, data maxima venia, o equívoco da
premissa.
Afasto, portanto, a alegação de ofensa aos arts. 10 e 933 do CPC/2015.
II
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CPC:
Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, o
Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça
julgará o processo, aplicando o direito."
III
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do STJ consolidou-se no sentido de ser esse devido, mesmo no
caso de morte de filho(a) menor. E, ainda, de que a pensão a que
tem direito os pais deve ser fixada em 2/3 do salário percebido
pela vítima (ou o salário mínimo caso não exerça trabalho
remunerado) até 25 (vinte e cinco) anos e, a partir daí, reduzida
para 1/3 do salário até a idade em que a vítima completaria 65
(sessenta e cinco) anos.
Precedentes. Incidência da Súmula 83/STJ.
6. No tocante ao termo inicial dos juros moratórios em relação aos
danos morais fixados, a jurisprudência deste Tribunal
consolidou-se no sentido de que, como se trata de
responsabilidade extracontratual, a sua incidência ocorre a partir
da data do evento danoso, nos termos da Súmula 54 do STJ.
Precedentes. Incidência da Súmula 83/STJ.
7. Já no que diz respeito à tese de inexistência de erro material no
acórdão apto a justificar o acolhimento dos embargos de
declaração, constata-se que o Tribunal de origem não fez qualquer
análise sobre essa matéria, não tendo o conteúdo dos dispositivos
legais tidos por violados sido apreciados pelas instâncias de piso.
Com efeito, ainda que a suposta violação somente tenha surgido
quando do julgamento dos embargos de declaração, devem ser
opostos novos aclaratórios a fim de suscitar o pronunciamento do
Tribunal sobre a questão.
Precedentes. Incidência, por analogia, das Súmulas 282 e 356 do
STF.
8. No que tange à determinação pelo Tribunal origem de
constituição de capital para assegurar o cumprimento da obrigação
alimentar, esta está em perfeita conformidade com a jurisprudência
desta Corte, nos termos da Súmula 313 do STJ, que dispõe: "Em
ação de indenização, procedente o pedido, é necessária a
constituição de capital ou caução fidejussória para a garantia
de pagamento da pensão, independentemente da situação
financeira do demandado".
9. Agravo interno desprovido.
(AgInt no REsp 1287225/SC, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA
TURMA, julgado em 16/03/2017, DJe 22/03/2017)
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUARTA TURMA
EDcl no
Número Registro: 2011/0190397-7 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.280.825 / RJ
Relatora
Exma. Sra. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI
Ministro Impedido
Exmo. Sr. Ministro : LUIS FELIPE SALOMÃO
Presidente da Sessão
Exma. Sra. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. MARIA HILDA MARSIAJ PINTO
Secretária
Dra. TERESA HELENA DA ROCHA BASEVI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : CLUBE DE INVESTIMENTO DOS EMPREGADOS DA VALE INVESTVALE
ADVOGADO : CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO E OUTRO(S) - DF006534
ADVOGADOS : ANNA MARIA DA TRINDADE DOS REIS E OUTRO(S) - DF006811
MARCOS VINICIUS SANTOS MENEZES E OUTRO(S) - RJ122908
ADVOGADA : GABRIELA DOURADO - DF031721
RECORRENTE : FRANCISCO VALADARES PÓVOA
ADVOGADOS : MARIA APARECIDA MIRANDA TERRIGNO - RJ059297
CARLOS FABIANO TERRIGNO - RJ116141
FLAVIA MARIA TERRIGNO SANTANA - RJ179070
RECORRIDO : ASSOCIAÇÃO APOSENTADOS PENSIONISTAS EMPREGADOS ATIVOS E
EX EMPREGADOS DA COMPANHIA VALE DO RIO DOCE SUAS
EMPREITEIRAS CONTROLADAS E COLIGADAS APEVALE
ADVOGADOS : ALDE DA COSTA SANTOS JÚNIOR E OUTRO(S) - DF007447
CAROLINA F M T MACEDO E OUTRO(S) - RJ152408
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
EMBARGANTE : FRANCISCO VALADARES PÓVOA
ADVOGADOS : MARIA APARECIDA MIRANDA TERRIGNO - RJ059297
CARLOS FABIANO TERRIGNO - RJ116141
FLAVIA MARIA TERRIGNO SANTANA - RJ179070
EMBARGADO : CLUBE DE INVESTIMENTO DOS EMPREGADOS DA VALE INVESTVALE
ADVOGADO : CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO E OUTRO(S) - DF006534
ADVOGADOS : ANNA MARIA DA TRINDADE DOS REIS E OUTRO(S) - DF006811
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MARCOS VINICIUS SANTOS MENEZES E OUTRO(S) - RJ122908
ADVOGADA : GABRIELA DOURADO - DF031721
EMBARGADO : ASSOCIAÇÃO APOSENTADOS PENSIONISTAS EMPREGADOS ATIVOS E
EX EMPREGADOS DA COMPANHIA VALE DO RIO DOCE SUAS
EMPREITEIRAS CONTROLADAS E COLIGADAS APEVALE
ADVOGADOS : ALDE DA COSTA SANTOS JÚNIOR E OUTRO(S) - DF007447
CAROLINA F M T MACEDO E OUTRO(S) - RJ152408
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Quarta Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração opostos por
FRANCISCO VALADARES PÓVOA, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora.
Os Srs. Ministros Antonio Carlos Ferreira, Marco Buzzi e Raul Araújo votaram com a
Sra. Ministra Relatora.
Impedido o Sr. Ministro Luis Felipe Salomão.
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