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01 FGV Economia Apostila

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A cópia do material didático utilizado ao longo do curso é de propriedade do(s) autor(es),

não podendo a contratante vir a utilizá-la em qualquer época, de forma integral ou


parcial. Todos os direitos em relação ao design deste material didático são reservados à
Fundação Getulio Vargas. Todo o conteúdo deste material didático é de inteira
responsabilidade do(s) autor(es), que autoriza(m) a citação/divulgação parcial, por
qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que
citada a fonte.

Adicionalmente, qualquer problema com sua turma/curso deve ser resolvido, em primeira
instância, pela secretaria de sua unidade. Caso você não tenha obtido, junto a sua
secretaria, as orientações e os esclarecimentos necessários, utilize o canal institucional da
Ouvidoria.

ouvidoria@fgv.br

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SUMÁRIO

1. PROGRAMA DA DISCIPLINA ........................................................................... 1


1.1 EMENTA .......................................................................................................... 1
1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL ................................................................................... 1
1.3 OBJETIVOS ..................................................................................................... 1
1.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ............................................................................. 1
1.5 METODOLOGIA ................................................................................................ 1
1.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ............................................................................... 2
1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA .......................................................................... 2
CURRICULUM VITAE DO PROFESSOR ....................................................................... 2

2. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 3
2.1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................... 3
2.2 PRINCÍPIOS DE ECONOMIA ............................................................................... 3
2.3 FUNDAMENTOS DE ECONOMIA MODERNA ........................................................... 4
3. MACROECONOMIA APLICADA ......................................................................... 7
3.1 MENSURAÇÃO DO DESEMPENHO ECONÔMICO ..................................................... 8
3.2 NÍVEL DE PREÇOS E INFLAÇÃO .......................................................................... 9
3.3 MOEDA, JUROS E DINÂMICA FINANCEIRA. .........................................................11
3.4 ECONOMIA E SETOR PÚBLICO ..........................................................................13

4. ECONOMIA ABERTA ...................................................................................... 15


4.1 ECONOMIA EM AMBIENTE GLOBALIZADO. ..........................................................15
4.2 FLUXO INTERNACIONAL DE CAPITAIS ...............................................................16
4.3 MERCADO CAMBIAL ........................................................................................16
4.4 COMÉRCIO INTERNACIONAL ............................................................................19

5. MICROECONOMIA APLICADA ........................................................................ 22


5.1 ASPECTOS DE MERCADO .................................................................................22
5.2 ASPECTOS DE PRODUÇÃO ...............................................................................24
5.3 ESTRUTURAS DE MERCADO .............................................................................26

6. EXERCÍCIOS ................................................................................................. 29
6.1 EXERCÍCIOS CONCEITUAIS ..............................................................................29
6.2 RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS ..........................................................................39

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 48


1

1. PROGRAMA DA DISCIPLINA

1.1 Ementa
Sistema econômico. Conceitos microeconômicos: demanda, oferta e mercado. Produção,
custos e rendimentos. Estruturas de mercado: concorrência perfeita, oligopólio e
monopólio. Conceitos macroeconômicos: medidas de performance da economia, demanda
e oferta agregadas. Moeda e preço. Juros e inflação. Inflação, desemprego e crescimento
econômico. Economia aberta: taxas de câmbio nominal e real. Balança comercial e balanço
de pagamentos.

1.2 Carga horária total


24 horas aula

1.3 Objetivos
Identificar os principais conceitos microeconômicos e macroeconômicos. Reconhecer a
aplicabilidade dos conceitos econômicos no universo individual, empresarial e social.
Estabelecer base de conhecimento que permita a análise econômica das relações entre
indivíduos, empresas e países. Propiciar condições para a análise de políticas micro e
macroeconômicas essenciais à tomada de decisão e ao planejamento estratégico das
empresas. Avaliar objetivos e implicações das principais políticas macroeconômicas.

1.4 Conteúdo programático


O sistema econômico . Princípios econômicos;
. Campos de estudo: micro e macroeconomia.
Principais conceitos . Demanda e elasticidade-preço da demanda
microeconômicos . Oferta e tecnologia;
aplicados . Produção e produtividade.
Principais conceitos . Mensuração da atividade econômica
macroeconômicos . Demanda e Oferta Agregadas
aplicados . Produto e Ciclos Econômicos
. Política e oferta monetária;
. Moeda e Taxa de Juros;
. Inflação: causas e efeitos.
. Economia aberta e balanço de pagamentos;
. Taxa de câmbio e regimes cambiais.

1.5 Metodologia
Aula expositiva com discussão coletiva sobre conceitos econômicos aplicados à realidade
empresarial brasileira e internacional. Aplicação de exercícios de compreensão e de fixação
dos conceitos.

Economia Empresarial
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1.6 Critérios de avaliação


A nota final será baseada em
▪ avaliação individual, sob a forma de prova, sem consulta, realizada após a
disciplina; e,
▪ participação em exercícios e trabalhos realizados durante e/ou após a aula.

1.7 Bibliografia recomendada


GONÇALVES, A C.P.; GONÇALVES, R. R.; SANTACRUZ, R.; MATESCO, V. R. Economia
Aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2011.

MATESCO, V.R.; SCHENINI P. Economia para Não-Economistas. Rio de Janeiro: Senac-Rio,


2007.

MANKIW, N.G. Introdução à Economia: princípios de micro e macroeconomia. 2 a ed. Rio


de Janeiro: Campus, 2001

LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M A S. Manual de Macroeconomia Básico e Intermediário.


São Paulo: Atlas, 2004.

VASCONCELLLOS, M.A.S.; OLIVEIRA, R.G. Manual de Microeconomia. 2a ed. São


Paulo:Atlas, 2000.

Curriculum vitae do professor


Alivinio Almeida (alivinio@fgvmail.br) é Engenheiro Agrônomo, Mestre e Doutor em
Economia Aplicada pela Universidade de São Paulo. Sua experiência profissional inclui
trabalho no mercado de capitais em instituições financeiras nacionais e estrangeiras,
gestão administrativa e financeira de empresas privadas e públicas, pesquisa e ensino de
economia empresarial, empreendedorismo e desenvolvimento de novos negócios. É
empresário e atua em análise de cenários econômicos e mentoria de empresas e
empreendimentos. Sobre esses temas, é autor de livros e artigos técnicos em revistas e
periódicos nacionais e estrangeiros e em redes sociais (Linkedin).

Economia Empresarial
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2. INTRODUÇÃO

2.1 Apresentação
A crescente complexidade das relações entre indivíduos, empresas e países exige
dos profissionais de diferentes áreas uma clara compreensão dos fenômenos econômicos.
Em especial, os responsáveis pela gestão de empresas, necessitam formação econômica
consistente e alto nível de informação qualificada para que executem uma tomada de
decisão mais segura.
Nesse sentido, o texto a seguir apresenta uma visão ampla dos principais conceitos
econômicos, diferenciados entre micro e macroeconômicos. Espera-se com isso, criar
ambiente favorável à discussão da natureza, alcance e consequências dos eventos
econômicos no ambiente individual, empresarial e social. A formatação do conteúdo
procura facilitar a compreensão dos aspectos inerentes à gestão comercial, tecnológica e
econômico-financeira das empresas.
Adicionalmente, a apostila contém anotações de aula onde estão assinalados e
ilustrados os principais conceitos econômicos abordados na bibliografia recomendada.

2.2 Princípios de Economia


O ambiente empresarial é resultado de um conjunto de comportamentos que exige
avaliação sobre o uso dos fatores de produção físicos, humanos e financeiros disponíveis
para a produção.

Definição de Economia

Economia pode ser entendida como a alocação de recursos escassos entre


finalidades alternativas e competitivas entre si. Diante disso, percebe-se que há
sempre a necessidade de uma tomada de decisão pessoal que afeta a interação econômica
entre os agentes econômicos e os resultados globais da economia.
No que respeita à tomada de decisão pessoal, considera-se que as pessoas:
▪ enfrentam a escolha entre diferentes oportunidades de resultados sobre os esforços
que podem realizar;
▪ avaliam o melhor ganho alternativo entre oportunidades distintas, para os mesmos
recursos que podem empregar;
▪ escolhem a oportunidade pela percepção de resultado líquido adicional; e,
▪ respondem a incentivos para decidir e agir.
▪ A interação entre os agentes econômicos, por sua vez, leva em conta que:
▪ o comércio pode melhorar a situação de todos os envolvidos; e,
▪ os mercados, em geral, podem organizar a atividade econômica e resolver a maior
parte das expectativas individuais; quando isso não acontece, ocorre uma falha de
mercado.
No âmbito global, observa-se que:
▪ o governo pode melhorar os resultados do mercado pela sua capacidade
institucional e operacional de atenuar ou eliminar as falhas de mercado; quando o
governo não soluciona uma falha de mercado, diz-se que ocorreu uma falha de
governo;

Economia Empresarial
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▪ a capacidade de produção de bens e serviços determina o padrão de vida de um


país, especialmente quando a produção é distribuída com equidade;
▪ a quantidade de moeda disponível afeta os preços, ao favorecer que compradores
e vendedores desenvolvam poder de barganha nas negociações;
▪ a sociedade, no curto prazo, precisa escolher entre inflação e desemprego, ora
acelerando a atividade econômica com vistas ao crescimento, gerando emprego e
renda, porém estimulando processo inflacionário; ora reduzindo a atividade
econômica para controlar a inflação, o que se reflete em desemprego.
A economia enquanto ciência social aplicada preocupa-se em identificar e analisar
o comportamento dos indivíduos e compreender seu reflexo sobre as empresas. Nessa
ação tenta captar as bases de formação do valor dos bens ou serviços para as pessoas e
definir os seus preços para as empresas. Note-se que valor, variável qualitativa, expressa
a importância dos bens ou serviços nos diferentes contextos pessoais e preço, variável
quantitativa, representa a dimensão monetária de desembolso, necessária para a aquisição
dos bens ou serviços. É fácil perceber que quanto mais importante é o produto para o
interessado, maior é seu valor na negociação e, por isso, maior pode ser o preço cobrado
por quem o detém e disponibiliza.

Campos de Estudo da Economia

A análise econômica, por sua vez, procura focalizar os ambientes de relacionamento


dos agentes econômicos. Nesse aspecto, dois são distintos: um micro e outro
macroeconômico. No micro, situam-se clientes, empresas e seus fornecedores; no macro,
associam-se a sociedade, os mercados de forma geral e o governo. Esses ambientes
representam as responsabilidades e os desafios do gestor de empresas, na formação de
expectativas, dimensionamento de riscos e definição das estratégias atenuadoras ou
eliminadoras das incertezas do negócio. Essas relações serão estudadas adiante, nos
capítulos de micro e de macroeconomia, respectivamente.

2.3 Fundamentos de Economia Moderna


A discussão econômica pressupõe a compreensão de alguns conceitos que
representam os pilares dos comportamentos econômicos dos agentes privados e públicos.
O domínio desses conceitos facilita a percepção e a prospecção dos referidos
comportamentos, favorecendo a gestão empresarial. Nesse contexto é necessário o
entendimento de: escassez, custo de oportunidade, utilidade, externalidade, poder de
mercado e o da própria empresa.

Conceitos Fundamentais

Escassez significa que uma determinada necessidade não está sendo atendida a
contento pelo ambiente econômico, o que pode ser interpretado como uma demanda
superior à oferta. Esse descompasso entre ambas pode ser natural ou induzido.
Exemplo: a escassez pode ocorrer devido à redução natural da oferta em períodos de
entressafra, como é comum aos produtos da agricultura. É possível também que seja
gerada pela redução na quantidade ofertada induzida pelos ofertantes de modo a elevar o
valor e o preço do produto, bem como de seus resultados de negócio. Nesse caso, um bom
exemplo é a ação dos países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo
– OPEP.

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Custo de oportunidade é o melhor ganho possível pela aplicação de recursos


físicos, humanos e/ou financeiros entre finalidades alternativas. Representa um referencial
na avaliação de usos dos fatores de produção. A partir dele, o tomador de decisão pode
ordenar as alternativas, priorizando e escolhendo as de melhor resultado comparado.
Exemplo: uma determinada quantia monetária pode ser investida em uma empresa, na
produção e venda de um ativo real, ou aplicada em um ativo no mercado financeiro. A
remuneração do ativo financeiro que o detentor da quantia deixará de receber, representa
o custo de oportunidade da decisão de produção e venda do ativo real. Mediante a
comparação do ganho potencial de ambas, o empresário pode decidir sobre o uso do
dinheiro.
Utilidade é a capacidade de um produto, seja ele um bem ou serviço, de atender
a uma necessidade contextual do consumidor. Essa capacidade é uma propriedade inerente
ao produto, desde a sua idealização e representa um estoque de VALOR funcional e/ou
simbólico disponível ao consumidor. Quanto maior sua aplicabilidade ao contexto do
interessado, maior será o valor do produto e maior a possibilidade de manter ou elevar o
PREÇO de venda. Nesse sentido, o contexto do consumidor pode ser interpretado como
uma relação espaço e tempo, ou melhor, lugar e momento em que a utilidade do produto
possa ser apropriada pelo usuário.
Exemplo: a água mineral comercializada em copos ou garrafas tem utilidade indiscutível
para o ser humano; porém, em um estádio de futebol (espaço, lugar), entre o início e o
final de uma partida (tempo, momento), seu preço de venda varia substancialmente. Isso
se deve ao fato de que o consumidor no estádio e no início da partida sabe que tem poucas
alternativas para adquirir a água de que necessita e, por isso, atribui-lhe alto valor,
permitindo que o preço negociado se eleve. O ofertante, percebendo essa possibilidade,
aproveita e cobra um preço maior pelo produto. Ainda no estádio ao final da partida, o
consumidor necessitado de água percebe que, desta feita, pode ampliar seus fornecedores
(na porta do estádio ou, mesmo, em casa) e atribui menor valor ao produto, induzindo à
queda dos preços negociados. O ofertante, sensível a esse fato, diminui os preços de venda
na negociação. Neste exemplo, nota-se que a utilidade do produto continua a mesma, mas
sua relação com o contexto do consumidor se modifica pela passagem do tempo.
Externalidade é o impacto das ações de um agente econômico sobre o bem-estar
de outro que está em seu entorno. Nem sempre a externalidade, que pode ser negativa
ou positiva está prevista no projeto original da atividade. A negativa abre possibilidade de
compensação entre os agentes envolvidos.
Exemplo: como externalidade negativa, pode-se citar a poluição do ar gerada por uma
fábrica de cimento na região onde ela se insere. Uma externalidade positiva é a valorização
dos imóveis circunvizinhos a um shopping center recém-construído.
Mercado é um espaço real ou virtual destinado à negociação entre agentes
econômicos interessados em consumir e ofertar determinado bem ou serviço. É necessária
a presença de, no mínimo, um de cada para que se configure a existência de um mercado.
Ainda que se fale de mercado consumidor, o entendimento correto é a “parte consumidora
do mercado”, considerando que existem ofertantes aptos a atender os consumidores nesse
mercado.
Exemplo: as feiras livres são exemplos de mercados reais onde se comercializam ativos
reais e o mercado financeiro é um espaço virtual onde se transacionam ativos financeiros
entre instituições financeiras e pessoas jurídicas ou físicas.
Poder de mercado é a capacidade de um agente econômico específico influenciar
significativamente os preços de mercado. Essa capacidade pode ser em função de um

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arranjo tecnológico que propicia vantagem absoluta de custos dificultando a ação da


concorrência e/ou através de uma vantagem institucional definida legalmente pelo poder
público, como concessão para a exploração de determinada atividade, em grupo ou
individualmente.
Exemplo: a Petrobrás realiza a extração de petróleo no Brasil operando tanto vantagens
tecnológicas na exploração em grandes profundidades, quanto vantagens institucionais
como o estabelecimento legal de sua atuação exclusiva na atividade petroleira.
Empresa é uma unidade técnica de produção e distribuição de bens e serviços. Em
essência, uma empresa produz e distribui bem-estar aos seus clientes, através da utilidade
estocada em seus bens ou serviços. Nesse contexto, a empresa assume a responsabilidade
sobre o atendimento ao cliente baseada em três critérios básicos: qualidade, quantidade e
oportunidade que devem ser disponibilizados simultaneamente. Em outras palavras, a
empresa deve produzir e entregar algo útil, que atenda (qualidade). Isso deve ser
disponibilizado com suficiência para o comprador (quantidade) e no momento adequado,
oportuno (oportunidade). É certo que esse atendimento deve observar a obrigação de
gerar lucro operacional e rentabilidade sobre o investimento de capitais da empresa.
Para cumprir suas obrigações, a empresa precisa respeitar o conjunto multidimensional de
responsabilidades que a constitui. Como por natureza a empresa existe para produzir e
entregar um produto, seja ele um bem ou serviço é fundamental estabelecer uma
plataforma tecnológica que representa a 1ª. dimensão empresarial, a TÉCNICA.
Considerando que o produto deve ser entregue no mercado, através da relação oferta e
demanda, ela cumpre sua 2ª. dimensão, a ECONÔMICA. Dado que a entrega deve ser
planejada e orientada, para ser competitiva e estratégica, a empresa desenvolve a 3ª.
dimensão, a ADMINISTRATIVA. A perspectiva de avaliar se o desempenho obtido na
produção e entrega adequa-se às expectativas de viabilidade sobre o negócio, faz com que
se estabeleça a 4ª. dimensão empresarial, a CONTÁBIL. Esta, por sua vez, será
fundamental para reavaliação da estrutura e conduta das dimensões anteriores ao fornecer
“feedback” para o gestor e seus gerentes de área. Com o passar do tempo, a consolidação
dos comportamentos dimensionais auxiliará a empresa à estabelecer as diretrizes que a
significam e, então, alcançar a 5ª. dimensão, a INSTITUCIONAL, completando seu quadro
multidimensional. Isso tanto facilitará quanto será facilitado pelo estabelecimento da
missão, valores, princípios e visão empresariais. Vale assinalar que essa composição é
resultado de gestão organizacional o que significa que empresas de todos os portes e
idade podem (e devem) alcançar as cinco dimensões para ter um estado empresarial
consistente.
A seguir, os conceitos apresentados serão utilizados nas discussões sobre os
eventos econômicos que afetam as empresas e seu ambiente.

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3. MACROECONOMIA APLICADA
A macroeconomia pode ser compreendida, em linhas gerais, como a ação
simultânea de todos os agentes econômicos. Em temos específicos, representa o campo
da economia dedicado ao estudo do conjunto das decisões de todos os agentes
econômicos, com reflexos sobre o crescimento econômico, a inflação, a taxa de juros e a
taxa de câmbio. Seu objetivo é explicar as mudanças econômicas que afetam muitas
famílias, empresas e mercados, simultaneamente.
Apesar dos assuntos abordados pela macroeconomia serem familiares aos agentes
econômicos, sua análise é mais complexa, devido à magnitude dos eventos tratados. Isso
exige maior capacidade dos gestores de empresas na abordagem e no tratamento da
macroeconomia. A vantagem desse conhecimento se mostra na elaboração de cenários
econômicos consistentes que possam orientar o planejamento estratégico dos
investimentos, das operações e dos resultados da empresa, ao longo do tempo.
O passo inicial para compreender a macroeconomia é a definição de um modelo
macroeconômico.
Modelo Macroeconômico

Um modelo é uma representação teórica que estabelece as relações internas e os


fatores que determinam as mudanças e o equilíbrio de determinada estrutura ou sistema.
O macroeconômico tem por objetivo identificar os agentes econômicos, definir suas
atividades e localizar os espaços onde atuam. No âmbito da empresa, seu uso visa a
facilitar o planejamento dos investimentos e da atividade operacional, diminuir riscos e
custos e elevar lucros e rentabilidade.
O modelo macroeconômico apresentado identifica dois agentes principais da
economia: pessoas e empresas.
As pessoas detêm e ofertam seus capitais humano (conhecimento técnico, ou seja,
habilidade e competência para exercer uma atividade profissional), físico (terras e
benfeitorias) e financeiro (recursos monetários) nos mercados de insumos (fatores de
produção). As empresas, por sua vez, demandam esses insumos necessários à elaboração
de seus produtos (bens e/ou serviços) e recorrem a esses mercados para obtê-los.
Elaborados os produtos, as empresas executam a oferta nos mercados de bens e serviços.
As pessoas, desta feita, exercem a demanda por bens e serviços, com o objetivo de
apropriar suas utilidades e alcançar, manter ou elevar o nível de bem estar. Esses
comportamentos associam-se num fluxo insumo-produto e constituem a chamada
“economia de produção”, onde são negociados os ativos produtivos da economia.
Esses ativos são bens e serviços oriundos dos diferentes setores econômicos, tais como:
alimentação, habitação, vestuário, transporte, saúde, educação e lazer. Eles são os
responsáveis pela distribuição de utilidade e bem estar às pessoas. O aumento na
qualidade, quantidade e oportunidade dos ativos reais disponíveis na economia, ao longo
do tempo, constitui o “crescimento econômico”.
Para facilitar, estimular e garantir a ação das pessoas e empresas associa-se ao
fluxo produtivo a inserção da moeda no evento econômico. Ela constitui um fluxo
monetário com papel específico em cada etapa da produção e do consumo. Quando as
empresas demandam os insumos, a moeda serve para a realização das despesas de
produção através do pagamento dos insumos contratados junto às pessoas. Esse
pagamento realiza a renda pessoal necessária para bancar as despesas de consumo de
bens e serviços das pessoas. Tais despesas formam a receita das vendas efetuadas pelas

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empresas na oferta dos bens e serviços e suportam os gastos da contratação dos insumos
necessários ao novo ciclo de produção e comercialização. A presença da moeda na
economia cria a chamada “economia monetária”, onde são negociados os ativos
financeiros. Esses ativos representam os diversos serviços oferecidos pelas instituições
financeiras, tais como: poupança, fundos de investimentos em renda fixa e em ações,
aplicações em renda pré e pós-fixada, dentre outros. A utilização da moeda na economia,
disponível em diferentes ativos financeiros, possibilita a valoração e a precificação dos
ativos reais da economia e constitui o preço médio da economia conhecido como nível
geral de preços.

3.1 Mensuração do Desempenho Econômico


As medidas de desempenho econômico têm por finalidade mensurar o nível de
atividade econômica de um País de modo a avaliar a evolução quantitativa da economia.
Nesse sentido, a principal é o Produto Interno Bruto (PIB). As demais medidas são
estimadas a partir do PIB, considerando envio e recebimento de rendas ao exterior e
impostos diretos e indiretos. Dentre elas estão o Produto Nacional Bruto (PNB) e a Renda
Pessoal Disponível (RPD).
O Produto Nacional Bruto (PNB) é a renda total dos residentes permanentes de um
país, independente de onde ele a produza. Assim, os ganhos de um cidadão que trabalhe
no exterior são contabilizados no PNB do seu país de origem, apesar de fazerem parte do
PIB do país em que ele trabalha. A Renda Pessoal Disponível (RPD) é a renda que as
famílias e as empresas auferem, descontados lucros e dividendos pagos pelas sociedades
anônimas, as contribuições previdenciárias e os pagamentos devidos ao governo. Nela
estão incluídos recebimentos de juros de títulos da dívida pública e das transferências
diretas do governo em programas assistenciais e previdenciários.
Para o gestor de empresas, a compreensão da natureza e da dinâmica do PIB e da
RPD auxilia na elaboração das expectativas sobre o comportamento dos agentes
econômicos nos mercados de insumos e de bens e serviços, pois realça suas capacidades
potenciais de consumo e de oferta agregados. Isso eleva a consistência dos planos de
investimento e de operação comercial das empresas e melhora as avaliações de viabilidade
econômico-financeiras dos projetos. As empresas podem avaliar melhor as oportunidades
disponíveis nas economias nacional e mundial.

Produto Interno Bruto - PIB


O PIB é o valor total de mercado de todos os bens finais e serviços produzidos
dentro de um país, em um dado período de tempo. Representa a medida agregada da
renda e dos gastos da economia nas atividades formais e lícitas, em dado período de
tempo. Sua evolução possibilita a mensuração da atividade e do crescimento econômicos.
A mensuração do PIB ocorre a partir do comportamento de todos os agentes
econômicos do País que atuam nos mercados interno e externo. Assim, o PIB é a soma dos
seguintes componentes:
▪ consumo das famílias (C);
▪ investimento das empresas (I);
▪ gastos de investimento e de custeio do governo (G);
▪ exportações líquidas ou balança comercial (EL)

PIB = C + I + G + EL

Economia Empresarial
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Quando o PIB é referenciado pela população do país, estima-se o PIB per capita
que mostra a renda e os gastos médios de uma pessoa na economia. Em geral, quanto
maior, mais elevado é o padrão de vida da população. Contudo, o PIB não reflete aspectos
distributivos da renda e nem inclui itens que contribuem para o bem-estar social, mas que
não são negociados nos mercados como o meio ambiente. Diante disso, percebe-se que o
PIB é um indicador eficiente de crescimento econômico, mas não de desenvolvimento
econômico. O desenvolvimento econômico pressupõe a distribuição do produto produzido,
ou seja, do crescimento econômico.

Crescimento Econômico e Políticas Públicas


O crescimento econômico é o resultado da variação do produto produzido por uma
economia ao longo do tempo. A oferta agregada pública e privada, interna e externa e a
demanda agregada interna e externa interagem e produzem o produto da economia. Nesse
contexto, a capacidade produtiva instalada no país é fundamental. Além dela, políticas
públicas podem fomentar e incrementar o crescimento econômico, tais como o incentivo à
poupança e ao investimento interno e externo, a garantia aos direitos de propriedade, o
estímulo ao livre comércio, a promoção à pesquisa e ao ensino profissionalizante e o
planejamento do crescimento populacional.
A poupança e o investimento garantem recursos financeiros necessários à
realização do produto. A garantia aos direitos de propriedade eleva as expectativas sobre
os retornos aos investimentos. O estímulo ao livre comércio permite a busca de novas
oportunidades de negócios. A pesquisa e o ensino profissionalizante fomentam o
conhecimento técnico essencial para o desenvolvimento dos processos produtivos. O
planejamento do crescimento populacional favorece a melhor distribuição dos recursos e
resultados da economia, gerando condições propícias ao desenvolvimento econômico.
Na medida em que as políticas públicas de estímulo ao crescimento econômico
sejam efetivas, o ambiente empresarial é favorecido. As empresas encontram terreno fértil
para crescer de forma estruturada, sob uma visão interessante de rentabilidade e
sustentabilidade.

3.2 Nível de Preços e Inflação


O comportamento dos preços da economia revela a variação do poder aquisitivo
das pessoas e empresas. A percepção sobre essa variação é útil ao planejamento dos fluxos
de investimento e de caixa das empresas. Ela possibilita a avaliação consistente da
viabilidade econômico-financeira dos projetos. Nesse contexto, o Nível Geral de Preços
explicita a dimensão dos preços e permite, através de sua variação, inferir sobre a
existência e os impactos da Inflação na economia.

Nível Geral de Preços

O PIB relaciona a capacidade de uma economia. Sob essa ótica, ele pode ser
interpretado como o equilíbrio macroeconômico que resulta da interação entre a demanda
de todos os agentes econômicos, denominada Demanda Agregada e a oferta de todos os
agentes, denominada Oferta Agregada. Assim, a demanda agregada é composta pelas
demandas internas e externas e a oferta agregada é composta pelas ofertas privadas e
públicas, internas e externas. Dessa interação resulta o equilíbrio macroeconômico em
quantidades e preços dos bens e serviços da economia. No caso dos preços, o resultado

Economia Empresarial
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agregado é dado pelo Nível Geral de Preços que representa o preço médio de todos os
bens e serviços produzidos pela economia. Ele á apurado a partir dos preços praticados
sobre bens e serviços da economia, ao longo do tempo.
Inflação

Inflação é definida como o aumento no Nível Geral de Preços. Ela reflete o aumento
dos preços médios e não somente o aumento de preços de alguns poucos bens. É um
evento que afeta, basicamente, o valor dos meios de troca da economia real, ou seja, os
ativos reais da economia. Ela reflete a incapacidade da oferta agregada atender à demanda
agregada.
As causas típicas da inflação são o aumento atípico da demanda agregada, gerando
uma inflação de demanda ou o repasse dos aumentos dos custos de produção aos preços
ao consumidor, produzindo uma inflação de custos. A figura 10 ilustra a inflação de
demanda, gerada pelo aumento da demanda agregada, sem o aumento da oferta
agregada. Nessa situação, o Nível Geral de Preços se eleva, refletindo a inflação. Vale
observar que se a demanda agregada tivesse diminuído, para a mesma oferta agregada,
o Nível Geral de Preços teria diminuído, refletindo deflação, ou seja, queda dos preços
médios da economia.
A inflação produz impactos econômicos que se traduzem em diferentes custos
explícitos e implícitos, contábeis e não contábeis. Quando presente, ela:
▪ aumenta os custos de captação e operação dos recursos financeiros da economia;
▪ distorce os preços relativos entre os ativos reais;
▪ causa distorções tributárias pelo aumento da carga tributária sobre os ganhos de
capital;
▪ gera confusão sobre os valores, dificultando a comparação de receitas, custos e
lucros ao longo do tempo;
▪ promove distribuições arbitrárias de riqueza, com transferência de riqueza dos mais
pobres para os mais ricos; e,
▪ diminui o poder aquisitivo da renda e o padrão de vida individual.
A inflação se revela pela elevação do nível de preços e é mensurada através do
acompanhamento dos chamados Índices de Preços. Esses índices refletem a evolução dos
preços de uma cesta de bens e serviços consumida por um público determinado, situado
em um local específico e em intervalos definidos de tempo.
No Brasil, os índices de preços são elaborados e publicados por diferentes
instituições privadas ou públicas, com objetivos específicos, tendo uma abrangência
setorial, regional ou nacional e diferentes grupos de consumo estudados. Alguns exemplos
de índices de preços:
▪ INDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR (INPC) - Fundação IBGE;
▪ INDICE DE PREÇOS AO CONSUMIOR AMPLO (IPCA) - Fundação IBGE;
▪ INDICE GERAL DE PREÇOS – DISPONIBILIDADE INTERNA (IGP/DI)- da FGV;
▪ INDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR – FIPE/USP.

Um aspecto que vale a pena salientar sobre a inflação é sua relação com o
desemprego na economia. Essa relação impõe, muitas vezes, à sociedade uma escolha de
curto prazo entre ambos. Nesse contexto, políticas fiscais ou monetárias que aumentem a
disponibilidade de recursos financeiros na economia e expandam a demanda agregada
impulsionando a atividade econômica diminuem o desemprego, mas podem elevar a
inflação. Por outro lado, quando essas políticas provocam a redução da disponibilidade

Economia Empresarial
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financeira e provocam a contração da demanda agregada, diminuem a inflação, mas


elevam, temporariamente, o desemprego.

3.3 Moeda, Juros e Dinâmica Financeira.


O entendimento dos aspectos de política monetária auxilia aos gestores
empresariais na decisão sobre a captação de recursos financeiros. Permite-lhes avaliar a
qualidade, a quantidade e a oportunidade do dinheiro e melhora sua percepção sobre o
custo e o retorno efetivos do capital financeiro nas atividades da empresa. Nesse sentido
é oportuna a discussão sobre o papel da moeda e da taxa de juros, bem como da dinâmica
financeira na economia.

Moeda

Moeda pode ser definida como um ativo de alta liquidez que os agentes econômicos
utilizam na troca de bens e serviços entre si. Ela funciona como meio de troca devido ao
fato de representar reserva de valor para os agentes econômicos. Isso garante sua
aceitação nas operações comerciais, permite a utilização como unidade de conta e
fracionamento dos valores, facilitando o troco na economia. Além disso, possibilita
pagamentos diferidos no tempo (prestações).
A liquidez de um ativo real ou financeiro é a capacidade que ele exibe de se
transformar em dinheiro na economia. No caso da moeda, a liquidez é perfeita, uma vez
que ela é, por natureza, dinheiro. Ao longo do espaço e do tempo, vários ativos reais foram
utilizados como moeda pelo seu valor intrínseco e representaram a chamada “moeda-
mercadoria”, como por exemplo: pedras, sal, prata, ouro, cigarros, etc. Esses ativos,
entretanto não foram capazes de atender a quantidade demandada pelos agentes
econômicos, a medida que a economia se expandiu. Diante disso, a sociedade estabeleceu
a chamada “moeda de curso forçado”, cujo lastro é fiduciário (confiança na economia).
Essa moeda tem uso e aceitação impostos por determinação do governo, não possui valor
intrínseco e é representada por papel-moeda, moedas metálicas e cheques.
A quantidade de moeda disponível na economia precisa ser gerida com eficiência,
uma vez que influencia o nível geral de preços, através de seu uso nos mercados de
insumos e produtos da economia real. Diante disso, as autoridades monetárias,
representadas pelo Conselho de Política Monetária (COPOM) avaliam continuamente o risco
de inflação na economia real e decidem a quantidade de moeda a ser disponibilizada pelo
Banco Central (BACEN).

Os principais instrumentos utilizados pelo BACEN para controlar a oferta monetária na


economia são:
▪ exigência de reservas e depósitos compulsórios que os bancos devem manter no
BACEN;
▪ operações de mercado aberto através da compra ou venda de títulos do governo
pelo BACEN; e,
▪ operações de redesconto através da cobrança de taxa sobre operações de desconto
que os bancos fazem com o BACEN.
Quando o BACEN decide aumentar a oferta monetária, ele diminui as reservas
obrigatórias e/ou compra títulos públicos e/ou diminui a taxa de redesconto. Caso
contrário, para diminuir a oferta monetária o BACEN aumenta as reservas obrigatórias e/ou
vende títulos públicos e/ou aumenta a taxa de redesconto.

Economia Empresarial
12

Taxa de Juros

A decisão sobre a oferta monetária, por sua vez, se reflete na taxa de juros básica
da economia (taxa SELIC) e referencia a taxa de juros de mercado. A taxa SELIC é a taxa
de juros média que incide sobre os financiamentos diários com prazo de um dia útil
(overnight) lastreados por títulos públicos registrados no Sistema Especial de Liquidação e
de Custódia. Definida mensalmente pelo COPOM e executada pelo BACEN, a SELIC
referencia operações no mercado interbancário e o serviço financeiro de parte da dívida
pública interna.
O mercado interbancário é constituído pelas instituições financeiras e tem por
finalidade atender à equalização diária das posições financeiras das instituições
participantes do Sistema. Nele, as instituições podem realizar captações e empréstimos de
modo a cobrir eventuais posições deficitárias ou a diluir posições superavitárias. Isso
garante a “saúde” do sistema por viabilizar recursos e liquidez ao mercado financeiro.
A dívida pública interna é o valor devido pelo governo aos agentes econômicos
nacionais pelos recursos captados para bancar as despesas de investimento e custeio do
poder público. Como assinalado, ela está lastreada em títulos públicos oferecidos no
mercado financeiro.
Dado que a demanda por moeda é sensível à taxa de juros, pois à medida que os
juros crescem, a quantidade demandada de moeda diminui. Por outro lado, a oferta de
moeda é executada pelo BACEN em termos de quantidade ofertada constante. Da interação
entre ambas, demanda e oferta, resulta a taxa de juros SELIC.
A natureza institucional da SELIC serve ao sistema financeiro como referência para
a taxa de juros de mercado. Os juros de mercado são aqueles praticados nas operações
entre as instituições financeiras e os agentes da economia real. A correlação entre ambas
é direta, ou seja, os juros de mercado tendem a variar no mesmo sentido da SELIC.
Observa-se que a taxa SELIC é utilizada nas operações entre o BACEN e as
instituições financeiras, entre o Governo e as instituições financeiras e entre as próprias
instituições no mercado interbancário. A taxa de juros de mercado, por sua vez, é praticada
entre as instituições financeiras e os agentes da economia de produção.
Dinâmica Financeira

A dinâmica financeira está associada às decisões tomadas pelas autoridades


monetárias, especialmente pelo COPOM. Na medida em que ele decide aumentar a
quantidade ofertada de moeda na economia real, a SELIC é reduzida. Com isso, os juros
de mercado também se reduzem, elevam a oferta de moeda na economia real e favorecem
as ações de investimento e consumo dos agentes econômicos.
Ao longo do tempo, a taxa SELIC praticada na economia brasileira tem mostrado
comportamento descendente, ainda que não continuamente. Isso está associado ao
aumento da oferta de moeda disponível para a economia real.
A percepção sobre a tendência das taxas de juros da economia é útil ao
planejamento financeiro da empresa. Ao observá-la, o gestor pode avaliar e projetar o
custo efetivo dos recursos financeiros necessários aos investimentos e às operações
comerciais através do capital de giro. As empresas são beneficiadas na medida em que a
engenharia financeira se baseia no melhor entendimento da dinâmica dos mercados
financeiros interno e externo.

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13

3.4 Economia e Setor Público


Um aspecto fundamental na gestão das empresas é sua relação com o setor público.
O entendimento dessa relação pode elevar as eficiências operacional e econômico-
financeira da empresa.
Externalidades, Bens Públicos e Recursos Comuns

Como definido anteriormente, Externalidade é o impacto das ações de um agente


econômico sobre o bem-estar de outro que está em seu entorno, ou seja, no espaço
público. Ela pode ser negativa, como a poluição do ar gerada por uma fábrica de cimento
na região onde ela se insere, ou positiva como a valorização dos imóveis circunvizinhos a
um shopping center recém-construído.
Quando negativa, a externalidade prejudica a vida dos agentes econômicos no
espaço público, causando elevados custos sociais. Neste caso, uma forma de compensação
pode ser negociada privadamente pelos envolvidos ou imposta pelo governo. Na tentativa
de inibir a geração de externalidades negativas, pode ser instituído um imposto específico
sobre a atividade da empresa, estimulando o desenvolvimento tecnológico que a minimize
ou elimine.
Quando positiva, a externalidade beneficia a vida dos agentes econômicos no
espaço público. Diante disso, o governo pode estimular as atividades geradoras desse tipo
de externalidade, de modo a elevar o benefício ou reduzir o custo social. O estímulo pode
ser concedido através de incentivos de natureza fiscal (redução ou isenção de impostos),
monetária (crédito orientado com taxas preferenciais) ou institucional (direitos de
propriedade e exploração comercial), dentre outros.
É importante que o gestor da empresa procure avaliar os efeitos externos de seus
processos produtivos, de modo a identificar as externalidades positivas ou negativas e a
inferir possíveis penalizações ou incentivos públicos. Esses argumentos devem ser incluídos
na proposição e avaliação de novos investimentos e/ou produtos a serem implantados pela
empresa. Um imposto não esperado, devido a uma externalidade negativa pode
comprometer o fluxo de caixa. Um incentivo fiscal, monetário ou institucional pode elevar
a rentabilidade da empresa.
Bens Públicos podem ser definidos como aqueles que estão disponíveis ao uso de
todos os agentes da economia e cujo uso por um agente não prejudica o uso por outro.
Dessa forma, observa-se que eles não são excludentes e nem provocam rivalidade.
Rodovias não pedagiadas, praças públicas, pesquisa básica, iluminação e segurança
públicas são exemplos de bens públicos.
Na medida em que não se pode cobrar pelo uso específico de um bem público por
parte de um agente econômico, a oferta privada é desestimulada. Resta ao poder público
a obrigação de oferecê-los. E, para custear essa oferta, são estabelecidos impostos e taxas
que são distribuídos a todos os agentes econômicos, sem distinção.
O conhecimento sobre bens públicos favorece o planejamento das atividades
empresariais, na medida em que permite identificar oportunidades de parcerias com o
poder público, através da exploração de concessões de serviços públicos.
Recursos Comuns são aqueles que estão disponíveis a todos os agentes
econômicos que os desejarem; porém, a cada uso por um agente econômico, sua
quantidade é diminuída, resultando em menor disponibilidade para os demais agentes.
Dessa forma, observa-se que, apesar de não excludentes, os recursos comuns provocam
rivalidade no consumo, uma vez que os primeiros usuários serão mais beneficiados.

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Recursos ambientais são os melhores exemplos de recursos comuns, tais como: madeira
em florestas nativas, peixes nos rios, minérios no solo, petróleo, etc. Nesse caso, o governo
também precisa intervir de modo a regular o consumo através de estratégias de
preservação e utilização dos recursos comuns.
A definição dos recursos comuns envolvidos, direta ou indiretamente, nos processos
produtivos da empresa é fundamental para a avaliação e condução desses processos. Uma
vez que esses recursos se tornam escassos ao longo do tempo, podem inviabilizar os
processos tecnológicos e comprometer os resultados econômico-financeiros esperados pela
empresa.

Política Fiscal e os Custos da Tributação


Política Fiscal é o conjunto de medidas relacionadas à arrecadação, através de
impostos e aos gastos de governo, para investimento e custeio. Baseia-se na necessidade
de equilíbrio fiscal entre arrecadação e gastos e, por isso, pressupõe responsabilidade fiscal
por parte do governo.
No que respeita aos impostos, pode-se interpretá-los como o preço dos recursos e
serviços públicos necessários ao processo produtivo. Diante disso, é importante avaliar
seus efeitos sobre a atividade e resultados empresariais.
Sempre que um imposto é lançado, seja sobre compradores ou vendedores, ambos
compartilham o ônus. Tanto o preço cobrado aos consumidores se eleva, quanto o preço
recebido pelos ofertantes diminui. A diferença entre eles representa a receita tributária do
governo. Quanto maior o imposto, maior essa receita. É importante observar que essa
receita não permanece com o governo, pois ela deve se converter em gastos públicos e
retornar à sociedade na forma de infraestrutura econômica e serviços públicos.
Vale lembrar que o imposto se distribui tanto para a demanda quanto para a oferta
agregadas, elevando os preços finais pagos pelos consumidores e diminuindo os preços
recebidos pelos produtores. Além disso, há uma redução da quantidade de equilíbrio, com
perda de bem-estar social no curto prazo. A diferença entre a quantidade de equilíbrio que
seria consumida e produzida na ausência do imposto e a quantidade efetivamente
consumida e produzida na presença do imposto é conhecida como “peso morto”. Ele é
considerado um excedente perdido porque o imposto desestimula os negócios mutuamente
vantajosos, ou seja, compradores e vendedores reduzem suas ações deixando de apropriar
as vantagens do comércio.
Sob a ótica do peso morto gerado na economia, o aumento contínuo do imposto
causa, no início, o aumento da receita tributária do governo. Porém, a partir de
determinada magnitude, o imposto provoca a redução dessa receita, uma vez que os
agentes econômicos reduzem suas atividades.
A presença dos impostos na economia exige que o gestor empresarial considere
seus efeitos na capacidade de compra dos consumidores e nos resultados de caixa da
empresa. Em função dos impactos é necessário o planejamento econômico-financeiro da
empresa à luz da matriz tributária do país. É preciso compor sua participação na formação
dos custos e preços dos bens e serviços ofertados, na estimação dos lucros e na
rentabilidade das atividades da empresa.

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4. ECONOMIA ABERTA
A busca de novas oportunidades comerciais tem estimulado os empresários a
prospectar mercados cada vez mais distantes de suas bases. O propósito deste capítulo é
posicionar os principais aspectos econômicos que, tanto os técnicos que orientam a gestão
empresarial, quanto os gestores que a realizam precisam conhecer e dominar para projetar
atividades de comércio internacional.

4.1 Economia em Ambiente Globalizado.


A atuação nos mercados exteriores, para importação ou exportação de bens e
serviços e para a captação de recursos financeiros exige conhecimento técnico
especializado sobre as questões sociais, ambientais e econômicas em termos globais e
específicos sobre os países com os quais se pretende estabelecer parcerias comerciais.
Globalização, blocos econômicos e economia internacional.

O comércio em ambiente internacional tem raízes antigas na história da


humanidade. Recentemente, porém, ganhou maior ênfase. Especialmente a partir do
século 20, o comércio internacional foi estimulado pela globalização.
Globalização pode ser definida como um processo de integração social, política e
econômica baseada no livre fluxo de informações entre os agentes da sociedade. Esse
processo foi instrumentalizado pela internet que viabilizou a troca de informações em
espaço global e tempo real.
A integração econômica propiciada pela globalização facilitou a consolidação de
blocos econômicos constituídos por países com interesses sociais, políticos e econômicos
comuns. Nesse contexto, surgiram:

a) União Europeia (UE), iniciada em 1957, a partir da Comunidade Econômica


Europeia, a UE foi oficializada em 1992 e atualmente é formada por 27 países-
membros: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslováquia,
Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália,
Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido,
República Checa, Romênia e Suécia;

b) União Econômica Benelux (BENELUX), criada em 1958, é formada por Bélgica,


Holanda e Luxemburgo;

c) Comunidade Andina das Nações (CAN – Pacto Andino), criada em 1969, é


formada por Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela;

d) Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), estabelecido em 1991, é formado por


Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela;

e) Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC), criada em 1993, é


formada pelos seguintes países: Austrália, Brunei, Canadá, Chile; China, Cingapura,
Coréia do Sul, EUA, Filipinas, Hong Kong, Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova
Zelândia, Tailândia, Taiwan, Papua Nova Guiné, Peru, Rússia e Vietnã;

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16

f) Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), oficializado em 1994,


é formado pelos Estados Unidos, México e Canadá.

A configuração em blocos econômicos facilita o acesso aos mercados internos e a


participação comercial dos países membros, através do estreitamento das relações
econômicas, financeiras e comerciais. Os blocos procuram abolir fronteiras econômicas e
comerciais, oportunizando a livre circulação dos capitais humano e financeiro. Na realidade,
constituem oportunidades comerciais interessantes para as empresas que se dispõem a
atuar no contexto internacional. É um ambiente que o gestor empresarial precisa conhecer.

4.2 Fluxo Internacional de Capitais


A economia internacional, a exemplo das economias locais, caracteriza-se por dois
ambientes distintos: um de economia real, onde circulam ativos reais e, outro, de economia
monetária, onde circulam ativos financeiros. O primeiro é denominado de “transações
correntes”; o segundo, de “movimento de capitais”.

Transações correntes, fluxos de capitais e balanço de pagamentos.

As relações econômicas de um país com o exterior, sejam elas comerciais,


financeiras ou de qualquer outra natureza são registradas, de forma sistemática, no
Balanço de Pagamentos. Ele é um instrumento de contabilidade social que possibilita a
análise da atividade econômica internacional do país, através das contas de transações
correntes e de movimento de capitais entre os agentes econômicos públicos e privados.
A conta de transações correntes registra as operações comerciais (importações e
exportações) realizadas com insumos, bens e serviços finais entre agentes econômicos do
país e do exterior.
A conta de movimento de capitais registra as operações financeiras, tais como
transferências, aplicações e empréstimos realizados entre os agentes econômicos do país
e do exterior.

4.3 Mercado Cambial


O comércio internacional obriga os agentes econômicos à comparação de suas
eficiências produtivas e distributivas expressas através dos preços dos produtos
negociados. Para isso, os valores devem ser convertidos para a mesma base monetária
utilizando um conversor de moedas denominado “taxa de câmbio”. Além desse propósito,
a taxa de câmbio também favorece o planejamento dos investimentos e das operações da
empresa, dado que congrega aspectos fundamentais das economias relacionadas pela
intenção comercial.

Câmbio e Taxas de Câmbio


A contribuição e o uso adequado da taxa de câmbio exigem que o gestor entenda
alguns aspectos associados à sua formação e encaminhamento, tais como: câmbio, política
cambial, regime cambial, taxa de câmbio nominal e taxa de câmbio real.

Economia Empresarial
17

Câmbio
Segundo o Banco Central do Brasil (BACEN), câmbio é toda operação em que ocorre
troca de moeda nacional por moeda estrangeira ou vice-versa. A troca é realizada pelos
agentes econômicos no mercado cambial. Esse mercado é formal, legalizado, controlado
pelo BACEN e divide-se em “comercial” e “turismo”. Nele os agentes econômicos atendem
sua demanda por moeda estrangeira.
O “comercial” está associado à operações decorrentes de comércio exterior, ou seja,
de exportação e de importação; relacionadas às atividades dos governos, nas esferas
federal, estadual e municipal; relativas aos investimentos estrangeiros no País e aos
empréstimos a residentes sujeitos a registro no Banco Central; e, referentes aos
pagamentos e recebimentos de serviços.
O "turismo" é utilizado para as operações relativas à compra e venda de moeda
estrangeira para o turismo internacional, bem como para outras transferências tais como
contribuições a entidades associativas, doações, heranças, aposentadorias e pensões,
manutenção de residentes e tratamento de saúde.

Política cambial
Política cambial pode ser definida como o conjunto de ações do Governo que
influenciam o comportamento do mercado de câmbio e da taxa de câmbio. Nesse contexto,
o BACEN executa a política cambial definida pelo Conselho Monetário Nacional da seguinte
forma:
a) autoriza as instituições operadoras, regulamenta e fiscaliza o mercado de câmbio;
e,
b) atua diretamente no mercado, comprando e vendendo moeda estrangeira de forma
ocasional e limitada, com o objetivo de conter movimentos desordenados da taxa
de câmbio.

Regime cambial
O regime cambial é o modelo de atuação do BACEN no mercado cambial, definido
em cada país ao longo do tempo. Diante disso, três regimes podem ser aplicados:
a) câmbio fixo, com intervenção direta do BACEN para manter a paridade entre a
moeda nacional e a estrangeira;
b) banda cambial, com faixas de variação da taxa de câmbio definidas e sujeito à
intervenção do BACEN, caso a taxa de câmbio praticada no mercado exceda os
limites pré-estabelecidos; e,
c) câmbio flutuante, definido pelo mercado cambial, sem regras definidas de
intervenção pelo BACEN;

No Brasil, o BACEN adotou o regime de câmbio flutuante a partir de 1999.

Taxa de Câmbio Nominal

Taxa de câmbio nominal (TCN) é a quantidade de moeda nacional equivalente a


uma unidade de moeda estrangeira. Estabelecida como relação entre as duas moedas,
pode ser interpretada como o preço de uma moeda estrangeira medido em unidades da
moeda nacional. Assim,

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𝑸𝒖𝒂𝒏𝒕𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝑴𝒐𝒆𝒅𝒂 𝑵𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍


𝑻𝑪𝑵 =
𝑸𝒖𝒂𝒏𝒕𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝑴𝒐𝒆𝒅𝒂 𝑬𝒔𝒕𝒓𝒂𝒏𝒈𝒆𝒊𝒓𝒂

Exemplo:

𝑹$ 𝑿, 𝑿𝑿
𝑻𝑪𝑵 =
𝑼𝑺$ 𝟏, 𝟎𝟎

Na medida em que as quantidades de moeda são obtidas em seus mercados, a TCN


evolui a partir das relações entre as demandas e ofertas de moeda nacional e de moeda
estrangeira no território nacional. Os resultados líquidos dessas forças de mercado é que
determinam a quantidade de moeda necessária à equivalência.

No caso da moeda nacional, quando a demanda por moeda dos agentes econômicos
públicos e privados supera a oferta de moeda realizada pelo BACEN, ocorre excesso de
demanda pela moeda. Isso eleva seu valor e preço tornando-a apreciada. Caso contrário,
quando a oferta de moeda nacional supera a demanda por moeda dos agentes econômicos,
ocorre excesso de oferta, queda do valor e do preço, tornando-a depreciada.

No caso da moeda estrangeira, o raciocínio pela demanda e oferta também se


aplica. A diferença é que a oferta dessa moeda na economia é resultante da balança
comercial, por superávit ou déficit comercial entre exportações e importações e, também,
pelo volume de investimentos externos diretos (IED) que o país recebe de investidores
internacionais.

A combinação da moeda nacional apreciada ou depreciada com a moeda estrangeira


apreciada ou depreciada é que define tanto a paridade entre ambas (quantidade de uma
equivalente à quantidade da outra), quanto o encaminhamento dessa paridade. Isso é
revelado pela evolução da taxa de câmbio nominal.

O gestor empresarial deve estar atento à evolução da taxa de câmbio nominal


devido ao fato de que ela afeta, diretamente, a capacidade comercial da empresa no
ambiente internacional.

Quando a moeda nacional se aprecia, há uma facilitação da atividade importadora,


uma vez que diminui a quantidade de moeda nacional equivalente a uma unidade de moeda
estrangeira. Isso resulta em um desembolso menor em R$ para comprar a mesma
quantidade de US$, por exemplo. Contudo, nesse contexto, a atividade exportadora fica
prejudicada, pois as divisas recebidas pela venda do produto no exterior, em US$, quando
internalizadas e convertidas para a moeda nacional, resultam em um valor menor, em R$.
Esse fato pode comprometer o pagamento dos custos de produção da empresa. Outra
maneira de interpretar essa situação é pela ótica do preço dos produtos. A moeda nacional
apreciada torna o produto estrangeiro mais barato do que o nacional, uma vez que o
desembolso por ele fica menor do que os custos de produção do similar nacional. Esse fato
desestimula a produção e a exportação do produto nacional e estimula a importação do
estrangeiro.

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Outrossim, quando a moeda nacional se deprecia, a exportação é facilitada e a


importação prejudicada., uma vez que aumenta a quantidade de moeda nacional
equivalente a uma unidade de moeda estrangeira. Isso beneficia a conversão das divisas
de exportação, recebidas em US$, para a moeda nacional, resultando em um valor maior,
em R$. Sob a ótica do preço dos produtos, a moeda nacional depreciada torna o produto
nacional mais barato do que o estrangeiro. Desta feita, o desembolso por ele aumenta e
estimula a produção e exportação do produto nacional e inibe a importação do estrangeiro.

Taxa de Câmbio Real


A partir da taxa de câmbio nominal o gestor pode estimar a taxa de câmbio real
para os produtos que pretende transacionar nos mercados internacionais, seja na
importação, seja na exportação.
A taxa de câmbio real (TCR) é definida como o preço relativo entre os bens
estrangeiros e os bens domésticos. É estimada a partir da taxa de câmbio nominal e dos
preços dos bens nos dois países medidos em moedas locais.

Taxa de Câmbio Real =

= Taxa de Câmbio Nominal x Preço Externo do Bem


Preço Interno do Bem

em que:

Taxa de Câmbio Nominal = Moeda Nacional


Moeda Estrangeira

Ao utilizar o preço dos produtos, a TCR considera, de forma implícita, tanto a


eficiência produtiva de cada ofertante, quanto a flutuação dos preços (inflação ou deflação)
de cada país.
Uma vez que o preço tem em si o custo operacional de produção, referente aos
fatores variáveis utilizados na produção e a margem de contribuição esperada sobre os
fatores fixos, a TCR permite inferir sobre a capacidade e a eficiência tecnológica dos
produtores. Além disso, como os preços variam também em função da inflação ou deflação
nas economias locais, a TCR incorpora os efeitos dessa variação. Dessa forma a TCR
permite a comparação dos preços e de seus condicionantes, facilitando ao gestor a decisão
sobre estratégias de produção e de comercialização. Nesse aspecto vale comentar que
apesar do câmbio nominal apresentar possibilidade de flutuações intensas (volatilidade)
devido à dinâmica do mercado monetário, a inflação está relacionada às capacidades da
economia real, especialmente da oferta agregada no atendimento à demanda agregada,
de natureza estrutural e menor variação. Diante disso, a TCR possibilita avaliações de
tendências mais consistentes por ser mais estável do que a TCN.

4.4 Comércio Internacional


É fato que o comércio internacional beneficia a todos que dele participam. Em
primeiro lugar, pelos resultados econômicos em preços e/ou em quantidades que os
ofertantes podem alcançar ao negociar com um número maior de consumidores. Em
segundo, porque amplia as oportunidades de escolha de ofertantes e de consumidores. E

Economia Empresarial
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em terceiro, porque fortalece o fluxo de ideias e informações, elevando a qualidade dos


bens e serviços transacionados.
O ambiente de comércio internacional é particularmente interessante à gestão das
empresas que pretendem buscar mercados exteriores tanto para a aquisição de insumos,
quanto para a venda de produtos. Aspectos ligados à balança comercial e à operação no
comércio internacional precisam ser conhecidos dos gestores.
Balança Comercial

Balança comercial é o resultado obtido pela diferença entre o valor das exportações
e o valor das importações efetuadas por um país, em um determinado período de tempo.
É também conhecida como o saldo das Exportações Líquidas de um país.
A evolução da taxa de câmbio nominal, ao longo do tempo, afeta a Balança
Comercial. Na medida em que a moeda nacional se aprecia, as importações de bens e
serviços são favorecidas em detrimento das exportações. Esse contexto pode levar à
formação de um déficit comercial, refletindo-se numa balança comercial negativa. Por
outro lado, quando a moeda nacional se deprecia, as exportações se expandem e as
importações recuam, favorecendo a formação de superávit comercial, tornando a balança
comercial positiva.
O gestor empresarial, ao observar o encaminhamento dos resultados do comércio
exterior pode melhorar sua capacidade de planejamento e adaptação ao contexto
internacional. As tendências da exportação e da importação podem orientá-lo quanto ao
momento de adquirir insumos e/ou vender os produtos da empresa.

Ganhos, Perdas e Restrições

É certo que a participação no comércio internacional eleva o bem-estar econômico


de um país. Porém, ao participar desse ambiente, os agentes econômicos devem estar
conscientes dos ganhos, perdas e das restrições inerentes aos mercados internacionais.
Um aspecto importante diz respeito à relação entre o preço local (interno ao país)
e o preço internacional dos produtos negociados no contexto externo. Vale notar que o
preço local tende a se igualar ao preço internacional. Se o preço internacional for superior
ao local, os ofertantes elevarão seus preços e a quantidade ofertada. Apesar disso, os
consumidores serão prejudicados. Por outro lado, se o preço internacional for inferior ao
preço local, os ofertantes serão obrigados a reduzir seus preços. Enfim, os ofertantes serão
prejudicados e os consumidores beneficiados. Vale observar que, ao longo do tempo, a
queda do preço local pode desestimular a produção e restringir a oferta, prejudicando os
consumidores.
Outro aspecto relevante no comércio internacional são as restrições tarifárias e não
tarifárias impostas sobre as importações de produtos.
No caso de uma tarifa imposta sobre bens produzidos no exterior, o preço local
tende a aumentar, de modo a se equiparar ao preço internacional mais a tarifa. Diante
disso, a tarifa desestimula a importação do bem e estimula a produção do similar local,
beneficiando os ofertantes. Como o preço local se eleva, os consumidores são prejudicados.
Nesse caso, a receita tributária do governo aumenta.
Um tipo de restrição não tarifária é o estabelecimento de quotas de importação.
Através de licenças, a quota limita a importação e tenta estimular a oferta interna. Porém,
quando estabelecida, reduz a disponibilidade do produto no mercado interno e eleva o
preço local a níveis superiores ao preço internacional. Isso beneficia os ofertantes internos

Economia Empresarial
21

e prejudica os consumidores internos. O governo se beneficia desse sistema apenas se


cobrar uma taxa sobre a concessão das licenças.
As restrições ao comércio internacional são defendidas através de argumentos
baseados na proteção aos empregos locais, à indústria local, à concorrência desleal e, até
mesmo, à segurança nacional. No Brasil, esses argumentos foram utilizados por longo
tempo para restringir as importações de vários produtos, sob a ótica do chamado “Modelo
de Substituição de Importações”. Apesar disso, vários setores da economia brasileira se
prejudicaram substancialmente pela dificuldade em importar tecnologias que os
mantivessem competitivos no contexto internacional. O setor de informática é um bom
exemplo. A partir dos anos 90, com a abertura comercial, o País retornou ao comércio
internacional, elevando suas exportações, devido à produtividade incrementada pelas
importações de tecnologia.
As empresas têm se beneficiado da abertura comercial e do novo contexto
internacional no qual o País se inseriu. Novos mercados, mais consumidores com maiores
rendas são elementos favoráveis à decisão de explorar o contexto exterior. O gestor deve
avaliar essas oportunidades e planejar a inserção da empresa no comércio mundial,
especialmente quando a relação comercial está sujeita à barreiras tarifárias ou não
tarifárias de natureza institucional (quotas e licenças) ou técnicas.
As barreiras técnicas ao comércio, conhecidas como TBT (Technical Barriers to
Trade) são derivadas da utilização de normas ou regulamentos técnicos domésticos
destinados a proteger produtores locais. São constituídas por argumentos não aceitos
internacionalmente decorrentes de avaliações de conformidade não-transparentes e/ou
demasiadamente dispendiosas. Em geral elas podem ser estabelecidas através de leis,
regulamentos, políticas, medidas ou práticas governamentais que restrinjam ou distorçam
o comércio internacional.
É certo que as TBTs podem se tornar grandes obstáculos ao comércio, pois as
diferenças tecnológicas entre os países podem ser utilizadas como formas de protecionismo
à produção nacional. Diante disso, desde 1995, o Acordo sobre Barreiras Técnicas ao
Comércio, no âmbito da Organização Mundial do Comércio, procura assegurar que
regulamentos de produtos, normas voluntárias e procedimentos de avaliação de
conformidade com regulamentos ou normas técnicos não se tornem obstáculos
desnecessários ao comércio internacional e não sejam empregados para obstruir o
comércio.
Nesse contexto, produtores e exportadores precisam conhecer os padrões
tecnológicos mais recentes e seus mercados prospectivos para planejar melhor os
investimentos da empresa e as operações de comércio exterior.

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Economia Empresarial
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5. MICROECONOMIA APLICADA
A microeconomia é o campo de estudo da economia que se preocupa com os
seguintes aspectos:
▪ o comportamento dos consumidores e das empresas em seus mercados;
▪ as razões que levam um consumidor a adquirir um bem ou serviço;
▪ os motivos que levam uma empresa a produzir uma mercadoria e a definir o preço
cobrado; e,
▪ os tipos de mercado nos quais empresas e consumidores atuam;
Nesse campo, dois ambientes distintos podem ser percebidos: um afeto às relações
de demanda e oferta em mercado e, outro, às questões da empresa que envolvem aspectos
tecnológicos e econômico-financeiros relacionados à produção dos bens e serviços. Esses
ambientes são tratados nas Unidades a seguir.

5.1 Aspectos de Mercado


Definido como o espaço de realização das expectativas de consumidores e
vendedores, o mercado permite que ambos exercitem suas condições e capacidades de
negociação que, em última instância, se expressam através do preço dos bens ou serviços.
A compreensão dessas condições que definem a demanda, enquanto ato de consumo e a
oferta, enquanto ato de produção e distribuição dos bens ou serviços é fundamental tanto
para os técnicos que orientam a gestão empresarial, quanto para aqueles que a praticam.
Diante disso, demanda e oferta serão abordadas separadamente e, depois conjuntamente,
a partir do pressuposto da negociação.

Demanda

Demanda pode ser entendida como a disposição e capacidade de consumir


quantidades de um bem ou serviço, ao longo do tempo, a diferentes níveis de preço.
Representa a quantidade de um bem ou serviço que os compradores desejam e podem
comprar para atender suas necessidades. Em linhas gerais, condiciona-se por aspectos
relacionados ao consumidor, ao bem ou serviço em si e ao mercado acessível.
A disposição em consumir determinado bem ou serviço está relacionada à aplicação
de sua utilidade no contexto do consumidor. A utilidade é a capacidade de atendimento a
uma necessidade potencial do consumidor, inerente ao bem ou serviço e que pode ou não
ser utilizada, dependendo do lugar que esse consumidor ocupa e do momento que vive.
Quanto maior essa relação, maior o interesse do consumidor em adquirir o bem ou serviço.
A compra de um automóvel particular depende das condições locais do transporte coletivo
disponível e da agenda do potencial comprador. Caso o transporte coletivo seja ineficiente
e/ou a agenda do indivíduo emergencial, o carro se torna prioritário na decisão de compra.
Caso contrário, ainda que o carro ofereça utilidade de transporte, sua aquisição não será
prioridade na cesta de consumo individual.
A capacidade de consumo, por sua vez, depende da disponibilidade de renda do
consumidor. Considerando que a renda do consumidor é relativamente rígida, no curto
prazo, as suas expectativas de compra dependem do desembolso relacionado à aquisição
dos bens ou serviços. O desembolso é representado pela quantidade desejada multiplicada
pelo preço unitário a ser pago e representa uma fração da renda disponível. Diante disso,
o consumidor precisará otimizar o uso de sua renda de modo a suportar a compra de todos
os bens ou serviços de sua cesta de consumo. Diante disso, a relação entre a quantidade

Economia Empresarial
23

e o preço torna-se indireta, ou seja, para preços menores, quantidades maiores e vice-
versa.
Uma vez que o consumidor procura utilizar sua renda de modo a ampliar seu elenco
de bens ou serviços consumidos e, com isso, o seu nível de bem-estar (padrão de conforto),
faz-se necessário monitorar tanto o preço dos substitutos próximos, quanto o dos
complementares ao que deseja.
Substitutos próximos são aqueles bens ou serviços que oferecem satisfação
aproximada da obtida quando do consumo dos itens principais. Essa pequena diferença se
reflete nos preços finais e permite ao consumidor optar entre eles, segundo sua
conveniência. Nesse caso, a queda de preço de um diminui a quantidade demandada do
outro, uma vez que estimula a substituição pelo consumidor. Como exemplo, assinala-se
a decisão entre dois refrigerantes ou duas cervejas do mesmo tipo cujas diferenças, mesmo
que mínimas, são perceptíveis ao consumidor. A decisão de consumo, nesse caso, se
estabelece pela comparação entre a maior ou menor fração de renda a ser desembolsada
e a satisfação obtida ou perdida, respectivamente.
Bens ou serviços complementares são aqueles que ampliam o efeito da utilidade
dos principais no contexto do consumidor, elevando seu bem-estar. Consciente dessa
possibilidade, o indivíduo age no sentido de adquiri-los em condição complementar e
equivalente. Diante disso, avalia o preço dos bens complementares ao que pretende
consumir, de modo a ponderar sua decisão de compra. Quando o preço dos
complementares é reduzido, aumenta a quantidade demandada do principal e vice-versa.
Numa visão ampla, ele procura condições de consumir, simultaneamente, bens ou serviços
que atendam suas necessidades de alimentação, habitação, vestuário, transporte, saúde,
educação, cultura e lazer. O consumo de vestuário pelas mulheres ilustra muito bem a
percepção de complementaridade, pois a compra de uma única blusa é ponderada pela
possibilidade de compor um conjunto que impõe a combinação com saias, calças, sapatos
e acessórios.
A percepção sobre gostos e preferências também é importante na decisão de
consumo. Aspectos emocionais e subjetivos podem influenciar a atribuição de valor e,
consequentemente, de preços aos bens ou serviços pelo consumidor, modificando sua
disposição de desembolso. A aquisição de presentes para serem distribuídos nos dias das
mães, dos namorados, dos pais e das crianças é um bom exemplo da força dos gostos e
preferências na decisão de consumo. Vale notar que para a mesma renda, o consumidor
que assume esse desembolso, se não tiver poupança realizada com esse fim, deixa de
consumir algo de sua cesta de consumo típica para atender ao chamamento desses “dias”.
Isso também vale para a decisão baseada no atendimento especial que algumas empresas
desenvolvem e que levam o consumidor a aceitar um preço maior na compra do bem ou
serviço, ainda que outros ofertantes o disponibilizem a um preço menor no mercado. O
valor agregado pela empresa na forma de atendimento e/ou de parceria comercial explica
a preferência do consumidor e sua opção por um desembolso maior.

Oferta

Oferta é disposição e a capacidade de produzir e distribuir quantidades de um bem


ou serviço, ao longo do tempo, a diferentes níveis de preço. Representa o interesse e
esforço do ofertante em desenvolver uma atividade comercial, baseado na percepção de
resultados tecnológicos e econômicos. Está condicionada pela plataforma tecnológica

Economia Empresarial
24

disponível para a produção, pelo preço dos insumos necessários à geração do bem ou
serviço, pelo seu preço de venda no mercado e pela expectativa de rentabilidade na
atividade, ao longo do tempo.
A disposição em ofertar um bem ou serviço pode ser entendida como o grau de
afinidade entre o ofertante e seu negócio. Quanto maior essa afinidade, maiores a
satisfação pelos esforços e a possibilidade de resultados da oferta. Vale lembrar que a
decisão é sempre de caráter pessoal. Abrir uma casa de shows, por exemplo, exige que o
empreendedor tenha disposição para o trabalho noturno e para a lida com um público
noctívago.
Em termos de capacidade de oferta, a tecnologia instalada reflete o potencial
produtivo da empresa, em termos de condições físicas e humanas. Em si, a plataforma
tecnológica representa o espaço potencial para a produção efetiva. É condição necessária
para a transformação adequada dos insumos em bem ou serviço, a partir do padrão de
qualidade definido.
Uma vez que o esforço de produção exige a aquisição de quantidades de insumos,
o preço de aquisição junto aos fornecedores, no mercado de fatores de produção, torna-
se fundamental na decisão de oferta por definir o desembolso e refletir os custos do
processo. Por outro lado, o preço de venda no mercado de bens e serviços permite estimar
a receita (faturamento) do negócio. Diante de ambos, custos e receita, o empreendedor
estima o lucro e avalia a rentabilidade do negócio, decidindo se oferta ou não o bem ou
serviço. Note-se que o ofertante carrega a expectativa de que os preços de venda sejam
crescentes e por isso, espera vender maiores quantidades no tempo. Essa relação direta
entre preço e quantidade ofertada é conhecida como Lei da Oferta. Note-se que a função
oferta é positivamente inclinada.

5.2 Aspectos de Produção


Uma empresa pode ser definida como uma unidade técnica de produção e
distribuição de bens e serviços. Em síntese, pode ser interpretada como um arranjo
tecnológico orientado para a geração e entrega de utilidade aos seus clientes. Nesse
contexto é fundamental compreender os aspectos de tecnologia e seus reflexos sobre o
ambiente econômico-financeiro, para que se possa adequar a visão de negócios da
empresa.

Tecnologia

Tecnologia é o conjunto de fatores físicos e humanos necessários à produção e


distribuição dos bens ou serviços. Os físicos dizem respeito às construções, instalações e
equipamentos; os humanos são representados pelo conhecimento técnico sobre os
processos de produção e gestão. Representa a capacidade potencial instalada disponível
na empresa e serve como plataforma para a produção. Traduz as expectativas operacionais
de esforços e resultados produtivos, em um horizonte temporal pré-definido. Engloba três
aspectos inerentes à empresa: o produto, o processo produtivo e a gestão do processo.
É importante que o gestor perceba que a tecnologia é a imobilização, no presente,
de uma atividade pretendida ao longo do tempo. Isso significa que as pretensões são
antecipadas e instaladas, sobre uma perspectiva de resultados. Diante disso, erros nas
previsões operacionais podem comprometer as expectativas sobre os empreendimentos.
No caso de empresas cuja capacidade financeira seja limitada, erros na definição

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25

tecnológica podem ser irremediáveis. A compra de um equipamento sub ou super


dimensionado, frente às necessidades comerciais da empresa é um bom exemplo.

Produção

Produção é a transformação de insumos em bens ou serviços. Essa transformação


é tanto possibilitada, quanto limitada, pela capacidade tecnológica instalada. Se efetiva à
medida que a tecnologia é utilizada sob um rendimento esperado e controlado, na forma
de produtividade.

Produtividade

Produtividade é o resultado coletivo dos rendimentos da produção, ou seja, da


transformação de insumos em bens ou serviços. Pode ser considerada do ponto de vista
da atividade total ou dos insumos utilizados na produção. A produtividade pode ser
estimada através de diferentes relações entre o número de unidades produzidas e a
quantidade dos insumos utilizados, como por exemplo as horas de trabalho dedicadas,
unidades de matéria-prima, de energia ou de água utilizados. Representa em si a
contribuição e o valor de cada insumo na produção das unidades de produto.
A produtividade relaciona resultados e esforços tecnológicos. Os resultados,
representados pela quantidade de bem ou serviço produzido (para a venda) se refletem
em receita. Os esforços, por sua vez, são representados pelas quantidades de insumos
envolvidos na produção (adquiridos), refletindo-se em custos. Percebe-se que a
produtividade cria um elo entre os ambientes tecnológico e econômico-financeiro da
empresa.
Note-se que o comportamento econômico-financeiro da atividade produtiva na
empresa está estabelecido a priori, uma vez que ele é reflexo da estrutura e operação da
sua plataforma tecnológica. Qualquer mudança nesse comportamento depende da ação
que o gestor possa adotar sobre a tecnologia. A gestão eficiente da tecnologia é
fundamental para a consecução dos resultados econômico-financeiros da empresa,
independente de seu porte.
Especialmente para as empresas de pequeno porte recomenda-se muita atenção na
proposição tecnológica, uma vez que erros podem comprometer a operação e a
sustentação dessas empresas, cuja capacidade financeira suporte é limitada. O equívoco
na ampliação da área construída, na compra de um equipamento ou, mesmo, na
contratação de um profissional pode afetar, parcial ou totalmente, os resultados financeiros
da empresa. Nesse contexto, o gestor precisa ser criterioso na escolha dos itens de
tecnologia que receberão inovação ou ampliação de sua capacidade.

Equilíbrio de Mercado

Equilíbrio de mercado é o resultado da interação entre a demanda e a oferta de


um bem ou serviço, consolidando um processo de negociação. Neste momento, houve
concordância no preço e na quantidade, ditos de equilíbrio. É importante observar que,
apesar do equilíbrio representar um negócio fechado, não significa que as partes
negociantes tenham realizado totalmente suas expectativas. Diante disso, é possível que
o consumidor pague um preço maior do que deseja ou o ofertante receba um preço menor
do que gostaria.
A negociação pressupõe que consumidor e ofertante utilizem seu poder de
barganha, a partir das disposições e capacidades individuais. Nesse ambiente, o preço

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26

máximo é determinado pelo consumidor, através da maior parcela de sua renda que
pode/deseja desembolsar pelo bem ou serviço. De outro lado, o preço mínimo é
determinado pelo ofertante, em função da necessidade de cobrir os custos de produção e,
ainda, gerar um lucro mínimo esperado na atividade. O preço de equilíbrio resultante da
negociação será definido nesse intervalo entre o maior e menor preço aceito pelos
negociantes. A parte que detiver melhor condição imporá sua barganha e influenciará o
preço para um ou outro patamar.
Como se pode observar, a negociação pode se iniciar a partir de um excesso de
demanda (quantidade demandada superior à ofertada) ou de oferta (quantidade
demandada inferior à ofertada). Independente da origem, a tendência é de que, pela
negociação do preço, a quantidade negociada tenda ao equilíbrio (quantidade demandada
igual à ofertada). Esse equilíbrio será favorável ao consumidor (menor preço) ou ao
ofertante (maior preço) dependendo de suas capacidades de negociação.

5.3 Estruturas de Mercado


Ainda que as empresas representem unidades individuais de produção e distribuição
de bens e serviços, pode-se analisá-las sob a ótica das estruturas de mercado as quais
pertencem. Nesse contexto, observa-se que por desenvolverem características
tecnológicas e econômicas comuns entre si, as empresas podem ser organizadas em
estruturas de mercado específicas, segundo o poder de barganha que exercem junto aos
clientes. Diante disso, identificam-se as seguintes estruturas de mercado: concorrência
perfeita, concorrência monopolística, oligopólio e monopólio. Cada uma delas pode ser
caracterizada segundo os critérios: tipo de produto produzido, número de vendedores,
influência da empresa no preço de mercado, restrição à entrada de novas empresas, e,
estratégia de mercado para manter ou elevar as vendas.
Aos gestores, essa informação agregada sobre as estruturas e comportamentos
empresariais possibilita maior entendimento das dinâmicas dos mercados. Isso contribui
para a elaboração do plano tecnológico e econômico-financeiro da empresa, bem como
para a formulação de estratégias relacionadas a seus fornecedores, concorrentes e
clientes.

Concorrência Perfeita
As empresas classificadas nessa estrutura de mercado produzem produtos que são
substitutos perfeitos entre si, ou seja, oferecem a mesma utilidade ao consumidor,
independente do ofertante que o disponibilize. Essa igualdade no produto se deve ao fato
de que os ofertantes utilizam plataformas tecnológicas e processos produtivos semelhantes
que tanto possibilitam, quanto garantem a substituição perfeita. A semelhança tecnológica
é resultado da acessibilidade da tecnologia, seja no domínio do processo, seja no aporte
de capitais físicos, humanos e financeiros. Os produtos da agricultura são bons exemplos
de concorrência perfeita, pois o processo produtivo é reproduzido pelos diferentes
produtores e o produto final de cada um é idêntico ao dos demais. No ambiente urbano-
industrial, os chamados produtos populares são os que mais se aproximam do ambiente
de concorrência perfeita.
A acessibilidade tecnológica dos produtos de concorrência perfeita facilita a entrada
de novos ofertantes, o que se traduz em um grande número de empresas concorrentes
entre si. Isso acaba por diluir o poder de barganha individual sobre o preço de venda.
Nesse caso, a demanda se caracteriza como elástica e induz à queda do preço de mercado.

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Resta aos gestores, dada a semelhança tecnológica entre a concorrência, incrementar o


atendimento ao cliente na tentativa de agregar algum valor ao processo, de modo a
produzir (pequenas) diferenças que representem um atrativo aos consumidores. No
entanto, ao longo do tempo, essas diferenças se diluem por serem facilmente replicáveis
entre os ofertantes e as vantagens individuais desaparecem. Nota-se que os consumidores
são muito beneficiados ao negociarem com empresas que operam concorrência perfeita,
uma vez que obtém o mesmo produto de vários ofertantes, a um preço que se reduz no
tempo. Isso diminui o desembolso pela aquisição e melhora o uso da renda.

Concorrência Monopolística

A concorrência monopolística é uma estrutura onde as empresas operam produtos


que são substitutos próximos entre si, ou seja, guardam pequenas, porém perceptíveis,
diferenças de utilidade disponível ao consumidor. Essa situação se deve à tecnologia
empregada pelas empresas que as possibilita desenvolver alguma diferenciação nos
produtos. Além disso, as empresas procuram comunicar tais diferenças ao consumidor
através de campanhas publicitárias amplas e intensas. Aliás, o nome dessa estrutura de
mercado advém dessa combinação de produtos que podem se substituir (concorrência) e
da amplificação da diferença entre eles, via comunicação, de modo a que o consumidor o
considere único (monopolística). Encontram-se nessa estrutura produtos como
refrigerantes, cervejas, cigarros e serviços de telefonia, dentre outros.
As diferenças nas plataformas tecnológicas das empresas que operam em
concorrência monopolística possibilitam a produção de bens e serviços com alguma
particularização, mas também, reduzem o número de ofertantes potenciais nos mercados.
Especialmente quando se consideram os elevados investimentos em propaganda das
empresas concorrentes. Diante disso, o poder de barganha sobre o preço de mercado
aumenta devido à diferenciação estabelecida tecnologicamente e amplamente divulgada.
Nesse caso, a demanda é elástica, porém em menor grau do que a da concorrência perfeita,
o que favorece o estabelecimento de preços de mercado mais elevados e, em alguns casos,
particulares a alguns bens, serviços e empresas. A decisão do consumidor baseia-se na
comparação entre a diferença de utilidade e o preço cobrado pelos produtos oferecidos.
Oligopólio

O oligopólio é uma estrutura de mercado representada por um número reduzido de


empresas ofertantes de bens e serviços. Essas empresas guardam semelhanças
tecnológicas que as leva a produzir produtos substitutos próximos entre si. As plataformas
tecnológicas implantadas e operadas são sofisticadas e, por isso, baseadas em
investimentos financeiros elevados. Ademais, possibilitam alcançar altas produtividades e,
consequentemente, custos operacionais reduzidos. Essa combinação de capacidades se
traduz em expressivos resultados tecnológicos e financeiros, dificultando a entrada de
novas empresas no mercado. Com isso, o poder de barganha se concentra nas mãos das
poucas empresas existentes e facilita-lhes manter ou elevar os preços de venda dos bens
e serviços. Para o consumidor, a consequência é a configuração de uma demanda
inelástica, com o preço negociado tendendo às expectativas do ofertante. Exemplos de
oligopólios são a indústria automobilística, no segmento de carros de luxo e a indústria
farmacêutica, nos remédios de receituário. No caso dos serviços, encontram-se oligopólios
no transporte aéreo e na intermediação financeira realizada por bancos.
É importante observar que, apesar do número reduzido de empresas participantes
do oligopólio, a rivalidade entre elas é elevada. Diante disso, a disputa por frações dos

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28

mercados existe, mas não é explícita, dadas às capacidades tecnológica e financeira das
empresas envolvidas. Para evitar riscos econômicos decorrentes dos enfrentamentos
diretos, as empresas de um oligopólio procuram desenvolver suas atividades através de
concessões dos serviços a terceiros, estabelecendo um zoneamento dos mercados que
viabiliza a presença de todas e minimiza a concorrência predatória.
Vale destacar que a presença de oligopólios na cadeia produtiva provoca elevação
dos preços dos insumos e dos produtos e dificulta a operação das empresas menos
capitalizadas.
Outro aspecto a ser destacado é a possibilidade das empresas decidirem operar em
regime de cooperação para estabelecer controle total sobre os preços de mercado. Essa
forma de atuação é conhecida como cartel e é considerada ilegal. O combate a esse tipo
de comportamento na economia é feito pelos órgãos de defesa da concorrência, tais como
o Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, vinculado ao Ministério da Justiça.

Monopólio

A expressão significa “único vendedor”. Na realidade, é o único ofertante, público


ou privado, de um bem ou serviço de elevada utilidade para o consumidor, ou seja, sem
substituto próximo. Se essa utilidade é considerada essencial para a população, o
monopólio pode se estabelecer a partir de uma concessão pública, na defesa dos interesses
ou da segurança nacionais. É o caso da exploração, produção e transformação de petróleo
e derivados no Brasil, realizada pela Petrobrás de 1954 a 1997.
O monopolista, constituído por decisão de governo ou eleito dentre as empresas
privadas disponíveis na economia deve ser uma empresa com elevada capacidade
tecnológica e econômico-financeira, capaz de oferecer de forma ininterrupta o atendimento
ao mercado. A junção da delegação institucional com a expressão tecnológica e econômica
cria condições de mercado muito favoráveis ao controle do preço de mercado, além de
mantê-lo como único ofertante e impedir a entrada de novos ofertantes. A demanda, nesse
caso é inelástica. A presença de monopólio na cadeia produtiva induz o aumento dos custos
de produção e, consequentemente dos preços de venda dos produtos nas diferentes etapas
da produção.
Ao associar as vantagens do poder sobre o preço de mercado às da redução de
custos por efeito tecnológico, o monopolista opera condição maximizada de lucro. Para
isso, pode optar tanto pelo estabelecimento direto do preço no mercado, quanto pelo
indireto, através da quantidade ofertada. Quando deseja preços maiores, pode reduzir a
quantidade ofertada, criando ou elevando o excesso de demanda. Contudo, apesar desse
poder expressivo, o monopolista precisa estar atento aos impactos sociais de suas
estratégias de preço/quantidade, na medida em que, na maioria das situações, opera
concessões públicas para fornecimento de bens e serviços. Tais concessões podem ser
reavaliadas e retiradas por vontade social, a qualquer momento que a sociedade julgue
interessante e/ou necessário.
Estabelecidos os principais pressupostos do ambiente microeconômico,
relacionados aos comportamentos dos mercados e da empresa, há condições de avançar
para o ambiente maior no qual a empresa também se insere: o macroeconômico. Nesse
ambiente, tais pressupostos serão essenciais ao entendimento e à análise das relações
entre a empresa e os demais agentes econômicos privados ou públicos. Esse é o assunto
desenvolvido no Capítulo 4, a seguir.

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6. EXERCÍCIOS

6.1 Exercícios Conceituais

CAPÍTULO 2: INTRODUÇÃO AO AMBIENTE ECONÔMICO

Questão 1

Economia pode ser entendida como a alocação de recursos escassos entre finalidades
alternativas e competitivas entre si. Diante disso, observa-se que o que motiva a ação
econômica é

a) atitude
b) vontade
c) escassez
d) equilíbrio

Questão 2

A economia se baseia na interação entre os diferentes agentes econômicos públicos e


privados, internos e externos. Essa interação se realiza através:

a) da vontade de comprar
b) do comércio e dos mercados
c) da vontade de vender
d) do ambiente econômico

Questão 3

A interação através dos mercados tem o objetivo de realizar as expectativas dos diferentes
agentes econômicos. Quando isso não acontece, são identificadas falhas de mercado que
precisam ser atenuadas ou eliminadas pelo

a) governo
b) consumidor
c) vendedor
d) mercado

Questão 4

Os mercados possibilitam a interação entre os agentes econômicos favorecendo a troca de


bens e serviços. Essa troca é baseada na formação de dois aspectos básicos:

a) público e privado
b) presente e passado
c) compra e venda
d) valor e preço

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Questão 5

A ação econômica traduz-se pela distribuição de recursos escassos entre finalidades


alternativas e competitivas entre si, definidas a partir das escolhas dos agentes
econômicos. O conceito que orienta a escolha econômica é:

a) preço
b) quantidade
c) custo de oportunidade
d) qualidade

Questão 6

A relação entre os agentes econômicos se realiza a partir de um bem ou serviço de


interesse comum. A característica dos bens e serviços que motiva esse interesse comum
é:

a) cor
b) utilidade
c) formato
d) textura

Questão 7

A atividade econômica pode gerar efeitos adicionais não previstos para os agentes
econômicos. Esses efeitos, positivos ou negativos, oriundos da produção e/ou distribuição
dos bens e serviços são denominados:

a) externalidades
b) aspectos
c) especificidades
d) natureza

Questão 8

As negociações entre os agentes econômicos ocorrem dentro de um ambiente específico,


fundamentais para o correto desenvolvimento de suas capacidades. Esse ambiente é
denominado:

a) parâmetro
b) processo
c) critério
d) mercado

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Questão 9

A negociação entre os agentes econômicos está condicionada às capacidades individuais


de influenciar o preço final do bem ou serviço transacionado. Essa capacidade representa:

a) força de negócio
b) tamanho do negociante
c) poder de mercado
d) altura do negociador

Questão 10

A necessidade de negociar eficientemente os bens e serviços leva à especialização das


atividades dos agentes econômicos. O ambiente que congrega a especialização em produzir
e distribuir utilidades é denominado:

a) consumidor
b) empresa
c) fornecedor
d) intermediário

CAPÍTULO 3: MICROECONOMIA APLICADA À EMPRESA

Questão 11

Os resultados de uma empresa no mercado dependem do interesse e da capacidade de


consumo do cliente. Nesse contexto, é fundamental que o gestor monitore o
comportamento do consumidor através das características da:

a) demanda
b) empresa
c) utilidade
d) barganha

Questão 12

A demanda representa o comportamento racional do consumidor a partir da percepção da


utilidade do bem ou serviço em seu contexto. Além disso, ela reflete a capacidade
econômica de consumo através da:

a) escassez
b) margem
c) barganha
d) renda

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Questão 13

Ao perceber o interesse do consumidor, o gestor deve avaliar suas capacidades


tecnológicas e econômicas para realizar o atendimento. Assim, é importante que ele
organize suas condições de:

a) resposta
b) caixa
c) oferta
d) base

Questão 14

A consecução da capacidade de oferta da empresa depende de fatores que o gestor deve


avaliar. Dentre eles, o principal é:

a) ambiente
b) tecnologia
c) concorrência
d) ponto

Questão 15

A relação entre o comprador e o vendedor está baseada no poder de barganha que cada
um tem na negociação e, a partir disso, converge para a definição de quantidades e preços
a serem realizados. O ambiente que permite essa negociação é:

a) elasticidade-preço
b) demanda
c) oferta
d) mercado

Questão 16

Quando existe a possibilidade de substituição do produto ou do ofertante na negociação, o


comprador fica mais sensível às variações do preço do bem ou serviço que o interessa.
Nesse caso, seu poder de barganha é:

a) nulo
b) rígido
c) longo
d) alto

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Questão 17

A plataforma tecnológica concentra a produção potencial da empresa. À medida que o


processo de transformação de insumos em produtos se realiza, diferentes rendimentos
podem ser esperados e observados. O rendimento da produção é dado pela:

a) mão-de-obra direta
b) linha de produção
c) produtividade
d) capacidade instalada

Questão 18

A evolução da produtividade está condicionada à capacidade da tecnologia instalada.


Diante disso, a produtividade tem possibilidade de crescimento:

a) infinito
b) nulo
c) limitado
d) ocioso.

Questão 19

A evolução da produtividade afeta o ambiente econômico-financeiro tanto nos resultados


totais, quanto nos médios, ou seja, por unidades produzidas. Assim, quando a empresa
está em obtendo economia em escala o custo médio de produção:

a) diminui
b) permanece constante
c) aumenta
d) dobra

Questão 20

O oligopólio é uma estrutura de mercado representada por um número reduzido de


empresas ofertantes de bens e serviços. Essas empresas guardam semelhanças
tecnológicas que as leva a produzir produtos substitutos próximos entre si. Um setor
econômico que representa essa estrutura na economia é a:

a) produção popular
b) produção de refrigerantes
c) produção agrícola
d) indústria farmacêutica

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CAPÍTULO 4: MACROECONOMIA APLICADA À EMPRESA

Questão 21

As medidas de desempenho econômico têm por finalidade mensurar o nível de


atividade econômica de um País de modo a avaliar a evolução quantitativa da economia.
Nesse sentido, a principal é o Produto Interno Bruto (PIB), que pode ser interpretado como:

a) parâmetro de escala
b) referencial de medida
c) indicador de atividade econômica
d) índice de preços

Questão 22

O crescimento econômico é o resultado da variação do produto produzido por uma


economia ao longo do tempo. Nesse contexto, a capacidade produtiva instalada no país é
fundamental. Alem dela, políticas públicas podem fomentar e incrementar o crescimento
econômico, tais como:

a) meio ambiente
b) poupança e investimento
c) estradas e cidades
d) combustível

Questão 23

O comportamento dos preços da economia revela a variação do poder aquisitivo


das pessoas e empresas. A percepção sobre essa variação é útil ao planejamento dos fluxos
de investimento e de caixa das empresas. Ela possibilita a avaliação consistente da
viabilidade econômico-financeira dos projetos. Nesse contexto, a dimensão e a variação
dos preços da economia podem ser estimadas através do acompanhamento:

a) do Nível Geral de Preços


b) da Poupança
c) do PIB
d) do PNB

Questão 24

Inflação é definida como o aumento no Nível Geral de Preços. Ela reflete o aumento dos
preços médios e não somente o aumento de preços de alguns poucos bens. É um evento
que afeta, basicamente, o valor dos meios de troca da economia real, ou seja, dos ativos
reais da economia. Nesse contexto, existem dois tipos de inflação:
a) de alimentos e de transporte
b) de energia e de saneamento
c) de habitação e de vestuário
d) de demanda e de custos

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Questão 25

A inflação é um evento com elevados impactos econômicos, que se traduzem em diferentes


custos explícitos e implícitos, contábeis e não contábeis. Um dos efeitos mais prejudiciais
da inflação é a:

a) o aumento da renda da população


b) a diminuição na comunicação entre os agentes econômicos
c) a distribuição arbitrária da riqueza dos mais pobres para os mais ricos
d) a elevação da capacidade de previsão

Questão 26

Moeda pode ser definida como um ativo de alta liquidez que os agentes econômicos
utilizam na troca de bens e serviços entre si. Diante disso, as autoridades monetárias
avaliam o risco de inflação na economia real e decidem a quantidade de moeda a ser
disponibilizada pelo BACEN utilizando como instrumento de oferta monetária:

a) depósitos à vista nos bancos


b) reservas compulsórias dos bancos no BACEN
c) resgates de poupança no BB
d) aplicações em fundos de investimentos

Questão 27

A decisão das autoridades monetárias sobre a oferta de moeda na economia se reflete na


taxa de juros básica da economia (SEIC) e referencia a taxa de juros de mercado. Na
medida em que decidam aumentar a quantidade ofertada de moeda na economia real:

a) ambas se reduzem
b) ambas permanecem constante
c) ambas se elevam
d) ambas se diferenciam

Questão 28

A percepção sobre a tendência das taxas de juros da economia é útil ao planejamento


financeiro da empresa. Ao observá-la, o gestor pode:

a) apreciar os valores monetários


b) contabilizar as perdas empresariais
c) depreciar os valores monetários
d) avaliar o custo efetivo dos recursos financeiros disponíveis

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Questão 29

Bens Públicos podem ser definidos como aqueles que estão disponíveis ao uso de todos os
agentes da economia e cujo uso por um agente não prejudica o uso por outro, sendo não
excludentes e não rivais. Eles oferecem oportunidades de parcerias entre a iniciativa
privada e o poder público na exploração de.

a) papelarias
b) restaurantes
c) rodovias
d) supermercados

Questão 30

Política Fiscal é o conjunto de medidas relacionadas à arrecadação, através de impostos e


aos gastos de governo, para investimento e custeio. No que respeita aos impostos, pode-
se interpretá-los como:

a) pagamentos facultativos da sociedade


b) o preço dos serviços públicos oferecidos à sociedade
c) obrigações do governo
d) gastos da economia

CAPÍTULO 5: ECONOMIA ABERTA APLICADA À EMPRESA

Questão 31

Globalização pode ser definida como um processo de integração social, política e


econômica. O argumento que possibilita essa integração global é:

a) o livre fluxo de informações


b) a flexibilização alfandegária
c) a mobilidade do dinheiro
d) a liberdade de ir e vir

Questão 32

A integração econômica propiciada pela globalização facilitou a consolidação de blocos


econômicos constituídos por países com interesses sociais, políticos e econômicos comuns.
Nesse contexto, o bloco econômico se destaca é:

a) a Associação de Países do Leste Americano


b) a Coordenação Asiático-Caribenha
c) a Convenção de Genebra
d) a União Europeia

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Questão 33

A configuração em blocos econômicos visa a facilitar o acesso aos mercados internos e a


participação comercial dos países membros, através do estreitamento das relações
econômicas, financeiras e comerciais. Os blocos procuram abolir fronteiras econômicas e
comerciais, oportunizando a livre circulação:

a) dos capitais imobilizados


b) dos capitais mercantis
c) dos capitais humano e financeiro
d) dos capitais políticos

Questão 34

As relações econômicas de um país com o exterior, sejam elas comerciais, financeiras ou


de qualquer outra natureza são registradas, de forma sistemática, no Balanço de
Pagamentos. Ele é um instrumento de contabilidade social que possibilita a análise da
atividade econômica internacional do país, através das contas de:

a) crédito e débito
b) transações correntes e do movimento de capitais
c) ativos e passivos
d) de movimentações internacionais

Questão 35

Câmbio é toda operação que envolve troca de moeda nacional por moeda estrangeira ou
vice-versa. A troca é realizada pelos agentes econômicos no mercado cambial. Esse
mercado é formal, legalizado, controlado pelo BACEN e divide-se em:

a) comercial e turismo
b) formal e informal
c) oficial e paralelo
d) nacional e estrangeiro

Questão 36

Taxa de câmbio nominal (TCN) é a quantidade de moeda nacional equivalente a uma


unidade de moeda estrangeira. Estabelecida como relação entre as duas moedas, pode ser
interpretada como o preço de uma moeda estrangeira medido em unidades da moeda
nacional. Nela, quando a moeda tem valor e preço elevados, diz-se que está:

a) cara
b) barata
c) estável
d) apreciada

Economia Empresarial
38

Questão 37

O gestor empresarial deve estar atento à evolução da taxa de câmbio nominal devido ao
fato de que ela afeta, diretamente, a capacidade comercial da empresa no ambiente
internacional. Quando a moeda nacional se aprecia, diminui a quantidade de moeda
nacional equivalente a uma unidade de moeda estrangeira. Isso facilita a:

a) balança comercial
b) exportação
c) importação
d) negociação

Questão 38

O resultado líquido obtido pela diferença entre o valor das exportações e o valor das
importações efetuadas por um país, em um determinado período de tempo é conhecido
como:

a) Balanço de Pagamentos
b) Balança Comercial
c) Balanço de Ativos
d) Balança de Passivos

Questão 39

A participação no comércio internacional eleva o bem-estar econômico de um país. Porém,


ao participar desse ambiente, os agentes econômicos devem estar conscientes dos ganhos,
perdas e das restrições inerentes aos mercados internacionais. Tecnicamente, as restrições
podem ser de dois tipos:

a) tarifárias e não tarifárias


b) altas e baixas
c) fortes e fracas
d) curtas e longas

Questão 40

As restrições ao comércio internacional são defendidas através de argumentos baseados


na proteção aos empregos locais, à indústria local, à concorrência desleal e, até mesmo, à
segurança nacional. Uma forma de impor restrições ao comércio internacional é através
das

a) barreiras culturais ao comércio


b) bloqueios diretos ao comércio
c) bloqueios naturais ao comércio
d) barreiras técnicas ao comércio (TBT)

Economia Empresarial
39

6.2 Respostas dos Exercícios

CAPÍTULO 2: INTRODUÇÃO AO AMBIENTE ECONÔMICO

Questão 1

Gabarito: c

Comentário: Escassez significa que uma determinada necessidade não está sendo
atendida a contento pelo ambiente econômico, o que pode ser interpretado como uma
demanda superior à oferta. Esse descompasso entre ambas pode ser natural ou induzido
e motiva a ação econômica entre os agentes.

Questão 2

Gabarito: b

Comentário: A interação entre os agentes econômicos leva em conta que o comércio pode
melhorar a situação de todos os envolvidos e os mercados, em geral, podem organizar a
atividade econômica e resolver a maior parte das expectativas individuais.

Questão 3

Gabarito: a

Comentário: O governo pode melhorar os resultados do mercado pela sua capacidade


institucional e operacional de atenuar ou eliminar as falhas de mercado. Quando o governo
não soluciona uma falha de mercado, diz-se que ocorreu uma falha de governo.

Questão 4

Gabarito: d

Comentário: A economia tenta captar as bases de formação do valor dos bens ou serviços
para as pessoas e definir os seus preços para as empresas. Valor, variável qualitativa,
expressa a importância dos bens ou serviços nos diferentes contextos pessoais e preço,
variável quantitativa, representa a dimensão monetária de desembolso, necessária para a
aquisição dos bens ou serviços. É fácil perceber que quanto mais importante é o produto
para o interessado, maior é seu valor na negociação e, por isso, maior pode ser o preço
cobrado por quem o detém e disponibiliza.

Economia Empresarial
40

Questão 5

Gabarito: c

Comentário: Custo de oportunidade é o melhor ganho possível pela aplicação de


recursos físicos, humanos e/ou financeiros entre finalidades alternativas. Representa um
referencial na avaliação de usos dos fatores de produção. A partir dele, o tomador de
decisão pode ordenar as alternativas, priorizando e escolhendo as de melhor resultado
comparado.

Questão 6

Gabarito: b

Comentário: Utilidade é a capacidade de um produto, seja ele um bem ou serviço, de


atender a uma necessidade contextual do consumidor. Essa capacidade é uma propriedade
inerente ao produto, desde a sua idealização e oferta pelo produtor/vendedor. Em função
dela se configura a relação entre os agentes econômicos.

Questão 7

Gabarito: a

Comentário: Externalidade é o impacto das ações de um agente econômico sobre o


bem-estar de outro que está em seu entorno. Nem sempre a externalidade, que pode ser
negativa ou positiva está prevista no projeto original da atividade. A negativa abre
possibilidade de compensação entre os agentes envolvidos.

Questão 8

Gabarito: d
Comentário: Mercado é um espaço real ou virtual destinado à negociação entre agentes
econômicos interessados em consumir e ofertar determinado bem ou serviço.

Questão 9

Gabarito: c

Comentário: Poder de mercado é a capacidade de um agente econômico específico


influenciar significativamente os preços de mercado. Essa capacidade pode ser em função
de um arranjo tecnológico que propicia vantagem absoluta de custos dificultando a ação
da concorrência e/ou através de uma vantagem institucional definida legalmente pelo
poder público, como concessão para a exploração de determinada atividade, em grupo ou
individualmente.
Questão 10

Gabarito: b

Economia Empresarial
41

Comentário: Empresa é uma unidade técnica de produção e distribuição de bens e


serviços. Em essência, uma empresa produz e distribui bem-estar aos seus clientes,
através da utilidade estocada em seus bens ou serviços.

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CAPÍTULO 3: MICROECONOMIA APLICADA À EMPRESA

Questão 11

Gabarito: a

Comentário: Demanda pode ser entendida como a disposição e capacidade de consumir


quantidades de um bem ou serviço, ao longo do tempo, a diferentes níveis de preço.
Representa a quantidade de um bem ou serviço que os compradores desejam e podem
comprar para atender suas necessidades. Em linhas gerais, condiciona-se por aspectos
relacionados ao consumidor, ao bem ou serviço em si e ao mercado acessível.

Questão 12

Gabarito: d

Comentário: A capacidade de consumo depende da disponibilidade de renda do


consumidor. Considerando que a renda do consumidor é relativamente rígida, no curto
prazo, as suas expectativas de compra dependem do desembolso relacionado à aquisição
dos bens ou serviços.

Questão 13

Gabarito: c

Comentário: Oferta é disposição e a capacidade de produzir e distribuir quantidades de


um bem ou serviço, ao longo do tempo, a diferentes níveis de preço. Representa o interesse
e esforço do ofertante em desenvolver uma atividade comercial, baseado na percepção de
resultados tecnológicos e econômicos.

Questão 14

Gabarito: b

Comentário: Em termos de capacidade de oferta, a tecnologia instalada reflete o potencial


produtivo da empresa, em termos de condições físicas e humanas. Em si, a plataforma
tecnológica representa o espaço potencial para a produção efetiva. É condição necessária
para a transformação adequada dos insumos em bem ou serviço, a partir do padrão de
qualidade definido.

Questão 15

Gabarito: d

Comentário: O Mercado permite que as expectativas de preço e quantidade demandadas


e ofertadas se ajustem.

Economia Empresarial
43

Questão 16

Gabarito: d

Comentário: Nesse caso, o poder de barganha do comprador é alto dado que existem,
no mercado, substitutos para o bem ou serviço ou para o ofertante.

Questão 17

Gabarito: c

Comentário: Produtividade é o rendimento da produção, ou seja, da transformação de


insumos em bens ou serviços. Pode ser considerada do ponto de vista da atividade total
ou dos insumos utilizados na produção. A produtividade pode ser estimada através de
diferentes relações entre o número de unidades produzidas e a quantidade dos insumos
utilizados, como por exemplo as horas de trabalho dedicadas, unidades de matéria-prima,
de energia ou de água utilizados.

Questão 18

Gabarito: c

Comentário: Dado que a capacidade tecnológica é instalada à priori e não se modifica


durante o processo operacional (imobilizada), a produtividade tem possibilidade de
crescimento limitado, desde a origem da operação.

Questão 19

Gabarito: a

Comentário: Quando o aumento da produtividade produz economia em escala, os custos


médios de produção diminuem.

Questão 20

Gabarito: d

Comentário: A indústria farmacêutica é um bom exemplo de oligopólio, pois sua


plataforma tecnológica é sofisticada, baseada em investimentos financeiros elevados. Essa
combinação se traduz em expressivos resultados tecnológicos e financeiros, dificultando a
entrada de novas empresas no mercado. Com isso, o poder de barganha se concentra nas
mãos das poucas empresas existentes e facilita-lhes manter ou elevar os preços de venda
dos bens e serviços.

Economia Empresarial
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CAPÍTULO 4: MACROECONOMIA APLICADA À EMPRESA

Questão 21

Gabarito: c

Comentário: O PIB é o valor total de mercado de todos os bens finais e serviços produzidos
dentro de um país, em um dado período de tempo. Sua evolução serve como indicador
de atividade econômica.

Questão 22

Gabarito: b

Comentário: Políticas públicas como o incentivo à poupança e ao investimento interno


e externo, a garantia aos direitos de propriedade, o estímulo ao livre comércio, a promoção
à pesquisa e ao ensino profissionalizante e o planejamento do crescimento populacional
podem fomentar e incrementar o crescimento econômico.

Questão 23

Gabarito: a

Comentário: O Nível Geral de Preços representa o preço médio de todos os bens e


serviços produzidos pela economia. Ele á apurado a partir dos preços praticados sobre bens
e serviços da economia, ao longo do tempo. Sua variação indica a existência de inflação
ou deflação na economia.

Questão 24

Gabarito: d

Comentário: As causas típicas da inflação são: o aumento atípico da demanda agregada,


gerando uma inflação de demanda; ou o repasse dos aumentos dos custos de produção
aos preços ao consumidor, produzindo uma inflação de custos.

Questão 25

Gabarito: c

Comentário: Dentre os efeitos da inflação estão o aumento dos custos de captação e


operação dos recursos financeiros da economia; a distorção dos preços relativos entre os
ativos reais; a diminuição do poder aquisitivo da renda individual; e a distribuição
arbitrária de riqueza, sendo este o seu efeito social mais drástico.

Questão 26

Gabarito: b

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45

Comentário: Os principais instrumentos utilizados pelo BACEN para controlar a oferta


monetária na economia são exigência de reservas e depósitos compulsórios que os
bancos devem manter no BACEN; operações de mercado aberto através da compra ou
venda de títulos do governo pelo BACEN; e operações de redesconto através da cobrança
de taxa sobre operações de desconto que os bancos fazem com o BACEN.

Questão 27

Gabarito: a

Comentário: Na medida em que as autoridades monetárias decidam aumentar a


quantidade ofertada de moeda na economia real, tanto os juros SELIC quanto os juros de
mercado se reduzem e favorecem as ações de investimento e consumo dos agentes
econômicos privados e públicos.

Questão 28

Gabarito: d

Comentário: Ao observar a tendência das taxas de juros da economia o gestor pode


avaliar e projetar o custo efetivo dos recursos financeiros necessários aos
investimentos e às operações comerciais através do capital de giro.

Questão 29

Gabarito: c

Comentário: O conhecimento sobre bens públicos favorece o planejamento das atividades


empresariais, na medida em que permite identificar oportunidades de parcerias com o
poder público, através da exploração de rodovias, praças e parques públicos.

Questão 30

Gabarito: b

Comentário: No que respeita aos impostos, pode-se interpretá-los como o preço dos
recursos e serviços públicos necessários ao processo produtivo. Sempre que um
imposto é lançado, seja sobre compradores ou vendedores, ambos compartilham o ônus.
O preço cobrado aos consumidores se eleva quanto o preço recebido pelos ofertantes
diminui. A diferença entre eles representa a receita tributária do governo.

Economia Empresarial
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CAPÍTULO 5: ECONOMIA ABERTA APLICADA À EMPRESA

Questão 31

Gabarito: a

Comentário: Globalização pode ser definida como um processo de integração social,


política e econômica baseada no livre fluxo de informações entre os agentes da
sociedade. Esse processo foi instrumentalizado pela internet que viabilizou a troca de
informações em espaço global e tempo real.

Questão 32

Gabarito: d

Comentário: No contexto propiciado pela globalização, vários blocos econômicos foram


organizados. Dentre eles, o que se destaca é a União Européia formada, atualmente, por
27 países-membros: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslováquia,
Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia,
Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido, República
Checa, Romênia e Suécia.

Questão 33

Gabarito: c

Comentário: A configuração em blocos econômicos facilita o acesso aos mercados internos


e a participação comercial dos países membros, através do estreitamento das relações
econômicas, financeiras e comerciais. Os blocos procuram abolir fronteiras econômicas e
comerciais, oportunizando a livre circulação dos capitais humano e financeiro.

Questão 34

Gabarito: b

Comentário: O Balanço de Pagamentos possibilita a análise da atividade econômica


internacional do país, através das contas de transações correntes e de movimento de
capitais entre os agentes econômicos públicos e privados.

Questão 35

Gabarito: a

Comentário: O câmbio formal, no Brasil, divide-se em “comercial” e “turismo”. O


“comercial” está associado principalmente às operações de exportação e de importação. O
"turismo" é utilizado especialmente nas operações de turismo internacional.

Economia Empresarial
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Questão 36

Gabarito: d

Comentário: Quando uma moeda apresenta valor e preço elevados diz-se que está
apreciada. Caso contrário, ela está depreciada.

Questão 37

Gabarito: c

Comentário: Quando a moeda nacional se aprecia, há uma facilitação da importação,


uma vez que diminui a quantidade de moeda nacional equivalente a uma unidade de moeda
estrangeira. Contudo, nesse contexto, a exportação fica prejudicada, pois as divisas
recebidas pela venda do produto no exterior, quando internalizadas e convertidas para a
moeda nacional, resultam em um valor menor.

Questão 38

Gabarito: b

Comentário: Balança comercial é o resultado obtido pela diferença entre o valor das
exportações e o valor das importações efetuadas por um país, em um determinado período
de tempo. É também conhecida como o saldo das Exportações Líquidas de um país.

Questão 39

Gabarito: a

Comentário: No comércio internacional existem restrições tarifárias e não tarifárias


que podem ser impostas sobre as importações de produtos. Uma tarifa imposta sobre bens
produzidos no exterior desestimula a importação do bem e estimula a produção do similar
local. Um tipo de restrição não tarifária é o estabelecimento de quotas de importação, de
modo a limitar a importação de bens ou serviços.

Questão 40

Gabarito: d

Comentário: As barreiras técnicas ao comércio, conhecidas como TBT (Technical


Barriers to Trade) são derivadas da utilização de normas ou regulamentos técnicos
domésticos destinados a proteger produtores locais. São constituídas por argumentos não
aceitos internacionalmente decorrentes de avaliações de conformidade não-transparentes
e/ou demasiadamente dispendiosas. Em geral elas podem ser estabelecidas através de
leis, regulamentos, políticas, medidas ou práticas governamentais que restrinjam ou
distorçam o comércio internacional.

Economia Empresarial
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GONÇALVES, A C.P.; GONÇALVES, R. R.; SANTACRUZ, R.; MATESCO, V. R. Economia


Empresarial. Rio de Janeiro: FGV, 2013.

LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M A S. Manual de Macroeconomia Básico e Intermediário.


São Paulo: Atlas, 2005.

MATESCO, V.R.; SCHENINI P. Economia para Não-Economistas. Rio de Janeiro: Senac-Rio,


2007.

MANKIW, N.G. Introdução à Economia: princípios de micro e macroeconomia. 2 a ed. Rio


de Janeiro: Campus, 2001.

PINHO, D.B.; VASCONCELLOS M.A.S.(org.). Manual de Economia – Reformulado. 3.


Edição. São Paulo: Saraiva, 2002.

ROSSETTI, J.P. Introdução à Economia. 18. Edição. São Paulo: Atlas, 2000.

SAMUELSON, P.A.; NORDHAUS, W.D.. Economia. 16. Edição. Lisboa: McGraw-Hill, 1999.

TROSTER, R.L.; MOCHÓN, F. Introdução à Economia. Edição Revisada e Atualizada. São


Paulo: Makron, 2002.

VASCONCELLLOS, M.A.S.; OLIVEIRA, R.G. Manual de Microeconomia. 2a ed. São


Paulo:Atlas, 2000.

VICECONTI, P.E.V.; NEVES, E.. Introdução à Economia. 3. Edição. São Paulo: Frase, 1999

Economia Empresarial

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