Intr. Direit - Altrino - Final
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FACULDADE DE DIREITO
Código
81232152
Nampula, aos 31 de Abril de 2023
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Nome:
Código
81232152
Introdução...............................................................................................................................4
1. Conceptualização................................................................................................................5
1.1. Direito..............................................................................................................................5
3. Critérios de Distinção..........................................................................................................9
3.2. Critério da posição relativa dos sujeito da relação jurídica ou da identidade dos sujeitos
...............................................................................................................................................10
Conclusão..............................................................................................................................13
Bibliografia...........................................................................................................................14
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Introdução
O direito é uma ciência que estuda as normas que regulam as relações entre as pessoas e
entre as pessoas e o Estado. Uma das maneiras de se dividir o direito é por meio da
distinção entre direito público e direito privado.
Neste presente trabalho, cujo principal objectivo é descrever os critérios que destinguem o
Direito privado do Direito público. Esses critérios, constituem elementos fundamentais no
julgamento jurídico.
O direito público regula as relações entre o Estado e os cidadãos. Ele abrange áreas como o
direito constitucional, o direito administrativo, o direito tributário, o direito penal e o direito
internacional público. Essas áreas lidam com questões como a organização e
funcionamento do Estado, a relação entre os poderes do Estado, a proteção dos direitos
fundamentais dos cidadãos
É importante destacar que, apesar de serem distintas, as áreas do direito público e do direito
privado podem se interligar em alguns casos. Por exemplo, a aplicação da legislação
trabalhista pode envolver tanto questões do direito do trabalho quanto do direito
administrativo, no caso de empresas públicas.
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1. Conceptualização
1.1. Direito
Nisso, o estudo do direito envolve diversas áreas, como direito civil, direito penal, direito
constitucional, direito administrativo, direito tributário, entre outras. Além disso, o direito
também pode ser dividido em diferentes sistemas jurídicos, como o sistema jurídico
romano-germânico e o sistema jurídico anglo-saxão.
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1.3. Direito Privado
Por sua vez, o Direito Privado visa disciplinar as relações interindividuais e os interesses
privados. Constitui o Direito Privado os ramos de Direito Civil e Empresarial.
A origem da dicotomia Direito Público e Direito Privado está no Direito Romano, onde sua
base é um trecho de Ulpiano (Digesto) que afirma: “O direito público diz respeito ao estado
da coisa romana, à polis ou civitas, o privado à utilidade dos particulares” (Alessandro
1978, p.52).
Baseado nas ideias de Hannah Arendt, vincula a explicação da origem da dicotomia Direito
Público e Privado à estrutura socioeconômica da civilização romana, que conhecia dois
campos de poder, sendo eles a esfera pública e privada. Tércio Sampaio afirma que a esfera
pública abrangia o âmbito das necessidades, envolvendo o exercício do homem voltado
para sua sobrevivência, sendo este, o labor, exercido no próprio lar.
Pareado a essa atividade, o homem dado como livre, isto é, o cidadão, exercia a chamada
ação, que consistia na reunião de homens para a discussão de temas relevantes, troca de
vivências e adoção de pensamentos comuns. Tal atividade era praticada na cidade (polis),
da qual se origina a expressão animal político.
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no terreno da pessoa natural. Portanto, o Direito Privado regulamenta o papel da pessoa nas
suas relações travadas em seu âmbito de poder.
Para Santos (2003), a distinção nítida vista no sistema romano entre a esfera pública e
privada e o domínio particular não se verifica na Idade Média. As invasões bárbaras
propiciaram uma nova condição política, cuja consequência mais relevante se dará na
estrutura de produção. Isso se torna mais evidente na propriedade imobiliária, que dá lugar
a um sistema com embasamento na ideia das concessões. A adoção de tal sistema, isto é, da
superposição de propriedades, não permitia a diferenciação segura entre o público e o
particular. Esse fato é agravado pela incapacidade do rei de defender o reino de invasores,
obrigando as várias classes sociais a defender-se por meios próprios.
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Atualmente, na Era Moderna, houve uma releitura. Enquanto na esfera pública há a
participação do Estado, uma relação de supremacia, isto é, domínio estatal, na esfera
privada, o Estado é ausente, sendo a relação apenas entre iguais. Por um lado, o Direito
resguarda os valores que interessam à comunidade, por outro, ampara os interesses dos
particulares. Alessandro (1978), afirma que há dois fatores que distinguem o Direito
Público do Direito Privado. O primeiro leva em consideração o conteúdo da norma,
enquanto o segundo dá enfoque ao aspecto formal da relação jurídica. Quanto ao aspecto
formal, no Direito Privado a relação é de coordenação, já no Direito Público a relação é de
subordinação.
O direito pode ser dividido em duas grandes categorias: direito público e direito privado.
Essas categorias têm suas próprias características e diferenças significativas das quais irei
tentar explicar logo a seguir:
Processo judicial: no direito público, a ação judicial é movida pelo Estado contra um
indivíduo ou entidade privada, enquanto no direito privado, as ações judiciais são
geralmente movidas por uma parte privada contra outra.
Sujeitos das relações jurídicas: No Direito Público, os sujeitos das relações jurídicas são o
Estado e os cidadãos ou outras entidades públicas, como municípios e estados. Já no Direito
Privado, os sujeitos das relações jurídicas são pessoas físicas ou jurídicas.
O direito privado, por sua vez, é aquele que regula as relações entre indivíduos ou entidades
privadas, como empresas e pessoas físicas. Algumas diferenças importantes entre o direito
público e o direito privado são:
Fontes de direito: o direito público tem suas fontes primárias na Constituição e nas leis,
enquanto o direito privado tem suas fontes primárias na legislação e na jurisprudência.
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Finalidade das normas: O objetivo principal das normas do Direito Público é garantir o
bem-estar geral e a proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos. Já as normas do
Direito Privado visam regular as relações entre particulares e garantir a segurança jurídica
dos negócios privados.
Essas são apenas algumas das diferenças entre o direito público e o direito privado, mas
elas mostram claramente que essas áreas são bastante distintas e regulam diferentes tipos de
relações jurídicas.
3. Critérios de Distinção
Existem três critérios distintos que são avançados pela doutrina para distinguir o Direito
Público do Direito Privado
Interesse;
Posição relativa dos sujeitos ou da Identidade dos sujeitos
Qualidade dos sujeitos.
Neste critério, implica que a norma visa a tutela e proteção de direitos privados que seria
um direito privado, se a norma visa a tutela e proteção de direitos públicos seria um direito
público.
Código Penal: Ramo de Direito Público: não há normas do Direito Penal que visam
interesses do Direito Privado.
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Normas injuntivas = imperativas.
De acordo com Chorão (1989), este critério de natureza prioritariamente tutelado pela
norma jurídica, embora parte de uma ideia algo acertada, implica o uso de complexas,
relativas e arriscadas valorações sobre os interesses tutelados e conduz muitas vezes a
incertezas classificativas.
Desde logo, pela dificuldade de que na prática, determinar com segurança qual é o interesse
predominantemente tutelado em diversas normas jurídicas. Registam-se actos privados em
livros de registo públicos. Exemplos: para se casar tem de se registar; compra imóvel; etc.
3.2. Critério da posição relativa dos sujeito da relação jurídica ou da identidade dos
sujeitos
Uma outra teoria acena o critério distintivo na posição relativa dos sujeitos de relação
jurídica. O Direito Público regularia relações: entre sujeitos colocados, uns, numa posição
de supera-ordenação ou de supremacia e, outros, em posição de infra ordenação ou de
subordinação. Diferentemente, o Direito Privado disciplinaria relações entre sujeitos
ligados por posições relativas de igualdade ou de coordenação.
Por outro lado, encontramos no direito privado algumas relações jurídicas hierarquizadas,
por exemplo, a relação que se estabelece no poder paternal entre pai e filho (artigo 1878º,
nº2 CC) ou a que se verifica no contrato de trabalho entre a entidade patronal e o
trabalhador (artigo 1152º, CC).
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Seriam normas de Direito Público aquelas em que interviesse, como sujeito activo ou
passivo da respectiva relação, o Estado ou qualquer outro ente público. Ao invés,
integrariam o Direito privado as normas que regulassem relações em que interviessem
apenas particulares. Mas este critério também não nos serve.
Desde logo, porque os entes públicos podiam intervir como particulares em muitos
negócios jurídicos. Por exemplo, se o Estado compra a um particular uma determinada casa
para instalar um seu serviço, está a agir como um particular e tem que cumprir as mesmas
regras que um particular para adquirir um prédio. Estamos pois perante uma relação em que
intervém um ente público mas que não perde o seu carácter de Direito Privado.
Assim são normas de Direito privado as que regulam relações jurídicas estabelecidas entre
os particulares (que podem ser pessoas singulares – nos termos dos artigos 66º e ss do CC –
ou pessoas colectivas privadas, face aos artigos 157º e ss do CC), ou entre particulares e o
Estado ou entre pessoas colectivas públicas, sempre que estas ajam em veste de particular,
isto é, despidas de poder de autoridade pública ou fora do exercício de funções soberanas.
Por exemplo, o Estado é chamado à sucessão de heranças de pessoas singulares nos termos
dos artigos 2133º, nº1 alínea e), e 2153º CC, fundamentalmente com os mesmos direitos e
obrigações de qualquer outro herdeiro, nomeadamente em matéria de aquisição de herança
(artigo 2154º CC) e de responsabilidade pelos encargos de herança (artigos 2068ºe ss e
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2097º e ss do CC), pelo que são normas de direito privado as que regulam tal chamamento
do Estado.
Em primeiro lugar porque não oferece uma indiscutível base de sustentação para a
integração no Direito Público das normas que regulam a organização e o funcionamento
das pessoas colectivas públicas. Por outro lado, deixa em aberto o que se deve entender por
poder de autoridade pública, de império ou de soberania.
Manuel de Andrade citado por Santos (2003), definia tal poder como a possibilidade de, por
via normativa ou através de determinações concretas, emitir comandos vinculativos
(juridicamente eficazes), executáveis pela força, sendo caso disso contra aqueles a quem
são dirigidos (destinatários). Mas vem-se acentuando que certas actividades do Estado,
particularmente as de assistência social não envolvem a utilização de particulares meios de
autoridade, mas também não se integram em vestes de particular.
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Conclusão
Como estudantes de Direito, é imperioso que saibamos fazermos essa distinçao, ou seja, as
verdades por nós doptadas devem ser trazidas por meio de investigação rigorosamente
assente em conhecimento de um polo jurídico.
Certamente, um dos maiores problemas que detectemos durante a pesquisa deste tema, foi
de que o Direito publico assim como o Direito privado, acaba sendo um meio que cria
condições para a compreensao de certos elementos essenciais do camo de Direito.
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Bibliografia
Ascensão, J. O. (1989). O Direito. Introdução e Teoria Geral. (7ª ed.). Coimbra: Almedina.
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