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PTG Anhanguera 1 Semestre

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Capítulo 1 Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3

ENGENHARIAS

EDVALDO CARVALHO
JHON FELIPE SENOSKI (RA 7857533643)
LUIZ DA SILVA (RA 7859545548)
MARIO FERRARIS NETO (RA 7892646226)

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO


TEMÁTICA INTERDISCIPLINAR: INDÚSTRIA DE PÃO DE QUEIJO DOQUEYJO

CAMPINAS
2018
EDVALDO CARVALHO
JHON FELIPE SENOSKI
LUIZ DA SILVA
MARIO FERRARIS NETO (RA 7.892.646.226)

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO


TEMÁTICA INTERDISCIPLINAR: INDÚSTRIA DE PÃO DE QUEIJO DOQUEYJO

Trabalho apresentado ao curso de Engenharia EAD,


da Universidade Anhanguera, como parte dos
requisitos para aprovação nas disciplinas Gestão
Ambiental, Engenharia e profissão, Administração e
Economia para Engenheiros, Legislação e
Segurança do Trabalho, Seminário Interdisciplinar I.

Tutor a distância: Renê S. Carvalho Júnior


Tutor presencial: Tairiny Pereira

CAMPINAS
2018
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
1 A EMPRESA DOKEYJO...........................................................................................5
1.1 O PRODUTO..........................................................................................................6
2 MODERNIZAÇÃO DA PRODUÇÃO.........................................................................7
2.1 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS GERADOS PELA MODERNIZAÇÃO DA
INDÚSTRIA DOQUEYJO….........................................................................................9
3 POLVILHO..............................................................................................................10
3 .1 POLVILHO COMO INGREDIENTE DO PÃO DE QUEIJO............................10
3.1.1 Polvilho na indústria de pão de queijo DOQUEYJO................................10
3.2 POLVILHO - AVALIAÇÃO DO FORNECEDOR…............................................11
3.3 CONTAMINAÇÃO CRUZADA….......................................................................13
3.4 NOVA EMBALAGEM........................................................................................13
3.4.1 Embalagens atuais sem cunho sustentável ambientalmente................14
3.4.2 Desenvolver novas embalagens sustentáveis .......................................15
3.4.3 Soluções para embalagens sustentáveis ................................................15
3.4.4 Escolha das alternativas...........................................................................17
3.4.5 Conclusão da nova embalagem................................................................17
4 5W2H.......................................................................................................................19
5 NORMAS REGULAMENTADORAS.......................................................................23
5.1 NORMAS REGULAMENTADORAS APLICADAS A INDÚSTRIA
DOQUEYJO...............................................................................................................23
5.2 SAÚDE DOS COLABORADORES ...................................................................25
6 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL.....................................................................26
6.1 Descarte inadequado de cascas de ovos.......................................................28
7 Conclusão ..............................................................................................................31
REFERÊNCIAS .........................................................................................................32
4

INTRODUÇÃO

Produção textual em grupo utilizando como temática a indústria fictícia de pão


de queijo DOQUEYJO que tem como objetivo modernização e aumento de sua
produção e solução para os problemas enfrentados.
O principal objetivo deste trabalho é identificar os conceitos estudados nas
disciplinas: Homem, Cultura e Sociedade. Gestão Ambiental, Engenharia e Profissão,
Administração e Economia para Engenheiros, Legislação e Segurança do Trabalho e
Seminário Interdisciplinar I. Abordando-os de forma integrada, utilizando como
temática: Indústria de Pão de Queijo Dokeyjo.
A partir da empresa citada, o trabalho visa compreender os impactos causados
pela globalização na sociedade, bem como analisar as variáveis socioeconômicas,
para elaboração de plano de ação e solução dos problemas, enfatizando a
sustentabilidade, conforme critérios estabelecidos em leis e normas
regulamentadoras.
A metodologia utilizada no trabalho foi por meio de consultas bibliográficas,
identificando cenários e posições referentes a Indústria de Pão de Queijo Dokeyjo –.
Através da pesquisa geral e com a organização dos dados relevantes, o trabalho
resulta em um plano de ação propondo soluções aos problemas enfrentados pela
indústria fictícia DOQUEYJO – o qual pode ser utilizado para diversas atividades
econômicas, obedecendo os princípios do desenvolvimento sustentável.
5

1 A EMPRESA DOKEYJO

A indústria de pão de queijo DOKEYJO é uma indústria fictícia com mais de 25


anos, sua estrutura conta com um barracão dividido em área de produção e câmara
fria, área de estoque, banheiros, vestiário, sala de supervisão, área administrativa e
área de carga e descarga. O processo de fabricação é semi mecanizado - alguns
processos ainda são realizados manualmente. A equipe de colaboradores conta com
1 gerente geral, 4 auxiliares administrativos, 1 supervisor de produção, 4
encarregados de produção, 20 auxiliares de produção, 1 encarregado de limpeza, 5
auxiliares de limpeza, 2 motoristas e 2 vendedores, vide organograma:
Organograma 1

Dentro deste contexto alguns problemas têm ocorrido, entre eles, reclamações
trabalhistas, consumidores exigindo uma nova embalagem, falta de planejamento e
organização empresarial, problemas no processo de produção - contaminação
cruzada (ovos), problemas ambientais com o descarte incorreto das cascas de ovo,
falta de EPIs, matéria prima (polvilho) comprada de fornecedores que não atendem
aos padrões de qualidade de produção, colaboradores com problemas de saúde.
6

Além da intenção de sanar esses problemas a empresa DOKEYJO tem o intuito de


modernizar a mecanização do processo de produção e aumentar sua produção.

1.1 O PRODUTO

O pão de queijo é uma invenção brasileira, desenvolvida pelas escravas nas


grandes fazendas de Minas Gerais. Apesar de ser um produto tradicional, a produção
industrial de pão de queijo vem ganhando espaço, nos últimos anos, existindo
inclusive propostas de exportação. Não obstante a produção em escala industrial, o
pão de queijo ainda não possui padrões de identidade e qualidade estabelecidos, o
que possibilita o surgimento de produtos com características diversificadas, que são
comercializados com o nome de pão de queijo. Com o advento dos congelados,
percebe-se a expansão da presença do pão de queijo em muitas mesas.
Este prático alimento pode ser assado em 30 a 45 minutos e combina com
café, sucos, refrigerantes e até mesmo com o vinho. Por ser um alimento barato e de
grande aceitação em diversas situações, a produção de pão de queijo pode ser uma
boa oportunidade de negócios. Contudo, não se deve esquecer de que é fundamental
investir continuamente em máquinas/equipamentos e processos, visando a melhoria
do produto, pois os clientes estão cada vez mais exigentes e querem maior qualidade
(SEBRAE, 2005).
7

2 MODERNIZAÇÃO DA PRODUÇÃO

O processo de modernização da indústria DOQUEYJO basicamente consiste


em substituir os equipamentos utilizados atualmente por equipamentos modernos,
esses equipamentos têm como objetivo proporcionar uma melhor eficiência dos
processos de mecanização da linha de produção da indústria.
Fluxograma 1 – O processo

(Fonte SEBRAE MG, 2005.)

O processo de mecanização é uma técnica que permite a extensão das


funções humanas – que não a cerebral – essa repetição de determinados movimentos
é sempre uniforme, ou seja, não se modifica o que garante um produto padronizado.
A mecanização remonta a máquina a vapor do século XVIII tendo intensificado
esses processos na revolução industrial, de lá para cá com o processo de globalização
houve uma grande evolução na tecnologia desses equipamentos proporcionando hoje
a disponibilidade no mercado de equipamentos que garantem uma produção
padronizada, um menor uso de mão de obra, maior produtividade e um processo
seguro de produção (atendem as normas de segurança do trabalho).
8

Sendo esses os principais equipamentos.


● Ralador industrial.
● Escaldador.
● Amassadeira.
● Elevador de cuba.
● Tremonha alimentadora.
● Dosadora automática.
Figura 1 - Exemplo de dosadora automática

Fonte: Página da empresa Tecnopao na web1.

Figura 2 - Exemplo de elevador de cuba

Fonte: Anúncio da empresa Caplain Machines na web.2

1Disponível em http://www.tecnopao.com.br/produtos-alimentacao.html acesso em 20/05/2018.


2Disponível em http://www.archiexpo.es/prod/caplain-machines/product-49414-476251.html acesso
em 20/05/2018.
9

2.1 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS GERADOS PELA MODERNIZAÇÃO DA


INDÚSTRIA DOQUEYJO

Com a modernização da indústria haverá uma melhor padronização da


produção e ampliação da produção com um menor número de colaboradores,
acarretando perda de postos de trabalho diretos, pois processos que antes
demandavam um maior número de colaboradores, com o uso de máquinas o número
de colaboradores deverá ser reduzido. O organograma 1 representa a estrutura da
indústria atualmente, com a modernização esta estrutura será mantida, a perda de
postos de trabalhos diretos se dará em números de colaboradores, esta perda ocorre,
pois, os processos de produção uma vez modernizados demandam um menor número
de auxiliares de produção para operá-los. Com essa redução haverá um menor
número de encarregados de produção, com uso das máquinas também reduzirá os
utensílios utilizados na fabricação, diminuindo o número de auxiliares de limpeza. De
forma geral os setores que serão mais afetados são os setores de produção e de
limpeza que com a modernização precisarão de um menor número de colaboradores.
Em um primeiro momento a modernização gerará uma perda de postos de
trabalhos diretos, mas com o aumento da produção, possível com a modernização e
de acordo com os objetivos da indústria DOQUEYJO irá gerar novos postos de
trabalhos diretos em outros setores, pois com uma maior produção também
demandará mais motoristas para transporte, mais vendedores etc.
Com uma maior produção consequentemente também haverá uma maior
demanda de matéria prima, dentre eles está o polvilho produzido por produtores
locais, havendo uma demanda maior de matérias primas ocorre a geração de postos
de trabalhos indiretos de forma a atender a produção da indústria DOQUEYJO.
O mercado de pão de queijo encontra-se em expansão o que justifica o
aumento da produção da indústria, dentro desse cenário podemos afirmar que a
modernização se torna necessária, pois garante um produto de melhor qualidade,
outro ponto positivo importante é que com equipamentos modernos de produção,
como o elevador de cuba, garante um processo de produção mais seguro, pois com
o elevador os trabalhadores farão um menor esforço físico para abastecer a linha de
produção, evitando doenças causas por esforço físico demasiado, já os impactos
negativos gerados pela modernização podem ser acentuados com o aumento da
produção.
10

3 POLVILHO

Produto obtido a partir da fécula3 de mandioca, pode ser doce ou azedo, o que
difere um e outro é o processo de secagem no qual o polvilho doce após a extração
da fécula vai direto para secagem e o polvilho azedo passa por uma fermentação
antes da secagem.

3.1 POLVILHO COMO INGREDIENTE DO PÃO DE QUEIJO

Em pão de queijo, a principal função do polvilho é formar a estrutura do miolo


e da crosta e sedimenta-Ia após o assamento, além de ser o componente responsável
pelo aumento do volume da massa no forno, em virtude da capacidade de expansão.
Para fabricação de pão de queijo pode se utilizar ambos os polvilhos o doce e o azedo.
A utilização de um ou outro deverá ser definida em função das características
desejadas de volume, textura, cor, aroma e sabor, o amido de mandioca é a base da
formação do pão de queijo. A mistura de polvilho doce ou fécula com polvilho azedo
produz pães de queijo de qualidade, visualmente atraentes, saborosos e com boa
estabilidade no congelamento. - A mistura entre os polvilhos doce e azedo parece ser
mais vantajosa, em termo de qualidade global, do que o uso de cada um deles em
separado (SEBRAE MG, 2005).

3.1.1 Polvilho na indústria de pão de queijo DOQUEYJO

Para fabricação do pão de queijo, a indústria DOQUEYJO tem como


fornecedores pequenos produtores locais, no total são 20 pequenos agricultores que
produzem a matéria prima de forma individual e processam a mandioca numa
instalação da Associação composta por eles.
Essa Associação possui um barracão com equipamentos para produção do
polvilho doce e azedo, o polvilho tem demonstrada baixa qualidade. Visando a
certificação do pão de queijo DOQUEYJO e a melhoria contínua do produto, o polvilho
fornecido pela Associação não atende às exigências da indústria necessitando ser
substituído.

3
Fécula é o amido extraído das raízes de tubérculos, como a mandioca.
11

Fluxograma 2 – Processo de produção do polvilho doce e azedo4

Fonte: (EMBRAPA, 2003.)

3.2 POLVILHO - AVALIAÇÃO DO FORNECEDOR

A avaliação de fornecedor é um processo bastante importante dentro da gestão


da empresa, a ferramenta 5W2H e a ISO 9001 possui um conjunto de regras que
padronizam os produtos e serviços e fornece alguns aspectos importantes em relação
ao fornecedor sendo exemplo deles:

4O que difere entre o polvilho doce e azedo é que o azedo passa por um processo de fermentação
antes da secagem.
12

• Qualificação
• Estabilidade financeira
• Desempenho operacional
• Práticas e processo de gestão
• Especificação de produto ou serviço
• Cotação

Quadro 1 – Avaliação da Associação

Item Avaliação da Associação

Qualificação Falta controle dos seus processos de produção

Estabilidade
Fornece desde o início da indústria
Financeira

Desempenho
Atende à demanda da indústria em quantidade e prazo
operacional

Práticas e processo
Não tem uma gestão eficiente de seus processos
de gestão

Especificação de
Produto não atende os padrões de qualidade exigidos
produto ou serviço

Cotação Proximidade da indústria, reduzindo custos com frete

Essas ferramentas são importantes a fim de garantir que os fornecedores


forneçam produtos de qualidade, bom preço, dentro dos prazos e que atendam a
demanda de forma constante. Essas ferramentas norteiam a decisão da substituição
do polvilho pois o atual fornecedor de polvilho a Associação fornece desde o início da
indústria atendendo a demanda da indústria tendo problemas apenas na qualidade do
polvilho. Portanto, a substituição do polvilho utilizado atualmente não significa a troca
do fornecedor uma vez que deixar de comprar da associação geraria a perda da renda
da associação, causando um grande impacto socioeconômico. Diante disso a melhor
decisão será propor a Associação que faça uma adequação ao seu processo de
produção fazendo uma auditoria nos seus processos, a fim de identificar os erros e
13

propor a melhoria para que possa fornecer um polvilho de qualidade que atenda a
demanda da indústria DOQUEYJO.

3.3 CONTAMINAÇÃO CRUZADA

A contaminação cruzada é a transferência de contaminantes biológicos, como


microrganismos patogênicos, entre alimentos, superfícies e materiais de produção. Na
indústria DOQUEYJO tem ocorrido a contaminação cruzada com os ovos utilizados
na fabricação, isso pode colocar em risco a saúde do consumidor.
O ovo cru é um ingrediente essencial na qualidade do produto pão de queijo
congelado produzido pela indústria DOQUEYJO. Diante disso além das boas práticas
de fabricação, a higienização das cascas dos ovos após o recebimento, o correto
descarte das cascas, também é necessária a avaliação do fornecedor assim como no
polvilho a fim de identificar se o fornecedor estará apto a continuar a fornecer. Isso
também vale a todos os fornecedores de forma a garantir que todos os produtos
utilizados na fabricação sejam de qualidade e atendam a demanda da indústria.

3.4 NOVA EMBALAGEM

Tendo em vista a pesquisa realizada em campo junto a clientes, se faz


necessário a substituição das atuais embalagens não biodegradáveis, por
embalagens sustentáveis ambientalmente, face ao apontamento por parte dos
clientes na pesquisa de falta de comprometimento da empresa com questões
ambientais.

Diante do exposto acima segue abaixo fluxograma do projeto de uma


embalagem inovadora.
14

Fluxograma 3 - Fluxograma do projeto de uma nova embalagem

Problema
Embalagens sem cunho sustentavel ambientamente

Meta
Desenvolver novas embalens sustentáveis

Soluções
Embalegens com filme biodegradaveis

Escolha
Escolha do tipo de filme

Desenvolvimento
Desenvolvimento de protótipos para teste

Conclusão

3.4.1 Embalagens atuais sem cunho sustentável ambientalmente

Sustentabilidade é a integração dos aspectos econômicos, sociais e


ambientais, de forma que a produção de bens e serviços preserve a diversidade, a
integridade dos ecossistemas reduzindo a sua vulnerabilidade, buscando ser
compatível com a velocidade de renovação dos recursos naturais, extraindo o que é
necessário para o funcionamento do sistema econômico (DIAS, 2015).
De acordo com o conceito de sustentabilidade acima, as atuais embalagens
não são biodegráveis, portanto não preservam a diversidade e a integridade dos
sistemas, assim sendo se faz necessário à sua substituição.
15

3.4.2 Desenvolver novas embalagens sustentáveis

A sustentabilidade tem sido discutida em toda a sociedade e o consumidor tem


dado preferência a produtos fornecidos por empresas que aplicam os conceitos de
sustentabilidade, as novas embalagens deverão atender estes conceitos tal forma que
respeite o meio ambiente a economia e a sociedade, será necessário um projeto
inovador, para tanto deveremos procurar alternativas nas novas tecnologias
existentes.

3.4.3 Soluções para embalagens sustentáveis

A - Embalagem biodegradável de plástico PLA

Uma embalagem é considerada biodegradável quando é possível realizar a sua


decomposição naturalmente, ou seja, sua biodegradação. A biodegradação é
realizada por micro-organismos como bactérias, algas e fungos, que convertem o
material em biomassa, dióxido de carbono e água.
A vantagem da embalagem biodegradável é que a sua permanência no
ambiente é menor do que a permanência das embalagens não biodegradáveis, o que
diminui as chances de efeitos nocivos como sufocamentos, entrada na cadeia
alimentar, contaminação por disruptores endócrinos, entre outros.
Atualmente, utiliza-se o plástico PLA, ou melhor dizendo, plástico de poliácido
láctico, é um plástico biodegradável que pode ser utilizado como embalagens de
produtos alimentícios. Além biodegradável, a embalagem feita de plástico PLA é
reciclável mecânica e quimicamente, biocompatível e bioabsorvível; é obtidas de
fontes renováveis (vegetais) e quando descartada corretamente transforma-se em
substâncias inofensivas porque é facilmente degradada pela água.
Quando pequenas quantidades do PLA passam da embalagem para os
alimentos e acabam indo parar no organismo, não trazem danos à saúde, pois ele se
converte em ácido lático, que é uma substância alimentar segura e naturalmente
eliminada pelo corpo.
A embalagem biodegradável é um verdadeiro alívio na consciência de quem se
preocupa com o meio ambiente, ao menos em um primeiro momento. Mas esse tipo
de embalagem também tem desvantagens.
16

A desvantagem da embalagem biodegradável de plástico PLA é que, para


ocorrer a degradação adequada é preciso que os descartes de plástico PLA sejam
feitos em usinas de compostagem, onde há condições adequadas de luz, umidade,
temperatura e quantidade correta de micro-organismos e, infelizmente, a maior parte
do resíduo brasileiro acaba indo parar em aterros e lixões, onde não há garantias de
que o material se biodegrade 100%. E pior, normalmente as condições dos lixões e
aterros fazem com que a degradação seja anaeróbia, ou seja, com baixa
concentração de oxigênio, gerando a liberação de gás metano, um dos gases mais
problemáticos para o desequilíbrio do efeito estufa.
Outra inviabilidade é que o custo de produção de embalagem biodegradável de
PLA ainda é elevado, o que torna o produto um pouco mais caro que os convencionais.

B - Embalagem biodegradável de plástico de leite

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA- Unitad States


Departamento of Agriculture) desenvolveu uma embalagem plástica biodegradável,
feita a partir de uma proteína do leite capaz de proteger os alimentos da ação
degradante do oxigênio. A embalagem pode ser usada em caixas de pizza, queijos ou
até mesmo como pacote para sopa solúvel - e pode ser dissolvida junto com o
alimento em água quente. O produto poderia até servir como um substituto para o
açúcar usado para revestir flocos de cereais para evitar que eles murchem muito
rápido e, além de biodegradável, é comestível. A engenheira química Laetitia
Bonnaillie, pesquisadora do USDA, acredita que essa modalidade de embalagem
plástica comestível tem potencial para ter sabores ou micronutrientes adicionados a
ela. Entretanto, cabem aqui os mesmos questionamentos: altos custos e empasses
sobre destinar recursos para embalagens comestíveis em vez de investir diretamente
em alimentos. Além disso, pessoas com alergia à proteína do leite e aquelas
preocupadas com os direitos animais, como os veganos, têm se manifestado contra a
utilização do produto em larga escala.

C - Embalagem Oxibiodegradavel

A embalagem oxibiodegradável é feita a partir de plástico comum (derivado do


petróleo) com aditivos pró-degradantes, que aceleram a fragmentação do material
17

com ajuda da ação do oxigênio, da luz, da temperatura e da umidade. A


biodegradabilidade do material, entretanto, gera controvérsia, pois o tempo de
biodegradação (pelos microrganismos) do plástico fragmentado, ou microplástico,
após a degradação química, será o mesmo.
O perigo dos microplásticos segundo Francisco Graziano, engenheiro
agrônomo, mestre em economia agrária e ex-secretário do Meio Ambiente do Estado
de São Paulo, afirma se tratar de um erro a opção pelo consumo dos
oxibiodegradáveis e questiona os riscos da fragmentação do composto em partículas
invisíveis a olho nu e das emissões de gases de efeito estufa associadas à
degradação, além da contaminação do solo por metais e outros compostos:
A tecnologia permite que o plástico se esfarele em
pequenas partículas, até desaparecer ao olho nu, mas continua
presente na natureza, agora disfarçado pelo reduzido tamanho.
Com um sério agravante: quando vier a ser atacado pela ação
dos microrganismos, irá liberar, além de gases de efeito estufa,
como CO2 e metano, metais pesados e outros compostos,
inexistentes no plástico comum. Pigmentos de tintas, utilizados
nos rótulos, também se misturarão ao solo.

3.4.4 Escolha das alternativas

Diante das alternativas acima, a que apresenta menor risco ao meio ambiente
e apesar de não resolver 100% o problema, seria a utilização de embalagens em
plástico PLA, porém o custo deste material é mais elevado, acreditamos que a
diferença de custo possa ser suportada como uma alternativa de marketing do produto
e também com a finalidade de atender à solicitação dos clientes.
Verificar junto ao nosso fornecedor atual de embalagem a possibilidade de
substituir o plástico que é utilizado atualmente por plástico PLA. Neste caso solicitar a
confecção de protótipos para testes, uma vez que pretendesse utilizar a mesma
embaladora atual.

3.4.5 Conclusão da nova embalagem

Apesar da solução encontrada não resolver 100% a questão da


sustentabilidade já teremos um avanço no processo. Combater o desperdício de
plástico atualmente envolve mais do que apenas procurar novos materiais. Mesmo
com o uso de uma embalagem quase biodegradável, o descarte e a má gestão desses
18

resíduos não devem ser encorajados. Portanto o conceito dos 3Rs, Reduzir, Reutilizar
e Reciclar ainda deve ser utilizado como a melhor alternativa.
Em artigo sobre polímeros publicado na Scielo Brasil, José Carlos Pinto,
professor integrante do quadro do programa de engenharia química da COPPE, da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, questiona, com relação aos plásticos, a
crença de que o ecologicamente correto é ser biodegradável. Ele aponta para a
urgência da percepção de que se o material plástico se degradasse do modo como
ocorre com alimentos e dejetos orgânicos, o resultante da degradação (por exemplo,
metano e gás carbônico) iria parar na atmosfera e em mananciais aquíferos,
contribuindo para o aquecimento global e para a degradação da qualidade da água e
dos solos. Ele acredita na reversão da poluição gerada pelo material por meio da
educação ambiental e de corretas políticas de coleta de resíduos e rejeitos. Descreve
também que o fato dos plásticos não se degradarem facilmente se caracteriza em um
diferencial que lhes dá a possibilidade de reutilização por muitas vezes, sua
reciclabilidade, fator determinante ao enorme potencial de contribuição para a redução
no consumo de matérias-primas, energia e racionalização do uso dos recursos
naturais disponíveis, que se aproxima do conceito de Economia Circular.
19

4 5W2H

Tendo em vista a atual crise por que passa o país, se faz necessário tomar algumas medidas expostas abaixo através da
ferramenta 5W2H, nas áreas de produção, fornecedores e clientes.

Quadro 2 - Planos de ação para produção

O quê? Porque? Onde? Quem? Quando? Como? Quanto custa?

Substituição dos Padronização da Linha de Setor de Em 60 dias a Substituição dos R$? Necessária visita
equipamentos da produção, facilidade em produção. produção. contar da data da equipamentos existentes, dos fabricantes para
linha de produção higienização dos aquisição dos readequação da mão de uma cotação exata
por equipamentos equipamentos e aumento equipamentos. obra e treinamento. dos equipamentos5.
mais modernos. da produtividade.

Redução do Tendo em vista as altas Produção. Manutenção. Em 60 dias a Substituição dos atuais R$ 15.000,006
consumo de energia. tarifas que estão sendo contar de motores elétricos das
cobradas. 01/06/2018. máquinas por motores de
alta tecnologia e baixo
consumo. Substituição das
lâmpadas convencionais
por lâmpadas de Led

Continua...

5 Existe no mercado vários equipamentos com funções parecidas inclusive fabricados sob medida, por isso a necessidade da visita para que os fabricantes
possam elaborar uma linha de equipamentos que adeque a necessidade da indústria DOQUEYJO.
6 Valor fictício.
20

Redução do consumo de Tendo em vista as Produção Manutenção Em 60 dias a Verificação de R$ 8.000,006


água altas tarifas que e contar de vazamento na rede de
estão sendo departament 01/06/2018 água e torneiras,
cobradas o de recursos aproveitamento da água
humanos de chuva para limpeza
das áreas externas,
campanha para
conscientização dos
colaboradores de como
evitar desperdícios

Quadro 3 - Planos de ação para fornecedores

O quê? Porque? Onde? Quem? Quando? Como? Quanto custa?

Avaliação de Produtos utilizados Recebimento Produção. Recebimento Avaliação do produto recebido através de Esse custo está
fornecedores. na fabricação de dos produtos. do produto. padrões estabelecidos. Essa avaliação embutido no
baixa qualidade ou possibilita o aceite ou a recusa do produto processo de
contaminados. e também a classificação do fornecedor7. fabricação.8

Continua ...

7 Através da avaliação do fornecedor pode ser atribuído uma nota ao fornecedor, qualificando ou desqualificando o mesmo.
8 O processo de fabricação existente já tem o processo de recebimento de matéria prima.
21

Seleção de novos Redução de custos Produção Departam Em até 90 Busca de novos fornecedores através da R$ 5.000,006
fornecedores. dos insumos ento de dias a partir internet e agendamento de visita as
compras de instalações
01/06/2018

Monitoramento de Tendo em vista a Departament Departam A partir de Através de consulta com empresas R$ 50,00 por mês66
fornecedores atual crise que o o financeiro ento 01/06/2018, especializadas tipo Autofax / Serasa acima
país passa se faz financeiro as consultas
necessário o deverão ser
acompanhamento mensais
da saúde financeira
do fornecedor

Quadro 4 - Planos de ação para Clientes

O quê? Porque? Quem? Como? Quanto custa?


Onde? Quando?

Captação de novos Aumento de vendas Estado Departam A partir de Busca de novos clientes através da R$ 15.000,006
potenciais clientes de São ento de 01/06/2018 internet e agendamento de visita
Paulo vendas

Continua ...
22

Monitoramento da Tendo em vista a Todos os Departam A partir de Através de consulta com empresas R$ 500,00 por mês6
saúde financeira atual crise que o clientes ento 01/06/2018 especializadas tipo Autofax /
dos clientes país passa se faz financeiro , as Serasa
necessário o consultas
acompanhamento deverão
da saúde financeira ser
dos clientes mensais
23

5 NORMAS REGULAMENTADORAS

As Normas Regulamentadoras - NR, tratam-se do conjunto de requisitos e


procedimentos básicos e obrigatórios relativos à segurança e medicina do trabalho,
sendo obrigatório seu exercício tanto nas empresas privadas quanto nas públicas e
nos órgãos do governo que possuam empregados regidos pela
Consolidação das Leis de Trabalhos - CLT.
Primeiramente, a lei nº 6.514 de 22 de dezembro de 1977, estabeleceu a
redação dos artigos 154 a 201 da CLT, relativas à segurança e medicina do trabalho.
Conforme o artigo 200, cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer as disposições
complementares às normas relativas à segurança e medicina do trabalho. Em 08 de
junho de 1978, o Ministério do Trabalho aprovou a Portaria nº 3.214, que
regulamentou as normas regulamentadoras pertinentes a Segurança e Medicina do
Trabalho.
As NR totalizam em 36, porém a NR 27 foi revogada, reduzindo para 35 as NR.

5.1 NORMAS REGULAMENTADORAS APLICADAS A INDÚSTRIA DOQUEYJO

A indústria DOQUEYJO deve seguir as seguintes NRs:


• (NR - 5) Criação da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), o
mínimo de funcionários exigido para a criação são 20 funcionários, a indústria
DOQUEYJO conta com 40;
• (NR - 6) Equipamentos de Proteção Individual - EPI, a indústria deve fornecer aos
colaboradores, gratuitamente, os equipamentos de proteção adequados e em
perfeito estado de conservação e funcionamento;
• (NR - 7) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO Esse
programa é obrigatório e deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e
diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho;
• (NR - 8) Edificações, devem seguir requisitos técnicos para garantir segurança e
conforto dos colaboradores;
• (NR - 9) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA Deve atentar a
prevenção da saúde e da integridade dos colaboradores, através da antecipação,
reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos
24

ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, para a


proteção do meio ambiente e dos recursos naturais;
• (NR - 10) Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, deve ser seguido
os requisitos e as condições mínimas de execução de medidas de controle e
sistemas preventivos, visando garantir a segurança e a saúde dos colaboradores
que atuem direta ou indiretamente em instalações elétricas ou com serviços de
eletricidade em geral;
• (NR - 11) Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais, com
a instalação do elevador para o abastecimento da tremonha, estes devem atender
a implantação da segurança na operação, a fim de garantir resistência, segurança
e a conservação;
• (NR - 12) Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos, deve ser
implantada medidas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho na
utilização de máquinas e equipamentos utilizados na indústria;
• (NR - 17) Ergonomia, a fim de garantir uma qualidade de vida melhor aos
colaboradores deve ser implantado parâmetros de ergonomia para que possam
garantir a saúde, segurança e conforto, evitando as doenças relacionadas a
movimentos repetitivos ou esforço excessivos. LER (Lesões por esforço repetitivo)
ou DORT (Distúrbio Osteomuscular). Com a aquisição do elevador de cuba,
consegue reduzir o esforço excessivo que expõe os colaboradores;
• (NR - 23) Proteção Contra Incêndios, deve ser implantado medidas de proteção
contra incêndios, para que possa prevenir a saúde e integridade física dos
colaboradores;
• (NR - 24) Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho, implantar e
preservar as perfeitas condições sanitárias e o devido conforto para os
colaboradores nos vestiários, refeitórios e cozinha;
• (NR - 26) Sinalização de Segurança, deve ser criada e implantada a política de
fixação de cores que deverão ajudar na prevenção de acidentes e identificar na
fábrica os equipamentos de segurança, delimitação de áreas, identificação das
canalizações que se utiliza para a condução de líquidos e gases advertindo contra
riscos.
25

5.2 SAÚDE DOS COLABORADORES

Dados do RH da indústria DOQUEYJO mostram que uma parcela significativa


das faltas dos colaboradores é decorrente de problemas de saúde. Entre eles, lesões
causadas pelo esforço físico excessivo no transporte manual de carga para
abastecimento das maquinas, problema esse mitigado com a aquisição do elevador
de cuba. Há também doenças causadas pela exposição ao frio da câmara fria utilizada
para congelamento do pão de queijo, considerando que a fonte geradora do risco, que
é o frio, não pode ser eliminada torna-se necessário o controle dos riscos através do
uso de EPI adequados seguindo a NR-6
26

6 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

A proposta do SGA aplicada às empresas traz inúmeros benefícios, como a


redução de riscos de acidentes ecológicos e a melhoria significativa na administração
dos recursos energéticos, materiais e humanos, o que tem um impacto positivo direto
nas contas de água e luz. O fortalecimento da imagem da empresa junto à
comunidade, assim como aos fornecedores.
O impacto ambiental provocado pela ação industrial é, atualmente, uma pauta
recorrente, assim como a busca por atitudes que evitem ou ajudem a reduzir as suas
consequências. Dados mostram efeitos da falta de consciência ambiental Produção
mais Limpa consiste em observar como está sendo realizado um processo produtivo
e melhorar o que pode ser corrigido neste processo, com a finalidade de diminuir ou
evitar desperdícios, aproveitando melhor a matéria-prima e os insumos de produção,
estimulando o desenvolvimento e garantindo a qualidade do produto nas exigências
do mercado atual. (ALEGRIA, 2008).
De acordo com os conceitos citados, a Produção mais Limpa pressupõe
algumas atitudes básicas. Segundo Gasi e Ferreira (2006, p. 57), estas atitudes
devem ser postas em prática de acordo com o seu grau de importância obedecendo
à seguinte hierarquia:
a) prioridade nº 1: Não gerar – inicialmente, deve-se buscar a não geração de
resíduos (efluentes líquidos, emissões atmosféricas e resíduos sólidos). Os resíduos
podem ser eliminados através da substituição de matérias-primas, reformulação de
produtos e inovação tecnológica, entre outros;
b) prioridade nº 2: Minimizar – não podendo eliminar integralmente o poluente,
deve-se minimizar sua geração;
c) prioridade nº 3: Reciclar dentro do processo produtivo – o reaproveitamento
dos resíduos que já foram gerados, no próprio processo produtivo que os originou;
d) prioridade n° 4: Reciclar fora do processo produtivo – a reciclagem externa
dos resíduos deve ocorrer depois de esgotadas todas as possibilidades de reciclagem
interna.
e) prioridade nº 5: Tratar e dispor – o tratamento e a disposição só devem ser
praticados em último caso e de forma ambientalmente adequada.
Estas ações fazem também procura através de pequenas mudanças começa
pelo ato de reduzir o consumo de matérias-primas, bem como dos custos de controle
27

da poluição aumentam a produtividade da empresa e permitem que ela pratique


preços competitivos e/ou aumente sua lucratividade.
De acordo com o CNTL (Centro Nacional de Tecnologias Limpas do Senai do
Rio Grande do Sul), Produção mais limpa significa a aplicação contínua de uma
estratégia econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, a
fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, através da
não geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados em um processo
produtivo. O CNTL propõe uma escala de prioridades para adoção da Produção Mais
Limpa, dividida em três níveis, conforme se verifica no fluxograma.

Fluxograma 4 – Produção Mais Limpa - Níveis de Intervenção

Fonte: Centro Nacional de Tecnologias Limpas do Senai do Rio Grande do Sul (CNTL/Senai-RS)

A Produção Mais Limpa, relativamente ao desenho dos produtos, busca


direcionar o design para a redução dos impactos negativos do ciclo de vida, desde a
extração da matéria-prima até a disposição final. Em relação aos processos de
produção, direciona para a economia de matéria-prima e energia, a eliminação do uso
de materiais tóxicos e a redução nas quantidades e toxicidade dos resíduos e
emissões. Em relação aos serviços, direciona seu foco para incorporar as questões
ambientais dentro da estrutura e entrega de serviços. (FERNANDES,2001)
28

6.1 Descarte inadequado de cascas de ovos

A casca de ovo equivale a cerca de 10 % do peso do ovo in natura, assim


sendo, estima-se que milhões de toneladas de cascas de ovos são descartadas pela
empresa. Quando essas cascas de ovos são descartadas em lixões, elas contribuem
negativamente para a poluição do meio ambiente, atraindo animais como ratos,
baratas, formigas, entre outros, se tornando alimento para esses animais que podem
ser vetores de diversos tipos de doenças para os seres humanos como leptospirose,
raiva, dengue, malária, leishmanioses, doença de Chagas, febre amarela,
esquistossomose, filarioses (bancroftose e oncocercose), peste e febre do Oeste do
Nilo, etc. (CARDOSO, 2017.)
Segundo a Cartilha do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS),
elaborada pelo governo brasileiro em 2014, com suporte na Lei nº 12.305, de 02 de
agosto de 2010, existe uma ordem de prioridade no sistema de gerenciamento de
resíduos sólidos, representada no fluxograma:

Fluxograma 4 - Fluxograma de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (LEI 12.305 DE


08/2010)

Fonte: Centro Nacional de Tecnologias Limpas do Senai do Rio Grande do Sul (CNTL/Senai-RS.)

Seguindo o fluxograma segundo a cartilha (PGRS) o descarte das cascas de


ovos será doado para uma empresa de uma indústria de fertilizantes que recolheram
diariamente estas cascas para fazer a compostagem que é um processo biológico em
que os micro-organismos transformam a matéria orgânica (folhas, resto de comida,
cascas de ovos, casca de vegetal, etc.) em um material semelhante ao solo, que é
denominado composto que será utilizado como adubo. Esse processo ao mesmo
tempo em que melhora a estrutura e aduba o solo pode reduzir a geração de
herbicidas e pesticidas devido à presença de fungicidas naturais e micro-organismos
(EMBRAPA, 2006.)
29

Figura 3 - Etapas da compostagem

Fonte CARDOSO, Clarice Helena da Costa e Silva, 2017

Figura 4- Composteira

Fonte: CARDOSO, Clarice Helena da Costa e Silva, 2017


30

Portanto com essa atitude a indústria DOQUEYJO vai destinar seus resíduos
de maneira consciente, evitando multas e dando um destino ambientalmente correto
para o descarte das cascas de ovos gerados na produção de seu produto. Esse tipo
de descarte das cascas de ovos pode ser considerado como logística reversa, uma
vez que a compostagem feita com as cascas, pode servir de adubo para a mandioca,
que se transforma em polvilho e por fim volta a indústria.
31

7 Conclusão

A modernização se torna necessária não só para aumento da produção e


qualidade do produto, como também segurança para os colaboradores no processo
de produção. A avaliação de fornecedores se torna uma ferramenta importante para
garantir uma matéria prima de qualidade e estabelecer uma relação justa com os
fornecedores.
Para uma nova embalagem sustentável deverá haver uma campanha de
marketing para viabilizá-la. A redução do uso do plástico também pode ser
considerada uma atitude bastante sustentável que pode ser frisada na nova
embalagem.
A indústria precisa se adequar as NRs estabelecidas, garantindo um processo
seguro de produção e saúde de seus colaboradores.
O descarte das cascas de ovos feita através da compostagem se mostra uma
alternativa extremante sustentável, que através do conceito de logística reversa
retorna a indústria.
Através das medidas descritas nesse trabalho, embasada em pesquisas
bibliográficas, conclui-se que é possível fazer mudanças na indústria DOQUEYJO
respeitando o tripé da sustentabilidade – crescimento econômico, equidade social e
conservação ambiental.
32

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