AULA 5 - Estudos de Coorte e de Casocontrolo
AULA 5 - Estudos de Coorte e de Casocontrolo
AULA 5 - Estudos de Coorte e de Casocontrolo
coorte e de
caso-controlo
Carla Costa Lança
carla.costa@estesl.ipl.pt
Sumário
Estudos Epidemiológicos
• Estudos Observacionais
• Epidemiologia descritiva
• Epidemiologia analítica
• Transversal
• Caso-controlo
• Coorte
• Estudos Experimentais
• Ensaios clínicos randomizados
• Ensaios de campo
• Ensaios comunitários
2
Tipos de estudos epidemiológicos
Bonita, Beaglehole, Kjellström. Epidemiologia básica. 2.ed. - São Paulo, Santos. 2010
3
Tipos de estudos epidemiológicos: caso-controlo e coorte
QUALIDADE DA EVIDÊNCIA
4
3/28 http://ortodontiadescomplicada.com.br/piramide-de-evidencia-cientifica-da-base-ao-topo/
Estudo de coorte https://www.cdc.gov/csels/dsepd/ss1978/lesson1/section7.html
6
Tipos de estudos epidemiológicos
Estudos de coorte
Bonita, Beaglehole, Kjellström. Epidemiologia básica. 2.ed. - São Paulo, Santos. 2010
8
6/28
Estudo de coorte prospe6vo
Estudo prospetivo
Medir a exposição
• Analisa eventos e variáveis de
futuros, segue uma
confundimento
condição, problema
ou doença no futuro
Linha de base Não expostos Resultado
tempo
Início do estudo
9
10
Associations Between Fruit Intake and Risk of Diabetes in the AusDiab Cohort
Nicola P Bondonno, et. Al
The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, Volume 106, Issue 10, October 2021,
https://doi.org/10.1210/clinem/dgab335
Objective
The aims of this work were to examine associations between intake of fruit types and 1)
measures of glucose tolerance and insulin sensitivity and 2) diabetes at follow-up.
Methods
Among participants of the Australian Diabetes, Obesity and Lifestyle Study, fruit and fruit juice
intake was assessed by food frequency questionnaire at baseline. Associations between fruit and
fruit juice intake and 1) fasting plasma glucose, 2-hour postload plasma glucose, updated
homeostasis model assessment of insulin resistance of β-cell function (HOMA2-%β), HOMA2 of
insulin sensitivity (HOMA2-%S), and fasting insulin levels at baseline and 2) the presence of
diabetes at follow-up (5 and 12 years) were assessed using restricted cubic splines in logistic and
linear regression models.
Results
This population of 7675 Australians (45% males) had a mean ± SD age of 54 ± 12 years at
baseline. Total fruit intake was inversely associated with serum insulin and HOMA2-%β, and
positively associated with HOMA2-%S at baseline. Compared to participants with the lowest
intakes (quartile 1), participants with moderate total fruit intakes (quartile 3) had 36% lower odds
of having diabetes at 5 years (odds ratio, 0.64; 95% CI, 0.44-0.92), after adjusting for dietary and
lifestyle confounders. Associations with 12-year outcomes were not statistically significant.
Conclusion 11
A healthy diet including whole fruits, but not fruit juice, may play a role in mitigating T2DM risk.
16/28
12
Estudo de coorte retrospe,vo
• É um tipo alternativo ao estudo de coorte em que tanto a
exposição quanto os desfechos já ocorreram.
• O investigador calcula e compara as taxas de doença nos grupos
expostos e não expostos.
• São usados em investigações de doenças em grupos de pessoas
facilmente identificadas, como trabalhadores de uma
determinada fábrica ou participantes de um casamento.
• Por exemplo, um estudo de coorte retrospetivo foi usado
para determinar a fonte de infeção da ciclosporíase, uma
doença parasitária que causou um surto entre os membros
de uma instalação residencial na Pensilvânia em 2004.
• A investigação indicou que o consumo de ervilhas foi
implicado como o veículo do surto de ciclosporíase.
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https://www.cdc.gov/csels/dsepd/ss1978/lesson1/section7.html
Estudo de coorte retrospetivo
• Estudo
retrospetivo Expostos Resultado
“Olhar para trás”
Medir a exposição
Analisa o tempo e variáveis de
passado, para confundimento
estudar eventos que
já ocorreram
Linha de base Não expostos Resultado
tempo
Início do estudo 14
IRRADIAÇÃO POR TINEA CAPITIS E RISCO
DE CANCRO
ESTUDO DE COORTE HISTÓRICO
OU RETROSPETIVO - EXEMPLO
Tinea capitis (vulgarmente conhecida por tinha) foi uma doença que
atingiu um padrão epidémico nas décadas de 50 e 60 em Portugal, tal
como aconteceu noutros países. Dado que nessa altura não havia
tratamento específico por via oral - a griseofluvina, antifúngico ainda
hoje utilizado, não existia – o tratamento consistia na aplicação tópica,
de forma alternada, de uma pomada à base de sais de enxofre e de
tintura de iodo. Como o cabelo dificultava o tratamento, diminuindo
por isso mesmo a adesão das pessoas à sua execução continuada,
houve a ideia de provocar a epilação do couro cabeludo com a
utilização de raios X, já que sem cabelo a aplicação da pomada e da
tintura eram mais fáceis, e a cura mais rápida. Os possíveis efeitos
secundários não eram bem conhecidos, mas os benefícios imediatos
eram visíveis.
Uma vez que vários estudos mostravam o maior risco que estes
Instituto de Patologia e Imunologia Molecular
Maria Paula Boaventura, Dina Maria Pereira,
Permitem:
- cálculo incidências (expostos e não expostos)
- avaliação de múltiplos efeitos de uma exposição
Caros e demorados
“DOENÇA”
EXPOSIÇÃO
SIM A B A+B
NÃO C D C+D
“DOENÇA”
SIM A B A+B
NÃO C D C+D
TOTAL A+C B+D A+B+C+D
Risco Relativo
MEDE A FORÇA DA
ASSOCIAÇÃO ENTRE A
EXPOSIÇÃO E A “DOENÇA”
19
11/28
Estudo de coortes: análise
“DOENÇA”
EXPOSIÇÃO
SIM A B A+B
NÃO C D C+D
TOTAL A+C B+D A+B+C+D
[A/(A+B)] - [C/(C+D)]
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(* incidência cumulaIva ou taxa de incidência pessoa-tempo)
Estudo de coorte: análise
“DOENÇA”
EXPOSIÇÃO
SIM A B A+B
NÃO C D C+D
TOTAL A+C B+D A+B+C+D
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https://sph.unc.edu/wp-content/uploads/sites/112/2015/07/nciph-ERIC7-17-08.pdf
Incidência* nos expostos
Risco Relativo (RR) =
Incidência* nos não expostos
Exercício 1 (* incidência cumulativa ou taxa de incidência pessoa-tempo)
A/(A+B)
C/(C+D)
• Suponha que os investigadores conduzem um estudo de
coorte e reúnem os seguintes dados sobre os efeitos da
exposição a fumo de gasolina em doenças respiratórias
entre trabalhadores de uma fábrica.
• Incidência no grupo exposto = 60/200 ou 0,3
casos por pessoa (30 casos por 100 pessoas).
https://sph.unc.edu/wp-content/uploads/sites/112/2015/07/nciph-ERIC7-17-08.pdf 26
Exercício 2
https://sph.unc.edu/wp-content/uploads/sites/112/2015/07/nciph-ERIC7-17-08.pdf
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Exercício 3
• Os inves(gadores realizaram um estudo de coorte
prospe,vo para avaliar a associação entre suplementos
alimentares e capacidade cogni(va em crianças.
• Um total de 500 crianças de 12 a 17 anos que tomam
suplementos de omega-3 foram comparados com 500
crianças de 12 a 17 anos que não tomam suplementos de
omega-3.
• As crianças foram acompanhadas por 2 anos.
a) Construa uma tabela 2x2 a partir
• Durante esse período, 300 crianças que tomaram o das informações apresentadas.
suplemento ob(veram uma pontuação “alta” num teste b) Qual é a diferença de risco?
cogni(vo, enquanto 200 crianças que não tomaram o
suplemento ob(veram uma pontuação “alta” no mesmo c) Qual é a fração atribuível entre a
teste cogni(vo. população total?
d) Qual é a fração atribuível entre
os expostos? 28
Exercício 3
a)
b)
Risco Atribuível nos Expostos =
Risco expostos = 300/500 = 0,6 casos/pessoa Incidência* nos expostos – Incidência* nos não expostos
h<ps://sph.unc.edu/wp-content/uploads/sites/112/2015/07/nciph-ERIC7-17-08.pdf
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Exercício 3
h<ps://sph.unc.edu/wp-content/uploads/sites/112/2015/07/nciph-ERIC7-17-08.pdf
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a) Construa uma tabela 2x2
b) Taxa de expostos ?
c)Taxa de não expostos ?
d) Razão de taxa ?
Exercício 4 e) Diferença de taxa ?
https://sph.unc.edu/wp-content/uploads/sites/112/2015/07/nciph-ERIC7-17-08.pdf 32
a) Construa uma tabela 2x2
b) Taxa de expostos ?
c)Taxa de não expostos ?
d) Razão de taxa ?
Exercício 4 e) Diferença de taxa ?
h<ps://sph.unc.edu/wp-content/uploads/sites/112/2015/07/nciph-ERIC7-17-08.pdf 33
Estudo caso-controle https://www.cdc.gov/csel
s/dsepd/ss1978/lesson1/
section7.html
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Estudo de caso-controlo: vantagens e desvantagens
latência longo
Relativamente económicos
NÃO
EXPOSTOS EXPOSTOS TOTAL
CASOS A B A+B
CONTROLOS C D C+D
38
20/28
Estudo de caso-controlo: análise
Casos expostos A
Todos os casos A+B A
=
Casos não expostos B B
Todos os casos A+B 39
Estudo de caso-controlo: análise
Controlos expostos C
Todos os controlos C+D C
=
D D
Controlos não expostos
Todos os controlos C+D
40
22/28
Estudo de caso-controlo: análise
A
OR = 1 à não existe associação B AxD
OR > 1 à fator de risco =
OR < 1 à fator de proteção C BxC
D 41
23/28 Razão dos produtos cruzados!
Exercício 5
• Um surto de ciclosporíase foi detetado entre os moradores de Nova Jersey.
Em um estudo de caso-controlo, os invesFgadores descobriram que 21 dos
30 casos-pacientes e quatro dos 60 controles haviam comido framboesas.
Inserindo estes números na tabela 2x2:
https://www.neha.org/sites/default/files/pd/edu-train/Calculating-Measures-Association.pdf
• Como sabemos se a diferença significativa não é
simplesmente resultado do acaso?
https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/SWk5XsCsXTW7GBZq8n7mVMJ/?format=pdf&lang=pt
CAUSA EFEITO
ESTUDO DE COORTE EXPOSIÇÃO “DOENÇA”
EXPOSIÇÃO “DOENÇA”
ESTUDO DE CASO-CONTROLO
CAUSA EFEITO
48
EXPOSIÇÃO “DOENÇA”
4/28
Tipos de estudos epidemiológicos: caso-controlo e coorte
COMPARAM GRUPOS!!
ESTUDO DE COORTES
GRUPO DE EXPOSTOS
ESTUDO DE CASO-CONTROLO
ESTUDOS OBSERVACIONAIS
Habitualmente, apenas
ESTUDOS DESCRITIVOS sugerem hipóteses
Relato de um caso
Séries de casos
Correlacionais ou Ecológicos
ESTUDOS Estudos transversais
ANALÍTICOS
Coortes
Caso-controlo
Testam hipóteses à Identificação de
fatores de risco
e de protecção
ESTUDOS EXPERIMENTAIS 50
Tipos de estudos epidemiológicos
ADEQUAÇÃO DOS ESTUDOS!!!
ESTUDO DE COORTE
ESTUDO DE CASO-CONTROLO Etiologia